Meio ambiente

Volta a chover em São Paulo e número de pessoas sem luz aumenta

Volta a chover em São Paulo e número de pessoas sem luz aumenta

Às 19h30, havia cerca de 710 mil clientes sem abastecimento

A região metropolitana de São Paulo registrou chuvas e ventania do final da manhã até o meio da tarde desta sexta-feira (12). Com chuva, ainda que mais branda do que a observada nos últimos dias, voltou a aumentar o número de pessoas sem energia na região.

A concessionária Enel chegou a informar que 600 mil clientes estavam sem energia hoje. Com as chuvas, causadas por um sistema de baixa pressão, esse número chegou a 750 mil clientes. Em checagem no site da concessionária de energia, às 19h30, a informação era de cerca de 710 mil clientes sem abastecimento. Os bombeiros informaram que houve 175 chamados para quedas de árvores nessa sexta-feira.

Alguns destes clientes estão recebendo mensagens da concessionária informando que seu problema é de “difícil resolução”. Parte deles aguarda mais de 48 horas por uma solução. É o caso dos moradores de um condomínio na Raposo Tavares, que ainda enfrentam problemas.

Por conta da falta de luz, alguns grupos de moradores têm se mobilizado nas últimas horas e protestado, interrompendo o trânsito. Moradores do Jardim de Abril atearam fogo a pneus, interrompendo o fluxo na Avenida Politécnica, na zona oeste. Moradores do Bixiga protestaram próximo da Avenida Nove de Julho, no centro da cidade, mesma região em que um grupo de 50 pessoas fechou a Avenida Brigadeiro Luís Antônio.

Durante o dia, o prefeito da capital, Ricardo Nunes, disse que a empresa colocou menos de 50 veículos para fazer reparos nas ruas. A assessoria da Enel fala em 1,5 mil equipes atuando e atribui a demora à excepcionalidade do ciclone que atingiu a região. Nunes voltou a falar em rever a concessão, federal, embora não tenha apresentado alternativas consistentes em seus discursos e entrevistas sobre o tema.

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil / Paulo Pinto/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Senado pauta PEC do Marco Temporal antes de julgamento no STF

Senado pauta PEC do Marco Temporal antes de julgamento no STF

Votação ocorre em meio a tensões entre Congresso e Supremo sobre demarcações de terras indígenas

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), incluiu na pauta desta terça-feira (9) a votação da PEC do Marco Temporal para as terras indígenas. A análise ocorre um dia antes do julgamento do tema no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF).

A movimentação reforça o clima de tensão entre o Congresso Nacional e o STF, agravado após decisão liminar do ministro Gilmar Mendes que dificultou a abertura de processos de impeachment contra integrantes da Corte. Mendes é o relator do caso do Marco Temporal no Supremo e, no ano passado, criou uma comissão para buscar um texto de consenso sobre a legislação referente ao tema.

O debate ganhou força após articulação da Frente Parlamentar da Agropecuária, que defendeu em 2023 um projeto de lei estabelecendo que as demarcações de terras indígenas se limitem às áreas ocupadas por povos originários até a promulgação da Constituição, em outubro de 1988. A proposta foi aprovada pela Câmara e pelo Senado. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou o texto, mas os parlamentares derrubaram o veto.
Em setembro daquele ano, o STF declarou a tese do marco temporal inconstitucional.

A PEC em votação no Senado pretende inserir o marco temporal na Constituição. A proposta é de autoria do senador Dr. Hiran (PP-RR) e estava parada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Nesta semana, após a decisão de Gilmar Mendes sobre a Lei do Impeachment, Alcolumbre cobrou “reciprocidade efetiva” do Supremo e afirmou esperar “respeito do Judiciário ao Poder Legislativo, suas prerrogativas constitucionais e a legitimidade das decisões do Parlamento”.

Foto: Andressa Anholete/Agência Senado / Roque de Sá/Agência Senado / Jane de Araújo/Agência Senado

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MPF aciona Justiça para suspender leis sobre uso da Via Costeira de Natal

MPF aciona Justiça para suspender leis sobre uso da Via Costeira de Natal

Ação civil pública contesta leis municipais e estaduais e pede plano de gestão ambiental para a Via Costeira

O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com uma ação civil pública para garantir a proteção das áreas de preservação permanente da Via Costeira de Natal e do ecossistema presente na região. O objetivo é impedir que alterações recentes em legislações municipais e estaduais permitam ocupações que possam comprometer a integridade ambiental do local. A ação também solicita a elaboração e implementação de um Plano de Proteção e Gestão Ambiental da Via Costeira de Natal.

A ação foi proposta contra o Município de Natal, a Câmara Municipal, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema/RN). O MPF contesta legislações que, segundo o órgão, contrariam normas federais como o Código Florestal e a Lei da Mata Atlântica, além de licenças emitidas sem respaldo ambiental adequado.

Os procuradores da República Camões Boaventura e Victor Mariz afirmam que intervenções na Via Costeira devem ser avaliadas sob aspectos ecológicos, sociais, culturais e econômicos. Para eles, leis que reduziram a proteção de áreas de preservação permanente devem ser suspensas e posteriormente declaradas nulas.

O MPF aponta ilegalidades em atos normativos que tratam de temas fora da competência municipal ou estadual, que divergem de legislações federais e que tramitaram sem cumprir exigências legais. Entre as normas contestadas estão trechos do Plano Diretor de Natal (Lei Complementar nº 208/2022), da Lei Municipal nº 7.801/2024, da Lei Estadual nº 12.079/2025 e da Instrução Normativa Municipal nº 002/2025-GS/Semurb. O órgão também menciona mudanças propostas no Projeto de Lei nº 662/2025.

A Lei nº 7.801/2024, aprovada em regime de urgência, alterou regras para construções em Áreas Especiais de Interesse Turístico e Paisagístico, permitindo intervenções em terrenos considerados de preservação permanente. Esses espaços, segundo o MPF, deveriam permanecer sem edificações por sua função ambiental.

A Via Costeira possui mais de 1,3 milhão de metros quadrados e cerca de 9 km entre as praias de Ponta Negra e Areia Preta. Apesar da presença de hotéis e empreendimentos turísticos, a região ainda contém áreas sem edificações. Laudos do MPF e de pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) identificam que o local é formado por ecossistemas de restinga e dunas, responsáveis por controle de erosão, infiltração de água da chuva e suporte à fauna e flora.

Os estudos indicam que a ocupação intensiva pode intensificar processos erosivos, com risco de danos irreversíveis. A situação da praia de Ponta Negra, onde foi executada uma obra de engorda ao custo de mais de R$ 110 milhões, é citada como referência. O Estudo de Impacto Ambiental desse projeto aponta avanço da erosão em direção à Via Costeira.

A proximidade com o Parque das Dunas, maior reserva de Mata Atlântica sobre dunas do país, também é mencionada. O MPF afirma que alterações no uso do solo podem gerar impactos no parque. Além disso, a região faz limite com os bairros de Areia Preta e Praia do Meio, considerados suscetíveis a erosão e movimentos de massa.

O MPF reforça que eventos climáticos extremos e elevação do nível do mar devem ser considerados na legislação que define parâmetros de ocupação. O órgão afirma que a demora na suspensão das normas pode resultar em prejuízos ambientais e financeiros, incluindo pressão imobiliária crescente e custos futuros com obras de contenção.

A investigação foi iniciada após representação enviada por mais de 20 organizações da sociedade civil. Em 2024, o MPF e o Ministério Público do RN recomendaram a suspensão de novas autorizações de construção na área, sem sucesso. A Prefeitura de Natal publicou, em outubro, uma instrução normativa flexibilizando ainda mais regras de licenciamento.

A ação pede a suspensão de trechos de leis e de licenças concedidas desde o Plano Diretor de 2022, exceto as que comprovem conformidade com o Código Florestal. O MPF também requer a proibição de novas licenças que violem áreas de preservação e a criação do plano de proteção ambiental da Via Costeira. O processo tramita sob o número 0040934-67.2025.4.05.8400.

Foto: Sandro Menezes/Governo do RN / Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Recinfo lança programa para transformar a gestão de resíduos eletrônicos no RN

Recinfo lança programa para transformar a gestão de resíduos eletrônicos no RN

Iniciativa financiada pelo Ministério das Comunicações leva educação ambiental, ecopontos e inclusão produtiva para Mossoró, Assú e Baraúna.

Recinfo lança programa para transformar a gestão de resíduos eletrônicos no RN

A Recinfo RN dará início a uma das maiores iniciativas socioambientais já desenvolvidas no estado: o Projeto TecnoSustentável RN, aprovado pelo Edital de Apoio à Gestão de Resíduos Eletrônicos da EAF – braço social do Ministério das Comunicações. A proposta conquistou o maior valor de investimento entre todos os projetos selecionados, totalizando R$ 400 mil, e será implantada nas cidades de Mossoró, Assú e Baraúna, com foco em educação ambiental, inclusão produtiva e fortalecimento da economia circular.

Voltado para escolas, estudantes e a comunidade em geral, o TecnoSustentável RN tem como missão estimular o descarte correto de resíduos eletroeletrônicos e ampliar a conscientização sobre os impactos do lixo tecnológico no meio ambiente. Para isso, o projeto realizará ações educativas, oficinas práticas, campanhas de engajamento e atividades de mobilização, formando jovens multiplicadores e sensibilizando toda a sociedade.

Como uma das ações estruturantes, serão implantados 35 ecopontos para coleta de lixo eletrônico, distribuídos da seguinte forma: 20 em Mossoró, 10 em Assú e 5 em Baraúna. As caixas coletoras serão instaladas inicialmente em escolas, mas a Recinfo está aberta a novas parcerias com instituições públicas e privadas interessadas em receber um ecoponto gratuitamente, bastando manifestar interesse e realizar sua própria campanha de arrecadação.

O projeto também atuará diretamente com as cooperativas de catadores das três cidades, promovendo valorização profissional, inclusão produtiva e o fortalecimento das cadeias locais de reciclagem — parte fundamental para consolidar um modelo sustentável de logística reversa.

Recinfo lança programa para transformar a gestão de resíduos eletrônicos no RN
Recinfo lança programa para transformar a gestão de resíduos eletrônicos no RN

Outro eixo central do TecnoSustentável RN é a implantação de um Centro de Recondicionamento de Computadores (CRC). A proposta está em fase de articulação com o SESI Mossoró, que poderá receber o espaço. No local, pretende-se realizar capacitações em: desmontagem e triagem de eletrônicos, separação adequada de placas, testes e reaproveitamento de peças e possível montagem de computadores recondicionados. Se viabilizados, os computadores reconstituídos serão destinados às cooperativas parceiras, ampliando a capacidade operacional e tecnológica desses grupos.

Reconhecendo o potencial transformador do projeto e visando garantir continuidade às ações no interior do estado, a Recinfo anunciou também a abertura de uma sede oficial em Mossoró. A nova unidade dará suporte operacional ao projeto e reforçará o compromisso da empresa em fortalecer a economia circular na região, mesmo após a conclusão do TecnoSustentável RN.

Com foco em impacto socioambiental, inovação e formação cidadã, o TecnoSustentável RN transforma a logística reversa do lixo eletrônico em ferramenta de desenvolvimento, conectando escolas, cooperativas, instituições e a população em torno de um propósito comum: cuidar do meio ambiente e promover oportunidades sustentáveis.

Fotos: Divulgação

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Congresso derruba 52 vetos ao PL do Licenciamento Ambiental; veja como votou a bancada do RN

Congresso derruba 52 vetos ao PL do Licenciamento Ambiental; veja como votou a bancada do RN

Parlamentares potiguares se dividem em votação que restabelece trechos do projeto

Congresso derruba 52 vetos ao PL do Licenciamento Ambiental; bancada do RN se divide na votação

O Congresso Nacional derrubou 52 dos 63 vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Projeto de Lei que flexibiliza ou elimina regras do licenciamento ambiental no Brasil. A votação ocorreu na quinta-feira (27) e restabeleceu trechos do texto original do PL, apoiado por setores do agronegócio e por segmentos empresariais. A bancada federal do Rio Grande do Norte se dividiu na análise dos vetos.

Segundo levantamento da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), dos oito deputados federais do Rio Grande do Norte, seis votaram contra os vetos presidenciais e dois votaram a favor. Entre os senadores potiguares, dois foram contrários aos vetos e uma votou pela manutenção deles.

Entre os parlamentares que votaram a favor dos vetos, ou seja, acompanharam a posição do governo federal, estão os deputados federais Fernando Mineiro (PT) e Natália Bonavides (PT), além da senadora Zenaide Maia (PSD).

Já entre os que votaram contra os vetos, posicionando-se pela derrubada, estão os deputados general Girão (PL), Sargento Gonçalves (PL), João Maia (PP), Robinson Faria (PP), Benes Leocádio (União) e Carla Dickson (União). No Senado, votaram contra os vetos Rogério Marinho (PL) e Styvenson Valentim (PSDB).

Dispositivos retomados após a derrubada dos vetos

Com a derrubada dos vetos, diversos pontos do PL foram restabelecidos. Um dos dispositivos retomados é o que permite o autolicenciamento para obras de porte médio, por meio da chamada Licença por Adesão e Compromisso (LAC). Nessa modalidade, o empreendedor assume compromissos formais e obtém a licença sem a necessidade dos estudos ambientais exigidos atualmente.

Outro trecho retomado transfere para estados e Distrito Federal a definição de parâmetros ambientais do licenciamento, antes atribuída à União. A mudança descentraliza a regulamentação e altera o domínio federal sobre determinadas etapas do processo.

Também foram derrubados vetos que mantinham a participação de órgãos ambientais como o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) em etapas do licenciamento. Com isso, as atribuições desses órgãos são reduzidas no acompanhamento e na emissão de pareceres sobre empreendimentos.

O Congresso ainda restabeleceu dispositivos que limitam a consulta a povos indígenas e comunidades quilombolas em áreas afetadas por obras sujeitas a licenciamento. As exigências para consulta prévia previstas antes dos vetos do governo federal deixam de valer com a decisão do Legislativo.

Alterações sobre a Mata Atlântica

Outro ponto de destaque foi a derrubada do veto que impedia a retirada da Mata Atlântica de um regime de proteção mais rigoroso. Com isso, ficam reduzidas as exigências para supressão de vegetação nativa no bioma, que hoje preserva cerca de 24% de sua cobertura original.

Esse item tem sido tratado por organizações ambientais e pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) como uma das mudanças mais sensíveis do texto, pela relevância da Mata Atlântica para conservação e pelo histórico de pressão econômica sobre a região. O PL enfrenta críticas de entidades ambientais, que apontam riscos na flexibilização de regras de licenciamento.

Apoios e divergências sobre o PL

O texto do PL do Licenciamento Ambiental tem recebido apoio de setores ligados ao agronegócio e a atividades produtivas que dependem de autorização para obras e empreendimentos. Esses segmentos argumentam que a flexibilização trará mais celeridade aos processos. Por outro lado, organizações ambientais e o MMA manifestam contrariedade à proposta, citando possíveis impactos da redução de etapas de análise.

A derrubada dos vetos altera de forma significativa a aplicação das normas ambientais no país e redistribui responsabilidades entre União, estados e Distrito Federal.

Foto: José Cruz/Agência Brasil / Fernando Frazão/Agência Brasil

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Incêndio atinge Estação Ecológica do Seridó e mobiliza equipes por mais de 24 horas

Incêndio atinge Estação Ecológica do Seridó e mobiliza equipes por mais de 24 horas

Fogo começou na tarde de segunda (24) e exigiu atuação contínua das equipes; Operação utilizou combate direto, indireto e ações aéreas com mais de 13 mil litros de água

Um incêndio de grandes proporções atingiu a área de vegetação da Estação Ecológica do Seridó, localizada em Serra Negra do Norte, no interior do Rio Grande do Norte. O Corpo de Bombeiros confirmou que a ocorrência teve início na tarde de segunda-feira (24) e avançou rapidamente pela vegetação seca da unidade de conservação.

A corporação informou, na tarde desta terça-feira (25), que as equipes já atuavam no combate às chamas havia quase um dia. A última atualização daquele dia foi feita às 16h30, indicando que o trabalho permanecia em andamento para evitar a formação de novos focos. O avanço do incêndio exigiu atuação contínua durante toda a noite de segunda-feira e ao longo da manhã de terça.

Segundo o Corpo de Bombeiros, a propagação do fogo ocorreu de forma acelerada devido ao cenário de vegetação seca. Diante da magnitude do incêndio, as equipes utilizaram diferentes técnicas de combate. Foram empregados métodos diretos e indiretos, além do uso de equipamentos adequados para áreas de difícil acesso, já que o terreno da estação ecológica apresenta trechos acidentados.

Três equipes estiveram empenhadas na operação terrestre, atuando tanto na contenção quanto no resfriamento dos pontos ainda quentes. Para reforçar o trabalho, foi solicitado apoio aéreo na manhã de terça-feira (25). A Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social disponibilizou o helicóptero Potiguar 01, que passou a integrar a operação.

O apoio aéreo foi realizado por meio de um balde com capacidade para 540 litros de água por viagem. A aeronave realizou 35 lançamentos, totalizando mais de 13 mil litros de água diretamente sobre as áreas em combustão. O objetivo foi ampliar o controle sobre os focos e evitar que novas ignições se formassem na região atingida.

Ainda conforme o Corpo de Bombeiros, o incêndio afetou uma área de preservação ambiental, o que levou a corporação a concentrar esforços para minimizar impactos sobre a fauna e a flora locais. A operação foi planejada para impedir que o fogo se expandisse para outras partes da estação ecológica.

Ao longo da terça-feira, as equipes mantiveram o monitoramento constante da área. Os bombeiros destacaram que o trabalho só seria encerrado quando houvesse segurança de que todos os focos haviam sido eliminados e que não existiam riscos de reignição. Esse procedimento, segundo a corporação, é padrão em incêndios de vegetação que ocorrem em unidades de conservação.

O Corpo de Bombeiros reforçou que a continuidade das ações era necessária para garantir a estabilização da área atingida. A operação permaneceu ativa durante todo o dia, com equipes distribuídas tanto na linha de frente do combate quanto no controle de possíveis novos pontos de calor.

A corporação informou que seu efetivo seguia no local no final da tarde de terça-feira, com profissionais dedicados ao trabalho de controle total da área atingida. O monitoramento incluía a avaliação constante dos focos remanescentes, a eliminação de brasas e o resfriamento de trechos vulneráveis.

A Estação Ecológica do Seridó é uma unidade federal de preservação ambiental, o que aumenta a necessidade de atuação preventiva em situações como essa. O Corpo de Bombeiros destacou que todas as ações estavam sendo conduzidas com o objetivo de reduzir danos ambientais e evitar o agravamento da situação.

Foto: Reprodução

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Reservatórios do RN registram queda de 39,8% no volume armazenado, aponta Igarn

Reservatórios do RN registram queda de 39,8% no volume armazenado, aponta Igarn

Itans opera com 0,06% da capacidade e Passagem das Traíras registra 0,03%

O volume de água armazenada nos reservatórios do Rio Grande do Norte está em 40,29%, redução de 39,8% em comparação com os 66,95% registrados em 14 de novembro de 2024. Os dados foram divulgados pelo Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn) nesta segunda-feira (24). Dos 5.291.480.649 metros cúbicos de capacidade total, os 69 reservatórios monitorados acumulam 2.132.027.539 m³. Entre eles, 30 registram menos de 20% da capacidade e 19 têm entre 20% e 40%.

O reservatório de Itans, em Caicó, está entre os que apresentam menor volume, com 0,06% da capacidade total de 75.876.405 m³, armazenando 49.115 m³. Já a barragem Passagem das Traíras, localizada em São José do Seridó, possui o menor percentual entre os açudes monitorados, com 0,03% da capacidade, acumulando 17.210 m³ de um total de 49.702.393 m³. Do total de reservatórios analisados pelo Igarn, 54 registram volume inferior a 50%.

As duas maiores barragens do Rio Grande do Norte também apresentam níveis reduzidos. A Armando Ribeiro Gonçalves, situada no Vale do Açu, opera com 48,03% da capacidade, podendo acumular até 2,373 bilhões de metros cúbicos. A barragem de Oiticica, localizada em Jucurutu, registra 14,77% do volume, com capacidade de aproximadamente 742,6 milhões de metros cúbicos.

O Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas indica que 83,83% dos municípios do RN apresentaram algum nível de seca em outubro, equivalente a 140 municípios. A categoria mais frequente foi a seca grave, presente em 37,13% dos municípios, totalizando 62 localidades. Apenas 16,17% dos municípios não registraram seca relativa no período. A incidência de seca grave se concentrou nas regiões do Alto Oeste e do Seridó.

A Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do Rio Grande do Norte (Faern) avalia que os níveis atuais dos reservatórios representam risco para setores dependentes da disponibilidade de água. A entidade afirma que os impactos são perceptíveis na agricultura e na pecuária. Em nota, a Faern relata que produtores de agricultura de sequeiro registram perdas relacionadas à irregularidade das chuvas, reduzindo ciclos produtivos e produtividade. No setor da fruticultura irrigada, a redução do volume útil dos reservatórios tem ampliado custos operacionais devido ao aumento no bombeamento e no consumo de energia.

O presidente da Faern, José Vieira, afirma que são necessárias políticas públicas de gestão de recursos hídricos para manter a competitividade da fruticultura irrigada, garantir a continuidade da agricultura familiar e viabilizar condições para que a pecuária atravesse períodos de estiagem. Ele destaca a necessidade de planejamento e de ações voltadas ao enfrentamento de períodos de seca recorrentes.

Em 1º de outubro, o Governo do RN reconheceu situação de seca em 147 municípios após a redução das chuvas em 2025. Na ocasião, foram anunciadas medidas para enfrentamento à estiagem no semiárido potiguar. Entre as ações previstas estão a perfuração e instalação de 500 poços até abril de 2026, a construção de 2.500 cisternas e a recuperação e instalação de sistemas de dessalinização.

No setor agrícola, o Governo informou que mantém projeto da Emparn para produção de feno subsidiado, voltado a pequenos produtores. O Estado também anunciou a distribuição de palma forrageira, destinada ao consumo imediato dos rebanhos e ao fornecimento de mudas para alimentação futura dos animais.

O abastecimento da zona rural de 76 municípios ocorre por meio do Programa Operação Carro-Pipa. A reportagem solicitou informações atualizadas à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) e à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e da Agricultura Familiar (Sedraf) sobre ações de enfrentamento à crise hídrica e medidas voltadas ao setor agrícola, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração / Arquivo/IGARN

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Incêndio na Blue Zone da COP30 provoca evacuação e suspensão das atividades

Incêndio na Blue Zone da COP30 provoca evacuação e suspensão das atividades

Foco de incêndio atinge área da conferência em Belém; público é retirado e negociações são temporariamente suspensas

Incêndio na Blue Zone da COP30 provoca evacuação e suspensão das atividades

Um foco de incêndio atingiu, nesta quarta-feira, a área da Blue Zone da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém. O incidente levou à evacuação completa do público presente e à suspensão temporária das atividades do evento, que se encontra na fase final das negociações internacionais.

A organização da COP30 confirmou que não há registro de feridos. A evacuação ocorreu logo após o início do fogo, e equipes de segurança atuaram para isolar a área afetada.

Segundo as primeiras informações divulgadas pelo ministro do Turismo, Celso Sabino, o incêndio teria começado na área do estande da China, instalada dentro da Blue Zone. Essa área é uma das mais movimentadas da conferência, por abrigar delegações oficiais, negociadores e representantes de diversos países.

Sabino explicou que as estruturas utilizadas nos pavilhões possuem lonas antichamas, o que contribuiu para evitar a propagação das chamas para outras instalações do evento. O controle da situação ocorreu de forma rápida, de acordo com avaliação inicial das equipes responsáveis pela segurança.

O ministro afirmou que a retomada das atividades depende da avaliação técnica das equipes de inspeção e segurança:
“Em breve vamos saber se os trabalhos recomeçarão aqui na Blue Zone ainda hoje ou a partir de amanhã”, declarou.

As delegações participantes aguardam orientações sobre o possível retorno da agenda do dia. A Coordenação da COP30 mantém monitoramento da área para determinar se há condições de restabelecer o acesso e dar continuidade às negociações.

A Blue Zone é a área oficial sob gestão da Organização das Nações Unidas (ONU), onde ocorrem as negociações formais sobre clima. Por concentrar grande parte das atividades diplomáticas e reuniões multilaterais, a suspensão temporária afeta diretamente o andamento da conferência, especialmente em sua etapa final, quando acordos e resoluções costumam ser fechados.

Até o momento, o Ministério do Turismo reforça que não há relatos de feridos e que a evacuação ocorreu de maneira preventiva, seguindo protocolos de segurança estabelecidos para eventos internacionais de grande porte. As causas do incêndio ainda serão apuradas.

A expectativa é de que a organização divulgue nas próximas horas um posicionamento sobre a continuidade da programação e sobre o impacto da ocorrência no cronograma das negociações da COP30.

Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

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COP30 entra na segunda semana com baixa adesão financeira e impasse global

COP30 entra na segunda semana com baixa adesão financeira e impasse global

Conferência em Belém soma US$ 300 bilhões em promessas, apenas 23% do valor necessário para ações climáticas na próxima década.

COP30 entra na segunda semana com baixa adesão financeira e impasse global

A COP30 iniciou sua segunda semana em Belém com desafios para alcançar as metas de financiamento climático propostas pela presidência brasileira. Até o momento, governos e instituições anunciaram cerca de US$ 300 bilhões, valor que representa apenas 23% do montante considerado necessário para sustentar ações globais na próxima década.

O cenário evidencia o impasse entre países desenvolvidos e nações em desenvolvimento, já que os maiores aportes não vieram de Estados, mas de bancos multilaterais. Dez grandes bancos de desenvolvimento concentram as principais promessas, totalizando aproximadamente R$ 1,6 trilhão em recursos até 2030.

Distribuição dos recursos anunciados

Do total previsto, US$ 185 bilhões devem ser direcionados a países em desenvolvimento, incluindo aqueles que abrigam florestas tropicais. Para essa parcela, os próprios bancos devem aportar US$ 120 bilhões, enquanto outros US$ 65 bilhões deverão ser captados no mercado privado por meio de operações estruturadas.

As economias desenvolvidas também estão contempladas, com mais US$ 115 bilhões anunciados pelas instituições multilaterais. Desse valor, US$ 50 bilhões sairão diretamente dos bancos e o restante será obtido junto ao setor privado. A estratégia busca atrair investidores para o financiamento climático por meio de instrumentos inovadores, como títulos de adaptação, certificados sustentáveis compatíveis com regras islâmicas e mecanismos de garantia e mitigação de riscos.

COP30 entra na segunda semana
COP30 entra na segunda semana

Desafios para a transição verde

Apesar das cifras apresentadas, representantes dos bancos afirmam que a transição para uma economia verde não depende apenas de recursos financeiros, mas também de planejamento estratégico. Segundo eles, é necessário priorizar regiões e populações mais vulneráveis, como pequenos Estados insulares ameaçados pelo aumento do nível do mar.

A conferência entra na reta final pressionada por lacunas financeiras e pela necessidade de fechar acordos até o encerramento dos trabalhos. Sem compromissos mais robustos por parte dos países ricos, as metas de financiamento climático permanecem distantes do ideal para enfrentar os impactos das mudanças climáticas.

Expectativas para os próximos dias

A presidência brasileira da COP30 defende que os aportes sejam ampliados para garantir a implementação de projetos de mitigação e adaptação em escala global. A expectativa é que novas negociações ocorram nos próximos dias, envolvendo governos, instituições financeiras e representantes do setor privado.

A conferência também discute mecanismos para tornar os investimentos mais atrativos, reduzindo riscos e garantindo retorno aos investidores. Entre as propostas estão a criação de fundos de garantia e o fortalecimento de instrumentos financeiros sustentáveis.

Com a segunda semana em andamento, a COP30 segue como espaço central para definir estratégias de financiamento climático e estabelecer compromissos que possam acelerar a transição para uma economia de baixo carbono.

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

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COP30 encerra primeira semana com impasses e cobrança da ONU ao Brasil

COP30 encerra primeira semana com impasses e cobrança da ONU ao Brasil

Financiamento climático e metas de emissões seguem travados; ONU pede ajustes na segurança após invasão na Blue Zone

COP30 encerra primeira semana com impasses e cobrança da ONU ao Brasil

A COP30 encerrou sua primeira semana de negociações em Belém com poucos avanços e um cenário marcado por impasses entre as delegações. Os principais temas em discussão — financiamento climático e metas de redução de emissões — permanecem sem consenso, refletindo o tradicional embate entre países desenvolvidos e nações do Sul Global.

As economias mais ricas defendem compromissos mais robustos e relatórios frequentes sobre emissões, enquanto países em desenvolvimento afirmam que não ampliarão suas metas sem garantias concretas de recursos financeiros. Essa divergência tem dificultado o progresso das negociações e ampliado a tensão nos bastidores.

Delegações de países vulneráveis acusam as economias centrais de não cumprirem compromissos anteriores relacionados ao financiamento climático. Esses representantes argumentam que a transição para uma economia de baixo carbono não pode recair sobre nações que já enfrentam os maiores impactos das mudanças climáticas. Como anfitrião, o Brasil busca mediar as diferenças e anunciou a ampliação das rodadas de encontros bilaterais ainda neste sábado, quando uma nova plenária deve atualizar o andamento das conversas.

COP30 encerra primeira semana
COP30 encerra primeira semana

Cobrança da ONU ao Brasil

A organização do evento também foi alvo de críticas. A ONU enviou uma carta ao governo brasileiro, ao presidente da COP30 e ao governador do Pará cobrando ajustes imediatos após a invasão de manifestantes à área oficial de negociações, conhecida como Blue Zone, na última terça-feira (11). O documento apontou falhas de segurança e classificou o episódio como uma situação atípica para conferências climáticas.

Além da invasão, delegações relataram problemas estruturais desde o início da conferência, incluindo falhas no sistema de refrigeração, falta de água em banheiros e dificuldades logísticas. Esses pontos foram destacados como fatores que prejudicam a dinâmica das negociações.

Após o ofício da ONU, a Casa Civil informou que não participou das decisões relacionadas à segurança durante o protesto. O órgão ressaltou que a proteção da Blue Zone é responsabilidade do UNDSS, departamento das Nações Unidas encarregado da área. O governo brasileiro afirmou que todos os pedidos da ONU estão sendo atendidos e que, em conjunto com o governo do Pará e o UNDSS, reforçou os perímetros de segurança e revisou o efetivo policial para evitar novas falhas.

Próximos passos

Com a primeira semana concluída, as negociações entram em uma fase decisiva. A expectativa é que os próximos dias tragam avanços nas discussões sobre financiamento climático e metas de emissões, pontos centrais para o sucesso da conferência. O Brasil, como país anfitrião, continuará atuando para reduzir as tensões entre os blocos e garantir que as conversas avancem antes do encerramento do evento.

Foto: Tânia Rego/Agência Brasil/Divulgação/Palácio do Planalto

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Maior cajueiro do mundo é reconhecido como patrimônio do Rio Grande do Norte

Maior cajueiro do mundo é reconhecido como patrimônio do Rio Grande do Norte

Lei estadual oficializa o Cajueiro de Pirangi como patrimônio natural, histórico e turístico do RN

Maior cajueiro do mundo é reconhecido como patrimônio do Rio Grande do Norte

O Cajueiro de Pirangi, localizado no município de Parnamirim, foi oficialmente reconhecido como patrimônio natural, paisagístico, ambiental, histórico e turístico material do Rio Grande do Norte. A lei que concede essa classificação foi publicada na edição do Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira (11).

A árvore é registrada pelo Guiness Book, o Livro dos Recordes, como o maior cajueiro do mundo desde 1994, quando sua área era estimada em cerca de 8,5 mil metros quadrados. Atualmente, o local é considerado um dos principais pontos turísticos do estado. Segundo dados do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema), responsável pela administração do espaço, mais de 350 mil turistas visitaram o cajueiro em 2024.

História e características

A idade do cajueiro é estimada em 136 anos, com base em relatos históricos da população local. A tradição oral indica que a árvore foi plantada em dezembro de 1888 por um pescador chamado Luiz Inácio de Oliveira. Registros fotográficos de quase sete décadas mostram moradores utilizando a sombra da árvore, que na época era conhecida como “o polvo” devido à forma dos galhos.

Enquanto um cajueiro comum vive em média 50 anos, o Cajueiro de Pirangi continua frutificando e servindo de abrigo para diversas espécies, como lagartos, timbus, aves migratórias, abelhas gigantes e formigas. A longevidade da árvore é atribuída a um processo chamado mergulhia, no qual os galhos crescem lateralmente, tocam o solo e criam novas raízes, originando outros galhos. Apesar disso, o caule e a raiz principal permanecem vivos.

A safra de cajus geralmente ocorre entre novembro e janeiro, podendo se estender até março em algumas ocasiões.

maior cajueiro do mundo
maior cajueiro do mundo

Debate sobre poda

Em 2025, a árvore se tornou alvo de um debate após decisão judicial que determinou a realização de poda, algo inédito até então. Até o momento, apenas manejos sanitários foram feitos para combater pragas como cupins. O Idema considera a poda necessária, mas biólogos e trabalhadores da região manifestaram preocupação sobre possíveis impactos na longevidade e nas características da árvore.

Estima-se que cerca de 1,2 mil metros da planta ultrapassem a área cercada, alcançando plataformas que conduzem os galhos por cima das ruas e próximos a residências e estabelecimentos comerciais.

Foto: Divulgação/Caroline Macedo/Idema

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Conferência internacional discute metas climáticas, financiamento e transição energética em meio a cenário global desafiador

COP30 começa em Belém com alerta da ONU sobre ritmo insuficiente

Conferência internacional discute metas climáticas, financiamento e transição energética em meio a cenário global desafiador

COP30 começa em Belém com alerta da ONU sobre ritmo insuficiente

A COP30 teve início oficialmente nesta segunda-feira (10), em Belém, com a presença de líderes globais e representantes de mais de 190 países. A conferência ocorre em um contexto de avanços tecnológicos e investimentos em energia limpa, mas também de preocupações crescentes sobre o ritmo da transição climática. Relatório recente da Organização das Nações Unidas (ONU) aponta que as atuais trajetórias de emissões podem levar o planeta a um aquecimento entre 2,3°C e 2,5°C, acima do limite de 1,5°C estabelecido pelo Acordo de Paris.

Dados da Agência Internacional de Energia indicam crescimento nas fontes renováveis, como solar e eólica, além de aumento nas vendas de veículos elétricos. Em 2024, os investimentos em energia limpa somaram US$ 2,2 trilhões. No entanto, especialistas alertam que esses avanços ainda não são suficientes para substituir os combustíveis fósseis. A demanda por carvão, por exemplo, deve permanecer elevada até 2027, especialmente na Ásia.

Durante a Cúpula de Líderes, realizada nos dias 6 e 7 de novembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o multilateralismo e propôs mecanismos globais de financiamento climático, incluindo taxação mínima para super-ricos e grandes corporações. O secretário-geral da ONU, António Guterres, criticou empresas que lucram com a crise climática. O presidente do Chile, Gabriel Boric, rebateu declarações negacionistas feitas por Donald Trump, ausente da conferência.

COP30 começa em Belém
COP30 começa em Belém

A NDC brasileira prevê redução de 59% a 67% das emissões até 2035, com meta de desmatamento ilegal zero até 2030. O plano inclui ainda a neutralidade climática até 2050 e políticas estruturadas no Plano de Transformação Ecológica. Especialistas avaliam que as metas são factíveis, mas ainda abaixo do potencial ambiental do país.

A conjuntura internacional também apresenta desafios. Conflitos armados, a saída temporária dos Estados Unidos do Acordo de Paris e o aumento das emissões de CO2 em 2024 colocam em xeque a urgência da agenda climática. Até o momento, menos de 80 países atualizaram suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), que representam 64% das emissões globais. A Índia, terceira maior emissora, ainda não apresentou suas metas.

Em carta divulgada no sábado (9), o presidente-designado da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, convocou os países a transformar Belém em um ciclo de ação climática. A preparação para a conferência incluiu encontros como a Conferência de Bonn, na Alemanha, e a Pré-COP, realizada em Brasília.

Três temas principais devem orientar as negociações: adaptação climática, transição justa e implementação do Balanço Global do Acordo de Paris. A adaptação envolve medidas para lidar com eventos extremos, como o tornado que atingiu Rio Novo do Iguaçu, no Paraná. A transição justa busca garantir que trabalhadores de setores poluentes tenham oportunidades em novas áreas da economia. O Balanço Global, iniciado na COP28 em Dubai, apresenta recomendações para superar os desafios climáticos.

O financiamento é considerado o principal obstáculo nas negociações. Sem recursos adequados, a transição para uma economia de baixo carbono se torna inviável. Para enfrentar esse desafio, foi apresentado o plano estratégico “Mapa do Caminho de Baku a Belém”, com objetivo de viabilizar US$ 1,3 trilhão por ano em financiamento climático.

Na agenda brasileira, destaca-se o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), lançado durante a Cúpula do Clima. O fundo conta com promessas de mais de US$ 5,5 bilhões para proteção das florestas tropicais em cerca de 70 países. Pelo menos 20% dos recursos devem ser destinados a comunidades tradicionais e povos indígenas.

Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

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Governo federal já desembolsou R$ 382 milhões para realização da COP30 em Belém

Governo federal já desembolsou R$ 382 milhões para realização da COP30 em Belém

Maior parte dos recursos foi destinada à Organização dos Estados Ibero-Americanos, responsável pela estrutura do evento climático da ONU

Governo federal já desembolsou R$ 382 milhões para realização da COP30 em Belém

A Presidência da República já executou R$ 382,3 milhões em despesas para a realização da COP30, conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que tem início nesta segunda-feira (10), em Belém (PA). O evento é considerado o principal fórum internacional da ONU voltado ao debate sobre mudanças climáticas e requer uma estrutura complexa e de alto custo logístico.

As informações são da coluna de Andreza Matais, do portal Metrópoles. Segundo os dados divulgados, a maior parte dos recursos foi repassada à Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), instituição contratada para organizar o encontro.

Organização dos Estados Ibero-Americanos recebeu R$ 323,7 milhões

De acordo com a publicação, a OEI recebeu R$ 323,7 milhões dos recursos já desembolsados. O contrato firmado com a entidade, inicialmente orçado em R$ 423,5 milhões, foi fechado por R$ 478,3 milhões, incluindo uma taxa de 5% destinada à própria organização pelo serviço de gestão do evento.

A partir desses repasses, a OEI contratou o Grupo DMDL para realizar a montagem das estruturas temporárias no antigo Aeroclube de Belém, que foi adaptado para sediar parte das atividades da conferência. Além disso, o Consórcio Pronto RG foi contratado para a operação logística e coordenação técnica do evento.

Repasses à ONU e ao governo do Pará

Além da contratação da OEI, a Presidência da República destinou R$ 38,3 milhões à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). O valor foi previamente acordado para cobrir custos operacionais da conferência, como infraestrutura internacional e suporte técnico às delegações participantes.

Outro repasse significativo foi feito ao governo do Estado do Pará, que recebeu R$ 20,3 milhões para garantir transporte exclusivo aos participantes da COP30. O valor cobre a locação e operação de ônibus que atenderão 15 linhas especiais na região metropolitana de Belém, restritas ao uso de delegações e convidados oficiais, sem acesso para o público em geral.

Estrutura e investimentos para o evento climático da ONU

Os gastos concentram-se na montagem de uma estrutura temporária voltada à recepção de delegações internacionais, autoridades ambientais, organizações multilaterais e representantes da sociedade civil.

A COP30 contará com acordos internacionais, painéis de negociação climática, debates sobre metas de descarbonização e iniciativas de sustentabilidade global. A previsão é que o evento reúna representantes de dezenas de países, consolidando Belém como centro das discussões climáticas mundiais durante toda a semana da conferência.

O volume de recursos já empenhados e repassados indica a dimensão do esforço administrativo e financeiro conduzido pelo governo federal para assegurar o funcionamento da conferência, considerada uma das maiores já realizadas na região Norte.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

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Inmet emite alertas de baixa umidade para mais de 100 cidades do RN

Inmet emite alertas de baixa umidade para mais de 100 cidades do RN

Avisos do tipo amarelo indicam perigo potencial e valem até domingo (9) em municípios do interior e da região central do estado

Inmet emite alertas de baixa umidade para mais de 100 cidades do RN

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu dois alertas de baixa umidade que atingem mais de 100 municípios do Rio Grande do Norte. O primeiro aviso segue válido até 21h deste sábado (8), enquanto o segundo começa às 10h de domingo (9) e se estende até 21h do mesmo dia.

Os avisos são classificados como de perigo potencial, representados pela cor amarela, o menor nível na escala de severidade do órgão.

Segundo o Inmet, durante o período de validade dos alertas, a umidade relativa do ar deve variar entre 30% e 20%, valores considerados baixos e que exigem atenção quanto à saúde e ao risco de incêndios florestais.

O instituto recomenda que a população beba bastante líquido, evite desgaste físico nas horas mais secas e não se exponha ao sol nos períodos mais quentes do dia. Em casos de emergência, o Inmet orienta que os moradores entrem em contato com a Defesa Civil (199) ou com o Corpo de Bombeiros (193).

