Justiça

Ministra Rosa Weber marca julgamento de ação que descriminaliza aborto

Ministra Rosa Weber marca julgamento de ação que descriminaliza aborto

Plenário virtual do STF analisará questão de 22 a 27 deste mês

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, marcou a data do julgamento da ação que pretende descriminalizar o aborto até a 12ª semana de gravidez. O caso será analisado pelo plenário virtual da Corte entre os dias 22 e 29 de setembro.

Pela modalidade virtual, os ministros inserem os votos no sistema eletrônico e não há deliberação presencial. O julgamento é aberto com o voto do relator. Em seguida, os demais ministros passam a votar até o horário limite estabelecido pelo sistema. Antes do julgamento, os advogados incluem vídeos com a gravação da sustentação oral. Um pedido de vista para suspender o julgamento também pode ser feito.

Desde 2017, uma ação protocolada pelo PSOL tramita na Corte. O partido defende que a interrupção da gravidez até a 12ª semana deixe de ser crime.

Atualmente, a legislação brasileira permite o aborto em casos de estupro, risco à vida da gestante ou fetos anencéfalos.

Em 2018, o Supremo realizou audiência pública para debater o assunto com especialistas contrários e favoráveis à interrupção.

A liberação do caso para julgamento ocorre uma semana antes de Rosa Weber se aposentar compulsoriamente aos 75 anos e deixar o tribunal. Na próxima semana, o ministro Luís Roberto Barroso assumirá a presidência do STF.

Foto: Carlos Moura/SCO/STF

Da Agência Brasil

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Governo fraciona repasse de duodécimos para Judiciário e ALRN

Governo fraciona repasse de duodécimos para Judiciário e ALRN

Medida ocorre em função de redução de repasses do FPE

O governo do Rio Grande do Norte fracionou o repasse dos duodécimos programados para o mês de agosto para o Poder Judiciário do RN e para a Assembleia Legislativa do RN. A medida ocorre em função das “consecutivas reduções das transferências dos valores do Fundo de Participação dos Estados (FPE), por parte da União”, informou o Estado em nota.

O primeiro repasse ocorreu em agosto, e uma outra parcela será compensada neste mês de setembro. Os valores que ainda não foram repassados de agosto se referem a 17,6% do total dos duodécimos dos dois poderes.

O duodécimo é formado pelos valores repassados pelo governo aos poderes e instituições – recebem ainda o Ministério Público do Estado e a Defensoria Pública do Estado. Esse é um repasse obrigatório, já que as instituições não possuem renda própria. Os valores são utilizados, entre outras coisas, para o pagamento de funcionários e atendimento às necessidades financeiras de cada poder. As instituições e poderes recebem, por mês, 1/12 da despesa prevista para o ano.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Moraes solta envolvidos em fraude de cartões de vacina de Bolsonaro

Moraes solta envolvidos em fraude de cartões de vacina de Bolsonaro

Com a determinação, quatro investigados pela PF serão soltos

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira (19) a soltura de quatro investigados pela Polícia Federal (PF) pelo envolvimento nas fraudes nos cartões de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Com a decisão, os militares Ailton Gonçalves Moraes Barros, Sérgio Rocha Cordeiro e Luís Marcos dos Reis, ligados a Bolsonaro, e o ex-secretário de governo de Duque de Caxias (RJ) João Carlos de Sousa Brecha serão soltos e estão proibidos de usar as redes sociais e de sair do país. Eles também terão os passaportes e autorizações de CACs (caçadores, atiradores e colecionadores) cancelados e serão monitorados por tornozeleira eletrônica.

Em maio, os acusados foram presos durante na Operação Venire, da Polícia Federal (PF). A investigação apura a participação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, na articulação para emissão de cartões falsos de vacinação para covid-19.

Segundo as investigações, Cid teria atuado para validar cartões para sua esposa, Gabriela Santiago Cid, e suas duas filhas, e depois para Bolsonaro e sua filha menor de idade.

Foto: Nelson Jr./SCO/STF

Da Agência Brasil

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Justiça determina demolição de andar irregular em hotel da Via Costeira

Justiça determina demolição de andar irregular em hotel da Via Costeira

Empresa tem 90 dias para derrubar o oitavo pavimento, que viola legislação municipal

A Justiça Federal determinou que a empresa NATHWF EMPREENDIMENTOS S.A derrube, no prazo de 90 dias, o oitavo pavimento do hotel conhecido como BRA, na Via Costeira de Natal. A decisão, proferida pelo juiz federal Ivan Lira de Carvalho, abrange dois processos judiciais relacionados ao caso.

O primeiro processo (0810414-96.2022.4.05.8400) foi ajuizado pelo Município de Natal, que pediu a demolição do pavimento que excede o oitavo andar da construção. A Justiça atendeu ao pedido, sob pena de multa de R$ 100.000 em caso de descumprimento.

O segundo processo (0803043-47.2023.4.05.8400) foi proposto pelo Ministério Público Federal. A Justiça deferiu parcialmente o pedido da empresa e concedeu-lhe um prazo de 90 dias para apresentar um estudo que permita a finalização da obra.

A empresa deverá submeter o projeto de construção ao licenciamento perante o Município de Natal. No entanto, a decisão reafirma a obrigação de demolição do pavimento que está em desconformidade com o licenciamento original.

A decisão pode encerrar uma novela que se arrasta há quase 20 anos. O projeto do hotel foi aprovado e deferido pela Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), mas a empresa deu início à construção antes de a licença ser expedida. O que aconteceu foi que, pelo Plano Diretor vigente em 2004, o hotel não poderia ultrapassar os 15 metros de altura a partir do terreno natural. A medida utilizada pela empresa como base para erguer a construção foi diferente do acordado e, ao construir o 8º pavimento, o hotel ultrapassava o limite legal. Com isso, a obra está embargada desde 2005.

Foto: Divulgação Semurb

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Acordo entre Prefeitura e ex-permissionários da Redinha permite trabalho limitado

Acordo entre Prefeitura e ex-permissionários da Redinha permite trabalho limitado

10 quiosqueiros serão autorizados a atuar por seis meses, com restrições

Uma audiência de conciliação realizada nesta segunda-feira (18.set.2023) na Justiça Federal definiu os termos de um acordo entre a Prefeitura de Natal e os 20 ex-permissionários dos quiosques localizados na praia da Redinha, na Zona Norte da cidade.

O desfecho da audiência determinou que 10 desses ex-permissionários serão autorizados a trabalhar na orla da praia durante seis meses, de outubro a março do próximo ano, com algumas restrições.

A questão teve origem no início das obras na orla da Praia da Redinha, quando os 20 permissionários foram obrigados a fechar os negócios. Embora esses permissionários tenham sido indenizados pela Prefeitura, os ex-funcionários, como cozinheiros e garçons, não receberam indenização, o que resultou em protestos e ocupações irregulares na orla, posteriormente dispersadas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb).

O acordo alcançado nesta audiência concede a 10 ex-permissionários, metade do grupo, uma indenização de R$ 25 mil cada e a permissão para trabalhar com a instalação de cinco mesas, cadeiras e guarda-sóis. Por outro lado, os outros 10 permissionários receberão uma indenização de R$ 50 mil cada, mas perderão o direito de trabalhar na área.

O acordo estabelece algumas restrições iniciais para os vendedores, como a proibição de manusear alimentos para a preparação de pratos ou drinks, devido à falta de estrutura no local. Além disso, será permitido um limite de cinco conjuntos de mesa, cadeiras e guarda-sóis, bem como um ponto de apoio e regras de higiene para garantir a qualidade dos alimentos vendidos.

Os quiosqueiros que irão trabalhar na orla passarão por um processo de regularização na Semurb no próximo dia 25 e poderão atuar de 1º de outubro até 31 de março.

No entanto, a luta dos quiosqueiros para serem priorizados como permissionários ao final da obra continua. Eles argumentam que os quiosques desempenhavam um papel fundamental na economia local, comprando peixe de pescadores, atraindo clientes para a praia e permitindo a presença de ambulantes.

Este acordo marca um passo importante na resolução do conflito entre os ex-permissionários dos quiosques e a Prefeitura de Natal, mas as questões mais amplas sobre o futuro da orla da Redinha e sua dinâmica econômica continuam sendo temas de discussão.

Foto: Joana Lima

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Uber é condenada a pagar R$ 1 bilhão e registrar motoristas como CLT

Uber é condenada a pagar R$ 1 bilhão e registrar motoristas como CLT

Decisão abrange todo o território nacional e é contestada pela empresa

Em uma decisão que reverbera em todo o território nacional, a 4ª Vara do Trabalho de São Paulo impôs à Uber, a gigante do transporte por aplicativo, uma condenação de 1 bilhão de reais por danos morais e coletivos. Além disso, a decisão obriga a empresa a registrar formalmente os motoristas com os quais mantém contratos nos termos da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

O caso foi divulgado pela mídia nacional nesta sexta-feira (15.set.2023).

A sentença, proferida pelo juiz trabalhista Maurício Pereira Simões, atende a uma ação do Ministério Público do Trabalho (MPT), que foi iniciada após uma denúncia da Associação dos Motoristas Autônomos por Aplicativos (AMAA). Caso a Uber não cumpra a determinação de registrar os motoristas ativos e futuros sob a CLT, estará sujeita a uma multa diária de 10 mil reais por cada trabalhador sem o devido registro.

A decisão judicial estabelece um prazo de seis meses, contados a partir do trânsito em julgado e intimação para o início do prazo, para que a Uber cumpra com suas obrigações. Segundo a decisão, esse período é considerado adequado e suficiente, levando em consideração o porte da empresa. Um prazo menor poderia inviabilizar o cumprimento da determinação, enquanto um prazo maior continuaria prejudicando os trabalhadores.

Em resposta à condenação da 4ª Vara do Trabalho, a Uber emitiu uma nota na qual afirma que irá recorrer da decisão. A empresa alega a existência de “insegurança jurídica” no processo, citando casos envolvendo outras empresas do setor, como o Ifood e a 99.

A nota da Uber na íntegra diz: “A Uber esclarece que vai recorrer da decisão proferida pela 4ª Vara do Trabalho de São Paulo e não vai adotar nenhuma das medidas elencadas na sentença antes que todos os recursos cabíveis sejam esgotados. Há evidente insegurança jurídica, visto que apenas no caso envolvendo a Uber, a decisão tenha sido oposta ao que ocorreu em todos os julgamentos proferidos nas ações de mesmo teor propostas pelo Ministério Público do Trabalho contra plataformas, como nos casos envolvendo Ifood, 99, Loggi e Lalamove, por exemplo. A decisão representa um entendimento isolado e contrário à jurisprudência que vem sendo estabelecida pela segunda instância do próprio Tribunal Regional de São Paulo em julgamentos realizados desde 2017, além de outros Tribunais Regionais e o Tribunal Superior do Trabalho. A Uber tem convicção de que a sentença não considerou adequadamente o robusto conjunto de provas produzido no processo e tenha se baseado, especialmente, em posições doutrinárias já superadas, inclusive pelo Supremo Tribunal Federal.”

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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STF condena a 17 anos de prisão terceiro réu por atos golpistas

STF condena a 17 anos de prisão terceiro réu por atos golpistas

Matheus Lima de Carvalho Lázaro foi preso na Esplanada com um canivete

O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou nesta quinta-feira (14) Matheus Lima de Carvalho Lázaro, terceiro réu pelos atos golpistas de 8 de janeiro, a 17 anos de prisão.

Também ficou definido que o condenado deverá pagar solidariamente com outros investigados o valor de R$ 30 milhões de ressarcimento pela participação na depredação das sedes dos Três Poderes.

Matheus é morador de Apucarana (PR) e foi preso na Esplanada dos Ministérios no dia dos ataques portando um canivete após deixar o Congresso Nacional. Segundo as investigações, em mensagens enviadas a parentes durante os atos, ele defendeu a intervenção militar para tomada do poder pelo Exército.

Com base no voto do relator, Alexandre de Moraes, a maioria dos ministros confirmou que o réu cometeu os crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Defesa

Durante o julgamento, a advogada Larissa Lopes de Araújo, representante do réu, chorou ao fazer a sua sustentação e acusou o Supremo de não respeitar a Constituição.

A advogada disse que Matheus não participou da depredação e afirmou que as imagens de câmeras de segurança mostram o acusado em pontos distantes da Esplanada em menos de cinco minutos de filmagem.

“Em que momento Matheus entrou nos três prédios e quebrou tudo? Fala para mim! Em cinco minutos? Só se ele fosse um super-homem”, declarou.

Mais cedo, o STF condenou mais dois réus pelos cinco crimes. Aécio Pereira, preso no plenário no Senado, foi condenado a 17 anos de prisão em regime fechado. Thiago Mathar, preso dentro do Palácio do Planalto, recebeu pena de 14 anos.

Foto: Carlos Moura/SCO/STF

Da Agência Brasil

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Nunes Marques vota por absolvição parcial de réu pelo 8 de janeiro

Nunes Marques vota por absolvição parcial de réu pelo 8 de janeiro

Magistrado diverge do voto de Alexandre de Moraes, relator do processo

O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou, nesta quarta-feira (13), pela absolvição parcial de Aécio Lúcio Costa Pereira, primeiro réu julgado pela Corte pela participação nos atos golpistas de 8 de janeiro.

Nunes Marques divergiu do voto apresentado pelo relator, ministro Alexandre de Moraes, que votou pela condenação de Aécio a 17 anos em regime fechado pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, associação criminosa armada e dano contra o patrimônio público, com uso de substância inflamável.

Nunes Marques votou somente pela condenação do acusado a 2 anos e seis meses de prisão em regime aberto pelos crimes de dano e deterioração do patrimônio tombado. “As fotos e vídeos por ele postados [nas redes sociais], demostram que ele aderiu aos manifestantes que ingressaram mediante violência no Congresso, concorrendo para os danos do patrimônio tombado”, afirmou.

No entanto, o ministro divergiu de Moraes e absolveu Aécio das acusações de atentar contra a democracia e de golpe de Estado. Segundo o ministro, é necessária ameaça às autoridades dos poderes para caracterização dos crimes.

“As lamentáveis manifestações ocorridas no dia 8 de janeiro, apesar da gravidade do vandalismo, não tiveram alcance de consistir numa tentativa de abolir o Estado democrático de direito”, argumentou.

Após o voto do ministro, o julgamento foi suspenso e será retomado nesta quinta-feira (14).

O réu

Aécio Lúcio, morador de Diadema (SP), foi preso pela Polícia Legislativa no plenário do Senado durante os atos. Ele chegou a publicar um vídeo nas redes sociais durante a invasão à Casa. Ele continua preso por determinação de Moraes.

De acordo com a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o acusado participou da depredação do Congresso Nacional, quebrando vidraças, portas de vidro, obras de arte, equipamentos de segurança, e usando substância inflamável para colocar fogo no tapete do Salão Verde da Câmara dos Deputados.

Na manhã desta quarta-feira, a defesa de Aécio Lúcio rebateu as acusações e considerou que o julgamento no STF é “politico”.

Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF

Da Agência Brasil

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Rosa Weber libera descriminalização do aborto para julgamento

Rosa Weber libera descriminalização do aborto para julgamento

Interrupção da gravidez até a 12ª semana deixaria de ser crime

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, liberou na terça-feira (12) para julgamento a ação que pretende descriminalizar o aborto até a 12ª semana de gravidez.

Apesar da liberação do caso para análise da Corte, a data do julgamento ainda não foi definida. A ministra é relatora do caso e se aposentará no final deste mês ao completar 75 anos.

Desde 2017, uma ação protocolada pelo PSOL tramita na Corte. O partido defende que a interrupção da gravidez até a 12ª semana deixe de ser crime.

Atualmente, a legislação brasileira permite o aborto em casos de estupro, risco à vida da gestante ou fetos anencéfalos.

Em 2018, o Supremo realizou uma audiência pública para debater o assunto com especialistas contrários e favoráveis à interrupção.

Foto: Nelson Jr./SCO/STF/Ilustração

Da Agência Brasil

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Saiba o passo a passo de como negar a contribuição assistencial a sindicatos, aprovada pelo STF

Saiba o passo a passo de como negar a contribuição assistencial a sindicatos, aprovada pelo STF

O pagamento aos sindicatos não é obrigatório, mas o trabalhador deve manifestar oposição caso não queira contribuir.

O Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou nesta semana a volta da contribuição assistencial a sindicatos, e agora a participação poderá ser exigida de todos os trabalhadores — sindicalizados ou não.

Contudo, para ter validade, a medida deve constar em acordos ou convenções coletivas firmados entre sindicatos de trabalhadores e patrões.

O pagamento aos sindicatos não é obrigatório, mas o trabalhador deve manifestar oposição caso não queira contribuir.

O valor varia. Em geral, é de uma porcentagem pequena do salário do trabalhador, com algum teto. Por exemplo, 1% da remuneração, com limite de R$ 50.

Uma vez instituída a cobrança, é preciso que a convenção coletiva estabeleça também como vai funcionar o direito do trabalhador de se opor ao desconto do valor.

Se o trabalhador não quiser contribuir, deve seguir as seguintes etapas:

  • Formalizar por escrito o exercício do direito de oposição;
  • Fazer uma declaração na qual o empregado/trabalhador declara ao sindicato que não autoriza o desconto do valor da contribuição assistencial do seu salário;
  • É recomendável que a carta de oposição seja apresentada tanto ao empregador como ao sindicato;
  • Não se exige registro em cartório ou reconhecimento de firma, basta que a carta esteja assinada pelo trabalhador e que exista um comprovante de entrega dessa carta;
  • Pode ser uma assinatura do representante do departamento de recursos humanos da empresa, um carimbo, se for pelo Correio, por exemplo, ou um aviso de recebimento;
  • É importante que essa comunicação seja realizada de imediato, para nenhuma contribuição devida ser descontada do salário.
  • A possibilidade de se opor ao desconto da contribuição assistencial é do trabalhador não filiado ao sindicato. O trabalhador filiado ao sindicato se submete ao desconto e não tem direito de se opor.

Carta de oposição

Veja um modelo que o trabalhador pode usar para se opor à contribuição assistencial:

DECLARAÇÃO

Eu, __, portador(a) do RG n.º ______e do CPF nº ______, empregado(a) da empresa _, CNPJ n.º _, declaro que não autorizo o desconto de contribuição assistencial, confederativa ou qualquer outra que venha a ser estabelecida em convenção coletiva de trabalho ou acordo coletivo de trabalho em favor do Sindicato da minha categoria, nos termos da legislação vigente.

Local e data.


Nome e assinatura do(a) trabalhador(a)

Direito do trabalhador

Uma vez que o empregado apresente ao empregador a carta de oposição, ele está seguro de que a empresa não pode realizar o desconto da contribuição no seu salário, sob pena de responsabilidade de, inclusive, ser cobrado judicialmente a devolver o valor.

O empregador também fica precavido em caso de cobrança por parte do sindicato. Se a entidade cobrar da empresa o valor descontado do salário, o trabalhador apresenta a carta de oposição e, com isso, evita qualquer cobrança indevida.

Normalmente, se estabelece um prazo de 10 dias para que o trabalhador manifeste seu desejo de não contribuir. Em geral, o empregado deve ir presencialmente ao sindicato para fazer isso.

Para quem não se opõe, o pagamento é feito diretamente pela empresa por meio de desconto na folha. Os valores recolhidos são repassados aos sindicatos — mensalmente ou em outra periodicidade.

A contribuição assistencial é destinada ao custeio de atividades de negociações coletivas do sindicato, como as tratativas com patrões por reajuste salarial ou pela extensão de benefícios, como auxílio-creche.

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil/Arquivo

CNN Brasil

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Começa sessão do STF para julgar envolvidos nos atos de 8 de janeiro

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Estão na pauta quatro ações penais

O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou a sessão para julgar os primeiros réus acusados de participação nos atos golpistas de 8 de janeiro.

Estão na pauta de julgamento quatro ações penais que têm como réus Aécio Lúcio Costa Pereira, Thiago de Assis Mathar, Moacir José dos Santos e Matheus Lima de Carvalho Lázaro. Eles são acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de participarem efetivamente da depredação do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto.

Os acusados respondem pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e de golpe de Estado, associação criminosa armada e dano contra o patrimônio público, com uso de substância inflamável. Somadas, as penas podem chegar a 30 anos de prisão.

O julgamento dos réus será feito individualmente. A sessão começou com a manifestação do relator das ações penais, ministro Alexandre de Moraes, que fará a leitura do resumo de cada processo. O ministro revisor, Nunes Marques, também poderá falar sobre o resumo do processo.

Em seguida, a Procuradoria-Geral da República (PGR) falará pela acusação, e os advogados dos acusados terão uma hora para apresentar a defesa.

Após as manifestações, a votação será iniciada. Além de Moraes e Marques, nove ministros devem votar.

Desde o início das investigações, 1,3 mil investigados se tornaram réus na Corte. No mês passado, Alexandre de Moraes autorizou a PGR a propor acordos de não persecução penal para cerca de mil investigados que estavam no acampamento montado em frente ao quartel do Exército, em Brasília, e não participaram da depredação de prédios públicos.

Foto: Nelson Jr/SCO/STF

Da Agência Brasil

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Justiça mantém decisão e ordena retorno definitivo de linhas de ônibus em Natal

Justiça mantém decisão e ordena retorno definitivo de linhas de ônibus em Natal

Decisão é pela 11ª vez contra o Seturn e a Prefeitura

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJ-RN) manteve nesta segunda-feira (12.set.2023) a decisão em primeira instância que ordenou o retorno definitivo de linhas de ônibus que foram tiradas de circulação em Natal durante a pandemia de covid-19.

A decisão é pela 11ª vez contra o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Natal (Seturn) e a Prefeitura de Natal, que recorreram da decisão em primeira instância. A ordem judicial decorre de ação popular impetrada pela deputada federal Natália Bonavides (PT-RN).

“Mais uma vez a justiça solicita que o Seturn coloque nas ruas as linhas de ônibus que foram tiradas de circulação”, afirmou a deputada. “É absurdo que, até hoje, depois de 11 decisões favoráveis a gente veja o sindicato dos empresários dos transportes siga descumprindo e fazendo a população natalense utilizar um serviço de transporte defasado”, disse Bonavides.

Bonavides ainda registrou que as empresas do transporte público de Natal recebem isenções de impostos do Governo Estadual e Municipal. “Mesmo diante de tamanhas isenções fiscais, as empresas ainda descumprem a lei não colocando os ônibus nas ruas e precariza ainda mais o serviço de transporte público”, finalizou.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Braga Netto diz que contratos durante intervenção federal foram legais

Braga Netto diz que contratos durante intervenção federal foram legais

PF investiga possível fraude na compra de coletes balísticos em 2018

O ex-interventor federal na segurança pública do Rio de Janeiro general Walter Braga Netto afirmou por meio de nota à imprensa, nesta terça-feira (12), que os contratos feitos pelo Gabinete de Intervenção Federal (GIF) seguiram “todos os trâmites legais previstos na lei brasileira”. A nota foi uma resposta à operação Perfídia, desencadeada nesta terça-feira (12) pela Polícia Federal (PF).

A ação investiga possíveis fraudes na compra de 9.360 coletes balísticos pelo Gabinete de Intervenção, em 2018. Segundo a PF, investigações apontaram indícios de conluio entre a empresa norte-americana CTU Security LLC e servidores públicos federais, que resultaram na dispensa de licitação e possível sobrepreço de R$ 4,64 milhões na compra dos equipamentos de segurança.

Segundo Braga Netto, a suspensão do contrato foi feita pelo próprio Gabinete de Intervenção Federal após avaliar supostas irregularidades nos documentos fornecidos pela CTU Security.

“Isto posto os coletes não foram adquiridos ou tampouco entregues. Não houve, portanto, qualquer repasse de recursos à empresa ou irregularidade por parte da administração pública. O empenho foi cancelado e o valor total mais a variação cambial foram devolvidos aos cofres do Tesouro Nacional”, escreve em nota, publicada em seu perfil na rede social X. [LINK: https://twitter.com/BragaNetto_gen/status/1701617059921117457]

Braga Netto afirmou ainda que a dispensa de licitação teve como base um acórdão do Tribunal de Contas da União, de 2018, que estabelecia a possibilidade de contratações diretas durante a intervenção federal, que se estendeu de fevereiro a dezembro de 2018.

Foto: Marcos Corrêa/PR

Da Agência Brasil

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Prefeita de Pedro Velho é cassada por abuso de poder

Prefeita de Pedro Velho é cassada por abuso de poder

Decisão da Justiça Eleitoral do Rio Grande do Norte determina inelegibilidade e multa para a prefeita e sua vice

A juíza Daniela do Nascimento Cosmo, da Justiça Eleitoral, cassou, na segunda-feira (11.set.2023), o mandato da prefeita de Pedro Velho, Edna Lemos (PSB), devido a alegações de abuso de poder durante as eleições suplementares realizadas em novembro do ano passado. A vice-prefeita, Rejane Costa (PL), também foi destituída de suas funções.

A decisão da Justiça resulta em inelegibilidade de ambos por oito anos, além da aplicação de uma multa no valor de R$ 50 mil Unidade Fiscal de Referência (UFIR). Até o momento, nem a prefeita Edna Lemos nem o assessor de comunicação do município se pronunciaram sobre a decisão.

Edna Lemos assumiu interinamente a prefeitura de Pedro Velho em março do ano passado, após a cassação da então prefeita, Dejerlane Macedo, e de seu vice, Inácio Rafael da Costa, também por acusações de abuso de poder político. No entanto, a gestão de Edna Lemos foi alvo de uma investigação do Ministério Público, após denúncias de outros partidos políticos, que apontaram a realização de “mais de 300 contratações sem observar os preceitos legais”.

A cassação foi fundamentada no 5º parágrafo do artigo 73 da lei 9504, que proíbe condutas por agentes públicos que possam afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos em pleitos eleitorais.

A juíza Daniela do Nascimento Cosmo afirmou em sua decisão que “a potencialidade lesiva dessa conduta para o pleito é inconteste” e ressaltou que não é necessário provar cabalmente que as investigadas foram eleitas devido ao ilícito, bastando demonstrar que a prática irregular tinha o potencial de influenciar nas eleições. Ela observou ainda que a diferença de votos no pleito de novembro de 2022 foi muito próxima da quantidade de contratações realizadas no período anterior à eleição pela prefeita Edna Lemos.

