Meio ambiente

G20: Lula propõe que países ricos adiantem metas do clima em dez anos

G20: Lula propõe que países ricos adiantem metas do clima em dez anos

Presidente afirma que erradicará desmatamento até 2030

O presidente Luiz Inácio da Silva defendeu, nesta terça-feira (19), que os países desenvolvidos do G20, grupos das principais economias do mundo, adiantem em até dez anos as metas de neutralidades climáticas atualmente previstas para 2050, como forma de combater o aquecimento global e as mudanças climáticas.

“Aos membros desenvolvidos do G20, proponho que antecipem suas metas de neutralidade climática de 2050 para 2040 ou até 2045”, exortou o presidente na abertura da terceira sessão da reunião de líderes do G20, que tratou de desenvolvimento sustentável e transição energética.

Neutralidade climática consiste em um país conseguir compensar toda a emissão de gases poluentes com medidas como sequestro de carbono.

A preocupação com o clima é uma das prioridades da presidência brasileira no G20, que encerra nesta terça-feira o encontro de cúpula de dois dias. Lula reconhece que todos os países devem agir para conter as mudanças climáticas.

“Mesmo que não caminhemos na mesma velocidade, todos podemos dar um passo a mais”.

No entanto, ele aproveitou a presença de chefes de Estado e de governo para cobrar mais responsabilidade dos países mais industrializados, que têm histórico maior de emissões de gases do efeito estufa.

“Nossa bússola continua sendo o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas. Esse é um imperativo da justiça climática”, disse o presidente, que acrescentou: “sem assumir suas responsabilidades históricas, as nações ricas não terão credibilidade para exigir ambição dos demais”.

Iniciativas passadas

Lula lembrou que nasceram no Rio de Janeiro, durante a Rio 92, as três convenções das Nações Unidas sobre mudança climática, biodiversidade e desertificação. Mas advertiu que, passadas três décadas, o planeta enfrenta o ano mais quente da história, com enchentes, incêndios, secas e furacões cada vez mais intensos e frequentes.

O presidente apontou que iniciativas anteriores contribuíram para evitar um cenário pior, mas que é preciso “fazer mais e melhor”.

“Não há mais tempo a perder”, constatou Lula, contextualizando que acordos como o Protocolo de Quito (1997); a CPO15 (2009) sobre mudança do clima, na Dinamarca; e o Acordo de Paris (2015) apresentam resultados aquém do necessário.

Ele destacou que os países do G20 respondem por 80% das emissões de gases do efeito estufa e que, por reconhecer o papel crucial do G20, a presidência brasileira lançou a Força-Tarefa para a Mobilização Global contra a Mudança do Clima, reunindo ministros de Finanças, Meio Ambiente e Clima, Relações Exteriores e presidentes de Bancos Centrais para discutir como enfrentar o desafio climático.

O mandatário brasileiro reforçou que, ao lado da Organização das Nações Unidas (ONU), pede o engajamento do G20 para elevar o nível de ambição da próxima rodada de Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês).

“É fundamental que as novas NDCs estejam alinhadas à meta de limitar o aumento da temperatura global a 1,5ºC [grau Celcius]”, disse. “Aos países em desenvolvimento, faço um chamado para que suas NDCs cubram toda a economia e todos os gases de efeito estufa”.

Ao afirmar que é essencial que os países adotem metas absolutas de redução de emissões, Lula lembrou que na 29ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP29), em Baku, capital do Azerbaijão, o Brasil apresentou nova NDC, que abrange todos os gases de efeito estufa e setores econômicos.

Fim do desmatamento

Ele ressaltou também que o Brasil tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, com 90% de eletricidade proveniente de fontes renováveis.

“Somos campeões em biocombustíveis, avançamos na geração eólica e solar e em hidrogênio verde”, acrescentou.

O presidente afirmou que a maior parte da redução das emissões brasileiras resultará da queda no desmatamento, “que diminuiu 45% nos últimos dois anos”.

“Não transigiremos com os ilícitos ambientais. O desmatamento será erradicado até 2030”, garantiu.

O presidente pediu que o mundo reconheça o papel desempenhado pelas florestas e que valorize a contribuição dos povos indígenas e comunidades tradicionais. Nesse caminho, o presidente agradeceu a colaboração do G20 no desenho do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que vai remunerar países em desenvolvimento que mantêm florestas em pé.

Mas afirmou que iniciativas de conservação serão inócuas se a comunidade internacional não se unir para fazer a sua parte.

“Mesmo que não derrubemos mais nenhuma árvore, a Amazônia continuará ameaçada se o resto do mundo não cumprir a missão de conter o aquecimento global”, disse ele, que chamou atenção também para a importância de se conservar os oceanos.

O presidente fez questão de criticar o negacionismo e a desinformação e disse que o Brasil trabalha com a ONU e com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em uma Iniciativa Global pela Integridade das Informações sobre a Mudança do Clima.

Com críticas a termos não cumpridos do Acordo de Paris, Lula reforçou a bandeira brasileira de que é necessário um financiamento internacional para que países ricos ajudem os demais na reversão do aquecimento global.

“Não há ambição que se sustente sem meios de implementação. Em Paris, falávamos em uma centena de bilhões de dólares por ano, que o mundo desenvolvido não cumpriu. Hoje, falamos em trilhões. Esses trilhões existem, mas estão sendo desperdiçados em armamentos, enquanto o planeta agoniza”.

Lula lembrou que a COP29, que segue até o próximo dia 22, deve ser tratada pelos países como um dos caminhos para se chegar a acordos ambiciosos. “Não podemos adiar para Belém a tarefa de Baku”, disse, se referindo à capital paraense, que recebe a COP30 em 2025.

“A COP30 será nossa última chance de evitar uma ruptura irreversível no sistema climático. Conto com todos para fazer de Belém a COP da virada”, incitou.

Lula convidou ainda a comunidade internacional a considerar a criação de um Conselho de Mudança do Clima na ONU, que articule diferentes atores, processos e mecanismos que, segundo ele, hoje se encontram fragmentados.”

“A esperança renasce a cada compromisso e ato de coragem em defesa da vida e da preservação das condições em que ela nos foi dada”, finalizou.

G20

O G20 é composto por 19 países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, além da União Europeia e da União Africana.

Os integrantes do grupo representam cerca de 85% da economia mundial, mais de 75% do comércio global e cerca de dois terços da população do planeta.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

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Ministro de Lula afirma que Trump deve ficar isolado com negacionismo climático

Ministro de Lula afirma que Trump deve ficar isolado com negacionismo climático

Pimenta avalia que Argentina pode seguir mesmo caminho

A postura do presidente eleito dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, de negar a crise climática e defender a expansão do uso dos combustíveis fósseis – responsáveis pelo aquecimento da terra – deve isolar o novo mandatário da Casa Branca do resto do mundo, avaliou o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta.

“O mundo hoje está muito multilateral. Nós temos o Sul Global, temos outros países com força, como a Índia, como a própria China, que não tinha essa força há algumas décadas. O Brics passa a ser outro vetor importante desta geopolítica internacional. Então, se os Estados Unidos acabar, em função do Trump, para essas pautas específicas, fugindo desse esforço internacional, se a Argentina eventualmente optar por também seguir esse caminho, eu tendo a achar que eles ficarão numa posição de isolamento”, explicou Pimenta, que avalia que a Argentina pode seguir a posição dos EUA.

O combate à crise climática é uma das prioridades do Brasil no plano internacional e foi selecionado pelo governo como um dos grandes temas do debate da cúpula do G20, que começa nesta segunda-feira (18), no Rio de Janeiro (RJ). O ministro Pimenta comentou o tema em entrevista ao programa Giro Social, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), com participação da Agência Brasil.

Pimenta citou alguns desastres climáticos recentes, como o do Rio Grande do Sul (RS), o de Valência, na Espanha, e da chuva atípica no deserto do Saara, na África, o que torna difícil até para Trump negar a crise climática.

“O aumento da temperatura global, o aumento da temperatura dos oceanos, não é mais um tema de natureza acadêmica. Não é mais uma hipótese futura. Ela é uma realidade presente que diz respeito à vida de todas as pessoas”, comentou, acrescentando que o mercado vem exigindo adaptações para enfrentar as mudanças climáticas.

“Independentemente do Trump, você acha que os grandes grupos econômicos americanos vão ignorar essas exigências do mercado para garantir que seus produtos possam ser vendidos na Europa ou em outras regiões do planeta? Evidente que não”, disse.

Para o ministro, mesmo que Trump não participe presencialmente desses debates e fóruns internacionais sobre clima, “o mundo vai caminhar e não vai ficar refém dos Estados Unidos ou de condutas negacionistas de ninguém. E o Brasil cada vez mais tem um papel, um protagonismo, uma importância nesse cenário”.

Financiamento climático

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem cobrado os países ricos para que financiem a adaptação e mitigação das mudanças climáticas nos países mais pobres, uma vez que os países desenvolvidos, ao liderarem Revolução Industrial, foram os que mais emitiram gases do efeito estufa.

No Acordo de Paris, em 2015, foi prometida a criação de um fundo com o aporte de US$ 100 bilhões por ano, que seria financiado pelas principais potências para financiar a transição energética e a adaptação à mudança climática. Porém, esse financiamento nunca ocorreu.

Para o ministro Pimenta, um acordo para financiar a transição energética e a adaptação e mitigação das mudanças climáticas pode ser um dos legados do G20 no Brasil.

“Ao longo dos últimos meses, foram inúmeras agendas realizadas com esse objetivo. E eu não vejo outra forma de financiar políticas públicas de combate à fome, à desigualdade no mundo e também com relação à questão das mudanças climáticas, sem que aqueles que mais ganharam com isso, sem que os países mais ricos possam, de alguma forma, pagar a maior parte dessa conta”, finalizou o ministro.

Foto: RS/via Fotos Publicas

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EUA formalizam apoio à conservação em visita de Biden à Amazônia

EUA formalizam apoio à conservação em visita de Biden à Amazônia

Pacote prevê doações diretas e parcerias

O governo dos Estados Unidos anunciou na manhã deste domingo (17) a consolidação de um pacote de ajuda a iniciativas de conservação da Amazônia, como parte de seu programa nacional de combate às mudanças climáticas. O presidente americano Joe Biden visitou Manaus neste domingo.

Foi a primeira visita de um presidente estadunidense à Amazônia no exercício do mandato, onde foram anunciados acordos bilaterais, marcando os 200 anos de relação mútua entre Brasil e Estados Unidos; ações em conjunto com ONGs e empresas, inclusive bancos brasileiros e atuação no apoio ao combate ao crime organizado, especialmente a ação ilegal em mineração e derrubada de árvores e o combate a incêndios florestais.

As ações, segundo o anúncio, são para “ajudar a acelerar os esforços globais para combater e reverter o desmatamento e implantar soluções baseadas na natureza que reduzam as emissões, aumentem a biodiversidade e construam resiliência a um clima em mudança”.

Simbólica, a ação amplia o leque de iniciativas para o que a Casa Branca coloca como financiamento climático internacional, e se opõe a algumas posições públicas do presidente eleito Donald Trump, notório negacionista do impacto da ação humana sobre o clima.

Na nota sobre o pacote, o governo americano lembra que “desde o primeiro dia do governo Biden-Harris, a luta contra as mudanças climáticas tem sido uma causa definidora da liderança e da presidência do presidente Biden”.

“Nos últimos quatro anos, o governo criou um novo manual que transformou o combate à crise climática em uma enorme oportunidade econômica – tanto em casa quanto no exterior. Depois de liderar a ação doméstica mais significativa sobre clima e conservação da história e liderar os esforços globais para enfrentar a crise climática, hoje o presidente Biden está viajando para Manaus, Brasil, onde se reunirá com líderes indígenas e outros”, diz a nota.

A ação anunciada comemora a marca de US$ 11 bilhões anuais garantidos para ações de conservação em todo o mundo, aumento alegado por Washington de seis vezes em relação ao orçamento para financiamento bilateral no começo do governo Biden, quando sucedeu o primeiro mandato de Trump.

Parte das ações virá por meio do escritório federal Corporação Financeira de Desenvolvimento Internacional dos EUA (DFC) e do Banco de Exportação e Importação dos EUA (Exin). O primeiro doará US$ 3,71 bilhões e o segundo US$ 1,6 bilhão ainda este ano.

Entre os anúncios formalizados em Manaus, os Estados Unidos doarão US$ 50 milhões para o Fundo Amazônia, dobrando a contribuição do país a esse instrumento internacional de financiamento; lançarão uma coalização de investidores, em parceria com o banco BTG Pactual, para restauração de terras e apoio à bioeconomia, que pretende conseguir US$ 10 bilhões até 2030, focados em projetos de remoção de emissões e apoio às comunidades locais; o apoio a iniciativas de geração de créditos de carbono com reflorestamento de áreas convertidas em pastagens, sob responsabilidade da empresa Mombak; a entrada do país no Fundo Florestas Tropicais para Sempre (FFTS), proposto pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e em fase de modelamento e instalação, com uso de capital privado.

Estão previstos investimentos diretos, como o de US$ 180 milhões junto à Coalizão Redução de Emissões por meio do Avanço do Financiamento Florestal (Leaf), para ações de reflorestamento no Pará; a ampliação de um acordo de investimento e cofinanciamento entre o DFC e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ampliando acordo assinado mês passado; o financiamento para o Laboratório de Investimentos em Soluções Baseadas na Natureza (SbN), com US$ 2 milhões do fundo Usaid para a iniciativa, do Instituto Clima e Sociedade e de financeiras; o investimento de US$ 2,6 milhões no projeto Rainforest Wealth, do Imaflora e do Instituto Socioambiental (ISA), além de pouco mais de US$ 10 milhões em investimento a outros projetos em bioeconomia, cadeias de suprimentos de baixo carbono e outras modalidades de produção local, e outros cerca de US$ 14 milhões em financiamento direto à atuação de comunidades indígenas.

O anúncio do pacote também incluiu três pontos críticos na proteção do bioma: o combate à extração ilegal de madeira,o combate à mineração ilegal e a assistência para o combate ao fogo.

Contra a extração de madeira haverá treinamento em tecnologia para identificação de origem da madeira, a partir da técnica de Espectrometria de Massa (Dart-Tofms: Análise Direta em Espectrometria de Massa em Tempo Real de Voo), para identificar de onde partem as madeiras fiscalizadas com precisão.

O pacote anunciado destaca a participação dos Estados Unidos no financiamento do combate a atividades criminosas com atuação em mineração ilegal e tráfico de mercúrio, com doação de US$ 1,4 milhão.

Contra as queimadas, destacam-se a parceria de 15 anos com o Instituto Brasileiro de Pesquisas Espaciais (Inpe), por meio da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), que atua com a rede de satélites de monitoramento dos Estados Unidos. Também haverá treinamento do Serviço Florestal dos EUA para “o manejo inclusivo do fogo, capacitando mulheres e comunidades indígenas, incluindo a primeira brigada de incêndio indígena só de mulheres no Tocantins e no Maranhão.

Repercussão

A Agência Brasil ouviu o movimento Amazônia de Pé, que congrega 20 mil ativistas e cerca de 300 organizações. Sua porta-voz e diretora, Daniela Orofino, declarou que recebeu “com muita alegria a notícia dada pelo presidente Biden hoje (17), de que os EUA irão apoiar o Fundo Floresta Tropical para Sempre, uma proposta encabeçada pelo governo brasileiro para financiamento multilateral da proteção das florestas tropicais. Essa é uma demanda que os povos tradicionais e a Amazônia de Pé estão levantando há algum tempo, para que o Fundo efetivamente saia do papel”.

“Um país como os EUA, que produz impactos que têm relação direta com as mudanças climáticas, têm também a responsabilidade de investir em ações globais de mitigação, e a Amazônia está no centro das políticas da mudança climática”, disse Orofino.

“A questão da terra é chave para o combate à crise climática. Demarcar territórios indígenas e de comunidades tradicionais na Amazônia e garantir recursos para a sua proteção é o caminho. Precisamos fazer o dinheiro chegar nos povos da floresta, que são guardiões desses espaços, e nas estruturas de proteção, como o Ibama e o ICMBio. Por isso, ficaremos atentas para que esse apoio seja implementado, ainda que com os desafios que virão com a mudança de governo norte-americano”, disse Daniela Orofino.

O secretário executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, disse que o anúncio é positivo e pode consolidar políticas públicas que estão sendo estruturadas na região.

˜São anúncios extremamente importantes, e a maioria deles relacionados à proteção da Amazônia, à defesa da biodiversidade e combate ao desmatamento. O desmatamento é um dos principais fatores hoje de emissões de gás de efeito estufa no Brasil. Zerar o desmatamento é algo absolutamente possível. O atual governo, inclusive, vem diminuindo de forma bastante substancial as taxas de desmatamento, nos dois últimos anos, cerca de 45% de redução, e esses investimentos vão permitir que essas políticas de combate ao desmatamento continuem fortalecidas e também que uma economia de floresta seja colocada no local, nos lugares que hoje você tem o desenvolvimento de uma economia de destruição. Portanto, a preservação se torna uma forma de gerar renda, de gerar benefícios, para a população, e é isso que a gente precisa, combater o crime, gerar renda através da proteção da floresta. Esse tipo de anúncio que está sendo feito vai nessa direção e por isso da importância”.

O secretário executivo da organização não governamental dedicada à redução de emissões, ressaltou o “destaque bastante especial vai para a questão do Fundo Amazônia”.

“Os Estados Unidos chegaram a já depositar cerca de US$ 50 milhões no Fundo Amazônia nesse último período. Pelo anúncio parece que a gente vai ter mais um depósito de US$ 50 milhões e o Fundo Amazônia tem demonstrado ao longo do tempo que é um instrumento fundamental para o combate ao desmatamento e combate ao crime ambiental, uma vez que quase todos os desmatamentos da Amazônia acontecem na ilegalidade˜.

Foto: Dhyeizo Lemos/Semcom/Fotos Públicas

Da Agência Brasil

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Caso Samarco: após 9 anos, TRF-6 absolve todos os réus da ação penal

Caso Samarco: após 9 anos, TRF-6 absolve todos os réus da ação penal

Decisão de primeira instância foi publicada nesta quinta-feira

Passados pouco mais de nove anos do rompimento da barragem da mineradora Samarco, a Justiça Federal absolveu todos os réus que respondiam no processo criminal. A decisão, de primeira instância, foi publicada nesta quinta-feira (14). Ela foi assinada pela juíza Patrícia Alencar Teixeira de Carvalho, do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6).

O rompimento da barragem, localizada no município de Mariana (MG), aconteceu no dia 5 de novembro de 2015. Na ocasião, cerca de 39 milhões de metros cúbicos de rejeitos escoaram pela Bacia do Rio Doce. Dezenove pessoas morreram e uma mulher que estava grávida, resgatada com vida, sofreu um aborto. Houve impactos às populações de dezenas de municípios até a foz no Espírito Santo.

Ninguém chegou ser preso, nem mesmo em caráter preventivo ou temporário. O processo criminal começou a tramitar em 2016 com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF). Para 21 pessoas ligadas à Samarco e às suas duas acionistas Vale e BHP Billiton, foram atribuídos o crime de homicídio qualificado e diversos crimes ambientais.

Um 22º réu respondia por emissão de laudo enganoso. Trata-se do engenheiro da empresa VogBr que assinou documento garantindo a estabilidade da barragem que se rompeu. A Samarco, a Vale, a BHP Billinton e a VogBR também eram julgadas no processo e podiam ser penalizadas pelos crimes ambientais.

No entanto, em 2019, uma decisão da Justiça Federal já havia beneficiado os réus. Foi determinado o trancamento da ação penal para o crime de homicídio. Prevaleceu a tese de que os indícios incluídos na denúncia apontavam as mortes como consequências do crime de inundação. Dessa forma, o processo continuou a tramitar envolvendo apenas os crimes ambientais. Mas, ao longo do tempo, foram concedidos habeas corpus a alguns acusados. Além disso, com a tramitação lenta da ação penal, alguns crimes ambientais prescreveram.

Com a nova decisão, ficam absolvidos todos os sete que ainda figuravam no processo, incluindo o ex-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi. A sentença também absolve as três mineradoras e a VogBr. Segundo a juíza, a decisão foi tomada diante da “ausência de provas suficientes para estabelecer a responsabilidade criminal”. Em sua visão, a diretoria encarregou profissionais qualificados para as operações das barragens e não foi informada sobre eventos que agravaram os riscos. Além disso, considerou não ter sido provado que atos ou omissões levaram ao rompimento da barragem. O Ministério Público Federal (MPF) já anunciou que pretende recorrer.

Esfera cível

Além do processo criminal, tramitam na esfera cível diversas ações envolvendo a reparação dos danos causados na tragédia. Há três semanas, um novo acordo buscando equacionar essa situação foi assinado entre as mineradoras, o governo federal, os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo, o MPF e outras instituições de Justiça.

Até então, o processo de reparação vinha sendo conduzido com base no Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC), firmado em 2016. Este acordo, no entanto, vinha sendo considerado insatisfatório. A Fundação Renova, criada para administrar todas as medidas reparatórias, se tornou ao longo do tempo alvo de milhares de processos judiciais questionando sua atuação em temas variados como indenizações individuais, reconstrução de comunidades destruídas, recuperação ambiental, etc. Sua falta autonomia diante das mineradoras também era questionada.

O novo acordo foi fruto de três anos de negociações, em busca de uma repactuação do processo reparatório que fosse capaz se solucionar um passivo de 80 mil ações judiciais.

Ele estabelece a extinção da Fundação Renova, cria um novo modelo de governança do processo reparatório, fixando novos desembolsos que totalizam R$ 100 bilhões em dinheiro novo.

Com o fim das negociações e a repactuação do processo reparatório, todas as ações movidas pelos governos e pelas instituições de Justiça envolvendo o tema serão arquivadas. Poderão prosseguir ações movidas pelos atingidos, embora para receber valores indenizatórios previstos no novo acordo será preciso dar quitação integral à Samarco.

Entidades que representam às vítimas apontam alguns avanços, mas criticam a falta de participação popular nas tratativas. Também foram ao Supremo Tribunal Federal (STF) para contestar cláusulas envolvendo o programa indenizatório, a necessidade de quitação integral e a falta de reconhecimento de algumas comunidades, entre outras questões. O acordo, no entanto, foi homologado pelo STF sem alterações.

Justiça estrangeira

Paralelamente, o processo reparatório também está em debate na Justiça inglesa, onde mais de 600 mil atingidos e dezenas de municípios buscam reparação em uma ação contra a BHP Billiton . A mineradora anglo-australiana acionista da Samarco é o alvo do processo porque tem sede em Londres. O escritório Pogust Goodhead, que representa as vítimas, estima que uma condenação possa chegar à R$ 260 bilhões, resultando em indenizações mais elevadas do que as previstas no acordo firmado no Brasil. Mas com a exigência do termo de quitação final, cada atingido poderá ter que fazer uma opção entre receber agora ou aguardar o resultado do processo inglês.

Na atual etapa do processo inglês, que deve durar até março do próximo ano, os juízes irão determinar se há ou não responsabilidade de a anglo-australiana BHP Billiton. A mineradora sustenta que o processo duplica questões que já estão sendo equacionadas no Brasil. Há um acordo entre as duas acionistas da Samarco – BHP Billiton e Vale – para que, em caso de condenação, cada uma arque com 50% dos valores fixados. O processo ainda deve se arrastar. Mesmo que a responsabilidade da minerador anglo-australiana seja reconhecida, o cronograma do tribunal inglês indica que a análise dos pedidos de indenização individual poderá ocorrer apenas no fim de 2026.

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Vazamento de esgoto em Mãe Luiza atinge Areia Preta

Vazamento de esgoto em Mãe Luiza atinge Areia Preta

Fiscalização da Semurb identifica origem do vazamento que compromete a balneabilidade da praia; CAERN é notificada

A Praia de Areia Preta, em Natal, voltou a ser afetada pela chamada “língua negra”, resultado de um vazamento de esgoto identificado na Rua Atalaia, bairro de Mãe Luiza. A obstrução em um Poço de Visita (PV) fez com que efluentes escoassem para a rede de drenagem pluvial, comprometendo a balneabilidade da praia. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) realizou uma operação de fiscalização nesta quinta-feira (7.nov.2024) para apurar o problema.

Segundo Leonardo Almeida, supervisor geral de fiscalização ambiental da Semurb, a equipe começou a vistoria às 9h, utilizando uma câmera endoscópica para mapear o vazamento. “Nossa equipe realizou uma varredura detalhada do local, monitorando a galeria de drenagem desde a Rua Guanabara até a Rua Atalaia. A origem do esgoto só foi possível a partir da utilização de uma câmera sonda tipo endoscópica”, detalhou Almeida.

A Semurb notificará a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN), que terá um prazo máximo de 72 horas para corrigir a situação. Almeida enfatizou a urgência da intervenção: “Essa correção é essencial para evitar o comprometimento contínuo da balneabilidade da praia e garantir a preservação do meio ambiente.”

A população também é chamada a colaborar, reportando irregularidades na rede de esgoto por meio da Ouvidoria da Semurb, disponível pelo telefone (84) 3616-9829, de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h, ou pelo e-mail [email protected].

Foto: Divulgação/Semurb

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Quatro cidades do RN têm situação de emergência reconhecida por seca prolongada

Quatro cidades do RN têm situação de emergência reconhecida por seca prolongada

Ministério da Integração autoriza cidades potiguares a solicitarem recursos para ações de combate aos efeitos da seca

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu, nesta terça-feira (5.nov.2024), a situação de emergência em quatro municípios do Rio Grande do Norte. As cidades de Nova Cruz, São Pedro e São Vicente tiveram a emergência decretada devido à seca prolongada, enquanto São Bento do Trairí também obteve o reconhecimento por enfrentar o mesmo fenômeno climático adverso.

A portaria oficializando a situação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) e permite que essas prefeituras acessem recursos federais para amenizar os impactos da seca em suas regiões.

Com o reconhecimento, as prefeituras podem agora solicitar recursos do Governo Federal para a implementação de medidas de defesa civil, que incluem a distribuição de cestas básicas, água mineral, refeições para trabalhadores e voluntários, kits de higiene pessoal, limpeza de residências e kits para dormitório, entre outros itens essenciais para o suporte às comunidades afetadas.

Até o momento, o Rio Grande do Norte contabiliza 51 reconhecimentos federais de situação de emergência. Desses, 42 são decorrentes de estiagem, oito de seca severa e um por chuvas intensas.

Como solicitar recursos ao Governo Federal

Os municípios em situação de emergência ou estado de calamidade pública podem solicitar recursos para ações de defesa civil diretamente ao MIDR. Esse pedido deve ser formalizado através do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD), onde as prefeituras submetem planos de trabalho detalhando as necessidades e metas a serem alcançadas.

Após a análise das solicitações, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia os valores e objetivos, e, uma vez aprovados, uma nova portaria com o valor autorizado é publicada no DOU, permitindo o repasse dos recursos.

Capacitação para uso do sistema S2iD

Para qualificar agentes municipais e estaduais no uso do S2iD, a Defesa Civil Nacional oferece cursos à distância voltados para servidores das três esferas do governo. Esses treinamentos abordam procedimentos e técnicas para gestão de emergências, possibilitando que as equipes locais estejam mais preparadas para atuar em situações de desastres.

Foto: José Cruz/Agência Brasil

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Volume dos reservatórios do RN atinge 67% da capacidade

Volume dos reservatórios do RN atinge 67% da capacidade

Dados do Igarn mostram que barragens como Armando Ribeiro Gonçalves e Santa Cruz do Apodi superam marca de 70% de armazenamento

O Instituto de Gestão das Águas do Rio Grande do Norte (Igarn) divulgou que o volume acumulado nos reservatórios do estado atingiu 3.058.490.456 m³, o equivalente a 67,23% da capacidade máxima de 4,54 bilhões de metros cúbicos. Em 2023, na mesma época, os reservatórios somavam apenas 53,88% da capacidade total, um reflexo das dificuldades climáticas enfrentadas no ano anterior. O aumento atual aponta para uma recuperação gradual, o que traz maior segurança hídrica para a população.

A barragem Armando Ribeiro Gonçalves, a maior do estado, acumula atualmente 1.711.800.800 m³, correspondentes a 72,13% de sua capacidade total. Outros mananciais, como a barragem Santa Cruz do Apodi, segunda maior do RN, possuem 444.925.900 m³, ou 74,19% de sua capacidade total. Reservatórios menores também apresentam bons níveis de armazenamento, como o açude Trairi, em Tangará, que atinge 85,70% de sua capacidade.

Contudo, algumas barragens menores ainda enfrentam níveis críticos de armazenamento. Entre elas estão Itans, em Caicó, com apenas 0,45% de sua capacidade, e Passagem das Traíras, em São José do Seridó, com 1,86%. Esses reservatórios demandam atenção das autoridades para assegurar o abastecimento das comunidades locais em caso de estiagem prolongada.

Foto: ASCOM/IGARN

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Cidade de São Paulo está em estado de atenção para alagamentos

Cidade de São Paulo está em estado de atenção para alagamentos

Três regiões chegaram a ficar em alerta, o mais grave da escala

Todas as regiões da cidade de São Paulo estão em estado de atenção para alagamentos por causa das chuvas que atingem a capital paulista na tarde de hoje (2). Três regiões chegaram a ficar em estado de alerta, o mais grave de uma escala que varia entre observação, atenção, iminência de transbordamento e alerta.

A primeira região a ficar em estado de alerta foi a subprefeitura de Santo Amaro, por causa da iminência de transbordamento do Córrego Água Espraiada, na altura do Piscinão do Jabaquara. O estado de alerta funcionou entre 14h30 e 15h18 nessa região. Na subprefeitura de Itaquera, o estado de alerta funcionou entre 15h18 e 16h17, por causa do transbordamento do Rio Verde.

Já na subprefeitura do Itaim Paulista, houve transbordamento do Córrego Itaim e iminência de transbordamento do Córrego Lajeado e o estado de alerta funcionou entre 15h41 e 16h17.

Neste momento, há cinco pontos de alagamento na cidade, dois deles intransitáveis, localizados na Avenida Engenheiro Billings, na zona oeste da capital, e na Rua Padre Viegas de Menezes, em Itaquera, na zona leste.

Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), as áreas de instabilidade formadas pelo ar quente e úmido perderam força na capital, mas novas áreas de instabilidade estão se deslocando das cidades de Jundiaí, Itupeva, Cabreúva e Campo Limpo Paulista para a Grande São Paulo.

Ainda são esperadas chuvas, principalmente no norte e no oeste da região metropolitana. A tendência, informou o órgão, é que as chuvas percam força na próxima hora.

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Afundamento do solo em Maceió: PF indicia 20 pessoas por crimes

Afundamento do solo em Maceió: PF indicia 20 pessoas por crimes

Extração de sal-gema causou problema em 5 bairros da capital alagoana

A Polícia Federal (PF) indiciou 20 pessoas foram por crimes relacionados à exploração de sal-gema pela petroquímica Braskem, em Maceió. A PF informou, nesta sexta-feira (1º), que o inquérito foi encaminhado para a 2ª Vara Federal de Alagoas para as “devidas providências”. A extração nas minas de sal-gema na capital alagoana foi feita durante pouco mais de 40 anos e terminou em 2019, após o afundamento do solo em pelo menos cinco bairros e o colapso de uma das minas. Cerca de 60 mil pessoas foram atingidas.

Os nomes das pessoas indiciadas não foram informados pela PF. Em nota encaminhada à Agência Brasil, a assessoria da corporação explicou que “o caso encontra-se sob segredo de justiça decretado pela Justiça Federal”.

Caso a Justiça acolha o inquérito, os indiciados responderão por crimes como exploração de matéria-prima da União, em desacordo com a autorização concedida e com a legislação ambiental; dano qualificado praticado contra o patrimônio da União, Estado e Município; deterioração ou inutilização de bens alheios, crime ambiental com agravante de apresentação de dados falsos e omissão de informações. As penas variam entre reclusão e multas.

De acordo com o Movimento Unificados de Vítimas da Braskem (MUVB), aproximadamente 60 mil pessoas e 15 mil imóveis foram afetados em razão do afundamento do solo, que levou ao desaparecimento dos bairros do Pinheiro, Bebedouro, Mutange, Bom Parto e parte do Farol.

Ainda segundo o movimento, as comunidades dos Flexais, de Quebradas, Marquês de Abrantes, do Bom Parto e a Rua Santa Luzia, na Vila Saem, também foram afetadas. No dia 10 de dezembro de 2023, uma das 35 minas da Braskem ruiu sob a Lagoa Mundaú, no Mutange.

