Economia

Reforma Tributária e novo IR impõem corrida fiscal às empresas neste fim de ano

Reforma Tributária e novo IR impõem corrida fiscal às empresas neste fim de ano

Vigência da Reforma Tributária e recentes mudanças no Imposto de Renda, a partir de janeiro de 2026, intensificaram ajustes societários e operacionais em dezembro

Reforma Tributária e novo IR impõem corrida fiscal às empresas neste fim de ano

A combinação entre o início das exigências da Reforma Tributária e a implementação das novas regras do Imposto de Renda, com taxação de lucros e dividendos, tem levado empresas a antecipar fechamentos contábeis, reorganizar acordos societários e revisar processos e sistemas antes da virada do ano. O momento, conforme alertam especialistas, exige atenção redobrada para cumprir prazos legais e reduzir riscos de divergências futuras.

Entre os movimentos mais observados com as recentes mudanças, está a antecipação de balanços, sobretudo entre sociedades anônimas, para possibilitar a distribuição de lucros isentos antes da vigência do imposto mínimo. Nesse sentido, as empresas têm convocado assembleias e reuniões de sócios para aprovar demonstrações financeiras e formalizar deliberações até 31 de dezembro.

Segundo o contador Daniel Carvalho, diretor da Rui Cadete Consultores Associados, o processo demanda rigor documental, registro na junta comercial e alinhamento entre os sócios. “Esses ajustes precisam ser feitos com segurança jurídica. Documentos bem preparados e decisões formalizadas reduzem o risco de autuações e dão previsibilidade ao planejamento das empresas, especialmente em um cenário que segue em evolução”, destaca.

Ele lembra que o Senado ainda pode prorrogar para abril as deliberações sobre distribuição de lucros, e alguns pontos dependem de regulamentação adicional pela Receita Federal. Por isso, a recomendação é acompanhar possíveis ajustes. “A legislação pode passar por novas definições. Então empresas e contribuintes devem monitorar os atos normativos e revisar procedimentos sempre que houver mudanças”, pondera o contador.

Paralelamente, a primeira fase da Reforma Tributária acrescenta novas demandas ao início do ano, como a adoção do padrão nacional de nota fiscal e o uso do ambiente de testes disponibilizado pelo governo. Para Daniel, essas etapas precisam ser incorporadas ao planejamento das organizações. “A transição será gradual e deve avançar ao longo de 2026, mas é essencial que as empresas se organizem desde já”, afirma o diretor da Rui Cadete.

Reforma Tributária e novo IR impõem corrida fiscal às empresas neste fim de ano
Reforma Tributária e novo IR impõem corrida fiscal às empresas neste fim de ano

Impactos trabalhistas e ajustes na folha

Além das agendas societária e contábil, as empresas devem atualizar sistemas e rotinas internas para atender às novas regras do Imposto de Renda sobre salários e dividendos, válidas a partir de janeiro. De acordo com a diretora da DPi, consultoria especializada em soluções trabalhistas e previdenciária, os sistemas precisam estar prontos para aplicar bases e alíquotas estabelecidas pela legislação.

“Isso abrange revisões em softwares de folha, parametrizações de retenções e ajustes no cálculo de remunerações, incluindo testes e conferências adicionais. Por isso, é tão importante que as empresas validem seus processos antes da virada do ano, reduzindo o risco de inconsistências já nos primeiros meses de vigência das novas regras”, orienta Anna Karenina Dantas.

Webinar – O que muda no Imposto de Renda 2026

Na próxima quarta-feira (10), às 8h, a Rui Cadete vai realizar o webinar “Imposto de Renda 2026: como a nova lei afeta seu bolso – Quem ganha, quem paga e o que muda para você”. Na ocasião, o contador Daniel Carvalho irá responder dúvidas e detalhar o que muda no bolso dos contribuintes com a entrada em vigor das novas faixas e critérios de tributação.

O encontro deve esclarecer, de maneira objetiva, como as novas regras do IR impactam trabalhadores, investidores e empreendedores, especialmente após a sanção da Lei nº 15.270, que amplia a faixa de isenção para quem recebe até R$ 5 mil, inclui descontos para rendas de até R$ 7.350 e aumenta a taxação para salários mais altos.

ServiçoWebinar: Imposto de Renda 2026: como a nova lei afeta seu bolso – Quem ganha, quem paga e o que muda para você
Data: Quarta-feira (10)
Horário: 8h
Palestrante: Daniel Carvalho – contador e diretor da Rui Cadete Consultores Associados
Inscrições gratuitas: https://events.teams.microsoft.com/event/d480b943-1bad-4976-989d-1b088636ef26@e69b17be-9a14-4b4f-a797-9d05bc15e01a

Fotos: Divulgação

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Acordo do STF impõe restrições fiscais ao RN para contratação de empréstimos

Acordo do STF impõe restrições fiscais ao RN para contratação de empréstimos

Medidas incluem limites a reajustes, concursos e criação de cargos no Estado

STF homologa acordo que permite ao RN contratar até R$ 855 milhões com restrições fiscais

O Supremo Tribunal Federal (STF) homologou um acordo que autoriza o Rio Grande do Norte a contratar até R$ 855 milhões em empréstimos, mediante o cumprimento de restrições fiscais previstas no artigo 167-A da Constituição Federal. O termo foi validado na segunda-feira (24) pelo ministro Cristiano Zanin e envolve condicionantes relacionadas a reajustes salariais, concursos, criação de cargos e ampliação de despesas do Estado.

O acordo garante ao RN acesso a operações de crédito vinculadas ao Plano de Recuperação Fiscal (PEF) mesmo sem o cumprimento integral das metas do programa. Na ação que originou a negociação (ACO 3733), o Estado solicitou que a União fosse obrigada a conceder garantia para os empréstimos, concordando com as contragarantias previstas na legislação.

Segundo o texto homologado, todas as restrições valerão até que o Rio Grande do Norte alcance três metas fiscais: despesa de pessoal inferior a 54% da Receita Corrente Líquida (RCL), caixa líquido positivo e despesas correntes limitadas a 90% das receitas. Enquanto as metas não forem atingidas, ficam proibidos reajustes gerais, criação de cargos, realização de concursos (exceto reposições), novas despesas obrigatórias e a ampliação de benefícios tributários ou programas com impacto financeiro adicional.

Situação fiscal do RN

Relatório recente do Tesouro Nacional aponta que o Estado comprometeu 55,73% da RCL apenas com a folha do Executivo no segundo quadrimestre de 2025, acima do teto permitido de 49%. O índice foi o mais elevado entre as unidades federativas no período e o único a ultrapassar o limite estabelecido.

Com a homologação, o Governo deverá enviar relatórios periódicos ao Tesouro detalhando o cumprimento das exigências. Em troca, poderá contratar operações de crédito com aval da União de até 6% da RCL, com a possibilidade de ampliar para 9% caso apresente avanços no equilíbrio fiscal. A ação no STF será encerrada apenas após a comprovação do cumprimento das metas.

O Governo do Estado afirmou, em nota publicada na terça-feira (26), que os recursos serão utilizados para reforçar a estabilidade financeira e viabilizar investimentos considerados prioritários.

Impactos para o funcionalismo e categorias do serviço público

As restrições previstas geram preocupação entre entidades representativas do funcionalismo estadual, que destacam possíveis impactos na progressão das carreiras, na política salarial e na oferta de serviços públicos. As categorias afirmam que os limites podem resultar em congelamento de reajustes, interrupção de concursos e impedimentos para criação de cargos considerados essenciais.

Representantes dos servidores também apontam que a política fiscal pode afetar a renda de municípios dependentes do setor público e de programas sociais. Há expectativa de que as consequências incluam mobilizações, judicialização e debates sobre a reestruturação das carreiras.

As entidades reforçam que os serviços públicos já enfrentam dificuldades relacionadas à carência de profissionais, desgaste das estruturas e limitações orçamentárias. Também destacam preocupações quanto à sobrecarga de trabalho e à possibilidade de agravamento de problemas operacionais decorrentes da ausência de reposição adequada de pessoal.

Contexto do acordo e posição da União

A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que o acordo representa um marco nas negociações do Plano de Recuperação Fiscal. Esta foi a primeira vez em que União e Estado discutiram em mesa de conciliação medidas relacionadas ao reequilíbrio das contas públicas e à liberação de investimentos.

A Procuradoria Geral do Estado do RN avalia que as ações pactuadas são necessárias para garantir estabilidade fiscal, reforçando que a recuperação dependerá da colaboração entre os órgãos estaduais.

Principais vedações previstas no acordo

  • Proibição de aumento, reajuste ou vantagem remuneratória (exceto por determinação judicial ou lei anterior).
  • Vedação à criação de cargos ou contratações que ampliem despesas.
  • Proibição de realizar concursos, exceto para reposições de vagas previstas.
  • Proibição de criação ou ampliação de auxílios, bônus ou verbas indenizatórias.
  • Vedação à criação de novas despesas obrigatórias.
  • Proibição de reajuste de despesas acima da inflação.
  • Vedação à criação ou expansão de linhas de financiamento, perdão ou renegociação de dívidas que gerem aumento de subsídios.
  • Proibição de ampliação de incentivos fiscais.

Fotos: Arquivo/Reprodução / Sandro Menezes/Governo do RN

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Flamengo se torna o primeiro tetracampeão brasileiro da Libertadores após vitória sobre o Palmeiras

Flamengo se torna o primeiro tetracampeão brasileiro da Libertadores após vitória sobre o Palmeiras

Decisão marca revanche da final de 2021 entre Flamengo e Palmeiras; Arrascaeta e Bruno Henrique ampliam histórico de títulos pelo clube

Flamengo conquista o tetracampeonato da Libertadores ao vencer o Palmeiras por 1 a 0

O Clube de Regatas do Flamengo conquistou seu quarto título da Copa Libertadores neste sábado (29), ao vencer o Palmeiras por 1 a 0 no Estádio Monumental de U, em Lima, no Peru. Com a vitória, o clube se tornou o primeiro tetracampeão brasileiro da competição continental e passou a liderar o ranking nacional de títulos do torneio.

A última vez em que um clube brasileiro ocupou isoladamente o posto de maior campeão da Libertadores foi em 2011. Naquele ano, o Santos venceu a competição e igualou o São Paulo, que era tricampeão desde 2005. Com o resultado deste sábado, o Flamengo ultrapassou ambos os clubes e assumiu a liderança entre os times do Brasil.

A decisão também marcou um reencontro entre Flamengo e Palmeiras em final de Libertadores. Em 2021, os paulistas venceram a decisão no Estádio Centenário, em Montevidéu. O lance decisivo da final anterior envolveu um erro de Andreas Pereira, então jogador do Flamengo, aproveitado por Deyverson. Na partida deste sábado, Andreas participou da final pelo lado palmeirense, com atuação discreta.

O título representa mais uma conquista para a atual geração rubro-negra, que soma 16 troféus desde 2019. Entre esses títulos, estão três Libertadores (2019, 2022 e 2025). O meia Giorgian de Arrascaeta, eleito o melhor jogador da edição deste ano, e o atacante Bruno Henrique estiveram presentes em todas essas campanhas. Com isso, os dois atletas passaram a integrar o grupo de jogadores com mais conquistas pelo clube.

O Flamengo ainda pode ampliar sua sequência de títulos nesta temporada. A equipe enfrenta o Ceará na próxima quarta-feira (2), no Maracanã, às 21h30. Uma vitória garante o título do Campeonato Brasileiro com uma rodada de antecedência.

Arrascaeta e Bruno Henrique também estiveram em campo na final de 2019, realizada no mesmo estádio da final deste sábado, contra o River Plate. A partida daquela edição foi a primeira a ocorrer no formato de jogo único. O atual técnico do Flamengo, Filipe Luís, participou daquela final como lateral-esquerdo, enquanto o auxiliar Rodrigo Caio atuava como zagueiro.

Desenvolvimento da partida

A final começou com atraso de 15 minutos devido ao atraso no deslocamento do ônibus do Palmeiras, causado pelo trânsito de Lima. O Palmeiras não apresentou mudanças na escalação inicial, enquanto o Flamengo alterou o ataque, com Samuel Lino ocupando o lugar de Everton Cebolinha.

A equipe rubro-negra iniciou a partida pressionando o adversário e criando oportunidades. Aos 14 minutos, Guillermo Varela lançou Bruno Henrique, que finalizou por cima do gol. Em seguida, Samuel Lino recebeu pela esquerda e finalizou cruzado, próximo à trave de Carlos Miguel.

A primeira etapa teve interrupções frequentes e cartões aplicados às duas equipes. Erick Pulgar recebeu cartão após atingir Bruno Fuchs em lance com o jogo parado, gerando pedidos de expulsão por parte dos jogadores do Palmeiras.

O Palmeiras avançou no campo, mas sem grandes chances de gol. A melhor oportunidade veio aos 20 minutos, quando Vitor Roque cabeceou após cruzamento de Khellven e a bola passou perto do travessão.

No segundo tempo, os dois times buscaram finalizações. O Flamengo manteve o ritmo ofensivo e abriu o placar aos 21 minutos. Arrascaeta cobrou escanteio pela esquerda e Danilo marcou de cabeça. O zagueiro voltou a decidir uma final de Libertadores após marcar em 2011 pelo Santos, contra o Peñarol.

O Palmeiras aumentou a pressão em busca do empate. Aos 43 minutos, Vitor Roque finalizou na pequena área, mas a bola desviou em Danilo e saiu pela linha de fundo.

Nos minutos finais, Everton Cebolinha, que entrou na segunda etapa, conduziu contra-ataques e ajudou a aliviar a pressão. Em cobrança de falta nos acréscimos, o atacante finalizou rasteiro, a bola tocou a trave, mas não alterou o placar.

Declarações pós-jogo de Filipe Luís

Após a partida, o técnico Filipe Luís afirmou que acreditava na possibilidade de conquistar a Libertadores como treinador. Ele destacou a estrutura e a organização do clube e disse que se sente privilegiado pela oportunidade.

O treinador declarou que considera seu trabalho parte de uma sequência de resultados que ampliou a presença do Flamengo em decisões continentais. Antes de 2019, o clube tinha uma final de Libertadores. Após as campanhas recentes, passou a somar cinco finais e quatro títulos.

Filipe Luís também afirmou que espera reencontrar a torcida no Rio de Janeiro para celebrar a conquista e destacou a importância do apoio recebido antes do embarque para Lima.

Foto: Gilvan de Souza/Flamengo

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Brasil é a 6ª economia mais endividada da América Latina, aponta FMI

Brasil é a 6ª economia mais endividada da América Latina, aponta FMI

Projeções do FMI mostram dívida brasileira acima da média regional e de outros emergentes

Brasil é a 6ª economia mais endividada da América Latina, segundo projeção do FMI

O Brasil aparece como a sexta economia mais endividada da América Latina e Caribe, de acordo com dados atualizados do Fundo Monetário Internacional (FMI). A instituição estima que a dívida bruta do governo geral brasileiro alcance 92% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, percentual superior ao registrado por todas as grandes economias emergentes da região.

Segundo o levantamento, o Brasil fica atrás apenas de países que apresentam desequilíbrios fiscais mais acentuados. São eles: Venezuela, Dominica, Barbados, São Vicente e Granadinas e Bolívia. Esses países lideram o ranking de endividamento da região.

A projeção do FMI para 2025 coloca o Brasil próximo de Bolívia, que tem estimativa de 92,40% do PIB, e acima de El Salvador, com 87,87% do PIB. O nível brasileiro também se mantém superior à média regional calculada pelo Fundo, estimada em cerca de 71% do PIB.

Ranking de endividamento projetado para 2025

A seguir, o ranking de dívida bruta como percentual do PIB, conforme estimativa do FMI para 2025:

  • Venezuela – 138,46%
  • Dominica – 97,78%
  • Barbados – 97,73%
  • São Vicente e Granadinas – 93,55%
  • Bolívia – 92,40%
  • Brasil – 92,04%
  • El Salvador – 87,87%
  • Suriname – 86,59%
  • Bahamas – 79,39%
  • Santa Lúcia – 73,63%

A posição brasileira consolida o país entre as economias mais alavancadas do continente. Os números também mostram que o endividamento nacional supera com diferença expressiva a média das nações da América Latina e Caribe.

Metodologia utilizada pelo FMI

O cálculo adotado pelo FMI segue o GFSM 2014 (Government Finance Statistics Manual), padrão internacional de estatísticas fiscais. Esse método amplia o alcance da dívida bruta ao incorporar todos os passivos do governo geral, independentemente do tratamento contábil praticado por cada país.

A metodologia considera:

  • Títulos públicos
  • Empréstimos
  • Contas a pagar
  • Outras obrigações que afetam a solvência do setor público

O propósito é garantir que as análises reflitam a real posição fiscal de cada governo, evitando distorções associadas a diferenças metodológicas. Como os países adotam práticas distintas na elaboração de estatísticas fiscais — algumas mais restritivas e outras mais amplas —, a padronização permite comparações diretas.

Importância da padronização internacional

Ao uniformizar critérios e definir a inclusão de todos os passivos relevantes, o FMI assegura que os dados de endividamento sejam comparáveis entre os países. Dessa forma, rankings e avaliações regionais passam a representar diferenças reais entre as economias, e não apenas divergências de cálculo.

Para a América Latina e Caribe, essa padronização oferece uma visão consolidada do comportamento fiscal regional, permitindo observar a posição de cada país em relação aos demais. No caso brasileiro, a metodologia evidencia o nível de endividamento projetado para 2025 e sua relação com o restante do continente.

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil / Paulo Pinto/Agência Brasil / Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

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Imposto de Renda 2026: contador detalha o que muda com a nova lei

Imposto de Renda 2026: contador detalha o que muda com a nova lei

Legislação garante isenção para rendas de até R$ 5 mil, aplica descontos progressivos para quem ganha entre 5 mil e R$ 7,35 mil e cria tributação mínima sobre altos rendimentos

Imposto de Renda 2026: contador detalha o que muda com a nova lei

O governo sancionou, nesta quarta-feira (26), a lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) para quem recebe até R$ 5 mil mensais. As novas regras entram em vigor em 1º de janeiro de 2026 e devem beneficiar cerca de 15 milhões de brasileiros, incluindo aproximadamente 150 mil potiguares, conforme estimativas da Receita Federal com base em dados de 2023.

A norma zera o imposto para contribuintes com rendimentos de até R$ 5 mil e reduz progressivamente a cobrança para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7.350 por mês. Além disso, com o intuito de evitar que quem ganha pouco acima da faixa de isenção tenha perda de renda líquida, haverá deduções automáticas. Atualmente, a isenção vale apenas para quem ganha até R$ 3.036 mensais, valor equivalente a dois salários mínimos.

Para o contador Daniel Carvalho, diretor da Rui Cadete Consultores Associados, a mudança representa um avanço na busca por maior equilíbrio no sistema tributário e contribui para reduzir a defasagem acumulada de mais de uma década na tabela do IR. “O Imposto de Renda é um instrumento importante de redistribuição de renda. Então ampliar a faixa de isenção é uma forma de aliviar o peso tributário sobre quem ganha menos”, destaca.

De acordo com o Ministério da Fazenda, o impacto fiscal estimado da nova lei é de R$ 31,2 bilhões em 2026. A medida, no entanto, preserva a arrecadação de estados e municípios, garantindo que a União compense automaticamente eventuais perdas nos repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). E para compensar a perda de arrecadação, o governo instituiu novas formas de tributação.

Imposto de Renda 2026
Imposto de Renda 2026

Imposto mínimo sobre altas rendas

Entre as novidades, está a criação de um imposto mínimo para pessoas físicas com renda mensal acima de R$ 50 mil (ou R$ 600 mil anuais), com alíquotas progressivas que chegam a 10% para quem recebe mais de R$ 1,2 milhão por ano. Segundo Daniel, profissionais liberais e autônomos de alta renda, especialmente os que recebem via pessoa jurídica, serão mais impactados pelas novas regras.

“Quem já tem imposto retido na fonte, como os assalariados de altos salários, não deve perceber grandes alterações. Já os que recebem via distribuição de lucros e dividendos, hoje isentos, passarão a ter esses rendimentos considerados no cálculo da alíquota efetiva”, alerta o diretor da Rui Cadete.

Exceções

O cálculo vai considerar todos os rendimentos da pessoa física, incluindo lucros e dividendos de empresas. No entanto, o texto da lei prevê uma série de exceções. Ficam de fora, por exemplo, ganhos de capital provenientes da venda de imóveis (exceto os obtidos em Bolsa de Valores), valores recebidos acumuladamente, como ações judiciais e aluguéis atrasados, além de rendimentos da poupança e indenizações por acidente de trabalho, danos morais ou materiais.

“Além disso, investimentos em títulos de fomento à infraestrutura, ao setor imobiliário e à agricultura, como LCI e LCA, também não entram na base de cálculo. O mesmo vale para heranças e doações em adiantamento da legítima. Ou seja, quem receber um valor de herança que eleve temporariamente sua renda anual acima de R$ 600 mil, não será tributado a mais por isso”, explica Daniel.

Impacto para os potiguares

No Rio Grande do Norte, a nova lei deve beneficiar ao menos 150 mil contribuintes, conforme estimativas da Receita Federal com base em dados de 2023. De acordo com o órgão, cerca de 98 mil trabalhadores potiguares com renda mensal de até R$ 5 mil ficarão totalmente isentos do pagamento do Imposto de Renda, enquanto outros 53 mil, que recebem entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, terão reduções graduais na cobrança.

Fotos: Divulgação

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Natal Shopping lança grupo com ofertas exclusivas da Black Friday

Natal Shopping lança grupo com ofertas exclusivas da Black Friday

Tendência entre consumidores, canal de comunicação impulsiona data promocional em novembro em conversa direta com os clientes

Na hora de fazer as compras, todo mundo gosta de um desconto. E em meio a um mar de ofertas preparadas para a Black Friday, entre vitrines online e presenciais, mapear onde está a melhor oportunidade pode ser difícil. Foi neste cenário que o Natal Shopping lançou o seu próprio grupo de ofertas para se destacar na data celebrada na última sexta-feira de novembro (28). Na comunidade, o empreendimento divulga as principais promoções dos lojistas e já alcança mais de 300 pessoas interessadas em economizar.

A estratégia segue uma tendência em ascensão nas redes sociais e em aplicativos de mensagens como o Whatsapp ou o Telegram, onde o que faz sucesso são os “achadinhos”, resultado de uma verdadeira curadoria que ajuda o público a identificar onde está o menor valor de um produto.

O shopping viu no movimento uma oportunidade para aumentar seu fluxo no final do ano. De acordo com Felipe Furtado, superintendente do empreendimento, unir as compras online e presenciais é um caminho indispensável para os shopping centers sobressair como local de compra atualmente.

“Como empreendimento e marca, sabemos da importância de fazer parte da vida dos nossos clientes. E por meio da nossa presença digital, nas redes sociais e nos aplicativos, conseguimos isso. O grupo é mais uma ferramenta de fidelização e por onde podemos manter um canal de comunicação direto com cada um dos nossos clientes”, avalia.

Além da comunidade de ofertas, que recebe atualizações diárias, o empreendimento conta com a Ana, assistente de compras no Whatsapp, e aplicativo próprio onde o público pode registrar suas notas fiscais para conquistar brindes e vantagens através do programa de relacionamento MaisNAT, e resgatar cupons para atividades diversas realizadas no shopping.

“Trabalhamos para que o grupo e o aplicativo sejam uma vitrine das ofertas na palma da mão e seguimos com o nosso diferencial, que é a experiência premium presencialmente. Sabemos que o contato humano é insubstituível, e indispensável quando vem com o bom atendimento, um espaço agradável e, claro, ofertas de verdade”, complementa Felipe.

SERVIÇO

O que: Grupo de ofertas da Black Friday do Natal Shopping
Acesse o link para entrar: https://chat.whatsapp.com/DFKZPvTHwVNLhRZ4Slnnq1

Fotos: Divulgação

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13º salário deve injetar R$ 3,6 bilhões na economia do RN

13º salário deve injetar R$ 3,6 bilhões na economia do RN

Levantamento do Dieese indica impacto financeiro e coincidência com Black Friday

13º salário deve injetar R$ 3,6 bilhões na economia do RN

O pagamento do 13º salário deve movimentar significativamente a economia do Rio Grande do Norte neste fim de ano. De acordo com levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a estimativa é que cerca de R$ 3,6 bilhões sejam injetados no estado.

Impacto econômico

Segundo o estudo do Dieese, a média do valor do 13º salário por trabalhador no Rio Grande do Norte é de aproximadamente R$ 2,4 mil. Esse montante representa uma importante injeção de recursos no mercado local, especialmente em um período marcado por promoções e aumento do consumo.

Datas de pagamento

A primeira parcela do 13º salário deve ser paga até a próxima sexta-feira (28), último dia útil do mês de novembro. A data coincide com a Black Friday, evento que reúne descontos em diversos setores do comércio nacional. Essa coincidência pode impulsionar as vendas e aumentar a circulação de dinheiro no estado.

Influência da Black Friday

A proximidade entre o pagamento do benefício e a Black Friday é considerada um fator que pode favorecer o comércio, já que os consumidores tendem a aproveitar as promoções para realizar compras utilizando parte do valor recebido.

Planejamento financeiro

Especialistas recomendam atenção ao planejamento financeiro nesse período. Apesar das oportunidades de consumo, é importante avaliar a real necessidade das compras e priorizar gastos que não comprometam o orçamento familiar. A orientação é manter equilíbrio para evitar dívidas e garantir estabilidade no início do próximo ano.

13º salário deve injetar R$ 3,6 bilhões na economia
13º salário deve injetar R$ 3,6 bilhões na economia

Perspectivas para o início do próximo ano

O Dieese destaca que o 13º salário é um recurso essencial para movimentar a economia, mas também pode ser utilizado para quitar dívidas ou formar reservas financeiras. A recomendação é que os consumidores busquem equilíbrio, garantindo tranquilidade para começar o ano seguinte sem comprometer a saúde financeira.

Foto: José Cruz/Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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Adesão dos potiguares ao consignado CLT ultrapassa R$ 800 milhões

Adesão dos potiguares ao consignado CLT ultrapassa R$ 800 milhões

Programa Crédito do Trabalhador soma mais de 91 mil adesões no Rio Grande do Norte em oito meses.

Adesão dos potiguares ao consignado CLT ultrapassa R$ 800 milhões

O programa Crédito do Trabalhador, conhecido como consignado privado para trabalhadores com carteira assinada, registrou mais de R$ 800 milhões em adesões no Rio Grande do Norte em menos de oito meses. Dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) indicam que 91.258 profissionais potiguares contrataram 155.638 empréstimos entre 21 de março, início do programa, e 17 de novembro. A média por crédito no estado é de R$ 5.245,80, totalizando R$ 816.446.375,74.

No Brasil, foram contabilizados 14.029.086 empréstimos, com média de R$ 6.353,82 por operação e um volume total de R$ 89.138.231.583,67.

Taxas e condições do programa

A taxa média mensal de juros do consignado CLT é de 3,11%, com contratos que, em média, possuem 24 parcelas. A modalidade permite que trabalhadores utilizem até 10% do saldo do FGTS como garantia ou 100% da multa rescisória em caso de demissão. O limite máximo para comprometimento da renda é de 35% do salário.

O valor médio contratado por trabalhador brasileiro é de R$ 11.394,17, enquanto no Rio Grande do Norte essa média é de R$ 8.946,57.

Adesão dos potiguares ao consignado CLT
Adesão dos potiguares ao consignado CLT

Impacto econômico

Grande parte dos recursos contratados pelos trabalhadores potiguares foi direcionada para consumo e quitação de dívidas, movimentando a economia local. O programa possibilita substituir dívidas com juros mais altos, como cartão de crédito e cheque especial, por empréstimos com taxas menores.

Ranking nacional e regional

No Nordeste, o Rio Grande do Norte ocupa a quinta posição em número de empréstimos, atrás de Bahia (660.940), Ceará (433.941), Pernambuco (422.977) e Maranhão (288.570). No ranking nacional, o estado é o 18º em contratações. São Paulo lidera com 4.266.394 operações, seguido por Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Até 17 de novembro, 7.823.142 trabalhadores brasileiros já haviam aderido ao programa.

Regras e funcionamento

O Crédito do Trabalhador é um empréstimo consignado com desconto direto no contracheque e prazo flexível para pagamento. Para clientes sem operações de crédito ativas, o valor pode ser usado livremente. Já para quem possui dívidas, o recurso deve ser destinado prioritariamente à liquidação dessas obrigações, com eventual saldo livre para outras finalidades.

A Medida Provisória nº 1.292/2025, que autorizou a modalidade, entrou em vigor em 21 de março e contempla cerca de 47 milhões de trabalhadores com carteira assinada, incluindo domésticos, rurais e assalariados de microempreendedores individuais (MEIs). A contratação é feita pelo aplicativo Carteira de Trabalho Digital.

Caso o trabalhador seja desligado antes do término do contrato, o saldo do FGTS pode ser utilizado para quitar parcelas pendentes. O programa prevê mecanismos para evitar comprometimento excessivo da renda e situações de inadimplência.

Foto: José Cruz/Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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Pix passa a ser rastreado para bloquear golpes e fraudes e ganha mecanismo de devolução

Pix passa a ser rastreado para bloquear golpes e fraudes e ganha mecanismo de devolução

Banco Central implementa MED 2.0 para rastrear transações e ampliar segurança nas devoluções via Pix.

Pix passa a ser rastreado para bloquear golpes e fraudes e ganha mecanismo de devolução

O Banco Central iniciou neste domingo (23) a implementação do MED 2.0 (Mecanismo Especial de Devolução) para aumentar a segurança do Pix e reduzir fraudes. A nova funcionalidade será facultativa até fevereiro de 2026, quando passará a ser obrigatória para todas as instituições financeiras.

Como funciona o rastreamento

O MED 2.0 permitirá rastrear o caminho dos recursos por diversas contas, compartilhando informações entre os bancos envolvidos. Com isso, será possível bloquear valores em contas intermediárias e realizar devoluções em até 11 dias após a contestação.

Atualmente, o bloqueio ocorre apenas na primeira conta que recebe o valor. Esse modelo dificulta a recuperação, pois fraudadores costumam transferir rapidamente os recursos para outras contas. Com o novo sistema, o rastreamento será ampliado, aumentando as chances de devolução.

Procedimento para contestação

Desde 1º de outubro, clientes podem contestar transações suspeitas diretamente pelo aplicativo do banco, utilizando o botão de contestação. O processo é digital e dispensa contato com atendentes.

Após a contestação, os bancos têm até sete dias para analisar o caso. Se confirmada a fraude, a devolução será feita diretamente para a conta da vítima, com prazo máximo de 11 dias. Documentos como boletim de ocorrência e prints poderão ser anexados para apoiar a análise, mas só serão exigidos após a abertura do MED.

O botão de contestação não se aplica a desacordos comerciais, arrependimento ou erros de digitação na chave Pix.

Pix passa a ser rastreado
Pix passa a ser rastreado

Histórico de devoluções

Desde a criação do Pix, em 2021, mais de R$ 1,5 bilhão já foi devolvido por fraudes, golpes ou erros. Somente nos primeiros sete meses de 2025, foram restituídos R$ 377,4 milhões. Confira os valores devolvidos por ano:

  • 2021 (novembro e dezembro): R$ 3,8 milhões
  • 2022: R$ 191,1 milhões
  • 2023: R$ 389,1 milhões
  • 2024: R$ 561,5 milhões
  • 2025 (até julho): R$ 377,4 milhões

Outras medidas de segurança

Além do MED 2.0, o Banco Central implementou outras ações para reforçar a proteção do sistema:

  • 1º de outubro: Contestação via aplicativo dos bancos.
  • 4 de outubro: Bloqueio de chaves Pix identificadas como usadas em golpes.
  • 13 de outubro: Pix Automático obrigatório para operações de débito interbancário, exigindo autorização do pagador no aplicativo.

Com essas medidas, o Banco Central busca reduzir fraudes e aumentar a confiança no sistema de pagamentos instantâneos.

Foto: Marcello Casal Jr/ Bruno Peres/Agência Brasil

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Alívio do tarifaço tem impacto mínimo no RN e setores seguem taxados

Alívio do tarifaço tem impacto mínimo no RN e setores seguem taxados

Pesca, sal e confeitaria continuam sujeitos à sobretaxa nos Estados Unidos

Alívio do tarifaço tem impacto mínimo no RN e setores seguem taxados

Os principais produtos exportados pelo Rio Grande do Norte para os Estados Unidos continuam fora da lista de exceções ao tarifaço imposto pelo governo americano. Com isso, setores como pesca, sal e confeitaria permanecem sujeitos à sobretaxa, reduzindo a competitividade dos produtos potiguares no mercado internacional.

Na quinta-feira (20), o presidente dos Estados Unidos assinou uma ordem executiva que removeu a tarifa adicional de 40% aplicada a diversos produtos brasileiros, em meio ao avanço das negociações entre os dois países. A medida amplia a lista de exceções, que passou de cerca de 700 para mais de 900 itens.

Entre os produtos incluídos na nova tabela estão carne bovina de alta qualidade, café e frutas tropicais como castanha-do-pará, caju, coco, laranja, tomate e banana. No entanto, apenas dois produtos potiguares foram contemplados: castanha-de-caju e manga. Itens como pescados (atum), produtos de confeitaria e sal continuam sujeitos à tarifa de 40%.

Segundo estudo da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), o impacto da medida sobre a pauta exportadora do estado é limitado. A Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do RN (Faern) avalia que o maior benefício será para a fruticultura, embora ressalte que a medida pode abrir oportunidades futuras caso haja investimentos e ampliação da base produtiva.

Alívio do tarifaço tem impacto mínimo no RN
Alívio do tarifaço tem impacto mínimo no RN

A indústria de pescados, que ficou fora da isenção, manifestou frustração com a decisão. O café solúvel, mel e diversos produtos industriais, como máquinas e calçados, também não tiveram alívio tarifário.

Entre agosto e outubro, as exportações do Rio Grande do Norte para os Estados Unidos somaram US$ 9 milhões, uma redução de 25% em relação ao mesmo período de 2024. Apesar da queda no trimestre, o acumulado de janeiro a outubro de 2025 ainda é positivo, com US$ 38 milhões a mais do que no ano anterior. No entanto, os principais itens da pauta potiguar registraram retração significativa: pescado (-72%), sal (-46%), frutas (-29%), pedras para construção (-29%) e produtos de confeitaria (-27%).

A medida americana beneficia setores como carne bovina e café, que tiveram isenção total do tarifaço. Frutas como abacate, goiaba, manga, banana, açaí e cacau também foram incluídas, além de nozes, água de coco, especiarias, vegetais e tubérculos.

Foto: Reprodução/Raul Pereira/PMM

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Correios avaliam abrir capital e criar joint venture para superar crise

Correios avaliam abrir capital e criar joint venture para superar crise

Plano inclui venda de ações, parceria com empresas privadas e operação de crédito bilionária

Correios avaliam abrir capital e criar joint venture para superar crise

O plano de reestruturação dos Correios, aprovado pela diretoria nesta semana, amplia as mudanças previstas para a estatal. Além do fechamento de agências, do programa de demissão voluntária e da revisão dos planos de saúde, a empresa avalia medidas estruturais consideradas essenciais para garantir a sobrevivência financeira.

Entre as alternativas estudadas está a abertura de capital com venda de ações na Bolsa, mantendo o controle da União. Outra possibilidade é a criação de uma joint venture, que reuniria setores estratégicos dos Correios com empresas privadas para captar investimentos. A definição das medidas ocorrerá após a contratação de uma consultoria especializada em mercado financeiro, responsável por indicar o modelo mais vantajoso.

De acordo com integrantes da nova direção, a única condição inegociável é que os serviços postais permaneçam sob responsabilidade da estatal, independentemente do formato societário adotado. Em nota divulgada nesta sexta-feira (21), os Correios informaram que fusões, aquisições e reorganizações societárias estão sendo analisadas com foco em aumentar a competitividade no médio e longo prazo.

Correios avaliam abrir capital e criar joint venture
Correios avaliam abrir capital e criar joint venture

O plano também prevê a contratação de uma operação de crédito de até R$ 20 bilhões até o fim de novembro. O recurso é considerado essencial para reduzir o déficit a partir de 2026 e retomar a lucratividade em 2027. A situação financeira é crítica: apenas no primeiro semestre de 2025, os Correios registraram prejuízo de R$ 4,36 bilhões.

As medidas fazem parte de uma estratégia para enfrentar a queda na receita e o aumento dos custos operacionais. A abertura de capital e a formação de parcerias com empresas privadas são vistas como alternativas para garantir investimentos e modernizar a estrutura da estatal, sem comprometer a prestação dos serviços postais.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração / Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Governo federal destina R$ 71,7 milhões para contratação de cabines em navios na COP30

Governo federal destina R$ 71,7 milhões para contratação de cabines em navios na COP30

Contratação inclui 450 cabines exigidas pela UNFCCC e outras 400 para a delegação brasileira

O governo federal investiu R$ 71,7 milhões na contratação de 850 cabines em navios de cruzeiro utilizados como hospedagem durante a COP30, realizada em Belém (PA). A medida atende às exigências logísticas da conferência e cumpre o acordo firmado com a UNFCCC, que previa a disponibilização mínima de 450 cabines para delegações de países pobres. Essa primeira cota obrigatória representa um custo de R$ 26,3 milhões.

Além das cabines estabelecidas no acordo internacional, o governo adquiriu outras 400 unidades adicionais, destinadas à delegação brasileira, em contratação avaliada em R$ 45,4 milhões. Os valores foram informados pela Secretaria Extraordinária da COP30 (Secop30), que esclareceu que o total investido ainda pode sofrer alteração, já que o evento segue até 21 de novembro. Os pagamentos serão efetuados apenas após a conferência, considerando a quantidade de cabines que não forem comercializadas no período.

A operação de hospedagem flutuante é resultado de contratação realizada pela Embratur, que selecionou a operadora Qualitours. A empresa é responsável por disponibilizar os navios MSC Seaview e Costa Diadema, atracados no Terminal Portuário de Outeiro, em Belém. As embarcações foram mobilizadas para suprir o déficit de leitos na cidade durante a realização da cúpula climática.

Belém, segundo dados do governo, teria necessidade de mais que dobrar sua capacidade hoteleira para abrigar o público estimado de 60 mil pessoas ao longo do evento. A utilização de navios como hospedagem temporária foi adotada como alternativa para evitar a sobrecarga da rede hoteleira local e garantir estrutura adequada para delegações, equipes técnicas e outras representações participantes.

A proposta de uso de cruzeiros também se insere no planejamento logístico da COP30, que exige suporte amplo para acomodação de chefes de Estado, diplomatas, especialistas, representantes de organizações internacionais e demais participantes. Os navios disponibilizados contam com estrutura completa para hospedagem, alimentação e serviços operacionais compatíveis com as necessidades da conferência.

A Secop30 reiterou que a contratação segue condicionada à demanda e que os valores definitivos serão conhecidos somente após o encerramento do evento. A Qualitours foi procurada pela imprensa, mas não comentou sobre os custos vinculados à operação.

Foto: Ricardo Stuckert / PR

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Feriadão movimenta hotéis, comércio e serviços no RN

Feriadão movimenta hotéis, comércio e serviços no RN

Setor hoteleiro projeta alta ocupação e comércio ajusta horários durante o feriadão no estado

Turismo do RN projeta alta ocupação durante o feriado de 20 e 21 de novembro

O setor hoteleiro do Rio Grande do Norte prevê intensa movimentação no feriado prolongado de 20 e 21 de novembro. De acordo com levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no RN (ABIH-RN), a taxa de ocupação no estado deve variar entre 85% e 90% nas duas datas. Em Natal, a estimativa alcança 95%, impulsionada pelo feriado municipal do dia 21.

A projeção é baseada na procura antecipada por hospedagem e no histórico de fluxo turístico em feriados prolongados. Hotéis e pousadas se organizaram para atender o aumento da demanda, considerando que o período representa oportunidade relevante para o setor. A entidade, que reúne empresas de hospedagem e atua no fortalecimento do turismo e na representação institucional da categoria, aponta que o movimento contribui para resultados positivos mesmo em cenário de desafios econômicos.

A expectativa é que os principais destinos do estado registrem impacto direto na ocupação e no comércio local devido ao aumento de visitantes. Cidades como Natal e Mossoró devem concentrar parte significativa desse fluxo.

Comércio de Natal terá horários diferenciados no feriado

Com os feriados do Dia da Consciência Negra (20) e de Nossa Senhora da Apresentação (21), o comércio e os serviços em Natal funcionarão com horários alterados, conforme informações da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Natal) e entidades representativas dos comerciantes.

A Associação dos Empresários do Bairro do Alecrim (AEBA) informa que o comércio da região funcionará normalmente no dia 20, das 8h às 18h. No dia 21, algumas lojas abrirão das 8h às 15h. O camelódromo e os vendedores ambulantes manterão o horário das 7h às 15h nos dois dias. A entidade avalia que o período coincide com o início das ações promocionais da Black Friday, o que deve estimular a movimentação. Neste ano, mais estabelecimentos optaram por abrir as portas durante o feriado.

