Operação tem como objetivo retirar todos os não índios da reserva
Mais de 190 acampamentos de garimpeiros na Terra Indígena Yanomami foram desmontados por agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A ação faz parte da Operação Omawe, que teve início na primeira quinzena de fevereiro e tem como objetivo retirar todos os não índios da reserva de usufruto exclusivo da etnia Yanomami.
Cerca de 19 mil quilos de cassiterita extraídos de forma ilegal foram apreendidos na região. O maquinário pesado e outros instrumentos e produtos químicos foram destruídos para desestimular garimpeiros já identificados a retornarem aos acampamentos e recuperarem os itens apreendidos. Isso ocorre devido às dificuldades de acesso à área, o que dificulta a retirada dos itens apreendidos pela operação.
Com aproximadamente 9,6 milhões de hectares, a Terra Indígena Yanomami abrange parte dos estados de Roraima e Amazonas. A Operação Omawe é uma das ações implementadas pelo governo federal desde janeiro para solucionar a crise humanitária que se abateu sobre a região.
O Executivo federal enviou uma equipe de técnicos do Ministério da Saúde à região em janeiro, depois que denúncias indicaram que a atividade ilegal de garimpeiros estava destruindo a floresta, contaminando os rios que abastecem as comunidades locais e afetando as condições de sobrevivência das populações.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública também reforçou os efetivos da Polícia Federal (PF) e da Força Nacional de Segurança Pública para assegurar a integridade dos profissionais da saúde que estão atuando no local. Com o mesmo objetivo, a PRF destacou 85 agentes, várias viaturas e dois helicóteros.
Foto: Divulgação/Ibama