Em setembro deste ano, os moradores realizaram um protesto durante reunião dos ministros da Economia dos países do G20, em Maceió, chamando a atenção para a necessidade de reparação ambiental pelos danos causados pela atividade exploratória da Braskem.

Em julho, a Braskem foi condenada por um tribunal da Holanda a indenizar nove vítimas do afundamento provocado pela extração de sal-gema na capital alagoana.

Na decisão, a Justiça holandesa não fixou valores a serem pagos, mas determinou que as partes entrassem em acordo sobre o quanto deve ser indenizado. A Braskem ainda pode recorrer da decisão. A ação é individual, ajuizada por nove pessoas, mas poderá servir de base para outros processos.

No mesmo mês, durante audiência realizada pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), vinculada à Organização dos Estados Americanos (OEA), vítimas do rompimento de barragens em Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais, dos incêndios da Boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e do Ninho do Urubu, no Rio de Janeiro, e do afundamento de bairros em Maceió, cobraram a responsabilização pelas tragédias nos âmbitos judicial e legislativo.

“Solicitamos que a comissão inste o Estado brasileiro a restaurar ou reabrir processos penais ou administrativos, estabelecer um efetivo controle social sobre a atividade do Ministério Público e dos órgãos de fiscalização e análise de riscos e conceber uma legislação específica para casos de tragédias coletivas e de grande impacto social, prevendo mecanismos de prevenção e responsabilização”, disse, na audiência, a advogada Tâmara Biolo Soares, representante da defesa das vítimas.

Foto: Gésio Passos/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Despoluir da FETRONOR certifica frota de ambulâncias do SAMU Natal como não poluente

Despoluir da FETRONOR certifica frota de ambulâncias do SAMU Natal como não poluente

Com avaliação do programa Despoluir, SAMU Natal é destaque em sustentabilidade e reforça compromisso com a saúde pública e o meio ambiente

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Natal (SAMU Natal) agora integra o grupo de instituições parceiras do meio ambiente ao receber o certificado do programa Despoluir, promovido pela Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Nordeste (FETRONOR). A certificação assegura que 100% da frota do SAMU Natal opera de acordo com os padrões ambientais exigidos, sem emitir poluentes atmosféricos, contribuindo para uma cidade mais limpa.

A parceria com a FETRONOR permite que as viaturas, incluindo as Unidades de Suporte Básico (USB) e a Unidade de Suporte Avançado (USA), sejam periodicamente inspecionadas. O trabalho busca avaliar o impacto ambiental do serviço, assegurando a conformidade com as regulamentações ambientais da Resolução CONAMA n.º 418/2009 e da Instrução Normativa IBAMA n.º 6/2010.

“A certificação do SAMU Natal pelo programa Despoluir representa um grande avanço na busca por um transporte mais sustentável e consciente do impacto ambiental,” destaca Samara Freire, coordenadora do programa Despoluir da FETRONOR. “É muito importante vermos um serviço de urgência tão essencial também comprometido com a preservação do meio ambiente. Parabenizamos o SAMU Natal pela conquista e pelo exemplo que oferece à sociedade, mostrando que é possível aliar excelência no atendimento à saúde pública com práticas ambientalmente responsáveis”, afirma Samara.

O programa Despoluir, iniciativa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) lançada em 2007, é hoje o maior projeto ambiental do setor de transporte na América Latina. Com mais de 3,3 milhões de avaliações veiculares realizadas, o Despoluir contribui diretamente para a redução de poluentes, otimizando a frota e promovendo o bem-estar das populações urbanas. Com o selo de sustentabilidade, o SAMU Natal se posiciona entre os pioneiros no Nordeste no compromisso com uma saúde pública que respeita o meio ambiente.

A FETRONOR é responsável pela execução do programa nos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. Nos três estados, a frota aferida atingiu um índice de aprovação de 99,93%, comprovando a não poluição e a contribuição ao meio ambiente.

Fotos: Divulgação

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Inmet emite alertas de baixa umidade para 99 cidades do RN

Inmet emite alertas de baixa umidade para 99 cidades do RN

Avisos de baixa umidade, com variação entre 20% e 12%, colocam cidades do Oeste e região Central potiguar em alerta para riscos à saúde e incêndios florestais

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu nesta terça-feira (29.out.2024) dois avisos de baixa umidade para o estado do Rio Grande do Norte. Um alerta laranja, mais severo, abrange 29 municípios concentrados na região Oeste potiguar, onde a umidade relativa do ar deve oscilar entre 20% e 12%, oferecendo riscos para a saúde e aumentando a possibilidade de incêndios florestais. Entre as consequências previstas estão ressecamento da pele, desconforto nos olhos, boca e nariz, além de agravamento de doenças respiratórias.

O segundo aviso, menos grave e de legenda amarela, atinge 70 cidades, incluindo as 29 do alerta laranja. Com níveis de umidade entre 30% e 20%, o alerta cobre áreas do Oeste e parte da região Central do estado, onde os riscos de saúde e de incêndios florestais são considerados moderados. A população das áreas afetadas deve seguir as recomendações do Inmet para minimizar os impactos.

Ambos os avisos começaram ao meio-dia e seguirão até às 19h desta terça-feira. Durante esse período, o Inmet recomenda à população que aumente a ingestão de líquidos, evite atividades físicas intensas e minimize a exposição ao sol durante as horas mais secas e quentes do dia. Em regiões sob o alerta laranja, o uso de hidratantes para pele e a umidificação do ambiente são recomendados, e atividades físicas devem ser evitadas.

Para mais informações, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros estão disponíveis para apoio através dos telefones 199 e 193, respectivamente.

Cidades sob aviso de legenda laranja:

  • Água Nova
  • Alexandria
  • Antônio Martins
  • Coronel João Pessoa
  • Doutor Severiano
  • Encanto
  • Francisco Dantas
  • João Dias
  • José da Penha
  • Luís Gomes
  • Major Sales
  • Marcelino Vieira
  • Martins
  • Paraná
  • Pau dos Ferros
  • Pilões
  • Portalegre
  • Rafael Fernandes
  • Riacho da Cruz
  • Riacho de Santana
  • Rodolfo Fernandes
  • São Francisco do Oeste
  • São Miguel
  • Serrinha dos Pintos
  • Taboleiro Grande
  • Tenente Ananias
  • Umarizal
  • Venha-Ver
  • Viçosa

Cidades sob aviso de legenda amarela:

  • Acari
  • Açu
  • Água Nova
  • Alexandria
  • Almino Afonso
  • Antônio Martins
  • Apodi
  • Augusto Severo
  • Baraúna
  • Caicó
  • Caraúbas
  • Coronel João Pessoa
  • Cruzeta
  • Currais Novos
  • Doutor Severiano
  • Encanto
  • Felipe Guerra
  • Florânia
  • Francisco Dantas
  • Frutuoso Gomes
  • Governador Dix-Sept Rosado
  • Ipueira
  • Itaú
  • Janduís
  • Jardim de Piranhas
  • Jardim do Seridó
  • João Dias
  • José da Penha
  • Jucurutu
  • Lucrécia
  • Luís Gomes
  • Major Sales
  • Marcelino Vieira
  • Martins
  • Messias Targino
  • Mossoró
  • Olho d’Água do Borges
  • Ouro Branco
  • Paraná
  • Paraú
  • Patu
  • Pau dos Ferros
  • Pilões
  • Portalegre
  • Rafael Fernandes
  • Rafael Godeiro
  • Riacho da Cruz
  • Riacho de Santana
  • Rodolfo Fernandes
  • Santana do Matos
  • Santana do Seridó
  • São Fernando
  • São Francisco do Oeste
  • São João do Sabugi
  • São José do Seridó
  • São Miguel
  • São Rafael
  • São Vicente
  • Serra Negra do Norte
  • Serrinha dos Pintos
  • Severiano Melo
  • Taboleiro Grande
  • Tenente Ananias
  • Tenente Laurentino Cruz
  • Timbaúba dos Batistas
  • Triunfo Potiguar
  • Umarizal
  • Upanema
  • Venha-Ver
  • Viçosa

Foto: Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília/Ilustração

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Degradação de florestas na Amazônia bate recorde mensal em setembro

Degradação de florestas na Amazônia bate recorde mensal em setembro

Aumento das queimadas contribui para destruir a área verde

A degradação florestal na Amazônia Legal atingiu 20.238 quilômetros quadrados (km²) em setembro de 2024, o que equivale a mais de 13 vezes a área da cidade de São Paulo.

O número representa um aumento de 1.402% em relação a setembro de 2023, quando a degradação detectada foi de 1.347 km². O instituto de pesquisa Imazon apontou que essa foi a maior área atingida – no período de um mês – pelo dano ambiental dos últimos 15 anos. Degradação ambiental é o processo de deterioração do meio ambiente, que pode ser causado por ações humanas ou naturais.

Os dados de desmatamento e degradação florestal na Amazônia, do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), são monitorados pelo Imazon por imagens de satélite desde 2008 e 2009, respectivamente.

O desmatamento corresponde à remoção completa da floresta, enquanto a degradação é um dano causado por queimadas ou pela extração madeireira – não remove toda a vegetação, mas destrói parte dela. A entidade ressalta que ambos ameaçam espécies da fauna e da flora.

“Setembro costuma ser um mês marcado pelo aumento dessas práticas na Amazônia, por estar dentro de um período mais seco. Porém, os números registrados em 2024 são muito mais elevados do que os vistos anteriormente. E a maioria dos alertas ocorreu devido à intensificação dos incêndios florestais”, disse, em nota, a pesquisadora Larissa Amorim, do Imazon.

Ela afirmou que esse pico da degradação é bastante preocupante e que rios importantes da Amazônia estão em situação crítica. O Imazon atribui o resultado do levantamento ao aumento das queimadas causadas pela ação humana e favorecidas pela seca severa na região.

Setembro deste ano foi ainda o quarto mês consecutivo com aumento nas áreas degradadas, o que contribuiu para que o acumulado desde janeiro também fosse o maior dos últimos 15 anos, atingindo 26.246 km². Antes disso, o recorde para o período era de 2022, quando a degradação alcançou 6.869 km².

Estado mais afetado

O estado do Pará concentrou 57% das áreas de florestas degradadas na Amazônia em setembro deste ano. A degradação passou de 196 km² em setembro de 2023 para 11.558 km² no mesmo mês de 2024, área quase 60 vezes maior. Sete dos 10 municípios que mais degradam a região amazônica são paraenses, incluindo São Félix do Xingu (3.966 km²), Ourilândia do Norte (1.547 km²) e Novo Progresso (1.301 km²).

Outros estados com percentuais significativos, segundo o Imazon, de áreas degradadas em setembro foram Mato Grosso (25%), Rondônia (10%), Amazonas (7%). A entidade destacou, também, a situação de Rondônia, onde a degradação passou de 50 km² em setembro de 2023 para 1.907 km² no mesmo mês de 2024, o que representa uma alta de 38 vezes.

“Historicamente, no período de setembro, Mato Grosso costumava liderar como o estado que mais degradava a Amazônia. Porém, em 2024, o Pará surpreendeu com números muito altos. Ainda em setembro, foi decretada situação de emergência e ficou proibido o uso de fogo, mas precisamos que essa decisão seja acompanhada de fiscalização e responsabilização dos culpados para que seja mais eficaz”, observou o coordenador do programa de Monitoramento da Amazônia, do Imazon, Carlos Souza Jr, em nota.

Além disso, o Pará concentra sete das 10 unidades de conservação mais degradadas no período. As quatro primeiras do ranking são Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, com 1030 km²; Flona do Jamanxim, com 670 km²; APA do Tapajós, com 165 km²; e Flona de Altamira, com 124 km².

Entre as terras indígenas, a Kayapó segue pelo segundo mês consecutivo como a mais degradada, com 3.438 km² afetados. O território concentrou 17% de toda a área com degradação na Amazônia em setembro.

“A permanência dessa terra indígena entre as dez com as maiores áreas degradadas é um forte indicativo de que as medidas para conter o fogo na Amazônia não estão sendo suficientes. A presença desse problema ambiental nas áreas indígenas e unidades de conservação ainda compromete diretamente a biodiversidade local, ameaçando tanto a fauna quanto a flora, e representa um impacto negativo no modo de vida, na subsistência e na saúde das populações tradicionais”, explicou Larissa.

Desmatamento

O desmatamento também cresceu na Amazônia em setembro deste ano e teve o quarto mês consecutivo com alta, após 14 meses corridos de redução de devastação na região. No mês, um território de 547 km² foi desmatado, o que significa a perda 1.823 campos de futebol por dia de floresta, destacou o Imazon. A área foi 0,2% maior do que em 2023, quando foram degradados 546 km².

No acumulado de janeiro a setembro, a área desmatada foi de 3.071 km², a oitava maior da série histórica.

A maioria do desmatamento, em setembro deste ano, ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse (61%). O restante do desmatamento foi registrado em Assentamentos (30%), Unidades de Conservação (7%) e Terras Indígenas (2%).

Dos nove estados que compõem a Amazônia Legal, três concentraram 83% de todo o desmatamento identificado em setembro. O Pará liderou com 52% do desmatamento, seguido pelo Amazonas (16%) e pelo Acre (15%). Sete dos dez municípios que mais desmataram são paraenses.

Assentamentos

O Pará reúne ainda sete dos dez assentamentos e sete das dez unidades de conservação com as maiores áreas desmatadas. Já entre as dez terras indígenas mais desmatadas, três estão integralmente no Pará e outras três têm parte da sua área no estado.

“No mês de setembro, o território paraense liderou o desmatamento destruindo uma área correspondente a 970 campos de futebol de floresta por dia. Todo esse impacto está refletido nos municípios, assentamentos, unidades de conservação e terras indígenas. Por isso, é urgente investir em ações eficazes e integradas que protejam a região, como o investimento nos órgãos ambientais de fiscalização”, disse Carlos Souza.

Ele avalia que, dessa forma, será possível combater as mudanças climáticas que são impulsionadas pela retirada de vegetação e oferecer uma maior proteção à biodiversidade e aos povos que habitam a floresta. Outro ponto de atenção, de acordo com os pesquisadores do instituto, é a busca de alternativas para reduzir os impactos das queimadas que já ocorreram tanto na cobertura florestal quanto nas populações.

Foto: Polícia Federal/divulgação

Da Agência Brasil

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MPF pede que Ibama reassuma controle da engorda de Ponta Negra

MPF pede que Ibama reassuma controle da engorda de Ponta Negra

Órgão aponta irregularidades na fiscalização de dragagem em Ponta Negra e alerta para danos ambientais sem controle federal; Justiça será acionada

O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com uma ação civil pública para que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) retome o controle da obra de engorda da praia de Ponta Negra, em Natal. A decisão visa garantir a legalidade e a segurança ambiental do projeto, que tem gerado diversas controvérsias e preocupações. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (25.out.2024).

O MPF argumenta que a delegação da fiscalização da obra ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) tem sido marcada por irregularidades, pressões políticas e falta de capacidade técnica, colocando em risco o meio ambiente e a eficácia da obra.

Irregularidades e pressões políticas

A ação do MPF destaca uma série de irregularidades na condução do projeto, como a utilização de areia de uma jazida não licenciada e a emissão da licença de instalação e operação sob forte pressão política. Além disso, o Idema enfrenta dificuldades para cumprir as condicionantes do licenciamento, devido à falta de recursos humanos qualificados e à interferência de interesses externos.

O MPF ressalta que a invasão da sede do Idema por manifestantes e políticos, a pressão da Procuradoria-Geral do Município e as decisões judiciais que favorecem a obra, mesmo diante de evidentes irregularidades, demonstram a fragilidade do processo de licenciamento e a necessidade da intervenção do Ibama.

Riscos ambientais e sociais

A obra de engorda da praia de Ponta Negra tem gerado impactos ambientais significativos, como o aumento da erosão, a alteração do ecossistema marinho e o aumento do número de animais marinhos encalhados. Além disso, a falta de controle sobre a qualidade da areia utilizada na obra pode comprometer a sua durabilidade e eficácia.

A ação do MPF alerta para os riscos de prejuízos irreversíveis ao meio ambiente e à comunidade local, caso a obra não seja conduzida de forma adequada e transparente.

Foto: Abraão Júnior/Prefeitura de Natal/Ilustração

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Praia de Areia Preta continua imprópria para banho

Praia de Areia Preta continua imprópria para banho

Boletim do Programa Água Azul confirma Areia Preta como área não recomendada para banho na capital potiguar; águas foram avaliadas por critérios de coliformes

A qualidade das águas para banho em Natal voltou a ser alvo de preocupação. De acordo com o mais recente boletim de balneabilidade, divulgado nesta sexta-feira (25.out.2024) pelo Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) e pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), a praia de Areia Preta é a única considerada imprópria para banho na capital potiguar.

A classificação das praias como próprias ou impróprias para banho é realizada com base na análise da quantidade de coliformes termotolerantes presentes na água. Esses microrganismos são indicadores de contaminação fecal e podem causar doenças como gastroenterites.

O boletim de balneabilidade leva em consideração um histórico de cinco semanas de análises, garantindo assim uma avaliação mais precisa da qualidade da água. É importante ressaltar que a validade do boletim é de uma semana, sendo necessário realizar novas coletas e análises para atualizar as informações.

Impacto na saúde pública

A presença de coliformes fecais na água da praia de Areia Preta representa um risco à saúde dos banhistas, especialmente crianças e idosos, que são mais suscetíveis a infecções. O contato com águas contaminadas pode causar diversas doenças, como diarreia, vômitos e infecções de pele.

Monitoramento contínuo

Para garantir a segurança dos banhistas, é fundamental que o monitoramento da qualidade das águas seja realizado de forma contínua. Os órgãos ambientais responsáveis devem intensificar as ações de fiscalização e identificar as fontes de contaminação para que medidas eficazes sejam adotadas para solucionar o problema.

Recomendações

Diante da situação, recomenda-se que a população evite o banho na praia de Areia Preta até que a qualidade da água seja restabelecida. É importante que as autoridades competentes investiguem as causas da contaminação e adotem as medidas necessárias para garantir a balneabilidade da praia.

Foto: Sandro Menezes/Governo do RN/Ilustração

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Semurb notifica Caern por lançamento irregular de esgoto em Ponta Negra e exige ações imediatas

Semurb notifica Caern por lançamento irregular de esgoto em Ponta Negra e exige ações imediatas

Secretaria Municipal de Meio Ambiente toma medidas para remediar danos ambientais e garantir a segurança pública na praia

Fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) realizaram uma vistoria emergencial na Praia de Ponta Negra, em Natal, nesta quinta-feira (24.out.2024), após denúncias de lançamento irregular de esgoto na faixa de areia. O problema, originado por uma falha na estação elevatória de esgoto da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), resultou no escoamento de efluentes sobre o aterro hidráulico recentemente liberado para a população.

Logo pela manhã, a equipe de fiscalização da Semurb esteve no local para avaliar a extensão dos danos e coletar amostras para análise laboratorial. Segundo a Semurb, o objetivo da análise é obter um laudo detalhado sobre a composição dos efluentes lançados e os possíveis impactos ambientais causados. Além disso, a Caern foi notificada e autuada, conforme o Decreto Federal 6.514/2008, artigo 62, por não prevenir o lançamento irregular que comprometeu a saúde da praia.

De acordo com o supervisor de fiscalização ambiental da Semurb, Leonardo Almeida, a Caern recebeu a exigência de realizar a limpeza completa da área afetada em até 48 horas. “A companhia deve remover todos os resíduos acumulados e implementar medidas preventivas para evitar novos vazamentos de esgoto, assegurando a proteção da praia e dos frequentadores”, destacou Almeida.

Além das medidas imediatas, a Semurb reforçou que o lançamento irregular de esgoto em áreas de praia é uma grave infração à legislação ambiental e representa um sério risco à saúde pública. A multa por infrações desse tipo pode variar entre R$ 5.000 e R$ 50 milhões, dependendo da gravidade dos danos.

A Semurb continuará monitorando a área, tomando todas as providências legais necessárias para garantir a preservação ambiental e a segurança dos visitantes. A população também pode contribuir denunciando casos semelhantes pelo telefone da Ouvidoria da Semurb, (84) 3616-9829, ou pelo e-mail [email protected]. As denúncias são recebidas de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h.

Foto: Divulgação/Prefeitura de Natal

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Incêndio criminoso atinge Parque das Dunas em Natal

Incêndio criminoso atinge Parque das Dunas em Natal

Autoridades investigam origem do incêndio que ameaça fauna e flora da Unidade de Conservação

Um incêndio de origem criminosa foi identificado nesta quinta-feira (24.out.2024) no Parque Estadual Dunas de Natal, uma das principais áreas de preservação ambiental da cidade. As chamas foram detectadas nas proximidades do cercamento da Via Costeira, e equipes de monitoramento, Corpo de Bombeiros e o Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAMB) estão atuando para conter o fogo e evitar maiores danos à fauna e flora.

Segundo os agentes de segurança, indícios apontam para a ação criminosa, com recipientes de líquido inflamável encontrados próximos ao local. O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) está conduzindo investigações em parceria com as autoridades para identificar os responsáveis.

O Parque das Dunas, reconhecido como uma das maiores Unidades de Conservação urbanas do Brasil, permanece aberto ao público, e as áreas afetadas pelo incêndio estão sob monitoramento para garantir a segurança de todos os visitantes. Em nota, o Idema reforçou a importância da denúncia de atividades suspeitas nas proximidades do parque, solicitando à população que ligue para o número 190 em caso de irregularidades.

Foto: Reprodução

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Incêndio na Serra do Lima é controlado após 24 horas de combate

Incêndio na Serra do Lima é controlado após 24 horas de combate

Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte e voluntários atuam para debelar fogo em área de vegetação densa em Patu

Após mais de 24 horas de intenso combate, o incêndio que atingiu a vegetação da Serra do Lima, no município de Patu, a 320 km de Natal, foi controlado nesta quarta-feira (23.out.2024). De acordo com o Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte, o fogo foi inicialmente contido por volta das 13h, mas pequenos focos ainda persistiam. Durante vistorias feitas na madrugada desta quinta-feira (24.out), não foram encontrados novos focos.

A operação para debelar as chamas contou com a participação de pelo menos 15 bombeiros, além do apoio de voluntários locais e unidades de cidades vizinhas. Uma aeronave do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), o Potiguar 01, foi utilizada para auxiliar no combate ao fogo em áreas de difícil acesso, como regiões íngremes e cobertas por vegetação densa.

Apesar da gravidade do incêndio, não houve vítimas ou danos a edificações. As causas do incêndio ainda não foram divulgadas pelas autoridades, mas o monitoramento na região continuará ao longo do dia para evitar novos focos.

Vale lembrar que, em 2019, a Serra do Lima enfrentou outro grande incêndio que ameaçou o Santuário do Lima, principal ponto turístico da região. Na ocasião, 45 bombeiros e voluntários levaram 15 dias para controlar totalmente as chamas.

Foto: Divulgação

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Bombeiros tentam combater incêndio na Serra do Lima

Bombeiros tentam combater incêndio na Serra do Lima

Incêndio de grandes proporções em Patu está sendo contido com apoio de voluntários e equipe aérea para conter o avanço das chamas em áreas de difícil acesso

O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte (CBMRN) está atuando desde a manhã desta terça-feira (22.out.2024) no combate a um incêndio de grandes proporções que atinge a Serra do Lima, no município de Patu, localizado a 320 km de Natal. Até o momento, não há registros de vítimas ou edificações danificadas pelo fogo, mas a situação permanece crítica, com as chamas sendo monitoradas continuamente.

Cerca de 15 bombeiros estão no local, contando com o apoio de equipes de municípios vizinhos e voluntários da região. A operação também inclui o Centro Integrado de Operações Aéreas (CEIOPAR), que enviou a aeronave Potiguar 01 para auxiliar no combate às chamas em áreas de difícil acesso devido à topografia montanhosa e à vegetação densa.

O subcomandante do Corpo de Bombeiros, Franklin Araújo, destacou a colaboração da comunidade local no combate ao incêndio. “A prefeitura está apoiando com equipamentos, viaturas e pessoas da região que conhecem bem a área da Serra do Lima, ajudando os bombeiros a se deslocarem com segurança e evitando que fiquem cercados pelas chamas”, afirmou.

O comandante-geral do CBMRN, coronel Luiz Monteiro, reforçou o empenho das equipes e ressaltou a necessidade de ação rápida. “Estamos empregando todos os recursos disponíveis para conter o incêndio o mais rápido possível. Nossas equipes estão trabalhando incansavelmente para evitar que o fogo se alastre ainda mais”, afirmou.

Fotos: Divulgação

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Maré alta em Natal causa interdição de barracas e demolição de estruturas na Redinha

Maré alta em Natal causa interdição de barracas e demolição de estruturas na Redinha

Defesa Civil de Natal interditou 14 barracas e demoliu duas estruturas devido ao risco de desabamento causado pelo avanço do mar

A força da maré alta registrada desde a madrugada desta quinta-feira (17.out.2024) levou a Prefeitura de Natal a reforçar as medidas de contenção nas barracas da Praia da Redinha. A Defesa Civil Municipal interditou 14 barracas, notificou quatro proprietários e determinou a demolição de duas estruturas devido ao risco iminente de desabamento.

Segundo a tábua de marés, a preamar alcançou 2,6 metros, o que intensificou as ações preventivas dos órgãos municipais para garantir a segurança dos frequentadores da orla. O avanço do mar afetou diretamente 14 estruturas, das quais duas precisaram ser demolidas, enquanto as demais permanecem interditadas.

Além da Redinha, a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) segue monitorando toda a extensão da orla de Natal, de Ponta Negra à Redinha, reforçando as áreas mais afetadas com sacos de areia. A Defesa Civil alerta que o período de maior risco se estenderá até o próximo domingo (20), e as pessoas notificadas foram orientadas a deixar as áreas de risco. Algumas, no entanto, decidiram permanecer, mesmo com a oferta de abrigo temporário.

Foto: Emanuel Amaral/Secom

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Prefeitura de Natal intensifica medidas de proteção na orla devido à iminência de marés altas

Prefeitura de Natal intensifica medidas de proteção na orla devido à iminência de marés altas

Álvaro Dias anuncia reforço no monitoramento e proteção da orla de Natal, com ações preventivas para minimizar impactos ambientais e garantir a segurança do turismo local

Com a previsão de marés altas entre os dias 17 e 19 de outubro, a Prefeitura de Natal, sob a gestão do prefeito Álvaro Dias, está intensificando as medidas de proteção na orla da cidade. O anúncio foi feito em uma reunião com representantes do setor turístico nesta terça-feira (15.out.2024), no Palácio Felipe Camarão, onde foram discutidas ações em curso e novas propostas para reduzir os danos causados pela força das águas. A preocupação principal é com a conservação do patrimônio ambiental e turístico, especialmente em áreas de grande fluxo como Ponta Negra.

De acordo com a Capitania dos Portos, a previsão aponta um agravamento da situação, o que motivou a prefeitura a reforçar o monitoramento com equipes da Guarda Municipal e a instalação de barreiras de sacos de areia ao longo da costa. “Estamos atuando intensamente para proteger a nossa orla. Nossa prioridade é garantir a segurança do ambiente natural e do turismo, fundamentais para a economia da cidade”, afirmou Álvaro Dias.

Equipes da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) e Defesa Civil irão realizar uma nova vistoria para identificar áreas de risco e implementar medidas de contenção. Carlson Gomes, secretário da Seinfra, explicou que já foram instaladas barricadas em diversas áreas, e destacou a recuperação de dissipadores na drenagem de Ponta Negra como parte das ações de mitigação.

Outro ponto de destaque foi o avanço das obras de engorda da Praia de Ponta Negra, que já alcançaram 20% de execução, com a conclusão prevista para os próximos 70 dias. O projeto inclui a dragagem e aterro hidráulico, criando uma faixa de areia de até 100 metros durante a maré seca, o que trará mais segurança e fomentará o turismo na região. A prefeitura também planeja expandir esse tipo de intervenção para outras partes da orla.

Foto: Emanuel Amaral/Secom

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Caicó registra temperatura de 40,1ºC e se aproxima de recorde histórico

Caicó registra temperatura de 40,1ºC e se aproxima de recorde histórico

Município do Seridó registrou temperaturas acima do normal, chegando perto da maior marca já registrada em quase 30 anos de monitoramento

A cidade de Caicó, no Seridó potiguar, vive dias de calor intenso. Na última quarta-feira (9), a estação climatológica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) registrou uma temperatura de 40,1ºC, quase alcançando o recorde de 40,9ºC, estabelecido em outubro de 2023. Esse calor extremo marca um dos períodos mais quentes já registrados na cidade em quase 30 anos de monitoramento.

Tácio Henrique, observador climatológico responsável pelas medições, destacou que os dados são coletados três vezes ao dia e que, historicamente, o mês de outubro tende a concentrar as temperaturas mais altas. “Este é o período em que registramos as maiores temperaturas. No ano passado, em outubro, atingimos a maior marca desde 1995, e existe a possibilidade de repetirmos esse feito nos próximos dias”, afirmou Tácio.

O fenômeno das altas temperaturas, segundo a professora e climatologista Rebecca Luna, está diretamente relacionado à combinação de fatores como o aumento da insolação e a redução significativa das chuvas. “A primavera, na nossa região, é marcada por uma maior incidência de luz solar e baixa nebulosidade, o que resulta em poucas chuvas e altas temperaturas. Isso cria as condições ideais para o calor extremo que estamos vivenciando”, explicou a professora.

As autoridades de saúde da região orientam a população a tomar medidas preventivas, como o aumento da ingestão de líquidos e a redução de atividades físicas intensas durante os horários de pico de calor.

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

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Registro de queimadas em setembro é 30% maior que a média do mês

Registro de queimadas em setembro é 30% maior que a média do mês

Previsão é de que 2024 terá o maior número de focos desde 2010

Dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), já colocam 2024 como um dos anos com maior quantidade de focos de queimada na última década. Setembro já contabilizou mais de 80 mil focos, cerca de 30% acima da média histórica, registrada desde 1998 pelo Inpe. Mesmo que a quantidade de focos não extrapole as médias históricas nos últimos três meses do ano, 2024 terá o maior número de focos desde 2010, quando o Brasil teve 319.383 registros.

Os dados indicam que essa média pode ser superada, pois o mês de setembro teve aumento de 311%, passando de 18 mil focos em 2023 para 75 mil em 2024.

Centro-Oeste puxa altas

O levantamento do Inpe indica aumento consistente nos focos em todas as regiões do país, em relação a 2023, com destaque para o Centro-Oeste, que teve três unidades com mais aumentos neste ano: Mato Grosso do Sul, com 601% e 11.990 focos em 2024; o Distrito Federal, com 269%, ainda que com apenas 318 focos; e Mato Grosso, 217%, com 45 mil focos, tornando-se o estado com o maior número no país neste ano, ultrapassando o Pará. Os números em Mato Grosso são mais fortes em setembro, quando foi responsável até agora por 23,8% dos focos do país ou 19.439 registros. O Pará também teve grande quantidade de queimadas no mês: 17.297 focos, ou 21,2% de todos os registros.

Completam o ranking dos maiores aumentos dois estados do Sudeste, com números totais de queimadas menos representativos, porém com grande aumento: São Paulo e o Rio de Janeiro. O aumento para os paulistas foi de 428% em setembro, com 7855 focos ativos. No Rio, foi de 184%, ou 1074 focos.

Em São Paulo, grande parte dos focos esteve concentrada em setembro, quando o estado registrou 2.445 focos ativos, 3% das ocorrências em todo o território nacional. Nas últimas 48 horas, o estado registrou 65 focos ativos, de acordo com o Inpe. A Defesa Civil estadual informou que quatro municípios registraram focos nesse domingo (29), entre eles Luiz Antônio, na região de Ribeirão Preto, onde o combate se concentra na Estação Ecológica do Jataí. Somente lá atuam 133 agentes, entre defesa civil, bombeiros, brigadistas e voluntários. São 42 veículos, entre caminhões pipa, tratores e camionetes 4×4. Usinas da região uniram-se à força-tarefa enviando brigadistas e veículos de apoio. Seis aeronaves, sendo quatro aviões e dois helicópteros, também foram mobilizados nessa frente.

Desde o começo das medições, o país teve mais de 300 mil focos apenas em seis anos: 2002, 2003, 2004, 2005, 2007 e 2010. Neste ano de 2024 caminha para a volta dessa marca. Com seus 208 mil focos registrados, está atrás somente dos totais de 2020, com 222.797 focos, e 2015, com 216.778, considerando apenas os últimos dez anos.

