Saúde

Notícias e dicas sobre saúde.

Mulheres e prevenção ao HIV: especialista reforça orientações no período de festas

Mulheres e prevenção ao HIV: especialista reforça orientações no período de festas

Antes da folia, médico ginecologista aponta sinais que passam despercebidos nas mulheres e reforçam acesso gratuito à PEP e testagem rápida na rede municipal

Mulheres e prevenção ao HIV: especialista reforça orientações no período de festas

No mês dedicado à conscientização sobre o diagnóstico precoce do HIV, dados do Ministério da Saúde mostram que o Brasil registrou mais de 39 mil novas detecções da infecção em 2024. No Rio Grande do Norte, o cenário segue a tendência preocupante: boletins da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) apontam um aumento de 103% nos casos entre 2013 e 2023. Com a proximidade do Carnatal, um dos maiores eventos festivos do estado, especialistas reforçam o alerta para a prevenção, sobretudo para o público feminino, que costuma chegar mais tardiamente aos serviços de saúde.

Essa demora no diagnóstico ainda é um desafio e está relacionada, em grande parte, à forma como as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) se manifestam no corpo das mulheres, aponta Robinson Dias, presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Rio Grande do Norte (Sogorn).

De acordo com o médico, enquanto homens tendem a apresentar sinais mais evidentes, como secreção uretral e lesões externas, nas mulheres os sintomas são mais discretos e podem ser confundidos com outras condições ginecológicas.

Mulheres e prevenção ao HIV
Mulheres e prevenção ao HIV

“É muito comum que a evolução seja lenta ou confundida com quadros ginecológicos comuns. Muitas pacientes desconhecem que estão infectadas, o que prolonga a exposição ao vírus e permite a progressão silenciosa da doença”, explica.

Entre os sintomas que mais costumam passar despercebidos, o especialista destaca os corrimentos persistentes ou com odor incomum; dor pélvica leve; coceira ou ardor vaginal; feridas internas de difícil visualização e sangramentos fora do período menstrual.

Avanços na saúde pública

Em caso de relação sexual desprotegida ou situação de risco, como falha no preservativo, a população natalense pode acessar gratuitamente a PEP (profilaxia pós-exposição), em serviços 24 horas como as UPAs dos bairros Cidade da Esperança, Pajuçara, Potengi e Cidade Satélite, e a Unidade Mista Mãe Luiza. Nesses casos, a medida deve ser iniciada em até 72 horas após a exposição.

“Esses recursos são essenciais em períodos de maior movimentação social, como o Carnatal e as festas de fim de ano. Somados aos testes rápidos, uma das grandes conquistas da saúde pública, garantem diagnóstico ágil e acompanhamento imediato”, finaliza Robinson Dias.

Fotos: Divulgação

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Férias e alimentação infantil: saiba como manter o equilíbrio sem tirar a diversão das crianças

Férias e alimentação infantil: saiba como manter o equilíbrio sem tirar a diversão das crianças

Nutricionista da UnP traz orientações simples para o dia a dia e para passeios em família

Férias e alimentação infantil: saiba como manter o equilíbrio sem tirar a diversão das crianças

Com a chegada das férias de final de ano, muitos hábitos mudam dentro de casa, especialmente quando as crianças estão longe da rotina escolar. Mesmo com dias mais flexíveis e atividades variadas, é possível manter uma alimentação equilibrada, nutritiva e adequada ao período.

Segundo a nutricionista Mayara Martins, professora da Universidade Potiguar (UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima, o recesso pode ser uma ótima oportunidade para apresentar novos alimentos e fortalecer uma relação positiva com a comida. “Sem a correria do dia a dia, os pais ou responsáveis podem cozinhar com mais calma e envolver os filhos nesse processo, o que aumenta o interesse por alimentos saudáveis e naturais”, destaca.

Nas refeições e lanches do dia a dia, a criatividade pode ser uma grande aliada para atrair a atenção dos pequenos. “Na hora de montar os lanches, vale apostar em combinações simples que unam energia e proteína, como pão com ovo ou fruta com iogurte. Cortadores em forma de bichinhos, estrelas ou corações podem transformar frutas e legumes em opções mais atrativas para os pequenos”, diz.

Quando o assunto é o consumo de doces, a nutricionista reforça que existem alternativas mais equilibradas e seguras. “Existem várias opções de guloseimas saudáveis que podem substituir os doces industrializados de forma muito mais nutritiva e segura para o dia a dia das crianças, sem o excesso de açúcar, corantes e conservantes, como bolos caseiros, sorvete de fruta congelada e cookies”, cita.

Para famílias que vão viajar ou passear durante o período, a orientação é redobrar os cuidados com a alimentação fora de casa. “Levar opções saudáveis de casa, manter a hidratação e, quando for necessário comer fora, fazer escolhas conscientes. Em longas viagens ou dias de passeio, estabelecer pausas para refeições e lanches. Isso evita fome excessiva e escolhas por impulso, como fast-food ou doces em excesso”, reforça.

Em casa, cozinhar com as crianças continua sendo uma excelente estratégia para apresentar novos alimentos e estimular vínculos afetivos. “Cozinhar pode ainda ser um momento de brincadeira, onde a criança explora formas, cores e texturas, despertando o interesse por novas combinações e sabores. Além disso, preparar alimentos juntos é uma excelente forma de criar memórias afetivas e de associar a alimentação saudável a momentos prazerosos em família”, recomenda.

Para fechar, a nutricionista e docente da UnP sugere uma receita simples e nutritiva para preparar com as crianças. “Uma boa sugestão para preparar com as crianças é o muffin de banana com aveia. Nutritivo e fácil de fazer, pode ser servido no lanche da manhã ou da tarde”, finaliza Mayara Martins.

Ingredientes:

2 bananas maduras amassadas
2 ovos
1 xícara de aveia em flocos
1/2 xícara de leite (ou bebida vegetal)
2 colheres de sopa de óleo (ou manteiga derretida)
1 colher de chá de fermento
Canela a gosto
Gotas de chocolate 70% cacau, uvas passas ou frutas picadas

Modo de preparo:
Misture todos os ingredientes, distribua em forminhas e leve ao forno preaquecido a 180 °C por cerca de 20 a 25 minutos.

Fotos: Divulgação

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Emagrecimento acelerado dispara casos de queda capilar e acende alerta entre especialistas

Emagrecimento acelerado dispara casos de queda capilar e acende alerta entre especialistas

A dermatologista e tricologista Dra. Ingrid Tavares explica como dietas restritivas e o uso de medicamentos têm desencadeado aumento de eflúvio telógeno em pacientes que perdem peso rapidamente.

Emagrecimento acelerado dispara casos de queda capilar e acende alerta entre especialistas

A busca por resultados imediatos na balança tem provocado um aumento expressivo nos quadros de queda capilar observados nos consultórios dermatológicos. A dermatologista e tricologista Dra. Ingrid Tavares alerta que dietas muito restritivas, uso indiscriminado de medicamentos injetáveis e métodos de emagrecimento rápido estão causando um impacto silencioso, porém significativo, nos cabelos.

Segundo a especialista, a perda de peso em curto período gera um estresse sistêmico que leva o organismo a priorizar funções vitais, reduzindo o aporte de energia para estruturas consideradas não essenciais — entre elas, os fios. Esse desequilíbrio desencadeia o eflúvio telógeno, condição caracterizada por queda acentuada, repentina e temporária.

O déficit calórico intenso é um dos fatores mais determinantes para o problema. “O folículo piloso depende de energia e micronutrientes. Quando a alimentação é drasticamente reduzida, ele sente os efeitos”, explica a dermatologista Dra. Ingrid Tavares. A baixa ingestão de proteínas, ferro, zinco e vitaminas do complexo B, comum em dietas mal orientadas, agrava ainda mais a fragilidade capilar.

Para prevenir o quadro, a dermato e tricologista reforça que o emagrecimento deve ser gradual e acompanhado por profissionais de saúde, com atenção especial ao equilíbrio nutricional e à hidratação diária. Em casos em que a queda já está instalada, tratamentos como o MMP Capilar, quando bem indicados, podem auxiliar na recuperação da densidade e estimular o crescimento dos fios.

“Emagrecer pode ser saudável, mas precisa ser responsável. O corpo responde ao que oferecemos a ele. Cuidar dos fios faz parte desse processo”, conclui a Dra. Ingrid Tavares.

Para saber mais, acesse o Instagram: @dra.ingridrtavares

Sobre a especialista

A Dra. Ingrid Tavares é dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), com atuação em Dermatologia Estética e Tricologia. Possui pós-graduação em Cosmiatria e Tricologia pelo Instituto de Dermatologia Prof. Rubem David Azulay (IDPRDA/RJ) e é membro ativo da International Trichoscopy Society. Realizou residência médica no Centro de Dermatologia Dona Libânia, onde recebeu o prêmio “Residente que fez a diferença”. Atualmente, atende no Instituto Regina Jales, unindo ciência, tecnologia e atenção humanizada para resultados naturais.

Fotos: Divulgação

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UnP fortalece parceria com o Hospital Memorial para Programa de Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia

UnP fortalece parceria com o Hospital Memorial para Programa de Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia

Parceria renovada garante mais oportunidades de residência médica e reforça a integração entre ensino, serviço e qualificação profissional na área da saúde.

UnP fortalece parceria com o Hospital Memorial para Programa de Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia

A Universidade Potiguar (UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima, celebra um termo de aditamento com o Hospital Memorial São Francisco, em Natal, reforçando a parceria institucional no Programa de Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC). A novidade vai beneficiar egressos do curso de Medicina da UnP, integrante da Inspirali, Ecossistema que atua na gestão de 15 escolas médicas em diversas regiões do Brasil, e de outras instituições de ensino.


A UnP figura como instituição parceira, ao lado da Liga Contra o Câncer e da Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap RN). Com o novo termo, a Universidade Potiguar ampliará sua contribuição nas ações conjuntas voltadas ao ensino, à formação médica especializada e à qualificação profissional, seguindo as diretrizes que regem o Programa de Residência Médica no país.

“Ao unir esforços com instituições de referência, fortalecemos a integração ensino-serviço e ampliamos oportunidades de aprendizagem que impactam diretamente a qualidade da assistência à saúde no nosso estado”, pontua a reitora da UnP, Bárbara Azevedo.

A parceria fortalece o compromisso da universidade com a formação de especialistas e com a integração ensino-serviço, essencial para o desenvolvimento da saúde e da prática clínica qualificada. Dessa forma, a UnP contribui oferecendo seu know-how em biblioteca virtual, com acesso às principais bases indexadas voltadas à Medicina, potencializando o aprendizado e a formação de profissionais altamente qualificados.

“O programa de residência em ortopedia do HMSF reforça a capacidade técnica de nosso corpo clínico e a nossa vocação para a formação médica. A parceria com as outras instituições foram fundamentais para que conseguíssemos a aprovação pelo MEC”, revela o diretor médico do Hospital Memorial São Francisco, doutor Ivan Cardoso.

Contrapartida

Além disso, a UnP também assume uma contrapartida institucional voltada às melhorias estruturais e operacionais da unidade. A iniciativa reafirma o papel da universidade como parceira estratégica na consolidação de programas formativos que impactam diretamente a qualidade da assistência e o fortalecimento do sistema de saúde do Rio Grande do Norte.


“Essa parceria representa uma nova porta de entrada para os nossos egressos do curso de Medicina, que agora passam a contar com mais uma oportunidade de formação especializada em um serviço de excelência. A Residência em Ortopedia e Traumatologia fortalece o percurso formativo dos nossos profissionais e reafirma o compromisso da UnP com a oferta de caminhos sólidos para o desenvolvimento da carreira médica”, comemora a Líder de Práticas e Links Externos, Maísa Suares.


As inscrições para o Programa de Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia seguem abertas até 31 de dezembro. Mais informações no link:
forms.gle/kr7gtg1GxyAiGTpt7.

Fotos: Divulgação

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Novembro Azul amplia alerta sobre benefícios previdenciários para homens em tratamento contra o câncer de próstata

Novembro Azul amplia alerta sobre benefícios previdenciários para homens em tratamento contra o câncer de próstata

Dra. Mylena Leite Ângelo orienta segurados sobre garantias, proteções e direitos durante o enfrentamento da doença

Novembro Azul amplia alerta sobre benefícios previdenciários para homens em tratamento contra o câncer de próstata

O movimento Novembro Azul, dedicado à conscientização sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de próstata, também revela uma discussão fundamental no campo jurídico: os direitos previdenciários assegurados aos segurados que enfrentam a doença. Com estimativa de 71,7 mil novos casos por ano no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de próstata não afeta apenas a saúde física e emocional dos pacientes, mas também sua estabilidade financeira e sua relação com o trabalho.

Para a advogada Dra. Mylena Leite Ângelo, especialista em Direito Previdenciário e Direito do Servidor Público, é comum que segurados desconheçam os benefícios disponíveis no INSS e no regime próprio dos servidores. “O câncer de próstata é classificado como doença grave, o que garante acesso facilitado a diversos benefícios previdenciários. Mas muitos homens deixam de solicitar por falta de informação ou por acreditarem que o processo é complexo”, afirma.

Entre os direitos assegurados está o benefício por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença), indicado quando o tratamento, que pode envolver cirurgia, radioterapia ou hormonioterapia, impede o exercício das funções laborais. Nos casos em que a capacidade para o trabalho fica permanentemente comprometida, é possível requerer o benefício por incapacidade permanente (aposentadoria por invalidez).

Um dos pontos mais relevantes da legislação é que pacientes diagnosticados com neoplasia maligna estão isentos de cumprir a carência mínima exigida pelo INSS para benefícios por incapacidade. Basta comprovar a qualidade de segurado e a condição de saúde por meio de laudo médico atualizado. “Essa dispensa de carência é determinante para garantir acesso rápido ao benefício em um momento de urgência e fragilidade”, destaca Dra. Mylena.

Outro direito importante é a prioridade na tramitação de processos administrativos e judiciais, o que acelera análises e decisões sobre requerimentos previdenciários. Em situações específicas, segurados aposentados por invalidez podem solicitar o adicional de 25%, destinado àqueles que necessitam de auxílio permanente de terceiros para atividades básicas do cotidiano.

Embora não seja estritamente previdenciário, muitos segurados também têm direito à isenção do Imposto de Renda sobre aposentadoria, pensão ou reforma quando diagnosticados com câncer de próstata, ampliando o suporte financeiro durante o tratamento.

Para Dra. Mylena Leite Ângelo, ampliar o debate sobre saúde e direitos durante o Novembro Azul é essencial. “Informação é parte do cuidado. Muitos segurados passam por esse processo sem saber que existem garantias que protegem sua renda e oferecem dignidade em um dos momentos mais delicados da vida”, pontua.

Fotos: Divulgação

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Compras impulsivas na Black Friday podem sinalizar consumo emocional

Compras impulsivas na Black Friday podem sinalizar consumo emocional

Psicóloga Candice Galvão alerta para os riscos de usar o ato de comprar como válvula de escape emocional durante novembro.

Compras impulsivas na Black Friday podem sinalizar consumo emocional

Novembro é o mês das grandes promoções e da esperada Black Friday, mas também pode revelar padrões de comportamento que muitas vezes passam despercebidos. A psicóloga Candice Galvão chama atenção para o chamado “consumo emocional”, quando o impulso de comprar está mais ligado ao alívio de tensões internas do que à necessidade real do produto.

“É comum que pessoas recorram às compras como forma de lidar com ansiedade, tristeza, carência ou frustrações acumuladas. O problema é que esse alívio é temporário e, muitas vezes, seguido por culpa e arrependimento”, afirma Candice.

Segundo ela, o marketing agressivo desse período, com frases como ‘você merece’ ou ‘última chance’, pode reforçar impulsos e alimentar um ciclo de consumo pouco saudável.

A psicóloga sugere que consumidores façam uma pausa consciente antes de qualquer compra e se perguntem se o desejo está sendo movido por necessidade ou por emoções não elaboradas. “Planejamento financeiro, autoconhecimento e atenção aos próprios sentimentos são formas de se proteger emocionalmente nesse período de tantos gatilhos.”

Entre as estratégias indicadas por Candice estão manter um diário emocional para identificar padrões de comportamento, definir um orçamento claro para compras e buscar acompanhamento psicológico caso o consumo descontrolado seja frequente. “Comprar não é um problema. O problema é quando passamos a usar o consumo como anestesia emocional”, destaca.

Sobre Candice Galvão


Candice Galvão é psicóloga com especialização em psicologia clínica, neuropsicologia e psicologia oncológica. Com mais de 10 anos de experiência, atende presencialmente na Clínica La Vie, na Av. Rodrigues Alves, 1069, bairro do Tirol, em Natal (RN), e também oferece atendimento online. Tem atuação reconhecida junto à Liga Contra o Câncer do Rio Grande do Norte e compartilha conhecimentos sobre saúde mental e cognição em seu Instagram: @candicegalvaopsicologia.

Fotos: Divulgação

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Concursos da Educação e Saúde: Governo do RN prevê nomeações até dezembro

Concursos da Educação e Saúde: Governo do RN prevê nomeações até dezembro

Estado confirma convocação de aprovados nas áreas de educação e saúde e analisa vacâncias para ampliar nomeações

Governo do RN anuncia nomeações dos concursos da Educação e Saúde em dezembro

O Governo do Rio Grande do Norte deverá iniciar, no próximo mês, a convocação dos aprovados nos concursos públicos da Educação e da Saúde, conforme informações da Secretaria de Estado da Administração (Sead/RN). Segundo a pasta, está garantida a nomeação de todos os candidatos aprovados dentro do número de vagas ofertadas em cada certame.

Para a área da Educação, foram abertas 729 vagas. Na Saúde, o concurso disponibilizou 306 vagas efetivas, além da formação de cadastro reserva distribuído em 90 especialidades de nível superior. A Sead informou ainda que o Governo avalia o número de vacâncias existentes nos dois setores com o objetivo de ampliar o volume de nomeações.

Estudos sobre vacâncias na Saúde

Em relação ao concurso da Saúde, a Sead explicou que estava prevista, para esta quarta-feira (19), uma audiência entre a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN). O encontro teria como objetivo a apresentação de um estudo técnico referente ao número de vacâncias, documento considerado essencial para viabilizar uma ampliação de nomeações por meio de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC).

Segundo informações da Sead, o estudo pretende identificar tanto as vacâncias quanto as vagas atualmente ocupadas por servidores que não pertencem ao quadro efetivo. A pasta acrescentou que, caso seja constatada uma necessidade superior ao número de vacâncias existentes, o Governo buscará a celebração de um TAC com o Ministério Público para permitir nomeações acima desse limite.

A reportagem procurou a Sesap para verificar se houve alguma deliberação durante a audiência, mas não obteve resposta até o fechamento do texto.

Estudos sobre vacâncias na Educação

Sobre o concurso da Educação, a Sead informou que a Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer (SEEC) concluiu o estudo técnico referente às vacâncias. Esse material será encaminhado ao Gabinete Civil para tratativas com o Ministério Público.

De acordo com a Sead, o planejamento de nomeações na Educação está relacionado, principalmente, aos quantitativos que excedem as vacâncias. A pasta destacou que esse cenário decorre do aumento da rede estadual de ensino nos últimos anos, com a implantação dos Institutos Estaduais de Educação Profissional, Ciência e Tecnologia (IERNs) e da expansão das vagas em tempo integral.

A previsão informada pela Sead é de que as nomeações da Educação sejam efetivadas até o final de dezembro. No entanto, números precisos só serão divulgados após o diálogo formal com o Ministério Público.

A reportagem também entrou em contato com a SEEC para obter esclarecimentos adicionais, mas a secretaria não respondeu.

Competência das secretarias e dados dos concursos

A Sead ressaltou que as definições sobre a quantidade de vagas e os locais de atuação dos futuros nomeados são de responsabilidade exclusiva das equipes técnicas da Sesap e da SEEC.

O concurso da Educação do RN aplicou provas objetivas e discursivas no dia 19 de janeiro deste ano, recebendo mais de 30 mil inscrições em nove cidades do estado. Já o concurso da Saúde registrou 26.346 inscritos, com 14.526 candidatos aprovados.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração / Carmem Félix/Governo do RN

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Sindsaúde denuncia interrupção de hemogramas no Walfredo Gurgel por falta de reagentes

Sindsaúde denuncia interrupção de hemogramas no Walfredo Gurgel por falta de reagentes

Paralisação atinge pacientes em estado grave, segundo trabalhadores

Sindsaúde denuncia interrupção de hemogramas no Walfredo Gurgel por falta de reagentes

O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde) denunciou, na quarta-feira (19), a interrupção da realização de hemogramas no laboratório do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel. Segundo a entidade, o procedimento deixou de ser executado devido à falta de reagentes, ocasionada pelo não pagamento à empresa responsável pelo serviço.

De acordo com o sindicato, a paralisação atinge diretamente pacientes internados em estado de urgência e em unidades de terapia intensiva. Esses pacientes dependem do hemograma para diagnósticos imediatos, especialmente em casos que envolvem sangramentos ou situações clínicas que exigem avaliação laboratorial imediata. Trabalhadores relataram que diversos pacientes aguardam coleta e que a ausência dos exames impede o monitoramento adequado de condições que podem evoluir para risco de morte.

O Sindsaúde afirma que a situação expõe fragilidades administrativas e amplia a vulnerabilidade das equipes que atuam no Walfredo Gurgel, que, segundo a entidade, enfrentam sobrecarga e falta de recursos para manutenção dos serviços básicos de atendimento.

Serviços laboratoriais suspensos há mais de um ano

Além da interrupção dos hemogramas, o sindicato identificou que outros exames estão suspensos há mais de um ano no laboratório do hospital. Entre os testes que não vêm sendo realizados estão troponina, TSH, T4 livre, PSA, HIV, HBSAG, HCV, Anti-HBS e D-Dímero. A ausência desses procedimentos afeta o diagnóstico de doenças cardíacas, hormonais, infecciosas e outras condições que necessitam de confirmação laboratorial.

Segundo o Sindsaúde, a falta desses exames prejudica a condução clínica dos profissionais e interfere no fluxo de atendimento. A entidade destaca que situações relacionadas a doenças cardíacas, por exemplo, dependem de exames como a troponina para confirmar diagnósticos e orientar condutas médicas.

Redução de profissionais prevista para janeiro

O sindicato também informou que cerca de dez técnicos aprovados no último processo seletivo deixarão seus postos em janeiro do próximo ano. A entidade afirma que não há previsão de reposição desses trabalhadores por meio do concurso anterior. A redução da equipe ocorre em um momento de suspensão de serviços laboratoriais e, segundo o Sindsaúde, amplia as dificuldades no atendimento aos pacientes.

A entidade avalia que a soma desses fatores — interrupção de exames, ausência de testes há mais de um ano e possível redução de profissionais — contribui para um ambiente que compromete a segurança assistencial. O sindicato afirma que a situação afeta tanto a população que necessita dos serviços quanto os trabalhadores que dependem dos exames para orientar diagnósticos e condutas clínicas.

Sindsaúde cobra ação imediata da Sesap

Diante do cenário, o Sindsaúde divulgou uma nota cobrando providências da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e do Governo do Rio Grande do Norte.

A entidade afirmou:

“O Sindsaúde cobra providências urgentes da Sesap e da governadora Fátima Bezerra (PT) para restabelecer o funcionamento do laboratório, garantir o fornecimento regular de insumos e assegurar atendimento digno e seguro para a população e condições adequadas de trabalho para os profissionais”.

Até o momento, a Sesap não se posicionou sobre as denúncias feitas pelo sindicato.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Projeto “Laços de Leite” desenvolve ações educativas para fortalecer a amamentação e o cuidado no pós-parto

Projeto “Laços de Leite” desenvolve ações educativas para fortalecer a amamentação e o cuidado no pós-parto

Atividades são realizadas pela Universidade Potiguar na Maternidade Santa Luíza de Marilac, em Pau dos Ferros

Projeto “Laços de Leite” desenvolve ações educativas para fortalecer a amamentação e o cuidado no pós-parto

A Universidade Potiguar (UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de educação de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima está desenvolvendo o projeto de extensão “Laços de Leite: nutrindo, informando e conduzindo a amamentação”, uma iniciativa que visa promover ações educativas voltadas ao apoio integral à saúde da mulher no período do puerpério, com ênfase na amamentação.

As atividades incluem encontros, rodas de conversa, oficinas e visitas à Maternidade Santa Luíza de Marilac, em Pau dos Ferros, além da construção de materiais didáticos, capacitações e campanhas informativas. O projeto busca aproximar saberes teóricos da prática puerperal, valorizando a escuta qualificada, o cuidado humanizado, a orientação em saúde e o empoderamento feminino no pós-parto. Os cursos envolvidos são Fisioterapia, Enfermagem, Nutrição e Educação Física.

Para a professora Ana Letícia Barros, coordenadora do projeto, as ações ganham especial relevância por acontecerem na maternidade referência da região do Alto Oeste, onde são atendidas gestantes e puérperas de diversos municípios.

“O projeto de extensão ‘Laços de Leite’ possui grande importância por reforçar a adesão ao aleitamento materno exclusivo até os 6 meses, como preconiza o Ministério da Saúde. Levamos a essas mulheres saberes multidisciplinares por meio dos cursos de Enfermagem, Nutrição, Fisioterapia e Educação Física. Nossos estudantes desenvolvem atividades de educação em saúde com metodologias ativas, fortalecendo a compreensão sobre os benefícios da prática para o binômio mãe-bebê”, destaca.

O objetivo geral do projeto é contribuir para a plena adesão ao aleitamento materno, abordando sua relevância para a nutrição infantil e auxiliando as puérperas na pega correta, por meio de atividades educativas e interventivas que incentivam a amamentação e o autocuidado. “A iniciativa reforça o compromisso da universidade com a formação acadêmica integrada à transformação social, aproximando estudantes da realidade da comunidade e ampliando o impacto das práticas de extensão”, completa a docente.

Fotos: Divulgação

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Homens e saúde mental ainda é um tabu perigoso

Homens e saúde mental ainda é um tabu perigoso

Psicóloga Candice Galvão alerta para a importância do cuidado psicológico masculino durante o Novembro Azul.

Homens e saúde mental ainda é um tabu perigoso

Novembro é conhecido pela campanha Novembro Azul, tradicionalmente voltada à prevenção do câncer de próstata. Mas para a psicóloga e neuropsicóloga Candice Galvão, o mês também deve servir de alerta para outro tema urgente: a saúde mental dos homens, ainda cercada por tabus e silêncios. Segundo a especialista, a dificuldade masculina em expressar emoções e buscar ajuda contribui para um cenário alarmante de sofrimento psicológico e suicídio.

“Desde cedo, muitos homens aprendem que demonstrar vulnerabilidade é sinal de fraqueza. Esse comportamento, enraizado na cultura, os afasta do cuidado emocional e pode levar a consequências graves”, afirma Candice. Dados do Senado Federal revelam que, entre 2015 e 2022, mais de 107 mil pessoas morreram por suicídio no Brasil, quase 80% eram homens.

A disparidade também aparece nas estatísticas anuais: entre 2011 e 2020, a taxa média de suicídios entre homens foi de 9,7 por 100 mil habitantes, quase quatro vezes maior que a de mulheres, com 2,5. Outro levantamento oficial mostra que, a cada 100 mil homens brasileiros, 12,6 morrem por suicídio, enquanto entre as mulheres essa taxa é de 5,4.

Candice reforça que muitos homens só buscam apoio psicológico em momentos de crise. “Existe uma resistência histórica ao cuidado emocional, como se fosse algo opcional. Precisamos desmistificar isso e reforçar que procurar ajuda é um ato de responsabilidade com a própria vida”, diz.

Durante o Novembro Azul, a psicóloga defende que a saúde mental masculina receba a mesma atenção que a saúde física. “Prevenção não é só fazer exames. É também ouvir o que está doendo por dentro, acolher os sentimentos e entender que sentir também faz parte de ser homem”, conclui.

Homens e saúde mental
Homens e saúde mental

Sobre Candice Galvão

Candice Galvão é psicóloga e neuropsicóloga, com especialização em psicologia oncológica. Com mais de 10 anos de experiência, atende presencialmente na Clínica La Vie, na Av. Rodrigues Alves, 1069, bairro do Tirol, em Natal (RN), e também oferece atendimento online. Tem atuação reconhecida junto à Liga Contra o Câncer do Rio Grande do Norte e compartilha conhecimentos sobre saúde mental e cognição em seu Instagram: @candicegalvaopsicologia.

Fotos: Divulgação

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No Novembro Azul, cresce a atenção para o direito de servidores públicos com câncer de próstata à isenção total do Imposto de Renda

No Novembro Azul, cresce a atenção para o direito de servidores públicos com câncer de próstata à isenção total do Imposto de Renda

Dra. Mylena Leite Ângelo destaca a importância da informação e orienta servidores sobre como solicitar o benefício

No Novembro Azul, cresce a atenção para o direito de servidores públicos com câncer de próstata à isenção total do Imposto de Renda

O mês do Novembro Azul, dedicado à prevenção e conscientização sobre o câncer de próstata, também reforça um alerta essencial para servidores públicos: o direito à isenção total do Imposto de Renda para aposentados, pensionistas e reformados diagnosticados com neoplasia maligna. Pouco divulgado, esse benefício pode representar um impacto financeiro significativo em um momento de grande vulnerabilidade.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil registra cerca de 71,7 mil novos casos de câncer de próstata por ano, sendo o tipo de câncer mais comum entre homens e responsável por aproximadamente 29% dos diagnósticos oncológicos masculinos. Dados do Ministério da Saúde mostram que a doença causa cerca de 17 mil mortes anuais, reforçando a importância de prevenção, informação e acesso ao tratamento.

Além do impacto na saúde, o diagnóstico também afeta a vida financeira dos servidores. A advogada Dra. Mylena Leite Ângelo, especialista em Direito do Servidor Público, explica que muitos ainda desconhecem o direito à isenção tributária.

“É muito comum ver servidores continuando a pagar Imposto de Renda mesmo após o diagnóstico de câncer de próstata. A falta de informação faz com que deixem de exercer um direito já garantido pela legislação”, afirma.

A isenção está prevista no artigo 6º, inciso XIV, da Lei 7.713/1988, que inclui a neoplasia maligna entre as doenças graves que autorizam o benefício. O direito vale para proventos de aposentadoria, pensão e reforma, independentemente de a doença estar ativa ou em remissão.

“Mesmo quando o servidor está em remissão, ele continua tendo direito à isenção. O laudo médico oficial é o documento essencial para comprovar a condição”, destaca Dra. Mylena.

A solicitação deve ser feita diretamente ao órgão pagador, INSS, Estado ou Município, mediante apresentação do laudo médico atualizado, documentos pessoais e eventuais relatórios complementares. O direito passa a valer a partir da data do diagnóstico, e há ainda a possibilidade de reaver valores pagos indevidamente.

“O servidor pode pedir a devolução do Imposto de Renda pago nos últimos cinco anos. Essa restituição costuma ser um alívio financeiro importante em um período em que consultas, exames e deslocamentos geram custos adicionais”, reforça a advogada.
Para Dra. Mylena Leite Ângelo, o Novembro Azul não deve ser apenas um movimento de prevenção, mas também um momento de fortalecer o acesso à informação e aos direitos.

“Cuidar da saúde é fundamental, mas garantir que o servidor não sofra prejuízo financeiro durante esse processo também é uma forma de cuidado. Informação é dignidade, é proteção e é direito”, conclui.

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Doença transmitida por gatos cresce no Rio Grande do Norte com aumento de casos de esporotricose

Doença transmitida por gatos cresce no Rio Grande do Norte com aumento de casos de esporotricose

Painel Epidemiológico aponta mais de 4 mil registros da doença em humanos e animais entre 2016 e 2025.

Doença transmitida por gatos cresce no Rio Grande do Norte com aumento de casos de esporotricose

A esporotricose, doença causada pelo fungo Sporothrix sp., apresenta crescimento significativo no Rio Grande do Norte. De acordo com dados do Painel Epidemiológico da Esporotricose, elaborado pelo Centro de Inteligência Estratégica para Gestão Estadual do SUS (CIEGES/RN), foram registrados 4.012 casos da doença em humanos e animais entre 2016 e 2025.

O levantamento indica que, entre os humanos, houve 856 notificações em 44 municípios, das quais 519 foram confirmadas. Entre os animais, foram contabilizados 3.156 casos em 21 municípios, com 1.639 confirmações. Natal lidera os registros em humanos, com 609 notificações, seguida por Parnamirim (56) e Macaíba (55). A capital também concentra o maior número de casos em animais, com 2.328 notificações, seguida por Parnamirim (257) e Extremoz (250).

A esporotricose é conhecida como uma zoonose, transmitida principalmente por gatos. O fungo pode ser adquirido no solo ou por contato com animais infectados. Nos humanos, a doença provoca inflamação dos gânglios linfáticos e lesões cutâneas dolorosas. A principal forma de transmissão ocorre pelo contato com lesões abertas ou fluidos de gatos infectados, além de arranhões que podem inocular o fungo na pele.

Doença transmitida por gatos cresce no Rio Grande do Norte
Doença transmitida por gatos cresce no Rio Grande do Norte

Embora cães também possam contrair a doença, os gatos são os mais acometidos. O fungo apresenta maior afinidade pelos felinos, permitindo altas cargas de fungo por lesão. Fatores como temperatura corporal elevada e hábitos como cavar para enterrar fezes ou arranhar troncos contribuem para a contaminação.

Entre os sinais clínicos nos gatos, destacam-se lesões cutâneas que não cicatrizam, aumento de volume nasal — conhecido popularmente como “nariz de palhaço” — e, em alguns casos, espirros com presença de sangue. As lesões podem se espalhar pelo corpo e atingir órgãos internos, como pulmões, embora a maioria dos casos apresente lesões localizadas.

O tratamento da esporotricose em animais é considerado complexo e oneroso, exigindo acompanhamento prolongado. A dificuldade é maior em áreas periféricas, onde há maior concentração de animais errantes ou com acesso à rua. A recomendação para prevenção inclui evitar contato com gatos infectados e restringir o acesso dos felinos ao ambiente externo, reduzindo o risco de contaminação pelo solo ou por outros animais doentes.

A expansão da doença para municípios onde não havia registros reforça a necessidade de medidas preventivas e monitoramento constante. Autoridades sanitárias alertam para a importância da identificação precoce dos sinais clínicos e do tratamento adequado para reduzir a disseminação da esporotricose no estado.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

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Justiça bloqueia R$ 570 mil do Estado para garantir cirurgia vital de paciente no RN

Justiça bloqueia R$ 570 mil do Estado para garantir cirurgia vital de paciente no RN

Decisão judicial ocorreu após descumprimento de ordem anterior e risco de morte da paciente com aneurisma toracoabdominal.

Justiça bloqueia R$ 570 mil do Estado para garantir cirurgia vital de paciente no RN

A Justiça do Rio Grande do Norte determinou o bloqueio de R$ 570.899,00 das contas do Estado para assegurar a realização de uma cirurgia emergencial em uma paciente diagnosticada com aneurisma toracoabdominal. A medida foi tomada após descumprimento de decisão anterior que obrigava o custeio do procedimento.

Segundo os autos, o Estado não comprovou ter providenciado o tratamento dentro do prazo estabelecido, mantendo a paciente na fila de regulação mesmo diante do risco de morte. A decisão foi assinada em outubro e considerou a urgência do caso e o potencial de agravamento da condição clínica.

Por que houve bloqueio?

Embora o procedimento fosse classificado como eletivo, a equipe médica indicou risco concreto de morte, justificando medidas mais rigorosas. A determinação inicial incluía fornecimento da prótese necessária às artérias viscerais e renais, além da internação e dos materiais indispensáveis ao tratamento.

Como não houve comprovação do cumprimento da ordem, a Justiça autorizou o bloqueio da quantia necessária para custear a cirurgia e todos os insumos hospitalares. O valor será destinado ao pagamento do procedimento em hospital particular apto à execução, incluindo honorários médicos, prótese específica e demais materiais.

Direito à saúde e dignidade humana

Na decisão, a magistrada destacou que o direito constitucional à saúde não pode ser condicionado a entraves administrativos ou divergências financeiras. A falta de ação estatal foi considerada violação ao princípio da dignidade da pessoa humana, exigindo intervenção judicial.

Argumentos sobre diferenças entre o orçamento apresentado pelo Estado e o custo real do procedimento não foram aceitos. Para o Judiciário, essas justificativas não podem impedir o acesso ao tratamento.

Justiça bloqueia R$ 570 mil do Estado para garantir cirurgia vital
Justiça bloqueia R$ 570 mil do Estado para garantir cirurgia vital

Destino dos recursos

Com o bloqueio consolidado, os recursos serão aplicados exclusivamente na cirurgia e na assistência médica integral da paciente. A medida busca garantir que o procedimento seja realizado com urgência, evitando agravamento do quadro clínico.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração/Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

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“Zumbido pode não ser normal”, alerta otorrinolaringologista potiguar

“Zumbido pode não ser normal”, alerta otorrinolaringologista potiguar

Keylla Siqueira é professora de Medicina da UnP/Inspirali e também explica algumas estratégias para evitar o problema

“Zumbido pode não ser normal”, alerta otorrinolaringologista potiguar

“O zumbido, também conhecido como tinnitus, é uma das queixas auditivas mais comuns nos consultórios de otorrinolaringologia e pode afetar pessoas de todas as idades. Embora seja frequentemente associado à perda auditiva, nem sempre o sintoma está relacionado a um problema direto na audição. Ou seja, zumbido pode não ser normal.” O alerta é da médica otorrinolaringologista Keylla Siqueira, mestre em Ciências Fisiológicas e professora de Medicina da Universidade Potiguar (UnP), cujo curso é parte integrante da Inspirali, ecossistema que atua na gestão de 15 escolas médicas em diversas regiões do Brasil. A afirmação vem em consonância com o Novembro Laranja, mês de conscientização sobre saúde auditiva.

Segundo a docente, zumbido é “a percepção de um som sem fonte externa” e, embora na maioria dos casos crônicos ele esteja associado à perda auditiva neurossensorial, também pode ocorrer em pacientes com audiometria normal. A professora destaca, ainda, que diversas condições podem influenciar o surgimento do sintoma: “Alterações cervicais, disfunção temporomandibular, efeitos colaterais de medicamentos ototóxicos, distúrbios metabólicos, especialmente diabetes descompensada, transtornos psicológicos, doenças cardiovasculares e hipertensão arterial sem controle”, acrescenta.

Entre as causas mais frequentes, especialmente em adolescentes e adultos jovens (12 a 35 anos), está a exposição ao ruído. Pressão sonora elevada — como música alta, fones de ouvido, tiro recreativo, fogos de artifício e ambientes ruidosos como festas, shows e academias — aumenta significativamente o risco de zumbido e perda auditiva. Além disso, outros fatores como disfunção temporomandibular, alterações cervicais, medicações ototóxicas e causas vasculares também podem aparecer nessa faixa etária, porém com menor frequência.

