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Política do Rio Grande do Norte: fique por dentro dos principais acontecimentos do cenário político do Rio Grande do Norte. Governadoria, Assembleia Legistativa e Câmara Municipal: tudo isso você encontra aqui, no Por dentro do RN.

Dr. Bernardo confronta a cassação: um alerta à bancada federal

Dr. Bernardo confronta a cassação: um alerta à bancada federal

Editorial POR DENTRO DO RN

A sessão ordinária da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, na quinta-feira (23), ganhou novo tom político quando o deputado Dr. Bernardo (PSDB) tratou da cassação do mandato do prefeito de Itaú, André Régis. Seu discurso foi forte, preciso e necessário — um alerta à política potiguar sobre o risco da banalização das cassações e a omissão de quem deveria defender a democracia.

A decisão do TRE-RN, tomada recentemente, cassou os diplomas de André Régis e do vice-prefeito por abuso de poder político e condutas vedadas em eventos públicos — como o Dia das Mães e o São João — em que houve distribuição de brindes e uso da estrutura pública para promoção política.

Dr. Bernardo advertiu que decisões eleitorais tão drásticas não podem ser tomadas de maneira fria e abstrata, sem considerar o impacto social e a legitimidade eleitoral. Ele lembrou que Régis foi reeleito com expressiva maioria — 68% dos votos válidos — e ressaltou que ações simbólicas ou culturais, como entregar presentes em eventos festivos, não deveriam justificar a perda automática do mandato.

Mais do que criticar, o deputado fez um chamado à bancada federal do RN — deputados e senadores — para que abandonem a postura passiva. Ele exigiu que eles ajam como guardiões da democracia e da estabilidade institucional, pois casos semelhantes já ocorrem em outros municípios, onde prefeitos ganham eleições legítimas e veem seus mandatos cassados por tecnicalidades eleitorais ou interpretações exageradas da lei.

É um tema delicado e controverso — tocar em cassação de mandatos é pisar em terreno minado. Mas é também um dever político e ético. Dr. Bernardo, médico e parlamentar, assumiu o risco e foi claro: o que está em jogo não é apenas um gestor local, mas o valor do voto, a confiança nas instituições e a coerência legislativa.

Há outros casos no estado em que decisões judiciais de cassação ganham contornos de exagero. Municípios enfrentam processos semelhantes e gestões acabam desestruturadas não por corrupção ou desvio de recursos, mas por interpretações rígidas de normas eleitorais. É uma tendência que preocupa, pois pode minar a vontade popular e levar ao desencanto institucional.

Ao enaltecer essa fala, o Por Dentro do RN reconhece que o debate é legítimo e urgente. É preciso ponderação entre fiscalizar o uso do poder político e preservar o direito democrático de governar. Quando a lei for aplicada com rigidez exagerada, o risco é criar uma insegurança jurídica permanente, em que nenhum gestor eleito estará imune — e o eleitor, inseguro.

Que a bancada federal potiguar ouça este grito. Que o debate ultrapasse o microfone da tribuna e chegue aos corredores de Brasília. Que a política não seja refém do técnico inflexível, mas sim instrumento de equilíbrio entre legalidade, legitimidade e respeito à escolha popular.

Porque democracia não se sustenta apenas com leis, mas com coragem de defender o voto e a voz do povo. E hoje, Dr. Bernardo fez exatamente isso.

Foto: Eduardo Maia

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Lula confirma candidatura à reeleição em 2026 durante visita à Indonésia

Lula confirma candidatura à reeleição em 2026 durante visita à Indonésia

Presidente brasileiro anuncia intenção de disputar quarto mandato em cerimônia oficial em Jacarta

Lula confirma candidatura à reeleição em 2026 durante visita à Indonésia

Durante visita oficial à Indonésia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que pretende disputar um quarto mandato nas eleições presidenciais de 2026. A declaração foi feita em Jacarta, capital do país asiático, durante cerimônia oficial ao lado do presidente indonésio, Prabowo Subianto.

O anúncio ocorreu no contexto da visita de Estado do presidente brasileiro, que incluiu reuniões bilaterais, assinatura de acordos de cooperação e declarações à imprensa. Lula afirmou que está preparado para disputar novas eleições após o término do atual mandato, previsto para o final de 2026.

A visita à Indonésia marca o início de uma agenda internacional que inclui também passagem pela Malásia, onde o presidente participará da Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). A viagem tem como objetivo fortalecer parcerias estratégicas entre o Brasil e países da região.

Lula confirma candidatura à reeleição em 2026
Lula confirma candidatura à reeleição em 2026

Cooperação Brasil–Indonésia

Durante a visita, Brasil e Indonésia firmaram uma série de memorandos de entendimento e acordos de cooperação em áreas como agricultura, energia, comércio, defesa, ciência, tecnologia e educação. Os dois países também discutiram a ampliação do comércio bilateral, que atualmente soma cerca de US$ 6,5 bilhões.

A Indonésia é um dos principais parceiros comerciais do Brasil na Ásia e figura como o quinto destino das exportações do agronegócio brasileiro. A expectativa é que os acordos assinados contribuam para elevar esse volume nos próximos anos.

Contexto político

A confirmação da candidatura ocorre em meio à recuperação da popularidade do governo federal e à ausência de nomes consolidados no Partido dos Trabalhadores (PT) para disputar o pleito presidencial. Lula já havia sinalizado anteriormente a possibilidade de concorrer novamente, condicionando a decisão à sua saúde e ao cenário político.

Se reeleito, o presidente tomará posse para o quarto mandato aos 81 anos. A candidatura representa um novo capítulo na trajetória política de Lula, que já governou o país entre 2003 e 2010 e retornou ao cargo em 2023.

Foto: Divulgação/Ricardo Stuckert / PR

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Câmara aprova regras para julgamentos do STF e texto segue ao Senado

Câmara aprova regras para julgamentos do STF e texto segue ao Senado

Projeto de Lei define prazos, quórum e limitações para ações no Supremo Tribunal Federal

Câmara aprova regras para julgamentos do STF e texto segue ao Senado

A Câmara dos Deputados rejeitou, em sessão realizada no dia 22, o recurso apresentado pelo Partido Novo contra a votação conclusiva do Projeto de Lei 3640/23 na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). O recurso foi derrotado por 344 votos a 95. Com isso, o projeto segue para análise do Senado Federal.

O texto aprovado trata da regulamentação do regime jurídico das ações concentradas no Supremo Tribunal Federal (STF). A proposta foi relatada pelo deputado Alex Manente (Cidadania-SP) e tem como base um anteprojeto elaborado por uma comissão de juristas presidida pelo ministro Gilmar Mendes, do STF.

Entre os principais pontos do projeto está a definição de prazo máximo de 12 meses para julgamento das seguintes ações:

  • Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI)
  • Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO)
  • Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC)
  • Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF)

Esse prazo poderá ser prorrogado mediante justificativa.

Outro aspecto relevante é a exigência de quórum qualificado de dois terços dos ministros do STF para a modulação dos efeitos das decisões. A proposta original previa maioria simples, mas o texto aprovado elevou esse requisito.

O projeto também estabelece que decisões monocráticas — aquelas tomadas por apenas um ministro — deverão ser justificadas e submetidas à análise do plenário na sessão seguinte. Caso isso não ocorra, a decisão será considerada nula.

Câmara aprova regras para julgamentos do STF
Câmara aprova regras para julgamentos do STF

Cláusula de desempenho

Um dos pontos mais debatidos do projeto é a limitação da legitimidade para propor ações de controle de constitucionalidade. A nova regra determina que apenas partidos que tenham atingido a cláusula de desempenho poderão apresentar esse tipo de ação ao STF.

A cláusula será aplicada a partir da legislatura de 2027. Para cumpri-la, os partidos deverão ter eleito, nas eleições anteriores, pelo menos 13 deputados federais distribuídos em um mínimo de um terço das unidades da Federação. Alternativamente, poderão alcançar a cláusula se obtiverem ao menos 2,5% dos votos válidos, distribuídos em um mínimo de um terço das unidades da Federação, com pelo menos 1,5% dos votos válidos em cada uma delas.

A proposta também trata das federações partidárias. Segundo o texto, essas federações poderão propor ações de controle concentrado de constitucionalidade como uma única agremiação partidária, por meio de sua instância de direção nacional. Isso se aplica mesmo que apenas um dos partidos federados tenha alcançado a cláusula de desempenho.

Além dos partidos e federações, o projeto estabelece que apenas confederações sindicais ou entidades de classe de âmbito nacional poderão propor ações de controle de constitucionalidade.

A medida gerou críticas de parlamentares que apontam possível conflito com o artigo da Constituição Federal que já define os legitimados para propor ações no STF. A proposta, no entanto, segue para o Senado, onde poderá sofrer alterações antes de ser sancionada.

Foto: Lula Marques/Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

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Câmara aprova urgência para votar direito à bagagem de mão gratuita

Câmara aprova urgência para votar direito à bagagem de mão gratuita

Projeto de Lei 5041/25 pode ser votado diretamente no plenário e proíbe cobrança por bagagem de mão

Câmara aprova urgência para votar direito à bagagem de mão gratuita

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (21), o regime de urgência para a tramitação do Projeto de Lei 5041/25, que proíbe a cobrança de bagagem de mão pelas companhias aéreas. Com a aprovação, o texto poderá ser votado diretamente no plenário, sem necessidade de passar pelas comissões temáticas da Casa.

O projeto, de autoria do deputado Da Vitoria (Progressistas-ES), estabelece que as empresas aéreas não poderão oferecer tarifas que excluam ou limitem o direito do passageiro de transportar gratuitamente uma bagagem de mão e um item pessoal. A proposta é conhecida como “PL das Bagagens”.

Segundo o texto, o passageiro tem direito a levar uma mala de cabine e um item pessoal, como bolsa, mochila ou pasta, sem cobrança adicional. Esses itens devem respeitar os limites de peso e dimensão definidos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A mala de mão deve ser acomodada nos compartimentos superiores da aeronave, enquanto o item pessoal deve ser colocado sob o assento à frente do passageiro.

A urgência foi aprovada em resposta à recente adoção de novas tarifas por companhias aéreas que restringem o transporte de bagagem de mão. A Gol Linhas Aéreas e a Latam Airlines anunciaram a implementação de uma categoria tarifária chamada “básica”, que limita o transporte de uma segunda bagagem de mão.

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, notificou as empresas para que apresentem informações sobre a comercialização dessas tarifas e sobre a transparência da medida para os consumidores. A Senacon reconheceu que as companhias podem estar legalmente amparadas, mas considera que a prática não traz benefícios ao consumidor e deve ser revista.

Câmara aprova urgência
Câmara aprova urgência

A Anac também solicitou esclarecimentos às companhias Gol, Latam e Azul sobre possíveis cobranças em voos internacionais. A Latam já iniciou a cobrança, enquanto a Gol anunciou que adotará a medida. A Azul informou que não cobrará pela bagagem de mão em voos internacionais.

O presidente da Anac, Tiago Faierstein, afirmou que não há cobrança de bagagem de mão em voos domésticos, mas explicou que há uma distinção entre mochilas e bagagens de mão de até 10 quilos, que devem ser acomodadas no compartimento superior da aeronave.

A agência reguladora informou que está elaborando estudos técnicos para subsidiar a construção de um projeto de lei no Congresso Nacional. O objetivo é estabelecer uma regulação equilibrada que preserve os direitos dos passageiros e a competitividade das companhias aéreas.

Com a aprovação da urgência, o Projeto de Lei 5041/25 poderá ser votado diretamente pelo plenário da Câmara dos Deputados nas próximas sessões.

Foto: Lula Marques/Rovena Rosa/Agência Brasil

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Justiça determina remoção de posts que ligam irmão de Lula a fraudes no INSS

Justiça determina remoção de posts que ligam irmão de Lula a fraudes no INSS

Decisão da 39ª Vara Cível de São Paulo ordena retirada de 14 publicações em redes sociais no prazo de cinco dias

Justiça determina remoção de posts que ligam irmão de Lula a fraudes no INSS

A Justiça de São Paulo determinou a remoção de 14 publicações que associavam José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, a fraudes contra aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A decisão foi proferida pela 39ª Vara Cível e estabelece um prazo de cinco dias para que os conteúdos sejam retirados das plataformas digitais.

A medida judicial prevê multa diária de R$ 1 mil em caso de descumprimento, podendo chegar a R$ 20 mil em situações de reincidência. As publicações estavam disponíveis em redes sociais como Facebook, Instagram, Kwai, YouTube e X Brasil.

Frei Chico é irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ocupa o cargo de vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi). Embora a entidade esteja envolvida em investigações relacionadas a fraudes previdenciárias, Frei Chico não é alvo de apuração ou medidas judiciais no âmbito da Operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal.

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Justiça determina remoção de posts

A decisão judicial foi tomada com base em ação movida por Frei Chico e pelo Sindnapi, que alegaram que as publicações disseminavam informações falsas e prejudiciais à imagem dos autores. O conteúdo das postagens indicava, de forma indevida, a participação de Frei Chico nas fraudes investigadas.

A magistrada responsável pelo caso considerou que os autores da ação apresentaram provas suficientes da falsidade das informações divulgadas. A forma como os conteúdos foram publicados também foi avaliada como ofensiva, justificando a concessão da liminar.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, em andamento no Congresso Nacional, continua ouvindo representantes de entidades envolvidas no esquema de fraudes. Frei Chico, no entanto, não foi convocado para depor até o momento. A convocação foi barrada por articulação da base governista no Legislativo.

A decisão judicial reforça o entendimento de que a disseminação de informações falsas em redes sociais pode gerar consequências legais, especialmente quando há prejuízo à honra e à imagem de pessoas públicas. A remoção dos conteúdos busca preservar os direitos dos envolvidos e evitar a propagação de narrativas sem respaldo legal.

Foto: Felipe L. Gonçalves/Divulgação/Reprodução/Redes Sociais

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Guilherme Boulos assume Secretaria-Geral da Presidência da República

Guilherme Boulos assume Secretaria-Geral da Presidência da República

Deputado federal do PSOL substitui Márcio Macêdo e assume pasta responsável pela interlocução com movimentos sociais

Guilherme Boulos assume Secretaria-Geral da Presidência da República

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) foi nomeado ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República. A nomeação foi anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta segunda-feira (20) e será formalizada na próxima edição do Diário Oficial da União.

Boulos assume o cargo no lugar de Márcio Macêdo (PT-SE), que ocupava a função desde o início do atual governo, em janeiro de 2023. A mudança integra a reforma ministerial em curso no Palácio do Planalto e tem como objetivo fortalecer a interlocução do governo com movimentos sociais e organizações da sociedade civil.

A Secretaria-Geral da Presidência é uma das cinco pastas que funcionam dentro do Palácio do Planalto. Sua principal atribuição é articular o diálogo entre o governo federal e os diversos segmentos da sociedade civil organizada.

A escolha de Boulos para o cargo ocorre em um momento de reestruturação política do governo, com foco na mobilização da base social e na preparação para as eleições de 2026. O novo ministro terá como desafio ampliar a articulação com movimentos populares e reforçar a presença do governo em pautas sociais.

Durante a reunião que oficializou o convite, estiveram presentes, além do presidente Lula, os ministros Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais), Rui Costa (Casa Civil), Sidônio Palmeira (Comunicação Social) e o próprio Márcio Macêdo.

Perfil

Guilherme Boulos tem 43 anos e nasceu na região de Pinheiros, em São Paulo. É filho dos médicos infectologistas e professores universitários Maria Ivete e Marcos Boulos. Estudou em escolas particulares até o ensino médio, quando solicitou transferência para uma escola pública.

Ingressou no movimento estudantil aos 15 anos e fundou um grêmio estudantil na Escola Estadual Fernão Dias Paes. Participou de protestos e de ações de alfabetização de jovens e adultos em comunidades da capital paulista.

É formado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), com especialização em psicologia clínica pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) e mestrado em psiquiatria pela USP. Atuou como professor da rede pública e é autor de livros como Por que ocupamos?, De que lado você está? e Sem Medo do Futuro.

Aos 19 anos, passou a viver em uma ocupação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), organização da qual se tornou uma das principais lideranças. Foi coordenador nacional do movimento e atuou em diversas ações por moradia e reforma urbana.

Guilherme Boulos assume Secretaria-Geral
Guilherme Boulos assume Secretaria-Geral

Trajetória política

Filiado ao PSOL, Boulos foi candidato à Presidência da República em 2018. Disputou a Prefeitura de São Paulo em 2020 e 2024, sendo derrotado no segundo turno em ambas as ocasiões. Em 2022, foi eleito deputado federal por São Paulo com mais de 1 milhão de votos, sendo o mais votado do estado e o segundo mais votado do país.

Na Câmara dos Deputados, integrou comissões como a de Finanças e Tributação e a de Desenvolvimento Urbano. Também se destacou por sua atuação nas redes sociais e por iniciativas como o programa “Café com Boulos”.

Com a nomeação para o ministério, Boulos deve abrir mão de disputar cargos eletivos em 2026, conforme determina a legislação eleitoral para ministros que desejam concorrer. A expectativa é que ele permaneça no cargo até o fim do mandato presidencial.

A nomeação de Boulos representa a 13ª mudança ministerial no atual governo. A entrada do PSOL na Esplanada dos Ministérios também altera a composição partidária do primeiro escalão, reduzindo a participação do PT em uma das pastas centrais do governo federal.

Foto: Divulgação/Ricardo Stuckert/PR/Roberto Parizotti/Fotos Públicas

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Lula deve oficializar Messias no STF e Boulos como ministro antes de viagem internacional

Lula deve oficializar Messias no STF e Boulos como ministro antes de viagem internacional

Indicações devem ser anunciadas até terça-feira, antes da agenda presidencial na Ásia

Lula deve oficializar Messias no STF e Boulos como ministro antes de viagem internacional

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve anunciar até terça-feira (21) duas nomeações importantes no governo federal. A primeira é a indicação de Jorge Messias, atual chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), para ocupar a vaga deixada por Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF). A segunda é a nomeação do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) como ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República.

As indicações devem ser formalizadas antes da viagem internacional de Lula à Indonésia e à Malásia. Márcio Macêdo, atual titular da Secretaria-Geral, já foi informado sobre a substituição.

Durante a semana anterior ao anúncio, Lula realizou reuniões com ministros do STF para discutir o perfil ideal do novo integrante da Corte. Participaram das conversas os ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Gilmar Mendes. Os interlocutores destacaram a necessidade de firmeza na defesa da democracia, considerando os desafios que o tribunal poderá enfrentar nos próximos anos.

Apesar de os ministros demonstrarem preferência pelo nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Lula indicou que Jorge Messias é seu favorito para a vaga. Messias tem trajetória próxima ao governo e sua escolha sinaliza a intenção do Palácio do Planalto de manter alinhamento com o STF em temas estratégicos.

Na sexta-feira (17), Lula jantou com o ministro Luís Roberto Barroso no Palácio da Alvorada. Durante o encontro, Barroso teria mencionado que Messias, Pacheco e Bruno Dantas, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), estão preparados para assumir o posto no Supremo. A avaliação reforçou a posição de Messias como principal nome para a indicação.

Paralelamente, a nomeação de Guilherme Boulos para a Secretaria-Geral da Presidência é vista como um movimento político para fortalecer a base de esquerda do governo. Boulos tem se destacado em mobilizações recentes, como as manifestações contrárias à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, e deve assumir papel relevante na articulação política e social do governo.

Lula deve oficializar Messias no STF e Boulos como ministro
Lula deve oficializar Messias no STF e Boulos como ministro

A entrada de Boulos no núcleo próximo de Lula também é interpretada como uma estratégia para ampliar o alcance do governo junto ao público jovem. Ainda não há definição sobre o tempo de permanência de Boulos no cargo, e a possibilidade de sua saída para disputar futuras eleições permanece em aberto.

As nomeações de Messias e Boulos ocorrem em um momento de reorganização interna no governo, com foco na consolidação de alianças políticas e na preparação para os próximos desafios legislativos e institucionais. A escolha dos nomes também reflete a busca por maior coesão entre os poderes e por interlocutores com capacidade de articulação em diferentes frentes.

A viagem internacional de Lula à Indonésia e à Malásia está prevista para ocorrer após os anúncios. A expectativa é que os novos indicados estejam oficialmente nomeados antes do embarque, garantindo continuidade nas agendas internas do governo durante a ausência do presidente.

Foto: Fotos Públicas

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Trump chama Petro de líder do tráfico de drogas e ameaça ações dos EUA na Colômbia

Trump chama Petro de líder do tráfico de drogas e ameaça ações dos EUA na Colômbia

Declarações de Trump elevam tensão diplomática entre Estados Unidos e Colômbia

Trump chama Petro de líder do tráfico de drogas e ameaça ações dos EUA na Colômbia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou neste domingo (19) uma declaração na rede Truth Social em que acusa o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, de ser um “líder de drogas ilegais”. A afirmação foi acompanhada de críticas ao governo colombiano e sugestões de possíveis ações diretas dos Estados Unidos contra produtores de drogas no território colombiano.

Na publicação, Trump afirmou que Petro estaria incentivando a produção em larga escala de substâncias ilícitas em diversas regiões da Colômbia. Segundo o presidente norte-americano, essa atividade teria se tornado o principal negócio do país sul-americano, com pouca ou nenhuma ação por parte do governo colombiano para conter o avanço do narcotráfico.

Trump também mencionou que os Estados Unidos têm fornecido financiamento e subsídios significativos à Colômbia, os quais, segundo ele, não têm gerado resultados efetivos no combate ao tráfico. O presidente classificou esses repasses como um “roubo de longo prazo contra a América”.

Além das críticas, Trump sugeriu que Washington poderia intervir diretamente no território colombiano. Ele declarou que o objetivo da produção de drogas na Colômbia é abastecer o mercado norte-americano, o que, segundo ele, causa “morte, destruição e caos” nos Estados Unidos. O presidente afirmou que, caso Petro não tome medidas para encerrar os campos de produção, os Estados Unidos poderiam agir para fazê-lo, “não de forma agradável”.

A resposta de Gustavo Petro veio por meio de uma publicação na rede social X (antigo Twitter), na qual o presidente colombiano rebateu as acusações. Petro afirmou que Trump está equivocado e destacou que, no século 21, ele foi o principal opositor do narcotráfico na Colômbia, tendo revelado conexões entre o tráfico e o poder político local.

Trump chama Petro de líder do tráfico de drogas
Trump chama Petro de líder do tráfico de drogas

As declarações de Trump ocorrem em um contexto de crescente tensão diplomática entre os Estados Unidos e países da América Latina. Desde seu retorno à presidência, Trump tem adotado uma postura mais rígida em relação ao narcotráfico na região, classificando cartéis latino-americanos como organizações terroristas e pressionando governos locais a intensificarem o combate às drogas.

A Colômbia, historicamente afetada pelo narcotráfico, tem sido alvo de políticas internacionais voltadas à erradicação de plantações ilegais e à desarticulação de redes criminosas. No entanto, as estratégias adotadas pelos diferentes governos colombianos têm variado ao longo dos anos, gerando debates sobre a eficácia das ações e o impacto social das operações.

As declarações de Trump podem ter implicações diplomáticas e econômicas, especialmente no que diz respeito à cooperação bilateral entre os dois países. A Colômbia é um dos principais aliados dos Estados Unidos na América do Sul, e mudanças na política externa norte-americana podem afetar acordos comerciais, programas de segurança e investimentos em áreas estratégicas.

A repercussão internacional das falas de Trump ainda está em desenvolvimento, mas especialistas apontam que o tom adotado pelo presidente norte-americano pode dificultar o diálogo entre os governos e aumentar a instabilidade regional. A comunidade internacional acompanha os desdobramentos das declarações, enquanto autoridades colombianas avaliam possíveis respostas diplomáticas.

Foto: Fotos Públicas

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Governo publica edital para início da duplicação da BR-304 no RN

Governo publica edital para início da duplicação da BR-304 no RN

Primeiro lote de obras entre Mossoró e Assú terá 57,6 km de extensão e investimento previsto de R$ 375 milhões

O Ministério dos Transportes publicou, nesta sexta-feira (17), o edital de licitação para contratação da empresa responsável pela duplicação da BR-304, no Rio Grande do Norte. O documento foi divulgado no Diário Oficial da União e marca o início do processo para execução das obras em um dos principais eixos rodoviários do estado.

De acordo com o edital, o primeiro lote das intervenções compreende cerca de 57,6 quilômetros de extensão, entre os municípios de Mossoró e Assú. O valor previsto para essa etapa é de R$ 375.487.560,84.

O trecho contemplado vai do ponto onde termina o atual segmento duplicado em Mossoró até a entrada da RN-233, que dá acesso ao município de Paraú. As empresas interessadas em participar do processo licitatório poderão apresentar suas propostas até o dia 25 de novembro.

Segundo o Ministério dos Transportes, após o recebimento das propostas, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) dará início à fase de análise da documentação apresentada. Em seguida, será realizada a etapa de lances, que definirá a empresa vencedora responsável pela execução das obras.

O edital faz parte das ações do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), que destina recursos para obras de infraestrutura em todo o país. O governo federal informou que os recursos para a duplicação da BR-304 estão assegurados dentro do programa. Ao todo, estão previstos sete lotes de obras, totalizando aproximadamente 280 quilômetros de intervenções ao longo da rodovia.

A BR-304 é considerada uma das principais vias de transporte do Nordeste, ligando o litoral do Rio Grande do Norte à região Oeste do estado. Com fluxo médio diário de aproximadamente seis mil veículos, a rodovia desempenha papel estratégico no escoamento da produção agrícola e industrial potiguar, além de ser rota importante para o transporte de passageiros e o deslocamento turístico entre as regiões.

O projeto de duplicação da BR-304 é aguardado por diversos setores produtivos e pela população do estado, especialmente por usuários que trafegam entre Natal e Mossoró, as duas maiores cidades do Rio Grande do Norte. O objetivo da obra é melhorar a fluidez e a segurança do tráfego, além de reduzir o tempo de deslocamento no corredor logístico que conecta o interior ao litoral potiguar.

Em setembro, o governo federal havia anunciado que o edital seria publicado no dia 10 de outubro e incluiria também outro trecho da rodovia. No entanto, a publicação oficial ocorreu nesta sexta (17), com o primeiro lote compreendendo o segmento entre Mossoró e Assú.

Após a conclusão do processo licitatório e a assinatura do contrato, o Dnit será responsável pelo acompanhamento e fiscalização da execução das obras, conforme as normas técnicas e prazos estabelecidos no edital.

A BR-304 corta o Rio Grande do Norte de Leste a Oeste e é a principal ligação entre as cidades de Natal e Mossoró. A rodovia também conecta o estado ao Ceará e ao restante do Nordeste, integrando um corredor fundamental para o transporte de cargas e o desenvolvimento econômico regional.

Foto: Wilson Moreno/Secom/PMM/Ilustração / Edsom Leite/MTPA / Wagner Lopes

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Ciro Gomes deixa o PDT e se filia ao PSDB para disputar o Governo do Ceará em 2026

Ciro Gomes deixa o PDT e se filia ao PSDB para disputar o Governo do Ceará em 2026

Ex-governador confirmou saída do PDT após nove anos e teve filiação anunciada pelo diretório tucano do Ceará; ato contou com articulação de Tasso Jereissati

Ciro Gomes deixa o PDT e retorna ao PSDB

O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, anunciou na sexta-feira (17) sua saída do PDT, partido ao qual era filiado desde 2015, e teve sua filiação ao PSDB confirmada poucas horas depois pelo diretório estadual da legenda no Ceará. A mudança ocorre após uma série de conversas com lideranças tucanas e deve reposicionar Ciro no cenário político nacional, especialmente em seu estado de origem.

A decisão foi formalizada em uma carta enviada por Ciro ao presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, na qual o ex-ministro comunicou oficialmente sua desfiliação. O ex-governador afirmou que definirá nos próximos dias seu novo caminho político, o que se concretizou com o anúncio feito pelo PSDB.

PSDB confirma filiação e articula candidatura

O presidente do PSDB no Ceará, Ozires Pontes, confirmou a filiação de Ciro Gomes ao partido em um vídeo publicado em suas redes sociais na noite de sexta-feira (17). “Hoje é um motivo de grande alegria para o PSDB. Estou aqui anunciando oficialmente a filiação do ex-prefeito de Fortaleza, do ex-governador do Ceará e do ex-ministro Ciro Ferreira Gomes ao PSDB”, declarou Pontes.

Segundo ele, o movimento foi articulado com apoio do senador Tasso Jereissati, considerado o principal responsável por convencer Ciro a retornar à sigla. “Quero agradecer imensamente ao senador Tasso, que foi o principal responsável por toda essa articulação, por convencer o Ciro de que o PSDB era o partido certo”, afirmou.

O PSDB do Ceará já marcou um evento de recepção a Ciro Gomes para a próxima quarta-feira, 22, às 9h30, que contará com lideranças estaduais e municipais da legenda. “Vamos receber com uma salva de palmas, um abraço bem caloroso, o nosso ex-governador e futuro governador do Ceará, Ciro Ferreira Gomes”, disse Ozires Pontes.

Possível candidatura ao Governo do Ceará

Durante o anúncio, o presidente do PSDB cearense adiantou que Ciro deve disputar novamente o Governo do Estado em 2026. “Em poucos meses, o próprio Ciro Gomes vai estar anunciando a candidatura dele ao governo do Ceará”, declarou Pontes. O ex-governador ainda não confirmou oficialmente a candidatura, mas já tem sido cotado por aliados e analistas políticos como possível nome tucano na disputa.

Caso se confirme, Ciro enfrentará o atual governador Elmano de Freitas (PT), que deve buscar a reeleição. O cenário repete a rivalidade política entre PDT e PT, que governaram juntos por anos no Ceará e romperam após divergências internas.

A desfiliação de Ciro ocorre justamente em meio à aproximação do PDT com o governo petista no estado, liderado por Elmano. O movimento foi visto como um dos fatores determinantes para a saída do ex-governador da legenda.

Histórico político e trajetória

Ciro Gomes foi governador do Ceará entre 1991 e 1994, sendo o primeiro chefe de Executivo estadual eleito pelo PSDB no país. Ao longo da carreira, também foi prefeito de Fortaleza, ministro da Fazenda no governo Itamar Franco e ministro da Integração Nacional no governo Lula.

Após deixar o PSDB nos anos 1990, Ciro passou por diversas legendas, incluindo PPS, PSB e, por último, o PDT. No partido de Brizola, disputou a Presidência da República em 2018 e 2022, tentando se consolidar como alternativa à polarização entre Lula e Jair Bolsonaro, mas terminou em quarto lugar no último pleito, com 3% dos votos válidos.

Em entrevistas recentes, o ex-governador afirmou que não pretende voltar a disputar a Presidência. “Não quero mais ser candidato, não. Não quero mais importunar os eleitores”, disse em setembro.

A assessoria de Ciro Gomes e a direção nacional do PDT foram procuradas, mas não se manifestaram até o momento.

Fotos: André Carvalho/CNI / Leo Canabarro / Reprodução

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Lula janta com Barroso no Alvorada e discute sucessão no STF antes da aposentadoria do ministro

Lula janta com Barroso no Alvorada e discute sucessão no STF antes da aposentadoria do ministro

Durante encontro na residência oficial, o presidente pediu opinião de Barroso sobre os cotados Jorge Messias, Rodrigo Pacheco e Bruno Dantas para a vaga no Supremo

Lula e Barroso conversam sobre sucessão no Supremo

Horas antes de sua aposentadoria no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luís Roberto Barroso participou de um jantar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na noite de quinta-feira (17), no Palácio da Alvorada, em Brasília. O encontro teve como um dos principais temas a sucessão de Barroso na Corte.

Durante a conversa, o presidente Lula perguntou a opinião do ministro sobre os nomes cogitados para assumir a vaga. O presidente citou três possíveis indicados: o advogado-geral da União, Jorge Messias; o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG); e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.

De acordo com fontes do governo e do Judiciário, Barroso respondeu de forma diplomática que considera os três aptos a ocupar o cargo. O diálogo entre Lula e o ministro também abordou temas como política nacional, vida pessoal e a participação de mulheres no Poder Judiciário.

Jorge Messias é o favorito de Lula

Segundo interlocutores próximos ao Palácio do Planalto, a tendência é que o presidente indique Jorge Messias para a vaga deixada por Barroso. A decisão ainda não foi formalmente comunicada ao ministro aposentado.

Messias, que atualmente chefia a Advocacia-Geral da União (AGU), tem relação próxima com Lula e é apontado como um dos auxiliares de maior confiança do presidente. A expectativa é que a nomeação seja oficializada no início da próxima semana.

Após o anúncio formal, o indicado precisará passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal. Em seguida, o nome será submetido à votação no plenário da Casa, conforme determina o processo de escolha de ministros do Supremo Tribunal Federal.

Barroso se despede com voto sobre descriminalização do aborto

Antes de seguir para o jantar no Palácio da Alvorada, Luís Roberto Barroso participou do plenário virtual do Supremo Tribunal Federal e apresentou seu voto no julgamento que discute a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação. O ministro se manifestou favoravelmente à descriminalização, defendendo que o tema seja tratado como questão de saúde pública.

Além de Barroso, a ministra aposentada Rosa Weber também já havia votado no mesmo sentido. Pouco depois da manifestação de Barroso, o ministro Gilmar Mendes pediu vista e interrompeu o julgamento. Não há data definida para a retomada da análise do caso.

A pauta do aborto é uma das discussões mais sensíveis em tramitação no Supremo e deve permanecer em debate entre os atuais ministros. A expectativa é que a questão volte à pauta após a definição do novo integrante da Corte.

Encerramento da carreira e sucessão no STF

Luís Roberto Barroso deixa o Supremo Tribunal Federal após mais de dez anos de atuação, período em que exerceu a presidência do Tribunal e relatou casos de grande repercussão nacional. Com a aposentadoria, abre-se mais uma vaga para indicação presidencial, processo que tem ocorrido com frequência nos últimos anos devido à renovação natural do colegiado.

Com a possível escolha de Jorge Messias, o presidente Lula ampliaria sua influência na composição atual do Supremo, que conta com 11 ministros. Caso a indicação seja confirmada e aprovada pelo Senado, Messias se tornará o segundo indicado de Lula neste terceiro mandato — o primeiro foi Cristiano Zanin, nomeado em 2023.

O novo ministro, uma vez aprovado, passará a integrar a Corte em meio a debates relevantes sobre temas constitucionais e sociais, entre eles a descriminalização do aborto e o marco temporal das terras indígenas.

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil / Antônio Cruz/Agência Brasil

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Médicos encerram paralisação e retomam atendimentos em Natal após acordo com Prefeitura

Médicos encerram paralisação e retomam atendimentos em Natal após acordo com Prefeitura

Categoria decidiu encerrar movimento após compromisso da Prefeitura de apresentar calendário de pagamentos e plano de quitação de dívidas

Médicos encerram paralisação e retomam atendimentos em Natal após acordo com Prefeitura

Os médicos da alta e média complexidade decidiram, em reunião realizada na noite desta sexta-feira (17), encerrar a paralisação iniciada na última terça-feira (14) e retomar imediatamente ao trabalho em Natal. O movimento havia provocado a suspensão de cerca de 100 cirurgias eletivas em hospitais conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS) na rede municipal, segundo informações da Liga contra o Câncer e do Hospital Infantil Varela Santiago.