Os dois alertas abrangem municípios de diferentes regiões do estado. De acordo com o Inmet, o alerta amarelo indica que há baixo risco à saúde e possibilidade moderada de incêndios florestais, especialmente em áreas de vegetação seca.

A condição de baixa umidade é comum nesta época do ano, quando o estado enfrenta temperaturas mais elevadas e longos períodos sem chuva. A redução na umidade relativa do ar pode causar ressecamento da pele, desconforto nos olhos e irritação nas vias respiratórias, sendo importante manter hidratação constante e buscar locais arejados.

O Inmet mantém o acompanhamento contínuo das condições meteorológicas e pode atualizar ou estender os alertas conforme a variação dos índices de umidade nos próximos dias.

Municípios em alerta de baixa umidade no sábado (8)

  • Acari
  • Afonso Bezerra
  • Água Nova
  • Alexandria
  • Almino Afonso
  • Alto do Rodrigues
  • Angicos
  • Antônio Martins
  • Apodi
  • Assú
  • Augusto Severo
  • Baraúna
  • Barcelona
  • Bento Fernandes
  • Bodó
  • Caicó
  • Caiçara do Rio do Vento
  • Campo Redondo
  • Caraúbas
  • Carnaubais
  • Carnaúba dos Dantas
  • Cerro Corá
  • Coronel Ezequiel
  • Coronel João Pessoa
  • Cruzeta
  • Currais Novos
  • Doutor Severiano
  • Encanto
  • Equador
  • Felipe Guerra
  • Fernando Pedroza
  • Florânia
  • Francisco Dantas
  • Frutuoso Gomes
  • Governador Dix-Sept Rosado
  • Ipanguaçu
  • Ipueira
  • Itajá
  • Itaú
  • Jaçanã
  • Jandaíra
  • Janduís
  • Januário Cicco
  • Japi
  • Jardim de Angicos
  • Jardim de Piranhas
  • Jardim do Seridó
  • João Câmara
  • João Dias
  • José da Penha
  • Jucurutu
  • Lagoa Nova
  • Lagoa de Velhos
  • Lajes
  • Lajes Pintadas
  • Lucrécia
  • Luís Gomes
  • Macau
  • Major Sales
  • Marcelino Vieira
  • Martins
  • Messias Targino
  • Monte das Gameleiras
  • Mossoró
  • Olho d’Água do Borges
  • Ouro Branco
  • Paraná
  • Paraú
  • Parelhas
  • Patu
  • Pau dos Ferros
  • Pedra Preta
  • Pedro Avelino
  • Pendências
  • Pilões
  • Portalegre
  • Rafael Fernandes
  • Rafael Godeiro
  • Riacho da Cruz
  • Riacho de Santana
  • Riachuelo
  • Rodolfo Fernandes
  • Ruy Barbosa
  • Santa Cruz
  • Santa Maria
  • Santana do Matos
  • Santana do Seridó
  • Senador Elói de Souza
  • Serra Caiada
  • Serra Negra do Norte
  • Serra de São Bento
  • Serra do Mel
  • Serrinha dos Pintos
  • Severiano Melo
  • São Bento do Trairí
  • São Fernando
  • São Francisco do Oeste
  • São José do Campestre
  • São José do Seridó
  • São João do Sabugi
  • São Miguel
  • São Paulo do Potengi
  • São Rafael
  • São Tomé
  • São Vicente
  • Sítio Novo
  • Taboleiro Grande
  • Tangará
  • Tenente Ananias
  • Tenente Laurentino Cruz
  • Timbaúba dos Batistas
  • Triunfo Potiguar
  • Umarizal
  • Upanema
  • Venha-Ver
  • Viçosa

Municípios em alerta de baixa umidade no domingo (9)

  • Acari
  • Assú
  • Afonso Bezerra
  • Água Nova
  • Alexandria
  • Almino Afonso
  • Angicos
  • Antônio Martins
  • Apodi
  • Augusto Severo
  • Barcelona
  • Bento Fernandes
  • Bodó
  • Caiçara do Rio do Vento
  • Caicó
  • Campo Redondo
  • Caraúbas
  • Carnaúba dos Dantas
  • Cerro Corá
  • Coronel Ezequiel
  • Coronel João Pessoa
  • Cruzeta
  • Currais Novos
  • Doutor Severiano
  • Encanto
  • Equador
  • Felipe Guerra
  • Fernando Pedroza
  • Florânia
  • Francisco Dantas
  • Frutuoso Gomes
  • Governador Dix-Sept Rosado
  • Ipanguaçu
  • Ipueira
  • Itajá
  • Itaú
  • Jaçanã
  • Janduís
  • Japi
  • Jardim de Angicos
  • Jardim de Piranhas
  • Jardim do Seridó
  • João Câmara
  • João Dias
  • José da Penha
  • Jucurutu
  • Lagoa de Velhos
  • Lagoa Nova
  • Lajes
  • Lajes Pintadas
  • Lucrécia
  • Luís Gomes
  • Major Sales
  • Marcelino Vieira
  • Martins
  • Messias Targino
  • Monte das Gameleiras
  • Mossoró
  • Olho d’Água do Borges
  • Ouro Branco
  • Paraná
  • Paraú
  • Parelhas
  • Patu
  • Pau dos Ferros
  • Pedra Preta
  • Pedro Avelino
  • Pilões
  • Portalegre
  • Rafael Fernandes
  • Rafael Godeiro
  • Riacho da Cruz
  • Riacho de Santana
  • Riachuelo
  • Rodolfo Fernandes
  • Ruy Barbosa
  • Santa Cruz
  • Santana do Matos
  • Santana do Seridó
  • São Bento do Trairí
  • São Fernando
  • São Francisco do Oeste
  • São João do Sabugi
  • São José do Campestre
  • São José do Seridó
  • São Miguel
  • São Paulo do Potengi
  • São Rafael
  • São Tomé
  • São Vicente
  • Senador Elói de Souza
  • Serra Caiada
  • Serra de São Bento
  • Serra Negra do Norte
  • Serrinha dos Pintos
  • Severiano Melo
  • Sítio Novo
  • Taboleiro Grande
  • Tangará
  • Tenente Ananias
  • Tenente Laurentino Cruz
  • Timbaúba dos Batistas
  • Triunfo Potiguar
  • Umarizal
  • Upanema
  • Venha-Ver
  • Viçosa

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

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Número de feridos chega a 750 após passagem de tornado pelo Paraná

Número de feridos chega a 750 após passagem de tornado pelo Paraná

Rio Bonito do Iguaçu está praticamente destruída, diz prefeito

O governo do Paraná informou que, até o início da tarde deste sábado (8), 750 pessoas foram atendidas em unidades de Saúde do estado em decorrência da passagem de um tornado por cidades paranaenses. O fenômeno provocou a morte de seis pessoas.

O município mais atingido foi Rio Bonito do Iguaçu, que fica a cerca de 400 quilômetros de Curitiba. Dados da Defesa Civil paranaense estimam que até 90% da área urbana da cidade foram atingidos.

Segundo as informações oficiais, a maior parte dos feridos foi atendida em duas unidades hospitalares, uma unidade básica de saúde (UBS) e uma faculdade de Laranjeiras do Sul.

Casos mais graves estão sendo encaminhados para o Hospital Universitário de Cascavel e para o Hospital Regional de Guarapuava. Quatro pessoas precisaram passar por cirurgia.

Em Rio Bonito do Iguaçu, “as estruturas de saúde estão todas colapsadas”, disse o secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto. Segundo o gestor, apenas um centro de saúde da cidade está aberto. “Um grande movimento das prefeituras do entorno somou uma força tarefa para manter funcionando”, acrescentou o secretário.

Tornado

O fenômeno climático atingiu a região Centro-Sul do Paraná na noite de sexta-feira e foi classificado como tornado de categoria F3, com ventos de até 250 quilômetros por hora, segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).

O governador do Paraná, Ratinho Jr., foi para a cidade de manhã cedo. Além dos esforços para o atendimento de desabrigados e feridos, ele anunciou uma parceria com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) para agilizar o levantamento dos estragos e antecipar os esforços de reconstrução, principalmente, de casas.

O número total de desabrigados ainda não foi calculado pelas autoridades. Até o início da manhã, entretanto, a Defesa Civil calculava 10 mil pessoas impactadas pelos ventos, com 28 desabrigados e 1 mil desalojados.

“Agora vamos realizar esse levantamento para que possamos ajudá-las de alguma forma, seja com linhas de crédito, seja com apoio para reconstrução ou para cobrir prejuízos em diversos setores. A cidade está praticamente destruída, o que torna impossível fazer um levantamento detalhado neste momento”, disse o prefeito de Rio Bonito do Iguaçu, Sezar Augusto Bovino.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou o envio imediato de equipes da Defesa Civil Nacional especializadas no trabalho de acolhimento das vítimas e de reconstrução. A comitiva federal é liderada pela ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que irá acompanhar os trabalhos no local.

O Ministério da Saúde enviou uma equipe da Força Nacional do SUS ao município paranaense. A equipe é composta por cinco profissionais especializados, entre eles, um especialista em saúde mental em desastres, um médico sanitarista, um enfermeiro, um analista de recursos logísticos e um analista de incidentes e reconstrução assistencial.

Os profissionais irão atuar na reativação dos serviços de saúde, no apoio à gestão local e na resposta assistencial e psicossocial imediata, garantindo a retomada segura e rápida do atendimento integral à população afetada.

A expectativa para os próximos dias é que uma massa de ar frio derrube as temperaturas no Paraná e em Santa Catarina. Em Rio Bonito do Iguaçu, epicentro do tornado, a temperatura deve oscilar entre 13 e 22 graus Celsius (°C) neste sábado (8), mas a medição mínima pode chegar a 11°C no domingo (9).

Foto: Ari Dias/AEN / Jonathan Campos/AEN

Da Agência Brasil

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Calor extremo: Caicó registra 39,8°C e fica entre as cidades mais quentes do Brasil

Calor extremo: Caicó registra 39,8°C e fica entre as cidades mais quentes do Brasil

Inmet aponta temperaturas acima da média no Seridó potiguar; meteorologista explica causas e prevê chuvas apenas na segunda quinzena de novembro

Calor extremo: Caicó registra 39,8°C e fica entre as cidades mais quentes do Brasil

A cidade de Caicó, localizada na região Seridó do Rio Grande do Norte, registrou temperatura máxima de 39,8°C nesta terça-feira (4), segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Com o registro, o município ficou entre os três lugares mais quentes do país ao longo do dia, ficando atrás apenas de Ibotirama (BA) e Picos (PI), que atingiram 39,9°C.

Além de Caicó, outro município potiguar que apresentou altas temperaturas foi Ipanguaçu, que chegou a 38,9°C. O calor intenso tem sido uma constante nos primeiros dias de novembro, especialmente nas regiões Seridó, Médio Oeste e Alto Oeste potiguar, segundo a Empresa de Pesquisas Agropecuárias do Rio Grande do Norte (Emparn).

De acordo com o meteorologista Gilmar Bristot, o início do mês tem apresentado temperaturas entre um e dois graus acima da média para o período. A principal causa é a ausência de nebulosidade e a radiação solar direta, que eleva o aquecimento do solo e, consequentemente, a temperatura do ar.

Falta de nebulosidade e baixa umidade intensificam calor

O fenômeno que provoca o aumento da temperatura está relacionado à falta de nuvens no céu, o que permite uma radiação solar mais intensa sobre o solo. Essa condição faz com que o calor seja absorvido e mantido por mais tempo, elevando as máximas diárias.

A umidade relativa do ar também tem sido um fator agravante. No Seridó, o índice chegou a 19%, um valor considerado muito baixo e que intensifica a sensação térmica de calor. Segundo o Inmet, níveis abaixo de 30% já demandam cuidados especiais com a saúde e hidratação.

O meteorologista destaca que essa combinação de alta radiação solar, baixa umidade e ausência de nebulosidade deve se manter nos próximos dias, mantendo o quadro de calor intenso sobre o interior potiguar.

Previsão aponta temperaturas elevadas e chance de chuva no fim do mês

Apesar do calor persistente, a Emparn prevê que chuvas isoladas podem ocorrer na segunda quinzena de novembro, o que deve contribuir para reduzir as temperaturas e aumentar a umidade do ar.

Até lá, a tendência é que o interior do Rio Grande do Norte continue registrando temperaturas próximas ou acima dos 39°C, especialmente em áreas mais secas. A orientação dos órgãos meteorológicos é manter hidratação constante e evitar exposição prolongada ao sol nos horários de pico.

Os registros de calor em Caicó reforçam o cenário de anomalias térmicas observadas em boa parte do Nordeste nos últimos dias. O Inmet segue monitorando as condições climáticas na região e alerta para a possibilidade de novos recordes de temperatura caso as condições atmosféricas permaneçam inalteradas.

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília / Tony Oliveira/Agência Brasília

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Governo e Prefeitura de Natal farão reuniões mensais sobre Parque Linear

Governo e Prefeitura de Natal farão reuniões mensais sobre Parque Linear

Projeto na Avenida Roberto Freire ainda não tem cronograma definido e depende de elaboração técnica

Governo e Prefeitura de Natal farão reuniões mensais sobre Parque Linear

A Prefeitura de Natal e o Governo do Estado do Rio Grande do Norte decidiram realizar reuniões mensais para acompanhar o desenvolvimento do projeto do Parque Linear previsto para a Avenida Engenheiro Roberto Freire. A iniciativa visa promover o diálogo entre as partes envolvidas e garantir o alinhamento técnico e legal necessário para a execução do projeto.

A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) já iniciou os trâmites legais para a elaboração do projeto, incluindo cotação de preços, chamamento público nacional, processo licitatório e período de contestações legais. Após essas etapas, o processo seguirá com a homologação do contrato, contratação da empresa responsável e elaboração do projeto. Até o momento, não há cronograma definido para a conclusão dessas fases.

Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, Thiago Mesquita, as reuniões mensais terão como foco o acompanhamento do andamento do projeto. As discussões técnicas mais aprofundadas só ocorrerão após a apresentação do projeto definitivo. O município ainda não possui um projeto básico com estudos complementares e ambientais concluídos.

Na última reunião entre os órgãos envolvidos, a Prefeitura propôs uma pausa nas decisões, destacando que qualquer avaliação sobre a viabilidade ou compatibilidade do projeto é prematura sem a consolidação de um projeto formal. O município encaminhou ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA) e ao Conselho Gestor do Parque das Dunas apenas um conceito inicial, com ideias sobre os equipamentos que poderiam ser implantados na área.

O IDEMA e o Conselho Gestor do Parque das Dunas emitiram uma nota oficial afirmando que o projeto seria incompatível com as diretrizes do plano de manejo vigente. A Prefeitura contestou a afirmação, argumentando que não há um projeto formalizado que possa ser avaliado quanto à compatibilidade.

De acordo com o secretário, não há negociações formais entre a Prefeitura e o Governo do Estado. O que está ocorrendo é um diálogo mediado pelo Ministério Público, tanto na esfera federal quanto estadual. O município já participou de duas audiências sobre o tema: uma exclusiva da Prefeitura e outra com a presença do IDEMA e do Conselho Gestor.

Governo e Prefeitura de Natal farão reuniões mensais
Governo e Prefeitura de Natal farão reuniões mensais

O diálogo entre as partes tem sido considerado positivo, contribuindo para o alinhamento de interesses e para a construção de um projeto que respeite as diretrizes do novo plano de manejo do Parque das Dunas. O secretário reforçou que o avanço técnico nas discussões depende da formalização do projeto, o que permitirá a avaliação de possíveis ajustes e negociações.

O conceito inicial do Parque Linear prevê a implantação de equipamentos urbanos ao longo da Avenida Roberto Freire, respeitando os limites estabelecidos pelo plano de manejo. A proposta está condicionada à conformidade com as normas ambientais que regem o uso da área.

Desde o lançamento da proposta, surgiram divergências entre a Prefeitura e o IDEMA quanto à localização do parque. O IDEMA apontou que a área de 10 hectares cedida ao município pelo Exército Brasileiro não coincide com o trecho sugerido pelo órgão ambiental. Segundo o IDEMA, a área não está em conformidade com o plano de manejo do Parque das Dunas.

A Prefeitura respondeu que não pode alterar o local do projeto sem nova autorização do Exército, proprietário do terreno. O município reafirmou o compromisso de seguir o regramento do plano de manejo e destacou que as decisões sobre o futuro do Parque Linear dependem da elaboração de um projeto técnico e formalizado.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Maré vermelha muda cor da água em praias de Tibau do Sul

Maré vermelha muda cor da água em praias de Tibau do Sul

Fenômeno registrado entre as praias do Golfinho e de Cacimbinhas desperta curiosidade de moradores e turistas; Idema investiga ocorrência natural

Maré vermelha muda cor da água em praias de Pipa, no Rio Grande do Norte

Um trecho entre as praias do Golfinho e de Cacimbinhas, localizadas no município de Tibau do Sul, litoral sul do Rio Grande do Norte, apresentou nesta semana coloração avermelhada nas águas do mar. O fenômeno chamou a atenção de moradores e turistas que visitam a região de Pipa, um dos principais destinos turísticos do estado.

Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram o mar com tons avermelhados e alaranjados em vários pontos da faixa litorânea. As publicações têm gerado curiosidade e especulações sobre a causa da mudança na cor da água.

De acordo com informações do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema), a alteração pode estar relacionada a um fenômeno natural conhecido como “maré vermelha”, provocado pela proliferação de microalgas.

Idema vai enviar equipe técnica para analisar o fenômeno

Em nota oficial, a assessoria de imprensa do Idema informou que a direção técnica do órgão vai encaminhar uma equipe ao local para avaliar a situação e coletar amostras da água. Segundo o instituto, os técnicos devem confirmar se o fenômeno é, de fato, a maré vermelha, que ocorre em diversas regiões do litoral brasileiro e em outros países.

“A direção técnica disse que vai encaminhar uma equipe ao local para avaliar. Ao que tudo indica, é um fenômeno natural chamado de maré vermelha e é provocado pela proliferação de algas”, informou o Idema.

O órgão ambiental também deve realizar uma análise laboratorial para determinar quais espécies de algas estão envolvidas e se há algum risco para os banhistas ou para o ecossistema marinho local.

O que é a maré vermelha

A maré vermelha é um fenômeno natural causado pela multiplicação acelerada de microalgas — organismos microscópicos que vivem em ambientes aquáticos. Em determinadas condições ambientais, como aumento da temperatura da água, incidência solar intensa e presença de nutrientes, essas algas podem se proliferar rapidamente, alterando a coloração do mar.

Dependendo da espécie de alga predominante, a cor pode variar entre vermelho, marrom e alaranjado. Embora nem todas as marés vermelhas sejam tóxicas, algumas espécies podem produzir substâncias nocivas aos peixes e outros organismos marinhos, além de afetar a qualidade da água e causar mortalidade de peixes em casos mais severos.

A investigação do Idema busca justamente identificar se o fenômeno em Pipa tem potencial de impacto ambiental ou se trata apenas de um evento sazonal e inofensivo.

Fenômeno chama atenção de turistas em Pipa

O registro da maré vermelha em Pipa vem sendo amplamente divulgado por turistas que frequentam as praias do Golfinho e de Cacimbinhas. Nos vídeos e fotos publicados nas redes sociais, é possível ver manchas avermelhadas próximas à faixa de areia e sobre as ondas.

A alteração visual despertou curiosidade e dúvidas entre os visitantes. Alguns internautas chegaram a questionar se o fenômeno teria relação com resíduos industriais ou esgoto, hipótese que, até o momento, não tem qualquer comprovação.

O município de Tibau do Sul e o Idema ainda não divulgaram orientações oficiais sobre restrição de banho ou interdição das áreas afetadas. As análises do órgão ambiental devem indicar se haverá necessidade de medidas adicionais.

Foto: Tibau Notícias/@tibau_noticias_pipa

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Inmet emite alerta de baixa umidade para 40 cidades do RN

Inmet emite alerta de baixa umidade para 40 cidades do RN

Aviso é de nível amarelo e vale até as 10h de domingo (2); umidade pode cair para até 20% em regiões do Alto Oeste potiguar

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de baixa umidade para 40 municípios do Rio Grande do Norte. O aviso é de nível amarelo, que indica perigo potencial, e está em vigor das 10h deste sábado (1º) até as 10h de domingo (2).

De acordo com o órgão, a umidade relativa do ar deve variar entre 20% e 30% durante o período. A condição climática eleva o risco de incêndios florestais e pode provocar problemas respiratórios e desconforto físico na população.

O Inmet orienta que a população beba bastante líquido, evite atividades físicas intensas nas horas mais secas e não se exponha ao sol nos momentos de maior calor.

Em situações de emergência, o instituto recomenda acionar a Defesa Civil (199) ou o Corpo de Bombeiros (193).

Segundo o Inmet, o nível amarelo é o primeiro da escala de severidade, seguido pelos alertas laranja (perigo) e vermelho (grande perigo). Apesar de representar risco menor, a condição requer atenção, principalmente de pessoas com problemas respiratórios, idosos e crianças.

O órgão reforça que a baixa umidade está associada à redução de chuvas e à intensificação da massa de ar seco, fenômeno comum durante o período de estiagem no interior do Nordeste. A situação deve permanecer até o início da próxima semana, com possibilidade de novas atualizações.

O Inmet mantém monitoramento contínuo e atualiza seus boletins meteorológicos no site oficial (inmet.gov.br) e nas redes sociais.

Municípios sob alerta de baixa umidade

  • Água Nova
  • Alexandria
  • Almino Afonso
  • Antônio Martins
  • Apodi
  • Caraúbas
  • Coronel João Pessoa
  • Doutor Severiano
  • Encanto
  • Francisco Dantas
  • Frutuoso Gomes
  • Itaú
  • João Dias
  • José da Penha
  • Lucrécia
  • Luís Gomes
  • Major Sales
  • Marcelino Vieira
  • Martins
  • Olho d’Água do Borges
  • Paraná
  • Patu
  • Pau dos Ferros
  • Pilões
  • Portalegre
  • Rafael Fernandes
  • Rafael Godeiro
  • Riacho da Cruz
  • Riacho de Santana
  • Rodolfo Fernandes
  • São Francisco do Oeste
  • São Miguel
  • Serra Negra do Norte
  • Serrinha dos Pintos
  • Severiano Melo
  • Taboleiro Grande
  • Tenente Ananias
  • Umarizal
  • Venha-Ver
  • Viçosa

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

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Semurb define regras para construções na Via Costeira em Natal; MP questiona lei

Semurb define regras para construções na Via Costeira em Natal; MP questiona lei

Licenciamento de empreendimentos de uso misto na Via Costeira deve seguir critérios de preservação e gabarito; MP pede nulidade da lei

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) publicou nesta quinta-feira (30) uma instrução informativa que estabelece critérios para o licenciamento de empreendimentos de uso misto — construções comerciais e residenciais — na Via Costeira, em Natal.

A lei que permite construções na Via Costeira e em outras quatro áreas de interesse turístico e paisagístico (AEITPs) foi sancionada pela prefeitura em dezembro do ano passado. O objetivo da instrução informativa, segundo a Semurb, é esclarecer os procedimentos para empreendedores interessados na área.

Conforme a instrução, o licenciamento deve obedecer prioritariamente aos seguintes princípios: preservação paisagística e acesso público à praia; cumprimento do gabarito máximo de 15 metros; apresentação de projeto de contenção costeira; observância do lote mínimo de 2.000 m², quando aplicável; e cumprimento das demais prescrições urbanísticas, ambientais e de acessibilidade previstas na legislação em vigor.

A área regulamentada pela lei abrange o trecho da Via Costeira entre a Praia de Areia Preta e o Centro de Convenções.

O secretário titular da Semurb, Thiago Mesquita, explicou que a instrução foi motivada pelo número crescente de consultas prévias sobre construções na Via Costeira. “Essa normativa vem para poder trazer esclarecimentos. O que motivou esse documento? Exatamente o número já significativo de entradas na secretaria, de consultas prévias. Queremos saber qual é o regramento, o que é que o novo Plano Diretor fala sobre a Via Costeira, e o que é que a lei das áreas especiais de interesse turístico e paisagístico”, disse.

Mesquita acrescentou que a regra busca dar transparência para investidores e para os analistas da Semurb responsáveis pela avaliação dos projetos. Segundo o secretário, o controle dos lotes para construções deve ser feito pela Procuradoria Geral do Estado, já que os terrenos são concessões do governo do RN.

Na mesma quinta-feira (30), o Ministério Público do Rio Grande do Norte entrou com uma ação na Justiça pedindo a nulidade da lei que dispõe sobre o uso e ocupação do solo em AEITPs, como a Via Costeira. A ação civil pública foi apresentada pela 45ª Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Natal.

O MP solicitou, em tutela de urgência, a suspensão imediata de novas licenças urbanísticas e alvarás de construção, para evitar impactos cumulativos à malha urbana e ao meio ambiente. Alega que a legislação promove alterações não previstas no Plano Diretor de Natal, incluindo a elevação do potencial construtivo de 1,0 para até 5,0 em determinadas áreas, e apresenta vícios procedimentais, como ausência de estudos técnicos e de participação popular.

Segundo o MP, a lei não foi submetida ao Conselho de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (CONPLAM) e não houve consulta prévia às comunidades tradicionais de pescadores e pescadoras artesanais. O órgão afirma ainda que não foram apresentados estudos urbanísticos ou ambientais para embasar a lei.

Na ação, o Ministério Público solicitou a elaboração de um cronograma para nova regulamentação das AEITPs, apontando a necessidade de atendimento aos requisitos de validade e participação democrática previstos na legislação municipal.

Foto: Sandro Menezes/Governo do RN/Ilustração

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Prefeitura e Idema negociam criação de Parque Linear na Zona Sul de Natal

Prefeitura e Idema negociam criação de Parque Linear na Zona Sul de Natal

Projeto será implantado em área do Parque das Dunas e depende de licenciamento ambiental

Prefeitura e Idema negociam criação de Parque Linear na Zona Sul de Natal

A Prefeitura de Natal e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) realizaram uma reunião nesta quarta-feira (29) para discutir o projeto de implantação do Parque Linear na Zona Sul da capital potiguar. O espaço está previsto para ser construído às margens da Avenida Engenheiro Roberto Freire, em área pertencente à unidade de conservação do Parque das Dunas.

O encontro contou com mediação do Ministério Público e teve como objetivo alinhar os aspectos técnicos e legais da proposta, que desde seu anúncio, no meio do ano, gerou divergências entre o município e o órgão ambiental estadual.

Área de proteção integral

O Idema apontou que a área cedida pelo Exército à Prefeitura de Natal está localizada dentro de uma zona de proteção integral do Parque das Dunas, o que impõe restrições legais à ocupação e uso do espaço. A proposta inicial do município previa a criação do Parque Linear, conceito que permanece como referência no projeto, embora o nome oficial ainda esteja em discussão.

Segundo Thales Dantas, diretor técnico do Idema, o projeto será analisado com base no plano de manejo da unidade de conservação. “Vamos entrar numa perspectiva de negociação nesse processo, mas o mais importante para a população é que sim, vai haver um parque”, afirmou.

Prefeitura e Idema negociam criação de Parque Linear
Prefeitura e Idema negociam criação de Parque Linear

Licenciamento ambiental

O secretário municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, Thiago Mesquita, explicou que o projeto está sendo desenvolvido pela Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) e ainda se encontra em fase conceitual. A próxima etapa será a contratação dos estudos técnicos e projetos executivos, que permitirão o início do processo de licenciamento ambiental.

“O município tem explicado que o avanço maior vai se dar quando a gente conseguir, através da Seinfra, fazer o processo licitatório, contratar os projetos, os estudos. Isso é que vai dar um apontamento maior para o futuro licenciamento, que tem que ser compatível com a legislação ambiental municipal, estadual e federal”, disse Mesquita.

Ele reforçou que o Parque Linear será implantado com cumprimento das prerrogativas legais e diálogo entre os entes envolvidos.

Estrutura prevista

A proposta inicial do município prevê a criação de um espaço público com ciclovia, áreas de lazer voltadas para crianças e idosos, além de um parque sensorial destinado a pessoas com transtorno do espectro autista. O objetivo é integrar lazer, qualidade de vida e educação ambiental.

A iniciativa será financiada com recursos de emenda parlamentar já garantidos, segundo a gestão municipal.

Próximos passos

Uma nova reunião entre os órgãos envolvidos está marcada para o início de dezembro, quando deve começar formalmente o processo de licenciamento ambiental. A expectativa é que os estudos técnicos definam os limites e as possibilidades de intervenção na área, respeitando as diretrizes do Parque das Dunas.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração / Reprodução/Caroline Macedo/Idema

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Prefeitura de Natal quer licenciar Parque Linear, mas Idema aponta impedimento legal

Prefeitura de Natal quer licenciar Parque Linear, mas Idema aponta impedimento legal

Projeto ambiental enfrenta impasse sobre competência de licenciamento e localização do terreno

Prefeitura de Natal quer licenciar Parque Linear, mas Idema aponta impedimento legal

A Prefeitura de Natal pretende solicitar ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) a delegação de competência para realizar o licenciamento ambiental do Parque Linear, previsto para ser implantado às margens da avenida Engenheiro Roberto Freire. O pedido será formalizado após a conclusão do projeto executivo e dos estudos técnicos pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra).

O secretário municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, Thiago Mesquita, afirma que a Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) possui equipe técnica qualificada e experiência em processos de licenciamento, o que justificaria o pleito com base na Lei Complementar 140.

Projeto do Parque Linear

O Parque Linear será instalado em um terreno de 10 hectares cedido pelo Exército Brasileiro à Prefeitura. O projeto prevê áreas verdes, trilhas ecológicas, pistas de caminhada e ciclismo, anfiteatro, espaços esportivos e ações de educação ambiental. A proposta busca promover qualidade de vida, turismo e conscientização ambiental, respeitando o zoneamento e as diretrizes do plano de manejo do Parque das Dunas.

Impedimento legal

O Idema, no entanto, afirma que a legislação não permite a transferência da atribuição de licenciamento, por se tratar de uma unidade de proteção integral sob gestão estadual. Segundo o diretor técnico do Idema, Thales Dantas, uma nota técnica da Unidade de Gestão da Biodiversidade (UGBio) concluiu pela impossibilidade de delegação, com base na Lei Complementar 140.

O instituto ainda não foi oficialmente procurado pela Prefeitura, mas reforça que o licenciamento é de competência exclusiva do Estado. Dantas afirma que o processo será conduzido com prioridade e isenção técnica, destacando que não há conflito entre os entes envolvidos.

Prefeitura de Natal quer licenciar Parque Linear
Prefeitura de Natal quer licenciar Parque Linear

Reunião técnica

Uma reunião foi convocada pelo Ministério Público Federal e pelo Ministério Público Estadual para esta quarta-feira (29), com o objetivo de buscar uma solução técnica consensual. Participarão representantes do Governo do Estado, Idema, Prefeitura de Natal, Seinfra e Semurb.

Proposta de mudança de área

O Idema propôs a mudança do local do parque para uma área classificada como Zona de Uso Intensivo 2 (ZUI2), dentro do Parque das Dunas. A nova área, com aproximadamente 16 hectares, permitiria construções e atividades compatíveis com as regras de preservação ambiental. O órgão argumenta que parte do terreno originalmente indicado está em zona de preservação integral, onde são proibidas construções e grande fluxo de visitantes.

Impasse sobre o terreno

Thiago Mesquita afirma que qualquer mudança na localização depende da concordância do Exército Brasileiro, proprietário do terreno. Segundo ele, as tratativas com o Exército levaram cerca de quatro anos, e uma alteração exigiria nova autorização, reiniciando o processo junto à Advocacia-Geral da União (AGU) e outros órgãos federais.

O secretário destaca que o diálogo entre as instituições está avançado e que o município está empenhado em garantir que o projeto respeite o plano de manejo do Parque das Dunas. O projeto ainda está em fase de desenvolvimento.

Viabilidade técnica

O Idema considera viável a implantação do parque na área proposta, desde que respeitadas as diretrizes ambientais. A infraestrutura necessária, como esgotamento sanitário e fornecimento de energia, é compatível com a zona indicada, que já apresenta características de ocupação urbana.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Prefeitura reafirma criação de Parque Linear em Natal e critica postura do Idema

Prefeitura reafirma criação de Parque Linear em Natal e critica postura do Idema

Gestão municipal defende projeto com base em estudos ambientais e compensações legais

Prefeitura reafirma criação de Parque Linear em Natal e critica postura do Idema

A Prefeitura de Natal reafirmou que o município contará com um Parque Linear na região da Avenida Engenheiro Roberto Freire, zona Sul da capital. A declaração foi feita em resposta à nota técnica divulgada pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), que apontou incompatibilidade ambiental na área inicialmente proposta.

Segundo a administração municipal, o projeto está sendo desenvolvido com base em estudos sobre a flora, fauna e na avaliação ambiental e legal da área. A gestão defende que a tipologia do parque será definida conforme os resultados desses estudos.

A Prefeitura criticou a postura do Idema, classificando-a como contrária ao diálogo e ao desenvolvimento sustentável. O município também argumenta que o instituto desconsidera valores constitucionais como lazer, turismo, geração de renda e a vontade popular expressa na revisão do Plano Diretor de Natal, que indicou a criação de um equipamento público voltado à qualidade de vida na região.

Prefeitura reafirma criação de Parque Linear
Prefeitura reafirma criação de Parque Linear

Compensação ambiental

A gestão municipal informou que eventuais supressões vegetais serão compensadas em dobro, conforme o princípio da compensação ambiental. Como exemplo, foi citado o caso do Shopping RioMar, em Recife, construído sobre área de mangue com aplicação de medidas compensatórias.

A Prefeitura também mencionou a legislação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC – Lei 9.985/2000), que incentiva a implantação de equipamentos públicos em áreas naturais, desde que respeitadas as normas de preservação. Foram citados como referência o Bosque dos Namorados e as trilhas do Parque das Dunas.

Planejamento urbano

A administração municipal reforçou que o projeto busca conciliar preservação ambiental com lazer e desenvolvimento sustentável. A proposta está alinhada com os objetivos do Plano Diretor e visa atender à demanda da população por espaços públicos de convivência e bem-estar.

A Prefeitura garantiu que Natal contará com um parque urbano equilibrado, planejado para integrar os valores ambientais e sociais da cidade.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração/

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Governo dá início à licitação para obras do Costeira Parque na Via Costeira

Governo dá início à licitação para obras do Costeira Parque na Via Costeira

Projeto prevê parque público com infraestrutura de lazer, esporte e cultura em área de 34 mil m²

Governo dá início à licitação para obras do Costeira Parque na Via Costeira

O Governo do Rio Grande do Norte publicou o aviso de licitação para contratação da empresa responsável pela execução das obras do Costeira Parque, novo parque urbano que será implantado na Via Costeira, em Natal. O projeto será desenvolvido no terreno do antigo Vale das Cascatas, também conhecido como “Bosque dos Pinheiros”.

Segundo informações oficiais, o projeto contará com recursos da ordem de R$ 22 milhões, já assegurados para sua execução. A fiscalização e o acompanhamento das obras ficarão sob responsabilidade da Secretaria de Estado da Infraestrutura (SIN).

O Governo do Estado afirma que o projeto será realizado com respeito às normas ambientais vigentes, garantindo compatibilidade com a preservação da área.

Estrutura do Costeira Parque

O Costeira Parque terá área total de aproximadamente 34 mil metros quadrados e será voltado à promoção de atividades de lazer, esporte, cultura e convivência. O planejamento inclui:

  • Estacionamento com capacidade para 185 veículos
  • Bicicletário
  • Quadras de areia
  • Pista de skate e patins
  • Academia ao ar livre
  • Playground infantil
  • Espaço para artesanato
  • Área para camping e piquenique
  • Pista para caminhada e corrida

A estrutura de apoio contará com lanchonetes, área administrativa e um Posto do Corpo de Bombeiros. O parque será equipado para atender tanto à população local quanto aos turistas que visitam a capital potiguar.

Governo dá início à licitação para obras
Governo dá início à licitação para obras

Objetivos do projeto

De acordo com a Secretaria de Estado da Infraestrutura, o projeto visa ampliar a oferta de espaços públicos voltados ao lazer e à recreação, além de fortalecer a infraestrutura turística da cidade. A obra também contempla a solução de drenagem da área, contribuindo para a melhoria das condições urbanas da região.

A sessão pública da concorrência está marcada para o dia 6 de novembro. A empresa vencedora será responsável pela execução completa do projeto, conforme especificações técnicas e ambientais estabelecidas pelo Governo do Estado.

Foto: Elisa Elsie/Divulgação/Governo do Estado

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Governo propõe ao Município de Natal nova área para Parque Linear

Governo propõe ao Município de Natal nova área para Parque Linear

Idema sugere local alternativo fora da zona de preservação integral do Parque das Dunas

Governo propõe ao Município de Natal nova área para Parque Linear

O Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), emitiu nota oficial sobre a proposta da Prefeitura de Natal para implantação de um Parque Linear às margens da Avenida Engenheiro Roberto Freire. A análise técnica, baseada na Nota Técnica nº 001/2025 da Unidade de Gestão da Biodiversidade (UGBio), concluiu que a área inicialmente sugerida pelo município não é compatível com os critérios ambientais exigidos para esse tipo de intervenção.

Segundo o Idema, aproximadamente 60% da área proposta está localizada na Zona Primitiva 3 (ZP3) do Parque das Dunas, destinada à preservação integral. Nessa zona, são proibidas construções permanentes e atividades que gerem grande fluxo de visitantes, conforme determina o Plano de Manejo vigente.

Como alternativa, o Governo do Estado sugeriu a utilização de uma área também situada às margens da Avenida Roberto Freire, classificada como Zona de Uso Intensivo 2 (ZUI2). Essa região possui cerca de 16 hectares e está prevista no novo Plano de Manejo como espaço apto à instalação de equipamentos voltados ao lazer, cultura e esportes, respeitando as normas de preservação ambiental. O modelo proposto segue o exemplo do Bosque dos Namorados, localizado na Zona de Uso Intensivo 1 (ZUI1).

Governo propõe ao Município de Natal nova área
Governo propõe ao Município de Natal nova área

Licenciamento ambiental

O Governo reforçou que qualquer intervenção dentro dos limites do Parque das Dunas está sujeita ao licenciamento ambiental exclusivo do Idema, conforme estabelece a legislação federal. A nota também destacou o compromisso do Estado com o diálogo entre os entes públicos envolvidos — incluindo a Prefeitura de Natal, o Exército e os Ministérios Públicos — para garantir que as ações sejam sustentáveis, legais e benéficas à sociedade.

Costeira Parque

Paralelamente à discussão sobre o Parque Linear, a Secretaria de Estado da Infraestrutura (SIN) publicou aviso de licitação para contratação da empresa responsável pela execução das obras do Costeira Parque, novo parque urbano a ser implantado na Via Costeira, em Natal.

A sessão pública da concorrência está marcada para o dia 6 de novembro. O projeto contará com investimentos de aproximadamente R$ 22 milhões e será desenvolvido em uma área de 34 mil metros quadrados, correspondente ao antigo Vale das Cascatas.

O Costeira Parque incluirá:

  • Estacionamento para 185 veículos
  • Bicicletário
  • Quadras de areia
  • Pista de skate e patins
  • Academia ao ar livre
  • Playground infantil
  • Espaço para artesanato, camping e piquenique
  • Pista para caminhada e corrida
  • Lanchonetes
  • Área administrativa
  • Posto do Corpo de Bombeiros

A obra será fiscalizada pela SIN e tem como objetivo ampliar a infraestrutura urbana e turística da capital potiguar. Segundo a secretaria, o projeto contempla soluções de drenagem e equipamentos voltados ao lazer, convívio e recreação da população local e dos visitantes.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Petrobras recebe licença do Ibama para perfurar Margem Equatorial

Petrobras recebe licença do Ibama para perfurar Margem Equatorial

Autorização permite início imediato da perfuração no bloco FZA-M-059, em águas profundas do Amapá

Petrobras recebe licença do Ibama para perfurar Margem Equatorial

A Petrobras recebeu autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para iniciar a perfuração de um poço de pesquisa exploratória na Margem Equatorial. A licença foi anunciada nesta segunda-feira (20) e permite o início imediato das operações no bloco FZA-M-059, localizado em águas profundas do Amapá.

A área de perfuração está situada a 175 quilômetros da costa e a 500 quilômetros da foz do rio Amazonas. A operação tem duração estimada de cinco meses e tem como objetivo obter dados geológicos para avaliar a presença de petróleo e gás em escala economicamente viável. A Petrobras informou que não haverá produção de petróleo nesta fase inicial.

A licença foi concedida após a conclusão da Avaliação Pré-Operacional (APO), última etapa do processo de licenciamento ambiental. A APO incluiu simulações de emergência e planos de resposta com foco na proteção da fauna local.

A Petrobras declarou que cumpriu todos os requisitos exigidos pelo Ibama, incluindo a realização de estudos de impacto ambiental (EIA/RIMA), três audiências públicas e 65 reuniões técnicas em mais de 20 municípios do Pará e do Amapá. Também foram realizadas vistorias nas estruturas de resposta à emergência e na unidade marítima de perfuração.