O risco de desenvolver zumbido está diretamente relacionado ao volume, à duração e à frequência da exposição sonora. De acordo com a profissional, “os estudos e as recomendações internacionais vêm nos mostrando limites de segurança cada vez menores, não devendo ultrapassar 70 decibéis para manter a segurança da saúde auditiva. Exposições acima desse valor aumentam a chance de surgimento de zumbido e perda auditiva. Acima de 110 decibéis causam desconforto, 120 decibéis podem causar perda auditiva imediata e 130 decibéis é o limiar de dor. Para se ter uma ideia, fones de ouvido podem chegar a 126 decibéis, shows até 112 decibéis, e tiros recreativos até 175 decibéis (a depender da arma). Dessa forma, é possível perceber como expomos diariamente nossa audição a lesões significativas, que podem causar danos irreversíveis, incluindo lesões cocleares e perda auditiva”, detalha.

Sinais de emergência

Nem todo zumbido é benigno. A docente da UnP/Inspirali, Keylla Siqueira, também alerta para sinais de emergência que exigem avaliação imediata por um otorrinolaringologista, como o surgimento súbito do sintoma associado à perda auditiva. Ela explica que essa situação configura uma “emergência otoneurológica”. Zumbidos unilaterais, alterações pulsáteis sincrônicas com os batimentos cardíacos e sintomas neurológicos também merecem investigação urgente.

Outros sinais de alerta incluem tontura intensa, déficit neurológico, dor de cabeça forte, secreção com sangue pelo ouvido e impacto significativo na saúde emocional, como ansiedade incapacitante, insônia ou sintomas depressivos com ideação suicida. Nesses casos, além da audiometria, exames de imagem como tomografia, angiotomografia e ressonância magnética podem ser necessários para identificar a causa.

Sobre o tratamento, ela reforça que a abordagem depende diretamente da origem do zumbido. Causas simples, como acúmulo de cerume, otites, uso de medicações ototóxicas e algumas alterações vasculares, podem ser tratadas e revertidas com facilidade. Já nas causas incuráveis ou de difícil controle, o foco é reduzir o impacto do sintoma na qualidade de vida do paciente, por meio de aconselhamento, terapia cognitivo-comportamental, aparelhos auditivos, manejo de comorbidades e intervenções farmacológicas em casos selecionados.

Para melhorar o dia a dia, a professora orienta estratégias como uso de ruído branco (um som contínuo que mistura várias frequências para ajudar a mascarar outros ruídos incômodos), ventiladores, música suave ou sons da natureza para reduzir a percepção do zumbido, especialmente à noite. “Também é importante a higiene do sono, o controle emocional, a prática de atividade física, o uso de protetores auditivos em ambientes ruidosos e o acompanhamento multidisciplinar envolvendo otorrinolaringologista, fonoaudiólogo, psicólogo e, quando necessário, psiquiatra. E lembrar sempre: proteger nossa audição é o melhor caminho”, pontua a docente do curso de Medicina da UnP/Inspirali, Keylla Siqueira.

Fotos: Divulgação

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Ministério da Saúde prepara ação contra médicos antivacina nas redes sociais

Ministério da Saúde prepara ação contra médicos antivacina nas redes sociais

Medidas incluem ações civis, criminais e notificações para remoção de conteúdos sobre suposta “síndrome pós-spike”.

Ministério da Saúde prepara ação contra médicos antivacina nas redes sociais

O Ministério da Saúde anunciou que adotará medidas legais contra médicos que divulgam conteúdos antivacina nas redes sociais e lucram com cursos, consultas e tratamentos sem comprovação científica. As ações serão realizadas em quatro frentes, incluindo representação criminal, conforme informações divulgadas pelo Estadão.

Segundo o ministro Alexandre Padilha, as medidas serão tomadas em parceria com a Advocacia-Geral da União (AGU) para combater a propagação de informações falsas sobre vacinas de RNA mensageiro (mRNA), utilizadas durante a pandemia de covid-19. A iniciativa busca impedir a comercialização de protocolos sem validação científica e a divulgação de teorias sobre a chamada “síndrome pós-spike” ou “spikeopatia”.

Quais são as medidas anunciadas?

De acordo com Padilha, as ações serão implementadas a partir desta segunda-feira, 17, e incluem:

  1. Representação junto aos Conselhos Regionais de Medicina para apuração da conduta dos profissionais.
  2. Ação civil pública por afronta ao direito à saúde e propagação de desinformação, podendo resultar em indenizações por danos coletivos.
  3. Ação criminal relacionada à venda de tratamentos falsos, enquadrados como crimes contra a saúde pública.
  4. Notificação extrajudicial às plataformas digitais para remoção imediata de conteúdos que promovam cursos, materiais e informações falsas sobre vacinas.

Entenda o caso

Investigações apontam que médicos com mais de 1,6 milhão de seguidores nas redes sociais afirmam ter identificado intoxicação causada por vacinas de mRNA, com sintomas supostamente prolongados. Eles oferecem cursos com valores que chegam a R$ 685 e consultas particulares por até R$ 3,2 mil, baseados em protocolos sem comprovação científica.

A teoria defendida sugere que a proteína spike, induzida pelas vacinas, teria efeitos nocivos semelhantes aos da covid longa. Essa hipótese foi apresentada em um estudo publicado na revista IDCases em junho, mas o artigo foi posteriormente retirado por falhas graves e questionamentos sobre má conduta.

A comunidade científica não reconhece a existência da “síndrome pós-spike”, e não há evidências que sustentem a relação entre vacinas de mRNA e os sintomas alegados. A proteína spike é parte do vírus SARS-CoV-2, e as vacinas utilizam essa estrutura para estimular a resposta imunológica, preparando o organismo para combater a infecção.

Investimentos em tecnologia de vacinas

Paralelamente às medidas contra desinformação, o governo brasileiro anunciou investimentos de R$ 150 milhões na construção de duas plataformas para pesquisa e produção de vacinas de mRNA. Os projetos serão desenvolvidos na Fiocruz, no Rio de Janeiro, e no Instituto Butantan, em São Paulo.

Segundo Padilha, essa tecnologia permitirá ao país maior agilidade na produção de vacinas em situações de novas pandemias ou epidemias. Além disso, o governo destinará R$ 60 milhões para atrair pesquisadores estrangeiros e fomentar estudos na área.

O ministro destacou que a iniciativa ocorre durante a COP30, em Belém, onde foram discutidos os impactos do negacionismo climático e sanitário na saúde pública. O Plano de Ação Belém prevê estratégias para adaptação dos sistemas de saúde diante das mudanças climáticas, incluindo combate à desinformação e ampliação da cobertura vacinal.

Foto: José Cruz/Valter Campanato/Agência Brasil

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Governo do RN confirma compra e aluguel de novos tomógrafos para o Hospital Walfredo Gurgel

Governo do RN confirma compra e aluguel de novos tomógrafos para o Hospital Walfredo Gurgel

Equipamentos antigos serão substituídos; um será adquirido por R$ 2,9 milhões e outro alugado por R$ 75 mil mensais

Governo do RN confirma compra e aluguel de novos tomógrafos para o Hospital Walfredo Gurgel

O Governo do Rio Grande do Norte vai substituir os dois tomógrafos do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal. Os equipamentos atuais, com 9 e 15 anos de uso, realizam cerca de 180 exames por dia, mas têm apresentado falhas frequentes. A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) confirmou que um novo tomógrafo será comprado e outro alugado.

O tomógrafo adquirido terá custo de R$ 2,9 milhões e deve chegar em até 90 dias. A compra será feita por meio da adesão a uma Ata de Registro de Preços (ARP) do Estado do Tocantins, permitindo ao RN aproveitar uma licitação já realizada para agilizar o processo. Já o equipamento alugado deve ser instalado até o fim de novembro, com custo mensal de R$ 75 mil e contrato válido por um ano.

Os recursos para aquisição e aluguel virão do Orçamento Geral do Estado (OGE) e de repasses do Ministério da Saúde.

Governo do RN confirma compra e aluguel de novos tomógrafos
Governo do RN confirma compra e aluguel de novos tomógrafos

Situação atual dos equipamentos

Os dois tomógrafos do Walfredo Gurgel estão fora de operação desde o início da semana. Um deles parou devido a uma quebra mecânica, enquanto o outro está indisponível porque a sala passa por reforma — além de ter apresentado defeito no mês anterior. Esta é a terceira vez em dois meses que os aparelhos ficam inoperantes.

Enquanto os tomógrafos não funcionam, pacientes estão sendo transferidos para outros hospitais da rede pública, como o Giselda Trigueiro, em Natal, e o Deoclécio Marques de Lucena, em Parnamirim. Também há convênio com o Hospital Rio Grande, da rede privada, para realização dos exames. O transporte dos pacientes é feito com apoio do Corpo de Bombeiros.

Previsão para retomada dos exames

A Sesap informou que uma empresa contratada está realizando reparos no equipamento quebrado, com expectativa de retorno dos exames até o fim de semana. A reforma da sala do segundo tomógrafo também deve ser concluída nos próximos dias, permitindo que os exames sejam retomados.

Com a chegada do tomógrafo alugado e, posteriormente, do equipamento comprado, a expectativa é garantir maior estabilidade no serviço e reduzir os impactos das interrupções que têm ocorrido nos últimos meses.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Desigualdade no acesso à saúde aumenta risco de parto prematuro no RN

Desigualdade no acesso à saúde aumenta risco de parto prematuro no RN

Estado registra milhares de nascimentos antes do tempo a cada ano; no mês de conscientização, entidade de ginecologistas destaca importância do acesso democrático à rotina pré-natal

Desigualdade no acesso à saúde aumenta risco de parto prematuro no RN

Mês voltado aos cuidados com a saúde masculina, novembro também conscientiza sobre um assunto sensível às mulheres gestantes, a prematuridade. No Rio Grande do Norte, embora tenha havido uma leve redução de 18% nos casos em dois anos, os desafios persistem com 4.281 bebês nascendo prematuros em 2024. Um número que, segundo a Associação de Ginecologia e Obstetrícia do RN (Sogorn), tem a possibilidade de ser reduzido com o aumento do acesso a cuidados essenciais durante a gestação, especialmente fora da capital. 

De acordo com o ginecologista e obstetra Robinson Dias, presidente da Sogorn, entre os principais fatores que explicam os números estão a falta de assistência médica adequada, a ausência de acompanhamento pré-natal e a distância dos centros de referência. O especialista reforça que a realidade nas regiões mais afastadas da capital é preocupante.

“A complexidade parte desde a escassez de profissionais obstetras em alguns municípios, até a dificuldade de acesso a exames básicos e ao transporte sanitário. Um outro ponto que merece atenção é a gravidez precoce, mais comum em áreas rurais e periféricas, e que frequentemente ocorre sem acompanhamento médico”, explica Robinson Dias.

Ainda de acordo com o especialista, a ausência de um pré-natal adequado pode ter origem em diferentes fatores. 

Desigualdade no acesso à saúde aumenta risco de parto prematuro no RN
Desigualdade no acesso à saúde aumenta risco de parto prematuro no RN

“Muitas gestantes do interior enfrentam longos deslocamentos até conseguir atendimento, e algumas sequer realizam o número mínimo de consultas recomendadas durante a gestação. Essa falta de acompanhamento eleva significativamente o risco de partos prematuros, além de outras complicações que poderiam ser evitadas com uma assistência regular e de qualidade”, ressalta o médico.

Atualmente, o estado conta com hospitais de referência na assistência a mães e bebês prematuros em Natal, na Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC/UFRN) e no Hospital José Pedro Bezerra (Santa Catarina), e em Santa Cruz, no Hospital Universitário Ana Bezerra. 

“O enfrentamento da prematuridade exige uma rede estruturada e contínua de atenção à mulher, que comece no posto de saúde, passe pelo pré-natal e, quando necessário, chegue ao hospital de referência. Precisamos garantir que todas as gestantes potiguares, independente de onde residam, tenham acesso ao mesmo padrão de cuidado”, finaliza Robinson Dias

Fotos: Divulgação

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Tomógrafos do Hospital Walfredo Gurgel voltam a quebrar e paralisam exames de imagem

Tomógrafos do Hospital Walfredo Gurgel voltam a quebrar e paralisam exames de imagem

Equipamentos estão fora de operação pela terceira vez em dois meses; Sesap planeja compra e aluguel de novos tomógrafos para evitar descontinuidade do serviço

Tomógrafos do Hospital Walfredo Gurgel voltam a quebrar e paralisam exames de imagem

O Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, principal unidade pública de urgência e emergência do Rio Grande do Norte, está novamente sem tomógrafos em funcionamento. Os dois equipamentos utilizados para exames de imagem estão quebrados pela terceira vez em dois meses, o que tem dificultado o atendimento e o diagnóstico dos pacientes.

De acordo com relatório da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap-RN), o tomógrafo principal, responsável pela maior parte dos exames diários, foi fabricado em 2010 e é considerado obsoleto pelo fabricante, a Philips, desde dezembro de 2024. O documento, elaborado pela Coordenadoria de Patrimônio e Infraestrutura da secretaria, aponta a necessidade urgente de substituição do aparelho.

Segundo o relatório, o uso de equipamentos ultrapassados compromete a precisão dos exames, aumenta o tempo de atendimento e eleva riscos aos pacientes, devido à limitação tecnológica e ao alto custo de manutenção.

O segundo tomógrafo do hospital, fabricado em 2015, também está inoperante. O Walfredo Gurgel é responsável por atender pacientes de toda a rede estadual, realizando tomografias de urgência para hospitais como o Giselda Trigueiro, João Machado, José Pedro Bezerra (Santa Catarina) e Maria Alice Fernandes.

Sesap abre licitação e planeja aluguel de novo tomógrafo

A Sesap informou que está com processo licitatório em andamento para adquirir um novo tomógrafo e pretende alugar outro, medida que deve garantir a substituição dos dois equipamentos atualmente em uso.

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) abriu inquérito para investigar a falta de exames de imagem na unidade. O custo estimado de um novo tomógrafo é de R$ 2,9 milhões. O hospital realiza, em média, 4.600 tomografias por mês.

Com a paralisação dos serviços, os pacientes têm sido encaminhados para o Hospital Deoclécio Marques de Lucena, em Parnamirim, e para o Hospital Giselda Trigueiro, em Natal.

Em nota, a Sesap informou que a empresa responsável pela manutenção esteve no hospital nesta segunda-feira (10) e constatou a necessidade de troca de uma peça, já requisitada ao fornecedor em Minas Gerais.

De acordo com informações divulgadas pela imprensa local, o segundo tomógrafo está em uma sala que passa por reforma, o que impede o uso do equipamento até a conclusão da obra.

O MPRN acompanha o caso e aguarda novas informações da Sesap sobre prazos para restabelecimento dos exames no hospital.

Leitos de UTI enfrentam risco de bloqueio em outras unidades

Além da paralisação dos tomógrafos, hospitais da rede estadual enfrentam problemas na manutenção e funcionamento de leitos de UTI. O Hospital Regional Dr. Mariano Coelho, em Currais Novos, e o Hospital Dr. José Pedro Bezerra (Santa Catarina), em Natal, apresentam risco de bloqueio de leitos devido à falta de equipamentos e de profissionais de enfermagem.

No Hospital Mariano Coelho, há insuficiência de aspiradores portáteis para os dez leitos de UTI, segundo documento assinado na segunda-feira (10). Já o Hospital Santa Catarina registra carência de enfermeiros e técnicos de enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais Convencionais (UCINCO).

Além disso, 12 leitos infantis estão bloqueados devido à reforma do setor Canguru, onde são atendidos bebês prematuros e recém-nascidos de alto risco. A Sesap informou que a reforma deve ser concluída até o fim de novembro e que os atendimentos continuam sendo realizados em leitos de média complexidade.

A pasta afirmou também que mantém os serviços ativos nas duas unidades e que há previsão de convocação de profissionais aprovados no concurso público da Sesap para recompor as equipes.

Estrutura hospitalar em alerta

De acordo com informações dos relatórios enviados pelas direções das unidades, os problemas estruturais e a falta de equipamentos afetam diretamente o funcionamento dos serviços de alta complexidade. Em Currais Novos, a direção do Hospital Mariano Coelho solicitou resolução urgente do problema com os aspiradores portáteis.

Os registros apontam que a falta de equipamentos e de manutenção adequada pode comprometer a segurança dos pacientes e o funcionamento dos leitos de terapia intensiva, essenciais para o atendimento de casos graves.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração / Solano Braz/Governo do RN

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Tomógrafos do Walfredo Gurgel param pela terceira vez em menos de dois meses

Tomógrafos do Walfredo Gurgel param pela terceira vez em menos de dois meses

Equipamentos quebrados e sala em reforma comprometem exames; pacientes são transferidos e ambulâncias enfrentam problemas

Tomógrafos do Walfredo Gurgel param pela terceira vez em menos de dois meses

Os tomógrafos do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, maior unidade pública de saúde do Rio Grande do Norte, voltaram a apresentar problemas e ficaram sem funcionar pela terceira vez em menos de dois meses. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (Sesap-RN) nesta segunda-feira (10).

Segundo a Sesap, um dos tomógrafos está quebrado e aguarda manutenção por parte da empresa responsável. O segundo equipamento está instalado em uma sala que passa por reforma, o que impossibilita seu uso. A secretaria não informou prazo para a conclusão da obra.

A paralisação dos tomógrafos já havia ocorrido em setembro e outubro, afetando diretamente o atendimento a pacientes que necessitam de exames de imagem. A Sesap informou que há previsão para a aquisição de um novo tomógrafo, mas não apresentou data para a compra. Em outubro, o diretor da unidade, Geraldo Neto, afirmou que o hospital aguarda o direcionamento de cerca de R$ 2,5 milhões para viabilizar a aquisição de um equipamento mais moderno, mas enfrenta dificuldades orçamentárias.

Com os equipamentos fora de operação, os pacientes estão sendo transferidos para outras unidades hospitalares. Casos de urgência e emergência são encaminhados ao Hospital Deoclécio Marques, em Parnamirim, que possui um tomógrafo em funcionamento. A alta demanda tem gerado filas nos corredores da unidade.

Tomógrafos do Walfredo Gurgel param pela terceira vez
Tomógrafos do Walfredo Gurgel param pela terceira vez

Pacientes eletivos, que possuem exames agendados sem urgência, estão sendo redirecionados para os hospitais da Polícia Militar, Giselda Trigueiro, Onofre Lopes e uma unidade privada conveniada ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Além dos problemas com os tomógrafos, profissionais do Walfredo Gurgel relatam dificuldades com ambulâncias. Duas unidades estão fixas no hospital para realizar os transportes, mas uma delas apresenta condições inadequadas de uso. Segundo relatos de funcionários, o veículo possui quase 200 mil quilômetros rodados, luzes de manutenção acesas no painel, airbag comprometido e sistema de ar-condicionado inoperante.

A técnica de enfermagem Ana Maria afirmou que a ambulância “não tem condição de trabalho” e precisa ser substituída com urgência. O motorista João Paulo relatou que o veículo está em estado crítico e representa riscos para os pacientes transportados.

Até o momento, a Sesap não se pronunciou sobre a situação da ambulância. A secretaria também não apresentou previsão para a normalização dos serviços de tomografia no hospital.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Servidores da saúde ocupam Sesap em Natal e cobram respostas do Governo do RN

Servidores da saúde ocupam Sesap em Natal e cobram respostas do Governo do RN

Categoria está em greve desde 20 de outubro e exige jornada de 30h, gratificação, vale-alimentação e pagamento de horas extras

Servidores da saúde ocupam Sesap em Natal e cobram respostas do Governo do RN

Servidores administrativos da saúde estadual do Rio Grande do Norte ocuparam, na manhã desta quinta-feira (6), o oitavo andar da sede da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), em Natal. A mobilização ocorre em meio à greve da categoria, iniciada em 20 de outubro, e tem como objetivo pressionar o Governo do Estado diante da ausência de respostas às reivindicações apresentadas.

A ocupação começou por volta das 10h e integra o calendário de lutas aprovado em assembleia realizada na quarta-feira (5). Na ocasião, os trabalhadores decidiram intensificar os protestos após o governo da governadora Fátima Bezerra (PT) não apresentar nenhuma proposta efetiva nas negociações com os representantes da categoria.

Entre os principais pontos reivindicados pelos servidores estão:

  • Redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais;
  • Criação de uma gratificação de 20%;
  • Reajuste das funções de chefia;
  • Pagamento das horas extras acumuladas;
  • Implementação de vale-alimentação para os servidores da saúde.

Segundo os representantes do movimento grevista, a falta de diálogo e de propostas concretas por parte do governo estadual tem gerado insatisfação crescente entre os trabalhadores. A categoria afirma que continuará mobilizada e promete novas ações até que haja uma resposta efetiva às demandas apresentadas.

Servidores da saúde ocupam Sesap em Natal
Servidores da saúde ocupam Sesap em Natal

A greve afeta serviços administrativos da rede estadual de saúde, incluindo unidades hospitalares e setores técnicos da Sesap. Embora os serviços essenciais estejam mantidos, os servidores alegam sobrecarga e falta de valorização, especialmente em áreas que exigem dedicação contínua e enfrentam déficit de pessoal.

A mobilização desta quinta-feira é mais uma etapa da pressão exercida pelos trabalhadores sobre o governo estadual. A ocupação do prédio da Sesap simboliza o desgaste nas negociações e a urgência por medidas que atendam às reivindicações da categoria.

O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do RN (Sindsaúde-RN) acompanha o movimento e reforça que a greve é legítima e amparada por decisão judicial. A entidade também cobra do governo estadual a retomada das negociações com propostas concretas que contemplem os pontos reivindicados.

A Secretaria de Saúde ainda não se pronunciou oficialmente sobre a ocupação ou sobre a possibilidade de apresentar uma nova proposta à categoria. A expectativa dos servidores é que o governo se manifeste nos próximos dias, diante da intensificação das mobilizações.

A greve dos servidores da saúde ocorre em um contexto de reivindicações por melhores condições de trabalho e valorização profissional. A categoria argumenta que, apesar da redução nos indicadores de algumas doenças e da ampliação de serviços, os trabalhadores enfrentam sobrecarga, baixos salários e falta de benefícios básicos.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração/Reprodução/Redes Sociais

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Número de casos de dengue cai 45% no RN, mas alerta continua

Número de casos de dengue cai 45% no RN, mas alerta continua

Estado registra redução significativa em 2025, mas mortes aumentam e Ministério da Saúde promove Dia D de combate

Número de casos de dengue cai 45% no RN, mas alerta continua

Dados da Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap-RN) apontam uma queda de 45% nos casos prováveis de dengue em 2025, em comparação com o mesmo período de 2024. Entre a primeira e a 42ª semana de 2024, o estado registrou 16.704 casos prováveis da doença. No mesmo intervalo de 2025, foram contabilizados 9.173 casos.

Apesar da redução, o combate à dengue continua sendo considerado essencial. O Ministério da Saúde realizará, no sábado (8), o Dia D da Dengue, com ações de mobilização em todo o país. A iniciativa busca reforçar a prevenção antes do período de maior transmissão, que ocorre nos meses chuvosos.

No comparativo entre os dados acumulados até a 49ª semana de 2024 e os dados de 2025 até a 42ª semana, o RN teve 30.013 casos notificados e 7.004 confirmados no ano anterior. Em 2025, os números são 14.767 notificações e 3.574 confirmações. Embora os casos tenham diminuído, o número de mortes aumentou: cinco óbitos foram registrados em 2025, contra três em 2024.

Em nível nacional, o Brasil contabilizou 1.611.826 casos prováveis de dengue até o dia 3 de novembro, uma queda de 75% em relação ao mesmo período de 2024. O número de mortes também caiu 72%, com 1.688 óbitos registrados em 2025.

Especialistas apontam que a redução já era esperada. A médica infectologista Gisele Borba, do Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol/UFRN/Ebserh), explica que a dengue apresenta ciclos de alta e baixa incidência, diretamente relacionados ao ciclo de vida do mosquito transmissor, o Aedes aegypti. Segundo ela, os períodos secos tendem a reduzir os casos, enquanto os meses chuvosos favorecem a proliferação do vetor.

O infectologista Kleber Luiz destaca que os surtos de dengue variam de ano para ano, podendo ser explosivos ou apresentar queda. Ele atribui parte da redução ao trabalho dos agentes de saúde e de endemias, que atuam no controle dos criadouros. Outro fator mencionado é o “esgotamento de suscetíveis”, fenômeno em que parte da população adquire imunidade aos sorotipos mais comuns, reduzindo a incidência da doença.

Entre 2023 e 2024, o RN registrou aumento expressivo nos casos confirmados de dengue, passando de 2.430 para 7.137, uma alta de 193,7%. Os casos notificados subiram de 12.048 para 30.683, um crescimento de 154,67%. Em ambos os anos, foram registradas três mortes.

Número de casos de dengue cai 45% no RN
Número de casos de dengue cai 45% no RN

Prevenção e cuidados

Apesar da melhora nos índices, o Ministério da Saúde reforça que o combate à dengue deve ser contínuo. A principal forma de prevenção é o controle do vetor, eliminando locais de acúmulo de água onde o mosquito se reproduz. A vacina contra a dengue está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) desde fevereiro de 2024 para crianças de 10 a 14 anos. Na rede privada, a imunização pode ser feita por pessoas de até 60 anos.

Gisele Borba ressalta que a dengue pode ser prevenida com cuidados frequentes e vacinação. Já Kleber Luiz reforça que o combate à doença inclui evitar criadouros em casa e controlar a proliferação do mosquito. A detecção precoce e o tratamento adequado são fundamentais para reduzir o risco de morte.

O Dia D da Dengue será realizado em todo o país como parte da estratégia nacional de enfrentamento às arboviroses. A ação busca mobilizar a população para eliminar focos do mosquito e reforçar a importância da prevenção, especialmente antes do início da temporada de chuvas.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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MP recomenda que Prefeitura de Assu regularize falta de medicamentos na rede municipal

MP recomenda que Prefeitura de Assu regularize falta de medicamentos na rede municipal

Ministério Público do RN deu prazo de 40 dias para que o município normalize a distribuição de remédios essenciais do SUS

MP recomenda que Prefeitura de Assu regularize falta de medicamentos na rede municipal

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) emitiu uma recomendação à Prefeitura de Assu para que adote medidas urgentes voltadas à normalização do fornecimento de medicamentos na rede municipal de saúde. O órgão solicitou ações imediatas para impedir que pacientes continuem sem acesso aos remédios distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A medida foi expedida pela 3ª Promotoria de Justiça de Assu, que estabeleceu prazo de 40 dias para que o município execute a regularização da distribuição dos medicamentos essenciais.

A recomendação tem foco nos remédios do Componente Básico da Assistência Farmacêutica, listados na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename), que estão em falta nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município.

Ações cobradas pelo Ministério Público

De acordo com o documento, se o município não cumprir o prazo, o Ministério Público poderá ingressar com ação civil pública e investigar a responsabilidade dos gestores municipais.

Para agilizar a reposição dos medicamentos, o MPRN sugeriu a realização de compras emergenciais, o uso de dispensa de licitação e a adesão a Atas de Registro de Preços.

Além da reposição imediata, o órgão exige que a Prefeitura implemente controles permanentes de estoque e abastecimento para evitar novos episódios de desabastecimento na rede pública.

Interrupção de medicamentos afeta pacientes crônicos

A recomendação do MP decorre de investigação que constatou a ausência de diversos remédios de uso contínuo nas unidades de saúde do município.

Entre os medicamentos citados estão:

  • Metformina 500mg
  • Atenolol 100mg
  • Hidralazina 25mg e 50mg
  • Lactulose
  • Fenobarbital 100mg
  • Amoxicilina com Clavulanato

O órgão alerta que o desabastecimento desses itens pode causar agravamento de doenças, internações hospitalares e até óbitos entre os pacientes que dependem dos tratamentos contínuos.

A Secretaria Municipal de Saúde de Assu informou que pedidos de compra já foram realizados ou estão em andamento. No entanto, não foram divulgadas datas de entrega nem previsão de normalização do estoque.

MP cobra resposta da Prefeitura de Assu

Além das medidas emergenciais, o Ministério Público recomendou a adoção de ações permanentes para prevenir futuras faltas de medicamentos.

Entre as orientações, está a implantação de sistemas informatizados de controle de estoque, que permitam o acompanhamento em tempo real da situação dos medicamentos e auxiliem na tomada de decisões sobre reposição.

O MPRN ressaltou que falhas de planejamento e gestão que resultem em desabastecimento ferem os princípios da legalidade e da eficiência administrativa previstos na Constituição.

A Prefeitura de Assu tem 10 dias úteis para informar ao Ministério Público se acatará a recomendação e quais providências serão adotadas para garantir o fornecimento regular dos medicamentos à população.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração / MART PRODUCTION/Pexels

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Fila por transplante de córnea no RN ultrapassa 600 pessoas e espera chega a três anos

Fila por transplante de córnea no RN ultrapassa 600 pessoas e espera chega a três anos

Estado tem o terceiro maior número de pacientes à espera de córnea no Nordeste e baixo volume de cirurgias realizadas, segundo a ABTO

Fila por transplante de córnea no RN ultrapassa 600 pessoas e espera chega a três anos

O Rio Grande do Norte ocupa o terceiro lugar no Nordeste em número de pessoas à espera por transplante de córnea, de acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). O tempo médio de espera para o procedimento é de aproximadamente três anos, enquanto outros estados da região registram prazos bem menores.

Segundo dados da ABTO, 647 pacientes aguardavam pela cirurgia no estado entre janeiro e junho deste ano. O número é inferior apenas ao da Bahia (1.640) e de Pernambuco (1.447). No mesmo período, o RN realizou apenas 80 transplantes de córnea, um dos índices mais baixos da região. No Ceará, por exemplo, foram quase 700 procedimentos no primeiro semestre, com tempo médio de espera de cerca de um mês.

Falta de doadores e falhas na notificação de óbitos

Profissionais da área de transplantes apontam que o problema vai além da escassez de doadores. Um dos principais desafios é a falta de notificação de óbitos pelos hospitais, o que impede a realização de entrevistas com familiares e a captação de córneas dentro do prazo necessário.

De acordo com a Central de Transplantes do RN, ligada à Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), o processo de captação deve ocorrer em até seis horas após o óbito. A ausência de comunicação tempestiva entre as unidades de saúde e o sistema de transplantes tem comprometido o aproveitamento de córneas viáveis.

Pandemia e baixa notificação ampliaram a fila de espera

O Banco de Olhos do RN, instalado no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), é responsável pela captação, avaliação e armazenamento das córneas doadas. A coordenação da unidade aponta que a pandemia da Covid-19 foi um dos fatores que contribuíram para o aumento da fila.

Durante os anos de 2020 a 2022, as captações foram reduzidas ou paralisadas em função das restrições sanitárias. Mesmo após a retomada, o processo permaneceu limitado devido às regras de segurança impostas aos procedimentos de doação. Como consequência, o número de pacientes em lista de espera cresceu de forma significativa.

Causas culturais também impactam o número de doações

Além dos entraves estruturais, profissionais que atuam em transplantes de córnea no RN relatam que questões culturais também interferem na doação. O olho humano é um órgão com forte valor simbólico, e há resistência por parte de alguns familiares em autorizar a retirada do tecido.

Essa barreira cultural é apontada como um dos motivos pelos quais o número de doações de córnea no estado ainda é reduzido, mesmo com a ampliação das campanhas de conscientização sobre a importância da doação de órgãos e tecidos.

Organização e distribuição das córneas doadas

A Central de Transplantes do RN é responsável por organizar a fila de espera e distribuir os tecidos disponíveis. No caso das córneas, a ordem de prioridade é determinada pelo tempo de inscrição do paciente na lista e pelas características do tecido compatível.

Para que o sistema funcione de forma adequada, é essencial que todos os hospitais públicos e privados notifiquem imediatamente os óbitos à Central de Transplantes, permitindo que a equipe responsável entre em contato com os familiares e realize os procedimentos de avaliação e captação dentro do prazo legal.

Situação atual e apelo à conscientização da população

O Hospital Universitário Onofre Lopes concentra cerca de metade dos transplantes realizados no estado, e o Banco de Olhos mantém ações permanentes de incentivo à doação voluntária de córneas. Apesar disso, o número de cirurgias realizadas ainda é insuficiente para reduzir de forma significativa o tempo de espera dos pacientes.

Enquanto o estado enfrenta desafios relacionados à estrutura hospitalar, logística de notificação e conscientização pública, profissionais de saúde reforçam a importância da participação da população para ampliar as doações e reduzir o impacto da fila de espera no Rio Grande do Norte.

Foto: Lúcio Bernardo Jr / Agência Brasília / Gabriel Jabur/Agência Brasília/Ilustração

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UPA de Nova Esperança enfrenta superlotação e demora no atendimento em Parnamirim

UPA de Nova Esperança enfrenta superlotação e demora no atendimento em Parnamirim

Pacientes aguardam até seis horas por atendimento enquanto gestão da prefeita Nilda não apresenta soluções para crise na saúde

UPA de Nova Esperança enfrenta superlotação e demora no atendimento em Parnamirim

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Nova Esperança, em Parnamirim, segue enfrentando sérios problemas de superlotação e demora no atendimento, refletindo a precarização da saúde pública sob a gestão da prefeita Nilda. Na noite de segunda-feira, 3 de novembro, pacientes relataram ter aguardado por mais de seis horas para serem atendidos, mesmo com o quadro médico completo.

Apesar da presença de cinco clínicos gerais no plantão noturno, conforme informado pelo responsável pela unidade, não houve explicações claras sobre os motivos da demora no atendimento aos pacientes do período vespertino. A ausência de justificativas técnicas reforça a percepção de desorganização e falta de planejamento por parte da gestão municipal.

A superlotação nas segundas e terças-feiras já é considerada comum na unidade, mas a Prefeitura de Parnamirim não tem apresentado medidas concretas para enfrentar o problema. A falta de investimentos, ausência de ampliação da estrutura física e a não contratação de profissionais adicionais agravam a situação, deixando a população à mercê da espera e da incerteza.

A gestão da prefeita Nilda tem sido alvo de críticas por não priorizar a saúde pública em sua administração. A UPA de Nova Esperança, que deveria funcionar como referência no atendimento de urgência e emergência, tornou-se símbolo da precariedade dos serviços oferecidos à população. A demora no atendimento compromete a qualidade do serviço e coloca em risco a saúde dos pacientes, especialmente os que apresentam sintomas graves.

UPA de Nova Esperança enfrenta superlotação
UPA de Nova Esperança enfrenta superlotação

Moradores da região denunciam há meses a falta de insumos, a lentidão na triagem e a ausência de comunicação clara sobre os critérios de atendimento. Mesmo com estrutura médica aparentemente completa, o tempo de espera continua elevado, o que levanta dúvidas sobre a gestão dos fluxos internos e a eficiência dos protocolos adotados.

A Prefeitura de Parnamirim não apresentou plano de ação público para enfrentar a crise na unidade, tampouco anunciou reforço na equipe ou melhorias na infraestrutura. A ausência de respostas concretas e a falta de transparência sobre os problemas enfrentados pela UPA evidenciam o descaso da administração municipal com a saúde da população.

Enquanto não houver mudanças estruturais e administrativas, a UPA de Nova Esperança continuará sendo reflexo da precarização da saúde pública em Parnamirim. A demanda por atendimento cresce, mas a resposta da gestão permanece insuficiente, gerando indignação e sofrimento entre os usuários do sistema.

Foto: Prefeitura de Parnamirim/Reprodução

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Ministério da Saúde intensifica mobilização contra dengue no Brasil

Ministério da Saúde intensifica mobilização contra dengue no Brasil

Campanha nacional será realizada no sábado (8) com foco na prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti

Ministério da Saúde intensifica mobilização contra dengue no Brasil

O Ministério da Saúde anunciou uma mobilização nacional contra a dengue, marcada para o próximo sábado, 8 de novembro. A ação tem como objetivo conscientizar gestores públicos, profissionais da saúde e a população sobre a importância das medidas de prevenção contra o mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, zika e chikungunya.

A mobilização integra a campanha nacional “Não Dê Chance para Dengue, Zika e Chikungunya”, lançada pelo ministério em 3 de novembro. A iniciativa busca reforçar a assistência à saúde, intensificar ações de prevenção e identificar pontos estratégicos para combate ao mosquito nas cidades brasileiras.

Segundo dados do Ministério da Saúde, até o momento, foram registrados 1.611.826 casos prováveis de dengue em 2025, com 1.688 mortes confirmadas. Esses números representam uma redução de 75% nos casos e 72% nos óbitos em comparação ao mesmo período de 2024. Apesar da queda, o ministério considera o cenário preocupante, especialmente devido ao histórico de aumento de casos entre os meses de novembro e maio, período em que as condições climáticas favorecem a proliferação do mosquito.

Outro fator que gera preocupação é o crescimento do número de municípios em estado de alerta para a dengue. Levantamento realizado entre agosto e setembro apontou que cerca de 30% das cidades brasileiras já se encontram nessa situação. O Ministério da Saúde destaca a necessidade de atenção redobrada nesses locais e reforça a importância da participação da população nas ações de combate.

Dados coletados por agentes de combate a endemias em 3.200 municípios indicam que mais de 80% das larvas do Aedes aegypti foram encontradas em ambientes domiciliares. Os principais focos incluem vasos de plantas, pratinhos, garrafas reutilizadas, bebedouros, pneus, entulho, lixo, sucata, caixas d’água, cisternas, filtros, barris, calhas, ralos, vasos sanitários sem uso, tanques em obras, piscinas, fontes ornamentais, folhas de bromélias, casas de coco e cavidades de árvores.

Ministério da Saúde intensifica mobilização
Ministério da Saúde intensifica mobilização

As cinco unidades da federação com maior número de casos prováveis de dengue são São Paulo (890 mil), Minas Gerais (159,3 mil), Paraná (107,1 mil), Goiás (96,4 mil) e Rio Grande do Sul (84,7 mil). O estado de São Paulo lidera também em número de óbitos, com 1.096 mortes, o que representa 64% do total registrado no país.

Para enfrentar um possível aumento de casos, o Ministério da Saúde está adotando medidas em parceria com estados e municípios. Entre as ações estão o reforço na assistência com equipes da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), instalação de centros de hidratação e distribuição de insumos como larvicidas, testes e nebulizadores portáteis.

Além das ações imediatas, o ministério aposta na vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica chinesa WuXi Biologics. A expectativa é que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprove o imunizante até o fim de 2025, permitindo o início da aplicação das doses em 2026.

Após a aprovação, o Comitê Técnico do Programa Nacional de Imunizações definirá a estratégia de distribuição da vacina. A previsão é que 40 milhões de doses sejam produzidas e entregues ao Brasil no próximo ano, fortalecendo o combate à doença em todo o território nacional.

Foto: Marcelo Camargo/Fernando Frazão/Agência Brasil

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Curso sobre fissura labiopalatal reúne especialistas nacionais e internacionais no Hospital Infantil Varela Santiago

Curso sobre fissura labiopalatal reúne especialistas nacionais e internacionais no Hospital Infantil Varela Santiago

Curso promove capacitação de profissionais da saúde e destaca a importância da abordagem multidisciplinar no tratamento de fissuras labiopalatais.

Curso sobre fissura labiopalatal reúne especialistas nacionais e internacionais no Hospital Infantil Varela Santiago

O Hospital Infantil Varela Santiago promove nesta quinta e sexta-feira (6 e 7 de novembro), o VIII Curso Teórico-Prático de Fissura Labiopalatal, evento voltado à capacitação de profissionais da saúde que atuam no tratamento e reabilitação de pacientes com fissuras labiopalatais. O curso reafirma a importância da formação continuada e da atuação multidisciplinar no cuidado de crianças e adolescentes com malformações craniofaciais.