A decisão dos profissionais, que reúnem aproximadamente 120 médicos, ocorreu após a Prefeitura de Natal assumir o compromisso de apresentar o calendário de pagamento referente ao mês de setembro e um plano de quitação das pendências financeiras a partir de outubro. Uma nova reunião está marcada para a próxima quarta-feira (22), quando o tema será detalhado, incluindo o pagamento das dívidas acumuladas dos últimos três meses.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), os médicos aceitaram o compromisso e retomaram integralmente os procedimentos na manhã deste sábado (18), normalizando o funcionamento dos serviços.

Durante a paralisação, foram afetadas cirurgias e atendimentos de diversas especialidades, incluindo oncologia, neurocirurgia, mastologia, urologia, cirurgia de cabeça e pescoço, cirurgia torácica, cirurgia plástica, ortopedia oncológica, ginecologia oncológica, cirurgia pediátrica e cirurgia cardíaca, além dos procedimentos de hemodinâmica realizados pelos hospitais conveniados com o município.

Na prática, a suspensão atingiu todas as cirurgias, procedimentos e consultas médicas da Liga contra o Câncer, do Hospital do Coração, do Serviço de Cardiologia do Hospital Rio Grande, e parte das cirurgias realizadas no Hospital Varela Santiago e no Hospital Rio Grande.

O movimento dos médicos de alta e média complexidade vinha reivindicando regularização nos pagamentos de serviços prestados à rede pública municipal, além de previsibilidade nos repasses futuros. Com a proposta apresentada pela gestão municipal, os profissionais decidiram retomar os atendimentos, aguardando a efetivação do plano de pagamento a ser apresentado na próxima reunião.

A Prefeitura de Natal informou que o compromisso firmado busca restabelecer a normalidade nos atendimentos hospitalares conveniados e garantir a continuidade dos serviços do SUS prestados à população da capital potiguar.

Foto: Divulgação/SMS

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STF autoriza Bolsonaro a receber convidados para festa de 15 anos da filha Laura

STF autoriza Bolsonaro a receber convidados para festa de 15 anos da filha Laura

Alexandre de Moraes libera entrada de convidados na casa de Jair Bolsonaro para aniversário de 15 anos de Laura

STF autoriza Bolsonaro a receber convidados para festa de 15 anos da filha Laura

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta sexta-feira (17) o ex-presidente Jair Bolsonaro a receber convidados em sua residência para a comemoração dos 15 anos de sua filha, Laura Bolsonaro. O evento ocorrerá neste sábado (18), no período entre 9h e 18h, conforme decisão judicial.

A autorização atende ao pedido da defesa de Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto, e havia solicitado permissão para a entrada de amigos da filha, familiares e convidados próximos. Entre os nomes citados na petição estão a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e outros amigos da família que já possuem autorização para participar de reuniões religiosas no local.

Os advogados do ex-presidente também solicitaram a liberação para que o maquiador Pablo Agustin, amigo da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, pudesse hospedar-se na residência entre os dias 17 e 19 de outubro. Segundo a defesa, a celebração teria caráter exclusivamente familiar, sem vínculo público ou político.

“Trata-se, assim, de um almoço de cunho familiar, sem qualquer conotação pública ou política, restrito ao círculo pessoal da família do peticionante”, afirmou a defesa na petição enviada ao Supremo.

Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes determinou que todos os veículos dos convidados sejam revistados pela equipe de policiais penais responsáveis pela vigilância da residência de Bolsonaro, como medida de segurança durante o evento.

A autorização ocorre no contexto da prisão domiciliar imposta ao ex-presidente no inquérito que apura suposta atuação de Jair e Eduardo Bolsonaro (PL-SP) junto ao governo do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o objetivo de promover medidas de retaliação contra o governo brasileiro e ministros do Supremo Tribunal Federal. Entre as ações investigadas estão o cancelamento de vistos e a aplicação da Lei Magnitsky, que prevê sanções contra autoridades estrangeiras envolvidas em violações de direitos humanos ou corrupção.

No mês passado, a Primeira Turma do STF condenou Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão no âmbito da ação penal da trama golpista. Apesar da sentença, o ex-presidente segue cumprindo prisão domiciliar, sob monitoramento da Polícia Federal e autorização judicial para visitas previamente comunicadas à Corte.

O ministro Moraes reforçou, na decisão mais recente, que a permissão concedida para o evento é restrita ao período do almoço comemorativo, devendo todos os participantes deixar a residência até as 18h.

A autorização inclui amigos menores de idade de Laura Bolsonaro, a senadora Damares Alves e os demais convidados da família, conforme a solicitação protocolada pela defesa no início da semana.

Com a liberação, o ex-presidente poderá realizar o almoço de aniversário dentro dos parâmetros estabelecidos pela decisão judicial, sem descumprir as restrições impostas pela medida cautelar de prisão domiciliar.

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil / Bruno Peres/Agência Brasil

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Lula e Trump devem se reunir em breve, dizem Mauro Vieira e Marco Rubio

Lula e Trump devem se reunir em breve, dizem Mauro Vieira e Marco Rubio

Ministro brasileiro e autoridades dos EUA discutem tarifas e retomada do diálogo bilateral

Lula e Trump devem se reunir em breve, dizem Mauro Vieira e Marco Rubio

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e autoridades do governo dos Estados Unidos afirmaram que os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump devem se reunir em breve. A informação foi divulgada em comunicado conjunto após encontro realizado na Casa Branca, em Washington, nesta quinta-feira (16).

Participaram da reunião, além de Mauro Vieira, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, e o representante de Comércio dos Estados Unidos, Jamieson Greer. O principal tema discutido foi a imposição de tarifas por parte dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.

De acordo com a nota oficial, as autoridades mantiveram “conversas muito positivas sobre comércio e questões bilaterais em andamento” e concordaram em estabelecer uma rota de trabalho conjunto. O comunicado também destaca o compromisso de ambos os governos em viabilizar um encontro entre os presidentes Lula e Trump “na primeira oportunidade possível”.

Lula e Trump devem se reunir em breve
Lula e Trump devem se reunir em breve

Ainda não há data ou local definidos para a reunião presidencial. Inicialmente, havia expectativa de que o encontro ocorresse durante a Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), prevista para o fim de outubro, na Malásia. No entanto, segundo o chanceler brasileiro, a definição dependerá das agendas dos dois chefes de Estado.

A reunião entre Mauro Vieira e Marco Rubio marca a retomada do diálogo de alto nível entre Brasil e Estados Unidos, após um período de tensão diplomática. As relações bilaterais foram impactadas por medidas adotadas pelo governo Trump, que reassumiu a presidência dos EUA em janeiro.

Entre as ações que geraram atrito, está a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, justificada pela Casa Branca como resposta à suposta “politização” do Judiciário brasileiro e à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.

Além das tarifas, Washington também aplicou sanções financeiras e consulares a autoridades brasileiras, incluindo o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. As medidas foram interpretadas pelo governo brasileiro como retaliações políticas.

O encontro desta quinta-feira foi o primeiro de alto nível entre os dois países desde a posse de Trump. A reunião também ocorre após uma breve conversa entre Lula e Trump durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), realizada em setembro, em Nova York.

Segundo o comunicado, Brasil e Estados Unidos concordaram em conduzir discussões em várias frentes no futuro imediato, com o objetivo de fortalecer a cooperação bilateral. As autoridades também destacaram a importância de manter o diálogo aberto sobre temas comerciais e diplomáticos.

A retomada das conversas entre os dois governos é vista como um passo importante para a normalização das relações diplomáticas e comerciais entre Brasil e Estados Unidos, especialmente diante dos impactos econômicos das tarifas impostas por Washington.

Foto: Divulgação/Itamaraty/Mark Garten/Fotos Públicas

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CPI do INSS vota convocação de irmão de Lula e quebra de sigilos de Carlos Lupi

CPI do INSS vota convocação de irmão de Lula e quebra de sigilos de Carlos Lupi

Comissão analisa requerimentos que envolvem Frei Chico e ex-ministro da Previdência em investigação sobre fraudes

CPI do INSS vota convocação de irmão de Lula e quebra de sigilos de Carlos Lupi

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) realiza nesta quinta-feira (16) uma sessão decisiva com a análise de requerimentos que envolvem figuras públicas e dirigentes sindicais. Entre os principais pontos da pauta estão a convocação de José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telemático do ex-ministro da Previdência Carlos Lupi.

Frei Chico ocupa a vice-presidência do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi), entidade que está entre as principais investigadas pela CPI. O sindicato teve um crescimento de mais de 500% em seus convênios e repasses entre 2020 e 2024, período em que também aumentaram os registros de descontos não autorizados em aposentadorias.

A convocação de Frei Chico ocorre após o silêncio do presidente do Sindnapi, Milton Baptista de Souza Filho, durante depoimento à comissão. A CPI também deve votar um pedido de prisão preventiva contra Milton, acusado de liderar um esquema de fraudes previdenciárias que teria desviado milhões de reais ao longo da última década.

A legislação vigente, Lei nº 13.019/2014, proíbe acordos entre organizações sociais e o poder público quando há parentes de autoridades na direção das entidades. O Sindnapi firmou parceria com o INSS em novembro de 2023, quando Frei Chico já ocupava cargo diretivo. Em 2024, ele assumiu a vice-presidência da entidade.

Segundo auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU), o sindicato apresentou declarações inverídicas para atender aos requisitos legais de celebração de parcerias, comprometendo a lisura do processo de habilitação institucional. A CPI considera essencial ouvir Frei Chico para esclarecer o papel da diretoria na expansão dos convênios e nos repasses financeiros.

Além disso, os parlamentares devem votar requerimentos para quebra de sigilos do ex-ministro Carlos Lupi, que esteve à frente da Previdência Social entre janeiro de 2023 e maio de 2025. A medida inclui acesso a dados bancários, fiscais, e comunicações institucionais e pessoais. Lupi ocupava o cargo quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Sem Desconto, que investiga o esquema de cobranças indevidas em benefícios previdenciários.

CPI do INSS vota convocação de irmão de Lula e quebra de sigilos de Carlos Lupi
CPI do INSS vota convocação de irmão de Lula e quebra de sigilos de Carlos Lupi

A CPI também analisa a convocação de outras 14 pessoas ligadas a entidades suspeitas de envolvimento nas fraudes. Entre elas estão dirigentes e assessores de associações que teriam intermediado mensalidades ilegais e falsificações documentais.

A sessão desta quinta-feira inclui a votação de mais de 100 requerimentos, o que deve intensificar os embates entre parlamentares da base governista e da oposição. A convocação de Frei Chico, anteriormente evitada por acordos internos da comissão, será votada em bloco com outros nomes, o que pode alterar a estratégia de blindagem adotada nos primeiros meses da CPI.

A comissão segue apurando os impactos financeiros e administrativos das fraudes no INSS, com foco em entidades que firmaram convênios com o órgão e realizaram cobranças indevidas de aposentados e pensionistas. A investigação já resultou em bloqueios judiciais de bens e valores, além da abertura de inquéritos pela Polícia Federal.

Foto: Reprodução/Jefferson Rudy/Agência Senado

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Fake news: informação sobre Fátima Bezerra no STF é falsa, diz Governo do RN

Fake news: informação sobre Fátima Bezerra no STF é falsa, diz Governo do RN

Nota oficial esclarece que governadora não possui formação jurídica e nunca tratou do tema

Fake news: informação sobre Fátima Bezerra no STF é falsa, diz Governo do RN

O Governo do Rio Grande do Norte divulgou uma nota oficial na manhã desta terça-feira (14) para desmentir informações que circulam nas redes sociais sobre uma suposta indicação da governadora Fátima Bezerra (PT) ao cargo de ministra do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o comunicado emitido pelo Gabinete Civil e pela Assessoria de Comunicação do Governo do RN, não há qualquer fundamento na informação. A governadora é formada em Pedagogia e nunca exerceu atividades ligadas ao Direito, requisito básico para ocupar uma cadeira na mais alta corte do país.

A nota afirma que “esse tema nunca foi sequer tratado por Fátima Bezerra”, reforçando que a especulação não possui respaldo na realidade e configura disseminação de fake news.

A publicação oficial foi divulgada às 10h22 e tem como objetivo esclarecer a população diante da repercussão gerada por conteúdos falsos. O Governo do RN reforça o compromisso com a transparência e a veracidade das informações públicas.

Fake news: informação sobre Fátima Bezerra no STF
Fake news: informação sobre Fátima Bezerra no STF

Confira a íntegra da nota:


NOTA OFICIAL

Não procede a informação que a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, poderia assumir uma vaga de Ministra do Supremo Tribunal Federal (STF).

A governadora é formada em Pedagogia e jamais exerceu atividade ligada ao Direito. Não há qualquer fundamento, e esse tema nunca foi sequer tratado por Fátima Bezerra.

Natal, 14 de Outubro de 2025.

GABINETE CIVIL DO GOVERNO DO ESTADO DO RN – GAC
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DO GOVERNO DO RN – ASSECOM

Foto: Elisa Elsie/Governo do RN/Arquivo

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Caso Rolê Vermelho entra na fase final na Câmara de Natal

Caso Rolê Vermelho entra na fase final na Câmara de Natal

Comissão encerra depoimentos e inicia etapa decisiva sobre cassação de Brisa Bracchi

Caso Rolê Vermelho entra na fase final na Câmara de Natal

A Comissão Especial da Câmara Municipal de Natal encerrou nesta terça-feira (14) a fase de depoimentos das testemunhas de defesa no processo que apura suposta quebra de decoro parlamentar da vereadora Brisa Bracchi (PT), em razão do evento “Rolê Vermelho”, realizado em 9 de agosto na Cidade Alta.

A acusação, apresentada pelo vereador Matheus Faustino (União Brasil), aponta uso político de recursos públicos no evento, que recebeu R$ 18 mil por meio de emenda impositiva da parlamentar. A verba foi executada pela Fundação Capitania das Artes (Funcarte), órgão municipal responsável pela aplicação dos recursos.

Durante a fase de instrução processual, foram ouvidos diversos envolvidos, incluindo a própria vereadora Brisa Bracchi e um funcionário da Funcarte. Também prestaram depoimento a secretária municipal de Cultura e presidente da Funcarte, Iracy Azevedo; o produtor cultural Geraldo Gondim; a produtora musical Barbara Baracho; o vocalista da banda Skarimbó; e a cantora Khrystal.

De acordo com registros oficiais, os pagamentos realizados com recursos públicos foram: R$ 15 mil à cantora Khrystal e banda, R$ 2,5 mil à banda Skarimbó e R$ 500 ao DJ Augusto. Os valores totalizam os R$ 18 mil da emenda parlamentar.

Caso Rolê Vermelho
Caso Rolê Vermelho

O produtor Geraldo Gondim confirmou que o evento, embora apresentado como cultural, teve viés político vinculado ao Partido dos Trabalhadores (PT). Ele declarou que a vereadora não participou diretamente da organização, mas divulgou o evento em suas redes sociais. Gondim também admitiu a produção e distribuição de pulseiras com os dizeres “Bolsonaro na Cadeia”.

Com o encerramento dos depoimentos, inicia-se o prazo de cinco dias para que a vereadora apresente suas razões finais. Após essa etapa, o relator do processo, vereador Fúlvio Saulo (Solidariedade), emitirá parecer sobre a procedência ou improcedência da acusação. A Comissão Especial então decidirá se solicita ao presidente da Câmara, vereador Ériko Jácome (PP), a convocação de sessão para julgamento.

Na sessão de julgamento, o processo será lido integralmente. Os vereadores poderão se manifestar verbalmente por até 15 minutos cada. Ao final, a defesa da vereadora, ou seu procurador, terá até duas horas para apresentar sustentação oral.

O vereador Matheus Faustino participou da penúltima reunião de oitivas e declarou que as novas provas e os depoimentos reforçam a possibilidade de julgamento imparcial e responsável por parte da Comissão.

Por sua vez, a vereadora Brisa Bracchi afirmou que os depoimentos confirmam a legalidade dos atos de seu mandato e que a execução da emenda foi realizada pela Funcarte conforme os trâmites legais.

Foto: Francisco de Assis/CMN

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Governo Lula demite aliados de deputados que votaram contra MP dos impostos

Governo Lula demite aliados de deputados que votaram contra MP dos impostos

Demissões atingem indicados de partidos do Centrão após derrota da MP 1303 na Câmara

Governo Lula demite aliados de deputados que votaram contra MP dos impostos

O governo federal iniciou uma série de demissões de aliados políticos ligados aos 251 deputados que votaram contra a Medida Provisória 1303, conhecida como MP dos Impostos. A medida, articulada pela oposição, perdeu validade na Câmara dos Deputados e impediu o governo de ampliar o espaço fiscal para 2026.

Até o momento, foram substituídos ocupantes de cargos em diversos órgãos federais: quatro superintendências do Ministério da Agricultura, uma diretoria do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), três regionais da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), uma superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e uma vice-presidência da Caixa Econômica Federal.

A articulação política do governo afirma que a ação não representa retaliação ao Congresso ou aos partidos do Centrão, mas sim uma reorganização da base aliada. O mapeamento dos parlamentares considerados infiéis foi conduzido pela equipe da ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que comunicou a decisão ao presidente da Câmara, Hugo Motta.

A ordem para as demissões partiu diretamente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que busca consolidar uma base mais coesa para as eleições de 2026. A presidência da Caixa Econômica Federal, ocupada por Carlos Antonio Vieira Fernandes, indicado por Arthur Lira (PP-AL), será mantida. Lira não participou da votação da MP 1303.

Governo Lula demite aliados
Governo Lula demite aliados

A medida afeta aliados do senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente do PP, de deputados do PSD, presidido por Gilberto Kassab, além de nomes ligados ao União Brasil e ao MDB. Segundo integrantes do governo, houve quebra de acordo por parte desses grupos políticos na votação da MP.

Em entrevista ao podcast “As Cunhãs”, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que Gleisi Hoffmann vai “meter a faca” nos cargos ocupados por indicados do Centrão na Caixa Econômica Federal. Guimarães relatou que participou de reunião com Lula e Gleisi, na qual o presidente teria determinado o início das mudanças.

Na sexta-feira, 11, dois nomes ligados ao Centrão foram destituídos da Caixa: Paulo Rodrigo de Lemos Lopes, vice-presidente de Sustentabilidade e Cidadania Digital, indicado pelo PL; e José Trabulo Junior, consultor da presidência do banco, ligado ao senador Ciro Nogueira.

As demissões ocorreram dois dias após a derrota da MP 1303, que previa alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A articulação contrária à medida contou com apoio da federação União Brasil-PP, que tem se afastado da gestão petista.

Durante a entrevista, Guimarães mencionou outras vice-presidências da Caixa ocupadas por representantes de partidos como PL, Republicanos, PDT e Podemos. Ele também destacou que a presidência do banco foi uma indicação pessoal de Arthur Lira.

O líder do governo relatou que Gleisi Hoffmann já iniciou as mudanças e que recebeu ligações de parlamentares pedindo para preservar cargos em órgãos como o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). Segundo Guimarães, o governo entra agora em uma “nova fase” de reorganização política.

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil/Ricardo Stuckert/PR

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Alcolumbre leva Pacheco à reunião com cúpula do Judiciário sobre custas processuais

Alcolumbre leva Pacheco à reunião com cúpula do Judiciário sobre custas processuais

Presença de Pacheco, cotado ao STF, marca encontro sobre projeto de lei que atualiza valores da Justiça Federal

Alcolumbre leva Pacheco à reunião com cúpula do Judiciário sobre custas processuais

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), participou nesta segunda-feira, 13, de uma reunião com representantes da cúpula do Judiciário para tratar do Projeto de Lei 429/2024, que atualiza os valores das custas processuais da Justiça Federal. O encontro contou com a presença do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Herman Benjamin.

Também esteve presente o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), autor do projeto de atualização do Código Civil e presidente da comissão temporária criada para debater o tema. Pacheco é cotado para ocupar a vaga aberta no STF com a aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso. Ele conta com o apoio de Alcolumbre para ser indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Durante o encontro, foi discutido o consenso entre STF, Conselho Nacional de Justiça (CNJ), STJ, Ministério Público da União (MPU) e Defensoria Pública da União (DPU) sobre os percentuais de recursos a serem repassados a essas instituições. A proposta prevê a criação do Fundo Especial da Justiça Federal (Fejufe), que será utilizado para financiar obras, aquisição de veículos e equipamentos, além de capacitação de magistrados e servidores.

Alcolumbre leva Pacheco à reunião
Alcolumbre leva Pacheco à reunião

O PL 429/2024, de iniciativa do STJ, já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e está em análise no Senado. O texto estabelece novas faixas de cobrança para as custas processuais conforme o tipo de processo. Também define isenções para entes públicos, autarquias, fundações públicas, pessoas que comprovem insuficiência de recursos, beneficiários da justiça gratuita e autores de ações populares.

Um texto alternativo ao projeto original será encaminhado ao relator na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Eduardo Gomes (PL-TO), incorporando os percentuais acordados entre as instituições envolvidas.

Além da proposta sobre custas, foi abordada a regulamentação da emenda constitucional sobre a Relevância, que trata dos recursos especiais no STJ. Alcolumbre acompanha pessoalmente esse tema, em articulação com Pacheco e representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

No mesmo dia, o presidente Lula, em viagem à Itália, afirmou que ainda não decidiu se indicará um homem ou uma mulher, preto ou branco, para a vaga no STF. Ele declarou que ouvirá diversas pessoas antes de tomar a decisão ao retornar ao Brasil. Além de Pacheco, também são cotados para o cargo o advogado-geral da União, Jorge Messias, apoiado pelo PT, e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.

Foto: Pedro França/Waldemir Barreto/Agência Senado

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Ciro Nogueira critica postura de Eduardo Bolsonaro e diz que cenário político da direita foi prejudicado

Ciro Nogueira critica postura de Eduardo Bolsonaro e diz que cenário político da direita foi prejudicado

Michelle Bolsonaro ataca Lula e Janja em evento do PL Mulher e critica “casal que demoniza Israel”

Ciro Nogueira diz que Eduardo Bolsonaro prejudicou a direita e avalia inviabilidade de candidatura da família Bolsonaro

O presidente do Progressistas (PP) e senador Ciro Nogueira declarou neste domingo (12) que a postura do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos prejudicou o cenário político da direita no Brasil. As declarações foram dadas durante entrevista ao programa Canal Livre, da Band.

De acordo com o senador, a atuação de Eduardo Bolsonaro no exterior, que resultou em sanções internacionais que afetaram o país, causou um “prejuízo gigantesco” ao campo político da direita.

“Eu não sei o que eu faria se meu pai fosse injustiçado, mas foi um prejuízo gigantesco para nosso projeto político. Nós tínhamos uma eleição completamente resolvida”, afirmou Ciro Nogueira.

Nos últimos meses, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou publicamente que teria articulado sanções econômicas contra o Brasil e medidas direcionadas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Para Ciro Nogueira, esse tipo de ação deveria ter sido direcionada ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e não aos magistrados da Corte.

O senador avaliou ainda que, com a rejeição popular em torno do chamado “tarifaço” e diante do cenário político atual, não há viabilidade para que algum integrante da família Bolsonaro componha uma chapa presidencial nas eleições de 2026.

Ciro evitou discutir possíveis composições partidárias ou nomes para a vice-presidência. Segundo ele, o foco atual deve ser a definição do candidato principal que representará o campo conservador na disputa.

“Primeiro é preciso escolher a cabeça de chapa”, disse o presidente do PP.

Michelle Bolsonaro critica Lula e Janja em evento do PL Mulher

Um dia antes da fala de Ciro Nogueira, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro fez um discurso durante um evento do PL Mulher, neste sábado (11), em Rio Verde (GO), com críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e à primeira-dama Rosângela Silva, a Janja.

Durante o evento, Michelle se referiu ao casal presidencial como “casalzinho que demoniza Israel” e atacou lideranças de esquerda.

“Nós não vamos aceitar mais essa esquerda maldita governando a nossa nação. Um casalzinho, que demoniza Israel, mas que agora começou a frequentar as igrejas”, afirmou.

Ela também acusou Lula, Janja e outros representantes da esquerda de frequentar igrejas para enganar o público cristão.

“Vamos abrir os nossos olhos espirituais. Vamos entender que a mentira está dentro desse povo”, disse a ex-primeira-dama.

Michelle é presidente nacional do PL Mulher, grupo criado dentro do Partido Liberal para ampliar a participação feminina e fortalecer a base conservadora entre o eleitorado feminino. A ex-primeira-dama tem sido apontada como possível candidata ou vice em uma eventual chapa nas eleições de 2026, papel que vem sendo consolidado por meio de sua atuação à frente do movimento.

Fotos: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil / Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Governo do RN alerta para risco de insuficiência orçamentária em 2026

Governo do RN alerta para risco de insuficiência orçamentária em 2026

Secretarias e órgãos de controle discutem medidas para evitar desequilíbrio fiscal no último ano de gestão da governadora Fátima Bezerra

Governo do RN alerta para risco de insuficiência orçamentária em 2026

O Governo do Rio Grande do Norte identificou risco de insuficiência orçamentária para cobrir despesas com pessoal e manutenção administrativa no exercício de 2026, último ano de gestão da governadora Fátima Bezerra. A constatação foi feita pela Secretaria de Estado do Planejamento, do Orçamento e da Gestão (Seplan), com base em projeções da Secretaria de Fazenda (Sefaz).

Diante do cenário, a Seplan solicitou manifestação conjunta da Controladoria-Geral do Estado (CGE) e da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) para definir medidas que assegurem o equilíbrio fiscal e o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A preocupação decorre das limitações legais que impedem gestores públicos de contrair dívidas sem garantia de pagamento dentro do mesmo mandato.

O documento elaborado pela CGE e pela PGE apresenta recomendações de controle de gastos e aumento de arrecadação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios financeiros. Entre as medidas sugeridas estão: proibição de reajustes salariais, limitação de restos a pagar, revisão de renúncias fiscais, auditoria em gratificações e adicionais de servidores e reforço na cobrança da dívida ativa.

Medidas de contenção e recomendações de controle fiscal

O Núcleo de Monitoramento de Indicadores e Consultoria da CGE elaborou um parecer com ações preventivas para o exercício de 2026. A orientação é de que o governo adote prudência máxima na gestão da receita, reavaliando os benefícios fiscais concedidos e mantendo apenas aqueles que comprovarem relação custo-benefício favorável.

O documento também recomenda auditoria nas gratificações pagas a servidores ativos e inativos. Em julho de 2025, os adicionais pagos a servidores somaram R$ 17,9 milhões, podendo atingir R$ 214,9 milhões por ano. A Control sugere ainda verificação de incorporações e concessões a aposentadorias, além de revisão de contratos de terceirização, com análise da viabilidade de redução do quadro de atividade-meio.

As recomendações incluem ainda análise detalhada de planilhas de custos acima de R$ 500 mil, a ser realizada pelo Núcleo de Conformidade da Control, e a fortalecimento da arrecadação da dívida ativa, que totaliza R$ 11 bilhões até agosto de 2025, com arrecadação mensal de apenas R$ 7 milhões.

Outra sugestão é a criação de um decreto de programação financeira e cronograma mensal de desembolso, com metas bimestrais de arrecadação e revisão periódica das receitas. A medida busca disciplinar a liberação de recursos por órgão e fonte, de forma a manter previsibilidade no fluxo de caixa.

Histórico de contenção de despesas

Nos últimos anos, o Governo do Estado publicou dois decretos voltados à redução de gastos na administração direta e indireta. As medidas incluíram suspensão de nomeações, redução de viagens oficiais, revisão de contratos de locação de mão de obra e imóveis e meta de redução de 25% nas despesas de custeio, incluindo água, energia e telefone.

De acordo com auditoria da Controladoria, as ações resultaram em economia líquida de R$ 56 milhões entre o último bimestre de 2024 e o primeiro quadrimestre de 2025. No entanto, ao comparar o exercício de 2024 com o de 2023, verificou-se aumento líquido de R$ 200 milhões nas despesas, indicando que os decretos tiveram efeito temporário.

O relatório aponta que parte das liquidações pode ter sido adiada para períodos posteriores, reduzindo o impacto imediato das medidas. A análise classificou os decretos como ações emergenciais de curto prazo, que não conseguiram reverter a tendência de crescimento das despesas de custeio.

Governo analisa medidas para 2026

A controladora-geral do Estado, Luciana Daltro, informou que a consulta da Seplan representa uma ação preventiva voltada à manutenção da responsabilidade fiscal no encerramento do mandato. Segundo a gestora, o estudo busca identificar e aplicar medidas cabíveis para garantir a sustentabilidade das contas públicas e o cumprimento da legislação.

De acordo com a Controladoria, o parecer conjunto da CGE e da PGE servirá de orientação técnica para as decisões administrativas de 2026, assegurando que o Estado mantenha os princípios de legalidade, responsabilidade e transparência.

Foto: Sandro Menezes/Joana Lima/Governo do RN/Ilustração

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Jorge Messias é cotado para vaga de Barroso no STF e desponta como favorito de Lula

Jorge Messias é cotado para vaga de Barroso no STF e desponta como favorito de Lula

Chefe da AGU tem relação de confiança com o presidente e é apontado por integrantes do Judiciário como principal nome para a sucessão no Supremo

Jorge Messias é cotado para vaga de Barroso no STF e desponta como favorito de Lula

A movimentação em torno da sucessão de Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF) já começou, e o nome do advogado-geral da União, Jorge Messias, é apontado por integrantes da cúpula do Judiciário como o principal favorito para a indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

De acordo com avaliações internas, o fator determinante para essa preferência é a relação de confiança e proximidade pessoal entre Messias e o chefe do Executivo.

Relação de confiança e perfil político

Nas duas nomeações mais recentes ao STF, Lula privilegiou nomes com vínculos pessoais e políticos diretos: Cristiano Zanin, seu ex-advogado, e Flávio Dino, então ministro da Justiça.

Segundo ministros do Supremo ouvidos pela imprensa, Lula teria indicado, ainda durante a posse de Dino na Corte, que Messias seria o “próximo da fila”. Caso o presidente mantenha o mesmo critério de escolha — baseado em lealdade e alinhamento político —, o atual chefe da AGU deve ser o indicado para ocupar a cadeira de Barroso.

Messias concluiu doutorado em Direito na Universidade de Brasília (UnB) em 2024 e tem boa relação com ministros do Judiciário. É considerado um nome de perfil técnico, porém politicamente alinhado ao Palácio do Planalto, característica que tem sido valorizada por Lula nas escolhas anteriores.

Concorrência e articulações no Senado

O principal concorrente de Messias é o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, que conta com apoio expressivo entre parlamentares e respaldo de nomes influentes do Supremo, como Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes.

Nos últimos anos, Pacheco construiu boa relação com o Judiciário, atuando para conter tentativas de impeachment de ministros e reduzindo tensões entre os Poderes. Esse histórico faz dele uma opção com forte base política, especialmente no Senado, onde a indicação precisa ser aprovada.

Além de Pacheco, o nome do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, também circula entre os cotados, mas com menor força na disputa. Segundo interlocutores próximos ao presidente, Lula tende a priorizar candidatos que já tenham trajetória direta de colaboração com o governo.

Pressão por indicação feminina

Apesar de parte do meio jurídico defender a indicação de uma mulher — após a aposentadoria da ministra Rosa Weber, que deixou a Corte em 2023 —, aliados do presidente consideram essa hipótese pouco provável neste momento.

A justificativa é que Lula já indicou recentemente mulheres para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e para o Superior Tribunal Militar (STM), o que, segundo pessoas próximas ao Planalto, reduz a pressão imediata por uma escolha feminina no STF.

Prazo e definição

A decisão sobre o sucessor de Barroso deve ser tomada após a viagem de Lula à Itália, marcada para a próxima semana.

Ministros do Supremo avaliam que o presidente não pretende estender o processo de escolha, buscando evitar pressões externas e manter o controle político sobre a indicação.

Barroso se aposentará oficialmente nos próximos meses, abrindo a vaga que deve ser preenchida ainda em 2025, conforme cronograma do Palácio do Planalto.

Enquanto o anúncio não ocorre, o nome de Jorge Messias segue como o mais cotado dentro do governo e entre integrantes do Judiciário, consolidando-se como favorito para ser o próximo indicado ao Supremo Tribunal Federal.

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil / Marcelo Camargo/Agência Brasil / José Cruz/Agência Brasil / Antônio Cruz/Agência Brasil

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María Corina Machado vence Nobel da Paz de 2025 e provoca reações políticas em vários países

María Corina Machado vence Nobel da Paz de 2025 e provoca reações políticas em vários países

Oposição venezuelana dedica prêmio a Donald Trump; líderes latino-americanos e analistas criticam decisão do Comitê Norueguês

María Corina Machado vence Nobel da Paz de 2025 e provoca reações políticas em vários países

O Comitê Norueguês do Nobel anunciou nesta sexta-feira (10) a concessão do Prêmio Nobel da Paz de 2025 à líder da oposição venezuelana María Corina Machado, reconhecida “por seu trabalho na promoção dos direitos democráticos para o povo da Venezuela e sua luta por uma transição pacífica para a democracia”.

A escolha foi divulgada em Oslo, na Noruega, pelo presidente do Comitê, Jørgen Watne Frydnes, que destacou o papel da política venezuelana como um dos “exemplos mais extraordinários de coragem civil na América Latina nos últimos tempos”. Segundo Frydnes, o reconhecimento busca valorizar figuras que atuam na defesa da liberdade diante de regimes autoritários.

O prêmio será entregue oficialmente em 10 de dezembro, data que marca o aniversário da morte de Alfred Nobel, criador da honraria. O valor total do prêmio é de 11 milhões de coroas suecas. O Comitê afirmou, entretanto, que não há confirmação se María Corina comparecerá à cerimônia, já que vive na clandestinidade desde o início de 2025.

Líder da oposição venezuelana e trajetória política

María Corina Machado se tornou um dos principais nomes da oposição ao presidente Nicolás Maduro. Em 2024, foi candidata nas eleições presidenciais venezuelanas, mas teve sua candidatura impedida pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

Após a desclassificação, ela declarou apoio ao opositor Edmundo González Urrutia, que, segundo a oposição, teria vencido as eleições com base nas atas eleitorais divulgadas pelos próprios escrutinadores. O CNE, sob controle do governo, afirmou ter sido vítima de um ataque hacker e não apresentou os resultados oficiais.

Corina foi detida em 9 de janeiro de 2025, durante uma manifestação em Caracas, na véspera da posse de Maduro. Desde então, segundo aliados, permanece escondida.

Declaração e dedicatória do prêmio

Em sua primeira manifestação pública após o anúncio, María Corina dedicou o Nobel da Paz de 2025 ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ao povo venezuelano.

“Eu dedico este prêmio ao sofrimento do povo da Venezuela e ao presidente Trump por seu apoio decisivo à nossa causa”, escreveu a líder em publicação nas redes sociais.