Petrobras recebe licença do Ibama
Petrobras recebe licença do Ibama

Entre as exigências adicionais atendidas pela empresa está a construção de um novo centro de atendimento à fauna no município de Oiapoque (AP), que se soma ao já existente em Belém (PA). O Ibama informou que essas medidas foram fundamentais para a viabilização ambiental do projeto, considerando as características sensíveis da região da Bacia da Foz do Amazonas.

Durante a perfuração, será realizado um novo exercício simulado de resposta a emergências, com foco nas estratégias de atendimento à fauna.

A Margem Equatorial é considerada uma nova fronteira energética do país. A região ganhou destaque após descobertas de petróleo nas costas da Guiana, Guiana Francesa e Suriname. No Brasil, a área se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá.

A busca pela licença de exploração na Bacia da Foz do Amazonas começou em 2013, quando a britânica BP venceu a licitação da área. Em 2021, a concessão foi transferida para a Petrobras. Até então, a estatal só tinha autorização para perfurar poços na costa do Rio Grande do Norte.

Em 2023, o Ibama negou a licença para a perfuração na Foz do Amazonas, o que levou a Petrobras a solicitar reconsideração. Após ajustes no projeto e novas exigências ambientais, a licença foi finalmente concedida.

A Petrobras estima que a espera pela autorização custou cerca de R$ 4 milhões por dia. Um estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) aponta que o volume potencial recuperável da Bacia da Foz do Amazonas pode chegar a 10 bilhões de barris de óleo equivalente. Para comparação, o Brasil possui atualmente 66 bilhões de barris entre reservas provadas, prováveis e possíveis, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A exploração na Margem Equatorial é defendida por setores do governo, incluindo o Ministério de Minas e Energia e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que atuou para acelerar a liberação da licença. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também manifestou apoio à autorização.

Ambientalistas, por outro lado, expressam preocupação com os possíveis impactos ambientais e apontam contradições com a agenda de transição energética. A Petrobras argumenta que a produção de petróleo na região é estratégica para garantir a autossuficiência energética do país na próxima década.

Foto: Cezar Fernandes/Divulgação/Petrobrás

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Idema abre seleção com 30 bolsas de pesquisa e extensão em Natal e Mossoró

Idema abre seleção com 30 bolsas de pesquisa e extensão em Natal e Mossoró

Processo seletivo oferece 30 vagas imediatas e cadastro reserva, com inscrições abertas até 18 de outubro de 2025

Idema abre seleção com 30 bolsas de pesquisa e extensão em Natal e Mossoró

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) lançou um edital de processo seletivo simplificado para a concessão de bolsas de pesquisa e extensão, em caráter temporário. O certame oferece 30 vagas imediatas, além de cadastro reserva, com remunerações que variam entre R$ 3.000 e R$ 4.250, conforme o nível de titulação do candidato.

As bolsas estão vinculadas ao Projeto de Fortalecimento Institucional da Gestão Ambiental e Territorial, iniciativa voltada ao aprimoramento das ações de planejamento, controle e monitoramento ambiental no estado. O processo seletivo ocorre em parceria com a Fundação para o Desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado (Funcitern).

Distribuição das vagas e áreas contempladas

Das 30 vagas imediatas, 24 são destinadas a Natal e 6 ao município de Mossoró. Os candidatos selecionados deverão cumprir carga horária de 30 horas semanais, com possibilidade de viagens e deslocamentos dentro do estado, conforme as necessidades do projeto.

O edital contempla diversas áreas do conhecimento, entre elas:

  • Engenharia Ambiental
  • Engenharia Civil
  • Ciências Biológicas
  • Direito
  • Comunicação Social (Jornalismo, Rádio e TV)
  • Gestão Ambiental
  • Agronomia
  • Engenharia Florestal
  • História
  • Antropologia
  • Pedagogia, entre outras.

As bolsas serão distribuídas conforme o nível de formação dos profissionais, abrangendo graduação, especialização, mestrado e doutorado.

Inscrições e etapas da seleção

As inscrições estão abertas e devem ser realizadas exclusivamente pela internet até 18 de outubro de 2025, conforme as orientações do edital disponível nos canais oficiais do Idema e da Funcitern.

O processo seletivo será composto por duas etapas:

  • Análise curricular, com verificação da formação acadêmica e da experiência profissional do candidato;
  • Entrevista, etapa que avaliará a adequação do perfil às atividades previstas no projeto.

Os candidatos classificados dentro do número de vagas disponíveis serão convocados para assinatura do Termo de Compromisso e Concessão de Bolsa, que formaliza a participação no programa.

Prazo e vigência do projeto

O resultado final do processo seletivo será divulgado no dia 24 de novembro de 2025. A vigência das bolsas se estenderá até 31 de agosto de 2026, de acordo com o cronograma estabelecido pelo Idema e pela Funcitern.

O Projeto de Fortalecimento Institucional da Gestão Ambiental e Territorial tem como objetivo consolidar práticas e instrumentos de gestão ambiental no Rio Grande do Norte, fortalecendo o planejamento e a execução de políticas públicas relacionadas à sustentabilidade e ao ordenamento territorial.

Os profissionais selecionados atuarão no suporte técnico, pesquisa aplicada, comunicação institucional e gestão de informações ambientais, conforme as demandas definidas pelas equipes do Idema.

Foto: João Vital/Governo do RN / Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Conselho do Parque das Dunas e Prefeitura de Natal divergem sobre implantação do Parque Linear na área da unidade de conservação

Conselho do Parque das Dunas e Prefeitura de Natal divergem sobre implantação do Parque Linear na área da unidade de conservação

Conselho Gestor aponta incompatibilidade ambiental e legal do projeto, enquanto Semurb defende que proposta está amparada pela legislação federal e seguirá estudos e licenciamento técnico

Conselho do Parque das Dunas e Prefeitura de Natal divergem sobre implantação do Parque Linear na área da unidade de conservação

O Conselho Gestor do Parque Estadual das Dunas de Natal se posicionou contra a proposta de implantação do Projeto Parque Linear, planejado pela Prefeitura de Natal para ser instalado em uma área de 10 hectares na Zona Sul da cidade, margeando a Avenida Engenheiro Roberto Freire. Em ofício datado de 3 de setembro de 2025, o Conselho encaminhou ao secretário municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), Thiago Nunes Mesquita, um parecer técnico apontando que a obra seria incompatível com as normas vigentes da unidade de conservação.

Segundo o documento, a proposta do Parque Linear sobrepõe-se a zonas de uso restrito, definidas no Plano de Manejo do Parque das Dunas, aprovado pela Portaria IDEMA nº 384, de 26 de julho de 2025. A principal objeção está relacionada à Zona Primitiva 3 (ZP-3), área destinada à preservação integral dos atributos naturais, onde são permitidas apenas atividades de pesquisa científica autorizada, monitoramento ambiental e visitação pública controlada.

As normas dessa zona de proteção restringem a abertura de trilhas não previstas no plano, a construção de estruturas permanentes e a realização de atividades recreativas de grande porte. Para o Conselho Gestor, essas restrições inviabilizam a execução do projeto nos moldes apresentados pela Prefeitura.

Prefeitura defende compatibilidade legal e ambiental

Em resposta, o secretário de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal, Thiago Mesquita, defende que a proposta é compatível com uma unidade de conservação e que será executada dentro dos parâmetros legais e ambientais previstos. Ele destaca que a iniciativa está amparada pela Lei Federal nº 9.985/2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), e permite a implantação de estruturas voltadas ao uso público controlado em áreas de proteção integral, como o próprio Parque das Dunas.

De acordo com a Prefeitura, o projeto pretende utilizar apenas 0,9% da área total do Parque das Dunas, que tem 1.172 hectares. O terreno escolhido, de 10 hectares, foi cedido pelo Exército Brasileiro e teria histórico de uso para atividades de treinamento militar e práticas esportivas, encontrando-se atualmente em estágio de regeneração ambiental.

O Parque Linear está previsto para incluir ciclovias, trilhas de caminhada, espaços de convivência, equipamentos esportivos e estruturas para práticas de arborismo, além de ações voltadas à educação ambiental. Segundo a Semurb, o projeto será acompanhado por estudos técnicos, licenciamentos ambientais e audiências públicas.

Parque Linear de Natal
Parque Linear de Natal

Licenciamento e medidas de compensação

A Semurb informou que o processo de licenciamento será conduzido pelo município, conforme prevê a legislação federal, uma vez que o impacto é considerado local. O projeto deverá respeitar as normas do Plano de Manejo do Parque das Dunas e as condicionantes impostas pelos órgãos ambientais estaduais.

Estão previstas medidas compensatórias, como reflorestamento, programas de monitoramento ambiental, compensações ecológicas e ações de mitigação de impacto em uma faixa de dois quilômetros ao longo da Avenida Roberto Freire, com adentramento de 50 metros na área do parque.

A proposta da Prefeitura inclui também o plantio de espécies nativas da Mata Atlântica, com a previsão de dobrar o número atual existente na área, como forma de compensação por eventuais supressões de vegetação necessárias à execução da obra.

Divergência com o Idema

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema-RN) vem manifestando restrições à implantação do Parque Linear. O órgão estadual argumenta que o espaço pretendido pela Prefeitura está inserido em uma área de preservação definida pelo Código Florestal Brasileiro, o que limita a construção de novas estruturas e a ocupação do solo.

A Semurb aguarda um pronunciamento oficial do Idema e do Conselho Gestor sobre as condicionantes do Plano de Manejo. A secretaria também pretende manter o diálogo técnico para buscar uma solução que permita a intervenção nas áreas já antropizadas, sem supressão significativa de vegetação.

A Prefeitura de Natal reforça que o objetivo do Parque Linear é criar um espaço público voltado ao lazer, esporte, convivência e educação ambiental, conciliando o uso urbano controlado com a preservação do ecossistema local.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/ Caroline Macedo/IDEMA

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Comunidades caninas ganham espaço e transformam percepção sobre pets no Brasil

Comunidades caninas ganham espaço e transformam percepção sobre pets no Brasil

“Clube das Patas” é um exemplo de como grupos promovem integração, bem-estar animal e mudanças na percepção social sobre animais de estimação

Comunidades caninas ganham espaço e transformam percepção sobre pets no Brasil

De grupos no WhatsApp a encontros presenciais em praças e espaços pet friendly, as comunidades caninas têm conquistado espaço no Brasil, terceiro país com a maior população de animais de estimação no mundo, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet). Mais do que socialização entre os animais, esses grupos aproximam pessoas, criam laços de amizade e ajudam a reforçar a percepção de que os pets são parte da família.

A co-fundadora do Clube das Patas, Bruna Felícia, 28 anos, lembra que tudo começou em encontros casuais na praça do bairro com seus cães. Hoje, a comunidade se organiza nas redes sociais e via grupo de WhatsApp voltado para trocas de experiências, doações e ações de apoio mútuo.

“Mais do que diversão para os pets, o clube representa acolhimento para os tutores. Queremos crescer nas parcerias, oferecer descontos, carteirinhas, uniformes e tornar a comunidade cada vez mais forte. O importante é reforçar que os animais são parte da família e merecem respeito e cuidado”, reforça Bruna.

A manicure Bárbara, de 23 anos, explica como o grupo transformou a rotina da família e da sua cadela, Aurora. “A socialização melhorou o comportamento da minha cadela, diminuindo a agressividade e aumentando a interação com outros cães. Além disso, criamos uma rede de amizade e apoio. Acredito que as comunidades ajudaram a mudar a visão da sociedade sobre os pets, mostrando que eles são membros da família”, pontua a tutora.

Comunidades caninas ganham espaço
Comunidades caninas ganham espaço

No último domingo (21), o espaço do Vila Pet, marca pioneira na assistência funeral pet no RN, foi palco de um desses encontros, reunindo cães de diferentes portes e raças em uma programação especial de socialização, atividades e troca de experiências entre tutores associados ao Clube das Patas, comunidade canina potiguar que nasceu há dois anos de forma espontânea e hoje conecta dezenas de tutores.

A programação fez parte da primeira edição do “Vila Pet Convida”, projeto que promove lazer e integração entre tutores e animais. Para Bruno Gondim, supervisor de marketing do Vila Pet, receber encontros como este reforça o propósito de criar espaços de cuidado e convivência. 

“Nosso objetivo é apoiar a comunidade pet, oferecendo espaços de lazer, socialização e troca de experiências. Queremos construir um calendário regular de eventos e aproximar cada vez mais a marca das comunidades, valorizando a convivência e o cuidado com os animais”, finaliza.

Foto: Divulgação

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Boletim aponta um trecho impróprio para banho nas praias do RN

Boletim aponta um trecho impróprio para banho nas praias do RN

Relatório do Idema indica que apenas Areia Preta, em Natal, está fora dos padrões de balneabilidade

Boletim aponta um trecho impróprio para banho nas praias do RN

O Boletim da Balneabilidade das praias do Rio Grande do Norte, divulgado nesta sexta-feira (12), apontou que apenas um trecho está impróprio para banho. O ponto indicado pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (Idema) fica em Areia Preta, nas proximidades da Escadaria de Mãe Luiza, em Natal.

O monitoramento realizado pelo programa acompanha 33 trechos do litoral potiguar, distribuídos em pontos da região metropolitana de Natal, entre os municípios de Nísia Floresta e Extremoz.

As coletas de amostras de água são classificadas a partir da quantidade de coliformes termotolerantes presentes. O levantamento faz parte do Programa Água Azul, que tem como objetivo informar banhistas e turistas sobre as condições das praias monitoradas.

O estudo é desenvolvido em parceria pelo Idema, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do RN (IFRN) e a Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (Funcern).

De acordo com os órgãos responsáveis, os resultados são atualizados semanalmente, possibilitando acompanhamento contínuo das condições de balneabilidade nas praias do estado.

Foto: Danny Nunes/IDEMA/Ilustração

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96% dos municípios do RN registram seca em julho, segundo Emparn

96% dos municípios do RN registram seca em julho, segundo Emparn

Monitor de Secas aponta predominância de seca moderada e grave no estado

96% dos municípios do RN registram seca em julho, segundo Emparn

O Monitor de Secas, ferramenta desenvolvida pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), revelou que 96,4% dos municípios do RN enfrentaram algum grau de seca durante o mês de julho.

Segundo o levantamento, 36,54% das cidades potiguares registraram seca grave, enquanto 43,11% apresentaram seca moderada. Outros 16,76% foram classificados com seca fraca. Não houve registros de seca extrema (S3) ou seca excepcional (S4). Apenas 3,59% dos municípios não apresentaram sinais de estiagem.

Entre os municípios com seca grave estão Caicó, Pau dos Ferros, Parelhas e Jucurutu, totalizando 61 cidades. Já 72 municípios, incluindo Mossoró, Macau, Assú, Santa Cruz e João Câmara, foram classificados com seca moderada.

A classificação dos tipos de seca utilizada pelo Monitor de Secas é baseada em impactos observados na agricultura, pastagens, recursos hídricos e abastecimento. A seca fraca é caracterizada por veranicos de curto prazo que afetam o plantio e o crescimento de culturas. A seca moderada envolve danos às culturas e pastagens, níveis baixos em reservatórios e poços, além de restrições voluntárias de uso de água. A seca grave indica perdas prováveis em culturas e pastagens, escassez de água comum e restrições impostas ao uso.

O Monitor de Secas é atualizado mensalmente e acompanha a evolução da estiagem em todo o território nacional. A ferramenta é utilizada como base para formulação de políticas públicas e estratégias de mitigação dos impactos da seca, que podem afetar tanto o curto prazo — como a produção agrícola — quanto o longo prazo, incluindo o abastecimento de água e o equilíbrio ambiental.

A análise considera dados meteorológicos, imagens de satélite, informações sobre o armazenamento de água em reservatórios e indicadores de impacto na vegetação. A metodologia permite identificar a severidade da seca e sua distribuição geográfica, auxiliando gestores públicos na tomada de decisões.

No contexto do Rio Grande do Norte, os dados de julho indicam uma situação de alerta, especialmente nas regiões do Seridó, Alto Oeste e Central, onde a seca grave predomina. A presença de seca moderada em municípios de grande porte como Mossoró e Assú também é relevante, considerando o impacto potencial sobre a economia local e o abastecimento urbano.

A Emparn reforça que o acompanhamento contínuo da situação climática é essencial para orientar ações emergenciais e estruturais. O Monitor de Secas também contribui para o planejamento de medidas de apoio à agricultura familiar, à gestão de recursos hídricos e à proteção ambiental.

A ausência de seca extrema ou excepcional no estado em julho representa um alívio parcial, mas não elimina a necessidade de atenção às áreas mais afetadas. A tendência de seca moderada e grave em mais de 79% dos municípios exige monitoramento constante e articulação entre os governos estadual e federal para mitigar os efeitos da estiagem.

Foto: Divulgação/Emparn/Reprodução/Redes Sociais

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Governo do RN avalia decreto de emergência por seca

Governo do RN avalia decreto de emergência por seca

Estado pode oficializar situação de emergência após relatórios sobre abastecimento e chuvas; 10 municípios correm risco de colapso hídrico

Governo do RN avalia decreto de emergência por seca

O Governo do Rio Grande do Norte está em processo de avaliação para decretar situação de emergência por seca em todo o estado. A medida está sendo considerada após o reconhecimento federal de emergência em 75 municípios potiguares. O Gabinete Civil solicitou relatórios técnicos a órgãos estaduais como a Caern, Emparn, Semarh, Igarn, Sedraf, Seplan, Sape, entre outros, para embasar a decisão.

A documentação requisitada inclui dados sobre abastecimento de água, registros pluviométricos e níveis de armazenamento hídrico, abrangendo o período de fevereiro a julho de 2025. A última vez que o estado decretou emergência por seca foi em dezembro de 2021.

governo do RN avalia decreto de emergência
governo do RN avalia decreto de emergência

Segundo relatório da Caern, até janeiro de 2026, dez municípios podem enfrentar colapso hídrico. Alguns deles, como Ouro Branco, Jardim do Seridó e Carnaúba dos Dantas, já apresentam risco iminente de colapso a partir de setembro. A lista inclui:

  • Ouro Branco
  • São José do Seridó
  • Jardim do Seridó
  • Carnaúba dos Dantas
  • Parelhas
  • Luís Gomes
  • Riacho de Santana
  • Água Nova
  • Tenente Ananias
  • Equador

Esses municípios somam uma população de 108.312 pessoas potencialmente afetadas pela escassez de água.

Dados da Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn) indicam que a quadra chuvosa de 2025 ficou abaixo da média nas regiões Oeste e Seridó. Algumas localidades registraram redução de até 70% nos volumes esperados, especialmente nos meses de março e abril. A oscilação da temperatura no Oceano Pacífico foi apontada como fator que contribuiu para a diminuição das chuvas.

O Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn) informa que os 69 reservatórios e barragens do estado operam com apenas 46% da capacidade total. Atualmente, o volume armazenado é de 2,4 bilhões de m³, enquanto a capacidade máxima é de 5,2 bilhões de m³.

O reconhecimento federal da situação de emergência permite que os municípios solicitem recursos ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) para ações de defesa civil. As prefeituras devem enviar planos de trabalho por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). Após análise técnica, os valores são liberados por meio de portaria publicada no Diário Oficial da União.

Entre as ações que podem ser financiadas estão:

  • Compra de cestas básicas
  • Distribuição de água mineral
  • Refeições para trabalhadores e voluntários
  • Kits de limpeza residencial
  • Kits de higiene pessoal
  • Kits de dormitório

A audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do RN (ALRN) nesta quarta-feira (20) discutiu temas relacionados à agricultura familiar e à seca. Representantes de federações agrícolas e de trabalhadores rurais destacaram a importância do decreto estadual para acelerar políticas públicas voltadas ao suporte forrageiro, acesso a crédito e perfuração de poços.

Foto:  Fernando Frazão/Agência Brasil

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Praias do RN acumulam 44 toneladas de lixo por dia

Praias do RN acumulam 44 toneladas de lixo por dia

Levantamento da Urbana aponta descarte irregular em áreas turísticas de Natal; zona Leste lidera em volume de resíduos

Praias do RN acumulam 44 toneladas de lixo por dia


As praias urbanas do Rio Grande do Norte acumulam, em média, 44 toneladas de lixo por dia, segundo dados da Companhia de Serviços Urbanos de Natal (Urbana). O volume representa cerca de 8% de toda a produção de resíduos sólidos da capital potiguar. A coleta é realizada diariamente por equipes da Urbana, com atuação contínua em áreas turísticas e litorâneas.

O levantamento aponta que a zona Leste de Natal concentra o maior volume de resíduos, com média mensal de 681 toneladas entre janeiro e junho deste ano. Essa região inclui trechos como Mãe Luiza, Praia dos Artistas, Praia do Meio e Praia do Forte. Já o bairro de Ponta Negra, outro ponto turístico da cidade, registrou uma média mensal de 460 toneladas de lixo recolhido, abrangendo áreas como a avenida Roberto Freire, Via Costeira e o Morro do Careca.

Na praia da Redinha, localizada na zona Norte, a média mensal de resíduos coletados foi de 201 toneladas. A coleta é realizada em turnos consecutivos, com atuação de 48 garis por dia, distribuídos entre manhã, tarde, noite e madrugada. A limpeza ocorre todos os dias da semana, incluindo domingos e feriados.

A Urbana também retomou a instalação de placas de conscientização ambiental nas praias, com o objetivo de orientar a população e turistas sobre o descarte correto de resíduos. Além disso, está em avaliação a implementação de lixeiras subterrâneas nas áreas litorâneas da capital. O modelo prevê sensores que indicam quando o recipiente está cheio, acionando a central da Urbana para retirada do lixo.

Projetos sociais e organizações não governamentais também atuam na limpeza das praias e na conscientização ambiental. A Associação de Proteção e Conservação Ambiental Cabo de São Roque (APC Cabo de São Roque) realizou cinco ações de limpeza em 2025, recolhendo 557 kg de resíduos em praias do litoral Norte e Sul do Estado. As atividades incluem mutirões, exposições educativas e campanhas de preservação da vida marinha.

praias do RN acumulam lixo
praias do RN acumulam lixo

Outro projeto em atividade é o Onda Limpa, desenvolvido pelo Instituto Federal de Ciência, Educação e Tecnologia do RN (IFRN). A iniciativa tem como objetivo formar multiplicadores entre os estudantes, promovendo ações educativas sobre resíduos sólidos urbanos. Desde o início do projeto, há um ano e seis meses, foram coletadas mais de uma tonelada de resíduos em praias da Grande Natal.

As ações de limpeza e educação ambiental são realizadas em parceria com voluntários e instituições de ensino, com programação que inclui palestras, museus itinerantes e atividades lúdicas. Os mutirões de limpeza fazem parte da estratégia de enfrentamento ao descarte irregular e da preservação dos ecossistemas costeiros.

Foto:  Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração/Adriano Abreu

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poda do maior cajueiro do mundo

Poda do maior cajueiro do mundo é adiada para fevereiro

Idema confirma adiamento por causa da floração e frutificação da árvore localizada em Pirangi

poda do maior cajueiro do mundo, localizado em Pirangi do Norte, no município de Parnamirim, foi oficialmente adiada para fevereiro de 2026. A decisão foi anunciada pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema), que justificou o adiamento pelo início do período de floração da árvore.

Floração e frutificação impedem intervenção

Segundo o Idema, o cajueiro entrou em fase de floração, que se estende até novembro. Em seguida, entre dezembro e janeiro, ocorre o período de frutificação. Por esse motivo, não será possível realizar a poda sem comprometer a saúde da planta.

Poda foi determinada pela Justiça

A intervenção foi determinada pela Justiça em maio de 2024, em uma ação que tramita há mais de uma década. O processo judicial foi motivado por reclamações de moradores sobre o avanço da árvore para fora da área delimitada, afetando ruas e propriedades próximas.

Cajueiro ocupa cerca de 10 mil m²

O cajueiro de Pirangi é reconhecido desde 1994 pelo Guiness Book como o maior do mundo, com aproximadamente 10 mil metros quadrados de extensão. A árvore é um dos principais pontos turísticos do litoral potiguar e recebe milhares de visitantes anualmente.

Investimento previsto para a poda

O Idema prevê investimento de R$ 200 mil para realizar a poda, que poderá durar até seis meses. Durante o período de floração e frutificação, o órgão realizará manejo fitossanitário para combater pragas como cupins.

Cronograma foi afetado por exigências judiciais

O adiamento também ocorreu devido à necessidade de apresentar uma agenda de atividades a diversas instituições, como a Câmara de Vereadores de Parnamirim, o Ministério Público, representantes do trade turístico e comerciantes locais. Essa etapa prolongou o cronograma inicial.

Debate público sobre a poda

A possível poda gerou debates entre autoridades, ambientalistas e moradores. Audiências públicas foram realizadas em junho para discutir os impactos da intervenção. Parte dos participantes defende a poda como medida preventiva, enquanto outros alertam para riscos à longevidade da árvore.

Técnicos defendem manejo fitossanitário

O Idema afirma que a poda será realizada com técnicas adequadas para preservar a estrutura da árvore. O manejo fitossanitário é considerado necessário para garantir o desenvolvimento saudável da planta e evitar acidentes com galhos que avançam sobre vias públicas.

Foto: Caroline Macedo/Idema

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Inmet emite alerta de ventos costeiros para 23 municípios do RN

Inmet emite alerta de ventos costeiros para 23 municípios do RN

Aviso de perigo potencial é válido até quarta-feira (20), segundo o Instituto Nacional de Meteorologia

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de ventos costeiros para 23 municípios do Rio Grande do Norte. O aviso, classificado como de perigo potencial, foi divulgado nesta segunda-feira (18) e tem validade até as 10h da quarta-feira (20).

De acordo com o Inmet, os ventos poderão provocar movimentação de dunas de areia e atingir construções localizadas na faixa litorânea potiguar. O fenômeno também pode impactar atividades na orla, especialmente em áreas abertas e expostas.

Municípios em alerta

O aviso do Inmet abrange 23 cidades do Rio Grande do Norte. A lista inclui:

  • Areia Branca
  • Baraúna
  • Caiçara do Norte
  • Carnaubais
  • Galinhos
  • Grossos
  • Guamaré
  • Jandaíra
  • João Câmara
  • Macau
  • Mossoró
  • Parazinho
  • Pedra Grande
  • Pedro Avelino
  • Pendências
  • Porto do Mangue
  • Pureza
  • Rio do Fogo
  • São Bento do Norte
  • São Miguel do Gostoso
  • Serra do Mel
  • Tibau
  • Touros

Orientações do Inmet

O Inmet orienta que moradores e trabalhadores das áreas afetadas sigam as recomendações de segurança. O alerta destaca risco para construções na orla e para a movimentação de dunas, que pode afetar estradas e acessos às praias.

A previsão é que os ventos atuem com maior intensidade em pontos específicos do litoral, o que exige atenção redobrada de pescadores, banhistas e pessoas que circulam em áreas descobertas.

Classificação do alerta

O nível de perigo potencial, segundo a classificação do Inmet, indica que há possibilidade de ocorrência de fenômenos meteorológicos que podem gerar riscos à população, mas ainda em menor intensidade do que nos níveis laranja (perigo) e vermelho (grande perigo).

O alerta segue válido até as 10h da quarta-feira (20), quando será reavaliado pelo órgão conforme a atualização dos dados meteorológicos.

Foto: Guilherme Christmann/Pexels / Robyn W/Pexels

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Lula sanciona lei do licenciamento ambiental com 63 vetos

Lula sanciona lei do licenciamento ambiental com 63 vetos

Para governo, vetos garantem proteção ambiental e segurança jurídica

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta sexta-feira (8), com vetos, o polêmico projeto de lei (PL) aprovado pelo Congresso Nacional que elimina ou reduz exigências para o licenciamento ambiental no Brasil.

Lula vetou 63 dos 400 dispositivos propostos pelo PL do Licenciamento Ambiental ou PL da Devastação – como vinha sendo chamado por ambientalistas – aprovado pela Câmara no último dia 17.

O Planalto informou que os vetos garantem “proteção ambiental e segurança jurídica” e foram definidos após escutar a sociedade civil.

Apoiado pelo agronegócio e setores empresariais, o PL vinha sendo denunciado por organizações ambientalistas e pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) como grave retrocesso ambiental.

Ao explicar os vetos do presidente Lula em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, a ministra do meio ambiente, Marina Silva, informou que essa foi uma decisão coletiva do governo.

“Foi um trabalho que, no nosso entendimento, mantém o diálogo com o Congresso Nacional, fazendo com que a gente assegure a integridade do licenciamento ambiental e consiga fazer processos que ganhem celeridade sem a perda da qualidade do licenciamento que é fundamental para proteção do meio ambiente em um contexto de crise climática, perda de biodiversidade e de processos de desertificação”, explicou.

Uma medida provisória (MP) e um outro projeto de lei com urgência constitucional também foram assinados por Lula nesta sexta, para recompor, em parte e com outras redações, os dispositivos vetados.

A MP editada trata exclusivamente da modalidade de Licenciamento Ambiental Especial (LAE), que permitia um licenciamento simplificado para projetos e obras consideradas “estratégicas” pelo governo.

Apesar de manter a nova modalidade criada pelo projeto, o governo vetou a possibilidade desse tipo de processo ser realizada com fase única. Marina Silva explicou que a LAE estabelecida pela MP não exclui etapas.

“O LAE passará a ser acionado para estabelecer projetos prioritários, que terão equipes destinadas a dar celeridade aos licenciamentos, mas não se permitirá licenciamento simplificado, ou monofásico”, informou.

A secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, destacou que a decisão dos vetos envolveu todo o governo, e não apenas um ministério. Ainda segundo Belchior, o trabalho do governo foi guiado por quatro diretrizes principais.

“As diretrizes são: garantir a integridade do processo de licenciamento; dar segurança jurídica para os empreendimentos e investidores responsáveis; assegurar os direitos dos povos indígenas e comunidades quilombolas, e incorporar dispositivos que tornem o licenciamento mais ágil sem prejudicar sua eficiência”, explicou.

Potencial poluidor

O governo vetou ainda a possibilidade de licenciamento simplificado para empreendimentos de médio potencial poluidor, o que inclui modalidade de licenciamento por autodeclaração.

Com isso, a Licença por Adesão e Compromisso (LAC) fica mantida apenas para obras de baixo impacto ambiental.

“Evita que empreendimento de risco relevante, como barragens de rejeitos, realizem licenciamento simplificado sem análise técnica adequada. O PL do Executivo [assinado hoje], além de restringir a LAC para baixo potencial de impacto, acrescenta limites ao procedimento autodeclaratório”, informou o Planalto.

Unidades da federação

O governo também vetou dispositivos que transferiam, “de forma ampla”, para os estados e o Distrito Federal (DF), a responsabilidade por definir os parâmetros e critérios para licenciamentos. Com os vetos, o governo estabeleceu que os estados devem respeitar “padrões nacionais”.

Também foi vetada a possibilidade de retirar a Mata Atlântica do regime de proteção especial para supressão de floresta nativa.

“[O bioma] já se encontra em situação crítica, com apenas 24% de sua vegetação nativa remanescente”, justificou o Planalto.

Povos tradicionais e produtores rurais

Outro veto do presidente Lula derrubou o dispositivo que limitava as consultas a comunidades indígenas e quilombolas para empreendimentos realizados em suas áreas.

Pelo PL, apenas as comunidades com o território homologado ou titulado teriam que ser consultadas. Com o veto, os grupos indígenas e quilombolas que tenham iniciado o processo de reconhecimento devem ser consultados.

“A limitação proposta no texto do PL aprovado deixaria de fora uma série de povos e territórios em fase de reconhecimento pela Funai e pela Fundação Palmares, contrariando a Constituição Federal”, justificou o governo.

Também foi derrubado pelos vetos o dispositivo que dispensava o licenciamento ambiental para produtores rurais com Cadastro Ambiental Rural (CAR) ainda pendente de análise pelos órgãos estaduais

“A medida protege o meio ambiente, uma vez que somente serão dispensados do licenciamento os proprietários rurais que tiveram o CAR analisado”, informou o Executivo.

Impactos indiretos

O governo vetou ainda dispositivo que limitava ações de compensação apenas aos impactos diretos ao meio ambiente, excluindo os chamados impactos indiretos.

“A medida assegura que, sempre que houver nexo de causalidade entre o empreendimento e os impactos ambientais – diretos ou indiretos -, possam ser exigidas medidas adequadas de mitigação, compensação ou controle, preservando a efetividade do licenciamento ambiental”, explicou o Executivo.

Unidades de Conservação

O presidente Lula vetou ainda o artigo que retirava o caráter vinculante para os pareceres de órgãos gestores de Unidades de Conservação no licenciamento de empreendimentos que afetem diretamente a unidade ou sua zona de amortecimento.

Ou seja, a manifestação do órgão gestor de um parque nacional, de acordo com o PL do Legislativo, não precisaria ser considerado obrigatoriamente para emissão do licenciamento. Com o veto, os órgãos das Unidades de Conservação terão poder real sobre o processo.

“A medida reforça a importância da avaliação técnica especializada na proteção de áreas ambientalmente sensíveis, assegurando que os impactos sobre Unidades de Conservação sejam devidamente analisados e considerados nas decisões de licenciamento”, destacou o governo.

Instituições Financeiras

Outro veto do presidente Lula manteve a responsabilidade de instituições financeiras na concessão de crédito em casos de danos ambientais em projetos por elas financiados.

“A medida reforça a importância de que o crédito seja condicionado ao cumprimento da legislação ambiental, estimulando a prevenção de danos e alinhando o financiamento ao desenvolvimento sustentável. O PL do Executivo [enviado ao Congresso] estabelece que o financiador deve exigir do empreendedor o licenciamento ambiental antes de conceder crédito”, informou o Executivo.

Foto: Jose Cruz/Agência Brasil / Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil / Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil / Marcelo Camargo/Agência Brasil / Fernando Frazão/Agência Brasil / Tânia Rêgo/Agência Brasil

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RN sanciona Marco Legal do Hidrogênio Verde para atrair investimentos e consolidar transição energética

RN sanciona Marco Legal do Hidrogênio Verde para atrair investimentos e consolidar transição energética

Nova lei estadual define incentivos e diretrizes para cadeia produtiva do hidrogênio verde e indústria de baixo carbono

O Governo do Rio Grande do Norte sancionou, nesta quinta-feira (31.jul.2025), o Marco Legal do Setor de Hidrogênio Verde e da Indústria Verde. A legislação tem como objetivo criar um ambiente regulatório favorável para o desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis, atraindo investimentos e consolidando o estado como referência em transição energética no Brasil e no exterior.

O texto sancionado define conceitos técnicos relacionados ao hidrogênio verde e à chamada indústria verde, que se baseia na transformação de energia renovável em produtos com baixa emissão de carbono, como aço verde, e-combustíveis, e-metanol, amônia e fertilizantes nitrogenados.

O novo marco legal cria o Programa Norte-Rio-Grandense de Hidrogênio Verde e da Indústria Verde (PNRH2V), que se apoia em princípios como mitigação de emissões de gases do efeito estufa, inovação tecnológica, segurança jurídica, neoindustrialização e responsabilidade socioambiental.

Incentivos e regimes especiais

Entre os instrumentos previstos, a lei institui incentivos fiscais por meio do PROEDI (Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial do RN) e do novo regime RNVerde, voltado especificamente para empresas da cadeia do hidrogênio verde. Para obter os benefícios tributários, as companhias precisam comprovar o uso de energia renovável em seus processos produtivos.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento do Estado, Alan Silveira, o próximo passo será regulamentar a legislação e estruturar a implementação do programa, que inclui convocação do comitê gestor, criação de infraestrutura, atração de parcerias internacionais e capacitação profissional.

Estrutura de governança e certificação

O Comitê Gestor do programa será coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e contará com representantes de 21 órgãos e instituições. A lei também prevê a criação de mecanismos de certificação internacional do hidrogênio verde, apoio a pesquisas, desenvolvimento de tecnologias e estímulo ao uso de fontes hídricas alternativas, como água dessalinizada e de reúso.

A governadora Fátima Bezerra destacou o caráter estratégico da legislação, apontando a criação de um ambiente seguro e atrativo para investidores do setor. O diretor regional do SENAI-RN, Rodrigo Mello, ressaltou que o RN já possui uma das energias renováveis mais competitivas do país e que consome apenas 10% da própria capacidade instalada.

Para o presidente do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (CERNE), Darlan Santos, o novo marco representa um avanço essencial. Segundo ele, o RN agora conta com a base legal necessária para iniciar a produção e comercialização do hidrogênio verde com respaldo jurídico.

Foto: Sandro Menezes/Assecom

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Prefeitura do Natal assina concessão com Exército para implantação de Parque Linear na Av. Roberto Freire

Prefeitura do Natal assina concessão com Exército para implantação de Parque Linear na Av. Roberto Freire

Terreno de 10 hectares na Avenida Roberto Freire será transformado em novo espaço urbano da capital potiguar

A Prefeitura do Natal e o Exército Brasileiro formalizaram, na última sexta-feira (25.jul.2025), a assinatura do termo de concessão que autoriza o uso de um terreno localizado às margens da Avenida Engenheiro Roberto Freire, destinado à implantação do Parque Linear de Natal. O ato foi realizado no Palácio Felipe Camarão, sede do Executivo municipal.

O espaço concedido ao município possui cerca de 10 hectares e será utilizado para a criação de um novo parque urbano, com foco em preservação ambiental e uso comunitário. A solenidade contou com a presença do prefeito Paulinho Freire, da vice-prefeita Joanna Guerra, de secretários municipais, do senador Styvenson Valentim e de representantes do Exército Brasileiro.

Durante o evento, o prefeito Paulinho Freire destacou a importância do projeto para a capital. “Neste espaço, vamos aliar a preservação ambiental com a oferta de lazer para as famílias da cidade. Agradeço ao Exército e ao senador Styvenson pelo apoio à concretização dessa proposta”, declarou.

O general de Brigada Alessandro da Silva, representando o Exército Brasileiro, comentou a cessão do terreno. “Estamos destinando o espaço para um equipamento público voltado à sociedade. Acreditamos que o parque contribuirá para a qualidade de vida e o turismo da região”, afirmou o militar.

O secretário municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, Thiago Mesquita, também ressaltou os impactos positivos do novo parque. Segundo ele, o projeto representa um avanço na política ambiental e urbana da cidade. “Será um espaço de preservação ecológica, mas também de lazer e desenvolvimento para a população”, afirmou.

O projeto do Parque Linear será desenvolvido com a participação da sociedade civil e do Conselho Gestor do Parque das Dunas. A proposta inclui áreas para educação ambiental, trilhas, práticas esportivas, espaços de lazer e jardim sensorial. A Prefeitura ainda não divulgou prazos para o início das obras ou a conclusão da estrutura.

A cessão do terreno ocorre como parte de um plano mais amplo de revitalização e expansão das áreas verdes de Natal, integrando políticas de meio ambiente, mobilidade urbana e turismo sustentável.

A administração municipal informou que os próximos passos envolvem o detalhamento técnico do projeto, obtenção de licenças ambientais e captação de recursos para a execução da obra.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração / Magnus Nascimento/Prefeitura de Natal/Divulgação

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Justiça determina consulta à comunidade da Redinha sobre projeto turístico e Prefeitura de Natal recorre da decisão

Justiça determina consulta à comunidade da Redinha sobre projeto turístico e Prefeitura de Natal recorre da decisão

TRF5 obriga consulta prévia à comunidade tradicional da Redinha; Prefeitura apresenta recurso e afirma que projeto respeita legislação

O Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) concedeu decisão liminar determinando que a Prefeitura de Natal realize uma consulta prévia, livre e informada (CPLI) com a comunidade tradicional da Redinha, na Zona Norte da capital potiguar, sobre as intervenções urbanísticas do projeto do Complexo Turístico da Redinha.

A ação foi movida pelo Ministério Público Federal (MPF), que alegou que pescadores artesanais, marisqueiras, ribeirinhos, barraqueiros e pequenos comerciantes da região — todos reconhecidos pela União como comunidade tradicional — foram excluídos dos processos decisórios sobre as obras.

A liminar marca a primeira vez no Rio Grande do Norte em que o Judiciário reconhece o direito de uma comunidade tradicional de ser consultada formalmente antes da execução de um projeto que impacte diretamente seu território.

Segundo o MPF, as obras incluem reformas no mercado público, construção de quiosques e espaço para embarcações. A reforma do mercado foi concluída sem consenso com os comerciantes locais, que não teriam recebido assistência adequada após o desalojamento. Além disso, os antigos quiosques foram demolidos, e as novas estruturas ainda não foram entregues.

A decisão do desembargador federal Walter Nunes destaca que a consulta deveria ter ocorrido desde o início da intervenção estatal, como condição para qualquer deliberação que afetasse a comunidade e seu território. O despacho judicial determina que, durante a consulta, sejam discutidas medidas consensuais para a readequação da implementação e gestão do complexo.

O MPF argumenta que a continuidade do processo de concessão do mercado à iniciativa privada, sem a consulta obrigatória, poderia agravar os danos à comunidade. A Justiça Federal do RN deu prazo de cinco dias para que a Prefeitura informe quais medidas está adotando para cumprir a ordem judicial.

Prefeitura recorre e afirma que projeto cumpre legislação

Em nota divulgada à imprensa, a Prefeitura de Natal confirmou a apresentação de um recurso judicial, na forma de embargo de declaração, com o objetivo de esclarecer os limites e implicações da decisão proferida pelo TRF5. O Município afirmou que a consulta às comunidades tradicionais está prevista na legislação, mas defendeu que esse mecanismo democrático não impede a continuidade do projeto, desde que os direitos da população sejam respeitados e impactos sejam mitigados.