A iniciativa é uma realização do Hospital Infantil Varela Santiago, da FUNDEF (Fundação para Reabilitação das Deformidades Crânio-Faciais) e da Smile Train, maior organização mundial dedicada ao tratamento de fissuras, com apoio do Praiamar Natal Hotel.

Com carga horária de 40 horas, o curso será totalmente presencial e reunirá especialistas de renome nacional e internacional, oferecendo uma imersão nos aspectos clínicos, cirúrgicos, fonoaudiológicos, ortodônticos e psicossociais relacionados à reabilitação de pacientes com fissuras. A programação inclui aulas teóricas, discussões de casos, workshops e cirurgias ao vivo, realizadas no centro cirúrgico do Hospital Infantil Varela Santiago.

Curso sobre fissura labiopalatal
Curso sobre fissura labiopalatal

Entre os palestrantes confirmados estão nomes de referência na área, como o cirurgião plástico Renato Freitas, o médico chileno Carlos Giugliano, a fonoaudióloga Gabriela Prearo, o dentista Homero Aferri, a cirurgiã-dentista Marina Campodónico e os ortodontistas Henrique Telles, Adriano Germano e Rodrigo Matos.

O curso também contará com a participação ativa da equipe do Centro de Reabilitação de Fissuras Labiopalatais do RN (CREFIRN), referência no estado no atendimento integral a pacientes com fissuras.

A programação encerra no dia 7 de novembro, com uma mesa redonda sobre atuação multidisciplinar e um coquetel de confraternização no Praiamar Arena.

Com a união de ciência, prática e humanização, o VIII Curso Teórico-Prático de Fissura Labiopalatal reforça o compromisso das instituições envolvidas com a excelência na formação profissional e com a melhoria contínua da qualidade de vida de pacientes com fissuras labiopalatais.

Foto: Divulgação

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Crise na saúde pública do RN: morte por falta de UTI expõe o caos

Crise na saúde pública do RN: morte por falta de UTI expõe o caos

Editorial POR DENTRO DO RN

A saúde pública no Rio Grande do Norte chegou a um nível inaceitável de colapso. Na última sexta-feira (31), dois pacientes morreram à espera de leito de UTI: o antenista Erberson Kleber Clementino, de 43 anos, em Santa Cruz, e o aposentado Agenor Tomaz Pereira, de 91, em Pendências. Esses dois casos são tragédia, mas também símbolo claro da falência administrativa que se instalou no setor sob o governo de Fátima Bezerra (PT).

Erberson havia sido internado no Hospital Municipal de Santa Cruz e uma decisão judicial já determinava sua transferência para o leito de UTI. Mesmo assim, a vaga não chegou a tempo. Enquanto isso, Agenor aguardava em Pendências, já em idade avançada, sem o cuidado intensivo que poderia lhe dar alguma chance. Essa dolorosa realidade mostra que o RN não aguenta mais discursos de “régua de cristal” ou justificativas burocráticas.

Gestão ausente, população penalizada

A secretaria estadual de saúde (Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte – Sesap) afirmou que trabalha com ampliação de leitos — quase dobrou a quantidade desde 2018 — mas os resultados não chegam à ponta. Todo anúncio de leitos novos contrasta com mortes evitáveis em municípios do interior. Um Estado que se vangloria de “ter mais de 294 leitos de UTI” (entre próprios e contratados) continua a perder vidas por falta de regulação, infraestrutura e logística.

Os dois óbitos recentes escancararam o descaso: espera de horas – ou dias –, decisões judiciais ignoradas, ausência de transporte, regulação lenta, hospitais sem equipamentos ou equipes adequadas. Esse tipo de falha não é acidente; é reflexo de uma liderança que não governa, mas apenas anuncia. A governadora Fátima Bezerra, que tem sob seu guarda-chuva a Sesap, é diretamente responsável por esse estado de coisas. O governo estadual não pode alegar “herança” indefinidamente.

Impacto humano, política irresponsável

São vidas humanas: Erberson, profissional ativo, com 43 anos de vida pela frente; Agenor, idoso, que já deveria estar descansando. O governo, porém, age como se essas pessoas fossem estatísticas banais em relatórios perfeitos. Um governador ou governadora sério defende os pacientes tanto quanto inaugura hospitais. Aqui, vemos inaugurações, discursos, notas oficiais – mas também vemos fila, morte, indignação.

A política da saúde exige priorização, urgência e transparência. Mas o que se vê são decisões lentas, falta de divulgação de dados corretos, regulação que parece atropelada. A Sesap em resposta recente tentou justificar a demora pela “limpeza” dos leitos ou regulação complexa, mas isso soa como desculpa quando vidas se apagam por falta de leito.

A crise na saúde pública do RN não é problema de fachada: é problema de falta de comando, de falta de prioridade e de falta de respeito com a vida humana.

Foto: Marcello Casal Jr. ABr/Ilustração

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Crise na saúde de Mossoró escancara falta de transparência e desrespeito da gestão Allyson Bezerra

Crise na saúde de Mossoró escancara falta de transparência e desrespeito da gestão Allyson Bezerra

Editorial POR DENTRO DO RN

A saúde pública de Mossoró vive um dos momentos mais críticos da história recente — e o principal responsável por isso tem nome e sobrenome: Allyson Bezerra, prefeito do município.

Com mais de 2.200 pessoas na fila de espera por cirurgias eletivas, o que já seria suficiente para acender o sinal vermelho em qualquer gestão comprometida, o problema se torna ainda mais grave diante da falta de transparência e respeito com as autoridades e com a população. O Ministério Público tenta, há quase três meses, obter informações básicas sobre a situação, mas a Prefeitura simplesmente ignora os despachos e pedidos formais do órgão fiscalizador.

É inadmissível que um gestor público trate com tamanho descaso um tema tão sensível. Negar informações ao Ministério Público é negar o direito da sociedade de saber o que está acontecendo com o dinheiro público e com a vida das pessoas.

O comportamento da gestão Allyson Bezerra diante da crise é de um autoritarismo silencioso e calculado, que tenta mascarar a ineficiência administrativa com discursos de propaganda e vídeos ensaiados — os mesmos que, no passado, mostravam o prefeito dentro de hospitais “zerando filas” que nunca foram zeradas.

Um cenário de dor e omissão

Por trás das planilhas, números e documentos ignorados, existem histórias humanas. São mulheres e homens em sofrimento, que vivem a angústia de esperar por um procedimento que poderia devolver dignidade, saúde e tranquilidade.

Enquanto isso, o prefeito faz pose de gestor eficiente nas redes sociais, e sua equipe tenta disfarçar a calamidade com dados falsos e promessas vazias. Em determinado momento, a secretaria de Saúde chegou a dizer ao Ministério Público que Mossoró realiza 20 cirurgias por semana — quando, na verdade, os dados oficiais do Ministério da Saúde mostram uma média de apenas 10 por mês.

A situação, nesse caso, não é apenas uma falha administrativa: é uma ofensa à verdade, um atentado à ética pública e um crime contra o povo de Mossoró.

Falta de gestão, excesso de propaganda

A atual gestão tem demonstrado mais habilidade em montar palanques do que em gerir serviços essenciais. A cidade, que já foi referência em saúde regional, agora amarga fila crescente, hospitais com repasses atrasados e pacientes em desespero.

A situação só se agravou porque a Prefeitura suspendeu pagamentos a instituições parceiras — como a Liga de Mossoró, o Hospital São Luiz e a Apamim —, levando à paralisação dos serviços e ao colapso da rede de cirurgias eletivas.

Mesmo após denúncias do Conselho Municipal de Saúde, que alertou o Ministério Público e propôs mutirões para amenizar o problema, a gestão Allyson preferiu ignorar. A omissão é tão grave quanto o problema.

Um retrato de desrespeito e irresponsabilidade

O caso revela o verdadeiro retrato da gestão Allyson Bezerra: um governo que prefere negar a realidade a enfrentá-la, que prefere calar diante da dor do povo a prestar contas de seus atos.

Não se trata de perseguição política, mas de fatos. Quando um prefeito se recusa a informar quantas pessoas estão na fila por uma cirurgia, ele assume o papel de cúmplice do sofrimento coletivo.

O que ocorre em Mossoró não é apenas uma falha administrativa — é um colapso ético, institucional e humano.

E diante disso, é impossível não afirmar: a crise na saúde de Mossoró tem dono. E o dono é o prefeito Allyson Bezerra.

Foto: Wilson Moreno/Secom/PMM

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Justiça determina retomada do atendimento médico no Hospital da Mulher em Mossoró

Justiça determina retomada do atendimento médico no Hospital da Mulher em Mossoró

Decisão obriga manutenção dos plantões de obstetrícia e neonatologia até dezembro de 2025 após suspensão comunicada pela empresa responsável

Justiça determina retomada de atendimento médico no Hospital da Mulher em Mossoró

A Justiça do Rio Grande do Norte determinou a retomada imediata do atendimento médico nas áreas de obstetrícia e neonatologia do Hospital Regional da Mulher Parteira Maria Correia, localizado em Mossoró, após a suspensão dos serviços comunicada pela empresa responsável pelas escalas médicas.

A decisão, proferida no sábado (1º), obriga a Associação de Assistência e Proteção à Maternidade e à Infância de Mossoró (APAMIM) e o Núcleo de Ginecologia e Obstetrícia de Mossoró (NGO) a manterem os plantões médicos por dois meses, contados a partir da notificação de rescisão emitida em 27 de outubro de 2025. Dessa forma, o atendimento deve seguir até 27 de dezembro de 2025.

Decisão atendeu pedido do Governo do Estado

O Estado do Rio Grande do Norte ingressou com uma ação judicial com pedido de tutela de urgência para impedir a paralisação dos serviços essenciais no hospital. O governo argumentou que a interrupção dos plantões de obstetrícia e neonatologia colocaria em risco o atendimento de gestantes e recém-nascidos, além de representar uma ameaça à continuidade da assistência pública na região Oeste potiguar.

A decisão judicial atendeu ao pedido da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), que reforçou a importância do Hospital da Mulher no suporte à rede materno-infantil do interior do estado. A unidade é referência para o atendimento de gestantes de alto risco e bebês prematuros em Mossoró e municípios vizinhos.

Serviços devem ser mantidos até transição segura

De acordo com a sentença, o juiz Rivaldo Pereira Neto, plantonista da 3ª Vara da Comarca de Pau dos Ferros, entendeu que os serviços de obstetrícia e neonatologia têm caráter essencial e, portanto, não podem ser interrompidos até que o Estado estabeleça uma transição segura ou formalize novo contrato com outra empresa prestadora.

“As empresas devem continuar a prestar os serviços médicos de assistência obstétrica e neonatal conforme a remuneração atual, pelo prazo de dois meses”, escreveu o magistrado na decisão.

O juiz também determinou que, caso o atendimento já tenha sido interrompido, os serviços devem ser restabelecidos em até 24 horas, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.

Penalidades e validade da decisão

A determinação judicial é válida por dois meses, contados a partir da data de notificação da rescisão contratual. Após esse período, as empresas ficam autorizadas a suspender os serviços sem necessidade de novo aviso, caso não haja nova determinação judicial ou assinatura de contrato substituto.

O magistrado ressaltou ainda que a manutenção temporária dos serviços não substitui a necessidade de o Estado buscar solução definitiva para a prestação de assistência médica na unidade, evitando riscos à continuidade do atendimento.

Hospital da Mulher é referência regional

O Hospital Regional da Mulher Parteira Maria Correia é uma das principais unidades de referência em saúde materno-infantil do Rio Grande do Norte. O hospital realiza atendimentos de partos normais e cesarianas, além de oferecer suporte neonatal especializado para bebês prematuros ou com complicações clínicas.

A unidade é gerida pela APAMIM, em parceria com o governo estadual, e atende pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) provenientes de Mossoró e de diversas cidades da região Oeste.

Segundo a Sesap, a continuidade dos plantões médicos é fundamental para garantir o funcionamento ininterrupto da maternidade e evitar sobrecarga em outras unidades hospitalares, especialmente nas cidades vizinhas.

Decisão

O impasse teve início após o Núcleo de Ginecologia e Obstetrícia de Mossoró (NGO) comunicar a rescisão contratual e a suspensão dos plantões médicos no fim de outubro, alegando questões administrativas. Diante do risco de desassistência à população, o Estado recorreu ao Judiciário solicitando intervenção urgente para assegurar a continuidade dos serviços.

Com a decisão em vigor, o atendimento deve seguir normalmente até 27 de dezembro de 2025, prazo estipulado para que o governo conclua o processo de contratação ou substituição da empresa responsável.

Foto: Carmem Felix/Governo do RN/Ilustração

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Câncer e cognição: como a neuropsicologia ajuda pacientes a enfrentar o chemobrain

Câncer e cognição: como a neuropsicologia ajuda pacientes a enfrentar o chemobrain

Alterações de memória e atenção após a quimioterapia afetam milhares de pacientes; técnicas de reabilitação neuropsicológica oferecem alívio e qualidade de vida

O tratamento oncológico pode trazer efeitos que vão além do corpo. Muitos pacientes relatam alterações cognitivas, como falhas de memória, dificuldade de atenção e lentidão no raciocínio, um fenômeno conhecido como “chemobrain” ou “névoa cognitiva”. Essas mudanças impactam diretamente a rotina e a qualidade de vida.

Estudos apontam que até 75% dos pacientes em quimioterapia apresentam algum grau de comprometimento cognitivo, especialmente em memória e atenção. Em parte deles, os sintomas melhoram em até um ano após o fim do tratamento, mas em outros podem persistir por mais tempo. Pesquisas também indicam que agentes quimioterápicos podem atravessar a barreira hematoencefálica e afetar neurotransmissores, contribuindo para os déficits.

A neuropsicologia oferece recursos importantes para tratar essas alterações. Programas de reabilitação cognitiva, tanto presenciais quanto online, já mostraram eficácia em reduzir queixas de memória e atenção em sobreviventes de câncer. Um estudo clínico com 167 pacientes identificou melhora significativa após intervenções computadorizadas de treino cognitivo. Diretrizes internacionais sugerem que a reabilitação cognitiva deve ser considerada intervenção de primeira linha para pacientes que apresentam déficits persistentes após a quimioterapia. Além disso, atividades físicas e práticas de mindfulness também têm demonstrado impacto positivo no funcionamento cerebral.

“Quando compreende que as dificuldades cognitivas são parte do processo e não uma falha pessoal, o paciente já encontra alívio. A neuropsicologia oferece caminhos para resgatar a autonomia e a confiança”, explica a psicóloga Candice Galvão, especialista em neuropsicologia e psicologia oncológica.

A avaliação cognitiva precoce, preferencialmente no início do tratamento oncológico, permite identificar alterações desde a base e personalizar estratégias de reabilitação. Isso garante maior adesão ao tratamento, menor impacto funcional e mais qualidade de vida.

À medida que a sobrevida dos pacientes com câncer aumenta, torna-se essencial incluir o cuidado neuropsicológico como parte da jornada terapêutica.

Sobre Candice Galvão

Candice Galvão é psicóloga com especialização em psicologia clínica, neuropsicologia e psicologia oncológica. Com mais de 10 anos de experiência, atende presencialmente na Clínica La Vie, na Av. Rodrigues Alves, 1069, bairro do Tirol, em Natal (RN), e também oferece atendimento online. Tem atuação reconhecida junto à Liga Contra o Câncer do Rio Grande do Norte e compartilha conhecimentos sobre saúde mental e cognição em seu Instagram: @candicegalvaopsicologia

Foto: Divulgação

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Mastologista potiguar explica o que é mito e verdade sobre o câncer de mama

Mastologista potiguar explica o que é mito e verdade sobre o câncer de mama

O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no Brasil e, apesar dos avanços na informação e no diagnóstico precoce, ainda é cercado por mitos que dificultam a prevenção e o cuidado.

Mastologista potiguar explica o que é mito e verdade sobre o câncer de mama

O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no Brasil e, apesar dos avanços na informação e no diagnóstico precoce, ainda é cercado por mitos que dificultam a prevenção e o cuidado.

Para ajudar a esclarecer o que é fato e o que é desinformação, a mastologista Jader Rodrigues Gonçalves, preceptor de Medicina da Universidade Potiguar (UnP), cujo curso é o único em instituição privada no Rio Grande do Norte reconhecido pelo MEC e parte integrante da Inspirali, o melhor ecossistema de educação em saúde do país, reuniu os principais mitos e verdades sobre o câncer de mama, destacando informações essenciais para a prevenção e o diagnóstico precoce da doença.

“Muitas pessoas têm receio de falar sobre o câncer de mama e acabam acreditando em informações incorretas que circulam há décadas. Desmistificar a doença é essencial para que homens e mulheres façam seus exames sem medo e busquem o diagnóstico precoce, que é o nosso maior aliado contra o câncer”, destaca o especialista.

Mitos

“Homens não têm câncer de mama.”

Falso. Embora raro, o câncer de mama também pode acometer homens — representando cerca de 1% dos casos. A falta de informação faz com que muitos ignorem sintomas como nódulos e retração do mamilo.

“Sutiã com alças causa câncer de mama.”

O uso do sutiã não tem relação com o desenvolvimento do câncer de mama. No entanto, modelos muito apertados ou de tamanho inadequado podem causar desconforto e até irritações na pele.

“Alguns desodorantes podem causar câncer de mama.”

Não há evidências científicas que comprovem essa relação. O que pode acontecer é o surgimento de irritações ou alergias na pele da axila, especialmente em pessoas sensíveis a certos componentes da fórmula.

“A mamografia dói muito.”

Mito. O exame pode causar um leve desconforto momentâneo devido à compressão da mama, mas a dor não é intensa nem perigosa. É um procedimento rápido, seguro e fundamental para detectar o câncer ainda em fase inicial.

“Ter histórico familiar é sinônimo de desenvolver a doença.”

Não necessariamente. Apesar de o fator genético aumentar o risco, a maioria dos casos ocorre em pessoas sem histórico familiar. Alimentação saudável, prática de exercícios e acompanhamento médico são medidas eficazes de prevenção.

“Próteses de silicone causam câncer de mama.”

Mito. Não há evidências científicas que comprovem relação entre implantes de silicone e o desenvolvimento do câncer. A presença da prótese apenas exige atenção especial na realização dos exames de imagem.

Verdades

“Quanto mais cedo for detectado, maiores as chances de cura.”

Verdade. O diagnóstico precoce é decisivo no tratamento e pode garantir taxas de cura superiores a 90%.

“O autoexame é importante, mas não substitui a mamografia.”

Exato. Palpar as mamas ajuda a conhecer o próprio corpo e identificar alterações, mas apenas a mamografia é capaz de detectar tumores muito pequenos, invisíveis ao toque.

“Homens também precisam estar atentos a alterações nas mamas.”

Sim. Caroços, secreção ou retração no mamilo devem ser avaliados por um mastologista, independentemente do sexo.

“Falar sobre o câncer de mama salva vidas.”

Verdade. O diálogo aberto e a informação correta ajudam a combater o medo, o preconceito e estimulam o diagnóstico precoce.

Foto: Divulgação

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Especialista explica como identificar os sintomas da ansiedade e apresenta estratégias para lidar com o nervosismo antes do Enem

Especialista explica como identificar os sintomas da ansiedade e apresenta estratégias para lidar com o nervosismo antes do Enem

Psicólogo da UnP orienta estudantes sobre como reconhecer os sinais da ansiedade e adotar práticas mais saudáveis para enfrentar o período pré-Enem com equilíbrio.

Especialista explica como identificar os sintomas da ansiedade e apresenta estratégias para lidar com o nervosismo antes do Enem

À medida que se aproxima o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), é comum que estudantes enfrentem sintomas de ansiedade e insegurança. Para muitos, esse período é marcado por uma pressão intensa e pela sensação de que o desempenho na prova pode definir o futuro. Moisés Braga, professor de Psicologia da Universidade Potiguar (UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de educação de qualidade do Brasil, o Ecossistema Ânima, explica como identificar os sinais de ansiedade e adotar estratégias mais saudáveis para lidar com esse momento.

Segundo o docente, os sintomas decorrentes de situações ansiosas são diversos e podem ser sutis ou bastante evidentes. “De um modo geral, para facilitar a identificação, podemos observar a partir de três perspectivas: comportamentais, emocionais ou fisiológicas. Por exemplo, nas comportamentais, perceber que está se alimentando além do que normalmente costuma, ou estar mais calado ou falante, mais agitado ou mais quieto. Podem também se apresentar como irritabilidade, impaciência, tristeza ou euforia, que são reações emocionais. Por fim, insônia, sono interrompido, náuseas, tontura, suor, tremores, dores de cabeça ou no corpo e fadiga são exemplos de reações fisiológicas”, explica.

Controlar esses sintomas, porém, não é tarefa fácil. “O ‘evento estressor’ se aproxima com o passar do tempo. Mas, normalmente, desenvolvemos estratégias ao longo da vida para lidar com situações desconfortáveis, e isso é bem particular. É importante destacar que nem sempre a estratégia que utilizamos é a melhor, mas sim a que é ou foi possível. Cabe identificar, reconhecer e avaliar. Parece simples, mas é uma tarefa muito difícil e, na maioria das vezes, precisamos de ajuda profissional, um psicólogo, no caso”, orienta o especialista.

Entre as estratégias mais comuns, descanso e lazer nas vésperas do Enem costumam ser recomendados, mas o especialista faz um alerta: “Essas estratégias são realmente auxílio para lidar com as situações ou são ‘fugas’, evitação ou até mesmo procrastinação?”, questiona.

O apoio de familiares e amigos também é fundamental nesse momento. “Evitar cobranças. A cobrança já existe para o candidato e é imposta por ele mesmo. Nada é pior que sermos cobrados por algo que já nos cobramos. Conhecendo a pessoa e a rotina, é possível pensar e encontrar maneiras de ajudá-la”, pontua.

No dia da prova, o professor lembra que manter a calma e o foco depende muito de cada indivíduo. “Entender que o que tinha que ser feito já foi feito e que o Enem é mais uma etapa e um desafio dentre tantos outros que surgirão ao longo da vida. É uma avaliação que pode mudar o rumo da vida, mas não é a sua vida. A vida não se resume a uma prova”, ressalta.

Por fim, o professor reforça a importância de buscar ajuda profissional sempre que houver sofrimento ou prejuízo na rotina. “Normalmente, digo que, se traz sofrimento e/ou prejuízo na rotina, seja da própria pessoa ou dos que convivem, é hora de buscar ajuda. Hoje temos muitas opções de acesso aos serviços de psicologia. A clínica-escola da UnP é uma das possibilidades, sempre com plantonistas para receber demandas. E, se houver a possibilidade de procurar um profissional de saúde mental devidamente registrado no conselho de classe, vá. A prevenção ainda é o melhor caminho”, conclui Moisés.

Aulão do Enem


Com foco em revisar os principais conteúdos cobrados no Exame Nacional do Ensino Médio, a UnP realiza o tradicional aulão solidário de revisão para o Enem. As inscrições seguem abertas no link www.even3.com.br/enemunp-641150/. No dia do evento, os candidatos devem doar um quilo de alimento não perecível, que será destinado a famílias em situação de vulnerabilidade. O credenciamento terá início às 7h30, e a programação se encerrará às 17h, no Hotel Holliday Inn, zona Sul de Natal.

Durante toda a programação, intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais) estarão disponíveis, garantindo que todos os estudantes possam aprender e aproveitar o evento ao máximo. Além disso, um espaço de relaxamento com massagens estará disponível para que os participantes possam repor as energias durante o dia.

Plataforma de revisão


Paralelamente ao aulão, a Ânima Educação, em parceria com a UnP e as outras instituições do grupo, disponibiliza a plataforma “Preparação Enem”. A ferramenta é gratuita e está disponível no site www.enem.animaeducacao.com.br, oferecendo vídeos e diversos materiais de apoio para auxiliar os estudantes na preparação para o exame.

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Covid-19 deixou 149 mil crianças e adolescentes órfãos no Brasil em 2020 e 2021

Covid-19 deixou 149 mil crianças e adolescentes órfãos no Brasil em 2020 e 2021

Estudo revela impacto da pandemia na estrutura familiar e desigualdades regionais na orfandade infantil

Covid-19 deixou 149 mil crianças e adolescentes órfãos no Brasil em 2020 e 2021

A pandemia de covid-19 causou impactos diretos e indiretos em milhões de brasileiros. Além das mais de 700 mil mortes registradas no país, um estudo recente estima que 284 mil crianças e adolescentes perderam pais, avós ou outros cuidadores familiares apenas nos anos de 2020 e 2021. Dentre esses, 149 mil perderam pai, mãe ou ambos, tornando-se órfãos diretos da pandemia.

A pesquisa foi conduzida por especialistas do Brasil, Reino Unido e Estados Unidos, com o objetivo de dimensionar a orfandade causada pela pandemia e evidenciar as desigualdades regionais no país. Os dados foram obtidos por meio de modelos estatísticos baseados em taxas de natalidade e excesso de mortalidade.

Principais dados do estudo

  • 1,3 milhão de crianças e adolescentes de 0 a 17 anos perderam um ou ambos os pais ou cuidadores por diversas causas;
  • 284 mil dessas perdas foram atribuídas à covid-19;
  • 149 mil crianças e adolescentes ficaram órfãos de pai, mãe ou ambos por causa da doença;
  • 70,5% perderam o pai, 29,4% a mãe e 160 sofreram orfandade dupla;
  • A taxa nacional foi de 2,8 órfãos por mil crianças e adolescentes;
  • Os estados com maiores taxas de orfandade foram Mato Grosso (4,4), Rondônia (4,3) e Mato Grosso do Sul (3,8);
  • As menores taxas foram registradas no Rio Grande do Norte (2,0), Santa Catarina (1,6) e Pará (1,4).
covid-19 deixou 149 mil crianças e adolescentes órfãos
covid-19 deixou 149 mil crianças e adolescentes órfãos

Impactos sociais e econômicos

A perda de pais ou cuidadores afetou diretamente a estrutura familiar e aumentou a vulnerabilidade de milhares de crianças. Muitos dos falecidos eram responsáveis pelo sustento da casa ou pelo cuidado diário dos menores. A ausência de representação legal também foi um problema recorrente, com aumento nos pedidos de guarda por parentes próximos.

Durante a pandemia, promotorias da infância e juventude, como a de Campinas (SP), passaram a monitorar certidões de óbito para identificar crianças órfãs. A promotoria localizou quase 500 crianças em situação de orfandade apenas em 2020, a partir da análise manual de mais de 3 mil certidões.

Além da perda emocional, muitas famílias enfrentaram dificuldades financeiras. Em alguns casos, como o de filhos de microempreendedores, a contribuição previdenciária garantiu pensão por morte. No entanto, a maioria dos órfãos era de famílias de trabalhadores informais ou de setores essenciais, como limpeza, transporte e alimentação, que não puderam se isolar durante a pandemia.

Ferramentas de identificação

O estudo também utilizou dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen/Brasil), que identificou 12,2 mil crianças de até 6 anos que ficaram órfãs entre março de 2020 e setembro de 2021. Esses dados foram obtidos por meio do cruzamento de CPFs vinculados às certidões de nascimento dos pais, uma ferramenta considerada única no mundo.

Embora os dados da Arpen cubram apenas crianças nascidas a partir de 2015 ou com certidões reemitidas, eles serviram para validar as estimativas do estudo. A combinação de dados estatísticos e registros civis permitiu uma análise mais precisa da dimensão da orfandade no Brasil.

Foto: Alex Pazuello/Altemar Alcantara/Semcom/Prefeitura de Manaus

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Servidora do Walfredo Gurgel sofre queimadura química após exposição a produto hospitalar

Servidora do Walfredo Gurgel sofre queimadura química após exposição a produto hospitalar

Trabalhadora foi atingida por vapores do produto Bacterend OX, à base de ácido peracético, usado em testes no setor de esterilização do hospital

Servidora do Walfredo Gurgel sofre queimadura química após exposição a produto hospitalar

Uma servidora do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, sofreu queimadura química na córnea e lesão na retina após ser exposta aos vapores do produto Bacterend OX, utilizado no Centro de Esterilização de Equipamentos Respiratórios da unidade. O produto contém ácido peracético, substância de alto poder corrosivo, e havia sido adotado em caráter experimental como substituto do hipoclorito de sódio (água sanitária).

De acordo com informações de segurança disponíveis na bula do produto e em bases públicas, o ácido peracético pode causar queimaduras severas e danos permanentes à visão em caso de contato direto ou inalação prolongada. O caso foi divulgado pelo portal da Tropical.

O acidente ocorreu durante o expediente, quando a trabalhadora teve contato com os vapores do desinfetante. Segundo relatório médico emitido pelo próprio hospital, o diagnóstico foi de “queimadura da córnea e saco conjuntival”, com relato de dor intensa e perda parcial da acuidade visual logo após a exposição. O documento foi anexado ao prontuário clínico da servidora, que segue em acompanhamento oftalmológico.

Alerta ignorado

O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde-RN) informou que a coordenação do setor já havia sido alertada sobre os riscos do produto antes do início dos testes. Ainda assim, o Bacterend OX foi utilizado no processo de esterilização.

Mensagens internas obtidas pelo sindicato mostram que a chefia do Centro de Esterilização comunicou aos funcionários que o produto seria testado e orientou apenas que relatassem “caso ocorresse alguma reação ao produto, mesmo com o uso de EPIs adequados”.

O Sindsaúde argumenta que a decisão de realizar o teste foi tomada sem a devida análise de segurança química e sem acompanhamento técnico especializado, o que teria exposto os trabalhadores a risco elevado de intoxicação e queimaduras.

Produto de uso restrito

De acordo com dados de registro e segurança, o Bacterend OX é classificado como de uso exclusivamente profissional e requer manipulação em ambientes com ventilação controlada. A substância é composta por ácido peracético, peróxido de hidrogênio e ácido acético, elementos que liberam vapores tóxicos capazes de causar irritação respiratória e lesões oculares graves.

A substituição do hipoclorito de sódio pelo ácido peracético teria sido feita como parte de um teste interno, segundo o sindicato. A servidora atingida é mãe de três filhos e, de acordo com o Sindsaúde, pode ter sequelas permanentes na visão em razão das lesões sofridas.

Reivindicações e providências

O Sindsaúde-RN protocolou pedido formal à Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) para que determine a suspensão imediata do uso do Bacterend OX em todas as unidades do sistema estadual até a conclusão de uma avaliação técnica. O sindicato também solicita assistência integral à servidora afetada e a abertura de investigação sobre as condições de trabalho e segurança química nos centros de esterilização hospitalar.

Além da preocupação com os servidores, a entidade alerta para o risco de que equipamentos esterilizados com o produto retornem ao uso clínico, o que, segundo o sindicato, poderia expor pacientes à inalação ou contato com resíduos tóxicos.

O sindicato pede que a Sesap adote medidas de prevenção e estabeleça protocolos claros de segurança para manipulação de agentes químicos em ambientes hospitalares. Até a publicação desta matéria, a Sesap ainda não havia se pronunciado sobre o caso.

Foto: Reprodução / Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Brasil registra 15 mortes e 58 casos de intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas

Brasil registra 15 mortes e 58 casos de intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas

Boletim do Ministério da Saúde mostra aumento de 50% no número de mortes em dois dias. São Paulo concentra a maioria dos casos e óbitos

Brasil registra 15 mortes e 58 casos de intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas

O Brasil registrou 58 casos confirmados de intoxicação por metanol relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas, segundo balanço divulgado nesta sexta-feira (24) pelo Ministério da Saúde. O levantamento também aponta 15 mortes confirmadas em decorrência da substância tóxica.

O número representa um aumento de 50% nas mortes em apenas dois dias, em comparação ao boletim anterior divulgado na quarta-feira (22), que contabilizava 10 óbitos.

De acordo com o Ministério da Saúde, há 50 casos sob investigação, enquanto 635 notificações suspeitas foram descartadas após análise laboratorial.

São Paulo lidera casos e mortes

O Estado de São Paulo concentra a maior parte das ocorrências, com 44 casos confirmados e 14 em investigação. Também foram confirmados casos em outros Estados: Pernambuco (5), Paraná (6), Rio Grande do Sul (1), Mato Grosso (1) e Tocantins (1).

Entre as 15 mortes confirmadas, São Paulo responde por nove, seguido do Paraná, com quatro, e Pernambuco, com duas vítimas. O levantamento indica ainda que nove óbitos seguem em investigação, sendo quatro em Pernambuco, dois no Paraná, um em Minas Gerais, um no Mato Grosso do Sul e um em São Paulo. Outras 32 notificações de mortes foram descartadas após exames periciais.

Mortes recentes e vítimas em destaque

Entre as mortes mais recentes está a do estudante Rafael dos Anjos Martins, internado há mais de 50 dias em coma no Hospital São Luiz, em Osasco (SP). Ele faleceu na quinta-feira (23) em decorrência de complicações provocadas pela intoxicação.

No Paraná, dois pacientes — um homem e uma mulher — que estavam internados em Curitiba também morreram na quarta-feira (22). Os óbitos ocorreram após a publicação do boletim anterior e foram incluídos na nova atualização do Ministério da Saúde.

As autoridades estaduais seguem acompanhando as investigações sobre a origem das bebidas consumidas pelas vítimas. Amostras foram coletadas e enviadas para análise laboratorial, com o objetivo de identificar os produtos e fabricantes envolvidos.

Investigação e monitoramento

O Ministério da Saúde informou que os casos vêm sendo monitorados em conjunto com as Secretarias Estaduais de Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O órgão orientou os Estados a intensificarem as ações de vigilância sanitária e fiscalização de bebidas para evitar novas ocorrências.

Em São Paulo, a Polícia Civil e o Instituto Adolfo Lutz trabalham na análise de bebidas suspeitas apreendidas em diferentes municípios, entre eles Osasco, Campinas e Sorocaba. Em Pernambuco e no Paraná, equipes de vigilância também realizam inspeções em bares, distribuidoras e fábricas clandestinas.

O que é o metanol

O metanol é uma substância altamente tóxica utilizada em processos industriais e não deve ser empregada na fabricação de bebidas. O consumo, mesmo em pequenas quantidades, pode provocar cegueira, falência múltipla de órgãos e morte.

A substância não possui odor nem sabor característicos, o que dificulta a identificação quando misturada a bebidas alcoólicas.

Sintomas e riscos à saúde

Os sintomas de intoxicação por metanol surgem entre seis e 72 horas após a ingestão e podem ser confundidos com os de uma ressaca comum. Entre os sinais iniciais estão dor de cabeça, náuseas, vômitos, tontura, sonolência e confusão mental.

Nos casos mais graves, podem ocorrer dor abdominal intensa, alterações visuais (como visão embaçada, sensibilidade à luz, pontos escuros ou perda total da visão), dificuldade para respirar, convulsões e coma.

A recomendação do Ministério da Saúde é que qualquer pessoa que apresente esses sintomas após consumir bebidas de procedência duvidosa procure atendimento médico imediato.

Medidas preventivas

As autoridades reforçam a importância de verificar a procedência das bebidas antes do consumo, evitando produtos sem rótulo, sem registro ou com preço abaixo do mercado. As denúncias de fabricação ou comercialização irregular podem ser feitas aos órgãos de vigilância sanitária locais.

O Ministério da Saúde mantém um canal de monitoramento e divulgação dos casos e informou que novos boletins epidemiológicos serão publicados conforme a atualização das investigações estaduais.

Foto: cottonbro studio/Pexels / Skyler Ewing/Pexels / Marcelo Camargo/Agência Brasil

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MPRN move ação civil pública contra Humana Saúde por interrupção de terapias para crianças com autismo

MPRN move ação civil pública contra Humana Saúde por interrupção de terapias para crianças com autismo

Plano de saúde descredenciou clínicas em Natal, gerando desassistência e filas de espera; Ministério Público pede indenização de R$ 1 milhão

O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte (MPRN) ajuizou uma Ação Civil Pública por danos morais coletivos contra a operadora Humana Saúde Nordeste Ltda. O motivo da ação é a interrupção das terapias essenciais para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), resultado do descredenciamento abrupto de clínicas especializadas que prestavam serviço aos beneficiários do plano.

A ação foi protocolada pelas Promotorias de Defesa do Consumidor e da Pessoa com Deficiência de Natal. O MPRN requer a condenação da operadora ao pagamento de uma indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 1 milhão, que deve ser revertido ao Fundo Estadual de Defesa dos Direitos Difusos. O objetivo da medida é reparar o abalo social causado e servir como inibidor para práticas semelhantes por outras operadoras de planos de saúde.

Descredenciamento e falta de alternativa equivalente

A investigação que originou a Ação Civil Pública começou após denúncias apresentadas por famílias de pacientes e pela Associação Brasileira de Apoio à Pessoa com Deficiência (ABAPED). Os relatos indicaram que a Humana Saúde descredenciou, entre junho e julho de 2024, as clínicas Cliap, Reability Center e Polaris, sem garantir uma substituição equivalente para o atendimento das crianças com TEA.

O inquérito civil conduzido pelo MPRN apurou que, com o descredenciamento, a operadora de plano de saúde concentrou os atendimentos na clínica própria Janela Lúdica. Contudo, um laudo técnico elaborado pela Central de Apoio Técnico Especializado do MPRN (CATE/MPRN) concluiu que a clínica própria não possui estrutura suficiente nem a diversidade terapêutica equivalente às clínicas descredenciadas.

O relatório do CATE/MPRN evidenciou a redução no número de terapias oferecidas, a formação de filas de espera para agendamento, e a substituição de sessões individuais por atendimentos coletivos. Tais fatores configuram a desassistência a um público considerado hipervulnerável e prejudicam a continuidade dos tratamentos, que são cruciais para a evolução clínica de pessoas com TEA.

Violação de normas e legislação do autismo

O MPRN sustenta que a conduta da Humana Saúde violou uma série de normas consumeristas e regulatórias. Entre as infrações citadas, está o descumprimento das Resoluções Normativas nº 566/2022 e nº 567/2022 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), as quais tratam da obrigatoriedade de substituição equivalente de prestadores de serviço em casos de descredenciamento.

Adicionalmente, o Ministério Público aponta a violação do Código de Defesa do Consumidor e da Lei nº 9.656/98 (Lei dos Planos de Saúde).

A ação judicial enfatiza, ainda, que as leis federais específicas para a proteção dos direitos das pessoas com deficiência foram infringidas. O MPRN ressalta a importância da Lei nº 12.764/2012 (Lei Berenice Piana) e da Lei nº 13.146/2015 (Lei Brasileira de Inclusão). Ambas as leis impõem às operadoras o dever de assegurar o atendimento contínuo e equivalente às pessoas com deficiência.

Para crianças com TEA, este dever é considerado fundamental, pois a evolução de seu quadro clínico depende de terapias precoces, intensivas e ininterruptas. O trabalho conjunto do MPRN, abrangendo as esferas judicial, administrativa e regulatória, visa garantir que a saúde suplementar respeite o direito das pessoas com deficiência e mantenha a continuidade terapêutica.

Medidas administrativas e descumprimento de liminares

Além do ajuizamento da Ação Civil Pública, o MPRN encaminhou representações à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e ao Procon Municipal de Natal. O objetivo dessas representações é solicitar a instauração de processos administrativos para a apuração e aplicação de sanções às irregularidades cometidas pela operadora Humana Saúde.

