Durante as investigações que resultaram na Operação Hecatombe, no ano de 2013, que desarticulou um possível grupo de extermínio, a Polícia Federal descobriu um plano de resgate do policial militar Wendel Fagner Cortez de Almeida, conhecido como Wendel Lagartixa, quando ele estava preso no presídio Rogério Coutinho Madruga, anexo da penitenciária estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta.
Wendel Lagartixa, de acordo com as investigações da Operação Hecatombe, seria um dos integrantes do grupo de extermínio e, inclusive, exercia poder de liderança, segundo a Polícia Federal. Ele já estava preso desde abril daquele ano, em decorrência de um processo ao qual respondia, referente a um homicídio na cidade de Afonso Bezerra. Mesmo já estando detido, Wendel Fagner Cortezfoi alvo de mais uma investigação policial e teve um novo mandado expedido.
O trabalho de investigação feito pela Operação Hecatombe atribuiu ao grupo pelo menos 22 homicídios, principalmente na zona Norte de Natal, mas também nas cidades de São Gonçalo do Amarante, Extremoz e Ceará-Mirim. Na época, 17 pessoas foram presas. Sete dos presos seriam, inclusive, seriam policiais militares do Rio Grande do Norte, incluindo Wendel.
Jackson Assis de Sousa foi morto hoje, 11 de agosto, após confronto com a polícia militar no bairro Vale Dourado, na Zona Norte da capital. De acordo com informações, Jackson Assis de Sousa seria um dos suspeitos da morte da pequena Laura Cortez Gomes, filha do PM reformado Wendel Fagner Cortez de Almeida, conhecido como Wendel Lagartixa. A morte do suspeito ocorre horas depois ‘Lagartixa’ dizer, em entrevista ao Patrulha da Cidade, que Jackson era um dos envolvidos no atentado que vitimou sua filha.
Na entrevista, Wendel Cortez Gomes afirmou que iria entregar as imagens para a Polícia Civil do Rio Grande do Norte, que comprovariam a participação de Jackson Assis de Sousa no crime. “Quero que vocês sejam presos. A Paraíba, o Ceará e o Rio Grande do Norte estão na captura. Não para matar vocês, mas para prender. E, se eu fosse vocês, me entregava, porque a gente já sabe quem é (sic) vocês e vocês vão ser caçados, no bom sentido, e vão ser presos”, afirmou Wendel Lagartixa ontem.
O atentado aconteceu no conjunto Gramoré, na Zona Norte de Natal, resultou na morte da sua filha, Laura Cortez de Almeida, de apenas quatro anos de idade, no início da tarde deste domingo (8), em pleno dia dos pais. De acordo com as informações, um veículo Celta de cor vermelha, onde supostamente estava Jackson Assis de Sousa, se aproximou do carro do PM Wendel Fagner Cortez de Almeida, conhecido como Wendel Lagartixa, e efetuou vários disparos.
O PM não foi atingido, mas sua filha que estava o acompanhando foi baleada no rosto. A criança foi levada para o Hospital Santa Catarina, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O carro dos criminosos foi encontrado abandonado, instantes depois. No dia do ocorrido, a assessoria de imprensa da Polícia Militar do RN informou que estava “com todo o efetivo empenhado para prender os responsáveis” pelo crime.