A sentença também destacou que as contratações temporárias realizadas não estavam em conformidade com o artigo 37, IX, da Constituição Federal, pois não obedeceram aos critérios de excepcionalidade e não passaram por concurso público, violando o princípio da impessoalidade. A juíza enfatizou que Edna Lemos, como prefeita interina, tinha plena consciência de que a ex-prefeita poderia ser afastada a qualquer momento, indicando a existência de um projeto político em curso desde o início de sua gestão interina.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

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PGR amplia denúncia contra 31 investigados pelo 8 de janeiro

PGR amplia denúncia contra 31 investigados pelo 8 de janeiro

Todos já foram denunciados por quatro crimes

A Procuradoria-Geral da República (PGR) aditou, nesta segunda-feira (11), a denúncia apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra 31 investigados pelos atos golpistas de 8 de janeiro.

Para a Procuradoria, os investigados também devem virar réus por participarem da depredação de prédios públicos na Praça dos Três Poderes. Os acusados já foram denunciados por quatro crimes após serem detidos no acampamento montado em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília. Os laudos periciais produzidos pela Polícia Federal (PF) revelaram que os acusados participaram efetivamente dos atos de vandalismo.

Se o pedido de PGR for aceito pelo Supremo, os acusados passarão a responder a cinco crimes: associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência, além de deterioração de patrimônio tombado.

Durante as investigações, 1.388 amostras biológicas foram coletadas de homens e mulheres que ficaram presos no sistema penitenciário do Distrito Federal. As amostras foram comparadas com as impressões digitais encontradas nos objetos pessoais que foram largados durante a depredação do Palácio do Planalto, do Congresso e da sede do STF.

Durante os atos, foram encontrados pelos peritos da PF meias, camisas, toalha de rosto, batom, barras de metal, garrafas de água, latas de refrigerante, bitucas de cigarro e marcas de sangue.

Segundo o subprocurador da República Carlos Frederico Santos, responsável pela investigação, as provas comprovam que os acusados também devem responder pela execução dos atos.

“Com essas provas, é possível dizer com segurança que, mesmo que essas pessoas não tenham sido detidas em flagrante no Congresso Nacional, no Palácio do Planalto ou no STF, elas estiveram nesses locais e atuaram como executoras dos crimes multitudinários”, disse Santos.

Na quarta-feira (13), o Supremo vai julgar os primeiros acusados de participação nos atos golpistas.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo

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Justiça absolve todos os envolvidos na Operação Anarriê

Justiça absolve todos os envolvidos na Operação Anarriê

Ex-secretário de Cultura de Mossoró e outros sete são inocentados

A Justiça estadual absolveu todos os oito envolvidos na Operação Anarriê, investigação deflagrada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte em 2016 para apurar suposto desvio de dinheiro público do Mossoró Cidade Junina nas edições de 2013 e 2014.

A sentença, proferida na sexta-feira (10.set.2023), absolveu Gustavo Rosado (ex-secretário de Cultura de Mossoró), Maria de Fátima Oliveira Gondim Garcia, Riomar Mendes Rodrigues, Clézia da Rocha Barreto, Tácio Sérgio Garcia de Oliveira, Kassia Mayara Cavalcante, Kelly Tandrianny de Souza Ramos e José Cleber Ferreira da Silva.

Na decisão, as juízas Ana Cláudia Secundo da Luz e Lemos, Maria Nivalda Neco Torquato e Tatiana Socolosi Perazzo Paz de Melo acataram, de forma integral, os argumentos de defesa dos réus, que foram absolvidos por falta de provas.

A Operação Anarriê foi deflagrada em 2016, após o MPRN apurar a possibilidade de envolvimento de oito pessoas nos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, fraude à licitação e peculato, que teriam resultado em um desvio mais de R$ 2 milhões.

Na época, Gustavo Rosado e Maria de Fátima Gondim chegaram a ficar presos por cinco dias.

A sentença da Justiça estadual é um revés para o Ministério Público, que havia pedido a condenação dos réus.

Foto: Allan Phablo/Secom/PMM/Ilustração

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STF homologa delação premiada de Mauro Cid

STF homologa delação premiada de Mauro Cid

Militar vai usar tornozeleira eletrônica e pode ter pena reduzida

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou neste sábado (9.set.2023) a delação premiada do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid. A decisão foi publicada na manhã do sábado (9), e vem acompanhada da concessão de liberdade provisória, condicionada ao uso de tornozeleira eletrônica, ao militar.

Cid era investigado na Operação Venire, que apura fraudes nos cartões de vacina do ex-presidente e de familiares dele. A proposta de colaboração foi apresentada pela defesa do tenente-coronel na última quarta-feira (6.set), junto à Polícia Federal, que aceitou o pedido e encaminhou para a homologação ou não do STF.

As informações prestadas por Mauro Cid poderão ser utilizadas em vários inquéritos diferentes dos quais ele é investigado. Além da fraude nos cartões de vacina, que o levou à prisão em maio passado, o tenente-coronel é parte também nos casos das milícias digitais e do suposto esquema de venda de presentes oficiais recebidos pelo então presidente da República, Jair Bolsonaro.

A delação premiada é prevista na legislação brasileira e dá a possibilidade de redução e até perdão de pena para investigados que optarem por colaborar com as investigações, narrando tudo o que aconteceu no cometimento dos delitos em questão, informando a existência e identidade de outros participantes do suposto esquema, bem como a estrutura organizacional do crime.

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

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MP investiga pichação no Forte dos Reis Magos

MP investiga pichação no Forte dos Reis Magos

Ministério Público do Rio Grande do Norte apura autoria do dano ao patrimônio público e cobra providências das autoridades

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) instaurou um procedimento para apurar a autoria da pichação ao Forte dos Reis Magos, em Natal, na madrugada da última quarta-feira (6.set.2023). Além de tentar descobrir quem cometeu o dano, o MPRN também vai acompanhar e cobrar providências da Fundação José Augusto e do Instituto do Patrimônio Histórico e Cultural do RN (Iphan) para obter a restauração do monumento o mais breve possível.

O MPRN também cobrará melhorias da segurança do entorno do Forte dos Reis Magos à Polícia Militar e à Guarda Municipal de Natal. O Forte é um bem tombado pelo patrimônio histórico, considerando a importância do local para a cultura e o turismo norte-riograndense.

O MPRN expediu ofícios ao Iphan e à Fundação José Augusto, para que, no prazo de 10 dias, informem à 71ª Promotoria de Justiça de Natal as medidas administrativas adotadas para minimizar a lesão ao Forte dos Reis Magos.

Foto: Pedro Trindade/Inter TV Cabugi

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Núcleo de Práticas Jurídicas da Estácio abre vagas para atendimento gratuito

Núcleo de Práticas Jurídicas da Estácio abre vagas para atendimento gratuito

Serviço funciona de segunda a quinta-feira nas instalações da faculdade Estácio, no bairro Alecrim

Para quem necessita de um auxílio para serviços jurídicos e não possui condições financeiras para contratar um profissional e arcar com os custos processuais, o Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) da Faculdade Estácio em Natal oferece atendimento jurídico gratuito à comunidade. Localizado no prédio da instituição de ensino, na Av. Alexandrino de Alencar, 708, o NPJ opera de segunda a quinta-feira, das 9h às 17h.

O público atendido pelo NPJ são prioritariamente pessoas com renda de até dois salários mínimos. Os casos são submetidos a uma triagem jurídica inicial para avaliar a natureza e a viabilidade do atendimento. Para aqueles que se enquadram nos critérios, o Núcleo possibilita assistência sem custos, incluindo orientação legal e representação em processos judiciais, com o benefício da justiça gratuita. Ou seja, sem arcar com as custas processuais.

O Núcleo de Práticas Jurídicas da Estácio concentra-se principalmente no direito civil, abrangendo áreas como direito de família, direito do consumidor, sucessões, divórcio, guarda de menores e questões alimentícias. Além disso, oferece apoio multidisciplinar em casos de alienação parental, ou em outros que demandem este tipo de abordagem, com a colaboração da Clínica de Psicologia da instituição. A equipe do NPJ acompanha os processos desde o início até o seu desfecho, garantindo um suporte jurídico completo aos indivíduos atendidos.

Este serviço é prestado por estudantes do curso de Direito da instituição, como parte de seu estágio obrigatório, sob a supervisão de advogados experientes. Para obter informações e agendar uma consulta, os interessados podem entrar em contato através do WhatsApp pelo número 3198-1644 ou enviar um e-mail para [email protected].

“O Núcleo de Práticas Jurídicas da Estácio se destaca como um recurso valioso para a comunidade local, oferecendo assistência jurídica de qualidade e apoiando a formação prática dos futuros advogados da região. Para mais informações sobre os serviços oferecidos e os critérios de atendimento, a população não deve hesitar em entrar em contato”, destaca o coordenador do NPJ, João Victor Alencar.

Serviço

Atendimento jurídico gratuito
Núcleo de Práticas Jurídicas da Estácio Natal

Segunda a quinta-feira, das 9h às 17h.
Endereço: Av. Alexandrino de Alencar, 708, Alecrim
Contato: 3198-1644 (WhatsApp ) ou e-mail para [email protected]

Foto: Divulgação

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Toffoli anula provas da Odebrecht e diz que prisão de Lula foi erro histórico

Toffoli anula provas da Odebrecht e diz que prisão de Lula foi erro histórico

O acordo de leniência foi firmado em 2016, entre o MPF e a Odebrecht. No ano seguinte, o acordo foi homologado pelo então juiz Sérgio Moro

O ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli invalidou nesta terça-feira (6) todas as provas obtidas nos acordos de leniência da Odebrecht. As informações sustentaram as ações e operações da conhecida Operação Lava Jato, que teve mais de 70 fases. O acordo de leniência – uma espécie de delação premiada – foi firmado em 2016, entre o Ministério Público Federal (MPF) e a Odebrecht. No ano seguinte, o acordo foi homologado pelo então juiz Sérgio Moro.

Toffoli decidiu anular todos os documentos, que não podem mais ser usados em ações criminais, eleitorais, cíveis ou de improbidade administrativa. A decisão atende ao pedido da defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ter acesso aos conteúdos.

Na determinação, o ministro da Suprema Corte dá dez dias para que a Polícia Federal “apresente o conteúdo integral das mensagens apreendidas na Operação Spoofing”, que trata de diálogos entre procuradores da Lava Jato e o ex-juiz e atual senador Sérgio Moro. No documento, Toffoli chama de “estarrecedora” a constatação “de que houve conluio entre a acusação e o magistrado.

Outra determinação do magistrado é que a Advocacia Geral da União (AGU) apure, “urgentemente, a conduta dos agentes públicos envolvidos” na Lava Jato, diante da “gravidade da situação”. A AGU já informou que vai cumprir a ordem e “após a devida apuração, poderá ser cobrado dos agentes públicos, em ação regressiva, o ressarcimento à União relativo às indenizações pagas”, sem prejuízo da apuração “de danos causados diretamente à União pelas condutas desses agentes”.

O ministro do Supremo disse ainda que, diante da “gravidade da situação”, “já seria possível, simplesmente, concluir que a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderia ser chamada de dos maiores erros judiciários da história do país”.

“Tratou-se de uma armação fruto de um projeto de poder de determinados agentes públicos em seu objetivo de conquista do Estado, por meios aparentemente legais, mas com métodos e ações ilegais”, concluiu o ministro.

Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

Da Agência Brasil

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PF cumpre mandados em 7 estados em nova fase da Operação Lesa Pátria

PF cumpre mandados em 7 estados em nova fase da Operação Lesa Pátria

Ao todo são mais de 50 mandados de busca e apreensão

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã nesta terça-feira (5) a 16ª fase da Operação Lesa Pátria, para identificar financiadores e pessoas que fomentaram os atos golpistas que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes do dia 8 de janeiro.

De acordo com a PF, 53 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em sete estados, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Deste total, 12 estão sendo cumpridos em São Paulo; 26 em Minas Gerais; seis no Paraná; três em Santa Catarina; dois no Mato Grosso do Sul; e dois no Ceará.

“Foi determinada a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados. Apura-se que os valores dos danos causados ao patrimônio público possam chegar à cifra de R$ 40 milhões”, informou em nota a PF referindo-se “à violência e ao dano generalizado” praticado contra “imóveis, móveis e objetos” do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF.

Ainda segundo a PF, a investigação apura a prática de crimes como os de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Até o momento, a Lesa Pátria já cumpriu 78 mandados de prisão; 277 mandados de busca e apreensão; e instaurou 17 inquéritos.

Foto: Divulgação/Polícia Federal/Ilustração

Da Agência Brasil

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MP junto ao TCU pede devolução de presentes recebidos por Bolsonaro

MP junto ao TCU pede devolução de presentes recebidos por Bolsonaro

Procurador pede levantamento de todos presentes recebidos no mandato

O Ministério Público Junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU) solicitou nesta segunda-feira (4) que todos os presentes oficiais recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro sejam devolvidos.

Na solicitação ao Tribunal de Contas da União (TCU), o procurador Lucas Rocha Furtado também pediu o levantamento de todos os itens recebidos por Bolsonaro durante as visitas de autoridades estrangeiras ao Brasil e em viagens internacionais nos quatro anos de mandato.

A representação incluiu reportagens publicadas pela imprensa que mostram o recebimento de diversos presentes oficiais, como relógios, esculturas banhadas a ouro, um capacete de samurai, um quadro do Templo de Salomão, em Israel, uma maquete do templo Taj Mahal produzido em mármore branco, entre outros.

O caso das joias recebidas por Jair Bolsonaro veio à tona após a deflagração da Operação Lucas 12:2, da Polícia Federal, que apura o funcionamento de uma organização criminosa para desviar e vender presentes de autoridades estrangeiras durante o governo do ex-presidente.

Para o procurador, os objetos deveriam ser incorporados ao patrimônio público porque foram recebidos durante o exercício do mandato.

“A jurisprudência desse tribunal, no que se refere aos presentes recebidos por presidentes da República, é a de que devem ser incorporados ao patrimônio da União todos os documentos bibliográficos e museológicos recebidos, bem assim todos os presentes recebidos”, afirmou o procurador.

No documento, Furtado citou o relógio recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva do ex-presidente da França Jacques Chirac. “Cabe notar que é de conhecimento que caso semelhante foi submetido a essa Corte, porém com outro gestor: o excelentíssimo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar de um senador ter enviado representação ao TCU pedindo para que o órgão investigue um presente recebido referente a um relógio Piaget avaliado em 80.000 reais e dado de presente ao petista pelo ex-presidente da França Jacques Chirac, cumpre notar que o Sr. Lula, enquanto for presidente, poderá usar o relógio, mas não poderá dispor, no Brasil nem no exterior”, afirmou o procurador.

O processo para avaliar o pedido de devolução das joias ainda não foi aberto pelo TCU.

Foto: Twitter/Reprodução

Da Agência Brasil

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STF julgará neste mês primeiros réus pelos atos golpistas

STF julgará neste mês primeiros réus pelos atos golpistas

Duas sessões extraordinárias foram marcadas para julgamento de 3 réus

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, marcou a data dos primeiros julgamentos de acusados de participação nos atos golpistas de 8 de janeiro.

Nos dias 13 e 14 deste mês, a Corte vai julgar três ações penais abertas contra os réus Aécio Lúcio Costa Pereira, Thiago de Assis Mathar e Moacir José dos Santos.

Eles são acusados de participação na depredação de prédios públicos e respondem pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com uso de substância inflamável.

Para julgar os réus, o STF marcou duas sessões extraordinárias, que serão realizadas às 9h30. Se a análise dos processos não terminar na sessão matutina, o julgamento vai prosseguir durante a parte da tarde da sessão.

Em outros processos que ainda não estão prontos para julgamento, o ministro Alexandre de Moraes, relator dos casos, autorizou, no mês passado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) a propor acordos de não persecução penal para cerca de 1 mil investigados pelos atos.

A decisão vale para os casos de acusados que estavam no acampamento montado no quartel do Exército, em Brasília, no dia 8 de janeiro. Quem participou da depredação de prédios públicos não terá o benefício avaliado.

Com a medida, a PGR vai avaliar os casos em que o acordo pode ser concedido. Em seguida, o acordo deverá ser homologado pelo ministro para ter validade.

Em função da possibilidade de acordo, Moraes determinou a suspensão das ações penais que foram abertas contra os eventuais beneficiados pelo acordo pelo prazo de 120 dias.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo

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Bolsonaro e Michelle silenciam sobre joias ao depor à PF

Bolsonaro e Michelle silenciam sobre joias ao depor à PF

Ex-presidente permaneceu pouco mais de uma hora na sede da polícia em Brasília

Convocados a depor à Polícia Federal (PF), o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro; a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o ex-secretário especial de Comunicação Social (Secom) da Presidência, Fabio Wajngarten, ficaram em silêncio ao serem interrogados, nesta quinta-feira (31).

Os três permaneceram pouco mais de uma hora na sede da PF, na área central de Brasília (DF), e deixaram o prédio sem falar com jornalistas que os aguardavam do lado de fora. A reportagem tentou contato com a defesa dos três, mas ainda não teve retorno.

Bolsonaro, Michelle, Wajngarten e outras cinco pessoas foram intimadas a depor no âmbito do inquérito que investiga as suspeitas de que, com ajuda de assessores e pessoas próximas, Bolsonaro tentou se apropriar indevidamente de joias que, supostamente, recebeu de presente de autoridades públicas sauditas. Devido ao valor de tais joias, elas legalmente deveriam passar a compor o patrimônio da União.

Bolsonaro, Michelle e Wajngarten justificaram a decisão de ficar em silêncio argumentando que a Procuradoria-Geral da República (PGR) entende que a apuração relativa às joias sauditas não deve tramitar no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Reiteramos que continuamos, como sempre, à disposição para prestar todo e qualquer esclarecimento desde que no foro competente. No caso, a douta Procuradoria Geral da República, que já manifestou que o STF não é a esfera jurídica própria”, escreveu Wajngarten, no Twitter, logo após deixar a PF. “Não há silêncio nesse momento. Agora, busca-se apenas o respeito à lei”, acrescentou o ex-secretário, que também figura entre os advogados de Bolsonaro.

Também foram convocados a depor, hoje, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid; o pai de Mauro Cid, o general César Lourena Cid; o advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, e os ex-assessores da Presidência, Marcelo Câmara e Osmar Crivellati.

Wassef foi o único dos oito depoentes a prestar depoimento por videoconferência, a partir de São Paulo.

Como a investigação tramita em segredo de Justiça, a PF não forneceu detalhes sobre os depoimentos. Segundo a reportagem apurou, Wassef, Mauro Cid e seu pai continuavam sendo interrogados quando Bolsonaro, Michelle e Wajngarten deixaram a PF, em Brasília, no fim da manhã.

Foto: Marcos Corrêa/PR/Ilustração/Arquivo

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G. Dias admite à CPMI que fez má avaliação de 8 de janeiro

G. Dias admite à CPMI que fez má avaliação de 8 de janeiro

General disse que recebeu informações divergentes

O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República general Gonçalves Dias, G. Dias, admitiu nesta quinta-feira (31) que fez uma avaliação errada dos acontecimentos que causaram as depredações na Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro, devido a informações divergentes passadas a ele por “contatos diretos”.

G. Dias depõe na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Atos Golpistas (CPMI), que apura os atos de vandalismo no dia 8 de janeiro.

“Essas informações divergentes me foram passadas na manhã do dia 8 de janeiro e culminaram com minha decisão e iniciativa em ir pessoalmente ver como estava a situação no Palácio do Planalto”, explicou.

G. Dias acrescentou que seria mais exigente no esquema de segurança se tivesse informações mais precisas. “Olhando para trás, algumas decisões seriam tomadas de forma diferente”, admitiu.

O ex-ministro disse que na manhã do dia 8 de janeiro o então diretor adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Cunha, o alertou sobre a possibilidade de intensificação das manifestações, mas que, por outro lado, a coronel da Polícia Militar do Distrito Federal Cíntia Queiroz de Castro disse que estava “tudo calmo”.

Em seguida, G. Dias disse que ligou para o general Carlos Penteado, então secretário-executivo do GSI, que também o teria tranquilizado, dando a informação de que tudo estava sob controle. “Porém, permaneci inquieto. Decidi ir até o Palácio do Planalto”, revelou.

G. Dias disse que não imaginou a invasão dos prédios porque, em reuniões prévias com a Secretaria de Segurança do Distrito Federal, ficou decidido que não seria permitido o acesso de pessoas e veículos à Praça dos Três Poderes.

“A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal assegurava que tudo estava sob controle, que ações especiais eram desnecessárias. Aquele era o cenário no momento em que deixei o expediente do dia 6, sexta-feira”, disse.

Já no Palácio do Planalto, no dia 8 de janeiro, o general G. Dias disse à CPMI que assistiu “ao último bloqueio da Polícia Militar ser facilmente rompido antes que os vândalos chegassem ao Planalto. Aquilo não podia ter acontecido. Só aconteceu porque o bloqueio da Polícia Militar foi extremamente permeável”.

O ex-ministro do GSI, que estava no cargo no dia 8 de janeiro, pediu demissão em 19 de abril depois que imagens de dentro do Palácio do Planalto, que mostram ele e funcionários do gabinete se movimentando entre os vândalos, no dia da invasão, vazaram à imprensa.

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

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STF retoma julgamento sobre marco temporal

STF retoma julgamento sobre marco temporal

Tema foi retomado no início da tarde com conclusão do voto do ministro

O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), retomou nesta quinta-feira (31) a leitura de seu voto no julgamento sobre o marco temporal para demarcação de terras indígenas. O julgamento foi reiniciado por volta das 14h30.

Na sessão de ontem (30), Mendonça adiantou posicionamento favorável ao marco temporal, mas não terminou de votar.

Com o voto do ministro, o placar do julgamento está empatado em 2 votos a 2. Anteriormente, os ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes se manifestaram contra o entendimento, e Nunes Marques se manifestou a favor.

Pelo entendimento de Mendonça, a promulgação da Constituição deve ser considerada o marco para comprovar a ocupação fundiária pelos indígenas.

˜Marco objetivo que reflete o propósito constitucional de colocar uma pá de cal nas intermináveis discussões sobre qualquer outra referência temporal de ocupação da área indígena˜, afirmou o ministro.

No julgamento, os ministros discutem o chamado marco temporal. Pela tese, defendida por proprietários de terras, os indígenas somente teriam direito às áreas que estavam em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial na época. Os indígenas são contra o entendimento.

O processo que motivou a discussão trata da disputa pela posse da Terra Indígena (TI) Ibirama, em Santa Catarina. A área é habitada pelos povos Xokleng, Kaingang e Guarani, e a posse de parte da terra é questionada pela procuradoria do estado.

Foto: Carlos Moura/STF

Da Agência Brasil

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Ministério Público do RN propõe a criação de 30 novos cargos

Ministério Público do RN propõe a criação de 30 novos cargos

Projeto de lei visa fortalecer equipe de assessores e passa por avaliação do Colégio de Procuradores de Justiça

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) apresentou à Assembleia Legislativa do RN (ALRN), nesta terça-feira (22.ago.2023), um projeto de lei (PL 2.342/2022) que busca a criação de 30 cargos de Assessor Jurídico Ministerial. A iniciativa é acompanhada pelo pedido de tramitação em regime de urgência, conforme solicitado pela Procuradoria-Geral de Justiça.

O objetivo central do projeto é enriquecer a equipe de serviços auxiliares do MPRN, conforme indicado no ofício assinado por Elaine Cardoso, Procuradora-Geral de Justiça. A medida tem o propósito de reforçar o suporte necessário para as atividades primordiais da instituição.

Uma vez aprovado o projeto de lei e obtida a sanção da governadora Fátima Bezerra, o Ministério Público dará início ao processo seletivo para a admissão dos novos servidores. Com impacto estimado em R$ 1,3 milhão no orçamento ainda deste ano e uma previsão de acréscimo de aproximadamente R$ 4,5 milhões para 2024 na folha salarial, a iniciativa tem como meta concreta fortalecer o aparato humano da instituição.

A proposta encontra respaldo em análises internas que consideraram a necessidade de reforçar a equipe de assessores jurídicos para melhor apoiar as Promotorias de Justiça. A Procuradora-Geral de Justiça, Elaine Cardoso, afirmou que o projeto está em linha com as possibilidades financeiras e orçamentárias do Ministério Público, permitindo um preenchimento gradual dos cargos conforme a realidade fiscal e as demandas identificadas.

A proposta foi aprovada na 8ª sessão ordinária do Colégio de Procuradores de Justiça do MPRN, realizada em 10 de agosto de 2023. O relatório e voto da Comissão Permanente de Assuntos Institucionais e Defesa de Prerrogativas Institucionais, sob a relatoria de Arly de Brito Maia, receberam aprovação unânime por parte do colegiado.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Justiça Federal condena Walter Delgatti a 20 anos de prisão

Justiça Federal condena Walter Delgatti a 20 anos de prisão

Ele foi condenado por crimes na Operação Spoofing

A Justiça Federal condenou na segunda-feira (21) o hacker Walter Delgatti a 20 anos de prisão no processo da Operação Spoofing, deflagrada pela Polícia Federal em 2019. A sentença foi proferida pelo juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal em Brasília. Cabe recurso contra a decisão.

Delgatti foi preso em 2019 por suspeita de invadir contas de autoridades no Telegram, entre elas, de integrantes da força-tarefa da Lava Jato, como o ex-procurador Deltan Dallagnol.

A Agência Brasil busca contato com a defesa do hacker.

Sentença

Além de Delgatti, mais seis acusados também foram condenados pelas invasões de celulares. Além dos ex-procuradores da Lava Jato, o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, o ex-ministro da Economia Paulo Guedes e conselheiros do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) também tiveram mensagens acessadas ilegalmente.

Na decisão, o juiz disse que Delgatti tinha a intenção de vender as conversas hackeadas da Lava Jato por R$ 200 mil à imprensa e rebateu declarações do hacker, que, durante as investigações, declarou que violou as conversas para “combater injustiças” que teriam sido cometidas durante a operação.