O Ministério Público também trouxe à tona que diversas decisões judiciais individuais já reconheceram a irregularidade da conduta da Humana Saúde. Essas decisões determinaram a retomada imediata dos tratamentos nas clínicas descredenciadas, com destaque para a clínica Cliap. No entanto, o MPRN colheu relatos de descumprimento de liminares e a persistência de filas de espera, o que configura reiterado desrespeito ao direito fundamental à saúde e à dignidade da pessoa humana dos beneficiários.

A Humana ainda não se pronunciou sobre a situação. O espaço segue aberto para eventual nota da operadora.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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MPRN recomenda reformas urgentes no Hospital João Machado após identificar risco elétrico e estrutural

MPRN recomenda reformas urgentes no Hospital João Machado após identificar risco elétrico e estrutural

Relatório aponta falhas graves em instalações e estruturas do hospital; Sesap tem 60 dias para adotar medidas corretivas

MPRN recomenda reformas urgentes no Hospital João Machado após identificar risco elétrico e estrutural

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), por meio da 47ª Promotoria de Justiça de Natal, emitiu uma recomendação à Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) para que adote medidas imediatas visando sanar problemas estruturais no Hospital Geral Dr. João Machado, em Natal. A ação tem como base um relatório técnico que identificou falhas graves nas instalações do hospital, incluindo riscos elétricos e estruturais considerados urgentes.

De acordo com o documento elaborado pela Central de Apoio Técnico Especializado do MPRN (CATE/MPRN), a vistoria apontou a necessidade de mais de 20 intervenções na unidade hospitalar. Dentre essas, sete foram classificadas como urgentes e essenciais para garantir a segurança de pacientes, profissionais de saúde e demais usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

O Ministério Público recomendou que a Sesap elabore e execute um plano de manutenção preventiva permanente, contemplando inspeções periódicas nas estruturas físicas e instalações prediais. O objetivo é evitar a reincidência dos problemas constatados e assegurar o funcionamento adequado do hospital.

Irregularidades e riscos constatados

Durante a inspeção técnica, o MPRN constatou risco elétrico em razão de instalações antigas e sem o isolamento adequado. O relatório alerta que a situação pode ocasionar choques elétricos ou incêndios, representando perigo imediato para o funcionamento da unidade.

Além dos problemas elétricos, a vistoria identificou deterioração estrutural em diferentes partes do prédio. Foram observadas fissuras, corrosão e desplacamento de concreto em pilares, além de comprometimento nas lajes — especialmente na área da entrada principal, onde há risco de colapso parcial.

Outro ponto destacado pela equipe técnica foi a insalubridade em setores do hospital, causada pela presença de mofo, infiltrações e ventilação deficiente. Segundo o relatório, essas condições afetam diretamente a segurança e o bem-estar de pacientes e servidores.

A análise do MPRN concluiu que o prédio não atende aos critérios mínimos de segurança, conforto e funcionalidade exigidos para ambientes hospitalares. O órgão enfatizou que a execução imediata de obras corretivas e estruturais é indispensável para adequar o hospital às normas técnicas e de saúde pública.

Prazo e medidas determinadas

Na recomendação, o Ministério Público estabeleceu prazo de 60 dias para que a Sesap adote as providências necessárias e apresente um relatório técnico atualizado sobre o cumprimento das determinações. As intervenções consideradas de maior gravidade e com risco iminente devem ser priorizadas.

A Promotoria de Justiça reforçou que o não cumprimento das medidas poderá resultar na adoção de ações judiciais cabíveis. O órgão destacou ainda que a finalidade da recomendação é assegurar a integridade física de pacientes e servidores, além da continuidade dos serviços prestados à população.

O Hospital João Machado é uma das principais unidades de saúde pública do estado e atende pacientes de diversos municípios da Região Metropolitana de Natal. A unidade é referência em atendimento psiquiátrico e clínico, sendo considerada estratégica para a rede estadual de saúde.

Com a recomendação, o MPRN busca garantir que a Sesap adote medidas eficazes para corrigir as falhas estruturais e assegurar condições adequadas de funcionamento no hospital.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Luto e cuidados emocionais no Dia de Finados: especialistas orientam sobre como atravessar o período de perda

Luto e cuidados emocionais no Dia de Finados: especialistas orientam sobre como atravessar o período de perda

Psicólogas do Núcleo Apego e Perdas explicam nuances do luto e estratégias de acolhimento emocional para quem enfrenta a perda de entes queridos

Luto e cuidados emocionais no Dia de Finados: especialistas orientam sobre como atravessar o período de perda

Com a chegada do Dia de Finados, em 2 de novembro, muitas pessoas sentem a intensificação da saudade, da tristeza e até da ansiedade. É um período em que lembranças e memórias de quem partiu se tornam mais presentes, podendo trazer à tona emoções intensas e, por vezes, inesperadas. Pensando nisso, o Núcleo Apego e Perdas, formado pelas psicólogas Millena Câmara, Kátia Bezerra e Marianna Mendes, orienta sobre como atravessar esse período com o devido acolhimento e cuidados emocionais.

“O luto é uma experiência profundamente pessoal e única. Cada pessoa reage de maneira diferente à perda, e datas significativas como o Dia de Finados podem intensificar sentimentos de vazio, saudade ou desamparo. Nosso papel é oferecer escuta, acolhimento e suporte, ajudando que essas emoções sejam vividas e compreendidas de forma saudável”, explica Millena Câmara.

Kátia Bezerra reforça a importância de observar as pequenas manifestações do luto no dia a dia, especialmente as famílias com crianças. “É importante incluir a criança nos rituais de saudade, convidando-as a expressar seus sentimentos, visitar um cemitério, ver fotos, ou até fazer algo junto aos familiares para lembrar quem está ausente. Além da tristeza, podem surgir sentimentos de irritabilidade, apatia, agressividade, desatenção, e tudo isso faz parte do repertório emocional da criança diante de seu luto. Reconhecer essas emoções, acolhê-las e permitir sua expressão é parte essencial de uma vivência saudável do seu sofrimento”.

Para Marianna Mendes, falar sobre a perda e buscar apoio faz diferença no cotidiano: “O luto nos acompanha de maneiras singulares. Compartilhar o que se sente nesse momento, seja com alguém de confiança ou com profissionais especializados, ajuda a dar sentido à dor — é um gesto de cuidado diante do que a ausência pode representar e uma forma de acolher as lembranças, especialmente nas datas que despertam saudade.”

O Núcleo Apego e Perdas oferece atendimento especializado em luto, individual ou em grupo, para auxiliar na vivência da saudade, da dor e da memória afetiva de quem partiu. Além disso, capacita profissionais de saúde, educação e setor funerário, ampliando a compreensão sobre o sofrimento humano e promovendo práticas de acolhimento e cuidado emocional.

Segundo Millena Câmara, a atenção às emoções cotidianas faz diferença no processo de luto: “Entre a dor e a saudade, sentir-se escutado, acolhido e respeitado ajuda a organizar as emoções e fortalece a capacidade de lidar com a perda de maneira mais saudável. Pequenos gestos de cuidado emocional podem ter impacto profundo na vida de quem sofre.”

Luto e cuidados emocionais no Dia de Finados
Luto e cuidados emocionais no Dia de Finados

Capacitação de profissionais: curso “Intervenção e cuidado ao luto no contexto funerário”

O Núcleo Apego e Perdas também realiza encontros, oficinas, palestras e cursos de capacitação nesta área para os profissionais que lidam com apego, luto e perdas em seu dia a dia. O próximo curso abordará como oferecer acolhimento às famílias, atenção às emoções e estratégias para promover cuidado emocional aos enlutados. A psicóloga Millena Câmara, com mais de 25 anos de experiência, conduzirá reflexões sobre o cuidado às pessoas enlutadas e sobre a humanização no contexto funerário. O objetivo da capacitação é discutir possibilidades de cuidado tanto para pessoas enlutadas quanto para profissionais que lidam com perdas, promovendo escuta, atenção e humanização do luto.

O Núcleo reforça que profissionais preparados e atentos ao luto contribuem para que os rituais funerários se tornem espaços de despedida digna e apoio emocional, minimizando possíveis traumas e fortalecendo vínculos familiares e sociais durante o processo de perda. Para inscrições e mais informações, acesse: www.apegoeperdas.com

Sobre o Núcleo Apego e Perdas


O Núcleo Apego e Perdas é referência no cuidado com pessoas enlutadas em toda a região Nordeste. Formado pelas psicólogas Millena Câmara, Kátia Bezerra e Marianna Mendes, que realizam atendimentos especializados com diferentes enfoques complementares na área, o núcleo contabiliza 14 anos de atuação em Natal/RN. Além de oferecer suporte direto às pessoas enlutadas, capacita profissionais que lidam com perdas no dia a dia, promovendo atenção, acolhimento e compreensão no manejo do luto em todas as esferas.

Foto: Divulgação

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Servidores administrativos da saúde do RN entram em greve por tempo indeterminado

Servidores administrativos da saúde do RN entram em greve por tempo indeterminado

Categoria cobra melhorias salariais, jornada reduzida e implementação de benefícios

Servidores administrativos da saúde do RN entram em greve por tempo indeterminado

Os servidores administrativos da saúde estadual do Rio Grande do Norte iniciaram, nesta segunda-feira (20), uma greve por tempo indeterminado. A paralisação foi aprovada por unanimidade em assembleia realizada no dia 15 de outubro e reflete o impasse nas negociações entre a categoria e o Governo do Estado, liderado pela governadora Fátima Bezerra (PT).

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde/RN), os servidores reivindicam melhorias nas condições de trabalho e na remuneração. Entre os principais pontos da pauta estão a redução da jornada de trabalho para 108 horas mensais (equivalente a 30 horas semanais) e 144 horas mensais (equivalente a 40 horas semanais), conforme os diferentes vínculos funcionais.

A categoria também exige o pagamento de horas extras previstas no Artigo 30 da Lei nº 694/2022, que trata do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) dos servidores da saúde. Outra reivindicação é a implementação do vale-alimentação, benefício que ainda não foi concedido aos trabalhadores administrativos da rede estadual.

Além disso, os servidores cobram o reajuste das gratificações destinadas a coordenadores e chefias, que estão congeladas há mais de 20 anos. Em nota divulgada pelo sindicato, a categoria defende que essas gratificações sejam calculadas com base em 20% do vencimento básico, como forma de valorização das funções de liderança exercidas nas unidades de saúde.

O Sindsaúde/RN aponta que os trabalhadores enfrentam baixa remuneração, negação de direitos básicos e sobrecarga de trabalho. Esses fatores, segundo a entidade, têm impactado diretamente a qualidade de vida dos servidores e o desempenho das atividades nas unidades de saúde pública do estado.

Servidores administrativos da saúde do RN entram em greve
Servidores administrativos da saúde do RN entram em greve

A greve ocorre em meio a um cenário de pressão por melhorias na gestão da saúde estadual, especialmente no que diz respeito à valorização dos profissionais que atuam na área administrativa. A categoria afirma que tem buscado diálogo com o governo, mas que não houve avanços concretos nas propostas apresentadas até o momento.

Durante o período de paralisação, os serviços administrativos nas unidades de saúde podem ser afetados, incluindo setores como recepção, agendamento, regulação, apoio técnico e gestão interna. O sindicato informou que manterá equipes mínimas para garantir o funcionamento de serviços essenciais, conforme determina a legislação vigente.

A mobilização dos servidores inclui atos públicos, assembleias permanentes e visitas às unidades de saúde para conscientização da população e dos demais profissionais sobre as reivindicações. A categoria também pretende intensificar a pressão junto à Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e à Governadoria.

O Governo do Estado ainda não se pronunciou oficialmente sobre a greve. A expectativa é que novas rodadas de negociação sejam realizadas nos próximos dias para buscar uma solução que atenda às demandas dos servidores e minimize os impactos à população.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Médicos encerram paralisação e retomam atendimentos em Natal após acordo com Prefeitura

Médicos encerram paralisação e retomam atendimentos em Natal após acordo com Prefeitura

Categoria decidiu encerrar movimento após compromisso da Prefeitura de apresentar calendário de pagamentos e plano de quitação de dívidas

Médicos encerram paralisação e retomam atendimentos em Natal após acordo com Prefeitura

Os médicos da alta e média complexidade decidiram, em reunião realizada na noite desta sexta-feira (17), encerrar a paralisação iniciada na última terça-feira (14) e retomar imediatamente ao trabalho em Natal. O movimento havia provocado a suspensão de cerca de 100 cirurgias eletivas em hospitais conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS) na rede municipal, segundo informações da Liga contra o Câncer e do Hospital Infantil Varela Santiago.

A decisão dos profissionais, que reúnem aproximadamente 120 médicos, ocorreu após a Prefeitura de Natal assumir o compromisso de apresentar o calendário de pagamento referente ao mês de setembro e um plano de quitação das pendências financeiras a partir de outubro. Uma nova reunião está marcada para a próxima quarta-feira (22), quando o tema será detalhado, incluindo o pagamento das dívidas acumuladas dos últimos três meses.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), os médicos aceitaram o compromisso e retomaram integralmente os procedimentos na manhã deste sábado (18), normalizando o funcionamento dos serviços.

Durante a paralisação, foram afetadas cirurgias e atendimentos de diversas especialidades, incluindo oncologia, neurocirurgia, mastologia, urologia, cirurgia de cabeça e pescoço, cirurgia torácica, cirurgia plástica, ortopedia oncológica, ginecologia oncológica, cirurgia pediátrica e cirurgia cardíaca, além dos procedimentos de hemodinâmica realizados pelos hospitais conveniados com o município.

Na prática, a suspensão atingiu todas as cirurgias, procedimentos e consultas médicas da Liga contra o Câncer, do Hospital do Coração, do Serviço de Cardiologia do Hospital Rio Grande, e parte das cirurgias realizadas no Hospital Varela Santiago e no Hospital Rio Grande.

O movimento dos médicos de alta e média complexidade vinha reivindicando regularização nos pagamentos de serviços prestados à rede pública municipal, além de previsibilidade nos repasses futuros. Com a proposta apresentada pela gestão municipal, os profissionais decidiram retomar os atendimentos, aguardando a efetivação do plano de pagamento a ser apresentado na próxima reunião.

A Prefeitura de Natal informou que o compromisso firmado busca restabelecer a normalidade nos atendimentos hospitalares conveniados e garantir a continuidade dos serviços do SUS prestados à população da capital potiguar.

Foto: Divulgação/SMS

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Parceria entre UnP Caicó e Hospital de Oncologia do Seridó fortalece formação prática de estudantes de Enfermagem

Parceria entre UnP Caicó e Hospital de Oncologia do Seridó fortalece formação prática de estudantes de Enfermagem

Estudantes de Enfermagem passam a ter experiência direta no cuidado oncológico em hospital referência do Seridó

Parceria entre UnP Caicó e Hospital de Oncologia do Seridó fortalece formação prática de estudantes de Enfermagem

A Universidade Potiguar (UnP), Polo Caicó, integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima, firmou uma parceria com o Hospital de Oncologia do Seridó, mantido pela Liga Contra o Câncer, que vai possibilitar aos estudantes do curso de Enfermagem vivenciar a prática profissional em um ambiente de alta complexidade. O início dessa colaboração foi marcado pela chegada da primeira estagiária da UnP à unidade hospitalar, representando um passo significativo na integração entre ensino e serviço de saúde na região.

Segundo o coordenador de campus da UnP Caicó, Augusto Medeiros, o início das atividades no hospital representa um marco para o curso de Enfermagem da instituição. “Esse momento é muito importante para a nossa unidade, pois marca o início de uma trajetória que fortalece a integração ensino-serviço, ampliando as oportunidades de prática profissional e aprendizado para nossos acadêmicos”, ressalta.

Para a aluna pioneira no estágio, Géssica de Lucena Morais, a experiência tem um significado especial na sua vida acadêmica. “Espero desenvolver habilidades técnicas e humanas essenciais no cuidado ao paciente oncológico, compreendendo de forma mais ampla o impacto da doença e a importância da assistência integral. Considero essa oportunidade como um importante passo para minha formação, haja vista o meu desejo em atuar na área oncológica”, afirmou a estudante.

Além do coordenador da UnP, Augusto Medeiros, participaram da visita institucional que marcou o início da parceria a coordenadora de cursos, Lorena Albuquerque; a coordenadora de estágios da UnP, professora Jéssica Targino; e o gestor da Liga Contra o Câncer em Caicó, Jenny Ladyson Barros.

Foto: Divulgação

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Alimentação, movimento e autocuidado: trio transforma menopausa em um recomeço

Alimentação, movimento e autocuidado: trio transforma menopausa em um recomeço

Data celebrada em 18 de outubro, Dia Mundial da Menopausa chama atenção para o acompanhamento multidisciplinar como aliado na saúde e no bem-estar das mulheres

Alimentação, movimento e autocuidado: trio transforma menopausa em um recomeço

De Xuxa a Drew Barrymore, cada vez mais mulheres famosas têm falado abertamente sobre a menopausa e ajudado a quebrar mitos e tabus. O tema ganha ainda mais destaque em outubro, com o Dia Mundial da Menopausa celebrado neste sábado (18). A data convida a sociedade a discutir o assunto e incentiva as mulheres a buscarem acompanhamento médico, nutricional e físico para viver essa fase com mais energia e propósito. 

A menopausa é um fenômeno natural que costuma ocorrer entre os 45 e 55 anos e é marcada pelo final dos episódios menstruais. Assim, o termo se refere à data do último sangramento menstrual apresentado pela mulher e sua definição é feita retrospectivamente. No entanto, mais do que um evento biológico, a menopausa acontece dentro de um período cientificamente chamado de climatério, que se apresenta com uma importante transição física e emocional. Segundo especialistas da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do RN (Sogorn), a compreensão adequada desse processo é fundamental.

De acordo com Elvira Mafaldo, diretora da Sogorn e membro da Comissão Nacional Especializada em Climatério da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), o acompanhamento médico é essencial para a avaliação efetiva dos sintomas e possíveis tratamentos, como a reposição hormonal, que consiste na administração controlada de hormônios para compensar a queda natural de estrogênio e progesterona e, assim, reduzir os desconfortos típicos dessa fase.

“A reposição deve ser sempre individualizada. Quando bem indicada, ela traz benefícios como a melhora da disposição, do sono, da lubrificação vaginal e da saúde óssea. É um suporte importante para aliviar sintomas e devolver qualidade de vida”, explica a médica ginecologista.

Alimentação, movimento e autocuidado
Alimentação, movimento e autocuidado

Alívio dos sintomas envolve estilo de vida

Além das questões hormonais, a adaptação do estilo de vida é uma das principais formas de enfrentar essa nova etapa com equilíbrio. A alimentação, por exemplo, ganha papel ainda mais importante. Eva Andrade, professora do curso de Nutrição da Estácio, reforça que, na menopausa, há uma perda natural de massa magra e aumento da resistência à insulina, o que exige uma dieta mais estratégica.

“Nesta fase da vida, a mulher precisa de mais proteína, cálcio e vitamina D para manter a força muscular e a saúde óssea. Frutas, legumes, grãos integrais e boas fontes de gordura, como azeite e castanhas, ajudam na regulação hormonal e na manutenção do peso”, orienta.

Ainda de acordo com os especialistas, outro aliado poderoso é o movimento. A prática regular de atividade física, segundo o educador físico Elmir Andrade, ajuda a controlar o estresse, melhorar o humor e proteger o coração. “Exercícios como musculação, pilates e caminhadas regulares estimulam o metabolismo e reduzem os riscos de doenças cardiovasculares, que se tornam mais frequentes após a menopausa, devido às alterações hormonais relacionadas ao período”, destaca o professor.

Mais do que tratar sintomas, o desafio é mudar a perspectiva. A dra. Elvira Mafaldo conclui que o diálogo sobre a menopausa precisa ser ampliado. “É um novo começo, não o fim de nada. As mulheres estão redescobrindo o prazer, o corpo e os limites nessa fase. O climatério pode ser o ponto de partida para uma nova etapa de autoconhecimento e autocuidado”, finaliza.

Foto: Divulgação

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Intoxicação por metanol no Brasil registra 41 casos confirmados e 8 mortes

Intoxicação por metanol no Brasil registra 41 casos confirmados e 8 mortes

Ministério da Saúde atualiza boletim com aumento de casos e inclusão de novos estados

Intoxicação por metanol no Brasil registra 41 casos confirmados e 8 mortes

O Brasil registrou 41 casos confirmados de intoxicação por metanol até esta quarta-feira, segundo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde. O número representa um aumento em relação ao boletim anterior, que contabilizava 32 casos confirmados. O total de mortes também subiu, passando de cinco para oito.

Entre os óbitos mais recentes, duas foram registradas em Pernambuco e uma em São Paulo. Com isso, o estado paulista acumula seis mortes por intoxicação pela substância. Outras dez mortes seguem em investigação, distribuídas entre São Paulo (4), Pernambuco (3), Mato Grosso do Sul (1), Paraíba (1) e Paraná (1).

Além dos casos confirmados, o boletim aponta que 107 notificações estão em investigação. Outras 489 foram descartadas após análise. São Paulo concentra a maior parte das notificações, com 33 casos confirmados e 57 em investigação, representando 60,81% do total nacional.

A intoxicação por metanol é considerada grave e pode causar sintomas como dor abdominal, vômitos, dificuldade respiratória, visão turva e, em casos mais severos, coma e morte. A substância é tóxica e não deve ser ingerida ou utilizada em produtos de consumo humano.

O boletim anterior já havia confirmado casos em São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. A nova atualização inclui o estado de Pernambuco, que agora contabiliza três casos confirmados e 31 em investigação. A ampliação da área geográfica afetada indica a necessidade de atenção das autoridades sanitárias e da população.

Intoxicação por metanol
Intoxicação por metanol

O Ministério da Saúde segue monitorando os casos e realizando investigações para identificar a origem das intoxicações. A suspeita é de que produtos contaminados com metanol estejam sendo comercializados irregularmente, o que pode ter contribuído para o aumento dos casos.

A intoxicação por metanol é considerada uma emergência de saúde pública, e medidas de controle estão sendo adotadas para evitar novos casos. A população é orientada a não consumir produtos de origem desconhecida e a procurar atendimento médico imediato em caso de sintomas compatíveis com intoxicação.

As autoridades estaduais e municipais estão colaborando com o Ministério da Saúde na coleta de informações, análise laboratorial e ações de fiscalização. O objetivo é identificar os responsáveis pela distribuição dos produtos contaminados e impedir a continuidade da exposição.

O boletim epidemiológico será atualizado periodicamente com novos dados sobre casos confirmados, mortes e investigações em andamento. A recomendação oficial é que qualquer suspeita de intoxicação seja comunicada às autoridades de saúde para que medidas possam ser tomadas com agilidade.

Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde DF

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Dia D da Campanha de Multivacinação em Natal acontece neste sábado com horário estendido

Dia D da Campanha de Multivacinação em Natal acontece neste sábado com horário estendido

Unidades de saúde e pontos extras em shoppings estarão abertos para imunização de crianças e adolescentes

Dia D da Campanha de Multivacinação em Natal acontece neste sábado com horário estendido

A Prefeitura do Natal, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), realiza neste sábado (18) o Dia D da Campanha de Multivacinação. A iniciativa tem como objetivo intensificar a atualização da caderneta de vacinação de crianças e adolescentes menores de 15 anos, conforme o calendário nacional de imunização.

A abertura oficial da ação será realizada às 8h na Unidade de Saúde Rosângela Lima, localizada na Rua Santa Beatriz, s/n, no bairro Planalto. Todas as salas de vacinação do município estarão abertas das 8h às 12h, oferecendo vacinas previstas no calendário nacional.

Entre os imunizantes disponíveis, destacam-se as vacinas contra dengue (para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos), febre amarela, tríplice viral, HPV (para crianças e adolescentes de 9 a 19 anos), poliomielite e catapora (tríplice viral para menores de cinco anos).

Além do funcionamento padrão das salas de vacinação, dez Unidades de Saúde de cada Distrito Sanitário estarão com horário estendido, funcionando das 8h às 16h. A medida visa ampliar o acesso da população à imunização.

Campanha de Multivacinação
Campanha de Multivacinação

As unidades com horário estendido são:

  • Distrito Sul: Rosângela Lima e Mirassol
  • Distrito Leste: São João e Mãe Luiza
  • Distrito Oeste: Monte Líbano e Felipe Camarão II
  • Distrito Norte I: Nova Natal e Pajuçara
  • Distrito Norte II: Vale Dourado e Potengi

Também estarão disponíveis pontos extras de vacinação nos shoppings Midway Mall e Partage Norte Shopping, que funcionarão das 13h às 18h.

A Campanha de Multivacinação teve início no dia 6 de outubro e segue até o dia 31. A estratégia faz parte das ações do Ministério da Saúde para incentivar a busca ativa por crianças e adolescentes não vacinados ou com esquema vacinal incompleto.

A SMS Natal reforça a importância da atualização da caderneta de vacinação como forma de prevenção de doenças e promoção da saúde pública. A campanha contempla todas as vacinas do calendário nacional, sendo uma oportunidade para pais e responsáveis regularizarem a situação vacinal dos menores.

A ação é voltada exclusivamente para o público menor de 15 anos, conforme diretrizes do Ministério da Saúde. A população pode procurar a unidade de saúde mais próxima ou os pontos extras nos shoppings para realizar a imunização.

Foto: Reprodução/Prefeitura do Natal

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Paralisação de médicos suspende mais de 90 cirurgias em hospitais conveniados de Natal

Paralisação de médicos suspende mais de 90 cirurgias em hospitais conveniados de Natal

Falta de contrato com a prefeitura afeta atendimentos oncológicos, pediátricos e neurológicos em unidades da rede SUS

Paralisação de médicos suspende mais de 90 cirurgias em hospitais conveniados de Natal

Mais de 90 cirurgias deixaram de ser realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em hospitais conveniados à prefeitura de Natal nesta terça-feira (14), após a paralisação dos médicos que atuam em procedimentos de média e alta complexidade. A suspensão afeta unidades como a Liga Norte-Riograndense Contra o Câncer, o Hospital Infantil Varela Santiago, o Hospital do Coração e o Hospital Rio Grande.

Além das cirurgias, consultas médicas e outros procedimentos foram parcialmente ou totalmente interrompidos. Segundo os profissionais, o motivo da paralisação é a ausência de contrato com o Município desde setembro, quando o serviço deixou de ser prestado por uma cooperativa e passou a ser intermediado por uma empresa terceirizada. Desde então, nenhum contrato foi formalizado.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que atua em conjunto com o Ministério Público (MP), a Procuradoria-Geral do Município (PGM) e representantes dos hospitais para buscar uma solução jurídica que viabilize o atendimento. A pasta afirma que cumpre os pontos acordados em audiência de mediação, incluindo o pagamento indenizatório aos profissionais, e que está nos estágios finais de elaboração de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

A paralisação tem impactado diretamente pacientes que aguardavam há meses por cirurgias. Nadja Macedo, manicure, relatou que sua mãe, em tratamento contra câncer de mama na Liga, teve a cirurgia cancelada. “Custei os exames do próprio bolso para agilizar o procedimento, mas ao chegar na Liga fui informada que não há marcação de cirurgia”, disse.

Paralisação de médicos
Paralisação de médicos

De acordo com os médicos, o impasse ocorre porque a prefeitura não cumpriu o acordo de contratar diretamente os profissionais, sem intermediários. Desde 1º de setembro, os médicos atuam sem contrato formal. “São 45 dias aguardando promessas verbais que não se concretizaram. Trabalhamos sem segurança jurídica”, declarou o oncologista Daniel Brandão.

O cirurgião que atua há duas décadas na Liga Contra o Câncer alertou para os riscos da suspensão. “Pacientes que poderiam ser curados com cirurgias menores podem precisar de procedimentos mais invasivos, que nem sempre são curativos”, disse.

A Liga confirmou o cancelamento de pelo menos 30 cirurgias e informou que não possui vínculo direto com os médicos. A instituição realiza cerca de 700 cirurgias e mais de 4 mil consultas mensais.

O secretário municipal de Saúde, Geraldo Pinho, afirmou que a gestão foi surpreendida pela paralisação e que a prioridade é retomar os atendimentos. Segundo ele, o problema da falta de contrato já ocorria desde 2023, quando a CoopMed prestava serviços sem contrato formal. Pinho garantiu que o Município busca regularizar a situação em até 60 dias.

A prefeitura está finalizando uma proposta que será apresentada ao Ministério Público até sexta-feira (17), visando regularizar o repasse aos hospitais e permitir o pagamento direto aos médicos conveniados. “Nossa preocupação é o paciente. Solicitamos às unidades contratualizadas a relação dos procedimentos cancelados para que possamos prestar assistência em outras unidades da rede própria”, afirmou o secretário.

Foto: Reprodução/Joana Lima/Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Médicos paralisam cirurgias eletivas em Natal por falta de contrato com a Prefeitura

Médicos paralisam cirurgias eletivas em Natal por falta de contrato com a Prefeitura

Profissionais da alta e média complexidade suspendem atendimentos em hospitais conveniados ao SUS

Médicos paralisam cirurgias eletivas em Natal por falta de contrato com a Prefeitura

Médicos da alta e média complexidade que prestam serviços ao município de Natal iniciaram, nesta terça-feira (14), uma paralisação total dos atendimentos ambulatoriais e das cirurgias eletivas. A suspensão atinge hospitais conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS), como a Liga Contra o Câncer, Hospital do Coração, Serviço de Cardiologia do Hospital Rio Grande, além de parte das cirurgias realizadas no Hospital Infantil Varela Santiago e no Hospital Rio Grande.

A paralisação ocorre em razão da ausência de contratualização formal entre os profissionais e as empresas vencedoras da Dispensa de Licitação nº 003/2025, promovida pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), bem como com o próprio município. Segundo os médicos, o novo contrato entrou em vigor em 1º de setembro, mas até o momento não houve formalização dos vínculos nem assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) anunciado pela SMS.

Em nota, os profissionais afirmam que mantiveram os serviços em funcionamento por mais de 40 dias, mesmo sem contrato, para evitar a desassistência à população. No entanto, diante da insegurança jurídica e administrativa, decidiram pela suspensão das atividades. Cerca de 120 médicos estão com atividades paralisadas.

A empresa contratada pela Prefeitura para gerenciar os serviços médicos, a Justiz Terceirização, informou por meio de sua assessoria que não possui relação contratual direta com os profissionais envolvidos e, por isso, não irá se pronunciar sobre o caso.

Médicos paralisam cirurgias eletivas em Natal
Médicos paralisam cirurgias eletivas em Natal

O impacto da paralisação já é sentido nos hospitais. A Liga Contra o Câncer suspendeu os procedimentos eletivos a partir desta terça-feira, enquanto o Hospital Varela Santiago anunciou a interrupção das cirurgias pediátricas eletivas a partir de quarta-feira (15). Somente no Varela Santiago, cerca de 60 cirurgias pediátricas são realizadas semanalmente. Na Liga, a suspensão representa a perda diária de aproximadamente 30 procedimentos.

Em comunicado oficial, a Liga Contra o Câncer manifestou solidariedade aos pacientes e aos profissionais, destacando que os cirurgiões enfrentam atrasos superiores a 90 dias no pagamento dos honorários. A instituição reforçou que os médicos têm autonomia para decidir sobre a paralisação e pediu sensibilidade dos gestores públicos para resolver o impasse com responsabilidade e ética.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração/Breno Esaki/Agência Sáude

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Caos no Walfredo Gurgel: tomógrafos quebrados atrasam exames e idoso morre antes da cirurgia

Caos no Walfredo Gurgel: tomógrafos quebrados atrasam exames e idoso morre antes da cirurgia

Hospital público do RN enfrenta falhas recorrentes em equipamentos e paciente de 80 anos não resiste após espera de 4 horas

Caos no Walfredo Gurgel: tomógrafos quebrados atrasam exames e idoso morre antes da cirurgia

O Hospital Walfredo Gurgel, maior unidade pública de saúde do Rio Grande do Norte, enfrenta mais uma crise estrutural com a paralisação dos dois tomógrafos da instituição. Os equipamentos voltaram a apresentar falhas pela segunda vez em menos de um mês, comprometendo a realização de exames de imagem e atrasando diagnósticos essenciais.

Um dos casos mais graves foi o de Damião da Silva, de 80 anos, vítima de um acidente de bicicleta em Campo Grande. O idoso foi transferido para Natal, mas, diante da indisponibilidade dos tomógrafos, precisou ser levado ao Hospital Deoclécio Marques, em Parnamirim, para realizar o exame — quatro horas após dar entrada no Walfredo Gurgel.

Durante esse período, Damião permaneceu deitado em uma maca com fratura exposta nas costas. Segundo a família, ele estava consciente e aparentemente estável, mas a demora no diagnóstico agravou seu estado clínico. O paciente não resistiu aos ferimentos e morreu antes de ser submetido à cirurgia.

A nora do idoso, Aryedna Lima, fez um desabafo nas redes sociais após o sepultamento: “O descaso desse desgoverno mata! Meu sogro estava consciente, mas a demora pela tomografia fez com que ele perdesse muito sangue e evoluísse a óbito.”

Caos no Walfredo Gurgel
Caos no Walfredo Gurgel

O hospital confirmou que os dois tomógrafos estão fora de operação. Um dos aparelhos, com nove anos de uso, necessita de peças importadas para manutenção. O outro, com 15 anos, chegou a funcionar brevemente no início da semana, mas voltou a apresentar falhas. Juntos, os equipamentos realizam mais de 4 mil exames por mês.

O diretor da unidade, Geraldo Neto, reconheceu a “fragilidade na estrutura” e afirmou que há necessidade urgente de substituição dos aparelhos. A instituição aguarda a liberação de R$ 2,5 milhões do governo estadual para aquisição de um novo tomógrafo, mais moderno. No entanto, ainda não há previsão para o investimento ser efetivado.

A situação gerou indignação entre familiares de pacientes e reacendeu críticas à gestão estadual. A crise no Walfredo Gurgel evidencia os desafios enfrentados pela saúde pública potiguar, especialmente em relação à manutenção de equipamentos essenciais para o atendimento de urgência.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Hospital Walfredo Gurgel está sem tomógrafo há quase um mês e pacientes são transferidos para Parnamirim

Hospital Walfredo Gurgel está sem tomógrafo há quase um mês e pacientes são transferidos para Parnamirim

Equipamentos estão quebrados desde 16 de setembro; Sesap prevê retorno de um deles ainda nesta segunda-feira (13)

Hospital Walfredo Gurgel está sem tomógrafo há quase um mês e pacientes são transferidos para Parnamirim

O Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, maior unidade hospitalar pública do Rio Grande do Norte, está sem realizar exames de tomografia desde o dia 16 de setembro. Os dois tomógrafos do hospital estão quebrados e, até o momento, nenhum deles voltou a funcionar.

De acordo com informações da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), a previsão é que um dos equipamentos volte a operar ainda nesta segunda-feira (13). O outro aparelho permanece fora de uso e aguarda a avaliação técnica da empresa responsável pela manutenção, que foi acionada durante o fim de semana.

Com a paralisação dos tomógrafos, os pacientes que necessitam do exame estão sendo transferidos para o Hospital Deoclécio Marques de Lucena, localizado em Parnamirim, na Região Metropolitana de Natal. A unidade realiza, em média, 180 exames de tomografia por dia, o que torna a interrupção um problema relevante para o fluxo de atendimento.

Denúncia de familiar de paciente

Nas redes sociais, uma mulher identificada como Aryedna Lima relatou a morte do sogro e atribuiu o falecimento à demora no atendimento hospitalar causada pela falta de tomografia.

“O dia inteiro correndo pra bater a tomografia fez com que meu sogro perdesse muito sangue e viesse a óbito”, escreveu em seus stories no Instagram.

Profissional denuncia falta de estrutura

Um médico que atua no Hospital Walfredo Gurgel também se manifestou sobre a situação por meio das redes sociais. Na publicação, ele citou a ausência de diversos serviços e equipamentos, além da tomografia.

“Não sofram acidente, não tenham AVC, não tenham apendicite, não tenham úlcera péptica perfurada, não precisem da saúde pública na capital hoje”, afirmou o profissional.

Segundo o relato, o hospital estaria sem tomografia computadorizada (TC), sem maqueiros, sem exames laboratoriais e sem laparoscopia cirúrgica, o que reforça a sobrecarga enfrentada pela equipe médica e pelos pacientes.

Expectativa de normalização parcial

A Sesap informou que as equipes de manutenção trabalham para restabelecer o serviço o mais rápido possível. Caso a previsão se confirme, apenas um dos dois tomógrafos deve voltar a funcionar ainda hoje, enquanto o outro seguirá aguardando avaliação técnica e conserto definitivo.

Enquanto isso, os atendimentos de emergência continuam sendo direcionados ao Hospital Deoclécio Marques, em Parnamirim, para a realização dos exames de imagem necessários.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Dengue em alta: casos prováveis e confirmados disparam no RN

Dengue em alta: casos prováveis e confirmados disparam no RN

Estado registra aumento de 41,8% nas notificações e 28,4% nos diagnósticos positivos no terceiro trimestre de 2025

Dengue em alta: casos prováveis e confirmados disparam no RN

O número de casos de dengue no Rio Grande do Norte apresentou crescimento significativo no terceiro trimestre de 2025. De acordo com dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde, foram registrados 3.487 casos notificados entre os meses de julho, agosto e setembro, contra 2.459 no mesmo período de 2024. O aumento representa uma variação de 41,8%.

Em relação aos casos confirmados, o crescimento também foi expressivo. No terceiro trimestre de 2024, foram 990 diagnósticos positivos, enquanto no mesmo período de 2025 o número subiu para 1.272, o que equivale a um aumento de 28,4%.

No acumulado do ano, o Rio Grande do Norte notificou 8.751 casos de dengue. Desses, 5.763 foram descartados e 2.988 confirmados. O estado também registrou uma morte causada pela doença, conforme consta no painel oficial do Ministério da Saúde.

A análise dos dados por gênero revela que as mulheres foram as principais vítimas do mosquito Aedes aegypti no mês de setembro. Elas representaram 57% dos casos em investigação e 56% dos casos confirmados. Os homens corresponderam a 43% dos casos em investigação e 44% dos diagnósticos positivos.

Dengue em alta
Dengue em alta

Comparativo trimestral

Casos notificados:

  • Julho 2024: 1.139
  • Agosto 2024: 773
  • Setembro 2024: 547
    Total 2024: 2.459
  • Julho 2025: 1.201
  • Agosto 2025: 1.190
  • Setembro 2025: 1.096
    Total 2025: 3.487

Casos confirmados:

  • Julho 2024: 441
  • Agosto 2024: 339
  • Setembro 2024: 210
    Total 2024: 990
  • Julho 2025: 596
  • Agosto 2025: 401
  • Setembro 2025: 275
    Total 2025: 1.272

Ações da Secretaria de Saúde

A Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (Sesap) foi procurada para comentar as medidas adotadas no enfrentamento à dengue, mas não respondeu até o fechamento da matéria. A última atualização oficial sobre o tema foi divulgada em setembro, informando a ampliação da vacinação contra a dengue para todos os 167 municípios do estado.

A inclusão de 58 novas cidades na campanha de imunização visa aumentar a cobertura vacinal e reduzir os impactos da doença. A vacina contra a dengue foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) em 2023, tornando o Brasil o primeiro país a oferecer o imunizante na rede pública.