A venezuelana afirmou ainda que a premiação é um “impulso para concluir nossa tarefa”, em referência à derrubada do regime de Maduro.

A declaração teve repercussão imediata em Washington. O diretor de comunicações da Casa Branca, Steven Cheung, comentou que “o Comitê do Nobel provou que eles colocam a política à frente da paz”, em resposta à citação de Trump feita pela premiada.

Nos bastidores, fontes norte-americanas indicaram que o governo dos Estados Unidos esperava que o próprio Trump fosse contemplado com o prêmio neste ano, em razão de ações diplomáticas recentes.

Reações internacionais e críticas ao Comitê do Nobel

A decisão do Comitê provocou reações diversas entre líderes e especialistas da América Latina. O ex-diretor executivo do FMI, Paulo Nogueira Batista Jr., afirmou em sua conta no X (antigo Twitter) que o Nobel da Paz “perdeu credibilidade” ao premiar “uma política controlada por Washington”, em vez de reconhecer pessoas envolvidas na mediação de conflitos internacionais, como o de Gaza.

A presidenta do México, Claudia Sheinbaum, limitou-se a escrever “sem comentários” nas redes sociais. Já o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e o ex-presidente boliviano Evo Morales publicaram mensagens de repúdio à escolha do Comitê Norueguês.

A educadora em direitos humanos Marisol Guedez, do Observatório para Dignidade no Trabalho, também criticou a decisão. Segundo ela, María Corina “não demonstrou preocupação com a paz” e teria incentivado “atos violentos fora dos marcos jurídicos” durante protestos no país.

Representantes da base governista no Brasil compararam a atuação da venezuelana à do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), destacando o apoio de Corina às sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos à Venezuela em 2017.

Por outro lado, parlamentares da direita brasileira, como o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), celebraram a escolha e parabenizaram a opositora venezuelana.

Opinião diplomática e contexto político

O assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, afirmou em entrevista à CNN Brasil que o Nobel priorizou a política em relação à paz. Amorim declarou não questionar as qualidades pessoais da premiada, mas observou que “os critérios parecem ter privilegiado motivações políticas”.

O reconhecimento a María Corina ocorre em meio a um cenário de disputa política e denúncias internacionais sobre o processo eleitoral venezuelano. A oposição afirma que González Urrutia é o verdadeiro vencedor das eleições, enquanto o governo Maduro mantém-se no poder sob alegações de fraude e perseguição a adversários.

Foto: RS/via Fotos Publicas

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Crise penitenciária do RN expõe descontrole e falta de comando do Governo do Estado

Crise penitenciária do RN expõe descontrole e falta de comando do Governo do Estado

Editorial POR DENTRO DO RN

O sistema prisional do Rio Grande do Norte vive uma crise anunciada – e o atual governo, comandado por Fátima Bezerra (PT), parece assistir de camarote ao colapso de uma estrutura que já opera no limite há anos. O caos não é apenas reflexo da superlotação e da falta de infraestrutura, mas da ausência de gestão, planejamento e comando. O resultado é um cenário que ameaça a segurança pública, mina a credibilidade das instituições e expõe a inércia do poder estadual diante de um problema que exige ação imediata.

De acordo com a própria Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), 85 presos do regime semiaberto estão sem tornozeleira eletrônica e sem qualquer tipo de monitoramento. São indivíduos que, na prática, cumprem pena em liberdade, sem vigilância e sem controle. O dado, por si só, seria alarmante em qualquer estado brasileiro. No RN, porém, virou rotina. A falta de compromisso com a aplicação da lei e o cumprimento das decisões judiciais revela uma gestão que perdeu o controle daquilo que deveria ser prioridade: a segurança da população.

A situação se agrava quando se observa o histórico de falhas no fornecimento de tornozeleiras eletrônicas — um problema que já se arrasta desde 2023. Foram greves, contratos rompidos, empresas inadimplentes e presos circulando livremente nas ruas por “falta de equipamento”. O governo, mesmo com milhões de reais repassados pelo Governo Federal, não conseguiu estruturar um sistema eficiente e transparente. O que deveria ser uma solução tecnológica de controle se transformou em mais um símbolo do desgoverno.

Como se não bastasse, a Justiça acaba de determinar a interdição parcial da Cadeia Pública de Ceará-Mirim devido à superlotação. A unidade, com capacidade para 1.364 detentos, abriga 1.448 — uma violação clara dos limites legais e dos direitos humanos básicos. E este não é um caso isolado. Outras penitenciárias, como a do Seridó e o Complexo Rogério Coutinho Madruga, em Alcaçuz, também enfrentaram interdições nos últimos meses. O Ministério Público já havia alertado: a falta de vagas e a ausência de estrutura adequada comprometem o cumprimento da Lei de Execuções Penais.

Os números são claros: entre 2019 e 2025, a população carcerária potiguar cresceu 38,7%, enquanto o governo estadual segue com promessas de obras e ampliação de vagas que andam a passos lentos. Pavilhões em reforma, módulos em construção e novas promessas até 2027 – tudo isso em meio a um sistema que colapsa agora. O discurso da Seap de que “o sistema está seguro e sob controle” soa desconectado da realidade. Basta olhar os dados, as decisões judiciais e o sentimento de insegurança da sociedade para constatar o contrário.

O descontrole do Governo Fátima Bezerra na área prisional reflete uma política pública ausente, marcada por improvisos, reações tardias e discursos vazios. O RN precisa de uma gestão penitenciária que funcione, que respeite a lei, e que garanta o cumprimento das penas de forma segura e digna – não de uma administração que empurra os problemas com a barriga e repete justificativas desgastadas.

Não se trata de um ataque político, mas de um alerta institucional. O caos prisional é, acima de tudo, uma questão de segurança pública. Cada preso sem monitoramento, cada unidade superlotada, cada falha de gestão representa risco direto para o cidadão. A sociedade potiguar não pode continuar refém da ineficiência do Estado.

É hora de o governo assumir sua responsabilidade e encarar o problema com seriedade. O sistema prisional do RN não pode continuar sendo tratado como uma bomba-relógio esquecida — porque, quando ela explode, quem paga o preço é o povo.

Foto: Vivian Galvão

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Comissão aprova MP alternativa ao IOF com tributação de 18% sobre investimentos

Comissão aprova MP alternativa ao IOF com tributação de 18% sobre investimentos

Medida Provisória 1303 segue para votação no Congresso após recuo em tributação de apostas e títulos do agronegócio

Comissão aprova MP alternativa ao IOF com tributação de 18% sobre investimentos

A comissão mista do Congresso Nacional aprovou, por 13 votos a 12, a Medida Provisória (MP) 1303, que propõe alternativas de arrecadação em substituição ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A votação ocorreu nesta terça-feira (7), e o texto precisa ser aprovado pelos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal até esta quarta-feira (8) para não perder a validade.

A proposta original da equipe econômica previa arrecadação de aproximadamente R$ 10 bilhões em 2025 e R$ 20 bilhões em 2026. No entanto, após pressão de setores afetados, o texto foi modificado, reduzindo a estimativa de arrecadação em R$ 3 bilhões para o ano de 2026, segundo o relator da MP, deputado Carlos Zarattini (PT-SP). Economistas independentes avaliam que a perda pode ser ainda maior.

Entre as principais alterações está a unificação da alíquota do Imposto de Renda sobre rendimentos de aplicações financeiras em 18%. Atualmente, a tributação varia entre 15% e 22,5%, conforme o prazo do investimento. A proposta inicial previa alíquota de 17,5%, mas foi ajustada para 18% durante a tramitação.

A tributação dos Juros sobre Capital Próprio (JCP), mecanismo de remuneração a acionistas, também foi modificada. O governo havia proposto elevar a alíquota de 15% para 20%, mas após negociações, o relator definiu o percentual em 18%.

A proposta de aumentar a tributação sobre apostas esportivas online de 12% para 18% foi retirada. Em seu lugar, foi criado o Regime Virtual de Regularização de Ativos Virtuais, que prevê a cobrança de tributos sobre operações realizadas entre 2019 e 2024, antes da regulamentação do setor. A expectativa do Ministério da Fazenda é arrecadar R$ 5 bilhões com o novo regime, superando a projeção inicial de R$ 3,68 bilhões entre 2025 e 2027.

Outra mudança significativa foi o recuo na tributação de títulos incentivados do agronegócio e da infraestrutura, como LCAs, LCIs e LCDs. Esses papéis são atualmente isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas. A proposta inicial previa cobrança de 5%, posteriormente ajustada para 7,5%, mas foi retirada após pressão de frentes empresariais e da bancada ruralista.

Comissão aprova MP
Comissão aprova MP

As medidas previstas na MP são consideradas estratégicas pela equipe econômica para garantir o cumprimento do piso da meta fiscal nos anos de 2025 e 2026, evitando bloqueios no orçamento público, especialmente em período eleitoral.

Na noite de segunda-feira (6), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reuniu-se com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para discutir a tramitação da MP. A proposta surgiu como alternativa à frustração de receitas com o IOF, inicialmente estimadas em R$ 40 bilhões anuais, mas reduzidas a menos da metade após decisões judiciais e pressões setoriais.

A votação nos plenários da Câmara e do Senado será decisiva para a manutenção das medidas propostas. A equipe econômica considera a aprovação da MP essencial para o equilíbrio fiscal e para a execução do orçamento federal nos próximos anos.

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

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PL pressiona por anistia e diz que Brasil precisa virar a página

PL pressiona por anistia e diz que Brasil precisa virar a página

Partido Liberal participa de ato em Brasília e defende reconciliação nacional e revisão das penas aplicadas aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro

PL pressiona por anistia e diz que Brasil precisa virar a página

O Partido Liberal (PL) do Rio Grande do Norte participou da “Caminhada pela Anistia”, realizada na tarde da terça-feira (7) em Brasília. O evento teve como objetivo manifestar apoio aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 e pedir anistia ampla, geral e irrestrita. A concentração ocorreu no Complexo Cultural da República, com caminhada até a alameda José Sarney, nas proximidades do Congresso Nacional.

O presidente estadual do PL e secretário nacional do partido, senador Rogério Marinho, afirmou que o movimento representa um pedido por justiça, paz e reconciliação. Segundo ele, a anistia é vista como instrumento para reconstrução de pontes e restauração da dignidade dos brasileiros que, segundo o partido, estão sendo perseguidos.

Parlamentares do Rio Grande do Norte também estiveram presentes, como o deputado federal Sargento Gonçalves e o deputado estadual Coronel Azevedo. Ambos destacaram a importância da pacificação nacional e do respeito às liberdades democráticas. A deputada federal Carla Dickson, do União Brasil, também participou do ato, ao lado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e de outros parlamentares conservadores.

Durante o evento, Carla Dickson defendeu o equilíbrio no processo judicial dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Ela ressaltou que o movimento não busca defender atos de violência, mas garantir direitos fundamentais como ampla defesa, contraditório e proporcionalidade nas penas. A deputada criticou a abordagem técnica sobre dosimetria das condenações e afirmou que o país precisa virar a página com justiça e humanidade.

A manifestação contou com orações, discursos e apoio às famílias dos presos. A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal reforçou o policiamento na região, com presença do Batalhão de Choque, viaturas, cavalaria e cães. Até o momento, não foi divulgada estimativa oficial de público.

PL pressiona por anistia
PL pressiona por anistia

O evento foi organizado pelo pastor Silas Malafaia e contou com a presença de figuras políticas como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, além dos deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG), Hélio Lopes (PL-RJ), Alberto Fraga (PL-DF) e Joaquim Passarinho (PL-PA).

Flávio Bolsonaro afirmou que acredita na aprovação do projeto de lei que concede anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Ele relatou que, após visitar o pai em prisão domiciliar, sai motivado para continuar lutando pela causa. O senador classificou o processo como próximo da aprovação no Congresso.

O deputado Nikolas Ferreira destacou a mobilização como superior às manifestações da esquerda, afirmando que o movimento é motivado por ideais e não por interesses financeiros ou políticos. Já Silas Malafaia classificou a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro como perseguição política.

O PL e seus aliados defendem que a anistia é necessária para garantir a pacificação nacional e o respeito ao Estado de Direito. O debate sobre o tema segue no Congresso Nacional, com expectativa de votação do projeto de lei nos próximos meses.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

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Primeira etapa do Hospital Municipal de Natal deve começar a funcionar em janeiro de 2026

Primeira etapa do Hospital Municipal de Natal deve começar a funcionar em janeiro de 2026

Unidade, localizada no bairro Pitimbu, funcionará inicialmente com 100 leitos e atendimento por encaminhamento de outras unidades de saúde

Primeira etapa do Hospital Municipal de Natal deve começar a funcionar em janeiro de 2026

A primeira etapa do Hospital Municipal de Natal está prevista para começar a funcionar em janeiro de 2026, segundo informou o secretário municipal de Saúde, Geraldo Pinho, durante visita de fiscalização realizada nesta segunda-feira (6) pela Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Câmara Municipal de Natal (CMN).

Localizado na avenida Omar O’Grady, no bairro Pitimbu, zona Sul da capital potiguar, o hospital teve as obras retomadas no fim de setembro após um período de paralisação motivado por falta de recursos. A unidade será entregue em duas etapas e, inicialmente, funcionará em regime de portas fechadas, recebendo apenas pacientes encaminhados de outras unidades de saúde da rede municipal.

Na primeira fase, o hospital contará com 100 leitos, sendo 90 de enfermaria e 10 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A estrutura incluirá ainda salas de procedimentos, centro de diagnóstico por imagem, farmácia, cozinha e lavanderia.

De acordo com o secretário, a segunda etapa, que está em construção, ampliará a capacidade da unidade com a inclusão de 220 novos leitos, além de centro cirúrgico e maternidade. A previsão é de que essa fase seja concluída no segundo semestre de 2027.

O secretário Geraldo Pinho destacou que mais de R$ 50 milhões já foram aplicados na primeira fase de obras do Hospital Municipal de Natal. Para a segunda etapa, estão previstos investimentos de cerca de R$ 110 milhões.

Durante a visita, os vereadores da Comissão de Saúde acompanharam o andamento das obras e receberam informações sobre o cronograma de execução e os recursos destinados ao projeto. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os trabalhos estão concentrados na finalização das instalações elétricas, hidráulicas e estruturais da primeira fase.

O hospital foi projetado para atender exclusivamente pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), reforçando a capacidade da rede pública de Natal. Inicialmente, o atendimento será feito apenas por encaminhamento de outras unidades, como Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais de menor porte.

Em relação à composição do quadro de pessoal, o secretário informou que os contratos temporários de profissionais de saúde serão prorrogados até que novos concursos públicos sejam realizados. O objetivo é garantir o preenchimento de todas as vagas necessárias para o funcionamento da unidade.

A expectativa da Secretaria Municipal de Saúde é de que, após a conclusão das duas etapas, o Hospital Municipal de Natal se torne uma das principais unidades da rede pública da capital, com capacidade total de 320 leitos e atendimento em diferentes especialidades médicas.

Atualmente, a obra é executada com recursos provenientes do orçamento municipal e de repasses federais. O acompanhamento das etapas e da aplicação dos recursos continuará sendo feito pela Câmara Municipal e pelos órgãos de controle.

Fotos: Elpídio Júnior

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Trump diz ter gostado de conversa com Lula e prevê novos encontros entre EUA e Brasil

Trump diz ter gostado de conversa com Lula e prevê novos encontros entre EUA e Brasil

Presidente dos EUA afirma que diálogo com Lula abordou economia e comércio e antecipa futuras reuniões bilaterais

Trump diz ter gostado de conversa com Lula e prevê novos encontros entre EUA e Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (6) que teve uma conversa considerada positiva com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. A declaração foi feita por meio das redes sociais do chefe do Executivo norte-americano.

Segundo Trump, o diálogo entre os dois líderes teve como foco principal temas relacionados à economia e ao comércio bilateral. O presidente norte-americano indicou que a conversa foi produtiva e que há expectativa de continuidade nas tratativas entre os dois países.

De acordo com a publicação, Trump mencionou que novos encontros entre os presidentes dos Estados Unidos e do Brasil devem ocorrer em breve. Ele destacou que essas reuniões podem acontecer tanto em território brasileiro quanto em solo norte-americano, sinalizando a intenção de estreitar os laços diplomáticos e comerciais entre as duas nações.

A manifestação de Trump ocorre em um momento de reaproximação entre os governos dos dois países, após períodos de distanciamento em gestões anteriores. A sinalização de futuras reuniões pode indicar uma tentativa de fortalecer a cooperação bilateral em áreas estratégicas, como comércio exterior, investimentos, meio ambiente e segurança.

Trump
Trump

O comércio entre Brasil e Estados Unidos tem se mantido como uma das principais relações econômicas internacionais do país sul-americano. Os Estados Unidos figuram entre os maiores parceiros comerciais do Brasil, tanto em exportações quanto em importações. Produtos como petróleo, minério de ferro, aviões, máquinas e produtos agrícolas estão entre os principais itens comercializados entre as duas nações.

Além do comércio, a cooperação em temas como meio ambiente, segurança regional, ciência e tecnologia também tem sido pauta recorrente em encontros diplomáticos anteriores. A retomada de um diálogo mais frequente entre os presidentes pode abrir espaço para novos acordos e parcerias estratégicas.

A publicação de Trump nas redes sociais não detalhou a data exata da conversa com Lula, tampouco os canais utilizados para o contato. Também não foram divulgadas informações adicionais sobre os temas específicos abordados ou eventuais acordos firmados durante o diálogo.

A Presidência da República do Brasil ainda não se manifestou oficialmente sobre o conteúdo da conversa ou sobre a possibilidade de encontros futuros. No entanto, fontes do governo brasileiro indicam que há interesse em manter uma agenda de cooperação com os Estados Unidos, especialmente em áreas como transição energética, investimentos em infraestrutura e ampliação de mercados para produtos brasileiros.

A sinalização de Trump sobre um possível encontro presencial com Lula reforça a importância da diplomacia presidencial na condução das relações exteriores. Reuniões entre chefes de Estado costumam ser estratégicas para a definição de políticas bilaterais e para a construção de consensos em fóruns multilaterais.

A expectativa é que, nos próximos meses, haja avanços nas tratativas para a realização de um encontro oficial entre os presidentes. A depender da agenda internacional e dos compromissos internos de ambos os líderes, a reunião poderá ocorrer ainda este ano.

Foto: Joyce N. Boghosian/Mark Garten/Fotos Públicas

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Alckmin destaca avanços com os EUA após conversa entre Lula e Trump

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Vice-presidente citou nova exclusão de produtos de tarifaço

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, que é também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, afirmou neste sábado (4), em Brasília, que houve novos avanços na redução de tarifas do governo dos Estados Unidos (EUA) sobre produtos brasileiros. Isso ocorreu, observou, após o rápido encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente norte-americano, Donald Trump, durante a Assembleia-Geral das Nações Unidas, no fim de setembro.

“Depois da conversa do presidente Lula com o presidente Trump, esta semana, segunda-feira (29), alguns produtos, como madeira macia e serrada, [que] estavam em 50%, passaram para 10%. Armário, móveis, sofá, tem ali o detalhamento dos produtos, estava em 50%, passaram para 25%. E o que é a Seção 232 [da Lei de Comércio dos EUA]? Nós e o mundo estamos iguais. Então, quando você fala armário, móvel, é 25% para o Brasil e para o mundo todo, você não perde competitividade”, afirmou Alckmin durante visita a uma concessionária de automóveis na capital federal. Segundo ele, a retirada desses produtos do tarifaço de 50% significa exclusão de US$ 370 milhões em produtos brasileiros exportados.

A Seção 232 da Lei de Expansão Comercial norte-americana, mencionada por Alckmin, é usada pelo país para taxar todos os países de forma simultânea.

“Eu acho que o encontro do presidente Lula com o presidente Trump em Nova York foi importante, foi um primeiro passo e temos muita convicção de que teremos próximos passos aí. Não há razão para manter essa tarifa, já que os Estados Unidos são superavitários na relação comercial conosco. Eles vendem mais pra gente do que nós para eles”, acrescentou Alckmin.

O vice-presidente tem sido o principal interlocutor brasileiro junto ao governo dos EUA e vem mantendo diálogo direto com o secretário de Comércio do país norte-americano, Howard Lutcnick, com quem conversou esta semana.
Carro sustentável

Ao visitar uma loja de automóveis em Brasília, Alckmin citou números da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) para comemorar o aumento expressivo na venda de carros novos desde o lançamento do programa Carro Sustentável, que zera impostos e concede estímulos para a comercialização de veículos de entrada fabricados no Brasil e que obedecem a critérios de sustentabilidade.

“Do dia 11 de julho, quando foi lançado o Carro Sustentável, até 30 de setembro, as vendas aumentaram 28,2%. O carro sustentável tem importância ambiental, ele polui menos, não pode passar de 83 gramas de CO2 por quilômetro rodado, é flex, fabricado no Brasil e com 80% de reciclabilidade. Tem importância social porque é o carro de entrada, o carro mais barato, reduzindo ainda mais o preço”, destacou Alckmin.

Lula e Trump ainda devem ter um encontro virtual ou presencial, em data a ser anunciada. Foi o que ambos combinaram após o encontro em Nova York, há duas semanas.

Foto: Mark Garten via Fotos Públicas / Cadu Gomes/VPR

Da Agência Brasil

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Justiça condena Município de Parelhas a indenizar idosa em R$ 400 mil após perda de olho em mutirão

Justiça condena município de Parelhas a indenizar idosa em R$ 400 mil após perda de olho em mutirão

Decisão judicial atribui responsabilidade à Prefeitura por falhas na fiscalização de cirurgias oftalmológicas realizadas em setembro de 2024

Justiça condena Município de Parelhas a indenizar idosa em R$ 400 mil por perda de olho após mutirão

A Vara Única da Comarca de Parelhas condenou o Município de Parelhas, no interior do Rio Grande do Norte, ao pagamento de R$ 400 mil em indenização a uma idosa que perdeu o globo ocular após participar de um mutirão de cirurgias oftalmológicas realizado pela Prefeitura em setembro de 2024. A decisão judicial foi proferida pelo juiz Wilson Neves de Medeiros Júnior.

De acordo com a sentença, a paciente receberá R$ 200 mil a título de danos morais e outros R$ 200 mil por danos estéticos. Os valores devem ser corrigidos monetariamente e acrescidos de juros de mora até o efetivo pagamento.

Caso ocorreu durante mutirão promovido pela Prefeitura

Segundo consta no processo, a mulher foi submetida a uma cirurgia na Maternidade Dr. Graciliano Lordão, em Parelhas, durante mutirão promovido pela Prefeitura e executado pela empresa Oculare Oftalmologia Avançada LTDA. Após o procedimento, ela começou a apresentar sintomas graves, mas relatou que não recebeu o atendimento necessário na rede pública municipal.

Dias depois, a paciente precisou ser transferida para o Hospital Universitário Onofre Lopes, em Natal, onde passou por uma cirurgia de urgência que resultou na retirada do olho.

Na ação judicial, a autora também informou que pelo menos 15 pessoas que participaram do mesmo mutirão apresentaram complicações semelhantes após os procedimentos realizados pela equipe contratada.

Município alegou responsabilidade da empresa e da maternidade

Em sua defesa, o Município de Parelhas argumentou que não poderia ser responsabilizado pelos danos, alegando que a responsabilidade seria da empresa prestadora do serviço e da maternidade onde as cirurgias ocorreram. O ente municipal também questionou o valor solicitado pela paciente na ação judicial.

No entanto, o juiz rejeitou os argumentos apresentados pela Prefeitura e reconheceu a responsabilidade do Município pela falta de fiscalização adequada na execução do serviço contratado.

“O dano sofrido pela vítima possui nexo de causalidade com a conduta negligente do réu, que não fiscalizou adequadamente o fornecimento do serviço médico prestado no âmbito de suas atribuições”, afirmou o magistrado em sua decisão.

O juiz ainda destacou que o caso não se tratou de um evento isolado, considerando que outras pessoas também foram afetadas após os procedimentos realizados no mesmo mutirão.

Município pode recorrer da decisão

A decisão é de primeira instância e ainda cabe recurso por parte do Município de Parelhas. O processo tramita na Vara Única da Comarca local.

A sentença reforça a obrigação dos entes públicos de fiscalizar a execução dos serviços terceirizados, especialmente em ações na área da saúde.

Foto: Matheus H. Souza/ Agência Brasília

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Coaf aponta movimentações de R$ 3,2 bilhões em Contag e Sindnapi em relatórios enviados à CPI do INSS

Coaf aponta movimentações de R$ 3,2 bilhões em Contag e Sindnapi em relatórios enviados à CPI do INSS

Relatórios destacam transações suspeitas em regiões de fronteira, operações em espécie e repasses a empresas ligadas a dirigentes; CGU reforça auditorias que embasaram Operação Sem Desconto

A Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag) e o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi) movimentaram, juntos, cerca de R$ 3,2 bilhões nos últimos anos, segundo relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) encaminhados à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do INSS. Os documentos detalham operações consideradas suspeitas e incompatíveis com a realidade declarada pelas entidades.

Movimentações da Contag

De acordo com o relatório do Coaf, a Contag movimentou R$ 2 bilhões entre maio de 2024 e maio de 2025, sendo R$ 1,017 bilhão em receitas e R$ 1,015 bilhão em pagamentos. O documento classificou parte das operações como “suspeitas de irregularidades podendo caracterizar desvio com fraudes”.

Entre os pontos destacados estão transações em regiões de fronteira, como os municípios de Rodeio Bonito (RS), Cruzeiro do Sul (AC) e Tangará da Serra (MT). Embora não sejam vizinhos imediatos de outros países, estão situados em faixas consideradas fronteiriças e foram citados em razão de operações com “cheques viagens”.

O relatório ainda mencionou transferências para terceiros sem vínculo comercial identificado e movimentações expressivas em curto espaço de tempo, como os R$ 46,4 milhões depositados em abril de 2025. Outro aspecto levantado foi a aplicação de recursos em fundos de renda fixa de longo prazo, considerada incompatível com os rendimentos declarados.

Dados bancários apontam que o faturamento anual da Contag em 2023 foi de R$ 507 milhões. Entre 2016 e janeiro de 2025, a entidade arrecadou R$ 3,4 bilhões com descontos associativos, conforme levantamento da Controladoria-Geral da União (CGU). A confederação é investigada na Operação Sem Desconto, deflagrada em abril deste ano pela Polícia Federal.

Movimentações do Sindnapi

O Sindnapi, ligado à Força Sindical, movimentou R$ 1,2 bilhão entre janeiro de 2019 e junho de 2025, segundo relatório de inteligência financeira do Coaf. Do total, R$ 586 milhões foram créditos e R$ 613 milhões débitos.

O documento chamou a atenção para operações em espécie realizadas pela entidade. Nos seis anos analisados, o sindicato realizou saques e depósitos que somaram R$ 6,5 milhões. Segundo o Coaf, esse tipo de movimentação dificulta o rastreamento da origem dos recursos e dos beneficiários finais.

Outro ponto destacado foi o repasse de R$ 8,2 milhões a empresas de familiares de dirigentes do sindicato. As companhias têm como sócios parentes do atual presidente, Milton Baptista de Souza Filho, conhecido como Milton Cavalo, e do ex-presidente João Batista Inocentini, falecido em 2023.

De acordo com o Portal da Transparência, os repasses do INSS ao Sindnapi aumentaram 564% entre 2020 e 2024. O valor passou de R$ 23,2 milhões para R$ 154,7 milhões. O sindicato também é apontado como uma das entidades que mais se beneficiaram dos descontos aplicados nos benefícios previdenciários.

Auditorias da CGU

Em depoimento à CPI do INSS, o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Marques de Carvalho, reafirmou que o órgão produziu auditorias que identificaram irregularidades nos descontos associativos realizados em benefícios previdenciários.

Segundo os relatórios, cerca de 97% desses descontos não tinham autorização dos beneficiários. As auditorias foram encaminhadas à Polícia Federal e embasaram a Operação Sem Desconto.

Os documentos também apontaram aumento expressivo no número de filiados em entidades sindicais, como o Sindnapi, que entre 2021 e 2023 passou de cerca de 170 mil para 420 mil associados. No mesmo período, segundo auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), o faturamento do sindicato cresceu de R$ 41 milhões para R$ 149 milhões.

Operação Sem Desconto

Deflagrada em abril de 2025, a Operação Sem Desconto investiga irregularidades em entidades que receberam recursos do INSS por meio de descontos associativos. A ação resultou na demissão do então presidente do instituto, Alessandro Stefanutto, e do ex-ministro Carlos Lupi.

A Contag e o Sindnapi estão entre as principais entidades citadas nos relatórios enviados à CPI e são alvo de investigações em andamento.

Foto: Reprodução / Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

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Eduardo Bolsonaro afirma que será candidato à Presidência em 2026 se pai seguir impedido

Eduardo Bolsonaro afirma que será candidato à Presidência em 2026 se pai seguir impedido

Deputado admite campanha virtual dos EUA e defende anistia ampla como solução política

Eduardo Bolsonaro afirma que será candidato à Presidência em 2026 se pai seguir impedido

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou que pretende disputar a Presidência da República em 2026 caso o ex-presidente Jair Bolsonaro continue impedido de concorrer. A afirmação foi feita nesta quinta-feira (2) durante entrevista à imprensa.

Segundo o parlamentar, a única condição para não lançar candidatura seria a participação de Jair Bolsonaro no pleito. Caso contrário, Eduardo afirma estar preparado para assumir o papel de representante do grupo político. Ele destacou que está em seu terceiro mandato e que possui reconhecimento público suficiente para disputar o cargo.

Eduardo Bolsonaro também afirmou que pode manter a candidatura mesmo sem o apoio do Partido Liberal ou do próprio pai. Ele não descarta mudar de legenda, se necessário, e cogita realizar campanha eleitoral à distância, diretamente dos Estados Unidos, onde reside desde fevereiro.

O deputado citou o exemplo histórico de Epitácio Pessoa, eleito presidente do Brasil em 1919 enquanto estava em Paris, para justificar a possibilidade de uma campanha virtual. Ele acredita que a força das redes sociais pode viabilizar a comunicação com o eleitorado brasileiro.

Eduardo Bolsonaro
Eduardo Bolsonaro

A atuação política de Eduardo nos Estados Unidos tem sido marcada por articulações com aliados do ex-presidente Donald Trump. O parlamentar negou que sua permanência fora do país esteja relacionada a críticas internas ou familiares, e afirmou que não há risco de ruptura com o grupo político liderado por Jair Bolsonaro.

Eduardo também voltou a defender uma anistia ampla, geral e irrestrita, com marco inicial em 2019. Para ele, essa seria a única forma de pacificar o cenário político nacional. O deputado acredita que, sem a anistia, outras autoridades brasileiras podem se tornar alvos de sanções internacionais, especialmente por parte dos Estados Unidos.

O parlamentar comentou ainda sobre o encontro entre o presidente Lula e Donald Trump na Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Ele se mostrou favorável à reunião e afirmou que o ex-presidente norte-americano agiu de forma estratégica ao surpreender o governo brasileiro.

Eduardo Bolsonaro segue articulando apoio dentro do PL, maior partido da Câmara dos Deputados. Ele reconhece a importância de suporte partidário para viabilizar a candidatura, mas afirma que está disposto a buscar alternativas caso não haja consenso interno.

A declaração ocorre em meio ao cenário de inelegibilidade de Jair Bolsonaro, condenado por tentativa de golpe de Estado e outros crimes. Eduardo se apresenta como possível sucessor político direto, mantendo a presença da família Bolsonaro na disputa presidencial.

Fotos: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Reprodução/Redes Sociais

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Câmara aprova isenção de IR até R$ 5 mil e taxação para os mais ricos

Câmara aprova isenção de IR até R$ 5 mil e taxação para os mais ricos

Projeto amplia faixa de isenção e cria tributação sobre dividendos e rendimentos elevados

Câmara aprova isenção de IR até R$ 5 mil e taxação para os mais ricos

A Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade o projeto de lei que amplia a isenção do Imposto de Renda para pessoas físicas com rendimento mensal de até R$ 5 mil. A proposta também estabelece novas regras de tributação para contribuintes de alta renda e segue agora para análise no Senado.

O texto recebeu apoio de todos os partidos, incluindo oposição e Centrão, e foi aprovado com 493 votos favoráveis. A medida, prevista para entrar em vigor em janeiro, pode beneficiar cerca de 16 milhões de brasileiros.

Além da isenção total para quem ganha até R$ 5 mil, o projeto prevê desoneração parcial para rendimentos mensais de até R$ 7.350. O custo estimado da proposta foi elevado de R$ 25,8 bilhões para R$ 31,2 bilhões após ajustes no texto, que incluíram ampliação da faixa de desconto e concessões a setores como o agronegócio.

Como forma de compensação, o projeto estabelece uma alíquota mínima de Imposto de Renda para contribuintes com rendimentos anuais superiores a R$ 600 mil (R$ 50 mil mensais), chegando a 10% para quem recebe acima de R$ 1,2 milhão por ano (R$ 100 mil mensais).

A tributação incidirá sobre dividendos que ultrapassarem R$ 50 mil mensais. Caso o contribuinte já esteja enquadrado em outra faixa de tributação ou não se encaixe como de alta renda, o valor será restituído no ano seguinte.

Câmara aprova isenção de IR
Câmara aprova isenção de IR

O projeto exclui da base de cálculo da alta renda os rendimentos de produtores rurais e aplicações financeiras. No caso da atividade rural, apenas 20% da renda será considerada tributável. Também ficam fora da base os ganhos com LCIs, LCAs, CRIs, CRAs, Fiagros, debêntures incentivadas e fundos de investimento em infraestrutura.

Dividendos apurados até dezembro deste ano serão isentos da nova alíquota, desde que pagos até 2028. O texto também prevê que o Executivo envie ao Congresso, dentro de um ano, um projeto de lei para atualizar a tabela do Imposto de Renda para pessoas físicas.

Investidores estrangeiros também serão tributados em 10% na fonte sobre dividendos que ultrapassarem R$ 50 mil mensais. A proposta não atendeu ao pedido de isenção para esse grupo.

Empresas que oferecem bolsas do Prouni poderão considerar os valores como imposto pago, o que pode reduzir a tributação sobre os dividendos dos sócios. Cartórios também foram contemplados, com a exclusão dos valores recolhidos em emolumentos e repassados aos tribunais de Justiça do cálculo da renda tributável.

O projeto inclui ainda uma medida para compensar perdas de estados e municípios com a desoneração de servidores que recebem até R$ 7.350. No entanto, representantes da Frente Nacional dos Prefeitos apontam que as alterações não garantem neutralidade na arrecadação, especialmente no que se refere à folha de pagamento.