No Centro da Cidade, a abertura será facultativa. Parte das lojas deve funcionar das 8h às 12h nos dias 20 e 21. Segundo representantes do setor, a adesão de comerciantes na região é considerada menor em comparação a outras datas, refletindo dificuldades operacionais e de atratividade relatadas pelos lojistas.

Na Zona Norte de Natal, o comércio abrirá das 8h às 13h em ambos os dias do feriado.

Shoppings centers definem horários especiais

Os principais shoppings de Natal e região metropolitana também terão horários especiais nos dias 20 e 21 de novembro:

  • Praia Shopping: praça de alimentação das 11h às 21h; lojas das 14h às 20h.
  • Cidade Jardim: alimentação das 12h às 22h; lojas e quiosques das 14h às 20h.
  • Partage Norte Shopping: lojas e quiosques das 15h às 21h; megalojas e âncoras com abertura facultativa das 11h às 15h e funcionamento obrigatório das 15h às 21h; alimentação das 11h às 22h; Carrefour das 7h às 21h.
  • Natal Shopping: alimentação e lazer das 11h às 22h; quiosques de alimentação das 13h às 21h; lojas das 15h às 21h; megalojas e âncoras das 12h às 21h; Alpendre das 14h às 23h; academia das 8h às 15h.
  • Via Direta: das 14h às 21h nos dois dias.
  • Midway Mall: alimentação e lazer das 11h às 22h; lojas das 12h às 21h.

Shopping Cidade Verde (Nova Parnamirim):

Dia 20: alimentação e lazer das 12h às 22h; lojas das 15h às 20h.
Dia 21: funcionamento das 9h às 20h.

Shopping 10:

Dia 20: das 8h às 18h;
Dia 21: das 8h às 15h; estacionamento gratuito para clientes.

Os supermercados da cidade funcionarão normalmente, das 7h às 21h nos dois dias.

Programação da Festa de Nossa Senhora da Apresentação segue até 21 de novembro

A programação da Festa de Nossa Senhora da Apresentação, padroeira de Natal, continua até o dia 21 de novembro com atividades religiosas que mobilizam fiéis na cidade.

A tradicional Vigília da Apresentação terá início à meia-noite na Pedra do Rosário, conduzida por membros de comunidade religiosa. A celebração segue até às 5h, quando ocorre a primeira missa do dia. Antes disso, às 3h30, será realizada a procissão fluvial, com saída do Iate Clube em direção à Pedra do Rosário.

Ao longo do dia, outras celebrações estão previstas, conduzidas por representantes da Igreja Católica, como parte da programação anual dedicada à padroeira.

Foto: Divulgação/Governo do RN

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Pão de açúcar tem desconto de 50% em seleção de cervejas especiais

Pão de açúcar tem desconto de 50% em seleção de cervejas especiais

O Pão de Açúcar aposta em ofertas ao longo do mês de novembro, disponíveis nas lojas físicas e pelo e-commerce da rede

O Pão de Açúcar dá continuidade a uma das ações mais esperadas do ano: o “Esquenta Black”. Durante todo o mês de novembro, a rede preparou uma seleção especial de ofertas em diversas categorias, e chegou a vez dos apreciadores de cervejas especiais e destilados aproveitarem grandes descontos.

De 19 a 23 de novembro, os consumidores poderão encontrar cervejas especiais com 50% de desconto e destilados com até 45% off nas lojas físicas do Pão de Açúcar. Pagando com o cartão Pão de Açúcar, os clientes garantem, ainda, +20% de desconto nas cervejas especiais. As ofertas são exclusivas para os clientes cadastrados no programa de fidelidade Pão de Açúcar Mais – basta baixar o aplicativo gratuitamente na App Store ou Google Play e realizar o cadastro.

O Pão de Açúcar aposta em ofertas ao longo do mês de novembro, disponíveis nas lojas físicas e pelo e-commerce da rede:
www.paodeacucar.com. Os clientes cadastrados no aplicativo Pão de Açúcar Mais ainda contam com descontos personalizados e poderão realizar suas compras também pelo app.

Confira algumas das ofertas em cervejas especiais e destilados válidas para o Rio Grande do Norte:

Cervejas especiais

  • Cerveja Lagunitas IPA lata 350ml: de R$ 8,98 por R$ 4,49
  • Cerveja Baden Baden Cristal lata 350ml: de R$ 6,38 por R$ 3,19
  • Cerveja Baden Baden IPA lata sleek 350ml: de R$ 6,78 por R$ 3,39
  • Cerveja Blue Moon lata sleek 350ml: de R$ 8,58 por R$ 4,29

Destilados e bebidas

  • Smirnoff Ice red garrafa 275ml: de R$ 8,99 por R$ 7,99
  • Aperitivo Campari bitter garrafa 748ml: de R$ 57,90 por R$ 54,99
  • Vodka Smirnoff garrafa 998ml: de R$ 45,99 por R$ 36,99
  • Gin inglês Tanqueray 750ml: de R$ 129,90 por R$ 119,89
  • Whisky escocês Johnnie Walker Black Label 750ml: de R$ 181,80 por R$ 99,99

Foto: Divulgação

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Praia Shopping oferece programação especial de lazer para o feriadão em Natal

Praia Shopping oferece programação especial de lazer para o feriadão em Natal

No feriado prolongado, o Papai Noel estará disponível para fotos no mall, das 14h às 16h30 e das 17h30 às 20h, em todos os dias, incluindo sábado e domingo

O Praia Shopping preparou uma programação diversificada para receber o público durante o feriadão de 20 e 21 de novembro, com opções de lazer para crianças, famílias e para quem busca atividades ao ar livre. Entre atrações temáticas de Natal, treinos esportivos e espetáculo infantil, o empreendimento se consolida como um dos principais polos de entretenimento da Zona Sul.

No feriado prolongado, o Papai Noel estará disponível para fotos no mall, das 14h às 16h30 e das 17h30 às 20h, em todos os dias, incluindo sábado e domingo. A ação integra a temporada de Natal do Praia Shopping, que este ano aposta em uma ambientação lúdica e interativa voltada para toda a família com o tema “Natal no encanto do mar”.

No sábado (22), a partir das 4h da manhã, o empreendimento recebe mais uma edição do Treinão das Assessorias de Corrida, reunindo cerca de 500 atletas de aproximadamente 15 assessorias esportivas. O encontro terá apoio do Leve Estacionamento e contará com um aulão especial de dança da academia Selfit, aberto ao público.

A programação infantil também ganha destaque no domingo(23), com o Show de Natal com Baby Shark. A partir das 16h30, recreadores animam o público, seguido do espetáculo às 17h, no palco montado no shopping. A apresentação promete atrair famílias em busca de diversão gratuita e temática para as crianças.

O Praia Shopping também anuncia que, no final de semana seguinte, participa do projeto #MoviecomTodos, iniciativa da Moviecom que oferece sessões de cinema adaptadas para pessoas com TEA, outras deficiências ou questões sensoriais. Com som reduzido, luzes parcialmente acesas e ambiente acolhedor, as sessões acontecem nos dias 29 e 30 de novembro, em diversas localidades da rede.

SERVIÇO – PROGRAMAÇÃO DO FERIADÃO NO PRAIA SHOPPING

Papai Noel no Praia Shopping
Dias 20, 21, 22 e 23 de novembro
14h às 16h30 e 17h30 às 20h
Gratuito

Treinão das Assessorias de Corrida
Sábado, 22/11
4h às 7h30
Com apoio do Leve Estacionamento e Aulão de Dança Selfit

Show de Natal com Baby Shark
Domingo, 23/11
Recreação às 16h30 | Espetáculo às 17h
Gratuito

Sessões #MoviecomTodos (próximo fim de semana)
29 e 30 de novembro
Cinema adaptado (som baixo, luzes acesas, ambiente acolhedor)
Informações: moviecom.com.br/moviecomtodos

Foto: Arquivo

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Cashback tributário deve elevar em 7,8% a renda dos mais pobres no Nordeste, diz FGV

Cashback tributário deve elevar em 7,8% a renda dos mais pobres no Nordeste, diz FGV

Dispositivo é uma das novidades trazidas pela Reforma Tributária e deve beneficiar mais de 73 milhões de brasileiros, segundo Ministério da Fazenda; contador detalha medida

Cashback tributário deve elevar em 7,8% a renda dos mais pobres no Nordeste, diz FGV

A devolução de impostos criada pela Reforma Tributária, conhecida como cashback, deve elevar em até 7,8% a renda das famílias de baixa renda no Nordeste, segundo estudo do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia). O mecanismo, que começará a valer em 2027, prevê o reembolso automático de parte dos tributos pagos por famílias inscritas no CadÚnico que possuem renda per capita de até meio salário mínimo.

De acordo com o levantamento, o aumento médio no Brasil será de 10%, o equivalente a R$ 46,50 por mês, mas o impacto varia conforme o consumo e o nível de informalidade de cada região. O Centro-Oeste deve registrar o maior ganho proporcional, com estimativa de 12%. No Nordeste, onde há menor registro de compras formais, o aumento projetado é de 7,8%. Norte (8,3%), Sul (10,1%) e Sudeste (11%) completam o cenário.

A devolução vai abranger os dois tributos criados pela Reforma (CBS e IBS), cobrados sobre despesas como energia elétrica, água, gás, telecomunicações e outros itens de consumo básico. Produtos sujeitos ao imposto seletivo, como bebidas alcoólicas e cigarros, ficam fora da regra. As normas constam na Emenda Constitucional nº 132/2023 e foram detalhadas pela Lei Complementar nº 214/2025.

Segundo o contador Gustavo Vieira, diretor da Rui Cadete Consultores Associados, o objetivo principal é reduzir a regressividade dos tributos sobre consumo, que hoje pesam proporcionalmente mais no orçamento das famílias de baixa renda. “O cashback vem exatamente para ajudar a diminuir esse desequilíbrio e oferecer um alívio fiscal para quem mais sente o peso dos tributos”, destaca.

Ele explica que, além do impacto econômico, o mecanismo pode estimular mudanças no comportamento dos consumidores. “Quando o benefício depende da emissão de nota fiscal, como já ocorre em programas como o Nota Potiguar, por exemplo, as pessoas tendem a exigir mais formalidade do comércio e dos prestadores de serviço. Isso contribui para fortalecer a cultura de conformidade tributária em toda a cadeia de consumo”, afirma.

Mudança exige adaptação de empresas e governos

O cashback é considerado uma das principais ferramentas de justiça tributária a partir do projeto da Reforma Tributária, regulamentada nesse ano. A medida, no entanto, ainda depende de definições técnicas, especialmente sobre a integração entre sistemas federais, estaduais e municipais. A devolução deve ocorrer de forma automática, vinculada ao CPF e ao registro no CadÚnico, em prazos de até 25 dias após a compra ou o pagamento de serviços domiciliares.

Para o diretor da Rui Cadete, o período até a implementação definitiva deve ser de preparação. “Empresas e profissionais da área contábil precisam revisar processos, ajustar sistemas e garantir o tratamento correto da CBS e do IBS. A mudança não é apenas tecnológica, mas também de mentalidade. O cashback inaugura uma lógica em que rastreabilidade, transparência e precisão ganham ainda mais importância”, enfatiza Gustavo.

A expectativa do Ministério da Fazenda é de que cerca de 28,8 milhões de famílias (aproximadamente 73 milhões de pessoas) tenham direito ao benefício.

Fotos: Divulgação

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Pesquisa aponta retomada de lançamentos e estabilidade nos preços da construção civil em Natal e região metropolitana, mas setor mantém cautela

Pesquisa aponta retomada de lançamentos e estabilidade nos preços da construção civil em Natal e região metropolitana, mas setor mantém cautela

Levantamento da Brain traz dados do terceiro trimestre de 2025

Pesquisa aponta retomada de lançamentos e estabilidade nos preços da construção civil em Natal e região metropolitana, mas setor mantém cautela

O mercado da construção civil em Natal e na região metropolitana apresentou sinais claros de recuperação no terceiro trimestre de 2025, com crescimento expressivo nos lançamentos e estabilidade nos preços dos imóveis. É o que revela o Panorama do Mercado Imobiliário – 3º Trimestre de 2025, estudo elaborado pela Brain Inteligência Estratégica, encomendado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do RN (Sinduscon/RN) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do RN (Sebrae/RN).

De acordo com o levantamento, os lançamentos verticais em Natal aumentaram 204% em número de unidades lançadas, movimentando um volume geral de vendas (VGV) de R$ 109 milhões — 72% a mais do que no mesmo período de 2024. Já na região metropolitana, o cenário foi de retração pontual, com ausência de novos lançamentos no trimestre, reflexo da concentração de investimentos na capital potiguar.

O estudo também aponta forte avanço nas vendas verticais da capital, com crescimento de 255% no número de unidades vendidas em relação ao terceiro trimestre do ano passado. O VGV vendido em Natal chegou a R$ 238 milhões, alta de 147% na comparação anual.
Na Região Metropolitana, o volume de vendas recuou 76%, após um ciclo anterior de alta impulsionado por grandes empreendimentos, como o Mirante Green Park, em São Gonçalo do Amarante.

A oferta total de imóveis verticais cresceu 11% em Natal, enquanto na RM houve queda de 45%. O padrão econômico segue predominante, representando 37,7% da oferta total, e os apartamentos de dois dormitórios continuam sendo o produto mais buscado, respondendo por 66% das unidades disponíveis. O preço médio do metro quadrado na capital foi de R$ 8.407, com leve variação positiva de 0,2% frente ao trimestre anterior e de 7% no acumulado do ano — um indicativo de estabilidade.

Segundo Marcelo Toscano, diretor de operações do Sebrae/RN, os números reforçam a importância da construção civil para a economia potiguar. “O setor da construção tem papel fundamental no desenvolvimento econômico do estado, movimentando uma ampla cadeia de fornecedores, prestadores de serviço e profissionais autônomos. O desempenho de Natal mostra que há espaço para o crescimento sustentável, com foco em inovação, qualificação e novos modelos de negócio”, ressalta.

Toscano também destacou que a parceria entre o Sebrae e o Sinduscon/RN tem sido essencial para ampliar a competitividade das empresas locais.

“Temos trabalhado juntos para fortalecer o setor, especialmente as pequenas e médias construtoras, que são responsáveis por boa parte da geração de empregos e renda. O cenário é favorável, e o desafio agora é manter esse ritmo de crescimento com planejamento e eficiência”, completa.

Juros altos e incertezas fiscais

Embora os indicadores mostrem sinais de recuperação após períodos de retração — com crescimento nas vendas de imóveis verticais em relação ao trimestre anterior, manutenção dos níveis de oferta e variação positiva nos preços médios por metro quadrado —, o Sinduscon/RN reforça que o cenário ainda inspira cautela.

“Apesar de resultados que podem animar à primeira vista, nós seguimos preocupados com o cenário macroeconômico. A taxa de juros segue muito elevada, e isso afeta diretamente a demanda — o comprador pensa duas vezes antes de assumir um financiamento de longo prazo. Já para o investidor, o movimento é oposto: com a renda fixa rendendo cerca de 15% ao ano, ele prefere aplicar seu capital no mercado financeiro, enquanto o imóvel em construção sofre correção anual de apenas 6% a 7% pelo INCC. Na prática, isso leva as construtoras a subsidiar parte dos juros na fase de obra para manter o ritmo de vendas e preservar a atividade. É um esforço do setor privado para sustentar empregos e investimentos mesmo diante de um ambiente ainda desafiador”, explicou o presidente do Sinduscon/RN, Sérgio Azevedo.

Azevedo também manifestou preocupação com o equilíbrio fiscal do Rio Grande do Norte, destacando que a deterioração das contas públicas pode atingir diretamente o mercado local.

“Qualquer sinal de instabilidade nas finanças do Estado — como atrasos no pagamento de salários e fornecedores — repercute imediatamente sobre o comércio, o consumo e a confiança do investidor. Isso enfraquece o mercado local e cria um efeito em cadeia sobre todos os setores produtivos”, alertou.

O estudo mostra que a oferta final de unidades verticais permaneceu relativamente estável, enquanto o preço médio do metro quadrado residencial em Natal acumulou alta de 7% nos últimos doze meses. Os imóveis de padrão médio seguem liderando o volume de lançamentos e vendas, enquanto o segmento econômico, especialmente o MCMV, ainda enfrenta limitações de renda e custos elevados de produção.

Mesmo diante das dificuldades, o Sinduscon/RN reforça que a construção civil continua sendo um dos pilares da economia potiguar, responsável por milhares de empregos diretos e indiretos e por manter investimentos em um cenário nacional marcado pela incerteza.

“O nosso papel é manter o otimismo com responsabilidade. A construção civil tem mostrado resiliência e segue apostando no Rio Grande do Norte, mas é fundamental que o ambiente institucional e econômico seja mais previsível — com juros menores e estabilidade fiscal — para que o mercado volte a crescer de forma sustentável”, concluiu o presidente.

Fotos: Divulgação

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Pix completa cinco anos e se aproxima de movimentar R$ 30 trilhões por ano

Pix completa cinco anos e se aproxima de movimentar R$ 30 trilhões por ano

Sistema criado pelo Banco Central já é usado por 170 milhões de brasileiros e 20 milhões de empresas.

Pix completa cinco anos e se aproxima de movimentar R$ 30 trilhões por ano

O Pix, sistema de pagamentos instantâneos desenvolvido pelo Banco Central, completa cinco anos neste domingo (16) consolidado como o principal meio de pagamento do Brasil. Desde seu lançamento oficial em novembro de 2020, a ferramenta transformou a forma como pessoas e empresas realizam transações financeiras.

De acordo com dados do Banco Central, o Pix movimentou R$ 26,4 trilhões em 2024, valor equivalente a quase duas vezes o Produto Interno Bruto (PIB) do país. Até outubro deste ano, as transações já somavam R$ 28 trilhões, indicando que o sistema pode ultrapassar a marca de R$ 30 trilhões até o fim do ano.

Crescimento e inclusão financeira

O diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, Renato Gomes, destacou em transmissão online que o Pix contribuiu para ampliar a inclusão bancária no país. Segundo ele, a plataforma reduziu custos de distribuição de dinheiro e aumentou a concorrência no setor de pagamentos, o que resultou em queda de tarifas.

Atualmente, cerca de 170 milhões de adultos e mais de 20 milhões de empresas utilizam o Pix para realizar transferências, pagamentos e cobranças. O sistema, inicialmente criado para transações entre pessoas físicas, evoluiu e incorporou novas funcionalidades, como o Pix Cobrança, que substitui boletos, e o Pix Automático, semelhante ao débito automático.

Pix completa cinco anos
Pix completa cinco anos

Como surgiu o Pix

As discussões para criação do Pix começaram oficialmente em 2016. Em 2018, o Banco Central definiu os requisitos fundamentais da ferramenta. No ano seguinte, a instituição anunciou que assumiria a administração do sistema de pagamentos instantâneos e desenvolveu a base de dados.

O nome Pix foi apresentado em fevereiro de 2020. Em novembro do mesmo ano, o sistema entrou em fase de testes com uma parcela limitada de clientes e horários específicos. Duas semanas depois, em 16 de novembro, ocorreu o lançamento oficial, com funcionamento 24 horas por dia e acesso para todos os usuários que cadastraram chaves Pix.

Impacto internacional e investigação comercial

O Pix também foi alvo de questionamentos internacionais. Durante o governo Donald Trump, os Estados Unidos iniciaram uma investigação comercial alegando que o sistema brasileiro poderia prejudicar empresas financeiras americanas. Em resposta ao Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR), o Brasil afirmou que o Pix foi desenvolvido para garantir segurança ao sistema financeiro nacional, sem discriminar empresas estrangeiras.

Tecnologia nacional e futuro do sistema

Criado por servidores públicos brasileiros, o Pix se tornou referência mundial em pagamentos instantâneos. A ferramenta é considerada um marco na modernização do sistema financeiro e continua recebendo atualizações para ampliar funcionalidades e segurança.

Com cinco anos de operação, o Pix não apenas consolidou sua posição como principal meio de pagamento no país, mas também impulsionou a digitalização das transações financeiras, oferecendo praticidade e reduzindo custos para consumidores e empresas.

Foto: Bruno Peres/Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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Governo do RN suspende antecipação do ICMS para empresas do Proedi

Governo do RN suspende antecipação do ICMS para empresas do Proedi

Decisão foi anunciada em reunião com a FIERN em Natal; Suspensão vale para dezembro e janeiro e abre espaço para novas negociações

O secretário da Fazenda do Rio Grande do Norte, Carlos Eduardo Xavier, confirmou, nesta sexta-feira (14), em reunião com a Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), a suspensão da antecipação do pagamento do ICMS pelas empresas participantes do Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial (Proedi) nos meses de dezembro e janeiro. A suspensão será utilizada como período de negociação para possíveis condições de antecipações nos meses posteriores.

A reunião ocorreu na Casa da Indústria, em Natal, e contou com a presença de diretores da FIERN, lideranças industriais e presidentes de sindicatos. O tema central foi a antecipação do pagamento de 50% do ICMS para empresas integrantes do Proedi. A discussão teve início a partir da intenção do Governo do Estado de tornar permanente a cobrança antecipada do imposto mês a mês, iniciativa que já havia sido aplicada em outubro e estava prevista para novembro, gerando reação das entidades industriais.

Durante o encontro, a equipe econômica apresentou o contexto administrativo que levou à medida de antecipação, incluindo elementos relacionados à situação fiscal estadual. Entre os pontos expostos, foram mencionados os compromissos financeiros acumulados, como parcelas do 13º salário de 2024 pagas no início de 2025, recomposições salariais de diversas categorias, acordos firmados com servidores e a vigência da alíquota de 20% do ICMS, que passou a valer em abril. Segundo a apresentação técnica, esses fatores influenciaram a necessidade de incremento de receita nos meses finais do ano.

A FIERN destacou a importância do Proedi para a competitividade das empresas e para o ambiente de investimentos industriais no estado. As lideranças industriais enfatizaram que mudanças nas regras do programa afetam o planejamento interno das empresas e o fluxo de caixa do setor produtivo, especialmente diante de custos adicionais e ajustes inesperados ao longo do ano. Também foram apontadas preocupações relativas aos impactos de uma eventual continuidade da antecipação do ICMS e aos desafios enfrentados pelas empresas industriais para honrar compromissos, incluindo despesas típicas do último trimestre.

Além disso, representantes dos sindicatos industriais relataram que as empresas enfrentam dificuldades decorrentes de elementos externos ao setor, como aumento de custos e competição com produtos importados, fatores que influenciaram o desempenho da produção. As entidades citaram ainda os compromissos financeiros de fim de ano, ressaltando que alterações tributárias sem planejamento prévio podem criar impactos adicionais para o setor.

Outro ponto abordado pelas lideranças industriais foi a necessidade de que medidas relacionadas ao equilíbrio fiscal do estado incluam análises mais amplas sobre despesas e receitas. Representantes de diferentes segmentos do setor produtivo defenderam que a busca por soluções deve considerar contribuições de diversas áreas econômicas e órgãos públicos, de forma a evitar que a responsabilidade pelo ajuste se concentre apenas nas indústrias.

Durante a reunião, também foi discutida a necessidade de contrapartidas por parte do Estado que possam contribuir para melhorar o ambiente de negócios. Entre as sugestões apresentadas, foi citada a atualização da legislação ambiental com o objetivo de acelerar processos de licenciamento, iniciativa apontada como possível fator de impacto positivo na arrecadação estadual.

Com a suspensão da antecipação do ICMS para dezembro e janeiro, o Governo do Estado e a FIERN iniciarão tratativas sobre condições futuras para o recolhimento antecipado, considerando os cenários fiscal e produtivo dos próximos meses. As discussões deverão ser retomadas após o período de suspensão, com participação das entidades industriais e da equipe econômica do Estado.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração / Raiane Miranda/Governo do RN

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Retirada de tarifa pelos EUA aumenta pressão por fim da sobretaxa de 40% ao Brasil

Retirada de tarifa pelos EUA aumenta pressão por fim da sobretaxa de 40% ao Brasil

CNI e Cecafé apontam que redução favorece concorrentes enquanto Brasil segue sujeito ao adicional de 40%

A retirada das tarifas recíprocas de 10% pelos Estados Unidos para 238 produtos agrícolas aumentou a pressão para que o Brasil avance nas negociações destinadas a eliminar a sobretaxa adicional de 40% aplicada exclusivamente ao país. A medida norte-americana altera parte das condições de acesso ao mercado para diferentes setores exportadores brasileiros e repercute entre entidades da indústria e do agronegócio.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) avaliaram que a suspensão da tarifa de 10% amplia a competitividade de países concorrentes do Brasil, especialmente no mercado norte-americano, que é um dos principais destinos das exportações industriais nacionais.

Em nota divulgada neste sábado (15.nov.2025), o presidente da CNI, Ricardo Alban, afirmou que a manutenção da tarifa adicional de 40% reduz a competitividade de produtos relevantes da pauta comercial brasileira, como carne bovina e café. Segundo a entidade, países que não estão sujeitos à sobretaxa passam a ter condições mais favoráveis para acessar o mercado dos Estados Unidos.

Análise preliminar da CNI indica que a retirada das tarifas de 10% beneficia 80 produtos brasileiros exportados em 2024, cujas vendas totalizaram US$ 4,6 bilhões, o equivalente a aproximadamente 11% das exportações para os Estados Unidos. Entre esses itens, apenas quatro ficam totalmente isentos de encargos: três categorias de suco de laranja e a castanha-do-pará. Os demais 76 produtos permanecem sujeitos à alíquota de 40%, entre eles café não torrado, carne bovina e cera de carnaúba.

O setor de café também demonstrou preocupação com o impacto da medida. Em nota, o Cecafé afirmou que o país segue submetido à tarifa base de 10% e ao adicional de 40% previsto no Artigo 301. A entidade informou que ainda analisa se o novo ato norte-americano altera uma ou ambas as cobranças.

Segundo avaliação do diretor-geral do Cecafé, Marcos Matos, o anúncio favoreceu concorrentes internacionais do Brasil. O café brasileiro estava sendo taxado em 50% nos Estados Unidos. Com a decisão, a tarifa aplicada ao produto brasileiro caiu para 40%. No entanto, concorrentes diretos, como Colômbia e Vietnã, tiveram a tarifa reduzida a zero.

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) manifestou posição distinta. Em comunicado, a entidade classificou a redução tarifária sobre a carne bovina brasileira como um movimento que fortalece o diálogo técnico entre os dois países e contribui para a previsibilidade do setor. A entidade observou que os Estados Unidos são o segundo maior mercado para a carne bovina do Brasil.

A Abiec afirmou ainda que a decisão abre espaço para retomada mais equilibrada e estável das exportações e que continuará atuando junto às autoridades brasileiras e norte-americanas para ampliar oportunidades comerciais. A entidade destacou que o setor pretende avançar em ações que consolidem o Brasil como fornecedor competitivo no mercado internacional.

Mesmo com os efeitos parciais da suspensão tarifária, a CNI reiterou que o ponto central permanece inalterado: a ordem executiva que mantém o adicional de 40% específico ao Brasil não foi modificada. Para a entidade, o governo brasileiro precisa intensificar negociações com os Estados Unidos para restabelecer condições equitativas de comércio e evitar perda de participação no mercado para outros fornecedores internacionais.

Foto: José Paulo Lacerda/CNI / Wenderson Araújo/Trilux/CNA

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Informalidade no RN supera 585 mil trabalhadores

Informalidade no RN supera 585 mil trabalhadores

IBGE aponta crescimento de 2,5% no número de trabalhadores informais entre julho e setembro

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que mais de 585 mil pessoas estavam trabalhando em situação informal no Rio Grande do Norte no terceiro trimestre de 2025. O levantamento considera o período entre julho e setembro.

Segundo os dados, houve aumento de 2,5% em relação ao trimestre imediatamente anterior, quando 561 mil pessoas de 14 anos ou mais estavam ocupadas em condições de informalidade. A taxa de informalidade no estado chegou a 42%, acima dos 39,5% verificados no trimestre anterior.

A pesquisa define informalidade como a condição de trabalho sem proteção legal, contemplando empregados sem carteira assinada, trabalhadores por conta própria sem inscrição no CNPJ, empregadores informais e pessoas que atuam em atividades familiares sem remuneração. Os números detalhados mostram:

  • 204 mil trabalhadores atuavam no setor privado sem carteira assinada;
  • 55 mil eram trabalhadores domésticos sem carteira assinada;
  • 314 mil eram trabalhadores autônomos sem CNPJ;
  • 7 mil eram empregadores sem CNPJ.

Trabalhadores informais não acessam benefícios específicos concedidos aos trabalhadores com carteira assinada, como 13º salário, FGTS, férias remuneradas, auxílio-doença e aposentadoria. O advogado trabalhista Rodrigo Menezes explicou que, na ausência de proteção previdenciária, trabalhadores podem enfrentar dificuldades em caso de acidente ou afastamento e, sem contribuições regulares, podem não preencher requisitos para aposentadoria ou pensão por morte.

Estabilidade na taxa de desocupação

A taxa de desocupação no Rio Grande do Norte permaneceu em 7,5% no terceiro trimestre de 2025. O percentual é o mesmo registrado entre abril e junho, período em que o indicador atingiu o menor nível da série histórica iniciada em 2012. Na comparação com o mesmo trimestre de 2024, houve queda de 1,4 ponto percentual.

O levantamento mostra que o nível de ocupação do estado ficou em 48,6% no terceiro trimestre, representando variação negativa de 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. A taxa de participação na força de trabalho também apresentou redução, passando para 52,5%, queda de 0,8 ponto percentual.

De acordo com o chefe da Seção de Disseminação de Informações do IBGE no RN, Damião Ernane de Souza, a estabilidade da taxa de desocupação pode ocorrer mesmo com queda no nível de ocupação e na taxa de participação. Ele explicou que, pela metodologia da Pnad Contínua, só é considerado desocupado quem está procurando emprego. Quando indivíduos deixam de buscar trabalho, por desânimo ou outros motivos, deixam de integrar a força de trabalho, o que reduz a taxa de participação e o nível de ocupação, sem alterar a taxa de desocupação.

O estado registrou 1,395 milhão de pessoas ocupadas e 113 mil pessoas desocupadas no trimestre encerrado em setembro. No trimestre anterior, os números eram de 1,423 milhão de ocupados e 115 mil desocupados. A população fora da força de trabalho alcançou 1,365 milhão de pessoas no período analisado.

Rendimento médio

O rendimento médio mensal real habitual dos trabalhadores ocupados no Rio Grande do Norte ficou em R$ 2.817 no terceiro trimestre de 2025. O valor representa variação de -2,8% em relação ao trimestre encerrado em junho, quando o rendimento era de R$ 2.897, segundo os cálculos do IBGE.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Trump reduz tarifas, mas mantém sobretaxa de 40% ao Brasil

Trump reduz tarifas, mas mantém sobretaxa de 40% ao Brasil

Decreto reduz tarifa de 10% aplicada ao Brasil, mas mantém sobretaxa de 40% sobre commodities

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (14) que não acredita serem necessárias novas reduções tarifárias. As declarações foram dadas a jornalistas a bordo do Air Force One, durante o deslocamento para Palm Beach, na Flórida. Segundo Trump, a administração americana continuará arrecadando valores significativos com as tarifas atualmente em vigor.

Sem apresentar detalhes adicionais, o presidente afirmou que a China deverá comprar grandes volumes de soja produzida nos Estados Unidos. Ele acrescentou que altos funcionários do governo americano conversaram com representantes chineses ao longo do dia. Em relação aos produtos isentos de tarifas, Trump declarou que não são competitivos no mercado interno e que, por esse motivo, não existe uma indústria doméstica a ser protegida. Segundo ele, o objetivo é reduzir ainda mais os preços desses itens.

Ao comentar a situação econômica interna, Trump citou índices de inflação e voltou a criticar o Obamacare. Ele afirmou que a administração está trabalhando para que cidadãos possam adquirir seus próprios planos de saúde, por meio de repasses diretos de recursos.

Fora do campo comercial, o presidente disse esperar que a Arábia Saudita assine os Acordos de Abraão, que tratam da normalização das relações entre Israel e países da região. Trump também afirmou que analisa um pedido saudita para aquisição de caças americanos. Sobre armas nucleares, declarou que os Estados Unidos, assim como outras nações, irão conduzir testes, justificando que já possuem esse tipo de armamento.

Trump afirmou ainda que pretende ingressar com uma ação judicial contra a BBC na próxima semana. Ele disse não ter conversado com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, sobre o assunto, mas que planeja ligar para o líder do Reino Unido durante o fim de semana.

Questionado sobre sua saúde, o presidente relatou ter feito um exame de ressonância magnética neste ano “por seu físico”. Ele disse que o resultado informado pelo médico foi satisfatório.

Paralelamente às declarações, um decreto assinado por Trump nesta sexta-feira (14) modificou parte das tarifas aplicadas ao Brasil. A medida derrubou apenas a tarifa recíproca de 10% que estava em vigor desde abril, mas manteve integralmente a sobretaxa de 40% criada em agosto em resposta ao julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal. O decreto tem efeito retroativo desde a madrugada de quinta-feira.

A sobretaxa havia sido elevada a 50% em agosto, quando Trump acusou o governo brasileiro de promover processo politicamente motivado contra Bolsonaro, conforme documento publicado em julho. Com o novo decreto, a taxa retorna ao patamar de 40%, mas ainda incide sobre setores estratégicos da economia brasileira, incluindo café, carne bovina e outras commodities. Itens como carnes, frutas, tubérculos, café, chá, cacau, produtos agrícolas e fertilizantes tiveram parte das tarifas reduzidas.

Segundo informações do governo americano, a decisão considerou negociações comerciais, demandas internas e a capacidade da indústria doméstica de suprir o mercado. Apesar da redução anunciada, diversos produtos brasileiros permanecem mais caros nos Estados Unidos devido ao conjunto de tarifas e à menor oferta interna americana.

A relação comercial entre Brasil e Estados Unidos continua marcada por tensões. A manutenção da tarifa adicional de 40% segue pressionando exportadores nacionais, mesmo após o recuo parcial sobre uma parcela das tarifas.

Foto: Ricardo Stuckert / PR / @SecRubio

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Oscar do Empreendedorismo Potiguar: confira os vencedores do Prêmio Líderes 2025

Oscar do Empreendedorismo Potiguar: confira os vencedores do Prêmio Líderes 2025

Promovido pelo LIDE Rio Grande do Norte, o prêmio é o maior reconhecimento empresarial do estado

Evento premiou as marcas e lideranças que se destacaram no desenvolvimento econômico do Rio Grande do Norte ao longo do ano
A edição 2025 do Prêmio Líderes Empresariais do Rio Grande do Norte consagrou, na noite desta quinta-feira (13), os grandes nomes do empreendedorismo potiguar em uma cerimônia de gala realizada no Olimpo Recepções, em Natal.

Conhecido como o “Oscar do Empreendedorismo Potiguar”, o evento reuniu autoridades, empresários e representantes de diversos setores para celebrar as empresas, marcas e líderes que mais se destacaram em inovação, resultados e liderança ao longo do ano.

Promovido pelo LIDE Rio Grande do Norte, o prêmio é o maior reconhecimento empresarial do estado, consolidando-se como um símbolo de valorização ao protagonismo potiguar e ao papel essencial dos empreendedores na transformação econômica e social do RN.

Em sua quinta edição, o Prêmio Líderes ultrapassou a marca de meio milhão de votos populares, em um processo auditado e transparente, que mobilizou a sociedade para reconhecer os destaques do mercado local em 30 categorias.

Há seis anos atuando no estado, o LIDE RN tem se consolidado como uma plataforma de conexão e fortalecimento do ecossistema empresarial, reunindo lideranças de diferentes segmentos em torno do propósito de impulsionar negócios e inspirar boas práticas de gestão.

“O Prêmio Líderes é mais do que uma celebração. É o reconhecimento público de quem acredita, investe e transforma o Rio Grande do Norte por meio dos negócios. Cada voto representa a força do nosso empresariado e a confiança em um futuro de desenvolvimento e oportunidades para o estado”, destacou Jean Valério, presidente do LIDE RN.

Confira os vencedores do Prêmio Líderes 2025

  • Agrobusiness: Aquacoco
  • Bares e Restaurantes: Camarões
  • Concessionárias: Mercedes-Benz STA Motors
  • Construbusiness: Ecomax
  • Consultbusiness: Gestus
  • Distribuidores: Riograndense
  • Educação: UNP
  • Energias: Neoenergia
  • Empresas Familiares: Nordestão
  • Hospital/Clínica: Hospital do Coração
  • Indústria: 3 Corações
  • Instituição Financeira: Banco do Nordeste
  • Laboratórios: DNA Center
  • Petróleo e Gás: Potigás
  • Práticas ESG: Natal Shopping
  • Saúde: Unimed
  • Serviços: Cril Soluções Ambientais
  • Serviços Jurídicos: MDR Advocacia
  • Tecnologia: Interjato
  • Telecomunicações: Brisanet
  • Terceirização de Mão de Obra: Proseg
  • Turismo e Viagens: Aerotur
  • Varejo: Rede Mais
  • Gestão Pública: Prefeitura de Natal
  • Empresa do Ano – Região Oeste: Supermercados Queiroz
  • Empresária do Ano: Rafaela Fontes (Rafaela Fontes Chocolateria)
  • Empresária do Ano – Região Oeste: Lucineide Queiroz (Supermercados Queiroz)
  • Empresário do Ano: Sérgio Azevedo (Dois.A)
  • Empresário do Ano – Região Oeste: Jair Queiroz (Supermercados Queiroz)

Com o encerramento de mais uma edição de sucesso, o Prêmio Líderes 2025 reforça o compromisso do LIDE RN em valorizar o talento, a inovação e o impacto social de quem faz a diferença no desenvolvimento do Rio Grande do Norte.

O Prêmio Líderes é organizado pelo LIDE RN e apresentado por: Royal Salute, Grupo Queiroz, Viver Saúde, Chivas Regal.

Patrocínio Master: MAXMEIO Tecnologia Digital.

Patrocínio: Hospital do Coração, Nordestão, UNP, Proseg, GAG Sta Motors.
Apoio de: Lapela, Adega Farret, OYO Solution, Acioly distribuidora, Santa Clara, Ecomax, Produtiva Jr., Rafaela Fontes, Priting Company, Acrilart, André Elali Advogados, Aquacoco, Topfood.
Mantenedor de gestão: Unimed Natal.

Fotos: Cléber Andrade/Divulgação

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Cosern passa a cobrar tarifa de distribuição e ICMS para quem gera energia solar e contas disparam

Cosern passa a cobrar tarifa de distribuição e ICMS para quem gera energia solar e contas disparam

Mudança sem aviso prévio surpreende consumidores; Procon investiga possível aumento abusivo

Cosern passa a cobrar tarifa de distribuição e ICMS para quem gera energia solar e contas disparam

A Neoenergia Cosern passou a cobrar tarifa de distribuição e ICMS nas contas de luz de consumidores que geram energia solar no Rio Grande do Norte. A mudança atinge clientes que instalaram seus sistemas após 7 de janeiro de 2023, conforme previsto na Lei Federal 14.300/2022 (Marco Legal da Micro e Minigeração Distribuída).

A inclusão dos valores sem aviso prévio fez as faturas dispararem em novembro, surpreendendo consumidores. Em alguns casos, clientes relataram que o valor da conta dobrou ou até triplicou. A concessionária justificou que as cobranças seguem normas legais, mas não explicou por que decidiu aplicar a mudança apenas agora e sem comunicação clara aos usuários.

Base legal e forma de cobrança

A Lei 14.300/2022 determina que consumidores que instalaram painéis solares após 7 de janeiro de 2023 devem pagar parte da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (Tusd), já que continuam utilizando a rede elétrica pública. Atualmente, a cobrança é de 45% da tarifa, percentual que aumentará gradualmente até 2028, quando chegará a 90%.

Além da tarifa, passou a ser cobrado ICMS sobre os encargos da distribuição. No Rio Grande do Norte, a isenção do imposto vale apenas para a energia compensada, não para os encargos. Como a tarifa começou a ser aplicada agora, o imposto também passou a incidir.

Crítica à falta de transparência

A Cosern afirmou que a mudança visa garantir “clareza na composição da fatura”, mas não comunicou previamente os consumidores sobre o impacto financeiro. A ausência de aviso gerou críticas e levantou questionamentos sobre a transparência da concessionária.

Especialistas apontam que, embora a cobrança esteja prevista em lei, a falta de comunicação adequada compromete a relação com os clientes e pode configurar prática abusiva, já que muitos consumidores não tiveram tempo para se preparar para o aumento.