Cenário nacional

Em todo o Brasil, foram notificados 1.631.338 casos suspeitos de dengue em 2025. O país contabiliza 1.669 mortes confirmadas e outras 86 ainda sob investigação. A faixa etária mais afetada é de 20 a 29 anos, com predominância de mulheres entre os casos registrados.

O Ministério da Saúde reforça a importância da prevenção, que inclui eliminação de criadouros do mosquito, uso de repelentes e atenção aos sintomas iniciais da doença. A população é orientada a procurar atendimento médico ao apresentar febre alta, dores musculares, dor atrás dos olhos e outros sinais característicos da dengue.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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RN descarta segundo caso suspeito de intoxicação por metanol

RN descarta segundo caso suspeito de intoxicação por metanol

Secretaria de Saúde confirmou que notificação registrada em Natal não se trata de intoxicação pela substância

Rio Grande do Norte descarta segundo caso suspeito de intoxicação por metanol

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) descartou o segundo caso suspeito de intoxicação por metanol no Rio Grande do Norte. A notificação havia sido registrada nesta sexta-feira (10) no Hospital dos Pescadores, localizado no bairro das Rocas, em Natal.

A confirmação foi dada pela Sesap na manhã deste sábado (11). O órgão informou que o caso foi avaliado e não se trata de intoxicação pela substância. O Ministério da Saúde havia divulgado, na noite de sexta-feira (10), que o estado possuía um caso suspeito relacionado à ingestão de bebida alcoólica adulterada.

Até o momento, não foram divulgadas informações sobre o sexo, idade ou histórico clínico do paciente envolvido na notificação.

Situação nacional

De acordo com o Ministério da Saúde, até esta sexta-feira (10), foram registradas 246 notificações de possível intoxicação por metanol no país. Desses, 29 casos foram confirmados e 217 permanecem sob investigação. Outras 249 suspeitas já foram descartadas.

Os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul concentram os casos confirmados. São Paulo contabiliza 25 ocorrências, enquanto o Paraná confirmou três e o Rio Grande do Sul registrou uma.

Sobre o metanol e os sintomas

O metanol é uma substância química usada como solvente industrial e combustível, considerada altamente tóxica para consumo humano. Casos de intoxicação geralmente estão relacionados à ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas que contêm o composto.

Os principais sintomas de intoxicação por metanol incluem dor abdominal, náuseas, visão turva, confusão mental e tontura, que podem surgir entre 12 e 24 horas após o consumo. A substância pode causar danos graves ao sistema nervoso e, em casos severos, levar à cegueira.

Orientações de atendimento

Pessoas que apresentem sintomas compatíveis com intoxicação devem buscar atendimento médico imediatamente no serviço de emergência mais próximo. Profissionais de saúde devem acionar o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) da região para notificação e orientação sobre o manejo clínico.

As amostras de sangue coletadas em pacientes suspeitos de intoxicação são encaminhadas para análise nos institutos de perícia científica, que realizam a confirmação laboratorial da presença da substância.

Ações do Ministério da Saúde

Devido ao aumento de casos no país, especialmente no estado de São Paulo, o Ministério da Saúde classificou a situação como um Evento de Saúde Pública. A medida tem como objetivo intensificar o monitoramento e ampliar a vigilância nos serviços de saúde.

O ministério também instalou uma Sala de Situação para acompanhar, em tempo real, os registros de intoxicação e orientar as ações de prevenção e investigação nos estados.

Foto: Clam Lo/Pexels / Moussa Idrissi/Pexels / Min An/Pexels

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RN recebe 24 ampolas de Fomepizol para tratamento de intoxicação por metanol

RN recebe 24 ampolas de Fomepizol para tratamento de intoxicação por metanol

Medicamento foi enviado pelo Ministério da Saúde e será armazenado pela Unicat; estado mantém monitoramento ativo, sem casos confirmados

Rio Grande do Norte recebe primeira remessa de antídoto contra intoxicação por metanol

O Rio Grande do Norte recebeu, nesta sexta-feira (10), a primeira remessa do antídoto utilizado no tratamento de intoxicação por metanol. O medicamento, chamado Fomepizol, foi enviado ao estado pelo Ministério da Saúde e será armazenado sob a guarda da Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat).

A carga inicial é composta por 24 ampolas e faz parte da distribuição nacional coordenada pelo Governo Federal em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). O envio ocorre como medida preventiva diante do aumento de casos suspeitos de intoxicação por bebidas alcoólicas adulteradas em outras regiões do país.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), o Rio Grande do Norte segue sem registros de casos suspeitos ou confirmados de intoxicação por metanol. Ainda assim, as equipes de vigilância estadual mantêm o monitoramento ativo e seguem as orientações do Ministério da Saúde quanto à detecção precoce e à resposta imediata a possíveis ocorrências.

Distribuição e armazenamento

Conforme determinação ministerial, o medicamento ficará sob a responsabilidade da Unicat, órgão vinculado à Sesap, que fará a distribuição sob demanda caso algum caso suspeito venha a ser registrado no estado.

A Unicat é responsável pelo armazenamento e fornecimento de insumos e medicamentos estratégicos utilizados pela rede pública de saúde. O órgão atua em articulação com os hospitais de referência e com os centros especializados em toxicologia.

Aquisição do medicamento

O Fomepizol foi adquirido pelo Governo Federal por meio de cooperação com a OPAS, entidade vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS). O antídoto chegou ao Brasil na quinta-feira (9) e está sendo distribuído aos estados de forma proporcional, conforme critérios técnicos estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

O medicamento é utilizado no tratamento de intoxicações provocadas pela ingestão de metanol e etilenoglicol, substâncias tóxicas que podem estar presentes em bebidas adulteradas ou produtos químicos de uso industrial. O Fomepizol atua bloqueando a conversão do metanol em compostos mais tóxicos pelo organismo, reduzindo os danos e aumentando as chances de recuperação do paciente.

Ações de vigilância no Rio Grande do Norte

Em 2 de outubro, a Sesap publicou uma nota técnica direcionada aos municípios potiguares com orientações sobre detecção precoce, manejo clínico e notificação imediata de casos suspeitos de intoxicação por metanol.

O documento reforça os protocolos de vigilância e destaca a importância da notificação rápida para garantir resposta adequada e o uso do antídoto quando necessário.

Atuam nessa estrutura o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) e o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox), que estão em alerta e monitoram continuamente os indicadores de saúde pública relacionados ao tema.

Contexto nacional

O Ministério da Saúde tem acompanhado o aumento de notificações de intoxicação por metanol em diversos estados. Até o último boletim divulgado, o país registrava 29 casos confirmados e 217 sob investigação, além de centenas de suspeitas descartadas. A situação levou a pasta a classificar o cenário como Evento de Saúde Pública, para intensificar a vigilância em todo o território nacional.

Embora o Rio Grande do Norte ainda não tenha casos confirmados, a chegada do antídoto e a manutenção das ações de monitoramento garantem o preparo da rede estadual de saúde para um eventual atendimento emergencial.

Fotos: Sesap/Divulgação

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Pressão 12 por 8 não indica necessidade de remédios, mas merece atenção, explica cardiologista

Pressão 12 por 8 não indica necessidade de remédios, mas merece atenção, explica cardiologista

População ainda tem dúvidas sobre a nova diretriz da SBC para hipertensão

Pressão 12 por 8 não indica necessidade de remédios, mas merece atenção, explica cardiologista

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) atualizou recentemente sua diretriz de hipertensão arterial sistêmica. A mudança foi a inclusão da pressão 120 por 80 mmHg (ou 12 por 8) — antes considerada dentro da normalidade — na faixa de pré-hipertensão. A novidade ainda tem gerado dúvidas entre a população. De acordo com Sylton Melo, cardiologista e professor de Medicina da Universidade Potiguar (UnP), cujo curso de Medicina é o único em instituição privada no Rio Grande do Norte reconhecido pelo MEC e parte integrante da Inspirali, o melhor ecossistema de educação em saúde do país, as alterações não significam que pessoas com pressão 12 por 8 precisem iniciar tratamento medicamentoso.


Segundo ele, essa atualização tem o objetivo de reforçar o cuidado preventivo e o acompanhamento contínuo da pressão arterial. “O que isso significa? Significa que o paciente precisa ter um cuidado maior quando sua pressão chegar nesse nível. Não é para tomar remédio, e sim ter uma melhor avaliação, um melhor acompanhamento dos níveis pressóricos. A automedicação pode trazer riscos e mascarar o real problema”, frisa.


O tratamento medicamentoso, conforme destaca o professor, continua sendo indicado apenas para pacientes com pressão igual ou superior a 140 por 90 mmHg (14 por 9). “Não houve nenhuma mudança no tratamento da pressão arterial com a nova diretriz. Ela se manteve igual como era antes. Tratamento com remédio, pressão 140 por 90 ou mais. Existe também o tratamento não medicamentoso, que é a mudança do estilo de vida, como o controle do peso, alimentação balanceada, redução do sal na alimentação, a prática regular de atividade física, a suspensão do tabagismo e o controle do estresse”, complementa o especialista.


O professor reforça que o maior perigo da hipertensão está justamente na ausência de sintomas, o que pode atrasar o diagnóstico. “Infelizmente, na maioria das vezes, o paciente que tem pressão arterial elevada não sente nada. Vai fazer uma avaliação de rotina e descobre que a pressão está alta. Isso é que é o maior risco”, explica.


Por isso, ele orienta que a medição da pressão seja feita de forma periódica, seja em consultórios, seja por meio de exames como a MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial) e a MRPA (Medida Residencial da Pressão Arterial). “O médico é quem vai poder avaliar melhor qual a melhor forma de acompanhar e detectar se o paciente é hipertenso”, dispara o cardiologista.


A nova diretriz da SBC segue uma tendência internacional — segundo o professor, a Sociedade Europeia de Cardiologia já havia adotado parâmetros semelhantes desde 2024. “Essa diretriz é muito importante exatamente para fazer com que as pessoas tenham mais cuidado no acompanhamento da pressão. Infelizmente, muitas vezes, as pessoas não avaliam a pressão regularmente. Deixam para, só quando vão sentir sintomas, procurar o médico. E, nesse caso, infelizmente, já pode ser tarde”, sinaliza.


“A melhor forma de ajudar a controlar a pressão arterial são as medidas não medicamentosas: reduzir a ingestão de sal, controlar o peso, fazer atividade física regular, parar o cigarro e reduzir o estresse emocional. O uso de medicamentos só deve ser iniciado após avaliação médica especializada”, pontua o docente da UnP/Inspirali, Sylton Melo.

Foto: Divulgação

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DIA DE PREVENÇÃO DA OBESIDADE: Especialistas alertam para os riscos da doença em crianças

DIA DE PREVENÇÃO DA OBESIDADE: Especialistas alertam para os riscos da doença em crianças

Professores de Nutrição e de Educação Física da UnP também destacam prevenção e hábitos essenciais para a saúde infantil

DIA DE PREVENÇÃO DA OBESIDADE: Especialistas alertam para os riscos da doença em crianças


A véspera do Dia das Crianças também chama atenção para um tema urgente de saúde pública: a obesidade. Neste sábado (11), são celebrados o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade e o Dia Mundial da Obesidade — datas que reforçam a importância de combater a doença, considerada um dos maiores desafios do século. De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), uma em cada cinco crianças e adolescentes no mundo está acima do peso, o que representa cerca de 391 milhões de jovens. Desses, aproximadamente 188 milhões já vivem com obesidade. Pela primeira vez na história, o excesso de peso supera a desnutrição como a principal forma de má nutrição infantil.



Especialistas destacam como hábitos saudáveis na família podem contribuir para a redução dos riscos da obesidade na infância. Segundo a nutricionista Mayara Martins, professora da Universidade Potiguar (UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima, a obesidade infantil não tem uma única causa, mas está relacionada a um conjunto de fatores.



“Os principais fatores relacionados à obesidade infantil incluem o consumo excessivo de ultraprocessados, como refrigerantes, salgadinhos, doces e fast food; a redução da ingestão de frutas, legumes e alimentos frescos; o sedentarismo, marcado pelo tempo prolongado em frente a telas; a rotina acelerada das famílias, que favorece o uso de comidas prontas; além da predisposição genética”, explica.



A docente também orienta para os sinais de alerta que podem indicar risco para o desenvolvimento da obesidade. “O ganho de peso acelerado em relação à idade e altura, pouca disposição para atividades físicas, cansaço em tarefas simples, além de baixa autoestima ou isolamento social devido à imagem corporal. A recomendação é priorizar frutas, vegetais, cereais integrais, leguminosas, proteínas magras, laticínios e água, além de evitar ao máximo alimentos ultraprocessados. Na lancheira da escola, elaborar lanches lúdicos e divertidos também auxilia no processo”, destaca Mayara Martins.



Atividade física na infância



Além da alimentação, a atividade física desempenha um papel decisivo na prevenção e no combate à obesidade infantil. O profissional de educação física e professor da UnP, André Matos, reforça os múltiplos benefícios dos exercícios na infância.



“Através do exercício físico, as crianças vão ter um gasto energético maior, o que, associado a uma alimentação adequada, auxilia no processo do emagrecimento, além de contribuir com uma melhora metabólica, com aumento da sensibilidade à insulina, o que ajuda no controle sérico de glicose, no perfil lipídico e preserva a massa muscular da criança”, diz o professor.



Ainda segundo Matos, a prática regular melhora os padrões de sono e regula o apetite das crianças. “A criança ainda vai ter melhora na coordenação motora e comportamental, pois crianças com boa coordenação motora tendem a ser adultos mais ativos. Por volta dos 6 anos, as crianças já estão prontas para receber instruções simples, de forma lúdica, tomando cuidado, pois nessa fase o foco deve ser a brincadeira e não a prática especializada das modalidades esportivas”, reforça.



As recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) também reforçam essa importância. A orientação é de, pelo menos, 60 minutos diários de atividade moderada ou vigorosa ao longo da semana para crianças entre 5 e 17 anos. Já no caso dos menores de 5 anos, a recomendação é de 180 minutos por dia de atividades variadas, sendo 60 deles de intensidade moderada ou vigorosa.

Foto: Divulgação

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Organizações Sociais devem assumir gestão das UPAs até dezembro, prevê secretário

Organizações Sociais devem assumir gestão das UPAs até dezembro, prevê secretário

Processo está em análise pelo TCE e pode ser liberado ainda em 2025 para cogestão das unidades de saúde em Natal

Organizações Sociais devem assumir gestão das UPAs até dezembro, prevê secretário

A Secretaria Municipal de Saúde de Natal prevê que Organizações Sociais (OSs) assumam a gestão das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da cidade até o final de 2025. A informação foi divulgada pelo secretário Geraldo Pinho, que indicou a segunda quinzena de novembro ou início de dezembro como prazo provável para a implantação do novo modelo.

O processo de contratação das OSs está atualmente suspenso por decisão judicial e em análise pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). A previsão inicial era que as organizações começassem a atuar em 15 de setembro, mas críticas sobre a ausência de estudos técnicos aprofundados levaram à interrupção temporária.

Segundo o secretário, a Prefeitura está reunindo documentação e dados para subsidiar a análise dos órgãos de controle. A proposta está sendo avaliada pelo TCE, com reuniões realizadas entre representantes da Prefeitura, conselheiros do tribunal e o Ministério Público. A administração municipal busca comprovar a vantajosidade do modelo de cogestão.

O modelo proposto não é considerado privatização pela gestão municipal. As UPAs continuarão sob responsabilidade do município, com as OSs atuando por meio de contratos de cogestão. Esse formato já é adotado em cerca de 20 estados brasileiros e em diversas capitais, segundo informações da Secretaria de Saúde.

A expectativa da Prefeitura é que a adoção do modelo traga maior agilidade na gestão das unidades, permitindo que as organizações realizem compras e contratações diretamente, sem necessidade de licitação. A medida visa reduzir custos e acelerar o atendimento à população.

A estimativa é que as OSs selecionadas recebam cerca de R$ 9 milhões mensais para administrar as quatro UPAs da capital potiguar: Cidade da Esperança, Pajuçara, Potengi e Satélite. A autonomia das organizações permitirá economia na aquisição de insumos e medicamentos, além de maior rapidez na reposição de materiais.

Organizações Sociais
Organizações Sociais

O secretário exemplificou a diferença entre os modelos ao citar o tempo necessário para aquisição de medicamentos. No sistema atual, a compra de um item como dipirona pode levar até 45 dias, enquanto no novo modelo, a aquisição poderia ocorrer no mesmo dia, com pagamento à vista e menor custo.

Além da economia, o modelo de cogestão também prevê segurança jurídica e trabalhista para os profissionais contratados. As OSs serão responsáveis pela contratação direta dos trabalhadores, com registro em carteira, recolhimento de fundo de garantia e respeito às convenções coletivas e sindicais.

O contrato emergencial firmado com duas empresas médicas — Justiz e Proseg — permanece vigente até a transição completa para o novo modelo. Essas empresas substituíram a Coopmed na rede municipal e atuam em unidades básicas de saúde, hospitais, maternidades e UPAs.

Com a entrada das OSs, essas empresas médicas poderão continuar prestando serviços, caso sejam contratadas pelas organizações sociais. A Prefeitura considera essa possibilidade como uma alternativa viável para manter a continuidade dos atendimentos.

A Secretaria Municipal de Saúde aguarda a conclusão da análise pelo TCE para avançar com a implantação do modelo. A expectativa é que, ainda em 2025, as OSs estejam operando nas unidades de pronto atendimento da capital.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Primeira etapa do Hospital Municipal de Natal deve começar a funcionar em janeiro de 2026

Primeira etapa do Hospital Municipal de Natal deve começar a funcionar em janeiro de 2026

Unidade, localizada no bairro Pitimbu, funcionará inicialmente com 100 leitos e atendimento por encaminhamento de outras unidades de saúde

Primeira etapa do Hospital Municipal de Natal deve começar a funcionar em janeiro de 2026

A primeira etapa do Hospital Municipal de Natal está prevista para começar a funcionar em janeiro de 2026, segundo informou o secretário municipal de Saúde, Geraldo Pinho, durante visita de fiscalização realizada nesta segunda-feira (6) pela Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Câmara Municipal de Natal (CMN).

Localizado na avenida Omar O’Grady, no bairro Pitimbu, zona Sul da capital potiguar, o hospital teve as obras retomadas no fim de setembro após um período de paralisação motivado por falta de recursos. A unidade será entregue em duas etapas e, inicialmente, funcionará em regime de portas fechadas, recebendo apenas pacientes encaminhados de outras unidades de saúde da rede municipal.

Na primeira fase, o hospital contará com 100 leitos, sendo 90 de enfermaria e 10 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A estrutura incluirá ainda salas de procedimentos, centro de diagnóstico por imagem, farmácia, cozinha e lavanderia.

De acordo com o secretário, a segunda etapa, que está em construção, ampliará a capacidade da unidade com a inclusão de 220 novos leitos, além de centro cirúrgico e maternidade. A previsão é de que essa fase seja concluída no segundo semestre de 2027.

O secretário Geraldo Pinho destacou que mais de R$ 50 milhões já foram aplicados na primeira fase de obras do Hospital Municipal de Natal. Para a segunda etapa, estão previstos investimentos de cerca de R$ 110 milhões.

Durante a visita, os vereadores da Comissão de Saúde acompanharam o andamento das obras e receberam informações sobre o cronograma de execução e os recursos destinados ao projeto. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os trabalhos estão concentrados na finalização das instalações elétricas, hidráulicas e estruturais da primeira fase.

O hospital foi projetado para atender exclusivamente pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), reforçando a capacidade da rede pública de Natal. Inicialmente, o atendimento será feito apenas por encaminhamento de outras unidades, como Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais de menor porte.

Em relação à composição do quadro de pessoal, o secretário informou que os contratos temporários de profissionais de saúde serão prorrogados até que novos concursos públicos sejam realizados. O objetivo é garantir o preenchimento de todas as vagas necessárias para o funcionamento da unidade.

A expectativa da Secretaria Municipal de Saúde é de que, após a conclusão das duas etapas, o Hospital Municipal de Natal se torne uma das principais unidades da rede pública da capital, com capacidade total de 320 leitos e atendimento em diferentes especialidades médicas.

Atualmente, a obra é executada com recursos provenientes do orçamento municipal e de repasses federais. O acompanhamento das etapas e da aplicação dos recursos continuará sendo feito pela Câmara Municipal e pelos órgãos de controle.

Fotos: Elpídio Júnior

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Mais de 20 mil crianças e adolescentes precisam se vacinar em Natal

Mais de 20 mil crianças e adolescentes precisam se vacinar em Natal

Campanha Nacional de Multivacinação segue até 31 de outubro com foco em HPV e tríplice viral

Mais de 20 mil crianças e adolescentes precisam se vacinar em Natal

A Campanha Nacional de Multivacinação teve início nesta segunda-feira (6) em Natal e segue até o dia 31 de outubro. A mobilização tem como objetivo atualizar a caderneta de vacinação de crianças e adolescentes menores de 15 anos. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), mais de 20 mil crianças e adolescentes ainda não estão com a vacinação em dia na capital potiguar.

A meta da campanha é alcançar 95% de cobertura vacinal entre o público-alvo. Atualmente, a cobertura em Natal está abaixo do ideal: 39% para crianças, 60% para gestantes e 45% para idosos. A chefe do Núcleo de Agravos Imunopreviníveis (NAI) de Natal, Verushka Ramos, informou que todas as vacinas do calendário básico estão disponíveis, com atenção especial para a vacina contra o HPV e a tríplice viral.

A vacina contra o HPV é destinada a crianças e jovens entre 9 e 19 anos. Já a tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, é recomendada para pessoas até 30 anos. A escolha dessas vacinas como foco da campanha se deve à baixa cobertura vacinal registrada em anos anteriores e ao risco de retorno de doenças já controladas, como o sarampo, que voltou a apresentar surtos em outros estados.

A campanha também alerta para a baixa procura pela vacina contra a influenza, disponível desde abril para crianças, gestantes e idosos. A baixa adesão pode favorecer a mutação do vírus e o surgimento de novas variantes respiratórias. Segundo Verushka Ramos, há recorrência de síndromes gripais em unidades de saúde e pronto-socorros, o que reforça a importância da imunização.

Mais de 20 mil crianças
Mais de 20 mil crianças

Dos 50.400 registros de crianças em Natal, apenas 21 mil estão com a caderneta de vacinação atualizada. Isso representa um déficit de mais de 20 mil crianças com vacinas atrasadas. Além disso, cerca de 3 mil gestantes ainda não buscaram os imunizantes neste ano. A vacinação contra HPV e tríplice viral é contraindicada para gestantes, mas outras vacinas disponíveis são recomendadas para proteção da mãe e do bebê.

A tecnologia tem sido uma aliada na divulgação da campanha. O aplicativo Meu SUS Digital, disponível para Android e iOS, está sendo utilizado para enviar notificações à população sobre a necessidade de atualização vacinal. O sistema permite acesso ao histórico de vacinação de cada cidadão.

A autônoma Camila da Silva levou seus filhos à Unidade Básica de Saúde (UBS) após receber um alerta pelo aplicativo Bolsa Família. A mensagem informava sobre a necessidade de atualização da caderneta de vacinação e do registro de peso. Na UBS, sua filha estava com todas as vacinas em dia, enquanto o filho recebeu imunização contra gripe e hepatite.

A campanha também conta com pontos extras de vacinação em locais estratégicos. Os shoppings Midway Mall e Partage Norte Shopping oferecem atendimento das 13h às 20h, de segunda a sexta-feira, e aos sábados das 10h às 15h. As UBSs funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 15h. Para se vacinar, é necessário apresentar documento com foto e cartão de vacinação.

A mobilização do Dia D está marcada para o dia 18 de outubro, com ações intensificadas em toda a cidade. A SMS reforça a importância da participação dos pais e responsáveis para garantir a proteção das crianças e adolescentes contra doenças imunopreveníveis.

A campanha de multivacinação é uma estratégia nacional que visa ampliar a cobertura vacinal e evitar o ressurgimento de doenças já controladas. Em Natal, a expectativa é que a adesão aumente nas próximas semanas, especialmente com a aproximação do Dia D e a ampliação dos canais de comunicação com a população.

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Tânia Rego/Agência Brasil

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Outubro Verde reforça combate à sífilis e sífilis congênita em Natal

Outubro Verde reforça combate à sífilis e sífilis congênita em Natal

Campanha promove ações educativas, testes rápidos e distribuição de preservativos nas unidades de saúde da capital potiguar

Outubro Verde reforça combate à sífilis e sífilis congênita em Natal

O município de Natal iniciou oficialmente, nesta segunda-feira (6), a campanha Outubro Verde, voltada para o combate à sífilis e à sífilis congênita. A abertura ocorreu no auditório da Unidade de Saúde Panatis, com foco na importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado da infecção, especialmente durante o pré-natal.

A campanha Outubro Verde é promovida ao longo de todo o mês de outubro nas unidades de saúde da capital potiguar. As ações incluem rodas de conversa sobre prevenção e tratamento da sífilis, realização de testes rápidos, distribuição de preservativos e entrega de materiais informativos à população.

A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. A principal forma de transmissão ocorre por meio de relações sexuais desprotegidas com pessoas infectadas. Também pode ser transmitida da mãe para o bebê durante a gestação ou o parto, por transfusão de sangue ou pelo compartilhamento de objetos cortantes.

Dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Natal apontam que, entre janeiro e agosto de 2025, foram registrados 1.536 casos de sífilis na cidade. Desses, 1.105 foram de sífilis adquirida, 285 em gestantes e 146 de sífilis congênita.

A sífilis possui três estágios clínicos. Os estágios primário e secundário apresentam maior potencial de transmissão. Já na fase terciária, surgem complicações graves, como lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, que podem evoluir para óbito.

A sífilis congênita, transmitida da mãe infectada para o bebê, pode causar sérias complicações durante a gestação ou o parto. Entre os riscos estão má formação fetal, aborto espontâneo e morte fetal. Em muitos casos, o bebê nasce sem sintomas aparentes, mas as manifestações clínicas podem surgir nos primeiros meses de vida.

Outubro Verde
Outubro Verde

Todas as unidades de saúde de Natal oferecem testes rápidos gratuitos para detecção da sífilis. O resultado é disponibilizado em até 20 minutos e, em caso de diagnóstico positivo, o tratamento é iniciado imediatamente. O objetivo é interromper a cadeia de transmissão e evitar complicações futuras.

A campanha Outubro Verde também busca combater o estigma relacionado às ISTs. A abordagem educativa visa esclarecer dúvidas da população e incentivar a busca por atendimento nas unidades de saúde. Profissionais como enfermeiros e agentes comunitários estão preparados para oferecer acolhimento e orientação adequada.

O terceiro sábado de outubro é marcado pelo Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita. A data reforça a importância da prevenção e do cuidado contínuo com a saúde sexual e reprodutiva, especialmente entre gestantes.

A iniciativa da SMS Natal, por meio do Núcleo Municipal de IST/Aids e Hepatites Virais, integra o calendário de ações estratégicas voltadas à promoção da saúde pública. A campanha Outubro Verde reforça o compromisso do município com a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento da sífilis, contribuindo para a redução dos índices da doença e para a proteção da saúde da população.

Foto: Reprodução/Prefeitura do Natal

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Ministério da Saúde confirma 225 registros de intoxicação por metanol no Brasil

Ministério da Saúde confirma 225 registros de intoxicação por metanol no Brasil

Casos envolvem consumo de bebidas alcoólicas adulteradas; São Paulo concentra maior número de notificações

Ministério da Saúde confirma 225 registros de intoxicação por metanol no Brasil

O Ministério da Saúde confirmou 225 registros de intoxicação por metanol no Brasil relacionados à ingestão de bebidas alcoólicas. Os dados foram divulgados neste domingo (5) e incluem casos confirmados e em investigação, conforme informações consolidadas pelo Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde Nacional (CIEVS).

Do total, 16 casos foram confirmados e 209 seguem sob investigação em 13 estados: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pernambuco, Paraná, Rondônia, São Paulo, Piauí, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraíba e Ceará. Os registros na Bahia e no Espírito Santo foram descartados.

São Paulo concentra maior número de casos

O estado de São Paulo lidera as notificações, com 14 casos confirmados e 178 em investigação. As duas mortes confirmadas por intoxicação por metanol no país ocorreram na capital paulista. A primeira vítima foi um homem de 54 anos, em 15 de setembro. A segunda, um homem de 46 anos, teve o óbito confirmado no sábado (4).

A capital paulista registra 85 notificações, sendo 11 confirmadas. São Bernardo do Campo aparece em seguida, com 45 casos — 44 suspeitos e um confirmado. Também há confirmações em Guarulhos e Itapecerica da Serra. Fora de São Paulo, dois casos foram confirmados em Curitiba.

Outras 13 mortes estão sob investigação: sete em São Paulo, três em Pernambuco, uma no Mato Grosso do Sul, uma na Paraíba e uma no Ceará.

 intoxicação por metanol
intoxicação por metanol

Recomendações ao consumidor

O Procon-SP orienta os consumidores a adotarem medidas de precaução ao adquirir bebidas alcoólicas:

  • Comprar apenas em estabelecimentos conhecidos ou com referências;
  • Desconfiar de preços muito abaixo do mercado;
  • Verificar a integridade da embalagem, rótulo, lacre e informações obrigatórias como CNPJ, lote e endereço do fabricante;
  • Não realizar testes caseiros como cheirar, provar ou queimar a bebida;
  • Observar sintomas como visão turva, dor de cabeça intensa, náusea, tontura ou confusão mental após o consumo;
  • Procurar atendimento médico imediato em caso de suspeita de intoxicação;
  • Denunciar irregularidades à Vigilância Sanitária, Polícia Civil, Procon ou pelo Disque-Intoxicação (0800 722 6001).

Fiscalização intensificada

O Procon-SP informou que intensificará as fiscalizações em bares, restaurantes, adegas, supermercados e casas noturnas, em parceria com o Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) da Polícia Civil.

A Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) também recomenda atenção ao lacre de segurança, vedação da tampa, presença do selo do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Em caso de sintomas como dores abdominais intensas, tontura ou confusão mental, o atendimento médico deve ser imediato. O socorro nas primeiras seis horas após o início dos sintomas é considerado essencial para evitar o agravamento do quadro clínico.

Foto: Reprodução/UFPR/Sandro Araújo/Agência Saúde DF

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Brasil tem aumento de casos de intoxicação por metanol e governo amplia ações de combate e tratamento

Brasil tem aumento de casos de intoxicação por metanol e governo amplia ações de combate e tratamento

Ministério da Saúde confirma 195 notificações em 14 estados; São Paulo lidera com mais de 160 registros e duas mortes confirmadas

O Ministério da Saúde informou neste sábado (4) que o Brasil registra 195 notificações de intoxicação por metanol após a ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas. Do total, 14 casos foram confirmados e 181 seguem em investigação, segundo dados enviados pelos estados ao Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde Nacional (Cievs).

O estado de São Paulo lidera o número de registros, com 162 notificações — 14 confirmadas e 148 em análise. Também há suspeitas em outros 13 estados: 11 em Pernambuco, 5 em Mato Grosso do Sul, 3 no Paraná, 2 na Bahia, 2 em Goiás, 2 no Rio Grande do Sul, e 1 caso em cada nos estados do Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Rondônia, Piauí, Rio de Janeiro e Paraíba.

O boletim do Ministério da Saúde aponta 13 mortes em investigação, sendo duas confirmadas no estado de São Paulo. As demais estão distribuídas entre Pernambuco (3), Bahia (1) e Mato Grosso do Sul (1).

Diante da situação, a pasta determinou que todos os estados e municípios notifiquem imediatamente as suspeitas de intoxicação por metanol. A medida visa fortalecer a vigilância epidemiológica e garantir resposta rápida aos casos. Uma sala de situação nacional foi criada e permanecerá ativa enquanto persistir o risco sanitário.

Situação em São Paulo e prisões por bebidas adulteradas

O governo de São Paulo confirmou a segunda morte por intoxicação por metanol no estado, ambas registradas na capital. Segundo a Secretaria de Saúde, o estado contabiliza 162 ocorrências entre casos confirmados e suspeitos, com sete óbitos ainda sob investigação.

As ações de fiscalização também foram intensificadas. A Polícia Civil de São Paulo elevou para 41 o número de prisões relacionadas à adulteração de bebidas — 19 delas apenas nesta semana. As prisões ocorreram na capital e nos municípios de Diadema, Santo André, Jacareí e Jundiaí.

Durante as operações, foram apreendidos garrafas, rótulos, tampas e outros materiais usados na falsificação.

A força-tarefa estadual resultou ainda na interdição de 11 estabelecimentos, total ou parcialmente, em razão de irregularidades sanitárias.

Ações policiais no Distrito Federal

No Distrito Federal, a Polícia Militar descobriu um laboratório clandestino de falsificação de bebidas alcoólicas na região de Sobradinho dos Melos, durante operação realizada na sexta-feira (3).

Foram apreendidos materiais de envase, rótulos, tampas, produtos químicos e maquinário usados na produção irregular.

A ocorrência começou durante a Operação 5º Mandamento, que fiscalizava bares nas regiões do Paranoá e Itapoã. Uma das distribuidoras vistoriadas apresentou nota fiscal vinculada à chácara onde o laboratório funcionava.

Um caseiro foi conduzido à 6ª Delegacia de Polícia (DP) e informou que o proprietário do imóvel está no Ceará. O caso foi registrado como crime contra as relações de consumo.

Governo amplia estoque de antídotos e alerta população

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou que o governo está ampliando o estoque de antídotos para o tratamento de intoxicação por metanol. O tratamento é feito com etanol farmacêutico e fomepizol, substâncias que inibem os efeitos tóxicos do metanol no organismo.

Segundo Padilha, o governo já possui 4,3 mil ampolas de etanol farmacêutico e adquiriu mais 12 mil unidades de um laboratório nacional. Além disso, foram compradas 2,5 mil ampolas de fomepizol de um fornecedor do Japão, em articulação com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

Os antídotos serão enviados aos Centros de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) dos estados.

O ministro reforçou a recomendação para evitar o consumo de bebidas destiladas, principalmente aquelas com tampas de rosca, por estarem entre as mais falsificadas. Padilha também orientou comerciantes a verificar a procedência dos produtos adquiridos junto aos fornecedores.

Segundo o ministro, a notificação imediata dos casos suspeitos ajuda a rastrear a origem das bebidas e apoia as investigações da Polícia Civil e da Polícia Federal.

Sintomas e orientações médicas

A intoxicação por metanol é considerada uma emergência médica grave. Após a ingestão, o metanol é metabolizado em substâncias tóxicas como formaldeído e ácido fórmico, que podem causar cegueira, falência orgânica e morte.

Os principais sintomas incluem visão turva, náuseas, vômitos, dores abdominais e sudorese.

Em caso de suspeita, o Ministério da Saúde orienta buscar atendimento médico imediato e entrar em contato com os canais de emergência:

  • Disque-Intoxicação Anvisa: 0800 722 6001
  • CIATox local: contato conforme estado
  • Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI): (11) 5012-5311 ou 0800-771-3733

É recomendado ainda identificar e alertar outras pessoas que possam ter consumido a mesma bebida, para avaliação médica imediata.

Foto: Pixabay/Pexels / Denys Gromov/Pexes / Walterson Rosa/MS

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Ministério da Saúde registra 127 casos de intoxicação por metanol e recomenda evitar bebidas destiladas

Ministério da Saúde registra 127 casos de intoxicação por metanol e recomenda evitar bebidas destiladas

Alexandre Padilha orienta população a não consumir bebidas em garrafas com rosca e anuncia novas medidas de enfrentamento

Ministério da Saúde registra 127 casos de intoxicação por metanol no Brasil

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, informou neste sábado (4) que o Brasil contabiliza 127 casos confirmados de intoxicação por metanol. Segundo ele, o número de casos confirmados se mantém estável, mas houve aumento nas notificações de suspeitas. Até o momento, 12 estados registraram ocorrências. O ministro fez o anúncio durante visita a Teresina, no Piauí.

Padilha recomendou que a população evite o consumo de bebidas alcoólicas nos próximos dias, principalmente destilados vendidos em garrafas com tampas de rosca. O alerta se deve à possibilidade de adulteração com metanol, substância altamente tóxica e imprópria para consumo humano.

“Nossa recomendação é evitar bebidas destiladas, sobretudo aquelas que a garrafa é feita com a rosca”, afirmou o ministro.

Ele acrescentou que não há registros de adulteração em bebidas comercializadas em latas ou em garrafas com tampas metálicas.

Governo adota medidas de enfrentamento

De acordo com o ministro, o governo federal está adotando medidas emergenciais para conter o avanço dos casos e garantir atendimento adequado às vítimas. O Ministério da Saúde identificou 604 farmácias de manipulação em condições de produzir o etanol farmacêutico, substância utilizada como antídoto sob prescrição médica.

Foram adquiridas 12 mil ampolas do etanol farmacêutico, que serão distribuídas aos Centros de Referência de Toxicologia em todo o país. Além disso, o governo comprou 2.500 tratamentos de Fomepizol, outro antídoto eficaz contra a intoxicação por metanol. A aquisição foi feita por meio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), e os medicamentos devem chegar ao Brasil na próxima semana.

Orientações aos profissionais de saúde

Padilha também destacou a importância da notificação imediata pelos profissionais de saúde, tanto da rede pública quanto da privada, assim que houver suspeita de intoxicação. O registro precoce permite que os Centros de Toxicologia ofereçam suporte técnico e orientações sobre o cumprimento do protocolo do Ministério da Saúde.

Entre as medidas recomendadas estão a checagem de acidose metabólica, hidratação adequada do paciente, monitoramento cardíaco e o uso do etanol farmacêutico conforme prescrição. A notificação também ajuda a identificar o local de consumo e a origem da bebida, auxiliando as autoridades sanitárias na investigação.

O que é o metanol e como evitar riscos

O metanol é uma substância química usada como matéria-prima na fabricação de combustíveis e produtos industriais. Quando ingerido, pode causar intoxicação grave e até morte. Ele tem gosto levemente adocicado, semelhante ao do etanol, e não apresenta odor forte, o que dificulta sua identificação em bebidas adulteradas.

Para reduzir o risco de contaminação, o Ministério da Saúde orienta que a população:

  • Verifique a origem da bebida e se o lacre da embalagem está intacto;
  • Desconfie de preços muito abaixo do mercado e de pontos de venda informais;
  • Rejeite embalagens com rótulos mal impressos, sem CNPJ, lote ou validade;
  • Observe a cor, o cheiro e a consistência da bebida;
  • Evite testes caseiros como cheirar, provar ou tentar queimar o produto;
  • Em bares e restaurantes, peça para que a bebida seja servida na frente do consumidor.

Sintomas e busca por atendimento

Os sintomas de intoxicação por metanol podem incluir náuseas, vômitos, dor abdominal, tontura e visão turva. Em muitos casos, esses sinais são confundidos com os de uma ressaca comum, mas tendem a ser mais intensos e rápidos.