Foto: Lula Marques/Agência Brasil/Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados/Agência Câmara de Notícias

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Caso rolé vermelho avança com início dos depoimentos na Câmara de Natal

Caso rolé vermelho avança com início dos depoimentos na Câmara de Natal

Comissão Especial define cronograma para ouvir testemunhas sobre uso de emenda parlamentar em evento político

Caso rolé vermelho avança com início dos depoimentos na Câmara de Natal

A Comissão Especial da Câmara Municipal de Natal iniciou os procedimentos para apuração do chamado “caso rolé vermelho”, que envolve a vereadora Brisa Bracchi (PT). A comissão foi criada para analisar o pedido de cassação do mandato da parlamentar, acusado de suposto uso indevido de recursos públicos em evento de cunho político-partidário.

A presidente da Comissão, vereadora Anne Largatixa (Solidariedade), reuniu-se nesta quinta-feira (2) com os demais membros para definir o cronograma de oitivas das testemunhas de defesa. O relator do processo, vereador Fúlvio Saulo (Solidariedade), confirmou que os depoimentos devem ocorrer na próxima semana, com previsão de ouvir duas testemunhas por dia.

A Comissão também é composta pelo vereador Daniel Valença (PT). Os parlamentares aguardam respostas dos ofícios enviados à Fundação Capitania das Artes (Funcarte), órgão responsável pela execução da emenda parlamentar que financiou o evento denominado “rolé vermelho”, realizado em 9 de agosto deste ano.

O evento teve como tema “Bolsonaro na cadeia”, divulgado em materiais como banners e pulseiras. A divulgação gerou a acusação de que recursos públicos foram utilizados para promover um ato político-partidário, o que configuraria autopromoção do mandato legislativo.

Caso rolé vermelho
Caso rolé vermelho

A denúncia foi apresentada pelo vereador Matheus Faustino (União Brasil), que apontou a destinação de R$ 18 mil em emenda impositiva da vereadora Brisa Bracchi. Desse total, R$ 15 mil foram destinados ao cachê da cantora Khrystal e banda, R$ 2,5 mil à banda Skarimbó e R$ 500 ao DJ Augusto.

Além disso, o evento contou com R$ 31 mil provenientes de emenda da ex-vereadora Ana Paula, utilizados para a contratação da cantora Tanda Macedo. O valor total investido no evento foi de R$ 49 mil, conforme os documentos apresentados.

A Comissão Especial deverá analisar se houve desvio de finalidade na aplicação dos recursos públicos. A Funcarte, responsável pela execução das emendas, também será questionada sobre os trâmites administrativos e legais que envolveram o repasse dos valores.

O processo segue os prazos regimentais da Câmara Municipal de Natal e poderá resultar na cassação do mandato da vereadora, caso sejam confirmadas irregularidades. A Comissão tem até 120 dias para concluir os trabalhos, incluindo a análise de documentos, depoimentos e elaboração do parecer final.

A apuração ocorre paralelamente a um inquérito civil instaurado pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), que também investiga a destinação das verbas públicas ao evento. O objetivo é verificar se houve violação à Lei de Improbidade Administrativa e às normas sobre execução de emendas parlamentares.

Foto: Reprodução/Redes Sociais/CMN

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Edital da duplicação da BR-304 no RN será publicado em 10 de outubro

Edital da duplicação da BR-304 no RN será publicado em 10 de outubro

Primeira fase prevê 100 km de duplicação entre Mossoró, Assu, Macaíba e Riachuelo, com investimento de quase R$ 1 bilhão

O edital de licitação para a duplicação da BR-304, no Rio Grande do Norte, será publicado no dia 10 de outubro. O anúncio foi feito durante reunião da governadora Fátima Bezerra (PT) com a direção do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), em Brasília.

A primeira fase da obra contará com investimento de quase R$ 1 bilhão e contemplará a duplicação de aproximadamente 100 quilômetros da rodovia.

Trechos contemplados

De acordo com o Dnit, o Lote 1B abrangerá os municípios de Mossoró e Assu. Já o Lote 2D ligará o entroncamento da BR-226, na Reta Tabajara, em Macaíba, até o município de Riachuelo.

O diretor-geral do Dnit, Fabrício Galvão, informou que as obras devem começar ainda este ano, com prazo de conclusão estimado entre um ano e meio e dois anos.

“O cronograma levará em consideração os períodos chuvosos na região e as dificuldades de construção de uma obra de grande vulto, que será executada em pavimento rígido”, destacou Galvão.

Reta Tabajara

Outro anúncio relacionado à BR-304 foi a definição do edital para a conclusão da Reta Tabajara, no trecho da travessia urbana de Macaíba. Segundo o Dnit, o edital deverá ser publicado até o dia 15 de outubro.

Federalização de rodovias

Na mesma reunião, também foi discutido o processo de federalização de trechos de rodovias estaduais que irão compor a futura BR-104. Serão federalizados trechos das rodovias RN-118, RN-263, RN-104, RN-042 e RN-023.

A BR-104 ligará Macau, no Rio Grande do Norte, a Maceió, em Alagoas, passando ainda pela Paraíba e Pernambuco. No trecho potiguar, mais de 130 quilômetros serão federalizados.

De acordo com o secretário estadual de Infraestrutura, Gustavo Coelho, o inventário do projeto e a manifestação ambiental já foram concluídos. Resta apenas uma nota técnica do Dnit para encerrar o processo burocrático e iniciar a federalização e a manutenção dos trechos que passarão a integrar a rodovia federal.

BR-110

Ainda durante a audiência com o Dnit, o governo do Rio Grande do Norte solicitou a elaboração do projeto executivo para implantação e pavimentação de um novo trecho da BR-110.

A proposta tem como objetivo criar uma nova ligação rodoviária entre o Rio Grande do Norte e a Paraíba. O traçado sugerido sairia do município de São Bento, na Paraíba, e entraria no território potiguar até a BR-427, na altura de Serra Negra do Norte.

Segundo Gustavo Coelho, a nova rodovia permitirá maior escoamento da produção dos municípios próximos de Serra Negra do Norte e contribuirá para a integração entre os dois estados.

Foto: Edsom Leite/MTPA / Wagner Lopes | CC / ASSECOM-RN

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TRE mantém cassação de prefeito e vice de Ouro Branco por abuso de poder econômico

TRE mantém cassação de prefeito e vice de Ouro Branco por abuso de poder econômico

Presidente da Câmara assume interinamente a Prefeitura até novas eleições no município do Seridó

TRE mantém cassação de prefeito e vice de Ouro Branco por abuso de poder econômico

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN) negou o mandado de segurança impetrado pelo prefeito de Ouro Branco, Samuel Oliveira de Souto, e pelo vice, Francisco Lucena de Araújo Filho, ambos do PL, contra a decisão que cassou os diplomas dos eleitos em 2024. A medida resultou no afastamento imediato dos gestores e na determinação para realização de novas eleições no município, localizado na região do Seridó.

Câmara assume interinamente

Na terça-feira (30), o presidente da Câmara Municipal de Ouro Branco, vereador Amariudo Santos (PP), foi notificado pelo cartório da 23ª Zona Eleitoral, em Caicó, para assumir interinamente o cargo de prefeito. Santos informou que não haverá cerimônia formal de posse, mas fará comunicado oficial aos vereadores nesta quarta-feira (1º). A presidência da Câmara será assumida pelo vice, vereador Júlio Nogueira (PP).

Decisão judicial

O juiz federal Hallison Rego Bezerra destacou em sua decisão que o mandado de segurança é destinado à proteção de direito líquido e certo, não cabendo contra ato judicial passível de recurso. Segundo Bezerra, o recurso apresentado não demonstrou ilegalidade ou abuso de poder que justificasse o pedido.

A defesa dos impetrantes argumentou que o cumprimento imediato do acórdão estaria condicionado à análise de embargos de declaração, mas o magistrado considerou que não houve irregularidade ou ato teratológico que justificasse a concessão do mandado.

Abuso de poder econômico

A cassação dos mandatos ocorreu no dia 23 de setembro, quando o TRE concluiu que houve abuso de poder econômico durante as eleições municipais de 2024. O processo apontou que os gestores promoveram o evento “Festival de Prêmios do Dia das Mães”, custeado com recursos públicos, no qual foram distribuídos mais de 50 itens de elevado valor econômico a moradores.

De acordo com os autos, a ação ocorreu em um município com apenas 4.108 eleitores e reuniu centenas de pessoas em um evento de grande porte, caracterizando a utilização da máquina pública para influenciar o resultado do pleito.

Próximos passos

Com a decisão, o município de Ouro Branco permanece sob gestão interina até que novas eleições sejam realizadas, conforme determinação do Tribunal Regional Eleitoral.

Foto: Reprodução / Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Lula veta alterações na Lei da Ficha Limpa

Lula veta alterações na Lei da Ficha Limpa

Presidente rejeita trechos que permitiriam retroatividade e redução do prazo de inelegibilidade para políticos condenados

Lula veta alterações na Lei da Ficha Limpa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou com vetos o projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional que propunha alterações na Lei da Ficha Limpa. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União nesta terça-feira, 30 de setembro.

O projeto previa mudanças no cálculo do prazo de inelegibilidade de políticos condenados. Atualmente, a legislação determina que pessoas declaradas inelegíveis não podem disputar eleições durante o mandato em curso e nos oito anos subsequentes ao fim da legislatura. A proposta aprovada pelo Congresso modificava esse formato, estabelecendo que o prazo de inelegibilidade seria de oito anos contados a partir de quatro marcos distintos: a decisão que decretar a perda do mandato, a eleição na qual ocorreu prática abusiva, a condenação por órgão colegiado ou a renúncia ao cargo eletivo.

Com essa mudança, o tempo de inelegibilidade seria reduzido na prática, permitindo que políticos condenados voltassem a disputar eleições mais rapidamente. Além disso, o texto aprovado permitia que as novas regras fossem aplicadas de forma retroativa, beneficiando políticos já enquadrados pela legislação anterior.

O presidente decidiu vetar os trechos que tratavam da retroatividade e da alteração nos prazos de inelegibilidade. A decisão foi tomada dentro do prazo legal para manifestação do Executivo sobre projetos aprovados pelo Legislativo.

Lula veta alterações
Lula veta alterações

Com a sanção parcial, o Congresso Nacional poderá decidir se mantém ou derruba os vetos presidenciais. Para que um veto seja rejeitado, é necessário o apoio da maioria absoluta dos parlamentares: 257 deputados e 41 senadores em sessão conjunta.

O projeto também incluía a criação do Requerimento de Declaração de Elegibilidade (RDE), mecanismo que permite a consulta prévia à Justiça Eleitoral sobre a situação jurídica de candidatos. Esse ponto não foi vetado e permanece válido após a sanção presidencial.

A manutenção das regras atuais da Lei da Ficha Limpa preserva o modelo vigente de inelegibilidade, considerado um dos principais instrumentos de controle da elegibilidade de candidatos no Brasil. A decisão do Executivo mantém o entendimento de que mudanças que favoreçam condenados não devem ser aplicadas de forma retroativa.

A proposta aprovada pelo Congresso gerou debates sobre os impactos na legislação eleitoral e na responsabilização de agentes públicos. A possibilidade de redução do tempo de inelegibilidade e de aplicação retroativa foi considerada controversa por setores técnicos e jurídicos.

Com os vetos, o texto final da lei exclui os trechos que modificariam o início da contagem do prazo de inelegibilidade e que permitiriam a aplicação das novas regras a casos anteriores. O restante do projeto, incluindo o RDE, segue válido e poderá ser implementado pela Justiça Eleitoral.

A decisão presidencial será analisada pelos parlamentares em sessão conjunta, que ainda não tem data definida. Caso os vetos sejam mantidos, prevalece o modelo atual da Lei da Ficha Limpa. Se forem derrubados, os trechos originalmente aprovados passam a valer, mesmo com a oposição do Executivo.

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

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Moraes diz que Eduardo Bolsonaro está nos EUA para fugir da lei

Moraes diz que Eduardo Bolsonaro está nos EUA para fugir da lei

Ministro do STF determina notificação por edital após tentativa frustrada de citação pessoal

Moraes diz que Eduardo Bolsonaro está nos EUA para fugir da lei

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) seja notificado por edital sobre denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A decisão foi tomada após o mandado de citação não ser cumprido por oficial de Justiça, o que inviabilizou a intimação pessoal do parlamentar.

Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos e é acusado de atuar para fomentar sanções comerciais contra o Brasil, incluindo medidas como a aplicação da Lei Magnitsky e a suspensão de vistos de autoridades brasileiras. A denúncia aponta que essas ações teriam como objetivo influenciar decisões judiciais no país.

Na decisão, o ministro do STF considerou que o parlamentar está fora do território nacional com o propósito de evitar responsabilização penal. A citação por edital foi autorizada com base na legislação vigente, diante da impossibilidade de localização do acusado para intimação pessoal.

Moraes diz que Eduardo Bolsonaro
Moraes diz que Eduardo Bolsonaro

A denúncia apresentada pela PGR inclui também o blogueiro Paulo Figueiredo, que reside nos Estados Unidos. No caso dele, o STF determinou que a notificação seja realizada por meio de carta rogatória, instrumento jurídico utilizado para comunicações entre países em processos judiciais.

O processo foi desmembrado, permitindo que as denúncias contra Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo tramitem separadamente. Ambos são acusados de coação no curso do processo, com base em investigações que apuram tentativas de interferência em decisões do Supremo Tribunal Federal.

As ações atribuídas aos denunciados envolvem articulações com autoridades estrangeiras para promover sanções contra integrantes do governo federal e do Judiciário brasileiro. A PGR sustenta que essas medidas foram utilizadas como forma de pressão institucional.

Após a apresentação da denúncia, os acusados se manifestaram publicamente sobre o caso. A defesa de ambos contesta a acusação e afirma que continuarão atuando em articulações internacionais.

O STF segue com o andamento dos processos, e novas medidas judiciais poderão ser adotadas conforme o desenvolvimento das investigações. A citação por edital e por carta rogatória são etapas formais que garantem o direito de defesa dos acusados e o prosseguimento das ações penais.

Foto: Marcelo Camargo/Lula Marques/Agência Brasil

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Jean Paul Prates anuncia saída do PT e negocia candidatura ao Senado

Jean Paul Prates anuncia saída do PT e negocia candidatura ao Senado

Ex-presidente da Petrobras confirma conversas com MDB e PDT para 2026

Jean Paul Prates anuncia saída do PT e negocia candidatura ao Senado

O ex-senador e ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, confirmou neste domingo (28) que está deixando o Partido dos Trabalhadores (PT), após mais de uma década de militância. A informação foi divulgada pelo portal O Antagonista.

Prates afirmou que mantém conversas avançadas com o MDB e o PDT sobre uma possível candidatura ao Senado nas eleições de 2026. Segundo ele, a decisão de sair do PT não está relacionada à sua demissão da presidência da Petrobras, ocorrida em maio de 2024, mas sim à falta de espaço político dentro da legenda no Rio Grande do Norte.

O ex-presidente da estatal criticou o processo de escolha de candidaturas no partido, alegando ausência de participação das bases. Ele declarou que não foi consultado sobre decisões internas, mesmo após ter ocupado cargos relevantes, como o Senado e a presidência da Petrobras.

Jean Paul Prates também afirmou que não está migrando para outra legenda com o objetivo imediato de disputar cargos eletivos. Segundo ele, sua vida profissional está definida fora da política, e sua atuação política se dá por interesse pessoal, não por necessidade de mandato.

Jean Paul Prates anuncia saída
Jean Paul Prates anuncia saída

Durante sua gestão na Petrobras, Prates enfrentou conflitos com integrantes do governo federal, especialmente com os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Rui Costa (Casa Civil). A tensão interna gerou especulações sobre sua permanência no cargo e culminou em sua demissão pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em abril de 2024.

Nos últimos meses à frente da estatal, Prates foi alvo de críticas públicas do ministro de Minas e Energia. Ele também denunciou que Rui Costa e Alexandre Silveira teriam atuado para alterar o projeto de lei sobre a regulamentação de usinas eólicas offshore, por meio de emendas que, segundo ele, encareceriam as contas de energia.

Prates afirmou que o texto original da proposta foi modificado por “jabutis” inseridos durante a tramitação no Congresso Nacional, o que teria desvirtuado o objetivo inicial de regulamentar a produção de energia eólica em alto-mar.

Após sua saída da Petrobras, Magda Chambriard assumiu a presidência da empresa. A mudança ocorreu em meio a um cenário de instabilidade política e técnica na gestão da estatal.

Jean Paul Prates segue articulando sua posição política para os próximos anos, com foco em uma possível candidatura ao Senado. A definição sobre sua filiação partidária ainda não foi anunciada, mas as negociações com MDB e PDT estão em andamento.

A saída de Prates do PT ocorre em um momento de reconfiguração política no Rio Grande do Norte e pode impactar as articulações para as eleições de 2026. O ex-senador defende maior transparência e participação popular nos processos internos dos partidos políticos.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

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Michelle Bolsonaro descarta candidatura e pede apoio à eleição de Jair Bolsonaro

Michelle Bolsonaro descarta candidatura e pede apoio à eleição de Jair Bolsonaro

Ex-primeira-dama participou de evento do PL Mulher em Rondônia e criticou medidas impostas pelo STF

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou neste sábado (27) que não pretende ser candidata à Presidência da República. O posicionamento ocorreu durante um encontro do PL Mulher em Ji-Paraná, Rondônia, onde Michelle pediu aos correligionários que concentrem esforços para eleger Jair Bolsonaro em 2026.

O ex-presidente está inelegível e cumpre prisão domiciliar desde o início de agosto, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Declaração sobre candidatura

Michelle destacou que sua atuação política será para dar voz ao ex-presidente no Brasil e no exterior.

“Precisamos eleger o maior número de deputados e senadores em 2026 e vamos trabalhar pra reeleger o nosso presidente Jair Bolsonaro. Porque eu não quero ser presidente, não, eu quero ser primeira-dama. E eu sei que a restituição de nossa nação virá”, afirmou durante discurso.

A fala ocorre dias após entrevista concedida ao jornal britânico The Telegraph, na última quarta-feira (24), em que Michelle havia admitido a possibilidade de assumir uma candidatura caso fosse necessário para defender o legado de Bolsonaro.

Críticas ao STF

No evento, Michelle também fez críticas ao Supremo Tribunal Federal. Ela disse que tem sido alvo de “humilhação” por ser submetida a revista policial em sua casa devido ao cumprimento da prisão domiciliar de Jair Bolsonaro.

Segundo Michelle, sua filha de 14 anos e até seu veículo particular têm sido submetidos a fiscalização.

“Nem traficante e bandido tá tendo o tratamento que eu tô tendo hoje na minha casa. A minha filha presenciando essa humilhação, essa violação de direitos porque ela não tem culpa, e o carro dela tem que ser revistado na hora que ela sai e ela chega. Uma menina de 14 anos. O meu fusca foi revistado”, declarou.

Medidas judiciais

As restrições citadas pela ex-primeira-dama foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes após decretar a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro. A decisão foi tomada devido ao descumprimento de medidas cautelares anteriores.

Michelle também criticou o uso de tornozeleira eletrônica pelo ex-presidente, uma das imposições da determinação judicial.

Atuação política

Durante o encontro em Rondônia, Michelle reforçou que seguirá como representante política de Jair Bolsonaro, mantendo articulação junto ao eleitorado e ao PL. Ela afirmou que sua prioridade será ampliar a base de apoio do partido e trabalhar pela eleição de parlamentares em 2026.

Foto: Divulgação/PL/Ilustração

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Comissão aprova continuidade do processo de cassação de Brisa Bracchi

Comissão aprova continuidade do processo de cassação de Brisa Bracchi

Relatório prévio foi aprovado por 2×1 e processo entra na fase de coleta de provas e oitivas de testemunhas

Comissão aprova continuidade do processo de cassação de Brisa Bracchi

A Comissão Especial Processante da Câmara Municipal de Natal aprovou, na quinta-feira (25), o relatório prévio que recomenda a continuidade do processo de cassação do mandato da vereadora Brisa Bracchi (PT). A decisão foi tomada por dois votos favoráveis e um contrário, permitindo o avanço para a fase de instrução, que inclui coleta de provas e oitivas de testemunhas.

Durante a reunião, foram analisadas diligências apresentadas pela defesa da parlamentar. Quatro diligências foram apreciadas, sendo três aceitas por estarem relacionadas à denúncia. Uma delas foi rejeitada por não ter conexão direta com o objeto do processo.

O cronograma das oitivas será definido após o encerramento do prazo para resposta aos ofícios enviados às secretarias envolvidas. O prazo termina em 2 de outubro. A comissão prevê ouvir até duas testemunhas por dia, totalizando oito testemunhas indicadas pela defesa.

A próxima etapa do processo inclui a anexação de documentos solicitados e os depoimentos das testemunhas. A comissão será responsável por conduzir toda a fase de instrução, garantindo o contraditório e a ampla defesa.

cassação de Brisa Bracchi
cassação de Brisa Bracchi

O pedido de cassação foi protocolado pelo vereador Matheus Faustino (União Brasil), que acusa Brisa Bracchi de uso indevido de recursos públicos para financiar um evento realizado em 9 de agosto na Casa Vermelha. A denúncia aponta desvio de finalidade e quebra de decoro parlamentar.

A comissão é composta pelos vereadores Anne Lagartixa (Solidariedade), presidente; Fúlvio Saulo (Solidariedade), relator; e Daniel Valença (PT), que votou contra a continuidade do processo.

Após a fase de instrução, a comissão terá até 120 dias para elaborar o relatório final. O documento será submetido à votação em plenário pelos 29 vereadores da Casa. Caso sejam constatadas irregularidades, o processo poderá ser encaminhado aos órgãos de controle competentes.

Foto: Francisco de Assis/CMN

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Haddad anuncia criação de delegacia para investigar crime organizado

Haddad anuncia criação de delegacia para investigar crime organizado

Nova estrutura será vinculada à Receita Federal e atuará contra fraudes financeiras e lavagem de dinheiro

Haddad anuncia criação de delegacia para investigar crime organizado

O Ministério da Fazenda anunciou a criação de uma delegacia especializada no combate aos crimes contra o sistema financeiro. A nova estrutura será vinculada à Receita Federal e terá como objetivo investigar práticas como lavagem de dinheiro, fraudes fiscais e conexões entre organizações criminosas e a economia formal.

O anúncio foi feito no mesmo dia em que foi deflagrada a Operação Spare, desdobramento da Operação Carbono Oculto. A ação investiga uma organização criminosa que atua por meio de postos de combustíveis, fintechs e casas de jogos, com movimentações financeiras suspeitas e indícios de lavagem de dinheiro.

A proposta da delegacia será enviada ao Ministério da Gestão e Inovação nas próximas semanas. A nova unidade funcionará dentro do organograma da Receita Federal e deverá contar com cooperação interinstitucional, envolvendo órgãos como o Ministério Público, polícias militares e secretarias estaduais.

A operação realizada no mesmo dia do anúncio identificou movimentações financeiras superiores a R$ 4,5 bilhões por empresas que declaravam tributos sobre apenas 0,1% desse valor. Foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão, com apreensão de quase R$ 1 milhão em espécie, além de celulares, computadores e uma arma de fogo.

Haddad anuncia criação de delegacia
Haddad anuncia criação de delegacia

As investigações apontam que a organização criminosa utilizava postos de combustíveis, motéis e empresas de fachada para realizar o branqueamento de capitais. Também foram identificadas conexões com o setor hoteleiro e indícios de envolvimento de facções criminosas.

A atuação do grupo se estendia à Baixada Santista, com uso de máquinas de crédito e débito em casas de jogos. A análise das transações levou à identificação de estabelecimentos envolvidos com lavagem de dinheiro e à descoberta de uma rede estruturada para movimentação ilícita de recursos.

A Receita Federal também avalia medidas adicionais para ampliar o controle sobre a importação de petróleo e derivados, como parte da estratégia de combate à infiltração de organizações criminosas na economia formal.

A Operação Spare contou com a participação de 110 policiais militares do Comando de Choque de São Paulo, agentes da Receita Federal, integrantes da Procuradoria-Geral do Estado e da Secretaria da Fazenda. A ação reforça a necessidade de estruturas permanentes para investigação de crimes financeiros complexos.

Foto: Lula Marques/ José Cruz/Agência Brasil

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Senado aprova até R$ 9,5 bilhões fora de regras fiscais

Senado aprova até R$ 9,5 bilhões fora de regras fiscais

Projeto viabiliza pacote de socorro ao tarifaço e libera recursos até 2026

Senado aprova até R$ 9,5 bilhões fora de regras fiscais

Senado aprova até R$ 9,5 bilhões fora de regras fiscais em medidas de socorro ao tarifaço. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (24) com a aprovação, por unanimidade, do texto-base do Projeto de Lei Complementar (PLP) 168/2025. A proposta viabiliza a medida provisória que compõe o pacote de apoio às empresas brasileiras afetadas pela sobretaxa imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A votação dos destaques ao texto principal foi adiada para a próxima semana. O projeto exclui, até o final de 2026, os valores referentes a créditos extraordinários e renúncias fiscais previstos na medida provisória do limite de gastos do novo arcabouço fiscal e da meta fiscal.

O texto aprovado permite até R$ 5 bilhões em renúncias fiscais por meio do programa Reintegra, que devolve parte dos tributos pagos por exportadores. Além disso, autoriza o governo federal a ampliar em até R$ 4,5 bilhões os aportes em três fundos garantidores: Fundo de Garantia de Operações (FGO), Fundo Garantidor para Investimentos (FGI) e Fundo Garantidor de Operações de Crédito Exterior (FGCE).

A proposta também autoriza a União a elevar sua participação em até R$ 1 bilhão no FGO, com foco exclusivo em operações de crédito voltadas a pessoas físicas e jurídicas exportadoras, bem como seus fornecedores, diretamente impactados pela sobretaxa americana.

Senado aprova
Senado aprova

No âmbito do Programa Emergencial de Acesso a Crédito, o governo poderá aumentar em até R$ 2 bilhões sua participação no Fundo Garantidor para Investimentos (FGI). O objetivo é ampliar o acesso ao crédito para empresas que enfrentam dificuldades decorrentes das medidas comerciais impostas pelos Estados Unidos.

O Fundo Garantidor de Operações de Crédito Exterior (FGCE) também poderá receber até R$ 1,5 bilhão em aportes. A proposta prevê ainda que pessoas jurídicas afetadas pelo tarifaço tenham direito a um adicional de crédito tributário de até 3% sobre a receita obtida com exportações de bens industriais.

O pacote de medidas busca mitigar os efeitos econômicos da sobretaxa imposta por Donald Trump, que impactou diretamente setores industriais e exportadores brasileiros. A exclusão dos valores do limite de gastos tem como objetivo garantir flexibilidade fiscal para o governo implementar ações emergenciais de apoio.

Com a aprovação do texto-base, o Senado avança na tramitação da proposta, que ainda depende da análise dos destaques e posterior sanção presidencial. A expectativa é que os recursos viabilizados contribuam para a recuperação das empresas afetadas e para a manutenção da competitividade do setor exportador nacional.

Foto: Waldemir Barreto/Jonas Pereira/Agência Senado

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Lula diz que reunião Brasil-EUA vai acabar com o mal-estar

Lula diz que reunião Brasil-EUA vai acabar com o mal-estar

Presidente brasileiro destaca importância do diálogo com Donald Trump após encontro na ONU

Lula diz que reunião Brasil-EUA vai acabar com o mal-estar

Lula diz que reunião Brasil-EUA vai acabar com o mal-estar entre os países. A declaração foi feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na terça-feira (23), em Nova York, durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

O presidente brasileiro celebrou o encontro com Trump e afirmou que o diálogo entre os dois líderes pode contribuir para uma pauta positiva entre as duas maiores economias do continente. Lula destacou que há interesses comuns nas áreas industrial, tecnológica e digital, e que o Brasil está aberto ao debate com os Estados Unidos.

Durante coletiva de imprensa na quarta-feira (24), Lula afirmou que respeita o presidente norte-americano independentemente de afinidades pessoais. Segundo ele, o respeito institucional deve prevalecer nas relações diplomáticas. O presidente também declarou que não há vetos sobre os temas que podem ser discutidos com Trump, mas reforçou que a soberania brasileira não está em negociação.

O encontro entre os dois líderes ocorreu após o discurso de Trump na ONU, no qual o presidente norte-americano mencionou Lula de forma amistosa, apesar de ter feito críticas ao Brasil. Ambos acertaram uma nova conversa para os próximos dias. Lula afirmou que está otimista com a possibilidade de marcar esse encontro o mais rápido possível.

 reunião Brasil-EUA
reunião Brasil-EUA

Segundo o presidente brasileiro, o objetivo é superar o mal-estar que se formou entre os dois países nos últimos anos. Lula disse que ficou satisfeito com a “química” entre ele e Trump durante o encontro e que vê espaço para avançar em temas de interesse mútuo.

O Palácio do Planalto informou que Lula deixa os Estados Unidos ainda na quarta-feira (24) e deve desembarcar em Brasília na manhã de quinta-feira (25). A agenda oficial do presidente incluiu participação na Assembleia Geral da ONU e reuniões bilaterais com líderes internacionais.

Durante o discurso na ONU, Trump anunciou que convidou Lula para um novo encontro na semana seguinte. A iniciativa foi vista como um gesto de aproximação entre os governos, que têm mantido relações diplomáticas formais, mas com divergências em temas como meio ambiente, comércio e política externa.

A reunião entre Lula e Trump marca um novo capítulo nas relações Brasil-EUA. A expectativa é que os próximos encontros possam consolidar uma agenda de cooperação em áreas estratégicas, respeitando os interesses e a soberania de cada país.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

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Senado rejeita PEC da Blindagem e arquiva proposta que ampliava proteção a parlamentares

Senado rejeita PEC da Blindagem e arquiva proposta que ampliava proteção a parlamentares

Comissão de Constituição e Justiça vota contra texto aprovado pela Câmara e encerra tramitação

Senado rejeita PEC da Blindagem e arquiva proposta que ampliava proteção a parlamentares

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal rejeitou, por unanimidade, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que ampliava a proteção de parlamentares perante a Justiça. A decisão encerra a tramitação da chamada PEC da Blindagem, que havia sido aprovada pela Câmara dos Deputados na semana anterior.

A votação ocorreu nesta quarta-feira (24) e, conforme o regimento interno do Senado, a rejeição unânime impede que a proposta seja levada ao plenário. Um recurso para apreciação em plenário só seria possível se houvesse votos divergentes na CCJ.

O presidente da CCJ, senador Otto Alencar (PSD-BA), havia indicado que existia um acordo com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para que o texto fosse submetido ao plenário. No entanto, após reunião entre os dois, foi decidido que a proposta seria arquivada, respeitando o regimento da Casa.

A PEC foi alvo de críticas públicas e manifestações populares contrárias à sua aprovação. O texto previa que parlamentares só poderiam ser processados criminalmente com autorização prévia das respectivas Casas Legislativas, além de outras medidas que ampliavam prerrogativas parlamentares.

A proposta foi colocada em votação na CCJ apenas uma semana após ser recebida, em ritmo acelerado. O relator escolhido foi o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), que se posicionou contra o texto.

Senado rejeita PEC da Blindagem
Senado rejeita PEC da Blindagem

Alcolumbre arquiva PEC da Blindagem após rejeição unânime na CCJ

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, oficializou o arquivamento da PEC da Blindagem após a rejeição unânime pela Comissão de Constituição e Justiça. A decisão foi tomada com base no regimento interno, que determina o encerramento da tramitação de propostas rejeitadas por unanimidade nas comissões.

A assessoria de Alcolumbre já havia informado que a proposta não seria enviada ao plenário. Caberia ao presidente apenas comunicar o arquivamento, o que foi feito após a reunião com Otto Alencar.

A PEC havia sido aprovada pela Câmara dos Deputados e gerou forte repercussão negativa. A sociedade civil e diversos setores políticos se mobilizaram contra o avanço da proposta, que foi interpretada como tentativa de dificultar investigações e processos judiciais contra parlamentares.

Com a rejeição na CCJ e o arquivamento pelo presidente do Senado, a proposta é retirada da pauta legislativa. Para voltar à discussão, seria necessário novo projeto com tramitação desde o início.

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado/Lula Marques/Agência Brasil

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Defesa pede revogação de medidas cautelares contra Jair Bolsonaro no STF

Defesa pede revogação de medidas cautelares contra Jair Bolsonaro no STF

Advogados alegam ausência de denúncia contra ex-presidente em investigação sobre coação

Defesa pede revogação de medidas cautelares contra Jair Bolsonaro no STF

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de revogação das medidas cautelares impostas ao político. O requerimento foi apresentado após a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciar o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o jornalista Paulo Figueiredo por coação no curso de processo judicial, sem incluir o nome de Jair Bolsonaro na acusação.

Os advogados alegam que, diante da ausência de denúncia contra o ex-presidente, não há justificativa legal para a manutenção das medidas cautelares. Entre as restrições impostas estão o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar, proibição de contato com autoridades estrangeiras e de uso de redes sociais, inclusive por meio de terceiros.

As medidas foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes em julho, no âmbito de investigação que apura tentativa de interferência no julgamento da ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado. A decisão de prisão domiciliar foi decretada em agosto, após descumprimento das cautelares anteriores.

A defesa argumenta que, sem ação penal em curso contra Bolsonaro no inquérito que resultou na denúncia contra Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo, as medidas cautelares se tornam desprovidas de fundamento jurídico. O pedido foi apresentado em caráter sigiloso e aguarda análise do relator.

Defesa pede revogação
Defesa pede revogação

O relatório da Polícia Federal, que embasou a denúncia da PGR, apontou que Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo atuaram para pressionar autoridades norte-americanas a impor sanções contra ministros do STF e contra o Brasil, com o objetivo de impedir condenações no processo da trama golpista. A investigação também identificou transferências financeiras de Jair Bolsonaro para o filho, totalizando R$ 111 mil, além de documentos relacionados a pedido de asilo político.

Apesar de não ter sido incluído na denúncia, Jair Bolsonaro foi condenado pela Primeira Turma do STF a 27 anos e três meses de prisão por crimes como tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada e deterioração de patrimônio tombado. A pena ainda não está em fase de cumprimento, pois os recursos da defesa estão pendentes de julgamento.

A defesa sustenta que, sem denúncia formal, as medidas cautelares não podem ser mantidas indefinidamente. O pedido de revogação inclui todas as restrições impostas desde julho, incluindo a prisão domiciliar decretada em agosto.

O STF deverá avaliar o pedido nas próximas semanas. Caso seja aceito, Jair Bolsonaro poderá ter as restrições suspensas, enquanto aguarda o desfecho dos recursos relacionados à condenação já proferida pela Corte.

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

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Justiça cassa prefeito e vice de Pedra Grande por abuso de poder nas eleições

Justiça cassa prefeito e vice de Pedra Grande por abuso de poder nas eleições

Decisão aponta uso de recursos públicos em evento com fins eleitorais e torna prefeito inelegível por oito anos

Justiça cassa prefeito e vice de Pedra Grande por abuso de poder nas eleições

A Justiça Eleitoral da 52ª Zona Eleitoral, com sede em São Bento do Norte, determinou a cassação dos diplomas do prefeito de Pedra Grande, Pedro Henrique de Souza Silva, e do vice-prefeito, Agricio Pereira de Melo. A decisão foi tomada em ação que apurou abuso de poder político e econômico nas eleições municipais de 2024.