Cosern passa a cobrar tarifa de distribuição e ICMS para quem gera energia solar
Cosern passa a cobrar tarifa de distribuição e ICMS para quem gera energia solar

Impacto nas contas e reação dos órgãos de defesa

O Procon-RN iniciou investigação para apurar possíveis aumentos abusivos. O órgão informou que notificará a Neoenergia e realizará reunião com a empresa no dia 17 de novembro. Até o momento, não foram registradas reclamações formais, mas medidas preventivas estão sendo adotadas.

A Associação Potiguar de Energias Renováveis (Aper) também acompanha o caso e busca garantir segurança jurídica para os consumidores que geram sua própria energia. A entidade afirma que está em contato com órgãos reguladores e legisladores para avaliar se os limites legais estão sendo respeitados.

Como funciona a compensação de energia

Nos sistemas de geração distribuída, a energia produzida pelas placas solares é enviada para a rede elétrica comum, que funciona como uma “bateria virtual”. O consumidor recebe créditos para compensar o consumo mensal, mas continua utilizando a infraestrutura da distribuidora, o que justifica a cobrança da tarifa de distribuição.

Até então, clientes com geração própria eram isentos dessa tarifa, mas a regra mudou com o Marco Legal da Microgeração. A cobrança será ampliada nos próximos anos, conforme cronograma definido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Foto: Marcos Santos/USP Imagens

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PIB do RN chega a R$ 101,7 bilhões e registra maior crescimento do Nordeste

PIB do RN chega a R$ 101,7 bilhões e registra maior crescimento do Nordeste

Estado teve alta de 4,2%, acima da média nacional; setor de serviços lidera participação na economia potiguar

PIB do RN chega a R$ 101,7 bilhões e registra maior crescimento do Nordeste

O Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Norte alcançou R$ 101,7 bilhões em 2023, registrando o maior crescimento entre os estados do Nordeste, segundo dados do Sistema de Contas Regionais divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O valor representa um aumento de 4,2% em relação aos R$ 93,8 bilhões de 2022.

O desempenho potiguar ficou acima da média nacional, que foi de 3,2% no período. No ranking nacional, o Rio Grande do Norte obteve a oitava maior taxa de crescimento do PIB entre os estados brasileiros.

PIB per capita e participação nacional

O PIB per capita do Rio Grande do Norte também se destacou, atingindo R$ 30.804,91, o maior da região Nordeste, superando a média regional de R$ 27.681,97. Em valores absolutos, o estado ocupa a quinta posição no Nordeste, atrás da Bahia, Pernambuco, Ceará e Maranhão, e à frente de Paraíba, Alagoas, Piauí e Sergipe.

No contexto nacional, o Rio Grande do Norte contribuiu com 0,9% para o PIB brasileiro, que totalizou R$ 10,943 trilhões em 2023.

PIB do RN chega a R$ 101,7 bilhões e registra maior crescimento do Nordeste
PIB do RN chega a R$ 101,7 bilhões e registra maior crescimento do Nordeste

Setores que mais contribuíram para o crescimento

Entre os três grandes grupos de atividades econômicas, os Serviços tiveram a maior participação no valor adicionado bruto do estado, com 72,4%. A Indústria representou 23,4% e a Agropecuária, 4,2%.

O estudo do IBGE apontou dois setores como principais motores do crescimento potiguar:

  • Indústrias de transformação, com alta de 23,1%;
  • Atividades de eletricidade e gás, que cresceram 11,9%.

Esses segmentos foram determinantes para o desempenho positivo da economia estadual.

Projeções para 2024

De acordo com estimativas apresentadas ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-RN), a tendência de crescimento deve se manter em 2024. A previsão é de que o PIB potiguar registre expansão de 6,6%, o que colocaria o estado entre os maiores crescimentos do país.

As projeções indicam variações positivas nos principais setores:

  • Indústria: 8,1%;
  • Agropecuária: 7,3%;
  • Serviços: 6,1%.

Caso confirmadas, essas taxas consolidarão o Rio Grande do Norte como um dos estados com melhor desempenho econômico no Brasil.

Foto: Divulgação/Assecom RN

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Com alta do óleo e do leite, cesta básica em Natal sobe 0,55% em outubro

Com alta do óleo e do leite, cesta básica em Natal sobe 0,55% em outubro

Levantamento do Idema aponta aumento puxado por óleo, leite e margarina; custo médio por pessoa chega a R$ 598,09

Com alta do óleo e do leite, cesta básica em Natal sobe 0,55% em outubro

A cesta básica em Natal registrou alta de 0,55% em outubro, segundo levantamento do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema). O aumento foi puxado principalmente pelo óleo, que apresentou a maior variação no mês, com elevação de 37,92%. Outros produtos também tiveram alta, como leite (12,7%), margarina (2,54%), carne bovina (2,2%), legumes (1,2%) e café (1,04%). Ao todo, seis dos 13 itens avaliados fecharam o mês com preços mais elevados.

Com as variações, o custo médio da alimentação por pessoa na capital potiguar chegou a R$ 598,09 em outubro. Para uma família de quatro pessoas, o valor da cesta básica alcançou R$ 2.392,36. Se somados gastos com vestuário, transporte e despesas pessoais, o dispêndio total seria de R$ 7.377,13.

Itens com variação negativa

Apesar das altas, sete dos 13 produtos pesquisados pelo Idema apresentaram redução nos preços em outubro. Entre eles estão arroz (-8,78%), farinha (-7,60%), frutas (-5,78%), pão (-2,75%), feijão (-2,14%), açúcar (-2,04%) e tubérculos (-1,78%).

Com alta do óleo e do leite, cesta básica em Natal sobe 0,55%
Com alta do óleo e do leite, cesta básica em Natal sobe 0,55%

Índice de Preços ao Consumidor

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculado pelo Idema por meio da Coordenadoria de Estudos Socioeconômicos (CES/Seplan), registrou em outubro variação positiva de 0,24% em relação ao mês anterior. No acumulado do ano, a variação é de 3,92%, considerando os últimos 12 meses.

O grupo Alimentação e Bebidas, que representa 32,43% do índice geral no orçamento familiar, apresentou variação negativa de -0,24% no mês. Os itens que mais contribuíram para essa queda foram enlatados (-4,99%), hortaliças (-3,90%), frutas (-3,48%), leites e derivados (-3,33%), óleos e gorduras (-2,37%) e alimentação fora do domicílio (-2,02%).

Já o grupo Transportes registrou alta de 1,55%, influenciada pelo aumento nos combustíveis (2,82%), veículo próprio (1,83%) e transporte público (0,64%). O grupo Educação também apresentou variação positiva de 0,80%, com destaque para papelaria (4,05%) e cursos (0,02%).

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil/Arquivo

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Correios entram em alerta máximo e buscam R$ 10 bilhões em 15 dias para evitar colapso

Correios entram em alerta máximo e buscam R$ 10 bilhões em 15 dias para evitar colapso

Estatal prepara novo PDV para cortar 10 mil funcionários e reduzir custos com pessoal

Correios entram em alerta máximo e buscam R$ 10 bilhões em 15 dias para evitar colapso

A crise nos Correios atingiu um novo patamar. A estatal precisa levantar, em apenas 15 dias, ao menos R$ 10 bilhões para evitar colapso operacional e manter suas atividades mínimas. A direção tenta viabilizar o recurso por meio de empréstimo com garantia da União, após reduzir pela metade o plano inicial de captar R$ 20 bilhões — valor considerado inviável diante das altas taxas cobradas pelos bancos na primeira rodada de negociações.

O montante é considerado essencial para implementar o plano de reestruturação, cujo foco principal é a redução de custos com pessoal. A empresa prepara um novo Programa de Demissão Voluntária (PDV) com meta de 10 mil desligamentos, número muito superior às adesões registradas na última tentativa. A expectativa é que, com incentivos mais atrativos, seja possível reduzir a folha salarial em cerca de R$ 2 bilhões por ano.

Negociações com bancos e condições do empréstimo

As negociações seguem com um grupo ampliado de instituições financeiras, após propostas iniciais apresentadas por bancos como BTG, Citibank, ABC Brasil e Banco do Brasil terem custos acima do limite considerado razoável para operações com aval da União — chegando a 136% do CDI. A meta atual é fechar contratos com taxa de até 120% do CDI e garantir pelo menos metade do valor solicitado até o fim do mês. A operação pode envolver um sindicato de bancos, modelo já utilizado pela estatal em operações anteriores.

Correios entram em alerta máximo e buscam R$ 10 bilhões
Correios entram em alerta máximo e buscam R$ 10 bilhões

Impacto da crise nos serviços

A corrida por recursos busca impedir que o prejuízo crescente comprometa de vez a capacidade dos Correios de competir no mercado. A empresa acumula perdas de R$ 4,3 bilhões em 2025 e enfrenta atrasos em pagamentos a fornecedores, o que tem impacto direto nas entregas. Atualmente, 92% das encomendas chegam no prazo — índice abaixo dos 95% considerados essenciais para manter grandes contratos, especialmente com plataformas de e-commerce. Sem estabilizar o caixa, há risco de piora no serviço e perda de clientes.

Plano de reestruturação e próximos passos

Além do PDV, o plano de reestruturação inclui revisão de contratos, ajustes logísticos e medidas para aumentar a eficiência operacional. A estatal também avalia parcerias estratégicas para ampliar a receita e reduzir dependência de serviços tradicionais, como correspondências, que registram queda contínua nos últimos anos.

O governo acompanha as negociações e estuda alternativas para evitar que a crise afete setores dependentes da logística dos Correios. Caso o empréstimo não seja viabilizado dentro do prazo, a estatal poderá adotar medidas emergenciais para manter operações essenciais.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração/Marcelo Camargo/Agência Brasil

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RN deve ter mais de 31 mil contratações temporárias no fim de 2025, projeta Fecomércio

RN deve ter mais de 31 mil contratações temporárias no fim de 2025, projeta Fecomércio

Projeção considera Black Friday, Natal e Ano-Novo; vagas devem se concentrar no comércio e serviços

RN deve ter mais de 31 mil contratações temporárias no fim de 2025, projeta Fecomércio

O Rio Grande do Norte deve registrar mais de 31,2 mil contratações temporárias nos meses de novembro e dezembro de 2025, segundo estimativa do Instituto Fecomércio RN (IFC). A projeção considera o aumento do consumo em datas comemorativas como Black Friday, Natal e Ano-Novo, além da circulação do 13º salário e de bônus anuais. As vagas devem se concentrar no comércio varejista, supermercados, empresas de logística e no setor de serviços, para atender ao pico sazonal da demanda.

Cenário econômico e setores em alta

A previsão ocorre em um contexto de crescimento econômico moderado. O Banco do Brasil projeta expansão de 1,4% para a economia potiguar em 2025. Dados do IBGE até agosto indicam avanço nas receitas de setores que sustentam a expectativa de contratações: comércio (+2,3%), serviços (+4,3%) e turismo (+5,5%).

Apesar da expectativa positiva, o número projetado é 6,9% menor que o registrado em 2024. No ano anterior, o Rio Grande do Norte esteve entre os estados com maior expansão, com alta de 6,0%, cenário que não deve se repetir em 2025.

RN deve ter mais de 31 mil contratações temporárias no fim de 2025
RN deve ter mais de 31 mil contratações temporárias no fim de 2025

Oportunidades para trabalhadores e empresas

As contratações temporárias de fim de ano representam oportunidades para inserção ou reinserção no mercado de trabalho. Segundo o presidente do Sistema Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, essas vagas são um termômetro da dinâmica de consumo e da capacidade de adaptação do mercado. “Para trabalhadores, são ocasiões valiosas de renda e experiência; para empresas, uma resposta ágil ao aumento sazonal da demanda”, afirmou.

Preparação para conquistar uma vaga

A coordenadora do Senac Carreiras, Rose Câmara, orienta que conquistar uma vaga temporária exige planejamento. “O primeiro passo é olhar para dentro: entender seus pontos fortes, seus valores e o tipo de cultura em que você se encaixa. Com isso claro, fica mais fácil construir um currículo que conte uma história coerente e mostre resultados concretos, além de manter um perfil profissional atualizado e coerente com seus objetivos”, destacou.

Setores com maior demanda

As vagas devem se concentrar em áreas como:

  • Comércio varejista: lojas de roupas, calçados, eletroeletrônicos e presentes.
  • Supermercados: reforço de equipes para atender ao aumento no consumo de alimentos e bebidas.
  • Logística: empresas de transporte e distribuição para dar suporte ao crescimento das vendas online.
  • Serviços: restaurantes, hotéis e empresas de turismo, impulsionados pelo fluxo de visitantes no período de festas.

Perspectivas para 2026

Embora o número de contratações temporárias seja menor que o registrado em 2024, a Fecomércio avalia que o mercado segue aquecido e deve manter oportunidades relevantes para trabalhadores. A expectativa é que, com a retomada gradual da economia e a ampliação do setor de serviços, o volume de vagas volte a crescer nos próximos anos.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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RN define medidas para combater praga na uva após confirmação pelo Mapa

RN define medidas para combater praga na uva após confirmação pelo Mapa

Secretaria de Agricultura do RN discute estratégias contra Xanthomonas campestris pv. Viticola em reunião com Ministério da Agricultura

RN define medidas para combater praga na uva após confirmação pelo Mapa

A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca do Rio Grande do Norte (Sape) vai se reunir na próxima semana com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para definir estratégias de combate à praga Xanthomonas campestris pv. Viticola, bactéria que afeta plantações de uva e é considerada uma das mais preocupantes para a viticultura brasileira. A confirmação da presença da praga no estado foi publicada no Diário Oficial da União na segunda-feira (10), por meio da portaria nº 1.443.

Segundo Guilherme Saldanha, titular da Sape, a produção de uvas no RN é recente, com cerca de três anos, e ainda tem volume reduzido. “Atualmente, existem no máximo 50 hectares em produção em cerca de 10 propriedades rurais. Algumas fazendas trabalham com produção de vinho, mas tudo o que é produzido fica no Rio Grande do Norte”, afirmou.

Medidas em análise

Duas frentes estão sendo discutidas para conter a praga: a erradicação dos pomares ou o reconhecimento oficial da ocorrência da doença no estado, acompanhado de monitoramento sanitário para evitar o transporte de material vivo das plantas. “Estamos discutindo com o Mapa qual medida vamos adotar em conjunto. Na próxima semana teremos uma reunião para, depois disso, tomarmos uma decisão”, explicou Saldanha.

A praga, conhecida como Cancro-Bacteriano da videira, não altera o aspecto da fruta, mas compromete o desenvolvimento das plantas. Quando não controlada, pode levar à morte da videira. A doença provoca lesões em folhas, ramos e frutos, com sintomas iniciais caracterizados por pequenos pontos escuros de 1 a 2 milímetros, que podem evoluir para necrose de grandes áreas do tecido foliar. Nos ramos e cachos, surgem manchas escuras e alongadas que evoluem para fissuras negras, os chamados cancros. As bagas podem apresentar áreas necróticas e deformações.

RN define medidas para combater praga na uva
RN define medidas para combater praga na uva

Controle e prevenção

De acordo com a Embrapa, o monitoramento constante é essencial durante todo o ciclo da planta. Entre as principais medidas de controle estão o uso de mudas sadias, eliminação de ramos infectados e desinfecção das ferramentas após o uso em plantas doentes. O transporte de material vegetativo de regiões afetadas, como Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), para outras áreas do país é proibido para evitar disseminação.

A praga foi identificada pela primeira vez na Índia, em 1969, e chegou ao Brasil em 1998, no Vale do São Francisco. Em 2001, foi detectada no Ceará e, desde então, também tem registros em Roraima.

Posicionamento da Faern

A Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do RN (Faern) divulgou nota nesta quarta-feira (12) afirmando que acompanha a situação e reforçando que a doença não oferece risco à saúde humana nem compromete o consumo das frutas. Embora não exista cura, a entidade destacou que o cancro da videira é controlável com práticas adequadas de manejo e erradicação dos focos.

A Faern recomenda que produtores adquiram mudas com Certificado Fitossanitário de Origem (CFO), higienizem ferramentas e comuniquem ao Idiarn qualquer suspeita de contaminação. A federação também ressaltou que estados vizinhos convivem com a praga há anos sem prejuízos significativos à expansão da viticultura.

O RN deve definir as medidas após reunião com o Mapa, garantindo suporte técnico aos produtores e ações para evitar a propagação da doença.

Foto: Marcos Santos/USP Imagens

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Setor de serviços tem melhor desempenho do ano em setembro no RN

Setor de serviços tem melhor desempenho do ano em setembro no RN

Turismo registra leve queda enquanto serviços avançam 3,6% no estado, segundo IBGE.

Setor de serviços tem melhor desempenho do ano em setembro no RN

O setor de serviços do Rio Grande do Norte registrou, em setembro, o melhor resultado de 2025 e ocupou a terceira posição entre os maiores crescimentos do País, conforme dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O volume de serviços no estado avançou 3,6% em relação a agosto, ficando atrás apenas do Distrito Federal, com 8,3%, e da Paraíba, com 4,7%.

O aumento foi acompanhado pela elevação da receita nominal, que cresceu 4,4% no mesmo período. Na comparação com setembro de 2024, o setor apresentou alta de 6,3% no volume e 12% na receita. No acumulado de janeiro a setembro de 2025, a expansão foi de 4,3% em volume e 9,7% em receita. Considerando os últimos 12 meses, os índices chegam a 6,4% para volume e 11,5% para receita.

O desempenho potiguar segue a tendência nacional. Em todo o Brasil, o volume de serviços subiu 0,6% em setembro, marcando o oitavo resultado positivo consecutivo. Com isso, o setor está 19,5% acima do nível registrado antes da pandemia.

setor de serviços tem melhor desempenho do ano
setor de serviços tem melhor desempenho do ano

Turismo apresenta retração no estado

Apesar do avanço geral, o segmento de atividades turísticas no Rio Grande do Norte registrou leve queda em setembro. O índice de volume recuou 0,1%, enquanto a receita apresentou variação negativa de 0,2% em relação ao mês anterior.

Na comparação com setembro do ano passado, os indicadores permanecem positivos: crescimento de 5,3% no volume e 12,9% na receita nominal. No acumulado do ano, o setor turístico potiguar registra alta de 5,5% no volume e 13,5% na receita. Em 12 meses, os números chegam a 8% e 14,6%, respectivamente.

No cenário nacional, a atividade turística apresentou crescimento de 0,1% em setembro, segundo resultado positivo consecutivo, mantendo-se 11,5% acima do patamar pré-pandemia.

Sobre a Pesquisa Mensal de Serviços

A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), realizada pelo IBGE, é um dos principais indicadores sobre o comportamento conjuntural do setor de serviços no Brasil. O levantamento exclui áreas como saúde e educação e mede mensalmente as variações de volume e receita em diferentes segmentos empresariais não financeiros.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Venda do Midway Mall deve ser definida apenas em 2026 após análise do Cade

Venda do Midway Mall deve ser definida apenas em 2026 após análise do Cade

Processo de avaliação pode se estender até julho de 2026; transação envolve venda total das cotas do shopping natalense para a Capitânia Investimentos

Venda do Midway Mall pode ser definida apenas em 2026 após análise do Cade

A definição sobre a possível venda do Midway Mall, localizado em Natal, deverá ocorrer apenas no segundo semestre de 2026. A decisão depende da análise e aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), responsável por avaliar operações de grande porte entre empresas. O processo de avaliação tem prazo inicial de 240 dias, contados a partir da protocolização do pedido pela Riachuelo, proprietária do shopping, feita na última sexta-feira (7). Assim, a decisão final pode se estender até 5 de julho de 2026.

A transação envolve a venda integral das quotas do Midway Mall e do Midwest Estacionamento para a Capitânia Investimentos, gestora de fundos de São Paulo, além de outros possíveis coinvestidores minoritários. A informação foi comunicada oficialmente pela Guararapes, empresa controladora da Riachuelo.

De acordo com o Cade, ainda não há processo público disponível sobre o caso. Isso ocorre, segundo o órgão, porque a operação pode estar em fase inicial de notificação ou ser de acesso restrito. O Cade é uma autarquia federal que atua na defesa da concorrência, analisando operações de fusão e aquisição e investigando práticas consideradas anticompetitivas.

Regras e prazos do Cade

Em casos de fusões e aquisições, o Cade exige notificação quando, no ano anterior à operação, um dos grupos envolvidos registrar faturamento bruto anual igual ou superior a R$ 750 milhões no Brasil, e o outro grupo envolvido tiver faturamento de R$ 75 milhões ou mais.

O prazo de 240 dias para análise pode ser prorrogado uma única vez, por até 90 dias adicionais, caso o Tribunal do Cade justifique a necessidade de extensão e estabeleça novas medidas para a conclusão do julgamento.

Capitânia Investimentos administra nove shoppings no país

A Capitânia Investimentos, que negocia a compra do Midway Mall, já é responsável por um fundo imobiliário que reúne nove shoppings distribuídos em três estados. Na região Nordeste, o único empreendimento administrado é o Iguatemi Fortaleza, localizado na capital cearense, com terreno de 190.786 m² e Área Bruta Locável (ABL) de 90.165 m².

O portfólio da gestora inclui ainda seis empreendimentos no estado de São Paulo e dois no Rio Grande do Sul:

  • Iguatemi Alphaville (Barueri/SP)
  • Catarina Fashion Outlet (São Roque/SP)
  • Shopping Metrô Tatuapé (São Paulo/SP)
  • Shopping Boulevard Tatuapé (São Paulo/SP)
  • Parque Shopping Dom Pedro (Campinas/SP)
  • Shopping Pátio Paulista (São Paulo/SP)
  • Shopping Praia de Belas (Porto Alegre/RS)
  • Fashion Outlet Novo Hamburgo (Novo Hamburgo/RS)

No total, a soma da ABL dos nove shoppings chega a 438.919 m². O Midway Mall, por sua vez, possui ABL de 66,2 mil m². Conforme apuração divulgada pela imprensa, a Capitânia detém participação média de 7,8% nos empreendimentos que compõem seu fundo de investimento imobiliário.

Midway Mall é o maior shopping do Rio Grande do Norte

Fundado pelo empresário potiguar Nevaldo Rocha, o Midway Mall foi inaugurado em 27 de abril de 2005, após investimentos de R$ 130 milhões à época. Localizado entre as avenidas Nevaldo Rocha e Senador Salgado Filho, o centro comercial possui posição estratégica, com fácil acesso a todas as zonas de Natal.

O empreendimento foi construído no mesmo terreno onde funcionava uma das antigas fábricas da Guararapes, grupo controlador da Riachuelo. Atualmente, o Midway é considerado o maior shopping do estado, com grande relevância econômica e comercial para a capital potiguar e para o Rio Grande do Norte.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Capitânia Investimentos negocia compra do Midway Mall e controla portfólio com nove shoppings

Capitânia Investimentos negocia compra do Midway Mall e controla portfólio com nove shoppings

Gestora paulista administra fundo com empreendimentos em três estados e negocia aquisição do maior shopping do RN

Capitânia Investimentos negocia compra do Midway Mall e controla portfólio com nove shoppings

Capitânia Investimentos negocia compra do Midway Mall e controla portfólio com nove shoppings

A Capitânia Investimentos, gestora de fundos sediada em São Paulo, está em negociação para adquirir o Midway Mall, maior shopping do Rio Grande do Norte e um dos principais do Nordeste. A informação foi confirmada pela Guararapes, controladora da Riachuelo, que submeteu a proposta ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) na última sexta-feira (7).

A transação envolve a venda de 100% das quotas representativas do capital social do Midway Mall e do Midwest Estacionamento. Além da Capitânia, podem participar coinvestidores minoritários. Segundo comunicado da gestora, o shopping é considerado um ativo estratégico, com forte fluxo de visitantes, localização privilegiada e sólida geração de caixa.

Detalhes da operação

Apesar do encaminhamento ao Cade, ainda não foram assinados documentos definitivos. A operação depende da aprovação dos órgãos competentes, conclusão da due diligence e cumprimento das condições usuais para esse tipo de transação.

O Midway Mall possui área bruta locável (ABL) de 66,2 mil m² e área construída de 235,9 mil m². Nos últimos 12 meses encerrados no terceiro trimestre de 2025, o shopping registrou receita bruta de R$ 138 milhões e NOI (receita líquida operacional) de R$ 121,7 milhões, equivalente a R$ 1.839 por m² de NOI por ABL.

Inaugurado em 27 de abril de 2005, após investimento de R$ 130 milhões, o Midway Mall foi fundado pelo empresário potiguar Nevaldo Rocha. Localizado entre as avenidas Nevaldo Rocha e Senador Salgado Filho, o empreendimento ocupa o terreno onde funcionava uma antiga fábrica da Guararapes.

Capitânia Investimentos negocia compra do Midway Mall
Capitânia Investimentos negocia compra do Midway Mall

Quem é a Capitânia Investimentos

Fundada em 2003, a Capitânia é uma gestora independente que administra atualmente R$ 19 bilhões em ativos. Seu portfólio inclui fundos de crédito privado, infraestrutura, imobiliário e agro. A equipe tem experiência média de oito anos na empresa.

No segmento imobiliário, a Capitânia gere um fundo com participação em nove shoppings distribuídos em três estados: Ceará, São Paulo e Rio Grande do Sul. A participação média nos empreendimentos é de 7,8%, conforme relatório mensal de setembro.

Lista de shoppings do portfólio

  • Iguatemi Fortaleza – Fortaleza/CE
  • Iguatemi Alphaville – Barueri/SP
  • Shopping Metro Tatuapé – São Paulo/SP
  • Shopping Boulevard Tatuapé – São Paulo/SP
  • Shopping Pátio Paulista – São Paulo/SP
  • Parque Shopping Dom Pedro – Campinas/SP
  • Catarina Fashion Outlet – São Roque/SP
  • Shopping Praia de Belas – Porto Alegre/RS
  • Fashion Outlet Novo Hamburgo – Novo Hamburgo/RS

A soma total da ABL dos nove shoppings chega a 438.919 m². Entre eles, o Iguatemi Fortaleza é o único localizado no Nordeste, com terreno de 190.786 m² e ABL de 90.165 m² disponível para locação.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Guararapes confirma venda do Midway Mall ao Grupo Tasso Jereissati por R$ 1,6 bilhão

Guararapes confirma venda do Midway Mall ao Grupo Tasso Jereissati por R$ 1,6 bilhão

Negócio marca saída da Guararapes do setor imobiliário e reforça foco na operação da Riachuelo

Guararapes confirma venda do Midway Mall ao Grupo Tasso Jereissati por R$ 1,6 bilhão

A Guararapes, controladora da Riachuelo, confirmou a venda do Midway Mall, maior shopping de Natal, ao Grupo Tasso Jereissati por R$ 1,6 bilhão. A operação foi comunicada ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e envolve a transferência de 100% das quotas do empreendimento. O negócio foi firmado por meio de um memorando de entendimentos com a Capitânia Capital e um grupo de investidores.

Embora o contrato definitivo ainda não tenha sido assinado, o mercado considera a transação como estratégica para a Guararapes, que busca fortalecer seu caixa e concentrar esforços na operação de varejo. A venda do Midway Mall encerra um ciclo iniciado em 2005, quando o shopping foi inaugurado como parte do projeto de integração vertical idealizado por Nevaldo Rocha.

A negociação é conduzida há seis meses pelo BTG Pactual, como parte do plano de desalavancagem da companhia. A Guararapes apresenta atualmente uma baixa relação entre dívida líquida e Ebitda, e a venda do ativo imobiliário é vista como um passo importante para tornar a empresa mais enxuta e focada em seu core business.

Do lado comprador, a Capitânia Capital amplia sua atuação no varejo regional ao incorporar um ativo com forte geração de fluxo. Nos primeiros nove meses de 2025, o Midway Mall registrou R$ 89,8 milhões em receita líquida e R$ 88,9 milhões em NOI (lucro operacional líquido), impulsionado pela retomada do consumo e pelo aumento da taxa de ocupação das lojas.

Guararapes confirma venda do Midway Mall ao Grupo Tasso Jereissati
Guararapes confirma venda do Midway Mall ao Grupo Tasso Jereissati

A expectativa é de que o Cade aprove a operação nos próximos meses. Com a conclusão da venda, a Guararapes pretende acelerar iniciativas de digitalização, renovar o parque de lojas da Riachuelo e avançar na redução de passivos. Analistas avaliam que o negócio representa uma nova fase para a companhia, mais capitalizada e alinhada ao setor de moda e varejo.

O Midway Mall é considerado um dos shoppings mais valorizados do Nordeste, com localização estratégica e alto fluxo de consumidores. A transação reforça o posicionamento da Capitânia Capital como investidora relevante no setor e marca uma mudança no perfil de atuação da Guararapes, que passa a operar com menor exposição ao mercado imobiliário.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração/Rodrigo Viana/Senado Federal

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Petrobras soma dívidas bilionárias e lidera benefícios fiscais no país

Petrobras soma dívidas bilionárias e lidera benefícios fiscais no país

Mesmo com lucros recordes, estatal busca vetar mudança que amplia royalties e enfrenta cobranças tributárias

Petrobras soma dívidas bilionárias e lidera benefícios fiscais no país

A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 32,7 bilhões no terceiro trimestre de 2025, acumulando R$ 94,6 bilhões no ano. Apesar dos resultados financeiros positivos, a estatal atua para convencer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a vetar trecho da Medida Provisória 1.304, que altera o Preço de Referência do Petróleo e amplia o pagamento de royalties. A mudança impactaria diretamente o caixa da Petrobras e de outras empresas do setor, aumentando os repasses à União, estados e municípios.

Dados do Portal da Transparência revelam que, entre janeiro de 2023 e junho de 2024, a Petrobras obteve mais de R$ 10,7 bilhões em benefícios fiscais. O montante supera os valores recebidos por empresas como Vale, Embraer e grandes montadoras. Em 2023, os incentivos fiscais somaram R$ 8 bilhões, impulsionados por regimes especiais como o Repetro e programas voltados ao setor de combustíveis.

Paralelamente aos benefícios, a Petrobras acumula mais de R$ 25 bilhões em dívidas ativas com entes públicos. São R$ 12,5 bilhões devidos ao governo federal, R$ 12,2 bilhões ao estado do Rio de Janeiro e R$ 1,27 bilhão em débitos inscritos no estado de São Paulo. Com isso, a estatal figura como a 20ª maior devedora da dívida ativa paulista.

A empresa afirma que cumpre suas obrigações legais e que as disputas tributárias decorrem de divergências técnicas com a Receita Federal. Segundo a Petrobras, foram recolhidos cerca de R$ 200 bilhões em tributos e participações governamentais até setembro de 2025. A estatal também informa que os valores contestados estão garantidos por meio de depósitos judiciais, fianças bancárias e seguros.

Petrobras soma dívidas bilionárias
Petrobras soma dívidas bilionárias

A discussão sobre o veto à MP 1.304 ocorre em meio ao debate sobre a política de royalties e a arrecadação pública. A proposta de elevação do Preço de Referência do Petróleo tem como objetivo aumentar os valores pagos pelas petroleiras à União e aos entes federativos. A medida é vista por setores do governo como uma forma de ampliar a receita pública, especialmente em áreas produtoras de petróleo.

O regime Repetro, que contribuiu para os benefícios fiscais da Petrobras, é voltado à indústria de exploração e produção de petróleo e gás natural. Ele prevê isenções e suspensões tributárias para bens destinados à atividade de produção, incluindo equipamentos e insumos. O programa é considerado estratégico para o setor, mas também alvo de críticas por reduzir a arrecadação em períodos de alta lucratividade das empresas.

A atuação da Petrobras para evitar o aumento dos royalties ocorre em um contexto de revisão das políticas fiscais e tributárias no país. O governo federal tem discutido medidas para ampliar a arrecadação e reduzir desigualdades no sistema tributário. A manutenção de regimes especiais e incentivos fiscais para grandes empresas é um dos pontos em análise.

A estatal, por sua vez, argumenta que os incentivos recebidos estão previstos em legislação vigente e que sua atuação contribui para o desenvolvimento econômico e energético do país. A empresa também destaca os investimentos realizados em infraestrutura, tecnologia e transição energética.

A situação fiscal da Petrobras, combinada com os lucros elevados e os benefícios tributários, coloca a estatal no centro de debates sobre justiça fiscal, responsabilidade tributária e política energética. A decisão sobre o veto à MP 1.304 poderá influenciar diretamente o equilíbrio entre arrecadação pública e competitividade do setor de petróleo no Brasil.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil/André Motta de Souza / Agência Petrobras

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Bancada do RN define destino de R$ 959,8 milhões em emendas no Orçamento 2026

Bancada do RN define destino de R$ 959,8 milhões em emendas no Orçamento 2026

Deputados e senadores potiguares se reúnem em Natal para discutir prioridades de aplicação dos recursos federais

Bancada do RN define destino de R$ 959,8 milhões em emendas no Orçamento 2026

O Rio Grande do Norte terá direito a R$ 959,8 milhões em emendas parlamentares ao Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026 da União, que está em tramitação na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) e deve ser votado até dezembro pelo Congresso Nacional.

Do valor total, R$ 544 milhões correspondem às emendas individuais apresentadas pelos 11 parlamentares da bancada potiguar, e R$ 415,75 milhões são referentes às emendas coletivas de bancada.

Cada deputado federal do Estado poderá indicar R$ 40,25 milhões, somando R$ 322 milhões no total. Já cada senador disporá de R$ 74 milhões, o que representa R$ 222 milhões para o grupo.

Conforme determina a legislação, metade dos valores das emendas individuais deve ser destinada obrigatoriamente a ações e serviços públicos de saúde, sendo R$ 20,12 milhões para deputados e R$ 37 milhões para senadores.

Reunião da bancada define prioridades

Para discutir as prioridades de aplicação dos recursos, a bancada federal do Rio Grande do Norte se reunirá na manhã de segunda-feira (10) no Hotel Senac Barreira Roxa, localizado na Via Costeira, em Natal.

O encontro foi convocado pelo coordenador da bancada, deputado Robinson Faria (PP), e deve contar com a presença da governadora Fátima Bezerra (PT), do prefeito de Natal, Paulinho Freire (União Brasil), além de representantes de municípios, instituições públicas e organizações filantrópicas.

Durante a reunião, os parlamentares receberão sugestões das entidades sobre as áreas prioritárias para destinação dos recursos federais. A bancada potiguar terá três encontros para avaliar as propostas, antes do prazo final de 13 de novembro, quando as emendas devem ser apresentadas ao relator-geral do Orçamento, deputado Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL).

Valores e regras das emendas individuais

No cenário nacional, o valor reservado no PLOA 2026 para as emendas individuais é de R$ 26,6 bilhões, sendo R$ 20,6 bilhões destinados aos deputados e R$ 6 bilhões aos senadores, conforme a Emenda Constitucional nº 126/2022.

Essas emendas podem ser executadas por transferência especial ou por transferência com finalidade definida. A legislação proíbe o uso dos recursos para pagamento de pessoal, encargos sociais ou dívidas.

Nas transferências especiais, os valores repassados não exigem convênio e devem ser aplicados diretamente em programações finalísticas do Poder Executivo do ente federado. Pelo menos 70% dessas transferências precisam ser direcionadas a despesas de capital, como investimentos em infraestrutura e equipamentos.

Já as transferências com finalidade definida são vinculadas à área indicada pelo parlamentar, com valores mínimos de R$ 400 mil para obras e R$ 200 mil para outros projetos.

Emendas de bancada estadual

As emendas de bancada estadual permitem que os parlamentares de cada unidade da federação indiquem recursos para projetos de interesse coletivo. O valor total previsto para as emendas de bancada no PLOA 2026 é de R$ 11,22 bilhões, sendo R$ 415,75 milhões o montante máximo para o Rio Grande do Norte, caso o critério de distribuição igualitária entre as bancadas seja mantido.

De acordo com a Resolução nº 1/2006-CN, cada bancada poderá apresentar até oito emendas de apropriação, podendo ser ampliadas em até três adicionais para garantir a continuidade de obras iniciadas em exercícios anteriores.

Desde a Lei Orçamentária de 2020, as programações relacionadas a investimentos plurianuais devem continuar sendo objeto de emenda pela mesma bancada até a conclusão da obra ou empreendimento, conforme o §20 do art. 166 da Constituição Federal (EC nº 100/2019).

A repetição da emenda pode ser dispensada caso haja recursos suficientes inscritos em restos a pagar ou se houver impedimento legal para a execução da obra.

Tipos de emendas orçamentárias

O texto do Orçamento classifica as emendas parlamentares em três tipos:

  • Emenda de apropriação: propõe o acréscimo de dotação em programação existente ou inclusão de nova programação no PLOA, com anulação de outras dotações como fonte de recursos;
  • Emenda de remanejamento: acrescenta ou inclui dotações mediante anulação equivalente de outras dotações, exceto da reserva de contingência, sendo aplicável apenas às comissões;
  • Emenda de cancelamento: reduz dotações existentes no projeto orçamentário.

Resumo dos valores das emendas para o RN

  • Valor total: R$ 959.809.389,00
  • Emendas individuais: R$ 544.051.324,62
  • Deputados federais: R$ 322.016.058,48
  • Senadores: R$ 222.035.266,14
  • Emenda de bancada: R$ 415.758.065,74

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado / Leonardo Sá/Agência Senado / Pedro França/Agência Senado

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Comércio entre o RN e Estados Unidos cresce 459% em um ano

Comércio entre o RN e Estados Unidos cresce 459% em um ano

Avanço é impulsionado por políticas estaduais de incentivo ao comércio exterior e pela expansão da fruticultura potiguar

Comércio entre Rio Grande do Norte e Estados Unidos cresce 459% em um ano

O Rio Grande do Norte registrou um crescimento de 459% no saldo da balança comercial com os Estados Unidos entre outubro de 2024 e outubro de 2025, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).

O superávit potiguar passou de US$ 683,2 mil em 2024 para US$ 3,8 milhões em 2025, resultado das ações de estímulo ao comércio exterior implementadas pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (SEDEC).

O desempenho reforça a importância do Rio Grande do Norte na pauta exportadora nacional e demonstra os efeitos das políticas estaduais de fortalecimento produtivo, incentivos fiscais e ampliação de mercados externos, mesmo diante de um cenário global marcado por restrições comerciais e variação tarifária.

Exportações potiguares em alta e fruticultura se destaca

As exportações do Rio Grande do Norte para os Estados Unidos apresentaram forte desempenho em outubro de 2025, impulsionadas principalmente por produtos de alto valor agregado e do setor agroindustrial.

Entre os principais itens exportados estão:

  • Outros açúcares de cana — US$ 2,9 milhões;
  • Caramelos e confeitos — US$ 688,2 mil;
  • Outras pedras de cantaria — US$ 535,5 mil;
  • Mangas frescas — US$ 504 mil;
  • Sal marinho — US$ 354 mil;
  • Produtos de origem animal impróprios para alimentação humana — US$ 328,9 mil.

Esses resultados evidenciam o fortalecimento de setores estratégicos da economia potiguar, com destaque para a fruticultura irrigada e a indústria de transformação, que continuam a impulsionar a presença do Estado em mercados internacionais.

Importações estáveis e foco em insumos industriais

As importações potiguares provenientes dos Estados Unidos somaram US$ 1,5 milhão no mesmo período, concentradas em produtos industriais e insumos produtivos utilizados por empresas locais.

Os principais itens importados foram:

  • Coque de petróleo — US$ 1,5 milhão;
  • Outras preparações catalíticas — US$ 85,3 mil;
  • Tintas de outros polímeros sintéticos — US$ 63,7 mil;
  • Polietileno de densidade inferior a 0,94 — US$ 49,5 mil;
  • Copolímero de etileno — US$ 43,8 mil.

Esses dados indicam um movimento de reposição de matérias-primas e manutenção das cadeias produtivas industriais, essenciais para sustentar o ritmo de crescimento da produção local.

Políticas públicas impulsionam o comércio exterior potiguar

O crescimento das transações comerciais do Rio Grande do Norte com os Estados Unidos reflete um conjunto de medidas adotadas pelo Governo Estadual para aumentar a competitividade das empresas locais e reduzir os impactos das variações do mercado internacional.

Entre as principais iniciativas estão:

Decreto nº 34.771/2025: ampliou a desoneração do ICMS para empresas beneficiadas pelo Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial (PROEDI);

Decreto nº 34.967/2025: regulamentou o programa “RN+ Exportação”, voltado a estimular micro, pequenas e médias empresas a expandirem suas exportações e diversificarem seus destinos internacionais.

Essas medidas fazem parte de uma estratégia de cooperação entre os governos estadual e federal, que inclui articulações diplomáticas, parcerias com o setor produtivo e novas regulamentações para facilitar a inserção do Rio Grande do Norte no comércio global.

O avanço ocorre mesmo diante de barreiras tarifárias impostas pelos Estados Unidos, conhecidas como “tarifaço norte-americano”, que têm afetado o comércio exterior de diversos países.

Panorama econômico e perspectivas

Os números positivos da balança comercial reforçam o posicionamento do Rio Grande do Norte como um dos principais exportadores do Nordeste, com destaque crescente nos segmentos de fruticultura, açúcar, sal marinho e indústria de transformação.