O Ministério da Saúde reforça que qualquer pessoa que apresente sintomas após consumir bebidas suspeitas deve procurar atendimento médico imediato. A intervenção precoce é fundamental para evitar complicações graves e salvar vidas.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil / Tomaz Silva/Agência Brasil

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Sesap orienta unidades de saúde sobre intoxicação por metanol e Natal amplia fiscalização em bares e distribuidoras

Sesap orienta unidades de saúde sobre intoxicação por metanol e Natal amplia fiscalização em bares e distribuidoras

Secretaria de Saúde do RN emitiu nota técnica para atendimento e notificação de casos suspeitos, enquanto SMS Natal e Procon iniciam ações preventivas de fiscalização em estabelecimentos

A Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap) emitiu, nesta quinta-feira (2), uma nota técnica direcionada a municípios e unidades de saúde do estado com orientações sobre identificação, atendimento e notificação de possíveis casos suspeitos ou confirmados de intoxicação por metanol.

De acordo com a pasta, até o momento da emissão da nota não havia registro de casos relacionados à ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas no Rio Grande do Norte. A medida foi tomada após relatos de intoxicação em outras regiões do país, principalmente em São Paulo.

Segundo a Sesap, toda a estrutura de vigilância estadual, incluindo o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) e o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox), permanece em monitoramento constante da situação.

A nota técnica estabelece critérios para definição de casos suspeitos, orienta sobre condutas clínicas e laboratoriais, além da notificação oficial aos órgãos competentes. Entre os sintomas relacionados à intoxicação por metanol estão dor abdominal, alterações visuais, confusão mental, náuseas e vômitos, que podem se manifestar entre 12 e 24 horas após a ingestão da substância.

Os pacientes que apresentarem esses sinais devem procurar atendimento médico imediato em serviços de urgência e emergência. Profissionais de saúde, por sua vez, devem acionar o CIATox de referência e realizar a notificação no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Amostras de sangue devem ser enviadas ao Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep-RN), que funciona 24 horas por dia para análise.

O documento também descreve possíveis complicações, como alterações metabólicas, distúrbios neurológicos, coma e até morte. O tratamento pode incluir uso de etanol intravenoso como antídoto, ácido folínico, benzodiazepínicos em caso de convulsões e hemodiálise em situações graves.

O aumento de ocorrências em São Paulo levou o Ministério da Saúde a classificar a situação como Evento de Saúde Pública. O órgão instalou, na quarta-feira (1º), uma Sala de Situação para monitoramento dos casos em nível nacional.

Fiscalização em Natal: SMS e Procon adotam medidas preventivas

Diante do cenário nacional, a Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS) informou que vai intensificar fiscalizações em bares, restaurantes e casas noturnas da capital potiguar. O Procon Natal também anunciou que vai notificar mais de 100 distribuidoras de bebidas da cidade para reforçar o controle sobre a origem dos produtos comercializados.

Segundo Sônia Fernandes, chefe do setor de Fiscalização de Alimentos e Bebidas da SMS, as ações já ocorrem rotineiramente e incluem atendimento 24 horas para casos de intoxicação alimentar. Com os alertas recentes, a vigilância sanitária passará a priorizar estabelecimentos de maior movimento, especialmente nos fins de semana.

O monitoramento também será ampliado para áreas de turismo da capital. As inspeções verificam boas práticas de manuseio, armazenamento e uso da matéria-prima em alimentos e bebidas.

O Procon Natal, por sua vez, vai atuar de forma preventiva e educativa junto a distribuidores e revendedores, reforçando as orientações da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon). De acordo com o agente de fiscalização Carlos Alberto Freire, a medida busca garantir maior atenção sobre a procedência de bebidas destiladas, como whisky, vodka e gin.

Especialistas também reforçam a necessidade de vigilância. O professor e coordenador da Liga Acadêmica de Toxicologia da UFRN, Herbert Sisenando, destacou que a adulteração de bebidas é uma prática ilegal recorrente no Brasil e citou dados da Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD), que apontam que cerca de 20% das bebidas comercializadas no país são adulteradas.

Segundo ele, os recentes casos concentrados em curto período acenderam o alerta sobre o risco de bebidas adulteradas circularem no mercado formal. Investigações da Polícia Federal e da Polícia Civil de São Paulo buscam apurar se há indícios de produção em grande escala de bebidas falsificadas.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN / Αλέξανδρος Βλάχος/Pexels

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Brasil registra 48 casos suspeitos de intoxicação por metanol e 11 confirmados, diz Ministério da Saúde

Brasil registra 48 casos suspeitos de intoxicação por metanol e 11 confirmados, diz Ministério da Saúde

Governo mantém Sala de Situação para monitoramento; uma morte foi confirmada em São Paulo e outros sete óbitos estão em investigação

O Brasil contabiliza 48 casos em investigação relacionados à possível intoxicação por metanol até a tarde desta quinta-feira (2). O balanço foi apresentado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em entrevista coletiva concedida na Sala de Situação instalada pelo governo federal para monitorar ocorrências e coordenar medidas de resposta.

De acordo com o Ministério da Saúde, 11 casos já foram confirmados por meio de detecção laboratorial da presença da substância. Os resultados foram obtidos a partir da análise de amostras enviadas a um Centro de Informações Estratégicas e Resposta de Vigilância em Saúde (Cievs).

Inicialmente, Padilha havia informado a confirmação de um 12º caso em Brasília. No entanto, a pasta esclareceu posteriormente que o episódio segue classificado como suspeito. O paciente é o cantor Hungria, que permanece sob avaliação das autoridades de saúde.

Até o momento, o ministério confirmou apenas uma morte associada à intoxicação por metanol, registrada em São Paulo. Outros sete óbitos estão em investigação: dois em Pernambuco e cinco também em São Paulo.

Segundo informações da pasta, a instalação da Sala de Situação tem como objetivo integrar diferentes áreas técnicas e agilizar a análise de dados referentes ao surto. A medida busca coordenar a resposta dos serviços de saúde, orientar estados e municípios e acompanhar a evolução dos casos em tempo real.

O metanol é um solvente altamente tóxico que, quando ingerido, pode provocar sintomas como dor abdominal, alterações visuais, confusão mental, náusea e vômitos, surgindo geralmente entre 12 e 24 horas após a ingestão. A substância está associada principalmente ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas.

Os serviços de saúde foram orientados a intensificar a vigilância, registrar notificações no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e acionar os Centros de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) em casos suspeitos.

O Ministério da Saúde informou ainda que acompanha a situação junto a autoridades estaduais e municipais, reforçando a necessidade de encaminhamento de amostras laboratoriais para confirmar diagnósticos e auxiliar na investigação dos óbitos em análise.

Foto: Walterson Rosa/MS / Paulo Pinto/Agência Brasil

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Cantor Hungria é internado com suspeita de intoxicação por metanol

Cantor Hungria é internado com suspeita de intoxicação por metanol

Artista está na UTI em Brasília e é o 12º caso confirmado de contaminação por bebida adulterada

Cantor Hungria é internado com suspeita de intoxicação por metanol

O cantor Gustavo da Hungria Neves, conhecido como Hungria Hip Hop, foi internado nesta quinta-feira (2) no Hospital DF Star, em Brasília, com sintomas compatíveis com intoxicação por metanol. A substância tóxica é comumente encontrada em bebidas alcoólicas adulteradas e tem causado alerta em diversas regiões do país.

Hungria deu entrada na unidade hospitalar apresentando cefaleia, náuseas, vômitos, turvação visual e acidose metabólica. O hospital informou que o artista está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), consciente, orientado, com respiração espontânea e sem alterações visuais. O tratamento inclui sessões de hemodiálise para eliminação da substância tóxica do organismo.

O Ministério da Saúde confirmou que Hungria é o 12º caso de intoxicação por metanol registrado no Brasil em 2025. A confirmação foi feita após detecção laboratorial da substância no exame realizado no hospital. A pasta acompanha o caso desde o início da internação e integra uma força-tarefa para monitorar ocorrências semelhantes em todo o país.

Cantor Hungria
Cantor Hungria

Até o momento, foram contabilizados 59 casos notificados de intoxicação por metanol, sendo 12 confirmados. A maioria dos registros ocorreu em São Paulo, onde uma morte foi confirmada e outras sete estão sob investigação. Pernambuco também apresenta casos em análise.

A assessoria do cantor informou que todos os shows programados para este fim de semana foram cancelados por orientação médica. A equipe destacou que Hungria está fora de risco iminente, mas seguirá em acompanhamento clínico até que haja evolução no quadro de saúde.

A suspeita é de que o cantor tenha ingerido bebida adulterada durante evento recente. A Polícia Civil do Distrito Federal instaurou inquérito para apurar a origem da possível contaminação e investiga os locais frequentados pelo artista antes da internação.

Hungria é um dos principais nomes do rap nacional, com carreira consolidada e milhões de seguidores nas plataformas digitais. Natural de Ceilândia, no Distrito Federal, o artista construiu trajetória independente e é reconhecido por letras que retratam a realidade urbana e periférica.

A intoxicação por metanol é considerada grave e pode causar cegueira, falência renal e morte. Os sintomas iniciais incluem mal-estar, dor de cabeça, enjoo, vômitos e visão borrada. O tratamento exige atendimento imediato e suporte intensivo, como o que está sendo realizado com o cantor.

O caso reacende o debate sobre a fiscalização de bebidas alcoólicas comercializadas no país. Estabelecimentos suspeitos de vender produtos adulterados têm sido interditados pela Vigilância Sanitária em diversas cidades, especialmente em São Paulo.

Fotos: Reprodução/Redes Sociais

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OUTUBRO ROSA: Saúde na Praça movimenta Mossoró com atividades de lazer e qualidade de vida

OUTUBRO ROSA: Saúde na Praça movimenta Mossoró com atividades de lazer e qualidade de vida

Ação acontece neste domingo (5), na Avenida Rio Branco, com caminhada, dança e serviços de saúde

OUTUBRO ROSA: Saúde na Praça movimenta Mossoró com atividades de lazer e qualidade de vida

Em alusão ao Outubro Rosa, campanha dedicada à conscientização sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama, a Universidade Potiguar (UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima, realiza mais uma edição do projeto Saúde na Praça, neste domingo (5), na Avenida Rio Branco, em Mossoró. A programação é gratuita e aberta ao público, com atividades voltadas para saúde, bem-estar e qualidade de vida.

A ação acontecerá em dois pontos da Avenida: Praça dos Patins e Praça do Teatro. Na Praça dos Patins, a programação terá início às 16h30, com um aulão de dança para pessoas idosas, em parceria com o Sesc. Logo em seguida, às 17h, acontece o aulão de Hitboxx com a coach Viivii, além de atendimentos de saúde gratuitos com a equipe do curso de Enfermagem da UnP.

Na Praça do Teatro Dix-huit Rosado, a população terá à disposição diversos serviços. A área de Educação Física conduzirá circuitos funcionais; a Fisioterapia promoverá sessões de liberação miofascial manual e instrumental; Biomedicina e Farmácia realizarão testes de glicemia e aferição da pressão arterial; a Psicologia oferecerá orientações psicológicas e brincadeiras para as crianças; e a Nutrição fará avaliações antropométricas acompanhadas de orientações nutricionais.

Nesta edição especial, em alusão ao Outubro Rosa, o evento contará ainda com a participação da Liga de Estudos em Oncologia de Mossoró (Liga de Mossoró), da Associação de Apoio aos Portadores de Câncer de Mossoró e Região (AAPCMR), do Sesc, do Sistema Fecomércio RN e do Grupo de Apoio às Mulheres Mastectomizadas.

Fotos: Divulgação

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RN registra mais de 57 mil casos de câncer em cinco anos, aponta Sesap

RN registra mais de 57 mil casos de câncer em cinco anos, aponta Sesap

Boletim Epidemiológico revela crescimento de quase 50% na incidência da doença entre 2020 e 2024

RN registra mais de 57 mil casos de câncer em cinco anos, aponta Sesap

O Rio Grande do Norte registrou 57.660 novos casos de câncer entre os anos de 2020 e 2024. A doença permanece como a segunda principal causa de morte no estado.

Do total de registros, 44% ocorreram em homens (25.102 casos) e 56% em mulheres (32.558 casos). A taxa de incidência apresentou crescimento significativo no período. Em 2020, eram 250 casos por 100 mil habitantes entre homens e 301 por 100 mil entre mulheres. Em 2024, os índices subiram para 375 por 100 mil em homens e 449 por 100 mil em mulheres.

O aumento está relacionado à retomada dos serviços de saúde após a pandemia, que havia impactado o diagnóstico e o registro de novos casos. A reativação dos atendimentos contribuiu para a identificação de casos represados.

Entre os homens, os tipos de câncer mais comuns foram próstata e estômago, cada um com 14% dos registros. Em seguida aparecem os tumores nos tecidos conjuntivos e moles (9%), cólon e reto (7%) e pulmão (5%). Entre as mulheres, o câncer de mama lidera com 30% dos casos, seguido por colo do útero (7%), tecidos conjuntivos e moles (5%) e cólon e reto (7%).

No mesmo período, foram contabilizadas 18.519 mortes por câncer no estado, sendo 9.204 entre homens e 9.315 entre mulheres. O câncer de pulmão foi o tipo mais letal, responsável por 12% dos óbitos. Em seguida aparecem os cânceres de mama (8%), próstata (7%), cólon e reto (7%) e estômago (6%).

RN registra mais de 57 mil casos de câncer
RN registra mais de 57 mil casos de câncer

A mortalidade é mais expressiva entre pessoas com 60 anos ou mais, que representam 72% dos óbitos registrados. Esse dado reforça a relação entre envelhecimento e risco aumentado de desenvolvimento da doença.

A Região Metropolitana de Natal apresentou as maiores taxas de incidência em 2024, com 488 casos por 100 mil habitantes — um crescimento de 52% em relação a 2020. Já a região do Alto Oeste concentrou as maiores taxas de mortalidade ao longo dos cinco anos analisados.

Estudos indicam que cerca de um terço dos casos de câncer pode ser prevenido com mudanças no estilo de vida. Entre as medidas recomendadas estão a redução do tabagismo e do consumo de álcool, alimentação saudável, prática regular de atividade física, rastreamento por exames como mamografia e colonoscopia, além da vacinação contra HPV e hepatite B.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração /  Paulo Pinto/Agência Brasil

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Paciente aguarda cirurgia há 12 dias no Hospital Walfredo Gurgel por falta de material

Paciente aguarda cirurgia há 12 dias no Hospital Walfredo Gurgel por falta de material

Barbeiro sofreu acidente de moto e permanece internado com fixador externo sem previsão de procedimento

Um paciente aguarda há 12 dias a realização de uma cirurgia de emergência no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, devido à falta de material hospitalar.

O barbeiro Flávio Galdino Barbosa sofreu um acidente de moto no dia 15 de setembro, na Avenida Ayrton Senna, na capital potiguar. Ele foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado para a unidade hospitalar. Após exames, recebeu o diagnóstico de uma fratura grave no joelho direito, com indicação médica para cirurgia urgente.

Desde a internação, o procedimento não foi realizado. O paciente permanece com um fixador externo na perna, em quadro de dores intensas, sem previsão para a realização da cirurgia.

Situação familiar

A condição de Flávio impacta também a dinâmica familiar. Sua esposa sofreu uma fratura no pé e não pode prestar assistência durante o período de internação. Com isso, a mãe do barbeiro, de 67 anos, que possui problemas de saúde, assumiu a responsabilidade pelo cuidado do filho no hospital.

A família relata dificuldades adicionais em relação ao suporte recebido na unidade. Segundo denúncia, a acompanhante não recebe alimentação regular, sendo necessário em alguns momentos dividir a comida destinada ao paciente.

Trabalho comprometido

Flávio é pai de duas crianças e proprietário de uma barbearia localizada na Avenida das Alagoas, em Natal. A ausência do trabalho compromete a renda familiar, uma vez que ele é o principal responsável pelo sustento da casa.

Contato com autoridades

A Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap) e a Assessoria de Comunicação do Governo do RN foram procuradas nos dias 25 e 26 de setembro para prestar esclarecimentos sobre o caso, mas não houve retorno até o momento.

Foto: Reprodução / Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Paciente recebe novo rim após erro em transplante no Hospital Onofre Lopes

Paciente recebe novo rim após erro em transplante no Hospital Onofre Lopes

Procedimento foi realizado no HUOL em Natal; outro paciente segue na fila de espera

Um paciente que havia deixado de receber um rim após erro em procedimento no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), em Natal, recebeu um novo órgão nesta quinta-feira (25). O transplante foi realizado na própria unidade hospitalar.

Segundo o HUOL, a cirurgia ocorreu sem intercorrências, e o paciente permanece internado em estado estável, em leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), conforme protocolo adotado em casos de transplantes.

Situação do outro paciente

O paciente que recebeu equivocadamente o rim destinado a outra pessoa recebeu alta nesta sexta-feira (26). Ele havia deixado a UTI no dia 22 de setembro e foi recadastrado como prioridade na lista nacional de transplantes.

“O paciente que havia recebido o transplante anterior permaneceu sob cuidados no HUOL e recebeu alta nesta sexta-feira (26). Ele foi recadastrado como prioridade na fila de transplantes, garantindo a continuidade do seu acompanhamento assistencial”, informou a unidade hospitalar em nota.

Na quinta-feira (25), o Ministério da Saúde confirmou que os dois pacientes voltaram à lista nacional de transplantes com prioridade.

Chegada do órgão

O novo rim utilizado no procedimento chegou a Natal no helicóptero Potiguar 02, da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte, na tarde de quinta-feira (25).

De acordo com a secretaria, o órgão foi coletado no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, localizado em João Pessoa, na Paraíba.

O erro no transplante

O erro ocorreu no HUOL, após troca de pacientes com nomes semelhantes. Um deles recebeu o órgão destinado ao outro. Como não havia compatibilidade sanguínea, o paciente que recebeu o rim apresentou reação, precisou ser levado à UTI e teve o órgão retirado. O rim foi perdido.

O Ministério da Saúde informou que o paciente que recebeu o órgão errado terá assistência integral do Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo atendimento clínico, psicológico e fornecimento de medicamentos.

O governo também confirmou que a falha aconteceu internamente, no hospital, durante o processo de convocação do paciente para o transplante.

Apurações em andamento

O HUOL, vinculado à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), abriu procedimento interno para apuração do caso.

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte informou que o hospital não procurou a delegacia para registrar ocorrência sobre o erro.

A coordenadora da Central de Transplantes do Rio Grande do Norte, Rogéria Medeiros, afirmou que a Central repassou corretamente o nome do paciente compatível ao hospital. Segundo ela, o órgão não é responsável pela convocação.

“A Central apenas gerencia a fila. Quando há um órgão disponível para doação, a Central avalia qual o paciente mais compatível e comunica o hospital. É o hospital que entra em contato com o paciente para dar prosseguimento ao procedimento”, explicou.

Em nota, o HUOL afirmou que “se solidariza com a família afetada e reafirma seu compromisso com a transparência, a qualidade da assistência e a segurança dos pacientes”, destacando que realiza transplantes de rim e de córnea desde 1998, com mais de 850 procedimentos realizados.

Foto: Cícero Oliveira – Agecom/UFRN / Sesed/RN/Divulgação

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Pediatra potiguar tira dúvidas sobre nova definição de febre em crianças

Pediatra potiguar tira dúvidas sobre nova definição de febre em crianças

Vanessa Pache da Rosa é professora de Medicina da UnP/Inspirali e também alerta para o uso de antitérmicos

Pediatra potiguar tira dúvidas sobre nova definição de febre em crianças

A recente atualização sobre a definição de febre em crianças tem gerado dúvidas entre pais e cuidadores. Antes, considerava-se febre temperaturas acima de 37,8°C. Agora, especialistas indicam que o marco deve ser a partir de 37,5°C quando aferida pela axila, segundo resolução da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Para esclarecer o tema, a pediatra Vanessa Pache da Rosa, professora de Medicina da Universidade Potiguar (UnP), cujo curso é parte integrante da Inspirali, o melhor ecossistema de educação em saúde do país, explica que a mudança é baseada em estudos mais recentes sobre a variação da temperatura corporal e para evitar a febrefobia, medo dos pais em relação a esse sintoma bastante comum na infância.

“A febre não é uma doença em si, mas um sinal de que o corpo está reagindo a algum processo, geralmente infeccioso. Essa atualização ajuda a evitar intervenções desnecessárias em temperaturas que ainda podem ser consideradas dentro de uma faixa normal”, destaca.


A médica pediatra ressalta que a avaliação deve levar em conta não apenas o número no termômetro, mas também o estado geral da criança. “Se a criança estiver ativa, alimentando-se bem e hidratada, mesmo com uma temperatura um pouco elevada, muitas vezes não há motivo para alarme imediato”, reforça.


Ainda segundo a especialista, o uso de antitérmicos deve ser feito com cautela e, sempre que possível, sob orientação médica. O mais importante é observar sinais de alerta, como sonolência excessiva ou sono irregular, dificuldade para respirar, recusa alimentar, manchas na pele, choro, irritabilidade.


“Os antitérmicos mais usados — como paracetamol, ibuprofeno e dipirona — têm a função de aliviar o desconforto e reduzir a temperatura, mas não tratam a causa da febre, que na maioria das vezes está relacionada a uma infecção. Por isso, é fundamental ler a bula antes do uso e, sempre que possível, buscar orientação médica para garantir o tratamento adequado”, enfatiza a docente da UnP/Inspirali, Vanessa Pache.

O documento científico sobre a nova definição da febre em crianças pode ser conferido no link: www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/sbp/2025/maio/16/24896f-DC_-Abordag_Febre_Aguda_em_Pediatria_e_Reflexoes_VIRTUAL.pdf.

Foto: Divulgação

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Anvisa afirma que não há relação entre paracetamol e autismo

Anvisa afirma que não há relação entre paracetamol e autismo

Agência brasileira reforça ausência de evidências científicas sobre uso do medicamento na gravidez

Anvisa afirma que não há relação entre paracetamol e autismo

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou que não há relação entre paracetamol e autismo. A declaração foi feita após repercussão de falas do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que sugeriu uma ligação entre o uso do medicamento durante a gravidez e o desenvolvimento do Transtorno do Espectro Autista (TEA).

No Brasil, não há registros que associem o uso de paracetamol na gestação com casos de autismo. A afirmação da Anvisa foi divulgada na quarta-feira (24), em resposta à repercussão gerada entre mães de crianças com diagnóstico de TEA. Em redes sociais e grupos de maternidade, surgiram relatos de preocupação e culpa entre mulheres que utilizaram o medicamento durante a gravidez.

A Anvisa esclareceu que o paracetamol é classificado como medicamento de baixo risco e integra a lista de produtos que não exigem receita médica. A liberação de medicamentos no país segue critérios técnicos e científicos rigorosos, com foco na qualidade, segurança e eficácia. Mesmo os medicamentos de baixo risco são submetidos a monitoramento contínuo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) também se manifestou sobre o tema. Em nota oficial, a entidade afirmou que não há evidências científicas conclusivas que confirmem qualquer relação entre o uso de paracetamol na gravidez e o autismo. A OMS destacou que diversas pesquisas sobre o assunto não encontraram associação consistente entre o medicamento e o transtorno.

Anvisa afirma que não há relação
Anvisa afirma que não há relação

A Agência de Medicamentos da União Europeia reforçou a posição da OMS, informando que não existem novas evidências que justifiquem alterações nas recomendações atuais de uso do paracetamol. A instituição mantém a orientação de que o medicamento pode ser utilizado conforme as diretrizes médicas vigentes.

Nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA) anunciou que iniciou o processo de revisão da bula do paracetamol. A agência informou que emitiu um alerta para profissionais de saúde sobre possíveis evidências em análise, mas não apresentou conclusões definitivas. A medida foi tomada como precaução diante da repercussão pública.

O Ministério da Saúde brasileiro também se posicionou. Em publicação nas redes sociais, o ministro Alexandre Padilha afirmou que não existe comprovação científica que relacione o paracetamol ao autismo. Segundo ele, o medicamento é considerado seguro pelas principais agências internacionais de saúde e o autismo foi identificado antes mesmo da criação do paracetamol.

A discussão sobre o uso de medicamentos durante a gravidez é recorrente em ambientes médicos e científicos. Especialistas recomendam que qualquer substância seja administrada sob orientação profissional, considerando os riscos e benefícios para a gestante e o bebê.

A Anvisa reforça que, até o momento, não há evidência que justifique mudanças na regulamentação do paracetamol no Brasil. A agência mantém o compromisso com a análise técnica e científica de todos os medicamentos disponíveis no mercado nacional.

Foto: Marcello Casal Jr/Tânia Rego/Agência Brasil

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Hospital realiza transplante de rim em paciente errado em Natal

Hospital realiza transplante de rim em paciente errado em Natal

Erro no HUOL levou à rejeição do órgão e internação do paciente na UTI

Hospital realiza transplante de rim em paciente errado em Natal

Um erro grave foi registrado no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), em Natal, durante um procedimento de transplante renal. Um paciente recebeu por engano um rim que seria destinado a outra pessoa, resultando em rejeição do órgão e internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

O HUOL é vinculado à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). A instituição confirmou o ocorrido e informou que abriu um processo interno para apurar os fatos, com prazo de até 60 dias para conclusão.

De acordo com informações divulgadas, o erro teria sido causado pela semelhança entre os nomes dos dois pacientes que estavam na fila de espera pelo transplante. O paciente convocado equivocadamente recebeu um rim incompatível com seu tipo sanguíneo, o que provocou uma reação adversa logo após a cirurgia.

O órgão foi retirado e não pôde ser reaproveitado para o receptor correto. O paciente permanece internado na UTI, sob acompanhamento clínico integral. A instituição também informou que está oferecendo suporte psicológico aos familiares.

O hospital notificou os órgãos competentes e declarou que todas as providências cabíveis foram adotadas imediatamente após o incidente. A equipe médica envolvida no procedimento está sendo avaliada como parte da investigação interna.

Hospital realiza transplante de rim
Hospital realiza transplante de rim

Desde 1998, o HUOL realiza transplantes de rim e córnea, com mais de 850 procedimentos realizados. A unidade é considerada referência em tratamentos de alta complexidade no Rio Grande do Norte.

A fila de transplantes no Brasil é gerida pelo Sistema Nacional de Transplantes, que utiliza critérios técnicos para definir os receptores dos órgãos. A seleção leva em conta compatibilidade sanguínea, urgência, tempo de espera e logística de transporte do órgão.

O caso reacende o debate sobre segurança nos processos hospitalares e controle de identificação de pacientes em procedimentos de alta complexidade. A instituição não divulgou os nomes dos envolvidos e informou que atualizações sobre o estado de saúde do paciente serão feitas conforme o andamento da investigação.

Fotos: Divulgação/Cícero Oliveira/UFRN

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Pressão 12 por 8 é pré-hipertensão, segundo nova diretriz médica

Pressão 12 por 8 é pré-hipertensão, segundo nova diretriz médica

Nova classificação da pressão arterial alerta para riscos cardiovasculares e reforça mudanças no estilo de vida

Pressão 12 por 8 é pré-hipertensão, segundo nova diretriz médica

A pressão arterial considerada “normal” passou por uma reclassificação. De acordo com nova diretriz elaborada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Sociedade Brasileira de Nefrologia e Sociedade Brasileira de Hipertensão, o valor de pressão 12 por 8 (120×80 mmHg) agora é classificado como pré-hipertensão.

A nova classificação divide a pressão arterial em três faixas:

  • Normal: menor que 120×80 mmHg
  • Pré-hipertensão: entre 120-139 x 80-89 mmHg
  • Hipertensão: a partir de 140×90 mmHg

A mudança tem como objetivo ampliar o monitoramento de pessoas com pressão limítrofe, prevenindo o desenvolvimento da hipertensão e suas complicações, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

A fase de pré-hipertensão não exige tratamento medicamentoso. A recomendação médica é baseada em mudanças no estilo de vida, como:

  • Redução de peso corporal
  • Prática regular de atividade física
  • Diminuição do consumo de sal
  • Aumento da ingestão de potássio
  • Cessação do tabagismo
  • Moderação no consumo de álcool
  • Controle do estresse
  • Sono adequado

A diretriz reforça que a pré-hipertensão não deve ser considerada uma doença, mas sim um sinal de alerta para adoção de hábitos saudáveis. A analogia utilizada pelos especialistas é a do sinal amarelo no trânsito: atenção para evitar que a pressão evolua para níveis hipertensivos.

pressão 12 por 8
pressão 12 por 8

Outro ponto destacado é a importância de realizar medições fora do ambiente clínico. A pressão aferida em consultórios pode ser influenciada por fatores como estresse ou nervosismo. Por isso, exames como a MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial) e a MRPA (Monitorização Residencial da Pressão Arterial) são recomendados para uma avaliação mais precisa.

A nova diretriz também está alinhada com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), que indicam que a cada 90 segundos, uma pessoa morre por doenças do coração. Segundo a OMS, 80% dessas mortes poderiam ser evitadas com prevenção, acompanhamento médico e mudanças simples no estilo de vida.

A hipertensão arterial é apontada como um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares. A descompensação da pressão ao longo do tempo pode aumentar o risco de arritmias e outras complicações cardíacas.

O acompanhamento cardiológico continua sendo essencial para a prevenção. Consultas regulares, exames como eletrocardiograma e monitoramento prolongado (como o Holter de 24h) são ferramentas utilizadas para estratificação de risco e diagnóstico precoce.

O tratamento medicamentoso para pacientes na faixa de pré-hipertensão é indicado apenas em casos específicos, como quando há risco cardiovascular elevado. A prioridade é o controle dos fatores de risco por meio de intervenções não farmacológicas.

A nova classificação da pressão arterial busca ampliar a conscientização da população sobre os cuidados com a saúde cardiovascular, promovendo ações preventivas antes que a hipertensão se instale.

Foto: Toninho Tavares/Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília

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Hospitais públicos do RN enfrentam falta de alimentação por atraso de pagamentos

Hospitais públicos do RN enfrentam falta de alimentação por atraso de pagamentos

Greve de terceirizados afeta fornecimento de refeições em unidades como Walfredo Gurgel, Giselda Trigueiro e Santa Catarina

Hospitais públicos do RN enfrentam falta de alimentação por atraso de pagamentos

Hospitais da rede pública do Rio Grande do Norte enfrentam dificuldades no fornecimento de alimentação devido à paralisação de trabalhadores terceirizados. A greve foi motivada por atrasos salariais e no pagamento de benefícios, afetando diretamente o serviço de refeições em diversas unidades hospitalares.

De acordo com informações do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do RN (Sindsaúde/RN), os funcionários terceirizados do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel estão sem receber o salário referente ao mês de agosto e acumulam cerca de cinco meses de atraso no auxílio-alimentação. A paralisação comprometeu a distribuição de refeições, especialmente para acompanhantes de pacientes.

Relatos indicam que acompanhantes vindos do interior do estado enfrentam dificuldades para se alimentar, com casos de famílias dividindo uma única refeição entre três pessoas. A situação foi classificada como crítica pelo sindicato, que organiza uma paralisação em frente ao Hospital Walfredo Gurgel nesta segunda-feira (22), às 10h, em Natal.

hospitais públicos do RN
hospitais públicos do RN

Além do Walfredo Gurgel, outras unidades também foram afetadas. O Hospital Giselda Trigueiro e o Hospital de São José de Mipibu estão sem fornecimento de alimentação desde o dia 15 de setembro. No Walfredo Gurgel, o serviço foi suspenso em 16 de setembro, e no Hospital Santa Catarina, em 18 de setembro.

A paralisação dos serviços de alimentação hospitalar ocorre em um contexto de crise na gestão de contratos terceirizados, com impacto direto na assistência aos pacientes e seus acompanhantes. O sindicato aponta que a situação exige providências urgentes por parte das autoridades estaduais para garantir o funcionamento adequado das unidades de saúde.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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MPRN aciona Justiça para obrigar Governo do RN a assinar convênio com Hospital Varela Santiago

MPRN aciona Justiça para obrigar Governo do RN a assinar convênio com Hospital Varela Santiago

Ministério Público pede bloqueio de R$ 2,8 milhões em caso de descumprimento por parte da Sesap

MPRN aciona Justiça para obrigar Governo do RN a assinar convênio com Hospital Varela Santiago

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) ingressou com ação judicial para obrigar o Governo do Estado a formalizar um novo convênio com o Hospital Infantil Varela Santiago, unidade de referência em atendimento pediátrico. A medida foi protocolada pela 47ª Promotoria de Justiça de Natal, na 2ª Vara da Infância e Juventude, após tentativas de conciliação sem acordo entre o MPRN e a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).

Na ação, o MPRN solicita que a Justiça determine ao secretário de Saúde a assinatura do convênio em até 10 dias. Em caso de descumprimento, o órgão requer o bloqueio judicial de R$ 2,8 milhões na conta única do Estado, valor correspondente ao novo convênio, além da aplicação de multa diária mínima de R$ 10 mil contra a Fazenda Pública Estadual.

Histórico dos convênios

O Hospital Varela Santiago informou que o convênio referente ao ano de 2023 só teve o pagamento liquidado em julho de 2024. Já em 2024, não houve formalização de novo convênio devido à pendência de pagamento do exercício anterior. Em 2025, o processo permanece sem avanço, o que motivou o pedido de bloqueio judicial por parte do Ministério Público.

O convênio previsto para 2025 tem valor estimado de R$ 3,4 milhões, a ser pago em oito parcelas de R$ 424.875,00. O objetivo da ação é garantir a continuidade da assistência pediátrica oferecida pela unidade hospitalar, que atende crianças e adolescentes de todo o estado.

Posição da Sesap

A Secretaria de Saúde Pública do RN declarou que o atraso na formalização do novo convênio se deve a pendências na prestação de contas de três convênios anteriores. A pasta afirma que há exigência legal para apresentação detalhada desses processos, o que teria causado a demora na renovação da parceria.

Segundo a Sesap, o processo do novo convênio está em fase de finalização técnica e deverá ser encaminhado para assinatura em breve. A secretaria reconhece a importância da renovação do convênio, destacando a relevância dos serviços prestados pelo Hospital Varela Santiago à população infantil.

convênio com Hospital Varela Santiago
convênio com Hospital Varela Santiago

Relevância da unidade

O Hospital Infantil Varela Santiago é considerado uma das principais unidades de saúde voltadas ao atendimento pediátrico no estado. A ausência de repasses compromete diretamente a capacidade de manutenção dos serviços oferecidos, especialmente em áreas como oncologia, neurologia, cardiologia e cirurgia pediátrica.

A ação judicial do MPRN busca assegurar a continuidade da assistência hospitalar, diante da ausência de acordo administrativo. O bloqueio solicitado tem como finalidade garantir a execução do convênio e evitar prejuízos à população atendida pela unidade.

Próximos passos

A tramitação da ação judicial será acompanhada pela 2ª Vara da Infância e Juventude. Caso a Justiça acate o pedido do MPRN, o Governo do Estado poderá ser obrigado a formalizar o convênio e realizar os repasses financeiros dentro do prazo estipulado.

A medida representa mais um capítulo na relação entre o Hospital Varela Santiago e o poder público estadual, marcada por atrasos e dificuldades na renovação de parcerias essenciais para o funcionamento da unidade.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração/Reprodução

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Falta de tomógrafos e insumos afeta atendimentos no Hospital Walfredo Gurgel

Falta de tomógrafos e insumos afeta atendimentos no Hospital Walfredo Gurgel

Unidade enfrenta colapso com suspensão de exames e greve de terceirizados

Falta de tomógrafos e insumos afeta atendimentos no Hospital Walfredo Gurgel

O Hospital Walfredo Gurgel, principal unidade de urgência e trauma do estado do Rio Grande do Norte, enfrenta dificuldades operacionais que afetam diretamente os atendimentos. A unidade está com os tomógrafos quebrados, o que levou à suspensão dos exames de imagem. Além disso, há relatos de falta de insumos básicos, como luvas, gazes estéreis e antibióticos, comprometendo procedimentos essenciais.

A Secretaria de Saúde Pública do RN (Sesap) informou que a empresa responsável pela manutenção dos equipamentos foi acionada e que os exames devem ser retomados até o dia 18 de setembro. Enquanto isso, pacientes estão sendo transferidos para outras unidades, como o Hospital Deoclécio Marques de Lucena, em Parnamirim.

Impacto nos atendimentos

A ausência de tomógrafos tem dificultado o diagnóstico de casos graves, como acidentes vasculares cerebrais e traumas. Profissionais da saúde relatam situações de improviso, como a realização de procedimentos com materiais inadequados devido à falta de insumos específicos.

No setor de queimados, a escassez de recursos também é evidente. A infraestrutura da unidade apresenta limitações que afetam todos os setores, com pacientes sendo atendidos em corredores e procedimentos realizados em condições precárias.

falta de tomógrafos
falta de tomógrafos

Greve de terceirizados

Além dos problemas estruturais, trabalhadores terceirizados do hospital iniciaram uma greve nesta quarta-feira (17). A paralisação atinge setores fundamentais, como transporte de pacientes, alimentação e lavanderia hospitalar. Os profissionais denunciam três meses de salários atrasados e afirmam que estão há oito meses sem receber vale-alimentação.

Durante o protesto, os trabalhadores cobraram respostas da Sesap e das empresas contratadas, mas não houve definição sobre prazos para regularização dos pagamentos. A greve compromete ainda mais o funcionamento da unidade, que já opera sob pressão.

Situação crítica

A rotina no Hospital Walfredo Gurgel é marcada por sobrecarga e escassez de recursos. A falta de alimentos para funcionários e acompanhantes também foi apontada como um fator que compromete o bem-estar no ambiente hospitalar. Há relatos de profissionais que iniciam o turno já cientes da ausência de insumos e alimentação.

A precarização da estrutura hospitalar tem gerado indignação entre sindicatos, profissionais da saúde e pacientes. A unidade, reconhecida por sua importância no atendimento de urgência, enfrenta limitações que dificultam a prestação de serviços adequados.

Perspectivas

A situação no Hospital Walfredo Gurgel evidencia a necessidade de investimentos urgentes na saúde pública do estado. A retomada dos exames de imagem depende da manutenção dos tomógrafos, enquanto a greve dos terceirizados exige solução imediata para evitar o agravamento da crise.

A Sesap acompanha o caso e deve apresentar medidas para restabelecer o funcionamento pleno da unidade. A expectativa é que os serviços sejam normalizados nos próximos dias, mas os desafios estruturais e operacionais permanecem como pontos críticos a serem enfrentados.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Dia Mundial da Segurança do Paciente é celebrado nesta quarta-feira (17) e traz reflexões sobre a formação médica

Dia Mundial da Segurança do Paciente é celebrado nesta quarta-feira (17) e traz reflexões sobre a formação médica

De acordo com especialista, “formar médicos conscientes significa despertar neles a responsabilidade de olhar para o paciente”

Dia Mundial da Segurança do Paciente é celebrado nesta quarta-feira (17) e traz reflexões sobre a formação médica

O Dia Mundial da Segurança do Paciente, celebrado nesta quarta-feira, 17 de setembro, é uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) que busca conscientizar profissionais, instituições e a sociedade sobre a importância de reduzir riscos e prevenir danos durante o cuidado em saúde. O tema, cada vez mais presente nas políticas públicas e na prática clínica, envolve desde protocolos técnicos até a valorização da humanização no atendimento.

A data é um convite para refletir sobre os impactos que erros e falhas podem gerar na vida dos pacientes. Segundo a OMS, milhões de pessoas em todo o mundo sofrem com eventos adversos evitáveis em hospitais e serviços de saúde, o que coloca a segurança como prioridade estratégica para os sistemas de saúde. Nesse contexto, fortalecer a cultura de segurança é um caminho essencial para transformar a realidade do cuidado.