“Só após perceber a resistência de jornalistas a pagarem para ter acesso a este material é que houve um esfriamento inicial no ânimo de Walter de obter numerário pela troca do material”, escreveu o juiz.

Além da participação no hackeamento de autoridades, a sentença diz que Walter Delgatti obtinha dados bancários de diversas vítimas e comercializava as informações obtidas em chats especializados em crimes.

“Para melhor compreensão das técnicas de fraudes empreendidas por Walter, houve a degravação de um diálogo em que Walter se apresenta como responsável pela área técnica e segurança de uma instituição financeira e orienta um cliente de entidade bancária a realizar uma atualização em seu computador de forma a instaurar um programa malicioso”, concluiu o juiz.

Prisão

No início deste mês, Delgatti foi preso pela Polícia Federal (PF) em função de outra investigação, a invasão aos sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Os policiais investigam se o ato foi promovido por Delgatti a mando da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). De acordo com as investigações, o hacker teria emitido falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

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Decisão judicial mantém suspensão de trincheira no Tirol

Decisão judicial mantém suspensão de trincheira no Tirol

Vereador questiona validade da trincheira no Tirol

Uma decisão liminar proferida pela Justiça Federal no Rio Grande do Norte trouxe uma nova reviravolta para a construção da trincheira no cruzamento das avenidas Alexandrino de Alencar e Hermes da Fonseca, localizada no bairro Tirol, Zona Leste de Natal.

A suspensão da obra foi mantida após atendimento ao pedido do vereador Daniel Valença (PT), que levantou questionamentos sobre a eficácia da iniciativa orçada em R$ 25 milhões. A juíza federal Moniky Mayara Fonseca foi a responsável por assinar a decisão na última sexta-feira (18.ago.2023).

Impactos negativos e ausência de estudos sustentam a decisão

O autor da ação alega que a trincheira não resolverá as questões de tráfego na região e, além disso, gerará impactos adversos tanto para o comércio quanto para os moradores da área circundante. A magistrada ressaltou que a ausência de documentação que comprove o mínimo impacto ambiental, físico, social e econômico da obra, aliada à opinião de especialistas em tráfego e mobilidade urbana que participaram da audiência pública, culminou na decisão pela suspensão.

A juíza já havia determinado a interrupção da obra e exigido a realização de uma audiência pública, ocorrida em 26 de julho. Após essa sessão, a juíza optou por manter a suspensão até que o mérito da ação fosse julgado. Ela afirmou que apenas após uma avaliação completa, incluindo documentação complementar por parte do Município, juntamente com a análise de outros especialistas em urbanismo e tráfego, seria possível determinar os reais impactos, necessidade e potencial de resolução do problema de tráfego na área em questão.

Documentos ausentes e necessidade de esclarecimentos

A juíza também apontou a falta de documentos no processo licitatório e destacou que o município de Natal precisa fornecer esclarecimentos sobre a ordem de realização de estudos e projetos durante o processo. Ela observou que a recusa da liminar poderia resultar em danos irreversíveis ao patrimônio público, considerando o volume de recursos que seriam despendidos no início das obras antes da devida análise probatória. A mobilidade urbana e o bem-estar dos moradores e comerciantes locais também foram levados em conta na decisão.

Apesar de suspender a trincheira, a juíza federal permitiu que as obras do binário das Ruas São José e Jaguarari continuassem. Esse projeto, estimado em R$ 8,5 milhões, engloba recapeamento asfáltico, calçadas e sinalização viária.

Determinações e busca por esclarecimentos

A decisão judicial impôs diversas determinações ao município de Natal. Entre elas está a obrigação de incluir nos autos uma pesquisa realizada com a população afetada, conforme mencionado anteriormente pela prefeitura, durante a audiência. Além disso, o município deverá fornecer informações sobre estudos relacionados ao tráfego na Avenida Senador Salgado Filho, que justificaram o pedido de contrato de repasse, bem como esclarecer os estudos que embasaram o processo licitatório. A juíza também determinou a inclusão de documentos que embasaram a concessão da licença de instalação.

Por fim, a Caixa Econômica Federal deverá apresentar um laudo de análise técnica sobre o projeto básico da obra. Além disso, a Justiça Federal buscará a autorização do Departamento de Arquitetura da UFRN para que dois professores emitam um parecer técnico detalhado sobre a necessidade da obra, suas alternativas, impactos positivos e negativos, além do cumprimento dos parâmetros urbanísticos nos projetos apresentados.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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STF proíbe remoção de pessoas em situação de rua

STF proíbe remoção de pessoas em situação de rua

Governo federal tem 120 dias para elaborar plano de ação

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para confirmar a decisão do ministro Alexandre de Moraes que proibiu em liminar, em 25 de julho, que os estados, o Distrito Federal e os municípios façam a remoção e o transporte compulsório de pessoas em situação de rua às zeladorias urbanas e aos abrigos.

A decisão também veda o recolhimento forçado de bens e pertences desse público, bem como o emprego de técnicas de arquitetura hostil, com o objetivo de impedir a permanência dessas pessoas, por exemplo, com a instalação de barras em bancos de praças, pedras pontiagudas e espetos em espaços públicos livres, como em viadutos, pontes e marquises de prédios.

No julgamento virtual, até o início da tarde desta segunda-feira (21), acompanharam o voto do relator a presidente do STF, Rosa Weber, e os ministros Cristiano Zanin, Dias Toffoli, Nunes Marques e Cármen Lúcia.

A ação foi apresentada pelos partidos políticos Rede Sustentabilidade e PSOL e pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que argumentam que a população em situação de rua, no Brasil, está submetida a condições desumanas de vida devido a omissões estruturais dos três níveis federativos dos poderes Executivo e Legislativo.

Repercussão

O padre Júlio Lancellotti, que há quase quatro décadas defende os direitos de pessoas em situação de rua na cidade de São Paulo e acolhe socialmente outros grupos marginalizados, disse à reportagem da Agência Brasil que apoia a decisão dos ministros da corte suprema. “É muito importante que a decisão do ministro Alexandre de Moraes tenha obtido, agora, a maioria dos votos no Supremo Tribunal Federal e passe a ser uma medida incontestável da mais alta corte de justiça do país”.

O religioso também dá nome à lei federal LINK 2 que veda o uso de técnicas construtivas hostis em espaços livres de uso público.

A fundadora e diretora executiva da organização sem fins lucrativos BSB Invisível, Marie Baqui, em entrevista à Agência Brasil comentou as situações que o grupo encontra nas ruas do Distrito Federal.

“O que falta à população em situação de rua são as questões de amparo, da assistência e do acolhimento. A partir do momento em que o Estado, seja ele federal, os municípios e o próprio DF, faz ações como a de retirada dos barracos e tudo mais, isso faz que as pessoas tenham cada vez menor o sentimento de pertencimento na sociedade. Isso é uma violação dos direitos”, disse.

Decisão

Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes ressaltou que análise efetuada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) constatou que, entre 2012 e 2020, ocorreu um aumento de 211% na população em situação de rua em todo o país, percentagem desproporcional ao aumento de 11% da população brasileira no mesmo período.

A decisão de julho ainda estabeleceu que, no prazo de 120 dias, o governo federal elabore um plano de ação e monitoramento para a efetiva implementação da Política Nacional para População de Rua, com medidas que respeitem as especificidades dos diferentes grupos familiares e evitem sua separação.

De acordo com STF, o plano deverá conter um diagnóstico atual da população em situação de rua, com identificação de perfil, procedência e principais necessidades. Deverá prever, também, meios de fiscalização de processos de despejo e de reintegração de posse no país, e a elaboração de medidas para garantir padrões mínimos de qualidade de higiene e segurança nos centros de acolhimento.

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome disse, em nota enviada à Agência Brasil, que associado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) está definindo ações conjuntas pelos direitos da população em situação de rua. “A proposta conjunta está sendo elaborada pelos ministérios e será apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seguindo políticas do governo federal, que está empenhado em dar andamento às ações voltadas a essa população, em cumprimento à decisão do ministro Alexandre de Moraes sobre o tema”.

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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STF torna réus mais 70 investigados por atos golpistas

STF torna réus mais 70 investigados por atos golpistas

Cerca de 1,3 mil pessoas respondem a processos no Supremo

O Supremo Tribunal Federal (STF) tornou réus mais 70 investigados pela participação nos atos golpistas de 8 de janeiro.

O julgamento ocorreu no plenário virtual, modalidade na qual os ministros inserem os votos no sistema eletrônico da Corte e não há deliberação presencial. A votação foi finalizada na madrugada deste sábado (19).

Com o fim do julgamento, os acusados passam a responder a um processo criminal na Corte. Nessa fase, serão ouvidas as testemunhas da defesa e da acusação. Em seguida, o Supremo vai decidir se condena ou absolve os réus.

Eles respondem pelos crimes de associação criminosa, abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de estado, ameaça, perseguição, incitação ao crime e dano ao patrimônio tombado.

Até o momento, cerca de 1,3 mil pessoas respondem a processos no Supremo pela participação na depredação da sede do Supremo Tribunal Federal (STF), do Congresso e do Palácio do Planalto. Aproximadamente, 120 investigados permanecem presos.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Advogado de Mauro Cid recua em alegações sobre Bolsonaro em caso de desvio de presentes

Advogado de Mauro Cid recua em alegações sobre Bolsonaro em caso de desvio de presentes

Reviravolta nas declarações do advogado Cezar Bitencourt sobre acusações de envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro em esquema de desvio de presentes milionários

Em uma nova reviravolta, menos de 24 horas após afirmar a diversos veículos de imprensa que o tenente-coronel Mauro Cid estava prestes a acusar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de ser o mandante de um esquema de desvio de presentes milionários destinados à Presidência da República, o advogado Cezar Bitencourt voltou atrás, negando ter mencionado transações relacionadas a joias recebidas por delegações estrangeiras pelo ex-presidente.

No início desta sexta-feira (18.ago.2023), Bitencourt enviou uma mensagem ao jornal O Estado de S. Paulo, afirmando: “Não tem nada a ver com joias! Isso foi erro da Veja, não se falou em joias [sic]”. As informações foram publicadas pelo Estadão.

A revista Veja, citada pelo advogado, havia publicado na noite de quinta-feira (17.ago), que Mauro Cid estava disposto a confessar ter vendido joias nos Estados Unidos por ordem de Bolsonaro. A matéria também sugeria que os recursos obtidos teriam sido enviados ao ex-presidente, levantando possíveis acusações de peculato e lavagem de dinheiro.

Além da Veja, Bitencourt reiterou a nova linha de defesa em conversas com outros veículos, enfatizando a possibilidade de caracterização do caso como contrabando e mencionando crimes relacionados ao sistema financeiro. O advogado ainda declarou: “Mas o dinheiro era do Bolsonaro”.

A atuação de Bitencourt como defensor de Cid começou na terça-feira, 15, quando ele indicou que a estratégia legal seria demonstrar que o tenente-coronel estava apenas cumprindo ordens, mesmo que consideradas “ilegais e injustas”, sinalizando uma potencial mudança na dinâmica das acusações.

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

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Maioria do STF vota para tornar Zambelli ré por porte ilegal de armas

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Armada, a deputada perseguiu um jornalista pouco antes das eleições

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou nesta sexta-feira (18) para tornar ré a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.

Até o momento, por 6 votos a 1, o tribunal vota para aceitar denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a parlamentar após o episódio em que ela sacou uma arma de fogo e perseguiu o jornalista Luan Araújo às vésperas do segundo turno das eleições de 2022. A perseguição começou após Zambelli e Luan trocarem provocações durante um ato político no bairro dos Jardins, em São Paulo.

O julgamento continua para a tomada dos demais votos. A análise do caso ocorre no plenário virtual do STF, modalidade na qual os ministros inserem os votos em um sistema eletrônico e não há deliberação presencial. A sessão virtual vai até 21 de agosto. O tribunal é composto por onze ministros.

Votaram pela aceitação da denúncia o relator, Gilmar Mendes, e os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Edson Fachin, Cristiano Zanin e Luís Roberto e Barroso. André Mendonça votou pelo envio das acusações para a primeira instância da Justiça.

A maioria segue voto proferido por Gilmar Mendes. O relator entendeu que há indícios suficientes para a abertura da ação penal contra Carla Zambelli. “Ainda que a arguida tenha porte de arma, o uso fora dos limites da defesa pessoal, em contexto público e ostensivo, ainda mais às vésperas das eleições, em tese, pode significar responsabilidade penal”, escreveu Mendes.

A defesa de Carla Zambelli declarou à Agência Brasil que vai aguardar a finalização do julgamento para se pronunciar.

Foto: Will Shutter / Câmara dos Deputados

Da Agência Brasil

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Defesa de Bolsonaro vai adotar medidas judiciais contra Delgatti

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Hacker diz que ex-presidente prometeu indulto para grampear Moraes

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro informou nesta quinta-feira (17) que adotará medidas judiciais contra o hacker Walter Delgatti por ele ter apresentado “informações e alegações falsas” em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas.

“Considerando as informações prestadas publicamente pelo depoente Sr. Walter Delgatti Neto perante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito na presente data, a defesa do ex-Presidente Jair Messias Bolsonaro, informa que adotará as medidas judiciais cabíveis em face do depoente, que apresentou informações e alegações falsas, totalmente desprovidas de qualquer tipo de prova, inclusive cometendo, em tese, o crime de calúnia”, diz a nota.

No depoimento, Delgatti disse que o ex-presidente havia prometido, em conversa por telefone, um indulto (perdão de pena) se assumisse um suposto grampo contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Delgatti ainda afirmou que, a pedido de Bolsonaro, orientou os militares das Forças Armadas na elaboração do relatório sobre as urnas eletrônicas apresentado em 2022.

Sobre o encontro, no Palácio da Alvorada, a defesa de Jair Bolsonaro argumenta que a conversa foi sobre “suposta vulnerabilidade no sistema eleitoral”.

“O então Presidente da República, na presença de testemunhas, determinou ao Ministério da Defesa a apuração das alegações, de acordo com os procedimentos legais e em conformidade com os princípios republicanos, seguindo o mesmo padrão de conduta observado em todas as suas ações enquanto chefe de Estado. Após tal evento, o ex-Presidente nunca mais esteve na presença de tal depoente ou com ele manteve qualquer tipo de contato direto ou indireto”, afirmam os advogados.

Foto: Alan Santos/PR

Da Agência Brasil

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Justiça confirma anulação do título de doutora da reitora da UFERSA

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Decisão do Juiz Augusto Costa Delgado mantém anulação do título de Ludimilla Oliveira

Na mais recente reviravolta do caso envolvendo a Reitora da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), Ludimilla Oliveira, o Juiz da 1ª Vara Federal em Natal, Magnus Augusto Costa Delgado, reafirmou a validade da liminar que anula seu título de doutora. A decisão ressalta a determinação administrativa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e rejeita a solicitação da reitora.

O magistrado expressou sua resolução em manter a posição delineada na decisão anterior, enfatizando que a anulação do título de Ludimilla Oliveira deve ser mantida. Embora tenha sido concedida a ela a oportunidade de defesa na liminar proferida pela 10ª Vara Federal de Mossoró, sob a jurisdição do Juiz Lauro Henrique Lobo Bandeira, a decisão de Costa Delgado se mantém independente dessa deliberação.

Apesar da reviravolta legal, é importante observar que Ludimilla Oliveira continuará exercendo suas funções como reitora da UFERSA. Entretanto, o título de doutorado que ela ostentava não será mais reconhecido.

Foto: Arquivo

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Moraes autoriza quebra de sigilo bancário de Bolsonaro e Michelle

Moraes autoriza quebra de sigilo bancário de Bolsonaro e Michelle

Medida foi solicitada pela Polícia Federal na semana passada

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quinta-feira (17) a quebra do sigilo bancário e fiscal do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

A medida foi solicitada na semana passada pela Polícia Federal (PF) no âmbito da investigação da Operação Lucas 12:2, que apura o suposto funcionamento de uma organização criminosa para desviar e vender presentes recebidos pelo ex-presidente de autoridades estrangeiras.

Segundo as investigações, os desvios começaram em meados de 2022 e terminaram no início deste ano. Entre os envolvidos estão o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, e o pai dele, o general de Exército, Mauro Lourena Cid. O militar trabalhava no escritório da Apex, em Miami.

Conforme regras do Tribunal de Contas da União (TCU), os presentes de governos estrangeiros deviam ser incorporados ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), setor da Presidência da República responsável pela guarda dos presentes, e que não poderiam ficar no acervo pessoal de Bolsonaro, nem deixar de ser catalogados.

A Agência Brasil busca contato com a defesa de Bolsonaro.

Foto: Carolina Antunes/PR/Ilustração/Arquivo

Da Agência Brasil

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Rogério Marinho tem condenação anulada por esquema de funcionários fantasmas

Rogério Marinho tem condenação anulada por esquema de funcionários fantasmas

Decisão judicial revoga perda de direitos políticos e função pública; Senador é acusado de contratação irregular de médica na Câmara Municipal de Natal

A Justiça no Rio Grande do Norte acolheu um recurso da defesa do senador Rogério Marinho (PL-RN) e anulou uma parte da sentença que o condenava por suposto envolvimento em um esquema de funcionários fantasmas. O trecho da condenação que previa a perda dos direitos políticos e da função pública foi declarado “sem efeito” pelo juiz Bruno Montenegro Ribeiro Dantas.

Em junho deste ano, Marinho havia sido condenado em primeira instância por sua suposta participação em um esquema de contratação de funcionários fantasmas na Câmara Municipal de Natal (CMN), durante seu mandato como vereador entre 2004 e 2007. De acordo com a sentença original, o senador teria atuado como “padrinho” na contratação de uma médica que nunca teria trabalhado na Câmara, mas constava na folha salarial do órgão.

Contudo, a nova decisão do juiz destaca que a ação foi movida em 2014, muito após o encerramento do mandato de vereador de Marinho, que ocorreu em janeiro de 2007. O juiz alega que o prazo prescricional de 5 anos já teria transcorrido, o que levou à anulação das sanções anteriores.

Apesar da revogação das sanções mais graves, o senador não está completamente isento de responsabilidade. O juiz determinou que Marinho terá que ressarcir integralmente o erário público com o valor equivalente à remuneração paga à médica durante o período em questão.

A sentença original apontava que Rogério Marinho teria utilizado verbas públicas da Casa Legislativa para financiar o funcionamento de uma clínica particular na qual a médica prestava atendimento gratuito a seus eleitores. No entanto, a médica afirmou que nunca trabalhou na Câmara e que os depósitos em sua conta eram oriundos da clínica, não da instituição legislativa.

Embora a condenação do senador Marinho tenha sido anulada em parte, o caso revela a complexidade de questões éticas e legais envolvendo funcionários fantasmas e má administração pública.

Foto: Pedro França/Agência Senado

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Condutas de PMs em 8 de janeiro são alvo de operação da PF e PGR

Condutas de PMs em 8 de janeiro são alvo de operação da PF e PGR

Objetivo é reunir provas de atuação de autoridades policiais

A Polícia Federal (PF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) cumprem nesta sexta-feira (18) sete mandados de prisão preventiva expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Em nota, a PGR informou que a operação, denominada Incúria, tem como objetivo reunir novas provas de condutas praticadas por autoridades policiais do Distrito Federal nos atos de 8 de janeiro.

Além dos mandados de prisão preventiva, as providências incluem buscas e apreensão, bloqueio de bens e afastamento de funções públicas. Os pedidos foram feitos pelo coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, Carlos Frederico Santos.

De acordo com o comunicado, ao oferecer a denúncia e requerer as medidas cautelares, o subprocurador-geral da República apresentou relato detalhado de provas já identificadas e reunidas na investigação, que apontam para a omissão dos envolvidos na operação.

“É mencionada, por exemplo, a constatação de que havia profunda contaminação ideológica de parte dos oficiais da Polícia Militar do DF ‘que se mostrou adepta de teorias conspiratórias sobre fraudes eleitorais e teorias golpistas’. Há ainda menção a provas de que os agentes – que ocupavam cargos de comando da corporação – receberam, antes de 8 de janeiro de 2023, diversas informações de inteligência que indicavam as intenções golpistas do movimento e o risco iminente da efetiva invasão às sedes dos Três Poderes.”

“Segundo as provas existentes, os denunciados conheciam previamente os riscos e aderiram de forma dolosa ao resultado criminoso previsível, omitindo-se no cumprimento do dever funcional de agir”, completou a PGR.

Ainda segundo a nota, os denunciados devem responder, por omissão, pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União com considerável prejuízo para a vítima; e deterioração de patrimônio tombado, além de violação dos deveres a eles impostos; violação de dever contratual de garante; e ingerência da norma.

“Os mandados foram determinados pelo relator do Inquérito 4.923 no Supremo Tribunal Federal, ministro Alexandre de Moraes, e cumpridos de forma conjunta pela Procuradoria-Geral da República e Polícia Federal”, concluiu a PGR.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Ilustração

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Hacker confirma encontro com Bolsonaro e revela promessa de indulto

Hacker confirma encontro com Bolsonaro e revela promessa de indulto

O objetivo do grampo seria minar a confiança da população no processo eleitoral e no TSE, presidido por Alexandre de Moraes

O hacker Walter Delgatti Neto disse nesta quinta-feira (17) que o ex-presidente Jair Bolsonaro pediu que ele assumisse a autoria de um grampo ilegal contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes em troca de um indulto para livrá-lo da cadeia. Delgatti presta depoimento à CPMI do 8 de Janeiro.

Segundo o depoente, a proposta ocorreu em um telefonema intermediado pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). De acordo com o hacker, a conversa ocorreu em 2022, antes do primeiro turno das eleições. O objetivo do grampo seria minar a confiança da população no processo eleitoral e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), presidido por Moraes.

— Eu falei com o presidente da República e, segundo ele, eles haviam conseguido um grampo, que era tão esperado à época, do ministro Alexandre de Moraes. Segundo ele, esse grampo já havia sido realizado. Teria conversas comprometedoras do ministro, e ele (Bolsonaro) precisava que eu assumisse a autoria desse grampo. Ele disse no telefonema que esse grampo fora realizado por agentes de outro país. Não sei se é verdade, se realmente aconteceu o grampo porque não tive acesso a ele — afirmou.

Walter Delgatti Neto respondeu aos questionamentos da relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA). De acordo com o hacker, no mesmo telefonema Jair Bolsonaro teria prometido livrá-lo de um eventual pedido de prisão pelo crime.

— Ele disse que, em troca, eu teria o prometido indulto. E ele ainda disse assim: “Fique tranquilo. Caso algum juiz te prender, eu mando prender o juiz”. E deu risada. Eu concordei porque era uma proposta do presidente da República. Por medo, retornando à minha residência, entrei em contato com jornalista da Veja e contei isso a ele — disse Delgatti.

A senadora Eliziane Gama classificou o depoimento do hacker como “bombástico”.

— Você está me dizendo que o ex-presidente da República naquele momento ao telefone lhe propõe você assumir um grampo do ministro do STF Alexandre de Moraes? O depoimento de hoje é muito importante para os trabalhos da CPMI. Bombástico. As informações trazidas para esta comissão são absolutamente sérias. Informações que estão no entorno do ponto central desta CPMI, que é exatamente o questionamento do resultado eleitoral, a tentativa de emplacar uma vulnerabilidade e a busca de pessoas que já tinham histórico em relação a invasão para que legitimassem claramente uma narrativa que é incompatível com a realidade — disse a relatora.

Encontro no Alvorada

O hacker disse ainda que, antes do telefonema, tomou café-da-manhã com Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada. O encontro teria ocorrido no dia 10 de agosto, com a presença da deputada Carla Zambelli, do então-ajudante-de-ordens do presidente da República, tenente-coronel Mauro Cid, e do general do Exército Marcelo Câmara.

Segundo Walter Delgatti Neto, o café-da-manhã com Jair Bolsonaro aconteceu após dois encontros com o presidente do PL, Waldemar da Costa Neto, e Duda Lima, responsável pela campanha à reeleição. Nessas reuniões prévias, o marqueteiro teria sugerido que o hacker implantasse um “código malicioso” em uma urna eletrônica fora das dependências do TSE para induzir os eleitores a duvidar da integridade do sistema.

De acordo com o hacker, durante o encontro no Palácio da Alvorada, o então presidente da República reforçou o pedido. Bolsonaro teria sugerido ainda que Delgatti auxiliasse técnicos do Ministério da Defesa a apontar ao TSE fragilidades das urnas eletrônicas.

— Ele (Bolsonaro) me disse que eu estaria salvando o Brasil. Era a liberdade do povo em risco. Eu precisava ajudar ele a garantir a lisura das eleições. A conversa foi evoluindo, chegou à parte técnica, e o presidente disse: “Essa parte técnica não entendo nada. Então, eu irei enviá-lo ao Ministério da Defesa e lá com os técnicos você explica tudo isso”. Ele chama o general Marcelo Câmara e fala: “Eu preciso que você leve ele até o Ministério da Defesa”. O general contrariou: “Não, mas lá é complicado”. E o Bolsonaro disse: “Não, isso é uma ordem minha. Cumpra”. Eu fui levado até o Ministério da Defesa pela porta dos fundos — relatou.

O depoente disse ter ido outras quatro vezes ao Ministério da Defesa. Além dos servidores da área de tecnologia da informação, revelou ter sido recebido pelo próprio titular da pasta, o general Paulo Sérgio Nogueira. Delgatti disse ter orientado a elaboração de um relatório apresentado pelos militares ao TSE antes do primeiro turno. No documento, as Forças Armadas apontam supostas vulnerabilidades das urnas eletrônicas.

— O código fonte ficava apenas no TSE, e apenas servidores do Ministério da Defesa teriam acesso. Então, eles iam até o TSE e me passavam o que viam. Tudo o que eu passei a eles consta no relatório que foi entregue ao TSE. Posso dizer hoje que, de forma integral, aquele relatório tem exatamente o que eu disse. Não tem nada menos e nada mais. Eu apenas não digitei. Mas fui em quem fiz ele porque tudo o que consta nele foi orientado por mim — afirmou.