Segundo o comunicado, a Parceria Público-Privada (PPP) para o Mercado da Redinha tem como objetivo a transferência da prestação de serviço à iniciativa privada por tempo determinado, com foco na organização do espaço público, inclusão produtiva e valorização cultural local.

Ainda conforme a Prefeitura, os atuais permissionários e ocupantes da área afetada estão recebendo tratamento prioritário, com direito de permanência temporária e possibilidade de prorrogação, como forma de garantir continuidade de renda e segurança jurídica aos envolvidos.

A gestão municipal afirma que cumpre todas as normas legais e reitera o compromisso com uma transição dialogada, respeitando a história da Redinha e os marcos legais que regulam a relação com comunidades tradicionais.

Próximos passos

O TRF5 já determinou a realização da CPLI e aguarda a manifestação da Prefeitura sobre as providências adotadas. O MPF segue acompanhando o caso e ressalta que eventuais medidas unilaterais, sem consulta à comunidade afetada, não atendem aos parâmetros legais nacionais e internacionais relacionados aos direitos de povos e comunidades tradicionais.

A Prefeitura aguarda resposta sobre o recurso judicial interposto e afirma que as decisões futuras sobre o projeto dependerão da interpretação do Judiciário quanto ao alcance da liminar.

Foto: Magnus Nascimento/Prefeitura de Natal

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Seca atinge 84% das cidades do RN e compromete produção agropecuária

Seca atinge 84% das cidades do RN e compromete produção agropecuária

Monitor de Secas aponta avanço da seca grave no Oeste potiguar; 73 cidades estão em situação de emergência

Levantamento divulgado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), por meio do Monitor de Secas, revela que 84,4% dos municípios potiguares enfrentam algum nível de seca. Os dados de junho foram apurados em parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA) e órgãos locais.

O mapeamento mostra que houve avanço da seca grave na região Oeste e crescimento da seca moderada no Centro-Oeste e Oeste do estado. A classificação indica que a maior parte do território potiguar sofre com as categorias Seca Moderada (34,1%) e Seca Grave (30,5%). Já a Seca Fraca foi registrada em 19,8% dos municípios. Apenas 15,6% das cidades não apresentaram seca relativa.

Apesar do cenário crítico, não há registros de Seca Extrema ou Excepcional até o momento.

Além da seca, o Rio Grande do Norte enfrenta uma crise hídrica que levou 73 municípios a obterem o reconhecimento federal de situação de emergência, conforme informações da Defesa Civil Nacional. A escassez de chuvas tem causado impactos diretos na produção agropecuária, atingindo lavouras de milho, feijão e a pecuária de corte e leiteira.

A Federação da Agricultura e Pecuária do RN (Faern) relatou perdas significativas e aumento da insegurança alimentar nas regiões Seridó, Central e Oeste, onde os volumes de chuvas ficaram até 50% abaixo da média.

O setor da agricultura familiar é um dos mais afetados. Mesmo com o crescimento da bacia leiteira desde 2016, a seca pode comprometer os avanços. Segundo o secretário estadual de Agricultura, Guilherme Saldanha, atividades como carcinicultura e agricultura irrigada não devem ser prejudicadas. No entanto, há preocupação com a pecuária leiteira, ovinocultura, caprinocultura e produção de cana-de-açúcar.

Repasses federais

Para mitigar os impactos, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) aprovou R$ 1,7 milhão para apoiar municípios nordestinos em situação de emergência. O Rio Grande do Norte tem 73 cidades beneficiadas.

Veja o ranking de estados com maior número de municípios reconhecidos em emergência por seca em 2024:

  • Piauí: 126 municípios
  • Paraíba: 107 municípios
  • Pernambuco: 100 municípios
  • Bahia: 95 municípios
  • Rio Grande do Norte: 73 municípios
  • Ceará: 31 municípios
  • Alagoas: 31 municípios
  • Sergipe: 11 municípios
  • Maranhão: 4 municípios

A situação atual reforça a necessidade de políticas públicas voltadas para adaptação climática e investimentos em infraestrutura hídrica no estado.

Foto: Hudson Heldes/Governo do RN/Ilustração / Renato Araújo/Agência Brasília / Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

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Idema inicia plano para remoção de jacarés da lagoa de Maracajaú

Idema inicia plano para remoção de jacarés da lagoa de Maracajaú

Animais serão transferidos para rios da região para conter superpopulação e garantir segurança de moradores e visitantes

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) anunciou, nesta quarta-feira (16.jul.2025), a adoção de um plano emergencial para remoção de aproximadamente 60 jacarés-de-papo-amarelo da lagoa de Maracajaú, localizada no município de Maxaranguape, no litoral Norte do estado.

A medida tem como objetivo controlar a superpopulação da espécie e reduzir riscos à segurança de moradores e visitantes. Os animais serão realocados para três rios da região: um em Touros, outro em Ceará-Mirim e o terceiro no Rio Punaú, em Rio do Fogo.

A operação será acompanhada por um grupo de trabalho interinstitucional, cuja formalização ocorrerá por meio de decreto municipal. A decisão foi tomada durante reunião pública realizada no auditório do Ecoposto da Área de Proteção Ambiental dos Recifes de Corais (APARC), com a presença de representantes do Ibama, Batalhão de Polícia Ambiental, Prefeitura de Maxaranguape, Assembleia Legislativa do RN e Câmara Municipal.

Segundo técnicos do Idema, a retirada dos animais visa preservar tanto a segurança da população quanto o equilíbrio ecológico da área. A presença excessiva de jacarés na lagoa foi atribuída à reprodução acelerada e ao hábito de moradores de alimentar os animais, comportamento que compromete o instinto natural da espécie e pode levar à perda do medo de humanos.

De acordo com o biólogo Marcelo Silva, supervisor do núcleo de fauna do Idema, cada fêmea da espécie pode colocar até 50 ovos, dos quais cerca de 30 filhotes costumam sobreviver até a fase adulta. Esse fator levou os especialistas a identificar o risco de um crescimento descontrolado da população de jacarés no local.

Durante o anúncio, o Idema fez um alerta à população para que evite alimentar os animais. A prática pode desestabilizar o ecossistema e aumentar a possibilidade de incidentes. O órgão reforça que os jacarés são animais silvestres e devem viver em habitat natural, com alimentação adequada e comportamento preservado.

A retirada será realizada por profissionais especializados em manejo de fauna silvestre. A operação integra uma estratégia mais ampla de educação ambiental e monitoramento contínuo da lagoa, com o objetivo de evitar novos surtos populacionais.

Além da remoção dos animais adultos, o Idema manterá ações de observação das áreas de desova, controle de nascimentos e orientação à comunidade local. A autarquia também planeja reforçar atividades educativas sobre convivência segura com a fauna silvestre.

O plano foi elaborado em consonância com os princípios de proteção ambiental e normas de segurança pública, levando em consideração tanto o bem-estar animal quanto a preservação dos ecossistemas costeiros da região Norte do estado.

Foto: Reprodução/Idemaa

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Mortandade de peixes em afluentes de Poço Branco é investigada por suspeita de contaminação

Mortandade de peixes em afluentes de Poço Branco é investigada por suspeita de contaminação

Polícia Civil apura denúncias de pulverização próxima à barragem; pescadores cobram medidas

Uma sequência de mortandades de peixes registrada desde o início de 2025 em afluentes que abastecem a barragem de Poço Branco, no Rio Grande do Norte, está sendo investigada pela Polícia Civil. A barragem é o quarto maior reservatório do estado e fonte de subsistência para centenas de pescadores.

Trabalhadores da pesca relatam preocupação com a possível contaminação da água, levantando suspeitas sobre pulverizações realizadas com drones em uma fazenda localizada nas proximidades da barragem. A Colônia de Pescadores do município formalizou denúncia junto à Secretaria de Turismo e Meio Ambiente de Poço Branco, solicitando providências.

Entre as reivindicações apresentadas está a realização de uma análise da água do reservatório, com foco na identificação de possíveis resíduos de agrotóxicos. A entidade também solicita o cumprimento das normas de distanciamento entre áreas de pulverização e corpos d’água, que, segundo regulamentação, devem respeitar uma distância mínima de 250 metros para mananciais de uso não potável e de 500 metros para os que servem ao abastecimento humano.

A fazenda mencionada na denúncia possui terrenos que se estendem por até 10 quilômetros ao longo do leito do rio. Há preocupação de que a pulverização esteja ocorrendo ao longo de toda a extensão da propriedade, afetando o ecossistema da barragem.

A atividade pesqueira na região envolve 160 pescadores cadastrados na Colônia de Poço Branco, além de outros 300 trabalhadores não registrados formalmente. A comunidade teme impactos na fauna aquática e possíveis riscos à saúde pública, caso haja contaminação do pescado e da água utilizada pela população local.

Em resposta, a Secretaria de Turismo e Meio Ambiente de Poço Branco informou que uma vistoria foi realizada na quinta-feira (10.jul.2025), em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (Idema). O órgão ainda não divulgou os resultados da fiscalização nem informações sobre a propriedade suspeita.

A Polícia Civil também esteve no local para verificar a veracidade das informações e investigar os relatos iniciais. Questionada sobre prazos para conclusão das apurações, a corporação não apresentou estimativas nem detalhou suspeitas relacionadas à fazenda investigada.

Foto: Reprodução/Redes sociais

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Comissão vai acompanhar manejo e poda do Cajueiro de Pirangi

Comissão vai acompanhar manejo e poda do Cajueiro de Pirangi

Trabalho será realizado pelo Idema em cumprimento a decisão judicial de 2024

Uma comissão será formada para acompanhar o processo de poda e manejo do Cajueiro de Pirangi, no município de Parnamirim, Rio Grande do Norte. A ação será executada pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (Idema), conforme determinação judicial proferida em 2024, em um processo movido por moradores e comerciantes da região.

A criação da comissão foi definida durante duas audiências públicas realizadas na Câmara Municipal de Parnamirim. O grupo será composto por representantes do Idema, da Procuradoria Geral do Estado (PGE-RN), do Ministério Público do RN (MPRN), da Prefeitura de Parnamirim, da Câmara Municipal, da Associação de Moradores de Pirangi, além de guias de turismo e empresários locais.

O objetivo da comissão será fiscalizar o cronograma e a execução do manejo fitossanitário da árvore. Segundo o Idema, o prazo estipulado pela Justiça para conclusão do serviço é de 120 dias, com encerramento previsto até dezembro deste ano.

O Cajueiro de Pirangi possui atualmente mais de 9.500 metros quadrados de copa e é considerado o maior cajueiro do mundo. Parte de sua estrutura ultrapassa a área cercada, avançando sobre ruas, casas e estabelecimentos comerciais. Estima-se que aproximadamente 1.200 metros da planta invadam as vias públicas do entorno.

O serviço de poda será limitado às áreas excedentes, com foco nos galhos que interferem no tráfego e ocupam trechos de avenida. Essa será a primeira vez, em cerca de 136 anos, que a árvore passará por um manejo fitossanitário sistematizado. Intervenções anteriores restringiram-se a cortes pontuais, voltados ao controle de pragas.

A empresa contratada para realizar o serviço é a Engemaia & CIA LTDA, com base em contrato de 12 meses firmado com o Idema no valor de R$ 389,8 mil. O escopo inclui manejos de árvores, podas, adubação, trituração e transporte de resíduos. O mesmo contrato também contempla demandas do Parque das Dunas e da sede do Idema, em Natal. O órgão ambiental não especificou quanto do valor será destinado especificamente ao Cajueiro de Pirangi.

A Prefeitura de Parnamirim informou que não faz parte da execução da decisão judicial, pois a responsabilidade sobre a administração do cajueiro é estadual, via Idema. No entanto, o município acompanhará todo o processo de poda, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, exigindo relatórios de execução.

A árvore é um dos principais pontos turísticos do estado e recebe cerca de 300 mil visitantes por ano. Em 1994, o Cajueiro de Pirangi foi reconhecido pelo Guinness Book como o maior do mundo. Em 2012, a Associação de Moradores de Pirangi do Norte (Amopin) construiu um caramanchão de 120 metros para elevar os galhos e liberar o fluxo de veículos na Avenida Deputado Márcio Marinho.

Foto: Divulgação/Idema / Celly Maia/Assecom-RN / Caroline Macêdo/Assecom-RN

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Frente fria provoca queda de temperatura e céu nublado em Natal

Frente fria provoca queda de temperatura e céu nublado em Natal

Previsão indica ventos fortes, mínimas abaixo do normal e possibilidade de chuvas até a segunda quinzena de julho

O município de Natal tem registrado dias com céu nublado e baixa incidência de sol, acompanhados por ventos fortes e temperaturas mínimas abaixo do normal, especialmente durante as madrugadas e no início das manhãs. De acordo com a Unidade Instrumental de Meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), o período é marcado por um padrão de clima que reduz o aquecimento da superfície, gerando um resfriamento maior do solo.

A variação térmica decorre da menor absorção e liberação de calor pelo solo sob condições de nebulosidade persistente. Com o aumento na velocidade dos ventos, há um constante movimento de renovação do ar, contribuindo para uma sensação térmica mais fria em diversos pontos da capital potiguar.

Para os próximos dias, a previsão da EMPARN indica uma tendência de queda ainda maior nas temperaturas mínimas, especialmente entre os dias 10 e 13 de julho. As temperaturas mais baixas devem atingir tanto a capital quanto regiões serranas do interior do estado.

Em áreas como Lagoa Nova e Martins, situadas em regiões mais elevadas, são previstas mínimas variando entre 16 °C e 18 °C. Para Natal, a expectativa é de que as temperaturas fiquem entre 19 °C e 20 °C nesse mesmo período, influenciadas pela cobertura de nuvens e pela ação dos ventos mais intensos.

Segundo o levantamento realizado pela EMPARN, o cenário atmosférico atual, com céu nublado e presença de ventos constantes, impacta diretamente o balanço de energia no solo, limitando o aquecimento durante o dia e favorecendo a perda de calor durante a noite. Isso explica os registros recentes de temperaturas mínimas mais baixas do que a média histórica para o período.

A previsão também indica continuidade de chuvas com pancadas isoladas nos próximos dias, especialmente no litoral e na região Agreste do estado. A expectativa da EMPARN é que o padrão chuvoso se mantenha até a segunda quinzena de julho, com possibilidade de aumento no volume acumulado em comparação aos últimos dias.

O prognóstico da unidade de meteorologia aponta para uma combinação de fatores que sustentam o atual padrão climático, incluindo a circulação atmosférica em níveis mais baixos da troposfera e a influência de sistemas meteorológicos que favorecem o transporte de umidade do oceano para o continente.

Com o solo menos aquecido, o ar próximo à superfície se mantém mais frio, situação que pode persistir em dias com cobertura de nuvens mais espessa e ventos constantes. Esse cenário reduz as máximas diárias e provoca maior sensação de frio, especialmente nas madrugadas e no início das manhãs.

As temperaturas previstas para as regiões serranas do estado representam um comportamento típico de inverno, com valores mais baixos em cidades situadas em altitudes elevadas. Mesmo em Natal, o resfriamento deve se intensificar durante o período indicado pela EMPARN, acompanhado pela manutenção de ventos fortes, que seguem atuando sobre o litoral potiguar.

A EMPARN também monitora o avanço das frentes frias no litoral do Nordeste e seus efeitos indiretos sobre o Rio Grande do Norte. Esses sistemas, mesmo sem atuar diretamente com força máxima no estado, conseguem alterar a circulação de ventos e provocar instabilidades que resultam em pancadas de chuva e queda das temperaturas mínimas.

A previsão para a segunda quinzena de julho inclui aumento na frequência e intensidade das precipitações, sobretudo em áreas litorâneas e agrestes, o que pode resultar em acumulados mais significativos até o fim do mês. A EMPARN segue acompanhando as condições meteorológicas e deverá divulgar novos boletins atualizados conforme a evolução dos sistemas atmosféricos.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Prefeitura de Natal publica lei que unifica regras das Zonas de Proteção Ambiental

Prefeitura de Natal publica lei que unifica regras das Zonas de Proteção Ambiental

Lei Complementar nº 261/2025 disciplina uso e ocupação do solo em oito ZPAs com novas regras de preservação ambiental

A Prefeitura do Natal publicou nesta sexta-feira (4.jul.2025) no Diário Oficial do Município (DOM) a Lei Complementar nº 261/2025, que unifica as normas urbanísticas e ambientais das Zonas de Proteção Ambiental (ZPA) 1, 3, 4, 5, 7, 8, 9 e 10. A medida tem o objetivo de disciplinar o uso e a ocupação do solo, consolidando regras voltadas à preservação ambiental, urbanização sustentável e proteção de ecossistemas sensíveis.

Segundo a Prefeitura, a lei busca harmonizar desenvolvimento urbano e preservação ambiental, oferecendo segurança jurídica a empreendimentos e protegendo recursos como dunas, manguezais, rios e lagoas. O texto define subzonas específicas (preservação, conservação e uso restrito) em cada ZPA, especificando usos permitidos, como pesquisa científica, recuperação ambiental, lazer de baixo impacto, educação ambiental e pesca artesanal em comunidades tradicionais.

Atividades proibidas e proteção de ecossistemas

A lei proíbe atividades poluentes como deposição de resíduos, aterros sanitários, uso de agrotóxicos e instalação de indústrias de médio ou alto impacto. Também disciplina o uso em áreas de Preservação Permanente (APP), incluindo proteção de recursos hídricos e dunas, com previsão de criação de parques ecológicos, mirantes e unidades de conservação.

Entre os instrumentos previstos estão programas de reflorestamento, inventários de fauna e flora, monitoramento ambiental, recuperação de nascentes e campanhas de educação ambiental. A legislação revoga normas anteriores sobre as ZPAs incluídas e consolida o Plano Diretor Municipal (Lei Complementar nº 208/2022), prevendo revisão técnica obrigatória a cada cinco anos ou antes, em caso de interesse público.

Principais parâmetros urbanísticos

Entre os índices urbanísticos, a lei estabelece:

  • Área mínima do lote: 7.500 m² em subzonas de Preservação, 320 m² em Conservação e 200 m² em Uso Restrito.
  • Coeficiente de aproveitamento máximo: 0,08 (Preservação), 0,6 (Conservação) e 1 (Uso Restrito).
  • Taxa de permeabilidade mínima: 90% em Preservação, 40% em Conservação e 30% em Uso Restrito, podendo chegar a 20% com sistemas de infiltração.
  • Gabaritos máximos variados por ZPA: 0 a 12 m (ZPA 7), até 7,5 m ou até 60 m (ZPA 8), e até 4 m (ZPA 10).

A lei também prevê incentivos como outorga onerosa e transferência de potencial construtivo, vinculados a contrapartidas de arborização e implantação de sistemas de infiltração.

Regularização fundiária e usos diferenciados

A lei estabelece regras para regularização fundiária prioritária em subzonas de preservação em casos de interesse público, áreas consolidadas ou baixo impacto ambiental, mediante estudos técnicos e licenciamento. Para Habitação de Interesse Social (HIS), prevê a revisão de parâmetros, como taxa de ocupação de até 50% e permeabilidade mínima de 50% na ZPA 10.

As subzonas de Uso Restrito (SUR) definem usos urbanos controlados:

  • SUR-1: urbanização com permeabilidade mínima (40% na ZPA 1), saneamento adequado.
  • SUR-2: destinada a equipamentos públicos ou urbanização em áreas parcialmente ocupadas (exemplo: Hospital Municipal na ZPA 1).
  • SUR-3: usos institucionais, serviços e projetos de HIS em áreas de risco.

As Subzonas de Preservação (SP) destinam-se à proteção integral de dunas, mangues, lagoas, rios e vegetação nativa, permitindo apenas atividades como pesquisa, lazer de baixo impacto e pesca artesanal. Já as Subzonas de Conservação (SC) têm função intermediária, protegendo recursos naturais, mas permitindo usos compatíveis com sua característica.

Destaques por ZPA

  • ZPA 1: Pitimbu, Candelária, Cidade Nova. Hospital Municipal previsto na SUR-2.
  • ZPA 3: Rio Pitimbu e Cidade Satélite. Cordões de dunas e terraços fluviais protegidos.
  • ZPA 4: Cordões dunares dos Guarapes. Usos como compostagem e parque solar mediante estudo.
  • ZPA 5: Dunas e lagoas de Ponta Negra. Proibição de construção em margens de lagoas até cota de 35 m.
  • ZPA 7: Forte dos Reis Magos e entorno. Uso para turismo, cultura e lazer com limites de altura.
  • ZPA 8: Manguezais do Potengi/Jundiaí. Regularização fundiária em áreas consolidadas.
  • ZPA 9: Lagoas, dunas e Rio Doce. Ecoturismo e HIS fora de APPs.
  • ZPA 10: Farol de Mãe Luíza. Gabarito máximo de 4 m na área especial de proteção paisagística.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Operação fiscaliza ocupações irregulares em área de mangue na Zona Oeste de Natal

Operação fiscaliza ocupações irregulares em área de mangue na Zona Oeste de Natal

Ação da Semurb lavra autos de infração e aplica multas em APP no bairro Nordeste

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) deflagrou nesta quarta-feira (2.jul.2025) uma operação na comunidade da Baixada, no bairro Nordeste, Zona Oeste de Natal, com o objetivo de identificar ocupações e atividades irregulares em área de mangue, classificada como Área de Proteção Permanente (APP) e protegida por lei.

Segundo a Semurb, a operação atende a uma ação do Ministério Público e contou com apoio de diversos órgãos municipais e estaduais. Participaram equipes da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (Semdes), Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), Polícia Militar, Polícia Civil e Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP).

Durante a ação, fiscais ambientais vistoriaram áreas ocupadas e lavraram 11 autos de infração. Também foram emitidas duas notificações por exercício de atividades sem a devida autorização ou licença ambiental. As multas aplicadas foram classificadas como de natureza grave, com valores variando entre R$ 2,7 mil e R$ 10,7 mil.

As vistorias constataram a presença de sucatas, construções irregulares, criadouros de porcos, galinhas e animais ungulados como cavalos e vacas, além de áreas aterradas e grande quantidade de lixo. A Semurb informou que toda ocupação não residencial ou destinada à criação de animais em área de mangue deverá ser desmobilizada, por se tratar de local ambientalmente frágil.

Os fiscais ambientais também inspecionaram as condições de armazenamento de materiais, identificando resíduos sólidos descartados de forma irregular, materiais contaminantes e desmatamento de manguezal. Foi observada ainda a possibilidade de contaminação do solo e a existência de resíduos dispostos sem controle, além de indícios de funcionamento de matadouros clandestinos.

Durante a operação, dois cavalos foram apreendidos em situação de maus-tratos e encaminhados para o curral municipal. A Semurb informou que os responsáveis pelas ocupações e atividades irregulares foram intimados a comparecer à sede da Secretaria no dia 15 de julho para apresentar esclarecimentos e receber prazos para a desocupação.

A área fiscalizada está inserida na Zona de Proteção Ambiental (ZPA-8), que proíbe qualquer tipo de uso ou intervenção sem autorização específica. A Semurb reforçou que as ações visam garantir a proteção do ecossistema local, caracterizado por manguezais que desempenham papel importante para o equilíbrio ambiental.

A fiscalização também avaliou o risco de contaminação ambiental, com atenção à presença de resíduos químicos, criação inadequada de animais e descarte irregular de materiais. As equipes verificaram a disposição dos objetos, a organização das áreas e os potenciais danos ao meio ambiente.

A Semurb disponibiliza canais de comunicação para denúncias da população sobre irregularidades ambientais. As denúncias podem ser feitas pela Ouvidoria da Secretaria, pelo WhatsApp (84) 3616-9829, telefone (84) 3616-9813 ou e-mail ouvidoria.semurb@natal.rn.gov.br, de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h. Em finais de semana e feriados, denúncias podem ser registradas pelo Ciosp, pelo número 190.

A Secretaria informou que as ações de fiscalização continuarão em outras áreas da cidade, com foco na identificação e responsabilização por ocupações e atividades que violem normas ambientais e urbanísticas.

Foto: Fiscalização Ambiental/Semurb

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MPF recorre para garantir consulta à comunidade tradicional sobre obras na Redinha

MPF recorre para garantir consulta à comunidade tradicional sobre obras na Redinha

Recurso pede que população costeira seja ouvida antes de medidas sobre concessão e gestão do complexo turístico

O Ministério Público Federal (MPF) recorreu ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) para assegurar o direito de consulta prévia e participação da comunidade tradicional costeira nas decisões relacionadas às obras e à gestão do complexo turístico da Redinha, localizado em Natal.

O recurso foi apresentado após a Justiça Federal do Rio Grande do Norte negar pedido de liminar em maio. O MPF argumenta que a medida judicial é urgente, pois as obras estão em estágio avançado e a gestão da área foi concedida à iniciativa privada por meio de lei municipal sancionada em dezembro de 2024.

O complexo abrange o mercado público, quiosques da praia e espaço de embarcação. A reforma do mercado foi finalizada, mas permanece inativo. Os quiosques foram demolidos e não foram reconstruídos, deixando comerciantes desalojados sem alternativa.

Segundo o MPF, as intervenções impactam diretamente na subsistência e nos modos de vida de ribeirinhos, pescadores artesanais, marisqueiras e pequenos comerciantes. A ausência de consulta prévia teria violado a Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da qual o Brasil é signatário.

O recurso também cita laudo antropológico do próprio MPF, estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), autodeclaração da comunidade e atos da Secretaria do Patrimônio da União (SPU) como evidências do reconhecimento formal da comunidade como tradicional. A SPU concedeu Termos de Autorização de Uso Sustentável (Taus), instrumento que requer consulta prévia antes de qualquer intervenção.

O MPF sustenta que a continuidade das obras sem consulta poderá tornar os danos irreversíveis, inclusive com prejuízos a investimentos públicos já realizados, como é o caso do mercado público da Redinha, que permanece sem funcionamento.

Foto: Magnus Nascimento/Prefeitura de Natal/Ilustração

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Volumes dos reservatórios do RN encerram junho com 48,88% da capacidade

Volumes dos reservatórios do RN encerram junho com 48,88% da capacidade

Relatório do Igarn aponta queda em relação a 2023, quando nível estava em 76,56%

O Instituto de Gestão das Águas do Rio Grande do Norte (Igarn) divulgou nesta terça-feira (1º.jul.2025) o Relatório dos Volumes dos Principais Reservatórios do Estado, com dados referentes ao encerramento do mês de junho. De acordo com o levantamento, os mananciais potiguares acumulam atualmente 48,88% da capacidade total de armazenamento. No mesmo período do ano passado, o índice era de 76,56%.

O Igarn realiza o monitoramento de 69 reservatórios em todo o território potiguar. Juntos, esses mananciais armazenam 2.585.640.866 metros cúbicos de água, de uma capacidade total de 5.290.123.351 metros cúbicos.

O maior reservatório do estado, a barragem Armando Ribeiro Gonçalves, localizada na região do Vale do Açu, apresenta volume de 1.390.725.913 m³, o que corresponde a 58,60% da sua capacidade máxima de 2.373.066.000 m³.

A barragem Oiticica, situada em Jucurutu e considerada o segundo maior manancial do RN, acumula 103.352.479 m³, equivalente a 13,92% da capacidade total de 742.632.840 m³. Já a barragem Santa Cruz do Apodi registra 393.577.850 m³, correspondendo a 65,93% de sua capacidade de 599.712.000 m³.

Entre os reservatórios com volumes mais expressivos, destacam-se as lagoas de Extremoz, Pium (Nísia Floresta), Jiqui (Parnamirim) e Boqueirão (Touros), todas com 100% da capacidade. A lagoa do Bonfim, em Nísia Floresta, está com 51.882.252 m³, representando 61,57% do volume total.

Atualmente, três reservatórios monitorados pelo Igarn apresentam volumes superiores a 80% de sua capacidade:

  • Riacho da Cruz II: 92,78%
  • Açude Público de Encanto: 81,92%
  • Dinamarca (Serra Negra do Norte): 84,41%

Por outro lado, 11 reservatórios estão em situação crítica, com volumes inferiores a 10% da capacidade total. São eles:

  • Passagem das Traíras (São José do Seridó): 0,03%
  • Itans (Caicó): 0,43%
  • Jesus Maria José (Tenente Ananias): 2,32%
  • Mundo Novo (Caicó): 2,39%
  • Esguicho (Ouro Branco): 3,39%
  • Sabugi (São João do Sabugi): 4,53%
  • Brejo (Olho D’Água do Borges): 4,52%
  • Carnaúba (São João do Sabugi): 5,38%
  • Lulu Pinto (Luís Gomes): 5,64%
  • Tourão (Patu): 7,76%
  • Japi II (São José do Campestre): 8,10%

O Igarn mantém o monitoramento constante desses mananciais, com o objetivo de informar a população e apoiar a gestão dos recursos hídricos no estado. O relatório atualizado mensalmente indica o nível de segurança hídrica em diferentes regiões potiguares e orienta decisões sobre o uso racional da água.

Os dados completos podem ser consultados no site oficial do Igarn, onde são disponibilizados detalhes técnicos e históricos de cada reservatório monitorado no Rio Grande do Norte.

Foto: Divulgação/Igarn / Sandro Menezes/Governo do RN / Raffael Vieira

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Ibama concede primeira licença prévia para projeto de energia eólica offshore no Brasil

Ibama concede primeira licença prévia para projeto de energia eólica offshore no Brasil

Projeto será instalado em Areia Branca (RN) com previsão de dois aerogeradores no mar e uso interno no Porto-Ilha

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) emitiu nesta terça-feira (24.jun.2025) a primeira licença prévia para um projeto de energia eólica offshore no Brasil. O empreendimento será localizado no litoral do município de Areia Branca, no estado do Rio Grande do Norte, e tem como objetivo testar a geração de energia por meio de aerogeradores instalados em alto-mar.

A concessão da licença prévia representa o reconhecimento da viabilidade ambiental do projeto em sua fase de planejamento. A autorização, no entanto, não permite a execução de obras ou instalação de equipamentos no local. A continuidade do projeto está condicionada ao cumprimento das exigências estabelecidas pelo Ibama para as próximas etapas do licenciamento ambiental.

O licenciamento do Ibama segue um processo dividido em três fases: licença prévia, licença de instalação e licença de operação. Após a emissão da licença prévia, os responsáveis devem elaborar um plano de gestão ambiental e solicitar a licença de instalação, que autoriza o início das obras.

Localização e estrutura do projeto

O projeto, denominado Sítio de Testes de Aerogeradores Offshore, será instalado entre 15 e 20 quilômetros da costa de Areia Branca. Está prevista a instalação de dois aerogeradores: um com capacidade de 8,5 megawatts (MW) e outro com 16 MW, totalizando 24,5 MW de potência instalada.

A energia produzida será destinada ao consumo interno do Porto-Ilha, estrutura localizada no município e utilizada para operação portuária de embarque de sal. A condução do projeto está sob responsabilidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Rio Grande do Norte (Senai/RN), que atua na coordenação técnica e articulação institucional.

Avaliação ambiental e medidas exigidas

Durante o processo de análise, o Ibama identificou impactos ambientais associados ao projeto. Como resultado, foram recomendadas ações para o fortalecimento do plano de gestão ambiental, que contempla 13 programas específicos. Entre os programas estão:

  • Monitoramento de fauna marinha;
  • Avaliação de ruídos subaquáticos;
  • Comunicação social com as comunidades envolvidas;
  • Capacitação e qualificação profissional;
  • Acompanhamento da execução e mitigação dos impactos.

Essas medidas serão obrigatórias para a solicitação da licença de instalação e têm como finalidade assegurar que o desenvolvimento da atividade ocorra em conformidade com critérios de sustentabilidade e de proteção ambiental.

Perspectivas de execução

O projeto ainda passará por etapas de detalhamento técnico e atração de parcerias privadas. Está prevista a realização de um chamamento público para captação de empresas interessadas em investir no empreendimento. Segundo estimativas técnicas do Senai/RN, serão necessários 18 meses para a finalização dos estudos complementares e desenvolvimento dos projetos de engenharia.

Após essa etapa, o cronograma prevê um prazo de 36 meses até a entrada em operação dos aerogeradores. O planejamento contempla a assinatura de acordos de cooperação ainda em 2025, a depender do andamento das autorizações e da mobilização de recursos.

Este é o primeiro projeto do tipo a receber licença prévia no país e pode servir como referência para outros empreendimentos de energia eólica offshore em território nacional, segmento em expansão dentro da matriz energética brasileira.

Foto: Annelies Brouw/Pexels / lange x/Pexels / Enrique/Pexels

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Encalhe de contêiner e manchas de óleo em praia de Extremoz mobilizam órgãos ambientais

Encalhe de contêiner e manchas de óleo em praia de Extremoz mobilizam órgãos ambientais

Idema, IBAMA, Marinha e MPF acompanham impactos do naufrágio da embarcação Harmonia no litoral Norte do RN

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) informou que diversas instituições estão mobilizadas para monitorar e mitigar impactos ambientais decorrentes do naufrágio da embarcação Harmonia, ocorrido após sua partida do Recife com destino a Fernando de Noronha. A embarcação transportava carga destinada à recuperação da pista do aeroporto da ilha.

Após o naufrágio, um contêiner encalhou nas proximidades das praias de Graçandu e Barra do Rio, no litoral norte do estado, no município de Extremoz. Moradores também relataram a presença de manchas de óleo na faixa costeira, o que acionou a pronta resposta de órgãos ambientais e de defesa civil.

Ações de monitoramento

O Idema mobilizou equipes internas para vistoria técnica na área afetada e iniciou articulações com órgãos federais. Segundo o diretor-geral do órgão, Werner Farkatt, o Instituto acionou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), que enviou uma equipe de plantão ao local.

O Projeto Cetáceos Costa Branca, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), e o Centro de Estudos e Monitoramento Ambiental (CEMAM) também foram acionados para monitorar possíveis impactos sobre a fauna marinha, especialmente a contaminação por óleo ou resíduos liberados pela embarcação.

O foco das equipes está na contenção de danos ambientais e na proteção da biodiversidade costeira, em cooperação com a Defesa Civil do Estado, a Prefeitura de Extremoz e demais instituições envolvidas.

Atuação da Marinha e do IBAMA

A Marinha do Brasil, por meio do 3º Distrito Naval, está conduzindo a investigação sobre as causas do naufrágio da embarcação Harmonia e sobre o conteúdo transportado. Segundo o Idema, o manifesto da embarcação não indicava presença de óleo ou derivados, o que levantou questionamentos sobre o conteúdo real da carga.

Por tratar-se de uma ocorrência em águas marítimas, a responsabilidade primária recai sobre o Governo Federal, especialmente o IBAMA, enquanto o Governo do Estado atua de forma complementar, colaborando com as ações de prevenção e resposta a possíveis contaminações.

Acompanhamento do Ministério Público Federal

O Ministério Público Federal (MPF) também acompanha a situação. O procurador Victor Mariz informou a instauração de procedimento para monitoramento do caso. Na noite da quarta-feira (18.jun.2025), uma reunião foi realizada na Capitania dos Portos do Rio Grande do Norte (CPRN), com a presença dos proprietários da embarcação, técnicos do IBAMA e representantes da CPRN.

Durante a reunião, foram discutidas e definidas as medidas que os responsáveis pelo navio devem adotar, tanto em relação à mitigação dos impactos ambientais quanto às obrigações ligadas à segurança da navegação.

Situação em monitoramento

O Idema reforça que segue articulado com os demais órgãos públicos para garantir respostas efetivas diante do encalhe do contêiner e do surgimento de manchas de óleo. As instituições envolvidas permanecem em campo para monitoramento constante da área.

O caso segue em análise e novas atualizações devem ser divulgadas conforme o avanço dos trabalhos técnicos e das apurações conduzidas pelas autoridades ambientais e marítimas.

Fotos: Divulgação/IDEMA

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Parques ambientais do RN divulgam funcionamento no feriado de Corpus Christi

Parques ambientais do RN divulgam funcionamento no feriado de Corpus Christi

Idema informa horários de visitação no Parque das Dunas, Cajueiro de Pirangi e Parque Estadual Mata da Pipa nesta quinta-feira (19)

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) divulgou os horários de funcionamento das unidades de conservação sob sua gestão durante o feriado de Corpus Christi, nesta quinta-feira, 19 de junho. A programação inclui o Parque das Dunas, em Natal; o Cajueiro de Pirangi, em Parnamirim; e o Parque Estadual Mata da Pipa, localizado no município de Tibau do Sul.

Horários de funcionamento

Segundo o Idema, o Parque das Dunas e o Cajueiro de Pirangi funcionarão normalmente durante o feriado, com acesso liberado ao público das 7h30 às 17h. Já o Parque Estadual Mata da Pipa (Pemp) estará fechado para visitação nesta quinta-feira (19), reabrindo ao público na sexta-feira (20), em seu horário regular.

Confira abaixo os detalhes do funcionamento:

Parque das Dunas (Natal)

Data: 19 de junho (quinta-feira)
Horário: 07h30 às 17h
Entrada: R$ 1,00

Cajueiro de Pirangi (Parnamirim)

  • Data: 19 de junho (quinta-feira)
  • Horário: 07h30 às 17h
  • Entrada: R$ 8,00
  • Crianças de 7 a 12 anos: meia-entrada
  • Estudantes, professores e idosos: meia-entrada (com comprovação documental)

Parque Estadual Mata da Pipa (Tibau do Sul)

  • Data: 19 de junho (quinta-feira): fechado
  • Data: 20 de junho (sexta-feira): reabre em horário regular

Sobre as unidades de conservação

O Parque das Dunas é uma das principais áreas verdes urbanas de Natal e abriga trilhas, espaços para atividades físicas e ações de educação ambiental. O Cajueiro de Pirangi é conhecido por abrigar o maior cajueiro do mundo, sendo um ponto turístico tradicional do litoral sul do estado. O Parque Estadual Mata da Pipa, localizado em área de Mata Atlântica, é voltado para conservação ambiental e visitação educativa e recreativa.

Essas unidades de conservação desempenham papel importante na proteção do meio ambiente e no fomento ao turismo ecológico, sendo administradas pelo Idema, órgão responsável por coordenar as ações de sustentabilidade ambiental no estado do Rio Grande do Norte.

Serviço – Feriado Corpus Christi (19/06)

Parque das Dunas (Natal): funcionamento normal, das 07h30 às 17h – entrada R$ 1,00

Cajueiro de Pirangi (Parnamirim): funcionamento normal, das 07h30 às 17h – entrada R$ 8,00 (meia para crianças, estudantes, professores e idosos com comprovação)

Parque Estadual Mata da Pipa (Tibau do Sul): fechado na quinta-feira (19), reabre na sexta-feira (20)

Mais informações podem ser obtidas nos canais oficiais do Idema ou nas administrações locais dos parques.

Fotos: Caroline Macêd/Celly Maia/Divulgação/IDEMA

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Jiboia é resgatada em residência na cidade de Caicó

Jiboia é resgatada em residência na cidade de Caicó

Animal foi encontrado na manhã de domingo (8) e devolvido à natureza após ação do Corpo de Bombeiros

Uma jiboia foi encontrada na manhã do último domingo (8.jun.2025) dentro de uma residência localizada na Avenida Josino Carneiro, em Caicó, na região do Seridó potiguar. O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte (CBMRN) foi acionado pelos moradores do imóvel e realizou o resgate do animal de forma segura.

Segundo informações dos bombeiros, o réptil estava no interior da casa e não apresentava comportamento agressivo. A equipe utilizou equipamentos apropriados para realizar a captura da serpente, evitando riscos tanto para os moradores quanto para o próprio animal.

Devolução à natureza

Após a captura, a jiboia foi colocada em um recipiente seguro e, conforme os protocolos ambientais, foi solta em uma área de mata nativa, distante da zona urbana. A operação seguiu os padrões de proteção ambiental estabelecidos para preservação da fauna silvestre.

O Corpo de Bombeiros reforça que, ao identificar a presença de animais silvestres, a população deve evitar contato direto e acionar imediatamente os serviços de emergência por meio do número 193.

Espécie não é venenosa

De acordo com especialistas, a jiboia não é um animal peçonhento. A espécie é comum em áreas rurais e mata atlântica, e costuma evitar o contato com seres humanos. Seu modo de ataque baseia-se na constrição, ou seja, enrola-se em torno da presa até imobilizá-la.

As jiboias geralmente se alimentam de pequenos roedores, aves ou répteis e desempenham papel importante no equilíbrio ecológico, ajudando no controle populacional de outras espécies.

Atendimentos semelhantes no RN

Ocorrências de animais silvestres em áreas urbanas têm se tornado mais frequentes devido à expansão de áreas residenciais e à redução de habitat natural. O Corpo de Bombeiros do RN atua em diversos resgates de serpentes, tamanduás, iguanas e outras espécies em diferentes municípios do estado.

O protocolo de atendimento exige que o animal seja devolvido a uma área preservada, sem intervenção letal, salvo em casos extremos de risco à vida humana. A população pode registrar ocorrências semelhantes pelo canal direto de emergência ou via aplicativo de serviços integrados da corporação, onde disponível.