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom

Da Agência Brasil

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Incêndios e seca na Amazônia e no Pantanal batem marcas históricas

Incêndios e seca na Amazônia e no Pantanal batem marcas históricas

Desde o início dos registros, 2022 teve maior número de queimadas

Os focos de incêndio e a seca que atingem há mais de dois meses o Pantanal e a Amazônia já podem ser considerados os maiores das séries históricas. Alguns estados da Amazônia Legal concentram mais de 80% de todos os focos de incêndios ocorridos no Brasil nas últimas 24 horas. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e se referem aos estados do Acre, do Amazonas, do Maranhão, de Mato Grosso, do Pará e de Rondônia.

Segundo o Inpe, em setembro, até o dia de ontem (22), o estado do Amazonas registrava 6.054 focos de incêndio, totalizando, de janeiro até agora 21.289 focos de incêndio. Desde 1988, quando começaram os registros, o recorde era o ano de 2022, com 21.217 focos registrados durante todo o ano.

No Acre, desde o início de setembro, foram registrados mais de 3 mil focos de incêndio. O grande volume fez com que o Ministério Público (MP) do Acre entrasse na última sexta-feira (20) com ação civil pública pedindo que o Estado adote medidas efetivas para combater os incêndios no território.

Entre as medidas propostas pelo MP, estão a deflagração de força-tarefa em 5 dias para ações de combate a incêndios; a proibição imediata do uso do fogo na agricultura até o fim da tramitação da ação; aparelhamento imediato das equipes de combate a incêndios com equipamentos adequados e capacitação contínua; autorização para locação emergencial de maquinário para combate a incêndios; convocação imediata dos aprovados no concurso público para soldados do Corpo de Bombeiros; embargo ambiental imediato de imóveis com desmatamento ilegal, bloqueio de cadastros ambientais e investigação administrativa e abstenção de regularização fundiária de imóveis com desmatamento ilegal.

Em Mato Grosso, os brigadistas combateram mais de 50 focos de incêndio, apenas neste domingo (22). O estado, que abriga os biomas Amazônia, Cerrado e Pantanal, passa por uma situação crítica, com o fogo atingindo várias terras indígenas.

Em diversos estados dos biomas Pantanal e Amazônia, os rios também passam por seca intensa, e vários atingiram volumes menores que os mínimos históricos registrados.

Dados do Inpe mostram que o número de dias de estiagem consecutivos aumentou no Brasil nas últimas décadas, passando de 80 a 85 dias, em média, na década de 1990 para cerca de 100 dias, na última década, especialmente nas áreas que abrangem o norte da Região Nordeste e o centro do país.

No sábado (21), o Rio Paraguai, no trecho de Cáceres, a 250 quilômetros de Cuiabá, atingiu 35 cm de profundidade, o nível mais baixo de água dos últimos dois anos. De acordo com o Centro de Hidrografia e Navegação do Oeste, da Marinha do Brasil, o nível esperado para esta época do ano é de 1,54 metro (m).

“No braço direito do Amazonas e do Pantanal temos vários pontos que já atingiram seca extrema e também mínima histórica. O Rio Acre, na cidade de Rio Branco, já atingiu a mínima histórica”, disse à Agência Brasil o coordenador do Sistema de Alerta Hidrológico do Serviço Geológico Brasileiro (SGB), Artur Matos.

Dados do SGB mostram que, com descidas diárias de 24 centímetros, o Rio Negro chegou, nesta segunda-feira (23) em Manaus, à marca de 14,5 m, o que reafirma a situação de seca. Em Manacapuru, próximo a Manaus, O Rio Solimões atingiu a cota de 4,29 m, configurando situação de seca extrema.

Em Tabatinga, o Rio Javari registrou cota negativa de 17,1 cm. No Amazonas, em Manacapuru, cortada pelo Rio Solimões, a situação é de seca. Já nos municípios de Itapéua, cortado pelos rios Solimões e Coari; Itaituba, margeado pelo rio de mesmo nome e Fonte Boa, cortado pelo Rio Solimões, os níveis dos rios já atingiram o menor nível histórico.

“Manacapuru e Manaus têm grandes chances de atingir mínima histórica. Humaitá, que fica depois de Porto Velho, está em seca extrema e atingindo a mínima histórica”, continuou Matos.

Nesta segunda-feira, a cota do Rio Madeira, em Porto Velho, atingiu 35 cm, o menor nível histórico, desde 1967. Em Ji-Paraná, o Rio Ji-Paraná atingiu a 6,08 m, situação de seca extrema.

No Rio Acre, que corta a capital acriana, Rio Branco, a cota registrada foi de 1,31 m, próximo da marca mínima histórica de 1,24 m, registrada em 2022.

De acordo com o SGB, no Pantanal, os rios seguem em ritmo de descida e estão abaixo da faixa da normalidade na maioria das estações. Em Ladário, Mato Grosso do Sul – estação de referência – a cota chegou a -38 cm, décima mínima histórica. Os níveis mais baixos, de -61 cm e -60 cm, foram observados em 1964 e 2021, respectivamente.

“No Pantanal, tem Barra do Bugres, que também já atingiu a mínima histórica e a Estação de Ladário, que é a mais antiga do Brasil e referência do Pantanal, com 124 anos de dados históricos, ainda não atingiu o mínimo histórico, mas faltam aproximadamente 20 cm para atingir a mínima histórica”, lamentou Matos.

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Incêndios podem ter afetado mais de 11 milhões de pessoas no Brasil

Incêndios podem ter afetado mais de 11 milhões de pessoas no Brasil

Confederação Nacional dos Municípios estima prejuízo de R$ 1,1 bilhão

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) estima que 11,2 milhões de pessoas já foram diretamente afetadas por incêndios florestais nas cidades brasileiras desde o início deste ano. Os números constam de levantamento feito pela entidade, que calcula os prejuízos econômicos com as queimadas em R$ 1,1 bilhão.

A estimativa foi feita com dados de 2024, que mostram que, até a última segunda-feira (16), 538 municípios decretaram situação de emergência por conta dos incêndios. “O crescimento é alarmante quando é feita a comparação com o ano passado, com 3.800 pessoas afetadas e apenas 23 municípios tendo decretado situação de emergência”, disse a CNM.

O levantamento também traz informações sobre os decretos de emergência por seca/estiagem nos municípios brasileiros neste ano e diz que o Brasil teve 9,3 milhões de pessoas afetadas e mais de R$ 43 bilhões em prejuízos econômicos.

No mesmo período do ano passado, a população afetada por incêndios florestais era de 630,7 mil pessoas, em 120 municípios.

Diante desse cenário, a CNM defende a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 31/2024, que institui o Conselho Nacional de Mudança Climática, a Autoridade Climática Nacional e o Fundo Nacional de Mudança Climática.

O conselho deverá ser composto pelos presidentes da República, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Pela proposta, também participarão do colegiado um ministro de Estado, três governadores de Estado, eleitos entre si; três representantes dos municípios, escolhidos pelo conjunto dos chefes do Poder Executivo municipal; e a Autoridade Climática Nacional.

A Autoridade Climática Nacional será nomeada pelo Presidente da República dentre os membros de lista tríplice elaborada pelo Conselho Nacional de Mudança Climática, para exercício em período coincidente com o mandato de deputado federal, com direitos e deveres de ministro de Estado.

Caberá à Autoridade Climática subsidiar a execução e implementação da Política Nacional sobre Mudança do Clima; regular e monitorar a implementação das ações e metas setoriais de mitigação, de adaptação e de promoção da resiliência às mudanças do clima; e realizar articulação interministerial das políticas climáticas, entre outras atribuições.

A proposta destina ainda 3% da arrecadação dos Impostos de Renda e sobre Produtos Industrializados (IPI), ao Fundo Nacional sobre Mudança do Clima.

“A Confederação justifica essa medida porque o modelo tradicional de aplicação de recursos públicos não tem produzido resultados adequados na promoção de medidas efetivas que possam prevenir e enfrentar as consequências da mudança climática”, diz a instituição.

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

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Fogo avança e queima 700 hectares do Parque Nacional de Brasília

Fogo avança e queima 700 hectares do Parque Nacional de Brasília

Há 146 dias não chove no Distrito Federal

O fogo que consome o Parque Nacional de Brasília e deixou parte da capital do país tomada pela fumaça segue avançando nesta segunda-feira (16) com três focos ativos. O incêndio consumiu 700 hectares da área de proteção ambiental, informou o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A Polícia Federal investiga a origem do sinistro.

Uma densa e escura coluna de fumaça pode ser vista hoje saindo do parque, também conhecido como Água Mineral. Com 146 dias sem chuvas este ano no Distrito Federal (DF), o tempo quente e seco dificulta o trabalho das equipes e facilita a propagação das chamas.

O período em que o Distrito Federal enfrentou uma seca mais aguda foi em 1963 com 163 dias sem chuvas, informou o Instituto Nacional de Meteorologia.

O coordenador de Manejo Integrado do Fogo do ICMBio, João Morita, disse à Agência Brasil que 93 combatentes de instituições como ICMBio, Corpo de Bombeiros e PrevFogo estão lutando contra as chamas com a ajuda de um avião e um helicóptero.

“[O fogo] ainda está na mesma região que ele atingiu ontem [domingo]. Ele não está controlado. A gente queria ter controlado ontem. Vamos trabalhar para controlar hoje. Se não controlar hoje, a gente vai trabalhar para controlar amanhã [terça-feira]”, explicou Morita, acrescentando que há locais em que as chamas se espalham com velocidade.

O incêndio começou por volta das 11h30 de domingo (15) e não há previsão de quando ele deve ser controlado. As equipes suspenderam os trabalhos por volta das 22h de ontem, retornando às 6h de hoje.

Devido à baixa qualidade do ar nas áreas próximas do parque, a Secretaria de Educação do Distrito Federal autorizou a suspensão das aulas escolas. A cidade amanheceu com forte cheiro de fumaça e baixa visibilidade.

Inicialmente, o ICMBio informou que foram consumidos 1,2 mil hectares do parque. Porém, a área foi recalculada. Um hectare equivale a aproximadamente um campo de futebol profissional e o Parque de Brasília tem 42,3 mil hectares de extensão. A maior de todas as queimadas – a de 2010 – consumiu 15 mil hectares da área total do parque.

Três agentes da Polícia Federal (PF) estiveram no Parque de Brasília na manhã desta segunda-feira (16) hoje para investigar a origem do fogo. Na avaliação de Morita, como não houve raios na região, a principal hipótese é de incêndio criminoso.

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“A gente passou as informações da região onde começou o incêndio e eles [a Polícia Federal] foram para campo começar o processo de elaboração da perícia. Como não teve chuva nos últimos dias, não teve raio. Então, alguém, de forma proposital, fez a ignição do fogo”, acrescentou.

Fauna e flora

Apesar de não ter relatos de morte de animais, uma vez que eles estão com espaço de fuga para conseguir sair dos locais com fogo, o coordenador do ICMBio, João Morita, destacou que as chamas têm causado prejuízo ao destruir as matas de galeria que protegem os cursos d’água.

“O fogo não está correndo só pela área de cerrado aberto. Ele pegou algumas matas de galeria que protegem os cursos d’água. Ele começou ali na região do córrego do Bananal, próximo da captação de água da Caesb” [Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal”], observou.

Qualidade do ar

O excesso de fumaça fez com que a Universidade de Brasília (UnB) e algumas escolas próximas do Parque Nacional de Brasília suspendessem as aulas presenciais. As torres que medem a qualidade do ar no Distrito Federal são antigas e só emitem uma medição a cada seis dias.

O presidente do Instituto Brasil Ambiental (Ibram), Rôney Nemer, informou que não se sabe se as medições privadas que têm sido feitas são confiáveis. Ele acrescentou que o governo do Distrito Federal autorizou a compra de equipamentos novos. De toda forma, como prevenção, decidiu-se permitir a suspensão das aulas.

“À noite [do último domingo], a qualidade do ar estava bem ruim porque houve uma calmaria no vento e essa fumaça toda desceu, principalmente na região norte do Plano Piloto de Brasília. Mas, com o amanhecer do dia, o vento voltou a circular e dissipou bastante, melhorando a qualidade do ar”, finalizou.

Por conta do incêndio no Parque Nacional de Brasília, a capital federal amanheceu encoberta de fumaça nesta segunda-feira.

Fotos: Marcelo Camargo e Joédson Alves/Agência Brasil

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Inmet emite alerta laranja de seca em 12 estados e o DF

Inmet emite alerta laranja de seca em 12 estados e o DF

Nesses locais, umidade do ar deve ficar entre 20% e 12%

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) lançou, nesta segunda-feira (9), um alerta laranja de perigo para 12 estados brasileiros e o Distrito Federal (DF) devido à baixa umidade. Segundo o instituto, nesses locais a umidade relativa do ar deve variar entre 20% e 12%, com risco de incêndios florestais e riscos à saúde, como doenças pulmonares e dores de cabeça.

Além do DF, o alerta vale para os estados de Goiás, Bahia, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Rondônia, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, São Paulo e Maranhão. Em alguns locais a umidade relativa do ar pode ficar abaixo de 12%.

O instituto também emitiu um alerta amarelo, de perigo potencial, para os estados do Acre, Amazonas, Santa Catarina e parte do Rio Grande do Sul. Nesses locais, a umidade relativa do ar deve oscilar entre 30% e 20%.

A baixa umidade causa ressecamento da pele, desconforto nos olhos, boca e nariz. Entre as recomendações estão beber bastante líquido, evitar exposição ao sol nas horas mais quentes do dia, evitar a prática de atividades físicas. Também são recomendados o uso hidratante para pele e umidificar o ambiente.

Ondas de Calor

O Inmet emitiu ainda um alerta de ondas de calor para os Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e parte de Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O alerta vale até a quinta-feira (12). Nesses estados as temperaturas podem ficar até 5ºC acima da média.

Foto: Paulo Pinto/Agencia Brasil

Da Agência Brasil

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MPF aciona justiça para contratação de brigadistas contra incêndios

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Órgão pede 450 profissionais para combater o fogo na Região Norte

O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com uma Ação Civil Pública contra a União, pedindo a liberação urgente de verbas para a contratação de brigadistas. De acordo com o órgão, no último dia 22 de agosto foi expedida uma recomendação para a contratação de mais de 450 brigadistas e disponibilidade de aeronaves para combate aos incêndios na Região Norte. Como o MPF não teve resposta, recorreu à Justiça.

Na ação, o MPF solicita de forma urgente que o Governo Federal libere a verba para contratação de 15 brigadas com 30 brigadistas temporários cada. E também que garanta equipamentos de proteção individual e de combate ao fogo, aeronaves com capacidade para transportar até 12 mil litros de água em cada voo e helicópteros equipados com dispersores de água. É sugerido, inclusive, que a União requisite bombeiros militares de outros estados, como alternativa à contratação.

A estimativa dos recursos necessários é do Ibama em Rondônia, com quem as equipes devem atuar para controlar os incêndios da região. Segundo a entidade, atualmente ela possui apenas 205 brigadistas distribuídos em oito bases que atendem o estado e o sul do Amazonas.

O Ministério Público Federal pede ainda que a União seja condenada a pagar R$ 50 milhões a título de compensação pelos danos morais coletivos.

Outro pedido da Ação Civil Pública é que a Força Nacional de Segurança e o Exército Brasileiro envie homens em quantidade suficiente para garantir o patrulhamento do entorno das áreas onde ocorrem o combate às queimadas. E, ainda, que os agentes brigadistas que trabalham na área de gestão do Ibama em Rondônia, que atendem também no Acre, sul do Amazonas e Oeste do Mato Grosso, ganhem escolta.

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Incêndio em vegetação mobiliza Corpo de Bombeiros na zona Sul de Natal

Incêndio em vegetação mobiliza Corpo de Bombeiros na zona Sul de Natal

Fogo atinge área do conjunto San Ville e exige duas horas de combate para ser controlado

Um incêndio de grandes proporções atingiu uma área de vegetação no conjunto San Ville, localizado na zona sul de Natal, na tarde deste sábado (31.ago.2024). O Corpo de Bombeiros foi rapidamente acionado para controlar as chamas, que se alastraram rapidamente pela vegetação seca da região.

Duas equipes de combate a incêndio foram enviadas ao local e, após um trabalho intenso de cerca de duas horas, conseguiram debelar todas as chamas. As causas do incêndio ainda são desconhecidas, e felizmente, não houve registro de feridos.

Incidentes como esse são comuns durante o período de seca, quando a vegetação seca se torna altamente inflamável, aumentando o risco de incêndios. A ação rápida dos bombeiros foi crucial para evitar que o fogo se propagasse para áreas residenciais próximas, preservando assim a segurança da comunidade local.

Foto: CBM/RN

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Três pontos do Rio Pirangi seguem impróprios para banho na Grande Natal

Três pontos do Rio Pirangi seguem impróprios para banho na Grande Natal

Boletim de balneabilidade do Idema aponta persistência da contaminação em três locais até 6 de setembro

Três pontos do Rio Pirangi, na Grande Natal, continuam impróprios para banho, conforme aponta o boletim de balneabilidade divulgado neste sábado (31.ago.2024) pelo Instituto de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Idema).

Os locais afetados são a foz do Rio Pirangi, em Nísia Floresta, o Rio Pirangi na Ponte Nova, em Parnamirim, e o Rio Pirangi Pium, também em Parnamirim. Esses pontos já haviam sido considerados impróprios nos boletins das semanas anteriores, indicando uma persistência na contaminação das águas.

A análise do Idema leva em consideração a quantidade de coliformes termotolerantes encontrados nas águas, conforme as normas estabelecidas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). A validade do boletim é de uma semana, período em que os trechos serão reavaliados para um novo diagnóstico.

Além desses, outros 33 trechos de banho foram analisados em cidades como Natal, Parnamirim, Nísia Floresta e Extremoz, com a maioria deles sendo considerados próprios para banho.

Foto: Divulgação/Idema

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Brasil e Bolívia somarão forças contra incêndios em região fronteiriça

Brasil e Bolívia somarão forças contra incêndios em região fronteiriça

União entre os dois países foi formalizada ontem em Corumbá

A gravidade e a velocidade com que incêndios florestais vêm se espalhando pelo Brasil e pela Bolívia nas últimas semanas motivou os dois países a combinarem uma força de atuação conjunta para tentar apagar as chamas na região fronteiriça.

A união de forças foi acordada nessa segunda-feira (26), durante uma reunião em Corumbá (MS), que contou com a participação de representantes dos governos e de órgãos públicos brasileiros e bolivianos.

Segundo a assessoria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), autoridades bolivianas vão formalizar, nos próximos dias, um pedido de apoio ao governo brasileiro. A partir daí, os dois países farão o reconhecimento aéreo das localidades atingidas pelos incêndios a fim de avaliar a melhor forma de atuar.

De posse destas informações, Brasil e Bolívia assinarão um protocolo de atuação conjunta, definindo como as equipes de combate aos incêndios serão empregadas na fronteira entre os dois países.

Presente à reunião, o vice-ministro de Defesa Civil da Bolívia, Juan Carlos Calvimontes, confirmou a intenção dos dois governos de somarem esforços para controlar as chamas. Pelas redes sociais, Calvimontes comentou que, durante o encontro, representantes dos dois países trocaram informações sobre a atual conjuntura, identificando os principais focos de calor ativos na região de fronteira e discutindo possíveis ações conjuntas.

“Ficou decidido realizarmos um trabalho conjunto”, disse o vice-ministro, durante uma entrevista coletiva, classificando o encontro em Corumbá como uma “reunião de coordenação técnica e de troca de informações a cerca dos incêndios florestais” no Brasil e na Bolívia. “Identificamos as zonas onde há a presença de fogo ativo nos dois países. Agora, é seguir com o trabalho de planejamento”.

Tal como no Brasil, a Bolívia vem enfrentando as consequências de incêndios florestais de grandes proporções. O estado de Santa Cruz e outras zonas limítrofes com o Brasil estão entre as mais afetadas e, até ontem, ao menos duas unidades de conservação (o Parque Nacional Noel Kempff Mercado, em Santa Cruz, e a Reserva Nacional de Vida Silvestre Amazônica Manuripi, em Pando) estavam ardendo em chamas.

Enquanto, no Brasil, a Polícia Federal instaurou 31 inquéritos para investigar as origens do fogo e, eventualmente, punir os responsáveis, no país vizinho já foram abertos 51 processos penais por incêndios florestais, além de 250 processos administrativos. Quatro pessoas já foram detidas preventivamente na Bolívia.

Ajuda brasileira

No último dia 12, o governo da Bolívia solicitou ajuda brasileira para combater os incêndios florestais. Apresentada por intermédio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), o pedido consistia, basicamente, no envio de aviões brasileiros, brigadistas e bombeiros para auxiliar no controle às chamas.

Neste domingo (25), a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, disse que o Brasil não teria como atender à demanda boliviana.

“A Bolívia está em uma situação de muita penúria e, inclusive, nos pediu ajuda, mas o Brasil já está usando todo o recurso que tem para fazer a abordagem nos lugares em que temos incêndio”, comentou a ministra.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Brasília e outras capitais ficam encobertas por fumaça de queimadas

Brasília e outras capitais ficam encobertas por fumaça de queimadas

Incêndios em São Paulo contribuem para o fenômeno

A capital do país, Brasília, amanheceu neste domingo (25) coberta por fumaça proveniente de queimadas em outras regiões do país. O mesmo fenômeno foi registrado em outras capitais do Centro-Oeste, como Goiânia, e do Sudeste, como Belo Horizonte.

De acordo com o Corpo de Bombeiros Militares do Distrito Federal (CBMDF), que analisou imagens de satélite, a densa fumaça, que encobriu prédios oficiais como o do Congresso Nacional, é intensificada pelas queimadas que ocorrem no estado de São Paulo, trazida por ventos favoráveis.

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Contribui para o fenômeno a seca em Brasília, onde não chove há mais de 120 dias. A falta de chuvas é comum nesta época do ano na região central do país. A baixa umidade também facilita o surgimento de queimadas e contribui para que as partículas de fumaça pairem no ar.

Segundo alerta do Instituto Nacional de Meteorologia, a umidade na capital do país deve cair abaixo de 20% durante a tarde deste domingo, aumentando os riscos de incêndios florestais e de problemas à saúde da população.

No sábado, os bombeiros combateram um foco de incêndio de grandes proporções numa área de preservação de Brasília, onde fica uma das nascentes que abastecem o Lago Paranoá. Segundo a CBMDF, neste ano, entre os meses de janeiro a julho, foram registradas 3.368 ocorrências relacionadas a incêndios florestais no Distrito Federal.

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Recorde

Os focos de incêndio têm batido recorde neste ano em regiões como a Amazônia, o Pantanal e o Sudeste. O problema se intensificou no interior de São Paulo nos últimos dias. Segundo dados do governo do estado de São Paulo atualizados neste domingo, 21 cidades paulistas têm com focos de incêndio ativo e 46 municípios estão em alerta máximo para o fogo.

Nesta semana, imagens obtidas pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos mostram a concentração do monóxido de carbono sobre uma faixa que se estende do Norte do Brasil até as regiões Sul e Sudeste, passando sobre o Peru, Bolívia e Paraguai.

Fotos: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Governo aciona PF com suspeita de novo “dia do fogo” em São Paulo

Governo aciona PF com suspeita de novo “dia do fogo” em São Paulo

Termo remete a ações de queimadas criminosas orquestradas em 2019

O governo federal acionou a Polícia Federal (PF) para investigar a possível origem criminosa das queimadas que se espalharam pelo estado de São Paulo nesta semana. A informação foi confirmada neste domingo (25) pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que esteve na sede do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), em Brasília.

A ministra disse que o governo trabalha com a suspeita de uma ação criminosa similar ao “dia do fogo”, numa referência ao 10 de agosto de 2019, quando uma ação orquestrada de criminosos ateou fogo em mais de 470 propriedades rurais. “Há uma forte suspeita de que está acontecendo de novo”, afirmou.

“Nesse momento é uma verdadeira guerra contra o fogo e a criminalidade”, disse a ministra. “Tem uma situação atípica. Você começa a ter em uma semana, praticamente em dois dias, vários municípios queimando ao mesmo tempo. Isso não faz parte de nossa experiência de combate ao fogo.”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também compareceu à sala de situação montada há dois meses no Prevfogo para acompanhar a situação dos focos de incêndio. Ele assegurou recursos e ações do governo federal para debelar as chamas, que disse serem difíceis de apagar. “A gente acaba de apagar o fogo você vira as costas e ele acende outra vez”.

Também compareceram ao local o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, e o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues. Todos permaneceram cerca de uma hora na sala de situação, onde é possível acompanhar em tempo real os focos de incêndio em diferentes regiões do país, via imagens de satélite.

“Em São Paulo, não é natural, em hipótese alguma, que em dois dias tenha diversas frentes de incêndio envolvendo concomitantemente vários municípios”, reiterou Marina sobre as suspeitas de ação criminosa. “É preciso parar de atear fogo”, apelou. “O fogo não é estadual nem municipal, é um fogo que prejudica o Brasil.”

A ministra avalia que a situação poderia ser muito pior se o governo federal não tivesse se preparado desde o início do mandato de Lula para um possível aumento nas queimadas. Ela afirmou que “não é verdade que haja falha do governo federal”.

Marina mencionou o envio da aeronave KC-390, da Força Aérea Brasileira (FAB) para auxiliar no rescaldo das chamas, mas relatou que o avião ainda não pode atuar por questões de segurança, devido à grande quantidade de fumaça.

Investigações

Ao lado da ministra, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, confirmou a existência de 31 inquéritos para apurar condutas criminosas ligadas aos incêndios florestais na Amazônia e mais 20 relacionadas ao Pantanal, além de duas investigações abertas para apurar a situação em São Paulo. “Mobilizamos as nossas 15 delegacias espalhadas pelo interior [de SP] para que a gente possa identificar essa questão que envolve essas queimadas no estado”.

Rodrigues também explicou que o governo dispõe de ferramentas que permitem retroceder as imagens de satélite, até a identificação da origem dos focos de calor, o que deve auxiliar em grande medida as investigações. A atuação da PF no caso se justifica devido ao impacto do problema em áreas de interesse da União, como o funcionamento dos aeroportos.

Neste domingo (25), o governo paulista informou que há 21 cidades de São Paulo com focos ativos, e outras 46 cidades em alerta máximo para uma possível aproximação das chamas.

Fumaça

A fumaça gerada pelas chamas no interior paulista e em outras regiões tem sido carregada por ventos favoráveis para as regiões centrais do país. Neste domingo, por exemplo, Brasília amanheceu com vários bairros encobertos pela fumaça. O fenômeno, facilitado pelo tempo seco, também foi registrado em outras capitais, como Goiânia e Belo Horizonte.

De acordo com o governo federal, um número recorde de brigadistas foi mobilizado para trabalhar no combate aos incêndios florestais neste ano, incluindo 1,4 mil na região amazônica e 800 no Pantanal. Helicópteros da Marinha e do Exército foram enviados nesta semana a São Paulo para auxiliar no combate aos incêndios no estado.

O presidente do Ibama esteve neste domingo na sede do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), estrutura que é ligada ao Ibama, em Brasília, junto com o presidente Luís Inácio Lula da Silva e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. No local, eles acompanharam a situação dos focos de incêndio nos monitores da sala de situação.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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SEMURB esclarece origem da "língua negra" em Areia Preta e descarta ligação com esgoto

SEMURB esclarece origem da “língua negra” em Areia Preta e descarta ligação com esgoto

Fenômeno na praia de Areia Preta, em Natal, é resultado de resíduos urbanos e não de despejo de esgoto, afirma Secretaria

Nas últimas semanas, um fenômeno inusitado chamou a atenção dos frequentadores da praia de Areia Preta, na zona Leste de Natal: a formação de uma mancha escura na areia, conhecida popularmente como “Língua Negra”. Esse evento gerou preocupações e questionamentos por parte da população, que suspeitava que o problema estivesse relacionado ao lançamento irregular de esgoto na área. Em resposta, a Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (SEMURB) de Natal conduziu uma investigação detalhada para esclarecer a origem da mancha e tranquilizar os moradores e visitantes da região.

Na manhã da última quarta-feira (21.ago.2024), uma equipe de fiscalização ambiental da SEMURB esteve na praia de Areia Preta para realizar uma inspeção minuciosa. Após analisar o local, os técnicos concluíram que não há indícios de lançamento de esgoto na área. Segundo o órgão, a mancha escura que tem causado tanta inquietação é, na verdade, o resultado de um processo natural intensificado pelas recentes chuvas que atingiram a capital potiguar.

De acordo com os especialistas da SEMURB, as chuvas que caíram em Natal nos últimos dias desempenharam um papel crucial na formação da “Língua Negra”. Quando a água da chuva escoa pelas ruas da cidade, ela carrega consigo uma série de resíduos acumulados na superfície urbana, como partículas de asfalto, restos de pneus, óleos e outros detritos que se encontram nas vias públicas. Esses resíduos são levados para as áreas mais baixas da cidade, como é o caso das praias, onde acabam se depositando na areia e no mar, gerando a mancha escura observada.

A SEMURB destaca que, desde o início do processo de investigação, apenas uma ocorrência de lançamento de esgoto foi registrada na área em questão. Este caso isolado foi detectado em um condomínio de luxo localizado na Avenida Governador Silvio Pedrosa, próximo à praia de Areia Preta. No entanto, o problema foi prontamente resolvido pela administração do condomínio, que corrigiu o lançamento irregular, eliminando qualquer possibilidade de contaminação da praia por esgoto.

Para assegurar a segurança da população e a preservação do meio ambiente, a SEMURB continua monitorando de perto a situação. O órgão também aguarda os resultados das próximas análises físico-químicas e bacteriológicas do Programa Água Azul, que deverão ser divulgados até o final de semana. Essas análises serão fundamentais para determinar as concentrações de poluentes na água e na areia da praia, proporcionando uma visão mais precisa sobre as condições ambientais do local.

Foto: Divulgação/SEMURB

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Fumaça de queimadas atinge cidades de dez estados

Fumaça de queimadas atinge cidades de dez estados

Fogo na Amazônia é visto no sul do Amazonas e na Transamazônica

Com a intensificação da temporada de incêndios na Amazônia e no Pantanal, em decorrência da mudança do clima, cidades de dez estados registraram episódios de fumaça e diminuição na qualidade do ar.

Imagens obtidas pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos mostram a concentração do monóxido de carbono sobre uma faixa que se estende do Norte do Brasil até as regiões Sul e Sudeste, passando sobre o Peru, Bolívia e Paraguai. Na última semana, o Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (Unicef) fez um alerta sobre os cuidados necessários para a saúde nesses casos.

Segundo nota divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o fogo na Amazônia estava concentrado principalmente no sul do Amazonas e nos arredores da Rodovia Transamazônica (BR-230).

“Amazonas e Pará concentram, juntos, mais da metade (51,6%) dos focos de incêndio registrados no bioma de 1º de janeiro a 18 de agosto de 2024, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Desde 1º de julho, 67,2% dos focos registrados estão nos dois estados.”, informou o ministério.

Área afetada

De acordo com o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ), este ano o fogo consumiu 3,2 milhões de hectares da Amazônia, o que representa 0,77% do bioma. No Pantanal, quase 1,9 milhão de hectares foi consumido pelo fogo, atingindo 12,5% do território.

Um alerta de perigo extremo de fogo do Sistema de Alarmes do Lasa-UFRJ foi divulgado com previsões para a Bacia do Paraguai, no Pantanal. Segundo o informativo, até a próxima quinta-feira (22), toda a região enfrentará condições climáticas que dificultam o combate a incêndios até por meios aéreos, com alta velocidade de propagação do fogo.

O ministério (MMA), 1.489 brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) atuam no combate aos incêndios florestais na Amazônia. Desde o dia 24 de julho, 98 incêndios teriam sido extintos, mas 75 persistem ativos e podem reunir até milhares de focos de calor.

Resposta a incêndios

No Pantanal de Mato Grosso atuam 348 brigadistas do Ibama e ICMBio, além de 454 militares das Forças Armadas, 95 da Força Nacional e mais dez da Polícia Federal. Das 98 áreas de incêndio, 50 teriam sido extintas e 46 permanecem ativas, das quais 27 estão controladas.