Relação com deputada

Walter Delgatti Neto disse ter conhecido a deputada Carla Zambelli em julho de 2022 em um hotel de Ribeirão Preto (SP). Na ocasião, o hacker estava desempregado e proibido de acessar a internet por ser investigado pela Operação Spoofing, da Polícia Federal. Delgatti havia acessado e divulgado conversas de autoridades do Poder Judiciário ligadas à Operação Lava Jato.

Segundo o depoente, após o encontro em Ribeirão Preto, a deputada Carla Zambelli entrou em contato pelo WhatsApp e ofereceu uma “oportunidade de emprego” na campanha à reeleição de Jair Bolsonaro. A ideia inicial era de que o hacker gerenciasse as redes sociais da parlamentar. No entanto, uma decisão de Alexandre de Morais suspendeu o acesso dela às redes sociais.

Walter Delgatti Neto disse que, antes da suspensão das contas de Carla Zambelli, recebeu uma remuneração de R$ 3 mil. No entanto, após as conversas mantidas com o presidente do PL, o marqueteiro Duda Lima e o próprio Jair Bolsonaro, Carla Zambelli teria repassado ao hacker um total de R$ 40 mil.

O depoente confirmou que foi ideia da deputada federal a invasão das redes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ele admitiu ter inserido no sistema do CNJ um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Morais.

— A deputada me disse que eu precisava invadir algum sistema de Justiça ou do TSE em si. Alguma invasão que mostrasse a fragilidade do sistema de Justiça. Dizendo que seria uma ordem também do presidente (Bolsonaro). Porém, apenas a deputada me disse isso, não ouvi isso do presidente. Fiz a invasão do CNJ e de todos os tribunais do país. Tive acesso a todos os processos, a todas as senhas de todos juízes e servidores e fiquei por quatro meses na intranet da Justiça brasileira — afirmou o hacker.

Após os questionamentos da senadora Eliziane Gama, o presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-BA), lamentou que Walter Delgatti Neto tenha usado “uma inteligência raríssima” para cometer crimes.

— Como pai de dois jovens, estou olhando para o senhor com o coração cortado. De ver o senhor nesta situação: preso, neste depoimento, falando de suas dificuldades financeiras. O senhor é um homem de uma inteligência raríssima. Não nascem pessoas como o senhor toda hora. O senhor pode-se dizer que é um gênio. É uma pena que a vida às vezes prejudique um talento natural como o do senhor. É uma pena — afirmou.

O depoimento de Walter Delgatti Neto continua na comissão parlamentar mista de inquérito. O depoente está preso desde 2 de agosto em Araraquara (SP), investigado por invadir e inserir documentos falsos no sistema do CNJ.

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Da Agência Senado

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Justiça Eleitoral cassa mandato do governador de Roraima

Justiça Eleitoral cassa mandato do governador de Roraima

Denarium ainda pode recorrer ao TSE para permanecer no cargo

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) cassou, nesta segunda-feira (14), o mandato do governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), por conduta vedada nas eleições de 2022. Cabe recurso contra a decisão.

Por maioria de votos, o tribunal entendeu que o governador contrariou a legislação eleitoral ao promover um programa social para distribuição de cestas básicas no ano do pleito, no qual concorreu à reeleição.

A decisão do TRE determina o afastamento de Denarium do cargo, aplicação de multa e realização de novas eleições no estado. Contudo, o governador poderá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para permanecer no cargo durante a tramitação do processo.

A representação contra Denarium foi apresentada pelo partido Avante. No processo, o Ministério Público Eleitoral argumentou que ele criou o programa Cesta da Família, que distribui cestas básicas a famílias de baixa renda, em ano eleitoral, prática vedada pela Lei das Eleições. Além disso, outro programa chamado Renda Cidadã aumentou de 10 mil para mais de 60 mil beneficiários sem justificativa ou requisitos.

Em nota, Antonio Denarium disse que continua no cargo e que as “instâncias superiores irão restabelecer a verdade”.

“Estou com a consciência tranquila de que fiz o correto pelo bem de nosso povo. As ações realizadas pelo nosso governo sempre tiveram objetivo de ajudar quem mais precisa”, afirmou.

O governo de Rondônia também divulgou nota afirmando que a decisão de hoje não irá impactar nos serviços prestados. “O governo do estado vai manter sua linha de total transparência das suas ações e se posicionará durante as novas fases processuais”.

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Da Agência Brasil

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Dino demite três policiais rodoviários acusados da morte de Genivaldo

Dino demite três policiais rodoviários acusados da morte de Genivaldo

Ministro da Justiça determinou revisão das condutas da PRF

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, demitiu nesta segunda-feira (14) os três policiais rodoviários federais acusados da morte de Genivaldo de Jesus durante uma abordagem em Sergipe, em maio de 2022.

“Não queremos que policiais morram em confrontos ou ilegalmente matem pessoas. Estamos trabalhando com estados, a sociedade civil e as corporações para apoiar os bons procedimentos e afastar aqueles que não cumprem a lei, melhorando a segurança de todos”, disse o ministro, em nota nas redes sociais.

Dino informou ainda que determinou a revisão dos manuais de procedimentos da Polícia Rodoviária Federal para eliminar possíveis falhas.

Entenda o caso

Em maio de 2022, imagens veiculadas na internet mostraram a ação policial em que Genivaldo foi trancado em uma viatura esfumaçada na BR-101, no município de Umbaúba, no sul de Sergipe. O homem se debateu com as pernas para fora enquanto um policial rodoviário manteve a tampa do porta-malas abaixada, impedindo-o de sair ou respirar. Genilvado teria sido parado pelos agentes por trafegar de moto sem capacete. Segundo o Instituto Médico Legal (IML) do estado, a vítima morreu de insuficiência aguda secundária a asfixia.

Os três policiais envolvidos foram afastados das atividades e, depois, presos. Eles respondem por tortura e homicídio triplamente qualificado.

Um ano após a morte de Genivaldo, a Polícia Rodoviária Federal anunciou o Projeto Estratégico Bodycams, que prevê o uso de câmeras corporais nos uniformes dos agentes a partir de abril de 2024. Cerca de 6 mil agentes deverão utilizar os equipamentos, aproximadamente metade da força policial. Os testes práticos começam em novembro, no projeto coordenado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Foto: Reprodução

Da Agência Brasil

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Moraes vota por tornar réus mais 70 envolvidos com atos golpistas

Moraes vota por tornar réus mais 70 envolvidos com atos golpistas

Denúncias estão sendo julgadas pelo plenário virtual do STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou hoje (14) por tornar réus mais 70 pessoas denunciadas por participação nos atos golpista de 8 de janeiro, quando as sedes do Três Poderes, em Brasília, foram invadidas e depredadas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Esse é mais um grupo de denúncias que estão sendo julgadas em conjunto pelo plenário virtual do Supremo, em que não há deliberação presencial, mas apenas votos depositados eletronicamente.

Até o momento, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou 1.390 pessoas por envolvimento nos atos antidemocráticos. Dessas, 1.246 já foram aceitas. Caso a nova leva também seja acolhida pelos ministros do Supremo, o total vai a 1.316.

A maioria dos denunciados responde por crimes como incitação à animosidade das Forças Armadas e associação criminosa. Esse grupo corresponde aos que foram presos no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, no dia seguinte aos ataques. No local, eram feitos pedidos diários de intervenção militar para impedir a efetivação do resultado da eleição presidencial de 2022.

Um grupo menor, de mais de duas centenas de indivíduos, responde por crimes mais graves, como deterioração de patrimônio tombado da União, tentativa de golpe de Estado e associação criminosa armada.

Assim como nas seis levas anteriores, a maioria considerou haver indícios suficientes para a abertura de ação penal contra todos os acusados, que dessa maneira passam à condição de réus. Com isso, abre-se nova fase de instrução processual, com oitiva de testemunhas e eventual produção de mais provas.

Após a nova instrução processual, é aberto prazo para manifestação final de acusação e defesa. Somente depois dessa última etapa que deve ser julgada caso a caso, há eventual condenação dos envolvidos. Não há prazo definido para que isso ocorra.

Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE

Da Agência Brasil

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TJRN determina continuidade do concurso da Polícia Militar do RN

TJRN determina continuidade do concurso da Polícia Militar do RN

Decisão visa garantir continuidade do certame e contratação de novos policiais

O desembargador Claudio Santos, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), acatou o pedido do Estado do Rio Grande do Norte e concedeu efeito suspensivo a um recurso de Apelação Cível. O recurso foi apresentado contra a sentença da 6ª Vara da Fazenda Pública de Natal, que havia determinado a inclusão de prova de redação no concurso público para a formação de praças da Polícia Militar do estado, etapa não prevista inicialmente no edital. A decisão do desembargador visa assegurar a continuidade do certame e a contratação de novos policiais.

O magistrado destacou que o concurso deve prosseguir conforme os termos estipulados no edital, com a conclusão do curso de formação e a efetivação dos candidatos aprovados. Ele ressaltou a importância de evitar prejuízos aos candidatos e de preservar o interesse público na urgente contratação de novos policiais militares, fundamental para fortalecer a estrutura da segurança pública.

O Estado do Rio Grande do Norte apresentou argumentos sólidos para solicitar a suspensão da prova de redação, considerando o avanço significativo do certame. O desembargador enfatizou que a manutenção dos efeitos da sentença anterior comprometeria o andamento do concurso, que já está em fase final. Além disso, ele reiterou a falta de ilegalidade no edital do certame e destacou a boa fé dos milhares de candidatos aprovados nas etapas estabelecidas, sem questionamentos até o momento.

A sentença original, proferida na 6ª Vara da Fazenda Pública de Natal, determinava a inclusão da prova de redação no concurso, seguindo as alegações do Ministério Público do Rio Grande do Norte. No entanto, a decisão do desembargador suspendeu essa medida, assegurando a continuidade do processo seletivo e o iminente reforço no efetivo policial do estado.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Acordo judicial compartilha pensão entre viúva e amante após morte

Acordo judicial compartilha pensão entre viúva e amante após morte

Juiz medeia disputa de benefício e estabelece acordo inédito no Rio Grande do Norte

No desfecho de um caso inusitado, uma viúva residente em Pau dos Ferros, no interior do Rio Grande do Norte, chegou a um acordo surpreendente no campo judiciário. O juiz Eduardo Dantas, da 12ª Vara Federal do estado, intermediou a negociação entre a viúva e uma mulher que manteve um relacionamento extraconjugal com o falecido marido.

Embora sem vínculo oficial reconhecido, ambas concordaram em compartilhar a pensão deixada pelo homem. A decisão, cujos detalhes foram divulgados pelo sistema judiciário federal estadual na quarta-feira (9.ago.2023), estabelece um prazo de até 20 dias para que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) efetue os pagamentos acordados.

A falta de uma jurisprudência clara nos tribunais superiores em relação a casos dessa natureza tornou essa situação única, conforme destacado pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte. O entendimento mútuo alcançado pelas duas partes trouxe uma solução a um impasse que, de outra forma, poderia se arrastar indefinidamente.

O processo, iniciado em fevereiro deste ano, ganha ainda mais relevância devido ao debate jurídico em torno da partilha de benefícios entre dependentes oficiais e aqueles que mantêm relações informais.

De acordo com a comunicação oficial da Justiça Federal, as mulheres apresentaram evidências concretas no decorrer do processo, demonstrando sua dependência econômica em relação ao falecido. Além disso, admitiram ter conhecimento do relacionamento adicional mantido pelo homem, o que pesou na decisão de concordar com o compartilhamento da pensão.

Foto: Ekaterina Bolovtsova/Pexels

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TSE rejeita recurso e mantém mandato do vereador Felipe Alves

TSE rejeita recurso e mantém mandato do vereador Felipe Alves

A defesa do parlamentar natalense foi feita pelo advogado Victor Hugo Soares

A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Carmem Lúcia negou seguimento ao recurso especial apresentado pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), solicitando a perda do mandato do vereador de Natal Felipe Alves, que deixou a sigla em abril de 2022 para se filiar ao União Brasil.

Na decisão divulgada nesta quinta-feira (10), a magistrada seguiu o entendimento da Corte Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE/RN), que já havia rejeitado, à unanimidade, o pedido do PDT, no âmbito local. A defesa do parlamentar natalense foi feita pelo advogado Victor Hugo Soares.

“Estou muito feliz com essa decisão. A soberana vontade dos 4.675 eleitores natalenses foi respeitada. A clara perseguição levada adiante pelo PDT contra mim foi categoricamente rechaçada pela Justiça Eleitoral. Vamos seguir trabalhando a favor de Natal”, destacou o vereador Felipe Alves.

Foto: Divulgação

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Ministro Luis Roberto Barroso é eleito presidente do STF

Ministro Luis Roberto Barroso é eleito presidente do STF

Posse será no dia 28 de setembro

O ministro Luis Roberto Barroso foi eleito, nesta quarta-feira (9), para o cargo de presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). A partir do final de setembro, Barroso vai comandar a Corte pelo período de dois anos. O STF informou que a posse será no dia 28 de setembro.

A eleição do ministro foi realizada de forma simbólica pelo plenário da Corte. Atualmente, Barroso ocupa o cargo de vice-presidente e seria o próximo integrante do STF a presidir o tribunal.

Barroso assumirá o cargo após a ministra Rosa Weber, atual presidente, deixar o cargo. Em setembro, a ministra completará 75 anos e atingirá a idade para aposentadoria compulsória. O próximo vice-presidente será Edson Fachin.

Ao ser saudado pela eleição, Barroso declarou que será honroso chefiar o Judiciário brasileiro. “Recebo com imensa humildade essa tarefa que me é confiada e consciente do peso dessa responsabilidade. Pretendo dignificar a cadeira”, afirmou.

A saída de Rosa Weber permitirá que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva faça a segunda indicação para a Corte no terceiro mandato dele. O primeiro indicado foi o ministro Cristiano Zanin.

Foto: Nelson Jr./ASCOM/TSE

Da Agência Brasil

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Moraes manda soltar mais 72 presos pelos atos golpistas de janeiro

Moraes manda soltar mais 72 presos pelos atos golpistas de janeiro

Número de liberados com medidas cautelares chegou a 162

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltar, nesta terça-feira (8), mais 72 presos pelos atos golpistas de 8 de janeiro. O novo grupo é formado por 25 mulheres e 47 homens.

Somando 90 presos que também foram beneficiados nessa segunda-feira (7) pela soltura, o número de pessoas soltas nesta semana pelo ministro chegou 162, sendo 100 homens e 62 mulheres. Do total de detidos desde os atos de vandalismo e tentativa de golpe de Estado na Praça dos Três Poderes, 128 investigados ainda permanecem presos.

Na decisão, o ministro substituiu a prisão por medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de uso das redes sociais, cancelamento dos passaportes, suspensão do porte de armas e obrigação de comparecer semanalmente à Justiça.

Os acusados respondem pelos crimes de associação criminosa, abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e crime contra o patrimônio público tombado.

Julgamento

O Supremo convocou uma sessão extraordinária do plenário virtual para julgar mais 72 investigados pela depredação de prédios públicos em 8 de janeiro. Os casos serão julgados entre 4 e 14 de agosto.

Foto: EBC-Empresa Brasil de Comunicação – Oficial/Ilustração

Da Agência Brasil

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Concurso da Polícia Militar no RN é suspenso pela Justiça

Concurso da Polícia Militar no RN é suspenso pela Justiça

Justiça do estado paralisa certame após denúncia do Ministério Público; governo tem 90 dias para reverter situação.

A realização do concurso de praças da Polícia Militar no Rio Grande do Norte foi interrompida nesta segunda-feira (7.ago.2023) pela Justiça Estadual. A ausência da prova de redação, exigida por lei estadual na primeira etapa do processo seletivo, levou à ação civil pública movida pelo Ministério Público local. Esta é a segunda vez que o concurso é suspenso sob a mesma justificativa.

O juiz Bruno Lacerda Bezerra Fernandes, responsável pela decisão, ordenou que o governo estadual conduza, em até 90 dias, a avaliação de redação para os candidatos aprovados na última fase, a de Investigação Social. O Comando Geral da Polícia Militar optou por não comentar sobre a medida judicial, alegando não ter recebido nenhuma notificação oficial até a manhã de hoje.

Na denúncia, alegou-se que o edital não cumpriu as disposições legais ao omitir a prova de redação, contrariando o Artigo 10º, Parágrafo 2º, Inciso XI, e o Artigo 11, Parágrafo 9º, da Lei Estadual nº 4.630/1976, com as alterações introduzidas pela Lei Complementar Estadual nº 613/2018. O Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC) é a entidade responsável pelo concurso.

A decisão estipula que o Estado não deve permitir a matrícula de candidatos no Curso de Formação de Praças da PMRN até que seja publicado o resultado final definitivo, considerando a pontuação da prova de redação aplicada aos aprovados na etapa final do concurso. Caso haja descumprimento, uma multa diária de R$ 10 mil, limitada a R$ 300 mil, foi estabelecida.

O concurso, que oferece 1.128 vagas para o Curso de Formação de Praças e 30 para o Curso de Formação de Praças Músicos, teve seu edital divulgado em janeiro deste ano. A prova objetiva ocorreu em abril, com os resultados finais anunciados em maio. A paralisação afetou os exames de habilitação musical e avaliação de condicionamento físico que estavam agendados para os candidatos convocados.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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STF decide que prefeitura de São Gonçalo do Amarante tem direito de cobrar IPTU do Aeroporto

STF decide que prefeitura de São Gonçalo do Amarante tem direito de cobrar IPTU do Aeroporto

Decisão monocrática do ministro Luís Roberto Barroso muda entendimento anterior e permite cobrança do imposto sobre o Aeroporto Governador Aluízio Alves, administrado por empresa privada

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão emitida no dia 1º de agosto, determinou que a prefeitura de São Gonçalo do Amarante está autorizada a cobrar o IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana) do Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves. O aeroporto, que presta serviços para Natal, região metropolitana da capital, e outras cidades do Rio Grande do Norte, é operado por um consórcio privado, o Inframérica.

A controvérsia teve início quando a concessionária do aeroporto entrou com uma ação anulatória de débito fiscal, buscando a isenção do IPTU referente aos anos de 2012 a 2017. A Justiça estadual havia considerado válida a argumentação da empresa, baseada na “imunidade tributária recíproca” alegada devido à natureza de prestadora de serviços públicos de infraestrutura aeroportuária. No entanto, o município recorreu dessa decisão, culminando em uma reviravolta no Supremo Tribunal Federal.

O ministro Barroso ressaltou que a imunidade tributária prevista para órgãos públicos e entidades voltadas à prestação de serviços públicos não se estende automaticamente a empresas com fins lucrativos. Ele apontou que a jurisprudência consolidada do STF, em temas como os de números 437 e 385, estabeleceu a incidência de IPTU sobre imóveis públicos cedidos a empresas privadas para exploração comercial lucrativa.

O Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, que passou recentemente por um processo de nova licitação e foi arrematado pela empresa Zurich por R$ 320 milhões em maio, foi o primeiro aeroporto do Brasil a ser privatizado. Embora a Inframérica tenha anunciado sua desistência do contrato em 2020, a empresa continuará administrando o terminal até a transição para a nova arrematadora.

Foto: Aeroporto de Natal/Reprodução/Redes Sociais

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Desembargador determina suspensão da greve dos servidores da saúde no Estado

Desembargador determina suspensão da greve dos servidores da saúde no Estado

Glauber Rêgo acatou pedido do Governo do Estado e considera greve ilegal dos servidores da saúde no RN

O desembargador Glauber Rêgo emitiu uma decisão nesta sexta-feira (4.ago.2023) determinando a suspensão da greve dos servidores da saúde no Rio Grande do Norte. A decisão foi proferida em resposta a um pedido do Governo do Estado, que alegou a essencialidade do serviço público. Caso o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (Sindsaúde-RN) não cumpra a determinação, estará sujeito a multa diária de R$ 10 mil.

A greve teve início no dia 19 de julho e tem como principais reivindicações o reajuste salarial, a realização de concurso público e a melhoria das condições de trabalho. O desembargador considerou, além da importância dos serviços prestados pela categoria, que a greve é ilegal e abusiva.

Em sua decisão, o magistrado afirmou: “Nessa ordem de considerações, restando demonstrada a verossimilhança das alegações autorais (consoante acima demonstrado), entendo que a greve da forma anunciada se apresenta, ao menos neste momento de cognição sumária, ilegal e abusiva”.

O Governo do Estado argumenta que não houve justificativa válida para a deflagração do movimento paredista, ressaltando que a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) realizou duas reuniões com os representantes do grupo grevista nos dias 13 e 28 de julho, apresentando soluções a médio prazo, que foram recebidas de forma inflexível pelo sindicato.

Foto: Sindsaúde RN/Ilustração/Redes Sociais

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Sesap terá que comprovar retirada de macas dos corredores do Walfredo Gurgel

Sesap terá que comprovar retirada de macas dos corredores do Walfredo Gurgel

Decisão foi tomada em resposta a um requerimento do MPRN que busca garantir o cumprimento de um acordo extrajudicial homologado

O juiz Artur Cortez Bonifacio, da 2ª vara da Fazenda Pública de Natal, determinou um prazo de 72 horas para a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) apresentar informações sobre as medidas adotadas para esvaziar os corredores do Hospital Walfredo Gurgel.

A decisão foi tomada em resposta a um requerimento do Ministério Público do Estado do RN (MPRN) que busca garantir o cumprimento de um acordo extrajudicial homologado. O objetivo é assegurar o respeito à dignidade dos pacientes atualmente internados em macas nos corredores da unidade hospitalar.

O MPRN solicitou que a Sesap informe se a regulação da porta do pronto-socorro Clóvis Sarinho foi efetivada e se a Central de Acesso às Portas Hospitalares (CAPH) foi estruturada conforme o acordo, com o número adequado de médicos clínicos para atender a demanda.

Além disso, a secretaria deve esclarecer se atualizou os fluxos assistenciais das urgências clínicas e cirúrgicas, bem como se publicou portaria regulamentando o fluxo das urgências traumáticas. É também questionada a divulgação das mudanças de fluxo assistenciais para os gestores municipais e a sociedade em geral.

A Sesap ainda não se manifestou sobre o assunto até o momento desta publicação.

Foto: SindSaúde/RN

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Carla Zambelli e hacker da vaza jato são alvos de operação da PF

Carla Zambelli e hacker da vaza jato são alvos de operação da PF

Walter Delgatti voltou a ser preso em caráter preventivo nesta quarta

Alvo da Operação 3FA, que apura a suposta invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em janeiro deste ano, Walter Delgatti Neto, conhecido como hacker da vaza jato, está detido na Delegacia da Polícia Federal (PF) em Araraquara (SP).

A prisão preventiva do estudante de direito foi confirmada à Agência Brasil por seu advogado, Ariovaldo Moreira. Segundo o defensor, Delgatti foi “surpreendido” pela decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que autorizou que o hacker fosse detido em caráter preventivo.

“Estou com o Delgatti aqui do meu lado, tentando ter acesso à [íntegra da] decisão para entendermos o motivo [da prisão]. Até agora, só tivemos acesso ao mandado [judicial] de prisão determinada pelo ministro Alexandre de Moraes”, comentou o advogado, que confirmou que entre os alvos da operação, está também a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Ela dará uma coletiva à imprensa no final da manhã de hoje, para comentar a operação.

“Até onde sabemos, a única prisão preventiva decretada foi a do Walter. Em relação às outras pessoas, foram autorizados apenas o cumprimento de mandados de busca e apreensão”, acrescentou o advogado Moreira.

Segundo a PF, a Operação 3FA é resultado das investigações preliminares da invasão dos sistemas do CNJ e da posterior inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão, com o uso de credenciais falsas que os investigados obtiveram ilicitamente. Entre as informações fraudulentas inseridas no sistema havia um falso mandado de prisão do ministro Alexandre de Moraes contra ele mesmo.

“Os crimes apurados ocorreram entre os dias 4 e 6 de janeiro de 2023, quando teriam sido inseridos no sistema do CNJ e, possivelmente, de outros tribunais do Brasil, 11 alvarás de soltura de indivíduos presos por motivos diversos e um mandado de prisão falso em desfavor do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes”, esclareceu a PF, em nota divulgada hoje (2).

O inquérito policial que apura os supostos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológico tramita no STF devido a inclusão da deputada federal Carla Zambelli, que, como parlamentar, tem foro privilegiado.

Já Delgatti, responde a outro processo, no âmbito da Operação Spoofing, que investiga a invasão dos celulares do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e hoje senador, Sergio Moro (União Brasil – PR), e de outras autoridades.

Esta é terceira vez que o hacker é preso preventivamente desde julho de 2019. A segunda detenção foi decretada em junho deste ano, por descumprimento de medidas judiciais, e só em julho a Justiça voltou a autorizar a soltura de Delgatti, mediante o uso de tornozeleira eletrônica.

Vaza Jato

A divulgação das informações extraídas ilegalmente dos aparelhos telefônicos, como a troca de mensagens entre Moro e o ex-procurador da República e então coordenador da força-tarefa Lava Jato, o atual deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), deram origem à chamada Operação Vaza Jato, expondo os bastidores da Operação Lava Jato e reforçando os argumentos dos críticos que acusavam o Poder Judiciário de vazar informações sigilosas de forma seletiva, com objetivos políticos; violar o devido processo legal e o princípio da imparcialidade e abusar das prisões preventivas a fim de forçar os investigados a fazerem acordos de delação premiada.

Em seu perfil no Twitter, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, postou que os mandados judiciais são relativos a invasões ou tentativas de invasões de sistemas informatizados do Poder Judiciário da União, no contexto dos ataques às instituições.

“Em prosseguimento às ações em defesa da Constituição e da ordem jurídica, a Polícia Federal está cumprindo mandados judiciais relativos a invasões ou tentativas de invasões de sistemas informatizados do Poder Judiciário da União, no contexto dos ataques às instituições”.

Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Da Agência Brasil

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Lula diz que vai escolher novo PGR com “mais critério”

Lula diz que vai escolher novo PGR com “mais critério”

Presidente não quer procurador que “faça denúncia falsa”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta terça-feira (1°), que a escolha do novo procurador-geral da República será feita “com mais critério”. Para o presidente, o cargo deve ser ocupado por “alguém que goste do Brasil, alguém que não faça denúncia falsa”. Em setembro, termina o mandato de Augusto Aras à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR) e a indicação do novo nome cabe ao presidente do país.