As políticas de diversificação produtiva e de incentivo à exportação mantêm o Estado como um dos polos mais dinâmicos da região, fortalecendo sua integração com o mercado norte-americano e ampliando sua participação no comércio internacional.

Foto: Sandro Menezes/Governo do RN

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Guararapes anuncia venda do Midway Mall por R$ 1,6 bilhão e submete operação ao CADE

Guararapes anuncia venda do Midway Mall por R$ 1,6 bilhão e submete operação ao CADE

Transação envolve 100% das quotas do shopping e do estacionamento; negócio foi firmado com grupo liderado pela Capitânia Capital

Guararapes anuncia venda do Midway Mall por R$ 1,6 bilhão e submete operação ao CADE

A Guararapes Confecções S.A., controladora das Lojas Riachuelo, confirmou a venda do Midway Mall, maior shopping do Rio Grande do Norte, localizado em Natal, por R$ 1,6 bilhão. A operação foi submetida ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) para análise e aprovação.

A negociação inclui 100% das quotas representativas do capital social do Midway Shopping Center Ltda. e do Midwest Estacionamento Ltda. O acordo foi firmado com um grupo de investidores liderado pela Capitânia Capital S.A., gestora de fundos imobiliários, que contará com a participação de outros fundos do setor, um investidor que já atua na região e uma família tradicional do Nordeste.

De acordo com fato relevante divulgado pela companhia na sexta-feira (7), ainda não foram assinados documentos definitivos relacionados à transação. O comunicado foi assinado pelo diretor de Relações com Investidores da Guararapes, Miguel Cafruni, que reforçou o compromisso da empresa em manter o mercado informado sobre as próximas etapas do processo.

“A Companhia ressalta que, apesar da decisão das partes de submeter a potencial transação ao CADE, até a presente data não foram celebrados quaisquer documentos vinculantes ou definitivos”, informou a nota oficial.

Venda reforça caixa e segue estratégia de reestruturação da Guararapes

Segundo informações divulgadas pelo portal Metro Quadrado, o valor do negócio representa cerca de 30% do valor total da Guararapes na Bolsa de Valores (B3), cujo fechamento na sexta-feira (7) foi de R$ 5,5 bilhões. A notícia movimentou o mercado financeiro e resultou em uma alta de quase 3% nas ações da companhia no pregão do dia.

Com a transação, a Guararapes busca reforçar seu caixa e reequilibrar sua estrutura financeira, atendendo a antigas demandas de investidores por uma melhor alocação de capital. A operação também reflete um movimento estratégico do grupo potiguar diante da intensa concorrência no varejo nacional.

Em 13 de outubro, a companhia já havia comunicado ao mercado que havia contratado o Banco BTG Pactual para assessorar financeiramente o processo de avaliação de sua participação no shopping. A empresa destacou ainda que mantém uma postura constante de análise de oportunidades de mercado, conforme comunicado publicado em 15 de abril.

Midway Mall: ícone econômico e comercial do RN

Inaugurado em 27 de abril de 2005, o Midway Mall foi fundado pelo empresário potiguar Nevaldo Rocha (1928–2020) e se consolidou como o maior centro comercial do estado e um dos maiores shoppings do Nordeste. O empreendimento foi construído no terreno onde funcionava uma das fábricas da Guararapes e recebeu investimento de R$ 130 milhões à época da inauguração.

O shopping está localizado entre as Avenidas Nevaldo Rocha (antiga Bernardo Vieira) e Senador Salgado Filho, em uma área estratégica de Natal, com fácil acesso às quatro zonas da cidade. Atualmente, o Midway Mall abriga centenas de lojas, praça de alimentação, cinemas, áreas de lazer e um edifício garagem com capacidade para milhares de veículos.

Mesmo com a mudança de controle, o empreendimento continuará operando normalmente, mantendo seu papel central no comércio e na economia potiguar.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Senado aprova isenção de IR até R$ 5 mil e aumento de imposto para altas rendas

Senado aprova isenção de IR até R$ 5 mil e aumento de imposto para altas rendas

Projeto beneficia 25 milhões de brasileiros e prevê alíquota extra para quem ganha acima de R$ 600 mil por ano

Senado aprova isenção de IR até R$ 5 mil e aumento de imposto para altas rendas

O Senado Federal aprovou, por unanimidade, nesta quarta-feira (5), o projeto de lei 1087/2025 que isenta do Imposto de Renda (IR) pessoas físicas com rendimentos mensais de até R$ 5 mil. A proposta também estabelece aumento na tributação para contribuintes de alta renda e lucros remetidos ao exterior. Se sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva até o fim de 2025, o novo modelo entra em vigor em janeiro de 2026.

Segundo estimativas do governo, cerca de 25 milhões de brasileiros serão beneficiados com a isenção ou redução do IR. Por outro lado, aproximadamente 200 mil contribuintes terão aumento na carga tributária. O projeto prevê uma alíquota extra progressiva de até 10% para quem recebe mais de R$ 600 mil por ano, o equivalente a R$ 50 mil mensais.

O texto também determina que lucros e dividendos remetidos ao exterior serão tributados com alíquota de 10%. A medida visa compensar a perda de arrecadação decorrente da isenção para rendas mais baixas.

O relator da proposta no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), defendeu o projeto como uma iniciativa de justiça tributária. Segundo ele, o “imposto zero” corrige distorções ao reduzir a carga sobre a baixa renda e aumentar a incidência sobre os super ricos. Renan afirmou que os trabalhadores terão um ganho médio de R$ 3,5 mil por ano com a nova regra.

Senado aprova isenção de IR até R$ 5 mil
Senado aprova isenção de IR até R$ 5 mil

Para contribuintes com rendimentos entre R$ 5 mil e R$ 7.350 mensais, haverá uma redução proporcional do imposto. A proposta também estabelece que, a partir de janeiro de 2026, lucros e dividendos pagos por pessoas jurídicas a pessoas físicas residentes no Brasil, em valor superior a R$ 50 mil mensais, estarão sujeitos à alíquota de 10% de IRPF. Não serão permitidas deduções na base de cálculo.

Pagamentos de lucros e dividendos cuja distribuição tenha sido aprovada até 31 de dezembro de 2025 ficarão fora da nova regra, mesmo que o pagamento ocorra em anos posteriores.

O projeto foi encaminhado pelo Executivo ao Congresso em março e aprovado pela Câmara dos Deputados em outubro. No Senado, foram acatadas emendas dos senadores Eduardo Gomes (PL-TO) e Rogério Carvalho (PT-SE), sem alterações no núcleo da proposta.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmou que a medida “dialoga com a vida real das pessoas” e representa um avanço na política fiscal do país. A expectativa é que a sanção presidencial ocorra até o fim do ano, permitindo que as novas regras entrem em vigor já no início de 2026.

A proposta faz parte de um conjunto de ações do governo voltadas à reformulação do sistema tributário, com foco na redistribuição da carga fiscal e na redução das desigualdades. A aprovação no Senado representa um passo importante para a implementação de um modelo mais progressivo de tributação no Brasil.

Foto: José Cruz/Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

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BC mantém juros em 15% e diretores indicados por Lula não votam por corte na Selic

BC mantém juros em 15% e diretores indicados por Lula não votam por corte na Selic

Comitê de Política Monetária mantém taxa básica pela terceira vez consecutiva; indicados por Lula seguem posição de cautela

BC mantém juros em 15% e diretores indicados por Lula não votam por corte na Selic

O Banco Central (BC) decidiu manter a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 15% ao ano pela terceira vez consecutiva. A decisão foi tomada por unanimidade pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em reunião realizada nesta quarta-feira (5). O colegiado, composto por nove integrantes, incluindo sete indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), optou por não reduzir os juros, mesmo diante de críticas do governo federal.

Segundo comunicado oficial, o Copom avaliou que o cenário atual exige cautela na condução da política monetária. O BC destacou que o ambiente externo permanece incerto, especialmente devido à conjuntura econômica dos Estados Unidos, o que afeta as condições financeiras globais. Internamente, a inflação segue acima da meta, apesar da desaceleração da atividade econômica.

“O comitê avalia que a estratégia de manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta”, informou o BC. A autoridade monetária não descartou a possibilidade de elevar novamente os juros, caso considere necessário.

A Selic está no maior patamar desde julho de 2006, quando atingiu 15,25% ao ano. Após chegar a 10,5% em maio de 2024, a taxa começou a subir em setembro do mesmo ano, alcançando os atuais 15% em julho de 2025.

BC mantém juros em 15%
BC mantém juros em 15%

A manutenção da Selic ocorre mesmo com o governo Lula tendo conquistado maioria nas cadeiras do BC. Entre os nomes indicados estão Gabriel Galípolo, Ailton Aquino, Paulo Picchetti e Rodrigo Alves Teixeira. Nenhum deles votou pela redução da taxa em 2025. Desde o início do ano, o Copom se reuniu sete vezes, e em todas as ocasiões houve consenso para manter ou elevar os juros.

A posição do comitê contrasta com o discurso do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que considera os juros atuais “insustentáveis” e defende espaço para cortes. Haddad afirmou que, se integrasse o Copom, teria votado pela redução da Selic. Apesar disso, evitou críticas diretas a Galípolo, justificando que o novo presidente do BC ainda enfrenta reflexos da transição de gestão iniciada no fim de 2024.

Galípolo tem defendido a manutenção da Selic elevada por um “período prolongado”, alegando necessidade de estabilidade e previsibilidade. Ele elogiou a convivência com o ex-presidente do BC, Roberto Campos Neto, e classificou a troca de comando como exemplar. Com mais duas indicações previstas para 2025, Lula completará a substituição dos diretores herdados do governo anterior.

A Selic é o principal instrumento do BC para controlar a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em setembro, o IPCA acelerou para 0,48%, influenciado pela conta de energia, acumulando alta de 5,17% em 12 meses — acima do teto da meta contínua de inflação.

O IPCA-15 de outubro, considerado uma prévia da inflação oficial, veio abaixo das expectativas, puxado pela queda nos preços dos alimentos pelo quinto mês consecutivo. A meta contínua de inflação, em vigor desde janeiro, é de 3%, com intervalo de tolerância entre 1,5% e 4,5%.

No último Relatório de Política Monetária, divulgado em setembro, o BC reduziu a previsão do IPCA para 2025 de 4,8% para 4,55%. A próxima edição do relatório será publicada no fim de dezembro. O boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras, também projeta inflação de 4,55% para o ano, levemente acima do teto da meta.

O aumento da Selic encarece o crédito, desestimula o consumo e ajuda a conter a inflação. Por outro lado, dificulta o crescimento econômico. O BC reduziu de 2,1% para 2% a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025. Já o mercado estima expansão de 2,16%, segundo o boletim Focus.

A taxa básica de juros serve de referência para as demais taxas da economia e influencia diretamente o custo do crédito e os investimentos. Para que haja corte na Selic, o BC precisa estar seguro de que a inflação está sob controle e não apresenta risco de alta.

Foto: © Rafa Neddermeyer/Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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Melão do RN conquista mercados no Sudeste Asiático, mas logística limita exportação

Melão do RN conquista mercados no Sudeste Asiático, mas logística limita exportação

Indonésia e Malásia abrem portas para fruta potiguar, mas infraestrutura ainda impede avanço comercial

Melão do RN conquista mercados no Sudeste Asiático, mas logística limita exportação

O Rio Grande do Norte conquistou dois novos mercados para exportação de melão: Indonésia e Malásia. A abertura foi anunciada após missão oficial do governo brasileiro realizada entre os dias 23 e 28 de outubro aos respectivos países. Apesar do avanço comercial, o setor produtivo potiguar avalia que a exportação imediata não será viável devido a entraves logísticos e de infraestrutura.

A avaliação do setor é de que, embora haja demanda, o estado ainda não possui estrutura logística adequada para atender aos novos destinos. A ausência de rotas marítimas diretas e o tempo elevado de transporte são apontados como os principais obstáculos.

A atual rota de exportação pelo Porto de Pecém, no Ceará, apresenta tempo de transporte de aproximadamente 42 dias, o que compromete a qualidade da fruta ao chegar ao destino. Anteriormente, esse tempo ultrapassava 50 dias, com escalas na Europa e Oriente Médio antes de alcançar a Ásia.

A expectativa é de que, a partir do próximo ano, seja possível testar uma rota direta com navio menor, sem paradas intermediárias, reduzindo o tempo de transporte para cerca de 28 a 30 dias. Essa redução é considerada essencial para garantir que o melão chegue em condições adequadas para consumo e comercialização.

Melão do RN conquista mercados no Sudeste Asiático
Melão do RN conquista mercados no Sudeste Asiático

O mercado chinês, aberto oficialmente em outubro de 2019, ainda não foi efetivamente explorado pelo estado. A dificuldade também está relacionada à logística, especialmente à ausência de rotas marítimas diretas entre portos próximos ao RN e a China. A avaliação é de que a viabilidade dessa rota depende do estabelecimento de empresas chinesas na região, o que permitiria o trânsito de navios com cargas nos dois sentidos.

A criação de uma rota direta entre a costa brasileira e a China é vista como estratégica não apenas para atender ao mercado chinês, mas também para viabilizar exportações para Indonésia e Malásia por meio da mesma via de navegação.

Para enfrentar os desafios logísticos, o Porto de Natal está em processo de reforma. Um convênio recente prevê obras de dragagem, reforma de galpões, melhorias nas defensas da ponte e instalação de uma usina fotovoltaica. A dragagem, orçada em R$ 60 milhões, tem como objetivo ampliar a profundidade do canal de acesso, permitindo a operação de navios maiores e atendendo à crescente demanda de exportações.

A viabilidade de novas rotas de exportação, incluindo o aumento da frequência de navios, depende de decisões comerciais entre compradores e vendedores. O setor produtivo destaca que, além da infraestrutura, é necessário que haja interesse comercial para que as operações sejam sustentáveis.

A abertura dos mercados da Indonésia e da Malásia representa uma oportunidade significativa para o melão potiguar, mas a concretização das exportações dependerá da superação dos entraves logísticos e da consolidação de rotas eficientes que garantam a qualidade do produto até o destino final.

Foto: Wilson Moreno/Secom/PMM

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Aneel mantém bandeira vermelha patamar 1 nas contas de energia em novembro

Aneel mantém bandeira vermelha patamar 1 nas contas de energia em novembro

Tarifa de energia segue com acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 kWh devido ao baixo nível dos reservatórios

Aneel mantém bandeira vermelha patamar 1 nas contas de energia em novembro

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (31) a manutenção da bandeira vermelha patamar 1 nas contas de energia elétrica para o mês de novembro de 2025. Isso significa que os consumidores continuarão pagando um acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

Nos meses anteriores, a bandeira vermelha patamar 2 foi aplicada em agosto e setembro, com cobrança de R$ 7,87 por 100 kWh. Em outubro, a tarifa foi reduzida para o patamar 1, que permanece em vigor agora.

Motivo da manutenção

Segundo a Aneel, a decisão foi motivada pelo baixo volume de chuvas que vem sendo registrado no país, o que afeta os níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Essa condição aumenta a necessidade de acionar usinas termelétricas, cuja operação tem custo mais elevado.

“O cenário segue desfavorável para a geração hidrelétrica, devido ao volume de chuvas abaixo da média e à redução nos níveis dos reservatórios. Dessa forma, para garantir o fornecimento de energia é necessário acionar usinas termelétricas, que têm custo mais elevado, justificando a manutenção da bandeira vermelha patamar 1”, informou a Aneel em nota.

A agência também explicou que, embora o país conte com fontes alternativas de geração, como a solar e a eólica, a energia solar é intermitente e não injeta eletricidade continuamente no sistema.

“Por essa razão, é necessário o acionamento das termelétricas para garantir a geração de energia quando não há iluminação solar, inclusive no horário de ponta”, acrescentou o órgão regulador.

Sistema de bandeiras tarifárias

Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias tem o objetivo de refletir os custos variáveis da geração de energia elétrica no Brasil. O mecanismo informa os consumidores sobre o custo real da produção de energia e indica quando há necessidade de acionar fontes mais caras, como as termelétricas.

As bandeiras tarifárias são classificadas por cores:

  • Verde: não há cobrança adicional;
  • Amarela: acréscimo moderado na tarifa;
  • Vermelha (patamar 1 e 2): cobrança mais alta devido a custos maiores de geração.

Quando a bandeira verde está em vigor, não há acréscimo nas contas de luz. Já nas bandeiras amarela e vermelha, há valores adicionais aplicados a cada 100 kWh consumidos, conforme o cenário energético do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Contexto do setor energético

O baixo regime de chuvas tem sido uma das principais preocupações do setor elétrico brasileiro, impactando diretamente o nível dos reservatórios e a disponibilidade de energia hidrelétrica.

Com a redução da geração pelas hidrelétricas, o país tem recorrido com maior frequência às usinas termelétricas, que garantem o abastecimento, mas com custos mais elevados, influenciando diretamente as tarifas cobradas dos consumidores.

A Aneel afirmou que continuará monitorando as condições hidrológicas e os custos de geração para definir as próximas atualizações das bandeiras tarifárias.

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil / Marcelo Camargo Agência Brasil

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Leilão de transmissão da Aneel destina R$ 805 milhões em investimentos ao RN

Leilão de transmissão da Aneel destina R$ 805 milhões em investimentos ao RN

Projetos devem gerar mais de 2 mil empregos e ampliar capacidade de escoamento da energia renovável no estado potiguar

O Rio Grande do Norte deve receber R$ 805 milhões em investimentos com o resultado do Leilão de Transmissão 4/2025, promovido nesta sexta-feira (31) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O certame movimentou R$ 5,53 bilhões em investimentos voltados à implantação de linhas e subestações em 12 estados brasileiros.

De acordo com estimativas oficiais, os empreendimentos previstos para o Rio Grande do Norte devem gerar 2.299 empregos diretos e indiretos, fortalecendo a infraestrutura de transmissão e o escoamento da energia renovável produzida no estado.

O Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne) avaliou que o leilão representa um avanço para o setor, sobretudo diante do cenário de sobrecarga e perdas ocasionadas pela limitação da capacidade de transmissão na região Nordeste. O órgão técnico considera que a iniciativa pode reduzir o impacto do curtailment — mecanismo que impõe cortes na geração de energia por insuficiência na rede de escoamento — e oferecer maior estabilidade operacional aos parques eólicos e solares potiguares.

Investimentos no Rio Grande do Norte

O estado foi contemplado com o Lote 7, arrematado pela Axia Energia (antiga Eletrobras CGT Eletrosul), que prevê a instalação de dois empreendimentos estratégicos:

  • Subestação 500 kV Açu III – Compensações Síncronas 2 × (-200/+300) Mvar;
  • Subestação 500 kV João Câmara III – Compensação Síncrona 1 × (-200/+300) Mvar.

O lote foi dividido em duas etapas:

  • Lote 7A: investimento de R$ 536,5 milhões, com oferta vencedora de R$ 48,2 milhões e deságio de 44,81% sobre a Receita Anual Permitida (RAP);
  • Lote 7B: investimento de R$ 268,5 milhões, com oferta vencedora de R$ 23,7 milhões e deságio de 45,79%.

As obras têm prazo de conclusão de até 42 meses e devem ampliar a capacidade de transmissão e estabilidade elétrica do sistema potiguar, reforçando a integração da matriz energética renovável com o Sistema Interligado Nacional (SIN).

Contexto do setor elétrico e impacto regional

Segundo o Cerne, a ampliação da infraestrutura de transmissão no Nordeste é um passo necessário para evitar perdas financeiras no setor de geração renovável, que enfrenta limitações técnicas em razão da falta de linhas suficientes para escoamento da energia produzida.

A entidade também destacou que os novos empreendimentos criam condições para o fortalecimento da cadeia produtiva de energia limpa, abrindo espaço para a instalação de indústrias ligadas à economia verde, como data centers, hidrogênio verde e metalurgia de baixo carbono.

O órgão defende que a expansão da rede elétrica deve ser acompanhada por uma estratégia regional de desenvolvimento, capaz de integrar geração, consumo e novos polos industriais, consolidando o Nordeste como referência nacional em transição energética.

Axia Energia investe R$ 1,63 bilhão em novos lotes

A Axia Energia foi a responsável por dois dos lotes arrematados no leilão da Aneel, somando R$ 1,63 bilhão em investimentos e uma receita futura estimada em R$ 138,7 milhões. Os aportes abrangem projetos nos estados de Minas Gerais e Rio Grande do Norte, correspondendo a 30% do total de investimentos do certame.

Além do Lote 7, referente ao território potiguar, a empresa venceu a disputa pelos Lotes 6A e 6B, em Minas Gerais:

  • Lote 6A: investimento de R$ 542,5 milhões e oferta vencedora de R$ 43,1 milhões, com deságio de 51,17% sobre a RAP;
  • Lote 6B: investimento de R$ 282,8 milhões e oferta vencedora de R$ 23,7 milhões, com deságio de 48,43%.

O Leilão de Transmissão 4/2025 prevê a construção de 1.081 quilômetros de novas linhas de transmissão, 2 mil MVA de capacidade de transformação e sete compensações síncronas em diferentes estados. Esses equipamentos são responsáveis por garantir maior estabilidade e confiabilidade ao sistema elétrico nacional.

A Axia Energia é responsável por cerca de 37% das linhas de transmissão do SIN, totalizando 74 mil quilômetros de rede, e atua com foco em geração 100% renovável, operando 81 usinas (47 hídricas, 33 eólicas e uma solar).

Foto: Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) / Joel Rodrigues/Agência Brasília

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Petrobras reajusta preço do querosene de aviação em 1,4% a partir de hoje (1º)

Petrobras reajusta preço do querosene de aviação em 1,4% a partir de hoje (1º)

A estatal informou que o aumento representa acréscimo de R$ 0,05 por litro; mesmo com o reajuste, combustível acumula queda de 2,4% em 2025

A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (31) que reajustará em 1,4% o preço do querosene de aviação (QAV) a partir deste sábado, 1º de novembro. O aumento representa acréscimo médio de R$ 0,05 por litro nas refinarias em comparação com o valor praticado no mês anterior.

De acordo com a estatal, mesmo com o reajuste, o preço do QAV acumula queda de 2,4% em 2025, em relação a dezembro de 2024. Essa variação equivale a uma redução de R$ 0,09 por litro no período.

A companhia informou ainda que, desde dezembro de 2022, o combustível teve redução acumulada de 31%, o que corresponde a uma diminuição de R$ 1,58 por litro. Segundo a Petrobras, considerando a inflação do período, a queda real chega a 39,3%.

O reajuste no valor do querosene de aviação é feito mensalmente, conforme previsto em contrato entre a Petrobras e as distribuidoras de combustíveis. O preço final ao consumidor pode variar conforme os custos de logística, tributos e margens de revenda aplicados em cada região.

O querosene de aviação (QAV) é utilizado em aeronaves comerciais e executivas, e tem seu preço influenciado por fatores como a cotação do petróleo no mercado internacional, a taxa de câmbio e as condições contratuais de fornecimento.

A Petrobras não informou projeções para os próximos ajustes, mantendo a política de revisão mensal dos preços, que leva em conta as condições de mercado e os contratos vigentes com as distribuidoras.

Foto: Tony Winston/Agência Brasília / Paulo H. Carvalho/ Agência Brasília

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RN cria mais de 3.200 empregos com carteira assinada em setembro

RN cria mais de 3.200 empregos com carteira assinada em setembro

Estado registra saldo positivo na geração de empregos formais, apesar da desaceleração

RN cria mais de 3.200 empregos com carteira assinada em setembro

O Rio Grande do Norte encerrou o mês de setembro de 2025 com saldo positivo de 3.231 empregos com carteira assinada, conforme dados divulgados pelo Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. O resultado é fruto de 21.201 admissões e 17.970 desligamentos registrados ao longo do mês, representando um crescimento de 0,59% no número de empregos formais no estado.

Com o desempenho de setembro, o RN acumula em 2025 um saldo positivo de 18.395 novos postos de trabalho com carteira assinada.

Setores com maior geração de empregos

Todos os setores monitorados apresentaram crescimento na geração de empregos formais. O segmento de Serviços liderou com a criação de 984 vagas. Em seguida, aparecem:

  • Comércio: +814 vagas
  • Agricultura: +718 vagas
  • Indústria: +412 vagas
  • Construção: +303 vagas

Comparativo regional

No contexto regional, o Rio Grande do Norte ficou na sexta posição entre os estados do Nordeste com maior variação na geração de empregos formais. Os estados com desempenho superior foram:

  • Alagoas: +2,99%
  • Sergipe: +1,7%
  • Paraíba: +1,14%
  • Ceará: +0,73%
  • Piauí: +0,63%
RN cria mais de 3.200 empregos com carteira assinada
RN cria mais de 3.200 empregos com carteira assinada

Desaceleração em setembro

Apesar do saldo positivo, o resultado de setembro representa uma desaceleração na geração de empregos no estado. Em agosto, o saldo havia sido de 5.093 vagas, já considerados os ajustes da série histórica. Em setembro de 2024, o número de empregos criados foi de 5.087.

Desde a mudança na metodologia do Caged, em 2020, este foi o pior desempenho para o mês de setembro no RN. O recorde negativo anterior havia sido registrado em 2022, com 4.226 postos de trabalho formal criados.

Dados nacionais

Em nível nacional, o mercado de trabalho brasileiro criou 213.002 novos empregos formais em setembro de 2025. Em agosto, o saldo foi de 147.358 vagas, já ajustado. O número de admissões foi de 2.292.492, enquanto as demissões somaram 2.079.490.

No acumulado de 12 meses, entre outubro de 2024 e setembro de 2025, foram registradas 1.439.904 contratações líquidas. O número é inferior ao saldo observado no período anterior (outubro de 2023 a setembro de 2024), que foi de 1.851.901 vagas.

Salário médio de admissão

O salário médio real de admissão em setembro foi de R$ 2.286,34, uma queda de R$ 20,61 (-0,9%) em relação a agosto de 2025. Na comparação com setembro de 2024, houve aumento de R$ 17,35 (+0,8%).

Foto: Marcello Casal JR/Agência Brasil

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Saque-aniversário do FGTS terá novas regras a partir de novembro; confira

Saque-aniversário do FGTS terá novas regras a partir de novembro; confira

Estima-se que 13 milhões de trabalhadores têm hoje recursos bloqueados no FGTS; especialista alerta para riscos da contratação indiscriminada do crédito e os impactos futuros

Saque-aniversário do FGTS terá novas regras a partir de novembro; confira

Começam a valer, a partir deste sábado (1º), as novas regras para antecipação e contratação de crédito vinculado ao saque-aniversário do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). A medida, aprovada por unanimidade pelo Conselho Curador do FGTS (CCFGTS), tem como objetivo fortalecer a sustentabilidade do Fundo, e deve afetar milhões de trabalhadores que utilizam o benefício como complemento de renda.

Isso porque estimativas do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) indicam que aproximadamente 13 milhões de trabalhadores estão com recursos bloqueados no FGTS, totalizando R$ 6,5 bilhões. Com as mudanças, o MTE prevê que R$ 84,6 bilhões deixarão de ser direcionados às instituições financeiras e serão repassados diretamente aos trabalhadores até 2030.

De acordo com Anna Karenina Dantas, diretora da DPi, consultoria especializada em soluções trabalhistas e previdenciárias, o saque-aniversário tem um papel social, mas acabou “virando moda”. “O que muita gente não sabe, ou não se dá conta, é que, ao antecipar o saque, perde o direito ao valor total do FGTS em caso de demissão sem justa causa, ficando apenas com os 40% referentes à multa rescisória”, alerta a especialista.

O que muda com as novas regras

  • Carência obrigatória: após aderir ao Saque-Aniversário, o trabalhador deverá respeitar uma carência de 90 dias antes de contratar a antecipação.
  • Limite de antecipação: o número de antecipações será limitado, sendo inicialmente possível antecipar até cinco saques-aniversário (um por ano) em um período de 12 meses (período de transição 2025/2026); e após esse período, até três novas antecipações (em três anos).
  • Teto de valores: cada parcela antecipada deverá ser de no mínimo R$ 100 e no máximo R$ 500. O valor total por operação será limitado a R$ 2.500 durante o período de transição e a R$ 1.500 nos anos seguintes (correspondente a três parcelas no valor máximo).
  • Limite de operações por ano: o trabalhador poderá realizar uma antecipação de saldo por ano.

“Além de avaliar se realmente vale a pena abrir mão de uma proteção futura em troca de um recurso imediato, é essencial calcular os juros cobrados, para não transformar uma solução momentânea em mais uma dívida, especialmente se a gente considerar o cenário de superendividamento das famílias. A recomendação é usar essa modalidade apenas em situações de necessidade real, e não como complemento de renda”, orienta Anna Karenina.

Corrida para garantir crédito com as regras atuais

Trabalhadores interessados em antecipar mais parcelas (até 12) pelas regras vigentes, têm até 31 de outubro de 2025 para contratar a operação, o que, segundo especialistas, tem levado a uma corrida pelo crédito. “Muitos trabalhadores estão buscando garantir o crédito facilitado enquanto ainda é possível, mas esse movimento exige cautela. A pressa em aproveitar as condições vigentes pode levar a decisões pouco planejadas”, enfatiza a diretora da DPi.

A modalidade saque-rescisão, que garante o resgate integral do saldo em caso de demissão sem justa causa, continua disponível. O retorno a essa opção, no entanto, só pode ser feito após 24 meses da adesão ao saque-aniversário. “O mais importante agora é que todos, trabalhadores e empresas, compreendam os impactos individuais e coletivos do uso desenfreado do saque-aniversário e de outras modalidades de crédito”, explica Karenina.

“Porque colaboradores financeiramente fragilizados tendem a apresentar maior estresse, queda de produtividade e engajamento, o que exige das empresas uma atenção especial em relação à educação financeira. Então, incentivar o planejamento e o uso responsável do FGTS é também uma forma de proteger o trabalhador e, ao mesmo tempo, contribuir para um ambiente de trabalho mais estável e produtivo”, conclui a gestora.

Foto: Divulgação

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Prime Correspondente Financeira há 16 anos consolida-se como referência em crédito consignado no Nordeste

Prime Correspondente Financeira há 16 anos consolida-se como referência em crédito consignado no Nordeste

Empresa potiguar amplia atuação nacional e reforça compromisso com crédito consciente, transparência e combate a fraudes no mercado financeiro

Com 16 anos de atuação no setor de crédito e soluções financeiras, a Prime Correspondente Financeira vive uma nova fase de expansão e reposicionamento estratégico, mantendo como pilares a confiança, determinação e credibilidade. Nascida no Rio Grande do Norte e hoje com forte presença em todo o Nordeste, a empresa atua no modelo B2B, oferecendo suporte especializado para empresas que comercializam crédito consignado e outros produtos financeiros em diversas regiões do país.

Reconhecida por sua atuação ética e por construir resultados consistentes, a Prime é hoje uma empresa regional de relevância nacional, com operações que ultrapassam as fronteiras do Nordeste e alcançam todo o país. Com uma equipe formada por mais de 70 colaboradores, a empresa investe continuamente em compliance, tecnologia e capital humano, além da revisão constante de processos, garantindo agilidade, segurança e padronização nas operações financeiras realizadas com seus parceiros em diferentes estados.

“A Prime nasceu para ser uma empresa de construção de negócios e geração de oportunidades consistentes para os nossos parceiros. Nosso crescimento é sustentado por estratégia, inovação e credibilidade. Não vendemos apenas serviços financeiros – entregamos segurança, performance e relacionamento. Seguimos avançando com metas ousadas, expansão nacional e compromisso com resultados reais para quem faz parte do nosso ecossistema”, afirma Bebeto Leandro, sócio-diretor da Prime.

Além de operação comercial, a Prime desenvolve um trabalho de suporte estratégico e capacitação técnica, oferecendo treinamentos para parceiros, fortalecendo a atuação ética no mercado e atuando ativamente no combate às fraudes. Com sede em Natal e presença ativa em vários estados do país, a empresa se consolida reafirmando seu propósito: vender com responsabilidade, confiança, respeito, agilidade e excelência.

Expansão do portfólio e novos produtos financeiros

Especialista em crédito consignado voltado a aposentados e pensionistas do INSS, servidores públicos municipais, estaduais e federais, a Prime amplia sua linha de soluções financeiras. A empresa incorpora novos produtos, como financiamento de veículos, crédito com desconto na conta de energia, crédito privado, produtos de assistência à saúde, além de soluções financeiras como cartão consignado, portabilidade, refinanciamento e seguros, para variados públicos. Ao todo, o portfólio passa a integrar mais de 100 produtos financeiros, desenvolvidos em parceria com instituições financeiras de todo o país.

“Essa expansão marca um novo ciclo da nossa história. Mais do que intermediar contratos, impulsionamos negócios, entregando soluções que unem práticas ESG, tecnologia, inovação e sustentabilidade”, explica Juliana Leandro, sócia-diretora da empresa.

ELEVA PRIME marca nova fase

Como parte dessa nova etapa institucional, a Prime realiza entre 27 e 31 de outubro, na Arena das Dunas, em Natal, a convenção ELEVA PRIME 2025, um encontro estratégico que reunirá colaboradores e representantes de instituições líderes do mercado financeiro. O evento, terá foco em treinamentos, integração corporativa e fortalecimento de parcerias, consolidando a Prime como referência no setor de crédito consignado no Nordeste e acelerando sua expansão financeira.

Fotos: Divulgação

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Aposta única leva prêmio de R$ 96 milhões da Mega-Sena

Aposta única leva prêmio de R$ 96 milhões da Mega-Sena

Concurso sorteado neste sábado (25) teve uma aposta ganhadora; próximo prêmio é estimado em R$ 3,5 milhões

Aposta única leva prêmio de R$ 96 milhões da Mega-Sena 2932

Uma aposta acertou sozinha as seis dezenas do concurso 2.932 da Mega-Sena, sorteado neste sábado (25), e levou o prêmio principal de R$ 96 milhões. O resultado foi divulgado pela Caixa Econômica Federal.

Os números sorteados foram: 04 – 13 – 25 – 36 – 40 – 53.

De acordo com a Caixa, 144 apostas acertaram a quina (cinco números) e cada uma receberá o prêmio de R$ 27.798,30. Já 6.812 apostas acertaram a quadra (quatro números) e levam R$ 960,58 cada.

Próximo sorteio da Mega-Sena

O prêmio estimado para o próximo concurso da Mega-Sena, que será realizado na terça-feira (28), é de R$ 3,5 milhões. As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site ou aplicativo oficial da Caixa Econômica Federal.

Como apostar na Mega-Sena

A aposta simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 6,00. O jogador pode escolher de seis a 20 números, aumentando o custo conforme a quantidade de dezenas selecionadas. As apostas online estão disponíveis tanto para dispositivos móveis quanto para computadores, sendo necessário ter conta na Caixa e saldo disponível para validar a participação.

Premiação e regras

Na Mega-Sena, os prêmios são distribuídos entre os acertadores de quatro, cinco ou seis números. O valor arrecadado com as apostas é destinado em parte ao pagamento das premiações e ao financiamento de programas sociais do governo federal nas áreas de educação, segurança, esporte e cultura.

Os sorteios da Mega-Sena acontecem duas vezes por semana, geralmente às quartas-feiras e aos sábados, podendo ocorrer em outras datas em semanas especiais, como feriados nacionais ou concursos acumulados.

Resultados anteriores e estatísticas

O concurso anterior, de número 2.931, não teve ganhadores na faixa principal, o que contribuiu para o acúmulo do prêmio de R$ 96 milhões agora sorteado. Os números mais frequentes na história da Mega-Sena incluem dezenas como 10, 05 e 53, segundo levantamento da própria Caixa.

Os resultados completos e a divisão dos prêmios podem ser conferidos no site oficial da Caixa (loterias.caixa.gov.br), onde também é possível verificar valores líquidos e localização das apostas premiadas, informações divulgadas geralmente no dia seguinte ao sorteio.

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

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Governo antecipa cobrança de ICMS para empresas com benefícios fiscais no RN

Governo antecipa cobrança de ICMS para empresas com benefícios fiscais no RN

Nova portaria da Sefaz altera calendário de arrecadação e gera reação de entidades empresariais

Governo antecipa cobrança de ICMS para empresas com benefícios fiscais no RN

A Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Norte (Sefaz-RN) publicou portaria que altera o calendário de arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para empresas beneficiárias do Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial do RN (Proedi), atacadistas e centrais de distribuição que usufruem de regimes especiais. A partir de outubro, essas empresas deverão antecipar o pagamento de 50% do imposto devido no mês anterior ao da ocorrência do fato gerador.

A medida tem como objetivo ajustar o fluxo de receitas do Estado sem alterar o valor total do tributo. Segundo a Sefaz, a antecipação representa uma entrada estimada de R$ 30 milhões nos cofres públicos, com impacto direto na organização financeira do governo e na manutenção dos serviços essenciais.

Regras da antecipação

As empresas devem recolher até o dia 28 de outubro metade do valor do ICMS pago no mês anterior. Esse montante será integralmente compensado no recolhimento regular do dia 15 de novembro, referente às operações realizadas em outubro.

O descumprimento do prazo poderá acarretar aplicação de multas e juros. A comunicação oficial da medida foi realizada por meio do Domicílio Tributário Eletrônico (DTE), sistema utilizado pelo governo para notificação de obrigações fiscais.

Governo antecipa cobrança de ICMS para empresas
Governo antecipa cobrança de ICMS para empresas

Reações do setor produtivo

A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) manifestou preocupação com a portaria, destacando que a antecipação compromete o fluxo de caixa das empresas, afeta o capital de giro e pode prejudicar o planejamento financeiro, a manutenção de empregos e os investimentos no Estado.

A entidade também apontou que a medida altera unilateralmente um dos pilares do Proedi, programa voltado à competitividade da indústria potiguar, gerando insegurança jurídica e fragilizando o ambiente de negócios.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RN (Fecomércio RN) também se posicionou sobre a medida, ressaltando a importância da previsibilidade e estabilidade nas regras fiscais para garantir um ambiente atrativo a investimentos. A entidade defende maior diálogo técnico para avaliar os impactos diretos e indiretos da antecipação sobre empresas atacadistas e centrais de distribuição.

A Federação da Agricultura e Pecuária do RN (Faern) alertou para possíveis impactos financeiros em empresas com menor capital de giro. A exigência de antecipação, embora não represente aumento de carga tributária, pode comprometer o equilíbrio financeiro e dificultar o cumprimento de obrigações operacionais e trabalhistas.

Governo antecipa cobrança de ICMS para empresas
Governo antecipa cobrança de ICMS para empresas

Impactos esperados

As entidades empresariais apontam que, no curto prazo, a medida pode gerar ajustes financeiros e operacionais nas empresas afetadas, com reflexos na gestão de estoques, pagamento de fornecedores e colaboradores. No médio prazo, os efeitos dependerão da forma como a política será implementada e da capacidade de diálogo entre o governo estadual e o setor produtivo.

A Sefaz-RN afirma que a reorganização do calendário de arrecadação é essencial para evitar dificuldades na gestão das finanças públicas e garantir o funcionamento regular da estrutura administrativa. A secretaria também esclarece que, sem a antecipação, benefícios fiscais poderiam ser revistos, como já ocorreu em outros estados.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração/ Joana Lima/Governo do Estado

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Sefaz prevê melhoria da situação fiscal ainda em 2025

Sefaz prevê melhoria da situação fiscal ainda em 2025

Estado do RN busca reduzir gastos com pessoal e precatórios para se adequar à LRF

Sefaz prevê melhoria da situação fiscal ainda em 2025

A Secretaria de Estado da Fazenda do Rio Grande do Norte (Sefaz-RN) projeta que o comprometimento da receita com despesas de pessoal continuará em trajetória de queda até o final de 2025. A estimativa foi divulgada após o Tesouro Nacional publicar o Relatório de Gestão Fiscal em Foco – 2º quadrimestre de 2025, que apontou o Estado como o único do país acima do limite máximo de 49% estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), com índice de 55,73%.

De acordo com a Sefaz, a redução já era esperada e decorre do crescimento da arrecadação estadual e do controle das despesas com pessoal. A secretaria afirma que, embora a situação ainda exija atenção, as medidas adotadas estão surtindo efeito e devem continuar contribuindo para a queda do índice.

O relatório do Tesouro Nacional revelou que o Executivo estadual destinou 70% da arrecadação líquida ao pagamento de servidores e à cobertura do déficit previdenciário. A despesa total com pessoal alcançou R$ 10,38 bilhões, enquanto R$ 2,68 bilhões foram transferidos do Tesouro Estadual para o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS).

Esse nível de gasto foi classificado como indicativo de “rigidez orçamentária” e de capacidade limitada de investimento. Na prática, cerca de R$ 70 de cada R$ 100 arrecadados são consumidos com pessoal ativo e aposentadorias, restando apenas R$ 30 para áreas como saúde, educação, segurança e infraestrutura.