Foto: Divulgação/CBRN / Antonio Di Giacomo/Pexels / Giulia Botan/Pexels

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Lula diz que ligará para Trump para garantir presença na COP30 em Belém

Lula diz que ligará para Trump para garantir presença na COP30 em Belém

Presidente brasileiro afirma que convidará pessoalmente o ex-presidente dos EUA para a conferência do clima

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou neste sábado (7.jun.2025) que pretende convidar pessoalmente o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para participar da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em novembro, em Belém (PA).

Durante coletiva de imprensa em Paris, Lula afirmou que, se Trump não confirmar presença até perto do evento, fará uma ligação pessoal: “Se até perto [da conferência] o Trump não confirmar que vem, eu, pessoalmente, vou ligar para ele e falar: ‘Ô, cara, Trump, a COP é aqui no Brasil, vamos discutir esse negócio’”, declarou.

A COP30 reunirá chefes de Estado e representantes de quase 200 países para discutir metas e ações de enfrentamento às mudanças climáticas. Segundo Lula, o Brasil está organizando uma reunião preparatória entre os chefes de Estado, com dois dias de antecedência à abertura da conferência, para aprofundar os debates.

Lula destacou a importância da participação dos Estados Unidos na conferência, afirmando que o país “poluiu muito e ainda polui”, referindo-se à responsabilidade histórica das grandes potências industriais nas emissões de carbono.

COP30 será realizada no Brasil

Esta será a primeira vez que a conferência do clima será realizada na região amazônica. Belém sediará o evento entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro. A escolha da capital paraense tem como objetivo colocar os desafios da Amazônia e dos países em desenvolvimento no centro do debate climático.

Durante a COP30, os países deverão apresentar metas de redução de emissões mais ambiciosas para cumprir o Acordo de Paris, que estabelece o limite de aumento da temperatura média global em 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais.

Participação dos Estados Unidos e políticas de Trump

Donald Trump, durante seu mandato como presidente dos EUA, anunciou a retirada do país do Acordo de Paris, decisão revertida posteriormente por Joe Biden. Trump também promoveu medidas que flexibilizaram regras ambientais nos Estados Unidos, incluindo a expansão da exploração de combustíveis fósseis.

O governo brasileiro busca garantir a presença de lideranças internacionais, mesmo as mais controversas, como Trump, a fim de fortalecer a participação global no evento e pressionar países desenvolvidos a contribuírem financeiramente com a mitigação das mudanças climáticas.

Lula defende financiamento climático por países ricos

O presidente brasileiro reiterou que os países industrializados têm responsabilidade histórica e devem financiar ações climáticas nos países em desenvolvimento. “O mundo rico tem uma dívida tão contenciosa com o meio ambiente porque se industrializou há mais de 200 anos. Se industrializaram à custa da carbonização do planeta e têm que pagar um pouco agora para descarbonizar”, disse Lula.

Segundo ele, o Brasil pretende liderar o debate sobre justiça climática e financiamento climático durante a COP30.

Investimentos franceses no Brasil

A declaração de Lula ocorreu durante visita oficial à França, onde o presidente também anunciou a previsão de investimentos de R$ 100 bilhões por empresários franceses no Brasil até 2030. A viagem tem como foco o fortalecimento das relações comerciais e políticas com o governo francês.

Licenciamento ambiental

Durante a coletiva, Lula também foi questionado sobre o projeto de lei aprovado no Senado que flexibiliza regras de licenciamento ambiental no Brasil. O presidente afirmou que ainda aguardará a tramitação do projeto na Câmara dos Deputados e que poderá exercer seu direito de veto.

“É muito difícil um presidente da República dar palpite de uma coisa que está sendo votada na Câmara. Eu tenho direito de vetar. Então, deixa acontecer, deixa ver como o debate na Câmara evolui”, afirmou.

Ele destacou que ministros do governo ligados ao tema devem participar do debate com os parlamentares, buscando aperfeiçoamentos no texto.

Críticas ao projeto

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, já se manifestou publicamente contra o projeto. Em pronunciamento recente em rede nacional de rádio e TV, ela afirmou que a proposta representa risco à legislação ambiental brasileira. “Não podemos permitir que, em nome da agilização das licenças ambientais, seja desferido um golpe mortal em nossa legislação”, disse.

A tramitação do projeto segue sob atenção de ambientalistas, representantes do setor produtivo e do governo federal, que buscam um equilíbrio entre a proteção ambiental e o desenvolvimento econômico.

Foto: Ricardo Stuckert/PR / Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

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Dia do Meio Ambiente: setor funerário adota práticas cada vez mais sustentáveis

Dia do Meio Ambiente: setor funerário adota práticas cada vez mais sustentáveis

“Ações refletem uma mudança de paradigma em um setor historicamente conservador”, diz Alessandra Vila sobre as transformações ambientais no segmento

No Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado nesta quinta-feira (5), um setor pouco lembrado nas discussões sobre sustentabilidade chama a atenção pelo avanço em práticas responsáveis: o funerário. Tradicionalmente associado a rituais marcados pelo impacto ambiental, o segmento tem passado por uma transformação significativa, em âmbito nacional e regional.

A busca por alternativas menos agressivas ao meio ambiente tem levado empresas a repensarem desde o tipo de sepultamento até o destino de resíduos produzidos durante os serviços. Entre as principais mudanças estão a adoção de urnas biodegradáveis, o incentivo à cremação com menor emissão de poluentes e a implantação de cemitérios verticais, que otimizam o uso do solo e reduzem o risco de contaminação dos lençois freáticos.

Os chamados “cemitérios ecológicos” evitam práticas como irrigação constante e usam sistemas tecnológicos que filtram resíduos da decomposição antes da dispersão no solo, contribuindo para a conservação dos recursos hídricos e do entorno ambiental. A inovação é uma resposta às exigências crescentes da sociedade por modelos mais sustentáveis, inclusive no momento da despedida.

Transformação ambiental em âmbito local

No Rio Grande do Norte, uma referência em iniciativas ambientais no setor é a Empresa Vila, que tem adotado medidas concretas para integrar os princípios de ESG (Ambiental, Social e Governança) à sua atuação. Na unidade Mossoró, por exemplo, o cemitério vertical administrado pela empresa opera com o sistema Eco No-leak, projetado para evitar o vazamento de líquidos da decomposição, protegendo o solo e o lençol freático.

Já a unidade Caicó, se destaca por funcionar 100% com energia solar, posicionando-se como uma das poucas no setor funerário do país a operar exclusivamente com fonte limpa e renovável. “A transição para energia solar em nossas operações representa mais do que uma escolha tecnológica, é um posicionamento”, afirma Alessandra Vila, CEO da empresa.

Outra frente importante é a gestão de resíduos. Desde 2024, a empresa implementou um programa de coleta seletiva que já destinou corretamente mais de cinco toneladas de materiais recicláveis e orgânicos, frutos de um projeto piloto iniciado na Grande Natal.

Em parceria com o Minhocário Berg, parte dos resíduos orgânicos, como flores e restos alimentares, vem sendo transformada em fertilizantes naturais. Uma nova composteira está em construção, com previsão de oferecer adubo gratuitamente à população local.

“As ações refletem um movimento que vai além da compensação de impactos ambientais: trata-se de uma mudança de paradigma em um setor historicamente conservador”, finaliza Alessandra Vila.

Foto: Divulgação

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Projeto de restauração da Caatinga avança nos estados de Pernambuco e RN

Projeto de restauração da Caatinga avança nos estados de Pernambuco e RN

Unidades demonstrativas de restauração ecológica no sertão do Pajeú (PE) e restauração produtiva no sertão do Apodi (RN) servirão de modelos de produção sustentável no semiárido

Restaurar a riqueza natural da Caatinga é o objetivo de uma nova iniciativa de restauração que começa a ser implementado neste mês de maio nos estados de Pernambuco e Rio Grande do Norte. Ao todo, 38 espécies nativas — incluindo carnaúba, pajeú, emburana, angico, jurema, mulungu, juazeiro e a craibeira — serão cultivadas em duas unidades demonstrativas de um hectare cada, com o apoio do WRI Brasil e em parceria com a Rede de Mulheres Produtoras do Pajeú, a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), a Associação para o Desenvolvimento Sustentável Empreender Para Reforçar Emprego e Renda (ADSERER), o Redário e o Cepan.

Cada experimento de restauração ecológica tem um hectare de área. No Sertão do Pajeú, está sendo utilizada a técnica da muvuca com o plantio de mudas. Serão intercaladas linhas de semeadura direta com linhas de mudas, de modo que será possível fazer uma análise comparativa entre o uso de mudas e sementes nas ações de restauração. A opção pela muvuca, técnica na qual as sementes não são separadas por espécies, mas misturadas entre si, visa reproduzir a forma como as plantas ocorrem naturalmente na paisagem. Tanto as mudas como as sementes são obtidas de organizações locais, como a própria Rede de Mulheres, o Redário e a Rede de Sementes do Pajeú.

“Essa primeira etapa de implantação da unidade demonstrativa de restauração ecológica no Pajeú foi de muita troca de experiência”, diz Apolônia da Silva, educadora social da Rede de Mulheres Produtoras do Pajeú. “A Rede buscou trazer para o projeto o olhar das mulheres, uma vez que são elas que desempenham esse papel importante de restauração da Caatinga.”

Já no Sertão do Apodi (RN), a restauração será produtiva, por meio da implantação de um sistema agroflorestal (SAF) com espécies melíferas, que serão inseridas na áreas também por meio de sementes e mudas, o que viabiliza a criação de abelhas nativas (meliponicultura) e fortalece a segurança alimentar e a geração de renda. O SAF permitirá o cultivo de alimentos para o consumo das famílias e a comercialização de excedentes.

Essas áreas piloto equilibram a restauração da natureza, a produção de valor e inclusão de grupos sociais. “As unidades demonstrativas destacam o potencial da restauração em gerar renda e faz sentido para as comunidades locais”, diz Luciana Alves, Coordenadora de Projetos e Pesquisa do WRI Brasil. “O caso da Rede de Sementes do Pajeú exemplifica como a estruturação de redes como essa fortalece mecanismos de comercialização, mobiliza comunidades e gera renda a partir da restauração”.

As iniciativas são fruto do estudo “Restauração de Paisagens e Florestas no Bioma Caatinga”, baseado na metodologia Avaliação das Oportunidades de Restauração (ROAM), desenvolvida pelo WRI. O estudo identifica áreas prioritárias para ações de recuperação que integrem conservação ambiental, inclusão social e produção sustentável.

O projeto integra o Programa Raízes da Caatinga, conduzido pela IDH em parceria com o WRI Brasil e a Diaconia, que apoia municípios nos estados do Rio Grande do Norte, Pernambuco e Paraíba a construir pactos pela produção sustentável, proteção da vegetação nativa e fortalecimento da governança territorial em paisagens da Caatinga. A ação está alinhada às metas do pilar Proteger dos Pactos Pajeú Sustentável e Apodi Sustentável, que integram a estratégia territorial desse programa, visando fortalecer a governança e impulsionar soluções baseadas na natureza no semiárido nordestino.

Entre as espécies que serão plantadas nas duas unidades demonstrativas estão: Emburana (Amburana cearenses), angico (Anadenanthera colubrina), pereiro (Aspidosperma pyrifolium), aroeira-preta (Astronium urundeuva), catingueira (Cenostigma pyramidale), pombeiro-vermelho (Combretum lanceolatum), mofunfo (Combretum leprosum), carnaúba (Copernicia prunifera), xique-xique (Crotalaria sp.), mucunã (Dioclea grandiflora), mulungu (Erythrina velutina), ipê-roxo (Handroanthus impetiginosus), pau-mocó (Luetzelburgia auriculata), jurema-branca (Mimosa ophthalmocentra), angico-de-bezerro (Pityrocarpa moniliformis), embiratanha(Pseudobombax marginatum), saboneteiro (Sapindus saponaria), juazeiro (Sarcomphalus joazeiro), baraúna(Schinopsis brasiliensis), craibeira (Tabebuia aurea), pau-jaú (Triplaris gardneriana) e jaramataia (Vitex gardneriana), entre outras.

Sobre o WRI Brasil

O WRI Brasil é um instituto de pesquisa que trabalha em parceria para gerar transformação. Atua no desenvolvimento de estudos e implementação de soluções para que as pessoas tenham o essencial para viver, para proteger e restaurar a natureza, pelo equilíbrio do clima e por comunidades resilientes. Alia excelência técnica à articulação política e trabalha com governos, empresas, academia e sociedade civil.
O WRI Brasil faz parte do World Resources Institute (WRI). Fundado em 1982, o WRI conta com cerca de 1,7 mil profissionais pelo mundo, com escritórios no Brasil, China, Colômbia, Índia, Indonésia, México e Estados Unidos, além de escritórios regionais na África e na Europa.

Foto: BEN HUR MONRAHATTY

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Ibama aplica R$ 2 milhões em multas por desmatamento da Mata Atlântica no RN

Ibama aplica R$ 2 milhões em multas por desmatamento da Mata Atlântica no RN

Operação Mata Viva embarga mais de 1.600 hectares e identifica infrações ambientais em todo o estado

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) lavrou 25 autos de infração por desmatamento na Mata Atlântica no Rio Grande do Norte ao longo do mês de maio. As multas aplicadas totalizam quase R$ 2 milhões, conforme balanço divulgado nesta terça-feira (28).

A ação faz parte da Operação Mata Viva, que tem como foco o combate ao desmatamento e à degradação ambiental no bioma da Mata Atlântica dentro do território potiguar. A iniciativa busca responsabilizar administrativamente os infratores e estabelecer medidas para a reparação dos danos causados ao meio ambiente.

De acordo com o órgão federal, os resultados preliminares da operação já apontam para um cenário crítico de conservação ambiental no estado. Além das multas, foram aplicados 33 embargos acautelatórios em áreas degradadas, o que equivale à interdição de mais de 1.600 hectares de Mata Atlântica desmatados nos últimos cinco anos. A operação resultou ainda na emissão de 15 notificações e um termo de suspensão de atividades em locais considerados de impacto ambiental significativo.

Os embargos visam impedir a continuidade de práticas ilegais nessas áreas, interrompendo obras, plantações e demais atividades que possam agravar o processo de degradação. As áreas embargadas seguem sob monitoramento ambiental, podendo passar por processos de recuperação obrigatória conforme a legislação.

Dados de 2023 do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica indicam que o Rio Grande do Norte perdeu quase toda a cobertura original do bioma. Do total de cerca de 6.400 km² existentes originalmente — o que corresponde a aproximadamente 13% da área territorial do estado — restam atualmente apenas 2,5%.

O Ibama classifica o estado como um dos mais críticos em termos de conservação da Mata Atlântica no Brasil. A redução drástica da vegetação nativa é atribuída principalmente à expansão da agropecuária e, mais recentemente, à urbanização acelerada, à especulação imobiliária e ao crescimento desordenado do setor turístico em áreas costeiras e interioranas.

Segundo o coordenador da operação no estado, analista ambiental Frederico Fonseca, a fiscalização tem como prioridade a responsabilização dos responsáveis e a garantia de que os danos ambientais não apenas cessem, mas sejam revertidos, na medida do possível.

— Estamos atuando firmemente para proteger os remanescentes de Mata Atlântica no estado, um bioma fundamental para a biodiversidade, para o equilíbrio climático e para a qualidade de vida das populações locais — declarou Fonseca.

A Operação Mata Viva será mantida de forma contínua, com novas ações programadas para o segundo semestre. O Ibama reforça que denúncias de crimes ambientais podem ser realizadas por meio do canal Linha Verde, disponível no site do órgão.

A fiscalização integra uma estratégia nacional de combate aos crimes ambientais que afetam os biomas brasileiros. A Mata Atlântica, reconhecida como Patrimônio Nacional pela Constituição Federal e como Reserva da Biosfera pela Unesco, possui legislação própria que restringe o desmatamento e exige compensações ambientais.

Foto: Divulgação/IBAMA

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Boletim aponta cinco trechos de praias e rios impróprios para banho na Grande Natal

Boletim aponta cinco trechos de praias e rios impróprios para banho na Grande Natal

Areia Preta, Rio Pirangi e outros pontos estão fora dos padrões de balneabilidade, segundo relatório do Idema

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) divulgou nesta sexta-feira (23.mai.2025) o mais recente boletim de balneabilidade, informando que cinco trechos de praias e rios da Grande Natal estão classificados como impróprios para banho.

Na capital potiguar, o único local contraindicado para banhistas é a Praia de Areia Preta, especificamente na altura da Escadaria de Mãe Luíza. O local apresentou índices de coliformes termotolerantes acima do permitido, conforme os critérios definidos na Resolução n.º 274/2000 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).

O município de Parnamirim apresenta dois pontos considerados impróprios: o Rio Pirangi, na Ponte Nova, e o Rio Pirangi-Pium, no trecho conhecido como Balneário Pium. Esses locais registraram níveis de contaminação que ultrapassam os limites estabelecidos pela legislação ambiental.

Em Extremoz, o trecho da Av. Pitangui, na região de Pitangui, também foi incluído na lista de locais inadequados para banho. Já em Nísia Floresta, o ponto classificado como impróprio é a Foz do Rio Pirangi.

O levantamento analisou um total de 33 pontos de coleta distribuídos nas zonas litorâneas e fluviais da Região Metropolitana de Natal. O critério de análise considera a concentração de coliformes termotolerantes nas águas, indicadores de contaminação fecal que colocam em risco a saúde de banhistas.

O boletim de balneabilidade é elaborado por meio do Programa Água Azul, uma parceria entre o Idema, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) e a Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (FUNCERN). A divulgação é feita semanalmente no site oficial do Idema e no aplicativo Praia Limpa, plataforma nacional de monitoramento das condições sanitárias das praias.

Critérios de balneabilidade

A Resolução CONAMA n.º 274/2000 estabelece que um ponto é considerado próprio para banho quando apresenta, no máximo, 1.000 coliformes termotolerantes por 100 mililitros de água, em 80% ou mais das amostras coletadas durante cinco semanas consecutivas. Valores acima desse limite classificam o local como impróprio, indicando a presença de micro-organismos nocivos à saúde.

Locais impróprios para banho oferecem risco de infecções, especialmente em crianças, idosos e pessoas com baixa imunidade. Entre as doenças relacionadas à exposição a essas águas estão gastroenterites, infecções de pele e doenças respiratórias.

Importância do monitoramento

A divulgação regular dos boletins de balneabilidade permite que a população e os turistas se informem sobre os locais adequados para o lazer. O monitoramento contínuo é fundamental para a preservação da saúde pública e para a gestão ambiental das regiões litorâneas.

O Idema recomenda que os banhistas consultem os boletins antes de frequentar praias, rios ou lagoas, principalmente após períodos de chuvas intensas, que aumentam o risco de contaminação da água por esgoto doméstico ou resíduos sólidos urbanos.

A lista completa dos pontos analisados e sua classificação atual está disponível no portal do Idema (www.idema.rn.gov.br) e no app Praia Limpa, disponível para dispositivos Android e iOS.

Foto: Sandro Menezes/Governo do RN/Ilustração / Danny Nunes/IDEMA

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MPF e MPRN promovem audiência sobre uso das áreas desocupadas da Via Costeira

MPF e MPRN promovem audiência sobre uso das áreas desocupadas da Via Costeira

Encontro ocorre no dia 3 de junho e discutirá propostas de uso com foco ambiental e social

O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) irão realizar uma audiência pública no dia 3 de junho, em Natal, para discutir o futuro das áreas desocupadas da Via Costeira. O evento, intitulado “Vamos pensar juntos a Via Costeira”, ocorrerá a partir das 9h, no auditório do MPRN, no bairro de Candelária.

A audiência pública Via Costeira tem como objetivo reunir representantes do poder público, entidades ambientais, setor privado e sociedade civil para discutir propostas de uso da área, considerada como Área de Preservação Permanente (APP), conforme perícia técnica do MPF com base no Código Florestal.

A Via Costeira de Natal tem cerca de 9 km de extensão entre as praias de Areia Preta e Ponta Negra, abrange 132 hectares e está localizada ao lado do Parque das Dunas. Apesar de menos de 50% da área estar ocupada, a região enfrenta crescente pressão do setor imobiliário.

Os Ministérios Públicos buscam garantir que qualquer intervenção nas áreas desocupadas respeite os critérios legais de preservação ambiental e o interesse público. A discussão tem como foco a sustentabilidade, o uso racional do território e o ordenamento patrimonial.

A audiência será aberta ao público. Quem quiser se manifestar pode enviar e-mail com antecedência para o endereço prrn-audiencia-viacosteira@mpf.mp.br. Os organizadores recomendam o uso de transporte público ou por aplicativo devido à limitação de estacionamento no local.

Em setembro de 2024, MPF e MPRN já haviam emitido recomendação a órgãos estaduais e municipais sobre a necessidade de medidas para controle ambiental e uso adequado da Via Costeira.

Foto: thimhz/VisualHunt / Mário Monte/VisualHunt.com

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Natal Shopping disponibiliza Hub de Reciclagem para descarte de itens de papelão, plástico, metal e outros materiais

Natal Shopping disponibiliza Hub de Reciclagem para descarte de itens de papelão, plástico, metal e outros materiais

Empreendimento direcionou 272 toneladas de resíduos para reciclagem em 2024, com apoio de clientes e lojistas

Em alusão ao Dia da Reciclagem, celebrado neste sábado (17), o Natal Shopping reforça seu compromisso com o meio ambiente e convida o público a adotar hábitos sustentáveis por meio de ações permanentes como o Hub de Reciclagem, instalado na Praça de Alimentação. Aberto a toda a comunidade, o espaço funciona como ponto de coleta para papelão, plásticos, metais, pilhas, eletroeletrônicos, cápsulas de café, lâmpadas fluorescentes e óleo de cozinha usado.

A iniciativa, que integra as práticas do pilar de ESG do empreendimento, tem ajudado o shopping a atingir resultados expressivos: apenas em 2024, 272 toneladas foram recicladas com envolvimento de clientes lojistas e apoio do NAT. Foram 103 toneladas de papelão, 11 toneladas de plástico, 121 litros de óleo de cozinha usado e 117 toneladas de resíduos orgânicos.

O Hub está disponível durante o horário de funcionamento do shopping e recebe constantemente a visita de clientes que já aderiram à prática. Outro destaque entre as ações é o espaço Sustentabilidade Transforma, também localizado na Praça de Alimentação. Em parceria com o Minhocário de Berg, o empreendimento transforma restos de comida descartados nas bandejas dos clientes em adubo e húmus orgânico, que são comercializados na loja sustentável.

Com essas e outras iniciativas, o Natal Shopping reafirma seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e com o papel ativo na formação de uma sociedade mais consciente. “Abraçamos a sustentabilidade como um pilar importante da nossa atuação porque queremos ser um espaço que vai além das compras: um agente de mudança positiva para o meio ambiente e para a comunidade, e com nossos pequenos passos, incentivamos para que cada um faça sua parte”, destaca Felipe Furtado, superintendente do shopping.

Educar para transformar

Além das práticas ambientais, o Natal Shopping também aposta na educação como ferramenta de transformação. Por meio do projeto Naty nas Escolas, o empreendimento leva a mascote Naty para instituições públicas de ensino infantil, promovendo atividades educativas com foco em educação ambiental e atitudes conscientes.

A programação inclui a apresentação de uma peça teatral e a distribuição gratuita do livro “Naty e a Natureza”, com mensagens sobre uso racional da água, descarte correto do lixo e a valorização de patrimônios naturais e históricos da cidade, como o Parque das Dunas e o Forte dos Reis Magos. Gestores escolares que desejarem receber o projeto podem entrar em contato pelo e-mail: marketing.nat@natalshopping.com.br

Fotos: Divulgação

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Dia Mundial da Reciclagem: conheça a Receita do Futuro, estratégia do McDonald's para iniciativas sustentáveis

Dia Mundial da Reciclagem: conheça a Receita do Futuro, estratégia do McDonald’s para iniciativas sustentáveis

Substituição de embalagens plásticas, ações de reciclagem e programa de doação fazem parte do projeto; no RN, mais de 1,2 toneladas de alimentos já foi doada

Em celebração ao Dia Mundial da Reciclagem, neste sábado (17), a Arcos Dorados reforça seu compromisso com a gestão responsável de resíduos e a promoção da economia circular em seus restaurantes no Brasil. A companhia, que opera a rede McDonald’s no país e conta com uma estratégia socioambiental, a Receita do Futuro, já implementou uma série de iniciativas sustentáveis que envolvem substituição de embalagens plásticas, ações de reciclagem e programa de doação de alimentos, que evitam desperdícios em sua operação.

Os avanços refletem a solidez e a priorização dessa agenda, que anualmente reduz em média 3 mil toneladas de plástico de sua operação, em toda a América Latina. No Brasil, em 2023, a companhia implementou um programa de logística reversa de reciclagem de copos, em parceria com a indústria IBEMA, que até fevereiro deste ano, reciclou mais de 600 mil copos.

Pensando na experiência do cliente, a rede busca constantemente alternativas que possam reduzir o impacto ambiental e que gere conscientização, promovendo a educação ambiental. Para incentivar ainda mais a separação e a reciclagem de resíduos entre os clientes, alguns restaurantes contam com novas lixeiras educativas. Esses recipientes possuem compartimentos separados para líquidos, papel e papelão, PET, orgânicos, não recicláveis e molhos não usados, incentivando tanto os clientes quanto os funcionários a participarem do descarte responsável de resíduos e das ações de reciclagem.

Os colaboradores também são impactados diretamente pela reciclagem, já que mais de 500kg de uniformes sem condições de uso foram transformados em mais de 700 aventais, que atualmente são utilizados pelos funcionários nas unidades de McCafé.

“Cada ação conta quando falamos sobre unir forças por um futuro mais sustentável. Sabemos que mudanças significativas começam com escolhas conscientes no dia a dia, tanto das empresas quanto das pessoas. Por isso, na Arcos Dorados, temos o compromisso de ir além da operação: queremos ser agentes de transformação. Investimos continuamente em soluções que promovam a reciclagem, reduzam o desperdício e fortaleçam a economia circular, sempre com o envolvimento dos nossos clientes, colaboradores e parceiros. Acreditamos que só é possível gerar impacto positivo quando todos caminham juntos nessa jornada”, explica Marie Tarrisse, Gerente Sênior de Impacto Social e Desenvolvimento Sustentável da Divisão Brasil da Arcos Dorados

Iniciativas envolvem doação e reciclagem de alimentos

Em relação à preparação de seus ingredientes, a rede já garante que 100% dos seus 1.179 restaurantes no país reciclam o óleo utilizado nas cozinhas, o que representa 2,5 milhões de litros destinados à produção de biodiesel e produtos de limpeza.

Ainda, para reduzir o desperdício de em todas as etapas da operação, desde 2023, o McDonald’s mantém um programa de valorização dos alimentos. A iniciativa destina a doação de produtos fora do padrão comercial da marca — mas ainda em perfeitas condições para o consumo — a ONGs parceiras, como por exemplo extremidades do tomate, casquinhas com avarias, entre outros. Desde então, mais de 65 toneladas de alimentos foram reaproveitadas e transformadas em mais de 300 mil pratos de comida, que ajudaram a alimentar pessoas em situação de vulnerabilidade social. No RN, o projeto já doou 1.226 kgs de alimentos para a região.

O compromisso da Arcos Dorados também abrange os resíduos orgânicos. Em 2024, 93 toneladas foram compostadas com o apoio de parceiros e diretamente em três unidades do McDonald’s, que operam in loco sistemas próprios de compostagem, com máquinas e métodos especializados. A matéria orgânica é transformada em adubo e fertilizante, utilizados na horta dos restaurantes, onde são cultivados diversos vegetais que são compartilhados com os funcionários. Além disso, todos os meses, crianças e adolescentes de escolas públicas visitam os restaurantes para aprender sobre a economia circular dos alimentos. Somente em 2024, cerca de 400 estudantes de mais de 10 escolas participaram do projeto.

Essas iniciativas reforçam o compromisso da companhia em ser parte ativa na construção de operações mais sustentáveis e na conscientização de milhares de pessoas envolvidas em sua cadeia, desenvolvendo e implementando práticas que respeitem o meio ambiente.

Sobre a Arcos Dorados

A Arcos Dorados é a maior franquia independente do McDonald’s do mundo e a maior rede de serviço rápido de alimentação da América Latina e Caribe. A companhia conta com direitos exclusivos de possuir, operar e conceder franquias locais de restaurantes McDonald’s em 20 países e territórios dessas regiões. Atualmente, a rede possui mais de 2.400 restaurantes, entre unidades próprias e de seus franqueados, que juntos empregam mais de 100.000 funcionários (dados de 31/12/2024). A empresa também está comprometida com o desenvolvimento das comunidades em que opera com a oferta de oportunidades de primeiro emprego formal aos jovens e com o impacto ambiental positivo por meio de sua Receita do Futuro. A Arcos Dorados está listada na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE: ARCO). Para saber mais sobre a Companhia por favor visite o nosso site: www.arcosdorados.com

Foto: Divulgação

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Reservatórios do RN encerram abril com 51,58% da capacidade total, aponta Igarn

Reservatórios do RN encerram abril com 51,58% da capacidade total, aponta Igarn

Barragens Armando Ribeiro Gonçalves e Santa Cruz do Apodi concentram maior volume; 11 reservatórios seguem em estado crítico

O volume das reservas hídricas superficiais do Rio Grande do Norte fechou o mês de abril com 51,58% da capacidade total de armazenamento. A informação consta no Relatório dos Volumes dos Principais Reservatórios do RN, divulgado nesta quarta-feira (30.abr.2025) pelo Instituto de Gestão das Águas do Estado (Igarn).

O relatório aponta que, dos 5,29 bilhões de metros cúbicos de capacidade total, os mananciais monitorados acumulam atualmente 2,72 bilhões de metros cúbicos.

Principais reservatórios

A barragem Armando Ribeiro Gonçalves, maior manancial do estado, acumula 1,47 bilhão de metros cúbicos, equivalente a 62,21% da sua capacidade. Em seguida, aparece a barragem Oiticica, com 101,7 milhões de m³, o que representa 13,70% da capacidade total de 742,6 milhões de m³.

Outros importantes mananciais apresentam os seguintes volumes:

  • Barragem Santa Cruz do Apodi: 408,4 milhões de m³ (68,11%)
  • Barragem Umari (Upanema): 214,7 milhões de m³ (73,33%)

Reservatórios com 100% da capacidade

Dois reservatórios atingiram volume máximo:

  • Riacho da Cruz II: 9.604.200 m³
  • Dinamarca (Serra Negra do Norte): 2.724.425 m³

Reservatórios com mais de 70% de volume

Nove reservatórios superam a marca de 70% da capacidade:

  • Poço Branco: 72,37%
  • Trairi (Tangará): 71,09%
  • Açude de Cruzeta: 81,83%
  • Campo Grande (São Paulo do Potengi): 72,60%
  • Encanto: 73,40%
  • Riachão (Rodolfo Fernandes): 80,10%
  • Pinga (Cerro Corá): 72,98%

Reservatórios em estado de alerta

Onze reservatórios seguem com volumes inferiores a 10% da capacidade:

  • Itans (Caicó): 0,61%
  • Sabugi (São João do Sabugi): 5,95%
  • Passagem das Traíras (São José do Seridó): 0,03%
  • Esguicho (Ouro Branco): 4,45%
  • Carnaúba (São João do Sabugi): 7,38%
  • Japi II (São José do Campestre): 9,04%
  • Jesus Maria José (Tenente Ananias): 3,01%
  • Tourão (Patu): 9,64%
  • Brejo (Olho D’Água do Borges): 5,36%
  • Gangorra (Rafael Fernandes): 8%
  • Mundo Novo (Caicó): 2,67%
  • Lulu Pinto (Luís Gomes): 8,81%

O monitoramento dos volumes é realizado de forma contínua e serve de base para ações estratégicas no gerenciamento dos recursos hídricos no estado.

Foto: Humberto Sales

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Operação Argos Panoptes: PF investiga grupo que espionava ações do Ibama no combate à pesca ilegal no RN

Operação Argos Panoptes: PF investiga grupo que espionava ações do Ibama no combate à pesca ilegal no RN

Informante agia no Iate Clube de Natal e repassava dados sobre saídas de equipes de fiscalização, segundo Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (29.abr.2025), a Operação Argos Panoptes, com o objetivo de investigar a atuação de um grupo suspeito de dificultar fiscalizações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) contra práticas de pesca ilegal no Rio Grande do Norte.

A investigação aponta que os integrantes do grupo criminoso utilizavam um informante posicionado no Iate Clube de Natal para monitorar e repassar informações sobre as saídas de equipes do Ibama. A tática visava antecipar as ações de fiscalização ambiental, permitindo que infratores evitassem autuações e apreensões durante as operações.

A operação contou com a participação de oito agentes da Polícia Federal e resultou no cumprimento de um mandado de busca e apreensão, autorizado pela 2ª Vara Federal do Rio Grande do Norte. O material apreendido será analisado para identificar outros envolvidos e aprofundar as investigações sobre o funcionamento da rede de apoio ao grupo investigado.

O nome da operação faz referência à figura mitológica Argos Panoptes, um gigante da mitologia grega descrito como tendo cem olhos e que vigiava tudo à sua volta, inclusive enquanto dormia. A escolha remete ao sistema de vigilância utilizado pelos investigados, que monitoravam as atividades do Ibama para beneficiar práticas ilícitas.

Os envolvidos são investigados por crimes ambientais e associação criminosa. Segundo a Polícia Federal, os principais delitos apurados são a extração ou exploração ilegal de recursos naturais e a formação de associação criminosa. As tipificações estão previstas nos artigos 153, §1º-A, do Código Penal e 69 da Lei nº 9.605/1998, que trata de crimes ambientais.

A prática de pesca ilegal e a exploração irregular de recursos naturais geram impactos ambientais significativos, afetando espécies marinhas, ecossistemas e a sustentabilidade da atividade pesqueira legal. A ação policial busca desarticular mecanismos de proteção informal que garantiam impunidade a práticas predatórias no litoral potiguar.

A Operação Argos Panoptes segue em andamento. A Polícia Federal informou que novas diligências poderão ser realizadas nas próximas semanas com base nas informações colhidas.

Foto: Polícia Federal/Divulgação

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Cajueiro de Pirangi, Parque das Dunas e Parque Mata da Pipa terão funcionamento diferenciado no feriadão

Cajueiro de Pirangi, Parque das Dunas e Parque Mata da Pipa terão funcionamento diferenciado no feriadão

Idema divulga horários das unidades de conservação no Rio Grande do Norte durante os feriados de abril; Cajueiro de Pirangi terá programação especial para crianças e visitantes

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) divulgou os horários de funcionamento das unidades de conservação ambiental sob sua gestão durante o feriadão que compreende a Semana Santa (18 de abril) e o feriado de Tiradentes (21 de abril).

As unidades administradas pelo Idema incluem o Parque das Dunas, em Natal; o Cajueiro de Pirangi, em Parnamirim; e o Parque Estadual Mata da Pipa, localizado em Tibau do Sul. Cada espaço terá uma programação específica para o período, incluindo mudanças nos dias de funcionamento e atividades voltadas ao público.

Parque das Dunas funcionará normalmente durante o feriado

O Parque das Dunas, em Natal, estará aberto normalmente para visitação entre os dias 17 e 20 de abril, das 7h30 às 17h. A exceção será a segunda-feira (21), quando o parque estará fechado para manutenção, conforme rotina semanal.

A entrada no Parque das Dunas custa R$ 1,00, e o espaço é um dos principais atrativos naturais da capital potiguar, com trilhas ecológicas, áreas de convivência e ações de educação ambiental.

Cajueiro de Pirangi terá programação cultural e educativa

Já o Cajueiro de Pirangi, em Parnamirim, manterá seu horário habitual de funcionamento durante todo o feriadão, de 17 a 21 de abril, das 7h30 às 17h. A entrada custa R$ 8,00, com direito à meia-entrada para crianças de 7 a 12 anos, estudantes, professores e idosos com documentação comprobatória.

Durante o período, o espaço oferecerá atividades especiais voltadas ao público infantil, com destaque para apresentações culturais e ações educativas. A programação inclui atrações musicais, oficinas e interação com a Horta Educativa e a Cajucultura.

Programação especial no Cajueiro de Pirangi

Quarta-feira, 16 de abril

  • Atividades de Páscoa com escolas de Pium e Pirangi
  • Apresentação musical com Júlio César (a partir das 8h)
  • Atividades com as crianças: das 9h às 16h
  • Plantio de sementes de cenoura na Horta Educativa
  • Atividades infantis na Cajucultura
  • Cajukê (karaokê para crianças)

Sexta-feira, 18 de abril

  • Apresentação musical com Dan Silva Acústico, das 8h às 11h

Sábado, 19 de abril

  • Show de Júlio César, das 8h às 11h

O Cajueiro de Pirangi é conhecido por abrigar o maior cajueiro do mundo e oferece visitas guiadas, mirante com vista para o litoral e espaço de lazer em meio à natureza.

Parque Mata da Pipa terá dias fechados no feriado

O Parque Estadual Mata da Pipa, situado no município de Tibau do Sul, terá alterações significativas no funcionamento durante o período. A unidade estará fechada nos dias 18 (sexta-feira), 20 (domingo) e 21 (segunda-feira). Nos demais dias, o acesso será limitado ao horário das 9h às 15h.

A entrada no Parque Mata da Pipa é gratuita e o local abriga trilhas em meio à mata atlântica preservada, além de atividades voltadas à educação ambiental.

Horários do Parque Mata da Pipa

  • Quinta-feira, 17/04: das 9h às 15h
  • Sexta-feira, 18/04: fechado (feriado)
  • Sábado, 19/04: das 9h às 15h
  • Domingo, 20/04: fechado
  • Segunda-feira, 21/04: fechado
  • Terça-feira, 22/04: funcionamento normal, das 8h às 17h

Unidades oferecem alternativas de lazer durante o feriadão no RN

Os três espaços administrados pelo Idema oferecem à população e turistas opções de lazer ao ar livre no Rio Grande do Norte, com ênfase na preservação ambiental, educação ecológica e atividades culturais. As visitas seguem normas de conservação, com limites de horário e regras para garantir a segurança e integridade das áreas protegidas.

Durante o feriado prolongado, a recomendação é que os visitantes programem suas visitas com antecedência, respeitem os horários de abertura e estejam atentos às atividades disponíveis em cada unidade.

Foto: Caroline Macêdo

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Ibama retoma licenciamento ambiental da obra de engorda da praia de Ponta Negra em Natal

Ibama retoma licenciamento ambiental da obra de engorda da praia de Ponta Negra em Natal

Mudança no ponto de dragagem da areia levou ao fim de acordo com o Idema e à retomada da competência federal no processo de fiscalização ambiental

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) voltou a assumir a responsabilidade pelo licenciamento ambiental da obra de engorda da praia de Ponta Negra, localizada em Natal. A retomada da competência federal foi motivada pela mudança da jazida de areia utilizada na execução do projeto, que passou a ser considerada nova pelo órgão ambiental e, portanto, sem o devido licenciamento.

O Ibama havia delegado essa atribuição ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) em julho de 2023, por meio de um Acordo de Cooperação Técnica. No entanto, com a alteração do ponto de dragagem dos sedimentos utilizados na obra, o acordo foi encerrado. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) em março deste ano.

De acordo com nota oficial divulgada pelo Ibama, a mudança na origem da areia configurou uma alteração no objeto do projeto, o que exigiria novo processo de licenciamento. “Com o encerramento da delegação, o processo de licenciamento ambiental passará a ser conduzido pelo Ibama”, informou o órgão.

A Prefeitura de Natal realizou a obra utilizando uma jazida situada a cerca de 10 km da costa. O novo banco de areia foi selecionado após a Funpec (Fundação Norte-rio-grandense de Pesquisa e Cultura), responsável por parte dos estudos técnicos, identificar que a primeira jazida, previamente licenciada, não apresentava qualidade nem quantidade adequadas para atender à demanda da intervenção.

Diante da urgência causada pela erosão marinha na faixa litorânea, a gestão municipal publicou um decreto de situação de emergência em setembro de 2024. A administração alegou que, com o decreto, não haveria necessidade de iniciar novo processo de licenciamento ambiental referente à nova jazida. A justificativa foi utilizada para retomar a obra com base na nova fonte de sedimentos.

A obra foi concluída no fim de janeiro de 2025. Antes disso, a intervenção enfrentou paralisações e entraves burocráticos. A draga contratada chegou a Natal em junho de 2024, mas, como as licenças ambientais ainda não haviam sido emitidas, o equipamento deixou a cidade no mês seguinte. A autorização foi liberada pelo Idema em 23 de julho, após decisão judicial, com 80 condicionantes ambientais. A obra foi retomada no final de agosto, mas paralisada poucos dias depois por causa de problemas técnicos identificados na jazida original.

Durante a execução da obra com a nova jazida, a Justiça do Rio Grande do Norte chegou a determinar que o Idema evitasse impor obstáculos ao andamento do projeto. A decisão judicial atendeu a um pedido da Prefeitura de Natal.

Com o fim do Acordo de Cooperação Técnica, o Ibama solicitou oficialmente ao Idema o envio de cópias de todo o processo administrativo referente à obra. A autarquia federal também requisitou informações detalhadas à prefeitura sobre as atividades realizadas durante a intervenção, medidas de controle ambiental adotadas e eventuais problemas registrados.