A sentença teve como base o evento “Verão da Gente”, realizado em janeiro de 2024, que contou com atrações musicais de alcance nacional. O festival foi custeado com recursos públicos e gerou despesas de aproximadamente R$ 2,6 milhões. O valor foi considerado desproporcional para um município com pouco mais de 3.600 habitantes.

A Justiça apontou que o evento teve finalidade eleitoral, com promoção pessoal do prefeito durante as apresentações. Um dos episódios citados envolveu a execução de um jingle com referência direta ao gestor municipal, entoado por artistas no palco. A conduta foi considerada como uso indevido da estrutura pública para fins de campanha.

Justiça cassa prefeito e vice
Justiça cassa prefeito e vice

Comparações com edições anteriores do mesmo evento indicaram aumento significativo nos gastos. Em 2023, o festival teria custado cerca de R$ 510 mil. Já em 2025, após o período eleitoral, o custo foi de R$ 634,7 mil. A disparidade orçamentária foi considerada um dos elementos que caracterizam o abuso de poder.

A decisão judicial também destacou o uso de símbolos, músicas e comportamentos que associavam o evento à candidatura do prefeito. A presença no palco, a interação com o público e a repetição de mensagens com conotação eleitoral foram interpretadas como atos de propaganda antecipada.

Com a cassação, Pedro Henrique foi declarado inelegível por oito anos. O vice-prefeito, Agricio Pereira, não teve inelegibilidade decretada, pois não foram identificadas provas de participação direta nos atos que motivaram a decisão. Ambos foram condenados ao pagamento de multa no valor de R$ 30 mil.

A decisão é de primeira instância e ainda pode ser contestada no Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN). Enquanto aguardam o julgamento do recurso, os gestores permanecem nos cargos.

A Justiça Eleitoral reforçou que o uso da máquina pública para promoção pessoal em período pré-eleitoral compromete a legitimidade do processo democrático. A sentença considerou que os atos praticados afetaram a normalidade das eleições e violaram os princípios da igualdade de oportunidades entre os candidatos.

A cassação dos diplomas representa uma medida de responsabilização por condutas que extrapolam os limites legais da administração pública durante o período eleitoral. O caso segue acompanhado por órgãos de fiscalização e poderá ter desdobramentos conforme o andamento dos recursos.

Fotos: Reprodução/Redes Sociais

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Senado avalia PEC da Blindagem que exige aval para processar parlamentares

Senado avalia PEC da Blindagem que exige aval para processar parlamentares

Proposta deve ser votada na CCJ e enfrenta forte rejeição após protestos em todo o país

Senado avalia PEC da Blindagem que exige aval para processar parlamentares

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal deve votar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 3/2021, conhecida como PEC da Blindagem. O texto propõe que a abertura de processos penais contra parlamentares dependa de autorização prévia das respectivas Casas Legislativas.

A proposta foi aprovada pela Câmara dos Deputados e agora precisa ser analisada pelo Senado. Para ser promulgada, são necessários dois turnos de votação com apoio de três quintos dos senadores.

A PEC estabelece que:

  • A abertura de ação penal contra deputados e senadores dependerá de autorização da respectiva Casa, por maioria absoluta;
  • A votação sobre prisão em flagrante será secreta e deve ocorrer em até 90 dias;
  • Medidas cautelares como busca e apreensão, bloqueio de bens e afastamento do cargo só poderão ser determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF);
  • O foro privilegiado será estendido a presidentes de partidos com representação no Congresso.

Caso a autorização para processar o parlamentar seja negada, a ação penal ficará suspensa durante o mandato, assim como o prazo de prescrição.

Senado avalia PEC da Blindagem
Senado avalia PEC da Blindagem

A proposta enfrenta resistência dentro da própria CCJ. O relator já se manifestou pela rejeição integral do texto, alegando que a medida compromete a responsabilização de parlamentares e pode dificultar investigações criminais.

Uma emenda foi apresentada para limitar os efeitos da blindagem a crimes de opinião, como injúria e difamação, excluindo crimes como corrupção e lavagem de dinheiro. No entanto, essa emenda não será votada separadamente, pois o relator defende a rejeição total da PEC.

A votação ocorre em meio a forte mobilização popular. Milhares de pessoas participaram de manifestações em diversas capitais, criticando a proposta e exigindo maior transparência e responsabilização de agentes públicos. Os protestos também pediram a revogação de projetos que oferecem anistia a condenados pela tentativa de golpe de Estado.

A tramitação da PEC acontece em um contexto de tensão política, marcado por decisões judiciais envolvendo parlamentares e pela intensificação de investigações sobre o uso de emendas parlamentares.

Se a proposta for rejeitada pela CCJ, poderá ser arquivada. No entanto, caso haja apoio mínimo de senadores, um recurso pode ser apresentado para que o texto seja votado em plenário. A decisão final dependerá da articulação política e da pressão da sociedade civil.

Fotos: Lula Marques/ Agência Brasil

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Natal é apresentada como candidata a sediar eventos esportivos nacionais do Comitê Olímpico do Brasil

Natal é apresentada como candidata a sediar eventos esportivos nacionais do Comitê Olímpico do Brasil

De acordo com Hermes Câmara, a proposta foi recebida de forma bastante positiva pelo COB

O secretário municipal de Esporte e Lazer de Natal, Hermes Câmara, se reuniu nesta terça-feira (23), em Brasília, com o ex-atleta olímpico e atual Gerente Executivo de Educação, Fomento e Infraestrutura do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Sebastian Pereira, para apresentar o nome da capital potiguar como candidata à realização de eventos esportivos nacionais promovidos pela entidade.

Durante o encontro, Hermes destacou a infraestrutura disponível em Natal, além da vocação esportiva da cidade e o compromisso da gestão municipal em ampliar políticas públicas voltadas ao esporte. O secretário ressaltou ainda que o esporte, além de promover saúde e inclusão, movimenta a economia local, fortalece o turismo e gera oportunidades para atletas de base e profissionais.

De acordo com Hermes Câmara, a proposta foi recebida de forma bastante positiva pelo COB. “Apresentamos Natal como uma cidade preparada e acolhedora para sediar grandes competições. O Comitê recebeu nossa ideia com entusiasmo e estamos confiantes de que em breve poderemos ver eventos nacionais sendo realizados na nossa cidade, beneficiando atletas e a população potiguar como um todo”, afirmou.

A articulação faz parte das estratégias da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (SEL) para consolidar Natal como referência em esportes, ampliando a presença da cidade no cenário esportivo nacional.

Fotos: Divulgação

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Conselho de Ética da Câmara abre processo contra Eduardo Bolsonaro

Conselho de Ética da Câmara abre processo contra Eduardo Bolsonaro

Deputado é acusado de conduta incompatível com o mandato e pode ter o cargo cassado

Conselho de Ética da Câmara abre processo contra Eduardo Bolsonaro

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados instaurou um processo disciplinar contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A medida pode resultar na cassação do mandato parlamentar por quebra de decoro.

A representação foi apresentada por partido da oposição e aponta que o deputado teria atuado para promover sanções internacionais contra autoridades e produtos brasileiros. A conduta é considerada incompatível com o exercício do cargo.

Eduardo Bolsonaro está fora do país desde o início do ano e tem se reunido com lideranças estrangeiras. A ausência prolongada e não justificada também é alvo de questionamentos internos na Câmara, podendo configurar outra frente de cassação por excesso de faltas.

O processo segue o rito regimental e tem prazo de até 90 dias úteis para conclusão. Três parlamentares foram sorteados como possíveis relatores: Duda Salabert (PDT-MG), Paulo Lemos (PSOL-AP) e Delegado Marcelo Freitas (União-MG). A escolha final será feita pelo presidente do Conselho.

Conselho de Ética da Câmara abre processo
Conselho de Ética da Câmara abre processo

Além da representação atual, outras três ações contra o deputado tramitam no colegiado. A Mesa Diretora da Câmara foi acionada para unificar os processos, permitindo análise conjunta.

A tentativa de indicar Eduardo Bolsonaro para a liderança da minoria na Casa foi rejeitada pela presidência da Câmara. A decisão considerou que o exercício da função exige presença em território nacional, o que não se aplica ao parlamentar no momento.

O processo no Conselho de Ética é mais um elemento de pressão sobre o mandato de Eduardo Bolsonaro, que também é alvo de investigação judicial por suposta atuação para influenciar decisões relacionadas a processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

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Trump combina encontro com Lula e diz que tiveram “química excelente”

Trump combina encontro com Lula e diz que tiveram “química excelente”

Presidentes dos EUA e do Brasil se encontraram brevemente na ONU e devem se reunir na próxima semana

Trump combina encontro com Lula e diz que tiveram “química excelente”

Durante a 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas, realizada em Nova York, os presidentes dos Estados Unidos e do Brasil tiveram um breve encontro nos bastidores do evento. O chefe de Estado norte-americano afirmou que houve uma boa interação entre ambos e que está previsto um novo encontro na semana seguinte.

O contato ocorreu após discursos oficiais de ambos os líderes. O presidente brasileiro abordou temas relacionados à soberania nacional e à democracia, enquanto o presidente norte-americano respondeu com declarações sobre tarifas comerciais e relações bilaterais.

O encontro informal foi marcado por gestos de cordialidade e pela sinalização de abertura para diálogo. A reunião futura, ainda não confirmada oficialmente, poderá tratar de temas como comércio exterior, sanções aplicadas a autoridades brasileiras e cooperação internacional.

Durante o evento, o presidente dos Estados Unidos mencionou medidas de retaliação comercial contra o Brasil, justificadas por práticas consideradas desfavoráveis aos interesses norte-americanos. Também foram feitas declarações sobre a importância da soberania nacional e da defesa dos direitos dos cidadãos.

Trump combina encontro com Lula
Trump combina encontro com Lula

A aproximação entre os dois governos ocorre em meio a tensões diplomáticas, com sanções aplicadas a exportações brasileiras e a membros do governo. A expectativa é que o encontro previsto contribua para a reavaliação das relações bilaterais e para o avanço de negociações em áreas estratégicas.

Foto: Molly Riley/Joyce N. Boghosian/Fotos Públicas

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Allyson lidera disputa pelo governo com 39,4%, contra 27,4% de Rogério e 6,9% de Cadu Xavier

Allyson lidera disputa pelo governo com 39,4%, contra 27,4% de Rogério e 6,9% de Cadu Xavier

Pesquisa Exatus aponta Allyson Bezerra como favorito na corrida pelo Governo do RN em 2026

Allyson lidera disputa pelo governo com 39,4%, contra 27,4% de Rogério e 6,9% de Cadu Xavier

A pesquisa Exatus Consultoria e Pesquisa revelou os primeiros números da corrida para o Governo do Estado do Rio Grande do Norte em 2026. O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União), lidera com destaque, mesmo sem ter oficializado sua candidatura.

O levantamento ouviu 2.029 eleitores entre os dias 18 e 21 de setembro, em todas as regiões do estado, e apresenta o cenário mais amplo até agora, considerando variáveis como sexo, idade, escolaridade e renda.

No cenário principal, Allyson aparece com 39,4% das intenções de voto, seguido pelo senador Rogério Marinho (PL) com 27,4%, e pelo secretário estadual de Fazenda, Cadu Xavier (PT), com 6,9%. 19,4% dos entrevistados disseram que votariam em branco ou nulo, e 7,1% não souberam responder.

Allyson lidera disputa pelo governo
Allyson lidera disputa pelo governo

Em outro cenário, substituindo Cadu Xavier pelo vice-governador Walter Alves (MDB), Allyson mantém a liderança com 39,1%, seguido por Rogério Marinho com 26,4% e Walter com 3,9%. Neste quadro, 22,9% votariam em branco ou nulo, e 8% não souberam ou não quiseram responder.

A pesquisa também testou um cenário com o ex-prefeito de Natal Álvaro Dias (Republicanos) e Cadu Xavier. Allyson amplia a vantagem, chegando a 45,8%, contra 12,9% de Álvaro e 7,1% de Cadu. Brancos e nulos somam 24,7%, e 9,7% não souberam responder.

Em uma simulação com Álvaro Dias e Walter Alves, Allyson mantém os 45,8%, seguido por Álvaro com 12,5% e Walter com 3,8%. Neste cenário, 27,8% votariam em branco ou nulo, e 10,3% não souberam ou não quiseram responder.

Na pesquisa espontânea, quando os nomes não são apresentados, Allyson Bezerra aparece com 13,1% das menções, seguido por Rogério Marinho com 10,4%. O “candidato de Fátima” foi citado por 3,7%, e Cadu Xavier por 1,8%. Outros nomes tiveram menções menores:

  • Styvenson Valentim (1,2%)
  • “Opção do PT” (0,5%)
  • “Operação Contra o PT” (0,4%)
  • Álvaro Dias (0,3%)
  • Natália Bonavides (0,3%)

Apesar das menções, a pesquisa mostra alta indefinição: 59,6% dos entrevistados disseram não saber em quem votariam se a eleição fosse hoje, e 7,2% declararam voto branco ou nulo.

Além da disputa eleitoral, o levantamento também avaliou a popularidade das gestões estadual e federal no RN. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 43,44% de aprovação e 47,19% de desaprovação, com 9,5% de indecisos.

Já a governadora Fátima Bezerra (PT) enfrenta 66,58% de desaprovação, com apenas 23,35% de aprovação. Outros 10,22% não responderam.

Foto: João Gilberto/ALRN/Divulgação/Prefeitura de Mossoró/Agência Senado

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Styvenson Valentim lidera para o Senado, com Fátima e Zenaide disputando 2º lugar

Styvenson Valentim lidera para o Senado, com Fátima e Zenaide disputando 2º lugar

Pesquisa Exatus aponta favoritismo de Styvenson nas intenções de voto para as duas vagas ao Senado em 2026

Styvenson Valentim lidera para o Senado, com Fátima e Zenaide disputando 2º lugar

A pesquisa Exatus divulgada nesta semana mediu as intenções de voto para o Senado Federal nas eleições de 2026, quando duas vagas estarão em disputa no Rio Grande do Norte. O senador Styvenson Valentim (PSDB) aparece como favorito nas menções espontâneas, citado por 16,4% dos eleitores.

Em segundo lugar, empatadas, estão a governadora Fátima Bezerra (PT) e a senadora Zenaide Maia (PSD), ambas com 4,4% das menções espontâneas. Outros nomes citados incluem o ex-prefeito Álvaro Dias (0,8%), o prefeito Allyson Bezerra (0,6%), o senador Rogério Marinho (0,6%) e o presidente do PL em Natal, Coronel Hélio (0,2%).

Styvenson Valentim lidera para o Senado
Styvenson Valentim lidera para o Senado

Na pesquisa estimulada, quando os nomes são apresentados aos entrevistados, Styvenson lidera como primeira opção, com 35,3% das intenções de voto. Em seguida, aparecem Fátima Bezerra (14,2%) e Zenaide Maia (7,7%). Outros nomes com pontuação relevante incluem:

  • Álvaro Dias (7,6%)
  • Carlos Eduardo (7,1%)
  • Coronel Hélio Oliveira (1,5%)
  • Babá Pereira (1%)

Ainda assim, 18% dos eleitores afirmaram que não votariam em nenhum candidato, e 7,8% não souberam ou não responderam.

Na segunda opção de voto, Styvenson Valentim também lidera, com 17,4%. A senadora Zenaide Maia aparece com 10,3%, seguida por Álvaro Dias (9,1%), Fátima Bezerra (7,6%) e Carlos Eduardo (6,9%). Coronel Hélio (4%) e Babá Pereira (0,7%) também foram mencionados. Nesta rodada, a taxa de indefinição foi maior: 28,1% não apontaram nenhum nome e 16% não souberam ou preferiram não responder.

A pesquisa também avaliou o cenário para a eleição presidencial de 2026 no estado. Na menção espontânea, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera com 31,1%, seguido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com 17,8%. Bolsonaro está inelegível por decisão da Justiça Eleitoral e condenado por tentativa de golpe de estado no Supremo Tribunal Federal (STF).

Outros nomes citados foram Tarcísio de Freitas (1,3%) e Ciro Gomes (0,4%). 39,9% dos entrevistados não souberam ou preferiram não responder, e 7,1% disseram que votariam em branco ou nulo.

Na pesquisa estimulada, dois cenários foram testados:

  • Cenário 1:
    • Lula (40,8%)
    • Bolsonaro (31,3%)
    • Ratinho Júnior (1,9%)
    • Romeu Zema (1,5%)
    • Ronaldo Caiado (1%)
    • Branco/nulo (17,7%)
    • Indecisos (5,8%)
  • Cenário 2 (sem Bolsonaro):
    • Lula (38,9%)
    • Tarcísio de Freitas (18,2%)
    • Ratinho (3,9%)
    • Zema (2,6%)
    • Caiado (1,8%)
    • Branco/nulo (26,8%)
    • Indecisos (8,1%)

A pesquisa ouviu 2.029 eleitores distribuídos proporcionalmente entre todas as regiões do estado, considerando variáveis como sexo, idade, escolaridade e renda. A margem de erro é de 2,19 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

Foto: Reprodução/Redes Sociais/Agência Senado

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Senado quer derrubar PEC da Blindagem em comissão e dar resposta a manifestações

Senado quer derrubar PEC da Blindagem em comissão e dar resposta a manifestações

Texto aprovado pela Câmara será votado na CCJ do Senado com tendência de rejeição após pressão popular

Senado quer derrubar PEC da Blindagem em comissão e dar resposta a manifestações

Líderes do Senado articulam a derrubada da PEC da Blindagem nos próximos dias, em resposta às manifestações realizadas em todas as capitais do país e nas redes sociais no domingo (21). A proposta, aprovada pela Câmara dos Deputados, protege parlamentares de processos judiciais e será votada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado na quarta-feira (24).

A tramitação ocorre em ritmo acelerado, com apenas uma semana entre a aprovação na Câmara e a análise na CCJ. Senadores afirmam que há votos suficientes para rejeitar a proposta tanto na comissão, composta por 27 membros, quanto no plenário.

A decisão de votar a rejeição da PEC representa um gesto político. Normalmente, propostas com forte divergência interna são retiradas de pauta. Neste caso, a votação da derrubada é vista como uma resposta direta à mobilização popular.

O presidente da CCJ, senador Otto Alencar (PSD-BA), é contrário à proposta e designou como relator o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), também crítico ao texto. Vieira apresentará parecer recomendando a rejeição da PEC.

Desde a semana passada, a proposta tem enfrentado críticas no Senado, mas a repercussão nas redes sociais surpreendeu parlamentares e assessores pela intensidade e velocidade.

Senado quer derrubar PEC da Blindagem
Senado quer derrubar PEC da Blindagem

Deputados da Câmara alegam que havia um acordo para que o Senado discutisse a PEC. Segundo dois líderes, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), mencionou esse compromisso em reunião com líderes partidários. Interlocutores do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), negam a existência de qualquer acordo.

Parlamentares da Câmara se queixaram de exposição negativa após a aprovação do texto, especialmente Hugo Motta. Um aliado do presidente da Câmara classificou a repercussão como um “terremoto”, afirmando que o Senado perdeu condições políticas de levar o tema adiante.

Após as manifestações, senadores que apoiavam a PEC começaram a ajustar o discurso. O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), declarou que pretende sugerir um “aperfeiçoamento” para limitar a proposta a crimes de opinião.

Caso o Senado decida vetar integralmente a PEC, será uma decisão soberana. Ainda assim, Nogueira afirmou que apresentará uma proposta alternativa que, segundo ele, pode atender à cidadania e fortalecer prerrogativas parlamentares.

A votação na CCJ será o primeiro teste formal da proposta no Senado. A expectativa é que o parecer pela rejeição seja aprovado, encerrando a tramitação da PEC da Blindagem.

Foto: Marcos Oliveira/Roque Sá/Agência Senado

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Carregador de mala do Careca do INSS é solto após pagar fiança

Carregador de mala do Careca do INSS é solto após pagar fiança

Empresário Rubens Oliveira Costa foi liberado após prestar depoimento à Polícia Legislativa no Senado

Carregador de mala do Careca do INSS é solto após pagar fiança

O economista e empresário Rubens Oliveira Costa, apontado como sócio e “carregador de mala” de Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, foi solto na madrugada desta terça-feira (22), após pagar fiança.

A prisão de Rubens foi decretada pelo presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG). O empresário foi liberado por volta das 2h30, após prestar depoimento à Polícia Legislativa do Senado, onde respondeu ao processo, ouviu o registro de ocorrência e foi ouvido pelo delegado plantonista.

O pedido de prisão foi fundamentado em alegações de que Rubens se recusou a prestar o termo de compromisso de dizer a verdade nas perguntas que não o autoincriminariam. Segundo Viana, o depoente apresentou contradições graves, declarações falsas e se recusou a responder diversas questões formuladas pelos membros da comissão. Não houve retratação, retificação ou esclarecimento das omissões apontadas.

Rubens Oliveira Costa irá responder ao processo na Justiça Federal.

carregador de mala do Careca do INSS
carregador de mala do Careca do INSS

A detenção ocorreu durante depoimento à CPMI na segunda-feira (21), quando parlamentares acusaram o empresário de ocultar documentos e mentir durante a audiência. Horas antes, o relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), havia solicitado a prisão de Rubens sob o argumento de ocultação de documentos. Foram feitos dois pedidos: um de prisão em flagrante e outro endereçado ao presidente da CPMI.

Carlos Viana justificou a medida afirmando que, diante das mentiras, contradições e ocultação de documentos, estaria caracterizado o crime de falso testemunho.

A CPMI do INSS investiga irregularidades envolvendo benefícios previdenciários e fraudes no sistema do Instituto Nacional de Seguridade Social. O caso de Rubens Oliveira Costa está inserido nesse contexto, com suspeitas de envolvimento direto com o esquema atribuído ao Careca do INSS.

Foto: Carlos Moura/Agência Senado

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PGR denuncia Eduardo Bolsonaro por coação no processo sobre tentativa de golpe

PGR denuncia Eduardo Bolsonaro por coação no processo sobre tentativa de golpe

Deputado é acusado de articular sanções internacionais para pressionar o STF; Jair Bolsonaro não foi incluído na denúncia

PGR denuncia Eduardo Bolsonaro por coação no processo sobre tentativa de golpe

A Procuradoria-Geral da República apresentou denúncia ao Supremo Tribunal Federal contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o produtor de conteúdo Paulo Figueiredo. Ambos são acusados de coação no curso de processo judicial relacionado à tentativa de golpe de Estado.

A denúncia aponta que os acusados atuaram para influenciar autoridades estrangeiras com o objetivo de aplicar sanções contra o Brasil e contra ministros do STF. As ações teriam como finalidade pressionar o tribunal durante o julgamento que resultou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Entre os eventos citados estão a suspensão de vistos de ministros do STF, a imposição de tarifas sobre exportações brasileiras e a aplicação da Lei Magnitsky. As medidas foram interpretadas como parte de uma estratégia para intimidar os magistrados responsáveis pelo julgamento.

A Procuradoria afirma que os denunciados divulgaram e celebraram publicamente as sanções impostas, sugerindo que novas medidas seriam adotadas caso o tribunal não alterasse sua posição. A denúncia considera que essas ações configuram o crime de coação, independentemente de terem gerado efeitos concretos sobre os julgadores.

Mensagens obtidas durante a investigação indicam que os acusados atuaram de forma coordenada para garantir acesso a autoridades estrangeiras e promover medidas de pressão contra o sistema judiciário brasileiro. A denúncia conclui que os atos tinham como objetivo beneficiar interesses pessoais e políticos.

PGR denuncia Eduardo Bolsonaro
PGR denuncia Eduardo Bolsonaro

Jair Bolsonaro, embora citado no inquérito, não foi incluído na denúncia. A Procuradoria informou que não foram encontrados elementos suficientes para responsabilizá-lo por coação no processo.

O Ministério Público Federal solicita a abertura de ação penal contra os denunciados e a reparação dos danos causados. A decisão sobre o recebimento da denúncia caberá ao Supremo Tribunal Federal.

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

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Relator mantém proposta do PL da Dosimetria apesar de manifestações contra anistia

Relator mantém proposta do PL da Dosimetria apesar de manifestações contra anistia

Deputado Paulinho da Força segue com plano de reduzir penas de condenados por tentativa de golpe

Relator mantém proposta do PL da Dosimetria apesar de manifestações contra anistia

O deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator do Projeto de Lei conhecido como PL da Dosimetria, afirmou que seguirá com a proposta de redução de penas para condenados por envolvimento na tentativa de golpe de Estado e nos atos de 8 de janeiro. A decisão ocorre mesmo após manifestações contrárias à medida em pelo menos dez capitais brasileiras.

O projeto, que tramita em regime de urgência na Câmara dos Deputados, passou a ser chamado de PL da Dosimetria por tratar da reavaliação do tamanho das penas impostas. A proposta exclui a possibilidade de anistia ampla, geral e irrestrita, mas prevê redução de penas, inclusive para o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a mais de 27 anos de prisão.

O relator pretende apresentar o texto final entre terça-feira à noite e quarta-feira pela manhã. Para isso, está realizando reuniões com líderes partidários, tanto da base governista quanto da oposição, em Brasília. Também está prevista uma reunião com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para tratar do calendário de tramitação.

Relator mantém proposta
Relator mantém proposta

A expectativa é que o projeto seja votado até a próxima semana. Segundo o relator, a proposta busca atender à maioria da população e contribuir para a pacificação do país. A ideia é oferecer uma alternativa intermediária entre a anistia total e a manutenção integral das penas impostas pelo Poder Judiciário.

O projeto enfrenta resistência de partidos governistas, como o PT, que são contrários a qualquer tipo de flexibilização das condenações. Já aliados do ex-presidente Bolsonaro defendem a redução das penas como forma de reparar o que consideram excessos judiciais.

As manifestações realizadas em diversas cidades foram organizadas por movimentos sociais e entidades que se opõem à anistia e à flexibilização das punições. Os protestos também criticaram outras propostas em tramitação, como a PEC da Blindagem, que trata de regras para investigações contra parlamentares.

A tramitação do PL da Dosimetria ocorre em um contexto de polarização política e jurídica, com debates intensos sobre os limites da atuação do Judiciário e o papel do Legislativo na revisão de penas. A proposta ainda pode sofrer alterações antes da votação final, dependendo das negociações entre os partidos.

Foto:  Billy Boss/Câmara dos Deputados/Marcos Oliveira/Agência Senado

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Ministério Público de Contas do RN investiga licitação da SESAP para fornecimento de oxigênio hospitalar

Ministério Público de Contas do RN investiga licitação da SESAP para fornecimento de oxigênio hospitalar

Denúncia aponta possíveis irregularidades em pregão eletrônico e TCE recomenda suspensão do processo

O Ministério Público de Contas do Rio Grande do Norte (MPC/RN) abriu procedimento para apurar denúncia de possíveis irregularidades em uma licitação promovida pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP). O caso envolve o Pregão Eletrônico nº 90031/2025, destinado ao contrato de fornecimento de oxigênio hospitalar.

De acordo com a denúncia, apresentada por uma das empresas participantes, haveria indícios de favorecimento a determinados fornecedores e riscos relacionados à segurança dos pacientes. Entre os pontos questionados estão a violação de princípios da administração pública, exigências documentais diferenciadas e ausência de equipamentos de controle da qualidade do oxigênio.

Pontos levantados na denúncia

A denúncia protocolada no MPC/RN apresenta os seguintes questionamentos sobre o edital e as condições do pregão:

  • Possível violação dos princípios de igualdade, impessoalidade, eficiência, vantajosidade e economicidade, ao permitir que fornecedores de oxigênio via usina utilizem energia e geradores dos hospitais sem medição clara ou ressarcimento dos custos.
  • Exigências documentais mais rigorosas para fornecedores de tanques criogênicos em comparação com os de usina concentradora.
  • Falta de obrigatoriedade de analisador de pureza e medidor de vazão certificado pelo Inmetro para usinas.
  • Ausência de adequação em espaço físico e instalações elétricas de alguns hospitais para instalação das usinas.
  • Diferença na qualidade do oxigênio: 93% de pureza no fornecido por usinas contra 99% no oxigênio líquido, levantando preocupações quanto à segurança dos pacientes.

Ação do TCE e notificação aos gestores

O processo está sob análise da Diretoria de Controle de Contas de Gestão e Execução da Despesa Pública do Tribunal de Contas do Estado (TCE/RN). Em despacho técnico, foi proposta a notificação dos gestores responsáveis para prestar esclarecimentos.

Entre os citados está o secretário de Estado da Saúde Pública, Alexandre Motta Câmara, que terá 15 dias úteis para liberar acesso ao processo administrativo. O TCE também recomendou que, caso não haja resposta no prazo estabelecido, o pregão seja suspenso até deliberação definitiva do colegiado.

Posição da SESAP

A SESAP afirma que não houve favorecimento e que o processo segue a Lei nº 14.133/2021, com isonomia, transparência e economicidade. Destacou ainda que a empresa denunciante venceu dois dos três lotes licitados e que os valores contratados estão abaixo dos praticados atualmente.

Sobre a qualidade do oxigênio, a pasta esclareceu que a responsabilidade pelo fornecimento contínuo é da empresa contratada, que deve garantir backup por cilindros ou tanque criogênico com capacidade mínima de 72 horas. O reabastecimento também é de responsabilidade da contratada.

O caso segue sob relatoria da conselheira substituta Ana Paula de Oliveira Gomes, no TCE/RN.

Histórico: compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste

A apuração do MPC/RN ocorre em meio à lembrança de outro episódio envolvendo insumos hospitalares. Em 2020, durante a pandemia de Covid-19, os governos do Nordeste, por meio do Consórcio Nordeste, pagaram R$ 48,7 milhões à empresa HempCare Pharma Representações Ltda. para fornecimento de 300 respiradores pulmonares, mas nenhum equipamento foi entregue.

O Governo do Rio Grande do Norte desembolsou R$ 4,9 milhões na época. Parte do valor foi recuperada em 2022, quando a Justiça determinou o bloqueio de R$ 3,5 milhões das contas da empresa e de seus sócios. O montante representa 73% do que havia sido pago pelo estado.

As investigações sobre o caso seguem em andamento e envolvem suspeitas de crimes licitatórios, desvio de recursos públicos, lavagem de capitais e organização criminosa.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Rafael Motta retorna a Natal após acidente de kitesurfe

Rafael Motta retorna a Natal após acidente de kitesurfe

Ex-deputado federal se recupera em casa depois de quase um mês internado e agradece apoio recebido

O ex-deputado federal Rafael Motta está em casa em Natal após quase um mês do acidente de kitesurfe que o deixou hospitalizado em estado grave. Em vídeo publicado nas redes sociais neste sábado (20), Motta apareceu cantando e compartilhou mensagem de agradecimento pelo apoio recebido durante o período de internação.

O acidente ocorreu no dia 22 de agosto, quando o ex-parlamentar praticava kitesurfe na região da Praia do Forte, na zona Leste de Natal. Rafael foi socorrido no local e encaminhado ao Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, onde passou por uma cirurgia torácica e permaneceu intubado e em coma induzido até o dia 25.

Transferência para São Paulo

Após estabilização inicial, Rafael Motta foi transferido para São Paulo em uma unidade de saúde aérea. Na capital paulista, recebeu acompanhamento médico especializado para tratar as múltiplas lesões identificadas após o acidente.

Segundo os relatórios médicos, além de uma lesão brônquica, ele apresentou fraturas na coluna, no esterno, no antebraço esquerdo e na face. O tratamento envolveu procedimentos cirúrgicos e acompanhamento intensivo para garantir a recuperação das funções respiratórias e motoras.

Alta hospitalar e retorno ao RN

No dia 12 de setembro, Rafael Motta recebeu alta do hospital em São Paulo, após evolução clínica considerada satisfatória. Com a liberação médica, retornou a Natal, onde seguirá em processo de reabilitação.

Em sua mensagem, destacou o momento de reencontro com a cidade e agradeceu as manifestações de apoio.

Histórico do acidente

  • Data: 22 de agosto de 2025
  • Local: Praia do Forte, zona Leste de Natal (RN)
  • Lesões: fraturas na coluna, esterno, antebraço esquerdo e face, além de lesão brônquica
  • Internação inicial: Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, Natal
  • Transferência: Unidade de saúde aérea para hospital em São Paulo em 25 de agosto
  • Alta hospitalar: 12 de setembro de 2025
  • Retorno a Natal: 20 de setembro de 2025

Recuperação em andamento

Agora em casa, Rafael Motta continuará em processo de reabilitação, com acompanhamento médico para garantir a plena recuperação. O período de fisioterapia e cuidados complementares será decisivo para a retomada das atividades do ex-parlamentar.

Foto: Sérgio Francês/Liderança do PSB na Câmara / PROS na Câmara

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TCE-RN determina medidas urgentes para recompor fundo previdenciário do Estado

TCE-RN determina medidas urgentes para recompor fundo previdenciário do Estado

Decisão exige plano de ação em 60 dias, utilização de bens públicos e regularização de imóveis para reduzir déficit atuarial

O Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE-RN) determinou que o Governo do Estado e o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado (IPERN) adotem medidas imediatas para recompor o fundo previdenciário estadual. A decisão, publicada nesta semana, aponta que a recomposição deve envolver não apenas recursos financeiros, mas também bens imóveis e outros ativos, conforme previsão legal.

Segundo o tribunal, sem providências, o déficit previdenciário poderá comprometer as contas do Tesouro e afetar serviços essenciais, como saúde e educação. O Governo informou que não se manifestaria por ainda não ter sido notificado oficialmente.

Uso de bens públicos e ativos imobiliários

A medida está amparada na Lei Complementar Estadual nº 526/2014, que autoriza a utilização de bens imóveis dominicais, participações societárias, créditos previdenciários e ativos imobiliários para compor o patrimônio do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), desde que regularizados juridicamente.

Atualmente, o Portal de Imóveis do Governo do RN (Sipat) registra 3.485 imóveis estaduais, sendo 400 sem uso e cerca de 1.500 pendentes de legalização. Esses bens, segundo o TCE, representam oportunidade de reforço ao fundo previdenciário.

Plano de ação em 60 dias

O tribunal fixou prazo de 60 dias para que o Governo apresente plano de ação contemplando:

  • estudo atuarial atualizado;
  • equacionamento do déficit previdenciário;
  • eventual aumento da alíquota da contribuição patronal;
  • utilização legal de bens e imóveis do Estado e entidades vinculadas;
  • destinação efetiva ao fundo de todos os ativos e receitas previstas em lei;
  • alienação de imóveis aptos à venda.

Além disso, o TCE determinou que os rendimentos da carteira de investimentos do RPPS não sejam usados para pagamento de benefícios enquanto o ativo garantidor não atingir o valor da Provisão Matemática dos Benefícios Concedidos (PMBC), que em 2023 era de quase R$ 31 bilhões. Atualmente, os ativos somam R$ 142 milhões, menos de 0,5% do necessário.