Sefaz prevê melhoria da situação fiscal
Sefaz prevê melhoria da situação fiscal

Precatórios e dívidas judiciais

Além do comprometimento com a folha de pagamento, o relatório apontou que o Rio Grande do Norte possui o segundo maior índice de comprometimento da Receita Corrente Líquida com precatórios, alcançando 25%. O Estado fica atrás apenas do Rio Grande do Sul, que registra 27%. Apesar de uma leve redução em relação ao quadrimestre anterior, o volume de precatórios continua elevado.

A Sefaz atribui essa pressão a decisões judiciais originadas em gestões anteriores, especialmente relacionadas a direitos de servidores não cumpridos. A secretaria acredita que o impacto da atual gestão será percebido futuramente, com a redução na geração de novos precatórios.

Emenda Constitucional nº 136

Para aliviar o caixa estadual, a Sefaz destacou a promulgação da Emenda Constitucional nº 136, ocorrida em setembro. A norma alterou as regras para o pagamento de precatórios, eliminando o prazo final de 2029 e estabelecendo um limitador: a partir de 2026, os Estados deverão destinar 2% da Receita Corrente Líquida ao pagamento dessas dívidas.

Segundo a secretaria, essa mudança traz maior previsibilidade fiscal, ainda que represente um prazo mais longo para os credores. A medida é vista como um instrumento de planejamento que pode contribuir para o equilíbrio das contas públicas.

Desafios para 2025

Apesar das projeções de melhoria, o Rio Grande do Norte permanece sob observação do Tesouro Nacional e da LRF. Especialistas apontam que o principal desafio será equilibrar a folha de pagamento, o crescimento das aposentadorias e o ritmo da arrecadação, sem comprometer ainda mais os investimentos públicos.

A Sefaz reforça que o objetivo é reduzir o comprometimento da receita com pessoal para níveis compatíveis com os limites legais. A secretaria considera que a trajetória de queda observada nos últimos meses é um indicativo positivo, mas que o esforço fiscal deve continuar ao longo de 2025.

Foto: José Cruz/Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

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Faturamento de bares e restaurantes cai 1% no RN em setembro, aponta Abrasel-Stone

Faturamento de bares e restaurantes cai 1% no RN em setembro, aponta Abrasel-Stone

Estado teve uma das menores quedas do país em meio à crise do metanol e ao impacto do calendário

Faturamento de bares e restaurantes cai 1% no RN em setembro, aponta Abrasel-Stone

O faturamento de bares e restaurantes no Rio Grande do Norte registrou queda de 1% em setembro, segundo dados do índice Abrasel-Stone. Apesar da retração, o desempenho potiguar foi um dos melhores do país no período, marcado pelos efeitos da crise do metanol e por fatores sazonais que influenciaram o consumo.

No comparativo com setembro de 2024, o resultado representa uma melhora. Naquele ano, o estado havia registrado queda de 4% no faturamento do setor. A redução atual é considerada mínima diante do cenário nacional, onde a média foi de retração de 4,9%.

De acordo com a Abrasel RN, o número de finais de semana no mês influenciou o desempenho. Em agosto, houve cinco finais de semana, enquanto setembro teve apenas quatro. A entidade avalia que, mesmo com a queda percentual, o volume de vendas foi superior ao esperado para o período.

O setor também foi impactado por fatores climáticos. O fim do período de chuvas no estado contribuiu para a retomada gradual da frequência em bares e restaurantes, especialmente em estabelecimentos localizados em áreas abertas ou litorâneas.

Dados do IBGE apontam que o turismo no RN cresceu 5,8% em agosto, após quatro meses de queda. Esse aumento refletiu positivamente no faturamento de bares e restaurantes em setembro, segundo avaliação da Abrasel RN.

Apesar do desempenho relativamente estável, empresários locais relataram dificuldades. Proprietários de estabelecimentos em Natal indicaram redução no movimento e ajustes operacionais. Alguns reduziram o quadro de funcionários e planejam ações promocionais para os próximos meses, como eventos temáticos para atrair clientes.

Faturamento de bares e restaurantes cai 1% no RN
Faturamento de bares e restaurantes cai 1% no RN

A crise do metanol também influenciou o consumo. A substância, adicionada ilegalmente a bebidas destiladas, provocou alerta nacional e levou consumidores a evitarem determinados produtos. No RN, a venda de destilados e drinks apresentou queda, mas houve aumento na procura por chope, cerveja e vinho.

O Procon Natal, em parceria com a Vigilância Sanitária, realizou fiscalizações e recolheu mais de 136 litros de bebidas alcoólicas irregulares. Duas empresas foram autuadas por comercializar produtos com validade vencida. Até o momento, não há registro de intoxicações por metanol no estado.

Segundo a Abrasel nacional, o setor já apresentava desaceleração desde o início de setembro, após o impulso registrado em agosto por conta do Dia dos Pais. A conjuntura econômica, marcada por menor geração de empregos formais e elevado endividamento das famílias, também contribuiu para o desempenho mais contido.

Apenas dois estados registraram crescimento no faturamento do setor em setembro: Maranhão (2,6%) e Mato Grosso do Sul (1%). O RN ficou entre os estados com menor impacto negativo, atrás apenas do Maranhão, Mato Grosso do Sul e Piauí (0,4%).

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

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Turismo movimenta R$ 11,3 bilhões no RN em 2024, segundo estudo da Fecomércio

Turismo movimenta R$ 11,3 bilhões no RN em 2024, segundo estudo da Fecomércio

Estado registra crescimento de 57,4% no setor após pandemia e lidera participação econômica no Nordeste

Turismo movimenta R$ 11,3 bilhões no RN em 2024, segundo estudo da Fecomércio

O Rio Grande do Norte alcançou em 2024 a maior receita turística de sua história, com movimentação de R$ 11,3 bilhões. Os dados são de um estudo inédito realizado pelo Instituto Fecomércio RN, apresentado durante o Encontro do Projeto Vai Turismo, realizado em Natal.

O levantamento aponta que o turismo potiguar cresceu 57,4% no período pós-pandemia, superando a média nacional. O estado ocupa a segunda posição no Nordeste e a quarta no Brasil em participação do turismo na economia, com índice de 6,62%.

A maior parte da receita turística está concentrada no Litoral Sul, que respondeu por R$ 9,1 bilhões, equivalente a 80,83% do total estadual. Somado ao Litoral Norte, o percentual sobe para 84,95%, evidenciando a predominância do turismo de sol e mar como principal atrativo da região.

Entre 2006 e 2024, a receita turística do RN cresceu 165,3%, superando o crescimento médio nacional de 152%. A participação do estado no turismo brasileiro variou entre 0,9% e 1,1% ao longo do período.

A capital Natal registrou R$ 6,6 bilhões em receita turística em 2024, o maior valor já contabilizado. O município concentra 58,14% da arrecadação estadual e gera 19,8 mil empregos formais diretos no setor. Natal é a capital nordestina onde o turismo tem maior peso na economia local, com participação de 11,84%, ocupando a quinta posição entre as capitais brasileiras.

Turismo movimenta R$ 11,3 bilhões no RN
Turismo movimenta R$ 11,3 bilhões no RN

O município de Tibau do Sul também se destacou no estudo. O turismo representa 58,46% da base econômica local, sendo o único do estado com mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) privado ligado diretamente ao setor.

A pesquisa mostra que 81,9% da remuneração gerada pelo turismo no RN está concentrada em serviços voltados às famílias. O transporte representa 11,4% e os segmentos de cultura e lazer somam 6,7%. O impacto potencial do setor na economia potiguar é de 10,52%, índice superior à média nacional.

O estudo mapeou 70 atividades econômicas vinculadas ao turismo e permite comparações entre os 5.570 municípios brasileiros. A ferramenta é utilizada para orientar decisões públicas e privadas, indicando áreas com maior dinamismo e potencial para novos investimentos em hotéis, restaurantes e serviços turísticos.

No cenário nacional, o turismo brasileiro registrou receita recorde de R$ 1,11 trilhão em 2024. O setor respondeu por 5,63% do PIB privado e cresceu 4,8% no ano, superando o desempenho médio da economia, que foi de 3,4%. A receita do turismo em 2024 foi quase o dobro da registrada em 2019.

O Encontro Vai Turismo integra o projeto nacional “Vai Turismo – Rumo ao Futuro”, promovido pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) e pelo Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur). O evento reuniu representantes do setor público e privado para discutir estratégias de desenvolvimento turístico e ampliar a percepção de valor do segmento na economia brasileira.

Foto: Sandro Menezes/Governo do Estado

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Ações do Banco do Brasil caem após anúncio de negociação de empréstimo bilionário pelos Correios

Ações do Banco do Brasil caem após anúncio de negociação de empréstimo bilionário pelos Correios

Mercado reage negativamente à proposta de operação de R$ 20 bilhões com garantia do Tesouro Nacional

Ações do Banco do Brasil caem após anúncio de negociação de empréstimo bilionário pelos Correios

As ações do Banco do Brasil registraram queda significativa nesta quarta-feira (16), refletindo a reação negativa do mercado à notícia de que os Correios estão negociando um empréstimo de R$ 20 bilhões com um grupo de instituições financeiras, incluindo o próprio Banco do Brasil. A operação, que ainda depende de aprovação do Conselho de Administração da estatal, teria como garantia o Tesouro Nacional.

Por volta das 15h05, os papéis do Banco do Brasil recuavam 1,55%, cotados a R$ 20,38, após atingirem a mínima do pregão em R$ 20,29. A queda ampliou as perdas acumuladas na semana, mesmo com o Ibovespa apresentando leve alta de 0,51% no mesmo período.

A proposta de empréstimo tem como objetivo reforçar o caixa dos Correios para os anos de 2025 e 2026. A estatal acumulou prejuízo de R$ 4,37 bilhões no primeiro semestre, o que motivou a busca por recursos adicionais. A operação financeira está sendo avaliada internamente e deve ser decidida até o dia 24 de outubro.

Ações do Banco do Brasil caem após anúncio de empréstimo bilionário pelos Correios
Ações do Banco do Brasil caem após anúncio de empréstimo bilionário pelos Correios

A falta de detalhes sobre a estrutura da operação e os riscos envolvidos gerou incertezas entre os investidores. O envolvimento do Banco do Brasil na negociação, somado à expectativa negativa em torno da divulgação do balanço da instituição em 12 de novembro, contribuiu para a pressão sobre os papéis da estatal financeira.

O mercado financeiro acompanha com atenção os desdobramentos da proposta, especialmente pela possibilidade de impacto fiscal e pela exposição do Banco do Brasil a uma operação de grande porte com garantia pública. A volatilidade deve continuar até que haja definição oficial sobre a aprovação ou rejeição do empréstimo.

A proposta dos Correios ainda não foi detalhada publicamente, mas a informação de que o Tesouro Nacional poderia servir como garantidor da operação gerou preocupações sobre o risco envolvido e os efeitos sobre o setor bancário estatal. A reação imediata do mercado indica cautela diante da possibilidade de aumento da exposição do Banco do Brasil a ativos de risco elevado.

Enquanto o Ibovespa mostra resiliência, o desempenho das ações do Banco do Brasil evidencia a sensibilidade do mercado a notícias envolvendo estatais em situação financeira delicada. A movimentação dos papéis reflete o impacto direto de decisões estratégicas sobre o comportamento dos investidores.

A expectativa é de que novas informações sobre a operação sejam divulgadas nos próximos dias, especialmente após a reunião do Conselho de Administração dos Correios. Até lá, o mercado deve manter postura conservadora em relação aos ativos envolvidos na negociação.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Varejo do RN lidera crescimento nacional em agosto, segundo IBGE

Varejo do RN lidera crescimento nacional em agosto, segundo IBGE

Estado registra alta de 2,6% nas vendas e supera todas as unidades da federação

Varejo do RN lidera crescimento nacional em agosto, segundo IBGE

O Rio Grande do Norte registrou o maior crescimento nas vendas do comércio varejista entre todas as unidades da federação no mês de agosto. Segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado apresentou alta de 2,6% em relação ao mês anterior, superando os demais estados brasileiros.

Outros destaques positivos na região Nordeste foram Maranhão, com crescimento de 2,5%, e Paraíba, com 1,9%. No total, 16 estados apresentaram variação positiva nas vendas do varejo em agosto. A média nacional foi de 0,2%, interrompendo uma sequência de quatro meses consecutivos de queda.

O comércio varejista inclui segmentos como combustíveis e lubrificantes, supermercados, tecidos, vestuário, calçados, móveis, eletrodomésticos, artigos farmacêuticos, perfumaria, livros, jornais, revistas e papelaria. A alta registrada no Rio Grande do Norte reflete o desempenho positivo em diversos desses setores.

Além do varejo restrito, o estado também se destacou no comércio varejista ampliado, que engloba veículos, motos, peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo. Nesse segmento, o RN teve variação de 2,2% entre julho e agosto, ficando em terceiro lugar no ranking nacional, atrás apenas de Goiás (4,8%) e Maranhão (2,3%).

Por outro lado, 13 das 27 unidades da federação apresentaram queda nas vendas do varejo ampliado. Os maiores recuos foram observados no Amapá (-4,8%), Rondônia (-2,9%) e Amazonas (-2,5%).

Varejo do RN lidera crescimento nacional em agosto
Varejo do RN lidera crescimento nacional em agosto

Na comparação com agosto de 2024, o volume de vendas do comércio varejista nacional cresceu 0,4%, marcando a quinta taxa positiva consecutiva nessa base de comparação. No acumulado do ano, o crescimento foi de 1,6%, enquanto o acumulado em 12 meses chegou a 2,2%.

Já no comércio varejista ampliado, a variação mensal foi de 0,9% em agosto. A média móvel trimestral apresentou queda de 0,3%. Na comparação anual, houve retração de 2,1%. O acumulado do ano registra queda de 0,4%, e o acumulado em 12 meses aponta crescimento de 0,7%.

Os dados indicam que, apesar da recuperação pontual observada em agosto, o desempenho do varejo ampliado ainda enfrenta desafios em algumas regiões do país. No entanto, o resultado positivo do Rio Grande do Norte reforça a tendência de retomada gradual da atividade comercial no estado.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Dívida do RN supera R$ 6,3 bilhões e impõe desafio fiscal aos próximos governadores

Dívida do RN supera R$ 6,3 bilhões e impõe desafio fiscal aos próximos governadores

Gestão Fátima Bezerra encerra com alta dívida consolidada e limitações para investimentos futuros

Dívida do RN supera R$ 6,3 bilhões e impõe desafio fiscal aos próximos governadores

A dívida consolidada líquida do Estado do Rio Grande do Norte atingiu R$ 6,34 bilhões em agosto de 2025, segundo dados do Relatório de Gestão Fiscal do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RN). O montante representa um aumento de aproximadamente R$ 1,8 bilhão em relação ao início do primeiro mandato da governadora Fátima Bezerra (PT), em 2019.

Do total registrado, R$ 3,2 bilhões correspondem a dívidas contratuais e R$ 2,49 bilhões a empréstimos e compromissos de longo prazo. Em comparação com o ano de 2018, quando o Estado acumulava R$ 1,75 bilhão em dívidas, o crescimento ultrapassa 260%. O aumento reflete tanto o histórico de desequilíbrio fiscal quanto a intensificação das operações de crédito nos últimos anos.

A situação fiscal do Estado impõe desafios significativos à sucessão governamental prevista para 2026. A atual governadora deve renunciar ao cargo em abril para disputar uma vaga no Senado, deixando o comando do Executivo estadual ao vice-governador Walter Alves (MDB). A transição ocorrerá em um cenário de elevado comprometimento da receita com despesas de pessoal, dependência de transferências federais e déficit previdenciário.

Dívida do RN supera R$ 6,3 bilhões
Dívida do RN supera R$ 6,3 bilhões

Pré-candidatos ao governo estadual já se movimentam no cenário político, entre eles Cadu Xavier (PT), Rogério Marinho (PL), Álvaro Dias (Republicanos) e Allyson Bezerra (União Brasil). Todos enfrentam a perspectiva de assumir um Estado com capacidade fiscal limitada para novos investimentos.

Aliados da atual gestão argumentam que parte da dívida decorre de investimentos estruturantes e da recomposição de passivos acumulados. Já opositores apontam falta de planejamento e alertam para o risco de comprometimento da capacidade de investimento nos próximos anos.

Com mais de R$ 6,3 bilhões em compromissos acumulados, o próximo governo poderá ser obrigado a adotar medidas como renegociação de débitos e cortes em despesas de custeio. O tema deve ganhar centralidade no debate eleitoral, evidenciando o legado fiscal da gestão atual e os desafios estruturais das finanças públicas potiguares.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração/Fábio Duarte/Governo do Estado

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Pix Automático entra em operação nesta segunda-feira (13)

Pix Automático entra em operação nesta segunda-feira (13)

Nova modalidade do Banco Central permite pagamentos recorrentes com mais praticidade e segurança

Pix Automático entra em operação nesta segunda-feira (13)

O Banco Central do Brasil lançou oficialmente nesta segunda-feira (13) o Pix Automático, uma nova funcionalidade que permite a realização de pagamentos recorrentes de forma prática e automatizada. A novidade amplia as possibilidades do sistema de pagamentos instantâneos e tem como objetivo facilitar o pagamento de contas como luz, água, internet, mensalidades escolares, entre outras.

Com o Pix Automático, o usuário autoriza o débito uma única vez por meio do aplicativo do banco ou pelo internet banking. Após essa autorização inicial, os pagamentos são realizados automaticamente, sem necessidade de ações manuais a cada cobrança. É possível configurar limites de valor, definir se o cheque especial pode ser utilizado em caso de saldo insuficiente e escolher se deseja receber notificações sobre os agendamentos.

A nova modalidade funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, o que representa uma vantagem em relação ao débito automático tradicional, que depende de acordos entre bancos e empresas e só opera em dias úteis. Para pessoas físicas, o Pix Automático é gratuito. Já para empresas, haverá cobrança de tarifas, que devem ser inferiores às praticadas no modelo tradicional de débito automático.

Empresas interessadas em oferecer a funcionalidade aos seus clientes devem procurar seus gerentes de relacionamento ou se dirigir a uma agência bancária para habilitação do serviço. A expectativa é que o Pix Automático seja amplamente adotado por prestadores de serviços recorrentes, como concessionárias de energia, operadoras de telecomunicações, instituições de ensino e academias.

O Banco Central destaca que o Pix Automático contribui para a redução da inadimplência, ao garantir que os pagamentos sejam realizados na data correta, mesmo que o cliente não esteja disponível para efetuar a operação manualmente. Além disso, a funcionalidade amplia a inclusão financeira, ao permitir que pessoas sem cartão de crédito possam realizar pagamentos automáticos.

Pix Automático
Pix Automático

Cancelamentos da autorização podem ser feitos a qualquer momento, com efeito imediato. No entanto, pagamentos agendados para o mesmo dia da solicitação de cancelamento ainda serão processados. O cliente mantém controle total sobre os débitos autorizados e pode revisar ou revogar permissões diretamente pelo aplicativo bancário.

Em casos de cobranças indevidas, os usuários podem solicitar ressarcimento por meio do Mecanismo Especial de Devolução (MED), já utilizado em outras operações do Pix. O processo de devolução segue regras específicas do Banco Central e exige avaliação dos bancos envolvidos antes da restituição dos valores. Em situações de fraude, o procedimento também está sujeito a análise técnica para garantir a segurança das transações.

O lançamento do Pix Automático representa mais um avanço na modernização dos meios de pagamento no Brasil. Desde sua criação, o sistema Pix tem se consolidado como uma das principais ferramentas de transferência e pagamento no país, com ampla adesão por parte da população e das empresas.

A nova funcionalidade reforça o compromisso do Banco Central com a inovação e a eficiência dos serviços financeiros, promovendo maior comodidade para os usuários e incentivando o uso de soluções digitais no cotidiano. Com o Pix Automático, o Brasil dá mais um passo rumo à digitalização completa dos pagamentos recorrentes.

Foto: Marcello Casal Jr/Bruno Peres/Agência Brasil

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Governo do RN alerta para risco de insuficiência orçamentária em 2026

Governo do RN alerta para risco de insuficiência orçamentária em 2026

Secretarias e órgãos de controle discutem medidas para evitar desequilíbrio fiscal no último ano de gestão da governadora Fátima Bezerra

Governo do RN alerta para risco de insuficiência orçamentária em 2026

O Governo do Rio Grande do Norte identificou risco de insuficiência orçamentária para cobrir despesas com pessoal e manutenção administrativa no exercício de 2026, último ano de gestão da governadora Fátima Bezerra. A constatação foi feita pela Secretaria de Estado do Planejamento, do Orçamento e da Gestão (Seplan), com base em projeções da Secretaria de Fazenda (Sefaz).

Diante do cenário, a Seplan solicitou manifestação conjunta da Controladoria-Geral do Estado (CGE) e da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) para definir medidas que assegurem o equilíbrio fiscal e o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A preocupação decorre das limitações legais que impedem gestores públicos de contrair dívidas sem garantia de pagamento dentro do mesmo mandato.

O documento elaborado pela CGE e pela PGE apresenta recomendações de controle de gastos e aumento de arrecadação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios financeiros. Entre as medidas sugeridas estão: proibição de reajustes salariais, limitação de restos a pagar, revisão de renúncias fiscais, auditoria em gratificações e adicionais de servidores e reforço na cobrança da dívida ativa.

Medidas de contenção e recomendações de controle fiscal

O Núcleo de Monitoramento de Indicadores e Consultoria da CGE elaborou um parecer com ações preventivas para o exercício de 2026. A orientação é de que o governo adote prudência máxima na gestão da receita, reavaliando os benefícios fiscais concedidos e mantendo apenas aqueles que comprovarem relação custo-benefício favorável.

O documento também recomenda auditoria nas gratificações pagas a servidores ativos e inativos. Em julho de 2025, os adicionais pagos a servidores somaram R$ 17,9 milhões, podendo atingir R$ 214,9 milhões por ano. A Control sugere ainda verificação de incorporações e concessões a aposentadorias, além de revisão de contratos de terceirização, com análise da viabilidade de redução do quadro de atividade-meio.

As recomendações incluem ainda análise detalhada de planilhas de custos acima de R$ 500 mil, a ser realizada pelo Núcleo de Conformidade da Control, e a fortalecimento da arrecadação da dívida ativa, que totaliza R$ 11 bilhões até agosto de 2025, com arrecadação mensal de apenas R$ 7 milhões.

Outra sugestão é a criação de um decreto de programação financeira e cronograma mensal de desembolso, com metas bimestrais de arrecadação e revisão periódica das receitas. A medida busca disciplinar a liberação de recursos por órgão e fonte, de forma a manter previsibilidade no fluxo de caixa.

Histórico de contenção de despesas

Nos últimos anos, o Governo do Estado publicou dois decretos voltados à redução de gastos na administração direta e indireta. As medidas incluíram suspensão de nomeações, redução de viagens oficiais, revisão de contratos de locação de mão de obra e imóveis e meta de redução de 25% nas despesas de custeio, incluindo água, energia e telefone.

De acordo com auditoria da Controladoria, as ações resultaram em economia líquida de R$ 56 milhões entre o último bimestre de 2024 e o primeiro quadrimestre de 2025. No entanto, ao comparar o exercício de 2024 com o de 2023, verificou-se aumento líquido de R$ 200 milhões nas despesas, indicando que os decretos tiveram efeito temporário.

O relatório aponta que parte das liquidações pode ter sido adiada para períodos posteriores, reduzindo o impacto imediato das medidas. A análise classificou os decretos como ações emergenciais de curto prazo, que não conseguiram reverter a tendência de crescimento das despesas de custeio.

Governo analisa medidas para 2026

A controladora-geral do Estado, Luciana Daltro, informou que a consulta da Seplan representa uma ação preventiva voltada à manutenção da responsabilidade fiscal no encerramento do mandato. Segundo a gestora, o estudo busca identificar e aplicar medidas cabíveis para garantir a sustentabilidade das contas públicas e o cumprimento da legislação.

De acordo com a Controladoria, o parecer conjunto da CGE e da PGE servirá de orientação técnica para as decisões administrativas de 2026, assegurando que o Estado mantenha os princípios de legalidade, responsabilidade e transparência.

Foto: Sandro Menezes/Joana Lima/Governo do RN/Ilustração

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RN bate recorde no uso do PIX ao movimentar R$ 14 bilhões em agosto

RN bate recorde no uso do PIX ao movimentar R$ 14 bilhões em agosto

Estado registra maior valor mensal desde 2020 e lidera crescimento nacional no uso da ferramenta

RN bate recorde no uso do PIX ao movimentar R$ 14 bilhões em agosto

O Rio Grande do Norte registrou, em agosto de 2025, o maior volume mensal de transações via PIX desde o início da série histórica em novembro de 2020. Segundo levantamento da Fecomércio-RN em parceria com a Fecomércio-SE, o estado movimentou R$ 14,6 bilhões pela ferramenta de pagamento instantâneo.

O valor representa um crescimento de 121% em relação ao mesmo mês de 2024, quando foram movimentados R$ 6,6 bilhões. O desempenho coloca o RN como o estado com maior avanço percentual no país, superando a média nacional (39%) e a média regional do Nordeste (40%).

RN bate recorde no uso do PIX
RN bate recorde no uso do PIX

Fatores que influenciaram o crescimento

A análise das federações aponta que o resultado foi impulsionado por fatores como:

  • Retomada da atividade econômica;
  • Geração de empregos;
  • Antecipação do 13º salário aos servidores estaduais;
  • Abertura do programa de refinanciamento de dívidas (Refis) pelo governo local.

Esses elementos contribuíram para o aumento da circulação de recursos e da adesão ao sistema de pagamentos digitais.

Acumulado do ano

Entre janeiro e agosto de 2025, o PIX movimentou mais de R$ 78 bilhões no Rio Grande do Norte. O valor é 60% superior ao registrado no mesmo período de 2024.

A taxa de crescimento no estado foi a quarta maior do país, ficando atrás apenas de:

  • Piauí (100%);
  • Distrito Federal (74%);
  • Rio de Janeiro (61%).

Ainda assim, o desempenho do RN superou a média nacional (43%) e a média regional do Nordeste (35%).

Tendência de expansão

Segundo a Fecomércio, o estudo também identificou reflexos positivos no comportamento financeiro da população potiguar, com maior uso de meios digitais para pagamentos e transferências.

A expectativa é de que o crescimento continue nos próximos meses, especialmente com a regulamentação do PIX Parcelado pelo Banco Central. A nova modalidade permitirá ao consumidor dividir compras sem juros ou com taxas reduzidas, enquanto os comerciantes receberão o valor integral à vista. A medida deve reduzir custos com antecipação de recebíveis e ampliar o uso da ferramenta.

Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

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Milionários pagarão mesmo IR de professores e policiais com proposta de Lula

Milionários pagarão mesmo IR de professores e policiais com proposta de Lula

Reforma do Imposto de Renda prevê alíquota mínima de 10% para super-ricos, mas mantém desigualdade tributária

Milionários pagarão mesmo IR de professores e policiais com proposta de Lula

A proposta de reforma do Imposto de Renda (IR) apresentada pelo governo federal prevê a criação de uma alíquota mínima de 10% para contribuintes com renda anual superior a R$ 1,2 milhão. Apesar do avanço na tributação dos mais ricos, dados do Sindifisco Nacional indicam que categorias da classe média, como professores e policiais, continuarão pagando proporcionalmente mais imposto que milionários.

Segundo levantamento feito a partir de dados da Receita Federal, professores, bombeiros e policiais militares pagaram, em média, mais de 10% de sua renda em IR em 2023. A alíquota efetiva representa o percentual da renda total consumido pelo imposto, e é maior para trabalhadores assalariados, cujos rendimentos são integralmente tributados.

Já os brasileiros mais ricos, que concentram renda em ativos financeiros e dividendos, têm alíquotas efetivas menores. Os dividendos, por exemplo, deixaram de ser tributados no Brasil em 1996, o que contribui para a baixa carga tributária sobre os super-ricos.

A proposta inicial do Ministério da Fazenda previa uma reforma ampla do IR, mas diante de dificuldades políticas, o governo optou por implementar um imposto mínimo. A medida visa tributar parte das rendas isentas dos mais ricos, como dividendos e lucros financeiros.

Milionários pagarão mesmo IR
Milionários pagarão mesmo IR

Estrutura do imposto mínimo

O imposto mínimo terá alíquota progressiva, iniciando em zero para rendas mensais a partir de R$ 50 mil e chegando a 10% para rendas acima de R$ 100 mil por mês. No ajuste anual, será verificado quanto o contribuinte pagou de IR. Caso o valor seja inferior à alíquota mínima, será exigido o pagamento complementar.

Por exemplo, se um contribuinte declarou renda de R$ 2 milhões e pagou apenas 5% de IR, terá que pagar mais 5% para atingir o mínimo de 10%.

A reforma foi aprovada por unanimidade na Câmara dos Deputados em outubro e aguarda votação no Senado até dezembro. A expectativa é que entre em vigor no próximo ano.

Benefícios e limitações

O Ministério da Fazenda estima que a reforma beneficiará cerca de 14 milhões de pessoas, com arrecadação concentrada em aproximadamente 141 mil contribuintes. A medida permitirá ampliar a faixa de isenção para quem ganha até R$ 5 mil mensais e reduzir o imposto para rendas de até R$ 7.350.

Contudo, parte dos ricos ficará fora da nova tributação. Uma alteração no projeto de lei protege grandes produtores rurais que declaram IR como pessoa física na modalidade de lucro presumido. Esses contribuintes continuarão pagando imposto sobre apenas 20% do faturamento, mantendo a maior parte da renda isenta.

Dados do Sindifisco mostram que produtores rurais tiveram alíquota efetiva média de 4,66% em 2023, com renda média de R$ 331,7 mil. Em comparação, professores do ensino fundamental declararam renda média de R$ 104,7 mil e pagaram 9,76% de IR.

Categorias mais tributadas

O levantamento do Sindifisco revela que diversas categorias com rendas médias anuais entre R$ 100 mil e R$ 160 mil pagaram alíquotas efetivas superiores a 10% em 2023. Entre elas:

  • Professores de ensino médio: renda de R$ 121,7 mil, alíquota de 10,5%
  • Policiais militares: renda de R$ 133,5 mil, alíquota de 10,67%
  • Bombeiros militares: renda de R$ 157,1 mil, alíquota de 12,16%
  • Técnicos em metalmecânica: renda de R$ 122,5 mil, alíquota de 11,25%
  • Geógrafos: renda de R$ 148,8 mil, alíquota de 10,97%
  • Bibliotecários: renda de R$ 143 mil, alíquota de 11,07%

Outras categorias com rendas menores também enfrentam alta tributação:

  • Bancários: renda de R$ 105,6 mil, alíquota de 9,16%
  • Assistentes sociais: renda de R$ 107,7 mil, alíquota de 9,64%
  • Enfermeiros, nutricionistas e farmacêuticos: renda de R$ 111,8 mil, alíquota de 9,88%

Esses grupos não serão beneficiados pela reforma, pois suas rendas estão acima do limite de desoneração proposto.

Impacto na desigualdade

Especialistas apontam que a reforma pode contribuir para a redução da desigualdade, ainda que de forma limitada. Dados da Receita mostram que menos de 1% dos milionários deixam o país anualmente, e esse percentual está em queda desde 2017, contrariando argumentos sobre fuga de capitais.

Foto: José Cruz/Joédson Alves/Agência Brasil

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Consumidores denunciam divergência de preços em promoções do Nordestão em Natal

Consumidores denunciam divergência de preços em promoções do Nordestão em Natal

Clientes relatam diferença entre valores de encartes, gôndolas e caixas em lojas da rede na Prudente de Morais e Roberto Freire

Consumidores denunciam divergência de preços em promoções do Nordestão em Natal

Clientes do supermercado Nordestão, em Natal, relataram divergências entre os preços anunciados em encartes promocionais e os valores cobrados nos caixas das lojas. As denúncias envolvem unidades localizadas nas avenidas Prudente de Morais e Roberto Freire e foram comunicadas à imprensa após consumidores perceberem diferença no valor final das compras. O caso foi divulgado pelo portal da rádio 96 FM nesta quarta-feira (8).

De acordo com os relatos, os problemas ocorreram durante compras realizadas entre sexta-feira (3) e sábado (4). Os consumidores afirmam que produtos anunciados com determinados preços em material publicitário estavam com valores superiores no sistema de cobrança, o que motivou reclamações e pedidos de correção nos caixas.

Relatos de clientes

Uma das consumidoras relatou que adquiriu patinho bovino anunciado por R$ 35,90 o quilo na loja da avenida Prudente de Morais. No balcão de carnes, o preço informado era de R$ 48,90, mas o valor registrado no caixa foi de R$ 39,90. A cliente percebeu o erro ao observar o valor total cobrado, que somou R$ 80, em vez dos R$ 70 esperados.

“Na hora ainda disseram que o preço era aquele mesmo, aí mostrei o encarte que eles colocam na entrada da loja e concordaram que o valor estava errado. Corrigiram no caixa, mas não retiraram o encarte ou o preço no balcão das carnes”, afirmou a cliente, que apresentou o material promocional durante o atendimento.

Inicialmente, a consumidora afirmou não possuir provas para confirmar a divergência. No entanto, ao visitar no dia seguinte a loja da avenida Roberto Freire, registrou situação semelhante, com diferença entre o preço anunciado e o valor cobrado.

Mais produtos com diferença de valor

Durante a reclamação no caixa, outra cliente relatou ter percebido o mesmo tipo de problema. Segundo ela, o leite Ninho integral, divulgado no encarte por R$ 5,89, foi cobrado por R$ 7,00. Após a contestação, o sistema aplicou um desconto, reduzindo o valor para cerca de R$ 6,00.

As consumidoras afirmam que funcionários da rede reconheceram a diferença e realizaram o ajuste manualmente. O episódio, no entanto, levantou preocupação entre os clientes sobre possíveis prejuízos não percebidos em outras compras.

“Fico imaginando quantas pessoas compram em grande quantidade e não observam os valores finais cobrados. Eu mesma posso ter sido lesada outras vezes porque nem sempre checo esses valores”, relatou uma das clientes.

O que diz o Código de Defesa do Consumidor

De acordo com o Código de Defesa do Consumidor (CDC), em casos de divergência entre o preço exibido e o valor cobrado, o cliente tem direito de pagar o menor preço informado, seja na gôndola, no encarte ou no sistema do caixa. O estabelecimento é obrigado a corrigir o erro imediatamente e pode ser autuado por publicidade enganosa caso o problema se repita.

O Procon-RN orienta que o consumidor guarde o encarte promocional e a nota fiscal como provas e, se o problema não for resolvido no momento da compra, registre uma reclamação. O atendimento pode ser feito presencialmente, pelo site do órgão ou pelo aplicativo Procon Consumidor.

Posicionamento do Nordestão

Em nota, o Nordestão informou que “todos os descontos aplicados são exibidos ao final do cupom fiscal”. A empresa também orienta que clientes com dúvidas ou questionamentos sobre valores entrem em contato pelos canais de atendimento:

E-mail: fale-com-a-gente@nordestao.com.br

Com informações da 96 FM.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração / Reprodução

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Vendas de veículos seminovos e usados crescem 16% no RN em 2025

Vendas de veículos seminovos e usados crescem 16% no RN em 2025

Setor registra alta nas vendas em todo o estado e projeta recorde nacional até o fim do ano

Vendas de veículos seminovos e usados crescem 16% no RN em 2025

O mercado de veículos seminovos e usados no Rio Grande do Norte registrou crescimento de 16% entre janeiro e agosto de 2025, com 159.625 unidades comercializadas no estado. Os dados são da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), com base em informações da Senatran.

Em agosto, foram vendidas 21.475 unidades, representando alta de 11,5% em relação a julho e de 19,4% na comparação com agosto de 2024. A média diária chegou a 1.023 veículos por dia útil, avanço de 22,1% sobre o mês anterior.

O segmento de automóveis lidera o mercado potiguar, com 11.432 unidades vendidas em agosto, crescimento de 16% frente ao mesmo mês do ano anterior. Em seguida, aparecem as motos (7.348 unidades, +22%), comerciais leves (+26,6%), veículos pesados (+23,8%) e outros tipos (+47%).

Em Natal, o desempenho acompanha a tendência estadual. A capital registrou 5.741 unidades vendidas em agosto, aumento de 8,3% sobre julho e de 6,7% em relação a agosto de 2024. No acumulado do ano, foram 42.894 veículos comercializados, avanço de 9,5% frente ao mesmo período do ano anterior, representando cerca de 27% das vendas do estado.

Entre os segmentos, os automóveis somaram 3.845 unidades (+8,5% frente a agosto de 2024) e as motos 1.231 unidades, com leve queda anual de 3,5%, mas crescimento acumulado de 7,5% no ano.

Vendas de veículos
Vendas de veículos

Segundo Márcio Linhares, gerente de Seminovos da Nacional Seminovos – Concessionária Volks, o bom desempenho está relacionado à valorização dos carros novos e às condições de crédito mais atrativas para usados. Ele aponta que veículos entre R$ 50 mil e R$ 70 mil são os mais procurados, gerando escassez de oferta nesse segmento.

De acordo com Álvaro Crisanto, presidente da Associação Norte-Riograndense de Revendedores de Veículos (Anreve), o crescimento surpreendeu o setor, mesmo com a taxa Selic em 15%. Ele destaca que entre 50% e 70% das vendas são financiadas, evidenciando a força da demanda.

A digitalização e a profissionalização das revendas também são apontadas como fatores decisivos para o desempenho positivo. O setor emprega diretamente mais de 3.500 pessoas no estado, além de gerar empregos indiretos em oficinas, lava-jatos e vistoriadoras.

Os modelos mais vendidos no estado incluem Volkswagen Gol, Chevrolet Onix e Hyundai HB20 entre os automóveis; Fiat Strada, Toyota Hilux e Fiat Toro nos comerciais leves; e Honda CG150, CG125, NXR150 e POP 100 entre as motos.

Veículos seminovos com até três anos de uso e modelos com mais de 13 anos foram os que mais cresceram em vendas. Em agosto, o aumento foi de 41,2% entre os seminovos e de 25,6% entre os mais antigos. Em Natal, os avanços foram de 24,3% e 12,1%, respectivamente.

No cenário nacional, o setor também apresenta crescimento. Até setembro, foram comercializadas 13,47 milhões de unidades, alta de 16,4% em relação ao mesmo período de 2024. A Fenauto projeta que as vendas devem alcançar entre 16 e 17 milhões de veículos até o fim do ano, superando o recorde de 15,7 milhões registrado em 2024.

Mesmo com leve recuo de 1,3% em setembro, a expectativa é de que o mercado de seminovos encerre 2025 com novo recorde, consolidando-se como a opção mais vantajosa para o consumidor brasileiro.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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FGTS terá novas regras para saque-aniversário a partir de novembro

FGTS terá novas regras para saque-aniversário a partir de novembro

Conselho Curador aprova limite de valores, parcelas e carência para antecipações do benefício em instituições financeiras

FGTS terá novas regras para saque-aniversário a partir de novembro

A partir de 1º de novembro, entram em vigor novas regras para o saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A decisão foi aprovada pelo Conselho Curador do FGTS nesta terça-feira (7) e altera as condições para antecipação do benefício em instituições financeiras.

As mudanças incluem limites de valor, número de parcelas, frequência de contratação e período de carência. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, o objetivo é evitar abusos contra os trabalhadores que contratam empréstimos com base no saque-aniversário, muitas vezes pagando juros elevados.

Entre as principais alterações está o limite de valores por parcela. A partir de novembro, o trabalhador poderá antecipar entre R$ 100 e R$ 500 por parcela, com máximo de cinco parcelas nos próximos 12 meses, totalizando até R$ 2.500. A partir de novembro de 2026, o limite será reduzido para três parcelas dentro da mesma faixa de valor.

Outra mudança relevante é a limitação da frequência de contratação. O trabalhador poderá realizar apenas uma operação de antecipação por ano. Antes, era possível contratar múltiplas operações simultâneas ao longo do ano.

Também foi estabelecido um período de carência. Após aderir ao saque-aniversário, o trabalhador deverá aguardar 90 dias para contratar antecipações em instituições financeiras.

FGTS terá novas regras
FGTS terá novas regras

Atualmente, não há restrições quanto ao valor, número de parcelas ou carência. Segundo dados do Conselho Curador, o valor médio das operações é de R$ 1.300, com média de oito antecipações por contrato. Cerca de 26% dos trabalhadores realizam a antecipação no mesmo dia da adesão.

De acordo com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, as novas regras visam proteger os trabalhadores do endividamento excessivo e garantir a sustentabilidade do FGTS. O governo considera que o uso do saldo como garantia de empréstimos tem gerado vulnerabilidade financeira, especialmente em casos de demissão.

O ministro também destacou que o saque-aniversário enfraquece o FGTS como fundo de investimento em áreas como habitação, saneamento e infraestrutura. Marinho afirmou que, se dependesse exclusivamente de sua decisão política, o saque-aniversário já teria sido extinto.