Na formação médica, o debate sobre segurança do paciente representa mais que um conteúdo curricular: trata-se de um compromisso ético com a vida. A Universidade Potiguar (UnP), por meio do curso de Medicina, integrante da Inspirali, o melhor ecossistema de educação em saúde do país, tem se posicionado de forma ativa nesse movimento, inserindo discussões, práticas e metodologias que reforçam a responsabilidade dos futuros profissionais na prevenção de riscos.

A professora e coordenadora do curso de Medicina da UnP/Inspirali, Regina Venturini, destaca que a segurança do paciente é um valor que deve acompanhar os estudantes desde o início da graduação. “Mais do que dominar técnicas, formar médicos conscientes significa despertar neles a responsabilidade de olhar para o paciente em sua totalidade. A segurança envolve não apenas reduzir erros, mas também praticar uma medicina ética, empática e humanizada”, enfatiza.

Na prática, os estudantes vivenciam a humanização em diferentes cenários, desde ações de prevenção e promoção da saúde em escolas e comunidades até a participação em eventos de orientação à população. Essa experiência também se estende ao contexto ambulatorial, no Centro Integrado de Saúde (CIS) da UnP, que integra a rede SUS, e aos hospitais públicos e privados parceiros. “Esses espaços permitem que os futuros médicos aprendam a unir conhecimento técnico, comunicação clara e acolhimento como elementos fundamentais da segurança”, comenta Venturini.

Outro ponto relevante é o alinhamento da formação médica com as diretrizes internacionais. “Ao se conectar às orientações da OMS, contribuimos para inserir os estudantes em uma realidade global de boas práticas em saúde. Essa integração reforça a ideia de que a segurança do paciente não é um tema isolado, mas parte fundamental da qualidade e sustentabilidade dos serviços de saúde”, pontua a docente da UnP/Inspirali, Regina Venturini. 

Foto: Divulgação

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Falta de insulina afeta pacientes com diabetes em Natal

Falta de insulina afeta pacientes com diabetes em Natal

Medicamento está em falta na Unicat desde maio e novo carregamento é aguardado

Falta de insulina afeta pacientes com diabetes em Natal

Pacientes com diabetes tipo 1 enfrentam dificuldades para manter o tratamento devido à falta de insulina de longa duração na Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat), em Natal. O medicamento está em falta desde maio, segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).

Atualmente, 65 medicamentos estão indisponíveis na rede estadual, incluindo as canetas de insulina basal. O produto é essencial para o controle da glicemia em pacientes que não produzem insulina naturalmente. A ausência do medicamento tem levado a complicações graves de saúde, como insuficiência renal e necessidade de hemodiálise.

A insulina de longa duração é vendida em caixas com cinco unidades, com custo médio de R$ 200 por caneta. Para manter o tratamento em casa, o gasto pode chegar a R$ 1 mil a cada cinco semanas. Muitos pacientes têm recorrido a empréstimos entre si e a grupos de apoio para conseguir manter o uso contínuo da medicação.

A insulina de ação rápida ainda está disponível na rede pública, mas não substitui a de longa duração. Ambas têm funções distintas e são indispensáveis para o tratamento adequado. A insulina basal é responsável por manter os níveis de glicose estáveis ao longo do dia, enquanto a de ação rápida é utilizada antes das refeições.

A responsabilidade pela aquisição da insulina é do Ministério da Saúde, cabendo ao Estado a organização da distribuição. A Sesap informou que os carregamentos mais recentes enviados pelo governo federal foram insuficientes para atender à demanda. Um novo lote está previsto para ser entregue no próximo dia 25.

O Ministério da Saúde afirma que mantém contratos regulares para garantir o abastecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Em nota, a pasta informou que até outubro foram distribuídas mais de 60 milhões de unidades de insulina em todo o país. Apesar disso, há uma restrição global na oferta do medicamento, o que tem impactado o fornecimento nacional.

A situação em Natal reflete um problema recorrente na rede pública. Pacientes relatam que a falta de insulina de longa duração ocorre com frequência e, em muitos casos, é necessário recorrer à Justiça para obter o medicamento. A ausência de insulina representa risco de morte para quem depende exclusivamente da substância para sobreviver.

A diabetes tipo 1 é uma doença crônica e autoimune, caracterizada pela destruição das células do pâncreas responsáveis pela produção de insulina. O tratamento exige uso contínuo da medicação, além de insumos como glicosímetros, fitas reagentes, lancetas e agulhas para aplicação.

A Unicat é responsável pela distribuição dos medicamentos no estado. A unidade aguarda o envio do novo carregamento para regularizar a entrega à população. Enquanto isso, pacientes seguem enfrentando dificuldades para manter o tratamento e evitar complicações graves.

Foto: Eduardo Maia/ALRN/Marcello Casal jr/Agência Brasil

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Escalas médicas são regularizadas nas unidades de saúde de Natal

Escalas médicas são regularizadas nas unidades de saúde de Natal

Prefeitura afirma que atendimento foi normalizado após mudança na contratação de profissionais

Escalas médicas são regularizadas nas unidades de saúde de Natal

A Prefeitura de Natal informou que as escalas médicas nas unidades de saúde da capital foram regularizadas após problemas registrados no início de setembro. A situação ocorreu devido à transição na contratação de médicos terceirizados, que deixou de ser feita pela empresa Coomed e passou a ser realizada pelas empresas Justiz e Proseg, vencedoras de licitação promovida pelo Município.

Segundo a gestão municipal, a normalização das escalas resultou em redução no tempo de espera e na superlotação das unidades. Na manhã de quinta-feira (11), o prefeito Paulinho Freire e o secretário de Saúde, Geraldo Pinho, visitaram a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cidade da Esperança, onde afirmaram que todas as UPAs estão com escalas completas.

Na UPA de Cidade da Esperança, foram registrados 3.997 atendimentos nos primeiros dias de setembro, com picos de mais de 500 atendimentos diários. A média foi de cerca de 18 atendimentos por hora. A Secretaria de Saúde informou que o tempo de espera caiu de seis horas para aproximadamente 60 minutos. A superlotação interna também foi reduzida pela metade, passando de cerca de 100 pacientes aguardando transferência para 50.

A situação também foi considerada normalizada em outras unidades, como o Hospital dos Pescadores e o Centro Clínico José Carlos Passos. No Hospital dos Pescadores, as filas foram zeradas em diversos turnos. No Centro Clínico, que chegou a registrar falta de cardiologista, a escala foi recomposta.

Funcionários da direção do Centro Clínico, localizado na Ribeira, confirmaram que não há falta de cardiologista no momento. Na UPA de Cidade da Esperança, relatos de pacientes sobre o atendimento variam. Alguns afirmam que não perceberam mudanças, enquanto outros notaram maior agilidade na triagem.

O diretor da UPA de Cidade da Esperança, Ricardo Pinto, afirmou que há melhoria no fluxo de atendimento em todos os setores da unidade, com salas de internamento praticamente vazias tanto na pediatria quanto na área adulta.

Por outro lado, o Sindicato dos Médicos do RN (Sinmed), por meio de seu presidente Geraldo Ferreira, contestou as informações da Prefeitura. Segundo ele, as escalas continuam incompletas, com médicos acumulando funções em diferentes áreas, como sala vermelha, sala amarela e pronto-atendimento. Ele também apontou que escalas de pediatria estão sendo cobertas por profissionais de outras especialidades e que, em unidades de terapia intensiva, os plantões não estão sendo realizados por intensivistas. Nas maternidades, há casos de cirurgiões gerais atuando no lugar de obstetras.

Além da questão das escalas médicas, a rede de saúde de Natal enfrenta discussões sobre a terceirização da gestão das quatro UPAs por meio de Organizações Sociais de Saúde (OSS). A Justiça do Rio Grande do Norte determinou a suspensão dos editais de convocação pública lançados pela Prefeitura, alegando falta de dados objetivos e indicadores mensuráveis nos estudos técnicos apresentados.

O prefeito Paulinho Freire afirmou que a suspensão foi uma iniciativa da própria gestão, que busca entendimento com o Tribunal de Contas do Estado para garantir a contratação adequada. O secretário Geraldo Pinho informou que não há cronograma definido para a retomada do processo, mas que há diálogo com o Ministério Público de Contas e o TCE para viabilizar a implementação da gestão por OSS.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Quando o luto vira alerta: os riscos para a saúde mental após a perda

Quando o luto vira alerta: os riscos para a saúde mental após a perda

Especialistas alertam que o luto mal elaborado pode evoluir para transtorno prolongado e aumentar significativamente os riscos à vida.

Quando o luto vira alerta: os riscos para a saúde mental após a perda

O luto é uma experiência inevitável da vida humana, mas quando não encontra espaço para ser acolhido, pode se transformar em um fator de risco para a saúde mental. No contexto do Setembro Amarelo, campanha de prevenção ao suicídio, o cemitério, crematório e funerária Morada da Paz chama atenção para a necessidade de ampliar a compreensão sobre como a perda pode fragilizar emocionalmente e quais caminhos existem para transformar dor em ressignificação.

Pesquisas internacionais apontam que entre 10% e 15% das pessoas enlutadas desenvolvem o transtorno de luto prolongado, e que indivíduos que vivem uma perda intensa e não elaborada têm até 88% mais risco de morte em até dez anos em comparação a outros.

Para a psicóloga Alexsandra Sousa, especialista em luto do Morada da Paz, o cuidado é essencial nesse processo. “A dor não elaborada pode afetar a autoestima, a capacidade de se conectar com a vida e até mesmo o desejo de viver. O apoio qualificado faz diferença na travessia.”

Ela destaca ainda que familiares e amigos devem observar sinais como isolamento excessivo, mudanças bruscas de humor, desesperança, perda de interesse em atividades cotidianas e menções recorrentes a morte ou suicídio. “Não é preciso esperar que a pessoa peça ajuda; os indícios já mostram a necessidade de suporte psicológico imediato.”

Entre as práticas que ajudam a enfrentar a perda, Alexsandra cita o respeito ao tempo de cada um, a espiritualidade, a escrita e o apoio profissional. “Viver o luto é aprender a se reinventar. Procurar ajuda é um gesto de cuidado e coragem.”

No Morada da Paz, o Morada do Cuidado exemplifica essa visão ao oferecer suporte terapêutico contínuo às famílias. Para Alexsandra, ninguém deveria viver o luto em solidão: “Validar a dor e abrir caminhos para ressignificar a ausência transforma o luto em um processo mais humano e menos solitário.”

Sinais de alerta

Para familiares e amigos, identificar os sinais de sofrimento pode ser decisivo para evitar complicações maiores. “Não é preciso esperar que a pessoa peça ajuda. Esses indícios já mostram que ela pode precisar de suporte psicológico imediato”, reforça a psicóloga. Alexsandra alerta para comportamentos que funcionam como pedidos de ajuda silenciosos:

  • Isolamento excessivo;
  • Mudanças bruscas de humor;
  • Desesperança ou inutilidade;
  • Perda de interesse em atividades significativas;
  • Dificuldade em realizar tarefas cotidianas;
  • Menções recorrentes a ideias de morte ou suicídio.

Foto: Divulgação

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Paciente com tumor no rosto espera cirurgia há mais de um ano no RN

Paciente com tumor no rosto espera cirurgia há mais de um ano no RN

Mulher com hemangioma capilar aguarda procedimento no sistema público de saúde desde maio de 2024

Paciente com tumor no rosto espera cirurgia há mais de um ano no RN

Uma paciente diagnosticada com um tumor no rosto aguarda há mais de um ano pela realização de uma cirurgia no sistema público de saúde do Rio Grande do Norte. Edilma Varela dos Santos Araújo, de 48 anos, residente no município de Cerro Corá, convive com um hemangioma capilar há três anos e está na fila de regulação desde maio de 2024.

Segundo familiares, a situação compromete a qualidade de vida da paciente, que também é deficiente auditiva. A família relata preocupação com o risco de agravamento do quadro clínico, especialmente em caso de quedas ou traumas, e cobra urgência na realização do procedimento.

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) confirmou que Edilma ocupa a primeira posição na fila de regulação para a região. No entanto, a convocação da paciente depende da abertura de agenda por parte do Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol) ou de outro hospital prestador de serviço.

O Huol informou que Edilma está cadastrada na fila estadual para o procedimento. Desde novembro de 2024, a gestão da lista de pacientes para esse tipo de cirurgia passou a ser responsabilidade da Sesap. Em 2025, segundo o hospital, foram ofertadas 40 vagas para o procedimento indicado à paciente: a alcoolização percutânea.

Sobre o procedimento

A alcoolização percutânea é uma técnica utilizada para tratar hemangiomas e outras lesões vasculares. O procedimento consiste na inserção de um catéter em um vaso sanguíneo, geralmente nos membros superiores ou inferiores, que é guiado até o local da lesão. Uma substância é então injetada para provocar a obstrução dos vasos que alimentam o tumor.

O método é considerado minimamente invasivo e pode ser realizado em ambiente hospitalar com estrutura adequada. A disponibilidade de vagas para esse tipo de cirurgia depende da capacidade técnica e estrutural das unidades de saúde credenciadas.

Situação atual

Apesar de estar na primeira posição da fila, Edilma ainda não foi convocada para o procedimento. A Sesap e o Huol afirmam que a realização da cirurgia está condicionada à abertura de agenda hospitalar, o que depende de fatores como disponibilidade de equipe, leitos e insumos.

O hospital reforçou, em nota, o compromisso com a assistência de qualidade e com o cumprimento rigoroso da disponibilização das vagas reguladas pelo Estado. A instituição também destacou que atua dentro dos limites de sua capacidade técnica e estrutural.

A demora na realização da cirurgia levanta questionamentos sobre a eficiência do sistema de regulação e a capacidade de resposta da rede pública de saúde diante de casos considerados prioritários. A situação de Edilma exemplifica os desafios enfrentados por pacientes que dependem exclusivamente do SUS para procedimentos especializados.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração/Reprodução

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Hemonorte opera com apenas 12,5% do estoque necessário de sangue

Hemonorte opera com apenas 12,5% do estoque necessário de sangue

Hemonorte opera com apenas 12,5% do estoque necessário de sangue

Hemonorte opera com apenas 12,5% do estoque necessário de sangue

O Hemocentro do Rio Grande do Norte (Hemonorte) enfrenta uma situação crítica em 2025. Atualmente, a unidade opera com apenas cerca de 100 bolsas de sangue por semana, o que representa 12,5% do volume necessário para atender à demanda hospitalar do estado. O ideal seria manter um estoque de aproximadamente 800 bolsas semanais.

De acordo com a diretora de Hemoterapia do Hemonorte, Ivana Vilar, a escassez afeta quase todos os tipos sanguíneos e persiste desde o início do ano. A diretora aponta que, apesar dos investimentos em leitos de UTI e ações para reduzir a fila de cirurgias, o consumo de sangue aumentou significativamente, sem que houvesse expansão na estrutura ou no número de servidores da unidade.

Atualmente, o Hemonorte não possui estoque regular. O sangue disponível é suficiente apenas para um dia, e os tipos sanguíneos estão sendo utilizados exclusivamente em situações de urgência, com exceção do tipo B positivo, que ainda apresenta quantidade considerada adequada. Para manter um estoque seguro, seria necessário que entre 200 e 220 pessoas realizassem doações diariamente.

A baixa adesão à doação voluntária é um dos principais desafios enfrentados pelo hemocentro. A unidade alerta que a doação de sangue é essencial para garantir o funcionamento dos hospitais públicos, especialmente em períodos de alta demanda por procedimentos cirúrgicos e atendimentos de emergência.

Requisitos para doação

Podem doar sangue pessoas com idade entre 16 e 69 anos (menores de 18 precisam de autorização dos pais ou responsável legal), que pesem mais de 50 quilos, estejam em boas condições de saúde, bem alimentadas e apresentem documento oficial com foto.

O processo de doação no Hemonorte começa com o cadastro e fornecimento de dados pessoais. Em seguida, o voluntário participa de uma palestra educativa sobre a importância da doação. Após essa etapa, ocorre a pré-triagem e a triagem crítica, onde são avaliados sinais vitais, peso, altura e condições gerais de saúde.

Antes da coleta, o doador recebe um lanche para hidratação. A coleta é realizada por punção venosa, e ao final, o voluntário recebe um lanche pós-doação, fundamental para repor o volume retirado.

Locais e horários de doação

As doações podem ser feitas na sede do Hemonorte, localizada na Avenida Almirante Alexandrino de Alencar, 1800, bairro Tirol, em Natal. O atendimento ocorre de segunda a sábado, das 7h às 18h.

Também há coleta no Espaço Hemonorte, situado no Partage Shopping, na Zona Norte de Natal, com funcionamento de segunda a sábado, das 8h às 17h.

Impacto da escassez

A escassez de sangue no Hemonorte compromete diretamente o atendimento hospitalar em todo o estado. A unidade alerta que, sem reposição adequada do estoque, procedimentos cirúrgicos podem ser adiados e atendimentos de urgência ficam limitados.

A diretora Ivana Vilar reforça que os recursos disponíveis não são destinados ao pagamento de dívidas anteriores, mas sim para compras futuras de insumos. Ela destaca que o esforço para manter o funcionamento da rede hospitalar exige participação ativa da população por meio da doação voluntária.

O Hemonorte continua mobilizando campanhas e ações de conscientização para ampliar o número de doadores regulares. A unidade reforça que doar sangue é um ato simples, seguro e que pode salvar vidas.

Foto: Divulgação/Tomaz Silva/Agência Brasil

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Justiça suspende editais de terceirização das UPAs de Natal

Justiça suspende editais de terceirização das UPAs de Natal

Decisão judicial impede continuidade dos processos até novo pronunciamento; SMS já havia interrompido cronograma

Justiça suspende editais de terceirização das UPAs de Natal

A 6ª Vara da Fazenda Pública de Natal determinou, nesta segunda-feira (8), a suspensão imediata dos efeitos dos editais de convocação pública voltados à terceirização da gestão das quatro Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da capital potiguar. A decisão foi assinada pelo juiz Francisco Seráphico da Nóbrega Coutinho.

Com a medida, o município de Natal deve se abster de praticar qualquer ato que dê continuidade aos procedimentos até novo pronunciamento judicial. A decisão atende a um pedido de tutela provisória de urgência apresentado pelo vereador Daniel Valença e pela deputada federal Natália Bonavides.

SMS já havia suspendido cronograma

Na última quinta-feira (4), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) já havia publicado portaria suspendendo o cronograma dos editais, em edição extra do Diário Oficial do Município. Segundo a SMS, a suspensão visava garantir a condução adequada do processo, conforme resolução técnica do Tribunal de Contas do Estado (TCE/RN), com foco na segurança jurídica e na economicidade dos atos administrativos.

A decisão judicial reforça a necessidade de revisão dos estudos que fundamentaram os chamamentos públicos. O juiz destacou que há ausência de dados objetivos, memória de cálculo adequada e estudos comparativos, o que compromete a motivação dos atos administrativos e representa risco concreto ao patrimônio público.

Terceirização das UPAs

Os editais previam a gestão das UPAs por Organizações Sociais em Saúde (OSS), entidades privadas sem fins lucrativos. A previsão era de que os contratos fossem iniciados em 15 de setembro. No mês passado, a SMS divulgou os resultados preliminares das instituições selecionadas para administrar as unidades.

As quatro UPAs envolvidas no processo são:

  • UPA Satélite
  • UPA Esperança
  • UPA Potengi
  • UPA Pajuçara

Resultado preliminar dos editais

No edital da UPA Satélite, a vencedora foi o Instituto de Estudos e Pesquisas Humanizada, com proposta de R$ 2.075.000,00 e nota geral de 95.7 pontos. Foram desclassificados o INSAÚDE e o IADVH.

Na UPA Esperança, venceu o Centro de Pesquisa em Doenças Hepato Renais do Ceará, com nota de 96.8 pontos e proposta de R$ 2.700.905,39. INDSH, INSAÚDE e IADVH foram desclassificados.

O Instituto Saúde e Cidadania (ISAC) venceu os editais das UPAs Potengi e Pajuçara, com proposta de R$ 2.111.408,07 e nota de 96.2 pontos em ambas. INSAÚDE, IADVH e INDSH foram desclassificados nos dois certames.

A divulgação dos resultados finais e a homologação dos editais ainda estavam pendentes, assim como a assinatura dos contratos e o início das atividades.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Liga Contra o Câncer retoma cirurgias eletivas em Natal após acordo com SMS

Liga Contra o Câncer retoma cirurgias eletivas em Natal após acordo com SMS

Procedimentos de alta complexidade voltam a ser realizados após definição de modelo emergencial de pagamento

Liga Contra o Câncer retoma cirurgias eletivas em Natal após acordo com SMS

A Liga Contra o Câncer anunciou que as cirurgias eletivas de alta complexidade serão retomadas em Natal a partir desta terça-feira (9). A decisão foi tomada após reunião realizada nesta segunda-feira (8) com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e representantes dos hospitais que integram a rede de alta complexidade.

Segundo a instituição, o retorno dos procedimentos foi viabilizado por meio de um acordo emergencial que estabelece o pagamento direto dos serviços médicos às unidades hospitalares. O modelo será aplicado por um período inicial de 90 dias, funcionando como fase de transição até a formalização de um novo contrato.

Formato emergencial de pagamento

Durante o encontro, ficou definido que o pagamento dos serviços será feito diretamente às unidades hospitalares, sem intermediação de empresas terceirizadas. A medida foi acatada pelos médicos cirurgiões, permitindo a retomada imediata das agendas cirúrgicas.

A Secretaria Municipal de Saúde se comprometeu a convocar os hospitais para participar da construção de um novo arranjo jurídico e operacional. O Ministério Público Estadual também será convidado a acompanhar o processo, garantindo transparência e segurança institucional.

Normalização dos atendimentos

Com o entendimento firmado, a Liga Contra o Câncer informou que os procedimentos cirúrgicos serão retomados normalmente a partir de terça-feira. A instituição reforçou que a medida garante a continuidade da assistência aos pacientes que aguardavam por cirurgias eletivas de alta complexidade.

A suspensão temporária dos procedimentos havia sido anunciada devido à ausência de contrato vigente com a empresa responsável pela gestão dos serviços. A falta de adesão dos médicos ao modelo proposto anteriormente gerou preocupação quanto à possibilidade de desassistência à população.

Impacto na rede de saúde

A retomada das cirurgias representa um alívio para o sistema de saúde de Natal, especialmente para pacientes oncológicos que dependem da Liga Contra o Câncer para tratamento especializado. A instituição é referência no estado do Rio Grande do Norte e atende casos de alta complexidade em diversas especialidades médicas.

A SMS destacou que o novo modelo emergencial busca garantir a continuidade dos serviços enquanto se constrói uma solução definitiva. A expectativa é que, ao longo dos próximos três meses, seja possível formalizar um contrato que atenda às necessidades técnicas e operacionais das unidades envolvidas.

A Liga reafirmou seu compromisso com a qualidade do atendimento e a segurança dos pacientes, destacando que continuará atuando em diálogo com os órgãos públicos e os profissionais de saúde para assegurar a estabilidade dos serviços.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

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Liga Contra o Câncer suspende cirurgias eletivas em Natal

Liga Contra o Câncer suspende cirurgias eletivas em Natal

Medida começa nesta segunda-feira e está relacionada à ausência de contrato com empresa gestora dos procedimentos

Liga Contra o Câncer suspende cirurgias eletivas em Natal

A Liga Contra o Câncer anunciou a suspensão das cirurgias eletivas a partir desta segunda-feira (8) em Natal. A medida foi tomada devido à ausência de contrato vigente com a empresa Justiz, responsável pela gestão dos procedimentos de alta complexidade vinculados à Prefeitura de Natal.

Segundo nota divulgada pela instituição, os médicos cirurgiões não aderiram aos termos propostos pela empresa Justiz, o que inviabiliza a continuidade dos atendimentos programados. A suspensão afeta diretamente pacientes que aguardavam por procedimentos cirúrgicos não emergenciais.

A Liga informou que os profissionais atuam como liberais, sem vínculo empregatício direto com a instituição, o que garante autonomia técnica na prestação dos serviços. A falta de adesão ao novo contrato impossibilita a realização das cirurgias eletivas até que haja uma solução contratual.

Avaliação técnica do edital

Na semana anterior, foi realizada uma reunião entre representantes da empresa Justiz e os médicos que atuam na Liga. Durante o encontro, foram apresentados os termos do novo contrato de prestação de serviços. No entanto, uma análise técnica do Edital nº 003/2025 apontou que o valor previsto para os procedimentos é insuficiente para atender à demanda atual.

A Liga alertou para o risco de desassistência à população, caso os serviços sejam mantidos sob os termos propostos. A instituição reforçou que está em busca de diálogo com a Prefeitura de Natal, a empresa Justiz e os profissionais envolvidos, com o objetivo de restabelecer a normalidade dos atendimentos o mais breve possível.

Cirurgias de urgência mantidas

Apesar da suspensão das cirurgias eletivas, os procedimentos de urgência continuarão sendo realizados normalmente. A Liga garantiu que os pacientes em situação crítica seguirão recebendo assistência médica, sem interrupção nos atendimentos emergenciais.

A medida busca preservar a capacidade de resposta da instituição diante de casos que exigem intervenção imediata, enquanto negociações são conduzidas para resolver o impasse contratual.

Impacto na rede de saúde

A suspensão das cirurgias eletivas na Liga Contra o Câncer pode impactar o fluxo de atendimentos na rede pública de saúde de Natal, especialmente no que diz respeito aos procedimentos oncológicos. A instituição é referência no tratamento de câncer no Rio Grande do Norte e atende pacientes de diversas regiões do estado.

A Prefeitura de Natal ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. A expectativa é que novas reuniões sejam realizadas nos próximos dias para discutir alternativas que permitam a retomada dos serviços.

A Liga reforçou seu compromisso com a qualidade do atendimento e a segurança dos pacientes, destacando que a decisão foi tomada com base em critérios técnicos e na necessidade de garantir condições adequadas para a realização dos procedimentos.

Foto: Reprodução

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Prefeitura de Natal suspende terceirização das UPAs

Prefeitura de Natal suspende terceirização das UPAs

Gestão municipal interrompe processo de cogestão com OSSs após recomendação do TCE e do Ministério Público de Contas

Prefeitura de Natal suspende terceirização das UPAs

A Prefeitura de Natal, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), suspendeu temporariamente o cronograma de chamamentos públicos que previa a terceirização da gestão das quatro Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da capital potiguar. A decisão foi oficializada pela Portaria nº 118/2025, publicada em edição extra do Diário Oficial do Município em 4 de setembro.

Segundo a SMS, a suspensão tem como objetivo garantir a condução adequada do processo de seleção das Organizações Sociais de Saúde (OSSs) e permitir o desenvolvimento de uma solução técnica consensual junto ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE/RN). A medida busca assegurar segurança jurídica, eficiência administrativa e economicidade. Um novo cronograma será divulgado após a conclusão das tratativas com o TCE.

A gestão municipal informou que a cogestão das UPAs poderá gerar economia anual entre R$ 15 milhões e R$ 18 milhões, além de melhorias no atendimento, maior agilidade nos processos e segurança no abastecimento de insumos. A proposta também contempla investimentos em infraestrutura e aparelhamento das unidades. Os materiais adquiridos durante os contratos serão incorporados ao patrimônio do Município, com controle realizado pelo setor de tombamento da Prefeitura.

O Ministério Público de Contas (MPC/RN) recomendou a suspensão da terceirização das UPAs Potengi, Pajuçara, Cidade da Esperança e Satélite. O parecer apontou ausência de estudos técnicos consistentes, risco de antieconomicidade e problemas estruturais nas unidades, além de denúncias sobre falta de insumos e equipamentos.

O conselheiro relator do processo no TCE, Marco Antônio Montenegro, votou pela suspensão dos contratos de terceirização. O voto, publicado em 5 de setembro, será analisado pelos demais conselheiros da Primeira Câmara. O relator destacou falhas nos Estudos Técnicos Preliminares (ETPs), como ausência de memória de cálculo, planilhas de custos e comparativos com a gestão pública direta. Também não foram apresentados indicadores atuais confrontados com projeções do modelo terceirizado.

O modelo de pagamento previsto nos editais — 80% fixo e 20% variável — foi considerado incompatível com a legislação vigente, por não vincular os desembolsos à estrutura real de custos. Parecer técnico anterior do TCE já recomendava a suspensão dos editais, apontando falta de transparência, ausência de estudos econômicos detalhados e não participação do Conselho Municipal de Saúde.

Paralelamente à suspensão da terceirização, a saúde pública em Natal enfrenta uma crise. Desde 1º de setembro, a população tem relatado dificuldades no atendimento das UPAs, com falta de médicos e longas esperas. O cenário é agravado por uma greve iniciada após assembleia do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed-RN), em protesto contra a substituição da Cooperativa Médica do RN (Coopmed-RN) por duas empresas terceirizadas — Justiz e Proseg — em contrato de dispensa de licitação estimado em R$ 208 milhões.

O Sinmed-RN considera os contratos ilegais e orienta os médicos a não aderirem às novas empresas, que tentam absorver os profissionais da Coopmed. A Prefeitura obteve aval judicial em segunda instância para seguir com a contratação das empresas, após questionamentos judiciais.

A SMS condena a greve e acusa o sindicato de promover um movimento que prejudica o atendimento à população. Segundo a secretaria, médicos estão sendo pressionados com possíveis retaliações junto ao Conselho Regional de Medicina (Cremern) caso interrompam a paralisação.

A Prefeitura afirma que os novos contratos corrigem a precariedade jurídica da Coopmed, que atuava sem contrato formal desde junho de 2023.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Justiça condena Estado por condições no Walfredo Gurgel

Justiça condena Estado por condições no Walfredo Gurgel

Decisão obriga Governo do RN a pagar R$ 1,5 milhão e realizar melhorias estruturais no hospital

Justiça condena Estado por condições no Walfredo Gurgel

A Justiça do Trabalho condenou o Governo do Rio Grande do Norte ao pagamento de R$ 1,5 milhão por dano moral coletivo e determinou a adoção de medidas para melhorar as condições de trabalho no Hospital Walfredo Gurgel. A decisão foi proferida pela 7ª Vara do Trabalho em 21 de agosto, em ação movida pelo Ministério Público do Trabalho no RN (MPT-RN).

Segundo a sentença, o Estado tem prazo de 180 dias para garantir condições sanitárias e de repouso adequadas aos profissionais da unidade hospitalar. Também deverá concluir o concurso público em andamento e realizar contratações para suprir o déficit de profissionais de enfermagem.

Relatórios técnicos anexados ao processo apontaram problemas estruturais como infiltrações, mofo nas paredes, buracos no forro de gesso, pouca ventilação nos alojamentos e ausência de insumos básicos para higiene e esterilização. A situação foi considerada um risco à saúde e segurança dos trabalhadores.

O Conselho Regional de Enfermagem do RN (Coren/RN) enviou ao MPT-RN um laudo técnico sobre as condições de trabalho no hospital. O documento destaca que muitos pacientes demandam cuidados intensivos, o que sobrecarrega os profissionais de enfermagem.

A 47ª Promotoria de Justiça também encaminhou manifestação ao MPT-RN relatando descumprimento de normas de segurança, saúde e higiene no ambiente hospitalar. Entre os itens ausentes estão luvas de borracha, escovas, buchas, detergente enzimático, lavadora ultrassônica e secadora.

Além da indenização, a Justiça determinou multa de um salário mínimo por mês de atraso no cumprimento das obrigações, por cada enfermeiro, auxiliar e técnico de enfermagem prejudicado. O Estado também foi obrigado a realizar reparos estruturais, incluindo manutenção das instalações hidráulicas e consertos de trincas e tubulações com vazamentos.

A procuradora do trabalho Heloise Ingersoll informou que foi oferecida ao Estado a possibilidade de assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), mas não houve acordo. Segundo ela, a ausência de resposta efetiva por parte do poder público, mesmo após notificações e tentativas de solução extrajudicial, demonstra inércia institucional frente às obrigações legais.

A decisão judicial reforça a necessidade de investimentos em infraestrutura hospitalar e valorização das condições de trabalho dos profissionais da saúde. O Hospital Walfredo Gurgel é uma das principais unidades de atendimento de urgência e emergência do estado, e enfrenta desafios recorrentes relacionados à superlotação e falta de recursos.

O cumprimento da sentença será acompanhado pelas autoridades competentes, e o descumprimento poderá gerar novas sanções. A medida busca garantir a segurança dos trabalhadores e a qualidade do atendimento prestado à população.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Dia do Médico Veterinário evidencia luto invisível dos profissionais

Dia do Médico Veterinário evidencia luto invisível dos profissionais

Especialista destaca impacto emocional da profissão e aponta estratégias para preservar a saúde mental dos profissionais

Dia do Médico Veterinário evidencia luto invisível dos profissionais

Celebrado nesta terça-feira (9), o Dia do Médico Veterinário chama atenção para um tema pouco debatido, mas presente no cotidiano da profissão: o luto vivido por quem acompanha de perto a vida de seus pacientes. Segundo a Demografia da Medicina Veterinária do Brasil 2022, mais de 100 mil profissionais atuam em clínicas e centros cirúrgicos, cuidando dos pets desde a primeira vacina até o último suspiro. Durante esse processo, eles compartilham não apenas os cuidados médicos, mas também a dor das despedidas.

Neste ano, a data coincide com o Pet Memorial Day, criado nos Estados Unidos para dar visibilidade ao chamado “luto pet” e reconhecer a dor causada pela perda de animais de estimação, não apenas para os tutores, mas também para os médicos veterinários que acompanham cada fase da vida do animal. 

Com mais de uma década de experiência, o médico veterinário José Nilton, 47 anos, reconhece que as perdas fazem parte da profissão, mas não deixam de ser difíceis. “Cada caso é um caso. Existem mortes súbitas, que pegam todos de surpresa, e doenças longas, que permitem uma preparação psicológica melhor. Em ambas as situações, é sempre um momento delicado. Gosto de criar rituais simbólicos para o tutor, como a escrita de uma cartinha ou o carimbo da patinha”, conta o profissional.

Dentre as situações mais difíceis da profissão, Nilton destaca a perda de pacientes antigos. “Dependendo da afinidade com o pet, nunca é fácil. A mais complicada é ter que realizar a eutanásia em animais que acompanhei desde filhotes, e isso mexe profundamente comigo. Nessas horas, é importante que nós também tenhamos apoio”, completa.

Para a psicóloga Anna Cláudia Abdon, especialista em luto e integrante da equipe do Vila Pet, pioneira na assistência funeral pet no Rio Grande do Norte, é fundamental reconhecer que os médicos também criam laços importantes com os seus pacientes.

“O veterinário cria vínculos, acompanha histórias e, quando perde um paciente, experimenta a dor. É essencial que esses profissionais pratiquem o autocuidado e encontrem espaços de escuta, pois lidam diariamente com situações de morte. A terapia, por exemplo, é uma ferramenta importante para preservar a saúde mental desses profissionais”, explica.

Para melhor lidar com os momentos difíceis, Anna Cláudia sugere práticas de autocuidado como exercícios físicos, meditação, caminhadas ao ar livre e momentos de lazer com familiares e amigos. 

Ela também destaca a importância de buscar apoio profissional, seja por meio de terapia individual ou grupos de escuta, além de reservar tempo para hobbies e atividades que tragam prazer, como leitura, música ou cuidados pessoais. “Essas práticas ajudam a reduzir o estresse acumulado, fortalecem a resiliência emocional e permitem que o veterinário se reconecte com o propósito da profissão”, finaliza.

Foto: Divulgação

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Adultos e crianças podem realizar triagem odontológica gratuita em Natal

Adultos e crianças podem realizar triagem odontológica gratuita em Natal

Iniciativa começa a partir da próxima segunda-feira (08) e é desenvolvida pela UnP Salgado Filho

Adultos e crianças podem realizar triagem odontológica gratuita em Natal

O curso de Odontologia da Universidade Potiguar (UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima, está com vagas abertas para triagem odontológica gratuita em adultos e crianças. A ação é realizada por meio do Centro Integrado de Saúde (CIS), localizado na entrada lateral da UnP Salgado Filho, zona Sul de Natal. O objetivo é identificar necessidades de tratamento, além de promover o acesso à saúde bucal.

Os atendimentos para adultos começam na próxima segunda-feira (08) e continuam nos dias 10 e 11 de setembro. Já as triagens em odontopediatria serão realizadas nos dias 15, 16 e 17 de setembro. Os horários são variados, incluindo opções no turno da noite. Para participar, é necessário preencher um formulário on-line. Mais informações pelo telefone (84) 3215-1267.

Como funciona

Após a triagem, que corresponde a uma avaliação bucal, os pacientes serão encaminhados para o tratamento, se indicado. A partir da primeira sessão, será cobrada uma taxa social de R$ 15, com exceção de procedimentos relacionados a próteses dentárias. Caso seja necessário um tratamento protético, a UnP confeccionará a moldagem e a prótese será produzida por um laboratório parceiro.

Triagem odontológica em adultos
Segunda-feira (08/09): 08h30 às 12h
Quarta-feira (10/09): 9h às 12h | 13h30 às 18h | 18h30 às 20h
Quinta-feira (11/09): 9h às 12h | 16h às 18h | 18h30 às 20h
Inscrições: https://bit.ly/triagemadultoodontologia

Triagem odontológica em crianças
Segunda-feira (15/09): 16h30 às 18h30
Terça-feira (16/09): 16h30 às 20h
Quarta-feira (17/09): 16h30 às 18h30
Inscrições: https://bit.ly/triagemcriancaodontologia

Após a triagem, que corresponde a uma avaliação bucal, os pacientes serão encaminhados para o tratamento, se indicado. A partir da primeira sessão, será cobrada uma taxa social de R$ 20, com exceção de procedimentos relacionados a próteses dentárias. Caso seja necessário um tratamento protético, a UnP confeccionará a moldagem e a prótese será produzida por um laboratório parceiro.

Local

Centro Integrado de Saúde (CIS) – entrada lateral da UnP Salgado Filho

Endereço: Rua General Francisco Monteiro, 371, Lagoa Nova, zona Sul de Natal

Informações: (84) 3215-1267

Foto: Divulgação

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terceirização das UPAs

Secretaria de Saúde de Natal prevê normalização das escalas médicas em até 10 dias

Após contratação emergencial de empresas, SMS Natal busca estabilizar atendimentos em UBSs e UPAs da capital

Secretaria de Saúde de Natal prevê normalização das escalas médicas em até 10 dias

A Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS) informou que espera regularizar as escalas médicas nas unidades de saúde da capital potiguar até o final da próxima semana. A previsão foi feita pelo secretário Geraldo Pinho, que afirmou que os atendimentos já estão se normalizando em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), além do retorno das cirurgias no Hospital Infantil Varela Santiago.

A transição ocorre após a entrada de duas empresas contratadas por meio de Dispensa Eletrônica: Justiz Terceirização e Proseg Consultoria. A mudança gerou dificuldades iniciais, com escalas incompletas em diversas unidades. Segundo o secretário, cerca de 70% dos serviços já foram retomados.