Uma sala de situação criada pelo governo federal concentra a resposta federal aos incêndios no país desde junho. Na Amazônia Legal, foram disponibilizados R$ 405 milhões do Fundo Amazônia para apoiar as guarnições do Corpo de Bombeiros dos estados. No Pantanal, também foi liberado um crédito extraordinário de R$ 137,6 milhões, além do repasse de mais R$ 13,4 milhões ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional para assistência humanitária e combate a incêndios florestais.

Foto: Divulgação Brigada de Alter do Chão (PA)

Da Agência Brasil

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RN registra 24 ocorrências de incêndios florestais na região Oeste durante o final de semana

RN registra 24 ocorrências de incêndios florestais na região Oeste durante o final de semana

Corpo de Bombeiros alerta para riscos e recomendações para evitar novos incêndios

A Região Oeste do Rio Grande do Norte enfrentou um final de semana marcado por incêndios florestais de grande extensão. Segundo o Corpo de Bombeiros Militar, foram registradas 24 ocorrências nas cidades de Assú, Mossoró, Pau dos Ferros e Apodi entre os dias 17 e 18 de agosto.

A tenente-coronel Márcia Martini, comandante do 3º Grupamento de Bombeiros em Mossoró, destacou que as altas temperaturas típicas desta época do ano deixam a vegetação mais suscetível ao fogo, aumentando significativamente o número de incêndios. No entanto, ela ressaltou que muitos desses casos poderiam ser evitados com medidas simples, como evitar fogueiras e o descarte inadequado de lixo nas rodovias.

Além dos incêndios florestais, a remoção de abelhas continua sendo a principal ocorrência atendida pelo Corpo de Bombeiros na região, com 31 registros, sendo 24 em Mossoró. Outras intervenções realizadas pelos bombeiros incluíram a retirada de anéis, vazamentos de gás de cozinha e incêndios em veículos e residências.

Os incêndios florestais representam uma grave ameaça ao meio ambiente, à saúde pública e à economia local, e as autoridades pedem à população que colabore adotando práticas preventivas para minimizar os riscos.

Foto: Arquivo Assecom

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Idema autoriza início da obra de engorda de Ponta Negra

Idema autoriza início da obra de engorda de Ponta Negra

Projeto que visa alargamento da faixa de areia pode começar após emissão de licença válida até 2034

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) reemitiu nesta terça-feira (13.ago.2024) a licença de instalação e operação para o início da obra de engorda da praia de Ponta Negra, em Natal. A licença, válida até 23 de julho de 2034, põe fim a um impasse que atrasava o início das obras há mais de um mês.

A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), responsável pelo projeto, ainda não se pronunciou sobre o assunto. A obra prevê o alargamento da faixa de areia ao longo de quatro quilômetros da enseada de Ponta Negra, utilizando aproximadamente 1,1 milhão de metros cúbicos de areia depositada através de uma draga de sucção.

O diretor-geral do Idema, Werner Farkatt, afirmou que a obra pode começar sem impedimentos, ressaltando a necessidade de respeitar regras de segurança devido ao trânsito de maquinários pesados na orla. A obra, com previsão de conclusão em três meses, visa aumentar a faixa de areia para até 100 metros na maré baixa e 50 metros na maré alta.

A Prefeitura de Natal solicitou a conclusão da obra até o fim de novembro, prazo que o Idema considera viável, desde que o processo seja monitorado para evitar impactos ambientais, especialmente durante a migração de tartarugas pelo litoral norte-rio-grandense.

Foto: Sandro Menezes/Assecom RN/Ilustração

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Projetos de agricultura sustentável no RN podem concorrer a até R$ 900 mil em chamada pública

Projetos de agricultura sustentável no RN podem concorrer a até R$ 900 mil em chamada pública

Serão selecionados projetos desenvolvidos por cooperativas e associações de negócios rurais inclusivos que já adotam práticas que visam a redução do impacto ambiental e social de suas localidades

Reduzir o impacto ambiental e promover a conservação dos recursos naturais ao mesmo tempo que mira a expansão da produção tem sido o maior desafio do setor agrícola. Para conciliar esses dois caminhos e contribuir para a produção de alimentos saudáveis e a superação do desafio, a AIPÊ (Aliança pela Inclusão Produtiva) lança a chamada pública Práticas de Agricultura Sustentável, voltada para associações ou cooperativas rurais que já iniciaram a transição para a adoção de práticas preocupadas com as questões ambientais, econômicas e sociais.

Iniciativa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Fundação Arymax, da Fundação Tide Setubal, do Instituto HEINEKEN, do Instituto humanize, Instituto Votorantim e Santander, a AIPÊ selecionará projetos que receberão até R$ 900 mil cada, totalizando um investimento de R$ 9 milhões. A chamada prioriza projetos que contem com lideranças ou sejam majoritariamente formados por mulheres, pessoas negras, indígenas, comunidades tradicionais e juventude rural.

O BNDES contribuirá com metade dos recursos, ao passo que os demais parceiros se responsabilizarão pelo restante. Além do aporte financeiro, os projetos serão acompanhados ao longo de sua implementação e receberão aporte técnico por meio de mentorias e oficinas temáticas.

“Essa atuação conjunta com diversos parceiros em favor da inclusão produtiva para população vulnerável, proporciona geração de renda para as pessoas que mais precisam. Além disso, essa chamada elaborada pelos parceiros apoiará iniciativas que viabilizarão a produção de alimentos saudáveis para população local com menor impacto possível ao meio ambiente”, detalha Celina Tura, Chefe de Departamento de Inclusão Produtiva e Educação do BNDES, integrante do comitê gestor da AIPÊ.

“A chamada foi desenhada para apoiar e fortalecer cooperativas e associações na adoção de práticas como: recuperação de áreas de pasto ou plantio degradadas, produção orgânica, criação de sistemas agroflorestais, integração lavoura-pecuária-floresta, manejo de resíduos para geração de energia e compostagem e produção de bioinsumos”, explica Ana Bonimani, gerente de Programas do Instituto Votorantim, integrante do comitê gestor da AIPÊ.

“Um projeto de desenvolvimento sustentável que seja efetivo para o Brasil deve considerar todas as suas diversidades e desigualdades sociais. O edital se alinha a esta visão ao priorizar grupos vulnerabilizados e a promoção de práticas econômicas que consigam demonstrar benefícios para o meio ambiente e as comunidades. A economia do futuro deverá promover uma inclusão produtiva justa e sustentável, onde pequenos produtores serão agentes importantes”, completa Vivianne Naigeborin, Superintendente da Fundação Arymax.

As organizações selecionadas poderão realizar investimentos para implantação de novas tecnologias, fortalecimento de negócios, compra de insumos e assistência técnica.

As inscrições estão abertas no site da AIPÊ (www.aipe.org.br) até o dia 21 de agosto de 2024. Para se inscrever, é preciso que as cooperativas e associações produtivas possuam CNPJ ativo há, no mínimo, dois anos e que, obrigatoriamente, atendam produtores rurais de baixa renda dos quatro biomas contemplados: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pampa.

Chamadas AIPÊ

No mesmo período, a AIPÊ abre a chamada Turismo Sustentável. Serão destinados até R$ 5 milhões a projetos que promovam a inclusão produtiva por meio do apoio a iniciativas com potencial de fortalecer as redes locais, melhorar os produtos turísticos e promover a preservação do ambiente e respeito às comunidades locais.

Serviço
Chamada Pública AIPÊ – Negócios Sustentáveis
Inscrições: De 27 de junho a 21 de agosto de 2024
Resultados: Até 17 de dezembro
Onde se inscrever: www.aipe.org.br

Sobre a AIPÊ (Aliança pela Inclusão Produtiva) 

A AIPÊ (Aliança pela Inclusão Produtiva) é resultado da união de instituições com conhecimento e experiência reconhecidos na atuação pela redução da desigualdade por meio da inclusão produtiva. Juntos, BNDES, Instituto Votorantim, Fundação Arymax, Fundação Tide Setubal, Instituto HEINEKEN, Instituto humanize, e Santander reuniram recursos não reembolsáveis que serão aportados em chamadas públicas com recortes específicos, sempre direcionadas a projetos conduzidos por associações, cooperativas, microempresas e empreendedores individuais com o objetivo de tirar pessoas da vulnerabilidade através da promoção do trabalho e renda. 

A Aliança foi criada com um fundo de R$ 40 milhões que serão destinados a projetos de promoção de trabalho e renda para populações mais expostas a vulnerabilidades através de chamadas públicas realizadas ao longo de cinco anos. Suas duas primeiras chamadas públicas foram lançadas em 2023, voltadas para Negócios Rurais Inclusivos e Empreendedorismo Urbano Periférico, que, juntas, somaram R$ 8 milhões. Foram selecionados 18 projetos, que já começaram a ser atendidos com os recursos financeiros, apoio técnico e mentoria oferecidos pela iniciativa.

Foto: Divulgação

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Inmet emite alertas de vendaval e baixa umidade para o RN

Inmet emite alertas de vendaval e baixa umidade para o RN

Avisos meteorológicos preveem ventos de até 60 km/h e baixa umidade em 36 cidades do Alto Oeste potiguar

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de vendaval para todo o estado do Rio Grande do Norte, válido até as 18h desta terça-feira (6.ago.2024). Segundo o Inmet, os ventos podem alcançar velocidades de até 60 km/h, caracterizando perigo potencial. O alerta, classificado na cor amarela, indica o menor grau de severidade, mas ainda requer atenção.

No contexto deste aviso, o Inmet destaca que os ventos poderão variar entre 40 km/h e 60 km/h, com baixo risco de queda de galhos de árvores. Diante dessas condições, a população deve seguir algumas recomendações importantes:

  • Evitar abrigar-se debaixo de árvores, devido ao risco de quedas e descargas elétricas.
  • Não estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda.
  • Em caso de emergência, acionar a Defesa Civil pelo telefone 199 e o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193.

Além do alerta de vendaval, o Inmet também emitiu um aviso de baixa umidade para 36 cidades do Alto Oeste potiguar, válido até as 19h desta terça-feira (6.ago). Este alerta, igualmente na cor amarela, aponta para a necessidade de cuidados adicionais devido à baixa umidade do ar. Entre as recomendações estão:

  • Beber bastante líquido para manter a hidratação.
  • Evitar desgaste físico durante as horas mais secas do dia.
  • Evitar exposição ao sol nas horas mais quentes do dia.

As cidades afetadas pela baixa umidade são:

  • Água Nova
  • Alexandria
  • Almino Afonso
  • Antônio Martins
  • Coronel João Pessoa
  • Doutor Severiano
  • Encanto
  • Francisco Dantas
  • Frutuoso Gomes
  • Ipueira
  • João Dias
  • José da Penha
  • Lucrécia
  • Luís Gomes
  • Major Sales
  • Marcelino Vieira
  • Martins
  • Paraná
  • Patu
  • Pau dos Ferros
  • Pilões
  • Portalegre
  • Rafael Fernandes
  • Riacho da Cruz
  • Riacho de Santana
  • Rodolfo Fernandes
  • São Francisco do Oeste
  • São João do Sabugi
  • São Miguel
  • Serra Negra do Norte
  • Serrinha dos Pintos
  • Taboleiro Grande
  • Tenente Ananias
  • Umarizal
  • Venha-Ver
  • Viçosa

Foto: Robyn W./Pexels

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Inmet emite alerta de baixa umidade para 50 municípios do RN

Inmet emite alerta de baixa umidade para 50 municípios do RN

Aviso de baixa umidade relativa do ar requer cuidados com saúde e riscos de incêndios

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta para o risco de baixa umidade em 50 municípios do Rio Grande do Norte neste domingo (4.jul.2024). O comunicado, divulgado às 11h, prevê que a umidade relativa do ar varie entre 30% e 20% nas áreas afetadas.

De acordo com o Inmet, essa condição climática aumenta o risco de incêndios florestais e pode causar problemas de saúde. Por isso, a população foi orientada a consumir bastante líquido, evitar desgaste físico durante os períodos mais secos do dia e evitar a exposição ao sol nas horas mais quentes.

Lista de cidades com alerta de tempo seco no RN

  • Água Nova
  • Alexandria
  • Almino Afonso
  • Antônio Martins
  • Apodi
  • Caicó
  • Campo Grande
  • Caraúbas
  • Coronel João Pessoa
  • Doutor Severiano
  • Encanto
  • Francisco Dantas
  • Frutuoso Gomes
  • Ipueira
  • Itaú
  • Janduís
  • Jardim de Piranhas
  • João Dias
  • José da Penha
  • Jucurutu
  • Lucrécia
  • Luís Gomes
  • Major Sales
  • Marcelino Vieira
  • Martins
  • Messias Targino
  • Olho d’Água do Borges
  • Paraná
  • Patu
  • Pau dos Ferros
  • Pilões
  • Portalegre
  • Rafael Fernandes
  • Rafael Godeiro
  • Riacho da Cruz
  • Riacho de Santana
  • Rodolfo Fernandes
  • São Fernando
  • São Francisco do Oeste
  • São João do Sabugi
  • São Miguel
  • Serra Negra do Norte
  • Serrinha dos Pintos
  • Severiano Melo
  • Taboleiro Grande
  • Tenente Ananias
  • Timbaúba dos Batistas
  • Umarizal
  • Venha-Ver
  • Viçosa

Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília/Ilustração

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Prefeitura do Natal quer autorização para fazer engorda de Ponta Negra na época da reprodução das tartarugas

Prefeitura do Natal quer autorização para fazer engorda de Ponta Negra na época da reprodução das tartarugas

Pedido de extensão do prazo visa concluir obra até novembro, fora da janela ambiental estipulada pelo Idema

A Prefeitura do Natal solicitou permissão ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) para realizar a engorda da Praia de Ponta Negra até o final de novembro, ultrapassando a “janela ambiental” definida. Thiago Mesquita, titular da Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), enfatizou que, sem essa extensão, a obra não será concluída em 2024, pois sua execução demandará aproximadamente 90 dias. As informações foram divulgadas pelo jornal Agora RN.

A Licença de Instalação e Operação (LIO) emitida pelo Idema, em 23 de julho, estabelece que a obra pode ser realizada apenas entre julho e outubro devido ao período reprodutivo das tartarugas marinhas, que ocorre de novembro a junho. A Semurb argumenta que é necessário estender o prazo até novembro para garantir a conclusão dos serviços ainda este ano.

Thiago Mesquita esclareceu que a obra, prevista para começar em 1º de agosto, deve se iniciar imediatamente para aproveitar a janela ambiental. Ele acredita que o Idema será flexível diante das justificativas apresentadas pelo município e permitirá a conclusão da obra até novembro. O pedido será formalizado com fundamentações robustas para assegurar que a obra seja realizada integralmente em 2024.

A LIO do Idema, além de estabelecer prazos, impõe um conjunto de 83 condicionantes que ainda precisam ser atendidas antes do início dos trabalhos. A Semurb está trabalhando para reconsiderar essas exigências e viabilizar o início imediato da obra.

Sobre a draga contratada para os serviços, Mesquita afirmou que o equipamento será trazido para Natal assim que a licença permitir. A empresa responsável já foi notificada e está preparada para iniciar as operações assim que todas as adequações necessárias forem concluídas.

Foto: Leandro’s World Tour/VisualHunt.com

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Agricultura manda recolher 16 marcas de cafés impróprios para consumo

Agricultura manda recolher 16 marcas de cafés impróprios para consumo

Análises encontraram matérias estranhas e impurezas nos produtos

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou nesta sexta-feira (2) uma lista com 16 marcas de café torrado considerados impróprios para o consumo. Análises encontraram matérias estranhas, impurezas ou elementos estranhos acima do limite permitido.

Os produtos devem ser recolhidos pelas empresas responsáveis, como prevê a legislação, em casos de risco à saúde pública, adulteração, fraude ou falsificação.

As 16 marcas de café impróprias para consumo são Oba Oba Sorriso, Exemplar, Matão, Belo, Moreno, Pureza, Terra da Saudade, Góes Tradicional a Vácuo, Serra do Brasil, Cambeense, Dourados, Do Norte, Salute, Ivaiporã, Terra da Gente e Dona Filinha.

No início de julho, o Mapa havia divulgado uma lista com marcas impróprias.

O ministério orienta a população que deixe de consumir esses cafés e solicite a substituição como determinado pelo Código de Defesa do Consumidor. Caso encontrem essas marcas sendo comercializadas, podem entrar em contato com pelo canal oficial Fala.BR, informar o estabelecimento e o endereço onde foi adquirido o produto.

O Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária é o responsável pelas fiscalizações de café torrado e moído no mercado interno.

“Após a realização da Operação Valoriza, em março de 2024, em que foram feitas fiscalizações de café torrado durante duas semanas de maneira concentrada, o Mapa continuou realizando fiscalizações de rotina durante os meses seguintes, incluindo o atendimento às denúncias feitas por cidadãos por meio da plataforma Fala.BR”, disse Ludmilla Verona, coordenadora de Fiscalização da Qualidade Vegetal.

As ações de fiscalização e análise dos produtos fazem parte do Programa Nacional de Prevenção e Combate à Fraude e Clandestinidade em Produtos de Origem Vegetal (PNFraude), que tem como objetivo diminuir as fraudes e promover a regularidade de estabelecimentos produtores de gêneros de origem vegetal.

Foto: Landsmann/Pexels

Da Agência Brasil

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Idema rebate alegações do secretário da Semurb sobre licença ambiental da engorda de Ponta Negra

Idema rebate alegações do secretário da Semurb sobre licença ambiental da engorda de Ponta Negra

Coordenador de Meio Ambiente defende processo e convida secretário a contribuir de forma técnica

Em resposta às declarações do secretário de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal, Thiago Mesquita, que afirmou que a licença para a obra de engorda da Praia de Ponta Negra era “fake”, o coordenador de Meio Ambiente do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), Jozivan Nascimento, gravou um vídeo esclarecendo a situação.

No vídeo, Jozivan Nascimento refutou categoricamente as alegações de Thiago Mesquita, explicando que a licença ambiental para a obra de engorda de Ponta Negra foi emitida com todo o cuidado e zelo necessário para garantir a proteção do meio ambiente. Ele destacou que o Idema, juntamente com a Procuradoria Geral do Município e a Procuradoria Geral do Estado, estavam profundamente envolvidos no processo de licenciamento ambiental, assegurando a segurança jurídica e a preocupação com as comunidades tradicionais afetadas pela obra.

O coordenador de Meio Ambiente aproveitou a oportunidade para convidar o secretário Thiago Mesquita a se envolver mais nas questões técnicas e contribuir de forma construtiva com o processo. Ele enfatizou que o objetivo comum é encontrar uma solução que beneficie todos os cidadãos, garantindo a sustentabilidade ambiental e o desenvolvimento adequado da região.

Jozivan Nascimento reiterou que a licença não é “fake” e que segue todos os trâmites legais e ambientais exigidos. Ele expressou seu desejo de que o debate sobre o licenciamento ambiental seja baseado em fatos e contribuições técnicas, e não em declarações infundadas nas redes sociais.

Foto: Marinelson Almeida Silva/Visualhunt

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Inmet emite alertas de vendaval e baixa umidade para cidades do RN

Inmet emite alertas de vendaval e baixa umidade para cidades do RN

Avisos abrangem todas as cidades potiguares, com ênfase nas regiões Oeste e Central

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu dois alertas meteorológicos que afetam várias cidades do Rio Grande do Norte. O primeiro aviso, de nível amarelo, alerta para o risco de vendaval em todos os municípios do estado. O segundo alerta é para baixa umidade em 78 cidades, especialmente nas regiões Oeste e Central.

O aviso de perigo potencial de vendaval foi emitido na manhã de quarta-feira (31.jul.2024) e é válido até às 18h de sexta-feira (2.ago). O Inmet prevê ventos com velocidades entre 40 km/h e 60 km/h, com baixo risco de queda de galhos de árvores. Em caso de rajadas de vento, o instituto orienta a população a não se abrigar debaixo de árvores e a não estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda.

O alerta de baixa umidade foi emitido às 11h e é válido até a noite de quinta-feira (1°.ago), para 78 municípios do estado. A previsão é de umidade relativa do ar variando entre 30% e 20%, o que pode causar baixo risco de incêndios florestais e impactos na saúde humana. O Inmet recomenda à população local o consumo de bastante líquido, evitar desgaste físico nas horas mais secas e evitar exposição ao sol nas horas mais quentes do dia.

Veja cidades listadas no aviso de baixa umidade:

  • Acari
  • Açu
  • Água Nova
  • Alexandria
  • Almino Afonso
  • Angicos
  • Antônio Martins
  • Apodi
  • Augusto Severo
  • Baraúna
  • Caicó
  • Caraúbas
  • Carnaúba dos Dantas
  • Carnaubais
  • Coronel João Pessoa
  • Cruzeta
  • Currais Novos
  • Doutor Severiano
  • Encanto
  • Felipe Guerra
  • Florânia
  • Francisco Dantas
  • Frutuoso Gomes
  • Governador Dix-Sept Rosado
  • Ipanguaçu
  • Ipueira
  • Itajá
  • Itaú
  • Janduís
  • Jardim de Piranhas
  • Jardim do Seridó
  • João Dias
  • José da Penha
  • Jucurutu
  • Lagoa Nova
  • Lucrécia
  • Luís Gomes
  • Major Sales
  • Marcelino Vieira
  • Martins
  • Messias Targino
  • Mossoró
  • Olho d’Água do Borges
  • Ouro Branco
  • Paraná
  • Paraú
  • Parelhas
  • Patu
  • Pau dos Ferros
  • Pilões
  • Portalegre
  • Rafael Fernandes
  • Rafael Godeiro
  • Riacho da Cruz
  • Riacho de Santana
  • Rodolfo Fernandes
  • Santana do Matos
  • Santana do Seridó
  • São Fernando
  • São Francisco do Oeste
  • São João do Sabugi
  • São José do Seridó
  • São Miguel
  • São Rafael
  • São Vicente
  • Serra do Mel
  • Serra Negra do Norte
  • Serrinha dos Pintos
  • Severiano Melo
  • Taboleiro Grande
  • Tenente Ananias
  • Tenente Laurentino Cruz
  • Timbaúba dos Batistas
  • Triunfo Potiguar
  • Umarizal
  • Upanema
  • Venha-Ver
  • Viçosa

Veja cidades listadas no aviso de baixa umidade:

  • Açu
  • Água Nova
  • Alexandria
  • Almino Afonso
  • Antônio Martins
  • Apodi
  • Augusto Severo
  • Baraúna
  • Caicó
  • Caraúbas
  • Coronel João Pessoa
  • Doutor Severiano
  • Encanto
  • Felipe Guerra
  • Francisco Dantas
  • Frutuoso Gomes
  • Governador Dix-Sept Rosado
  • Ipueira
  • Itaú
  • Janduís
  • Jardim de Piranhas
  • João Dias
  • José da Penha
  • Jucurutu
  • Lucrécia
  • Luís Gomes
  • Major Sales
  • Marcelino Vieira
  • Martins
  • Messias Targino
  • Mossoró
  • Olho d’Água do Borges
  • Paraná
  • Paraú
  • Patu
  • Pau dos Ferros
  • Pilões
  • Portalegre
  • Rafael Fernandes
  • Rafael Godeiro
  • Riacho da Cruz
  • Riacho de Santana
  • Rodolfo Fernandes
  • São Fernando
  • São Francisco do Oeste
  • São João do Sabugi
  • São Miguel
  • Serra do Mel
  • Serra Negra do Norte
  • Serrinha dos Pintos
  • Severiano Melo
  • Taboleiro Grande
  • Tenente Ananias
  • Timbaúba dos Batistas
  • Triunfo Potiguar
  • Umarizal
  • Upanema
  • Venha-Ver
  • Viçosa

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília/Ilustração

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Agricultor de Caraúbas colhe macaxeira gigante de 44 kg e 3 metros

Agricultor de Caraúbas colhe macaxeira gigante de 44 kg e 3 metros

Geovane Sales, do Assentamento Petrolina, colhe raiz impressionante cultivada apenas com água da chuva

Um agricultor de Caraúbas, no Oeste do Rio Grande do Norte, protagonizou um feito impressionante nesta segunda-feira (29.jul.2024). Geovane Sales, morador do Assentamento Petrolina, colheu uma macaxeira extraordinária, medindo mais de 3 metros de comprimento e pesando 44 kg, cultivada apenas com a água do período chuvoso.

Geovane plantou a raiz há cerca de um ano e meio. A remoção da macaxeira do solo exigiu um esforço conjunto, necessitando a ajuda de dois homens para retirar a planta da terra devido ao seu peso e tamanho. Após a colheita, a macaxeira foi medida, revelando impressionantes 3 metros e 10 centímetros.

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A área onde a macaxeira foi cultivada pertence aos pais de Geovane, Wilma Oliveira e Reginaldo Sales, ambos agricultores. Geovane explicou que não utiliza irrigação ou adubo em seus cultivos. “É só terra natural, não tem adubo. E não foi irrigado também, não. Foi só a água do inverno que ela pegou”, afirmou.

Geovane explicou que é comum cultivar a planta e colher até dois anos após o plantio, desde que não esteja oca por dentro. Ele acredita que a raiz ainda teria crescido mais se não tivesse sido colhida neste momento. “O tamanho da macaxeira é resultado da qualidade da terra”, disse Geovane, que já havia colhido outras raízes com cerca de 1,5 metros de comprimento.

A colheita desta macaxeira gigante chamou a atenção dos moradores da região. “A gente não sabia que chamava tanta atenção. Quando arrancamos essa com mais de 3 metros, nós resolvemos mostrar para o pessoal ver. Já veio gente aqui e disse que nunca tinha visto na vida uma macaxeira desse tamanho”, contou Geovane.

A família de Geovane planeja distribuir a macaxeira entre os parentes, compartilhando o fruto deste cultivo excepcional.

Fotos: Divulgação

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Ministério reconhece situação de emergência em municípios do RN

Ministério reconhece situação de emergência em municípios do RN

Cidades potiguares atingidas por estiagem e chuvas intensas podem solicitar recursos federais

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), através da Defesa Civil Nacional, reconheceu a situação de emergência em diversos municípios do Rio Grande do Norte e outros estados brasileiros, afetados por desastres naturais. As portarias com essas medidas foram publicadas nesta quinta-feira (25.jul.2024) no Diário Oficial da União (DOU).

Entre os municípios do Rio Grande do Norte que tiveram a situação de emergência reconhecida, destacam-se Rafael Godeiro, Santa Maria, Santo Antônio, São Miguel e Touros. As cidades de Rafael Godeiro, Santa Maria, Santo Antônio e São Miguel enfrentam um período de estiagem severa, enquanto Touros foi impactada por chuvas intensas.

A estiagem, que atinge 21 cidades brasileiras, incluindo as potiguares mencionadas, caracteriza-se por um período prolongado de baixa precipitação, afetando severamente as atividades agrícolas e o abastecimento de água. Já as chuvas intensas em Touros causaram alagamentos e danos estruturais, demandando uma resposta rápida e eficaz das autoridades locais.

Com o reconhecimento federal, as prefeituras desses municípios estão aptas a solicitar recursos do Governo Federal para ações de defesa civil. Essas ações incluem a compra de cestas básicas, água mineral, refeições para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza residencial, higiene pessoal e dormitório, entre outros.

Procedimento para solicitação de recursos

Os municípios reconhecidos em situação de emergência ou estado de calamidade pública podem solicitar recursos ao MIDR por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). As prefeituras devem enviar planos de trabalho detalhados, que serão avaliados pela equipe técnica da Defesa Civil Nacional. Após a aprovação, o valor a ser liberado é publicado no DOU.

Capacitações oferecidas pela defesa civil nacional

Para garantir que os agentes municipais e estaduais estejam bem preparados para utilizar o S2iD e gerenciar os recursos de forma eficiente, a Defesa Civil Nacional oferece uma série de cursos a distância. Essas capacitações são direcionadas aos agentes de proteção e defesa civil nas três esferas de governo, aprimorando suas habilidades e conhecimentos para enfrentar situações de emergência.

Além do Rio Grande do Norte, outros estados também tiveram municípios com situação de emergência reconhecida, incluindo Bahia, Ceará, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Sergipe. No total, 29 cidades foram afetadas por desastres naturais, evidenciando a necessidade de ações coordenadas e eficazes para mitigar os impactos desses eventos.

O reconhecimento da situação de emergência é um passo crucial para que as cidades afetadas possam acessar os recursos necessários e implementar medidas de socorro, assistência e recuperação, garantindo a segurança e o bem-estar da população.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

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Licença do Idema para engorda de Ponta Negra impõe 83 condicionantes

Licença do Idema para engorda de Ponta Negra impõe 83 condicionantes

Projeto de aterro hidráulico deve atender a exigências ambientais para garantir segurança

A licença de instalação e operação (LIO) para o projeto de engorda da praia de Ponta Negra foi emitida pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) nesta terça-feira (23.jul.2024). A autorização inclui 83 condicionantes que a Prefeitura de Natal deve cumprir durante a execução da obra.

O diretor do Idema, Werner Farkatt, lamentou a pressão para a liberação da licença, destacando a necessidade de uma análise técnica cuidadosa. “Nosso corpo técnico, formado por doutores, mestres e especialistas, foi desrespeitado por aqueles que acreditam que tudo pode ser resolvido na base do grito”, afirmou Farkatt.

A licença foi emitida com base em um relatório técnico que destacou diversas questões de segurança. Entre as mais de 80 condicionantes, algumas são indispensáveis e devem ser atendidas antes do início da obra.

“A licença está emitida, mas existem condicionantes que têm que ser atendidas previamente”, enfatizou Farkatt. O diretor técnico do Idema, Jonielson Pereira, reforçou a necessidade de cumprimento dessas condições: “O município declarou o compromisso de que a execução da obra só acontecerá após o cumprimento de determinadas ações”.

A obra, ainda sem todas as informações necessárias, apresenta riscos. “Não sabemos se haverá impacto na pesca local, por exemplo”, comentou Farkatt, expressando preocupação com a economia e tradições da região.

Foto: Marinelson Almeida Silva/Visualhunt

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Obra da engorda de Ponta Negra recebe licença do Idema

Obra da engorda de Ponta Negra recebe licença do Idema

Projeto que visa aumentar faixa de areia em até 100 metros na maré seca tem 83 condicionantes e validade de 10 anos

A obra de engorda da praia de Ponta Negra, em Natal, está prestes a iniciar após o Instituto do Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) emitir a Licença de Instalação e Operação (LIO). A licença foi emitida nesta terça-feira (23.jul.2024) e autoriza a Prefeitura de Natal a começar os serviços de aterro hidráulico, com validade de 10 anos e 83 condicionantes. A decisão veio após uma decisão judicial na última sexta-feira (19.jul).

A LIO foi expedida com 83 condicionantes, baseadas no documento “Informação Técnica Conjunta”, assinado pelo diretor-geral do Idema, Werner Farkatt, e diversos técnicos do órgão. Essas condicionantes incluem projetos de drenagem, questões socioambientais e a inclusão de estruturas de acessibilidade nas áreas de influência do projeto.

Uma das principais condicionantes determina que atividades socioeconômicas no local das obras sejam completamente suspensas durante operações de bombeio de material e terraplanagem. Além disso, a prefeitura deve apresentar relatórios mensais e bimestrais sobre o andamento da obra, incluindo monitoramento e execução do Plano de Resíduos Sólidos, monitoramento da fauna e alternativas de mitigação dos impactos locais.

A emissão da LIO ocorreu cerca de 40 dias após a Prefeitura de Natal responder às primeiras condicionantes da Licença Prévia (LP), emitida no ano passado com 52 condicionantes. Em duas ocasiões, o Idema solicitou mais informações, que foram fornecidas com o auxílio da Fundação de Pesquisa Norteriograndense (Funpec).

Foto: Joana Lima

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Inmet emite avisos de baixa umidade para cidades do RN

Inmet emite avisos de baixa umidade para cidades do RN

Alerta de perigo potencial com validade para esta terça (23) e quarta-feira (24), das 11h às 19h

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) publicou dois avisos de baixa umidade para várias cidades do Rio Grande do Norte. O primeiro alerta vale para esta terça-feira (23.jul.2024) e o segundo para quarta-feira (24.jul), ambos com vigência das 11h às 19h. Esses avisos, de legenda amarela, indicam perigo potencial, o menor nível na escala de severidade.

Durante esse período, a umidade relativa do ar poderá variar entre 30% e 20%, enquanto o índice ideal é entre 50% e 60%, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS). Diante disso, há um baixo risco de incêndios florestais e problemas de saúde.