“Mediante a análise dessas informações, o Ibama poderá requerer medidas adicionais de controle, se for o caso”, informou o órgão federal em nota.

O Idema havia assumido a responsabilidade pelo licenciamento ambiental em 2023, após obter respaldo administrativo e jurídico do Ibama, com base na justificativa de que o ponto inicial de extração da areia se encontrava em território da União. O novo ponto de dragagem, porém, não passou pelo mesmo processo formal de licenciamento junto ao órgão federal.

A obra de engorda da praia de Ponta Negra é uma das principais intervenções urbanísticas realizadas em Natal nos últimos anos, com o objetivo de conter o avanço do mar sobre a faixa de areia da orla e preservar a infraestrutura urbana da região. A retomada da fiscalização ambiental pelo Ibama deve influenciar o monitoramento das ações futuras relacionadas à recuperação costeira na capital potiguar.

Foto: Emanuel Amaral/Prefeitura de Natal/Ilustração

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Defesa Civil e Corpo de Bombeiros fazem 568 atendimentos no Rio

Defesa Civil e Corpo de Bombeiros fazem 568 atendimentos no Rio

Mais de 6 mil agentes foram mobilizados em todo o estado

A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro realizaram 568 atendimentos em razão das fortes chuvas que atingiram diversas regiões do estado desde sexta-feira (4). Para executar as medidas de prevenção e mitigação nos locais afetados pelo temporal, o governo estadual criou uma força-tarefa que contou com a ação de mais de 6,5 mil agentes em todo território fluminense.

Além de 81 vítimas atendidas, sem gravidade, os agentes realizaram 37 ocorrências de alagamentos e 18 de deslizamentos de terra. Também foram feitos 313 cortes de árvore e 174 resgates de animais. O governador Cláudio Castro (PL) acompanhou o trabalho das equipes de Petrópolis, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, onde foi implementada uma base descentralizada de monitoramento no Quartel de Bombeiros do município.

“O trabalho realizado preventivamente pela nossa força-tarefa fez toda a diferença no desfecho desses três dias de fortes chuvas que atingiram, principalmente, Angra dos Reis, Baixada Fluminense e Petrópolis. Não tivemos nenhum registro de óbito. Seguimos em contato com as prefeituras e acompanhando a previsão do tempo. Nossos equipamentos e nossa força humana seguem de prontidão para atender os municípios que necessitem de ajuda”, declarou o governador por meio de nota.

Cidades

Além de Petrópolis, foram instaladas bases provisórias em Angra dos Reis, no Quartel dos Bombeiros, e na Baixada Fluminense, no Batalhão da Polícia Militar de Mesquita. Ainda na Baixada Fluminense, máquinas do programa Limpa Rio, do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), atuaram na limpeza de rios, canais e ruas afetadas pelas chuvas em Duque de Caxias. A ação aconteceu com o uso de oito caminhões, três retroescavadeiras e uma escavadeira. Ao todo, 150 metros cúbicos de sedimentos foram retirados.

Já em Angra dos Reis, um dos locais mais afetados, foram entregues 2 mil cestas básicas, colchões, kits de limpeza e de higiene pessoal em uma ação humanitária realizada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos. No momento, há ocorrência de chuva fraca a moderada nas regiões da Costa Verde, Serrana, Capital, Baixada Fluminense, Metropolitana e Norte.

Foto: Wagner Gusmão/Prefeitura de Angra/Ilustração

Da Agência Brasil

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Deputado apresenta projeto de lei para reduzir impactos socioambientais das energias renováveis no Brasil

Deputado apresenta projeto de lei para reduzir impactos socioambientais das energias renováveis no Brasil

Iniciativa do deputado federal Fernando Mineiro (PT-RN) define regras para o licenciamento de parques eólicos e solares

O Rio Grande do Norte é o segundo estado brasileiro com maior capacidade de geração de eletricidade a partir da força dos ventos, perdendo apenas para a Bahia. São 10.098.836 kW distribuídos entre 376 empreendimentos, o correspondente a 30,4% de todas as outorgas concedidas no País pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Para que a energia eólica potiguar continue em ascensão, mas com menos impactos sociais e ambientais, o deputado Fernando Mineiro (PT-RN) apresentou no Congresso Nacional o Projeto de Lei 4386/2024.

Entre as soluções da proposta de lei é que o Código Civil passe a reger os contratos de arrendamento de terras para os empreendimentos. “Essa vinculação é essencial para que os arrendamentos rurais para geração de energia eólica ou fotovoltaica resguardem todas as garantias e direitos da legislação aos proprietários ou posseiros das áreas onde serão instalados os equipamentos”, esclarece o parlamentar. Atualmente a maioria dos contratos de renováveis é amparada na equivalência com os de arrendamento para uso rural, mesmo não se tratando de atividade agrícola, pecuária, agroindustrial ou extrativista.

Durante duas décadas, o sigilo contratual escondeu cláusulas abusivas em arrendamentos de pequenas propriedades do Nordeste para instalação de centrais de energia renovável. As irregularidades, que vieram à tona em 2023 a partir de um estudo do Inesc em parceria com a iniciativa Plano Nordeste Potência, vão desde valores irrisórios pagos por hectare até a falta de acesso à energia mais barata, passando pelo embaraço na aposentadoria rural e responsabilização do proprietário, não do arrendatário, pela sucata deixada pelos empreendimentos no futuro.

Enquanto as centrais de geração de energia renovável se multiplicam (em 2024, ano em que mais se instalaram usinas elétricas no Brasil, 51,87% delas foram fotovoltaicas e 39,26%, eólicas, segundo dados da Aneel), os problemas socioambientais se agravam. “Os contratos de arrendamento rural praticados atualmente pelo setor de renováveis contêm cláusulas jurídicas aviltantes, que contribuem para acentuar desigualdades e a concentração da renda, principalmente nas áreas mais desassistidas do País”, analisa Fernando Mineiro.

A proposta do parlamentar inclui ainda um tema recorrente: a exigência de Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) dos empreendimentos de energia solar e eólica. O artigo 17 do PL determina que “é exigida a apresentação do EIA/Rima para todo e qualquer empreendimento de geração centralizada de fonte eólica, com potência instalada conjunta acima de 3 MW (três megawatts) e garantida a consulta pública prévia aos estudos de licenciamento e das ações de mitigação de impactos causados pelo empreendimento.”

Um dos documentos que fundamentaram a elaboração do PL 4386/2024 foi o Salvaguardas Socioambientais para Energia Renovável. Elaborado pela sociedade civil, com apoio do Plano Nordeste Potência, o documento propõe mais de 100 medidas para reduzir impactos socioambientais de parques eólicos. Lançado nacionalmente em janeiro de 2024, foi em seguida apresentado a órgãos governamentais, políticos e juristas dos estados do Nordeste.

Integrante da equipe de elaboração das Salvaguardas e um dos articuladores no Rio Grande do Norte, João Paulo dos Santos Diogo, do Coletivo Assessoria Cirandas, considera o PL 4386/2024 uma vitória significativa para as comunidades tradicionais e para as populações atingidas pelos impactos das energias renováveis, especialmente no Nordeste, onde os impactos dos empreendimentos de energia renovável têm sido sentidos de forma desproporcional.

“Essa proposta legislativa não só reconhece a necessidade de proteger os direitos territoriais e culturais, mas também cria condições para que a transição energética seja mais justa e sustentável”, diz o assistente social e especialista em Direitos dos Povos e Comunidades Tradicionais.

Na opinião de João Paulo, o PL propõe diretrizes que vão além da mitigação de impactos, estimulando a construção de um ecossistema de produção energética mais equilibrado. “A regulação de contratos de arrendamento, com a proibição de cláusulas abusivas e a garantia de renegociação, é um passo fundamental para impedir o apoderamento territorial e promover relações mais justas entre empreendedores e proprietários rurais. Essas medidas podem criar um ambiente onde a geração de energia renovável se torne uma oportunidade de desenvolvimento inclusivo, beneficiando diretamente as comunidades envolvidas”, analisa.

Tramitação

Depois de apresentado, o projeto de lei vai tramitar nas Comissões Temáticas da Câmara dos Deputados e, uma vez debatido e aprovado, será submetido à votação no Plenário da Casa.

Atualmente o PL 4386/2024 aguarda designação de relator(a) na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. Posteriormente também será analisado nas comissões de Constituição e Justiça e de Cidadania, de Minas e Energia, e na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável antes de ser votado em plenário.

“Nossa expectativa é de rápida tramitação, em função do reconhecimento da importância, relevância e urgência do tema. Esse PL se insere na luta contra o ‘apoderamento territorial’, que objetiva a cessão de terras às grandes companhias por baixo custo, amplificando o quadro histórico de vulnerabilidades socioeconômicas”, avalia o parlamentar.

Destaques

  • CONSULTA LIVRE, PRÉVIA E INFORMADA (Art. 8º e Art. 16, III):

A exigência de que as comunidades potencialmente afetadas sejam consultadas antes da emissão de outorgas é um marco essencial para assegurar o respeito aos direitos territoriais, culturais e sociais das populações tradicionais. Essa previsão está em plena consonância com a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que estabelece o direito das comunidades indígenas e tradicionais de serem consultadas de forma efetiva e participativa em qualquer processo que impacte seus territórios. Essa salvaguarda fortalece os mecanismos de governança territorial e amplia o protagonismo das comunidades no diálogo sobre projetos que podem afetar diretamente seus modos de vida, garantindo uma transição energética mais inclusiva e justa.

  • REGULAÇÃO DE CONTRATOS DE ARRENDAMENTO (Art. 9º a Art. 13)

O PL avança ao estabelecer normas que protegem os direitos dos pequenos proprietários rurais, frequentemente vulneráveis a práticas abusivas por parte de grandes empresas do setor energético. A regulamentação impede cláusulas que prejudiquem os proprietários, como prazos excessivamente longos, sigilo obrigatório ou penalidades desproporcionais. Além disso, ao garantir a possibilidade de renegociação contratual, o PL reforça o equilíbrio entre as partes envolvidas, promovendo relações contratuais mais justas e respeitosas. Essa regulação contribui para evitar o apoderamento territorial e assegura que os benefícios econômicos da transição energética sejam melhor distribuídos.

  • SALVAGUARDAS AMBIENTAIS (Art. 17 a Art. 20)

O PL inova ao exigir estudos de impacto ambiental (EIA/RIMA) para empreendimentos de geração centralizada com capacidade superior a 3 MW, abordando também impactos cumulativos e sinérgicos. Além disso, a inclusão de planos de descomissionamento e recuperação de áreas degradadas demonstra o compromisso com a sustentabilidade de longo prazo, assegurando que os impactos adversos sejam adequadamente mitigados e que os territórios possam ser restaurados após o término das atividades. Essas medidas tornam o licenciamento ambiental um instrumento efetivo de controle e preservação ambiental, alinhado às melhores práticas internacionais.

  • DIRETRIZES PARA A LOCALIZAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS (Art. 18)

A adoção de cartografia social, zoneamento ecológico-econômico e outros instrumentos participativos para a definição da localização dos empreendimentos prioriza áreas de menor impacto ambiental e social. Essa abordagem não apenas promove o planejamento sustentável, mas também incorpora o conhecimento local e as demandas das comunidades. Ao integrar esses elementos ao processo de decisão, o PL reforça o papel das comunidades como agentes ativos na transição energética e contribui para minimizar os conflitos e desigualdades associados à expansão dos parques de energia renovável.

No Rio Grande do Norte há 376 usinas eólicas autorizadas a funcionar, de acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). No Nordeste, há outras 1.128. São 598 na Bahia, 174 no Piauí, 172 no Ceará, 104 na Paraíba, 60 em Pernambuco, 19 no Maranhão e 1 em Sergipe. Os números percentuais, por Estado: Bahia (32,85%), Rio Grande do Norte (30,39%), Piauí (13,23%), Ceará (7,98%), Pernambuco (3,81%), Paraíba (3,34%). Maranhão (1,28%), Sergipe (0,10%).

Fotos: Lívia de Paiva/Instituto Terramar/ Tulio Martins/Arquivo ASPTA / GOVBA / Vinícius Loures/Camara dos Deputados

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Indústria leiteira dá exemplo de tratamento e reaproveitamento de água

Indústria leiteira dá exemplo de tratamento e reaproveitamento de água

Cultura do brasileiro ainda é de desperdício. Somente em 2022, o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), detectou que o desperdício de água daria para atender a uma população de 124 mil pessoas

O ser humano instintivamente ativa o “estado de alerta” diante de um risco iminente, como atravessar uma rua movimentada ou ouvir soar um alarme de incêndio. Por outro lado, o risco do aquecimento global, por ser um acontecimento de longo prazo, não desperta o mesmo sentimento, embora possa ser uma situação igualmente grave.

Situação similar acontece com a água. O Brasil possui a maior reserva de água doce do mundo e esta situação confortável tem levado a sociedade a negligenciar seu uso. O Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) aponta que o Brasil desperdiçou, somente em 2022, cerca de 7,0 bilhões de metros cúbicos de água. De acordo com a Organização das Nações Unidas, o consumo médio de água por pessoa no Brasil é de 154 litros. Desse modo, a partir de cálculos, é possível determinar que a quantidade desperdiçada em 2022 seria suficiente para atender uma população de 124 mil pessoas durante um ano.

Nesse cenário, medidas para mitigar os impactos ambientais no setor industrial tornam-se cada vez mais necessárias, pois para alguns, o sentimento de urgência já despertou, e levou ao desenvolvimento de projetos que valem ser lembrados. Na cidade de Hidrolândia, em Goiás, uma indústria de laticínios traz um bom exemplo como a cooperação e as inovações em sustentabilidade podem fazer a diferença. Desde 2018, a Marajoara Laticínios desenvolve um projeto em parceria com produtores rurais locais, que garante produtividade para eles e uma gestão eficiente dos resíduos hídricos produzidos pela indústria.

Por meio de uma estação de tratamento de efluentes (ETE), instalada no parque fabril da empresa, a Marajoara não só consegue tratar de forma correta toda a água residual oriunda dos deus processos de produção, como ajuda os produtores de leite local a manterem a produtividade do pasto, mesmo em períodos de grande seca como o atual. E a água também é reutilizada antes de retornar ao solo.

Vale ressaltar que, de acordo com o Manual de Usos Consuntivos da Água no Brasil, publicado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (Ana), o setor da indústria é o terceiro maior consumidor de água no Brasil, sendo que do total de água extraída por esse campo, 40,5% é destinada para a produção de alimentos, percentual que só tende a aumentar dado o avanço da indústria no país. Em 2024, o crescimento do setor bateu 8,4% segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços em relação ao ano anterior.

De acordo com Vinícius Junqueira, diretor geral Marajoara, isso é possível graças ao processo de flotação de ar dissolvido (FAD) que é usado pela ETE para tratar a água residual da indústria. “Nesse processo a água é purificada a um nível superior a 90%, bem acima do que exige a legislação ambiental. Dessa separação entre a água e as impurezas, é gerado uma biomassa orgânica que é rica em nutrientes que são importantíssimos para o solo. No passado, nós a direcionávamos para uma fazenda de compostagem, mas depois de constatarmos, por meio de estudos, que ele poderia adubar o solo, nós passamos a direcionar, por meio de caminhões pipa, a biomassa para pastos de produtores rurais que temos cadastrados aqui na empresa”, explica Vinícius.

Em paralelo, outra ação de sustentabilidade ambiental. Após a água passar pela nossa ETE e ser tratada, ela é direcionada, por meio de tubulação, para um pasto destinado a criação de gado de corte, distante um quilômetro do parque fabril. Por meio de um sistema de irrigação, composto por cerca de 600 aspersores, essa água mantém o pasto sempre verde, inclusive nas épocas de seca

Vinícius informa que, em média, serão jorradas no local 75 mil litros de água por hora, a cada 12 horas. No total, são um milhão de litros de água de reuso reaproveitados. Após contribuir para a qualidade da pastagem, a água é absorvida e retorna para o lençol freático, completando assim o ciclo da água.

As iniciativas foram avaliadas e validadas por meio de um estudo técnico feito pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Goiás. Em 2021, a iniciativa foi uma das premiadas nacionalmente pelo Crea de Meio Ambiente, sendo a grande ganhadora na categoria Elementos Naturais.

Foto: Divulgação

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Cinco pontos da Grande Natal estão impróprios para banho, diz Idema

Cinco pontos da Grande Natal estão impróprios para banho, diz Idema

Saiba quais são os trechos com água imprópria para banho e entenda como é feita a análise de balneabilidade

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) divulgou, nesta sexta-feira (21.mar.2025), o boletim de balneabilidade da Grande Natal, apontando cinco trechos considerados impróprios para banho no fim de semana de 22 e 23 de março. Os locais afetados são:

  • Foz do Rio Pirangi, em Nísia Floresta
  • Rio Pirangi (Ponte Nova), em Parnamirim
  • Rio Pirangi-Pium (Balneário Pium), em Parnamirim
  • Areia Preta (Escadaria de Mãe Luiza), em Natal
  • Redinha (Rio Potengi), em Natal

Esses pontos permanecerão impróprios para banho até o próximo boletim, que será divulgado na sexta-feira (28.mar). O Idema monitora 33 pontos de banho na região, incluindo praias, rios, fozes e lagoas, distribuídos entre Natal, Parnamirim, Nísia Floresta e Extremoz.

Como é feita a análise de balneabilidade?

A avaliação da qualidade da água é realizada com base na quantidade de coliformes termotolerantes, também conhecidos como coliformes fecais, presentes nas amostras coletadas. O processo segue as normas estabelecidas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Quando a concentração desses microrganismos ultrapassa os limites permitidos, o local é classificado como impróprio para banho.

O estudo faz parte do Programa Azul, uma iniciativa em parceria entre o Idema, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) e a Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (FUNCERN). O objetivo é garantir a segurança dos banhistas e promover a conscientização sobre a importância da preservação ambiental.

Impactos para banhistas e turistas

A classificação de trechos como impróprios para banho pode afetar tanto moradores locais quanto turistas que visitam a região. A recomendação é evitar o contato com a água nesses locais, especialmente para atividades como natação e mergulho, devido ao risco de contaminação por microrganismos prejudiciais à saúde.

Dicas para escolher locais seguros

Para quem planeja aproveitar as praias e rios da Grande Natal, é essencial consultar o boletim de balneabilidade do Idema antes de escolher o local. Além disso, é importante observar sinais de poluição, como mudanças na cor da água, presença de lixo ou odor desagradável. Optar por áreas com infraestrutura adequada e saneamento básico também contribui para uma experiência mais segura.

Sobre o Programa Azul

O Programa Azul é uma iniciativa que visa monitorar a qualidade das águas em todo o Rio Grande do Norte, garantindo a segurança dos banhistas e a preservação dos ecossistemas aquáticos. Além da análise de coliformes termotolerantes, o programa também promove ações de educação ambiental e conscientização sobre a importância da conservação dos recursos hídricos.

Foto: Sandro Menezes/Governo do RN/Ilustração

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Dia Mundial da Água Solar Coca-Cola investe mais de R$ 70 milhões em gestão eficaz de recursos hídricos

Dia Mundial da Água: Solar Coca-Cola investe mais de R$ 70 milhões em gestão eficaz de recursos hídricos

Até 2027, a fabricante do Sistema Coca-Cola pretende reduzir o consumo hídrico para 1,50 litro de água captada por litro de bebida produzida e, desde 2015, reduziu em 29% o volume de água consumido por litro de bebida produzida

Na indústria de bebidas, onde a água é a principal matéria-prima, uma gestão adequada desse recurso é fundamental para assegurar a eficiência hídrica do processo e, sobretudo, preservar esse bem vital para a humanidade. Abraçando essa responsabilidade, a Solar Coca-Cola, fabricante do Sistema Coca-Cola no Brasil com atuação em 70% do território nacional (regiões Norte e Nordeste, Mato Grosso e parte de Tocantins e Goiás), adota uma gestão estratégica dos recursos hídricos, considerando a água como um de seus principais ativos. Somente no último ano, a empresa investiu mais de R$ 70 milhões em modernizações fabris para redução do consumo hídrico.

Ações que incluem a redução do uso de água em processos industriais, a recuperação de efluentes, iniciativas para conservação de bacias hidrográficas e a proteção de ecossistemas críticos têm se expandido nas unidades da empresa de Norte a Nordeste do país, bem como em parte da região Centro-Oeste. Nas unidades, o foco é na atualização das tecnologias para eficiência hídrica, incluindo processo de ultrafiltração, reaproveitamento de vapor, modernização de lavadoras e sistemas de captação de água da chuva.

Entre as principais ações da empresa, destaca-se a meta de reduzir o consumo hídrico para 1,50 litro de água captada por litro de bebida produzida até 2027. Estes esforços da empresa não são recentes. De acordo com o diretor de Supply Chain da Solar, Orlando Fiorenzano, a empresa investe continuamente na redução do consumo de água há décadas. “Desde 2015, a Solar reduziu em 29% o volume de água consumido por litro de bebida produzida. Estes resultados levaram nossa empresa a ser reconhecida como a primeira franquia da Coca-Cola na América Latina a receber a certificação Alliance Water Stewardship (AWS)”, destaca Fiorenzano.

Capilaridade de ações

Utilizando sua capilaridade ímpar no mercado, a Solar expande essas iniciativas por todo seu território em 70% do Brasil. No Nordeste, a empresa realizou a expansão da segunda etapa de modernização da Estação de Tratamento de Água de Maracanaú (CE), resultando em 6% de redução no consumo na unidade. No Rio Grande do Norte, a fabricante implementou a primeira etapa de um novo sistema de adicionamento de gás em Natal, onde consequentemente terá um envase em alta temperatura, resultando em melhoria na qualidade do processo de limpeza e set up das linhas de produção, assim como ganho de energia elétrica e água em condensadores.

No estado de Alagoas, foi implementado um novo piloto de Clean-In-Place (CIP), processo de limpeza automatizado, na fábrica de Maceió. O método, ainda em teste, visa reduzir o consumo de água em cerca de 15% frente ao processo utilizado anteriormente para a limpeza das linhas de produção. Também com relação ao CIP, a fabricante executou a primeira etapa deste novo sistema em Suape (PE) visando a redução da microbiologia e consequente redução de limpeza semanal, economizando aproximadamente 10% de água.

No Mato Grosso, estado de grande importância estratégica para a Solar, um sistema de tratamento de água adicional foi implantado em Várzea Grande, localização de uma das unidades fabris da engarrafadora. Como resultado, foi possível recuperar 5% a mais de água no processo industrial de floculação.

Projetos socioambientais

Para além dos muros das fábricas, a Solar aposta em impactar positivamente as comunidades nas quais está inserida. Para isso, mantém também iniciativas ambientais externas, como o projeto Mangue Vivo, em Alagoas, e o projeto de reflorestamento da Fazenda Raposa, no Ceará. Ambos com foco na recuperação de ecossistemas estratégicos, como manguezais e áreas de recarga hídrica.

Buscando promover acessibilidade à água, a empresa apoia ainda o Água + Acesso, projeto que leva infraestrutura hídrica para comunidades rurais, beneficiando famílias em regiões de escassez. O programa está sendo expandido, com intuito de beneficiar mais escolas e comunidades no Nordeste e na Amazônia. Outro empenho é o apoio ao projeto Águas para Educar, que leva acesso à água potável para escolas, e a expansão dos agregadores de resíduos plásticos, reforçando o compromisso ambiental da empresa. Todas essas iniciativas somam esforços para combater as mudanças climáticas e o estresse hídrico.

“A Solar Coca-Cola entende que as mudanças climáticas impactam a disponibilidade hídrica e, por isso, estamos empenhados em adotar estratégias para mitigar seus efeitos. Vale ressaltar, que trabalhamos alinhados ao ODS 13 – Ação contra a Mudança do Clima e ao Pacto Global da ONU, priorizando a redução do impacto ambiental das nossas operações”, finaliza o diretor de Supply Chain.

Sobre a Solar Coca-Cola – A Solar está entre uma das maiores fabricantes do mundo do Sistema Coca-Cola, e conta atualmente com 13 fábricas. Com cerca de 60 centros de distribuição e 58 distribuidores autorizados e atua em uma área que representa cerca de 70% do território brasileiro, operando nas regiões Norte, Nordeste e parte do Centro-Oeste. A companhia conta com mais de 19 mil colaboradores (as) e é responsável pela produção e distribuição para cerca de 380 mil pontos de venda, impactando positivamente mais de 80 milhões de brasileiros.

Foto: Divulgação

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Dia da Água: RN perde 49 3% da sua água potável na distribuição

Dia da Água: RN perde 49,3% da sua água potável na distribuição

Taxa de desperdício está 12 pontos percentuais acima do nível nacional; na contramão, shopping potiguar investe em soluções para economizar até 60% do volume utilizado

O Dia Mundial da Água, celebrado neste sábado (22), levanta reflexões sobre o uso consciente e a preservação desse recurso natural. Segundo análise do Instituto Trata Brasil, feita a partir dos dados públicos do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), o RN perdeu 49,3% de toda a água potável captada nos sistemas de distribuição em 2022, ano mais recente com as informações publicadas. O número compila o resultado de vazamentos, fraudes, erros de medição dos hidrômetros e outros problemas.

A taxa estadual está bastante acima da média nacional de 37,8% que diminuiu em relação ao registrado em 2021 (40,3%), mas ainda está longe dos 25% estabelecidos pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) como um patamar aceitável, principalmente nas regiões Nordeste (46,9%) e Norte (46,7%), que apresentam os maiores índices de desperdício.

Para contribuir para a mudança deste cenário, empresas privadas se destacam por seu exemplo de governança corporativa com responsabilidade ambiental (ESG). Na capital potiguar, o Natal Shopping é uma delas.

Shopping potiguar atua para evitar desperdícios

Com diversas ações voltadas para a preservação dos recursos hídricos utilizados, até 60% do volume que sai das torneiras do empreendimento consegue ser economizado graças às estratégias tecnológicas adotadas, como o sistema de Osmose Reversa que, ao tratar a água do poço que abastece o shopping, reaproveita um volume que seria descartado, destinando essa água para os mictórios dos banheiros masculinos, sanitários e irrigação de jardins.

As torneiras do empreendimento também têm instalado um equipamento chamado de “arejador”: a peça redistribui o fluxo de saída d’água reduzindo sua vazão, o que diminui o fluxo, mas mantém a sensação de volume na lavagem das mãos.

Felipe Furtado, superintendente do Natal Shopping, enfatiza que práticas como essas, de uma governança focada no ambiental e social (ESG) são prioridades na estratégia do shopping e estão inseridas em todas as áreas de atuação do empreendimento.

“Nosso compromisso com a preservação ambiental e a sustentabilidade vai além das iniciativas isoladas. Estamos constantemente buscando formas de reduzir nosso impacto ambiental e promover o uso responsável dos recursos naturais, como a água, além de cuidarmos muito bem do descarte dos resíduos produzidos pelo shopping e pelos lojistas. Essas práticas não apenas refletem nossa responsabilidade como empresa, mas também contribuem para um futuro mais sustentável para todos”, afirma Felipe, destacando que empresas são parte ativa na construção de um mundo mais consciente e equilibrado.

Outras práticas sustentáveis

Além das iniciativas voltadas para a preservação da água, o Natal Shopping também se destaca por suas práticas sustentáveis em outras áreas. Um exemplo é o Hub de Reciclagem, localizado na praça de Alimentação, onde os clientes podem depositar resíduos de plástico, papel, metal, eletrônicos, cápsulas de café e óleo de cozinha. Essa iniciativa incentiva o público a se engajar em ações de reciclagem e contribui para a redução do impacto causado no meio ambiente.

Outro projeto relevante é o espaço Sustentabilidade Transforma, localizado na Praça de Alimentação. Em parceria com o Minhocário de Berg, o shopping faz a reciclagem de restos de comida deixados pelos clientes e esses resíduos são transformados em adubo orgânico, que é comercializado na loja sustentável.

Ações socioeducativas como o Naty nas Escolas, que leva educação ambiental para instituições de Ensino Infantil, também fazem parte das práticas que promovem a sustentabilidade. A iniciativa – com apresentação da peça e distribuição gratuita dos livros – apresenta atitudes simples, mas essenciais para o cuidado com a natureza, como a economia de água e o descarte correto do lixo, enquanto leva a mascote do shopping a explorar cenários icônicos da capital potiguar, como o Parque das Dunas e o Forte dos Reis Magos.

Para receber a programação do Naty nas Escolas, os gestores escolares devem entrar em contato com a equipe de marketing do Natal Shopping através do email marketing.nat@natalshopping.com.br.

Foto: Dvulgação

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Energia eólica impulsiona a transição energética no Nordeste

Energia eólica impulsiona a transição energética no Nordeste

O hidrogênio de baixo carbono, também conhecido como hidrogênio verde, é produzido com fontes renováveis e tecnologias para minimizar ou até eliminar as emissões de carbono

O Nordeste brasileiro tem se destacado nos últimos 20 anos pelo grande potencial na produção de hidrogênio verde a partir da energia eólica. Com o objetivo de estimar a geração de eletricidade por turbinas eólicas e, consequentemente, a produção de hidrogênio verde via eletrólise da água, a pesquisa Estimativa da produção de hidrogênio verde por meio da análise da energia eólica usando variáveis atmosféricas. Estudo de caso: região nordeste do Brasil analisou dados atmosféricos de cinco cidades nordestinas: Fortaleza, Natal, São Luís, Recife e Aracaju. O estudo foi conduzido por Amanda Ferreira Sampaio, durante o doutorado em Ciências Climáticas pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Climáticas (PPGCC/UFRN).

O hidrogênio de baixo carbono, também conhecido como hidrogênio verde, é produzido com fontes renováveis e tecnologias para minimizar ou até eliminar as emissões de carbono. Utilizado especialmente na descarbonização da indústria, é responsável 52% das emissões do setor de metalurgia e cimento. O combustível é uma alternativa que pode auxiliar o Brasil a atingir a neutralidade de carbono até 2050. A meta é um desafio global coordenado pela Organização das Nações Unidas (ONU) por meio da Convenção do Clima.

A pesquisadora Amanda Sampaio explica que o hidrogênio verde é produzido por eletrólise da água com energia renovável, um processo no qual a eletricidade é usada para separar os átomos de hidrogênio e oxigênio da água, não gera emissões de carbono e pode armazenar excedentes de eletricidade. Além de impulsionar o mercado interno, a alta demanda internacional, especialmente na Europa, reforça o potencial econômico do produto.

No entanto, apesar do bom cenário, a pesquisadora alerta que a produção no Brasil ainda enfrenta desafios regulatórios, tecnológicos e econômicos. Segundo Sampaio, a ausência de um marco regulatório claro pode dificultar investimentos, enquanto os altos custos da eletrólise e os desafios no transporte e armazenamento precisam ser superados. No aspecto econômico, o hidrogênio verde ainda é mais caro que outras fontes, exigindo incentivos e investimentos para se tornar competitivo.

Sobre a pesquisa

A análise utilizou dados coletados a partir de séries temporais mensais de duas centrais climatológicas localizadas em Fortaleza e São Luís, no período de 1961 a 1990 e de 1991 a 2020. Sampaio explica que foram analisadas variáveis como velocidade do vento, temperatura do ar, pressão atmosférica e umidade relativa. Essas informações foram determinantes para a eficiência na produção de energia eólica e, consequentemente, de hidrogênio verde.

COP30

O Nordeste brasileiro tem se destacado nos últimos 20 anos pelo grande potencial na produção de hidrogênio verde a partir da energia eólica. Com o objetivo de estimar a geração de eletricidade por turbinas eólicas e, consequentemente, a produção de hidrogênio verde via eletrólise da água, a pesquisa Estimativa da produção de hidrogênio verde por meio da análise da energia eólica usando variáveis atmosféricas. Estudo de caso: região nordeste do Brasil analisou dados atmosféricos de cinco cidades nordestinas: Fortaleza, Natal, São Luís, Recife e Aracaju. O estudo foi conduzido por Amanda Ferreira Sampaio, durante o doutorado em Ciências Climáticas pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Climáticas (PPGCC/UFRN).

O hidrogênio de baixo carbono, também conhecido como hidrogênio verde, é produzido com fontes renováveis e tecnologias para minimizar ou até eliminar as emissões de carbono. Utilizado especialmente na descarbonização da indústria, é responsável 52% das emissões do setor de metalurgia e cimento. O combustível é uma alternativa que pode auxiliar o Brasil a atingir a neutralidade de carbono até 2050. A meta é um desafio global coordenado pela Organização das Nações Unidas (ONU) por meio da Convenção do Clima.

A pesquisadora Amanda Sampaio explica que o hidrogênio verde é produzido por eletrólise da água com energia renovável, um processo no qual a eletricidade é usada para separar os átomos de hidrogênio e oxigênio da água, não gera emissões de carbono e pode armazenar excedentes de eletricidade. Além de impulsionar o mercado interno, a alta demanda internacional, especialmente na Europa, reforça o potencial econômico do produto.

No entanto, apesar do bom cenário, a pesquisadora alerta que a produção no Brasil ainda enfrenta desafios regulatórios, tecnológicos e econômicos. Segundo Sampaio, a ausência de um marco regulatório claro pode dificultar investimentos, enquanto os altos custos da eletrólise e os desafios no transporte e armazenamento precisam ser superados. No aspecto econômico, o hidrogênio verde ainda é mais caro que outras fontes, exigindo incentivos e investimentos para se tornar competitivo.

Sobre a pesquisa

A análise utilizou dados coletados a partir de séries temporais mensais de duas centrais climatológicas localizadas em Fortaleza e São Luís, no período de 1961 a 1990 e de 1991 a 2020. Sampaio explica que foram analisadas variáveis como velocidade do vento, temperatura do ar, pressão atmosférica e umidade relativa. Essas informações foram determinantes para a eficiência na produção de energia eólica e, consequentemente, de hidrogênio verde.

Ainda segundo a pesquisadora, para avaliar a viabilidade energética da região, foram aplicados modelos estatísticos, como a Distribuição de Weibull, que permite calcular o potencial eólico com maior precisão. Os resultados indicaram que, entre as cinco capitais nordestinas avaliadas, Fortaleza apresentou a maior potência média gerada (5,98 MW/mês), enquanto a produção estimada de hidrogênio verde foi de 125,60 kg/mês na capital cearense e 84,63 kg/mês em São Luís.

Amanda Sampaio esclarece que Fortaleza e São Luís se destacaram devido à qualidade e disponibilidade dos dados climáticos. Técnicas de imputação de dados foram utilizadas para lidar com falhas na coleta, um desafio comum em estudos atmosféricos, de acordo com a pesquisadora.

A partir da análise, Sampaio identificou que o Nordeste é uma das principais regiões para a produção de hidrogênio verde no Brasil devido à abundância de fontes renováveis. De acordo com a pesquisa, a região lidera a geração de energia eólica no país, alcançando um fator de capacidade de 16.835 MW médios em 2023. Além disso, a infraestrutura portuária estratégica, com portos como Pecém (CE) e Suape (PE), favorece a exportação do combustível para mercados internacionais. Segundo estudo feito em 2024 pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), os investimentos anunciados para projetos na região já somam cerca de R$188,7 bilhões.

A pesquisadora destaca que a motivação para o estudo veio da crescente importância do hidrogênio verde e das aplicações em setores como transporte, indústria e produção de fertilizantes. “Com a transição energética em pauta, compreender como podemos utilizar o potencial natural do Nordeste para gerar um combustível limpo e sustentável é essencial para o desenvolvimento do país”, afirma. Sampaio acredita que o aumento dos investimentos governamentais e privados no setor reforça a necessidade de estudos que avaliem a viabilidade da produção desse combustível.

Hidrogênio verde e os ODS

A produção de hidrogênio verde no Brasil tem potencial para impulsionar a transição energética e a descarbonização industrial. Com a expansão da infraestrutura de produção e exportação, a redução dos custos da eletrólise e o interesse de mercados internacionais, o Brasil pode se tornar um dos principais produtores e exportadores globais do combustível. O avanço está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, especialmente aos ODS 7 (Energia Limpa e Acessível) e 13 (Ação Contra a Mudança Global do Clima).

O ano de 2024 marca o início de duas medidas para diversificar a matriz energética brasileira: a aprovação do Marco Legal do Hidrogênio de Baixo Carbono (Lei nº 14.948/24) e a criação do Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC), com incentivos de até R$ 18,3 bilhões entre 2028 e 2032. Esses incentivos priorizam projetos de baixo carbono, ampliando o acesso à energia limpa e promovendo a segurança energética ao reduzir a dependência de fontes fósseis, contribuindo para o cumprimento do ODS 7.

Além disso, ao focar em projetos de baixo impacto ambiental, o PHBC auxilia na descarbonização de setores como a indústria e o transporte pesado, essenciais para a redução das emissões de gases de efeito estufa e para o cumprimento dos compromissos climáticos globais, fortalecendo o impacto no ODS 13. A transição para o hidrogênio verde permite ao Brasil atender às suas necessidades energéticas de forma sustentável, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas.

Sustentabilidade e hidrogênio verde

A pesquisa conduzida por Amanda Sampaio reforça o potencial do Nordeste brasileiro na produção desse combustível a partir da energia eólica. Os resultados destacam a importância da região na transição energética e no fortalecimento da economia nacional, ressaltando a necessidade de investimentos, regulamentação e avanços tecnológicos para viabilizar a produção em larga escala. “Com um planejamento adequado e investimentos contínuos, o Brasil pode se consolidar como referência mundial na produção de hidrogênio verde”, enfatiza.

A pesquisadora defende que para que o hidrogênio verde seja, de fato, uma solução sustentável, é essencial garantir que toda a sua cadeia produtiva utilize fontes renováveis, como energia eólica e solar, que apresentam menor impacto ambiental. A adoção de padrões de certificação também é fundamental para assegurar a origem da energia utilizada, garantindo que a produção seja realmente limpa.

Para Amanda Sampaio, investimentos em inovação tecnológica são necessários para aumentar a eficiência da eletrólise e desenvolver soluções de armazenamento e transporte que reduzam impactos ambientais. Ela acredita que a criação de um marco regulatório eficiente, aliado a sistemas de monitoramento ao longo da cadeia produtiva, contribuirá para que o hidrogênio verde cumpra seu papel na transição energética sem gerar novos desafios ambientais.

Temas discutidos na pesquisa como sustentabilidade, energia verde e descarbonização farão parte das discussões da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30). Coordenado pela ONU, o evento é o principal fórum internacional de debates climáticos e será realizado pela primeira vez no Brasil, na cidade de Belém, no Pará, entre os dias 10 a 21 de novembro de 2025.

Foto: Cícero Oliveira – Agecom/UFRN / Divulgação/EDP Brasil

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Artigo - Mudanças climáticas e seus desafios: salvar o planeta também depende de você

Artigo – Mudanças climáticas e seus desafios: salvar o planeta também depende de você

  • Por Valter Casarin, coordenador geral e científico da iniciativa NPV

Mais do que em qualquer outro momento da nossa história recente, dar a devida atenção às mudanças climáticas e a todas as suas consequências é uma obrigação de toda a nossa sociedade. A conscientização pública a respeito desse grave problema é fundamental e tem como objetivo aumentar o entusiasmo e o apoio a essa causa, ao mesmo tempo em que estimulamos à ação e mobilizamos o conhecimento e os recursos de nosso país.

Afinal, nem todas as partes interessadas estão cientes e informadas a respeito de sua vulnerabilidade e sobre as medidas que podem tomar para se adaptar proativamente às mudanças climáticas.

O desenvolvimento sustentável é uma agenda universal que visa construir um mundo mais justo (e melhor). Todos os países do mundo estão testemunhando os sérios impactos das mudanças climáticas, que provoca danos na diversidade biológica do nosso planeta e na vida das pessoas. Se não agirmos agora, os efeitos catastróficos das mudanças climáticas serão muito maiores do que a situação atual que estamos vivenciando.

Secas, inundações, elevação do nível do mar e ciclones. O aquecimento global está sendo sentido cada vez mais em nosso planeta. As consequências negativas, especialmente para o desenvolvimento, são bem conhecidas, principalmente na produção agrícola, a qual já está sofrendo perdas significativas que ameaçam a segurança alimentar. De fato, quando a temperatura aumenta 1 grau, a produção de cereais diminui em cerca de 5%; portanto, as mudanças climáticas terão um impacto negativo na disponibilidade de alimentos e dificultarão seu acesso, interrompendo os meios de subsistência de milhões de produtores rurais que ganham sua renda com a agricultura. O desenvolvimento sustentável e a luta contra a pobreza não podem, portanto, ser dissociados da luta contra o aquecimento global e da proteção do meio ambiente ou da biodiversidade.

O Acordo de Paris prevê limitar o aquecimento global a 1,5°C. Isso exige que as emissões globais caiam 45% em relação aos níveis de 2010 até 2030 e continuem caindo drasticamente para atingir emissões líquidas zero até 2050. O mundo está longe de atingir essa meta. Ao mesmo tempo, as emissões dos países em desenvolvimento aumentaram 43,2% entre 2000 e 2013. Esse aumento é amplamente atribuído ao aumento da industrialização e à elevação da produção econômica medida em termos de PIB.