Situação do IPERN e argumentos apresentados

No processo, o presidente do IPERN, Nereu Linhares, destacou que os fundos de investimento em renda fixa, participações e imobiliários têm sido utilizados para pagamento de benefícios e manutenção da autarquia. Ele citou ainda que a Lei Complementar nº 526/2014 unificou os fundos previdenciários em regime de repartição simples, sem capitalização, e que a arrecadação estadual sofreu perdas recentes, ampliando o déficit.

Déficit previdenciário em crescimento

De acordo com o Relatório Resumido de Execução Orçamentária em Foco (Estados + DF), divulgado pelo Tesouro Nacional, o déficit do RPPS do RN alcançou R$ 1,104 bilhão até junho de 2025, equivalente a 12% da Receita Corrente Líquida (RCL). Em 2024, o déficit havia sido de R$ 873,4 milhões, 10% da RCL.

Certificado de Regularidade Previdenciária em risco

O TCE alertou que, sem recomposição, o Estado pode perder o Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP), documento necessário para transferências federais voluntárias. A obtenção do CRP depende da apresentação do plano de ação e do equilíbrio atuarial do sistema.

Histórico de fragilidade financeira

O RPPS estadual enfrenta fragilidade desde 2014, quando as reservas do fundo em regime de capitalização chegaram a R$ 1 bilhão. Desde então, os recursos foram utilizados em despesas correntes, reduzindo o patrimônio. O Demonstrativo de Aplicações e Investimentos dos Recursos (DAIR) de 2023 apontou redução de R$ 22 milhões nos recursos do RPPS. Atualmente, o saldo corresponde a apenas 0,46% do necessário para cobrir as aposentadorias já concedidas.

Penalidades em caso de descumprimento

O tribunal estabeleceu multa diária de R$ 1.000 em caso de não apresentação do plano de ação dentro do prazo, além de multa de R$ 10 mil para cada ato de descumprimento. A decisão foi relatada pela conselheira substituta Ana Paula de Oliveira Gomes.

O Ministério Público de Contas (MPC) apoiou a decisão, reforçando que os recursos previdenciários devem ser destinados exclusivamente à redução do déficit atuarial.

Foto: Sandro Menezes/Governo do RN/Ilustração

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Paulinho da Força descarta anistia ampla e propõe redução de penas para envolvidos no 8 de Janeiro

Paulinho da Força descarta anistia ampla e propõe redução de penas para envolvidos no 8 de Janeiro

Deputado relator do projeto articula versão alternativa que exclui perdão irrestrito e busca consenso no Congresso

Paulinho da Força descarta anistia ampla e propõe redução de penas para envolvidos no 8 de Janeiro

O deputado federal Paulinho da Força, relator do projeto de lei que trata da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, indicou que o texto não incluirá perdão amplo e irrestrito. A proposta será reformulada para contemplar apenas a redução de penas, excluindo a possibilidade de anulação das condenações.

A urgência para tramitação do projeto foi aprovada pela Câmara dos Deputados, permitindo que o texto seja votado diretamente em plenário. A versão original previa anistia geral para crimes relacionados a manifestações políticas, mas essa abordagem não será mantida.

O novo texto será construído com base em negociações com lideranças partidárias. A intenção é apresentar uma proposta que trate exclusivamente da dosimetria das penas aplicadas aos condenados, incluindo figuras públicas envolvidas nos atos.

O relator iniciou conversas com representantes de diferentes partidos, incluindo lideranças da oposição e da base governista. A proposta também está sendo discutida com juristas e autoridades políticas, com o objetivo de garantir viabilidade legislativa.

A expectativa é que o mérito da proposta seja votado em plenário nas próximas semanas. A articulação busca construir um texto equilibrado, capaz de obter apoio da maioria dos parlamentares.

Paulinho da Força
Paulinho da Força

No Senado, há sinalização de que a proposta poderá avançar, desde que exclua o perdão irrestrito. A tramitação dependerá da versão final aprovada pela Câmara dos Deputados.

A proposta de anistia, em sua nova versão, busca evitar polarizações e construir um texto que possa ser aprovado tanto na Câmara quanto no Senado. O relator continuará as negociações com lideranças políticas nos próximos dias para finalizar o parecer.

A intenção é que o projeto trate apenas da redução de penas para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro, sem incluir anistia total. Essa abordagem é considerada mais aceitável por diferentes setores políticos e jurídicos.

O relator já se manifestou anteriormente contra os atos de 8 de janeiro e defendeu medidas legais para responsabilizar os envolvidos. A nova proposta busca conciliar posições divergentes e garantir a tramitação do projeto no Congresso Nacional.

Foto: Billy Boss/Bruno Spada/Câmara dos Deputados

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União Brasil dá 24h para filiados deixarem cargos no governo Lula

União Brasil dá 24h para filiados deixarem cargos no governo Lula

Resolução partidária estabelece prazo imediato e prevê punição por infidelidade partidária

União Brasil dá 24h para filiados deixarem cargos no governo Lula

O partido União Brasil estabeleceu um prazo de 24 horas para que todos os seus filiados nomeados em cargos no governo federal solicitem exoneração. A medida foi oficializada por meio de resolução assinada pela presidência nacional da legenda.

A decisão afeta diretamente integrantes do primeiro escalão do governo, como o ministro do Turismo, Celso Sabino, e o ministro do Esporte, André Fufuca, ambos ligados à federação União Progressista, formada por União Brasil e PP. O documento determina que o não cumprimento do prazo poderá ser considerado ato de infidelidade partidária.

A resolução exige que todos os filiados deixem cargos de livre nomeação e funções de confiança na Administração Pública Federal Direta e Indireta. O partido justifica a medida como forma de preservar sua independência política e institucional.

A federação já havia anunciado anteriormente o afastamento da base governista, mas sem definir prazos específicos. Com a nova resolução, o desligamento dos filiados deve ocorrer de forma imediata.

União Brasil dá 24h
União Brasil dá 24h

A nota divulgada pelo partido também menciona que a decisão foi amplamente debatida nas instâncias superiores da legenda e aprovada por unanimidade. O texto afirma que o movimento é legítimo e democrático, e que busca reforçar a autonomia partidária diante do atual cenário político.

A saída dos ministros levanta discussões sobre outras indicações políticas ligadas à federação, incluindo nomes que ocupam cargos estratégicos por meio de articulações internas. Há também questionamentos sobre o equilíbrio na distribuição de ministérios entre os partidos da base aliada.

Mesmo com orçamentos considerados menores, os ministérios do Turismo e do Esporte oferecem visibilidade política relevante. Essa exposição é vista como estratégica para os projetos eleitorais de lideranças regionais, especialmente nos estados do Pará e Maranhão.

Celso Sabino tem atuado em negociações relacionadas à infraestrutura para a COP30, evento internacional sobre mudanças climáticas que será realizado em Belém. A expectativa é que ele continue envolvido com o evento, mesmo fora do governo, na condição de parlamentar.

A resolução do União Brasil entra em vigor na data de sua publicação e permite que qualquer membro do partido reporte casos de descumprimento para aplicação das medidas previstas. O partido reforça que a decisão está alinhada com sua posição política atual e com o objetivo de manter coerência institucional.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

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Comissão da Câmara de Natal vai ouvir testemunhas em processo contra Brisa Bracchi

Comissão da Câmara de Natal vai ouvir testemunhas em processo contra Brisa Bracchi

Vereadora é investigada por suposto uso indevido de emendas parlamentares; cassação pode ser votada em plenário

Comissão da Câmara de Natal vai ouvir testemunhas em processo contra Brisa Bracchi

A Comissão Especial Processante da Câmara Municipal de Natal definiu que irá ouvir oito testemunhas no processo que apura condutas da vereadora Brisa Bracchi (PT). A comissão foi instaurada após aprovação em plenário e tem como objetivo investigar suposto uso indevido de emendas parlamentares para financiar evento realizado em agosto na Casa Vermelha.

O processo foi aberto a partir de denúncia apresentada pelo vereador Matheus Faustino (União Brasil), que acusa Bracchi de destinar recursos públicos para um evento com características político-partidárias. A denúncia aponta possível desvio de finalidade e quebra de decoro parlamentar.

A comissão é composta pelos vereadores Anne Lagartixa (Solidariedade), presidente; Fúlvio Saulo (Solidariedade), relator; e Daniel Valença (PT), membro. Após análise da defesa preliminar apresentada pela vereadora, o relator emitiu parecer pela continuidade do processo, rejeitando os argumentos iniciais.

processo contra Brisa Bracchi
processo contra Brisa Bracchi

Fase de instrução

Com o parecer favorável à continuidade, a comissão entra agora na fase de instrução, que inclui a coleta de provas, oitiva de testemunhas e análise documental. O cronograma das atividades será definido nos próximos dias, com previsão de conclusão em até 120 dias, conforme o regimento interno da Câmara.

Caso a presidente da comissão entre em licença-maternidade antes da conclusão, outro parlamentar será designado para assumir a condução dos trabalhos.

Possível cassação

A única sanção prevista em comissões especiais processantes é a cassação do mandato. Se o relatório final indicar irregularidades, o documento será encaminhado ao plenário da Câmara, onde será necessária a aprovação por pelo menos 20 dos 29 vereadores para que a vereadora perca o cargo.

Se a cassação for aprovada, a suplente Júlia Arruda (PCdoB) poderá assumir a cadeira no Legislativo municipal.

Detalhes da denúncia

O evento em questão, denominado “Rolê Vermelho”, recebeu R$ 18 mil em emendas parlamentares. Os valores foram destinados a artistas locais, incluindo DJ, banda e cantora. O material de divulgação do evento continha elementos visuais relacionados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o que levou opositores a alegarem caráter político-partidário.

Além do processo na Comissão Especial, há outro procedimento em andamento no Conselho de Ética da Câmara, com o mesmo objeto de investigação.

Defesa da vereadora

Na defesa apresentada, Brisa Bracchi negou irregularidades e afirmou que os recursos foram aplicados com transparência, dentro dos critérios legais para incentivo à cultura local. A parlamentar sustenta que o evento teve caráter cultural e que as contratações seguiram os trâmites regulares.

A comissão deverá divulgar em breve o calendário das oitivas e demais etapas da instrução. O processo segue sob acompanhamento de órgãos internos da Câmara e poderá ser encaminhado a instâncias externas, caso sejam identificadas infrações legais.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

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Câmara aprova urgência para projeto de anistia ligado ao 8 de Janeiro

Câmara aprova urgência para projeto de anistia ligado ao 8 de Janeiro

Texto pode beneficiar Bolsonaro e condenados por atos golpistas; votação do mérito ainda não tem data definida

Câmara aprova urgência para projeto de anistia ligado ao 8 de Janeiro

A Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência para o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro, acelerando a tramitação da proposta. O projeto, de autoria parlamentar, prevê anistia ampla a pessoas condenadas ou investigadas por participação direta ou indireta nas manifestações ocorridas entre outubro de 2022 e a data de entrada em vigor da lei.

Com a aprovação da urgência, o texto poderá ser votado diretamente no plenário, sem necessidade de passar pelas comissões temáticas. Ainda não há definição sobre o conteúdo final do projeto nem previsão para a votação do mérito.

Conteúdo do projeto

A proposta prevê anistia para todos os envolvidos em manifestações com motivação política ou eleitoral, incluindo participantes, apoiadores, financiadores e pessoas que tenham contribuído por meio de doações, apoio logístico ou publicações em redes sociais. Também estão incluídas no texto a extinção de multas aplicadas pela Justiça Eleitoral e a anulação de efeitos civis e penais decorrentes das condutas imputadas.

O projeto propõe ainda o restabelecimento de direitos políticos e a retirada da aplicação da teoria dos crimes multitudinários. Há também previsão de transferência de inquéritos relacionados aos atos para a primeira instância da Justiça, retirando a relatoria do Supremo Tribunal Federal.

Implicações políticas

A proposta pode beneficiar diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral. Embora haja declarações de que o texto não incluiria o ex-presidente, juristas apontam que a redação atual abre margem para que ele seja contemplado.

A tramitação do projeto ocorre em meio a articulações políticas que envolvem diferentes partidos e lideranças. Há discussões sobre a possibilidade de ajustes no texto para limitar os efeitos da anistia, como a redução de penas sem extinção total das condenações.

projeto de anistia
projeto de anistia

Reações no Congresso

A sessão de votação da urgência foi marcada por divergências entre parlamentares. Grupos favoráveis à proposta defendem que ela representa um gesto de pacificação nacional, enquanto opositores argumentam que se trata de uma tentativa de esvaziar as punições aplicadas pelo STF.

A proposta de anistia tem sido articulada por aliados do ex-presidente desde 2023. Durante esse período, houve tentativas de obstrução de votações e mobilizações para pressionar pela aprovação do texto.

Próximos passos

Com a urgência aprovada, o presidente da Câmara deverá nomear um relator para apresentar um texto substitutivo que possa reunir apoio da maioria dos parlamentares. A votação do mérito dependerá da construção de consenso entre os líderes partidários.

A tramitação do projeto será acompanhada de perto por diferentes setores da sociedade, incluindo entidades jurídicas, movimentos sociais e representantes do governo. O desfecho da proposta poderá impactar diretamente o cenário político e institucional do país.

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil/Fotos Públicas

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Lula diz não temer nova disputa eleitoral contra Bolsonaro

Lula diz não temer nova disputa eleitoral contra Bolsonaro

Presidente afirma que enfrentaria ex-presidente novamente, mas não confirma candidatura em 2026

Lula diz não temer nova disputa eleitoral contra Bolsonaro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em entrevista concedida nesta quarta-feira (17), que não teme enfrentar Jair Bolsonaro novamente em uma eleição presidencial. A declaração foi dada durante conversa com a imprensa no Palácio da Alvorada, em Brasília.

Segundo Lula, o fato de já ter vencido Bolsonaro enquanto este ocupava a Presidência da República elimina qualquer receio de uma nova disputa. O presidente também mencionou ações do governo anterior que, segundo ele, tentaram dificultar sua vitória nas urnas, como o uso da Polícia Rodoviária Federal para restringir o acesso de eleitores no segundo turno das eleições de 2022.

Apesar da declaração, Lula não confirmou se será candidato à reeleição em 2026. Ele afirmou que a decisão dependerá de dois fatores principais: seu estado de saúde e a avaliação do Partido dos Trabalhadores (PT) sobre a viabilidade política de uma nova candidatura.

Inelegibilidade de Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro está atualmente inelegível até 2030, conforme decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A condenação foi motivada por uma reunião com embaixadores estrangeiros, na qual Bolsonaro questionou a integridade do sistema eleitoral brasileiro. A corte entendeu que houve abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

Além disso, em 11 de setembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, o que reforça sua condição de inelegibilidade.

Lula diz não temer Bolsonaro
Lula diz não temer Bolsonaro

Possibilidade de anistia

Apesar das condenações, há movimentações no Congresso Nacional para tentar aprovar uma anistia que permita a Bolsonaro voltar a disputar cargos públicos. A proposta, no entanto, enfrenta resistência e ainda não avançou de forma significativa nas casas legislativas.

Lula evita antecipar debate eleitoral

Durante a entrevista, Lula destacou que ainda há “muita coisa a ser feita” em seu atual mandato e que não considera o momento apropriado para discutir as eleições de 2026. O presidente preferiu focar em ações do governo federal e em projetos em andamento.

A fala de Lula ocorre em um contexto de forte polarização política no país, com o ex-presidente Bolsonaro mantendo influência significativa sobre parte do eleitorado, mesmo estando fora da disputa eleitoral.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil/ Saulo Cruz/Agência Senado

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PEC da Blindagem: Câmara aprova proposta que limita processos e prisões de parlamentares

PEC da Blindagem: Câmara aprova proposta que limita processos e prisões de parlamentares

Texto aprovado em primeiro turno exige autorização do Congresso para ações penais e prisões de deputados e senadores

PEC da Blindagem: Câmara aprova proposta que limita processos e prisões de parlamentares

A Câmara dos Deputados aprovou, em primeiro turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, que altera as regras para responsabilização criminal de deputados e senadores. A votação ocorreu na noite desta terça-feira, 16 de setembro, e o texto recebeu 353 votos favoráveis, 134 contrários e uma abstenção. Eram necessários 308 votos para a aprovação.

A PEC estabelece que o Supremo Tribunal Federal (STF) só poderá abrir ações penais contra parlamentares mediante autorização prévia da respectiva Casa legislativa. A votação para autorizar ou barrar o processo será secreta. A mesma regra se aplicará em casos de prisão, que só poderá ocorrer em flagrante de crime inafiançável e com aval do Congresso.

Entre os crimes considerados inafiançáveis estão racismo, tortura, tráfico de drogas, terrorismo, crimes hediondos, homicídio qualificado, latrocínio, extorsão mediante sequestro, estupro, feminicídio e ações armadas contra a ordem constitucional.

O texto também prevê que medidas cautelares, como bloqueio de bens, suspensão de redes sociais ou uso de tornozeleira eletrônica, só poderão ser determinadas pelo STF. A proposta retoma dispositivos constitucionais que vigoraram entre 1988 e 2001, quando o Congresso precisava autorizar previamente a abertura de ações contra seus membros.

A votação foi conduzida pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que defendeu a proposta como uma retomada do texto constitucional original. A pauta contou com apoio do Centrão e foi incluída na ordem do dia após ter sido engavetada no final de agosto. Para garantir o quórum, foi autorizada votação remota sem aviso prévio, mesmo em dia de sessão presencial obrigatória.

O relator da proposta é o deputado Cláudio Cajado (PP-BA), que assumiu a função após dificuldades nas negociações conduzidas pelo relator anterior. Cajado afirmou que o texto não trata de privilégios individuais, mas de garantias institucionais para o exercício do mandato parlamentar.

A proposta também amplia o foro privilegiado para presidentes de partidos políticos com representação no Congresso, que passariam a ser julgados exclusivamente pelo STF. Além disso, determina que o Congresso seja informado em até 24 horas sobre prisões de parlamentares, cabendo à Casa decidir pela manutenção ou revogação da medida, também por voto secreto.

Parlamentares da oposição criticaram a proposta. Deputados do PSOL e do PT classificaram a PEC como um retrocesso e alertaram para o risco de impunidade. A votação ocorre em meio a tensões políticas, incluindo a recente condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo STF e discussões sobre anistia a envolvidos nos atos de 8 de janeiro.

A PEC ainda precisa passar por um segundo turno de votação na Câmara dos Deputados. Se aprovada novamente, seguirá para o Senado, onde também deverá ser votada em dois turnos e obter apoio de três quintos dos senadores (49 votos) para ser promulgada.

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

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Bolsonaro passa mal e é levado para hospital em Brasília

Bolsonaro passa mal e é levado para hospital em Brasília

Ex-presidente apresenta quadro de pressão baixa, vômitos e soluços; permanece sob escolta policial

Bolsonaro passa mal e é levado para hospital em Brasília

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi levado a um hospital em Brasília na tarde desta terça-feira, 16 de setembro, após apresentar quadro clínico de mal-estar. A internação ocorreu sob escolta da Polícia Penal, responsável pela vigilância do ex-presidente, que cumpre prisão domiciliar.

Bolsonaro apresentou sintomas como crise de soluço, vômitos e queda de pressão arterial. A equipe médica responsável realizou os primeiros atendimentos e decidiu pela internação para monitoramento clínico.

A ida ao hospital ocorre dois dias após Bolsonaro ter passado por procedimento de remoção de lesões de pele. O procedimento foi realizado com anestesia local e sedação, e não houve intercorrências. Foram retiradas oito lesões cutâneas, que estão sob análise laboratorial.

Exames realizados após o procedimento indicaram anemia por deficiência de ferro e sinais de uma pneumonia recente. Como parte do tratamento, foi administrada reposição de ferro por via endovenosa.

A prisão domiciliar de Bolsonaro foi determinada por decisão judicial e permite deslocamentos para atendimento médico em casos de emergência. A defesa deverá apresentar documentação médica justificando a internação.

Não há previsão oficial de alta hospitalar. O ex-presidente permanece sob observação médica e escolta policial, conforme os protocolos estabelecidos para pessoas em cumprimento de medidas cautelares.

A equipe médica segue monitorando o quadro clínico, e novas informações poderão ser divulgadas conforme evolução do estado de saúde.

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil/Gustavo Moreno/STF

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Lula vai aos EUA para Assembleia da ONU em meio a tensão com Trump

Lula vai aos EUA para Assembleia da ONU em meio a tensão com Trump

Presidente participa da Assembleia Geral da ONU e da Cúpula do Clima enquanto enfrenta sanções dos EUA após condenação de Bolsonaro

Lula vai aos EUA para Assembleia da ONU em meio a tensão com Trump

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se prepara para viajar aos Estados Unidos, onde participará da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), marcada para a próxima semana em Nova York. Esta será a terceira participação de Lula no evento desde o início de seu atual mandato. Em seus três mandatos como presidente, ele compareceu a todas as Assembleias, com exceção de 2010, quando enviou o então chanceler Celso Amorim.

A presença de Lula na Assembleia deste ano é considerada estratégica, especialmente por ocorrer em um momento de tensão diplomática entre Brasil e Estados Unidos. A viagem também marca um passo importante nas negociações para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em novembro de 2025, em Belém, no Pará.

No dia 24 de setembro, a ONU sediará a Cúpula do Clima, onde os países devem apresentar suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), com metas de redução de emissões de gases de efeito estufa e medidas de adaptação às mudanças climáticas. Tradicionalmente, o Brasil é o responsável pelo discurso de abertura da Assembleia Geral, papel que Lula desempenhou em 2023 e 2024.

A viagem ocorre no pior momento da relação entre os dois países. O governo do ex-presidente Donald Trump impôs tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros, em resposta à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por tentativa de golpe de Estado. Além das sanções comerciais, autoridades americanas revogaram vistos de ministros do STF e aplicaram a Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, bloqueando suas contas e transações com entidades sujeitas à legislação dos EUA.

Em artigo publicado no jornal “The New York Times”, Lula afirmou que o Brasil está aberto a negociações que tragam benefícios mútuos, mas destacou que a democracia e a soberania nacional não estão em discussão. O presidente também defendeu a decisão do STF, classificando-a como histórica e essencial para a preservação das instituições democráticas.

A condenação de Bolsonaro e de outros sete réus considerados parte central da tentativa de golpe foi realizada pela Primeira Turma do STF. Após a sentença, o governo norte-americano classificou o julgamento como uma “caça às bruxas” e prometeu uma “resposta adequada”.

A menos de uma semana do início do Debate Geral da Assembleia da ONU, o governo brasileiro ainda não recebeu todos os vistos da comitiva presidencial. Segundo diplomatas, o visto de Lula está garantido, mas há pendências em relação a outros integrantes da delegação. O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) confirmou a situação, mas não detalhou quantos vistos ainda estão pendentes.

Na semana anterior, o Itamaraty protestou formalmente durante reunião de um comitê da ONU, alegando que a restrição de acesso ao território americano viola o acordo de sede da organização. O protesto ocorreu após o anúncio de que Trump não credenciaria a comitiva oficial da Palestina.

Entre os ministros afetados pelas medidas dos EUA estão Alexandre Padilha (Saúde) e Ricardo Lewandowski (Justiça), que tiveram seus vistos ou os de familiares cancelados. A situação segue indefinida, segundo fontes diplomáticas.

Caso as restrições se mantenham, o governo brasileiro poderá acionar um procedimento arbitral dentro da própria ONU, conforme previsto nos tratados internacionais. A medida seria uma resposta formal às ações do governo norte-americano, que têm sido interpretadas como retaliações políticas.

A participação de Lula na Assembleia da ONU e na Cúpula do Clima ocorre em um contexto de forte pressão internacional e de desafios diplomáticos, com impactos diretos nas relações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos.

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

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Bolsonaro recebe alta hospitalar e seguirá tratamento médico

Bolsonaro recebe alta hospitalar e seguirá tratamento médico

Ex-presidente passou por procedimento dermatológico e exames que indicaram anemia e pneumonia residual

Bolsonaro recebe alta hospitalar e seguirá tratamento médico

O ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu alta hospitalar neste domingo (14), após passar por exames e procedimentos médicos no Hospital DF Star, em Brasília. A internação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e o deslocamento ocorreu sob escolta policial.

Durante a estadia na unidade de saúde, Bolsonaro passou por cirurgia dermatológica para remoção de oito lesões de pele, localizadas no tronco e no braço direito. O procedimento foi realizado com anestesia local e sedação, sem intercorrências. As amostras foram encaminhadas para análise anatomopatológica, com resultados previstos para os próximos dias.

Além do procedimento dermatológico, exames laboratoriais indicaram um quadro de anemia por deficiência de ferro. O ex-presidente recebeu reposição de ferro por via endovenosa. Uma tomografia de tórax revelou imagem residual de pneumonia recente por broncoaspiração.

O boletim médico também aponta que Bolsonaro deverá seguir com tratamento para hipertensão arterial, refluxo gastroesofágico e medidas preventivas de broncoaspiração. O estado clínico exige acompanhamento contínuo, especialmente em função de condições anteriores que incluem episódios de soluços persistentes e dificuldades alimentares.

A ida ao hospital foi a primeira saída autorizada de Bolsonaro desde que passou a cumprir prisão domiciliar. O procedimento estava agendado para as 10h, e o ex-presidente chegou ao local por volta das 8h, acompanhado por escolta policial e familiares. A saída ocorreu por volta das 14h, com retorno à residência no Lago Sul, em Brasília.

Conforme determinação judicial, a defesa deverá apresentar ao STF um atestado médico detalhando os procedimentos realizados, com prazo de até 48 horas para entrega. A autorização judicial não suspende as medidas cautelares impostas, como o uso de tornozeleira eletrônica e restrições de comunicação.

Bolsonaro foi condenado pela Primeira Turma do STF a 27 anos e três meses de prisão em regime fechado. A sentença inclui crimes como tentativa de golpe de Estado, organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. A pena ainda está sujeita a recursos.

O estado de saúde do ex-presidente tem sido monitorado desde intervenções anteriores, incluindo cirurgias abdominais e tratamentos relacionados a complicações decorrentes de um atentado sofrido em 2018. A condição clínica atual pode influenciar decisões futuras sobre o regime de cumprimento da pena.

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

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Relator defende continuidade do processo de cassação da vereadora Brisa Bracchi em Natal

Relator defende continuidade do processo de cassação da vereadora Brisa Bracchi em Natal

Fúlvio Saulo apresentou relatório preliminar e comissão seguirá para fase de instrução com coleta de provas e depoimentos

Relator defende continuidade do processo de cassação da vereadora Brisa Bracchi em Natal

O vereador Fúlvio Saulo (Solidariedade), relator do processo que pode resultar na cassação do mandato da vereadora Brisa Bracchi (PT), apresentou relatório preliminar nesta sexta-feira (12) favorável à continuidade da tramitação. O documento foi elaborado após análise da defesa apresentada pela parlamentar na semana passada.

Segundo o relator, a etapa atual trata apenas de questões preliminares, sem discutir o mérito da denúncia. Ele afirmou que os requisitos processuais foram atendidos, o que possibilita o prosseguimento do processo.

“Não entendemos pertinentes as colocações da defesa e pedimos o seguimento do processo. Agora haverá a possibilidade de acusação e defesa apresentarem testemunhas”, declarou Fúlvio Saulo.

A próxima reunião da comissão deverá ser marcada pela presidente do grupo, vereadora Anne Lagartixa (Solidariedade). O vereador Daniel Valença (PT) também integra a comissão que analisa o caso.

Origem do processo

O pedido de cassação foi protocolado pelo vereador Matheus Faustino (União Brasil), que acusa Brisa Bracchi de uso indevido de recursos públicos para financiar um evento realizado em 9 de agosto, na Casa Vermelha. O parlamentar sustenta que houve desvio de finalidade e falta de decoro.

O processo será conduzido pela comissão, que terá a responsabilidade de analisar documentos, ouvir testemunhas e reunir provas. O rito prevê garantia do contraditório e ampla defesa.

Prazos e votação

Concluída a fase de instrução, a comissão terá até 120 dias para elaborar o relatório final, que será submetido ao plenário da Câmara Municipal. A decisão ficará a cargo dos 29 vereadores. Caso sejam constatadas irregularidades, o caso poderá ser encaminhado também a órgãos de controle externos.

Foto: Francisco de Assis/Câmara de Natal

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Bolsonaro e aliados condenados podem começar a cumprir penas até dezembro, aponta STF

Bolsonaro e aliados condenados podem começar a cumprir penas até dezembro, aponta STF

Execução das penas depende da análise de recursos após publicação do acórdão do julgamento da trama golpista

Bolsonaro e aliados condenados podem começar a cumprir penas até dezembro, aponta STF

O ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados condenados na ação penal da chamada trama golpista podem começar a cumprir as penas até dezembro deste ano. A informação foi confirmada por fontes do Supremo Tribunal Federal (STF) à Agência Brasil.

Na quinta-feira (11), a Primeira Turma do STF condenou os réus a penas entre 16 e 27 anos de prisão em regime fechado. O cumprimento não é imediato, já que ainda cabe recurso.

Recursos e prazos

O Supremo tem até 60 dias para publicar o acórdão do julgamento, documento que reúne os votos dos ministros. Após a publicação, as defesas terão cinco dias para apresentar embargos de declaração, recurso que busca esclarecer omissões ou contradições.

Esse tipo de recurso, porém, não costuma alterar o resultado do julgamento e pode ser rejeitado ainda neste ano. Caso isso ocorra, a execução imediata das penas será determinada.

Como a decisão teve placar de 4 votos a 1, os réus não poderão recorrer ao plenário, já que seriam necessários ao menos dois votos pela absolvição para permitir embargos infringentes.

Local de cumprimento das penas

Os réus não devem ser encaminhados a celas comuns. Oficiais do Exército e da Marinha têm direito a prisão especial, assim como delegados da Polícia Federal. As possibilidades incluem o presídio da Papuda, a Superintendência da Polícia Federal ou instalações do Comando Militar do Planalto, em Brasília.

A definição caberá ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo.

Prisão domiciliar

A defesa de Bolsonaro poderá solicitar cumprimento em regime domiciliar por razões médicas, em função das complicações de saúde decorrentes do atentado de 2018. A decisão também será avaliada pelo relator.

Atualmente, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar em outro processo, relacionado à investigação sobre o tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil.

Condenados

Além de Jair Bolsonaro (capitão), foram condenados:

  • Alexandre Ramagem (delegado da PF e deputado federal), ex-diretor da Abin;
  • Almir Garnier (almirante), ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres (delegado da PF), ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF;
  • Augusto Heleno (general), ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Paulo Sérgio Nogueira (general), ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto (general), ex-ministro e candidato a vice em 2022.

O ex-ajudante de ordens Mauro Cid, tenente-coronel do Exército, firmou acordo de delação premiada e não cumprirá pena.

Foto: Alan Santos/PR

Com informações da Agência Brasil

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Rafael Motta recebe alta hospitalar após acidente de kitesurf

Rafael Motta recebe alta hospitalar após acidente de kitesurf

Ex-deputado segue em reabilitação médica em São Paulo após internação

Rafael Motta recebe alta hospitalar após acidente de kitesurf

O ex-deputado federal Rafael Motta recebeu alta hospitalar nesta quinta-feira (11), após período de internação em decorrência de um acidente de kitesurf ocorrido no dia 22 de agosto. O político permanece em São Paulo, onde seguirá em processo de reabilitação médica conforme orientação da equipe responsável pelo seu tratamento.

Rafael Motta estava internado no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, para onde foi transferido após atendimento inicial no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal. A transferência ocorreu para continuidade dos cuidados clínicos e realização de procedimentos cirúrgicos necessários à sua recuperação.

A alta hospitalar foi autorizada após avaliação positiva da equipe médica. O ex-deputado deixou o hospital consciente e caminhando, com previsão de retorno ao Rio Grande do Norte após conclusão da fase de reabilitação. A equipe médica acompanha o progresso clínico e mantém o protocolo de cuidados para garantir a plena recuperação.

Durante o período de internação, Rafael Motta passou por procedimentos cirúrgicos e recebeu suporte intensivo. A evolução clínica foi considerada satisfatória, e o paciente respondeu bem ao tratamento. A permanência em São Paulo tem como objetivo assegurar o acompanhamento especializado e evitar intercorrências no processo de reabilitação.

O acidente de kitesurf ocorreu em uma área litorânea e exigiu atendimento emergencial. Após os primeiros socorros, o ex-deputado foi encaminhado ao hospital público em Natal, onde recebeu os cuidados iniciais antes da transferência para a unidade especializada em São Paulo.

A equipe do ex-deputado divulgou nota informando que ele está em recuperação e agradeceu o apoio recebido durante o período de internação. A comunicação oficial destaca o trabalho das equipes médicas envolvidas e o suporte prestado por familiares, amigos e colaboradores.

O caso gerou ampla repercussão nas redes sociais, com manifestações de solidariedade de figuras públicas, lideranças políticas e cidadãos. Rafael Motta publicou mensagem agradecendo o apoio e afirmando estar grato por superar o desafio enfrentado.

A reabilitação médica inclui acompanhamento fisioterápico, controle clínico e avaliação contínua da evolução do quadro. A previsão é de que o ex-deputado permaneça em São Paulo até que esteja apto a retomar suas atividades cotidianas com segurança.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

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Defesa de Bolsonaro avalia recursos após condenação no STF

Defesa de Bolsonaro avalia recursos após condenação no STF

Advogados analisam medidas jurídicas e possibilidade de atuação internacional

Defesa de Bolsonaro avalia recursos após condenação no STF

Com a definição das penas no Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa de Jair Bolsonaro e dos demais condenados analisa os recursos possíveis para tentar reverter a decisão. A estratégia jurídica está em fase de avaliação e considera diferentes caminhos dentro e fora do sistema judicial brasileiro.

Antes do trânsito em julgado — etapa em que o processo se torna definitivo — ainda é possível apresentar recursos. O instrumento mais imediato é o embargo de declaração, utilizado para apontar contradições, omissões ou obscuridades nos votos dos ministros. Embora esse tipo de recurso raramente altere o resultado do julgamento, ele pode ser usado para esclarecer pontos específicos da decisão.

Outra possibilidade em análise é recorrer a instâncias internacionais. Advogados estudam levar o caso a cortes externas, como a Corte Interamericana de Direitos Humanos, com base em alegações de violação de garantias fundamentais e do devido processo legal. A atuação internacional não suspende a condenação, mas pode gerar responsabilizações ao Estado brasileiro em organismos multilaterais.

Os embargos infringentes, que permitem novo julgamento em determinadas condições, não se aplicam ao caso. Esse tipo de recurso exige divergência significativa entre os ministros, com pelo menos dois votos favoráveis à absolvição, o que não ocorreu no processo.

Além dos recursos jurídicos, a defesa também avalia medidas relacionadas à execução da pena. Uma das alternativas consideradas é a solicitação de prisão domiciliar, caso a pena seja executada. A justificativa envolve a condição de ex-presidente e o impacto político da condenação, além de aspectos relacionados à segurança e à estabilidade institucional.

A análise dos recursos ocorre em um contexto de forte polarização política e jurídica. A condenação de Bolsonaro no STF gerou reações diversas entre parlamentares, juristas e setores da sociedade civil. Enquanto parte da opinião pública defende o cumprimento imediato da pena, aliados do ex-presidente articulam estratégias para contestar a decisão.