O Inmet recomenda que, durante o alerta, a população das áreas afetadas beba bastante líquido, evite atividades físicas extenuantes nas horas mais secas e evite a exposição ao sol nas horas mais quentes do dia. Mais informações podem ser obtidas junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).

Lista de cidades atingidas:

  • Água Nova
  • Alexandria
  • Almino Afonso
  • Antônio Martins
  • Apodi
  • Baraúna
  • Caraúbas
  • Coronel João Pessoa
  • Doutor Severiano
  • Encanto
  • Felipe Guerra
  • Francisco Dantas
  • Frutuoso Gomes
  • Governador Dix-Sept Rosado
  • Itaú
  • Janduís
  • João Dias
  • José da Penha
  • Lucrécia
  • Luís Gomes
  • Major Sales
  • Marcelino Vieira
  • Martins
  • Messias Targino
  • Mossoró
  • Olho d’Água do Borges
  • Paraná
  • Patu
  • Pau dos Ferros
  • Pilões
  • Portalegre
  • Rafael Fernandes
  • Rafael Godeiro
  • Riacho da Cruz
  • Riacho de Santana
  • Rodolfo Fernandes
  • São Francisco do Oeste
  • São Miguel
  • Serra Negra do Norte
  • Serrinha dos Pintos
  • Severiano Melo
  • Taboleiro Grande
  • Tenente Ananias
  • Umarizal
  • Venha-Ver
  • Viçosa

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília/Ilustração

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Governo do RN não implementou política de combate à desertificação

Governo do RN não implementou política de combate à desertificação

Auditoria do TCE revela lacunas graves na execução de medidas ambientais e propõe 29 recomendações para enfrentar a desertificação

O Rio Grande do Norte não implementou a Política Estadual de Combate e Prevenção à Desertificação, estabelecida por uma lei estadual de 2017. Essa falha foi constatada por uma auditoria operacional realizada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), que revelou uma série de lacunas e omissões na gestão ambiental do estado.

A auditoria também apontou que o Rio Grande do Norte não criou o Fundo Estadual de Combate à Desertificação, um mecanismo essencial para financiar políticas e ações de enfrentamento à seca. As conclusões foram apresentadas durante uma sessão do pleno do TCE, realizada no dia 16 de julho, na qual foram aprovadas 29 recomendações contidas no relatório.

As secretarias estaduais de Meio Ambiente e Recursos Hídricos; Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar; Agricultura; e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) têm um prazo de 90 dias para apresentar um plano de ação detalhado com as medidas a serem tomadas em resposta às recomendações do TCE.

De acordo com o TCE, a auditoria revelou que a desertificação não é tratada como uma questão prioritária nos municípios do Rio Grande do Norte. A fragilidade na gestão ambiental e o controle social fragmentado contribuem para essa negligência. Além disso, as unidades de conservação relacionadas ao bioma caatinga não têm recebido a devida atenção, resultando em uma criação e manutenção deficientes dessas áreas.

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Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília

As ações de combate à desertificação, que deveriam focar na pequena produção familiar e comunitária e no uso de tecnologias sociais hídricas, também foram consideradas frágeis. O relatório destacou que a política estadual de combate à desertificação e mitigação dos efeitos da seca carece de práticas efetivas de monitoramento e avaliação, o que agrava ainda mais a situação.

Reações e comentários

O conselheiro Carlos Thompson Costa Fernandes, em seu voto, destacou que apenas a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos se posicionou durante a auditoria.

Recomendações do TCE

As 29 recomendações aprovadas pelo TCE incluem:

Criação do Fundo Estadual de Combate à Desertificação: Este fundo é essencial para destinar recursos específicos para políticas de combate à seca.
Regulamentação e Atualização do Cadastro Estadual: É necessário realizar e manter atualizado o cadastro das áreas susceptíveis à desertificação.
Fortalecimento da Agricultura Familiar: Inclui a regularização do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o apoio à implantação de Sistemas Agroflorestais (SAF).
Educação Ambiental: Introdução e implementação de programas de educação ambiental nas escolas municipais, com foco em ações específicas de combate à desertificação e mitigação dos efeitos da seca.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Estudo da Fiocruz revela que tubarões foram contaminados por cocaína

Estudo da Fiocruz revela que tubarões foram contaminados por cocaína

Dados chamam atenção para alta quantidade da droga no esgoto

Em fato inédito no mundo, o Instituto Oswaldo Cruz, da Fundação Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), detectou a contaminação de tubarões por cocaína e seu metabólito, a benzoilecgonia. O estudo identificou a presença de cocaína em 13 animais da espécie Rhizoprionodon lalandii, popularmente conhecida como tubarão-bico-fino-brasileiro, cação rola rola ou cação-frango. Os resultados foram publicados na revista científica Science of The Total Environment, informou a Fiocruz nesta terça-feira (23). De acordo com a fundação, o dado chama atenção para a alta quantidade da droga que é consumida e descartada no mar via esgoto sanitário.

O principal metabólito da substância, a benzoilecgonina, resultante da metabolização da cocaína no organismo, foi encontrada em 12 desses animais. O material foi coletado no Recreio dos Bandeirantes, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro, entre setembro de 2021 e agosto de 2023, como parte de um esforço para avaliação da saúde ambiental. O objetivo era acompanhar mudanças no ambiente, tanto as ocorridas de forma natural como pela interferência humana, bem como seus impactos sobre as diversas formas de vida marinha.

Esgoto

Especialistas brasileiros analisam a presença de vírus e bactérias no esgoto para identificar e mensurar a possível circulação silenciosa de microrganismos causadores de doenças. Do mesmo modo, são comuns estudos da contaminação do solo e da água por metais e pesticidas, como mercúrio, chumbo e arsênio, que interferem na saúde de pessoas, animais e ambiente de forma direta.

A primeira pesquisa a encontrar cocaína em tubarões, entretanto, foi essa do IOC/Fiocruz. “No Brasil, estudos já detectaram a contaminação de água e alguns poucos seres aquáticos por cocaína, como mexilhões. Nossa análise é a primeira a encontrar a substância em tubarões”, afirmou o farmacêutico Enrico Mendes Saggioro, um dos líderes da pesquisa, junto com a bióloga Rachel Ann Hauser-Davis, ambos do Laboratório de Avaliação e Promoção da Saúde Ambiental do IOC.

Segundo Rachel, os tubarões desempenham papel importante no ecossistema marinho, assim como as raias. Por serem predadores, a bióloga esclareceu que se trata de figuras centrais na cadeia alimentar e são assumidos como espécies sentinela para detecção de danos ambientais, incluindo diferentes formas de contaminação.

O Laboratório do IOC tem feito importantes alertas ambientais, a partir de estudos que identificaram a contaminação por metais em peixes do Rio Doce, no Espírito Santo, após a tragédia causada pelo rompimento da barragem da mineradora Samarco; e em cações e raias coletados no Rio de Janeiro.

Drogas e crime

Relatório mundial sobre drogas, publicado em 2024 pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC, do nome em inglês), situa o Brasil entre os maiores consumidores globais de cocaína. Estudos sinalizam que a principal via de chegada da droga no ambiente marinho é pelo descarte de resíduos da substância no esgoto lançado no mar.

Enrico Mendes Saggioro explica que a partir dessa constatação no território nacional, o grupo de pesquisa decidiu investigar se os animais que o laboratório havia coletado para estudos, envolvendo outros contaminantes, também estariam contaminados por cocaína. “O resultado é impressionante. Encontramos a substância em todos os 13 tubarões analisados e em apenas um deles não foi detectado a benzoilecgonina, que é o principal metabólito da droga”, afirmou o farmacêutico. Foram analisados o músculo e o fígado dos animais, dos quais três eram machos e dez fêmeas.

De acordo o IOC/Fiocruz, todas as amostras de músculo e fígado testaram positivo para a presença de cocaína. Já a benzoilecgonina foi detectada em 12 amostras de músculo e em duas de fígado. A concentração média de cocaína nos animais foi três vezes maior que a concentração do metabólito. Uma hipótese dos pesquisadores para explicar esse dado é a superexposição dos animais à substância. Outro achado que intrigou os especialistas foi a maior concentração de cocaína nos músculos do que no fígado dos animais analisados.

Saggioro informou que o fígado do tubarão é um órgão de metabolização, como no ser humano. “Tudo que é ingerido é transformado pelo fígado para depois ser excretado. Para nossa surpresa, a cocaína foi encontrada em maior concentração no músculo, que é um tecido de acúmulo, o que pode sinalizar a abundância da presença da substância no ambiente marinho. Os tubarões estariam se contaminando de diversas formas, seja pelo fato de habitarem a região ou se alimentarem de outros animais contaminadas”, explica. Rachel acrescentou que a equipe pretende, a partir de agora, coletar e analisar amostras de água e de outros animais dessa e de outras regiões da costa do Rio de Janeiro.

As amostras foram analisadas na Seção Laboratorial Avançada de Santa Catarina (SLAV/SC), unidade ligada ao Laboratório Nacional Agropecuário do Rio Grande do Sul, que integra a Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Essa etapa foi conduzida pelo farmacêutico e bioquímico Rodrigo Barcellos Hoff, que atua no SLAV/SC.

Contaminação

Rachel Ann Hauser-Davis alertou para a necessidade de serem realizados estudos específicos para determinar as consequências exatas dessa contaminação nos animais. Ela acredita que pode haver impacto no crescimento, na maturação e, em especial, na fecundidade dos tubarões, já que o fígado atua no desenvolvimento de embriões. A espécie de tubarão analisada vive próxima à costa e não tem característica migratória. Isso leva os pesquisadores a acreditar que foram contaminados no litoral carioca. Além disso, a zona oeste do Rio é a região que mais cresce na capital fluminense e, também, a mais populosa, com quase 3 milhões de habitantes, segundo o censo demográfico de 2022.

Tanto Rachel como Enrico defendem que sejam feitos novos estudos para responder se a cocaína encontrada em animais marinhos pode ter reflexos negativos na saúde humana. Pesquisa recente da Universidade Federal de São Paulo e Universidade Santa Cecília, em São Paulo, apontou altas concentrações de cocaína na água da Baía de Santos, sinalizando que a droga pode causar problemas nas células e no material genético de mexilhões.

A bióloga lembrou que tubarões, muitas vezes, são comercializados irregularmente com o nome popular de cação. “Já encontramos diversos metais tóxicos em cações e raias, que também são vendidos e consumidos. Agora, detectamos cocaína em tubarões. A poluição e a contaminação do meio ambiente afetam diretamente os animais e a natureza, e também impactam, de uma forma ou de outra, a vida humana. A saúde de um está ligada à saúde do outro”, destacou.

A pesquisa foi realizada em parceria com a Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz), Universidade Federal de Santa Catarina, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Setor Laboratorial Avançado em Santa Catarina (SLAV/SC), Instituto Museu Aquário Marinho do Rio de Janeiro (IMAM/AquaRio) e Cape Eleuthera Institute (Bahamas). O trabalho teve financiamento da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Foto: Divugação/IOC/Fiocruz

Da Agência Brasil

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Inmet emite alerta de vendaval para todo o RN

Inmet emite alerta de vendaval para todo o RN

Aviso de perigo potencial para ventos fortes vigora até segunda-feira (22)

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de vendaval para todas as cidades do Rio Grande do Norte. O aviso, de cor amarela, indica perigo potencial e vigora das 10h deste sábado (20.jul.2024) até as 15h da segunda-feira (22.jul).

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No alerta amarelo, os ventos podem variar entre 40 e 60 km/h, apresentando baixo risco de queda de galhos de árvores. O Inmet recomenda que, em caso de rajadas de vento, as pessoas evitem se abrigar debaixo de árvores e não estacionem veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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MPF recomenda consulta às comunidades tradicionais antes de licença ambiental para engorda de Ponta Negra

MPF recomenda consulta às comunidades tradicionais antes de licença ambiental para engorda de Ponta Negra

Órgão exige que Idema realize consulta livre, prévia e informada a pescadores e rendeiras antes de liberar obras na praia de Natal

O Ministério Público Federal (MPF) emitiu, nesta quinta-feira (18.jul.2024), uma recomendação ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema), solicitando que o órgão só conceda licenças ambientais para a obra de aterro hidráulico (engorda) da praia de Ponta Negra, em Natal, após a realização de uma consulta livre, prévia e informada (CLPI) às comunidades tradicionais afetadas, como pescadores artesanais e rendeiras de bilro.

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Foto: Marinelson Almeida Silva/VisualHunt

De acordo com o MPF, a CLPI é uma exigência da Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que determina que qualquer ação administrativa ou legislação que possa impactar os direitos dessas comunidades deve passar por essa consulta. Esta é uma medida essencial para garantir a participação efetiva dos povos tradicionais em decisões que afetam suas vidas.

O órgão destacou que a consulta é especialmente necessária antes da emissão de cada licença ambiental, para assegurar que as vozes das comunidades impactadas sejam ouvidas e consideradas. Segundo o MPF, tanto o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) quanto o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) da obra indicam que há mais de um ano o Município de Natal e o Idema estão cientes da presença dessas comunidades na área afetada pela engorda da praia de Ponta Negra.

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Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Retorno de draga holandesa para Natal depende de licença ambiental

Retorno de draga holandesa para Natal depende de licença ambiental

Equipamento necessário para obra de engorda da praia de Ponta Negra pode deixar o Brasil se licença não for emitida até sexta-feira

A draga holandesa contratada para realizar a obra de engorda da praia de Ponta Negra voltou a Natal nesta quinta-feira (18.jul.2024), após permanecer 11 dias na costa da Paraíba. O secretário municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, Thiago Mesquita, informou que a draga está de passagem rumo ao Ceará, de onde partirá para a Europa nos próximos dias.

A Prefeitura de Natal aguarda a emissão da licença ambiental pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) para iniciar as obras. Segundo Thiago Mesquita, caso a licença seja liberada até esta sexta-feira (19.jul), a draga poderá realizar o serviço. Caso contrário, o equipamento será enviado para a Europa, impossibilitando seu retorno à capital potiguar ainda em 2024.

Thiago Mesquita destacou a urgência na emissão da licença, mencionando que a janela ambiental para a realização dos serviços está aberta de julho até o final de outubro. Após esse período, o movimento de aves migratórias e animais aquáticos pode dificultar as operações, aumentando os riscos de danos ambientais.

Foto: Divulgação/Arquivo

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Prefeitura de Natal entrega esclarecimentos ao Idema sobre obra da engorda de Ponta Negra

Prefeitura de Natal entrega esclarecimentos ao Idema sobre obra da engorda de Ponta Negra

Respostas aos questionamentos do Idema são cruciais para a concessão da licença ambiental e início das obras de revitalização

A Prefeitura de Natal entregou nesta quarta-feira (17.jul.2024) os esclarecimentos sobre os oito pontos solicitados pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema-RN) referentes à obra de engorda da Praia de Ponta Negra. O documento foi protocolado no início da tarde, por volta das 14h30, e o recebimento foi confirmado pelo Idema, que dará continuidade às análises técnicas do conteúdo entregue.

Uma força-tarefa foi formada entre a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), a Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec), a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) e uma empresa terceirizada para responder aos questionamentos. “Reafirmamos que não há absolutamente nada que seja indispensável para a liberação da licença”, afirmou Thiago Mesquita, titular da Semurb.

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Foto: Alex Régis

As respostas da Prefeitura de Natal ocorrem após o Idema-RN identificar “fragilidades” em oito respostas dos questionamentos solicitados na semana anterior, que são fundamentais para a concessão das licenças ambientais necessárias para o início da obra. Esses questionamentos haviam sido feitos no dia 8 de julho e, segundo o Idema, não são novidades, pois já haviam sido pedidos desde a licença prévia há um ano.

Impasse e manifestação

O impasse em relação à obra de engorda da Praia de Ponta Negra aumentou após a draga holandesa, que chegou no dia 24 de junho em Natal para executar a obra, ir embora no dia 7 de julho sem ter sido utilizada, devido à ausência da licença ambiental para o início das obras. O Município solicitou a licença de instalação, que autoriza a execução do projeto, no dia 12 de junho. O Idema, responsável pela autorização, tem o prazo legal de 120 dias para emitir a licença, ou seja, até outubro.

No dia 8 de julho, manifestantes ocuparam a sede do Idema para cobrar o início das obras. Entre os manifestantes estavam o prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), e o secretário municipal de Urbanismo e Meio Ambiente, Thiago Mesquita. Durante a manifestação, houve confusão, portões do Instituto foram quebrados e um bolsista registrou boletim de ocorrência por agressão.

Foto: Joana Lima

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Idema aponta fragilidades em respostas da Prefeitura de Natal e adia licença da engorda de Ponta Negra

Idema aponta fragilidades em respostas da Prefeitura de Natal e adia licença da engorda de Ponta Negra

Entre as preocupações destacadas, estão a drenagem, a fauna local, como as aves migratórias, e a necessidade de um diagnóstico socioeconômico dos trabalhadores da região

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) revelou, nesta terça-feira (16.jul.2024), diversas fragilidades nas respostas enviadas pela Prefeitura de Natal sobre a obra de engorda da praia de Ponta Negra. Entre as preocupações destacadas, estão a drenagem, a fauna local, como as aves migratórias, e a necessidade de um diagnóstico socioeconômico dos trabalhadores da região.

O impasse sobre a licença ambiental da obra de engorda de Ponta Negra se intensificou nas últimas semanas. Até esta quarta-feira (17), a licença ainda não havia sido concedida. O Idema tem até outubro para analisar o pedido, que foi solicitado pelo município em junho.

Na última sexta-feira (12.jul), a prefeitura de Natal afirmou ter respondido às solicitações do Idema para a execução da obra. Contudo, o Instituto encontrou fragilidades nas respostas, conforme comunicado desta terça-feira.

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Foto: ASSECOM/RN

Dos 17 questionamentos iniciais, nove foram completamente atendidos, cinco parcialmente atendidos, e três não foram atendidos. O diretor-geral do Idema, Werner Farkatt, ressaltou que os pontos carentes de informações já estavam presentes na solicitação anterior, datada de 8 de julho.

Principais questionamentos

Entre os oito questionamentos destacados pelo Idema, estão:

  • Relatório conclusivo da Consulta Livre, Prévia e Informada com comunidades tradicionais.
  • Levantamento hidrográfico compatível com o Programa de Monitoramento das Cotas Batimétricas.
  • Levantamento inicial da ictiofauna na área da jazida.
  • Diagnóstico socioeconômico inicial da atividade pesqueira.
  • Alternativas de mitigação dos impactos locais nos grupos diretamente afetados.
  • Dados complementares sobre espécies encontradas em períodos de estiagem.
  • Informações sobre aves migratórias com dados de campo.
  • Detalhamento dos projetos de dissipadores e cronograma atualizado das obras de drenagem.

Impasse e consequências

O impasse sobre a obra se agravou após a draga holandesa, que chegou em Natal no dia 24 de junho para executar a obra, ter deixado a cidade em 7 de julho sem ser utilizada, devido à falta da licença ambiental. A solicitação da licença de instalação foi feita em 12 de junho, e o Idema tem um prazo legal de 120 dias para emitir a autorização, que se estende até outubro.

No dia 8 de julho, manifestantes ocuparam a sede do Idema para exigir o início da obra. Entre eles, estavam o prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), e o secretário municipal de Urbanismo e Meio Ambiente, Thiago Mesquita. A manifestação resultou em confusão, danos ao patrimônio do Instituto e um boletim de ocorrência por agressão registrado por um bolsista.

Foto: Grungepunk2010/Visualhunt/Ilustração

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Federação dos Pescadores solicita mais estudos para evitar que engorda de Ponta Negra prejudique atividades

Federação dos Pescadores solicita mais estudos para evitar que engorda de Ponta Negra prejudique atividades

Pescadores afirmam estar preocupados com impactos da obra na atividade pesqueira

A Federação dos Pescadores Artesanais do Rio Grande do Norte (Fepern) solicitou ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) acesso aos autos do processo da engorda da praia de Ponta Negra. A entidade busca compreender os possíveis impactos da obra na atividade pesqueira local. As informações foram publicadas nesta segunda-feira (17.jul.2024) pelo portal 98 FM.

De acordo com o site, José Francisco dos Santos, presidente da Fepern, destacou a preocupação dos pescadores da Vila de Ponta Negra, que não foram consultados sobre o projeto. A federação alerta para a necessidade de estudos socioeconômicos e de uma Consulta Livre Prévia e Informada (CLPI) antes do licenciamento ambiental.

A matéria afirma ainda que Rosângela Silva do Nascimento, presidente da Colônia de Pescadores de Natal e vice-presidente da Federação, enfatizou que cerca de 135 famílias dependem diretamente da pesca em Ponta Negra. A entidade não é contra o desenvolvimento, mas defende que os pescadores não sejam prejudicados.

Foto: Marinelson Almeida Silva/Visualhunt

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Sete trechos de praias e rios da Grande Natal estão impróprios para banho

Sete trechos de praias e rios da Grande Natal estão impróprios para banho

Boletim de Balneabilidade do Idema aponta riscos em várias áreas

O boletim de balneabilidade nº 28/2024, divulgado neste sábado (13.jul.2024) pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), identificou que sete trechos de praias e rios da Grande Natal estão impróprios para banho neste fim de semana. As áreas afetadas incluem trechos em Natal, Parnamirim e Nísia Floresta.

Em Natal, os pontos contraindicados são Areia Preta (Escadaria de Mãe Luiza) e Redinha (Rio Potengi e Igreja). Em Parnamirim, foram identificados o Rio Pirangi (Ponte Nova), Pirangi do Norte (Apurn) e Rio Pirangi-Pium (Balneário Pium). A foz do Rio Pirangi em Nísia Floresta também está na lista de locais impróprios.

A coleta de 33 amostras de água foi realizada na última quinta-feira (11.jul), abrangendo a faixa costeira dos municípios de Extremoz, Natal, Parnamirim e Nísia Floresta. A análise é baseada na quantidade de coliformes termotolerantes presentes nas águas, seguindo as normas da Resolução n.º 274/2000 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).

O estudo é uma colaboração entre o Idema, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) e a Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (FUNCERN), como parte do Programa Água Azul.

Mais informações sobre o boletim estão disponíveis no site do Idema: idema.rn.gov.br.

Foto: Anadelly Fernandes

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Inmet emite alerta de vendaval no RN

Inmet emite alerta de vendaval no RN

População deve evitar áreas de risco e seguir orientações da Defesa Civil e Corpo de Bombeiros

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta amarelo de vendaval para todo o estado do Rio Grande do Norte. Este aviso é válido a partir das 12h desta sexta-feira (12.jul.2024) até às 18h do sábado (13.jul), prevendo ventos que podem variar entre 40 km/h e 60 km/h. O alerta serve como um importante aviso à população para que tome precauções necessárias e evite possíveis danos e acidentes.

Os ventos intensos podem causar diversos transtornos, e o Inmet destaca a necessidade de a população evitar se abrigar embaixo de árvores durante as rajadas, devido ao risco de queda e descargas elétricas. Além disso, é aconselhado não estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda, pois esses objetos podem se tornar perigosos em caso de queda.

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A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros estão à disposição para fornecer mais informações e orientações. Em caso de emergência, a população pode entrar em contato com a Defesa Civil pelo telefone 199 e com o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193. Ambos os órgãos estão preparados para atender quaisquer incidentes relacionados ao vendaval.

Impactos e recomendações

Os ventos fortes podem causar interrupções no fornecimento de energia elétrica, quedas de árvores, danos a estruturas frágeis e outros transtornos. Por isso, é essencial que a população esteja preparada e siga as recomendações das autoridades.

Para minimizar riscos, recomenda-se que objetos soltos em áreas externas, como vasos de plantas, brinquedos e ferramentas, sejam guardados em locais seguros. Além disso, é importante que as famílias tenham um plano de emergência e saibam os procedimentos a serem seguidos em caso de necessidade.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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FAB lança 336 mil litros de água para combater incêndios no Pantanal

FAB lança 336 mil litros de água para combater incêndios no Pantanal

Desde o fim de junho, força aérea fez 28 voos de apoio ao bioma

O Comando Conjunto da Operação Pantanal, da Força Aérea Brasileira (FAB) informa que, desde o dia 28 de junho, quando começou a atuar no combate às queimadas, já lançou 336 mil litros de água nos focos de incêndio na região. Somente nesta quinta-feira (11), em dois voos realizados, 24 mil litros despejados em áreas atingidas pelo fogo.

Os voos são operados com o Sistema Modular Aerotransportável de Combate a Incêndios (MAFFS, do inglês Modular Airborne Fire Fighting System). O equipamento conta com um tubo que projeta água pela porta traseira esquerda do avião, podendo descarregar até 12 mil litros em áreas de incêndio.

De acordo com o major aviador Rafael Portella Santos, comandante da missão realizada no Pantanal Sul-Mato-Grossense, esta é a primeira vez que a FAB opera o sistema MAFFS instalado no KC-390 Millennium em situação real. “Fizemos diversos treinamentos simulados no decorrer da operação da aeronave para que, hoje, pudéssemos estar aqui com pilotos e tripulantes capacitados para este momento”, afirmou.

Santos explicou que toda a operação com o sistema MAFFS é realizada em etapas. A primeira ocorre com a coordenação em solo do ponto onde há a necessidade de conter as chamas. Na sequência, é preciso fazer a visualização do local, avaliar a redução de riscos para aeronaves que atuam de forma semelhante e manter o contato com a equipe em solo. A partir daí, ocorre a primeira passagem, objetivando a precisão e a segurança da operação e, depois, o sobrevoo para o lançamento da água.

Na sequência, a aeronave retorna para o abastecimento, podendo decolar novamente em cerca de 40 minutos.

Desde o início da missão, a FAB já realizou 28 voos de apoio ao bioma Pantanal, somando 28 horas e 35 minutos de voo.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Prefeitura adia prazo e diz que vai responder hoje (11) sobre engorda de Ponta Negra

Prefeitura adia prazo e diz que vai responder hoje (11) sobre engorda de Ponta Negra

Secretário de Meio Ambiente de Natal destaca progresso na emissão de Licença Prévia e preocupações com atrasos

As obras de engorda da Praia de Ponta Negra, em Natal, avançam em meio a uma série de reuniões entre a Prefeitura, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), e a DTA Engenharia. O secretário de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal, Thiago Mesquita, confirmou que as respostas aos questionamentos da Licença Prévia devem ser finalizadas até esta quinta-feira (11.jul.2024).

A afirmação inicial da prefeitura é que as respostas seriam dadas ontem (quarta-feira, 10.jul). Mesquita ressaltou, no entanto, que há um entendimento positivo com o Idema, garantindo que 100% das respostas até agora foram aprovadas pelos técnicos.

Em reuniões recentes, envolvendo representantes da Prefeitura do Natal, Idema, DTA Engenharia e a Fundação de Pesquisa Norteriograndense (Funpec), foram discutidas 12 condicionantes da Licença Prévia, necessárias para iniciar as obras.

Mesmo atrasada nas respostas, o temor da prefeitura é que o projeto sofra atrasos e seja adiado para 2025, caso a Licença de Instalação e Operação (LIO) não seja emitida rapidamente. Esse atraso poderia causar impactos econômicos e ambientais, uma vez que o período ideal para a realização da obra, conforme o Estudo de Impacto Ambiental, é entre julho e outubro.

A engorda da Praia de Ponta Negra é essencial para combater a erosão costeira que afeta a região há anos, modificando inclusive a estrutura do icônico Morro do Careca. O projeto visa alargar a faixa de areia em até 100 metros na maré seca e 50 metros na maré cheia, utilizando areia submersa de uma jazida em Areia Preta. O é um passo crucial para preservar o turismo e a economia local, bem como a paisagem natural.

Um estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) apontou uma redução significativa na altura do Morro do Careca, que diminuiu 2,37 metros nos últimos 17 anos, devido ao avanço do mar e à redução da faixa de areia em Ponta Negra. A conclusão do projeto de engorda visa estabilizar essa erosão e proteger um dos principais cartões postais de Natal.

Foto: Rosanetur/VisualHunt.com

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Inmet emite alerta de chuva para Natal e mais 30 cidades do RN

Inmet emite alerta de chuva para Natal e mais 30 cidades do RN

Aviso de acumulado de chuva com grau de severidade de perigo potencial é válido até quarta-feira

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de acumulado de chuva para Natal e outras 30 cidades do Rio Grande do Norte. O aviso, de legenda amarela, começou às 18h desta terça-feira (9.jul.2024) e se estenderá até as 10h da manhã de quarta-feira (10.jul.2024).

Com grau de severidade de perigo potencial, o alerta prevê chuvas de 20 a 30 mm/h ou até 50 mm/dia, com baixo risco de alagamentos e pequenos deslizamentos em áreas vulneráveis. O Inmet recomenda que a população evite enfrentar o mau tempo, observe alterações nas encostas e evite usar aparelhos eletrônicos ligados à tomada.

Para mais informações, a Defesa Civil (telefone 199) e o Corpo de Bombeiros (telefone 193) estão à disposição da população.

Confira as cidades do RN listadas no aviso:

Arês
Baía Formosa
Brejinho
Canguaretama
Ceará-Mirim
Espírito Santo
Extremoz
Goianinha
Jundiá
Lagoa de Pedras
Lagoa Salgada
Macaíba
Maxaranguape
Montanhas
Monte Alegre
Natal
Nísia Floresta
Nova Cruz
Parnamirim
Passagem
Pedro Velho
Rio do Fogo
Santo Antônio
São Gonçalo do Amarante
São José de Mipibu
Senador Georgino Avelino
Serrinha
Tibau do Sul
Várzea
Vera Cruz
Vila Flor

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Prefeitura de Natal admite falha e se compromete a responder questionamentos do Idema sobre engorda de Ponta Negra

Prefeitura de Natal admite falha e se compromete a responder questionamentos do Idema sobre engorda de Ponta Negra

Licença de Instalação e Operação é crucial para início das obras em 2024

Após um dia de intensas mobilizações, a Prefeitura de Natal anunciou que responderá aos questionamentos pendentes do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (Idema) sobre a obra de engorda da praia de Ponta Negra. A expectativa é que as respostas sejam entregues até a próxima quarta-feira (10.jul.2024).

Dos 19 pontos iniciais, a prefeitura já respondeu a parte deles, incluindo o projeto executivo e a Autorização de Captura de Materiais Biológicos (ACMB). O titular da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), Thiago Mesquita, garantiu que a obra será realizada ainda em 2024.

O diretor-geral do Idema, Werner Farkat, afirmou que o órgão analisará as respostas assim que os documentos forem protocolados. Ele destacou a importância da segurança técnica para a análise e emissão do parecer sobre a obra do aterro hidráulico, e reforçou a colaboração com a Fundação Norteriograndense de Pesquisa (Funpec) e a Prefeitura.

Roberto Serquiz, presidente da Federação das Indústrias do RN (Fiern), mediou o diálogo e expressou otimismo quanto à resolução do impasse. A entidade espera que a obra possa ser iniciada o mais breve possível, evitando o adiamento para 2025.

Apesar da falha da gestão municipal em relação a não ter respondido os questionamentos para que a obra seja liberada, o prefeito Álvaro Dias e outros representantes municipais participaram de um protesto em frente ao Idema, cobrando celeridade na emissão da licença. O prefeito criticou a demora e acusou o Idema de retardar a liberação por razões políticas. Ele ressaltou que todos os questionamentos feitos ao município já foram respondidos.

A Prefeitura teme que a obra seja adiada para 2025 caso a Licença de Instalação e Operação (LIO) não seja emitida rapidamente, o que pode trazer impactos econômicos e ambientais significativos. Segundo Thiago Mesquita, um Estudo de Impacto Ambiental apontou que o período ideal para a realização da obra é entre julho e o final de outubro, devido a questões ambientais.

A pressão sobre o Idema continua, com a Prefeitura buscando garantir que todos os requisitos técnicos e legais sejam cumpridos para viabilizar a obra dentro do prazo desejado.

Foto: Verônica Macêdo/CMNat/Ilustração

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Fátima Bezerra, governadora do RN, engorda de Ponta Negra, prioridade, segurança pública, balanço de ações, Prefeitura de Natal, Idema, licença ambiental, manifestação, impacto ambiental, projetos executivos, recifes, atividade pesqueira, drenagem, conflito, governo estadual, sustentabilidade, autonomia técnica, colaboração, desenvolvimento

Governadora afirma que obra de engorda de Ponta Negra é prioridade

Fátima destacou importância do projeto durante balanço de ações de segurança pública

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), reafirmou nesta terça-feira (9.jul.2024) que a obra de engorda da praia de Ponta Negra é uma prioridade para o Governo do Estado. A declaração foi feita durante a apresentação do balanço das ações da segurança pública, no Complexo Cultural da Rampa, em Natal.