Outro ponto de preocupação do governo é o uso inadequado dos recursos do FGTS. O ministro citou casos de trabalhadores que utilizam os valores antecipados para apostas online, como em aplicativos populares entre jovens.

Segundo estimativas do Ministério do Trabalho, até 2030, cerca de R$ 86 bilhões deixarão de ser direcionados às instituições financeiras e permanecerão com os trabalhadores. A medida representa um redirecionamento estratégico para fortalecer o poder de compra e a poupança da população.

Atualmente, 21,5 milhões de trabalhadores aderiram ao saque-aniversário, o que representa 51% das contas ativas do FGTS. Desses, aproximadamente 70% já realizaram operações de antecipação. Desde 2020, essas operações movimentaram entre R$ 102 bilhões e R$ 236 bilhões, conforme dados do Conselho Curador.

Criado em 2019, o saque-aniversário permite ao trabalhador retirar anualmente parte do saldo de sua conta do FGTS no mês de seu aniversário. A adesão é opcional, mas implica na perda do direito de sacar o saldo total da conta em caso de demissão sem justa causa, mantendo apenas o acesso à multa rescisória de 40%.

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

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Dia das Crianças deve gerar R$ 377 milhões em vendas no comércio do RN

Dia das Crianças deve gerar R$ 377 milhões em vendas no comércio do RN

Pesquisa da Fecomércio aponta crescimento nas intenções de compra e movimentação econômica no estado

Dia das Crianças deve gerar R$ 377 milhões em vendas no comércio do RN

O Dia das Crianças, comemorado no próximo domingo (12), deve movimentar R$ 377,9 milhões no comércio do Rio Grande do Norte. A estimativa é do Instituto Fecomércio RN (IFC), com base em pesquisa de Intenção de Compras realizada em diversas cidades do estado. O levantamento aponta crescimento nominal de 9,6% em relação ao ano anterior, o que representa um avanço real de aproximadamente 4%, considerando a inflação.

A expectativa é de aquecimento nas vendas do varejo e nos serviços, com impacto direto em lojas de rua, centros comerciais e estabelecimentos voltados ao lazer. A data é considerada estratégica para o setor, funcionando como um termômetro para o desempenho das vendas no fim de ano.

Em Natal, a movimentação estimada é de R$ 127,6 milhões, com leve alta de 0,7% em relação a 2024. O IFC avalia que o mercado da capital está mais voltado à conversão de vendas do que à expansão de volume. A pesquisa revela que 69,8% dos entrevistados pretendem comprar presentes, com tíquete médio de R$ 157,48. O gasto com passeios é ainda maior, chegando a R$ 180,51.

A maioria dos consumidores natalenses deve realizar as compras na semana da comemoração (70,5%), com 75,5% afirmando que vão pesquisar preços antes de decidir. O pagamento à vista será a principal forma escolhida, mencionada por 59,2% dos entrevistados.

Em Mossoró, o cenário é de maior dinamismo. O comércio local deve movimentar R$ 32,7 milhões, um crescimento de 22,2% em relação ao ano anterior, superando a média estadual. Apesar de a intenção de compra ser menor que em Natal (57,8%), os consumidores mossoroenses devem gastar em média R$ 143,25 com presentes e R$ 158,68 com passeios. O comércio de rua lidera as preferências, concentrando 45,2% das compras. Em relação à forma de pagamento, o parcelamento é predominante, citado por 54,6% dos entrevistados.

Os itens mais procurados para presentear são brinquedos (69,5%) e vestuário (42,8%). Os eletrônicos seguem em expansão, representando 13,4% das intenções de compra.

Dia das Crianças
Dia das Crianças

A pesquisa também indica estratégias distintas para os mercados de Natal e Mossoró. Na capital, ações como descontos para pagamentos via Pix, combos de produtos e parcerias com o setor de lazer são recomendadas para atrair consumidores. Já em Mossoró, onde o consumo cresce de forma acelerada, o parcelamento, campanhas de vizinhança e horários estendidos são considerados fundamentais para atender à demanda.

Em âmbito nacional, a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Offerwise Pesquisas, estima que o varejo brasileiro deve movimentar R$ 16,7 bilhões com o Dia das Crianças. A data é vista como uma oportunidade para o setor se preparar para as campanhas de fim de ano, como a Black Friday e o Natal.

No bairro do Alecrim, em Natal, o comércio já sente os efeitos da data. Lojas populares de brinquedos, roupas e acessórios registram aumento no movimento e se preparam para o pico de vendas até o fim de semana. Consumidores também aproveitam a ocasião para realizar compras destinadas à doação, além de presentear filhos, vizinhos e instituições.

A pesquisa da Fecomércio RN reforça que, mesmo diante de um cenário econômico cauteloso, há disposição dos consumidores em manter a tradição de presentear. O comportamento observado indica valorização do custo-benefício, da qualidade dos produtos e da experiência de compra.

A data é considerada um dos principais marcos do calendário varejista, consolidando o movimento que antecede as grandes campanhas de novembro e dezembro. A expectativa é de que o comércio local esteja preparado para atender à demanda, oferecendo variedade, promoções e atendimento qualificado.

Foto: Rovena Rosa/Fernando Frazão/Agência Brasil

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Alckmin destaca avanços com os EUA após conversa entre Lula e Trump

Alckmin destaca avanços com os EUA após conversa entre Lula e Trump

Vice-presidente citou nova exclusão de produtos de tarifaço

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, que é também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, afirmou neste sábado (4), em Brasília, que houve novos avanços na redução de tarifas do governo dos Estados Unidos (EUA) sobre produtos brasileiros. Isso ocorreu, observou, após o rápido encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente norte-americano, Donald Trump, durante a Assembleia-Geral das Nações Unidas, no fim de setembro.

“Depois da conversa do presidente Lula com o presidente Trump, esta semana, segunda-feira (29), alguns produtos, como madeira macia e serrada, [que] estavam em 50%, passaram para 10%. Armário, móveis, sofá, tem ali o detalhamento dos produtos, estava em 50%, passaram para 25%. E o que é a Seção 232 [da Lei de Comércio dos EUA]? Nós e o mundo estamos iguais. Então, quando você fala armário, móvel, é 25% para o Brasil e para o mundo todo, você não perde competitividade”, afirmou Alckmin durante visita a uma concessionária de automóveis na capital federal. Segundo ele, a retirada desses produtos do tarifaço de 50% significa exclusão de US$ 370 milhões em produtos brasileiros exportados.

A Seção 232 da Lei de Expansão Comercial norte-americana, mencionada por Alckmin, é usada pelo país para taxar todos os países de forma simultânea.

“Eu acho que o encontro do presidente Lula com o presidente Trump em Nova York foi importante, foi um primeiro passo e temos muita convicção de que teremos próximos passos aí. Não há razão para manter essa tarifa, já que os Estados Unidos são superavitários na relação comercial conosco. Eles vendem mais pra gente do que nós para eles”, acrescentou Alckmin.

O vice-presidente tem sido o principal interlocutor brasileiro junto ao governo dos EUA e vem mantendo diálogo direto com o secretário de Comércio do país norte-americano, Howard Lutcnick, com quem conversou esta semana.
Carro sustentável

Ao visitar uma loja de automóveis em Brasília, Alckmin citou números da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) para comemorar o aumento expressivo na venda de carros novos desde o lançamento do programa Carro Sustentável, que zera impostos e concede estímulos para a comercialização de veículos de entrada fabricados no Brasil e que obedecem a critérios de sustentabilidade.

“Do dia 11 de julho, quando foi lançado o Carro Sustentável, até 30 de setembro, as vendas aumentaram 28,2%. O carro sustentável tem importância ambiental, ele polui menos, não pode passar de 83 gramas de CO2 por quilômetro rodado, é flex, fabricado no Brasil e com 80% de reciclabilidade. Tem importância social porque é o carro de entrada, o carro mais barato, reduzindo ainda mais o preço”, destacou Alckmin.

Lula e Trump ainda devem ter um encontro virtual ou presencial, em data a ser anunciada. Foi o que ambos combinaram após o encontro em Nova York, há duas semanas.

Foto: Mark Garten via Fotos Públicas / Cadu Gomes/VPR

Da Agência Brasil

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Construtora Alliance lança Aura em Petrópolis e marca retorno a Natal

Construtora Alliance lança Aura em Petrópolis e marca retorno a Natal

O empreendimento ocupará o último terreno da Av. Getúlio Vargas, unindo localização estratégica, sofisticação e vistas privilegiadas do mar

A Construtora Alliance oficializa seu retorno a Natal (RN) com o lançamento do Aura, empreendimento de alto padrão localizado no último terreno disponível da Avenida Getúlio Vargas, em Petrópolis. O projeto consolida a proposta da marca de entregar experiências únicas de moradia em endereços icônicos da cidade.
Para marcar a chegada do Aura ao mercado, a Alliance reuniu corretores no último dia 1º de outubro em um treinamento no Hotel Golden Tulip Natal, em Ponta Negra. O encontro reforçou a história de confiança da construtora, que nasceu em Natal e construiu sua trajetória ao longo de duas décadas.

Segundo Marcelo Fam, CEO da construtora, o momento é simbólico: “Depois de 11 anos, voltamos a Natal com um produto à altura do que a cidade merece. O Aura é o quadragésimo empreendimento da Alliance e carrega um peso histórico: inaugura um novo ciclo da nossa atuação no estado, valorizando o bairro Petrópolis e reafirmando nossa confiança no mercado potiguar.”

O bairro escolhido para receber o lançamento dispensa apresentações. Petrópolis, na Zona Leste da capital, é tradicional, nobre e um dos mais desejados de Natal. Próximo a escolas de referência, centros médicos, restaurantes e comércio de alto padrão, reúne também a vantagem de estar a poucos minutos de praias urbanas como Areia Preta e Praia do Meio.

Para Marianna Seixas, Gerente de Incorporação da Alliance, o Aura foi concebido para atender diferentes perfis de família, sem abrir mão da exclusividade: “É um empreendimento que se destaca tanto pela planta única, que privilegia amplitude e vista definitiva para o mar, quanto pelas áreas comuns pensadas para todas as idades. Foi um projeto desenhado para refletir o cotidiano real das famílias, aliado ao estilo de vida sofisticado de Petrópolis.”

Com 34 unidades, uma por andar e 214,89 m² cada, o Aura reúne diferenciais como o rooftop panorâmico que substitui o tradicional salão de festas por uma confraria com bar em estilo internacional, além do Sky Gym equipado pela Life Fitness e o Terraço Sunset, voltado para contemplar o pôr do sol natalense. O pavimento Solar completa a proposta com complexo aquático aquecido, brinquedoteca e espaços de convivência.

A assinatura do projeto também agrega prestígio: Daniel Arruda (arquitetura), Sandra Moura (interiores) e Benedito Abbud (paisagismo). Para Samir Hagge, diretor comercial e de marketing, essa combinação reforça a essência do Aura: “Trata-se de um projeto exclusivo, no último terreno disponível da Getúlio Vargas. Não é apenas morar em Petrópolis, é viver em um marco da cidade, com assinatura de profissionais consagrados e diferenciais que dialogam com o que há de melhor no mercado de alto padrão.”

A expectativa positiva não se restringe à Alliance. Para Valdomiro Ferreira, diretor da Emobi Imobiliária, o mercado já demonstra entusiasmo: “O Aura chega para atender um desejo antigo de clientes e corretores. É um terreno único, em um endereço icônico, com produto acertado em metragem, planta e preço. A expectativa é de uma velocidade de vendas muito forte, porque o mercado estava carente de lançamentos desse nível em Natal.”

Com o Aura, a Alliance inaugura uma nova fase de crescimento em Natal, consolidando sua posição de confiança no mercado e reforçando sua contribuição para o desenvolvimento urbano da capital potiguar.

Fotos: Divulgação

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Nova isenção do Imposto de Renda deve beneficiar pelo menos 150 mil potiguares

Nova isenção do Imposto de Renda deve beneficiar pelo menos 150 mil potiguares

Projeto isenta quem ganha até R$ 5 mil e concede descontos para rendas de até R$ 7.350; em compensação, prevê alíquota de até 10% para rendimentos acima de R$ 50 mil mensais

Nova isenção do Imposto de Renda deve beneficiar pelo menos 150 mil potiguares

O Projeto de Lei nº 1.087/25, aprovado nessa quarta-feira (1º) pela Câmara dos Deputados, deve beneficiar diretamente pelo menos 150 mil contribuintes potiguares. Segundo estimativas da Receita Federal, com base em dados de 2023, aproximadamente 98 mil trabalhadores com renda mensal de até R$ 5 mil passariam a ser isentos do Imposto de Renda (IR), enquanto outros 53 mil, que ganham entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, deverão ter descontos progressivos.

Atualmente, está isento quem recebe até R$ 3.036 mensais, o equivalente a dois salários mínimos. Acima desse valor, a tributação é escalonada, partindo de 7,5% e chegando a 27,5% para rendimentos superiores a R$ 5.830. Além de ampliar o limite de isenção, a nova proposta cria uma faixa intermediária, destinada a quem ganha acima de R$ 5 mil até R$ 7.350, com alíquotas progressivas e deduções automáticas.

Para o contador e diretor da Rui Cadete Consultores Associados, Daniel Carvalho, a mudança representa um avanço em termos de justiça tributária. “O Imposto de Renda é uma das principais ferramentas de redistribuição de renda no país. Então ao ampliar a faixa de isenção para corrigir distorções, espera-se aliviar o peso para quem tem ganhos mais baixos e corrigir uma defasagem histórica na tabela”, explica.

Nova isenção do Imposto de Renda
Nova isenção do Imposto de Renda

Para compensar uma perda arrecadatória estimada em mais de R$ 25 bilhões e após intenso debate, os deputados mantiveram a proposta original do Ministério da Fazenda, que estabelece uma alíquota mínima de 10% de IRPF para quem recebe acima de R$ 50 mil por mês (ou R$ 600 mil por ano). De acordo com o contador Daniel Carvalho, a medida tem como objetivo alcançar o topo da pirâmide de renda no país.

Isso porque estima-se que 0,1% da população (cerca de 200 mil brasileiros com rendimento médio mensal de R$ 392 mil) recolha, em média, 7,4% de Imposto de Renda. Enquanto isso, os reajustes sucessivos do salário mínimo ampliaram a base de contribuintes, incluindo trabalhadores de baixa remuneração na faixa de tributação e desequilibrando a balança. Esse cenário, somado à inflação, teria aumentado a pressão sobre quem recebe salários menores.

“Por outro lado, quem ganha proventos acima de R$ 50 mil, mas já recolhe a alíquota máxima de 27,5% na folha, não sentirá grandes mudanças. O impacto maior será para profissionais que recebem via pessoa jurídica, distribuindo lucros e dividendos, hoje isentos. Nesse caso, os rendimentos também passarão a ser considerados no cálculo da alíquota efetiva”, alerta o diretor da Rui Cadete.

O projeto segue agora para análise no Senado. Se aprovado e sancionado, as novas regras passam a valer já no próximo ano-calendário, com reflexos na declaração de ajuste anual de 2026.

Fotos: Divulgação

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BC ativa botão de contestação do Pix para vítimas de fraude

BC ativa botão de contestação do Pix para vítimas de fraude

Nova funcionalidade permite contestar transações fraudulentas diretamente pelo aplicativo do banco

BC ativa botão de contestação do Pix para vítimas de fraude

O Banco Central (BC) disponibilizou, desde quarta-feira (1º), o botão de contestação de transações realizadas via Pix. A funcionalidade tem como objetivo facilitar a devolução de valores para usuários que foram vítimas de fraude, golpe ou coerção. O recurso está integrado ao chamado Mecanismo Especial de Devolução (MED), criado em 2021, e agora pode ser acessado diretamente pelo aplicativo da instituição financeira com a qual o usuário possui relacionamento.

Ao acionar o botão de contestação, a informação é imediatamente enviada ao banco que recebeu os recursos da transação contestada. Caso existam valores disponíveis, mesmo que parcialmente, a instituição deve realizar o bloqueio desses recursos. Após o bloqueio, os bancos envolvidos têm até sete dias para analisar a solicitação. Se confirmada a ocorrência de fraude, a devolução é feita diretamente para a conta da vítima, com prazo máximo de até onze dias após a contestação.

Com a nova atualização, o processo de contestação passa a ser totalmente digital, eliminando a necessidade de contato com a central de atendimento da instituição financeira. Segundo o BC, essa mudança visa aumentar a agilidade e a eficiência na análise de transações suspeitas, ampliando as chances de recuperação dos valores antes que sejam retirados ou transferidos para outras contas.

BC ativa botão de contestação
BC ativa botão de contestação

O botão de contestação do Pix é exclusivo para casos de fraude, golpe ou coerção. Não se aplica a situações como desacordo comercial, arrependimento de compra, erro de digitação de chave Pix ou transações com terceiros de boa-fé. O BC reforça que o MED não deve ser utilizado nesses contextos.

Outra alteração importante no funcionamento do MED é a possibilidade de devolução de valores a partir de contas diferentes daquelas originalmente utilizadas na fraude. Essa funcionalidade estará disponível de forma facultativa a partir de 23 de novembro e se tornará obrigatória em fevereiro do próximo ano.

Anteriormente, a devolução só podia ser feita a partir da conta que recebeu os recursos fraudulentos. No entanto, é comum que fraudadores transfiram rapidamente os valores para outras contas, dificultando a recuperação dos recursos. Com a nova regra, o MED poderá rastrear o caminho dos valores transferidos, permitindo que a devolução ocorra mesmo que os recursos tenham sido movimentados.

As informações sobre o trajeto dos recursos serão compartilhadas entre os participantes da transação, o que deve contribuir para a identificação de contas utilizadas em fraudes. O BC acredita que essa medida pode desestimular práticas fraudulentas e impedir o uso recorrente de contas envolvidas em golpes.

O aprimoramento do MED representa mais uma etapa na evolução do sistema Pix, que desde sua criação tem passado por atualizações para garantir maior segurança aos usuários. A expectativa é que o novo botão de contestação contribua para a redução de prejuízos causados por fraudes e aumente a confiança dos usuários no sistema de pagamentos instantâneos.

Foto: Bruno Peres/Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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Empregos: RN tem melhor saldo do ano em agosto

Empregos: RN tem melhor saldo do ano em agosto

Estado cria 5.339 vagas formais e mantém trajetória de recuperação, apesar de desempenho inferior ao de 2024

Empregos: RN tem melhor saldo do ano em agosto

O Rio Grande do Norte registrou em agosto a abertura de 5.339 postos de trabalho com carteira assinada, resultado de 24.285 admissões contra 18.946 desligamentos. O desempenho representa o melhor saldo mensal do ano, superando julho, quando foram criadas 3.462 vagas. No entanto, o número ainda está abaixo do registrado em agosto de 2024, quando foram abertas 7.424 vagas formais.

No acumulado de janeiro a agosto de 2025, o estado soma 15.397 novos postos de trabalho. Esse total também é inferior ao mesmo período de 2024, que contabilizou 26.706 vagas. Os dados refletem uma trajetória de recuperação do mercado de trabalho potiguar, embora em ritmo mais lento que o observado no ano anterior.

O início de 2025 foi marcado por oscilações. Janeiro apresentou saldo negativo de 421 vagas, enquanto fevereiro registrou 2.617 postos criados, com destaque para os setores de construção, serviços e comércio. Março voltou a apresentar retração, com 1.902 desligamentos a mais que admissões, especialmente na agropecuária. Abril retomou o crescimento com saldo de 2.674 vagas, impulsionado pelo setor de serviços.

Em maio, a indústria compensou a retração nos serviços e garantiu saldo positivo de 2.169 postos. Junho teve desempenho sustentado pela agropecuária, com saldo de 1.459 vagas. Julho apresentou crescimento com 3.462 vagas, apesar da queda na construção. Em agosto, a construção civil voltou a registrar recuo (-66), mas os demais setores reagiram e sustentaram o melhor resultado mensal do ano.

O setor agropecuário liderou a geração de empregos em agosto, com 2.332 vagas. Em seguida, o setor de serviços abriu 1.223 postos, a indústria registrou saldo positivo de 1.093 empregos e o comércio somou 761.

Empregos RN
Empregos RN

A capital Natal teve papel relevante no desempenho estadual, com 9.236 admissões e 7.975 desligamentos, resultando em saldo de 1.261 postos no mês. Desde janeiro, o município acumula 6.122 vagas abertas e mantém sete meses consecutivos de crescimento no emprego formal. Em abril, Natal registrou o maior resultado mensal desde o início da série histórica do Novo Caged, em 2020, com 2.220 empregos criados.

No comparativo regional, o Rio Grande do Norte foi o quinto estado do Nordeste com maior geração de empregos em agosto. Pernambuco liderou com 12.692 vagas, seguido por Bahia (11.015), Paraíba (8.492) e Ceará (6.933). Após o RN, aparecem Maranhão (3.149), Alagoas (2.803), Piauí (2.591) e Sergipe (2.330).

Em âmbito nacional, o Brasil criou 147.358 empregos com carteira assinada em agosto, resultado de 2.239.895 admissões e 2.092.537 desligamentos. O número superou o saldo de julho (134.251), mas ficou abaixo de agosto de 2024, quando foram criadas 239.069 vagas. No acumulado de janeiro a agosto, o país registra 1.501.930 novos postos de trabalho, com crescimento de 3,18% em relação a dezembro de 2024.

O setor de serviços liderou a geração de empregos no país, com 773.385 postos (+3,36%), seguido pela indústria (273.231 vagas), construção (194.545), comércio (153.483) e agropecuária (107.297). Entre os estados, São Paulo teve o maior saldo (+436.729), seguido por Minas Gerais (+152.968) e Paraná (+108.778).

O desempenho do mercado de trabalho no RN em agosto reforça a tendência de recuperação gradual, com destaque para setores estratégicos e para a capital Natal. Apesar dos avanços, os números ainda indicam necessidade de estímulo à geração de empregos e à diversificação econômica para alcançar patamares superiores aos de 2024.

Foto: Marcello Casal Jr/ Bruno Peres/Agência Brasil

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Turismo do RN cresce 25% em julho e fatura R$ 131 milhões

Turismo do RN cresce 25% em julho e fatura R$ 131 milhões

Setor registra alta no acumulado do ano e reforça necessidade de investimentos em infraestrutura e promoção

Turismo do RN cresce 25% em julho e fatura R$ 131 milhões

O turismo do Rio Grande do Norte registrou crescimento de 25% em julho, com faturamento de R$ 131 milhões. O desempenho representa avanço em relação ao mês anterior, quando o setor movimentou R$ 104,2 milhões. No acumulado de 2025, o crescimento é de 7,6%, consolidando o estado como destino competitivo no cenário nacional.

Julho é tradicionalmente impulsionado pelas férias escolares, o que contribui para o aumento da demanda por hospedagem, alimentação, transporte e atividades turísticas. O resultado reforça a importância de ações de promoção e investimentos em infraestrutura para sustentar o ritmo de crescimento.

No contexto nacional, o setor de turismo movimentou R$ 127,7 bilhões entre janeiro e julho, com alta de 6,5% em relação ao mesmo período de 2024. O faturamento de julho, excluindo transporte aéreo, foi de R$ 14,3 bilhões, representando crescimento de 2,4% frente ao mesmo mês do ano anterior.

Segmentos como transporte aéreo, alojamento, alimentação e turismo rodoviário foram responsáveis pelos principais avanços. Em julho, o transporte aéreo de passageiros registrou faturamento de R$ 5,3 bilhões, com alta de 9,7% em relação ao mesmo mês de 2024. O setor de alimentação alcançou R$ 3 bilhões, com crescimento de 6%.

No Rio Grande do Norte, o turismo de lazer continua sendo o principal motor da economia do setor. Sol e mar permanecem como atrativos centrais, mas há expansão em segmentos como ecoturismo, esportes, experiências culturais e turismo corporativo. A capital Natal tem recebido eventos e congressos que contribuem para a ocupação hoteleira fora da alta temporada.

Turismo do RN
Turismo do RN

O estado também tem ampliado sua presença em mercados emissores do Sul e Sudeste, além de crescer no Centro-Oeste. No cenário internacional, Argentina e Chile lideram como principais emissores de turistas para o RN, com avanços em outros países da América do Sul. Há também esforços para retomar parcerias com emissores europeus.

Apesar do crescimento, o desempenho do RN em julho de 2025 foi de 1,9% em relação ao mesmo mês de 2024, abaixo da média nacional de 2,4%. Estados como Rio Grande do Sul (24,6%), Mato Grosso do Sul (12,9%) e Amazonas (10,9%) apresentaram resultados mais expressivos. Por outro lado, Tocantins (-5,7%), Sergipe (-5,0%) e Minas Gerais (-7,3%) registraram queda.

A ocupação hoteleira e o número de clientes em estabelecimentos como hotéis, bares e restaurantes aumentaram, mas ainda há desafios relacionados à sazonalidade. A manutenção de uma ocupação média elevada depende da realização de eventos e do incentivo a segmentos como turismo religioso, esportivo e corporativo.

Em valores absolutos, os estados com maior faturamento no turismo em julho foram São Paulo (R$ 4 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 1,5 bilhão) e Minas Gerais (R$ 1,4 bilhão). Os menores números foram registrados em estados da região Norte, como Amapá (R$ 10,3 milhões), Acre (R$ 10,3 milhões), Roraima (R$ 10,7 milhões) e Rondônia (R$ 24,9 milhões).

O desempenho do turismo potiguar em julho reforça a necessidade de políticas públicas voltadas para infraestrutura, conectividade aérea, qualificação profissional e promoção contínua do destino. A consolidação do RN como destino turístico depende da articulação entre setor público e privado para garantir crescimento sustentável e competitivo.

Foto: Divulgação/Emprotur

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Aneel define bandeira vermelha patamar 1 para outubro nas contas de energia

Aneel define bandeira vermelha patamar 1 para outubro nas contas de energia

Adicional será de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos a partir do próximo mês

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira (26) que a bandeira vermelha patamar 1 será aplicada nas contas de energia durante o mês de outubro. Com isso, haverá cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

A decisão representa uma redução em relação aos meses de agosto e setembro, quando esteve em vigor a bandeira vermelha patamar 2, que possui custo maior para os consumidores.

Motivos para a mudança

Segundo a Aneel, a manutenção de condições climáticas desfavoráveis, como o baixo volume de chuvas, continua afetando os níveis dos reservatórios das hidrelétricas, principais fontes de geração do país.

“Diante desse cenário, há necessidade de acionamento de usinas termelétricas, que são mais caras e justificam o acionamento da bandeira vermelha patamar 1 para outubro”, informou a agência em nota.

A Aneel destacou ainda que, apesar da expansão da energia solar, a fonte é intermitente e não garante fornecimento contínuo. “Por essa razão, é necessário o acionamento das termelétricas para garantir a geração de energia quando não há iluminação solar, inclusive no horário de ponta”, acrescentou.

Como funciona o sistema de bandeiras

O sistema de bandeiras tarifárias foi implementado em 2015 para indicar, de forma transparente, os custos variáveis da geração de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN).

O modelo é dividido em cores que sinalizam o impacto direto na conta de luz:

  • Bandeira verde: não há acréscimo no valor da fatura.
  • Bandeira amarela: cobrança adicional de valor intermediário.
  • Bandeira vermelha patamar 1: acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 kWh.
  • Bandeira vermelha patamar 2: cobrança mais elevada, aplicada em situações de maior custo de geração.

Essas definições permitem que consumidores compreendam como as condições climáticas e o despacho de diferentes usinas impactam os preços finais da energia elétrica.

Impactos esperados em outubro

Com a mudança para a bandeira vermelha patamar 1, os consumidores terão um alívio parcial em comparação aos meses anteriores. No entanto, o valor adicional permanecerá vigente enquanto houver necessidade de acionamento de termelétricas em razão das condições hidrológicas desfavoráveis.

A Aneel reforçou que continuará monitorando os níveis dos reservatórios e o equilíbrio do sistema elétrico para determinar as próximas bandeiras tarifárias nos meses seguintes.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Marcello Casal Jr./Agência Brasil

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MEI ganha opção de pagar DAS com cartão de crédito

MEI ganha opção de pagar DAS com cartão de crédito

Receita Federal libera novo método de pagamento para microempreendedores

MEI ganha opção de pagar DAS com cartão de crédito

MEI ganha opção de pagar DAS com cartão de crédito. A Receita Federal anunciou a inclusão do cartão como alternativa para quitação do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), abrangendo o pagamento mensal, o DAS Cobrança e o DAS de Excesso de Receita. A medida amplia a flexibilidade para o microempreendedor manter suas obrigações em dia.

Segundo o Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Norte (CRCRN), a iniciativa representa um avanço ao oferecer mais opções ao contribuinte, mas exige atenção para evitar o endividamento. O pagamento pode ser feito diretamente pelo portal e-Arrecada, na opção “Pagar Online”, com possibilidade de débito à vista ou parcelamento.

O uso do cartão permite ao MEI organizar o fluxo de caixa em períodos de dificuldade financeira, mesmo sem saldo imediato em conta. A praticidade também é destacada, já que não há necessidade de gerar boleto ou ir ao banco. No entanto, o pagamento com cartão envolve custos, como taxas de intermediadores e juros em caso de parcelamento.

O CRCRN alerta que o valor pago com cartão é transferido para a fatura, e não quitado de forma definitiva. Se não houver pagamento integral, a dívida pode crescer rapidamente. A recomendação é utilizar o cartão como último recurso, preferindo o pagamento em parcela única para evitar juros acumulados.

Planejamento financeiro é essencial para o uso consciente do cartão. O microempreendedor deve separar previamente os recursos para o DAS e criar lembretes para evitar atrasos. Os encargos do rotativo do cartão estão entre os mais altos do mercado. É aconselhável também distinguir os gastos pessoais das despesas do negócio, utilizando um cartão exclusivo para a atividade empresarial.

pagar DAS com cartão
pagar DAS com cartão

O pagamento em dia do DAS garante benefícios como contagem de tempo para aposentadoria por idade, cobertura em casos de auxílio-doença, salário-maternidade e pensão por morte para dependentes. Nesse contexto, o cartão pode ser uma ferramenta útil para manter a regularidade, desde que usado com responsabilidade.

Além do cartão de crédito, o e-Arrecada oferece outras modalidades de pagamento: Pix, boleto e débito automático. O Pix tem liquidez imediata e não possui custo adicional, sendo indicado para quem tem saldo disponível. O boleto é gratuito, mas menos ágil e sujeito a esquecimentos. O débito automático é ideal para quem mantém disciplina financeira, mas exige saldo na data do pagamento.

O cartão de crédito, por sua vez, oferece fôlego de caixa, mas implica taxas de conveniência e juros elevados no parcelamento. Em caso de entrada no rotativo, os juros podem superar 10% ao mês, tornando o custo final superior ao valor original do tributo.

A Receita Federal reforça que a nova opção busca facilitar o cumprimento das obrigações fiscais dos microempreendedores individuais, sem comprometer a sustentabilidade financeira dos negócios.

Foto: Marcelo Camargo/Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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Senado aprova isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil

Senado aprova isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil

Projeto segue para análise da Câmara dos Deputados após aprovação na Comissão de Assuntos Econômicos

Senado aprova isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal aprovou o Projeto de Lei 1952/2019, que altera a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). A proposta estabelece isenção para contribuintes que recebem até R$ 4.990,00 por mês. O texto segue agora para análise da Câmara dos Deputados.

A medida representa uma ampliação da faixa de isenção do IR, atualmente limitada a rendimentos mensais inferiores a R$ 2.112,00. Com a nova proposta, trabalhadores com renda de até R$ 5 mil mensais ficariam livres da cobrança do imposto.

Além da isenção para rendas mais baixas, o projeto prevê aumento da tributação para faixas superiores. A intenção é promover maior equilíbrio na carga tributária, com redistribuição do impacto fiscal entre os diferentes níveis de renda.

A emenda aprovada pela CAE foi apresentada como parte do Projeto de Lei 1952/2019, que trata da atualização da tabela do IR. A proposta recebeu parecer favorável e foi incluída como primeiro item da pauta da comissão.

A tabela progressiva do Imposto de Renda é utilizada para calcular o valor devido pelos contribuintes com base em seus rendimentos mensais. A atualização da faixa de isenção é uma demanda recorrente, especialmente em períodos de inflação elevada e perda do poder de compra.

Senado aprova isenção
Senado aprova isenção

Com a aprovação na CAE, o projeto será encaminhado à Secretaria-Geral da Mesa do Senado, que fará os trâmites necessários para envio à Câmara dos Deputados. A proposta ainda precisa passar por comissões temáticas e ser votada em plenário antes de seguir para sanção presidencial.

A ampliação da faixa de isenção pode beneficiar milhões de brasileiros, especialmente trabalhadores assalariados e aposentados que se encontram próximos ao limite atual. A medida também pode ter impacto na arrecadação federal, exigindo compensações fiscais em outras áreas.

A proposta faz parte de um conjunto de iniciativas voltadas à reforma tributária, que busca simplificar o sistema de impostos no país e torná-lo mais justo. A discussão sobre a tabela do IR é considerada estratégica para garantir maior equidade na tributação da renda.

A expectativa é que a análise na Câmara dos Deputados ocorra nas próximas semanas. Caso aprovada, a nova tabela poderá entrar em vigor já no próximo exercício fiscal, dependendo da regulamentação e publicação oficial.

Foto:  Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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Potiguares vão receber R$ 12 milhões no 5º lote do IRPF 2025

Potiguares vão receber R$ 12 milhões no 5º lote do IRPF 2025

Mais de 3.600 contribuintes do RN serão contemplados com restituições no quinto lote do Imposto de Renda

Potiguares vão receber R$ 12 milhões no 5º lote do IRPF 2025

A Receita Federal libera, a partir das 10h da terça-feira (23), a consulta ao 5º lote do IRPF 2025. O lote contempla declarações transmitidas fora do prazo e com pendências resolvidas, além de restituições residuais de exercícios anteriores.

No Rio Grande do Norte, 3.695 contribuintes serão beneficiados com um total de R$ 12 milhões em restituições. Em âmbito nacional, o crédito bancário será realizado no dia 30 de setembro, com 387.277 restituições no valor total de R$ 1.035.303.774,57.

Do montante nacional, R$ 507.130.623,63 serão destinados a contribuintes com prioridade legal, distribuídos da seguinte forma:

  • 15.604 restituições para idosos acima de 80 anos
  • 66.637 restituições para contribuintes entre 60 e 79 anos
  • 6.968 restituições para pessoas com deficiência física, mental ou moléstia grave
  • 16.926 restituições para contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério

Além disso, 234.920 restituições serão destinadas a contribuintes que, embora não tenham prioridade legal, utilizaram a declaração pré-preenchida ou optaram por receber via PIX. Outros 46.222 contribuintes não prioritários também foram contemplados.

5º lote do IRPF 2025
5º lote do IRPF 2025

Para verificar se a restituição está disponível, o contribuinte deve acessar o site da Receita Federal (www.gov.br/receitafederal), clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, em “Consultar a Restituição”. A plataforma oferece consulta simplificada e completa, com acesso ao extrato de processamento via e-CAC.

Caso haja pendências na declaração, é possível realizar a retificação diretamente no sistema, corrigindo as informações para liberar a restituição.

A Receita também disponibiliza aplicativo para smartphones e tablets, que permite consultar diretamente nas bases da instituição a liberação das restituições e a situação cadastral do CPF.

O pagamento das restituições será feito exclusivamente em conta bancária de titularidade do contribuinte. Em caso de erro nos dados bancários ou problemas na conta, o crédito não é realizado.

Para evitar prejuízos, o contribuinte pode reagendar o crédito pelo Banco do Brasil, dentro do prazo de até um ano após a tentativa inicial. O reagendamento pode ser feito pelo portal bb.com.br/irpf ou pelos telefones:

  • 4004-0001 (capitais)
  • 0800-729-0001 (demais localidades)
  • 0800-729-0088 (exclusivo para deficientes auditivos)

Se o valor não for resgatado dentro do prazo de um ano, o contribuinte deverá solicitar o pagamento pelo Portal e-CAC, disponível no site da Receita Federal.

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

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BNDES aprova R$ 1,2 bi para empresas afetadas pelo tarifaço

BNDES aprova R$ 1,2 bi para empresas afetadas pelo tarifaço

Quase um terço dos pedidos foram para pequenos e médios negócios

Em dois dias após a abertura para pedidos, o plano Brasil Soberano aprovou R$ 1,2 bilhão em financiamento para empresas afetadas pelo tarifaço americano.

O plano de socorro a empresas exportadoras prevê um total de R$ 40 bilhões em crédito para negócios afetados pela barreira comercial que aplica taxas de até 50% às exportações brasileiras.

O balanço de pedido e aprovação foi divulgado na noite de sexta-feira (19) pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), banco de fomento do governo federal.

No período, o total de pedidos de 533 empresas chegou a R$ 3,1 bilhão. Ou seja, 1,9 bilhão anda estão em análise.

O total de R$ 40 bilhões do Brasil Soberano inclui R$ 30 bilhões do Fundo Garantidor de Exportações (FGE) e R$ 10 bilhões de recursos do próprio BNDES.

Os recursos são emprestados a juros subsidiados, ou seja, mais baixo do que cobram os demais bancos. Uma das contrapartidas das empresas que se habilitam a receber os empréstimos é não realizar demissões.

Os financiamentos são para linhas de capital de giro (contas do dia a dia, como salário e pagamento de fornecedores), investimentos em adaptação da atividade produtiva, compra de máquinas e equipamentos e busca de novos mercados.
Quem pediu empréstimo

Enrte quinta (18) e sexta-feira (19), foram feitas 75 operações de crédito, todas na linha destinada a capital de giro.

Nos primeiros dias de aprovação, 84,1% dos pedidos aprovados foram empresas da indústria de transformação (seguimento que transforma matéria-prima em um produto final ou intermediário, que vai ser novamente modificado por outra indústria).

Em seguida aparecem agropecuária (6,1%), comércio e serviços (5,7%) e indústria extrativa (4,2%).

Quase um terço do valor total aprovado (30%) foi solicitado por pequenas e médias empresas.

Ao total, 2.236 empresas acessaram o sistema do BNDES para fazer consultas no Brasil Soberano, sendo 533 elegíveis, isto é, com pelo menos 5% do faturamento bruto total, no período de julho de 2024 a julho de 2025, composto por produto na lista de tarifação.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, aponta agilidade na aprovação de recursos e atribui isso ao compromisso do banco e 50 instituições financeiras parceiras.

“Nosso objetivo é proteger os empregos e fortalecer as empresas e a economia, inclusive estimulando a participação em novos mercados”, diz.

Dos valores ainda em análise, R$ 1,7 bilhão são referentes à linha destinada à busca de novos mercados.
Como acessar

O primeiro passo para acessar os recursos é consultar se a empresa é elegível para o plano de socorro. A consulta pode ser feita no site do BNDES.

Os interessados precisarão se autenticar utilizando a plataforma GOV.BR, exclusivamente por meio do certificado digital da empresa.

Caso o sistema indique que a empresa é apta ao crédito, a recomendação é entrar em contato com o banco com o qual já tem relacionamento. Grandes empresas podem procurar diretamente o BNDES.
Efeitos do tarifaço

Um levantamento da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), entidade sem fins lucrativos que representa empresas que atuam no comércio entre os dois países, estima que as exportações de produtos afetados pelo tarifaço americano caíram 22,4% em agosto na comparação com o mesmo mês de 2024.

Os Estados Unidos são o segundo principal parceiro comercial do Brasil, perdendo apenas para a China.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o tarifaço de 50% incide em cerca de um terço (35,9%) das exportações brasileiras para os Estados Unidos.

O governo de Donald Trump assinou uma ordem executiva que estipulou a cobrança de taxas de até 50% a partir de 6 de agosto, mas deixou cerca de 700 produtos em uma lista de exceções. Entre eles estão suco e polpa de laranja, combustíveis, minérios, fertilizantes e aeronaves civis, incluindo motores, peças e componentes. Também ficaram de fora produtos como polpa de madeira, celulose, metais preciosos, energia e produtos energéticos.

Trump alega que os americanos têm déficit comercial (compram mais do que vendem) com o Brasil – o que é desmentido por números oficiais de ambos os países.

O presidente americano usou como justificativa o tratamento dado pelo Brasil ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que considera ser perseguido. Bolsonaro foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, em julgamento que terminou na semana passada.

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil / José Paulo Lacerda/CNI/Ilustração

Da Agência Brasil

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Produção de camarão cresce 27,8% no RN em 2024 e Estado mantém liderança nacional

Produção de camarão cresce 27,8% no RN em 2024 e Estado mantém liderança nacional

Rio Grande do Norte produziu 31,6 milhões de quilos de camarão e respondeu por 21,5% da produção brasileira

Produção de camarão cresce 27,8% no RN em 2024 e Estado mantém liderança nacional

A produção de camarão no Rio Grande do Norte alcançou 31,6 milhões de quilos em 2024, representando um crescimento de 27,83% em relação ao ano anterior. Apesar do aumento expressivo no volume, o valor total pago pelo produto teve alta nominal de apenas 2,61%, totalizando R$ 701,39 milhões.