No plano legislativo, há iniciativas que buscam aprovar medidas de anistia para os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro. A tramitação dessas propostas no Congresso Nacional pode influenciar o cenário jurídico, embora não interfira diretamente nos recursos apresentados ao STF.

A defesa jurídica dos condenados segue acompanhando os prazos processuais e os desdobramentos políticos. A expectativa é de que os recursos sejam protocolados nas próximas semanas, com foco na revisão de pontos específicos da decisão e na preservação de direitos constitucionais.

Foto: Gustavo Moreno/STF/Lula Marques/Agência Brasil

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Oposição aposta em anistia e base comemora condenação de Bolsonaro

Oposição aposta em anistia e base comemora condenação de Bolsonaro

Parlamentares divergem após decisão do STF sobre tentativa de golpe

Oposição aposta em anistia e base comemora condenação de Bolsonaro

Após a formação de maioria na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros réus por tentativa de golpe de Estado, parlamentares da oposição e da base governista manifestaram posições divergentes sobre o resultado e seus desdobramentos políticos.

Representantes da oposição classificaram a decisão como injusta e indicaram que o processo judicial careceu de imparcialidade. A avaliação é de que o julgamento está vinculado a investigações que se tornaram instrumentos de perseguição política. Como resposta, lideranças do Partido Liberal (PL) defendem a aprovação de uma proposta de anistia ampla, geral e irrestrita no Congresso Nacional. A medida incluiria os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro e é apresentada como alternativa para pacificação institucional.

Parlamentares da base governista, por outro lado, consideram a decisão do STF como um marco para a democracia. A condenação é vista como resultado de um processo legal que reafirma o papel das instituições na defesa do Estado Democrático de Direito. A proposta de anistia é rejeitada por esse grupo, que argumenta que não há espaço para perdão em casos que envolvem tentativa de ruptura institucional.

No Congresso Nacional, a proposta de anistia tem gerado debates intensos. Aliados do ex-presidente articulam um projeto que prevê perdão para os crimes relacionados aos atos antidemocráticos. A tramitação exige aprovação na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, além de sanção presidencial. Caso haja veto, o texto pode retornar ao Congresso para nova deliberação.

Setores da oposição acreditam que há apoio suficiente para aprovar a medida, enquanto parlamentares da base governista trabalham para barrar a iniciativa. A discussão sobre os limites constitucionais da anistia também está presente, com juristas e especialistas apontando que crimes contra a democracia não podem ser objeto de perdão legislativo.

No Senado, há articulações para um texto alternativo que exclua o ex-presidente da anistia e proponha ajustes na dosimetria das penas aplicadas aos demais réus. A proposta ainda está em fase de construção e enfrenta resistência de diferentes setores políticos.

A condenação de Bolsonaro e a reação dos parlamentares evidenciam a polarização política em torno dos eventos de 8 de janeiro. A discussão sobre anistia deve permanecer como pauta central no Legislativo nas próximas semanas, com impacto direto na relação entre os poderes e no cenário eleitoral.

Foto: Roque de Sá/Agência Senado

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STF condena Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por golpe de Estado

STF condena Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por golpe de Estado

Primeira Turma do Supremo forma maioria e aplica pena em regime fechado ao ex-presidente e outros sete réus

STF condena Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por golpe de Estado

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou nesta quinta-feira (11) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e 3 meses de prisão no julgamento da chamada trama golpista. A pena foi dividida em 24 anos e 9 meses de reclusão (regime fechado) e 2 anos e 6 meses de detenção (regime semiaberto ou aberto).

Por se tratar de pena superior a 8 anos, Bolsonaro deverá iniciar o cumprimento em regime fechado. Esta é a primeira vez na história do Brasil que um ex-presidente é condenado por golpe de Estado.

A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) atribuiu a Bolsonaro e outros sete réus cinco crimes:

  • Tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito;
  • Organização criminosa armada;
  • Dano qualificado contra patrimônio da União;
  • Deterioração de patrimônio tombado.

Segundo a PGR, o grupo tentou impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre o fim de 2022 e o início de 2023, por meio de ações que buscavam desestabilizar o regime democrático.

Votação

Por 4 votos a 1, a Primeira Turma do STF entendeu que Bolsonaro é culpado em todos os cinco crimes. O ministro Luiz Fux foi o único voto divergente.

Além de Bolsonaro, foram condenados:

  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;
  • Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência e delator da trama golpista;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  • Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.

Dosimetria

A dosimetria das penas — ou seja, o cálculo exato da punição para cada réu — ainda está em fase de conclusão. A Primeira Turma deverá definir os tempos de prisão individualmente para os demais condenados.

Histórico

A condenação representa um marco jurídico e político no país. Os atos de 8 de janeiro de 2023, que resultaram em invasões e depredações nas sedes dos Três Poderes, foram considerados pela Corte como parte de um plano articulado para derrubar o Estado democrático de direito.

A decisão do STF reforça o entendimento de que ações contra a democracia, mesmo que não tenham êxito, devem ser punidas com rigor. A responsabilização dos envolvidos é vista como essencial para preservar a ordem constitucional e a estabilidade institucional.

Foto:  Anderson Riedel/PR/Lula Marques/Agência Brasil

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STF condena Jair Bolsonaro e outros sete réus por golpe de Estado

STF condena Jair Bolsonaro e outros sete réus por golpe de Estado

Primeira Turma do Supremo forma maioria pela condenação de ex-presidente e aliados por crimes relacionados aos atos de 8 de janeiro

STF condena Jair Bolsonaro e outros sete réus por golpe de Estado

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (11) pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por envolvimento em tentativa de golpe de Estado. A decisão também inclui outros sete réus, todos acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por crimes relacionados aos atos de 8 de janeiro de 2023.

Além de Bolsonaro, foram condenados:

  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;
  • Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência e delator da trama golpista;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  • Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.

A Primeira Turma é composta pelos ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, presidente do colegiado. A dosimetria das penas — ou seja, o tamanho das punições — ainda será definida.

Votação

O julgamento teve diferentes placares, conforme os crimes atribuídos a cada réu:

  • Para condenar Bolsonaro, Garnier, Torres, Heleno e Nogueira pelos crimes de organização criminosa, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado, o placar foi de 4 votos a 1, com divergência do ministro Luiz Fux.
  • Alexandre Ramagem foi condenado pelos crimes de organização criminosa, golpe de Estado e tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, também por 4 votos a 1. O processo sobre dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado foi suspenso.
  • Mauro Cid e Braga Netto foram condenados por tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito por unanimidade (5 votos a 0). Nos demais crimes, o placar foi de 4 votos a 1.

Voto da ministra Cármen Lúcia

Durante o julgamento, a ministra Cármen Lúcia apresentou seu voto com referências literárias e críticas ao autoritarismo. Ela afirmou que os atos de 8 de janeiro foram planejados com o objetivo de enfraquecer as instituições democráticas.

Citando o escritor francês Victor Hugo, a ministra destacou que “o mal feito para o bem continua sendo mal”, reforçando que não há justificativa para práticas que atentem contra a democracia. Segundo ela, a Constituição não admite atalhos autoritários, mesmo quando travestidos de boas intenções.

A ministra também afirmou que os atos não foram banais e que os réus buscaram enfraquecer o Estado de Direito sob o argumento de defender o país. Para Cármen Lúcia, a tentativa de golpe representa uma ameaça à estabilidade institucional e à ordem democrática.

Próximos passos

Com a maioria formada pela condenação, o STF ainda precisa definir as penas que serão aplicadas a cada réu. A dosimetria será discutida em etapa posterior do julgamento.

A decisão da Primeira Turma marca um avanço no processo judicial sobre os atos de 8 de janeiro e reforça o posicionamento do Supremo contra ações que atentem contra o Estado democrático de direito.

Foto:  Lula Marques/Agência Brasil

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Advogados pedem habeas corpus para Jair e Eduardo Bolsonaro no STF

Advogados pedem habeas corpus para Jair e Eduardo Bolsonaro no STF

Pedido contesta validade do inquérito das fake news e aponta supostas ilegalidades em provas e delações

Advogados pedem habeas corpus para Jair e Eduardo Bolsonaro no STF

Dois advogados protocolaram no Supremo Tribunal Federal (STF), na segunda-feira (8), um pedido de habeas corpus em favor de Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro. A solicitação busca garantir salvo-conduto aos dois, alegando que há ameaça de prisão decorrente da Portaria GP 69/2019, que deu origem ao inquérito das fake news.

O documento foi assinado por Israel Mendonça Souza e Nilton Vieira Lima, que não representam oficialmente os dois políticos. A peça jurídica pede que o habeas corpus seja estendido a todos que estejam presos ou sob risco de prisão por conta do referido inquérito.

Contestação da portaria e do regimento

Os advogados argumentam que a Portaria GP 69/2019, editada pelo ministro Dias Toffoli e conduzida por Alexandre de Moraes, não foi recepcionada pela Constituição Federal de 1988. Segundo eles, o Regimento Interno do STF não possui força normativa para instaurar inquéritos criminais, o que comprometeria a legalidade dos atos derivados da portaria.

O STF, no entanto, já declarou a constitucionalidade da portaria e do inquérito das fake news em julgamento realizado em 2020. Por dez votos a um, os ministros validaram a iniciativa como uma reação institucional necessária diante de ameaças à Corte e seus membros.

Alegações sobre provas e delações

O habeas corpus também contesta a legalidade de provas obtidas no âmbito do inquérito. Os advogados sustentam que delações premiadas e elementos obtidos sob coação devem ser considerados ilícitos, com base na teoria dos frutos da árvore envenenada.

A defesa pede a anulação das colaborações premiadas, alegando que não houve voluntariedade plena por parte dos delatores. Além disso, o texto aponta afronta ao princípio da separação de poderes, afirmando que o STF teria usurpado competências legislativas exclusivas do Congresso Nacional.

Julgamento em andamento

O pedido de habeas corpus foi apresentado em meio ao julgamento da Ação Penal 2668, que envolve Jair Bolsonaro e outros sete ex-integrantes de seu governo. A Primeira Turma do STF analisa acusações de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada e outros crimes.

O julgamento teve início em 2 de setembro e se estende até o dia 12. Os ministros devem votar pela condenação ou absolvição dos réus, com base nas provas e argumentos apresentados pelas partes.

Expectativa de decisão

A expectativa é que o pedido de habeas corpus seja negado pela Corte, uma vez que os advogados não têm vínculo formal com os acusados e o STF já se posicionou sobre a legalidade do inquérito. A solicitação, no entanto, reforça os debates jurídicos em torno da atuação do Supremo e da condução de investigações envolvendo autoridades públicas.

Foto: Tânia Rêgo/Lula Marques/ Agência Brasil

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Dino vota para condenar Bolsonaro e mais 7 por golpe de Estado

Dino vota para condenar Bolsonaro e mais 7 por golpe de Estado

Placar está em 2 a 0 após votos de Alexandre de Moraes e Flávio Dino

Dino vota para condenar Bolsonaro e mais 7 por golpe de Estado

O julgamento na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a acusação de tentativa de golpe de Estado contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus avançou nesta terça-feira (9). O ministro Flávio Dino votou pela condenação, acompanhando o relator Alexandre de Moraes, e o placar está em 2 a 0.

Os ministros analisam denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que atribui aos acusados os crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Voto de Flávio Dino

O ministro Flávio Dino considerou que Bolsonaro e os demais réus integraram uma estrutura organizada com o objetivo de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após as eleições de 2022. Dino destacou, no entanto, que as penas aplicadas a Alexandre Ramagem, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira devem ser menores, em razão de participação considerada menos relevante na trama.

Além do crime de golpe de Estado, Dino também votou pela condenação por abolição do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. Ele ainda acompanhou o relator quanto à responsabilização por dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado, com exceção de Ramagem.

Voto do relator Alexandre de Moraes

O relator Alexandre de Moraes votou pela condenação de Bolsonaro e dos sete réus pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

Segundo Moraes, Bolsonaro, atualmente preso em regime domiciliar, liderou uma organização criminosa que buscava manter um projeto de poder autoritário e impedir a posse do presidente eleito. Para o ministro, o grupo atuou de forma estruturada, planejando ações para modificar a ordem constitucional.

Nos crimes de dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado, Moraes propôs condenação de todos os acusados, exceto Alexandre Ramagem. A decisão se baseou em entendimento da Câmara dos Deputados, que suspendeu a tramitação da ação contra ele nesses pontos.

Elementos apresentados no voto do relator

Moraes listou documentos, reuniões e ações que, segundo ele, comprovariam a tentativa de golpe. Entre eles estão:

  • transmissão ao vivo em 2021, na qual Bolsonaro questionou as urnas eletrônicas sem provas;
  • reunião ministerial de 2022, encontrada em computador do ex-ajudante de ordens Mauro Cid;
  • encontro de Bolsonaro com embaixadores em julho de 2022;
  • operações da Polícia Rodoviária Federal no segundo turno das eleições de 2022;
  • plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que previa neutralização de autoridades;
  • áudios atribuídos a Mário Fernandes e Mauro Cid;
  • minutas de decreto com propostas de intervenção;
  • ataques violentos registrados em dezembro de 2022 e a invasão de 8 de janeiro de 2023.

Denúncia da Procuradoria-Geral da República

A PGR acusou Bolsonaro e os demais réus de cinco crimes previstos no Código Penal:

  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito – pena de 4 a 8 anos;
  • Golpe de Estado – pena de 4 a 12 anos;
  • Organização criminosa – pena de 3 a 8 anos;
  • Dano qualificado – pena de 6 meses a 3 anos;
  • Deterioração de patrimônio tombado – pena de 1 a 3 anos.

Próximos passos do julgamento

O julgamento segue na Primeira Turma do STF, composta por cinco ministros. Além de Moraes e Dino, ainda devem votar Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, presidente do colegiado.

A expectativa é que o processo seja concluído até sexta-feira (12). Com três votos pela condenação, já se forma maioria no colegiado.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Gustavo Moreno/STF

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Eduardo Bolsonaro ameaça família de Moraes

Eduardo Bolsonaro ameaça família de Moraes

Deputado publica gravação com declarações contra ministro do STF, esposa e filhos

Eduardo Bolsonaro ameaça família de Moraes

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou um vídeo nas redes sociais com declarações direcionadas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e à sua família. A gravação foi divulgada no domingo (7) e repercutiu amplamente no cenário político nacional.

No vídeo, o parlamentar menciona a esposa e os filhos do ministro, indicando que pretende ampliar sua atuação contra Moraes. As imagens foram captadas durante uma videochamada com apoiadores que participavam de manifestações em cidades brasileiras.

Eduardo Bolsonaro está atualmente nos Estados Unidos, onde busca apoio para a aplicação de sanções internacionais contra o ministro. Ele é apontado como articulador da ofensiva que resultou na aplicação da Lei Magnitsky e no aumento de tarifas comerciais entre os Estados Unidos e o Brasil. A estratégia deve ser levada também à Europa no segundo semestre.

O deputado não retornou às atividades legislativas desde o fim de sua licença parlamentar, em julho, e permanece fora do país. Ele é alvo de investigações no Supremo Tribunal Federal e enfrenta risco de cassação no Congresso Nacional.

As declarações geraram reações entre autoridades e levantaram preocupações quanto à segurança da família do ministro. Até o momento, não houve manifestação oficial por parte do STF sobre o conteúdo do vídeo.

Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

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CPMI do INSS: Carlos Lupi nega envolvimento em fraudes

CPMI do INSS: Carlos Lupi nega envolvimento em fraudes

Ex-ministro afirma que desconhecia dimensão do esquema de descontos em aposentadorias

CPMI do INSS: Carlos Lupi nega envolvimento em fraudes

O ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, prestou depoimento à CPMI do INSS (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) e negou qualquer envolvimento com o esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões. Lupi afirmou que só teve conhecimento dos casos em março de 2023 e que não sabia da real dimensão das fraudes.

Segundo o ex-ministro, o Ministério da Previdência e o INSS atuaram em cooperação com a Polícia Federal desde o início das apurações. No entanto, ele declarou que não tinha ciência do tamanho do esquema até que a investigação da PF revelasse os dados. Lupi reconheceu que não deu a devida atenção à gravidade do problema.

O ex-ministro foi questionado sobre a ausência de medidas cautelares, como a suspensão dos acordos com as entidades envolvidas. Em resposta, afirmou que as investigações ainda estavam em curso e que só após a operação da Polícia Federal foi possível compreender a extensão do caso.

Durante o depoimento, Lupi mencionou que o INSS chegou a editar normativos para tentar impedir as fraudes, mas os mecanismos não foram suficientes para barrar o esquema. Ele admitiu falhas na atuação do órgão e lamentou a falta de ações mais enérgicas.

Carlos Lupi também destacou que não é alvo de nenhuma denúncia formal. A decisão de deixar o ministério, segundo ele, foi motivada pela impossibilidade de enfrentar a pressão política e a campanha pela sua saída. O pedido de demissão foi formalizado em maio de 2025.

CPMI do INSS foi instaurada para investigar o esquema bilionário de descontos não autorizados em benefícios previdenciários. As entidades envolvidas teriam cobrado cerca de R$ 6,3 bilhões entre os anos de 2019 e 2024.

O caso veio à tona em abril de 2025, após operação conjunta da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU). A investigação revelou que milhões de aposentados e pensionistas foram afetados por cobranças indevidas, realizadas por meio de convênios com entidades que atuavam junto ao INSS.

A comissão parlamentar segue com os trabalhos de apuração, ouvindo autoridades e representantes das entidades envolvidas. O objetivo é identificar os responsáveis, propor medidas de reparação e evitar que novas fraudes ocorram no sistema previdenciário.

Foto:  Jefferson Rudy/Carlos Moura/Agência Senado

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STF julga Bolsonaro como líder de organização criminosa por tentativa de golpe

STF julga Bolsonaro como líder de organização criminosa por tentativa de golpe

PGR aponta ex-presidente como articulador principal de plano para impedir posse de Lula; pena pode ultrapassar 30 anos

STF julga Bolsonaro como líder de organização criminosa por tentativa de golpe

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta terça-feira (9) o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de sete aliados, acusados de integrar uma organização criminosa armada com o objetivo de dar um golpe de Estado e impedir a posse do presidente eleito em 2022.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) atribuiu a Bolsonaro o papel de líder do grupo, apontando-o como o principal articulador, maior beneficiário e autor dos atos mais graves voltados à ruptura do Estado Democrático de Direito. Segundo o procurador-geral Paulo Gonet, o ex-presidente instrumentalizou o aparato estatal para atacar instituições públicas e o processo eleitoral.

Acusações e réus

Bolsonaro e os demais acusados respondem pelos crimes de:

  • Organização criminosa armada
  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  • Tentativa de golpe de Estado
  • Dano qualificado
  • Deterioração de patrimônio tombado

Entre os réus estão ex-ministros, militares e integrantes do alto escalão do governo anterior. São eles:

  • Almir Garnier (ex-comandante da Marinha)
  • Anderson Torres (ex-ministro da Justiça)
  • Augusto Heleno (ex-ministro do GSI)
  • Mauro Cid (ex-ajudante de ordens)
  • Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa)
  • Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil)
  • Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin, que não responde por todos os crimes devido à diplomação como deputado federal)

Todas as defesas negam envolvimento em tentativa de golpe e pedem absolvição por falta de provas.

Julgamento histórico

Esta é a primeira vez que o STF julga um ex-presidente da República por atentado à ordem democrática. O julgamento começou com as sustentações orais das defesas e da PGR. A votação será iniciada pelo relator, ministro Alexandre de Moraes, seguida pelos ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

Caso haja maioria pela condenação, as penas para o núcleo central podem ultrapassar 30 anos de prisão. A prisão, no entanto, não será imediata. Os réus ainda poderão apresentar recursos, como embargos de declaração, e só serão presos após o trânsito em julgado da decisão.

Foto: Gustavo Moreno/STF

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Eriko Jácome em entrevista anuncia inauguração de clínica na Zona Norte: “Um sonho realizado”

Eriko Jácome em entrevista anuncia inauguração de clínica na Zona Norte: “Um sonho realizado”

Em entrevista concedida nesta quinta-feira (5), Eriko celebrou a realização de um dos principais compromissos firmados durante sua campanha eleitoral

“Sonho realizado e promessa cumprida.” Foi assim que o vereador de Natal, Eriko Jácome, definiu a inauguração da clínica com serviços gratuitos que será aberta neste sábado (6), a partir das 8h, na Rua Luiz Moura, no conjunto Cidade Praia, Zona Norte da capital.

Em entrevista concedida nesta quinta-feira (5), Eriko celebrou a realização de um dos principais compromissos firmados durante sua campanha eleitoral.

“Sem dúvidas, será um dos dias mais marcantes da minha vida pública. Essa clínica representa um sonho que nasceu muito antes de eu entrar para a política. Vivi na pele a importância da prevenção na saúde. Minha mãe não conseguiu detectar um câncer em estágio inicial e, por isso, infelizmente, não está mais entre nós. Mas a lição que ela deixou permanece viva em mim e agora, concretizada nessa clínica, a primeira de muitas”, afirmou emocionado.

Vereador mais votado da Zona Norte nas últimas eleições, Eriko destacou que a iniciativa vai além de uma promessa de campanha: é um gesto de gratidão.

“Essa é a forma que encontrei de dizer muito obrigado à Zona Norte por ter acreditado no nosso projeto. Sempre disse que minha missão era retribuir cada voto com trabalho e hoje estou cumprindo isso. A clínica é só o começo. Vamos seguir lutando por mais saúde, mais qualidade de vida e mais atenção para toda Natal e, quem sabe, para outras cidades do nosso Rio Grande do Norte”, completou.

A abertura do espaço será marcada por uma grande ação social, com atendimentos médicos, pequenas cirurgias, serviços odontológicos, além de atividades de lazer e bem-estar para a comunidade. A expectativa é que moradores de diversos bairros da Zona Norte participem do evento, que se estenderá ao longo do dia.

Foto: Divulgação

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Eriko Jácome confirma pré-candidatura a deputado estadual e reforça atuação política em Natal e no RN

Eriko Jácome confirma pré-candidatura a deputado estadual e reforça atuação política em Natal e no RN

Presidente da Câmara Municipal de Natal permanece no PP e destaca prioridades em saúde e desenvolvimento regional

Eriko Jácome confirma pré-candidatura a deputado estadual

O presidente da Câmara Municipal de Natal, vereador Eriko Jácome, confirmou sua pré-candidatura a deputado estadual nas eleições de 2026. A declaração foi feita durante entrevista concedida nesta semana, na qual o parlamentar também reafirmou seu compromisso com a cidade de Natal e com o estado do Rio Grande do Norte.

Eriko Jácome informou que permanece no Partido Progressistas (PP), sigla da qual é presidente municipal. Apesar de ter recebido convites de lideranças estaduais e nacionais de outras legendas, o vereador afirmou que qualquer decisão será tomada após diálogo com o prefeito da capital, Paulinho Freire.

A atuação política de Eriko tem como foco principal a cidade de Natal. Ele destacou a importância da articulação com os demais vereadores da Câmara e relembrou sua experiência como presidente da Federação das Câmaras Municipais do RN (Fecam), função que ampliou sua visão sobre os desafios enfrentados em diferentes regiões do estado.

Entre as pautas prioritárias de sua atuação, Eriko destacou a saúde pública, com ênfase no combate ao câncer. A causa ganhou relevância pessoal após o falecimento de sua mãe em decorrência da doença. Como parte de sua agenda, o vereador anunciou a inauguração de uma clínica na Zona Norte de Natal, marcada para o próximo sábado (6). A região foi onde obteve a maior votação nas últimas eleições municipais.

A pré-candidatura de Eriko Jácome ocorre em meio a articulações políticas locais. O vereador tem buscado consolidar alianças e fortalecer sua base de apoio, mantendo o foco em projetos voltados para o desenvolvimento urbano, saúde e infraestrutura.

A Zona Norte de Natal, onde será inaugurada a nova clínica, tem sido uma das áreas de maior atenção em seu mandato. A iniciativa visa ampliar o acesso à saúde especializada e reforçar o compromisso com a população local.

Eriko Jácome também tem se posicionado como defensor da transparência e da eficiência na gestão pública. Sua atuação na presidência da Câmara tem sido marcada por iniciativas voltadas à modernização administrativa e ao fortalecimento do diálogo entre os poderes.

Com a confirmação da pré-candidatura, o vereador inicia uma nova etapa em sua trajetória política, buscando ampliar sua atuação para todo o estado do Rio Grande do Norte. A expectativa é que sua experiência legislativa e articulação regional contribuam para a construção de propostas voltadas ao desenvolvimento social e econômico do RN.

Foto: Divulgação/Reprodução/Redes Sociais

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Julgamento de Bolsonaro

Julgamento de Bolsonaro: defesas contestam acusações no STF

Advogados negam envolvimento dos réus em tentativa de golpe e criticam delação de Mauro Cid

Julgamento de Bolsonaro: defesas contestam acusações no STF

No segundo dia do julgamento dos oito réus do núcleo 1 da suposta trama golpista, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) ouviu as defesas de quatro acusados, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. A sessão foi realizada na quarta-feira, 3 de setembro, e será retomada na terça-feira seguinte, 9 de setembro .

A defesa de Jair Bolsonaro alegou que não há provas que o vinculem diretamente aos eventos investigados. O advogado Celso Vilardi afirmou que o ex-presidente foi “dragado” para os fatos e que não atentou contra o Estado Democrático de Direito. A delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, foi descredibilizada, sendo classificada como “mentirosa” e sem valor jurídico. A defesa também argumentou que não se pode punir atos preparatórios, pois não configuram crime segundo o Código Penal .

O general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), teve sua defesa centrada na alegação de que não participou de reuniões sobre golpe e que se distanciou de Bolsonaro. Os advogados sustentaram que não houve qualquer envolvimento direto com planos golpistas .

A defesa do ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira afirmou que ele tentou convencer Bolsonaro a desistir de qualquer tentativa de ruptura institucional. O advogado Andrew Fernandes declarou que há provas suficientes da inocência do general .

Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022, foi defendido por José Luis Mendes de Oliveira Lima. A defesa alegou que a acusação contra Braga Netto se baseia exclusivamente na delação de Mauro Cid, considerada falsa e sem respaldo documental. O advogado afirmou que seu cliente pode ser condenado injustamente com base em informações não verificadas .

No primeiro dia do julgamento, realizado em 2 de setembro, o relator Alexandre de Moraes apresentou o relatório da ação penal. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu a condenação dos réus. As defesas de Mauro Cid, Alexandre Ramagem, Almir Garnier e Anderson Torres também foram ouvidas .

Os réus respondem por cinco crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, e deterioração de patrimônio tombado. Alexandre Ramagem, atualmente deputado federal, responde apenas por três desses crimes devido à prerrogativa de função prevista na Constituição .

A votação sobre condenação ou absolvição dos réus deve ocorrer nas próximas sessões. As penas podem ultrapassar 30 anos de prisão. A sequência de votos será iniciada por Alexandre de Moraes, seguida por Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. A decisão será tomada por maioria simples, ou seja, três dos cinco ministros .

Um pedido de vista pode adiar o julgamento, mas o processo deve ser devolvido em até 90 dias. Caso haja condenação, a prisão dos réus não será automática e dependerá do julgamento dos recursos. Militares e delegados envolvidos têm direito à prisão especial, conforme o Código de Processo Penal.

Foto:  Rosinei Coutinho/STF/Fábio Rodrigues/Agência Brasil

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Senado aprova mudança na Lei da Ficha Limpa e altera inelegibilidade

Senado aprova mudança na Lei da Ficha Limpa e altera inelegibilidade

Nova regra antecipa contagem do prazo de inelegibilidade para políticos cassados e condenados

Senado aprova mudança na Lei da Ficha Limpa e altera inelegibilidade

O Senado Federal aprovou, em 2 de setembro de 2025, por 50 votos favoráveis e 24 contrários, o projeto que altera a Lei da Ficha Limpa e modifica os critérios de contagem do prazo de inelegibilidade para políticos cassados e condenados. O texto segue agora para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A proposta altera o momento em que começa a contagem do prazo de inelegibilidade, que permanece de oito anos. Para políticos cassados, o novo marco será a data da cassação, e não mais o fim do mandato para o qual foram eleitos . A medida impacta parlamentares, governadores, prefeitos e seus vices.

A mudança tem como objetivo evitar que o tempo de inelegibilidade ultrapasse os oito anos previstos em lei. Atualmente, um político cassado no início do mandato pode ficar inelegível por até 11 anos, somando o tempo restante do mandato mais os oito anos de punição .

A mudança tem como objetivo evitar que o tempo de inelegibilidade ultrapasse os oito anos previstos em lei. Atualmente, um político cassado no início do mandato pode ficar inelegível por até 11 anos, somando o tempo restante do mandato mais os oito anos de punição .

O projeto também estabelece que, em casos de crimes como contra a economia popular, patrimônio público e privado, meio ambiente, saúde pública, abuso de autoridade e crimes eleitorais com pena privativa de liberdade, o prazo de inelegibilidade será contado a partir da condenação por órgão colegiado .

Para crimes considerados mais graves, como lavagem de dinheiro, organização criminosa, tráfico de drogas, racismo, tortura, terrorismo, crimes hediondos e contra a vida e dignidade sexual, a regra atual será mantida. Nestes casos, o prazo de inelegibilidade será contado a partir do cumprimento da pena .

A proposta também define que, em caso de múltiplas condenações, o prazo de inelegibilidade não poderá ultrapassar 12 anos. A medida visa impedir que políticos acumulem sanções sucessivas que prolonguem indefinidamente sua inelegibilidade.

O texto aprovado não altera a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível até 2030 por abuso de poder político. A regra aplicada ao caso dele permanece a mesma: o prazo de oito anos é contado a partir da data da eleição em que ocorreu o crime, ou seja, 2 de outubro de 2022 .

A proposta foi relatada pelo senador Weverton Rocha (PDT-MA), que manteve o texto aprovado pela Câmara dos Deputados em 2023, realizando apenas ajustes de redação . O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), votou a favor da medida, destacando que a inelegibilidade não deve ultrapassar o limite legal de oito anos .

Organizações da sociedade civil, como Transparência Internacional Brasil e o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, criticaram a proposta, alegando falta de debate público e risco de enfraquecimento da Lei da Ficha Limpa .

A nova legislação, se sancionada, será aplicada imediatamente, inclusive para condenações anteriores. Isso pode impactar casos já julgados e em andamento, alterando o tempo restante de inelegibilidade de diversos políticos .

Foto: Jefferson Rudy/Jonas Pereira/Agência Senado

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CPMI do INSS pede prisão preventiva de 21 investigados ao STF

CPMI do INSS pede prisão preventiva de 21 investigados ao STF

Comissão aprova requerimento contra suspeitos de fraudes bilionárias em aposentadorias e pensões

CPMI do INSS pede prisão preventiva de 21 investigados ao STF

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS aprovou o encaminhamento de um pedido de prisão preventiva contra 21 pessoas investigadas por envolvimento em fraudes bilionárias no Instituto Nacional do Seguro Social. O requerimento foi enviado ao ministro André Mendonça, relator da matéria no Supremo Tribunal Federal (STF) .

Entre os nomes citados estão o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. Também figura na lista Márcio Alaor de Araújo, apelidado de “Papa Consignado”.

O pedido foi apresentado pelo relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), durante sessão realizada após o depoimento do advogado Eli Cohen. O documento aponta riscos à ordem pública, à instrução criminal e à aplicação da lei penal como justificativas para a prisão preventiva dos investigados.

A lista dos 21 nomes inclui:

  1. Andre Paulo Felix Fidelis
  2. Eric Douglas Martins Fidelis
  3. Cecilia Rodrigues Mota
  4. Virgilio Antonio Ribeiro de Oliveira Filho
  5. Thaisa Hoffmann Jonasson
  6. Maria Paula Xavier da Fonseca Oliveira
  7. Alexandre Guimarães
  8. Antonio Carlos Camilo Antunes
  9. Rubens Oliveira Costa
  10. Romeu Carvalho Antunes
  11. Domingos Savio de Castro
  12. Milton Salvador de Almeida Junior
  13. Adelinon Rodrigues Junior
  14. Alessandro Antonio Stefanutto
  15. Geovani Batista Spiecker
  16. Reinaldo Carlos Barroso de Almeida
  17. Vanderlei Barbosa dos Santos
  18. Jucimar Fonseca da Silva
  19. Philipe Roters Coutinho
  20. Mauricio Camisotti
  21. Marcio Alaor de Araújo 1 3.

Esquema de fraudes

As investigações apontam que o grupo teria causado prejuízos superiores a R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2025. As fraudes envolvem descontos indevidos em benefícios previdenciários, empréstimos consignados com taxas abusivas e operações de crédito realizadas sem autorização dos beneficiários .

Segundo o depoimento de Eli Cohen, o esquema operava por meio de associações de fachada e empresas ligadas ao setor de telemarketing. A empresa Total Health Group (THG) e entidades como Ambec, Unsbras e Cebap são citadas como participantes do esquema. A Ambec, por exemplo, teria arrecadado R$ 20 milhões mensais de forma irregular, atingindo mais de 500 mil associados,

Tramitação no STF

Com a aprovação do requerimento, o STF deverá analisar os autos e decidir sobre a custódia dos investigados. A Advocacia do Senado ficou responsável por formalizar a solicitação jurídica. O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), defendeu o bloqueio de bens das entidades envolvidas e afirmou que novas convocações podem ocorrer, incluindo ex-ministros da Previdência Social .

Foto: Walmir Barreto/Agência Senado

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Governo Trump prepara medidas contra o Brasil

Governo Trump prepara medidas contra o Brasil

Banco do Brasil e importações da Rússia estão entre os alvos; tarifa de 50% será debatida em audiência nos EUA

Governo Trump prepara medidas contra o Brasil

O governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, prepara novas medidas contra o Brasil. Entre os principais alvos estão o Banco do Brasil e as importações de produtos russos. As ações incluem sanções econômicas e contestação dos argumentos brasileiros sobre a tarifa de 50% aplicada a determinados produtos .

A situação é considerada instável e depende diretamente das decisões do presidente Trump. A sanção mais iminente, segundo fontes em Washington, é contra o Banco do Brasil, no contexto do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).

Em 30 de julho, o Departamento do Tesouro dos EUA aplicou a Lei Magnitsky, que permite sanções econômicas a instituições que prestem serviços a indivíduos sancionados. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, é um dos nomes envolvidos. Em 21 de agosto, uma instituição financeira cancelou o cartão Mastercard do ministro, e o Banco do Brasil teria oferecido um cartão da bandeira Elo, o que motivou a possível sanção ao banco estatal .

O Banco do Brasil declarou que atua em conformidade com a legislação brasileira e internacional, e está preparado para lidar com regulamentações globais. No Brasil, o ministro Flavio Dino afirmou que decisões de outros países não têm validade sem homologação judicial ou aprovação conforme a Constituição brasileira .