Fátima destacou a relevância do projeto não só para a capital potiguar, mas para todo o estado. “Uma obra importantíssima para Natal e o Rio Grande do Norte. A posição do governo sempre foi muito clara, de dar toda prioridade, celeridade, agora evidentemente respeitando a autonomia técnica do órgão”, afirmou.

A declaração ocorreu um dia após manifestações na sede do Idema, onde manifestantes, incluindo o prefeito Álvaro Dias (Republicanos), deputados estaduais e vereadores, cobraram a emissão das licenças ambientais necessárias para o início da obra.

O ato resultou em depredações e agressões a servidores do órgão. Em resposta, o secretário chefe do Gabinete Civil, Raimundo Alves, anunciou que o Governo registrará boletim de ocorrência e solicitará a atuação do Ministério Público para identificar e responsabilizar os envolvidos.

A gestão estadual apresentou os 17 itens de informação que a Prefeitura de Natal ainda precisa enviar para a conclusão do pedido de licença ambiental. O presidente do Idema, Werner Farkat, explicou que após receber as informações, será necessário um prazo de até 30 dias para análise. “Estamos com uma equipe de 25 técnicos trabalhando para agilizar este processo. Mas é preciso que a prefeitura de Natal entregue as informações necessárias”, disse Farkat.

Entre as informações pendentes estão o mapeamento das áreas de recifes, diagnóstico socioeconômico da atividade pesqueira, identificação dos principais peixes capturados pelos pescadores artesanais e a atualização dos projetos executivos de drenagem de águas pluviais. O Idema tem um prazo legal de 120 dias para a emissão da licença, a partir da entrega da documentação completa.

A Prefeitura de Natal respondeu a 35 dos 52 questionamentos feitos pelo Idema, que abrangem impactos ambientais, sociais e econômicos. No entanto, a ausência de um projeto de drenagem e outras questões de impacto ambiental tem gerado tensões entre as partes. O objetivo da gestão municipal é pressionar o Idema a conceder a licença, apesar das pendências.

Foto: Carmem Felix – Assecom/RN

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Manifestantes ocupam sede do IDEMA em protesto por licenças para engorda de Ponta Negra

Manifestantes ocupam sede do IDEMA em protesto por licenças para engorda de Ponta Negra

Protesto liderado pelo prefeito de Natal busca acelerar a concessão de licenças para obra de engorda da praia

Manifestantes arrombaram o portão e ocuparam a sede do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA), na manhã desta segunda-feira (8.jul.2024), em um protesto que exige a concessão das licenças ambientais necessárias para o início das obras de engorda da Praia de Ponta Negra. O prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), e o secretário de Urbanismo e Meio Ambiente, Thiago Mesquita, participaram ativamente da manifestação.

A ação contou com a presença de dezenas de servidores do município, alguns deles fardados, como os da Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (Semtas). Durante a ocupação do prédio, houve confusão e a segurança foi reforçada no local. Um bolsista do IDEMA foi agredido e se dirigiu à delegacia para registrar um boletim de ocorrência.

Os manifestantes, junto com o prefeito e o secretário, se reuniram com representantes do IDEMA no final da manhã. Segundo o prefeito Álvaro Dias, uma nova reunião foi agendada para o período da tarde, na esperança de uma resolução rápida.

Ocupação e reações

O secretário Thiago Mesquita esclareceu que a ação não foi uma invasão. “Não houve invasão. O que aconteceu foi o fechamento de um portão de uma área pública, impedindo o ir e vir das pessoas. Estavam presentes o prefeito de Natal, deputados estaduais, vereadores e a sociedade civil organizada, que necessita de uma resposta oficial do órgão”, afirmou Mesquita.

Raimundo Alves, secretário do Gabinete Civil do Rio Grande do Norte, repudiou a ocupação. “A invasão no prédio do IDEMA foi liderada pela maior liderança política do município de Natal. Foi uma atitude vergonhosa. O governo repudia essa ação, que ameaçou servidores e causou prejuízos ao patrimônio público. Tudo isso será investigado”, declarou.

Motivo da manifestação

A manifestação foi motivada pela saída de uma draga contratada para realizar a obra de engorda da Praia de Ponta Negra. A draga, que chegou no dia 24 de junho, deixou Natal no domingo (7) devido à falta de permissão para iniciar a obra. A prefeitura solicitou a licença de instalação no dia 12 de junho, e o IDEMA tem um prazo legal de 120 dias para emitir a licença, ou seja, até outubro.

Contexto da obra

A Semurb e a DTA Engenharia, que compõem o consórcio contratado pela prefeitura por R$ 73 milhões, planejaram iniciar o serviço até o dia 5 de julho. Werner Farkatt, diretor do IDEMA, explicou que uma força-tarefa foi montada para analisar o processo e emitir a licença “o mais breve possível”, destacando a complexidade do trabalho.

A draga holandesa, fretada exclusivamente para a obra em Natal, poderia ser redirecionada para outro projeto caso houvesse atrasos, o que de fato ocorreu.

Foto: Reprodução

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IDEMA emite nota e afirma que está agilizando licenciamento da obra de engorda de Ponta Negra

IDEMA emite nota e afirma que está agilizando licenciamento da obra de engorda de Ponta Negra

Licenciamento da obra de engorda da praia de Ponta Negra está em processo de aceleração

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA) emitiu nota na última sexta-feira (5.jul.2024) e afirmou que está tomando todas as medidas necessárias para acelerar o licenciamento da obra de engorda da praia de Ponta Negra, considerada fundamental para Natal.

Nos últimos dias, políticos e imprensa local intensificaram uma “campanha” em prol da licença da obra, mesmo com a prefeitura de Natal – responsável pela obra – tendo feito a entrega inclopeta do relatório sobre a engorda há 23 dias.

O instituto afirmou que em julho do ano passado, foi emitida uma licença prévia para que a Prefeitura respondesse 52 questionamentos técnicos. No entanto, somente recentemente, após quase um ano, a Prefeitura apresentou as informações necessárias.

O IDEMA afirmou está trabalhando para acelerar a análise das informações fornecidas pela Prefeitura, que foram entregues apenas 23 dias atrás. Nesta segunda-feira (8.jul), o IDEMA protocolará uma Solicitação de Providências para esclarecer a ausência de informações sobre 19 itens relacionados às condicionantes ambientais da Licença Prévia.

Esforços para concluir o licenciamento

Embora o IDEMA tenha legalmente 120 dias para concluir a análise, esforços estão sendo feitos para que o licenciamento seja concluído o mais breve possível, sempre com responsabilidade. É importante destacar que foi o IDEMA que solicitou ao IBAMA a autorização para assumir o processo de licenciamento, visando maior rapidez.

O órgão também sugeriu à Prefeitura que dividisse o processo em duas partes para agilizar a análise e a emissão das licenças. Ainda na nota, o instituto reiterou seu compromisso com a sustentabilidade, legalidade e respeito à verdade dos fatos, observando a legislação ambiental e os impactos sociais, econômicos e ambientais da obra, sem ceder a pressões políticas.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Inmet emite alerta amarelo para chuvas em Natal e mais 55 cidades do RN

Inmet emite alerta amarelo para chuvas em Natal e mais 55 cidades do RN

Instituto Nacional de Meteorologia alerta para chuvas intensas e possíveis riscos de alagamentos e deslizamentos em 56 municípios do RN

O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) emitiu um alerta amarelo para chuvas em Natal e outros 55 municípios do Rio Grande do Norte. O aviso, publicado na manhã de sexta-feira (5.jul.2024), é válido até a manhã de sábado (6), indicando perigo potencial devido às chuvas previstas para a região.

De acordo com o INMET, as chuvas devem ter uma intensidade entre 20 a 30 mm/h ou até 50 mm/dia, com baixo risco de alagamentos e pequenos deslizamentos em áreas vulneráveis. A população deve seguir algumas orientações para garantir a segurança durante o período chuvoso, como evitar enfrentar o mau tempo, observar alterações nas encostas e evitar o uso de aparelhos eletrônicos ligados à tomada.

Para mais informações e orientações, a população pode entrar em contato com a Defesa Civil (telefone 199) e o Corpo de Bombeiros (telefone 193).

Confira a lista de cidades listadas abaixo:

  • Arês
  • Baía Formosa
  • Bento Fernandes
  • Bom Jesus
  • Brejinho
  • Caiçara do Norte
  • Campo Grande
  • Canguaretama
  • Ceará-Mirim
  • Espírito Santo
  • Extremoz
  • Galinhos
  • Goianinha
  • Guamaré
  • Ielmo Marinho
  • Jandaíra
  • Jardim de Angicos
  • João Câmara
  • Jundiá
  • Lagoa de Pedras
  • Lagoa Salgada
  • Macaíba
  • Maxaranguape
  • Montanhas
  • Monte Alegre
  • Natal
  • Nísia Floresta
  • Nova Cruz
  • Parazinho
  • Parnamirim
  • Passagem
  • Pedra Grande
  • Pedra Preta
  • Pedro Velho
  • Poço Branco
  • Pureza
  • Riachuelo
  • Rio do Fogo
  • Santa Maria
  • Santo Antônio
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Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Prefeitura de Natal multa Condomínio Infinity, Raru’s Motel e restaurante Muquecas por lançamento de esgoto em Areia Preta

Prefeitura de Natal multa Condomínio Infinity, Raru’s Motel e restaurante Muquecas por lançamento de esgoto em Areia Preta

Três estabelecimentos são autuados por descarte irregular que poluía praia na Zona Leste

A Prefeitura de Natal autuou três empreendimentos nos bairros de Areia Preta e Mãe Luiza, na Zona Leste da cidade, por lançamento irregular de esgoto na rede de drenagem, que estava desaguando na Praia de Areia Preta. Os imóveis receberam multas classificadas como infração gravíssima, com valores variando entre R$ 10.414,15 e R$ 51.555,22.

A ação foi realizada na última terça-feira (2.jul.2024) por agentes da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semurb) e da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern). Entre os autuados está o Condomínio Infinity Areia Preta, flagrado despejando esgoto in natura diretamente na drenagem. A gravidade da situação levou à formalização de uma denúncia criminal ao Ministério Público.

Outra irregularidade foi encontrada no Raru’s Motel Via Costeira, onde o esgoto estava sendo lançado na boca de lobo. Fiscais também identificaram, na Av. Governador Silvio Pedroza, que o restaurante Muquecas estava descartando resíduos de um lavatório diretamente na boca de lobo.

Além disso, em um condomínio da área, foi constatado que a tubulação de drenagem estava preenchida com esgoto contínuo, enquanto a tubulação de esgoto estava vazia. Um teste com corante confirmou o despejo direto na praia. As ações de fiscalização visam coibir práticas que prejudicam o meio ambiente e a saúde pública.

Foto: Divulgação/Semurb

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STF marca para 5 de agosto conciliação sobre marco temporal

STF marca para 5 de agosto conciliação sobre marco temporal

Reuniões devem ocorrer até 18 de dezembro deste ano

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para 5 de agosto o início dos trabalhos da comissão de conciliação que vai tratar das ações que envolvem o marco temporal para demarcação de terras indígenas.

Em abril, o ministro negou pedido para suspender a deliberação do Congresso que validou o marco temporal e determinou que a questão deverá ser discutida previamente durante audiências de conciliação. As reuniões estão previstas para seguir até 18 de dezembro deste ano.

Mendes também fixou a quantidade de representantes que o Congresso e entidades que atuam na proteção dos indígenas terão na comissão. A Articulação dos Povos Indígenas (Apib) terá seis representantes.

A Câmara dos Deputados e o Senado terão três membros cada um. O governo federal terá quatro representantes, que deverão ser indicados pela Advocacia-Geral da União (AGU), pelos ministérios da Justiça e Segurança Pública e dos Povos Indígenas, além da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

Os estados terão dois membros, que serão indicados pelo Fórum de Governadores e pelo Colégio Nacional de Procuradores de Estado (Conpeg). Os municípios deverão indicar um membro, a partir de consenso entre a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e a Frente Nacional dos Prefeitos (FNP).

Gilmar Mendes é relator das ações protocoladas pelo PL, o PP e o Republicanos para manter a validade do projeto de lei que reconheceu o marco e de processos nos quais entidades que representam os indígenas e partidos governistas contestam a constitucionalidade da tese.

Pela tese do marco temporal, os indígenas somente têm direito às terras que estavam em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial na época.

Em dezembro do ano passado, o Congresso Nacional derrubou o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao projeto de lei que validou o marco. Em setembro, antes da decisão dos parlamentares, o Supremo decidiu contra o marco. A decisão da Corte foi levada em conta pela equipe jurídica do Palácio do Planalto para justificar o veto presidencial.

Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF

Da Agência Brasil

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Condomínio de luxo em Natal é flagrado despejando esgoto na praia

Condomínio de luxo em Natal é flagrado despejando esgoto na praia

Semurb e Caern identificam ligação clandestina em condomínio na Avenida Sílvio Pedroza

Um condomínio de luxo no bairro Areia Preta, em Natal, foi flagrado despejando esgoto na areia da praia, conforme a Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal (Semurb). O empreendimento, localizado na Avenida Sílvio Pedroza, foi identificado após uma fiscalização realizada em parceria com a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern).

Os fiscais utilizaram um corante vermelho na tubulação do condomínio, detectando a ligação clandestina que despejava esgoto na rede de drenagem, culminando na praia. Outros dois imóveis em Areia Preta e Mãe Luiza também foram notificados pela mesma prática.

Os responsáveis pelos imóveis serão autuados com multa gravíssima e intimados a comparecer à Semurb. A secretaria garantiu a adoção de providências, incluindo a formalização de uma denúncia criminal ao Ministério Público Estadual.

A Praia de Areia Preta está imprópria para banho há mais de um ano, com níveis de coliformes fecais 92 vezes acima do permitido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Um estudo da prefeitura já havia identificado mais de 80 ligações clandestinas na região, formando uma mancha escura conhecida como “Língua Negra”.

Foto: Reprodução/Semurb

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Mortos em enchentes no RS sobem para 180 e 32 seguem desaparecidos

Mortos em enchentes no RS sobem para 180 e 32 seguem desaparecidos

Temporais deixaram 806 feridos e 2,3 milhões de pessoas afetadas

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul atualizou para 180 o número de mortes provocadas pelas enchentes em todo o estado. Passados mais de dois meses desde o início das fortes chuvas na região, 32 pessoas seguem desaparecidas.

A maioria das mortes foi registrada na cidade de Canoas (31), seguida por Roca Sales (14), Cruzeiro do Sul (12), Bento Gonçalves (11), Caxias do Sul e São Leopoldo (ambas com nove). Entre os desaparecidos, pelo menos cinco são de Lajeado; cinco de Cruzeiro do Sul; e quatro de Bento Gonçalves.

Ainda de acordo com o último boletim da Defesa Civil, os temporais deixaram 806 feridos e 2,3 milhões de pessoas afetadas em um total de 478 municípios.

Alertas

No intuito de ampliar a prevenção de novos desastres, a população pode se cadastrar para receber alertas meteorológicos da Defesa Civil do Rio Grande do Sul. É necessário apenas enviar o CEP da localidade, por SMS, para o número 40199. Em seguida, uma confirmação é enviada.

Também é possível se cadastrar via WhatsApp. Para ter acesso ao serviço, é necessário se registrar pelo telefone (61) 2034-4611. Em seguida, é preciso interagir com o robô de atendimento enviando um simples “Oi”. Após a primeira interação, o usuário pode compartilhar sua localização atual ou qualquer outra do seu interesse.

Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini/Governo do RS

Da Agência Brasil

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Pantanal tem este ano maior área queimada em junho

Pantanal tem este ano maior área queimada em junho

Em 30 dias, fogo consome mais de 411 mil hectares do bioma

O mês de junho teve este ano a maior média de área queimada no Pantanal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul registrada – desde 2012 – pela série histórica do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em apenas 30 dias, o fogo consumiu mais de 411 mil hectares do bioma, quando, na média histórica, o Pantanal costuma queimar pouco mais de oito mil hectares.

A área atingida ficou acima, inclusive, da média histórica de setembro, quando o bioma queima uma média de 406 mil hectares. No acumulado de 2024, a área atingida chegou a 712.075 hectares nesta terça-feira (2), o que corresponde a 4,72% do bioma.

Nessa segunda-feira (1º), a sala de situação criada pelo governo federal para conter a crise ambiental se reuniu pela terceira vez. A ministra Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, declarou que uma confluência de ações humanas é a causa do problema, com focos de fogo gerados por essa ação humana e áreas desmatadas que favorecem a propagação. De acordo com a ministra, a Policia Federal investiga a autoria de pelo menos 18 focos de incêndio.

Queimadas

Durante entrevista coletiva, o ministério também divulgou um boletim com balanço da situação das queimadas no Pantanal, que deverá ser atualizado semanalmente. Os dados apontam ainda que a dificuldade de controle de incêndio – calculado a partir de fatores como temperatura, chuva, umidade e vento – é a pior desde 2023. Fatores resultantes de extremos climáticos, que levaram à seca mais grave dos últimos 70 anos, aponta a publicação.

Os dados sinalizam, ainda, que 85,22% da área queimada ficam em propriedades privadas, enquanto 7,07% em terras indígenas, 4,56 em unidades de conservação (UC) federal, 1,65% em UC estadual, 1,48% em Reserva Particular do Patrimônio Natural e apenas 0,02% em UC municipal.

Atualmente as ações de combate ao fogo atuam em 34 frentes, com iniciativas que somam esforços dos governos federal e do estado do Mato Grosso do Sul, tendo mais de 500 pessoas mobilizadas.

O boletim também reúne ações do governo federal em ordem cronológica, que inclui o planejamento, aquisição de equipamentos e mobilização de brigadistas desde janeiro de 2024, assim como a portaria do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, que declarou, ainda em abril, emergência ambiental no Pantanal, como medida preventiva.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Obra de engorda da praia de Ponta Negra enfrenta impasse de licenciamento

Obra de engorda da praia de Ponta Negra enfrenta impasse de licenciamento

DTA Engenharia aguarda licença para iniciar projeto de R$ 73 milhões

A DTA Engenharia, parte do consórcio contratado pela prefeitura de Natal por R$ 73 milhões para realizar a engorda da praia de Ponta Negra, pretende iniciar as obras até o dia 5 de julho. Contudo, o projeto ainda aguarda a licença de instalação do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), órgão estadual responsável pela autorização. As informações foram publicadas pelo portal g1 RN.

O município solicitou a licença no dia 12 de junho, e o Idema tem um prazo legal de 120 dias para emiti-la. Werner Farkatt, diretor do Idema, explicou que foi criada uma força-tarefa para acelerar a análise do processo, mas ressaltou que a complexidade do documento impede uma liberação rápida.

João Acácio Gomes de Oliveira Neto, presidente da DTA Engenharia, destacou a urgência do projeto devido às restrições ambientais causadas pela desova de tartarugas, que ocorre de novembro a junho. A empresa já mobilizou equipamentos e tubulações em Natal, incluindo uma draga holandesa.

O projeto envolve a extração de areia de um banco localizado a cerca de 7 km da costa, com a draga bombeando a areia para a praia através de tubulações. A previsão é de que a faixa de areia da praia fique com até 100 metros na maré baixa após a conclusão da obra.

Foto: Leandro’s World Tour/VisualHunt

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Marina diz que focos de incêndio no Pantanal estão sob investigação da PF

Marina diz que focos de incêndio no Pantanal estão sob investigação da PF

São pelo menos 18 ocorrências em áreas particulares, informa ministra

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou nesta segunda-feira (1º) que a Polícia Federal (PF) investiga de 18 a 19 focos de incêndio no Pantanal, “para determinar a autoria”. Segundo a ministra, a ação humana é o que tem causado a maior devastação já registrada no bioma.

“O que nós estamos identificando é que 85% dos incêndios que temos hoje estão ocorrendo em propriedades privadas. A história de que pode ser raio, descarga de raio, não é [verdadeira]. É por ação humana”, destacou a ministra em entrevista a jornalistas, no Palácio do Planalto, após a terceira reunião da sala de situação criada pelo governo federal para enfrentar a crise ambiental no Pantanal.

Com base em informações enviadas por órgãos ambientais, como o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Marina Silva disse que as autoridades policiais estão apurando as circunstâncias dos incêndios, que podem ser considerados criminosos. Ela classificou a situação vivida pelo Pantanal de desoladora.

“O que tem de concreto é que nós sabemos quais são os focos, de onde surgiu a propagação [do fogo]. Nós trabalhamos com tecnologia altamente avançada, que não permite que haja falha em relação aonde aconteceu esses focos”, observou.

“A gente não faz esse julgamento a priori, espera que a Justiça faça esse indiciamento, aí nós vamos verificar quem são os proprietários, quais são as fazendas, se foi um processo culposo ou doloso”, completou.

Seca severa

O Pantanal já vive uma estiagem severa, com escassez hídrica em toda a bacia. Historicamente, a escalada de incêndios acontece em agosto, mas dezenas de grandes focos foram registradas este mês. Até o momento, segundo balanço da ministra, mais de 3,8 mil focos de calor foram notificados no Pantanal. Mais de 700 mil hectares do bioma foram consumidos pelas chamas.

Por causa disso, os esforços de combate aos incêndios foram antecipados este ano. E, de acordo com o Ibama, a falta de chuvas na região está atípica há pelo menos seis anos.

Maior área úmida contínua do planeta, o Pantanal registrou, no acumulado dos últimos 12 meses, 9.014 ocorrências de focos de fogo, quase sete vezes mais que os 1.298 registrados pelo sistema no mesmo período do ano passado. Os dados são do Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Além do maior volume de queimadas, chama a atenção a antecipação do problema, que nos anos anteriores só foi intensificado a partir de agosto.

Ações em andamento

Instalada há duas semanas, a sala de situação foi criada para tratar sobre a seca e o combate a incêndios no país, especialmente no Pantanal e na Amazônia. O grupo interministerial é comandado pela Casa Civil da Presidência, com coordenação executiva do Ministério do Meio Ambiente e participação dos ministérios da Integração e do Desenvolvimento Regional, da Defesa e da Justiça e Segurança Pública.

Na última sexta-feira (28), as ministras Marina Silva e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) fizeram um sobrevoo sobre o Pantanal, na região de Corumbá (MS), um dos epicentros dos incêndios.

Para o combate às queimadas, já são mais de 250 agentes federais atuando, incluindo brigadistas e agentes da Força Nacional, que devem ficar por pelo menos 60 dias na região.

Na semana passada, o governo federal anunciou a liberação de R$ 100 milhões para ações do Ibama e do ICMBio no bioma. O governo do estado de Mato Grosso do Sul também reconheceu situação de emergência em municípios afetados pelas queimadas na região, o que facilita a liberação de recursos e flexibiliza contratações públicas para compra de equipamentos, mobilização de equipes e outras ações de enfrentamento à crise.

O governo federal montou duas bases, uma em Corumbá, e outra na altura do km 100 da Rodovia Transpantaneira, segundo Marina Silva, para abrigar equipes, concentrar as ações logísticas e realizar o monitoramento e acompanhamento dos focos de incêndio.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Voz dos Oceanos chega a Natal em primeira expedição terrestre e científica para pesquisa de microplásticos no litoral

Voz dos Oceanos chega a Natal em primeira expedição terrestre e científica para pesquisa de microplásticos no litoral

Tripulação chega à capital do Rio Grande do Norte nos próximos dias para coleta de moluscos, como ostras e mexilhões, que serão enviados para estudo na Universidade de São Paulo (USP)

A primeira expedição terrestre e científica da Voz dos Oceanos, iniciativa liderada pela Família Schurmann, chega a Natal, no Rio Grande do Norte, nos próximos dias. Uma tripulação exclusivamente feminina, formada pelas biólogas marinhas Marília Nagata e Jessyca Lopes, a oceanógrafa Katharina Grisotti e a jornalista Thamys Trindade, percorrerá por 70 dias cerca de 20 cidades da costa brasileira, de Santa Catarina ao Pará, para detectar a presença de microplásticos em organismos marinhos consumidos pela população, como ostras e mexilhões. Enquanto as quatro caem na estrada, em terra, a jornalista Bárbara Clara Costa atua como roteirista das produções audiovisuais dessa expedição.

Os bivalves coletados serão enviados para análise nos laboratórios da Universidade de São Paulo (USP), em estudo inédito, coordenado pelo Prof. Dr. Alexander Turra. A pesquisa, quando finalizada, apresentará um diagnóstico sobre a presença de microplásticos nos animais marinhos e contribuirá com os esforços para reduzir a poluição dos mares e aumentar a segurança alimentar, segundo Heloisa Schurmann.

A nova expedição científica da Voz dos Oceanos conta com o patrocínio de Localiza&co, apoio nacional da Ibema, Mitsubishi Motors e Yacht Master, e apoio institucional da Marca Brasil e da Embratur. Dentre os apoiadores locais estão o Senac Hotel Natal e o Iate Clube de Natal.

Sobre a Voz dos Oceanos

Uma Voz de grande impacto e alcance mundial

Voz dos Oceanos inclui uma expedição marítima com o apoio mundial do Programa da ONU para o Meio Ambiente – PNUMA, que já navegou por quase toda a costa brasileira (de Santa Catarina ao Pará, incluindo uma jornada pelos rios da região amazônica), a região do Caribe, grande parte do litoral leste dos Estados Unidos, México, Canal do Panamá, Polinésia Francesa até chegar na Nova Zelândia, concluindo a primeira etapa da missão. Em pouco mais de dois anos, a iniciativa testemunhou a presença de plástico e micro plástico em cerca de 100 destinos de mais de 10 países das Américas Sul, Central e Norte e da Oceania. Paralelamente, também encontrou em todos os locais por onde passou até o momento, centenas de pessoas e iniciativas comprometidas em reverter a preocupante e grave invasão de resíduos, que sufocam os Oceanos, responsáveis por mais de 50% do oxigênio do planeta. Durante essa primeira etapa, Voz dos Oceanos impactou, por exemplo, mais de 62 milhões de pessoas via Instagram, mas de 48 milhões de espectadores por mês via produções veiculadas pela Globo e mais de 45 milhões de participantes de palestras e lives no Brasil e nos Estados Unidos. Entre as ações realizadas, supera a marca de 30 limpezas de praias ao redor do mundo, ultrapassando 40 toneladas de resíduos retirados das areias.

Foto: Laura Campanella

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Barragem de Poço Branco transborda após 15 anos

Barragem de Poço Branco transborda após 15 anos

Reservatório no RN atinge capacidade máxima, trazendo benefícios à população local

A barragem de Poço Branco, o quarto maior reservatório de água do Rio Grande do Norte, voltou a transbordar nesta quinta-feira (27.jun.2024) após 15 anos. Com capacidade para armazenar 136 milhões de metros cúbicos de água, o açude transbordou, enviando água pelo rio Ceará-Mirim até o mar em Extremoz.

O transbordamento atraiu moradores e visitantes logo pela manhã. O secretário de agricultura do município, Mano Gás, destacou a importância da sangria para a população, especialmente para os 160 pescadores cadastrados e mais de 400 famílias de agricultores beneficiadas.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Mortes no RS sobem para 178 e 34 pessoas estão desaparecidas

Mortes no RS sobem para 178 e 34 pessoas estão desaparecidas

Mais de 2 milhões de gaúchos foram afetados pelas enchentes

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul informou nesta segunda-feira (24) que o número de mortos pelas fortes chuvas subiu para 178. Há ainda 34 pessoas desaparecidas no estado.

O levantamento aponta ainda que 2,398 milhões foram afetadas de alguma maneira pela tragédia climática, em 478 municípios.

Há 10.485 pessoas morando em abrigos e 388.781 estão desalojadas. Algumas famílias já conseguiram retornar para suas casas, após uma limpeza geral, com a retirada dos entulhos e desinfecção geral do imóvel.

As pessoas podem se cadastrar para receber os alertas meteorológicos da Defesa Civil estadual. Para isso, é necessário enviar o CEP da localidade por SMS para o número 40199. Em seguida, uma confirmação é enviada, tornando o número disponível para receber as informações sempre que forem atualizadas.

Também é possível se cadastrar via aplicativo Whatsapp. Para ter acesso ao serviço, é necessário se registrar pelo telefone (61) 2034-4611. Basta interagir com o robô de atendimento enviando um simples “Oi”. Após a primeira interação, o usuário pode compartilhar sua localização atual ou qualquer outra do seu interesse para, dessa forma, receber as mensagens a serem disparadas pela Defesa Civil estadual.

Foto: Gustavo Mansur/ Palácio Piratini/Governo do RS

Da Agência Brasil

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Mato Grosso do Sul decreta situação de emergência devido a incêndios

Mato Grosso do Sul decreta situação de emergência devido a incêndios

Municípios afetados poderão convocar voluntários para reforçar ações

O governo de Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência nos municípios afetados pelos incêndios florestais que atingem o estado. Publicado nesta segunda-feira (24), o decreto tem prazo de 180 dias e autoriza os órgãos estaduais a atuarem sob a coordenação da Defesa Civil do Estado, em ações que envolvem resposta ao desastre, reabilitação do cenário e reconstrução.

Mato Grosso do Sul vem enfrentando, desde o início do ano, uma seca, com estiagem prolongada em grande parte do território. Dados do Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), mostraram que, desde o final de maio, houve uma intensificação nas condições de seca no estado, levando a um aumento exponencial dos focos de calor.

O decreto autoriza ainda a convocação de voluntários para reforçar as ações de resposta ao desastre e a realização de campanhas de arrecadação de recursos “perante a comunidade, com o objetivo de facilitar as ações de assistência à população afetada pelo desastre, sob a coordenação da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDEC/MS)”.

Ainda de acordo com o texto, as autoridades administrativas e os agentes de defesa civil, diretamente responsáveis pelas ações de resposta aos desastres, em caso de risco iminente, estão autorizadas a entrar nas casas, para prestar socorro ou para determinar a pronta evacuação; bem como a utilizar propriedades particulares, “no caso de iminente perigo público, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano.”

Pantanal

Maior área úmida contínua do planeta, o Pantanal registrou no acumulado dos últimos 12 meses, 9.014 ocorrências de focos de fogo, quase sete vezes mais que os 1.298 registrados pelo sistema no mesmo período do ano passado. Os dados são do Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Além do maior volume de queimadas, chama a atenção a antecipação do problema, que nos anos anteriores só foi intensificado a partir de agosto.

Diante do cenário de seca extraordinária, a ANA declarou no dia 14 de maio de 2024, situação crítica de escassez quantitativa dos recursos hídricos na região hidrográfica do Paraguai, vigente até 31 de outubro de 2024, podendo ser prorrogada caso a escassez persista.

Uma pesquisa divulgada recentemente pela rede de pesquisa MapBiomas apontou que, proporcionalmente, o Pantanal é o bioma mais afetado por queimadas ao longo dos últimos 39 anos. Foram 9 milhões de hectares, o que representa 59,2% do território que abrange os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Entre 1985 e 2023, o município de Corumbá foi o que mais registrou queimadas em todo o país, e o Pantanal, a região que ficou com mais “cicatrizes de fogo” na vegetação nativa, com 25% do território afetado pelas marcas.

“Os prejuízos provocados pelos incêndios são expressivos, tanto no que se refere aos aspectos ambientais quanto às perdas econômicas, e estão relacionados a diversos componentes, entre eles a vegetação, o solo, a fauna, os bens materiais e a vida humana”, diz o decreto do governo, que estima ainda um prejuízo de mais de R$ 17 bilhões para a agropecuária pantaneira.

Foto: Bruno Rezende/CBMS Via Fotos Públicas

Da Agência Brasil

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RN terá sol e chuvas esporádicas no primeiro final de semana do inverno

RN terá sol e chuvas esporádicas no primeiro final de semana do inverno

Natal, Seridó Potiguar e Mossoró terão variação de clima com sol e pancadas de chuva

O fim de semana no Rio Grande do Norte – o primeiro do inverno – será marcado por uma mistura de sol e pancadas de chuva em várias regiões do estado. Em Natal, o sábado (22.jun.2024) promete sol com períodos nublados e possibilidade de chuva a qualquer hora, com temperaturas variando entre 22°C e 28°C. No domingo, o clima permanece semelhante.