“Eu vou escolher a pessoa que eu achar que é a melhor para os interesses do Brasil, se der errado, paciência, mas eu vou tentar escolher o melhor”, disse, durante o programa semanal Conversa com o Presidente, transmitido pelo Canal Gov.

“Eu vou escolher com mais critério, com mais pente fino, para não cometer um erro. Eu não quero escolher alguém que seja amigo do Lula, eu quero escolher alguém que seja amigo desse país, alguém que goste do Brasil, alguém que não faça denúncia falsa, alguém que não levante falso sobre o outro.

Quem denuncia uma denúncia falsa e depois não prova deveria pagar as custas do processo porque assim a gente consegue fazer as pessoas serem mais honestas e decentes nas suas decisões”, acrescentou o presidente.

Lula disse que sempre teve “o mais profundo respeito pelo Ministério Público”, mas que a atuação do órgão na Operação Lava Jato o fez perder a confiança. No âmbito da operação, Lula foi investigado, condenado e preso, em abril de 2018. Em março do ano passado, o Supremo Tribunal Federal anulou as condenações ao entender que a 13ª Vara Federal em Curitiba (PR), sob comando do ex-juiz Sergio Moro, não tinha competência legal para julgar as acusações.

Hoje, Lula citou a atuação do então chefe da força-tarefa em Curitiba, o ex-procurador Deltan Dallagnol, e disse que as decisões da Lava Jato visavam um projeto de poder e levaram à eleição do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Era uma das instituições que eu idolatrava nesse país. Depois dessa quadrilha que o Dallagnol montou, eu perdi muita confiança. Eu perdi porque é um bando de aloprado, que acharam que poderiam tomar o poder, estavam atacando todo mundo ao mesmo tempo, atacando o governo, o Poder Executivo, o Legislativo, a suprema corte. Eles fizeram a sociedade brasileira refém durante muito tempo”, disse Lula.

“Eu acho que, mais grave do que a própria lei, foi o fato de que a sociedade brasileira ou uma grande parcela dela foi cooptada pela mentira. Se estabeleceu uma espécie de pacto, as quadrilhas, seja o Ministério Público, seja o juiz Moro, eles convenceram a sociedade de que tal coisa era verdade e a sociedade embarcou através do meio de comunicação”, argumentou o presidente na conversa desta terça-feira com o jornalista Marcos Uchôa.

Para Lula, muitas personalidades e empresas importantes para o país foram destruídas. “Você poderia punir o diretor da empresa, mas não pune a empresa. Você causar quase 4 milhões de desempregos nesse país, quase que aniquilar a indústria de engenharia, a indústria de óleo e gás, em benefício de quem? Não foi do povo brasileiro. O resultado disso foi o maluco beleza [Jair Bolsonaro] que governou esse país durante quatro anos, o resultado disso foi o fascismo nesse país”, afirmou.

Lista tríplice

O presidente destacou que ainda fará muitas conversas antes da escolha.

“Vou ouvir muita gente, vou atrás de informações de pessoas que eu penso, vou discutir se é homem ou se é mulher, se é negro, se é branco, tudo isso é um problema meu, que está dentro da minha cabeça. E quando eu tiver o nome, eu indico”, disse.

No mês passado, a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) definiu a lista tríplice que será enviada ao presidente para indicação ao cargo de procurador-geral da República. Apesar da mobilização dos procuradores, Lula já afirmou que não vai seguir, necessariamente, as sugestões de nomes para a sucessão na procuradoria, como fez em seus dois primeiros governos.

De acordo com a Constituição, o presidente da República não é obrigado a seguir a lista da associação e pode escolher qualquer um dos subprocuradores em atividade para o comando do órgão. A candidata mais votada foi a subprocuradora Luiza Frischeisen, seguida de Mário Bonsaglia. Os dois já figuraram em listas anteriores. Em terceiro ficou José Adonis Callou, ex-coordenador da Operação Lava Jato na PGR.

A lista tríplice foi criada em 2001 e é defendida pelos procuradores como um dos principais instrumentos de autonomia da carreira. Entre 2003 e 2017, durante os governos Lula e Dilma, o procurador-geral da República nomeado foi o mais votado na lista tríplice.

Em 2017, o ex-presidente Michel Temer indicou a procuradora Raquel Dodge, que, na ocasião, foi a segunda colocada na votação. Em 2019, Jair Bolsonaro não seguiu a lista e indicou Augusto Aras, que foi reconduzido ao cargo dois anos depois.

Após indicação do presidente da República, o procurador-geral é sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e precisa ter o nome aprovado pelo plenário da Casa. Em seguida, a posse é marcada pela Procuradoria-Geral da República.

Novo IBGE

Durante o programa Conversa com o Presidente, Lula também comentou a indicação do professor e pesquisador Márcio Pochmann para a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e as críticas de que Pochmann poderia “manipular dados a favor do governo”. Segundo o presidente, “não é aceitável as pessoas tentarem criar uma imagem negativa de uma pessoa da qualificação do Márcio Pochmann”.

“É um dos grandes intelectuais desse país, é um rapaz extremamente preparado. Eu escolhi porque confio na capacidade intelectual dele, ele é um pesquisador exímio”, disse Lula.

“Quem tem uma história nesse país, como a que vocês me ajudaram a construir, não vai precisar de manipular dados para poder fazer as coisas. Quanto mais verdadeiro forem os dados, melhor para quem governa.”

“Quem gosta de dados mentirosos, caiu fora, quem gosta de mentira, de fake news caiu fora. O que nós queremos são os dados do jeito que eles são, como foram apurados, com a maior clareza, com a maior realidade”, acrescentou o presidente.

Ainda de acordo com Lula, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, já sabia, “há muito tempo”, que Pochmann era o seu escolhido, mas ponderou que a troca no IBGE fosse feita após o término do Censo Demográfico de 2022, prejudicado após sucessivos adiamentos. “Fez o censo, terminou o censo, agora o Márcio Pochmann vai tomar posse como presidente do IBGE”, afirmou.

O IBGE é subordinado ao Ministério do Planejamento. Pochmann vai substituir o atual presidente Cimar Azevedo, funcionário de carreira e ex-diretor de Pesquisas do instituto que está de forma interina no cargo desde o início do ano.

Figura histórica ligada ao Partido dos Trabalhadores, o professor e pesquisador presidiu o Instituto Lula e a Fundação Perseu Abramo (fundação do PT voltada a elaboração de estudos, debates e pesquisas). De 2007 a 2012, comandou o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Pochmann é membro da corrente de economistas ligada à Universidade de Campinas (Unicamp), caracterizada pela defesa do desenvolvimentismo econômico e da indústria nacional. Ele acumula pesquisas nas áreas de desenvolvimento, políticas públicas e relações de trabalho.

Foto: Antonio Augusto / Secom / PGR

Da Agência Brasil

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Supremo terá julgamentos decisivos no segundo semestre

Supremo terá julgamentos decisivos no segundo semestre

Porte de drogas e demarcação de terras indígenas estão na pauta

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma na terça-feira (1°) as sessões de julgamento após o recesso de julho. O segundo semestre na Corte será marcado por julgamentos decisivos, entre eles, a descriminalização do porte de drogas para uso pessoal, a legalidade do juiz de garantias e do marco temporal para demarcação de terras indígenas.

Também estão previstas a posse de Cristiano Zanin, no início de agosto, e a aposentadoria da ministra Rosa Weber, em outubro.

Início dos trabalhos

Na primeira sessão, os ministros vão retomar o julgamento sobre o uso da tese de legítima defesa da honra para justificar a absolvição de condenados por feminicídio.

Em junho, antes do recesso, a maioria de votos foi formada para proibir que a tese possa ser utilizada como argumento de defesa dos advogados do réu ou para justificar absolvição pelo Tribunal do Júri, sob pena de anulação. Faltam os votos das ministras Rosa Weber e Cármen Lúcia.

A Corte julga uma ação protocolada pelo PDT em 2021 para impedir a absolvição de homens acusados de homicídio contra mulheres com base no argumento de que o crime teria sido cometido por razões emocionais, como uma traição conjugal, por exemplo.

Porte de drogas

Na quarta-feira (2), a Corte retoma o julgamento que trata da descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal. A descriminalização começou ser analisada em 2015, mas o julgamento foi suspenso por um pedido de vista do ministro Alexandre de Moraes.

O caso trata da posse e do porte de drogas para consumo pessoal, infração penal de baixa gravidade que consta no Artigo 28 da Lei das Drogas (Lei 11.343/2006). As penas previstas são advertência sobre os efeitos das drogas, serviços comunitários e medida educativa de comparecimento a programa ou curso sobre uso de drogas.

Até o momento, três ministros – Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Gilmar Mendes – votaram, todos a favor de algum tipo de descriminalização da posse de drogas.

Zanin

Na quinta-feira (3), Cristiano Zanin será e empossado no cargo de ministro do Supremo. Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aprovado pelo Senado, Zanin tem 47 anos e vai ocupar a cadeira deixada pelo ministro Ricardo Lewandowski, que se aposentou em maio deste ano.

Juiz de garantias

Um dos primeiros julgamentos com participação de Zanin será o da constitucionalidade do juiz de garantias. Trata-se de mecanismo no qual o magistrado responsável pela sentença não é o mesmo que analisa as cautelares durante o processo criminal. A retomada do julgamento está prevista para 9 de agosto.

Terras indígenas

Ainda neste semestre, o Supremo deve retomar o julgamento sobre obre o marco temporal para demarcação de terras indígenas. Em junho, o ministro André Mendonça pediu vista do processo, que deve ser devolvido para julgamento no prazo de 90 dias. Na sessão na qual a análise foi suspensa, a presidente de Supremo, Rosa Weber, cobrou do ministro a devolução do processo para julgamento antes de sua aposentadoria.

Rosa Weber

Em outubro, a ministra Rosa Weber completará 75 anos e deverá se aposentar compulsoriamente. Com a abertura da vaga, o presidente Lula poderá fazer nova indicação para a Corte, a segunda em seu atual mandato.

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Da Agência Brasil

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MPRN aciona à Justiça para esvaziar os corredores do Hospital Walfredo Gurgel

MPRN aciona à Justiça para esvaziar os corredores do Hospital Walfredo Gurgel

Superlotação e falta de estrutura levam MP a tomar medidas judiciais contra Secretaria de Saúde

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) acionou a Justiça, nesta quarta-feira (26.jul.2023) com um requerimento de cumprimento de sentença, solicitando que a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) tome medidas imediatas para desocupar os corredores do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, a maior unidade de saúde pública do estado.

No dia 11 deste mês, o MPRN havia acionado a Sesap em uma audiência extrajudicial para tratar da superlotação do hospital e concedeu um prazo de 15 dias para a resolução do problema, prazo que expirou nesta quarta-feira, de acordo com o órgão. Diante da falta de solução, o caso foi levado à Justiça.

A Sesap manifestou discordância em relação ao posicionamento do MPRN, alegando que o prazo ainda está em vigor e afirmou que a direção do hospital se manifestará no momento oportuno.

O MPRN entregou o pedido à 2ª vara da Fazenda Pública de Natal, explicando que o objetivo da ação é restaurar a dignidade humana dos pacientes que estão atualmente internados em macas nos corredores do hospital. A superlotação chegou ao ponto de ambulâncias do Samu Natal ficarem retidas na unidade por falta de espaço, enquanto acompanhantes relataram ter que dormir no chão para ficarem ao lado dos internados.

No requerimento, o MPRN exige que a Sesap informe se a regulação do pronto-socorro Clóvis Sarinho, situado no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, foi totalmente efetivada. Além disso, o MP cobra da secretaria se a Central de Acesso às Portas Hospitalares (CAPH) foi estruturada com o número adequado de médicos para atendimento e se os fluxos assistenciais foram atualizados para orientar os profissionais que trabalharão na regulação do acesso às urgências clínicas e cirúrgicas.

O histórico do hospital demonstra uma série de desafios com a superlotação, que se agravou desde meados de junho devido a uma suspensão parcial das atividades por parte dos prestadores ortopédicos, após determinação da SMS/Natal. Essa situação gerou um acúmulo de pacientes nos corredores, comprometendo a capacidade assistencial do Walfredo Gurgel.

Foto: SindSaúde/RN

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Operação Escoliose desmantela cartel no setor de materiais cirúrgicos

Operação Escoliose desmantela cartel no setor de materiais cirúrgicos

Ministério Público do Rio Grande do Norte e Cade investigam organização criminosa que fraudava cirurgias ortopédicas

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deflagraram, nesta quarta-feira (26.jul.2023) a operação Escoliose com o intuito de desvendar a formação de um cartel envolvendo uma organização criminosa atuante no comércio de órteses, próteses e materiais especiais (OPME) usados em cirurgias ortopédicas. A investigação aponta para a participação de duas advogadas e um médico ortopedista no esquema fraudulento, bem como sócios e funcionários de empresas fornecedoras do material cirúrgico.

A ação, que contou com a participação dos Ministérios Públicos de Pernambuco (MPPE) e da Paraíba (MPPB), além das Polícias Militares dos três estados e a Polícia Civil pernambucana, cumpriu 24 mandados de busca e apreensão nas cidades de Natal, Recife (PE), Camaragibe (PE), João Pessoa (PB) e Campina Grande (PB). No total, 19 promotores de Justiça, 56 servidores dos MPs, 30 servidores do Cade e mais de 100 policiais civis e militares estiveram envolvidos na operação.

As investigações, iniciadas em 2019, revelaram que o grupo criminoso manipulava a judicialização de cirurgias emergenciais de escoliose, obtendo vantagens financeiras fraudulentas por meio de superfaturamento no fornecimento de OPME para procedimentos cirúrgicos, prejudicando o setor público. As advogadas envolvidas protocolaram pelo menos 46 processos judiciais, resultando em um montante de R$ 7.443.282,53 pagos pelo Estado do Rio Grande do Norte para custear cirurgias ortopédicas, sendo que 42 delas foram direcionadas à clínica do médico investigado.

Além disso, foi apurado que as empresas indicadas pelas advogadas faziam orçamentos de OPME de maneira previamente acordada, forjando uma suposta concorrência no mercado. Algumas empresas pertenciam ao mesmo grupo, compartilhando sócios e apresentando vínculos familiares entre eles, caracterizando a formação de um cartel. Pelo menos 21 sócios e funcionários das empresas fornecedoras são suspeitos de obter vantagens ilícitas em detrimento do erário e de eliminar a concorrência no mercado.

Os investigados estão sujeitos a responder por infrações contra a ordem econômica, crimes contra a ordem econômica, organização criminosa e outros delitos, de acordo com a Lei de Defesa da Concorrência. Caso condenadas administrativamente, as empresas envolvidas podem receber multas de até 20% de seu faturamento no ano anterior à instauração do processo. As pessoas físicas implicadas também estão sujeitas a punições de até 20% do valor das penas aplicadas às empresas.

O material apreendido na operação será analisado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRN. O Cade, autarquia federal vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, tem como missão preservar a livre concorrência no mercado e é responsável por investigar e tomar decisões sobre questões concorrenciais. Além disso, atua na promoção e disseminação da cultura da livre concorrência no âmbito do Poder Executivo.

Foto: Divulgação/MPRN

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Servidores do Detran-RN encerram greve após ameaça de corte de ponto

Servidores do Detran-RN encerram greve após ameaça de corte de ponto

Decisão judicial decretou ilegalidade da greve, mas Sindicato dos Servidores Públicos contesta e prepara recurso

Os servidores do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Norte (Detran-RN) decidiram, em assembleia realizada nesta terça-feira (25.jul.2023), pôr fim à greve que já se estendia por 20 dias, após uma decisão judicial ameaçar cortar o ponto dos trabalhadores que participavam do movimento paredista.

Apesar do encerramento, o Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Indireta do Rio Grande do Norte (Sinai-RN) alega que o movimento sempre esteve dentro dos limites legais e discorda da decisão judicial que o considerou ilegal. Segundo o coordenador de comunicação do Sinai, Alexandre Guedes, a decisão do desembargador Expedito Ferreira é considerada absurda e cruel pela categoria.

Guedes afirma que, além de atacar o direito dos servidores ao reajuste anual, o governo também está cerceando o direito de luta dos trabalhadores. O servidor contesta as informações apresentadas pelo Governo do Estado, alegando que o Sindicato sempre buscou o diálogo para garantir os direitos da categoria, o que não ocorreu devido à intransigência do poder público, que foi acatada pelo judiciário.

Mesmo com o fim da greve, o Sinai não pretende desistir da luta e continuará a cobrar o respeito aos direitos dos trabalhadores. O Sindicato já prepara um recurso contra a decisão do Tribunal de Justiça do RN que considerou a greve ilegal e solicitará uma audiência de conciliação de caráter urgente. Um encontro entre os servidores e o poder público está agendado para o próximo dia 9 de agosto, visando a negociação das reivindicações.

Na mesma assembleia em que foi encerrada a greve, os servidores aprovaram medidas para manter ativa a luta pelos seus direitos, incluindo a manutenção da coordenação estadual da categoria, atualização do calendário de atividades, realização de atos públicos, manifestações e panfletagens, além da publicação de uma nota relatando a situação dos trabalhadores.

Foto: Lenilton Lima

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Juíza determina remoção de post e quebra de sigilo de Jean Wyllys após ofensas contra governador

Juíza determina remoção de post e quebra de sigilo de Jean Wyllys após ofensas contra governador

Ex-deputado chamou Eduardo Leite de “gay com homofobia internalizada”, resultando em decisão judicial

A juíza Rosalia Huyer, da 2ª Vara Criminal de Porto Alegre, acatou a solicitação do Ministério Público do Rio Grande do Sul e ordenou a remoção de uma publicação na qual o ex-deputado federal Jean Wyllys dirigiu ofensas ao governador do estado, Eduardo Leite (PSDB), o chamando de “gay com homofobia internalizada”.

De acordo com informações publicadas pelo Estadão, em decorrência das “ofensas homofóbicas”, a magistrada também julgou “adequada e necessária” a quebra do sigilo dos dados da conta de Jean Wyllys no Twitter. A plataforma tem prazo de cinco dias para fornecer as informações requeridas.

No despacho assinado nesta quarta-feira (26.jul.2023), Rosalia Huyer ressaltou que a declaração de Jean Wyllys “não se limitou a uma crítica ao governo, mas consistiu em verdadeiros ataques pessoais ao governador, com ofensas à sua dignidade e decoro”.

O ex-deputado Jean Wyllys ainda não se pronunciou sobre o caso. Até então, seu nome era cotado para assumir um cargo no governo Federal.

Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

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Justiça arquiva ação de Maria do Rosário contra Jair Bolsonaro

Justiça arquiva ação de Maria do Rosário contra Jair Bolsonaro

Em 2014, ele disse que não a estupraria “porque ela não merecia”

A Justiça do Distrito Federal decidiu, nesta segunda-feira (24), arquivar a ação penal na qual o ex-presidente Jair Bolsonaro era réu por insultos contra a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS). Na decisão, o juiz Francisco Antonio Alves de Oliveira verificou que, de acordo com a legislação penal, os crimes de calúnia e injúria imputados ao ex-presidente prescreveram.

“Tendo em vista a data do recebimento da queixa-crime, o período em que o processo permaneceu suspenso, o correspondente prazo prescricional e a pena máxima cominada no caso verifica-se a ocorrência da prescrição da pretensão punitiva do Estado, uma vez que transcorridos mais de três anos sem que tenham ocorrido outras causas de interrupção e suspensão”, escreveu o magistrado.

No dia 9 de dezembro de 2014, em discurso no plenário da Câmara dos Deputados, Bolsonaro disse que só não estupraria Maria do Rosário porque “ela não merecia”, em uma crítica à aparência da colega de parlamento. No dia seguinte, o então parlamentar repetiu a declaração em entrevista ao jornal Zero Hora. Posteriormente, a deputada processou Bolsonaro.

O ex-presidente passou a responder às acusações no Supremo Tribunal Federal (STF), mas o processo foi suspenso após ele assumir Presidência da República, em 2019. Com o fim do mandato e do foro privilegiado, o Supremo determinou que o caso voltasse a tramitar na primeira instância da Justiça do DF.

A defesa de Bolsonaro alegou que o embate entre Maria do Rosário e Bolsonaro ocorreu dentro do Congresso e deveria ser protegido pela regra constitucional da imunidade parlamentar, que impede a imputação criminal quanto às suas declarações.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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PF ouve Moraes sobre agressão no aeroporto de Roma

PF ouve Moraes sobre agressão no aeroporto de Roma

Ministro depôs na Superintendência da corporação em São Paulo

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi ouvido hoje (24) pela Polícia Federal (PF) na investigação que apura os atos de hostilidade contra ele e seus familiares no Aeroporto de Roma, na Itália.

As informações sobre o episódio, que ocorreu na sexta-feira (14), foram prestadas pelo ministro e seus filhos na Superintendência da PF em São Paulo.

A PF já identificou os suspeitos, que foram ouvidos na semana passada pela corporação. Os investigadores aguardam a liberação de imagens captadas pelo sistema de segurança do Aeroporto Fiumicino, o principal da capital italiana.

Os três suspeitos já estão no Brasil. De acordo com as investigações, o casal Roberto Mantovani Filho e sua esposa, Andrea Mantovani, e o genro, Alex Zanatta, estão envolvidos nas agressões.

Segundo as reportagens divulgadas pela imprensa, o grupo teria chamado o ministro de “bandido e comunista”. Ao questionar os insultos, o filho do ministro foi agredido por um dos acusados. Moraes estava na Itália para participar de uma palestra na Universidade de Siena.

A defesa do casal Mantovani sustenta que seus clientes não têm relação com os fatos e trata o caso como um “equívoco interpretativo”.

No domingo (16), Alex Zanatta prestou depoimento na delegacia da Polícia Federal em Piracicaba, interior de São Paulo, e também negou ter proferido ofensas contra o ministro.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Justiça determina bloqueio de recursos do Estado para tratamento de de idosa com câncer

Justiça determina bloqueio de recursos do Estado para tratamento de idosa com câncer

Vara da Infância, da Juventude e do Idoso de Parnamirim determina bloqueio de verbas públicas para custeio de três meses de tratamento domiciliar em benefício de paciente com diagnóstico grave

A Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Comarca de Parnamirim, no Rio Grande do Norte, emitiu uma decisão que resultou no bloqueio de recursos públicos estaduais, no valor de R$ 211.409,94, destinados ao tratamento de Home Care de uma idosa que enfrenta um quadro de câncer de ovário. A determinação veio após a paciente ingressar com uma ação de urgência, buscando que o Estado custeasse os cuidados necessários em sua residência, conforme prescrição médica, uma vez que ela não apresentava a estabilidade clínica para internação hospitalar.

A paciente, de 62 anos, tem sido atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e foi diagnosticada com Neoplasia de Ovário e Encefalopatia Anóxica, condições que demandam atendimento especializado contínuo. Ela alegou a necessidade de profissionais de saúde, como fonoaudiólogo, fisioterapeutas, técnicos de enfermagem, nutricionista, médico e assistente social, além de equipamentos e materiais específicos, como aspirador de vias aéreas, suporte para dieta enteral e curativos, bem como a administração de medicamentos e insumos.

Inicialmente, o pedido de liminar foi indeferido, mas a autora recorreu ao Tribunal de Justiça, que determinou que o Estado do Rio Grande do Norte fornecesse o tratamento em Home Care na rede pública, conveniada ou privada, dentro de cinco dias, sob pena de bloqueio de recursos públicos. Como o serviço não foi providenciado, a magistrada Ilná Rosado Motta justificou o bloqueio dos recursos, considerando o valor de três meses de tratamento e exigindo a apresentação de prestação de contas mês a mês para liberação dos valores.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Ministro suspende normas que permitem salários acima do teto em Goiás

Ministro suspende normas que permitem salários acima do teto em Goiás

Liminar de André Mendonça será analisada pelo plenário do STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, suspendeu, neste sábado (22), cinco leis do estado de Goiás que permitem que os servidores públicos estaduais recebam salários acima do teto do funcionalismo público, previsto na Constituição Federal de 1988. Atualmente, este teto é o equivalente ao valor do salário dos ministros do STF (R$ 41,6 mil).

A medida cautelar concedida por André Mendonça suspendeu imediatamente os efeitos das normas estaduais questionadas na ação direta de inconstitucionalidade (ADI 7402), proposta pelo procurador-geral da República, Augusto Aras. A Advocacia-Geral da União (AGU) também se manifestou favorável ao deferimento da medida cautelar.

A decisão liminar ainda será analisada pelos demais ministros da corte, no plenário do STF.

Verbas indenizatórias

Os artigos questionados são de cinco leis estaduais que regulamentam as verbas indenizatórias atribuídas tanto a comissionados, como a funcionários públicos efetivos do governo do estado, do Poder Judiciário estadual, do Tribunal de Contas do Estado de Goiás e dos municípios goianos, além de procuradores do Ministério Público de Contas (arts. 92, § 2º, e 94, parágrafo único, da Lei 21.792, de 2023; a Lei 21.831/2023; o art. 2º da Lei 21.832/2023; a Lei 21.833/2023; e o art. 2º da Lei 21.761/2022). As referidas normas regulamentavam o recebimento das chamadas “verbas indenizatórias”, que ultrapassam o limite fixado pelo teto do funcionalismo público. O ministro Mendonça discordou do texto destas legislações. “Para que se tipifique um gasto como indenizatório, não basta que a norma assim o considere”.

André Mendonça ressaltou que a Constituição Federal estabelece os valores máximo e mínimo que podem prevalecer em qualquer das entidades políticas ou suas entidades administrativas, em qualquer quadrante do país. “Tais valores correspondem aos limites máximo (fixado pelo subsídio do ministro do Supremo Tribunal Federal) e mínimo (que é estabelecido pelo padrão pecuniário definido legalmente como salário mínimo para qualquer trabalhador)”, escreveu o ministro em sua decisão liminar.

O magistrado entende ainda que valor máximo da remuneração recebido pelos servidores públicos da União, estados, Distrito Federal e municípios deve ser respeitado. “A observância da norma de teto de retribuição representa verdadeira condição de legitimidade para o pagamento das remunerações no serviço público”, diz nos autos o ministro do STF, André Mendonça.