É fácil pensar que nossas pequenas ações diárias não podem fazer uma grande diferença. No entanto, quando nós, como comunidade, agimos juntos, temos o poder de criar mudanças significativas. Optar por utilizar produtos ecologicamente responsáveis, consumir menos energia e favorecer modos de transporte ecológicos pode parecer insignificante, mas essas atividades, quando adotadas em larga escala, têm um grande impacto em nosso meio ambiente.

Devemos também proteger as florestas que são os pulmões do planeta. Elas armazenam um volume considerável de carbono e ajudam a mitigar os efeitos do aquecimento global, em especial pela produção de umidade essencial para os ecossistemas que abrigam.

Os fertilizantes participam como um dos principais atores dentro de todo esse contexto. Em um primeiro momento, como o produto que permite aumentar a produção de alimentos, garantindo a segurança alimentar em nosso planeta. Além disso, os fertilizantes permitem manter a produtividade nas terras já destinadas para a agricultura, não permitindo que florestas sejam derrubadas com o objetivo de explorar novas áreas. Além desses aspectos, os fertilizantes contribuem para cultivar mais de uma cultura em uma mesma área, diminuindo assim a concentração de CO2 na atmosfera, ou seja, redução de um dos principais gases de efeito estufa.

Neste contexto de emergência climática, todos nos vemos em um momento de ação, em que precisamos incentivar atitudes em prol do clima, conscientizando as pessoas ao nosso redor a apoiar políticas ecológicas e adotar um estilo de vida ecologicamente correto. Afinal, juntos, podemos garantir um futuro mais verde e saudável para as gerações futuras.

*Valter Casarin, coordenador geral e científico da Nutrientes Para a Vida é graduado em Agronomia pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias/UNESP, Jaboticabal, em 1986 e em Engenharia Florestal pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”/USP, Piracicaba, em 1994. Concluiu o mestrado em Solos e Nutrição de Plantas, em 1994, na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”. Recebeu o título de Doutor em Ciência do Solo pela École Supérieure Agronomique de Montpellier, França, em 1999. Atualmente é professor do Programa SolloAgro, ESALQ/USP e Sócio-Diretor da Fertilità Consultoria Agronômica.

Sobre a NPV

A NPV – Nutrientes Para a Vida – nasceu com objetivo de melhorar a percepção da população urbana em relação às funções e os benefícios dos fertilizantes para a saúde humana. Braço da fundação norte-americana NFL – Nutrients For Life – no Brasil, a NPV trabalha baseada em informações científicas. A NPV tem sua sede no Brasil, é mantida pela ANDA (Associação Nacional para Difusão de Adubos) e operada pela Biomarketing. A iniciativa conta ainda com parceiros como: Esalq/USP, IAC, UFMT, UFLA e UFPR.

Este texto não representa necessariamente a opinião do POR DENTRO DO RN.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

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102 cidades do RN estão em risco de chuvas intensas

102 cidades do RN estão em risco de chuvas intensas

Inmet emite avisos de perigo potencial com previsão de ventos fortes e alagamentos; saiba como se proteger

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alertas de chuvas intensas para 102 cidades do Rio Grande do Norte. Os dois avisos valem até 10h desta sexta-feira (14.mar.2025).

Os alertas são da cor amarela (perigo potencial), o menor nível no grau de severidade do órgão, que ainda conta o nível da cor laranja (perigo) e da cor vemelha (grande perigo).

O primeiro aviso, para 15 municípios, teve início na manhã desta quinta. Já o segundo, para 99, teve início durante a tarde. Apenas três municípios que estavam no primeiro aviso não constam no segundo.

De acordo com o Inmet, as chuvas do nível amarelo podem atingir 20 e 30 milímetros por hora ou até 50 milímetros por dia, além da possibilidade de ventos intensos entre 40 e 60 km/h.

Nesse caso, há baixo risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas, segundo o Inmet.

O órgão recomenda, em caso de rajada de vento:

  • não se abrigar debaixo de árvores, pois há leve risco de queda e descargas elétricas
  • não estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda;
  • evitar usar aparelhos eletrônicos ligados à tomada

Para mais informações, a recomendação é acionar a Defesa Civil (telefone 199) ou o Corpo de Bombeiros (telefone 193).

Cidades atingidas no 1º alerta

  • Areia Branca
  • Caiçara do Norte
  • Galinhos
  • Grossos
  • Guamaré
  • Macau
  • Mossoró
  • Parazinho
  • Pedra Grande
  • Porto do Mangue
  • São Bento do Norte
  • São Miguel do Gostoso
  • Serra do Mel
  • Tibau
  • Touros

Cidades atingidas no 2º alerta

  • Assú
  • Afonso Bezerra
  • Alto do Rodrigues
  • Angicos
  • Apodi
  • Areia Branca
  • Arez
  • Augusto Severo
  • Baía Formosa
  • Baraúna
  • Barcelona
  • Bento Fernandes
  • Bodó
  • Bom Jesus
  • Brejinho
  • Caiçara do Norte
  • Caiçara do Rio do Vento
  • Campo Redondo
  • Canguaretama
  • Caraúbas
  • Carnaubais
  • Ceará-Mirim
  • Cerro Corá
  • Currais Novos
  • Espírito Santo
  • Extremoz
  • Felipe Guerra
  • Fernando Pedroza
  • Galinhos
  • Goianinha
  • Governador Dix-Sept Rosado
  • Guamaré
  • Ielmo Marinho
  • Ipanguaçu
  • Itajá
  • Itaú
  • Jandaíra
  • Januário Cicco
  • Jardim de Angicos
  • João Câmara
  • Jucurutu
  • Jundiá
  • Lagoa de Pedras
  • Lagoa de Velhos
  • Lagoa Nova
  • Lagoa Salgada
  • Lajes
  • Lajes Pintadas
  • Macaíba
  • Macau
  • Maxaranguape
  • Monte Alegre
  • Mossoró
  • Natal
  • Nísia Floresta
  • Paraú
  • Parazinho
  • Parnamirim
  • Passagem
  • Pedra Preta
  • Pedro Avelino
  • Pedro Velho
  • Pendências
  • Poço Branco
  • Porto do Mangue
  • Pureza
  • Riachuelo
  • Rio do Fogo
  • Ruy Barbosa
  • Santa Cruz
  • Santa Maria
  • Santana do Matos
  • Santo Antônio
  • São Bento do Norte
  • São Gonçalo do Amarante
  • São José de Mipibu
  • São José do Campestre
  • São Miguel do Gostoso
  • São Paulo do Potengi
  • São Pedro
  • São Rafael
  • São Tomé
  • Senador Elói de Souza
  • Senador Georgino Avelino
  • Serra Caiada
  • Serra do Mel
  • Serrinha
  • Severiano Melo
  • Sítio Novo
  • Taipu
  • Tangará
  • Tibau
  • Tibau do Sul
  • Touros
  • Triunfo Potiguar
  • Upanema
  • Várzea
  • Vera Cruz
  • Vila Flor

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Limpeza retira 50 m³ de rodolitos em Ponta Negra

Limpeza retira 50 m³ de rodolitos em Ponta Negra

Operação já peneirou 500.000 m² de areia e melhora qualidade do local para banhistas

A operação de limpeza mecanizada na Praia de Ponta Negra, em Natal, completou onze dias de execução nesta segunda-feira (10.mar.2025), alcançando resultados significativos. Durante esse período, aproximadamente 500.000 m² de areia foram peneirados, garantindo maior qualidade e conforto para os frequentadores da praia.

A ação utiliza equipamentos específicos para a remoção de rodolitos, fragmentos calcários que se acumulam na faixa de areia. Até o momento, cerca de 50 m³ desses materiais foram retirados, totalizando mais de 100 horas de operação. A iniciativa já reflete em uma melhoria visível na qualidade da areia, beneficiando tanto moradores quanto turistas que visitam o local.

Como funciona a operação de limpeza

A operação ocorre diariamente, das 18h às 5h, e abrange os 4,6 quilômetros de aterro hidráulico da praia. Após o horário de funcionamento das máquinas, equipes de garis realizam uma etapa adicional de limpeza manual para garantir que toda a área esteja livre de resíduos.

O equipamento utilizado remove uma lâmina de areia com profundidade entre 10 e 20 centímetros, que é transportada por uma esteira para um local com capacidade de armazenar até 750 litros. Nesse processo, materiais sólidos como rodolitos, tampinhas de garrafa e canudos são separados. Após a peneiração, a areia é devolvida à praia, garantindo que apenas os resíduos sejam removidos.

Impacto ambiental e destino dos resíduos

A operação segue rigorosos protocolos ambientais. Todo o material recolhido é destinado de forma adequada ao transbordo da Urbana, empresa responsável pela gestão de resíduos urbanos em Natal, e posteriormente encaminhado ao aterro sanitário. Essa medida assegura que a limpeza não cause danos ao ecossistema local.

A MB Construções e Serviços Ltda, vencedora da licitação, é a responsável pela execução do serviço. A Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) e a Urbana acompanham de perto as atividades, fiscalizando o cumprimento das normas técnicas e ambientais.

Benefícios para a comunidade e turismo

A remoção dos rodolitos é essencial para melhorar a experiência dos banhistas, já que o acúmulo excessivo desses fragmentos pode dificultar o trânsito e o lazer na praia. Com a areia mais limpa e uniforme, Ponta Negra se torna ainda mais atrativa para visitantes, reforçando seu papel como um dos principais cartões-postais de Natal.

A operação de limpeza mecanizada é uma das ações contínuas realizadas para preservar a qualidade ambiental e a beleza natural da praia, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do turismo na região.

Foto: Acervo Semurb

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Inmet emite alerta de chuvas intensas para o RN

Inmet emite alerta de chuvas intensas para o RN

Saiba quais municípios estão em alerta laranja e amarelo e as precauções recomendadas

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu três alertas meteorológicos para o Rio Grande do Norte, válidos até as 10h desta segunda-feira (10.mar.2025). Dois dos avisos são para chuvas intensas, enquanto o terceiro alerta para o acumulado de chuvas. As previsões incluem riscos de alagamentos, quedas de árvores e descargas elétricas, com recomendações específicas para a população.

Alerta Laranja: chuvas intensas com risco elevado

O alerta laranja, considerado de perigo, foi emitido para 72 cidades do estado. A previsão é de chuvas entre 30 e 60 milímetros por hora ou de 50 a 100 milímetros por dia, acompanhadas de ventos que podem atingir entre 60 e 100 km/h. Entre os riscos associados estão cortes de energia elétrica, alagamentos e quedas de galhos de árvores.

O Inmet recomenda que a população evite se abrigar debaixo de árvores, não estacione veículos próximos a torres de transmissão e desligue aparelhos elétricos em caso de rajadas de vento.

Entre as cidades em alerta laranja estão:

  • Assú
  • Afonso Bezerra
  • Alto do Rodrigues
  • Angicos
  • Areia Branca
  • Arez
  • Baraúna
  • Barcelona
  • Bento Fernandes
  • Bom Jesus
  • Brejinho
  • Caiçara do Norte
  • Caiçara do Rio do Vento
  • Canguaretama
  • Carnaubais
  • Ceará-Mirim
  • Espírito Santo
  • Extremoz
  • Fernando Pedroza
  • Galinhos
  • Goianinha
  • Grossos
  • Guamaré
  • Ielmo Marinho
  • Ipanguaçu
  • Jandaíra
  • Januário Cicco
  • Jardim de Angicos
  • João Câmara
  • Jundiá
  • Lagoa de Pedras
  • Lagoa de Velhos
  • Lagoa Salgada
  • Lajes
  • Macaíba
  • Macau
  • Maxaranguape
  • Monte Alegre
  • Mossoró
  • Natal
  • Nísia Floresta
  • Parazinho
  • Parnamirim
  • Passagem
  • Pedra Grande
  • Pedra Preta
  • Pedro Avelino
  • Pendências
  • Poço Branco
  • Porto do Mangue
  • Pureza
  • Riachuelo
  • Rio do Fogo
  • Ruy Barbosa
  • Santa Maria
  • São Bento do Norte
  • São Gonçalo do Amarante
  • São José de Mipibu
  • São Miguel do Gostoso
  • São Paulo do Potengi
  • São Pedro
  • São Tomé
  • Senador Elói de Souza
  • Senador Georgino Avelino
  • Serra Caiada
  • Serra do Mel
  • Taipu
  • Tibau
  • Tibau do Sul
  • Touros
  • Várzea
  • Vera Cruz

Alerta Amarelo: Chuvas intensas com risco potencial

Já o alerta amarelo, de perigo potencial, foi emitido para 49 municípios. As chuvas previstas variam entre 20 e 30 milímetros por hora ou até 50 milímetros por dia, com ventos entre 40 e 60 km/h. Embora os riscos sejam menores, ainda há possibilidade de alagamentos e quedas de galhos.

Entre as cidades em alerta amarelo estão:

  • Assú
  • Angicos
  • Apodi
  • Augusto Severo
  • Baraúna
  • Barcelona
  • Bodó
  • Campo Redondo
  • Canguaretama
  • Caraúbas
  • Cerro Corá
  • Currais Novos
  • Espírito Santo
  • Felipe Guerra
  • Fernando Pedroza
  • Florânia
  • Goianinha
  • Governador Dix-Sept Rosado
  • Ipanguaçu
  • Itajá
  • Itaú
  • Januário Cicco
  • Jucurutu
  • Lagoa d’Anta
  • Lagoa Nova
  • Lajes
  • Lajes Pintadas
  • Montanhas
  • Mossoró
  • Nova Cruz
  • Paraú
  • Passagem
  • Pedro Velho
  • Santa Cruz
  • Santana do Matos
  • Santo Antônio
  • São José do Campestre
  • São Rafael
  • São Tomé
  • São Vicente
  • Serra Caiada
  • Serra de São Bento
  • Serrinha
  • Severiano Melo
  • Sítio Novo
  • Tangará
  • Triunfo Potiguar
  • Upanema
  • Várzea

Alerta Amarelo: acumulado de chuvas em sete cidades

O terceiro alerta, também amarelo, foi emitido para sete cidades, com previsão de chuvas entre 20 e 30 milímetros por hora ou até 50 milímetros por dia. O acumulado de chuva pode causar alagamentos e pequenos deslizamentos em áreas de risco.

As cidades afetadas são:

  • Baía Formosa
  • Canguaretama
  • Goianinha
  • Montanhas
  • Pedro Velho
  • Tibau do Sul
  • Vila Flor

Recomendações gerais do Inmet

Em todos os casos, o Inmet reforça a importância de seguir as orientações de segurança, como evitar áreas de risco e contatar a Defesa Civil (199) ou o Corpo de Bombeiros (193) em situações de emergência.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Passeios turísticos são suspensos no litoral do RN

Passeios turísticos são suspensos no litoral do RN

Capitania dos Portos do RN proíbe navegação para parrachos em condições climáticas adversas

A Capitania dos Portos do Rio Grande do Norte (CPRN), órgão vinculado à Marinha do Brasil, anunciou a suspensão dos passeios turísticos para os parrachos do litoral potiguar. A decisão foi comunicada às empresas de turismo na quarta-feira (5.mar.2025) e permanece em vigor por tempo indeterminado. A medida foi tomada em razão de um aviso de mau tempo, que deve comprometer as condições de navegação na região.

De acordo com a Marinha, a realização de passeios em embarcações é expressamente proibida durante a vigência de alertas meteorológicos. “Conforme as Normas e Procedimentos da Capitania dos Portos do Rio Grande do Norte, o transporte de passageiros para os Parrachos de Pirangi, Muriú, Rio do Fogo, Perobas, Maracajaú e outras piscinas naturais só pode ocorrer em condições climáticas favoráveis, considerando fatores como vento, altura das ondas, corrente e visibilidade”, informou a corporação em nota oficial.

A Capitania dos Portos também reforçou que os condutores das embarcações devem respeitar os limites de segurança estabelecidos, como a velocidade máxima do vento de 10 nós e a altura máxima das ondas de 1,25 metro. No entanto, as previsões meteorológicas para os próximos dias indicam ventos superiores a 16 nós e ondas acima de 1,5 metro, condições consideradas adversas para a navegação.

“Devido às condições meteorológicas previstas, as embarcações que realizam passeios para os Parrachos de Rio do Fogo/Perobas e Maracajaú devem seguir as normas da NPCP CPRN até que as condições climáticas se normalizem dentro dos limites estabelecidos”, destacou a Marinha.

O aviso de mau tempo, contendo informações detalhadas sobre a previsão de ventos e altura das ondas, foi enviado na terça-feira (4) às prefeituras das cidades litorâneas do Rio Grande do Norte. A medida tem como principal objetivo prevenir acidentes com turistas e passageiros, além de garantir a segurança da navegação e a preservação do meio ambiente.

A suspensão dos passeios turísticos afeta diretamente empresas e guias que dependem dessas atividades para sua renda. No entanto, a decisão foi tomada com base em critérios técnicos e de segurança, visando evitar riscos para os visitantes e para as embarcações.

A retomada dos passeios só ocorrerá quando as condições de navegabilidade estiverem dentro dos parâmetros de segurança estabelecidos pela Capitania dos Portos. Enquanto isso, turistas e operadoras de turismo devem ficar atentos aos boletins meteorológicos e às orientações das autoridades locais.

Foto: ASCOM/IDEMA/Ilustração

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Assaí reduz em 10% suas emissões de gases de efeito estufa em 2024

Assaí reduz em 10% suas emissões de gases de efeito estufa em 2024

Resultado reforça compromisso da Companhia com a redução do impacto ambiental e transição para uma economia de baixo carbono

O Assaí Atacadista reduziu em 10% suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) dos escopos 1 e 2 em 2024 no comparativo do quatro trimestre do ano anterior sobre o mesmo período de 2023. O avanço reflete a evolução da estratégia da Companhia para tornar suas operações mais eficientes e sustentáveis, com foco na transição para uma economia de baixo carbono. Neste cenário, a empresa mantém a meta de reduzir em 38% as emissões brutas de CO₂ dos escopos 1 e 2 até 2030, tendo como base os dados de 2015 (quando tinha um parque de lojas com uma quantidade que era cerca de 1/3 em relação às 302 unidades atuais).

Redução das emissões diretas: transição para gases refrigerantes de menor impacto

No escopo 1, que abrange as emissões diretas da operação, 85% das emissões do Assaí estão relacionadas aos gases refrigerantes utilizados na refrigeração dos balcões e climatização das lojas. Para mitigar esse impacto, a Companhia investe continuamente na modernização de seus sistemas de refrigeração, substituindo equipamentos antigos por tecnologias que utilizam gases naturais com menor potencial de aquecimento global (GWP – Global Warming Potential). Atualmente, as lojas operam com sistemas refrigerantes mais eficientes, reduzindo significativamente as emissões de GEE e otimizando o consumo energético das unidades. Esse avanço se alinha às melhores práticas globais do setor e reforça o compromisso do Assaí com a mitigação das mudanças climáticas.

Eficiência energética e expansão do uso de fontes renováveis

No escopo 2, que se refere ao consumo de eletricidade adquirida, o Assaí vem ampliando o uso de energia limpa em suas operações. A migração para o Mercado Livre de Energia – iniciada em 2019 – prioriza fontes renováveis, como energia eólica, solar, de biomassa e pequenas centrais hidrelétricas.

Hoje, 97% das lojas já operam sob esse modelo, e a meta é atingir 100% ainda em 2025. Além disso, todas as novas lojas da rede são equipadas com tecnologias de ecoeficiência, como iluminação 100% LED e sistemas de economia de água e energia.

Sobre o Assaí Atacadista

O Assaí Atacadista é uma Corporation (empresa sem um único controlador), que opera no setor de atacarejo há 50 anos e a rede alimentar com a maior presença nos lares brasileiros (NielsenIQ Homescan). É ainda a melhor empresa de atacado e varejo do Brasil (Melhores e Maiores 2024 da Exame) e a marca mais lembrada do varejo físico e digital (Branding Brasil).

Fundado em São Paulo (SP), o Assaí atende comerciantes e consumidores(as) que buscam maior economia na compra a varejo ou a atacado, liderando a proposta de inovação no formato. Atualmente, tem mais de 300 lojas em todas as regiões do país (24 Estados + DF) e mais de 87 mil colaboradores(as), sendo reconhecida pela GPTW como a melhor empresa de varejo alimentar para se trabalhar (companhias com mais de 10 mil colaboradores).

As ações do Assaí são as únicas de uma empresa de atacarejo negociadas na B3 (ASAI3). Forte geradora de caixa, cresce ano após ano e, em 2024, registrou faturamento de R$ 80,6 bilhões.

Reconhecida pelo seu forte trabalho social, conta com o Instituto Assaí que, desde 2022, atua com ações de impacto social nas frentes de apoio ao empreendedorismo, incentivo ao esporte e segurança alimentar.

Foto: Divulgação

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RN declara emergência por incêndios florestais

RN declara emergência por incêndios florestais

Medida do MMA abrange todas as mesorregiões potiguares e prevê contratação de brigadistas

O Rio Grande do Norte teve o estado de emergência declarado em todas as suas quatro mesorregiões devido ao alto risco de incêndios florestais. A medida, publicada no Diário Oficial da União na última sexta-feira (28.fev.2025), foi assinada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e terá validade do segundo semestre deste ano até o início de 2026.

As áreas afetadas incluem o Agreste Potiguar, a Central Potiguar, o Leste Potiguar e o Oeste Potiguar. Além do RN, outros estados do Nordeste também foram contemplados com a declaração de emergência, como Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Sergipe.

A portaria permite que o Ibama contrate brigadistas para atuar no combate aos incêndios. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou que a medida oferece segurança jurídica para que os gestores públicos adotem as ações necessárias.

Durante apresentação no Auditório da Sede do Prevfogo, na última quinta-feira (27), Marina Silva reforçou as estratégias para o combate a incêndios em 2025. O presidente do ICMBio, Mauro Pires, anunciou que a expectativa é aumentar o número de brigadistas contratados para 1.758, com capacitação em 68 cursos.

No total, o Governo Federal estima que 4.358 brigadistas federais, divididos em 231 brigadas (115 do ICMBio e 116 do Ibama), estejam aptos para atuar em 2025. Além disso, cerca de 250 servidores devem integrar o comando e o apoio logístico durante os incidentes.

Períodos de maior risco de incêndios no RN:

  • Agreste Potiguar: agosto de 2025 a janeiro de 2026
  • Central Potiguar: agosto de 2025 a fevereiro de 2026
  • Leste Potiguar: agosto de 2025 a março de 2026
  • Oeste Potiguar: julho de 2025 a fevereiro de 2026

A medida visa prevenir e mitigar os impactos dos incêndios florestais, que tendem a se intensificar durante os períodos de seca no Nordeste.

Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília/Ilustração

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12 praias do RN estão impróprias para banho, aponta Boletim de Balneabilidade

12 praias do RN estão impróprias para banho, aponta Boletim de Balneabilidade

Confira a lista completa dos trechos do litoral potiguar onde o banho não é recomendado

O mais recente Boletim de Balneabilidade do Rio Grande do Norte, divulgado na sexta-feira (28.fev.2025), revelou que 12 trechos do litoral potiguar estão impróprios para banho. O relatório, emitido pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), tem como objetivo informar banhistas e turistas sobre a qualidade das águas nas praias do estado.

Pontos impróprios para banho no RN

Os locais identificados como impróprios para banho incluem:

  • Baía Formosa: Porto – Praça da Conceição
  • Sibaúma: Restaurante Sabores do Mar, em Tibau do Sul
  • Foz do Rio Pirangi, em Nísia Floresta
  • Pirangi do Sul, em Nísia Floresta
  • Pirambúzios, em Nísia Floresta
  • Rio Pirangi-Pium: Balneário Pium, em Parnamirim
  • Rio Pirangi: Ponte Nova, em Parnamirim
  • Areia Preta: Escadaria de Mãe Luiza, em Natal
  • Praia da Redinha: Rio Potengi, em Natal
  • Touros: Av. Bom Jesus, em Touros
  • Maracajaú: Mercado Público, em Maxaranguape
  • Maxaranguape: Barra – Rua 15 de Novembro

Como funciona o Programa de Balneabilidade

Durante o verão, o Programa de Balneabilidade amplia o número de áreas analisadas, chegando a 51 trechos monitorados. Essa expansão visa garantir maior segurança aos banhistas e turistas que visitam o estado. Ao longo do ano, são 33 pontos de coleta que passam por análises regulares.

A avaliação da qualidade da água é baseada na quantidade de coliformes termotolerantes encontrados. Esses microrganismos indicam a presença de contaminação por esgoto ou outras fontes poluentes, o que pode representar riscos à saúde dos banhistas.

Frequência das análises

Os boletins de balneabilidade são divulgados semanalmente pelo Idema, oferecendo informações atualizadas sobre as condições das praias. Essa frequência é especialmente importante durante a alta temporada, quando o fluxo de turistas aumenta significativamente.

Impacto no turismo e na saúde pública

A identificação de trechos impróprios para banho é crucial para evitar problemas de saúde, como infecções de pele e doenças gastrointestinais. Além disso, a transparência nas informações ajuda a manter a confiança dos turistas, que são essenciais para a economia local.

Como acompanhar as atualizações

Para quem planeja visitar o litoral potiguar, é recomendável acompanhar os boletins semanais do Idema. Esses relatórios estão disponíveis no site oficial do instituto e em canais de comunicação oficiais do governo do estado.

Dicas para os banhistas

  • Evite banhar-se em trechos identificados como impróprios.
  • Respeite as sinalizações e orientações das autoridades locais.
  • Em caso de dúvidas, consulte os boletins atualizados do Idema.

Foto: Sandro Menezes/Governo do RN/Ilustração

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Defesa Civil identifica problemas na drenagem de Ponta Negra

Defesa Civil identifica problemas na drenagem de Ponta Negra

Relatório aponta descumprimento de licenças e falhas na obra de engorda da praia; prefeitura afirma que dissipadores estarão operacionais em breve

A Defesa Civil Nacional identificou problemas na drenagem das águas pluviais na obra de engorda da praia de Ponta Negra, em Natal, e recomendou a retenção de R$ 4 milhões do valor total destinado ao projeto. O relatório, elaborado após uma inspeção realizada nos dias 6 e 7 de fevereiro, apontou descumprimentos na Licença de Instalação e Operação, além de falhas na execução dos dissipadores de energia da rede de drenagem.

Durante a inspeção, foram registrados alagamentos no trecho da obra devido às chuvas intensas, que atingiram quase 100 milímetros em um único dia. Esse não foi o primeiro incidente do tipo, já que em janeiro também houve relatos de alagamentos e mau cheiro na região. A Defesa Civil sugeriu que o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional retivesse parte dos recursos até que os serviços pendentes fossem concluídos.

A prefeitura de Natal, em nota, afirmou que a retenção do valor é uma medida preventiva e comum em obras financiadas com recursos públicos, especialmente em fase final de execução. O município destacou que os dissipadores estarão em funcionamento a partir desta sexta-feira (28.fev.2025), restando apenas o acabamento físico, que será finalizado em março.

Falhas na drenagem e descumprimento de licenças

O relatório da Defesa Civil destacou que a Licença de Instalação e Operação exige que o aterro hidráulico só seja iniciado após a conclusão dos dissipadores e demais estruturas de drenagem. No entanto, a inspeção revelou que alguns dissipadores não foram concluídos e outros nem sequer começaram a ser executados. Dos 16 dissipadores previstos, apenas 8 estão finalizados.

A Defesa Civil também apontou que a prefeitura não cumpriu o item 19 da Licença de Operação, que exige ajustes nos cronogramas para mitigar riscos de erosão em caso de chuvas excepcionais. O documento recomendou a não liberação dos R$ 4 milhões como forma de garantir a conclusão da obra de drenagem e a continuidade dos programas ambientais.

Acúmulo de água e suspeita de contaminação

Durante a vistoria, foi constatado o acúmulo de água nos desemboques da drenagem pluvial, com formação de lagoas rasas acima do aterro hidráulico. Em alguns pontos, foi observado odor desagradável e suspeita de contaminação por águas servidas. A Defesa Civil sugeriu a revisão do projeto de drenagem e a adoção de soluções alternativas para evitar o represamento de água.

A prefeitura informou que está executando a obra complementar de drenagem com outra fonte de recursos e que há um plano para desativar as saídas de águas pluviais para a faixa de praia. Além disso, o município está trabalhando em melhorias no sistema de drenagem e no monitoramento da qualidade da água.

Recomendações da Defesa Civil

Entre as recomendações, a Defesa Civil sugeriu a contratação de estudos complementares para cadastro e modelagem hidráulica do sistema de drenagem. O órgão também recomendou a articulação com a CAERN e a FUNPEC para sanear o problema de efluentes domésticos na rede de drenagem pluvial.

A prefeitura afirmou que está comprometida com a melhoria da obra e que todas as recomendações serão atendidas para garantir a eficácia do projeto. Apesar dos problemas identificados, o relatório destacou que o aterro hidráulico mostrou resistência às chuvas intensas e não houve erosão da berma durante as precipitações recentes.

Foto: Emanuel Amaral/Prefeitura de Natal/Ilustração/Arquivo / Defesa Civil Nacional

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MPF cobra soluções para drenagem e despejo de esgoto em Ponta Negra

MPF cobra soluções para drenagem e despejo de esgoto em Ponta Negra

Desde a conclusão da obra, há constantes alagamentos na faixa de areia ampliada, além de deságue de esgoto em mais de 80 pontos da praia

O Ministério Público Federal (MPF) se reuniu com representantes da prefeitura de Natal para discutir os problemas nas obras de aterramento hidráulico da praia de Ponta Negra. Desde a conclusão da obra, em janeiro deste ano, a praia tem enfrentado constantes alagamentos na faixa de areia ampliada, além do despejo de esgoto em mais de 80 pontos.

Durante a reunião, o MPF destacou a preocupação com as obras de drenagem das águas pluviais, que deveriam ter sido concluídas antes do aterro para evitar os alagamentos. Os procuradores da República Ilia Freire e Victor Mariz cobraram explicações sobre os pontos de despejo de esgoto na praia, lembrando que a licença ambiental da obra exigia a execução da drenagem e medidas para minimizar o despejo de dejetos, condições que não foram cumpridas.

O MPF acompanha o processo erosivo na praia de Ponta Negra e no Morro do Careca, cartão-postal de Natal, desde 2014. “A preocupação principal é com o impacto ambiental, turístico e nas comunidades tradicionais”, explicou Ilia Freire.

Prefeitura reconhece falhas e promete soluções

Pela prefeitura de Natal, a secretária municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Seinfra), Shirley Lago, e o secretário de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), Thiago Mesquita, admitiram que a obra de drenagem deveria ter sido realizada antes do aterro. Eles atribuíram o atraso a problemas com a empresa contratada.

Shirley Lago informou que os 16 dissipadores da rede de drenagem, responsáveis por reduzir a força da água, devem estar em funcionamento até o final de fevereiro. Apenas a construção de lajes na parte superior dos dissipadores ficará pendente. Segundo a prefeitura, os alagamentos não têm prejudicado a obra, mantendo o volume de areia.

Quanto ao despejo de esgoto, Thiago Mesquita afirmou que o problema está relacionado a ligações clandestinas e ao extravasamento da rede da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern). A prefeitura tem fiscalizado estabelecimentos privados e cobrado melhorias da Caern. Além disso, a Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec) foi contratada para fiscalizar a obra e enviará um relatório ao MPF.

Fiscalização e impactos sociais em debate

Os procuradores também questionaram a qualidade da areia utilizada no aterro, que precisou ser substituída durante a obra, e a falta de fiscalização adequada. Victor Mariz destacou a necessidade de informações precisas sobre os impactos sociais da obra, especialmente para os pescadores artesanais da região.

Próximos passos

O MPF aguarda o relatório da Funpec e oficiará as secretarias de Infraestrutura e Meio Ambiente de Natal para obter informações atualizadas sobre as obras. Uma nova reunião com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) está prevista para reforçar a necessidade de fiscalização. O MPF também questionará a Caern sobre as ligações clandestinas que resultam no despejo de esgoto na praia.

Prefeitura contrata empresa para limpeza mecanizada da Praia de Ponta Negra

A Prefeitura de Natal finalizou o processo de contratação de uma empresa especializada para realizar a limpeza mecanizada e o saneamento da faixa de areia da praia de Ponta Negra, localizada na zona sul da cidade. O contrato, assinado na terça-feira, 25, na sede da prefeitura, prevê um investimento mensal de R$ 67 mil, recursos provenientes do Fundo Municipal de Meio Ambiente (Funam). A empresa ganhadora do certame iniciará os serviços imediatamente.

A limpeza será realizada ao longo dos 4,6 km de extensão da praia, com atividades diárias no período noturno, preferencialmente entre 18h e 5h da manhã. O horário foi escolhido para evitar interferências nas atividades turísticas, comerciais e de lazer que ocorrem durante o dia. Todo o material recolhido será armazenado e destinado de acordo com as normas ambientais vigentes.

Objetivos da limpeza mecanizada

O processo, conduzido pela Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), tem como principal objetivo remover os rodolitos e outros fragmentos calcários acumulados na praia devido às obras de aterro hidráulico. Esses resíduos comprometem a segurança dos banhistas, a estética do local e a acessibilidade da praia. Além disso, a máquina saneadora recolherá resíduos como latinhas, sacos plásticos e canudos encontrados ao longo da faixa de areia.

A intervenção utilizará uma máquina saneadora de praia, que beneficiará os sedimentos depositados em até 20 cm de profundidade. O equipamento peneirará e aerará a areia, melhorando sua qualidade para os usuários e trabalhadores do local.

Impactos positivos para a praia

Com a ação, a Prefeitura de Natal espera restabelecer condições seguras e confortáveis para banhistas, turistas e trabalhadores, preservando a atratividade de Ponta Negra, um dos principais cartões-postais da cidade. A operação também contribui para a recuperação ambiental da área, garantindo o cumprimento das normas de sustentabilidade e proteção ao patrimônio natural.

O secretário de Meio Ambiente e Urbanismo, Thiago Mesquita, destacou que a iniciativa visa não apenas remover os fragmentos de calcário, mas também proporcionar mais conforto e segurança aos frequentadores da praia. “Nosso objetivo é trabalhar para que a praia esteja a cada dia mais agradável e sustentável para todos”, afirmou.

Foto: Abraão Júnior/Prefeitura de Natal / Emanuel Amaral/Prefeitura de Natal / Demis Roussos/Prefeitura de Natal

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Programa Despoluir: FETRONOR reforça compromisso com o meio ambiente

Programa Despoluir: FETRONOR reforça compromisso com o meio ambiente

O Despoluir promove a inspeção ambiental de frotas de ônibus, garantindo que os veículos operem dentro dos padrões de emissão estabelecidos

A Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Nordeste – FETRONOR reafirma seu compromisso com a sustentabilidade e a preservação ambiental por meio do programa Despoluir. Lançado pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) e operado pela FETRONOR nos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco, o programa tem sido um pilar essencial na redução das emissões de poluentes no transporte coletivo, contribuindo para a melhoria da qualidade do ar nas cidades nordestinas.

O Despoluir promove a inspeção ambiental de frotas de ônibus, garantindo que os veículos operem dentro dos padrões de emissão estabelecidos. Desde sua implementação, o programa já realizou milhares de aferições, comprovando que os ônibus participantes emitem significativamente menos poluentes do que veículos particulares de passeio. Essa constatação reforça o papel do transporte coletivo na redução do impacto ambiental nas áreas urbanas.

“O transporte coletivo é muitas vezes injustamente apontado como um dos grandes poluidores, mas os dados do programa Despoluir mostram o contrário. Nossos ônibus passam por rigorosos testes de emissão e, com a renovação da frota, estamos cada vez mais alinhados com práticas de sustentabilidade,” explica Eudo Laranjeiras, presidente da FETRONOR.

Entre as principais conquistas do programa, destacam-se:

  • Aferição periódica de veículos: Monitoramento constante da frota para garantir baixos índices de emissão;
  • Capacitação de profissionais: Treinamentos voltados para motoristas e mecânicos sobre práticas de condução econômica e sustentável;
  • Renovação da frota: Incentivo à aquisição de veículos com tecnologia Euro 6, menos poluentes.

A FETRONOR destaca que, além de preservar o meio ambiente, o Despoluir proporciona benefícios econômicos, como a redução do consumo de combustível e a ampliação da vida útil dos veículos. Tais fatores contribuem diretamente para a viabilidade do transporte coletivo e ajudam a manter tarifas acessíveis à população.

“Nosso objetivo é mostrar que o transporte coletivo é parte da solução para os desafios ambientais urbanos. Ao oferecer um serviço eficiente, seguro e sustentável, incentivamos a população a deixar o carro em casa e optar pelo ônibus, contribuindo diretamente para a mobilidade urbana e para um futuro mais limpo,” conclui Eudo.

A expectativa é que, em 2025, o programa Despoluir amplie sua atuação, alcançando ainda mais empresas e consolidando o transporte público como um aliado no combate às mudanças climáticas e na promoção de cidades mais saudáveis e organizadas.

Foto: João Vital/Fetronor/Divulgação

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Boletim aponta 40 praias próprias e 11 impróprias para banho no RN

Boletim aponta 40 praias próprias e 11 impróprias para banho no RN

Programa de Balneabilidade amplia monitoramento no litoral potiguar; confira os 11 trechos impróprios

O Boletim de Balneabilidade das praias do Rio Grande do Norte, edição nº 08 de 2025, divulgado nesta sexta-feira (21.fev.2025), revela que 40 trechos estão próprios para banho, com condições adequadas para recreação. No entanto, 11 pontos foram classificados como impróprios para os banhistas. Entre os locais identificados como inadequados estão:

  • Sibaúma (Restaurante Sabores do Mar), em Tibau do Sul;
  • Pirambúzios, Foz do Rio Pirangi e Pirangi do Sul (Igreja), em Nísia Floresta;
  • Rio Pirangi-Pium (Balneário Pium) e Rio Pirangi (Ponte Nova), em Parnamirim;
  • Areia Preta (Escadaria de Mãe Luiza) e Redinha (Rio Potengi), em Natal;
  • Touros (Av. Bom Jesus), em Touros;
  • Maracajaú (Mercado Público) e Barra (R. Quinze de Novembro), em Maxaranguape.

O Programa de Balneabilidade amplia o número de áreas analisadas durante o verão, visando oferecer mais segurança aos banhistas e turistas que visitam o litoral potiguar. Enquanto, ao longo do ano, são monitorados 33 pontos de coleta, no período de veraneio, esse número sobe para 51 amostras de água, distribuídas ao longo de toda a faixa costeira do estado, que se estende de Baía Formosa a Tibau.

A análise dos dados é baseada na quantidade de coliformes termotolerantes encontrados nas águas. A classificação segue as normas estabelecidas pela Resolução nº 274/2000 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), que define os parâmetros para a balneabilidade das praias.

O estudo é resultado de uma parceria entre o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) e a Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (FUNCERN), integrando o Programa Água Azul.

As informações atualizadas dos Boletins de Balneabilidade são divulgadas semanalmente no site oficial do Idema (idema.rn.gov.br) e no aplicativo nacional Praia Limpa, que oferece dados sobre a qualidade das águas em todo o país.

Foto: Sandro Menezes/Governo do RN

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Inmet emite novo alerta de chuvas intensas para 95 cidades do RN

Inmet emite novo alerta de chuvas intensas para 95 cidades do RN

Órgão emite aviso amarelo e laranja para chuvas fortes e ventos de até 60 km/h; saiba como se proteger

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de chuvas intensas para 95 cidades do Rio Grande do Norte. O aviso é válido até 11h desta sexta-feira (21.fev.2025) e abrange municípios como Baraúna, Mossoró e Tibau, que estão sob alerta laranja, o segundo nível de severidade. Nessas localidades, as precipitações podem variar entre 30 e 60 milímetros por hora ou atingir até 100 milímetros ao longo do dia.

O alerta amarelo, que indica perigo potencial, foi emitido para as demais cidades. Nesse nível, as chuvas podem variar entre 20 e 30 milímetros por hora ou chegar a 50 milímetros diários. Além disso, há previsão de ventos intensos, com velocidades entre 40 e 60 km por hora, o que aumenta os riscos de quedas de galhos, alagamentos e descargas elétricas.

Riscos associados às chuvas e ventos fortes

De acordo com o Inmet, o alerta amarelo traz um baixo risco de corte de energia elétrica, queda de árvores e alagamentos. Já no alerta laranja, os perigos são mais significativos, exigindo maior atenção da população. O órgão reforça a importância de evitar áreas com árvores durante ventanias, pois há risco de quedas e descargas elétricas. Além disso, recomenda-se não estacionar veículos próximos a torres de transmissão ou placas de propaganda, que podem ser derrubadas pelos ventos fortes.

Outra orientação é evitar o uso de aparelhos eletrônicos conectados à tomada durante as tempestades, reduzindo o risco de danos por descargas elétricas. Em caso de emergência, a Defesa Civil pode ser acionada pelo telefone 199, e o Corpo de Bombeiros, pelo 193.

Medidas de prevenção e segurança

O Inmet destaca a importância de seguir as recomendações de segurança para minimizar os impactos das chuvas e ventos fortes. Entre as principais medidas estão:

  • Evitar áreas abertas durante tempestades;
  • Não se abrigar debaixo de árvores ou estruturas instáveis;
  • Manter-se informado sobre as atualizações meteorológicas;
  • Ter um plano de emergência em caso de alagamentos ou quedas de energia.