O preço médio do quilo do camarão foi de R$ 22,18, inferior ao registrado no ano anterior. A queda no valor unitário impediu que o crescimento da produção se refletisse proporcionalmente no faturamento. Ainda assim, o camarão permanece como o principal produto da aquicultura potiguar, representando 78,93% do valor total do setor.

No cenário nacional, a produção brasileira de camarão atingiu 146,8 mil toneladas em 2024, com crescimento de 15,17%. O valor de produção nacional foi de R$ 3,1 bilhões, com aumento nominal de 16,34%.

O Rio Grande do Norte respondeu por 21,5% da produção nacional, mantendo-se como o segundo maior produtor do país, atrás apenas do Ceará. Juntos, os dois estados foram responsáveis por cerca de 99,7% da produção nordestina.

O município de Pendências, no Oeste potiguar, destacou-se como o terceiro maior produtor de camarão do Brasil, com 9,6 milhões de quilos em 2024, um crescimento de 45,71%. O município foi responsável por 30,4% da produção estadual.

produção de camarão
produção de camarão

Arês ocupou o segundo lugar no ranking estadual, com 3,5 milhões de quilos produzidos, seguido por Canguaretama, com 3,2 milhões de quilos. Senador Georgino Avelino e Guamaré completam a lista dos cinco maiores produtores do RN, com 2,8 milhões e 2,299 milhões de quilos, respectivamente.

O setor da aquicultura potiguar acumulou R$ 888,66 milhões em valor de produção em 2024, com variação nominal positiva de 2,15%. A carcinicultura respondeu por 95,88% desse total, sendo 78,93% da produção de camarão e 16,95% da produção de larvas e pós-larvas.

A tilápia manteve-se como o terceiro produto com maior participação no valor de produção da aquicultura potiguar, com 3,36%. Foram produzidos 2,297 milhões de quilos, gerando R$ 29,87 milhões em faturamento. Nísia Floresta liderou a produção de tilápia no estado, com 34,81% do total.

A malacocultura, que inclui ostras, vieiras e mexilhões, registrou crescimento de 25%, com produção de 125 mil quilos e faturamento de R$ 2,5 milhões.

Além da aquicultura, o Rio Grande do Norte também bateu recorde na produção de mel de abelha em 2024, com 1.190.489 quilos. O volume superou as marcas históricas de 2008 e 2009, consolidando o estado como o 11º maior produtor do país.

O crescimento foi de 30,9% em relação a 2023, sendo o quarto maior aumento nacional. O valor de produção do mel potiguar chegou a R$ 21,4 milhões, com destaque para os municípios de Apodi (250 mil kg), Macaíba (100 mil kg), Serra do Mel (50 mil kg), São Miguel (42 mil kg) e Caraúbas (39 mil kg).

Foto: Elia Elsie/Divulgação/Agência Brasil

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Selic em 15% mantém Brasil com segundo maior juro real do mundo

Selic em 15% mantém Brasil com segundo maior juro real do mundo

Taxa real de 9,51% coloca país atrás apenas da Turquia em ranking global de juros

Selic em 15% mantém Brasil com segundo maior juro real do mundo

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a Selic em 15%, anunciada nesta quarta-feira (17), posiciona o Brasil como o segundo país com maior juro real do mundo, com uma taxa de 9,51%. O levantamento foi realizado pela MoneYou em parceria com a Lev Intelligence, sob coordenação do economista-chefe Jason Vieira.

Mesmo que o Copom tivesse optado por um corte de 0,25 ponto percentual, hipótese considerada por apenas 5% dos agentes do mercado, o Brasil permaneceria na mesma posição no ranking global.

Ranking de juros reais

O Brasil está atrás apenas da Turquia, que lidera com 12,34% de juro real. Em seguida aparecem:

  • Rússia: 4,79%
  • Colômbia: 4,38%
  • México: 3,77%

A média global de juros reais entre os países avaliados é de 1,45%.

Avaliação global

Entre 165 países analisados, os dados mostram que:

  • 83,64% mantiveram suas taxas de juros nas últimas reuniões de política monetária
  • 2,42% elevaram as taxas
  • 13,94% realizaram cortes

Em um recorte de 40 países, os números indicam que:

  • 70% mantiveram as taxas
  • 0% elevaram
  • 30% cortaram

Cenário fiscal e inflacionário

A projeção considera que o cenário de incertezas inflacionárias locais persiste, influenciado pela questão fiscal, que gera tensão no mercado. Segundo Vieira, a guerra de tarifas contribui para o desvio de foco e aumenta a dificuldade do Copom em realizar cortes na taxa básica de juros.

Apesar de sinais de alívio inflacionário e da queda global do dólar, o Copom optou por manter a taxa como forma de sinalizar preocupação com o cenário fiscal.

Comparação com os Estados Unidos

A manutenção da Selic no Brasil contrasta com a expectativa de corte de 25 pontos-base nos Estados Unidos. Vieira aponta que, enquanto o Copom envia um recado ao setor fiscal, o Federal Reserve (FOMC) pode justificar cortes com base em dados marginais do mercado de trabalho, mesmo diante da força recente da inflação norte-americana.

Perspectivas

A decisão do Copom reforça a postura cautelosa diante das variáveis econômicas internas e externas. O Brasil segue com uma das maiores taxas reais de juros do mundo, o que impacta diretamente o custo do crédito, os investimentos e o desempenho da economia.

O ranking elaborado por MoneYou e Lev Intelligence é atualizado periodicamente e considera a diferença entre a taxa nominal de juros e a inflação projetada, oferecendo uma visão comparativa entre os países.

Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

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Exportações de pescado do RN para os EUA despencam 80%

Exportações de pescado do RN para os EUA despencam 80%

Tarifa de 50% imposta pelos EUA afeta pesca e sal potiguar; setor busca alternativas para evitar demissões

Exportações de pescado do RN para os EUA despencam 80%

As exportações de pescado do Rio Grande do Norte para os Estados Unidos registraram queda de 80% desde a entrada em vigor da tarifa de 50% imposta pelo governo norte-americano. A medida, adotada pelo presidente Donald Trump, afetou diretamente o setor pesqueiro potiguar, que agora exporta apenas 20% do volume anteriormente destinado ao mercado dos EUA.

Segundo o Sindicato da Indústria da Pesca do RN (Sindipesca), o impacto da tarifa resultou na paralisação de metade da frota de navios de pesca de atum no estado. O volume exportado caiu de cerca de 300 toneladas mensais para menos de 50 toneladas. Parte do custo da taxação está sendo absorvida pelas indústrias e parte pelos compradores, por meio de negociações diretas entre empresas.

Apesar da queda nas exportações, o setor ainda não registrou demissões. Algumas empresas optaram por conceder férias aos trabalhadores como forma de manter os empregos diante da redução na produção.

Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior indicam que as exportações totais do RN para os Estados Unidos caíram 74% entre julho e agosto, passando de US$ 6,25 milhões para US$ 1,62 milhão. Os segmentos mais afetados foram a pesca e o sal, que mantinham forte presença no mercado norte-americano.

O presidente do Sindipesca-RN, Arimar França Filho, afirmou que a expectativa é pela rápida regulamentação do Plano Brasil Soberano, que prevê acesso ao crédito e medidas para preservar empregos. Ele também destacou a importância da abertura do mercado europeu como alternativa para compensar as perdas com os EUA.

No setor salineiro, que tinha 47% das exportações voltadas para os Estados Unidos, a preocupação é com a perda de clientes. O presidente do Sindicato da Indústria de Extração do Sal no RN (Siesal), Airton Torres, considera o prejuízo incalculável e alerta para os riscos de não conseguir recuperar os clientes perdidos no futuro. Ainda assim, as empresas do setor não cogitam cortes de pessoal e concentram esforços na manutenção dos empregos.

Uma das medidas adotadas para mitigar os efeitos da crise foi a ampliação temporária do Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial do RN (Proedi), que dobrou os incentivos do ICMS e garantiu até R$ 2 milhões em crédito presumido. A inclusão do sal no programa Reintegra também foi discutida com o vice-presidente Geraldo Alckmin, em Brasília.

A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) tem atuado em conjunto com os governos federal e estadual para buscar soluções. O presidente da entidade, Roberto Serquiz, participou de missão aos Estados Unidos para apresentar os impactos do tarifaço às instituições locais. Segundo ele, o sal potiguar é reconhecido pela pureza e qualidade, e o atum também possui características que o tornam difícil de substituir no mercado norte-americano.

Serquiz afirmou que a prioridade é manter os empregos e buscar alternativas comerciais. Algumas empresas estão programando férias para os colaboradores e sacrificando margens de lucro para manter o mercado. Os próximos seis meses serão decisivos para avaliar se haverá desligamentos ou perdas reais no setor.

O secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico do RN, Hugo Fonseca, informou que o decreto estadual ampliou o apoio às empresas afetadas, com foco na diversificação de mercados. Ele destacou o crescimento das exportações brasileiras para o México (43,8%) e para o Mercosul (40,4%) em agosto como sinais positivos.

Em nível nacional, o Plano Brasil Soberano prevê R$ 30 bilhões em crédito via Fundo Garantidor de Exportações, aumento das alíquotas do Reintegra, prorrogação do regime de drawback e apoio a produtores por meio de compras públicas. A expectativa é que as linhas de crédito sejam regulamentadas ainda em setembro, beneficiando diretamente as empresas do Rio Grande do Norte.

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

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Salário médio de admissão cresce no Brasil em 2024, mas RN segue entre os menores

Salário médio de admissão cresce no Brasil em 2024, mas RN segue entre os menores

Estudo da FIRJAN aponta média de R$ 1.760 no Rio Grande do Norte, abaixo da nacional de R$ 2.178

O salário médio de admissão no Brasil apresentou crescimento real de 2% em 2024, alcançando R$ 2.178, segundo o estudo “Raio-X do Salário de Admissão”, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN). Apesar da melhora nacional, o Rio Grande do Norte aparece na 23ª posição entre os 26 estados e o Distrito Federal, com média de R$ 1.760. O aumento em relação a 2023 foi de 0,8%, à frente apenas de Alagoas (R$ 1.753), Amapá (R$ 1.725), Roraima (R$ 1.715) e Acre (R$ 1.700).

O levantamento indica que os maiores salários médios de admissão estão concentrados nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, onde há maior presença de setores industriais, tecnológicos e de serviços financeiros. São Paulo lidera o ranking, com média de R$ 2.473, seguido pelo Distrito Federal (R$ 2.284) e Rio de Janeiro (R$ 2.223). No Nordeste, os salários são menores: o Ceará apresenta média de R$ 1.927, enquanto Alagoas ocupa a última posição da região, com R$ 1.753.

Diferenças setoriais

De acordo com a FIRJAN, os setores que oferecem os maiores salários médios de admissão são a Indústria (R$ 2.310) e os Serviços (R$ 2.250). Já a Agropecuária (R$ 2.011) e o Comércio (R$ 1.926) registram valores abaixo da média nacional. As diferenças regionais estão ligadas à concentração de atividades econômicas de maior valor agregado, como tecnologia da informação, engenharia, mineração e serviços financeiros.

No Rio Grande do Norte, a Federação das Indústrias do Estado (FIERN) destaca que o mercado consumidor reduzido, o perfil predominante de micro e pequenas empresas e os custos logísticos impactam a competitividade dos salários iniciais. Ainda assim, a indústria potiguar se destaca: dados do Observatório da Indústria MaisRN mostram que o setor paga, em média, R$ 2.629,89, acima da média nacional.

Entre os segmentos que puxam a média estão as atividades petrolíferas, que chegam a R$ 15.380, além da fabricação de máquinas e equipamentos elétricos (R$ 8.505,17), eletricidade e gás (R$ 8.034,64), captação e distribuição de águas (R$ 7.584,75) e extração de minerais (R$ 5.550,81). A energia eólica também aparece como setor em crescimento, com salários médios superiores em municípios produtores, devido à demanda por equipes multidisciplinares.

Confiança do setor produtivo

Apesar dos destaques pontuais, a confiança da indústria potiguar apresentou queda em 2024. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) passou de 60,6 pontos em janeiro de 2024 para 53,2 em agosto de 2025. A retração aponta para dificuldades em investimentos, expansões e novas contratações no estado.

A FIERN defende que elevar os salários médios no RN depende de políticas públicas integradas voltadas à educação, inovação e modernização do ambiente regulatório, alinhadas às vocações econômicas locais.

Qualificação profissional como fator de mudança

O estudo da FIRJAN aponta que 77% das ocupações registraram aumento real nos salários de admissão em 2024. Áreas como engenharias, tecnologia e inovação continuam entre as mais valorizadas, com salários iniciais que ultrapassam R$ 10 mil em algumas funções. Engenheiros de computação, por exemplo, registraram média de R$ 13.794, enquanto engenheiros químicos alcançaram R$ 11.181.

No Rio Grande do Norte, o Senac-RN ampliou a oferta de cursos técnicos e de qualificação, somando mais de 33 mil vagas em 2024 — 20% a mais que no ano anterior. Desse total, 17 mil foram ofertadas pelo Programa Senac de Gratuidade (PSG). A instituição também atua em parcerias com empresas para encaminhar trabalhadores ao mercado de trabalho: mais de 3 mil pessoas foram contratadas em 2024 após participação em processos seletivos.

Os setores de serviços com maiores salários iniciais incluem exploração de jogos e apostas (R$ 9.301), serviços financeiros (R$ 5.179), tecnologia da informação (R$ 4.927) e pesquisa científica (R$ 4.861). Na indústria, atividades como extração de petróleo e gás natural (R$ 9.104) e fabricação de produtos farmacêuticos (R$ 4.186) figuram entre as mais bem remuneradas.

Variações estaduais

Embora a média nacional tenha registrado alta, alguns estados tiveram desempenho negativo ou estável. O Rio de Janeiro foi o único a apresentar retração, com queda de 0,4%. Ceará e Pará tiveram aumento de apenas 0,1%. Acre e Bahia registraram crescimento de 0,9%, próximo ao índice de 0,8% do Rio Grande do Norte.

Foto: Tony Winston/Agência Brasília

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Comércio varejista do RN registra queda em julho

Comércio varejista do RN registra queda em julho

Volume de vendas recua 0,1% no estado, segundo dados do IBGE

Comércio varejista do RN registra queda em julho

O comércio varejista do RN registrou queda de 0,1% no volume de vendas em julho, segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este foi o pior desempenho do ano para o setor no estado e o menor índice para o mês de julho desde 2023, mesmo com ajustes sazonais.

É a primeira vez em 2025 que o indicador estadual apresenta variação negativa. No mesmo mês, 17 estados brasileiros também registraram queda nas vendas, incluindo cinco da região Nordeste.

Apesar da retração no volume de vendas, a receita nominal do comércio potiguar teve crescimento de 0,2% em julho. Esse resultado ficou abaixo do desempenho de junho, quando o aumento foi de 2,2%.

Em nível nacional, o comércio varejista caiu 0,3% em julho, acumulando quatro meses consecutivos de recuo. A perda acumulada no período é de 1,1%, conforme os dados do IBGE.

Na comparação com julho de 2024, o volume de vendas do comércio varejista do RN cresceu 4,8%. Já a receita nominal teve aumento de 10,3% no mesmo intervalo. Esses números indicam que, apesar da queda pontual em julho de 2025, o desempenho anual ainda é positivo.

No acumulado de janeiro a julho de 2025, o volume de vendas do comércio varejista potiguar avançou 2,4%, enquanto a receita nominal cresceu 8%. Esses dados refletem uma tendência de crescimento moderado ao longo do ano, mesmo com oscilações mensais.

O comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, peças e materiais de construção, também registrou queda de 0,1% em julho em relação ao mês anterior. Esse segmento acompanha a tendência observada no varejo restrito, reforçando o cenário de desaceleração no setor.

A PMC é uma pesquisa mensal realizada pelo IBGE que acompanha o desempenho do comércio varejista em todo o território nacional. Os dados são utilizados para análise de conjuntura econômica e para formulação de políticas públicas voltadas ao setor.

A queda registrada em julho pode estar relacionada a fatores como redução no consumo das famílias, variações nos preços de produtos e serviços, além de impactos sazonais e conjunturais. O comportamento do consumidor, a inflação e o crédito também influenciam diretamente os resultados do comércio.

O desempenho do comércio varejista do RN em julho de 2025 reforça a necessidade de monitoramento constante do setor, especialmente em períodos de instabilidade econômica. A análise dos dados mensais permite identificar tendências e ajustar estratégias de mercado.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Reforma Tributária altera tributação de aluguéis a partir de 2026

Reforma Tributária altera tributação de aluguéis a partir de 2026

Nova regra eleva carga tributária sobre locações residenciais e comerciais, com impacto progressivo até 2033

Reforma Tributária altera tributação de aluguéis a partir de 2026

A partir de 2026, os locadores de imóveis residenciais e comerciais começarão a sentir os efeitos da Reforma Tributária, que altera a forma de tributação sobre aluguéis no Brasil. A mudança será implementada de forma gradual até 2033, conforme previsto na Lei Complementar nº 214/2025.

Atualmente, os aluguéis intermediados por pessoas jurídicas, como imobiliárias, são tributados em 3,65%, referente ao PIS/Cofins. Com a nova legislação, essa alíquota será substituída pelo Imposto sobre Valor Agregado (IVA), composto por dois tributos: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS).

A alíquota cheia do IVA será de aproximadamente 28%, mas haverá deduções específicas para determinadas atividades. No caso da locação de imóveis, a dedução será de 70%, resultando em uma carga tributária efetiva entre 8,2% e 8,4%.

Além das pessoas jurídicas, a nova regra também afetará pessoas físicas que possuam mais de três imóveis para aluguel ou que tenham receita bruta anual superior a R$ 240 mil com locações. Nesses casos, a pessoa física será equiparada à atividade de imobiliária e estará sujeita à mesma tributação.

As locações por curta temporada realizadas por meio de plataformas digitais também serão tributadas pelo IVA, mas seguirão as regras aplicáveis à hotelaria. Nesse modelo, a dedução será de 40%, o que elevará a carga tributária para cerca de 18%.

Os contratos de aluguel que estiverem em vigor antes da implementação da nova regra permanecerão sob as normas atuais até o fim da vigência contratual. Para garantir a validade das condições anteriores, é necessário que os contratos estejam devidamente registrados em cartório.

A Reforma Tributária tem como objetivo simplificar o sistema tributário brasileiro, substituindo tributos como PIS, Cofins, ICMS e ISS pelo IVA dual. A transição será feita de forma progressiva, com a aplicação parcial do IVA e a retirada gradual dos tributos antigos até 2033.

Diante das mudanças, locadores devem se preparar para avaliar o impacto da nova tributação sobre seus investimentos. A análise deve considerar fatores como o número de imóveis, o modelo de locação, a receita anual e a possibilidade de migração para pessoa jurídica.

A busca por orientação especializada é recomendada para compreender as novas regras, identificar possíveis deduções na base de cálculo e avaliar a viabilidade de manter o aluguel como fonte de renda. A assessoria contábil pode auxiliar na adaptação ao novo regime tributário e na tomada de decisões estratégicas.

A variação nos preços finais dos aluguéis dependerá de fatores de mercado, como oferta e demanda, localização dos imóveis e negociações entre locadores e locatários. Não é possível prever com precisão se os custos serão repassados aos inquilinos, pois isso dependerá da dinâmica de cada contrato e da estratégia de cada proprietário.

A nova tributação sobre aluguéis representa uma mudança significativa no setor imobiliário e exige atenção dos envolvidos para evitar surpresas e garantir conformidade com a legislação vigente.

Foto:  Joédson Alves/Fernando Frazão/Agência Brasil

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Pix parcelado será lançado em setembro e amplia acesso ao crédito

Pix parcelado será lançado em setembro e amplia acesso ao crédito

Nova modalidade permitirá compras parceladas sem cartão de crédito; Banco Central divulgará regras ainda este mês

Pix parcelado será lançado em setembro e amplia acesso ao crédito

O Banco Central (BC) deve lançar ainda em setembro o Pix parcelado, uma nova funcionalidade que permitirá aos usuários realizar compras parceladas utilizando o sistema de pagamentos instantâneos. A novidade promete ampliar o acesso ao crédito, especialmente para consumidores que não possuem cartão de crédito.

Com o Pix parcelado, o recebedor da transação receberá o valor integral da compra de forma imediata, enquanto o pagador poderá dividir o valor em parcelas, com incidência de juros. A operação será considerada uma modalidade de crédito, com débito direto na conta do pagador na data de vencimento de cada parcela.

Alternativa ao cartão de crédito

Segundo especialistas, o Pix parcelado pode oferecer juros menores em comparação ao parcelamento via cartão de crédito. Como o débito será feito diretamente na conta do consumidor, a margem para inadimplência tende a ser reduzida. Além disso, o lojista poderá receber o valor total da venda sem custos de antecipação, o que pode facilitar a negociação de descontos no momento da compra.

Apesar das vantagens, o cartão de crédito ainda oferece maior flexibilidade, como a possibilidade de pagamento mínimo, atraso e benefícios adicionais como programas de pontos, milhas e cashback. O consumidor deverá avaliar qual meio de pagamento se adequa melhor ao seu perfil e às suas necessidades.

Funcionamento do Pix parcelado

Diferente do Pix tradicional, que não envolve custos para pessoas físicas, o Pix parcelado será uma operação de crédito sujeita a encargos financeiros. No momento da compra, o consumidor poderá optar pela modalidade parcelada e será informado sobre o valor das parcelas, datas de débito e os juros aplicáveis.

A expectativa é que cerca de 60 milhões de brasileiros que atualmente não têm acesso ao cartão de crédito possam utilizar o Pix parcelado como alternativa para adquirir produtos e serviços. O Banco Central confirmou que divulgará ainda em setembro as regras para padronização da nova funcionalidade.

Outras mudanças no Pix

Além do Pix parcelado, o Banco Central prepara outras atualizações no sistema de pagamentos para os próximos anos. A partir de 2026, será implementado o Pix em garantia, voltado exclusivamente para pessoas jurídicas. Com essa funcionalidade, empresas poderão utilizar valores a receber via Pix como garantia em operações de crédito, facilitando o acesso a financiamento, especialmente para pequenos e médios empreendedores.

Outra novidade prevista para outubro é a proteção dos usuários do Pix. Um novo sistema de autoatendimento será integrado ao Mecanismo Especial de Devolução, permitindo que vítimas de fraudes possam solicitar devolução diretamente pelo aplicativo do banco, sem necessidade de contato com o suporte da instituição financeira.

Expectativas

As novas funcionalidades do Pix fazem parte da estratégia do Banco Central para ampliar a inclusão financeira e modernizar o sistema de pagamentos no Brasil. O Pix parcelado, em especial, representa uma alternativa para consumidores que enfrentam dificuldades de acesso ao crédito tradicional, oferecendo mais opções de pagamento com maior controle e transparência.

Foto: Marcello Casal Jr/Bruno Peres/Agência Brasi

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Inadimplência empresarial atinge 83,6 mil empresas no RN em junho

Inadimplência empresarial atinge 83,6 mil empresas no RN em junho

Estado registra 30,8% de negócios negativados; cenário nacional alcança recorde com 7,8 milhões de CNPJs inadimplentes

Inadimplência empresarial atinge 83,6 mil empresas no RN em junho

O Rio Grande do Norte registrou 83.695 empresas inadimplentes em junho de 2025, segundo dados do Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian. O número representa 30,8% dos negócios ativos no estado com pendências financeiras. No Brasil, o mês marcou um novo recorde histórico, com 7,8 milhões de CNPJs negativados, o equivalente a 32,9% das empresas em atividade.

Cenário regional

Na análise por região, o Nordeste ultrapassou a marca de 1,2 milhão de empresas inadimplentes. Alagoas lidera com a maior proporção (39,6%), seguido por Maranhão (39,2%), Pernambuco (33,1%), Rio Grande do Norte (30,8%), Bahia (30,6%) e Paraíba (30,4%). Os menores índices foram observados em Sergipe (29,4%), Ceará (28%) e Piauí (25,4%).

O levantamento mostra que a inadimplência empresarial se intensificou ao longo de 2025. Entre maio e junho, mais de 100 mil novos negócios passaram a apresentar atrasos em pagamentos. Desses, 7,4 milhões são micro, pequenas e médias empresas, segmento mais vulnerável às oscilações econômicas e à restrição de crédito.

Cenário regional

Na análise por região, o Nordeste ultrapassou a marca de 1,2 milhão de empresas inadimplentes. Alagoas lidera com a maior proporção (39,6%), seguido por Maranhão (39,2%), Pernambuco (33,1%), Rio Grande do Norte (30,8%), Bahia (30,6%) e Paraíba (30,4%). Os menores índices foram observados em Sergipe (29,4%), Ceará (28%) e Piauí (25,4%).

O levantamento mostra que a inadimplência empresarial se intensificou ao longo de 2025. Entre maio e junho, mais de 100 mil novos negócios passaram a apresentar atrasos em pagamentos. Desses, 7,4 milhões são micro, pequenas e médias empresas, segmento mais vulnerável às oscilações econômicas e à restrição de crédito.

Impacto nas micro e pequenas empresas

Segundo o Sebrae, o cenário atual exige atenção redobrada à gestão financeira. A instituição aponta que juros elevados e crédito restrito dificultam o equilíbrio das contas empresariais. A falta de planejamento financeiro e falhas na gestão de caixa são fatores que contribuem para o aumento da inadimplência.

O Sebrae recomenda que os empresários busquem crédito de forma consciente, considerando alternativas como o Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (FAMPE), que atua como garantidor em negociações com instituições financeiras. A entidade também oferece consultoria gratuita, participação em feirões de renegociação de dívidas e acesso à plataforma “Crédito Já”, que reúne opções de financiamento disponíveis no mercado.

Setores mais afetados

No cenário nacional, o setor de serviços concentra 53,8% das empresas negativadas, seguido pelo comércio, com 33,9%. A indústria representa uma parcela menor, mas também enfrenta dificuldades. A Fecomércio RN destaca que o ambiente macroeconômico adverso em 2025 — com juros altos, inflação, volatilidade cambial e aumento dos custos trabalhistas — impactou diretamente as margens de lucro, especialmente nos setores intensivos em mão de obra.

Empresas que atuam como fornecedoras ou prestadoras de serviço para entes públicos também enfrentam pressão adicional, devido ao aumento de custos e atrasos nos pagamentos. A limitação de receitas leva à inadimplência em contas básicas, fornecedores e tributos.

Reflexo nas famílias

A inadimplência empresarial no estado também reflete a situação das famílias potiguares. Em agosto, 37,8% dos lares do RN estavam endividados, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O cenário indica uma correlação entre dificuldades enfrentadas por empresas e consumidores.

Perspectivas

Apesar do quadro desafiador, há expectativa de melhora nos próximos meses. A projeção de inflação convergente para a meta e a redução da taxa de juros podem contribuir para a queda da inadimplência, tanto no âmbito empresarial quanto pessoal.

Segundo a Serasa Experian, as dívidas das empresas brasileiras totalizaram R$ 188,4 bilhões em junho, com média de R$ 24,1 mil por CNPJ e cerca de 7,4 contas não quitadas por empresa. O ambiente financeiro restritivo e a seletividade dos credores dificultam negociações, contribuindo para o aumento da inadimplência.

Foto: Rovena Rosa/José Cruz/Agência Brasil

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Cesta básica em Natal tem queda de 2,77% em agosto

Cesta básica em Natal tem queda de 2,77% em agosto

Redução foi puxada por óleo, tubérculos, feijão e café, segundo dados do Idema-RN

Cesta básica em Natal tem queda de 2,77% em agosto

O custo da cesta básica em Natal registrou uma redução de 2,77% no mês de agosto de 2025. A análise foi feita pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema-RN), por meio da Coordenadoria de Estudos Socioeconômicos (CES). Dos treze produtos avaliados, oito apresentaram queda nos preços.

As maiores reduções foram observadas no óleo (-12,31%) e nos tubérculos (-11,68%). Também tiveram variações negativas o feijão (-6,41%), café (-5,03%), frutas (-3,51%), carne de boi (-2,17%), legumes (-1,75%) e açúcar (-1,69%).

Por outro lado, cinco produtos registraram aumento: arroz (4,85%), margarina (4,30%), leite (3,21%), farinha (1,33%) e pão (0,98%).

O custo médio com alimentação por pessoa em Natal foi de R$ 598,36 em agosto. Para uma família composta por quatro pessoas, o valor chegou a R$ 2.393,44. Considerando os demais grupos de consumo essenciais — como vestuário, transporte, habitação e despesas pessoais — o gasto total mensal estimado para essa família foi de R$ 7.380,46, representando um acréscimo de R$ 210,00 em relação a julho.

Segundo o Idema-RN, as variações nos preços são influenciadas por fatores como clima e safra. O período de entressafra e o início das chuvas contribuíram para a queda nos preços de diversos itens da cesta básica.

Índice de Preços ao Consumidor (IPC)

Apesar da redução na cesta básica, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Natal apresentou variação positiva de 0,10% em agosto, comparado ao mês anterior. No acumulado do ano, a variação foi de 3,19%, e nos últimos doze meses (setembro de 2024 a agosto de 2025), o índice atingiu 5,02%.

O grupo alimentação e bebidas, que representa 32,43% da composição do IPC, teve queda de 1,30% em relação a julho. Os principais itens que contribuíram para essa redução foram cereais, leguminosas e oleaginosas (-5,96%), sal e condimentos (-4,56%), tubérculos, raízes e legumes (-3,67%), hortaliças e verduras (-3,31%), aves e ovos (-2,39%) e frutas (-2,24%).

Em contrapartida, o grupo transporte teve aumento de 1,82%, puxado por combustíveis para veículos (+5,86%) e veículo próprio (+0,91%). O grupo habitação também apresentou alta de 1,11%, com destaque para reparos (1,94%) e artigos de limpeza (0,61%).

O economista Helder Cavalcanti avalia que o IPC reflete as condições econômicas atuais do país, influenciadas por tarifas, câmbio e políticas governamentais. Ele aponta que o cenário futuro permanece incerto, com impacto direto nas famílias.

A percepção dos consumidores em Natal confirma os dados. Muitos relatam dificuldade em manter hábitos alimentares devido aos preços elevados, apesar da queda em alguns itens. O custo com transporte também é citado como um dos principais desafios no orçamento mensal.

Foto: Dênio Simões/Agência Brasília

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Café e carnes ficam mais baratos em Natal após tarifa dos EUA

Café e carnes ficam mais baratos em Natal após tarifa dos EUA

Taxação de 50% sobre exportações brasileiras gera excedente no mercado interno e reduz preços em supermercados

Café e carnes mais baratos em Natal após tarifa dos EUA

A imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos gerou impactos diretos no mercado interno. Em Natal, capital do Rio Grande do Norte, os reflexos foram observados nos supermercados, com queda nos preços de itens como café e carnes. Os dados são do Procon Natal e da empresa de inteligência de mercado Scanntech.

Segundo levantamento do Procon Natal, o preço do café caiu 4,54% em agosto. As carnes de primeira registraram redução de 2,62%, enquanto as carnes de segunda tiveram queda de 0,95%. A tendência acompanha o cenário nacional e regional, onde os mesmos produtos apresentaram retração de preços.

A exceção foi o frango. Enquanto o preço médio do quilo da proteína caiu 5,7% no Brasil e 3,1% no Nordeste, em Natal houve aumento de 4,94%. A variação é atribuída a fatores locais, como o perfil das empresas que abastecem o mercado potiguar, que não necessariamente exportam para os Estados Unidos.

De acordo com a Scanntech, no Nordeste, os preços médios caíram 1,3% para carne suína, 1,0% para café e 0,6% para carne bovina. No Brasil, as quedas foram de 4,6% para café, 1,2% para carne suína e 0,8% para carne bovina.

A tarifa americana entrou em vigor no dia 6 de agosto. A medida afetou diretamente a exportação de produtos como frango, carnes e café, que têm os Estados Unidos como um dos principais destinos. Com a redução ou suspensão dos embarques, houve redirecionamento da produção para o mercado interno, gerando excedente e pressionando os preços para baixo.

A análise da Scanntech indica que o aumento da oferta, sem expansão proporcional da demanda, contribuiu para a queda nos preços no varejo. O fenômeno é considerado conjuntural e pode ser temporário, dependendo da recomposição das exportações ou da absorção da produção por novos mercados.

Em Natal, o preço médio da cesta básica caiu 2,03% em agosto, passando de R$ 446,69 para R$ 437,79. Além de café e carnes, produtos do hortifruti também apresentaram queda. A cebola branca teve redução de 37,67%, o tomate caiu 34,20%, a batata comum 11,48% e a batata-doce 3,75%.

O peixe foi o único item que apresentou aumento de preço em agosto, com alta de 1% no Nordeste e 2% no Brasil, segundo a pesquisa.

Especialistas apontam que o cenário de queda nos preços pode ser passageiro. A expectativa é de estabilização, com possível retorno aos patamares anteriores, dependendo da dinâmica de consumo, das negociações comerciais e da capacidade de ajuste da produção interna.

A redução nos preços foi percebida pelos consumidores. O Procon Natal registrou variações positivas para o bolso da população, especialmente em itens essenciais da alimentação. A queda nos preços é atribuída à inviabilização das exportações, que gerou excedente no mercado local.

A situação é monitorada por entidades como a Associação dos Supermercados do Rio Grande do Norte (Assurn), que também relaciona a queda de preços à política tarifária dos Estados Unidos. A entidade destaca que o comportamento do mercado nos próximos meses dependerá de fatores externos e internos, como acordos comerciais e ajustes na produção.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Exportações do Brasil para EUA caem 18,5% após tarifa de 50%

Exportações do Brasil para EUA caem 18,5% após tarifa de 50%

Medida imposta pelo governo dos Estados Unidos afeta diretamente produtos brasileiros e gera déficit comercial

Exportações do Brasil para EUA caem 18,5%

As exportações do Brasil para os Estados Unidos registraram queda de 18,5% em agosto, primeiro mês de vigência da tarifa de 50% imposta pelo governo americano sobre produtos brasileiros. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) nesta quinta-feira.

A redução representa uma perda de aproximadamente US$ 600 milhões em relação ao mesmo período do ano anterior. Em contrapartida, as importações de produtos americanos pelo Brasil aumentaram 4,6%, totalizando um acréscimo de US$ 200 milhões.

Com esse cenário, o Brasil acumulou déficit comercial com os Estados Unidos pelo oitavo mês consecutivo em 2025. O saldo negativo em agosto foi de US$ 1,23 bilhão, resultado da diferença entre o volume de importações e exportações entre os dois países.

Apesar da queda nas exportações para os EUA, o Brasil apresentou crescimento de 3,9% nas exportações totais em agosto. O país fechou o mês com superávit de US$ 6,13 bilhões, resultado de US$ 29,86 bilhões em exportações e US$ 23,73 bilhões em importações. Esse desempenho representa um aumento de 35,8% em relação ao mesmo mês de 2024.

Os setores de agropecuária e indústria extrativa foram os principais responsáveis pelo crescimento das exportações brasileiras, com altas de 8,3% e 11,3%, respectivamente. As vendas para países como China, Argentina e México também contribuíram para o resultado positivo. A China registrou aumento de 31%, a Argentina 40,37% e o México 43,82% nas compras de produtos brasileiros.

Segundo o MDIC, o crescimento das exportações para a China foi impulsionado por produtos como óleos e derivados de petróleo (+75%), soja (28,45%), carne bovina (+84%), minério de ferro (+4,9%) e açúcar (20%).

A tarifa de 50% aplicada pelos Estados Unidos é composta por uma taxa adicional de 40%, somada aos 10% já anunciados em abril como parte de uma política de “tarifas recíprocas”. A justificativa para a nova tarifa inclui fatores políticos e suspeitas de práticas comerciais desleais.

De acordo com cálculos do governo brasileiro, a medida afeta diretamente 35,9% das exportações do Brasil para os Estados Unidos. Em 2024, esses produtos representaram US$ 14,5 bilhões em vendas. Com o aumento do imposto de importação, os produtos brasileiros se tornam menos competitivos no mercado americano, o que reduz a demanda.

Entre os cerca de 4 mil itens exportados pelo Brasil para os EUA, quase 700 foram listados como exceções à tarifa adicional de 40%. No entanto, mesmo os produtos isentos da sobretaxa apresentaram queda nas exportações. Itens como aeronaves, óleos e combustíveis, minério de ferro e celulose registraram redução nas vendas para o mercado americano.

A insegurança gerada pela nova política tarifária contribuiu para a retração nas encomendas, mesmo entre os produtos não diretamente afetados pela medida. O impacto da tarifa sobre o comércio bilateral entre Brasil e Estados Unidos segue sendo monitorado por autoridades brasileiras.

Foto: Adriano Abreu/José Paulo Lacerda/Reprodução

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Produção industrial acumula quatro meses sem crescimento e registra queda de 1,5%, aponta IBGE

Produção industrial acumula quatro meses sem crescimento e registra queda de 1,5%, aponta IBGE

Setor industrial brasileiro apresenta retração contínua entre abril e julho, com 13 das 25 atividades em queda

Produção industrial acumula quatro meses sem crescimento e registra queda de 1,5%, aponta IBGE

A produção industrial brasileira registrou queda de 0,2% em julho na comparação com junho, completando quatro meses consecutivos sem crescimento. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre abril e julho, o setor acumulou retração de 1,5%.

Segundo o IBGE, esse é o maior período de resultados negativos desde o intervalo entre novembro de 2022 e fevereiro de 2023. O gerente da pesquisa, André Macedo, destacou que o comportamento da indústria tem sido predominantemente negativo desde abril, com perda acumulada e predominância de taxas em queda.

Das 25 atividades industriais pesquisadas, 13 apresentaram retração em julho. O parque fabril operava apenas 0,3% acima do nível registrado em dezembro de 2024, indicando estagnação na recuperação do setor.

A sequência de resultados negativos reflete a baixa intensidade da produção industrial, que tem enfrentado desafios como demanda interna fraca, juros elevados e incertezas econômicas. A desaceleração afeta diretamente segmentos como bens de consumo duráveis, bens intermediários e bens de capital.

A pesquisa do IBGE é considerada um dos principais termômetros da atividade econômica nacional. A ausência de crescimento por quatro meses consecutivos acende alerta sobre a capacidade de retomada da indústria, especialmente diante de um cenário de inflação controlada, mas com consumo ainda limitado.

A retração industrial também impacta o mercado de trabalho, com redução na oferta de empregos formais em setores como metalurgia, automotivo, têxtil e alimentos. A falta de dinamismo na produção pode comprometer o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo semestre.

Economistas apontam que a recuperação da indústria depende de estímulos à produção, investimentos em infraestrutura, redução de custos operacionais e políticas de incentivo à inovação. A estabilidade fiscal e a previsibilidade regulatória também são fatores considerados essenciais para atrair capital e fomentar a atividade industrial.

A próxima divulgação da Pesquisa Industrial Mensal será acompanhada com atenção por analistas e agentes econômicos, que buscam sinais de reversão da tendência negativa. A expectativa é que medidas de estímulo ao crédito e à produção possam contribuir para a retomada gradual do setor.

Foto: Divulgação/CNI

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Novas regras do Pix permitem rastrear transferências e recuperar dinheiro roubado com mais agilidade

Novas regras do Pix permitem rastrear transferências e recuperar dinheiro roubado com mais agilidade

Banco Central atualiza sistema MED para facilitar devolução de valores em casos de fraude e golpe financeiro

Novas regras do Pix

O Banco Central do Brasil anunciou mudanças significativas no sistema de segurança do Pix, com novas regras para o Mecanismo Especial de Devolução (MED). A atualização tem como objetivo facilitar a recuperação de valores em casos de golpes, fraudes ou coerção, por meio do rastreamento das transferências e compartilhamento de informações entre instituições financeiras.

Atualmente, a devolução de valores só ocorre a partir da conta usada originalmente no crime, o que dificulta a recuperação, já que os fraudadores costumam transferir rapidamente o dinheiro para outras contas. Com as novas regras do Pix, será possível rastrear o caminho completo das transações e bloquear contas envolvidas em práticas fraudulentas.

A nova versão do MED estará disponível a partir de 23 de novembro e se tornará obrigatória em 2 de fevereiro de 2026. A partir de 1º de outubro, o sistema será totalmente digital, com acesso por autoatendimento nos aplicativos dos bancos, eliminando a necessidade de contato com centrais de atendimento.

Com a atualização, a devolução dos valores poderá ser realizada em até 11 dias após a contestação. O Banco Central espera que a medida aumente a identificação de contas usadas em fraudes e facilite a devolução dos recursos. O compartilhamento de dados entre os bancos também deve impedir o uso recorrente dessas contas em novos golpes.

O objetivo é garantir que apenas contas legítimas participem do sistema, eliminando registros fraudulentos. Ao rastrear as transações até o destino final, o sistema poderá bloquear imediatamente as contas envolvidas.