Em visitas realizadas pela imprensa a três UBSs, foram constatadas ausências de médicos e necessidade de remarcação de consultas. Na UBS do Alecrim, apenas um dos dois médicos anteriores estava em atendimento. Na UBS São João, houve falta de médico pela manhã, com atendimento retomado à tarde.

Sobre denúncias envolvendo as empresas contratadas, como ausência de especialistas, o secretário afirmou que ambas possuem corpo clínico qualificado e que o processo de contratação seguiu os trâmites legais. Ele destacou que o edital emergencial teve ampla concorrência e que a SMS está preparando um processo licitatório permanente.

A retomada das cirurgias no Hospital Infantil Varela Santiago está prevista para esta quinta-feira (04), após reunião entre a empresa contratada e a direção da unidade. A Liga contra o Câncer ainda aguarda definição. A assessoria do Varela Santiago informou que não foi oficialmente comunicada sobre o retorno dos procedimentos.

A contratação emergencial das empresas foi alvo de polêmica e disputa judicial. A 6ª Vara da Fazenda Pública chegou a suspender os contratos, exigindo republicação do edital. No entanto, o Tribunal de Justiça autorizou o prosseguimento em segunda instância, determinando a conexão das ações judiciais.

A Coopmed/RN, antiga prestadora dos serviços, cobra da SMS o pagamento de cinco meses de serviços prestados entre março e agosto de 2025. Em nota, a cooperativa afirmou que manteve o compromisso com a assistência à população mesmo diante de atrasos recorrentes. A SMS, por sua vez, afirma ter repassado R$ 90 milhões à Coopmed em 2025, cobrindo competências de setembro de 2024 a abril de 2025.

A SMS também denunciou a Coopmed e o Sindicato dos Médicos (Sinmed) ao Ministério Público e ao Conselho Regional de Medicina (Cremern), alegando coação e ameaça contra médicos que desejam atuar nas novas empresas. As entidades negam qualquer tipo de pressão e afirmam que os médicos são autônomos e livres para escolher onde trabalhar.

O processo de regularização das escalas médicas segue em andamento, com expectativa de estabilização completa nos próximos dias. A SMS aguarda deliberação dos órgãos competentes sobre as denúncias e reforça que o objetivo é garantir atendimento contínuo e legalizado à população.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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RN tem baixa adesão à vacina da gripe e cobertura está abaixo da meta

RN tem baixa adesão à vacina da gripe e cobertura está abaixo da meta

Estado registra apenas 47,60% de cobertura vacinal contra influenza e enfrenta alta incidência de SRAG, segundo boletim da Fiocruz

RN tem baixa adesão à vacina da gripe

O Rio Grande do Norte apresenta baixa adesão à campanha de vacinação contra a gripe, com apenas 47,60% do público-alvo imunizado. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é de 90%. A situação ocorre em meio à alta incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), conforme alerta do boletim InfoGripe da Fiocruz.

A campanha segue até janeiro de 2026 ou enquanto houver estoque nos municípios. Foram aplicadas 380.191 doses nos grupos prioritários, que somam 798.792 pessoas no estado.

O InfoGripe, sistema da Fiocruz que monitora casos graves de doenças respiratórias, classificou a situação do RN como “de risco”, com número de casos muito acima do esperado para o período.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), fatores como o fim do período de maior circulação viral, hesitação vacinal, dificuldade de acesso aos serviços e desinformação contribuem para a baixa procura. A chefe do Núcleo de Agravos Imunopreveníveis (NAI), Veruska Ramos, destaca que mesmo fora da sazonalidade, a vacinação continua sendo essencial devido à alta capacidade de disseminação e mutação dos vírus.

Dados da plataforma RN Mais Vacina mostram que 45,18% das crianças, 47,17% dos idosos e 74,42% das gestantes receberam a vacina contra a gripe. Os grupos com menor adesão são justamente os mais vulneráveis, como crianças e idosos.

Em todo o estado, já foram aplicadas 846.402 doses na população geral. Em Natal, a vacinação está liberada para todos os públicos e pode ser realizada nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e em pontos extras como shoppings e clínicas conveniadas.

A Sesap recomenda que os municípios intensifiquem a busca ativa dos não vacinados e ampliem a divulgação dos locais e horários de vacinação. Para reforçar a campanha, está previsto o “Dia D” de vacinação no dia 16 de setembro.

A baixa cobertura vacinal preocupa autoridades e especialistas. A ampliação da campanha para toda a população foi adotada como estratégia para tentar elevar os índices de imunização. A plataforma RN Mais Vacina continua sendo uma das principais ferramentas de monitoramento da campanha no estado.

Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

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Mais de mil pessoas aguardam por transplante de órgãos no RN

Mais de mil pessoas aguardam por transplante de órgãos no RN

Estado registra 1.043 pacientes na fila de espera; campanha Setembro Verde busca incentivar doações

Mais de mil pessoas aguardam por transplante de órgãos no RN

O estado do Rio Grande do Norte registra atualmente 1.043 pessoas na fila de espera por transplante de órgãos no RN, segundo dados da Central Estadual de Transplantes, vinculada à Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap). A campanha Setembro Verde foi lançada com o objetivo de incentivar a doação de órgãos e aumentar o número de procedimentos realizados.

A fila de espera é composta por:

  • 2 pacientes aguardando transplante de coração
  • 22 pacientes aguardando transplante de medula óssea
  • 363 pacientes aguardando transplante de rins
  • 656 pacientes aguardando transplante de córneas

Entre janeiro e agosto deste ano, foram realizados 185 transplantes no estado, distribuídos da seguinte forma:

  • 1 transplante de coração
  • 37 transplantes de rins
  • 63 transplantes de medula óssea (até julho)
  • 84 transplantes de córneas

Campanha Setembro Verde

A campanha Setembro Verde foi lançada no Hospital Deoclécio Marques de Lucena, em Parnamirim, com foco na conscientização sobre a importância da doação de órgãos. O evento reuniu profissionais de saúde, gestores públicos, familiares de doadores e pacientes transplantados.

A ação busca ampliar o número de doadores efetivos. Segundo o Ministério da Saúde, apenas quatro em cada 14 pessoas que manifestam interesse em doar órgãos se tornam doadoras. A recusa familiar é um dos principais fatores que impedem a realização do transplante de órgãos no RN e em outras regiões do país.

Atuação da Central Estadual de Transplantes

A Central Estadual de Transplantes do RN é responsável pela coordenação da captação de órgãos em hospitais do estado. Em alguns casos, os órgãos são enviados para outras regiões do país, com apoio da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Civil (Sesed) e da Força Aérea Brasileira.

A estrutura da Central permite o gerenciamento da logística de transporte e compatibilidade entre doadores e receptores, além da articulação com instituições médicas e laboratórios especializados.

Desafios e perspectivas

A fila de espera por transplantes no RN reflete a necessidade de ampliar campanhas de conscientização e fortalecer a estrutura de captação e realização de procedimentos. A campanha Setembro Verde é uma das ações voltadas para esse objetivo, com foco na sensibilização da população e na redução da recusa familiar.

A Sesap acompanha os indicadores e trabalha para aumentar o número de transplantes realizados no estado, buscando parcerias e estratégias que permitam atender à demanda crescente por procedimentos de alta complexidade.

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

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Desabastecimento hospitalar afeta rede estadual de saúde no RN

Desabastecimento hospitalar afeta rede estadual de saúde no RN

Sindsaúde aponta falta de insumos em unidades como Walfredo Gurgel e Maria Alice Fernandes

Desabastecimento hospitalar afeta rede estadual de saúde no RN

O Desabastecimento hospitalar tem sido registrado em diversas unidades da rede estadual de saúde do Rio Grande do Norte, segundo denúncias do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (Sindsaúde). A situação foi reconhecida pela 5ª Vara da Fazenda Pública de Natal, que apontou um “cenário de colapso progressivo” no sistema.

Entre os itens em falta estão cateteres, sabão, álcool, antibióticos, heparina, gazes, lençóis, óleo mineral, óleo de girassol, equipo, crepom e kits cirúrgicos conhecidos como “laps”. O Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, referência em trauma-ortopedia, é apontado como a unidade mais afetada. Tomografias computadorizadas com contraste foram suspensas por falta de bombas injetoras.

Funcionários do setor de materiais do Walfredo Gurgel relataram que os kits cirúrgicos estão em estado precário e que não há reserva para emergências. No Centro de Queimados, improvisado após o início de uma obra no setor, há falta de crepom, utilizado em ataduras para pacientes queimados.

A situação também se estende ao Hospital Maria Alice Fernandes, unidade pediátrica na zona Norte de Natal. A Justiça Federal determinou o desbloqueio de sete leitos de UTI que estavam inoperantes por falta de insumos. Funcionários da direção afirmam que, atualmente, não há bloqueios, mas o sindicato aponta que a escassez de materiais é recorrente.

Profissionais de saúde relatam que a disponibilidade de insumos varia de acordo com o setor e o dia. Em alguns casos, médicos têm arcado com os custos de materiais básicos para garantir atendimento aos pacientes.

Pacientes e familiares também enfrentam dificuldades. No Pronto Socorro Clóvis Sarinho, uma paciente aguardava endoscopia enquanto familiares demonstravam preocupação com a falta de materiais. Outra usuária relatou que sua mãe, internada há quatro meses, teve medicamentos e pomadas em falta durante o tratamento.

O Sindsaúde anunciou uma assembleia para discutir a situação e propor indicativo de greve. A entidade afirma que os profissionais estão trabalhando em condições críticas e que não há sinalização de melhorias por parte do Governo do Estado.

No Hospital João Machado, foram encontrados insetos na alimentação dos funcionários, segundo denúncia do sindicato. A Sesap informou que a alimentação é fornecida por empresa terceirizada e que a Vigilância Sanitária foi acionada para apurar o caso.

Em nota oficial, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) negou a falta de insumos no Hospital Walfredo Gurgel. A pasta afirmou que há estoque de itens como gazes, álcool, sabão, óleo mineral e kits cirúrgicos, e que as angiotomografias estão sendo realizadas em outras unidades da rede estadual.

O Conselho Regional de Medicina do RN (Cremern) confirmou a carência de materiais básicos por meio de fiscalizações e ingressou com ação na Justiça Federal para exigir o abastecimento regular dos hospitais. O objetivo é garantir atendimento adequado à população e melhores condições de trabalho para os profissionais da saúde.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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desabastecimento hospitalar

Despesas do RN com saúde caem 68% em 2025

Despesas do RN com saúde caem 68% em 2025 e Justiça determina relatório sobre situação hospitalar

Despesas do RN com saúde caem 68% em 2025

As despesas pagas com saúde no Rio Grande do Norte caíram 68% no primeiro semestre de 2025 em comparação ao mesmo período de 2024. O valor pago em 2024 foi de R$ 988,1 milhões, enquanto em 2025 caiu para R$ 314,7 milhões, uma diferença de R$ 673,3 milhões. Os dados constam em ação judicial que cobra o abastecimento da rede hospitalar estadual.

A queda nos investimentos foi apontada pela juíza Maria Cristina Menezes de Paiva Viana, da 5ª Vara da Fazenda Pública de Natal, em decisão proferida nesta quarta-feira (27). A magistrada destacou um “cenário de colapso progressivo” na saúde pública do estado, agravado por um déficit de R$ 141 milhões nos repasses da Secretaria da Fazenda para o Fundo Estadual de Saúde. O Rio Grande do Norte ocupa atualmente a penúltima posição nacional em gastos próprios com saúde.

A Justiça determinou que o governo estadual apresente, em até 15 dias, um relatório detalhado sobre a situação dos hospitais. O documento deve incluir lista de medicamentos e insumos em falta, percentual de abastecimento de cada unidade, valor necessário para regularização dos estoques e cronograma de medidas para os próximos 90 dias. A decisão foi tomada após manifestação do Ministério Público do RN (MPRN), por meio da Promotoria da Saúde.

A juíza rejeitou a realização imediata de audiência de conciliação, alegando falta de elementos concretos. Em caso de descumprimento, poderá determinar a suspensão de pagamentos de despesas não essenciais e aplicar multa pessoal aos gestores responsáveis. A audiência será marcada apenas após a entrega integral das informações e demonstração de interesse efetivo na resolução do problema.

A decisão decorre de uma Ação Civil Pública movida pelo MPRN em 2012, que resultou em sentença definitiva em 2023 obrigando o Estado a garantir o fornecimento contínuo de insumos e medicamentos. Três anos após o trânsito em julgado, a Justiça aponta que o problema persiste e se agravou. O Estado não apresentou informações básicas sobre as providências adotadas para cumprir as ordens judiciais.

Segundo o MPRN, houve uma queda de 26,63% nos empenhos da saúde em 2025 em relação a 2024, com déficit de R$ 395 milhões. A rede estadual de saúde conta com 21 unidades, muitas enfrentando desabastecimento crônico de insumos e medicamentos essenciais.

O Hospital Walfredo Gurgel, maior pronto-socorro do estado, acumula dívidas de R$ 11 milhões com fornecedores e enfrenta falta de itens básicos como luvas, álcool, lençóis e medicamentos. O Hospital José Pedro Bezerra (Santa Catarina) registrou índice de ruptura de estoque de 41,33% em janeiro. O Hospital João Machado recebeu recomendações de bloqueio de leitos por falta de condições mínimas de segurança.

No Hospital Maria Alice Fernandes, a falta de suprimentos e problemas na escala médica levaram ao bloqueio de sete leitos de UTI neonatal e pediátrica. A medida foi adotada em conjunto com o Conselho Regional de Medicina (CREMERN), a Defensoria Pública e o MPRN.

O Hemonorte solicitou 41 itens à Unicat, mas recebeu apenas 9, recorrendo a empréstimos de outros hospitais e hemocentros de estados vizinhos. Entre os itens em falta estão antibióticos de alto risco, anestésicos, analgésicos, luvas, lençóis e ventiladores. A ausência desses materiais aumenta o risco de infecções hospitalares, eleva a mortalidade e prolonga internações.

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) reconheceu a queda nos repasses e afirmou que está recompondo os estoques. Informou que o abastecimento nas principais unidades hospitalares está sendo retomado com pagamentos a fornecedores contratados. A pasta também declarou que realiza monitoramento diário dos estoques e entregas, além de negociar entregas rápidas e utilizar requisições administrativas em casos extraordinários.

O MPRN aponta que a crise afeta rotinas assistenciais e contribui para o aumento de infecções hospitalares. Entre os fatores estão dívidas herdadas, dificuldades de negociação com fornecedores e burocracia nos processos de compras. Segundo dados do SIOPS, o RN ocupa a penúltima posição nacional em gastos próprios com saúde e é o último entre os estados do Nordeste.

O documento do MP registra que o próprio secretário de saúde confirmou que a escassez decorre da falta de pagamento a fornecedores, reforçando a necessidade de medidas emergenciais para regularizar o abastecimento na rede hospitalar estadual.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Alunos de Medicina da UnP levam atendimento humanitário para áreas isoladas do Vale do Jequitinhonha (MG)

Alunos de Medicina da UnP levam atendimento humanitário para áreas isoladas do Vale do Jequitinhonha (MG)

Ação percorre os municípios de Chapada do Norte e José Gonçalves de Minas

Alunos de Medicina da UnP levam atendimento humanitário para áreas isoladas do Vale do Jequitinhonha (MG)

A Inspirali, ecossistema que atua na gestão de 15 escolas médicas em diversas regiões do Brasil, realiza a 3ª edição da Missão Jequitinhonha, dando continuidade às ações humanitárias em regiões com pouco acesso à saúde. Desta vez, 36 alunos das escolas Universidade Potiguar (UnP), Ages, UniFG, Faseh, Universidade Anhembi Morumbi, UniSul, UniBH, UNIFACS e Universidade São Judas participam da expedição, ao lado de 7 professores e um egresso.

A ação, que tem como objetivo levar qualidade de vida para moradores de regiões isoladas e proporcionar experiência humanitária para futuros médicos, acontece até o próximo domingo, dia 31 de agosto, e percorre os municípios de Chapada do Norte e José Gonçalves de Minas.

Nas duas primeiras edições, a Missão Jequitinhonha passou por 5 municípios, atendendo mais de 2.360 pessoas tendo como principais ocorrências os atendimentos clínicos variados. Para esta edição, a expectativa é chegar a mais de 1.000 atendimentos.

“Além de atender à população local, nosso objetivo é permitir que os alunos de medicina vivenciem uma realidade bem diferente daquela que encontram em sala de aula. Com esta experiência, eles terão a oportunidade de interagir e conhecer a trajetória dessas pessoas e ajudar a lidar com suas dificuldades”, conta Fabiana Spricigo, Gerente da Travessia Humanitária da Inspirali.

A 3ª Missão Jequitinhonha é a 22ª expedição promovida, até o momento, pela Inspirali. Já foram realizadas doze Missões nas regiões ribeirinhas do Amazonas, duas Missões Internacionais na cidade de Benin, na África, três Missões de catástrofe no Rio Grande do Sul para ajudar às vítimas das enchentes e duas Missão Sertões em comunidades quilombolas na Bahia.

Sobre a Inspirali

Criada em 2019, a Inspirali atua na gestão de escolas médicas do Ecossistema Ânima. É uma das principais empresas de ensino superior de Medicina no Brasil, com mais de 13 mil alunos e 15 instituições – localizadas em capitais como São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Florianópolis e Natal – e importantes centros de desenvolvimento do país, como Piracicaba (SP), São José dos Campos (SP), Cubatão (SP), Tubarão (SC), Vespasiano (MG), Irecê̂ (BA), Jacobina (BA), Guanambi (BA), Brumado (BA) e Tucuruí (PA).

As graduações em Medicina seguem modelo acadêmico reconhecido entre os mais inovadores do mundo e pensado para formar profissionais de alta performance com uma visão integral do ser humano. O portfólio da Inspirali contempla também cursos livres e especializações focados na medicina integrativa e aborda temas relevantes no cenário global, a exemplo da pós-graduação em cannabis medicinal, primeiro curso na área certificado pelo Ministério da Educação (MEC). A aprendizagem digital ativa oferece recursos tecnológicos (robôs de alta fidelidade e realidade virtual e aumentada MedRoom) e apoio socioemocional, assim como as atividades práticas e o acompanhamento personalizado.

Foto: Divulgação

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RN ocupa penúltimo lugar em gastos próprios com saúde, aponta Ministério da Saúde

RN ocupa penúltimo lugar em gastos próprios com saúde, aponta Ministério da Saúde

Ministério Público aciona Justiça para garantir abastecimento de hospitais estaduais

RN ocupa penúltimo lugar em gastos próprios com saúde

O Rio Grande do Norte ocupa a penúltima posição no ranking nacional de gastos próprios com saúde, segundo dados do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (Siops), do Ministério da Saúde. No Nordeste, o estado aparece na última colocação. Os dados são referentes ao mês de maio de 2025 e foram destacados pelo Ministério Público do RN (MPRN) nesta terça-feira (26).

A baixa aplicação de recursos é apontada como um dos principais fatores para a crise de desabastecimento enfrentada pela rede hospitalar estadual. O MPRN ingressou com ação judicial para garantir o fornecimento de insumos e medicamentos às unidades mantidas pela Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap).

De acordo com o Ministério Público, há um déficit superior a R$ 141 milhões em repasses da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) para o Fundo Estadual de Saúde. O valor corresponde à diferença entre o montante previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2025 e os valores efetivamente transferidos entre janeiro e maio.

A situação afeta diretamente os principais hospitais do estado. No Hospital Santa Catarina, localizado na Zona Norte de Natal, o índice de ausência de materiais e medicamentos chegou a 40% em janeiro. O Hospital Giselda Trigueiro, referência em infectologia, também enfrenta escassez de insumos. No Hospital João Machado, foram identificadas condições mínimas de segurança, o que levou à recomendação de bloqueio de leitos.

O Hemocentro do RN (Hemonorte), que historicamente não apresentava problemas de abastecimento, também foi incluído na lista de unidades afetadas. A constatação foi feita durante visita técnica realizada pela Promotoria de Saúde em junho.

Na manifestação protocolada na 5ª Vara da Fazenda Pública, o MPRN solicita audiência urgente com representantes do governo estadual, incluindo os secretários de Saúde e Fazenda, diretores de hospitais e da Central de Abastecimento Farmacêutico (Unicat). O objetivo é discutir medidas imediatas para regularizar o fornecimento de insumos.

A análise orçamentária do Ministério Público aponta uma queda significativa nos gastos com saúde no primeiro semestre de 2025 em comparação com o mesmo período de 2024. As despesas liquidadas apresentaram redução de 67%, enquanto as despesas pagas caíram 68,14%.

A Sesap atribui parte da crise ao aumento de leitos e à dificuldade de ampliar a oferta na rede pública. A secretária-adjunta de Saúde, Leidiane Fernandes de Queiroz, informou que reuniões com o Gabinete Civil e setores de planejamento e orçamento estão sendo realizadas para viabilizar o pagamento de fornecedores.

O contingenciamento de recursos por parte da Sefaz é apontado como fator central na crise. Segundo o MPRN, a retenção de verbas do Tesouro Estadual compromete o funcionamento das unidades hospitalares e dificulta a execução de políticas públicas de saúde.

A ação judicial movida pelo Ministério Público tramita há mais de uma década e tem como foco a regularização do abastecimento hospitalar. A nova manifestação busca garantir medidas emergenciais diante do agravamento da situação em 2025.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Brasileiros apoiam prova obrigatória para médicos recém-formados

Brasileiros apoiam prova obrigatória para médicos recém-formados

Pesquisa Datafolha aponta que 96% da população é favorável ao exame de proficiência em medicina

Brasileiros apoiam prova obrigatória para médicos

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha revelou que 96% dos brasileiros são favoráveis à aplicação de uma prova obrigatória para médicos recém-formados antes do início dos atendimentos à população. O levantamento foi encomendado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e divulgado nesta quarta-feira (27).

O estudo entrevistou 10.524 pessoas em 254 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro é de 1 ponto percentual, para mais ou para menos. Apenas 3% dos entrevistados afirmaram que não é necessário aplicar nenhum tipo de teste, enquanto 1% não opinou.

A pesquisa também identificou variações regionais no apoio à medida. O estado com maior índice de aprovação é Goiás, com 98% da população favorável. O Acre apresenta o menor percentual, com 92%.

Para 92% dos entrevistados, a aplicação do exame de proficiência aumentaria a confiança no atendimento médico. Apenas 4% acreditam que a medida diminuiria essa confiança, enquanto 3% disseram que não haveria alteração. Outros 1% não responderam.

Quando questionados sobre quais médicos deveriam ser submetidos à prova, 98% defenderam que todos os recém-formados devem passar por avaliação, independentemente da instituição de ensino. Apenas 2% acreditam que o exame deveria ser aplicado exclusivamente a profissionais formados no exterior.

A proposta de criação de um Exame Nacional de Proficiência em Medicina está em tramitação no Senado desde 2024. O projeto é de autoria do senador Marcos Pontes (PL-SP) e prevê que o exame seja obrigatório para que o profissional obtenha o registro junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM).

A Comissão de Assuntos Sociais do Senado realiza nesta quarta-feira (27) uma audiência pública para discutir o projeto. O exame tem como objetivo verificar se o médico recém-formado possui as competências mínimas exigidas para o exercício da profissão.

O CFM defende a implementação da prova como resposta ao crescimento acelerado do número de cursos de medicina no Brasil nas últimas décadas. Segundo a entidade, muitas instituições foram criadas sem infraestrutura adequada, o que compromete a formação dos profissionais.

De acordo com dados do CFM, o país passou de cerca de 100 cursos de medicina no início dos anos 2000 para mais de 400 atualmente. A expansão ocorreu, em muitos casos, sem hospitais conveniados para o regime de internato obrigatório.

A proposta do exame inclui avaliação de competências profissionais e éticas, conhecimentos teóricos e habilidades clínicas, com base em padrões mínimos exigidos internacionalmente. A medida também busca elevar o padrão educacional das escolas médicas, que teriam que se adequar às exigências do exame.

O apoio da população à proposta é considerado um indicativo de demanda por maior qualidade e segurança nos serviços de saúde. A aprovação do projeto no Congresso Nacional é vista como etapa fundamental para a implementação da medida.

Foto: Luiz Fernando Cândido/Fernando Frazão/Agência Brasil

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Exercício físico só funciona quando dói? Especialista esclarece

Exercício físico só funciona quando dói? Especialista esclarece

Dúvida é bastante comum entre pessoas que praticam musculação, principalmente entre os iniciantes

Muitas pessoas acreditam que para o exercício físico ser eficaz, é preciso sentir dor durante ou depois da atividade. Essa ideia, segundo Leandro Medeiros, personal trainer e professor do curso de Educação Física da Universidade Potiguar (UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima, é um mito que pode levar a lesões e ao desânimo.

“Sentir um certo desconforto muscular após o treino é normal e indica que o corpo está se adaptando ao esforço. Mas dor intensa não é sinônimo de resultado, e pode, na verdade, ser um sinal de que algo não está correto”, explica.

O especialista reforça que o exercício deve ser progressivo e respeitar os limites individuais. “Quando a dor ultrapassa o desconforto esperado, pode significar lesão ou esforço excessivo, que compromete a saúde e até o desempenho futuro”, frisa Leandro.

O docente também destaca que o prazer e a constância no exercício são fundamentais para alcançar benefícios a longo prazo. “Treinar com dor constante gera medo e pode levar à paralisação dos treinos. O ideal é buscar equilíbrio, ouvir o corpo e contar com a orientação profissional para otimizar os resultados”, esclarece.

Dores tardias

É comum sentir dores musculares nos dias seguintes à prática de atividade física, especialmente para quem está começando ou voltou após um período de inatividade. Essas dores, conhecidas como dor muscular tardia, surgem devido a pequenas lesões nas fibras musculares provocadas pelo esforço, o que faz parte do processo natural de adaptação do corpo ao exercício.

Essas dores, de acordo com o professor da UnP, costumam ser leves a moderadas, desaparecendo em poucos dias, e não devem ser confundidas com dores intensas ou lesões, que exigem atenção e, se necessário, avaliação profissional.

“A dor muscular tardia é esperada e até sinal de que o músculo está se adaptando ao novo estímulo. Mas é preciso diferenciar essa dor natural de desconfortos persistentes que podem indicar lesões. Por isso, treinar com base nas orientações de um profissional de Educação Física é fundamental para evitar excessos, prevenir lesões e garantir um progresso seguro e eficiente”, pontua.

Leandro também reforça que alguns cuidados complementares fazem toda a diferença para a segurança e a eficiência do treino. O aquecimento antes da atividade física e o alongamento após os exercícios ajudam a preparar o corpo e a reduzir o risco de lesões. “Outro ponto essencial é respeitar a recuperação do corpo, garantindo boas noites de sono, alimentação equilibrada e pausas adequadas entre os treinos. Sem isso, o rendimento cai e o risco de lesão aumenta”, finaliza.

Foto: Divulgação

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medicamentos contra obesidade no SUS

Medicamentos contra obesidade no SUS são barrados por comissão do Ministério da Saúde

Conitec rejeita inclusão de semaglutida e liraglutida na rede pública por alto custo e impacto orçamentário

Comissão rejeita medicamentos contra obesidade no SUS por alto custo

A inclusão de medicamentos contra obesidade no SUS foi rejeitada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), órgão ligado ao Ministério da Saúde. A decisão foi tomada após análise técnica e consulta pública sobre os medicamentos à base de semaglutida e liraglutida, utilizados no tratamento de obesidade e diabetes tipo 2.

A comissão avaliou dois pedidos específicos:

  • O uso da semaglutida, presente no medicamento Wegovy, para pacientes com obesidade grau II e III, acima de 45 anos e com doença cardiovascular;
  • O uso da liraglutida, presente no medicamento Saxenda, para pacientes com obesidade e diabetes tipo 2.

Ambos os medicamentos são aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para esses tratamentos e são comercializados em canetas aplicadoras, com custo estimado de R$ 1 mil por unidade.

SUS

Impacto orçamentário inviabiliza incorporação

Durante a análise, o principal fator considerado pela Conitec foi o impacto financeiro da incorporação dos medicamentos contra obesidade no SUS. Relatórios do Ministério da Saúde indicam que o custo estimado para atender à demanda seria de R$ 4,1 bilhões em cinco anos. Em casos de tratamento contínuo, o valor poderia chegar a R$ 6 bilhões no mesmo período.

A comissão também destacou que o uso dos medicamentos exige aplicação contínua, o que aumentaria ainda mais o impacto no orçamento público. Além disso, foi considerado que o SUS já oferece uma alternativa para o tratamento da obesidade: a cirurgia bariátrica.

Com base nesses fatores, a Conitec decidiu pela não incorporação dos medicamentos na rede pública, mantendo-os disponíveis apenas na rede privada.

Produção nacional de canetas é anunciada

A decisão da Conitec ocorre duas semanas após o anúncio do Ministério da Saúde sobre a produção nacional de canetas aplicadoras. A iniciativa será realizada em parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a farmacêutica brasileira EMS.

O objetivo da parceria é desenvolver medicamentos que contenham semaglutida e liraglutida, substâncias que atuam no controle da glicose e também contribuem para a perda de peso. Esses medicamentos são aplicados por meio de dispositivos semelhantes às canetas utilizadas nos produtos Ozempic, Wegovy e Saxenda.

A produção nacional visa reduzir a dependência de importações e ampliar o acesso a tratamentos no futuro, embora ainda não haja previsão de incorporação desses produtos ao SUS.

Semaglutida e liraglutida: perfil dos medicamentos

A semaglutida e a liraglutida são agonistas do receptor GLP-1, utilizados para controle glicêmico em pacientes com diabetes tipo 2 e para redução de peso em pessoas com obesidade. Os medicamentos atuam na regulação do apetite e na melhora da resposta à insulina.

Apesar da eficácia comprovada, o custo elevado e a necessidade de uso contínuo são obstáculos para a incorporação dos medicamentos contra obesidade no SUS. A Conitec considera esses fatores determinantes para a decisão de manter os tratamentos fora da rede pública.

Alternativas disponíveis no SUS

Atualmente, o Sistema Único de Saúde oferece a cirurgia bariátrica como principal alternativa para o tratamento da obesidade. O procedimento é indicado para pacientes com obesidade grave e é realizado em hospitais públicos credenciados.

A decisão da Conitec reforça a política de priorização de tratamentos com maior custo-benefício e viabilidade orçamentária. A inclusão de novos medicamentos no SUS depende de critérios técnicos, financeiros e de impacto na saúde pública.

Foto: Marcelo Frazão/Agência Brasil

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Desabastecimento hospitalar afeta rede estadual de saúde no RN

Centro de Tratamento de Queimados do RN tem obra parada há um ano

Unidade do Hospital Walfredo Gurgel funciona com estrutura reduzida e pacientes nos corredores

Centro de Tratamento de Queimados do RN tem obra parada há um ano

A obra de reforma do Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HWG), única unidade especializada no atendimento a pacientes queimados no Rio Grande do Norte, está paralisada há um ano. A interrupção dos trabalhos comprometeu a estrutura física e operacional do serviço, que passou a funcionar com capacidade reduzida e pacientes acomodados em corredores.

A paralisação da obra afetou diretamente o funcionamento da unidade, que precisou ser readaptada. Atualmente, o ambulatório foi transferido para dentro de uma enfermaria, e a sala de reabilitação está sendo utilizada como depósito de equipamentos, muitos dos quais estão se deteriorando por falta de uso adequado.

Redução de leitos e superlotação

O CTQ já operou com até 20 leitos, mas atualmente funciona com apenas 16. A redução ocorreu devido à impossibilidade de utilizar metade do espaço físico da unidade. A situação tem gerado aglomeração de pacientes e comprometido o atendimento especializado, que recebe casos de queimaduras graves de todo o estado.

A estrutura atual não comporta a demanda, e pacientes estão sendo acomodados em áreas improvisadas, como corredores do hospital. A situação foi reconhecida pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), que anunciou medidas emergenciais para retomar a obra.

Licitação emergencial e contratação direta

Após visita técnica realizada nesta quinta-feira (21) pelo secretário de Saúde do RN, Alexandre Motta, e representantes de outras entidades, o governo estadual autorizou a dispensa de licitação para contratar uma nova empresa responsável pela retomada da reforma.

A contratação será feita de forma direta, com prazo de até 60 dias, conforme processo iniciado em abril pelas secretarias de Saúde e da Infraestrutura. A medida foi tomada após o rompimento do contrato com a empresa anterior, que não cumpriu os prazos estabelecidos. A mesma empresa também abandonou obras nos hospitais Tarcísio Maia, em Mossoró, e Santa Catarina.

Investimento previsto

A reforma do Centro de Tratamento de Queimados representa um investimento de R$ 1,8 milhão, com recursos garantidos por meio de emenda parlamentar. O projeto foi desmembrado devido à importância da unidade, que é a única especializada no atendimento a queimados no estado.

A retomada da obra é considerada prioritária pela gestão estadual, que busca restabelecer a capacidade plena de atendimento do CTQ e garantir condições adequadas para pacientes e profissionais de saúde.

Situação atual e próximos passos

Enquanto a nova empresa não é contratada, o hospital continua operando com limitações. A Sesap informou que está acompanhando o processo e que a contratação emergencial será concluída dentro do prazo previsto.

A expectativa é que, com a retomada da obra, o Centro de Tratamento de Queimados possa voltar a operar com sua estrutura completa, oferecendo atendimento especializado e com segurança para os pacientes.

Fotos: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Desabastecimento hospitalar afeta rede estadual de saúde no RN

Paralisação da saúde no RN é aprovada por servidores estaduais

Profissionais denunciam falta de insumos, medicamentos e condições precárias nas unidades públicas

Paralisação da saúde no RN é aprovada por servidores estaduais

Profissionais da saúde pública do Rio Grande do Norte decidiram realizar uma paralisação de 24 horas no dia 27 de agosto. A medida foi aprovada em assembleia da categoria como forma de protesto contra o colapso enfrentado pelo sistema estadual de saúde.

A mobilização será organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do RN (Sindsaúde RN) e contará com um ato público em frente ao Hemonorte, em Natal. Após o protesto, será realizada uma nova assembleia para apresentação de informes sobre as negociações da Campanha Salarial.

Segundo o Sindsaúde RN, a paralisação tem como objetivo denunciar a precarização das condições de trabalho nas unidades de saúde do estado. Entre os principais problemas apontados estão a falta de insumos básicos, escassez de medicamentos e infraestrutura inadequada, que afetam tanto os profissionais quanto os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

A pauta de reivindicações da categoria inclui:

  • Recomposição salarial para os servidores da saúde;
  • Implementação do piso da enfermagem, conforme legislação vigente;
  • Pagamento de adicional de insalubridade para profissionais expostos a riscos;
  • Regularização das férias dos trabalhadores de radiologia, que estão pendentes;
  • Mudança na carga horária de trabalho, com revisão das escalas;
  • Pagamento de plantões atrasados, que têm gerado insatisfação entre os profissionais;
  • Concessão de auxílio alimentação, considerado essencial para a categoria.

Além desses pontos, outras demandas específicas também foram incluídas na pauta, com foco na valorização dos profissionais e na melhoria do atendimento à população.

A categoria afirma que o sistema estadual de saúde enfrenta uma situação crítica, com unidades hospitalares operando em condições consideradas insustentáveis. A falta de recursos e de gestão adequada tem gerado sobrecarga nos profissionais e comprometido a qualidade dos serviços prestados.

O sindicato destaca que a paralisação é uma resposta à ausência de medidas efetivas por parte do governo estadual, liderado pela governadora Fátima Bezerra. A entidade aponta que, mesmo entre os membros do próprio sindicato, há consenso sobre o cenário de caos na saúde pública do RN.

A paralisação da saúde no RN também busca chamar a atenção da sociedade para a necessidade de investimentos urgentes no setor. Os servidores esperam que a mobilização pressione o governo a retomar as negociações e apresentar propostas concretas para atender às reivindicações da categoria.

O ato público em frente ao Hemonorte será aberto à participação de trabalhadores da saúde de diversas regiões do estado. A expectativa é de que a mobilização tenha ampla adesão, refletindo o descontentamento generalizado entre os profissionais do setor.

A paralisação da saúde no RN ocorre em um contexto de crise prolongada, com denúncias recorrentes sobre a falta de estrutura nas unidades hospitalares e postos de atendimento. A categoria reforça que a mobilização é legítima e necessária para garantir condições dignas de trabalho e atendimento à população.

Foto:  Vinicius de Melo/ Agência Brasília/ Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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divisão de custos na expansão do SAMU

Municípios contestam divisão de custos na expansão do SAMU

Gestores alegam sobrecarga orçamentária e cobram responsabilidade do Estado na condução do serviço

A proposta de divisão de custos na expansão do SAMU no Rio Grande do Norte tem gerado impasse entre gestores municipais e o Governo do Estado. Embora haja consenso sobre a necessidade de ampliar a cobertura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o modelo de cofinanciamento apresentado pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) é alvo de críticas por parte das prefeituras .

Cosems RN critica modelo de cofinanciamento

O Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do RN (Cosems-RN) afirma que os municípios já comprometem entre 25% e 35% de seus orçamentos com saúde, acima do mínimo constitucional de 15%. A presidente da entidade, Maria Eliza Garcia, destaca que o modelo proposto transfere 60% dos custos do serviço para os municípios, o que tornaria a operação inviável para diversas gestões locais.

Expansão do SAMU com novas ambulâncias

Em julho, o Governo do Estado recebeu 25 novas ambulâncias do Ministério da Saúde, sendo 10 destinadas à renovação da frota e 15 à expansão do serviço. Outras 11 unidades foram entregues via PAC Seleções 2025, com oito para expansão e três para renovação. A expectativa é que todas as oito regiões de saúde do RN passem a contar com cobertura do SAMU.

Cálculo de investimento preocupa municípios

Segundo o cálculo apresentado pela Sesap, cada município teria que investir R$ 30 mil para cada 10 mil habitantes. O custo total do serviço foi estimado em R$ 9 milhões. O Cosems-RN argumenta que esse modelo desconsidera a realidade financeira das cidades, especialmente no interior, onde há apenas uma base do SAMU para atender dezenas de municípios.

Municípios já assumem responsabilidades do Estado

Além da proposta de cofinanciamento, os municípios alegam que já assumem despesas que seriam de responsabilidade estadual, como custeio de hospitais regionais, exames de média e alta complexidade, e fornecimento de medicamentos. A sobrecarga tem sido apontada como fator de desequilíbrio na gestão da saúde pública local.

Sesap defende modelo tripartite

A Sesap argumenta que a proposta segue o princípio do financiamento tripartite do Sistema Único de Saúde (SUS) e o modelo de consórcios interfederativos. Em nota, a secretaria informou que o serviço já funciona de forma compartilhada em algumas regiões e que a proposta foi apresentada e acatada em deliberações regionais conforme a legislação vigente.

Exemplos de outros estados citados

Durante reunião entre Cosems-RN e a Federação dos Municípios do RN (FEMURN), foram citados os modelos de gestão do SAMU implantados no Paraná e na Paraíba como experiências positivas. No entanto, os gestores potiguares reforçaram que a realidade financeira local exige que o serviço seja conduzido como política estadual .

Próxima audiência marcada

O tema voltará a ser discutido em nova audiência entre Cosems-RN, FEMURN e Sesap, marcada para o dia 25 de agosto. A expectativa é que seja apresentada uma alternativa que permita a expansão do serviço sem comprometer os orçamentos municipais.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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