Na região do Seridó Potiguar, especificamente em Caicó, tanto o sábado quanto o domingo começam com sol e aumento de nuvens pela manhã. À tarde, são esperadas pancadas de chuva, e o tempo deve abrir novamente à noite. As temperaturas na região variam entre 22°C e 33°C.

Em Pau dos Ferros, no Alto Oeste do estado, o sábado será de sol com algumas nuvens, sem previsão de chuva. No domingo, porém, podem ocorrer pancadas de chuva à tarde e à noite, com temperaturas oscilando entre 22°C e 34°C.

Mossoró, na região Oeste, também terá sol pela manhã e chuvas esporádicas ao longo do dia tanto no sábado quanto no domingo. As temperaturas variam de 20°C a 31°C, garantindo um fim de semana com mudanças climáticas.

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

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Pantanal acumula em 12 meses mais de 9 mil focos de incêndio

Pantanal acumula em 12 meses mais de 9 mil focos de incêndio

Número é quase sete vezes maior que o do mesmo período em 2023

O Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou, nesta quinta-feira (20), 238 focos de queimadas no Pantanal. O número voltou a crescer após uma leve queda que seguiu o último pico de 421 focos no fim da semana passada, nos dias 14 e 15 de junho.

No acumulado dos últimos 12 meses, o bioma soma 9.014 ocorrências de focos de fogo, quase sete vezes mais que os 1.298 registrados pelo sistema no mesmo período do ano passado. Além do maior volume de queimadas, chama a atenção a antecipação do problema, que nos anos anteriores só foi intensificado a partir de agosto.

O Pantanal é a maior área úmida contínua do planeta, e os efeitos de agravamento do fenômeno El Niño na mudança do clima já vem sendo percebidos no volume dos rios que atravessam o bioma. Em maio, a Agência Nacional de Águas (ANA) declarou situação crítica de escassez de recursos hídricos na Bacia do Paraguai.

Na última sexta-feira (14), o vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou a criação de uma sala de situação para ações preventivas e de controle de incêndios e secas. Na ocasião, o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho informou que a situação mais critica afetava a região do município de Corumbá, em Mato Grosso do Sul.

“Pela primeira vez estamos com o Pantanal completamente seco no primeiro semestre. O Ibama já contratou mais de 2 mil brigadistas para atuar em todo o país, com foco inicial no Pantanal e na Amazônia”, declarou Rodrigo Agostinho.

Uma pesquisa divulgada recentemente pela rede de pesquisa MapBiomas apontou que proporcionalmente o Pantanal é o bioma mais afetado por queimadas ao longo dos últimos 39 anos. Foram 9 milhões de hectares, o que representa 59,2% do território que abrange os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul..

Entre 1985 e 2023, o município de Corumbá foi o que mais registrou queimadas em todo o país, e o Pantanal, a região que ficou com mais “cicatrizes de fogo” na vegetação nativa, com 25% do território afetado pelas marcas.

Um pacto firmado entre o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e os governadores dos estados que compõem o Pantanal e a Amazônia, no Dia Mundial do Meio Ambiente, também prevê ações de prevenção e combate às queimadas. Entre elas a suspensão das autorizações de queima até o fim do período seco.

O MMA foi procurado pela reportagem da Agência Brasil, mas até o momento da publicação da matéria não houve resposta.

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

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Ministério do Desenvolvimento Regional reconhece a situação de emergência em São José do Campestre

Ministério do Desenvolvimento Regional reconhece a situação de emergência em São José do Campestre

Situação de emergência reconhecida pelo MIDR abre portas para apoio federal a municípios afetados por desastres

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), através da Defesa Civil Nacional, oficializou nesta quarta-feira (19.jun.2024) a situação de emergência em 16 municípios impactados por diversos desastres naturais. Esta medida foi formalizada com a publicação das portarias no Diário Oficial da União (DOU), permitindo que as cidades afetadas busquem auxílio financeiro do Governo Federal para implementar ações de defesa civil.

Entre os municípios listados, está São José do Campestre, localizado no estado da região Agreste do Rio Grande do Norte, que enfrenta um severo período de estiagem. Além do Rio Grande do Norte, outros estados como Bahia, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Santa Catarina também tiveram cidades incluídas nesta declaração de emergência.

Os recursos disponibilizados pelo MIDR são essenciais para a compra de itens de necessidade básica, como cestas de alimentos, água potável, refeições para trabalhadores e voluntários, kits de higiene pessoal e de limpeza para residências. Este apoio visa mitigar os efeitos dos desastres e proporcionar alívio imediato às populações afetadas.

Desastres e impactos regionais

Doze das cidades reconhecidas enfrentam desafios relacionados à estiagem. Além de São José do Campestre no Rio Grande do Norte, outros municípios incluídos são Andorinha e Vitória da Conquista (BA), Alcantil, Jericó, Natuba, Patos e São Bento (PB), Cumaru, Orobó e Pombos (PE), e Fartura do Piauí (PI).

Outras regiões foram atingidas por fortes chuvas, como São João Batista (MA), Castanhal e São Miguel do Guamá (PA). Em Santa Catarina, Braço do Norte teve a situação de emergência reconhecida devido ao aumento significativo de casos de dengue.

Procedimentos para solicitação de recursos

Para solicitar recursos, os municípios devem acessar o Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD) e enviar seus planos de trabalho detalhando as necessidades e os valores solicitados. A equipe técnica da Defesa Civil Nacional analisará as propostas e, uma vez aprovadas, publicará uma portaria no DOU especificando os valores a serem liberados.

Capacitações para agentes de Defesa Civil

A Defesa Civil Nacional também disponibiliza cursos à distância para capacitar agentes municipais e estaduais no uso do S2iD, visando aprimorar a resposta a desastres e a gestão de recursos.

Foto: Egberto Araújo/Ilustração

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Com legado centenário, produtora de queijos no sertão do RN se destaca por produção sustentável

Com legado centenário, produtora de queijos no sertão do RN se destaca por produção sustentável

Há dez anos à frente da Queijaria JC Caicó, Claudia Araujo tem planos de expansão para todo o país

A produção de queijo manteiga na região do Seridó, zona central do estado do Rio Grande do Norte, é uma tradição enraizada e um pilar essencial da economia local. Segundo a Agência de Desenvolvimento Sustentável do Seridó (ADESE), a região abrange 17 municípios e possui aproximadamente 315 unidades produtivas do alimento. Em Caicó, a queijaria de Claudia Araujo, presente em sua família há quase um século, é um exemplo desse legado regional.

Inicialmente, Claudia não tinha interesse em seguir os passos do pai e do marido na queijaria, mas, a necessidade de ajudar na fazenda e o incentivo de amigos a levaram a mergulhar no universo dos queijos. “Com alguns materiais emprestados começamos a tirar leite e a produzir o queijo, só nós dois, sem mais ninguém. Em seis meses, começamos a crescer e a ganhar conhecimento regional”, relembra a produtora.

A Queijaria JC Caicó é administrada pela família de Claudia há dez anos. No entanto, a tradição de produção de queijos na família de seu marido está presente há um século, enquanto na família de Claudia, essa paixão pelo queijo já dura duas gerações. A mão de obra é quase totalmente familiar, envolvendo a produtora, seu marido e seus três filhos. De ajuda externa, Claudia conta com três atravessadores que levam seus produtos para a capital do estado e demais cidades.

Aos poucos, eles conquistam mais clientes. Além do Rio Grande do Norte, seus queijos agora chegam a locais em São Paulo, Rio de Janeiro e João Pessoa, com 90% da produção sendo destinada fora da cidade. Atualmente, 60% das vendas são terceirizadas, enquanto 40% são realizadas diretamente ao consumidor final, graças ao recente reconhecimento da marca e da qualidade dos queijos.

Para o futuro, Claudia tem um único desejo: uma sucessão familiar equilibrada, onde seus filhos não precisem se dedicar integralmente ao trabalho. Para isso, pretende automatizar ainda mais sua fazenda, otimizando o processo de ordenha das vacas. “Atualmente, temos um sistema que ordenha quatro vacas e queremos expandir para oito, o que melhorará a eficiência da mão de obra e a qualidade do queijo, pois usaremos nosso próprio leite para toda a produção”, conta. Com essa mudança, a produção diária aumentaria para 1.200 litros de leite, o dobro da atual.

Tradição e tecnologia

Claudia e sua família combinam técnicas industriais, como o uso de caldeiras e máquinas de ordenha, com métodos artesanais, preservando assim a essência e o sabor que são o diferencial de seus queijos. “Muitas pessoas associam ‘indústria’ e ‘laticínio’ a produtos industrializados, mas, apesar de operarmos como uma queijeira com características industriais, a maioria dos processos é feito manualmente e acompanhados de perto”, explica Claudia.

Na propriedade de 241 hectares, todo o processo de fabricação de queijo ocorre ao longo de aproximadamente 24 horas. “Primeiro, eu separo a gordura do leite para a produção da manteiga. No dia seguinte, o leite coalhado é drenado e lavado para formar a coalhada, que depois é cozida, salgada e misturada com manteiga. Após moldagem e secagem, os queijos estão prontos para embalar e vender”, explica a produtora.

Os resultados conquistados ao longo desses dez anos de trabalho refletem o esforço de Claudia e seu marido conseguem desfrutar dos resultados. Durante esse período, a produção semanal de leite aumentou significativamente, saltando de 3 mil para 11 mil litros, enquanto a produtividade diária do queijo quadriplicou, passando de 30 kg para 150 kg de queijo vendidos por dia. Esses avanços foram impulsionados não apenas pela mecanização da ordenha das vacas, anteriormente manual, mas também pela substituição do fogão a lenha por caldeiras na produção dos queijos.

Para alcançar esses números, Claudia destaca que um dos maiores desafios foi manter a qualidade do produto do início ao fim, uma vez que a produção do queijo manteiga exige atenção meticulosa a todos os detalhes, desde a seleção dos ingredientes até o controle rigoroso das condições de produção e armazenamento. Por isso ela estabeleceu como meta usar exclusivamente o leite de suas próprias vacas na fabricação dos queijos. Isso garante controle total sobre a qualidade do leite desde a alimentação e manejo do gado até a ordenha, resultando em um produto mais consistente, saboroso e livre de variações indesejadas.

ESG e reconhecimento

A sustentabilidade e a preocupação com o social também são prioridades na Queijaria JC Caicó. Para alimentar seu gado, Claudia reaproveita a água utilizada na produção dos queijos e cultiva a palma forrageira, uma planta resistente a altas temperaturas e comumente utilizada para nutrição de bovinos leiteiros em regiões de escassez hídrica. “Temos tanques abaixo da queijeira onde armazenamos água, que usamos para cultivar a palma. Com isso, conseguimos otimizar o uso de nossos recursos”, explica.

Outra prática comum na propriedade é receber visitantes de diferentes estados, além do próprio Rio Grande do Norte, para fins educativos. Seu irmão, que estudava gastronomia, viu na fazenda uma oportunidade de disseminar a tradição e o conhecimento gerados ali. Com isso, passou a organizar grupos de estudantes e levá-los até a queijaria para conhecerem a produção de queijo. Desde então, isso se tornou recorrente.

“As visitas duram no máximo meia hora, mas para cursos práticos oferecemos o tempo necessário. Recebemos alunos de gastronomia de Recife e até crianças. Mostramos todo o processo de produção e tentamos educá-los sobre a autenticidade dos produtos, além de oferecer degustações dos queijos e dos doces que produzimos”, relata Claudia.

Essas e outras boas práticas agrícolas aplicadas na queijaria garantiram a Claudia o segundo lugar na categoria média propriedade da sexta edição do Prêmio Mulheres do Agro. A iniciativa, idealizada pela Bayer em parceria com a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), existe desde 2018 e já premiou 54 produtoras e uma pesquisadora do setor. “É gratificante que haja uma premiação dessas, pois inspira outras mulheres a irem além e mostrarem seu potencial”, diz.

Claudia foi anunciada como uma das vencedoras em outubro de 2023, durante o 8º Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio. Até o dia da cerimônia, a produtora conta que ainda estava incrédula de onde havia chegado e sem acreditar que, de fato, receberia o reconhecimento. “Nunca quis ser a melhor, sempre fiz o que faço porque gosto. Cresci na zona rural, onde o dia a dia me ensinou a apreciar cada momento. Tudo o que faço, faço com prazer”. Além do reconhecimento, Claudia diz que se tornar uma inspiração para outras mulheres de sua região após a premiação, tem sido gratificante.

Das 54 produtoras rurais vencedoras do Prêmio Mulheres do Agro até agora, Claudia é a segunda representante do Rio Grande do Norte. “É preciso acreditar em si mesma e não esperar que alguém acredite por nós ou nos diga que somos capazes. É essencial que nós, mulheres, nos valorizemos pelo trabalho que realizamos. Muitas vezes ficamos nos bastidores e nos dedicamos intensamente a algo. Então, o que eu digo é: mostrem ao mundo que são vocês que fazem o trabalho”, encoraja a produtora.

As inscrições para a sétima edição do Prêmio Mulheres do Agro estão abertas até 31 de julho. Para se inscrever ou indicar uma produtora rural, basta acessar o site da premiação.

Foto: Divulgação

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Canguaretama enfrenta aumento no volume dos rios e entra em estado de alerta

Canguaretama enfrenta aumento no volume dos rios e entra em estado de alerta

Defesa Civil monitora situação e realiza ações preventivas para mitigar impactos

Nas últimas 48 horas, Canguaretama, município do Agreste Potiguar, registrou um acumulado de chuvas superior a 130 milímetros. A principal preocupação das autoridades locais é o aumento significativo no volume dos rios Curimataú e Pituaçu, que cruzam a região.

O Rio Curimataú já apresenta sinais de elevação devido à cheia do Rio Piquiri, que transbordou na manhã de domingo (16.jun.2024). O Rio Pituaçu também mostra um aumento no volume, apesar das chuvas terem cessado temporariamente. A única área afetada por alagamentos é a ponte no bairro de Lagoa de São João.

A Defesa Civil está monitorando de perto a situação e implementando ações preventivas para minimizar possíveis danos. Os moradores foram orientados a permanecerem vigilantes e seguirem todas as orientações de segurança fornecidas pelas autoridades competentes.

A gestão municipal reforça a importância de os munícipes se manterem informados sobre atualizações e, em caso de emergência, contatarem imediatamente os serviços de assistência. A situação dos rios continua sob observação constante para garantir a segurança da população.

Foto: Marinelson Almeida Silva/VisualHunt/Ilustração

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Inmet aponta que El Niño sai neste mês e La Niña chega em julho

Inmet aponta que El Niño sai neste mês e La Niña chega em julho

Chuvas ainda continuam este mês nas regiões Norte, Nordeste e Sul

A segunda semana de junho vai ser marcada pela ocorrência de chuvas nas regiões Norte, Nordeste e Sul, com previsões de pancadas que podem superar os 60 mm nas duas primeiras regiões e 70 mm no Sul, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Segundo o Inmet, junho marca o fim do fenômeno El Niño, com previsão de início do La Niña no mês seguinte.

Na Região Norte, o Inmet aponta que os maiores acumulados de chuva devem ocorrer no noroeste do Amazonas, norte do Pará, Roraima, além de áreas do leste do Amapá com acumulados que podem superar 60 mm. Nas demais áreas, os volumes devem ser inferiores a 40 mm.

Já na Região Nordeste, a previsão é de pancadas de chuva na faixa leste, que podem superar os 60 mm. Enquanto na faixa norte da região, há previsão de chuva com menores acumulados, no interior pode ocorrer tempo quente e seco.

Em relação à região Sul, a previsão de chuvas se concentra nos estados do paraná e Santa Catarina.

El Niño

Caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico na sua porção equatorial, o El Niño ocorre em intervalos irregulares de cinco a sete anos e tem duração média que varia entre um ano a um ano e meio.

De junho de 2023 a abril de 2024, o El Niño influenciou no aumento das áreas de seca na Região Norte, que passou de fraca a extrema em algumas áreas, enquanto na Rregião Sul, as áreas com seca moderada a extrema desapareceram gradualmente. Na Região Nordeste ocorreram áreas com seca grave, que retrocederam a partir de março de 2024.

O fenômeno também contribuiu ativamente para os eventos de inundação de excepcional magnitude no mês de maio, o que caracterizou o maior desastre já ocorrido no Rio Grande do Sul.

De acordo com boletim divulgado na última quarta-feira (12), o atual padrão observado de condições de temperatura da superfície do mar do oceano Pacífico equatorial indica valores próximos da média climatológica, apontando para o fim do fenômeno El Niño e a chegada do La Niña, marcado pelo resfriamento anormal das águas do Pacífico.

“A maioria dos modelos climáticos aponta essa condição de neutralidade, com valores de anomalia da superfície do mar inferiores a 0,5°C. De acordo com as projeções estendidas do International Research Institute for Climate and Society (IRI), há possibilidade da formação do fenômeno La Niña partir do segundo semestre – julho-agosto-setembro de 2024 – com probabilidade de 69%”, informou o instituto.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Governo instala sala de crise para queimadas e seca no país

Governo instala sala de crise para queimadas e seca no país

No primeiro momento, foco será no Pantanal e na Amazônia

O governo federal instalou, nesta sexta-feira (14), uma sala de situação preventiva para tratar sobre a seca e o combate a incêndios no país, especialmente no Pantanal e na Amazônia. De acordo com a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, há um agravamento dos problemas de natureza climática e as consequências chegarão mais cedo este ano, com repercussão ambiental “muito grave”.

“Em função disso, já estamos agindo na lógica da gestão do risco e não apenas do desastre”, disse Marina, após reunião da Comissão Interministerial Permanente de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas, no Palácio do Planalto. “Estamos agindo dentro de um cronograma para que tenhamos uma ação preventiva, por entendermos que o custo de prevenir é sempre menor do que aquele de remediar”, acrescentou.

O Pantanal já vive uma estiagem severa, com escassez hídrica em toda a bacia. Historicamente, a escalada de incêndios acontece em agosto, mas já há, agora, pelo menos, 15 focos identificados.

Segundo o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, o Pantanal nunca teve fogo no primeiro semestre do ano. “No primeiro semestre do ano, o Pantanal sempre esteve embaixo da água. Pela primeira vez a gente está com o Pantanal completamente seco no primeiro semestre […]. A crise está começando agora, o Ibama já contratou mais de 2 mil brigadistas para atuar em todo o Brasil com o foco no Pantanal e na Amazônia e nós vamos fazer aquilo que for necessário”.

Agostinho relatou que o Ibama está combatendo incêndios no entorno de Corumbá [MS], onde a situação é mais grave, na Transpantaneira e a oeste do Rio Paraguai. “São os focos hoje que despertam a maior parte da atenção e esse trabalho está sendo feito junto com os estados”.

A reunião extraordinária da comissão foi coordenada pelo presidente em exercício, Geraldo Alckmin. O órgão é composto por 19 ministérios do governo. Já a sala de situação para seca e queimadas será coordenada pela Casa Civil da Presidência, com coordenação-executiva do Ministério do Meio Ambiente, e participação dos ministérios da Integração e do Desenvolvimento Regional, da Defesa e da Justiça e Segurança Pública.

“É uma sala de situação, com certeza, prolongada e que agrega, no futuro, também o Ministério da Saúde porque, no caso dos incêndios, um dos problemas graves que a gente enfrenta é o problema de saúde, principalmente de pessoas idosas e de crianças”, explicou Marina.

Questões legais

A primeira reunião ocorre na segunda-feira (17), quando os integrantes tratarão questões legais, como processos de simplificação de contratação de equipes de brigadista, equipamentos e aeronaves, bem como a possibilidade de buscar recursos extraordinários.

“No caso do Pantanal, nós temos uma combinação de incêndios provocados pelo homem e incêndios naturais que dificultam muito a ação porque temos áreas de difícil acesso. Por isso a necessidade, inclusive, da mudança de normas para que, se tivermos que pedir apoio a parceiros internacionais, podemos ter essas aeronaves operando em território brasileiro”, explicou Marina.

“Tudo isso são planejamentos preventivos, para que a gente possa fazer frente ao que sabemos, em função da estiagem severa, em função da grande quantidade de matéria orgânica no ponto de combustão, e ao mesmo tempo do Pantanal não ter atingido a cota de cheia e de que na Amazônia os rios também não atingiram a cota de cheia. Vamos precisar ter um planejamento que já vem sendo feito de forma antecipada”, acrescentou.

No caso da Amazônia, o Ministério do Transporte já está a se antecipando com obras de dragagem e abastecimento das comunidades. “É preciso nos anteciparmos ainda mais com suprimentos de combustível, de oxigênio, de alimentos, enquanto os rios ainda não baixaram”, disse.

Marina explicou que, apesar de tratar de Pantanal e Amazônia nesse primeiro momento, a sala de situação será dinâmica. “Nós estamos com cheia no Rio Grande do Sul, mas daqui a pouco teremos seca, nós já temos situações de seca no Nordeste. Então, vai tratar dos vários assuntos, para os vários biomas. O foco no Pantanal e na Amazônia é porque o período de estiagem já está posto, nós já temos ele identificado e é preciso agir dentro de um cronograma para poder fazer frente”, destacou.

A ministra reforçou ainda que há um esforço de agir de forma previdente não apenas do governo federal, mas de governos estaduais, alguns municípios, a sociedade civil e uma parte da iniciativa privada, “que trabalha também em colaboração quando se trata do Pantanal”.

No início do mês, o governo federal e os governos do Pará, Acre, de Mato Grosso do Sul, Roraima, Rondônia e Mato Grosso assinaram um pacto para planejamento e implementação de ações colaborativas para prevenção e combate aos incêndios florestais e destruição de vegetações nativas no Pantanal e Amazônia.

Orçamento

Segundo Marina Silva, as ações emergenciais já estão sendo praticadas desde outubro do ano passado, com operações em campo do Ibama e ICMBio, junto com os governos estaduais. Mas ainda não há razão para decretar situação de emergência.

Nesse primeiro momento, os recursos utilizados para prevenção são do orçamento de cada ministério envolvido na ação, mas o governo já avalia as possibilidades, em caso de necessidade de recursos extraordinários. A ministra enfatizou, entretanto, que o objetivo da prevenção é, justamente, evitar um gasto de recursos mais volumoso.

“Vai ser anunciado no tempo certo, houve um pedido, uma demanda que foi feita e a junta orçamentária está fazendo a sua avaliação. Ontem conversei com o ministro [da Fazenda] Fernando Haddad, já tinha conversado com a ministra [do Planejamento] Simone Tebet, com a ministra Esther [Dweck, da Gestão] e todos eles, junto com a Casa Civil, estão conscientes da celeridade do processo e da viabilização desses recursos”, disse Marina.

A ministra comentou ainda que é preciso que todos os Poderes estejam envolvidos nas ações e que, no caso do Congresso Nacional, há parlamentares “trabalhando para que a gente consiga fazer frente às necessidades reais do país”.

“A gente não pode generalizar o Legislativo. O Congresso Nacional é a casa da sociedade e se tem atitudes de instrumentalização de temas que são altamente complexos, delicados para a sociedade brasileira, para as mulheres brasileiras que precisam ser respeitadas, uma outra parte do congresso não pensa assim”, disse, em referência à tramitação acelerada do Projeto de Lei 1.904/2024, que equipara aborto a homicídio e, em eventual aprovação, pode impedir que meninas vítimas de estupro e que vivem em situações de vulnerabilidade social consigam interromper a gravidez indesejada.

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Inmet emite alerta de chuvas intensas para 27 cidades do RN

Inmet emite alerta de chuvas intensas para 27 cidades do RN

Alerta prevê precipitações de até 100 mm por dia, com alto risco de alagamentos e deslizamentos

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um aviso nesta sexta-feira (14.jun.2024) alertando para a possibilidade de chuvas intensas em diversas cidades do Nordeste, incluindo 27 municípios do Rio Grande do Norte. O alerta indica que as chuvas podem variar entre 30 a 60 mm por hora ou 50 a 100 mm por dia, representando um alto risco de alagamentos, deslizamentos de encostas e transbordamentos de rios, especialmente em áreas urbanas vulneráveis.

A previsão meteorológica chega após um dia de chuvas significativas, com registros superiores a 130 mm na faixa litorânea do estado. Diante dessa situação, as autoridades recomendam que a população evite se expor ao mau tempo e permaneça em locais seguros.

O Inmet destaca a importância de observar sinais de alteração nas encostas e recomenda desligar aparelhos elétricos e o quadro geral de energia como medidas preventivas. Em caso de iminente inundação, é aconselhável proteger pertences com sacos plásticos para minimizar os danos causados pela água.

Para obter informações mais detalhadas e orientações específicas, a população pode entrar em contato com a Defesa Civil pelo telefone 199 e com o Corpo de Bombeiros pelo número 193. As autoridades estão em alerta e prontas para intervir em caso de emergência, buscando garantir a segurança e o bem-estar dos moradores das áreas afetadas.

Municípios em alerta laranja

Arês
Baía Formosa
Brejinho
Canguaretama
Ceará-Mirim
Espírito Santo
Extremoz
Goianinha
Jundiá
Macaíba
Maxaranguape
Montanhas
Monte Alegre
Natal
Nísia Floresta
Nova Cruz
Parnamirim
Pedro Velho
Pureza
Rio do Fogo
São Gonçalo do Amarante
São José de Mipibu
Senador Georgino Avelino
Tibau do Sul
Touros
Várzea
Vila Flor

Municípios em alerta amarelo

Bento Fernandes
Bom Jesus
Brejinho
Caiçara do Norte
Ceará-Mirim
Galinhos
Ielmo Marinho
Jandaíra
Januário Cicco
Japi
Jardim de Angicos
João Câmara
Jundiá
Lagoa d’Anta
Lagoa de Pedras
Lagoa de Velhos
Lagoa Salgada
Macaíba
Maxaranguape
Montanhas
Monte Alegre
Monte das Gameleiras
Nova Cruz
Parazinho
Passa e Fica
Passagem
Pedra Grande
Pedra Preta
Poço Branco
Pureza
Riachuelo
Rio do Fogo
Santa Maria
Santo Antônio
São Bento do Norte
São Gonçalo do Amarante
São José de Mipibu
São José do Campestre
São Miguel do Gostoso
São Paulo do Potengi
São Pedro
Senador Elói de Souza
Serra Caiada
Serra de São Bento
Serrinha
Taipu
Tangará
Touros
Várzea
Vera Cruz

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Inmet emite alerta de chuvas intensas para 36 cidades do RN

Inmet emite alerta de chuvas intensas para 36 cidades do RN

Aviso de perigo potencial é válido até quarta-feira (12) e inclui a capital, Natal

O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) emitiu um alerta de acumulado de chuvas para 36 cidades do Rio Grande do Norte, incluindo Natal. O alerta, de cor amarela (perigo potencial), está vigente até as 10h desta quarta-feira (12.jun.2024) e é o mais baixo na escala de severidade, que inclui também os níveis laranja (perigo) e vermelho (grande perigo).

O alerta amarelo indica a possibilidade de chuvas com intensidade entre 20 a 30 mm por hora ou até 50 mm por dia. Embora o risco de alagamentos e pequenos deslizamentos em áreas de risco seja baixo, o INMET recomenda que a população evite enfrentar o mau tempo, observe alterações em encostas e evite usar aparelhos eletrônicos conectados à tomada durante as tempestades.

Em caso de necessidade, a Defesa Civil (telefone 199) e o Corpo de Bombeiros (telefone 193) devem ser acionados. O INMET continua monitorando a situação e poderá atualizar o alerta conforme necessário.

Confira as cidades que fazem parte do alerta:

  • Arês
  • Baía Formosa
  • Brejinho
  • Canguaretama
  • Ceará-Mirim
  • Espírito Santo
  • Extremoz
  • Goianinha
  • Ielmo Marinho
  • Jundiá
  • Lagoa de Pedras
  • Lagoa Salgada
  • Macaíba
  • Maxaranguape
  • Montanhas
  • Monte Alegre
  • Natal
  • Nísia Floresta
  • Nova Cruz
  • Parnamirim
  • Passagem
  • Pedro Velho
  • Pureza
  • Rio do Fogo
  • Santo Antônio
  • São Gonçalo do Amarante
  • São José de Mipibu
  • São Miguel do Gostoso
  • São Pedro
  • Senador Georgino Avelino
  • Taipu
  • Tibau do Sul
  • Touros
  • Várzea
  • Vera Cruz
  • Vila Flor

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Sobe para 175 o número de mortos no RS após enchentes

Sobe para 175 o número de mortos no RS após enchentes

Dois corpos foram encontrados em Teutônia e Agudo

Mais duas mortes relacionadas às enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul foram registradas nesta segunda-feira (10), informou a Defesa Civil estadual, elevando o número de mortos para 175 no total. Os dois corpos, ainda não identificados, foram encontrados em Teutônia, no Vale do Taquari, e em Agudo, na região central, próximo à Santa Maria. Até então, nenhum dos dois municípios havia confirmado óbitos em decorrência das chuvas. Ainda há 38 pessoas desaparecidas, de acordo com o governo do estado.

Após 40 dias desde o início da catástrofe climática, o Rio Grande do Sul ainda tem 478 municípios afetados e mais de 423,4 mil pessoas desalojadas de suas casas. Outras 18,8 mil seguem em abrigos provisórios. O número de pessoas afetadas pelas enchentes de alguma forma ultrapassa 2,3 milhões, o que dá cerca de 20% da população do estado.

Novas chuvas

Um alerta da Defesa Civil prevê o retorno de chuvas intensas no estado entre os próximos dias 14 e 17 de junho. Segundo as autoridades, os modelos de previsão indicam que os volumes acumulados para o período devem ficar entre 50 milímetros (mm) e 120 mm na região das Missões, Centro e Noroeste. Já em Porto Alegre, região metropolitana, Vales e Serra, os volumes podem variar entre 45mm e 75 mm.

“Ainda permanece a condição de um novo bloqueio atmosférico no Brasil central, que deve fazer com que frentes frias e instabilidades fiquem atuando no sul do país”, diz informe da Defesa Civil emitido no último domingo (9).

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

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Defesa Civil alerta para novas chuvas no RS nesta semana

Defesa Civil alerta para novas chuvas no RS nesta semana

Está previsto o avanço de frente fria na região

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul divulgou nesse domingo (9) aviso sobre a possibilidade de novas chuvas no estado entre a próxima sexta-feira (14) e a segunda-feira da semana seguinte (17). De acordo com o comunicado, tanto a Defesa Civil quanto a Sala de Situação do estado monitoram o avanço de uma frente fria.

A previsão, de acordo com os modelos da Sala de Situação nesse domingo, é que os volumes acumulados para o período de 14 a 17 sejam de 50 a 120 milímetros (mm) nas regiões das Missões, centro e noroeste gaúchos.

Em Porto Alegre e na região metropolitana, nos Vales e Serra, a previsão é de volume menor: entre 45 e 75 mm.

“Ainda permanece a condição de novo bloqueio atmosférico no Brasil central, que deve fazer com que frentes frias e instabilidades fiquem atuando no sul do país. A Sala de Situação do Estado seguirá monitorando e realizando atualizações das condições hidrometeorológicas para o período”, informa a Defesa Civil.

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

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Nova vítima das enchentes é encontrada no RS e número de mortes chega a 173

Nova vítima das enchentes é encontrada no RS e número de mortes chega a 173

Corpo encontrado em Roca Sales ainda não foi identificado

Com a localização de uma nova vítima, o número de mortos em decorrência das fortes chuvas no Rio Grande do Sul aumentou para 173, segundo balanço divulgado neste domingo (9) pela Defesa Civil gaúcha. O número de mortos permanecia inalterado desde o último domingo. A nova vítima, encontrada na cidade de Roca Sales, ainda não foi identificada.

De acordo com os dados, o número de desaparecidos caiu para 38. Ao todo, mais de 2,3 milhões de moradores foram afetados, em 475 municípios.

As fortes chuvas que atingiram o estado começaram em 27 de abril, tendo avançado na direção norte por mais de uma semana. O mau tempo deixou um rastro de enxurradas e inundações, com mortes e destruição ao longo de rios como Taquari, Sinos, Caí, Gravataí, Pardo e Jacuí. Um imenso volume d´água depois desembocou no Rio Guaíba, que banha a capital Porto Alegre.

O transbordamento do Guaíba inundou diversos bairros da capital gaúcha, provocando mortes e destruindo os bens de milhares de famílias. A água em seguida continuou em direção à Lagoa dos Patos, provocando alagamentos em cidades como Rio Grande e Pelotas.