Casos anteriores de sanções incluem o banco francês BNP Paribas, multado em US$ 9 bilhões por transações com entidades sancionadas, e o britânico Standard Chartered, multado em três ocasiões por negócios com países como Irã, Sudão e Mianmar .

Tarifa de 50% e comércio internacional

A tarifa de 50% aplicada aos produtos brasileiros será debatida em audiência no Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR). Empresas americanas dos setores de celulose, pecuária, madeira e soja alegam que o Brasil obtém vantagens competitivas por meio de desmatamento ilegal e trabalho forçado. Essas empresas pedem a manutenção da tarifa e sugerem acordos com a China para favorecer produtos americanos .

No setor digital, associações americanas criticam a regulação brasileira sobre inteligência artificial, data centers, plataformas de streaming e a tributação mínima de 15% para serviços digitais. Instituições financeiras dos EUA também acusam o Banco Central brasileiro de atuar como competidor, citando o Pix como rival de sistemas de transferência americanos .

Importações da Rússia

Outra frente de medidas envolve as importações brasileiras de óleo diesel da Rússia. O governo Trump avalia aplicar ao Brasil a mesma tarifa de 50% já imposta à Índia. Em 2024, o Brasil importou cerca de US$ 12,5 bilhões em produtos russos, principalmente diesel e fertilizantes. A sanção pode ser anunciada em até dez dias, segundo fontes em Washington.

Foto: Fotos Públicas

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Julgamento de Bolsonaro começa na terça e terá oito sessões no STF

Julgamento de Bolsonaro começa na terça e terá oito sessões no STF

Ex-presidente e sete aliados são acusados de tentativa de golpe e outros crimes relacionados aos atos de 8 de janeiro

Julgamento de Bolsonaro começa na terça e terá oito sessões no STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta terça-feira, 2 de setembro, o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de sete aliados, acusados de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado para reverter o resultado das eleições de 2022. O processo será conduzido pela Primeira Turma da Corte e está dividido em oito sessões, distribuídas entre os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro.

As sessões ocorrerão nos seguintes horários:

  • 2 de setembro – 9h às 12h e 14h às 19h
  • 3 de setembro – 9h às 12h
  • 9 de setembro – 9h às 12h e 14h às 19h
  • 10 de setembro – 9h às 12h
  • 12 de setembro – 9h às 12h e 14h às 19h 

O grupo de réus faz parte do chamado “núcleo 1”, considerado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como o principal articulador da suposta organização criminosa. São eles:

  • Jair Bolsonaro (ex-presidente da República)
  • Alexandre Ramagem (deputado federal e ex-diretor da Abin)
  • Almir Garnier (ex-comandante da Marinha)
  • Anderson Torres (ex-ministro da Justiça)
  • Augusto Heleno (ex-ministro do GSI)
  • Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa)
  • Walter Braga Netto (ex-ministro e candidato a vice-presidente)
  • Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro)

Os crimes atribuídos aos réus incluem:

  • Organização criminosa armada
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  • Golpe de Estado
  • Dano qualificado contra o patrimônio da União
  • Deterioração de patrimônio tombado

Alexandre Ramagem, por ser deputado federal, responde apenas por três dos cinco crimes, conforme previsto na Constituição. Foram suspensas as acusações de dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

O julgamento será presidido pelo ministro Cristiano Zanin. O relator da ação penal, Alexandre de Moraes, abrirá os trabalhos com a leitura do relatório do processo. Em seguida, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentará a acusação, com tempo de até duas horas. Os advogados dos réus terão até uma hora cada para suas sustentações orais .

Após as sustentações, Moraes será o primeiro a votar, abordando questões preliminares como nulidade da delação de Mauro Cid, alegações de cerceamento de defesa e pedidos de absolvição. Os demais ministros votarão na seguinte ordem:

  • Flávio Dino
  • Luiz Fux
  • Cármen Lúcia
  • Cristiano Zanin 2

A condenação ou absolvição será decidida por maioria simples, ou seja, três dos cinco votos. Um pedido de vista pode suspender o julgamento, mas o processo deve ser devolvido em até 90 dias .

A eventual prisão dos réus não será automática. Caso condenados, os réus poderão cumprir pena em alas especiais de presídios ou em instalações das Forças Armadas, conforme previsto no Código de Processo Penal .

O julgamento será transmitido pelos canais oficiais do STF e da TV Justiça. Foram credenciados 501 profissionais da imprensa e 3.357 pessoas se inscreveram para acompanhar presencialmente. Apenas 1.200 serão autorizadas, com acesso à sala da Segunda Turma, onde haverá telão para transmissão .

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

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Cadu Xavier critica aliança de Zenaide Maia com Allyson Bezerra e reforça pré-candidatura ao governo do RN

Cadu Xavier critica aliança de Zenaide Maia com Allyson Bezerra e reforça pré-candidatura ao governo do RN

Secretário da Fazenda afirmou que a senadora não integra mais o mesmo campo político do PT e disse que só deixaria a disputa em caso de candidatura de Walter Alves

O secretário de Fazenda do Rio Grande do Norte e pré-candidato ao governo do estado, Cadu Xavier (PT), afirmou nesta quinta-feira (27) que a senadora Zenaide Maia (PSD) não faz mais parte do mesmo campo político da governadora Fátima Bezerra (PT) e do presidente Lula (PT). Segundo ele, a aproximação da parlamentar com o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), posiciona Zenaide em uma aliança de oposição ao governo estadual.

As declarações foram dadas durante entrevista a um programa de rádio local em Natal, quando Xavier avaliou o cenário eleitoral para 2026.

Três candidaturas em formação

Atualmente, o quadro político no Rio Grande do Norte apresenta três candidaturas em articulação:

  • Cadu Xavier, representando a situação pelo PT;
  • Rogério Marinho (PL), pela direita;
  • Allyson Bezerra, que deve viabilizar uma terceira via ao lado de Zenaide Maia.

“Allyson sempre esteve do outro lado, o prefeito de Mossoró nunca esteve próximo do nosso governo, nunca. Então se Zenaide vai estar caminhando ao lado dele, ela vai estar na oposição ao governo, que nós vamos ter um candidato de situação, que serei eu, e ela vai estar num palanque que é de oposição do governo, de outro campo político”, declarou Xavier.

Pré-candidatura mantida

O secretário reafirmou que sua pré-candidatura está consolidada e não deve sofrer alterações por parte do sistema governista. Questionado sobre a possibilidade de desistir, Xavier afirmou que só abriria mão caso o atual vice-governador, Walter Alves (MDB), ao assumir a cadeira de governador, decida disputar a reeleição.

“Eu acho que a única possibilidade de retirada da minha candidatura é se o futuro governador Walter Alves decidir ser candidato. É um direito dele. Aceito ser vice dele sem problema nenhum. De Walter, sem problema nenhum, porque é direito dele ser candidato”, disse.

Cadu Xavier fala sobre atrasos em repasses de consignados a servidores

Ainda durante a entrevista à rádio, o secretário Cadu Xavier comentou sobre os atrasos nos repasses de empréstimos consignados dos servidores estaduais, congelados desde 10 de julho.

Ele explicou que não se trata de apropriação indevida dos valores descontados, mas de gestão orçamentária, já que o Estado prioriza o pagamento da folha salarial.

“Não é que o Estado fica com o dinheiro do servidor. O dinheiro simplesmente não existe. Pagamos o salário líquido, e não sobra para o repasse do consignado porque priorizamos a folha. Quando terminamos de pagar a folha, não sobra um centavo”, afirmou.

Acordo em negociação

Segundo Xavier, os atrasos afetam apenas operações do Banco do Brasil, sem gerar negativação no Serasa ou cobranças indevidas. O governo está em negociação com a instituição financeira e projeta regularizar os repasses até dezembro, com expectativa de solução já em novembro.

Enquanto o bloqueio persistir, servidores podem recorrer a outras instituições que oferecem crédito consignado.

“Até dezembro é a previsão. Temos expectativa de resolver isso até novembro, pagando o que está atrasado e retomando o crédito para os servidores”, acrescentou o secretário.

Foto: João Gilberto/ALRN

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Proposta do Orçamento de 2026 prevê salário mínimo de R$ 1.631

Proposta do Orçamento de 2026 prevê salário mínimo de R$ 1.631

Valor representa aumento nominal de 7,44% em relação ao atual

A nova regra de correção fez o governo elevar a previsão para o salário mínimo no próximo ano. O Projeto da Lei Orçamentária de 2026, enviado na noite desta sexta-feira (29) ao Congresso, prevê mínimo de R$ 1.631, R$ 1 mais alto que o valor de R$ 1.630 proposto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

O valor representa aumento nominal de 7,44% em relação ao salário mínimo de R$ 1.518 em 2025. A alta obedece à regra aprovada no fim do ano passado, que limita o crescimento do salário mínimo a 2,5% acima da inflação do ano anterior.

Pela regra atual, o salário mínimo subirá o equivalente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado em 12 meses até novembro de 2025, 4,78%, mais o crescimento de 3,4% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) de 2024, o que daria valorização de 8,18%. No entanto, há um limite de crescimento de 2,5% acima da inflação, que reduz o reajuste para 7,44%.

O valor final do salário mínimo em 2026 pode ficar ainda maior, caso o INPC até novembro suba mais que o esperado. Com base na inflação acumulada entre dezembro de 2024 e novembro de 2025, o governo enviará uma mensagem modificativa ao Congresso no início de dezembro.

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil / José Cruz/Agência Brasil/Arquivo

Da Agência Brasil

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Moraes suspende uso de tornozeleira pelo senador Marcos do Val

Moraes suspende uso de tornozeleira pelo senador Marcos do Val

Relaxamento da medida cautelar atendeu a recurso do Senado

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (29) a retirada da tornozeleira eletrônica responsável pelo monitoramento do senador Marcos do Val (Podemos –ES). A medida foi determinada após o ministro aceitar um recurso apresentado pelo Senado para que o equipamento seja retirado.

No início deste mês, Moraes determinou que o senador fosse monitorado por tornozeleira e também mandou bloquear as contas bancárias do parlamentar.

O monitoramento foi determinado após o parlamentar viajar para os Estados Unidos sem autorização do Supremo.

No ano passado, uma decisão da Corte determinou a suspensão dos passaportes do senador. Contudo, no dia 23 de julho, Marcos do Val embarcou para Miami com passaporte diplomático, que não foi entregue por ele à Polícia Federal (PF).

Antes de sair do país, o senador pediu a Alexandre de Moraes autorização para viajar, mas o pedido foi negado.

Na decisão, Moraes também revogou outras medidas cautelares determinadas contra o parlamentar, como bloqueio de contas bancárias e chaves Pix, proibição de uso de redes sociais, recolhimento domiciliar noturno e suspensão do salário de senador.

A proibição de sair do país sem autorização e apreensão dos passaportes foram mantidas.

Revogação

A revogação das proibições foi determinada após um acordo de bastidores entre o Supremo e Senado. Com a retirada das medidas, Marcos do Val pediu licença do mandato.

O pedido de licença foi citado por Moraes na decisão. “A petição apresentada pela advocacia do Senado Federal veio acompanhada de cópia do pedido de licença que Marcos do Val encaminhou ao presidente do Senado Federal, salientando a incapacidade temporária para exercer o mandato de senador da República e externando seu respeito ao Estado Democrático de Direito e às instituições democráticas”, diz a decisão.

O senador é investigado pelo STF pela suposta campanha de ataques nas redes sociais contra delegados da Polícia Federal que foram responsáveis por investigações envolvendo apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Da Agência Brasil

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Mais de 2 milhões aderiram a acordo de ressarcimento do INSS

Mais de 2 milhões aderiram a acordo de ressarcimento do INSS

Até a próxima segunda-feira (1º), 1.995.450 de beneficiários terão os valores creditados

O número de aposentados e pensionistas que aderiram ao acordo de ressarcimento de descontos indevidos de associações e entidades superou a marca de 2 milhões, divulgou nesta sexta-feira (29) a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. O número de 2.004.449 de segurados representa mais de 70% do total de beneficiários que estão aptos a receber os valores de volta, corrigidos pela inflação.

Até a próxima segunda-feira (1º), 1.995.450 de beneficiários terão os valores creditados. Isso equivale a 99,5% dos que aderiram ao acordo.

“Ultrapassamos a marca de 2 milhões de adesões, mas ainda há cerca de 800 mil beneficiários que já estão aptos e ainda não aderiram ao acordo. Nosso compromisso é garantir que cada aposentado e pensionista tenha seu dinheiro de volta com toda a segurança”, destacou em nota o presidente do INSS, Gilberto Waller.

Em julho, o INSS informou que 2.330.094 segurados comunicaram ter recebido descontos indevidos de entidades de aposentados e pensionistas e não foram ressarcidos pelas associações, requisito para aderir ao acordo.

O ressarcimento custará R$ 3,3 bilhões ao governo em créditos abertos por medida provisória. Por se tratar de créditos extraordinários, o dinheiro está fora do arcabouço fiscal e não contará para o cumprimento das metas de resultado primário nem de limite de gastos do governo.

Os pagamentos começaram no fim de julho e ocorrem por ordem de adesão. Quem aderiu primeiro, recebe primeiro.

O crédito ocorrerá em parcela única, com correção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), inflação oficial do país. Aposentados e pensionistas ainda podem aderir ao acordo.

Quem pode aderir?

Podem aderir ao acordo os aposentados e pensionistas que contestaram os descontos indevidos e não receberam resposta da entidade ou associação após 15 dias úteis.

A adesão é gratuita e, antes de assinar o acordo, os aposentados e pensionistas podem consultar o valor que têm a receber.

A adesão é feita exclusivamente pelos seguintes canais:

•     Aplicativo ou site Meu INSS

•     Agências dos Correios

A central telefônica 135 está disponível para consultas e contestações, mas não é meio de adesão ao acordo.

Como aceitar o acordo pelo aplicativo Meu INSS?

1.    Acesse o aplicativo Meu INSS com CPF e senha;
2.    Vá até “Consultar Pedidos” e clique em “Cumprir Exigência” em cada pedido (se houver mais de um);
3.    Role a tela até o último comentário, leia com atenção e, no campo “Aceito receber”, selecione “Sim”;
4.    Clique em “Enviar” e pronto. Depois, basta aguardar o pagamento    

Como funciona o processo até a adesão ao acordo?

1.    O beneficiário registra a contestação do desconto indevido;
2.    Aguarda 15 dias úteis para que a entidade responda;
3.    Se não houver resposta nesse prazo, o sistema abre a opção para adesão ao acordo de ressarcimento.

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil / Joédson Alves/Agência Brasil / Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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CNI pede cautela após aval a uso da Lei da Reciprocidade contra os EUA

CNI pede cautela após aval a uso da Lei da Reciprocidade contra os EUA

Entidade defende diálogo e envia comitiva com empresários a Washington

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) defendeu nesta sexta-feira (29) prudência diante do início do processo para aplicação da Lei da Reciprocidade Econômica contra os Estados Unidos, autorizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na quinta-feira (28) e detalhado nesta sexta (29) pelo vice-presidente Geraldo Alckmin.

Segundo a entidade, ainda é hora de insistir no diálogo para tentar reverter as tarifas de 50% impostas pelo governo de Donald Trump sobre produtos brasileiros.

Em nota, o presidente da CNI, Ricardo Alban, afirmou que a indústria brasileira “continuará buscando os caminhos do diálogo e da prudência” e que “não é o momento” de acionar de fato a lei.

“Precisamos de todas as formas buscar manter a firme e propositiva relação de mais de 200 anos entre Brasil e Estados Unidos”, declarou Alban. O executivo destacou ainda que o objetivo é encontrar uma negociação que leve à reversão da tarifa ou à ampliação das exceções para produtos brasileiros.
Missão empresarial

Na próxima semana, uma comitiva organizada pela CNI, com mais de 100 líderes empresariais e representantes de associações do setor, desembarca em Washington.

A agenda prevê encontros com autoridades e empresários norte-americanos, além de preparativos para a audiência pública marcada para 3 de setembro, nos Estados Unidos, sobre a investigação aberta em julho nos termos da Seção 301 da Lei de Comércio norte-americana. No último dia 18, o governo brasileiro enviou a resposta aos Estados Unidos.

Defesa de diálogo

Apesar de ter autorizado a abertura do processo pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), Lula afirmou nesta sexta que não tem pressa em aplicar a lei contra os EUA.

“Eu não tenho pressa de fazer qualquer coisa com a reciprocidade contra os Estados Unidos. Tomei a medida porque eu tenho que andar o processo”, disse o presidente em entrevista à Rádio Itatiaia.

O governo brasileiro também abriu consultas na Organização Mundial do Comércio (OMC) e contratou um escritório de advocacia nos Estados Unidos para reforçar a defesa dos interesses nacionais.

Lula ressaltou, no entanto, que o Brasil segue aberto ao entendimento. “Se os norte-americanos estiverem dispostos a negociar, nós estaremos dispostos a negociar 24 horas por dia. Até agora nós não conseguimos falar com ninguém. Então eles não estão dispostos a negociar”, declarou o presidente.

Foto: Gustavo Alcântara/CNI / José Paulo Lacerda/CNI

Da Agência Brasil

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Lei de Reciprocidade: Lula autoriza processo contra os EUA

Lei de Reciprocidade: Lula autoriza processo contra os EUA

Governo brasileiro aciona Camex para avaliar medidas de retaliação comercial

Lei de Reciprocidade: Lula autoriza processo contra os EUA

A Lei de Reciprocidade será acionada pelo governo brasileiro após autorização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A medida tem como objetivo avaliar possíveis contramedidas comerciais contra os Estados Unidos, em resposta às sanções impostas pelo governo de Donald Trump.

O Ministério das Relações Exteriores, comandado por Mauro Vieira, acionou a Câmara de Comércio Exterior (Camex), que terá 30 dias para analisar os argumentos jurídicos e técnicos sobre a legalidade da aplicação da Lei de Reciprocidade.

A iniciativa foi articulada pela equipe do ministro Fernando Haddad (Fazenda), com apoio de outras pastas, e ocorre diante da ausência de recuo por parte do governo norte-americano. O processo também é considerado estratégico às vésperas do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Segundo integrantes do governo, o avanço do debate sobre regulação das big techs no Congresso Nacional pode intensificar a tensão entre os dois países. O governo brasileiro pretende comunicar oficialmente os Estados Unidos sobre o acionamento da Lei de Reciprocidade, permitindo que a equipe de Trump decida se deseja realizar consultas bilaterais sobre o caso.

Caso a Camex aprove o procedimento, será formado um grupo interministerial para discutir as contramedidas possíveis. A Lei de Reciprocidade prevê que essas medidas podem ser provisórias, decididas por pastas como Casa Civil, Fazenda, Relações Exteriores e Indústria e Comércio, ou ordinárias, com duração mais longa, sob responsabilidade do Grupo Executivo da Camex (Gecex).

Todos os ministérios envolvidos deverão ser ouvidos antes da decisão final. O Gecex será responsável por avaliar a admissibilidade do pedido e definir, ao final do processo, quais medidas serão aplicadas. Até o momento, não há definição sobre quais ações serão adotadas.

O processo de acionamento da Lei de Reciprocidade ocorrerá paralelamente a outras reações do Brasil ao tarifaço imposto por Trump. O governo também responde às investigações abertas pelo Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR), que apura supostas práticas comerciais abusivas por parte do Brasil.

A discussão sobre contramedidas mantém aberto o espaço para negociações diplomáticas com os Estados Unidos. A estratégia do governo brasileiro é manter a possibilidade de diálogo ao longo do processo, sem descartar medidas de retaliação.

A Lei de Reciprocidade Econômica permite ao Brasil aplicar sanções equivalentes às impostas por outros países, com base em princípios de equilíbrio comercial. A Camex, como órgão responsável pela política de comércio exterior, tem papel central na análise e condução do processo.

A decisão de Lula marca um movimento político e econômico relevante nas relações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos. A resposta brasileira às sanções norte-americanas será construída com base em pareceres técnicos, jurídicos e políticos, respeitando os trâmites previstos na legislação vigente.

Foto: Ricardo Stuckert/PR/Antonio Cruz/Agência Brasil

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Rolê Vermelho vira alvo de inquérito civil em Natal

Rolê Vermelho vira alvo de inquérito civil em Natal

Rolê Vermelho vira alvo de inquérito civil em Natal e amplia crise da vereadora Brisa Bracchi na Câmara

Rolê Vermelho vira alvo de inquérito civil em Natal

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) instaurou um inquérito civil para investigar a possível destinação irregular de verbas públicas para o evento denominado “Rolê Vermelho”, realizado em 9 de agosto na rua Princesa Isabel, bairro Cidade Alta, em Natal. A investigação foi iniciada a partir de representação do vereador Matheus Faustino (União Brasil), que também protocolou pedido de cassação do mandato da vereadora Brisa Bracchi (PT) na Câmara Municipal de Natal.

O inquérito foi distribuído para a 60ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público. A apuração foca em R$ 49 mil provenientes de emendas parlamentares: R$ 18 mil da vereadora Brisa Bracchi e R$ 31 mil da ex-vereadora Ana Paula de Araújo Correia. Os recursos foram utilizados para contratação de artistas como a cantora Khrystal, banda Skarimbó, DJ Augusto e banda Tanda.

Segundo o MPRN, a verba foi classificada como “Apoio às Festas Tradicionais e aos Festejos Populares do Município de Natal”, e há suspeita de que o evento não se enquadre nessa categoria. O objetivo da investigação é verificar se houve desvio de finalidade na aplicação dos recursos e se foram observadas as normas da Lei de Improbidade Administrativa e decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre execução de emendas parlamentares .

O promotor Afonso de Ligório Bezerra Júnior solicitou à Fundação Capitania das Artes (Funcarte) cópias dos processos administrativos relacionados às contratações e esclarecimentos sobre a participação dos envolvidos. A Funcarte é o órgão responsável pela execução das verbas públicas destinadas ao evento .

Entre os pontos que serão apurados estão:

  • Se as despesas foram efetivamente realizadas, com empenho, liquidação e pagamento;
  • Se a Funcarte exerce controle de legalidade sobre as indicações feitas pelos vereadores;
  • Se os pleitos são analisados pelo assessoramento jurídico do Município;
  • Se houve apresentação de plano de trabalho para execução das emendas;
  • Se existe regulamentação municipal para execução das emendas, conforme decisões do STF 2.

A deputada estadual Isolda Dantas (PT) foi excluída da investigação, pois não consta como signatária de nenhuma das emendas. Já em relação à ex-vereadora Ana Paula, o MPRN busca entender sua participação na liberação dos recursos, mesmo após o fim do mandato, e se ela tinha conhecimento do evento para o qual a emenda foi destinada .

A Comissão Especial da Câmara Municipal de Natal, formada para analisar o pedido de cassação de Brisa Bracchi, foi instalada no mesmo dia em que o inquérito foi autuado. A comissão foi aprovada por 23 votos a 3 em plenário.

O MPRN aguarda o envio das informações solicitadas à Funcarte para dar continuidade à apuração.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

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Projeto da adultização é aprovado no Senado e vai à sanção

Projeto da adultização é aprovado no Senado e vai à sanção

Projeto da adultização é aprovado no Senado e segue para sanção presidencial com novas regras para proteção de menores na internet

Projeto da adultização é aprovado no Senado e vai à sanção

O Senado Federal aprovou, em votação simbólica realizada na quarta-feira (27), o Projeto de Lei da Adultização, que cria o chamado “ECA Digital”. O texto estabelece regras para proteção de crianças e adolescentes em ambientes digitais e agora segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A proposta já havia sido aprovada pela Câmara dos Deputados na semana anterior. No Senado, o relator Flávio Arns (PSB-PR) manteve a maior parte do substitutivo aprovado na Câmara, com alterações pontuais, como a proibição total das chamadas “loot boxes” em jogos online, que são caixas de recompensa com itens aleatórios. A Câmara havia permitido o uso com restrições, mas o Senado decidiu pela vedação completa .

O projeto determina que plataformas digitais devem adotar os mais altos padrões de privacidade, proteção de dados e segurança para menores de idade. Também obriga a implementação de mecanismos de controle parental e a remoção imediata de conteúdos que violem os direitos de crianças e adolescentes, sem necessidade de ordem judicial, desde que a denúncia seja feita por vítimas, responsáveis legais, Ministério Público ou entidades de defesa dos direitos da infância.

Entre os conteúdos que devem ser removidos estão aqueles relacionados a assédio, exploração sexual, incentivo à automutilação, uso de drogas e outros tipos de abuso. As plataformas também deverão oferecer ferramentas que permitam aos pais supervisionar o uso das redes sociais pelos filhos, incluindo restrições de compras, identificação de perfis adultos que interagem com menores e vinculação obrigatória de contas de menores de 16 anos às contas dos responsáveis .

O projeto prevê sanções para o descumprimento das obrigações, que incluem advertência, multa de até 10% do faturamento do grupo econômico no Brasil, ou até R$ 50 milhões, além de suspensão temporária ou proibição definitiva das atividades no país .

A fiscalização e aplicação das sanções será responsabilidade de uma autoridade nacional autônoma, que deverá editar regulamentos e procedimentos para garantir o cumprimento da nova legislação. O texto proíbe práticas de vigilância massiva e garante que a autoridade não poderá adotar medidas que violem a liberdade de expressão.

A proposta ganhou prioridade após a repercussão de um vídeo publicado pelo influenciador Felca, que denunciou a exploração de menores por influenciadores e plataformas digitais. O conteúdo provocou debates sobre a exposição de crianças e adolescentes em ambientes virtuais e impulsionou a tramitação do projeto .

Foto: Lula Marques/Agência Brasil/Waldemir Barreto/Agência Senado

Fonte: Lula Marques/Agência Brasil/Walmir Barreto/Agência Senado

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Vereadores apreciam projeto de combate à dependência em apostas

Vereadores apreciam projeto de combate à dependência em apostas

O vereador Kleber Fernandes (Republicanos), autor da proposta, argumenta que o acesso fácil a esse tipo de jogo pode gerar sérios problemas sociais

A Câmara Municipal de Natal aprovou, na sessão ordinária desta quarta-feira (27), projetos de lei em primeira discussão que ainda retornarão à pauta para votação definitiva, antes de seguir para sanção do Executivo. Um dos destaques é o Projeto de Lei nº 711/2024, que institui a Política Municipal de Prevenção e Combate à Dependência ocasionada por apostas esportivas.

O vereador Kleber Fernandes (Republicanos), autor da proposta, argumenta que o acesso fácil a esse tipo de jogo pode gerar sérios problemas sociais. “Afeta a capacidade de ação, a saúde física e mental do indivíduo, com reflexos na vida pessoal, familiar e profissional, além de causar perdas financeiras significativas, levando muitos à falência”, justificou.

Já o PL nº 159/2025, apresentado pelo vereador Robson Carvalho (União), estabelece um prazo máximo para a tramitação de processos administrativos considerados prioritários no âmbito da administração do município.

Além dessas matérias, o plenário aprovou em votação única a criação da Comenda “Gestor de Políticas Públicas Destaque”, destinada a profissionais formados em Gestão de Políticas Públicas que tenham atuação reconhecida. Essa proposta é do vereador Daniell Rendall (Republicanos). Também foi aprovado o reconhecimento como de utilidade pública municipal do grupo Natal Doações, iniciativa do vereador Tércio Tinoco (União).

Outro destaque da sessão foi a concessão do título de Cidadania Natalense ao ex-vereador Dickson Júnior, proposta pelo vereador Daniel Santiago (PP).

Foto: Francisco de Assis

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Laudo médico aponta que Zambelli pode seguir presa e ser extraditada

Laudo médico aponta que Zambelli pode seguir presa e ser extraditada

Justiça italiana conclui que estado de saúde da deputada permite detenção e traslado aéreo ao Brasil

Laudo médico aponta que Zambelli pode seguir presa e ser extraditada

A Justiça italiana concluiu, por meio de laudo médico oficial, que a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) pode permanecer presa no Instituto Penitenciário de Rebibbia, em Roma, e ser extraditada ao Brasil. A análise foi realizada pela especialista Edy Febi, médica italiana em medicina legal e forense, a pedido da Corte de Apelação de Roma.

O documento, com 19 páginas, avalia o estado físico e psicológico da parlamentar e afirma que não há incompatibilidade entre suas condições de saúde e o regime prisional. A perícia também conclui que Zambelli está apta a ser transportada por avião, desde que sejam observadas medidas médicas adequadas durante o traslado.

Entre os diagnósticos considerados estão distúrbios depressivos, distúrbios do sono e a Síndrome de Ehlers-Danlos, uma condição rara que afeta músculos e articulações. A médica afirma que, apesar dessas condições, não há risco imediato de morte e que os tratamentos necessários podem ser realizados dentro da penitenciária.

O laudo foi solicitado após audiência realizada em 13 de agosto, quando Zambelli apresentou mal-estar no tribunal. A avaliação médica foi feita em 18 de agosto, dentro da unidade prisional, com acompanhamento de consultores técnicos indicados pela defesa e especialistas da Embaixada do Brasil em Roma.

A deputada está presa desde 29 de julho, após ter sido condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão por envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), junto ao hacker Walter Delgatti. A extradição está em análise pela Justiça italiana, e uma nova audiência foi realizada nesta quarta-feira (27), sem decisão final sobre o futuro da parlamentar.

A defesa de Zambelli contesta o laudo oficial e apresentou um parecer médico paralelo, elaborado por especialistas brasileiros, que aponta a existência de mais de dez doenças, incluindo fibromialgia, condição cardíaca e depressão grave. O grupo médico responsável pelo documento defende a conversão da pena em prisão domiciliar, alegando que a parlamentar necessita de suporte multidisciplinar contínuo.

O parecer paralelo foi produzido pela equipe da Vida Mental Perícias, liderada pelo psiquiatra forense Hewdy Lobo Ribeiro. A avaliação foi feita de forma indireta, com base no histórico clínico da deputada, já que ela permanece sob custódia na Itália. A defesa também providenciou tradução juramentada do documento para o italiano, com o objetivo de apresentá-lo às autoridades locais.

A decisão sobre a extradição e a manutenção da prisão será tomada pela Corte de Apelação de Roma, que deve comunicar o resultado à defesa de forma reservada. A parlamentar continua detida em Rebibbia, onde tem acesso aos medicamentos prescritos.

Foto: Lula Marques/ EBC

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Moraes determina monitoramento integral de Bolsonaro pela Polícia Penal

Moraes determina monitoramento integral de Bolsonaro pela Polícia Penal

Decisão do STF impõe vigilância contínua na residência do ex-presidente em prisão domiciliar

Monitoramento integral de Bolsonaro é determinado por Moraes

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o monitoramento integral de Bolsonaro pela Polícia Penal do Distrito Federal. A decisão foi tomada nesta terça-feira (26) e estabelece vigilância contínua na residência do ex-presidente, que cumpre prisão domiciliar.

Medida ocorre diante de risco de fuga

A decisão judicial considera o risco de fuga como justificativa para o monitoramento. O ministro citou a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, que está nos Estados Unidos buscando influenciar autoridades estrangeiras contra o Judiciário brasileiro. Moraes também mencionou a proximidade do julgamento de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, marcado para iniciar em 2 de setembro.

Monitoramento será feito em tempo real

De acordo com a ordem do STF, equipes da Polícia Penal devem realizar o monitoramento integral de Bolsonaro em tempo real, no endereço residencial onde ele cumpre prisão domiciliar. A medida deve ser executada de forma discreta, sem exposição midiática ou perturbação à vizinhança. O uso de uniforme e armamento fica a critério da Polícia Penal.

Prisão domiciliar está relacionada a outro inquérito

A prisão domiciliar de Bolsonaro não está diretamente ligada ao processo de tentativa de golpe de Estado. Ela foi determinada em outro inquérito, que investiga suposta coação de autoridades envolvidas na apuração do caso. A Procuradoria-Geral da República (PGR) já havia se manifestado a favor do monitoramento integral, citando risco de fuga.

Minuta sobre pedido de asilo à Argentina foi encontrada

A PGR também analisa o descumprimento de restrições impostas pelo STF, como o uso de redes sociais. Uma minuta encontrada no celular de Bolsonaro trata de um possível pedido de asilo à Argentina, o que reforça a suspeita de tentativa de evasão. A defesa do ex-presidente nega qualquer violação das medidas cautelares.

Moraes oficia Secretaria de Segurança Pública do DF

Além da determinação de monitoramento integral de Bolsonaro, Moraes oficiou a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal para que tome as providências cabíveis. Os advogados de Bolsonaro foram intimados da decisão. Os autos do processo foram encaminhados à PGR, que tem cinco dias para se manifestar sobre questões pendentes.

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

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Israel rebaixa relações diplomáticas com Brasil após impasse sobre embaixador

Israel rebaixa relações diplomáticas com Brasil após impasse sobre embaixador

Decisão ocorre após o governo brasileiro não aprovar nomeação de Gali Dagan como novo embaixador

Israel rebaixa relações diplomáticas com Brasil após impasse sobre embaixador

Israel anunciou o rebaixamento das relações diplomáticas com o Brasil após o governo brasileiro não aprovar a nomeação de Gali Dagan como novo embaixador israelense em Brasília. A decisão foi oficializada em 25 de agosto, segundo comunicado do Ministério das Relações Exteriores de Israel.

A medida ocorre após meses de silêncio por parte do governo brasileiro em relação ao pedido de agrément — procedimento diplomático necessário para a aprovação de um novo embaixador. O pedido foi retirado por Israel, e as relações entre os dois países passam a ser conduzidas em um nível diplomático inferior.

Desde 12 de agosto, a embaixada de Israel no Brasil está sem representante oficial. O cargo ficou vago após a aposentadoria de Daniel Zonshine, que ocupava o posto desde 2021.

Indicação de novo embaixador

Em janeiro de 2025, o governo israelense indicou Gali Dagan, ex-embaixador de Israel na Colômbia, para assumir a chefia da missão diplomática em Brasília. A indicação não foi aprovada pelo governo brasileiro, em meio ao distanciamento diplomático entre os dois países.

O contexto inclui críticas públicas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à atuação de Israel na Faixa de Gaza, especialmente em relação à população palestina. Essas declarações contribuíram para o esfriamento das relações bilaterais.

Impacto da decisão: Israel rebaixa relações com Brasil

Até o momento, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty) não se pronunciou oficialmente sobre a decisão israelense. A ausência de resposta ao pedido de agrément é considerada incomum no protocolo diplomático.

A retirada do pedido por parte de Israel implica que, por ora, não haverá novo embaixador israelense em Brasília. As atividades diplomáticas serão conduzidas por representantes de nível inferior, o que representa uma mudança significativa na relação entre os dois países.

Histórico recente

A relação entre Brasil e Israel tem enfrentado tensões desde o início do atual governo brasileiro. Declarações políticas e posicionamentos sobre o conflito no Oriente Médio têm influenciado diretamente o diálogo diplomático.

A decisão de Israel de rebaixar as relações diplomáticas marca um novo capítulo nesse cenário, com possíveis impactos em acordos bilaterais, cooperação internacional e presença diplomática.

Foto: Ricardo Stuckert/PR/RS/Fotos Públicas

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