O MED existe desde 2021 e pode ser acionado mediante comprovação de fraude ou erro operacional da instituição financeira. O sistema não cobre casos de erro do usuário, desacordos comerciais ou disputas entre partes de boa-fé.

Além de aumentar a segurança, as mudanças visam ampliar a confiança dos brasileiros no Pix. O sistema de autoatendimento permitirá que os usuários façam a contestação diretamente pelo aplicativo, sem precisar entrar em contato com a central de atendimento.

Segundo especialistas em segurança digital, o comportamento consciente do consumidor continua sendo essencial para evitar golpes. É recomendado desconfiar de pedidos urgentes, verificar os dados do recebedor, utilizar biometria e bloqueios nos aplicativos bancários, manter limites de valor e, em caso de golpe, acionar imediatamente o banco e registrar boletim de ocorrência.

As instituições financeiras também devem investir em tecnologias como inteligência artificial e análise de comportamento para identificar transações suspeitas em tempo real. Campanhas de conscientização continuam sendo importantes para educar os usuários sobre práticas seguras.

De acordo com pesquisa do Datafolha, cerca de 24 milhões de brasileiros foram vítimas de golpes envolvendo Pix ou boletos falsos apenas em julho de 2025.

Especialistas alertam que, mesmo com as novas regras do Pix, novas formas de golpe podem surgir. A recomendação é que, em caso de fraude, o consumidor entre em contato com o gerente do banco, registre boletim de ocorrência e faça a contestação da transação.

Foto: Marcello Casal Jr/Bruno Peres/Agência Brasil

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Extração de ouro aumenta arrecadação mineral no RN em 368%

Extração de ouro aumenta arrecadação mineral no RN em 368%

Projeto Aura Borborema impulsiona receita estadual e municipal com CFEM em julho

Extração de ouro aumenta arrecadação mineral no RN em 368%

A arrecadação do Rio Grande do Norte por meio da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) registrou crescimento de 368% em julho de 2025, em comparação com o mesmo mês do ano anterior. O valor arrecadado passou de R$ 338,6 mil em julho de 2024 para R$ 1,5 milhão em julho de 2025, segundo dados da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec).

O principal fator para o aumento foi o início das operações da mina de ouro do Projeto Aura Borborema, localizada em Currais Novos, no Seridó potiguar. As atividades começaram em junho de 2025 e já geraram R$ 1.133.476,08 em compensação para o estado no mês seguinte. De acordo com a Lei nº 13.540/2017, 15% desse valor são destinados ao estado e 60% ao município onde ocorre a exploração.

Currais Novos recebeu R$ 1.230.689,42 em julho, um crescimento de mais de 3.980% em relação ao mesmo período de 2024, quando a arrecadação foi de R$ 30.138,61. Do total arrecadado pelo município, R$ 738.413,65 foram diretamente relacionados ao Projeto Aura Borborema.

O repasse ao estado referente ao projeto foi de R$ 234.011,56, representando 14,7% do total arrecadado com CFEM em julho, que somou R$ 1.583.974,18. A expectativa da Sedec é que a arrecadação via CFEM se aproxime de R$ 4 milhões até o final de 2025, com a expansão das operações da mina.

O Projeto Aura Borborema iniciou com a construção de uma usina em Currais Novos, após estudos de viabilidade realizados em 2023. O investimento total foi de US$ 188 milhões. A mina possui reservas provadas e prováveis de 812 mil onças de ouro, com vida útil estimada em 11 anos.

A empresa responsável, Aura Mineral, utiliza a técnica de lavra a céu aberto, método que permite a remoção do material diretamente da superfície. A companhia atua em projetos de ouro e cobre nas Américas e tem como foco principal, no RN, a exploração de ouro.

Além da arrecadação direta, o projeto tem gerado impactos positivos em setores como comércio, serviços e geração de empregos. A Sedec considera o projeto estratégico para o fortalecimento da cadeia mineral no estado.

Outro avanço previsto para o setor é o lançamento de um edital, em novembro de 2025, para concessão de um terminal exclusivo para minério de ferro no Porto de Natal. O objetivo é viabilizar a exportação do minério produzido no estado. O edital está em análise pela Codern, Governo do Estado e Sedec.

Com a criação do terminal, será possível escoar a produção de ferro potiguar, incluindo projetos como o Ferro Potiguar, do Grupo Fomento. A iniciativa está em processo de licenciamento ambiental junto ao Idema e de autorização no Incra.

A Sedec destaca que a viabilização logística é essencial para o desenvolvimento da cadeia mineral, permitindo que empresas com responsabilidade socioambiental operem com eficiência e contribuam para o crescimento econômico do estado.

Foto: EBC/Agência Senado

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Plano de cargos da educação no RN terá impacto de R$ 3 milhões mensais

Plano de cargos da educação no RN terá impacto de R$ 3 milhões mensais

Projeto aprovado em comissão da ALRN contempla 2,8 mil servidores e aguarda votação em plenário

Plano de cargos da educação no RN terá impacto de R$ 3 milhões mensais

O Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) dos servidores da Educação da Rede Estadual do Rio Grande do Norte deverá contemplar cerca de 2,8 mil trabalhadores. O impacto financeiro estimado é de R$ 3 milhões por mês, conforme informações da Secretaria de Estado da Administração (Sead).

O Projeto de Lei nº 16/2025, que institui o PCCR, foi aprovado pela Comissão de Finanças e Fiscalização (CFF) da Assembleia Legislativa do RN em 27 de agosto. A proposta segue agora para análise da Comissão de Administração antes de ser encaminhada ao plenário da Casa. A expectativa é que o texto seja enviado para sanção do Governo do Estado após aprovação final.

A elaboração do plano foi coordenada pela Sead, com foco na sustentabilidade das contas públicas. A proposta inicial apresentada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte-RN) previa impacto mensal de R$ 18 milhões, valor considerado inviável pela equipe técnica da secretaria. Após ajustes, foi definido um modelo que contempla valorização profissional com equilíbrio fiscal.

A previsão é que o PCCR entre em vigor a partir de março de 2026. O texto estabelece reajuste salarial conforme a política do Governo Federal, que determina correções em abril de cada ano. Também estão previstas medidas como enquadramento funcional, paridade entre servidores ativos e inativos, e criação de tabela salarial para profissionais com especialização, mestrado e doutorado.

O projeto recebeu emendas durante sua tramitação, incluindo uma proposta que prevê a inclusão de outra entidade sindical no texto. Essa emenda tem gerado críticas por parte do Sinte-RN, que argumenta que a entidade sugerida não participou da construção do plano nem das mobilizações da categoria. A análise das emendas será feita em plenário, conforme solicitação da deputada Divaneide Basílio (PT), aceita durante a reunião da CFF.

O relator do projeto na Comissão de Finanças foi o deputado Luiz Eduardo (Avante), cujo parecer foi aprovado por unanimidade. A proposta é de autoria do Executivo Estadual e busca atender demandas históricas dos servidores da educação, com foco na valorização profissional e na estruturação da carreira.

Além dos aspectos financeiros e funcionais, o plano também visa garantir maior previsibilidade na gestão de pessoal da educação estadual. A formalização de critérios para progressão na carreira e a definição de faixas salariais por nível de formação são pontos centrais da proposta.

A tramitação do projeto na Assembleia Legislativa ainda não tem data definida para votação em plenário. Após aprovação, o texto será encaminhado para sanção do Governo do Estado, que deverá regulamentar os dispositivos previstos no plano.

O impacto mensal de R$ 3 milhões será incorporado à folha de pagamento do Executivo, exigindo ajustes orçamentários para acomodar a nova estrutura remuneratória. A Sead considera que o modelo proposto é compatível com a capacidade financeira do Estado e atende às exigências legais de responsabilidade fiscal.

O PCCR da educação no RN é parte de um conjunto de medidas voltadas à reestruturação das carreiras do funcionalismo público estadual. A proposta busca garantir valorização dos profissionais da educação, com base em critérios objetivos e sustentáveis.

Foto: Sandro Menezes/Divulgação

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Produção de camarão no RN pode crescer com interiorização até 2026

Produção de camarão no RN pode crescer com interiorização até 2026

Projeto prevê formalização de 150 novos criadores e expansão sustentável da atividade

Produção de camarão no RN pode crescer com interiorização até 2026

O Programa de Interiorização da Carcinicultura tem como objetivo ampliar a produção de camarão no RN e formalizar 150 novos pequenos produtores até o ano de 2026. A proposta busca descentralizar a atividade, atualmente concentrada no litoral potiguar, e expandi-la para o interior do estado de forma sustentável e legalizada.

O projeto de lei complementar que institui o programa está em tramitação na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN). A matéria foi aprovada pela Comissão de Finanças e Fiscalização no dia 20 de agosto, com relatoria do deputado Adjuto Dias (MDB). O texto é de autoria do Executivo Estadual.

Atualmente, o RN é o segundo maior produtor de camarão do Brasil. A proposta pretende aumentar em 35% o número de produtores, com foco na legalização ambiental dos empreendimentos. O projeto prevê isenção de taxas de outorga de água e licenciamento ambiental para unidades com até cinco hectares de área produtiva inundada, facilitando a entrada de novos criadores.

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no RN (Sebrae/RN) realizou o diagnóstico inicial e mapeou 23 municípios com potencial para a criação de camarão em cativeiro. A metodologia utilizada inclui levantamento topográfico, análise de disponibilidade de água, relevo, acesso à energia e viabilidade do uso do terreno.

Os recursos para a execução do projeto são provenientes de emendas parlamentares da deputada federal Natália Bonavides (PT), que destinou R$ 810 mil para ações estruturantes do setor. Após a sanção da lei, os recursos serão aplicados na qualificação dos produtores e na formalização dos empreendimentos.

A proposta também prevê que a Secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (SAPE) elabore, em até 120 dias após a promulgação da lei, um plano de monitoramento da qualidade da água nas bacias hidrográficas impactadas pelos novos empreendimentos.

A interiorização da carcinicultura visa estimular a criação de fazendas de camarão em regiões afastadas da zona costeira, promovendo a descentralização da produção e reduzindo os custos para pequenos produtores. A medida também busca retomar a liderança nacional do RN na produção de camarão, além de gerar emprego, renda e aumento da arrecadação do ICMS.

A expansão da atividade para o interior do estado pode impulsionar o surgimento de novas cadeias produtivas, como lojas de insumos, venda de ração, equipamentos e laboratórios de larvas. O projeto é discutido desde 2023 pelos governos estadual e federal, com foco na sustentabilidade e no licenciamento ambiental.

O modelo adotado no Ceará, que iniciou a produção no interior e se expandiu rapidamente, serve como referência para o projeto potiguar. No entanto, o RN busca manter altos índices de regularização ambiental, com mais de 90% da produção atual licenciada.

A formalização dos novos criadores permitirá acesso a crédito, mercados e políticas públicas voltadas ao setor aquícola. A expectativa é que, com a regulamentação da lei, o programa avance para as fases de capacitação e implantação dos empreendimentos.

Foto: Elisa Elsie/Divulgação

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Aneel mantém bandeira vermelha patamar 2 nas contas de luz em setembro

Aneel mantém bandeira vermelha patamar 2 nas contas de luz em setembro

Consumidores seguem pagando acréscimo de R$ 7,87 a cada 100 kWh devido ao acionamento de termelétricas

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira (29) que as contas de energia elétrica seguirão com acréscimo em setembro. Será mantida a bandeira vermelha patamar 2, o que significa cobrança adicional de R$ 7,87 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

Segundo a Aneel, a decisão está relacionada à necessidade de maior utilização das usinas termelétricas. O uso desse tipo de geração, com custo mais elevado, ocorre devido ao cenário de falta de chuvas nos reservatórios das hidrelétricas.

“As atuais condições de afluência dos reservatórios das usinas, abaixo da média, não são favoráveis para a geração hidrelétrica. Em consequência, há necessidade de maior acionamento de usinas termelétricas, com elevados custos de geração, o que justifica a manutenção da bandeira vermelha patamar 2 para setembro”, destacou a agência.

Histórico das bandeiras nos últimos meses

Nos últimos meses, o sistema de bandeiras tarifárias tem registrado variações. Em junho e julho, esteve em bandeira vermelha patamar 1. Já em agosto, houve mudança para bandeira vermelha patamar 2, que será mantida agora em setembro.

A decisão afeta diretamente consumidores residenciais, comerciais e industriais que utilizam energia do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Como funcionam as bandeiras tarifárias

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 pela Aneel para indicar de forma clara os custos variáveis da geração de energia elétrica.

  • Bandeira verde: não há acréscimo na conta.
  • Bandeira amarela: aplica-se acréscimo a cada 100 kWh consumidos, em valor menor do que a vermelha.
  • Bandeira vermelha: patamar 1 ou 2, com custos adicionais mais elevados.

O objetivo é sinalizar ao consumidor quando a produção de energia está mais cara, incentivando o uso consciente da eletricidade.

Impacto nas contas de setembro

Com a manutenção da bandeira vermelha patamar 2, os consumidores brasileiros terão acréscimo de R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos nas faturas de setembro. A medida reflete o custo elevado do uso das termelétricas, acionadas para suprir a menor produção das hidrelétricas em razão do baixo nível de chuvas.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Marcello Casal Jr./Agência Brasil

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Proposta do Orçamento de 2026 prevê salário mínimo de R$ 1.631

Proposta do Orçamento de 2026 prevê salário mínimo de R$ 1.631

Valor representa aumento nominal de 7,44% em relação ao atual

A nova regra de correção fez o governo elevar a previsão para o salário mínimo no próximo ano. O Projeto da Lei Orçamentária de 2026, enviado na noite desta sexta-feira (29) ao Congresso, prevê mínimo de R$ 1.631, R$ 1 mais alto que o valor de R$ 1.630 proposto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

O valor representa aumento nominal de 7,44% em relação ao salário mínimo de R$ 1.518 em 2025. A alta obedece à regra aprovada no fim do ano passado, que limita o crescimento do salário mínimo a 2,5% acima da inflação do ano anterior.

Pela regra atual, o salário mínimo subirá o equivalente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado em 12 meses até novembro de 2025, 4,78%, mais o crescimento de 3,4% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) de 2024, o que daria valorização de 8,18%. No entanto, há um limite de crescimento de 2,5% acima da inflação, que reduz o reajuste para 7,44%.

O valor final do salário mínimo em 2026 pode ficar ainda maior, caso o INPC até novembro suba mais que o esperado. Com base na inflação acumulada entre dezembro de 2024 e novembro de 2025, o governo enviará uma mensagem modificativa ao Congresso no início de dezembro.

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil / José Cruz/Agência Brasil/Arquivo

Da Agência Brasil

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CNI pede cautela após aval a uso da Lei da Reciprocidade contra os EUA

CNI pede cautela após aval a uso da Lei da Reciprocidade contra os EUA

Entidade defende diálogo e envia comitiva com empresários a Washington

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) defendeu nesta sexta-feira (29) prudência diante do início do processo para aplicação da Lei da Reciprocidade Econômica contra os Estados Unidos, autorizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na quinta-feira (28) e detalhado nesta sexta (29) pelo vice-presidente Geraldo Alckmin.

Segundo a entidade, ainda é hora de insistir no diálogo para tentar reverter as tarifas de 50% impostas pelo governo de Donald Trump sobre produtos brasileiros.

Em nota, o presidente da CNI, Ricardo Alban, afirmou que a indústria brasileira “continuará buscando os caminhos do diálogo e da prudência” e que “não é o momento” de acionar de fato a lei.

“Precisamos de todas as formas buscar manter a firme e propositiva relação de mais de 200 anos entre Brasil e Estados Unidos”, declarou Alban. O executivo destacou ainda que o objetivo é encontrar uma negociação que leve à reversão da tarifa ou à ampliação das exceções para produtos brasileiros.
Missão empresarial

Na próxima semana, uma comitiva organizada pela CNI, com mais de 100 líderes empresariais e representantes de associações do setor, desembarca em Washington.

A agenda prevê encontros com autoridades e empresários norte-americanos, além de preparativos para a audiência pública marcada para 3 de setembro, nos Estados Unidos, sobre a investigação aberta em julho nos termos da Seção 301 da Lei de Comércio norte-americana. No último dia 18, o governo brasileiro enviou a resposta aos Estados Unidos.

Defesa de diálogo

Apesar de ter autorizado a abertura do processo pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), Lula afirmou nesta sexta que não tem pressa em aplicar a lei contra os EUA.

“Eu não tenho pressa de fazer qualquer coisa com a reciprocidade contra os Estados Unidos. Tomei a medida porque eu tenho que andar o processo”, disse o presidente em entrevista à Rádio Itatiaia.

O governo brasileiro também abriu consultas na Organização Mundial do Comércio (OMC) e contratou um escritório de advocacia nos Estados Unidos para reforçar a defesa dos interesses nacionais.

Lula ressaltou, no entanto, que o Brasil segue aberto ao entendimento. “Se os norte-americanos estiverem dispostos a negociar, nós estaremos dispostos a negociar 24 horas por dia. Até agora nós não conseguimos falar com ninguém. Então eles não estão dispostos a negociar”, declarou o presidente.

Foto: Gustavo Alcântara/CNI / José Paulo Lacerda/CNI

Da Agência Brasil

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Confiança da indústria no RN atinge menor nível em cinco anos

Confiança da indústria no RN atinge menor nível em cinco anos

ICEI recua em agosto e reflete impacto de tarifas dos EUA sobre exportações

Confiança da indústria no RN atinge menor nível em cinco anos

A Confiança da indústria no Rio Grande do Norte registrou em agosto de 2025 o menor índice para o mês nos últimos cinco anos. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) caiu 2,5 pontos, atingindo 51,6 pontos. O menor valor anterior havia sido registrado em agosto de 2023, com 53,3 pontos.

O recuo ocorre após dois meses de alta consecutiva, com 53,8 pontos em junho e 54,1 em julho. Apesar da queda, o índice permanece acima de 50 pontos, indicando que os empresários ainda demonstram confiança, embora em menor intensidade.

A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern) atribui a moderação na confiança ao impacto das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre parte das exportações brasileiras. As medidas entraram em vigor no dia 6 de agosto e afetam diretamente setores estratégicos da economia potiguar.

Com o recuo, o ICEI está 3,9 pontos abaixo do valor registrado em agosto de 2024 (55,5 pontos) e 2,7 pontos abaixo da média histórica, atualmente em 54,3 pontos. A Fiern aponta que a instabilidade política nacional também influencia negativamente o cenário econômico e as decisões do setor produtivo.

A sondagem indica que projetos em andamento tendem a continuar, mas novos investimentos podem ser adiados. A percepção de risco inclui aumento de juros, ameaça ao nível de emprego, crescimento da informalidade e retração do consumo.

Mesmo com o impacto das tarifas, a Fiern avalia que as condições atuais dos negócios demonstram piora pelo décimo mês consecutivo, embora em menor intensidade do que em julho. A expectativa é de queda no otimismo nos próximos meses, mas ainda com índices acima de 50 pontos.

Na análise por setores, a Indústria Extrativa e de Transformação apresentou índice de 57,9 pontos em agosto, abaixo dos 58,7 de julho e dos 58,3 de agosto de 2024. Já o setor da Construção registrou falta de confiança pelo segundo mês consecutivo, com 45,2 pontos em agosto e 49,3 em julho. Em agosto de 2024, o índice da construção era de 51,2 pontos.

Quanto ao porte das empresas, médias e grandes indústrias demonstraram menor confiança em relação aos meses anteriores. O índice foi de 57,0 em agosto de 2024, 55,7 em julho de 2025 e 52,2 em agosto de 2025. As pequenas empresas apresentaram índice de 50,5 pontos, considerado neutro. Em agosto de 2024, o índice foi de 51,1 e de 49,3 em julho.

O indicador nacional também apresentou queda, passando de 47,3 para 46,1 pontos em agosto. A retração nacional reforça o cenário de cautela entre os empresários industriais em todo o país.

A Fiern continuará monitorando os impactos das tarifas e da instabilidade econômica sobre a confiança da indústria no RN. A expectativa é que os próximos levantamentos indiquem se o cenário atual se manterá ou se haverá recuperação nos índices de confiança.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Exportações RN podem crescer em 88 países e reduzir dependência dos EUA

Exportações RN podem crescer em 88 países e reduzir dependência dos EUA

Sedec aponta mercados abertos e programa estadual para ampliar presença internacional

Exportações RN podem crescer em 88 países e reduzir dependência dos EUA

As Exportações RN têm potencial para expansão em até 88 países, segundo estimativa da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec). A análise reforça a necessidade de diversificação dos destinos comerciais e redução da dependência do mercado norte-americano, especialmente após o tarifaço imposto pelo governo dos Estados Unidos.

A Sedec aponta que o Rio Grande do Norte já possui abertura comercial com esses países, mas ainda explora pouco esse potencial. Entre os produtos com maior impacto estão pescado, caramelo, sal marinho e peixes congelados, todos afetados pelas novas tarifas.

A estratégia do governo estadual inclui o lançamento do programa “RN Mais Exportação”, desenvolvido em parceria com o Sebrae. O programa está em fase final de regulamentação e tem previsão de início em outubro, com meta de atender pelo menos 100 empresas. A proposta é realizar diagnóstico, capacitação, orientação logística e abertura de mercados para os exportadores locais.

Enquanto o programa não é formalizado, o governo anunciou medidas emergenciais em 1º de agosto. Entre elas estão a ampliação temporária do Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial (Proedi) e a duplicação dos créditos de ICMS sobre exportações para setores atingidos pelas sanções.

Dados da Sedec mostram que, em 2025, os Estados Unidos importaram do RN aproximadamente US$ 24 milhões em fuel oil, US$ 10,3 milhões em produtos de origem animal, US$ 4,8 milhões em albacoras e bandolins, US$ 3,4 milhões em sal marinho e US$ 2,1 milhões em peixes congelados.

A meta do governo é reduzir a vulnerabilidade do estado frente a decisões unilaterais de grandes parceiros comerciais. A diversificação dos destinos é vista como essencial para aumentar a competitividade dos produtos potiguares e garantir maior autonomia econômica.

A Sedec destaca que já existem tratados internacionais em vigor que podem ser utilizados pelo estado, como os acordos do Mercosul com Singapura e o Acordo de Livre Comércio (FTA). Esses instrumentos podem facilitar o acesso a novos mercados e ampliar as exportações RN.

As negociações incluem aproximações com países da Ásia e da Europa, além de tratativas com a China e esforços para retomar o envio de pescado à União Europeia, suspenso há anos. O mapa global da Sedec identifica 88 mercados receptores de produtos potiguares, incluindo Singapura, Espanha, Reino Unido, Colômbia, Portugal, México, Itália e Canadá.

O tarifaço, em vigor desde o início de agosto, afeta diretamente setores estratégicos do estado, como o pesqueiro e o salineiro. A pressão sobre as empresas locais tem acelerado a busca por alternativas comerciais e fortalecido a agenda de internacionalização da economia potiguar.

A Sedec pretende acompanhar a implementação do programa RN Mais Exportação e avaliar os resultados das medidas emergenciais. O objetivo é consolidar uma política de comércio exterior que amplie as exportações RN e reduza a concentração em poucos mercados.

Foto: Adriano Abreu/Tribuna do Norte/Sandro Menezes/Divulgação

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RN registra saldo de mais de 3 mil empregos em julho

RN registra saldo de 3.438 empregos em julho

RN registra saldo de mais de 3 mil empregos em julho, com destaque para o setor agropecuário

RN registra saldo de mais de 3 mil empregos em julho

O Rio Grande do Norte registrou saldo positivo de mais de 3 mil empregos com carteira assinada no mês de julho de 2025. Foram 23.756 admissões e 20.318 desligamentos, resultando em saldo de 3.438 empregos formais. Os dados foram divulgados pelo Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), nesta quarta-feira (27).

Esse é o melhor resultado mensal do estado desde setembro de 2024, quando foram gerados 5.088 empregos. Em comparação com julho de 2024, que teve saldo de 6.015 empregos, houve uma redução de 42%.

O setor agropecuário foi o principal responsável pelo saldo positivo, com 1.631 empregos gerados. Em seguida, aparecem os setores de comércio (759), serviços (733) e indústria (728). A construção civil registrou saldo negativo de 419 postos de trabalho.

No acumulado de janeiro a julho de 2025, o estado apresenta saldo positivo de 10.059 empregos, com 154.901 admissões e 144.842 desligamentos. No mesmo período de 2024, o saldo acumulado era de 19.281 empregos. O setor de serviços lidera o saldo acumulado com 4.599 postos de trabalho, seguido pela indústria (3.225), construção (1.880) e comércio (1.722). A agropecuária apresenta saldo negativo de 1.382 empregos no acumulado do ano.

Em nível nacional, o Brasil gerou 1.347.807 novos empregos formais entre janeiro e julho de 2025, representando crescimento de 2,86%. O estoque de vínculos ativos no país chegou a 48.544.646. O setor de serviços foi o principal responsável pela geração de vagas, com 688.511 postos (+2,99%), seguido por áreas como informação, comunicação, atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (+265.093), além de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais (+240.070).

Em julho, o país registrou saldo positivo de 129.775 empregos formais. Todos os cinco grandes setores da economia apresentaram crescimento: serviços (50.159 vagas), comércio (27.325), indústria (24.426), construção (19.066) e agropecuária (8.795).

Vagas disponíveis no SINE-RN

O Sistema Nacional de Emprego (SINE-RN) está oferecendo 233 vagas de trabalho para diversas regiões do estado, incluindo Natal e Região Metropolitana, Mossoró, João Câmara, Assú e Currais Novos. As oportunidades foram divulgadas nesta quarta-feira (27) e podem ser preenchidas a qualquer momento.

Entre as vagas disponíveis estão: costureira, mecânico de freio de automóveis, mecânico de motocicletas, operador de máquina pneumática, pedreiro, atendente de lanchonete, ajudante de obras, vendedor interno, engenheiro civil (estágio), vigilante patrimonial, panfleteiro, armador de estrutura de concreto armado, carpinteiro, auxiliar de confeiteiro, embalador a mão, entre outras.

Os interessados devem comparecer presencialmente aos postos de atendimento do SINE-RN, como a unidade central localizada na Rua Nossa Senhora da Candelária, bairro Candelária, ou nas Centrais do Cidadão. O atendimento na unidade central ocorre de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h. Para as Centrais do Cidadão, é necessário consultar os horários de funcionamento.

As vagas estão sujeitas a alterações sem aviso prévio e podem ser preenchidas a qualquer momento. Para informações atualizadas, o contato pode ser feito pelo WhatsApp do SINE-RN: (84) 9 8140-8390.

Foto: Tony Winston/Agência Brasília/Divulgação

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Consumo nos lares cresce no Rio Grande do Norte com queda de preços

Consumo nos lares cresce no Rio Grande do Norte com queda de preços

Redução nos valores de itens essenciais impulsiona compras no varejo potiguar

Consumo nos lares cresce no Rio Grande do Norte com queda de preços

O consumo nos lares brasileiros registrou crescimento de 4% em julho de 2025, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo levantamento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). No Rio Grande do Norte, esse aumento foi observado pela Associação dos Supermercados do RN (Assurn), que atribui o avanço à queda nos preços de itens essenciais, mesmo diante de maior concorrência no varejo local.

A Assurn aponta que a pulverização do mercado varejista no estado tem reduzido o número de clientes por unidade, devido à distribuição do público entre diversas lojas. No entanto, o volume de compras por cliente aumentou, impulsionado pela redução nos preços de produtos de alto giro, que anteriormente apresentavam valores elevados.

Dados da Abras indicam que, no acumulado de 2025, o consumo nacional nos supermercados cresceu 2,66%, próximo da projeção do setor, que estima alta de 2,70% para o ano. No comparativo entre junho e julho, os preços da cesta de vegetais frescos na região caíram 3,26%, passando de R$ 68,15 para R$ 65,93.

Segundo a Abras, o crescimento do consumo está relacionado à melhora da renda e do mercado de trabalho no país. Apesar de julho ser um mês com tendência de retração devido às férias escolares, o desempenho foi positivo.

Entre os produtos que registraram as maiores altas de preços em julho estão: água sanitária (+1,21%), sal (+0,95%), creme dental (+0,77%), xampu (+0,76%), açúcar (+0,63%) e papel higiênico (+0,62%). Por outro lado, arroz (-2,89%), feijão (-2,29%), café torrado e moído (-1,01%) e massa de sêmola tipo espaguete (-0,59%) apresentaram as maiores quedas no mês.

No acumulado do ano, a tendência de retração permanece para itens como arroz (-16,95%), óleo de soja (-7,02%) e feijão (-3,23%). Esses produtos, considerados essenciais na cesta básica, têm contribuído para o aumento do consumo nos lares, especialmente em regiões como o Rio Grande do Norte.

No comércio local, consumidores têm adotado estratégias para manter o orçamento equilibrado diante das variações de preços. A busca por promoções e o planejamento das compras são práticas comuns entre os consumidores potiguares.

A Assurn projeta que o segundo semestre de 2025 será marcado por períodos sazonais que tradicionalmente aquecem o mercado, como datas comemorativas e eventos regionais. A expectativa é de que esses fatores contribuam para um aumento adicional no consumo nos lares do estado.

O cenário atual reflete uma combinação de fatores econômicos e comportamentais que influenciam diretamente o desempenho do varejo alimentar. A queda nos preços de produtos essenciais, aliada à melhora na renda e ao comportamento estratégico dos consumidores, tem sustentado o crescimento do setor.

Foto: Dênio Simões/Agência Brasília

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Gás natural no RN tem maior preço do Nordeste e preocupa motoristas

Gás natural no RN tem maior preço do Nordeste e preocupa motoristas

Valor de referência do GNV no estado será de R$ 5,14 por metro cúbico a partir de setembro, segundo tabela do Confaz

Gás natural no RN tem maior preço do Nordeste e preocupa motoristas

O Rio Grande do Norte registrará, a partir de 1º de setembro, o maior preço médio ponderado ao consumidor final (PMPF) do gás natural veicular (GNV) entre os estados do Nordeste. O valor de referência será de R$ 5,14 por metro cúbico, conforme tabela divulgada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) em 25 de agosto. No cenário nacional, o estado fica atrás apenas do Distrito Federal, onde o preço é de R$ 6,78.

A tabela do Confaz é baseada nos dados enviados pelos estados ao Ministério da Fazenda e serve como base para o cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), influenciando diretamente o valor final pago pelo consumidor nos postos de combustíveis.

Na comparação regional, o preço do gás natural no RN supera o do Ceará (R$ 5,13) e da Paraíba (R$ 5,03). Os estados com os menores valores são Bahia (R$ 3,69), Alagoas (R$ 4,66) e Sergipe (R$ 4,98). Apenas Alagoas e Paraíba apresentaram redução em relação à tabela anterior.

Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do RN (Sindipostos), o custo elevado do GNV tem provocado queda no consumo e desestimulado conversões de veículos para o uso do combustível. A entidade aponta que o preço do gás natural se aproxima do valor da gasolina e, em alguns casos, supera o do etanol, o que leva consumidores a optarem por outras alternativas.

A carga tributária é apontada como um dos principais fatores que influenciam o preço do GNV. Em estados como Pernambuco e Paraíba, a alíquota de ICMS é de 12%, o que contribui para preços mais competitivos. No RN, além da tributação, houve em agosto a mudança da bandeira tarifária de energia elétrica para a vermelha – patamar 2, que representa o maior custo. O aumento no preço da energia impacta diretamente na composição do valor do gás natural.

A Companhia Potiguar de Gás (Potigás) esclareceu que o PMPF não reflete diretamente a tarifa praticada pela empresa, mas sim os valores cobrados nos postos. Atualmente, o metro cúbico do gás é repassado pela estatal ao valor de R$ 4,04, já com todos os impostos incluídos, conforme tabela homologada pela Agência Reguladora de Serviços Públicos do RN (Arsep).

A Potigás afirma que realiza ações para reduzir custos ao consumidor, como chamadas públicas para diversificação de fornecedores e negociações com produtores. A empresa também oferece incentivos, como tarifas diferenciadas para frotistas e estímulos ao uso do GNV em veículos de frota pesada, com o objetivo de gerar ganhos de escala e contribuir para a redução dos preços.

Apesar das dificuldades de competitividade, a Potigás destaca que o GNV ainda representa economia para motoristas que percorrem grandes distâncias. Segundo pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP), até 23 de agosto de 2025, o uso do gás natural proporciona uma economia média de 40% em relação à gasolina e ao etanol. A companhia disponibiliza em seu site uma ferramenta para simulação de economia com o uso do GNV.

A percepção dos motoristas sobre o custo-benefício do gás natural é dividida. Parte dos condutores considera que o combustível perdeu atratividade, especialmente para veículos de menor potência. Outros ainda percebem vantagem, principalmente aqueles que utilizam o carro com frequência e percorrem longas distâncias diariamente.

O cenário atual levanta preocupações entre consumidores e entidades do setor, que apontam a necessidade de revisão na política tributária e de incentivos para tornar o gás natural uma opção mais competitiva no estado.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração/Tânia Rêgo/Agência Brasil

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Alimentos afetados por tarifaço poderão ir para merenda escolar

Alimentos afetados por tarifaço poderão ir para merenda escolar

Governo autoriza compra direta de produtos não exportados para uso em escolas, hospitais e Forças Armadas

Alimentos afetados por tarifaço poderão ir para merenda escolar

O governo federal autorizou a compra direta de alimentos afetados pelas tarifas adicionais impostas pelos Estados Unidos. Os produtos que deixaram de ser exportados poderão ser destinados à merenda escolar da rede pública, hospitais e Forças Armadas, conforme regulamentação publicada em portaria interministerial no Diário Oficial da União .

A medida foi oficializada por meio da Medida Provisória nº 1.309/2025, que estabelece um plano de contingência para setores impactados pelo tarifaço. A portaria foi assinada pelos Ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e da Agricultura .

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Entre os alimentos que poderão ser adquiridos estão:

  • Açaí (fruta, purês e preparações)
  • Água de coco
  • Castanha de caju (com ou sem casca, sucos e extratos vegetais)
  • Castanha do Brasil (castanha-do-pará, fresca ou seca, sem casca)
  • Manga (fresca ou seca)
  • Mel
  • Pescados (corvina, pargo, tilápia e outros)
  • Uva fresca2

A aquisição será realizada por meio de compras governamentais flexibilizadas, com dispensa de licitação, apresentação simplificada de termo de referência e sem necessidade de estudos técnicos preliminares. A medida tem caráter emergencial e excepcional, voltada exclusivamente para produtores e empresas exportadoras afetadas pelas sobretaxas de importação aplicadas pelos EUA .

Para habilitação à venda, os exportadores deverão apresentar:

  • Declaração de perda na exportação do produto
  • Pelo menos uma declaração única de exportação para os Estados Unidos do produto alvo da aquisição, emitida a partir de janeiro de 2023 3

A iniciativa visa absorver parte da produção que não pôde ser comercializada no exterior, redirecionando os alimentos para consumo interno em instituições públicas. Estados e municípios interessados poderão aderir ao programa para reforçar a alimentação escolar e outros serviços públicos essenciais.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário deve anunciar detalhes adicionais sobre o funcionamento do sistema de compra especial. A medida busca atender à demanda de produtores prejudicados pelas barreiras comerciais impostas pelo governo norte-americano e evitar desperdício de alimentos perecíveis .

A portaria interministerial estabelece que os procedimentos adotados são temporários e específicos para o contexto de impacto comercial causado pelas tarifas. A ação também está alinhada com políticas de segurança alimentar e apoio à agricultura familiar .

Foto: Andre Borges/Toninho Tavares/Agência Brasília

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garantias honradas pela União

RN teve R$ 688 milhões em garantias honradas pela União desde 2016

Estado acumula pendências e recuperação parcial de valores pagos pelo Tesouro Nacional

RN teve R$ 688 milhões em garantias honradas pela União desde 2016

Entre 2016 e julho de 2025, o Rio Grande do Norte teve R$ 688,86 milhões em garantias honradas pela União, segundo o Relatório de Garantias Honradas pela União em Operações de Crédito e Recuperação de Contragarantias, divulgado pelo Tesouro Nacional. O estado ocupa a sétima posição entre os 19 estados citados no levantamento.

Somente em 2025, o valor honrado pela União soma R$ 209,09 milhões, sendo R$ 89,45 milhões apenas no mês de julho. As garantias são acionadas quando estados ou municípios não conseguem quitar empréstimos contratados com bancos ou organismos internacionais sob o aval do Governo Federal.

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Recuperação de valores e pendências

O valor honrado pela União é posteriormente cobrado dos entes federativos por meio de contragarantia. Quando o estado ou município devolve o montante, a garantia é considerada recuperada. No caso do RN, foram R$ 199,07 milhões recuperados desde 2016, sendo R$ 123,45 milhões entre janeiro e julho de 2025.

O relatório aponta que o estado possui uma pendência de R$ 87,66 milhões em garantias não recuperadas. Essa pendência está relacionada à suspensão da execução da contragarantia referente a um aval junto ao Banco Interamericano de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), por decisão do Supremo Tribunal Federal (ACO nº 3717).

Municípios com valores honrados

No levantamento dos municípios brasileiros, Natal e São Gonçalo do Amarante aparecem como os principais casos no RN. Natal teve R$ 61,41 milhões honrados entre 2016 e 2020, e R$ 61,54 milhões recuperados até julho de 2025. A Prefeitura foi procurada para esclarecimentos, mas não respondeu até o fechamento da edição.

São Gonçalo do Amarante teve R$ 15,18 milhões honrados em 2025, acumulando R$ 23,13 milhões desde 2016. O município recuperou R$ 8,05 milhões no mesmo período, mas possui uma pendência jurídica de R$ 24,05 milhões relacionada a um aval junto ao Banco Fonplata. O valor foi restituído ao município por decisão judicial.

Situação fiscal e plano de recuperação

Segundo nota oficial, o empréstimo de São Gonçalo do Amarante foi contratado em 2020, quando o município possuía Capacidade de Pagamento (Capag) A, mas foi rebaixado para Capag C na gestão seguinte. A atual administração informou que assumiu a Prefeitura com contas bloqueadas pela União devido a inadimplências anteriores.

Essa condição impediu o pagamento de uma parcela vencida em maio de 2025. O município declarou que está executando um plano de recuperação fiscal e econômica, com o objetivo de restabelecer o equilíbrio financeiro e retomar os pagamentos junto ao Fonplata a partir de 2026.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Azul, Latam e Gol pressionam governo por alta do IOF

Azul, Latam e Gol pressionam governo por alta do IOF

Setor aéreo estima impacto de R$ 600 milhões com aumento do imposto; reforma tributária pode elevar carga para 26,5%

Azul, Latam e Gol pressionam governo por alta do IOF

As companhias aéreas Azul, Latam e Gol se reuniram com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para apresentar os impactos do aumento da alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que passou de 0,36% para 3,5% e incide sobre o arrendamento de aeronaves. O setor estima que a medida resultará em um custo adicional de R$ 600 milhões por ano, valor que poderá ser repassado ao consumidor por meio do aumento das tarifas aéreas.

A reunião ocorreu em São Paulo, com a presença dos CEOs das três empresas e do presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). O governo não sinalizou possibilidade de recuo, justificando que a arrecadação é necessária para o equilíbrio fiscal. A medida havia sido derrubada pelo Congresso, mas foi restabelecida por decisão do Supremo Tribunal Federal 

Além do IOF, o setor aéreo também alerta para os efeitos da reforma tributária, que entrará em vigor gradualmente a partir de 2026. Atualmente, a carga tributária sobre o setor se limita ao PIS/Cofins. Com a reforma, as empresas passarão a ser tributadas pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), com alíquota estimada em 26,5%. A reforma prevê ainda a tributação de programas de fidelidade e a antecipação do pagamento de tributos sobre serviços vendidos antes da prestação, como passagens compradas com antecedência. A importação de aeronaves e peças também será afetada, com suspensão parcial dos tributos dependendo do tempo de permanência dos bens no país.

As empresas brasileiras argumentam que, ao contrário das companhias internacionais, operam com receita em real e custos em dólar, o que agrava o impacto das medidas. Além disso, destacam que concorrentes estrangeiras não enfrentam a mesma carga tributária, pois realizam operações como leasing e compra de peças fora do Brasil 

O setor também enfrenta custos elevados com judicialização. Segundo a Abear, um em cada 246 passageiros entra com ações judiciais contra companhias aéreas no Brasil, enquanto nos Estados Unidos a proporção é de um em um milhão. O custo estimado com processos judiciais em 2025 já soma R$ 1,2 bilhão.

Em paralelo, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que o governo estuda autorizar empresas estrangeiras a operarem voos domésticos no Brasil, por meio da chamada “cabotagem aérea” . A proposta está em debate com a Anac e o Congresso Nacional, e visa ampliar a concorrência e reduzir os preços das passagens.

Foto:  Rafael Neddermeyer /Fotos Públicas

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