Foto: Carlos Moura/SCO/STF

Da Agência Brasil

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ABC negocia devolução de atleta envolvido em esquema de apostas esportivas fraudulentas

ABC negocia devolução de atleta envolvido em esquema de apostas esportivas fraudulentas

Clube afasta jogador denunciado pelo Ministério Público do Estado de Goiás e busca resolver situação com Red Bull Bragantino

O ABC anunciou na tarde desta sexta-feira (21.jul.2023) que está em negociações para devolver o atleta Thonny Anderson ao Red Bull Bragantino, clube detentor dos direitos do jogador, após ele ser denunciado pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) em um esquema de apostas esportivas fraudulentas.

Logo após confirmar a denúncia contra o jogador, a direção do ABC tomou a decisão de afastá-lo da próxima partida da equipe, marcada para este sábado (22.jul) no Estádio Onésio Brasileiro Alvarenga, em Goiânia, contra o Vila Nova-GO. A última vez que Anderson vestiu a camisa do ABC foi na quarta-feira (19.jul), no jogo contra o Guarani-SP na Arena das Dunas, mesmo dia em que o MPGO formalizou a denúncia às autoridades judiciais.

De acordo com a denúncia do MPGO, o camisa 10 do Mais Querido teria recebido um pagamento de R$ 30 mil em sua conta bancária, antes do clássico entre Athletico e Coritiba, realizado em 16 de outubro de 2022, quando ele ainda jogava pelo Coxa Branca. O valor seria destinado a Jesus Trindade, outro atleta envolvido, para que este recebesse um cartão amarelo durante o jogo. O total do esquema fraudulentos chegaria a R$ 70 mil, e segundo o processo, Thonny Anderson atuou como intermediador do negócio ilícito.

Anderson chegou ao ABC em abril, passou por um período de fortalecimento muscular e desde sua estreia em campo ganhou destaque com boas atuações, apesar da má fase do Alvinegro. Vestindo a camisa 10, Thonny Anderson participou de 13 partidas do Mais Querido nesta Série B e marcou dois gols, incluindo empates contra Chapecoense e Atlético-GO.

O comunicado sobre a devolução de Thonny Anderson foi divulgado pelo site oficial do ABC, enquanto o clube busca resolver a situação junto ao Red Bull Bragantino, visando esclarecer o caso e tomar as medidas necessárias diante das acusações envolvendo o atleta.

Confira a nota do ABC na íntegra:

NOTA INFORMATIVA

O ABC Futebol Clube vem informar, especialmente a seus sócios, torcedores e imprensa, que está em contato com o Red Bull Bragantino/SP, clube de origem do meia Thonny Anderson, para tratar da devolução do atleta, denunciado pelo Ministério Público do Estado de Goiás.

A diretoria aproveita para comunicar que o jogador não seguiu com a delegação para Goiânia (GO), onde do Mais Querido enfrentará o Vila Nova/GO, neste sábado (22), pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B.

Foto: Rennê Carvalho/ABC F.C.

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Governo Lula propõe endurecimento das penas contra crimes antidemocráticos em "Pacote da Democracia"

Governo Lula propõe endurecimento das penas contra crimes antidemocráticos em “Pacote da Democracia”

Segundo o governo, o pacote de projetos de leis busca fortalecer a defesa do Estado Democrático de Direito e proteger autoridades

Nesta sexta-feira (21.jul.2023) o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou um conjunto de projetos de leis, encaminhado ao Congresso, com o objetivo de endurecer as penas para aqueles que atentarem contra o Estado Democrático de Direito. O pacote de propostas, denominado “Pacote da Democracia”, foi elaborado pelo ministro da Justiça, Flávio Dino.

Um dos principais pontos do projeto é o aumento da pena de prisão em regime fechado, de 6 para 12 anos, para aqueles que organizarem ou liderarem movimentos antidemocráticos. Além disso, o governo propõe elevar a pena de 8 para 20 anos para os financiadores dessas ações.

A dificuldade em combater os ataques golpistas ocorridos em 8 de janeiro, que resultaram na depredação das sedes do Executivo, Legislativo e Judiciário em Brasília, está diretamente relacionada ao financiamento dessas atividades.

Outra medida do “Pacote da Democracia” é o aumento da pena de 6 para 12 anos para aqueles que atentarem contra a integridade física e a liberdade de autoridades importantes, como o presidente da República, o vice-presidente, o presidente do Senado Federal, o presidente da Câmara dos Deputados, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Procurador-Geral da República (PGR).

A iniciativa foi lançada em resposta ao episódio em que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, alegou ter sido hostilizado no Aeroporto de Roma, na Itália, com agressão física a seu filho.

Além disso, o projeto prevê que a pena seja aumentada de 20 para 40 anos para aqueles que atentarem contra a vida dessas autoridades, caso fique comprovada a intenção de alterar a ordem constitucional democrática.

O governo destaca que os ataques golpistas de janeiro evidenciaram a necessidade de um tratamento penal mais rigoroso contra os crimes antidemocráticos, visando garantir o livre exercício dos Poderes e das instituições democráticas, bem como a regularidade dos serviços públicos essenciais e a soberania nacional. Ao fortalecer o caráter preventivo das leis, o governo enfatiza a existência e a eficiência do direito penal brasileiro.

O “Pacote da Democracia” também inclui a alteração do Código Penal para estabelecer as causas de aumento de pena aplicáveis aos crimes contra o Estado Democrático de Direito. As penas propostas variam de acordo com a gravidade dos delitos, buscando garantir a proteção das instituições democráticas e das autoridades que as representam. A medida está agora nas mãos do Congresso Nacional para ser analisada e votada, podendo trazer importantes mudanças no combate aos crimes antidemocráticos no país.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

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Desembargador determina ilegalidade da greve no Detran e ordena retorno imediato ao trabalho

Desembargador determina ilegalidade da greve no Detran e ordena retorno imediato ao trabalho

Multa diária de R$ 10 mil será aplicada em caso de descumprimento da decisão

O desembargador Expedito Ferreira, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, considerou a greve dos servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) como ilegal e determinou que os servidores retornem imediatamente ao trabalho. A paralisação teve início no dia 5 de julho. O magistrado também estabeleceu uma multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento da ordem. A greve afeta serviços essenciais como vistorias, auditorias e abertura de processos.

A direção do Detran anunciou, em 7 de julho, que iria acionar a Justiça contra a paralisação dos servidores. O sindicato que representa os servidores da autarquia estadual reivindica a reposição de perdas salariais, a realização de concurso público e a implementação de um programa de incentivo à qualificação e auxílio alimentação. Desde março, mês da data-base da categoria, o Sindicato dos Servidores da Administração Indireta do Estado (Sinai) realizou audiências com o governo, mas não obteve resultados satisfatórios.

Na decisão, o desembargador considerou que os serviços do Detran são essenciais e que o sindicato teria deflagrado a greve mesmo durante negociações em curso com a categoria. Além disso, o magistrado ressaltou que a pauta do sindicato não aponta nenhuma ilegalidade do Detran, como atraso de salários. Para ele, as reivindicações por melhorias e condições de trabalho podem ser buscadas por outras vias, sem prejudicar a população local com a falta de prestação do serviço. O desembargador ainda argumentou que não foi garantido de forma mínima a continuidade dos principais serviços prestados pelo Detran, o que afeta os cidadãos e a sociedade em geral.

Até o momento, o Sinai ainda não se manifestou sobre a decisão.

Foto: Reprodução/Redes sociais/Sinai

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Prefeitura de Natal e MPRN chegam a acordo e árvores da Jaguarari serão mantidas

Prefeitura de Natal e MPRN chegam a acordo e árvores da Jaguarari serão mantidas

A acessibilidade será garantida em todas as calçadas, buscando proporcionar espaços amplos para circulação

O impasse envolvendo a retirada de árvores da avenida Jaguarari, na Zona Leste de Natal, teve um desfecho decisivo nesta quinta-feira (20.jul.2023), após um acordo celebrado entre a Prefeitura de Natal e o Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte (MPRN), em uma cerimônia simbólica realizada no canteiro central da via.

De acordo com a secretária adjunta de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal (Semurb), Alessandra Marinho, o projeto irá priorizar a mobilidade da região, levando em conta as questões sociais e ambientais para alcançar um equilíbrio adequado. As calçadas terão suas dimensões limitadas para preservar as árvores restantes, e alguns trechos contarão com canteiros, enquanto outros não.

A acessibilidade será garantida em todas as calçadas, buscando proporcionar espaços amplos para circulação. A infraestrutura viária também será adaptada para acomodar diversos meios de transporte ao longo da avenida Jaguarari. Além disso, será realizado o plantio de três novas árvores para cada uma que foi retirada, tanto no mesmo trecho onde ocorreu a remoção, como em outras calçadas com espaço adequado para o vegetal.

O promotor Cláudio Onofre, da 28ª Promotoria de Justiça de Natal, que representa o Ministério Público no acordo, expressou sua satisfação com a sensibilidade da prefeitura em atender às demandas dos moradores e da preservação ambiental. Ele mencionou a importância sentimental da área para os habitantes locais, com árvores plantadas pelas irmãs da Escola Dom Marcolino Dantas.

O vereador Robério Paulino (Psol), que também atua pela proteção da vegetação na avenida Jaguarari, também participou do encontro e celebrou o acordo alcançado.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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MP denuncia jogador do ABC no caso da máfia das apostas

MP denuncia jogador do ABC no caso da máfia das apostas

As investigações prosseguem para apurar os detalhes do esquema e a participação de cada um dos envolvidos

O Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) anunciou nesta quarta-feira (19.jul.2023) uma nova denúncia envolvendo sete atletas suspeitos de participar de uma quadrilha que fraudava jogos de futebol para fins de apostas esportivas. Entre os denunciados está Thonny Anderson, meio-campista que atua pelo ABC, mas que estava no Coritiba quando o esquema veio à tona.

Segundo a denúncia do MPGO, Thonny Anderson, conhecido como camisa 10 do Mais Querido, teria recebido um pagamento de R$ 30 mil, transferidos para sua conta bancária, antes do clássico entre Athletico e Coritiba, realizado em 16 de outubro de 2022. Esse valor seria posteriormente repassado a outro jogador envolvido, Jesus Trindade, com o objetivo de este último receber um cartão amarelo durante a partida. O montante total envolvido chegaria a R$ 70 mil, e de acordo com a denúncia, Thonny Anderson teria intermediado esse negócio fraudulento.

Na fase inicial da Operação Penalidade Máxima, o nome de Thonny Anderson já havia sido citado em alguns comprovantes de pagamento, mas até então, o órgão ministerial não havia formalizado a denúncia contra o atleta. Na época, quando o nome de Anderson se tornou público por causa dos arquivos do MPGO, o ABC emitiu uma nota esclarecendo que acompanhava as investigações e destacava que o jogador “não estava incluído na investigação conduzida pelo MP-Goiás”, sendo mencionado apenas em supostas conversas entre apostadores, sem nenhum envolvimento concreto na ação ilícita.

Além de Thonny Anderson e Jesus Trindade, outros jogadores denunciados pelo Ministério Público de Goiás são Dadá Belmonte (América-MG), Alef Manga (Coritiba), Igor Cárius (Sport), Pedrinho (ex-Athetico) e Sidcley (ex-Cuiabá). As investigações prosseguem para apurar os detalhes do esquema e a participação de cada um dos envolvidos.

Foto: Rennê Carvalho/ABC F.C.

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Rogério, Styvenson, Girão e Sargento Gonçalves assinam pedido de impeachment de Barroso

Rogério, Styvenson, Girão e Sargento Gonçalves assinam pedido de impeachment de Barroso

Pedido é fundamentado na proibição de atividade político-partidária para ministros do STF

Os senadores do Rio Grande do Norte Rogério Marinho (PL) e Styvenson Valentim (Podemos), acompanhados pelos deputados federais General Girão e Sargento Gonçalves, ambos do PL, assinaram, na quarta-feira (19.jul.2023), um pedido de impeachment contra o Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. O requerimento baseia-se na Lei do Impeachment (Lei 1.079, de 1950), que proíbe os ministros do STF de se envolverem em atividades político-partidárias.

De acordo com informações da Agência Senado, a petição foi protocolada na casa com o apoio de 17 senadores e 70 deputados, todos da oposição. O senador Jorge Seif (PL-SC) argumenta que Barroso cometeu crime de responsabilidade ao participar de atividades políticas, o que é vedado pela Lei do Impeachment (Lei 1.079, de 1950). O ministro teria feito tal afirmação durante um congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em 12 de julho, ao declarar que “nós derrotamos o bolsonarismo”.

Conforme estabelecido pela Constituição, cabe ao Senado a responsabilidade de processar e julgar ministros do STF, membros dos Conselhos Nacional de Justiça (CNJ) e do Ministério Público (CNMP), o procurador-geral da República e o advogado-geral da União por crimes de responsabilidade, os quais são definidos pela Lei do Impeachment.

Dentre as ações passíveis de punição por impeachment estão comportamentos incompatíveis com a dignidade do cargo e o envolvimento em atividades político-partidárias, entre outras condutas.

Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF/Ilustração

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Justiça determina bloqueio de contas do Governo do RN para pagamento de UTIs

Justiça determina bloqueio de contas do Governo do RN para pagamento de UTIs

Três hospitais enfrentam atrasos e Governo tem contas bloqueadas

A Juíza Federal Gisele Leite, da 4ª Vara Federal, ordenou, nesta quarta-feira (19.jul.2023) o bloqueio judicial de R$ 3.120.406,61 das contas do Governo do Estado do Rio Grande do Norte para assegurar o pagamento dos serviços prestados em leitos de UTIs no mês de abril de 2023.

A decisão foi tomada em resposta a um Protocolo de Pedido Incidental de Bloqueio de Valores apresentado pelo Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (CREMERN) na Ação Civil Pública.

Entre as unidades hospitalares afetadas pelos atrasos no recebimento dos valores devidos estão o Hospital Wilson Rosado, localizado em Mossoró, além dos Hospitais Memorial e Rio Grande, em Natal. A medida judicial foi embasada em deliberações registradas na ata de uma audiência ocorrida em 15 de março de 2019, referente ao processo de número 0004715-12.2012.4.05.8400.

Esse protocolo permite que os prestadores de serviços contratualizados solicitem o bloqueio de valores para garantir o pagamento dos serviços em UTIs por força de decisões judiciais proferidas na mencionada ação, buscando assegurar a continuidade do atendimento essencial à população em meio à crise no sistema de saúde.

Foto: Renato Alves/Agência Brasília

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STJ autoriza três pacientes a cultivarem cannabis para fins medicinais

STJ autoriza três pacientes a cultivarem cannabis para fins medicinais

Liminar evita eventual prisão por porte da quantidade prescrita

O ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), autorizou três pacientes a cultivarem em casa plantas de cannabis (maconha) para fins medicinais. A decisão foi proferida na última quinta-feira (13).

Com a liminar, os pacientes ganharam um salvo conduto para evitar eventual prisão em flagrante ao portarem a quantidade de cannabis prescrita por um médico.

Ao recorreram à Justiça, os pacientes afirmaram que têm problemas de saúde e necessitam do óleo extraído da planta para tratamento contra dor crônica, déficit de atenção, transtorno depressivo recorrente, fobia social e ansiedade.

Em outras decisões recentes sobre o tema, o STJ decidiu que a União e o estado de Pernambuco devem fornecer medicamento à base de canabidiol à paciente com condição específica de saúde.

Foto: Aphiwat Chuangchoem/Pexels

Da Agência Brasil

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CNJ mantém afastamento de Appio da Lava Jato em Curitiba

CNJ mantém afastamento de Appio da Lava Jato em Curitiba

Juiz foi afastado em maio

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu, nesta segunda-feira (17), manter o afastamento do juiz Eduardo Appio, que chefiou a 13ª Vara Federal em Curitiba, responsável pelos processos da Operação Lava Jato.

Em maio, Appio foi afastado pelo Conselho do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) após ser acusado de fazer uma ligação telefônica para o filho do desembargador Marcelo Malucelli para confirmar o parentesco. O advogado João Malucelli é sócio do ex-juiz e hoje senador Sergio Moro em um escritório de advocacia.

Na decisão, o corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, entendeu que o magistrado deve continuar afastado para não atrapalhar as investigações. Salomão considerou a gravidade das acusações conta de Appio.

“A continuidade do magistrado investigado no exercício da atividade jurisdicional poderia atrapalhar a regular apuração de todo o ocorrido, como livre acesso aos sistemas de informática da Justiça Federal e a possibilidade de manipulação de dados essenciais à investigação, o que também constitui outro fundamento relevante para a manutenção do seu afastamento”, decidiu.

O afastamento foi motivado por uma representação de Malucelli. O desembargador pediu para deixar a relatoria de processos oriundos da operação na segunda instância após a divulgação de ter relações pessoais com a família de Moro, fato que o impediria de analisar os casos.

No processo, a defesa de Appio alegou que o juiz não teve direito de ser ouvido previamente antes do afastamento e defendeu que ação seja conduzida pelo CNJ.

Foto: Reprodução/Justiça Federal

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Justiça mantém prisão de policiais rodoviários que mataram Genivaldo

Justiça mantém prisão de policiais rodoviários que mataram Genivaldo

Tribunal Regional Federal também manteve júri popular para o caso

A 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) negou pedido da defesa e manteve presos os três policiais rodoviários federais acusados de terem matado asfixiado Genivaldo de Jesus Santos em maio de 2022. O tribunal manteve ainda a decisão de julgar os agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em júri popular.

Os desembargadores, no entanto, negaram pedido do Ministério Público Federal (MPF) para que os policiais fossem julgados também pela prática do crime de abuso de autoridade. Dessa forma, os policiais Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Kléber Nascimento Freitas e William de Barros Noia serão jugados pelos crimes de tortura e homicídio triplamente qualificado.

Genivaldo foi morto em uma abordagem dos três agentes da PRF em maio de 2022 na cidade de Umbaúba, localizado no sul do estado do Sergipe. Ele foi colocado na parte traseira da viatura policial, onde os agentes lançaram gás lacrimogênio e o mantiveram preso, com os vidros fechados. Genivaldo chegou a se debater com as pernas para fora da viatura, mas os policiais o mantiveram preso dentro do veículo forçando a porta. A causa da morte foi asfixia e insuficiência respiratória.

Foto: Reprodução

Da Agência Brasil

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PF identifica pessoas que hostilizaram Alexandre de Moraes na Itália

PF identifica pessoas que hostilizaram Alexandre de Moraes na Itália

Ministro do STF foi xingado por brasileiros em aeroporto de Roma

As pessoas envolvidas no episódio de agressão ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, em aeroporto de Roma, na Itália, foram identificadas pela Polícia Federal (PF). O caso está em apuração e os nomes não foram divulgados oficialmente. Segundo informações divulgadas por veículos de imprensa, o magistrado foi hostilizado na capital italiana e seu filho chegou a ser agredido com um soco no rosto.

Ainda no sábado (15), quando o caso veio a público, a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou informações à Polícia Federal sobre as agressões. Em nota divulgada neste domingo (16), a PGR informou que “tomará as medidas cabíveis a respeito do caso”.

Foto: Nelson Jr./SCO/STF

Da Agência Brasil

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Diretor da Escola da Assembleia é exonerado após denúncia de assédio sexual

Diretor da Escola da Assembleia é exonerado após denúncia de assédio sexual

Ministério Público investiga acusação feita por servidora da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte

O professor João Maria de Lima, diretor da Escola da Assembleia, foi exonerado, na tarde desta segunda-feira (17.jul.2023) de seu cargo após uma grave denúncia de assédio sexual e moral feita pela jornalista Sayonara Alves, que trabalha na instituição. A acusação, divulgada pelo Blog do Dina, está sendo investigada pelo Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte (MPRN).

Diante da gravidade da denúncia, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN) emitiu uma nota oficial informando o desligamento imediato do servidor em questão e reforçou seu repúdio a qualquer tipo de assédio, reafirmando o compromisso com a integridade e respeito dentro do ambiente de trabalho.

João Maria ainda não se pronunciou oficialmente, nem à matéria publicada no Blog do Dina. Ele comanda a Escola da Assembleia desde abril de 2019. Segundo o site da ALRN, o convite para presidir a instituição foi do presidente da Casa, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB).

Confira a nota da ALRN na íntegra:

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte comunica que diante da denúncia de assédio resolveu exonerar o diretor da Escola da Assembleia.

O Poder Legislativo afirma que repudia assédios de quaisquer natureza, ao mesmo tempo em que acompanha com atenção o encaminhamento dos fatos que estão sendo apurados.

Palácio José Augusto

Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte

Foto: Divulgação/ALRN

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Diretor da Escola da Assembleia é denunciado por assédio sexual

Diretor da Escola da Assembleia é denunciado por assédio sexual

Jornalista denuncia diretor por comportamento inaceitável e abusivo

Um caso de assédio sexual veio à tona, nesta segunda-feira (17.jul.2023) na Escola da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN), envolvendo o diretor João Maria de Lima e a jornalista Sayonara Alves, que trabalha na instituição. Denúncias de importunação sexual, assédio moral e abuso foram levadas ao Ministério Público, que agora investiga o caso.

As informações foram publicadas pelo jornalista Dinarte Assunção, no Blog do Dina. No texto, ele relata que Sayonara era apreciadora do perfume Tommy Girl. Mas, segundo a publicação, para seu superior hierárquico, o diretor João Maria, o perfume se tornou uma desculpa para comportamentos que deram início aos assédios.

O diretor alegou ser ‘enlouquecido pelo aroma’ e usava a desculpa para fazer comentários e avanços inapropriados. As investidas de João Maria variavam desde elogios ambíguos até toques físicos sem consentimento, criando um ambiente de desconforto e medo para a jornalista.

As mensagens de assédio por WhatsApp também foram relatadas, onde João Maria chegou ao ponto de sugerir encontros íntimos e afirmar que ficava excitado e molhado pela presença dela.

Segundo o jornalista, o caso está sendo investigado pela 57ª Promotoria de Justiça do Ministério Público do RN (MPRN). O órgão pediu que a Polícia Civil, através da Delegacia da Mulher, instaure um inquérito. O MP aponta que os fatos, até agora juntados, configuram “fundadas suspeitas” de ocorrência de delitos de assédio sexual, importunação sexual e assédio moral.

“Vê-se que pesam fundadas suspeitas no sentido de que, agindo na condição de superior hierárquico da noticiante Sayonara, onde esta exerce o cargo de assessora de comunicação da Direção da Escolha da ALRN, subordinado diretamente ao cargo de direção da instituição, exercido pelo noticiado, João Maria de Lima desde o ano de 2019, teria este último constrangido a assessora de comunicação Sayonara, prevalecendo-se de sua condição de superior hierárquico desta, com o intuito de obter vantagem de cunho sexual, bem como intensificado esse comportamento em várias ocasiões, chegando a praticar contra a noticiante e sem a sua anuência atos libidinosos com o objetivo de satisfazer a própria lascívia”, diz trecho do despacho encaminhado à Polícia Civil.

O processo conta com prints de conversas, onde o diretor da escola sugere que, em determinada solenidade, a jornalista pudesse ir vestindo um biquini. Ele também teria pedido para se deitar na mesma rede que Sayonara e, em outro momento, chegou a lançar um desafio na Escola da Assembleia para que outra servidora fotografasse a calcinha da jornalista em uma confraternização. A servidora seguiu a orientação, fez um vídeo e mandou para ele. A autora da gravação foi convocada para depor.

Ainda segundo a matéria, as ações do assédio teriam ocorrido quando a Assembleia Legislativa promoveu um esforço de mídia para conscientizar e combater a violência contra a mulher.

Outro lado

João Maria ainda não se pronunciou oficialmente, nem à matéria publicada no Blog do Dina. Ele comanda a Escola da Assembleia desde abril de 2019. Segundo o site da ALRN, o convite para presidir a instituição foi do presidente da Casa, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB). Ezequiel e a ALRN também não se pronunciaram.

“Aceitei o convite do presidente Ezequiel com muita honra. Pra mim, será um desafio de dirigir a Escola da Assembleia, instituição que muito contribui com a capacidade dos servidores da Casa e com o objetivo de aproximá-la cada vez mais da população”, afirmou João Maria na ocasião.

Foto: Eduardo Maia/ALRN/Ilustração

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Ex-BBB Felipe Prior é condenado por estupro e enfrenta novas acusações

Ex-BBB Felipe Prior é condenado por estupro e enfrenta novas acusações

Vítima rompe o silêncio e denuncia ex-BBB por estupro; Justiça condena Prior a seis anos de prisão em regime semiaberto

O ex-participante do BBB 20, Felipe Prior, foi recentemente condenado a seis anos de prisão em regime semiaberto pelo crime de estupro, relacionado a um incidente que teria ocorrido em 2014. A vítima, uma mulher que hoje tem 31 anos, concedeu uma entrevista ao programa Fantástico, da Globo, no domingo (16.jul.2023), revelando detalhes dolorosos sobre o ocorrido e como isso afetou sua vida ao longo dos anos.

“Sempre vai ser uma ferida aberta, infelizmente ela faz parte da minha história. E o que eu posso fazer com ela hoje é mostrar para o mundo que nenhuma mulher merece ter uma ferida dessas”, afirmou a vítima ao Fantástico.

O caso remonta a uma festa universitária, quando Prior ofereceu uma carona à mulher até a casa dela, em São Paulo. No trajeto, ele teria parado em uma rua escura e cometido o crime. A vítima, apesar de machucada, sentiu medo de denunciar o ocorrido na época e preferiu manter silêncio. No entanto, ao longo dos anos, enfrentou crises de pânico e ansiedade, levando-a a finalmente compartilhar a experiência com suas amigas e, posteriormente, denunciar o ex-BBB.

Felipe Prior, que alega inocência e pode recorrer em liberdade, é alvo de outras três acusações de estupro, referentes a anos posteriores, que ainda estão em processo. Sua condenação tem gerado debate sobre justiça e presunção de inocência, enquanto sua história, antes conhecida por sua participação no reality show, agora se entrelaça com um grave escândalo judicial.