A infraestrutura em todo o estado também ficou fortemente comprometida, com dezenas de deslizamentos e pontes arrastadas, o que deixou milhares de famílias ilhadas. Até o momento, foram mais de 77 mil resgates. A rodoviária e o aeroporto da capital gaúcha foram alagados e pararam de operar.

Foto: Lauro Alves/Secom/Governo do RS/Ilustração

Da Agência Brasil

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Natal e mais 28 municípios do RN recebem alerta de chuva intensa

Natal e mais 28 municípios do RN recebem alerta de chuva intensa

Inmet emite alerta de perigo potencial com chuvas de até 50 mm/dia e recomendações de segurança

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de acumulado de chuva para Natal e mais 28 municípios do Rio Grande do Norte. O aviso, de legenda amarela que indica perigo potencial, começou a vigorar nesta sexta-feira (7.jun.2024) e seguirá até às 23h deste sábado (8.jun).

Durante esse período, é esperado um volume de chuva entre 20 a 30 mm/h ou até 50 mm/dia. Embora o risco de alagamentos e pequenos deslizamentos seja baixo, as áreas suscetíveis devem estar atentas às condições climáticas.

O Inmet recomenda à população que evite enfrentar o mau tempo, observe qualquer alteração nas encostas e evite o uso de aparelhos eletrônicos conectados à tomada durante as chuvas. Para mais informações e assistência, os cidadãos podem entrar em contato com a Defesa Civil pelo telefone 199 ou com o Corpo de Bombeiros pelo número 193.

Confira os municípios listados no aviso:

  • Arês
  • Baía Formosa
  • Brejinho
  • Canguaretama
  • Ceará-Mirim
  • Espírito Santo
  • Extremoz
  • Goianinha
  • Jundiá
  • Macaíba
  • Maxaranguape
  • Montanhas
  • Monte Alegre
  • Natal
  • Nísia Floresta
  • Nova Cruz
  • Parnamirim
  • Pedro Velho
  • Pureza
  • Rio do Fogo
  • São Gonçalo do Amarante
  • São José de Mipibu
  • Senador Georgino Avelino
  • Taipu
  • Tibau do Sul
  • Touros
  • Várzea
  • Vera Cruz
  • Vila Flor

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Prefeitura de Senador Georgino Avelino interdita acesso à praia de Malembá para proteção de tartarugas

Prefeitura de Senador Georgino Avelino interdita acesso à praia de Malembá para proteção de tartarugas

Em nota oficial, a prefeitura explicou que a interdição foi recomendada pelo Ministério Público Federal

A Prefeitura de Senador Georgino Avelino, localizada no Litoral Sul do Rio Grande do Norte, interditou temporariamente o acesso à praia de Malembá. A decisão foi comunicada nesta quinta-feira (6.jun.2024) e pegou moradores e trabalhadores locais de surpresa, quando uma cerca foi levantada no local.

Em nota oficial, a prefeitura explicou que a interdição foi recomendada pelo Ministério Público Federal (MPF), devido ao risco de impactos negativos no processo reprodutivo e de desova de tartarugas marinhas. O trânsito de veículos off-road e 4×4 foi identificado como uma ameaça significativa para as tartarugas que utilizam a praia para desovar.

Além de restringir o acesso, a prefeitura também determinou a instalação de placas de aviso em todas as entradas da praia, informando sobre a proibição do trânsito de veículos e o acesso de pessoas. A medida visa garantir a proteção dos ninhos de tartarugas e a preservação do ecossistema local.

A Prefeitura de Senador Georgino Avelino ressaltou que, nos períodos permitidos pelos órgãos de fiscalização ambiental, o trânsito na praia de Malembá será liberado, mas pede a compreensão e colaboração da comunidade para preservar a natureza e o ciclo de vida das tartarugas marinhas.

Foto: Reprodução

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Operação da PRF resgata 57 aves silvestres no RN

Operação da PRF resgata 57 aves silvestres no RN

Entre as aves resgatadas, havia espécies ameaçadas de extinção, como papagaios e periquitos da caatinga

Durante a Operação Ponta do Trecho XI, realizada na Semana Nacional do Meio Ambiente, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) resgatou 57 aves silvestres nos municípios de João Câmara, Macau e Guamaré, no Rio Grande do Norte. A operação focou no combate ao tráfico de aves silvestres, um crime que supera o tráfico de pedras preciosas em termos de valor monetário no Brasil.

A PRF conduziu a operação com base em denúncias e informações recebidas pela sua inteligência, identificando esses municípios como pontos críticos para o tráfico de aves. Durante dois dias de fiscalização ambiental intensiva, 57 aves foram resgatadas e 15 pessoas foram detidas.

O Aquário de Natal forneceu apoio logístico, oferecendo abrigo temporário e cuidados iniciais para as aves resgatadas. Posteriormente, os animais foram encaminhados para o CETAS-PB (Centro de Triagem de Animais Silvestres), localizado em João Pessoa (PB), gerido pelo IBAMA.

Entre as aves resgatadas, havia espécies ameaçadas de extinção, como papagaios e periquitos da caatinga, além de exemplares de galo de campina, sabiá e concriz. Segundo o artigo 29 da Lei 9.605/98, é crime capturar, matar, caçar ou utilizar espécimes da fauna silvestre sem a devida permissão, com pena prevista de detenção e multa.

A Operação Ponta do Trecho XI demonstra o compromisso da PRF em proteger a biodiversidade e combater o tráfico de animais silvestres, contribuindo significativamente para a preservação da fauna brasileira.

Foto: Divulgação/PRF

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RN registra melhor período de chuvas em 12 anos

RN registra melhor período de chuvas em 12 anos

Reservatórios atingem níveis históricos e garantem segurança hídrica para o estado

O Rio Grande do Norte viveu um período chuvoso excepcional em 2024, com o melhor acumulado de água dos últimos 12 anos. Segundo dados do Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn) divulgados nesta quarta-feira (5.jun.2024), os reservatórios superficiais do estado encerraram maio com 76,32% da sua capacidade total, o que representa um volume de 3,413 bilhões de metros cúbicos.

O resultado positivo é fruto das chuvas consistentes que caíram entre fevereiro e maio, especialmente no interior do estado.

O monitoramento do Igarn revela que os reservatórios apresentaram um crescimento constante em seu volume durante os meses de março, abril e maio. Esse aumento foi impulsionado pelas chuvas acima da média para o período, que contribuíram significativamente para a recarga dos mananciais.

Os três maiores reservatórios do RN se destacaram nesse cenário positivo. A barragem Umari, localizada em Upanema, atingiu sua capacidade máxima pela segundo ano consecutivo, chegando a 100% no dia 20 de maio. Já a barragem Armando Ribeiro Gonçalves, o maior reservatório do estado, encerrou maio com 82,20% da sua capacidade total, armazenando 1.950.720.887 bilhão de m³. O segundo maior reservatório, Santa Cruz do Apodi, finalizou a quadra chuvosa com 81,48% da sua capacidade, alcançando um volume de 488.996.720 m³.

Além dos três maiores, outros 25 reservatórios monitorados pelo Igarn também atingiram 100% da sua capacidade durante o período chuvoso. Entre eles, destacam-se: Mendubim, Marechal Dutra, Trairi, Campo Grande, Pataxó, Dourado, Apanha Peixe, Riacho da Cruz, Santo Antônio de Caraúbas, Passagem, Beldroega, Malhada Vermelha, Morcego, Encanto, Santa Cruz do Trairi, Currais Novos, Riachão, Curraes, Corredor, Pinga, Tesoura, Dinamarca, Sossego e Francisco Cardoso.

Os altos níveis dos reservatórios garantem a segurança hídrica para o Rio Grande do Norte, assegurando o abastecimento de água para a população, a indústria e a agricultura durante todo o ano, mesmo nos períodos de seca. Esse resultado positivo é fruto da gestão eficiente dos recursos hídricos pelo estado, aliada às condições climáticas favoráveis.

Foto: Felipe Alecrim

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Dia Mundial do Meio Ambiente: Natal Shopping é referência em ações de sustentabilidade que envolvem a comunidade

Dia Mundial do Meio Ambiente: Natal Shopping é referência em ações de sustentabilidade que envolvem a comunidade

Em 2023, mais de 230 toneladas de resíduos tiveram destinação correta no Natal Shopping, e neste ano, já foram 86 toneladas para a reciclagem, de janeiro a abril

Em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado nesta quarta-feira (5), o Natal Shopping reforça seu compromisso com a sustentabilidade e as práticas ESG – governança que põe as ações ambientais e sociais como um pilar fundamental de sua atuação. Ao longo dos últimos anos, o empreendimento tem implementado diversas iniciativas que promovem a preservação do meio ambiente com participação ativa da comunidade, e planeja um futuro cada vez mais alinhado com essas atividades.

“Como uma empresa de grande impacto na sociedade natalense, buscamos constantemente novas maneiras de reduzir nosso impacto ambiental e promover ações socioeducativas de forma a não somente inspirar nossos clientes a fazerem parte dessa transformação, mas fornecer os meios para que cada um possa fazer a sua parte”, destaca Felipe Furtado, superintendente do Natal Shopping.

Uma das formas de colocar essa ideia em prática é o Hub da Reciclagem, implementado para que os clientes possam descartar os resíduos produzidos em casa, como papel e papelão, alumínio e plástico, além de lixo eletrônico, pilhas e baterias, cápsulas de café, tampinhas de plástico, lâmpadas e óleo de cozinha usado.

O shopping também conta com o “Reciclômetro”, um painel de LED que exibe em tempo real o volume dos resíduos reaproveitados ou enviados para o descarte correto. “Essa ferramenta não só informa, mas também conscientiza os clientes sobre a importância da reciclagem. E estamos vendo o resultado dessa sinalização com o aumento do volume reciclado com ajuda da comunidade ano após ano”, relata Felipe.

Em 2023, mais de 230 toneladas de resíduos tiveram destinação correta no Natal Shopping, e neste ano, já foram 86 toneladas para a reciclagem, de janeiro a abril.

E os resíduos orgânicos, como as sobras de alimentos deixadas nas bandejas da praça de alimentação, também fazem parte dessa soma. Periodicamente, o material é destinado ao Minhocário de Berg e utilizado na produção de adubo. O produto faz parte de um ciclo e retorna para ser comercializado no shopping, no espaço Sustentabilidade Transforma, ao lado da C&A no piso L2. O valor arrecadado é utilizado em ações socioeducativas, como a compra de sabões ecológicos produzidos pela Associação De Idosos Julieta Barros.

Educação ambiental

Outra atividade de grande impacto é o Naty nas Escolas, onde a elefanta mascote do shopping leva para as crianças de escolas públicas lições de sustentabilidade com uma peça musical. Os pequenos acompanham as aventuras da personagem Naty em uma jornada pelos pontos turísticos da capital potiguar, como o Parque da Dunas, a ponte Newton Navarro e o Forte dos Reis Magos, para conscientizar sobre a necessidade de adotar um consumo mais consciente, desde o ato de economizar água até o descarte do lixo adequadamente.

Desde o início de suas atividades em outubro de 2022, o projeto já alcançou mais de 1.000 crianças. Para receber a programação, os gestores escolares devem entrar em contato com a equipe de marketing do Natal Shopping através do email [email protected].

Central de triagem

E em 2024, o Natal Shopping deu mais um passo em direção a melhorar ainda mais as práticas sustentáveis de seus lojistas. Neste ano, o empreendimento implementou uma central de reciclagem exclusiva para os resíduos sólidos produzidos nas suas operações. Essa inovação garantiu ao empreendimento um aumento de 10% na sua taxa de reciclabilidade desde junho de 2023, quando a média era de 25%, e também beneficiou diretamente a renda de cinco famílias, graças a uma parceria com a associação filantrópica Mãos que Transformam.

Sustentabilidade em todo lugar

Outras iniciativas podem ser vistas pelos clientes pelos corredores do Natal Shopping. O empreendimento realizou a substituição de todas as lâmpadas fluorescentes por modelos de LED; possui clarabóias nos corredores para aproveitar a luz natural durante o dia e todas as torneiras equipadas com arejadores, reduzindo a vazão em 60%.

O sistema de Osmose Reversa é outra tecnologia utilizada, agora para economizar água. Com ela, o shopping consegue aproveitar um volume que seria descartado no tratamento da água do poço que abastece o empreendimento e o utiliza nos mictórios dos banheiros masculinos, sanitários e na irrigação dos jardins.

“Com essas e outras ações, vemos que é possível aliar desenvolvimento econômico com práticas sustentáveis que beneficiam toda a comunidade. Estamos cada vez mais consolidados como um exemplo de responsabilidade ESG na capital potiguar, e vamos seguir focados em engajar e conscientizar nossos clientes sobre como cada pequena ação, quando somada, faz uma grande diferença”, finaliza o superintendente.

Foto: Divulgação

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Grande Natal registra mais de 120mm de chuvas em 24 horas

Grande Natal registra mais de 120mm de chuvas em 24 horas

Defesa Civil aciona equipes e pede cautela à população durante as chuvas

A semana começou com fortes chuvas no Rio Grande do Norte, especialmente nos municípios do Leste Potiguar, concentrando-se na região Metropolitana. Entre as 18h da segunda-feira (3.jun.2024) e as 18h de terça-feira, a zona Sul de Natal registrou 121,2 milímetros (mm) de precipitação, conforme dados da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn).

Somente na madrugada, a capital, Natal, acumulou 64 mm. Apesar da ausência de vítimas, as chuvas intensas ativaram os comitês de monitoramento da Prefeitura e do Governo do Estado.

A previsão climática sugere uma diminuição das chuvas entre quarta e sexta-feira, com retorno esperado para o próximo fim de semana. “A chuva deverá diminuir a partir desta quarta até sexta e no final de semana retorna à faixa litorânea. Podem ocorrer pancadas de chuva no interior que registra período de estiagem”, explicou o meteorologista da Emparn, Gilmar Bristot.

Junho é tradicionalmente um mês chuvoso, com médias superiores a 350 mm, influenciadas pelas condições do oceano Atlântico. Este ano, com a temperatura do oceano acima do normal, espera-se um aumento nas chuvas, que deve persistir nos meses de julho e agosto. As condições dos ventos também contribuem para esse cenário, trazendo mais umidade e instabilidade para o litoral.

Entre as 18h da segunda e as 18h de terça-feira, várias cidades como Vila Flor, Tibau do Sul, Baía Formosa, Parnamirim e São Gonçalo do Amarante registraram índices pluviométricos acima de 100 mm. A Defesa Civil estadual identificou pontos de alagamentos nestas cidades, além de deslizamentos de terra em Senador Georgino Avelino. Na capital, até as 11h45min de terça-feira, 50 famílias foram desalojadas devido ao transbordamento da Lagoa Azul (Lagoa José Sarney), enquanto outras 10 pessoas foram afetadas no conjunto Santarém e uma no bairro Panatis, todas na zona Norte.

Desde o início das chuvas, a Defesa Civil de Natal monitorou as áreas afetadas, com três equipes circulando pelas regiões impactadas para mitigar os estragos. Hallana Souza, diretora do órgão, destacou que os problemas mais graves ocorreram nas lagoas de captação do conjunto Santarém e do loteamento José Sarney. Houve também registros menores nas lagoas do Acaraú, no bairro Potengi, e de Neópolis. A Guarda Municipal disponibilizou 15 viaturas para dar o apoio necessário, enquanto a STTU detectou 21 pontos de alagamentos na cidade, sendo 10 transitáveis e 11 intransitáveis.

A cidade de Natal permanece em alerta laranja emitido pelo INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) e conta com equipes extras nas principais áreas de risco. A Defesa Civil instrui a população a procurar locais seguros para abrigo, evitar a passagem de veículos em áreas alagadas e deslocamentos durante o mau tempo. Em caso de sinais de risco, como fissuras e rachaduras que possam comprometer a segurança das residências, a população deve acionar o CIOSP pelo número 190.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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ReforAMAR planta árvores em 40 escolas de Natal

ReforAMAR planta árvores em 40 escolas de Natal

Iniciativa integra a programação da Semana Municipal do Meio Ambiente e celebra o marco de 20 mil mudas plantadas em Natal

A ReforAMAR vai realizar, nesta sexta-feira (7), o plantio de árvores em 40 escolas públicas municipais de Natal, simultaneamente. O Super Plantio integra a programação da Semana do Meio Ambiente, promovida pela Prefeitura de Natal, com atividades voltadas para a conscientização e o incentivo à preservação ambiental.

Desde 2020, através do Programa Planta Natal, o Município já realizou o plantio de mais de 20 mil mudas de árvores nativas na capital potiguar. Uma força-tarefa que conta com o apoio de escolas, empresas e entidades do Terceiro Setor, como explica a secretária Executiva de Concessões e Parcerias Público-Privadas de Natal, Danielle Mafra.

“Plantar árvores é um ato de gentileza transgeracional, incentivando práticas que beneficiam tanto as gerações presentes quanto futuras. E nós sabemos que organizações como a ReforAMAR têm uma capacidade extraordinária de mobilizar trabalho voluntário e reunir pessoas dispostas a fazer o bem pelo bem”, destaca a gestora.

A Semana do Meio Ambiente de Natal teve início no último sábado (1º) e segue até esta sexta (7) com o tema “Cidades Costeiras Resilientes: Desafios Climáticos”. A programação é coordenada pela Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) e inclui ações educativas, de conscientização ambiental e conservação da natureza.

Para a presidente da ReforAMAR, o tema é atual e urgente. “O que aconteceu recentemente no Rio Grande do Sul evidenciou a necessidade de repensarmos uma série de situações, entre elas a segurança habitacional, o ordenamento urbano e, claro, as emergências climáticas. Tudo isso tem muito a ver com o trabalho da ReforAMAR”, explica a engenheira Fernanda Silmara.

Desde 2018, a instituição reforma casas de famílias em situação de vulnerabilidade social e promove a revitalização de espaços públicos. “Além de contribuir para a melhoria do ambiente das escolas, essa ação certamente terá um impacto positivo na educação das crianças e é uma ótima maneira de estimular o senso de coletividade”, ressalta Fernanda.

O Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado anualmente em 5 de junho, foi estabelecido pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1972 e se tornou um dos momentos mais importantes para mobilização das pessoas e comunidades em ações em prol do meio ambiente. Em 2024, está focado na restauração de terras, desertificação e resiliência à seca.

Bazar da ReforAMAR

Além da preservação dos recursos naturais, a sustentabilidade também envolve o descarte consciente e o reaproveitamento de materiais. Nesse contexto, a ReforAMAR mantém o maior bazar beneficente do Nordeste. Em dois anos de existência, mais de 15 mil produtos, incluindo itens de construção civil, móveis e eletrodomésticos, já foram comercializados.

O Bazar da ReforAMAR funciona todos os dias, com atendimento no WhatsApp, ou presencialmente às sextas e sábados, das 9h às 16h, na Rua Pastor Manoel Leão, 2160, Candelária. Todo o dinheiro arrecadado é destinado às ações e à manutenção da ONG. Mais informações: (84) 98889-2018

Foto: Divulgação

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Gaúchos não conseguem retomar rotina após um mês de calamidade

Gaúchos não conseguem retomar rotina após um mês de calamidade

Água da enchente baixou, mas rastro de destruição ainda é obstáculo

A catástrofe climática no Rio Grande do Sul ainda está longe de terminar para o povo gaúcho, que vive agora os efeitos prolongados da devastação causada pelas enchentes e inundações. No dia em que o decreto que reconheceu a calamidade pública completa um mês, ainda há 37,8 mil pessoas em abrigos e mais de 580 mil fora de casa. Quem conseguiu voltar para casa encontrou um cenário de absoluta destruição e perdas inestimáveis.

A catadora de material reciclável Claudia Rodrigues, 52 anos, que mora na região da Vila Farrapos, zona norte de Porto Alegre, voltou há menos de dois dias para casa. Antes, ela passou quase quatro semanas acampada à beira da rodovia Freeway, que corta a cidade pela zona norte, em uma cena que se tornou comum na região metropolitana. A rua ainda está alagada na altura dos calcanhares, mas dentro de casa a água baixou completamente, revelando um ambiente repleto de lama, ratos mortos, móveis revirados, eletrodomésticos perdidos.

“A dor que eu estou sentindo não tem como explicar, uma mágoa. Olhar para o teu próprio lar e ver um nada. A gente se vê na escuridão. Mas eu creio que vai dar certo e que isso é passageiro, só que até as coisas se ajeitaram é complicado”, desabafa.

Ela só conseguiu voltar para casa porque o terreno tem um desnível e a parte do quarto, que fica acima, não foi alcançada pela água, preservando apenas a cama e o guarda-roupas. Com tanta sujeita e camadas de lama e entulho acumulada, a limpeza deve levar vários dias. Outro problema é o comprometimento da estrutura do imóvel. Claudia notou que as paredes estão com rachaduras e a laje está se soltando. Sem o fogão, destruído pela inundação, ela está dependendo da doação de quentinhas para se alimentar. A energia no bairro só foi religada na manhã deste sábado (1º).

Em Eldorado do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre, a autônoma Andressa Pires, 31 anos, mãe solo de três filhos, ainda não conseguiu voltar para casa. Ela vive com os filhos, os irmãos, uma cunhada e os pais em um terreno grande com três casas, no centro da cidade. Eldorado do Sul teve praticamente 100% da área urbana inundada.

“Tá tudo muito úmido em casa, o pátio ainda está sujo e com muita lama para conseguir levar meus pais e as crianças de volta ao lar”, conta. A reportagem da Agência Brasil esteve com Andressa no dia 22 de maio, quando ela estava já no quarto dia de limpeza da casa. Outro problema, segundo ela, é que nem todo o comércio da cidade voltou ao normal, então não há padarias, farmácias nem mercados próximos. Andressa e os familiares fazem parte da estatística das pessoas desalojadas. Eles estão na casa de parentes em Charqueadas, município vizinho.

Vale do Taquari

No Vale do Taquari, que sobreviveu a três enchentes, sendo a do mês passado a pior de todas, o momento ainda é de recuperação do básico. Um dos epicentros da tragédia foi o pequeno município de Muçum, com seus 4,8 mil habitantes. Cerca de 80% da área urbana foi inundada. A prefeitura calcula que vai precisar realocar cerca de 40% dessa área para outros locais seguros contra enchentes e deslizamentos, que também causaram danos e bloqueios de estradas.

“O município de Muçum está no momento ainda de limpeza urbana, de desobstrução de vias e de condições de trafegabilidade, principalmente para o pessoal do interior [zona rural]. A gente destaca que algumas propriedades do interior do município ainda não têm energia elétrica e que o trabalho é intenso para poder devolver essa condição para esses moradores, que é o mínimo que eles podem ter para conseguir restabelecer sua produção. [Aqui] tem muitos produtores de leite que estão, infelizmente, tendo que jogar fora sua produção por falta de condições e também de acesso. E isso tem sido o foco principal do nosso trabalho”, explica o prefeito do município, Mateus Trojan (MDB), em entrevista à Agência Brasil.

Segundo Trojan, a continuidade das chuvas, mesmo após a baixa do Rio Taquari, que chegou a subir mais de 25 metros, acabou prejudicando os esforços de recuperação da infraestrutura.

O Vale do Taquari compreende dezenas de municípios na região central do Rio Grande do Sul, com forte presença da agricultura familiar e uma agroindústria pujante. Um dos desafios é conseguir reter empresas e empregos na região, que começa a sentir os efeitos da devastação. “O processo, agora, é gradativo pela recuperação das empresas, do comércio, do setor primário como um todo. As lavouras foram muito prejudicadas sem os acessos, gerando custos maiores de produção, mas são coisas que também ao longo das semanas a gente vai buscando amenizar os impactos, buscando alternativas de linhas de crédito e de incentivos para que a gente possa reverter essa situação e recuperar todo o nosso setor produtivo”, acrescentou Trojan.

Região Sul

Enquanto a água das inundações no Vale do Taquari e na região metropolitana de Porto Alegre baixaram, na Região Sul do estado os alagamentos ainda persistem. Em Pelotas, por exemplo, cerca de 4 mil moradores da Colônia Z3, uma comunidade de pescadores artesanais às margens da Lagoa dos Patos, estão com as casas inundadas.

“A água estabilizou, não encheu mais, o que é um bom sinal. E começa a baixar. As coisas vão se normalizar, mas vai levar um tempo. Tem muita gente em abrigo, na casa de parentes, cerca de 70% dos moradores desalojados”, estima o presidente do Sindicato dos Pescadores da Colônia Z3, Nilmar Conceição. A preocupação segue sendo uma crise econômica prolongada para o setor pesqueiro de toda a região sul do estado, que abrange municípios como Pelotas, Rio Grande, São José do Norte e São Lourenço, já que a perspectiva dos pescadores artesanais é que a lagoa não renda mais pesca este ano, mesmo após o período do seguro-defeso.

A Lagoa dos Patos recebe as águas que vêm do Lago Guaíba, em Porto Alegre, e de outros afluentes. No último dia 29 de maio, o nível da água estava 2,20 metros, mais baixo do que medições anteriores. Já o canal São Gonçalo, um canal natural de 76 quilômetros (km) que liga a Lagoa dos Patos à Lagoa Mirim, passando pela área urbana de Pelotas, estava com inundação de 2,86 metros, bem abaixo dos 3,13 metros que havia chegado na semana passada, o maior volume da história. O canal é fonte de preocupação porque há um dique de 3 metros protegendo cerca de cinco bairros com mais de 40 mil pessoas.

Serra Gaúcha

Outra região do estado atingida pelas enchentes também tenta se recuperar após um mês da tragédia. Gramado, na Serra Gaúcha, que registrou deslizamentos de terra, bloqueio de estradas e mais de 1 mil desabrigados, retomou a atividade turística. A cidade é o principal destino turístico do Rio Grande do Sul.

“Todos os atrativos reabertos. Muitos hotéis com boa ocupação. Ainda não é o normal, estamos um pouco longe disso, mas é um respiro em meio a isso tudo”, disse à Agência Brasil o secretário de Turismo do município, Ricardo Bertolucci Reginato.

Ações de reconstrução

No dia 17 de maio, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, anunciou a criação do Plano Rio Grande, iniciativa estadual destinada a reparar os danos causados pelas enchentes.

Gauchos nao conseguem retomar rotina apos um mes de calamidade 5

O plano prevê ações em três frentes. A primeira, com ações focadas no curto prazo, prioriza a assistência social; a segunda envolve ações de médio prazo, como empreendimentos habitacionais e obras de infraestrutura; e a terceira prevê ações de longo prazo, como um plano de desenvolvimento econômico mais amplo.

Já o governo federal, entre liberação de recursos, antecipação de benefícios e outras ações destinou até o momento R$ 62,5 bilhões. Entre outras medidas para prestar assistência às famílias, foi criado o Auxílio Reconstrução, que pagará R$ 5,1 mil a cada família em parcela única. Também foi anunciado o adiantamento do Bolsa Família para os beneficiários, a liberação do FGTS para 228,5 mil trabalhadores em 368 municípios, além da restituição antecipada do imposto de renda para 900 mil pessoas.

Foto: Gustavo Mansur e Mauricio Tonetto/Palácio Piratini

Da Agência Brasil

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Baleias encalham novamente em praia do Litoral Norte do RN

Baleias encalham novamente em praia do Litoral Norte do RN

21 cetáceos encalham no litoral do Rio Grande do Norte, levantando preocupações sobre distúrbios neurológicos e doenças nos animais

O litoral de Pititinga, em Rio do Fogo, no Litoral Norte do RN,foi palco de mais um encalhe de baleias-piloto (Globicephala macrorhynchus) neste domingo (2.jun.2024), com 21 animais encontrados desorientados na praia. A situação mobilizou o Projeto Cetáceos da Costa Branca (PCCB-UERN) e o Centro de Estudos e Monitoramento Ambiental (CEMAM), que atuam no resgate e assistência dos cetáceos.

A recente série de encalhes começou no dia 31 de maio, quando três baleias morreram após serem encontradas na mesma praia. Exames realizados revelaram diversas condições debilitantes, incluindo intensa parasitose nas bulas timpânicas, pneumonia, estômagos vazios, refluxo duodenal, isquemia e centros hemorrágicos, indicando uma baixa imunidade geral.

As baleias-piloto são conhecidas por sua natureza social e a tendência de seguirem um líder. Quando um membro do grupo adoece ou se desorienta, é comum que o restante do grupo o siga, resultando em encalhes em massa. O ICMBio/CMA, responsável pelo atendimento a mamíferos aquáticos no Brasil, também está no local prestando suporte.

A comunidade científica está em alerta, procurando medicamentos e tratamentos para auxiliar na recuperação dos animais, enquanto monitoram os sinais de distúrbios neurológicos que podem ter causado o encalhe.

Foto: Reprodução/ PCCB-UERN/CEMAM

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Número de mortes em desastre climático no RS sobe para 171

Número de mortes em desastre climático no RS sobe para 171

Segundo a Defesa Civil, 43 pessoas estão desaparecidas

O número de mortos em decorrência das fortes chuvas, enchentes e enxurradas que atingem o Rio Grande do Sul desde o fim de abril aumentou para 171, de acordo com balanço divulgado neste sábado (1º) pela Defesa Civil gaúcha.

De acordo com os dados, o número de desaparecidos caiu para 43, enquanto o de feridos permanece em 806. Outras 618 mil pessoas seguem desalojadas, com 37.812 em abrigos temporários, mais de um mês desde o início do mau tempo. Ao todo, mais de 2,3 milhões de moradores foram afetados, em 475 municípios.

As fortes chuvas que atingiram o estado começaram em 27 de abril, tendo avançado na direção norte por mais de uma semana. O mau tempo deixou um rastro de enxurradas e inundações, com mortes e destruição ao longo de rios como Taquari, Sinos, Caí, Gravataí, Pardo e Jacuí. Um imenso volume d´água depois desembocou no Rio Guaíba, que banha a capital Porto Alegre.

O transbordamento do Guaíba inundou diversos bairros da capital gaúcha, provocando mortes e destruindo os bens de milhares de famílias. A água em seguida continuou em direção à Lagoa dos Patos, provocando alagamentos em cidades como Rio Grande e Pelotas.

A infraestrutura em todo o estado também ficou fortemente comprometida, com dezenas de deslizamentos e pontes arrastadas, o que deixou milhares de famílias ilhadas. Até o momento, foram mais de 77 mil resgates. A rodoviária e o aeroporto da capital gaúcha foram alagados e pararam de operar.

Neste sábado (1º), o nível do Guaíba ficou abaixo da cota de inundação pela primeira vez em um mês e pessoas em bairros como Humaitá e Vila dos Farrapos retornam para casa pela primeira vez, encontrando muito lixo e lama.

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Defesa Civil emite alerta de risco moderado de deslizamentos e alagamentos no RN

Defesa Civil emite alerta de risco moderado de deslizamentos e alagamentos no RN

Possibilidade de chuvas intensas e acumulados previsíveis aumentam os riscos de desastres naturais no RN e na Paraíba

A Defesa Civil, através do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI), emitiu um alerta de risco moderado de deslizamentos e alagamentos para o Rio Grande do Norte e Paraíba. O aviso foi divulgado neste sábado (1º.jun.2024), abrangendo Natal, região metropolitana e demais cidades do Leste Potiguar.

De acordo com o Cemaden, há uma possibilidade significativa de eventos de risco hidrológico, incluindo alagamentos, inundações e enxurradas, especialmente nas mesorregiões Leste Potiguar. As previsões indicam pancadas de chuvas isoladas de intensidade moderada a forte, principalmente durante a madrugada e manhã, o que pode causar enxurradas em áreas inclinadas, inundações rápidas em pequenos córregos e alagamentos urbanos em locais com drenagem inadequada.

Para Natal, o alerta também inclui riscos de movimentos de massa, como deslizamentos, desmoronamentos, rupturas de talude e quedas de barreiras. Esses fenômenos podem ocorrer devido aos acumulados prévios de chuvas, combinados com as novas precipitações previstas. O Cemaden alerta que essas condições são suficientes para desencadear deslizamentos pontuais em encostas urbanas e quedas de barreira ao longo de estradas e rodovias.

As autoridades locais estão em estado de alerta, monitorando as condições meteorológicas e os possíveis impactos nos municípios afetados. A população é aconselhada a ficar atenta às atualizações dos órgãos oficiais e tomar medidas preventivas, como evitar áreas de risco e seguir as orientações das autoridades.

O alerta é um lembrete da importância de estar preparado para eventos naturais extremos e da necessidade de um sistema eficiente de monitoramento e resposta a desastres. A Defesa Civil continua a trabalhar para minimizar os riscos e garantir a segurança da população.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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