Os advogados de defesa anunciaram que apelarão da decisão e reiteraram a crença na inocência do ex-BBB, ressaltando o respeito ao princípio da presunção de inocência até o trânsito em julgado.

“A sentença será objeto de Apelação, face à irresignação de Felipe Antoniazzi Prior e de sua Defesa, que nele acredita integralmente, depositando-se crédito irrestrito em sua inocência”, diz trecho do documento.

“Reafirmando-se a plena inocência de Felipe Antoniazzi Prior, repisa-se ser esse seu status cívico e processual, à luz de presunção de inocência, impondo-se a ele, como aos demais cidadãos em um Estado Democrático de Direito, como o pátrio, respeito, em primazia ao inciso LVII, do artigo 5º, da Constituição Federal brasileira que preconiza que ‘ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória’, para que não se incorra em injustiças, como muitas já assistidas, infelizmente, em nosso País”, acrescentam os advogados.

Foto: Reprodução/TV Globo

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MPRN combate esquema de pirâmide financeira com prisão e bloqueio de bens

MPRN combate esquema de pirâmide financeira com prisão e bloqueio de bens

Esquema de pirâmide financeira deixa rastro de prejuízos e prisões no RN

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) realizou nesta segunda-feira (17.jul.2023) a operação Gizé, com o objetivo de desmantelar um esquema de pirâmide financeira que tem prejudicado várias vítimas por meio de fraudes. A ação resultou na prisão preventiva de um dos responsáveis pelo esquema, enquanto outro suspeito está foragido da Justiça. O MPRN obteve também o bloqueio de contas e a indisponibilidade de bens de duas empresas e de três homens sócios envolvidos no esquema.

A operação Gizé contou com o apoio da Polícia Militar e cumpriu quatro mandados de busca e apreensão. No total, quatro promotores de Justiça, 17 servidores do MPRN e 16 policiais militares participaram da ação. Além da prisão e do bloqueio de bens, o MPRN também conseguiu a indisponibilidade de veículos e ações de previdência dos investigados.

Os crimes relacionados à pirâmide financeira foram realizados por meio de um site que se apresentava como um grupo de investimento no mercado financeiro. Utilizando a estratégia de “marketing multinível”, a empresa atraía consumidores prometendo lucros e benefícios futuros muito acima do esperado. No entanto, após atrair investidores, a empresa deixou de remunerá-los conforme o combinado, gerando denúncias de fraude.

Os investigados passaram a dissimular a origem ilícita dos valores obtidos e tentaram ocultar suas atividades fraudulentas. Após sucessivos atrasos nos pagamentos aos clientes, a empresa ficou marcada por práticas ilegais e, embora tenha sido oficialmente encerrada em 2017, os sócios continuaram a operar utilizando outra pessoa jurídica, acumulando capital às custas das vítimas lesadas.

A nova empresa foi criada pelos sócios pouco antes do encerramento formal da anterior, no mesmo endereço e com os mesmos sócios. Isso permitiu que os valores da empresa extinta fossem transferidos para a nova entidade, facilitando a ocultação da origem ilícita do dinheiro.

A operação Gizé apreendeu documentos, computadores, mais de 3,5 mil dólares em espécie e aparelhos de telefonia celular. O material será investigado para verificar se novos crimes foram cometidos contra outras vítimas por meio da implementação de outras pirâmides financeiras. O suspeito preso está sob custódia do sistema prisional potiguar, à disposição da Justiça.

Foto: Divulgação/MPRN

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Procuradoria-Geral da República investiga agressões a ministro do STF na Itália

Procuradoria-Geral da República investiga agressões a ministro do STF na Itália

Alexandre de Moraes e seu filho foram hostilizados por brasileiros durante evento internacional

A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou à Polícia Federal (PF) informações sobre as agressões sofridas pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e seu filho, durante uma visita à Itália, na sexta-feira (14.jul.2023).

O caso ocorreu no Aeroporto Internacional de Roma, quando três brasileiros hostilizaram o ministro, utilizando termos ofensivos, e um deles chegou a agredir fisicamente seu filho.

Moraes estava na Itália com sua família para participar de uma palestra na Universidade de Siena, durante o Fórum Internacional de Direito. A PF conseguiu identificar os três envolvidos no episódio, que agora enfrentarão inquéritos por crimes contra a honra e ameaça. O órgão assegurou que tomará todas as medidas necessárias em relação ao caso.

Após desembarcarem no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, no último sábado (15.jul), os agressores foram abordados pelas autoridades e deverão responder aos inquéritos em liberdade. A PGR acompanha de perto o desenrolar das investigações, visando garantir a segurança e a integridade das autoridades brasileiras no exterior.

Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

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Alexandre de Moraes é hostilizado e filho agredido em aeroporto de Roma

Alexandre de Moraes é hostilizado e filho agredido em aeroporto de Roma

Agressores foram identificados pela Polícia Federal serão investigados por crimes cometidos no exterior

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), enfrentou um episódio de hostilidade no Aeroporto Internacional de Roma, na Itália, na sexta-feira (14.jul.2023), quando três brasileiros o abordaram de forma agressiva. A situação piorou quando o filho do ministro também foi alvo de agressão por um dos envolvidos.

As agressões ocorreram por volta das 18h45, horário local (13h45 no horário de Brasília). Segundo o portal G1, os agressores foram identificados como Andreia Mantovani, Roberto Mantovani Filho e Alex Zanatta.

O caso teve início quando Andreia Mantovani chamou Moraes de “bandido, comunista e comprado”, seguido por agressões físicas por parte de Roberto Mantovani Filho contra o filho do ministro. As fotos do aeroporto de Roma e do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, foram obtidas pela TV Globo.

A Polícia Federal acionou o adido da polícia em Roma para tratar o assunto com as autoridades italianas. As imagens obtidas seguirão um acordo de cooperação internacional. Os agressores foram identificados e abordados pela PF ao chegarem no Brasil, sendo eles alvos de um inquérito policial, instaurado no sábado (15.jul), para apurar acusações de agressão, ameaça, injúria e difamação. Segundo o Código Penal, os crimes cometidos por brasileiros no exterior estão sujeitos à lei brasileira.

A Procuradoria-Geral da República solicitou informações à Polícia Federal sobre o ocorrido e tomará as medidas cabíveis em relação ao caso, de acordo com o comunicado emitido pelo Procurador-Geral Augusto Aras, que condenou veementemente as agressões, especialmente por terem atingido a família do Ministro.

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Ilustração

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Juiz Federal e Caixa Econômica Federal inspecionam imóveis do Conjunto Residencial Odete Rosado

Juiz Federal e Caixa Econômica Federal inspecionam imóveis do Conjunto Residencial Odete Rosado

O caso evidencia a importância de um trabalho conjunto entre instituições públicas e privadas, visando garantir a segurança e a qualidade de vida dos cidadãos

No intuito de buscar soluções para os problemas estruturais enfrentados pelos moradores do Conjunto Residencial Odete Rosado, localizado no município de Mossoró, uma visita conjunta foi realizada pela Caixa Econômica Federal e pelo Juiz Federal Lauro Henrique Lobo, titular da 10ª Vara Federal de Mossoró.

Os imóveis desse conjunto residencial são objeto de uma ação judicial patrocinada pelos advogados Fernanda Fentanes e Vinicius Cabral, devido a possíveis problemas de solo e grandes rachaduras na alvenaria das casas. 

Além dos representantes mencionados, a visita contou também com a presença de Alcivan Gama, da Defesa Civil, uma empresa de engenharia responsável por um estudo de solo, a Defensoria Pública Federal e o Procurador da República, bem como advogados da Caixa Econômica Federal.

A Caixa Econômica Federal, como instituição responsável pelos financiamentos das casas, demonstrou sua preocupação ao participar ativamente da visita. A presença dos representantes da Caixa tinha como objetivo acompanhar de perto o início das análises técnicas realizadas pela empresa de engenharia contratada para o estudo de solo, buscando identificar as causas desses problemas estruturais.

A Justiça Federal de Mossoró também participou da visita e demonstrando seu comprometimento com a resolução justa e eficiente desse caso. A presença reforça a importância do Poder Judiciário na busca por soluções adequadas que garantam a segurança e o bem-estar dos moradores.

A visita conjunta contou ainda com a presença de Alcivan Gama, representando a Defesa Civil. Sua experiência e conhecimento na área de segurança coletiva foram fundamentais para avaliar a gravidade e possíveis riscos aos moradores.

Com a realização da inspeção e o estudo de solo em andamento, espera-se obter informações técnicas precisas sobre as causas dos problemas estruturais. Essas informações serão fundamentais para embasar as decisões judiciais e direcionar as medidas necessárias para reparar as construções afetadas.

O caso evidencia a importância de um trabalho conjunto entre instituições públicas e privadas, visando garantir a segurança e a qualidade de vida dos cidadãos. A visita também representa um passo importante para compreender a situação e buscar soluções adequadas.

Foto: Divulgação

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Barroso diz que não quis ofender eleitores de Bolsonaro em fala na UNE

Barroso diz que não quis ofender eleitores de Bolsonaro em fala na UNE

Em nota, ministro disse que respeita todos os eleitores e políticos

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta quinta-feira (13) que não quis ofender os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro ao utilizar a expressão “derrotamos o bolsonarismo” durante a abertura do 59° Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em Brasília. Em nota divulgada à imprensa, Barroso disse que respeita todos os eleitores e políticos.

“Na data de ontem, em Congresso da União Nacional dos Estudantes, utilizei a expressão ‘Derrotamos o Bolsonarismo’, quando na verdade me referia ao extremismo golpista e violento que se manifestou no 8 de janeiro e que corresponde a uma minoria. Jamais pretendi ofender os 58 milhões de eleitores do ex-presidente nem criticar uma visão de mundo conservadora e democrática, que é perfeitamente legítima. Tenho o maior respeito por todos os eleitores e por todos os políticos democratas, sejam eles conservadores, liberais ou progressistas”, afirmou.

Na quarta-feira (12), na abertura do congresso, Barroso participou um ato em defesa da democracia e de combate ao discurso de ódio no país. Ele lembrou sua atuação no movimento estudantil e afirmou que o país derrotou “a ditadura e o bolsonarismo”.

No início do discurso, o ministro também foi vaiado por um grupo de estudantes que exibiu uma faixa com os dizeres “Barroso inimigo da enfermagem e articulador do golpe de 2016”.

Em seguida, ele disse que a manifestação faz parte da democracia e rebateu as acusações. Barroso é relator do caso no Supremo e disse que suspendeu, no ano passado, o pagamento do piso nacional dos enfermeiros para viabilizar os recursos para garantir os repasses.

“Eu venho do movimento estudantil. De modo que nada que está acontecendo aqui me é estranho. Já enfrentei a ditadura e já enfrentei o bolsonarismo. E mais que isso, foi eu que consegui o dinheiro da enfermagem porque não tinha dinheiro. Não tenho medo de vaia porque temos um país para construir”, afirmou.

A nota do ministro é o segundo posicionamento divulgado hoje sobre o caso. Mais cedo, o STF divulgou outra nota para esclarecer as declarações.

Após as declarações de Barroso, parlamentares ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro foram às redes sociais e prometeram protocolar um pedido de impeachment do ministro no Senado.

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Ministério Público determina retirada de pacientes dos corredores do Walfredo Gurgel

Ministério Público determina retirada de pacientes dos corredores do Walfredo Gurgel

Sesap tem 15 dias para desocupar corredores do hospital; medida pode ser judicializada

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) exigiu que a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) retire todos os pacientes internados em macas dos corredores do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, dentro de um prazo de 15 dias. Caso a determinação não seja cumprida, o assunto poderá ser levado à justiça.

Em uma reunião virtual realizada na quarta-feira (12.jul.2023), com a participação das secretarias estadual e municipal de saúde, gestores hospitalares e promotores do Ministério Público estadual, foram discutidas medidas para desafogar a unidade hospitalar e responsabilizar os municípios da Grande Natal quanto à oferta regular de atendimento ortopédico de baixa complexidade.

A direção do Hospital Walfredo Gurgel informou na terça-feira (11.jul) que 29 pacientes estavam sendo atendidos nos corredores, sendo 18 da área de ortopedia e 11 com diferentes patologias.

Durante a reunião, a Sesap se comprometeu a reduzir ao máximo, nos próximos dias, a quantidade de pacientes aguardando leitos no Walfredo Gurgel, através de uma força-tarefa que irá otimizar a alta hospitalar dos pacientes ou os encaminhará para unidades de menor complexidade.

A secretária da pasta, Lyane Ramalho, informou que, durante o último fim de semana, 51 pacientes foram transferidos do hospital para receber atendimento em outras unidades, inclusive no setor privado.

Ela acrescentou que houve um aumento de aproximadamente 15% na capacidade de realizar cirurgias ortopédicas no estado entre 2021 e 2023, nos hospitais públicos de Mossoró, Pau dos Ferros, Assu e Caicó.

A demanda é alta

De acordo com a Sesap, a maior pressão sobre o Walfredo Gurgel provém da cidade de Parnamirim, com cerca de 970 pacientes por mês. Outros dois municípios com alta demanda são Macaíba e São Gonçalo do Amarante.

Em relação a Parnamirim, o Ministério Público ressalta que houve um retrocesso no atendimento. Durante a reunião, a promotora de Justiça Luciana Ferreira destacou que, até 2021, o município tinha um contrato com uma clínica privada especializada em fraturas, com capacidade para até mil atendimentos. No entanto, o contrato foi rescindido.

Como encaminhamento, o MPRN solicitou à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) um levantamento dos atendimentos ortopédicos realizados em Natal e o grau de resolutividade dos casos, ou seja, se são de baixa e/ou média complexidade.

Por sua vez, a Sesap foi solicitada a fornecer informações sobre os atendimentos ortopédicos realizados por município na região metropolitana de Natal, considerados de baixa complexidade, dentro do Hospital Walfredo Gurgel.

Foto: Sindisaúde RN/Ilustração

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Bolsonaro nega trama para derrubar ministro do STF em depoimento à PF

Bolsonaro nega trama para derrubar ministro do STF em depoimento à PF

Alegando não ter discutido planos ou atos preparatórios para gravar o ministro, Bolsonaro reafirmou sua inocência

Em depoimento à Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (12.jul.2023), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou qualquer envolvimento em uma suposta trama para derrubar o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. As informações são do blog de Fausto Macedo, do Estadão.

Alegando não ter discutido planos ou atos preparatórios para gravar o ministro, Bolsonaro reafirmou sua inocência durante o depoimento prestado na sede da PF em Brasília.

O ex-presidente confirmou ter se encontrado com o senador Marcos do Val (Podemos) e o ex-deputado Daniel Silveira (PTB), mas enfatizou que o assunto não envolveu o ministro em questão.

O depoimento de Bolsonaro ocorreu no âmbito de um inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado articulada pelo senador Marcos do Val. Durante o depoimento, Bolsonaro ressaltou que nunca havia se reunido pessoalmente com o senador anteriormente e que foi o ex-deputado Silveira quem solicitou o encontro ocorrido em dezembro.

O ex-presidente também mencionou ter recebido uma imagem no WhatsApp, encaminhada por Marcos do Val, que mostrava uma conversa entre o senador e Alexandre de Moraes, na qual se discutia uma suposta movimentação para derrubar o ministro do STF. Em resposta, Bolsonaro teria afirmado que se tratava de algo sem sentido.

Embora o conteúdo do depoimento não tenha sido revelado pela Polícia Federal (PF), há suspeitas de que o parlamentar buscava gravar a conversa para obter uma declaração do ministro admitindo ter ultrapassado os limites da Constituição em algum momento.

Tal admissão de culpa, que nunca ocorreu, poderia ser utilizada como argumento para questionar o resultado das eleições de 2022, nas quais Bolsonaro foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva. O inquérito foi aberto por Alexandre de Moraes em fevereiro e segue em andamento.

Foto: Marcos Corrêa/PR

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Juiz atende MPF e manda remover vídeos do pastor André Valadão

Juiz atende MPF e manda remover vídeos do pastor André Valadão

Em um dos trechos questionados, pastor condena casamento homoafetivo

A Justiça Federal em Minas Gerais determinou, nesta terça-feira (11), a retirada de dois vídeos do pastor André Valadão das redes sociais.

A decisão foi motivada por uma ação do Ministério Público Federal (MPF). Para o órgão, Valadão cometeu “discurso discriminatório” contra a população LGBTQIA+ durante dois cultos da Igreja Batista da Lagoinha, instituição que preside.

Em um dos trechos questionados da pregação, Valadão fala sobre “valores cristãos” e condena o casamento homoafetivo. O culto foi realizado no campus da igreja em Orlando, nos Estados Unidos.

“Essa porta [casamento homoafetivo] foi aberta quando nós tratamos como normal aquilo que a Bíblia já condena. Então, agora é hora de tomar as cordas de volta, dizendo não, não, não. Pode parar, reseta. E Deus fala: Não posso mais. Já meti esse arco-íris aí. Se eu pudesse, eu matava todo mundo a começava tudo de novo. Mas, prometi para mim mesmo que não posso, então, está com vocês. Vamos para cima. Eu e minha casa serviremos ao Senhor”, afirmou.

Conforme a liminar foi proferida pelo juiz federal José Carlos Machado Júnior, o YouTube e o Instagram devem remover das plataformas os vídeos dos cultos realizados nos dias 4 de junho e 2 de julho deste ano.

Para o magistrado, as falas do pastor “excederam os limites da liberdade de expressão e de crença”.

“O teor das declarações do primeiro requerido nos cultos indicados, mesmo que proferidas em um contexto de manifestação religiosa, excedeu os limites da liberdade de expressão e de crença, oferecendo um risco potencial de incitar nos ouvintes e fiéis, sentimentos de preconceito, aversão e agressão para com os cidadãos de orientação sexual diversa daquela defendida por ele”, decidiu o juiz.

Defesa

Na segunda-feira (10), André Valadão publicou uma nota nas redes sociais na qual afirmou que suas falas foram tiradas de contexto e que nunca incitou ninguém a cometer violência.

“Não admito, nunca admiti e jamais incitei qualquer dos fiéis que me escutam a agredir, ferir, ofender ou causar qualquer tipo de dano físico ou emocional a qualquer pessoa que seja. Repudio qualquer ataque e uso da violência física ou verbal a pessoas por conta da orientação sexual. Sou contra qualquer crime de ódio e incitação à violência. Como cristão, defendo que Deus ama o pecador. E pecador somos todos, como diz o apóstolo Paulo em Romanos 3:23. Dependemos, sem exceção, do perdão, da misericórdia e da graça de Deus, por meio de Jesus Cristo”, declarou.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Da Agência Brasil

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Justiça atribui novas acusações a Jairinho e Monique

Justiça atribui novas acusações a Jairinho e Monique

Ambos são acusados da morte do menino Henry Borel, em 2021

Por unanimidade, os desembargadores da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio aceitaram, nesta terça-feira (11), recurso do Ministério Público estadual para acusar o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, também pelo crime de coação no curso do processo e Monique Medeiros pelo crime de tortura por omissão relevante. Os dois respondem pela morte do menino Henry Borel, filho de 4 anos Monique, ocorrida em 2021.

Em decisão anterior, do dia 27 de junho último, a 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro já tinha negado, por unanimidade, o pedido de liberdade feito pela defesa do ex-vereador. Os dois serão julgados pelo júri popular.

Os desembargadores ainda negaram o recurso apresentado pelas defesas de Monique e Jairinho. O ex-vereador questionava a manutenção das qualificadoras “meio cruel” e “recurso que impossibilitou a defesa da vítima”. Já a defesa de Monique pedia que fosse rejeitada a denúncia de tortura e de homicídio por omissão.

Foi aceito, no entanto, parte do recurso da defesa de Jairinho para excluir a qualificadora de motivo torpe da acusação contra o ex-vereador.

O caso

O menino Henry Borel, de quatro anos, morreu na madrugada de 8 de março de 2021, após receber atendimento em um hospital particular do Rio. Os médicos que prestaram atendimento estranharam as lesões no garoto e também o comportamento da mãe e do padrasto, que o levaram até o local.

No decorrer das investigações sobre o caso, constatou-se que, naquele noite, Henry estava acompanhado somente do casal no apartamento em que moravam, no bairro da Barra da Tijuca. Imagens do circuito interno do condomínio mostram quando os três saíram de casa.

Laudo da necrópsia do Instituto Médico-Legal (IML) diz que o menino morreu em consequência de hemorragia interna por laceração hepática por ação contundente, Os exames apontaram 23 lesões no corpo da criança.

Poucos dias após a morte de Henry Borel, a Justiça determinou a prisão preventiva de Monique Medeiros e de dr. Jairinho, que à época do crime era vereador do Rio. Ele acabou cassado e continua preso, enquanto ela foi solta no ano passado.

Ambos negam o crime. Dr. Jairinho alega que o menino se lesionou sozinho enquanto dormia em seu quarto. De início, a mãe sustentou a mesma versão, mas depois sua defesa passou a alegar que ela também foi vítima do ex-vereador, de quem sofreria abusos.

Foto: Reprodução

Da Agência Brasil

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Juiz manda soltar hacker que vazou conversas da Lava Jato

Juiz manda soltar hacker que vazou conversas da Lava Jato

Magistrado determinou a instalação de tornozeleira eletrônica

O juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, mandou soltar, nesta segunda-feira (10), o hacker Walter Delgatti, um dos investigados pela invasão dos celulares do ex-juiz Sergio Moro e de ex-procuradores da Operação Lava Jato.

Delgatti foi preso na semana passada sob a acusação de sair de Campinas (SP) sem autorização da Justiça. A autorização prévia para deixar a cidade é uma das medidas cautelares impostas no processo em substituição a outra prisão que foi efetuada em 2019.

Ao analisar pedido de liberdade feito pela defesa, o magistrado decidiu mandar soltar o hacker e determinou a instalação de tornozeleira eletrônica.

A defesa de Delgatti alegou que ele tem um filho em São Paulo e também viajou para a capital paulista para buscar emprego.

Foto: Sora Shimazaki/Pexels

Da Agência Brasil

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João de Deus é condenado a 99 anos de prisão

João de Deus é condenado a 99 anos de prisão

Quatro processos ainda em andamento podem aumentar pena do médium

A Justiça de Goiás condenou, nesta segunda-feira (10), o médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, a 99 anos de prisão pelos crimes de estupro de vulnerável e de violação sexual mediante fraude.

As sentenças foram proferidas pelo juiz Marcos Boechat Lopes Filho e envolvem oito vítimas que relataram abusos sofridos entre 2010 e 2018, durante atendimentos espirituais na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, Goiás. Pela decisão, João de Deus ainda terá que pagar às vítimas R$ 100 mil por danos morais.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Goiás, João Teixeira de Faria já foi condenado a 370 anos de prisão. Quatro processos que ainda estão em andamento podem aumentar a pena. Em um dos processos, que está relacionado a denúncias que vieram à tona entre 2009 e 2011, as acusações foram arquivadas porque os crimes prescreveram. Cabe recurso em todos os casos.

Em 2019, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) apresentou nove denúncias contra João de Deus, nas quais ele é acusado de crimes como estupro de vulnerável e violação sexual. Segundo o MP, os crimes ocorreram pelo menos desde 1990, sendo interrompidos em 2018, quando as primeiras denúncias foram divulgadas pela imprensa.

Defesa

Procurado pela Agência Brasil, o advogado Anderson Van Gualberto disse que a defesa ainda não foi notificada sobre as novas sentenças contra João de Deus, mas pretende recorrer.

“A defesa técnica ainda não foi intimada das sentenças. Caso essa nova sentença adote a mesma metodologia das anteriores, estará fadada a reforma pelos tribunais superiores, uma vez que seu conteúdo está em desacordo com a nossa legislação penal. Em assim sendo, a defesa aguardará ser intimada para recorrer”, declarou Gualberto.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Vereador Daniel Valença critica obra de trincheira em Natal e comemora suspensão

Vereador Daniel Valença critica obra de trincheira em Natal e comemora suspensão

Suspensão temporária das obras atende pedido do vereador, que destaca falta de alternativas e riscos envolvidos

A suspensão das obras para a construção de uma trincheira no cruzamento das avenidas Alexandrino de Alencar e Hermes da Fonseca, no bairro do Tirol, em Natal, foi recebida com entusiasmo pelo vereador Daniel Valença (PT) nesta quarta-feira (12.jul.2023). “A suspensão dessa obra é fundamental para evitar um dano irreversível ao povo natalense”, considerou o vereador.

Valença, que solicitou a suspensão das obras e a realização de uma audiência pública, criticou a falta de apresentação de alternativas de intervenção durante o processo de licitação. Segundo o vereador, a trincheira foi considerada como uma “bala de prata” sem considerar outras opções viáveis.

Ele ressaltou que o modelo apresentado pela prefeitura não condiz com a realidade de uma redução populacional em Natal. “A obra se baseia em uma estimativa irrealista de crescimento da frota de carros. Enquanto Natal tem grande declínio populacional de 50 mil habitantes, o modelo matemático apresentado pela prefeitura estima crescimento de 3% da frota”, considera.

O vereador também apontou a existência de intervenções operacionais, como a sincronização semafórica, como alternativas viáveis para melhorar o fluxo de tráfego na região. Ele também criticou a supressão da faixa exclusiva de ônibus e transporte não-motorizado no exato local onde a trincheira seria construída, enquanto a frota de ônibus enfrenta redução significativa.

Daniel ressaltou ainda a falta de consulta popular e os potenciais riscos ao abastecimento hídrico da região. Ele considera que a suspensão temporária das obras permitirá que todas essas questões sejam discutidas de forma ampla e transparente durante a audiência pública.

Foto: Verônica Macêdo/CMN

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Bolsonaro deixa a PF após depoimento

Bolsonaro deixa a PF após depoimento

Ex-presidente foi ouvido em inquérito sobre plano para golpe de Estado

Após cerca de duas horas de depoimento, o ex-presidente Jair Bolsonaro deixou a sede da Polícia Federal (PF), em Brasília. Ele foi ouvido no inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado que teria sido articulada pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES). O inquérito foi aberto em fevereiro pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

Questionada, a Polícia Federal não revelou o conteúdo do depoimento. Bolsonaro chegou na PF por volta de 13h40. O ex-presidente começou a ser ouvido por volta das 14h. Antes das 16h30, a oitiva se encerrava.

Em conversa com a imprensa na saída, Bolsonaro negou ter qualquer vínculo com Marcos do Val, apesar de admitir ter participado de uma reunião com o senador e o então deputado federal Daniel Silveira no início de dezembro. É o conteúdo dessa reunião que está sendo investigado pela polícia. As suspeitas são de que os três discutiram uma possível tentativa dar um golpe de Estado, invalidando as eleições ocorridas pouco mais de um mês antes.

“Nada aconteceu no dia 8 de dezembro. Até porque não tinha nenhum vínculo com o senhor Marcos do Val. Que eu me lembre, nunca tive uma reunião com ele, nunca o recebi em audiência, a não ser, talvez, fotografia, que é muito comum acontecer entre nós. Então, nada foi tratado, não tinha nenhum plano”, disse o ex-presidente.

Ele afirmou que ficou calado durante todo o encontro com os parlamentares, ambos da base de seu governo. “O que eu tirei da conversa, fiquei calado ali, era que o Daniel Silveira queria que o Marcos do Val falasse alguma coisa. Ele também não falou nada”.

A impressão que ele afirma ter de Silveira e do Val é que os dois não tinham hábito de conversar entre eles, mas ambos se aproximaram após o senador dizer durante uma audiência pública que precisaria se ausentar para uma reunião com o ministro do Supremo.

“Passou a ter [uma relação entre os dois parlamentares] após aquela audiência pública onde o Marcos do Val, ao falar que iria se encontrar com o ministro Alexandre de Moraes, poderia extrair algo de útil desse possível relacionamento entre o senador e o ministro”.

As suspeitas são de que o senador queria gravar a conversa na busca por uma declaração do ministro admitindo ter, em algum momento, ultrapassado “as quatro linhas da Constituição”. Essa admissão de culpa, que nunca ocorreu por parte do magistrado, poderia ser usada como argumento para questionar o resultado das eleições de 2022, na qual Bolsonaro foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

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Justiça Federal suspende obra da trincheira no Tirol

Justiça Federal suspende obra da trincheira no Tirol

Audiência pública é determinada para tratar do caso antes do início das intervenções

A Justiça Federal no Rio Grande do Norte acatou o pedido do vereador de Natal Daniel Valença (PT) e suspendeu o início das obras de construção de uma trincheira no cruzamento das avenidas Alexandrino de Alencar e Hermes da Fonseca, localizadas no bairro do Tirol.

A juíza Moniky Mayara Costa Fonseca publicou a decisão na noite de terça-feira (11.jul.2023) e determinou a realização de uma audiência pública para discutir o caso no dia 26 de julho. Até que a audiência seja realizada, as intervenções estão proibidas de ocorrer.

O vereador Daniel Valença apresentou um requerimento enumerando 21 pontos para solicitar a suspensão das obras. Em resposta ao pedido, a magistrada acolheu as alegações e determinou a realização da audiência antes do início das intervenções planejadas para o mês de julho. Dessa forma, o município está impedido temporariamente de prosseguir com a construção da trincheira.

A decisão da Justiça Federal representa uma vitória para os moradores e comerciantes da região do Tirol, que expressaram preocupações e questionamentos relacionados ao projeto da trincheira.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Presidente da CPMI denunciará Mauro Cid ao STF

Presidente da CPMI denunciará Mauro Cid ao STF

Militar se calou diante de perguntas sem potencial incriminatório

O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), afirmou que apresentará ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma denúncia contra o tenente-coronel Mauro Cid. O motivo foi o militar, ex-ajudante de ordens do então presidente da República Jair Bolsonaro, não ter respondido qualquer pergunta que lhe foi feita durante sua participação na CPMI, nesta terça-feira (11).

A conduta de Cid foi classificada por Maia como “desrespeitosa com o Supremo Tribunal Federal” após a deputada Jandira Feghalli (PcdoB-RJ) ter perguntado ao militar qual era a sua idade e ele, afirmando estar seguido a orientação de sua equipe técnica, dizer que permaneceria em silêncio. Em seguida, Jandira afirmou que a pergunta foi propositalmente simples para mostrar a indisposição do tenente-coronel em responder qualquer questão que lhe fosse apresentada.

O presidente da CPMI, então, concordou com a deputada. “Inclusive, chamei o patrono do tenente-coronel Mauro Cid para dizer a ele que ele estava fazendo com que seu cliente descumprisse uma ordem do Supremo Tribunal Federal. E isso, infelizmente, acarretará a necessidade de nós, que não precisávamos fazer isso, fazer uma denúncia, mais uma, contra o senhor Mauro Cid ao Supremo Tribunal Federal”.

Cid tinha uma autorização da ministra do STF Cármen Lúcia de permanecer em silêncio diante de perguntas que pudessem incriminá-lo. Mas as outras, que não tivessem a capacidade de produzir provas contra ele, ele deveria responder. “Eu ia lhe perguntar quantos filhos ele tem e ele também não responderia. Mas bastou a primeira para mostrar que o descumprimento é claro”, acrescentou Jandira, ao reforçar o pedido de denúncia contra Cid e seus advogados.

Atribuições

Mas Mauro Cid não ficou em silêncio todo o tempo. No início da audiência pública, antes mesmo das perguntas dos parlamentares, o militar fez uma declaração inicial, na qual afirmou não participar das atividades relacionadas à administração pública, nem questionava Bolsonaro sobre o que era discutido em reuniões e encontros com autoridades dos poderes Executivo, Judiciário e Legislativo.

“Na prática, a função do ajudante de ordem consistia, basicamente, em um serviço de secretariado executivo do ex-presidente”, explicou Cid. “No dia a dia das reuniões e agendas do ex-presidente, recepcionávamos os participantes e os direcionávamos ao local desejado, ficando do lado de fora das salas de reunião, sempre à disposição. Não questionávamos o que era tratado nas respectivas agendas e reuniões”, acrescentou.

Ele ainda afirmou que sua indicação à chefia da Ajudância de Ordem da Presidência da República se deu por indicação do Comando do Exército e que sua nomeação não teve nenhuma ingerência política.

Investigação

O ex-ajudante de ordens está detido desde o dia 3 de maio, acusado de ter fraudado cartões de vacinação contra a covid-19, incluindo o de Bolsonaro e parentes do ex-presidente. Ele também é apontado como um dos articuladores de uma conspiração para reverter o resultado eleitoral do ano passado, inclusive com planos de uma intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com investigações da Polícia Federal, mensagens capturadas com autorização judicial após apreensão do celular de Cid evidenciam que ele reuniu documentos para dar suporte jurídico à execução de um golpe de Estado.

Em seu telefone celular, peritos da Polícia Federal (PF) encontraram mensagens que ele trocou com outros militares e que, segundo deputados federais e senadores que integram a CPMI do 8 de Janeiro, reforçam a tese de que o grupo tramava um golpe.

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Gilmar Mendes suspende investigação que envolve aliados de Lira

Gilmar Mendes suspende investigação que envolve aliados de Lira

STF vai analisar se caso deve tramitar na Corte

O ministro Gilmar Mendes (foto), do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou suspender, nesta quinta-feira (6) a investigação da Operação Hefesto, da Policia Federal (PF).

Deflagrada no mês passado, a investigação apura a atuação de uma organização criminosa suspeita de desviar recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para compra de kits de robótica para escolas de Alagoas.

A suspensão foi motivada por um pedido feito pelos advogados do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) (foto), para que o caso seja conduzido pelo STF. Durante a operação, aliados de Lira foram alvos de buscas e apreensões realizadas pela PF, que encontrou manuscritos que citam o nome do presidente.

Com a decisão, a investigação fica suspensa até a Corte analisar se o caso deve tramitar no Supremo em função do foro privilegiado conferido pela Constituição a parlamentares.

Ontem (5), a Justiça Federal em Maceió determinou o envio da investigação para o Supremo. A decisão foi tomada após a Procuradoria-Geral da República (PGR) pedir que a investigação seja conduzida em Brasília.

De acordo com a PF, as licitações dos kits de robótica eram direcionadas quase sempre para uma única empresa, com valores superfaturados e em quantidade bem superior às necessidades das escolas da rede pública de ensino dessas cidades. Os prejuízos somam mais de R$ 8 milhões. As supostas fraudes ocorriam por meio de emendas parlamentares, entre os anos de 2019 e 2022.

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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ABC terá prazo para reforçar segurança após ataques a jogadores e familiares

ABC terá prazo para reforçar segurança após ataques a jogadores e familiares

Ministério Público e Polícia Militar definem medidas para proteger o clube

Representantes do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) e da Polícia Militar se reuniram nesta terça-feira (11.jul.2023) no auditório do ABC para discutir ações diante dos recentes ataques a jogadores e familiares no complexo Vicente Farache, o Frasqueirão. Durante o encontro, ficou estabelecido que o clube terá um prazo de até 10 dias úteis para apresentar um plano de reforço na segurança dentro de suas dependências.

De acordo com o Ministério Público, o ABC precisará implementar melhorias em diversos aspectos, como o sistema de monitoramento por câmeras, iluminação, aumento dos muros externos e ampliação do número de seguranças nos dias de jogos. As melhorias visam abranger o sistema de monitoramento por câmeras, a iluminação e o aumento dos muros externos do complexo Vicente Farache, onde está localizado o estádio Frasqueirão, além da ampliação do efetivo de seguranças durante as partidas.

Além dos representantes das instituições, jogadores também estiveram presentes na reunião, relatando temor e preocupação com a segurança de seus familiares, inclusive crianças, diante dos recentes ataques. A Polícia Militar informou que irá reforçar o efetivo policial na área externa do estádio Frasqueirão durante os jogos do ABC nos próximos meses, a fim de garantir a segurança dos jogadores, suas famílias e dos torcedores. A reunião também serviu como espaço para apresentar as medidas já tomadas pelas instituições em relação aos ataques, buscando soluções efetivas para proteger o clube e seus envolvidos.

Fotos: Andrei Torres/ABC FC

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Prisão de Monique Medeiros é mantida em audiência de custódia

Prisão de Monique Medeiros é mantida em audiência de custódia

Ela é acusada de participar da morte do filho

Em audiência de custódia realizada nesta sexta-feira (7), a Justiça do Rio de Janeiro manteve a prisão de Monique Medeiros, acusada de participar da morte de seu filho junto com o seu então namorado, o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior. Ela estava em liberdade desde agosto do ano passado, mas foi novamente presa na quinta-feira (6) por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.

“O mandado de prisão é válido e não há notícia nos autos acerca de alteração da decisão que determinou a expedição do referido mandado, sendo vedado ao juízo da CEAC [Central de Audiência de Custódia] reavaliar o mérito da decisão que se decretou a prisão. Assim, conforme referido, cabe à CEAC avaliar tão somente a regularidade e legalidade do cumprimento do mandado de prisão, bem como determinar a apuração de eventual abuso estatal no ato prisional. Estando tudo regular, nada a prover”, registra a decisão.

Com a decisão tomada na audiência de custódia, Monique foi levada para o Instituto Penal Santo Expedito, no Complexo de Gericinó, na zona oeste do Rio de Janeiro. É a mesma unidade onde ela presa ficou anteriormente.

Relembre o caso

O menino Henry Borel, de 4 anos, morreu no dia 8 de março de 2021, em um apartamento onde morava com a mãe e o padrasto: o médico e vereador do Rio de Janeiro, Dr. Jairinho. O laudo de necropsia do Instituto Médico-Legal (IML) indicou que a criança sofreu 23 ferimentos pelo corpo e a causa da morte foi “hemorragia interna e laceração hepática”. Ela apresentava lesões hemorrágicas na cabeça, lesões no nariz, hematomas no punho e abdômen, contusões no rim e nos pulmões, além de hemorragia interna e rompimento do fígado.

Monique e Dr. Jairinho foram presos temporariamente no dia 8 de abril de 2021. No mesmo dia, o vereador foi expulso do Solidariedade, partido ao qual era filiado. Ele estava em seu quinto mandato, mas foi cassado em junho do mesmo ano. Recentemente, ele também teve seu registro de médico cancelado pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj).

A Justiça já determinou que o caso deverá ser analisado por júri popular, mas ainda não há data para o julgamento. A denúncia contra Monique e Dr. Jairinho foi apresentada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) em maio de 2021. Eles foram acusados de homicídio triplamente qualificado, tortura, fraude processual e coação no curso do processo.

Monique foi denunciada também pelo crime de falsidade ideológica. Segundo o MPRJ, ela prestou declaração falsa no hospital para onde levaram a criança, que chegou ao local já sem vida. “Ao buscar atendimento para seu filho, objetivou mascarar as agressões sofridas por este, evitando a responsabilização penal de seu companheiro”, registrou a denúncia.

Também foi solicitada na época a conversão da prisão temporária dos dois em prisão preventiva, o que foi atendido pela Justiça. Dr. Jairinho se encontra detido há dois anos e quatro meses. Mas Monique chegou ser beneficiada por uma decisão favorável que lhe manteve fora da cadeia entre abril e junho do ano passado. Nesse período, ela foi monitorada por tornozeleira eletrônica e não poderia se aproximar das testemunhas do caso, bem como ficou proibida de usar redes sociais. Em agosto do ano passado, ela voltou a obter uma decisão favorável: uma liminar assinada pelo ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) lhe permitiu aguardar o julgamento em liberdade.

Essa liminar foi agora derrubada por Gilmar Mendes dentro de um recurso apresentado por Leniel Borel, pai do menino Henry. O ministro concordou com um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), o qual aponta risco de que a acusada atrapalhe as investigações e viole as medidas cautelares. O MPRJ já levantou anteriormente suspeitas de que ela tenha interagido nas redes sociais, o que sua defesa nega.

Tanto Monique como Jairinho alegam inocência. A defesa da mãe de Henry tem sustentado que ela vivia um relacionado abusivo com o então vereador e também é vítima no caso. Já o ex-vereador afirma que não agrediu o menino.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Moraes abre inquérito para investigar Girão por suposta incitação a atos golpistas

Moraes abre inquérito para investigar Girão por suposta incitação a atos golpistas

Inquérito visa apurar a conduta do deputado e pode resultar em medidas cautelares

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de um inquérito para investigar o deputado federal General Girão (PL-RN) por suposta incitação aos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro. As informações foram divulgadas na sexta-feira (7.jul.2023) pelo portal UOL.

A decisão acatou um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Polícia Federal (PF), dando início a uma investigação que terá um prazo inicial de 60 dias, podendo ser prorrogado.

Entre as primeiras medidas ordenadas pelo ministro está o depoimento de Girão à Polícia Federal, a preservação das publicações feitas pelo parlamentar sobre os atos golpistas, bem como sua entrega à PF. Além disso, será realizada uma nova análise das postagens do deputado, seguida da avaliação da possibilidade de adoção de medidas cautelares.

O inquérito tem como base uma investigação realizada pelo Ministério Público Federal do Rio Grande do Norte, que apresentou evidências de publicações feitas por Girão entre novembro de 2022 e janeiro de 2023, incitando a animosidade das Forças Armadas contra os Poderes.

Uma das publicações citadas no processo trazia a frase: “Casa do Povo pertence ao povo. O Brasil pertence aos brasileiros. A justiça pertence a Deus. #VamosVencer“. Segundo a Polícia Federal, essa mensagem era claramente uma incitação golpista, como demonstrado pela charge anexada, que retratava de forma abominável um Congresso Nacional amedrontado diante de uma turba golpista.

Além disso, o deputado teria atacado as instituições e minimizado os acampamentos em frente aos quartéis do país em outras publicações. Segundo a PF, há ainda postagens que demonstram uma “reiterada tentativa de descrédito” da Justiça Eleitoral. A PGR concordou com a PF e solicitou a abertura do inquérito para avaliar a suposta incitação ao crime.

O desdobramento dessa investigação poderá resultar em medidas cautelares contra o deputado Girão, que será submetido a depoimento e terá suas publicações analisadas minuciosamente.

O deputado ainda não se pronunciou sobre a abertura do inquérito.

Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados / Ilustração

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STJD aumenta pena de Eduardo Bauermann por manipulação de resultados

STJD aumenta pena de Eduardo Bauermann por manipulação de resultados

Ex-zagueiro do Santos terá que ficar um ano fora dos gramados

O pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu alterar as penas de alguns dos sete atletas de futebol condenados no mês passado por manipulação de resultados em um esquema de apostas. A maior mudança, decidida na última quinta-feira (6), é na pena ao zagueiro Eduardo Bauermann, de 27 anos, que anteriormente havia recebido apenas uma suspensão por 12 jogos e agora terá que ficar 360 dias afastado do esporte, além de pagar multa de R$ 35 mil. Nos outros casos, os atletas punidos apenas tiveram as respectivas multas e suspensões ligeiramente diminuídas.

A decisão da 4ª Comissão Disciplinar, em junho, havia sacramentado a absolvição de Igor Cariús e a condenação, em algum grau, dos outros sete jogadores denunciados com base nas investigações da Operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás.

O veredito sobre Eduardo Bauermann foi o que chamou mais atenção na ocasião, por ele ter sido denunciado duas vezes e mesmo assim ter recebido a menor punição. Na sessão que decidiu pela revisão da pena do zagueiro, os auditores pediram à CBF para que a decisão tenha impacto internacional e não fique restrita apenas a jogos no Brasil. Na última segunda (3), Bauermann foi anunciado como reforço do Alanyaspor (Turquia).

Novas penas determinadas pelo STJD:

Eduardo Bauermann (ex-Santos) – suspensão de 360 dias e multa de R$ 35 mil (antes: 12 jogos).

Fernando Neto (ex-Operário) – suspensão de 360 dias e multa de R$ 15 mil (antes: 380 dias e R$ 25 mil).

Gabriel Tota (ex-Juventude) – eliminação e multa de R$ 30 mil (sem alterações).

Kevin Lomónaco (Red Bull Bragantino): suspensão de 360 dias e multa de R$ 25 mil (antes: 380 dias e R$ 25 mil).

Matheus Gomes (Ipatinga): eliminação e multa de R$ 10 mil (sem alterações).

Moraes (ex-Juventude): suspensão de 720 dias e multa de R$ 55 mil (antes: 760 dias e R$ 55 mil).

Paulo Miranda (ex-Juventude): suspensão de 720 dias e multa de R$ 70 mil (antes: mil dias e R$ 105 mil).

Foto: Ivan Storti/Santos FC/Direitos Reservados

Da Agência Brasil

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STF derruba 11 pontos da Lei dos Caminhoneiros

STF derruba 11 pontos da Lei dos Caminhoneiros

Fracionamento do tempo de descanso foi invalidado pela corte

O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucionais 11 pontos da Lei dos Caminhoneiros (Lei 13.103/2015). Os trechos da norma invalidados pelo Supremo tratam da jornada de trabalho dos profissionais e pausas para descanso. A decisão foi motivada por uma ação apresentada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres (CNTTT), em 2015.

De acordo com resultado da votação, foram anulados os dispositivos que permitem o fracionamento do período mínimo de descanso e a possibilidade de acúmulo do tempo de descanso semanal.

Também foi anulado o trecho da lei que excluía do cálculo de horas extras da jornada de trabalho o tempo que o caminhoneiro aguarda a carga e descarga do veículo e as paradas em pontos de fiscalização nas estradas.

O chamado “descanso em movimento”, quando dois motoristas fazem o revezamento da direção do caminhão, também foi derrubado pela Corte.

A parte da norma que exige o exame toxicológico para motoristas profissionais foi considerado constitucional e mantido na norma.

O julgamento ocorreu no plenário virtual, modalidade na qual os ministros inserem os votos no sistema e não há deliberação presencial. O julgamento foi finalizado na sexta-feira (30), e o resultado foi divulgado nesta quarta-feira (5).

Foto: Thomaz Silva/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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José Dumont é condenado a prisão por armazenar conteúdo pornográfico de crianças e adolescentes

José Dumont é condenado a prisão por armazenar conteúdo pornográfico de crianças e adolescentes

Ele tem o direito de recorrer em liberdade, sendo que sua pena será cumprida em regime aberto, devido à sua idade avançada

O ator José Dumont, de 72 anos, foi sentenciado a um ano de prisão e ao pagamento de 10 dias-multa por manter em seu poder fotografias e vídeos contendo cenas de pornografia e sexo explícito envolvendo menores de idade. A condenação foi proferida em 3 de julho pelo tribunal de justiça do Rio de Janeiro. Dumont tem o direito de recorrer em liberdade, sendo que sua pena será cumprida em regime aberto, devido à sua idade avançada.

A prisão de Dumont ocorreu em 15 de setembro do ano passado em seu apartamento localizado no bairro do Catete, zona sul do Rio de Janeiro. No dia seguinte, durante a audiência de custódia, a prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva.

O ator estava sob investigação da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) do Rio de Janeiro, após denúncias de que ele mantinha relações sexuais com um adolescente de 12 anos em troca de dinheiro. Uma transferência bancária feita por Dumont para a suposta vítima levou à emissão de um mandado de busca e apreensão, que foi executado pela polícia da DCAV em 15 de setembro, em seu apartamento.

Na ocasião, foram encontrados e apreendidos no celular e computador do ator 240 arquivos, entre fotos e vídeos, com cenas de crianças e adolescentes em nudez ou envolvidos em relações sexuais, o que fundamentou sua prisão em flagrante. O ator alegou à polícia que havia reunido esse material para fins de pesquisa e preparação profissional, pois interpretaria um papel relacionado ao assunto. No entanto, peritos constataram que parte das imagens foi produzida pela câmera do próprio celular.

“A autoria do delito está amplamente comprovada, uma vez que não há dúvidas de que o acusado armazenou grande quantidade de material ilícito em seus dispositivos eletrônicos pessoais, contendo cenas de sexo e nudez de crianças e adolescentes. Portanto, a pretensão condenatória do Estado em relação ao crime em questão é sólida, não havendo base para absolvição por falta de intenção no armazenamento das imagens”, afirmou a juíza Gisele Guida de Faria, da 1ª Vara Especializada de Crimes contra a Criança e o Adolescente do Rio de Janeiro.

A magistrada acrescentou: “Por fim, é importante ressaltar que o acusado é plenamente responsável por seus atos, ou seja, estava ciente da ilegalidade de sua conduta, não havendo qualquer causa de exclusão da ilicitude ou culpabilidade presente nos autos”.

Dumont foi condenado com base no artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), que tipifica o crime de “adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente”. A pena para esse crime pode variar de um a quatro anos de prisão.

O ator ainda não se pronunciou sobre a condenação.

Foto: Reprodução

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Juiz nega pedido de afastamento de reitora da Ufersa em meio a acusações de abuso de poder e intimidação

Juiz nega pedido de afastamento de reitora da Ufersa em meio a acusações de abuso de poder e intimidação

Magistrado destaca necessidade de investigação aprofundada antes de tomar decisão final

O juiz federal Fabrício Ponte de Araújo negou o pedido do Ministério Público Federal (MPF) para afastar Ludimilla Carvalho Serafim de Oliveira, reitora da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), em meio a alegações de abuso de poder e intimidação. O pedido, apresentado como tutela cautelar de caráter antecedente, tinha como objetivo garantir o desfecho do processo em curso.

O procurador da República Emanuel de Melo Ferreira solicitou o afastamento em 30 de junho, fundamentando-se em um histórico de intimidação por parte de Ludimilla, bem como no interesse de preservar documentos relevantes para a investigação das gratificações recebidas pela reitora em decorrência de um título de doutorado cassado devido a plágio.

Em um email direcionado aos membros do Conselho Universitário (Consuni) da Ufersa, Ludimilla autorizou a destruição de sua pasta funcional, sugerindo que as cinzas fossem depositadas nas Cajaranas da Fazenda Experimental. No mesmo documento, a reitora mencionou procedimentos a serem seguidos pelo Consuni caso venha a falecer. A reunião do Conselho ocorreu em 27 de junho, quando foi decidido formar uma Comissão para avaliar a destituição de Ludimilla do cargo de reitora em virtude da perda do título de doutorado.

O juiz Ponte de Araújo argumenta que a intervenção do Judiciário nas Instituições de Ensino Superior (IES) deve ser excepcional e sujeita a critérios rigorosos de avaliação. Para ele, é necessário que haja um risco real para a instituição a fim de justificar o afastamento da reitora da Ufersa. O magistrado constata que não existem obstáculos na coleta das provas já reunidas e não identifica qualquer sinal de silenciamento ou ocultação de documentos.

O juiz ressalta a importância de uma investigação mais aprofundada sobre os argumentos apresentados pelo procurador. Ludimilla Carvalho Serafim de Oliveira terá um prazo de 15 dias para apresentar sua defesa antes que uma decisão final seja proferida.

Foto: Divulgação/UFERSA/Ilustração

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STJ retomará em agosto julgamento de recurso do ex-jogador Robinho

STJ retomará em agosto julgamento de recurso do ex-jogador Robinho

Defesa pede tradução completa do processo que o condenou na Itália

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) marcou para 2 de agosto a retomada do julgamento do recurso no qual o ex-jogador de futebol Robinho pede a tradução completa do processo que o condenou na Itália.

Em abril, o processo começou a ser analisado pelo tribunal, mas um pedido de vista do ministro João Otávio de Noronha interrompeu o julgamento.

Antes da interrupção, o ministro Francisco Falcão, relator do processo, manteve sua decisão individual, que, antes do julgamento, rejeitou o pedido de tradução completa.

De acordo com a defesa de Robinho, a tradução completa é necessária para verificar se o devido processo legal foi observado na condenação proferida pela Justiça italiana.

Robinho é alvo de um pedido de homologação da sentença estrangeira, requerido pelo governo da Itália, onde o ex-jogador foi condenado em três instâncias pelo envolvimento em um estupro coletivo, ocorrido em uma boate de Milão, em 2013. A pena imputada foi de nove anos de prisão.

A Itália havia solicitado a extradição de Robinho. A Constituição brasileira, contudo, não prevê a possibilidade de extradição de cidadãos natos. Por esse motivo, o país europeu decidiu requerer a transferência a sentença do ex-jogador. Dessa forma, o tribunal vai analisar se a condenação pode ser reconhecida e executada no Brasil.

Foto: Ricardo Saibun/Santos FC/Ilustração

Da Agência Brasil

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