Impactos nas cidades afetadas

As chuvas intensas podem causar transtornos em diversas áreas urbanas, especialmente em regiões com infraestrutura mais vulnerável. Alagamentos são comuns em vias públicas e áreas baixas, enquanto os ventos fortes podem danificar telhados, placas de sinalização e redes elétricas. A população deve ficar atenta às orientações das autoridades locais e evitar deslocamentos desnecessários durante o período de alerta.

Como acompanhar as atualizações meteorológicas

Para se manter informado sobre as condições climáticas, é possível acompanhar as atualizações do Inmet por meio do site oficial ou aplicativos de previsão do tempo. Essas ferramentas fornecem informações em tempo real sobre alertas, níveis de precipitação e ventos, ajudando a população a se preparar adequadamente.

Cidades incluídas no alerta

  • Açu
  • Afonso Bezerra
  • Água Nova
  • Alexandria
  • Almino Afonso
  • Alto do Rodrigues
  • Angicos
  • Antônio Martins
  • Apodi
  • Areia Branca
  • Augusto Severo
  • Baraúna
  • Bento Fernandes
  • Bodó
  • Caiçara do Norte
  • Caiçara do Rio do Vento
  • Caraúbas
  • Carnaubais
  • Ceará-Mirim
  • Cerro Corá
  • Coronel João Pessoa
  • Doutor Severiano
  • Encanto
  • Extremoz
  • Felipe Guerra
  • Fernando Pedroza
  • Francisco Dantas
  • Frutuoso Gomes
  • Galinhos
  • Governador Dix-Sept Rosado
  • Grossos
  • Guamaré
  • Ielmo Marinho
  • Ipanguaçu
  • Itajá
  • Itaú
  • Jandaíra
  • Janduís
  • Jardim de Angicos
  • João Câmara
  • José da Penha
  • Jucurutu
  • Lajes
  • Lucrécia
  • Luís Gomes
  • Macau
  • Major Sales
  • Marcelino Vieira
  • Martins
  • Maxaranguape
  • Messias Targino
  • Mossoró
  • Olho d’Água do Borges
  • Paraú
  • Parazinho
  • Patu
  • Pau dos Ferros
  • Pedra Grande
  • Pedra Preta
  • Pedro Avelino
  • Pendências
  • Pilões
  • Poço Branco
  • Portalegre
  • Porto do Mangue
  • Pureza
  • Rafael Fernandes
  • Rafael Godeiro
  • Riacho da Cruz
  • Riacho de Santana
  • Riachuelo
  • Rio do Fogo
  • Rodolfo Fernandes
  • Ruy Barbosa
  • Santa Maria
  • Santana do Matos
  • São Bento do Norte
  • São Francisco do Oeste
  • São Miguel
  • São Miguel do Gostoso
  • São Rafael
  • São Tomé
  • Serra do Mel
  • Serrinha dos Pintos
  • Severiano Melo
  • Taboleiro Grande
  • Taipu
  • Tenente Ananias
  • Tibau
  • Touros
  • Triunfo Potiguar
  • Umarizal
  • Upanema
  • Venha-Ver
  • Viçosa

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Inmet emite alerta de chuvas intensas em Natal e mais 103 cidades do RN

Inmet emite alerta de chuvas intensas em Natal e mais 103 cidades do RN

Órgão emite aviso amarelo para chuvas de até 50 mm e ventos de 60 km/h; saiba como se proteger

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de chuvas intensas para Natal e outras 103 cidades do Rio Grande do Norte. O aviso, válido até às 11h desta quinta-feira (20.fev.2025), é classificado como amarelo, indicando perigo potencial, o nível mais baixo entre os três graus de severidade do órgão. Os outros dois níveis são laranja (perigo) e vermelho (grande perigo).

De acordo com o Inmet, no nível amarelo, são esperadas chuvas entre 20 e 30 milímetros por hora ou até 50 milímetros ao longo do dia. Além disso, há previsão de ventos intensos, com velocidades entre 40 e 60 km por hora.

Riscos associados às chuvas intensas

O órgão alerta que, mesmo sendo um aviso de menor gravidade, há riscos como cortes de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas. Para minimizar os impactos, o Inmet recomenda medidas de precaução, especialmente em áreas urbanas.

Recomendações do Inmet para ventos fortes

Em caso de rajadas de vento, o Inmet orienta:

  • Não se abrigar debaixo de árvores, devido ao risco de quedas e descargas elétricas;
  • Evitar estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda;
  • Não utilizar aparelhos eletrônicos conectados à tomada durante tempestades.

Como agir em situações de emergência

Em casos de necessidade ou para obter informações adicionais, a população deve entrar em contato com a Defesa Civil, pelo telefone 199, ou com o Corpo de Bombeiros, no número 193. Esses serviços estão disponíveis para auxiliar em situações de risco causadas pelas chuvas intensas.

Impactos nas cidades do RN

O alerta abrange 104 municípios do estado, incluindo a capital Natal. As chuvas podem causar transtornos no trânsito, alagamentos em áreas baixas e interrupções no fornecimento de energia elétrica. A população deve ficar atenta às atualizações meteorológicas e seguir as orientações das autoridades.

Previsão do tempo para os próximos dias

O Inmet continuará monitorando as condições climáticas e pode emitir novos alertas conforme a evolução do tempo. É fundamental que os moradores das áreas afetadas se mantenham informados e adotem medidas preventivas para garantir a segurança durante o período de chuvas intensas.

Cidades atingidas pelas chuvas

  • Assú
  • Afonso Bezerra
  • Água Nova
  • Alexandria
  • Almino Afonso
  • Alto do Rodrigues
  • Angicos
  • Antônio Martins
  • Apodi
  • Areia Branca
  • Augusto Severo
  • Baraúna
  • Barcelona
  • Bento Fernandes
  • Bodó
  • Caiçara do Norte
  • Caiçara do Rio do Vento
  • Caraúbas
  • Carnaubais
  • Ceará-Mirim
  • Cerro Corá
  • Coronel João Pessoa
  • Doutor Severiano
  • Encanto
  • Extremoz
  • Felipe Guerra
  • Fernando Pedroza
  • Francisco Dantas
  • Frutuoso Gomes
  • Galinhos
  • Governador Dix-Sept Rosado
  • Grossos
  • Guamaré
  • Ielmo Marinho
  • Ipanguaçu
  • Itajá
  • Itaú
  • Jandaíra
  • Janduís
  • Jardim de Angicos
  • João Câmara
  • João Dias
  • José da Penha
  • Jucurutu
  • Lajes
  • Lucrécia
  • Luís Gomes
  • Macaíba
  • Macau
  • Major Sales
  • Marcelino Vieira
  • Martins
  • Maxaranguape
  • Messias Targino
  • Mossoró
  • Natal
  • Olho d’Água do Borges
  • Paraná
  • Paraú
  • Parazinho
  • Parnamirim
  • Patu
  • Pau dos Ferros
  • Pedra Grande
  • Pedra Preta
  • Pedro Avelino
  • Pendências
  • Pilões
  • Poço Branco
  • Portalegre
  • Porto do Mangue
  • Pureza
  • Rafael Fernandes
  • Rafael Godeiro
  • Riacho da Cruz
  • Riacho de Santana
  • Riachuelo
  • Rio do Fogo
  • Rodolfo Fernandes
  • Ruy Barbosa
  • Santa Maria
  • Santana do Matos
  • São Bento do Norte
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  • Serra do Mel
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  • Tenente Ananias
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  • Venha-Ver
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Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Reservatórios do RN atingem 60,42% da capacidade hídrica em fevereiro de 2025

Reservatórios do RN atingem 60,42% da capacidade hídrica em fevereiro de 2025

Barragem Armando Ribeiro Gonçalves lidera com 65,31% do volume; confira os dados completos

O Governo do Rio Grande do Norte, por meio do Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn), divulgou nesta terça-feira (18.fev.2025) o Relatório dos Volumes dos Principais Reservatórios do estado. Os dados mostram que as reservas hídricas superficiais totais somam 2.747.581.132 m³, o que representa 60,42% da capacidade total de 4.547.674.975 m³. Em fevereiro de 2024, o volume era de 2,104 bilhões de metros cúbicos, correspondendo a 49,09% da capacidade.

A barragem Armando Ribeiro Gonçalves, o maior reservatório do estado, acumula 1.549.813.704 m³, equivalente a 65,31% de sua capacidade total de 2.373.066.000 m³. No mesmo período de 2024, o volume era de 1,231 bilhão de m³, ou 51,91% da capacidade.

O segundo maior reservatório, Santa Cruz do Apodi, registra 417.297.000 m³, correspondendo a 69,58% de sua capacidade total de 599.712.000 m³. Em fevereiro de 2024, o volume era de 343.989.945 m³, ou 57,36% da capacidade.

A barragem Umari, localizada em Upanema, acumula 224.015.777 m³, o que representa 76,50% de sua capacidade total de 292.813.650 m³. No mesmo período de 2023, o volume era de 218.938.347 m³, ou 74,77% da capacidade.

Já a barragem Marechal Dutra, conhecida como Gargalheiras, acumula 32.981.031 m³, correspondendo a 74,25% de sua capacidade total de 44.421.480 m³. Em fevereiro de 2024, o volume era de apenas 613.282 m³, ou 1,37% da capacidade.

O açude público de Cruzeta registra 20.750.542 m³, o que representa 88,13% de sua capacidade total de 23.545.745 m³. Em fevereiro de 2023, o volume era de 4.412.947 m³, ou 18,73% da capacidade.

O açude Dinamarca, localizado em Serra Negra do Norte, permanece com 100% de sua capacidade total, de 2.724.425 m³. Já o açude Dourado, em Currais Novos, acumula 4.939.317 m³, correspondendo a 47,85% de sua capacidade total de 10.321.600 m³. No mesmo período de 2024, o volume era de 332.553 m³, ou 3,20% da capacidade.

Outros reservatórios com volumes acima de 70% da capacidade incluem: Poço Branco (79,34%), Pinga, em Cerro Corá (78,02%), Campo Grande, em São Paulo do Potengi (76,68%), Trairi, em Tangará (75,83%), e Mendubim, em Assú (70,67%).

Por outro lado, alguns reservatórios enfrentam volumes críticos, com menos de 10% da capacidade: Passagem das Traíras, em São José do Seridó (0,08%); Itans, em Caicó (0,70%); Mundo Novo, também em Caicó (1,45%); Jesus Maria José, em Tenente Ananias (3,45%); Esguicho, em Ouro Branco (4,18%); Brejo, em Olho D’Água do Borges (5,04%); Sabugi, em São João do Sabugi (7,30%); Carnaúba, também em São João do Sabugi (7,50%); Tourão, em Patu (7,98%); e Lulu Pinto, em Luís Gomes (9,66%).

Foto: Edinael Castro/Igarn

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Pesquisadores da UFRN patenteiam tijolos feitos com solo contaminado por petróleo

Pesquisadores da UFRN patenteiam tijolos feitos com solo contaminado por petróleo

Tecnologia sustentável transforma resíduos em matéria-prima para a indústria cerâmica

Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) desenvolveram um processo inovador para a produção de tijolos cerâmicos utilizando solo contaminado com resíduos de petróleo. A patente, que também pode ser aplicada na fabricação de telhas, blocos e pisos, promete revolucionar o setor cerâmico ao transformar um passivo ambiental em matéria-prima de alta qualidade.

O método, desenvolvido em parceria com a Petrobras e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), não exige modificações significativas nos processos de fabricação já existentes, o que facilita sua adoção pela indústria. Segundo o professor Carlos Alberto Paskocimas, do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais (PPGCEM), a tecnologia melhora os atributos técnicos dos produtos cerâmicos, além de reduzir o consumo de argila, um recurso natural não renovável.

O solo contaminado com resíduos de petróleo é proveniente da perfuração e extração de petróleo em terra. Após a contaminação, o material passa por um processo de calcinação, onde é aquecido em fornos rotativos para neutralizar a matéria orgânica contaminante. O resultado é um resíduo inerte, chamado de solo calcinado, que pode ser utilizado na produção de tijolos e blocos cerâmicos.

A patente, intitulada “Processo de produção de tijolos cerâmicos e de blocos cerâmicos à base de solo contaminado com resíduo de petróleo e respectivas formulações”, foi desenvolvida por uma equipe multidisciplinar, incluindo Fred Amorim Salvino, Márcio Luiz Varela Nogueira de Moraes, Alex Micael Dantas de Sousa, Márcia Jordana Campos dos Santos, Renata Maria Sena Brasil Leal, Fabiana Villela da Motta e Mauricio Roberto Bomio Delmonte.

Além dos benefícios ambientais, a tecnologia também reduz custos para as empresas do setor petrolífero, que atualmente precisam armazenar e monitorar os resíduos contaminados. “Esse solo calcinado também é uma fonte de custo, visto que consome energia e recursos empresariais para ser produzido e ainda permanece como um passivo ambiental que demanda monitoramento permanente”, explica Paskocimas.

A inovação é mais um exemplo do potencial de geração de conhecimento tecnológico pelas instituições acadêmicas brasileiras. Com quase quarenta patentes depositadas, Paskocimas destaca a importância dessas conquistas para atrair parcerias com o setor industrial. “As patentes são produtos tecnológicos que comprovam e permitem comparar as capacidades de geração de conhecimentos tecnológicos pelas e entre as instituições acadêmicas”, afirma.

A tecnologia desenvolvida pela UFRN não apenas resolve um problema ambiental, mas também abre novas oportunidades para a indústria cerâmica, que pode reduzir sua dependência de recursos naturais não renováveis. Além disso, a utilização de resíduos como matéria-prima contribui para a economia circular, um conceito cada vez mais valorizado no cenário global.

Foto: Cícero Oliveira – Agecom/UFRN

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Prefeitura de Natal retoma contratação emergencial para limpeza de Ponta Negra

Prefeitura de Natal retoma contratação emergencial para limpeza de Ponta Negra

Empresas têm até quarta-feira (19) para registrar propostas; valor de referência foi ajustado para R$ 109 mil

A Prefeitura de Natal retomou o processo de contratação emergencial para o serviço de limpeza mecanizada da areia da engorda da Praia de Ponta Negra. O procedimento havia sido suspenso na última quarta-feira (12.fev.2025) após uma impugnação apresentada por uma das empresas interessadas. A Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) analisou o pedido e decidiu reabrir os prazos da concorrência. As empresas agora têm até às 18h da próxima quarta-feira (19.fev) para registrar interesse.

Inicialmente, o valor de referência para a contratação estava estimado em R$ 72.982,35, mas foi atualizado para R$ 109.961,09. A alteração ocorreu no último dia de cadastramento de propostas, o que levou a empresa MB Limpeza Urbana a alegar que a mudança exigiria a republicação da convocação e a reabertura do prazo para apresentação de propostas. Após análise, a prefeitura acatou o pedido e republicou a convocação no Diário Oficial desta segunda-feira (17.fev).

Dispensa de licitação e critérios de contratação

A seleção para a contratação emergencial está sendo realizada por meio de dispensa de licitação, utilizando o critério de julgamento pelo menor preço global. A medida é baseada em um decreto emergencial publicado pelo município em setembro de 2024, que justificou a retomada da obra de engorda de Ponta Negra sem a necessidade de uma nova licença ambiental. O decreto autoriza medidas emergenciais para combater os efeitos do avanço do mar na região e tem validade de 90 dias, prorrogada em dezembro.

De acordo com o decreto, estão dispensadas de licitação as contratações de bens e serviços necessários para reduzir os riscos de desastres e reabilitar cenários afetados. O contrato de prestação de serviço de limpeza mecanizada da areia deverá valer até setembro de 2025.

Licitação definitiva em paralelo

Thiago Mesquita, titular da Semurb, confirmou que o município também lançará uma licitação definitiva para a prestação do serviço de limpeza da areia. O processo, que é mais longo, será conduzido pela Secretaria Municipal de Administração. Mesquita destacou que a manutenção da praia é uma demanda contínua, assim como ocorre em outros aterros hidráulicos do Brasil.

A obra de engorda de Ponta Negra utiliza areia de uma jazida localizada a 10 km da costa. A medida emergencial foi adotada para conter os efeitos do avanço do mar, que tem causado erosão e outros problemas na região.

Foto: Abraão Júnior/Prefeitura de Natal

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11 pontos do litoral do RN estão impróprios para banho, aponta Idema

11 pontos do litoral do RN estão impróprios para banho, aponta Idema

Praias como Ponta Negra e Pirangi têm trechos contaminados; veja lista completa e entenda os critérios de balneabilidade

O litoral do Rio Grande do Norte registra pelo menos 11 pontos impróprios para banho neste fim de semana, conforme o boletim de balneabilidade divulgado pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do estado (Idema). O estudo, realizado semanalmente, avalia a qualidade da água em praias e rios, identificando locais com níveis de contaminação acima do permitido.

Entre os trechos considerados inadequados para os banhistas estão:

  • Praia de Sibaúma, em Tibau do Sul, próximo ao Restaurante Sabores do Mar
  • Pirambúzios, em Nísia Floresta, próximo ao Corais de Búzios
  • Pirangi do Sul, em Nísia Floresta, perto da igreja
  • Foz do Rio Pirangi, em Nísia Floresta
  • Rio Pirangi, na Ponte Nova, em Parnamirim
  • Rio Pirangi-Pium, no Balneário Pium, em Parnamirim
  • Ponta Negra, em Natal, próximo ao Morro do Careca
  • Ponta Negra, em Natal, perto da Rua M. S. Medeiros
  • Areia Preta, em Natal, perto da Escadaria de Mãe Luíza
  • Maracajaú, em Maxaranguape, perto do Mercado Público
  • Praia de Touros, em Touros, próximo à Av. Bom Jesus

A maioria desses locais foi classificada como imprópria devido à presença de coliformes termotolerantes acima do limite estabelecido pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). No caso de Ponta Negra, em Natal, os dois pontos listados foram considerados inadequados devido à observação de efluentes não tratados sendo lançados na praia.

Como funciona a classificação de balneabilidade

O Idema utiliza critérios específicos para determinar se uma praia ou rio está próprio ou impróprio para banho. Os pesquisadores analisam os resultados de cinco semanas consecutivas. Se dois ou mais desses resultados apresentarem mais de mil coliformes fecais por 100 ml de água, o local é classificado como impróprio. Além disso, se na análise mais recente for detectada a presença de mais de 2.500 coliformes fecais por 100 ml, o trecho é automaticamente considerado inadequado, independentemente dos resultados anteriores.

Impacto na aaúde e no turismo

A contaminação da água por coliformes fecais pode representar riscos à saúde dos banhistas, como infecções gastrointestinais, dermatites e outras doenças. Além disso, a classificação de praias como impróprias pode afetar o turismo, setor crucial para a economia do Rio Grande do Norte.

Recomendações para os banhistas

O Idema orienta os banhistas a verificar o boletim de balneabilidade antes de escolher um local para banho. Além disso, é importante evitar o contato com a água em áreas próximas a saídas de esgoto ou rios, mesmo que não estejam listadas como impróprias.

Foto: Sandro Menezes/Governo do RN/Ilustração

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Agência aponta que Brasil é estratégico para eficiência energética do mundo

Agência aponta que Brasil é estratégico para eficiência energética do mundo

Diretor da Irena discute com Silveira preparativos para a COP30

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, sigla em inglês), Francesco La Camera, disse nesta quinta-feira (13), que o Brasil, por ocupar com sua matriz elétrica majoritariamente renovável uma posição de liderança global, especialmente no que diz respeito à energia hídrica, é estratégico para que o planeta alcance o objetivo de dobrar a eficiência energética e triplicar a capacidade de fontes renováveis como solar, eólica e hídrica.

“No ano passado, o Brasil demonstrou a capacidade de impulsionar o setor com um acréscimo de mais de nove gigawatts de energias renováveis em sua matriz”, ressaltou após se reunir com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para tratar de uma agenda comum nos preparativos para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em novembro, em Belém.

La Camera está em Brasília para uma série de reuniões com o governo federal e outros atores do setor energético para tratar de estratégias de cooperação para a transição energética global.

Por manifestar essa capacidade de liderança, a agência tem incluído o Brasil nos trabalhos de elaboração do relatório sobre as perspectivas de transição para as energias renováveis na América Latina, que deverá ser publicado ainda este ano. O governo federal também tem cooperado na elaboração de estratégias para atrair recursos internacionais para o setor.

“Penso que concordamos em realizar um fórum de investimento no primeiro trimestre do próximo ano, como seguimento da COP 30”, adiantou La Camera sobre a conversa com Silveira.

A cooperação ocorre antes mesmo de o Brasil se tornar membro da agência, já que o processo interrompido no governo anterior foi retomado oficialmente em janeiro deste ano, durante a 15ª Assembleia Geral da Agência Internacional de Energias Renováveis, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes.

O ministro Alexandre Silveira foi convidado a participar de um dos painéis da assembleia geral para apresentar políticas públicas que favoreceram o crescimento das renováveis no Brasil, como o Luz para Todos e o programa Energias da Amazônia, além de novas iniciativas como o Combustível do Futuro.

Na ocasião, Silveira formalizou o convite à agência internacional para secretariar a Coalizão Global para Planejamento da Transição e Segurança Energética, que será liderada pelo Brasil e deverá ser lançada ainda este ano.

“Foi um momento muito importante. Primeiro para o Brasil, que assumiu a posição relevante de liderança política no planejamento de longo prazo da transição energética, com o G20 [grupo das maiores economias globais]. O governo brasileiro elevou um momento técnico em um momento político e nós ficamos muito felizes em aproveitar para trabalhar sob a liderança do Brasil nesta coalizão global”, disse Silveira ao formalizar o convite à Agência Internacional de Energias Renováveis.

O dirigente da agência internacional informou que permanecerá no Brasil até o final da semana para definir mais detalhes sobre a agenda comum com o Brasil para a COP30, na qual haverá um foco para o desenvolvimento do enorme potencial do país para incrementar a produção energética por biomassa.

“Nós vamos considerar a COP30 um sucesso, quando ela produzir um reflexo nas ambições climáticas dos países”, afirmou.

Foto: Damir K / Freddie Ramm / Pexels

Da Agência Brasil

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Contratação de limpeza mecanizada em Ponta Negra é suspensa

Contratação de limpeza mecanizada em Ponta Negra é suspensa

Processo foi interrompido para análise de impugnação; prefeitura garante que serviço será mantido

A Prefeitura de Natal suspendeu temporariamente o processo de contratação emergencial do serviço de limpeza mecanizada da areia da praia de Ponta Negra. A decisão foi tomada após uma das empresas interessadas, a MB Limpeza Urbana, apresentar uma impugnação solicitando a reabertura do prazo para envio de propostas. O município afirmou que a suspensão visa analisar o pedido e evitar atrasos futuros no processo.

A fase de apresentação das propostas havia sido encerrada na última terça-feira (11.fev.2025), e a abertura estava prevista para quarta-feira (12.fev). No entanto, a MB Limpeza Urbana alegou que houve uma alteração no valor de referência da contratação no último dia do prazo, o que justificaria a necessidade de republicação do edital. Inicialmente, o valor estimado era de R$ 72.982,35, mas foi atualizado para R$ 109.961,09.

De acordo com o secretário de Meio Ambiente e Urbanismo, Thiago Mesquita, a suspensão é uma medida preventiva para evitar complicações jurídicas. “É melhor suspender quando há plausibilidade do que perder mais tempo com recursos e desdobramentos”, explicou. Mesmo com a interrupção, o secretário garantiu que o processo de contratação por dispensa de licitação permanece válido.

Paralelamente, o município planeja lançar uma licitação definitiva para a prestação do serviço, que será conduzida pela Secretaria Municipal de Administração. “Essa manutenção será necessária diariamente, como ocorre em outros aterros hidráulicos do país”, destacou Mesquita.

Riscos dos rodolitos em Ponta Negra

A prefeitura de Natal reconheceu que os rodolitos e outros materiais calcários presentes na areia da praia de Ponta Negra representam riscos à segurança dos banhistas e trabalhadores. Esses fragmentos, resultantes do aterro hidráulico realizado na área, podem causar cortes e ferimentos, além de comprometer a acessibilidade e o aspecto paisagístico da praia.

Segundo o termo de referência publicado pelo município, a limpeza manual realizada até então foi considerada ineficiente. Como solução, a prefeitura pretende contratar um serviço mecanizado, que será executado durante o período noturno, das 18h às 5h, para não interferir nas atividades diárias da praia.

O serviço será realizado com uma máquina saneadora, que coleta e filtra a areia, separando resíduos como rodolitos e outros materiais calcários. A previsão é que o trabalho comece imediatamente após a contratação e se estenda até setembro deste ano.

O que são rodolitos?

Rodolitos são estruturas formadas por algas calcárias mortas, que, quando vivas, apresentam uma coloração rosa e possuem a capacidade de incorporar carbonato de cálcio, tornando-se rígidas. Com o movimento das marés, essas algas rolam pelo fundo do mar, mas, quando soterradas, morrem e adquirem uma tonalidade branca, formando depósitos no leito marinho.

Dispensa de licitação

A contratação do serviço de limpeza mecanizada será feita por dispensa de licitação, com base em um decreto emergencial publicado em setembro de 2024. O decreto autoriza medidas emergenciais para combater os efeitos do avanço do mar em Ponta Negra e tem validade de 90 dias, prorrogável.

De acordo com o documento, a dispensa de licitação é justificada pela necessidade de agilidade na execução de serviços relacionados à redução de riscos de desastres.

Foto: Fernanda Zauli/g1

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Alerta de chuvas intensas no RN Inmet emite aviso para todo o estado

Alerta de chuvas intensas no RN: Inmet emite aviso para todo o estado

Previsão indica precipitação de até 50 mm e ventos de até 60 km/h

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de chuvas intensas para todo o estado do Rio Grande do Norte. O aviso, classificado como de “Perigo Potencial”, tem validade entre as 10h desta terça-feira (4.fev.2025) e as 10h de quarta-feira (5.fev), indicando chuvas entre 20 e 30 mm por hora ou até 50 mm ao longo do dia, além de ventos fortes, com velocidade entre 40 e 60 km/h.

O alerta abrange todas as regiões do estado, incluindo Leste Potiguar, Agreste Potiguar, Oeste Potiguar e Central Potiguar. O aviso também se estende a estados vizinhos, como Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Piauí e Maranhão. Inicialmente, o alerta contemplava apenas Natal e outras 18 cidades, mas foi ampliado para todo o território potiguar.

Riscos associados e recomendações de segurança

Apesar de o risco ser considerado baixo, o Inmet alerta para possíveis impactos, como quedas de galhos de árvores, alagamentos pontuais, descargas elétricas e interrupções no fornecimento de energia.

Diante da previsão de chuvas e ventos intensos, o órgão recomenda que a população evite se abrigar debaixo de árvores durante rajadas de vento, pois há risco de quedas de galhos e descargas elétricas. Além disso, não é aconselhável estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda, que podem ser derrubadas pela força do vento.

Outra medida preventiva é evitar o uso de aparelhos eletrônicos conectados à tomada durante as chuvas, prevenindo acidentes elétricos. A população também deve acompanhar as atualizações da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros, que podem emitir novos alertas caso a situação se agrave.

Entenda os níveis de alerta do Inmet

O Instituto Nacional de Meteorologia classifica seus avisos meteorológicos em três níveis de severidade:

Perigo Potencial (amarelo): risco moderado associado ao fenômeno, sem previsão de impactos severos.
Perigo (laranja): condições meteorológicas mais intensas, com maior potencial de danos e transtornos.
Grande Perigo (vermelho): situação de risco extremo, com possíveis danos significativos e ameaças diretas à segurança da população.

O alerta vigente para o Rio Grande do Norte é de Perigo Potencial, o que significa que, embora os impactos não sejam considerados severos, medidas de precaução devem ser adotadas.

Acompanhamento e novas atualizações

A população pode acompanhar atualizações sobre o alerta por meio do site oficial do Inmet (
www.inmet.gov.br) e dos canais da Defesa Civil. Em caso de emergência, a recomendação é acionar os bombeiros pelo telefone 193 ou a Defesa Civil pelo 199.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Inmet emite alerta de chuvas intensas para Natal e mais 18 cidades do RN

Inmet emite alerta de chuvas intensas para Natal e mais 18 cidades do RN

Há previsão de ventos fortes e alagamentos; saiba como se proteger

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de chuvas intensas para a região costeira do Rio Grande do Norte, incluindo Natal e outras 18 cidades. O aviso, que começa a valer hoje (3.fev.2025) e segue até às 10h desta terça-feira (4.fev), prevê precipitações de 20 a 30 mm/h ou até 50 mm/dia, acompanhadas de ventos fortes, que podem atingir velocidades entre 40 e 60 km/h.

O alerta amarelo, que indica “Perigo Potencial”, é o menos severo da escala do Inmet, mas ainda exige atenção. Entre os riscos associados estão a possibilidade de quedas de galhos de árvores, alagamentos, descargas elétricas e cortes de energia. O instituto reforça a importância de evitar áreas com árvores durante ventanias, não estacionar veículos próximos a torres de transmissão ou placas de propaganda e desconectar aparelhos eletrônicos das tomadas.

Cidades afetadas pelo alerta

O aviso abrange as seguintes cidades:

  • Arês
  • Baía Formosa
  • Canguaretama
  • Ceará-Mirim
  • Extremoz
  • Goianinha
  • Macaíba
  • Maxaranguape
  • Montanhas
  • Natal
  • Nísia Floresta
  • Parnamirim
  • Pedro Velho
  • Rio do Fogo
  • São Gonçalo do Amarante
  • São José de Mipibu
  • Senador Georgino Avelino
  • Tibau do Sul
  • Vila Flor

Recomendações de segurança

O Inmet orienta a população a tomar medidas preventivas para evitar acidentes. Entre as principais recomendações estão:

Evitar se abrigar debaixo de árvores durante rajadas de vento;
Não estacionar veículos próximos a torres de transmissão ou placas de propaganda;
Desconectar aparelhos eletrônicos das tomadas para evitar danos por descargas elétricas.
Em caso de emergências, a Defesa Civil pode ser acionada pelo telefone 199, e o Corpo de Bombeiros, pelo 193.

Impactos das chuvas intensas

As chuvas intensas podem causar transtornos como alagamentos em vias públicas, interrupção no fornecimento de energia elétrica e danos à infraestrutura urbana. Além disso, os ventos fortes aumentam o risco de quedas de árvores e galhos, que podem atingir veículos, casas e pedestres.

A população deve ficar atenta às atualizações do Inmet e seguir as orientações das autoridades locais para garantir a segurança durante o período de chuvas.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Idema aponta que sete trechos do litoral do RN estão impróprios para banho

Idema aponta que sete trechos do litoral do RN estão impróprios para banho

Boletim de balneabilidade aponta pontos impróprios em praias como Pipa e Ponta Negra

Sete trechos do litoral do Rio Grande do Norte foram considerados impróprios para banho neste fim de semana, 1º e 2 de fevereiro, de acordo com o último boletim de balneabilidade divulgado pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema).

O relatório, publicado na sexta-feira (31.jan.2025), indica que os locais permanecerão inadequados para banhistas até a próxima quinta-feira (6.fev), quando um novo boletim será emitido.

Os pontos identificados como impróprios incluem:

  • Sibaúma (trecho do Restaurante Sabores do Mar), em Tibau do Sul;
  • Pipa, em Tibau do Sul;
  • Rio Pirangi-Pium (Balneário Pium), em Parnamirim;
  • Rio Pirangi (Ponte Nova), em Parnamirim;
  • Ponta Negra (trecho da Rua Cláudio Gomes Teixeira – Escadaria), em Natal;
  • Touros (Av. Bom Jesus), em Touros;
  • Maracajaú (Mercado Público), em Maxaranguape.

Ampliação do monitoramento no verão

Durante o verão, o Idema aumentou o número de praias monitoradas, passando de 33 para 51. Das 51 praias analisadas, 44 foram consideradas próprias para banho no fim de semana. O estudo abrange praias de 14 municípios do estado, incluindo Baía Formosa, Canguaretama, Tibau do Sul, Nísia Floresta, Parnamirim, Natal, Extremoz, Ceará-Mirim, Maxaranguape, Touros, Macau, Areia Branca, Grossos e Tibau.

Critérios de avaliação da balneabilidade

A classificação das praias como próprias ou impróprias para banho é baseada na análise da quantidade de coliformes termotolerantes, também conhecidos como coliformes fecais, presentes na água. O método segue as normas estabelecidas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Quando a concentração desses microrganismos excede os limites permitidos, o local é considerado impróprio para atividades de lazer, como natação e mergulho.

Programa Azul: parceria para monitoramento

O boletim de balneabilidade faz parte do Programa Azul, uma iniciativa do Idema em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) e a Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (FUNCERN). O programa tem como objetivo monitorar a qualidade das águas costeiras e orientar a população sobre os locais seguros para banho.

Impacto no turismo e na população local

A divulgação do boletim é essencial para garantir a segurança dos banhistas e evitar problemas de saúde, como infecções e doenças transmitidas pela água contaminada. Além disso, a informação é crucial para o setor turístico, que depende da qualidade das praias para atrair visitantes.

Como acessar o boletim de balneabilidade

O boletim completo com a lista de praias próprias e impróprias para banho está disponível no site oficial do Idema. A população pode consultar o relatório semanal para se informar sobre as condições das praias antes de planejar passeios e atividades à beira-mar.

Foto: Danny Nunes/Idema/Ilustração

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Urbanização de Ponta Negra avança após engorda

Urbanização de Ponta Negra avança após engorda

Seinfra inicia planejamento para melhorias no calçadão e finalização de drenagem até março

O aterro hidráulico realizado na praia de Ponta Negra foi finalizado no último sábado (25.jan.2025). Popularmente conhecido como “engorda”, o projeto trouxe avanços significativos para a orla natalense, com impactos no turismo, preservação ambiental e geração de emprego.

Segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), a próxima etapa do processo será a urbanização do calçadão, que terá início após o período de acomodação da areia, estimado em pelo menos quatro meses.

Benefícios do aterro hidráulico

A obra de reestruturação da praia tem como objetivo principal garantir:

  • Preservação do Morro do Careca, cartão-postal de Natal.
  • Melhorias nas condições de trabalho para comerciantes locais.
  • Reforço do turismo, impulsionando a economia local.
  • Geração de novos empregos e aumento de renda para a população.

A secretária municipal de Infraestrutura, Shirley Cavalcanti, ressaltou que a urbanização do calçadão será essencial para complementar os ganhos obtidos com o projeto.

Conclusão da drenagem e eliminação de irregularidades

O sistema de drenagem da área, fundamental para o escoamento das águas das chuvas, está em fase final de execução. A Seinfra informou que os últimos cinco dissipadores serão concluídos até março de 2025.

Além disso, o projeto de drenagem incluirá a identificação e eliminação de possíveis ligações clandestinas de esgoto, contribuindo para a melhoria da qualidade ambiental na região.

Características da areia utilizada no aterro

A areia retirada da jazida marítima para a realização do aterro apresenta coloração mais escura devido à ausência de exposição solar e à presença de resíduos marinhos. No entanto, com o passar do tempo e a constante exposição ao sol, a areia se tornará mais clara, adquirindo características semelhantes à areia natural da praia.

Próximos passos na urbanização da orla

Após a acomodação da areia, o foco será a reestruturação do calçadão da praia. O projeto de urbanização pretende oferecer:

  • Melhoria da acessibilidade para pedestres.
  • Criação de espaços adequados para atividades comerciais e turísticas.
  • Integração paisagística para valorizar ainda mais a orla.
  • Com essas ações, a expectativa é de que Ponta Negra se torne um polo turístico ainda mais atrativo para moradores e visitantes.

Foto: Emanuel Amaral/Prefeitura de Natal

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Saída dos EUA do Acordo de Paris deve ser efetivada somente em 2026

Saída dos EUA do Acordo de Paris deve ser efetivada somente em 2026

Entenda o que é o tratado internacional sobre mudanças climáticas

Assim que tomou posse, na última segunda-feira (20), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto retirando o país do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas. Imediatamente, o porta-voz do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Stephane Dujarric, divulgou uma declaração reconhecendo a relevância do país na liderança de questões ambientais e destacando a importância da continuidade dessa condução por estados e empresas norte-americanas.

Oficialmente, a decisão de Trump ainda não chegou às mãos do depositário do tratado internacional, secretário-geral da ONU, António Guterres, conforme prevê o artigo 28 do próprio Acordo de Paris. “A qualquer momento após três anos da data em que este Acordo entrou em vigor para uma Parte, essa Parte pode se retirar deste Acordo mediante notificação por escrito ao Depositário”, diz o documento.

No caso dos Estados Unidos, os três anos começaram a contar em 4 de novembro de 2016, como para a maioria dos países signatários que aderiram ao tratado ainda em 12 de dezembro de 2015, quando o instrumento foi adotado oficialmente durante a COP21, em Paris. Por essa razão, apesar de Trump anunciar a primeira saída do país, em 2017, o pedido oficial só foi enviado em novembro de 2019, para que tivesse validade.

Da mesma forma, o artigo 28 do Acordo de Paris, também determina que “qualquer retirada entrará em vigor no prazo de um ano a partir da data do recebimento pelo Depositário da notificação de retirada, ou em data posterior conforme especificado na notificação de retirada”. Assim, a decisão só foi efetivada dois meses antes de Trump deixar a Casa Branca em seu primeiro mandato, quase não restando tempo para que o impacto fosse significativo antes do presidente, então eleito, Joe Biden revogar a medida.

Embora tenha manifestado uma série de medidas antiambientalistas antes mesmo de ser reeleito, Trump, como no mandato anterior, anunciou a saída apenas do Acordo de Paris e não da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês), que teria como consequência a saída dos dois tratados.

Para a gerente sênior de ação climática da WRI Brasil, Míriam Garcia, quando a saída dos Estados Unidos for efetivada, o país permanecerá mantendo compromissos globais para enfrentamento da mudança do clima. “Nas diferentes trilhas de negociação, você tem algumas trilhas que são referentes ao Acordo de Paris e a operacionalização do Acordo de Paris, e você tem algumas trilhas que são dadas à questão de orçamento da própria convenção ou de estrutura da convenção. Então, em todas essas esferas, os Estados Unidos ainda continuam”, avalia.

Desta vez, caso o documento seja recebido pela ONU ainda em 2025, o prazo de um ano começará a contar e a decisão terá efeito já no segundo ano de mandato de Trump, em 2026. Na avaliação do especialista em política internacional do Instituto ClimaInfo, Bruno Toledo, além dessa nova saída dos EUA do tratado ter maior duração, a medida também ocorre hoje em outro contexto. “Lá em 2017, era a recém-aprovação do Acordo de Paris, apenas dois anos depois de 2015. Então, de uma certa maneira, digamos que o humor público era muito mais otimista por conta daquele sucesso”, destaca.

Ameaça

Passados dez anos, Toledo considera que houve um desgaste no engajamento das partes do tratado, por não alcançarem consenso para implementação de medidas que garantam a diminuição das emissões dos gases do efeito estufa, e consequente contenção do aumento da temperatura do planeta. “Em 2017, você ainda tinha um otimismo por conta da experiência de Paris e hoje é muito mais frustração. Então, esse é um risco que a gente não tinha lá atrás. O quanto que essa frustração pode contaminar não apenas países, mas também observadores.”, diz.

Por outro lado, Bruno destaca que tratados multilaterais como o Acordo de Paris ainda são a principal forma de avançar na construção de políticas de enfrentamento às urgências globais, como a mudança do clima. “É o único tratado internacional que nós temos, nos quais praticamente todos os governos do mundo se comprometem com metas de redução de emissões de gás de efeito estufa”, ressalta.

Miriam diz que é preciso lembrar que o Acordo de Paris é resultado de um longo processo de construção de consenso para uma arquitetura intergovernamental que viabilize ações que façam frente aos desafios impostos pela mudança do clima. “É através desse olhar de fortalecimento do multilateralismo e das diferentes ferramentas que existem sob o guarda-chuva do Acordo de Paris que nós vamos conseguir atingir as metas de mitigação e de adaptação.”

Para a especialista, essas metas são dinâmicas e acompanham a volatilidade da geopolítica, mas não devem servir de questionamento de mecanismos multilaterais como o Acordo de Paris. “Precisamos olhar o acordo como um instrumento que garante a participação de todos os países, porque cada país ali tem um voto dos signatários do Acordo de Paris. E buscar nesse espaço multilateral as reformas necessárias para que ele possa continuar respondendo aos desafios que só vão aumentando.”

Acordo de Paris

O Acordo de Paris é uma das ferramentas da UNFCCC, que foi o primeiro tratado multilateral sobre o tema assinado pelos países na Eco92, no Rio de Janeiro. “O Acordo de Paris é como se fosse um sub acordo, porque ele está dentro de um guarda-chuva maior, que é o da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima”, explica Bruno Toledo.

O especialista recorda que, após a criação desse primeiro tratado, em 1997, houve a criação do Protocolo de Kyoto, que foi a primeira ferramenta desenhada para reduzir as emissões globais.

“No Protocolo de Kyoto, apenas os países desenvolvidos, aqueles industrializados, que tinham compromissos de redução de emissões de gases de efeito estufa, mas infelizmente, por conta de questões políticas, logo em seguida os Estados Unidos, que era parte do protocolo, sai, durante o governo do George W. Bush em 2001, e nisso o tratado acaba perdendo bastante força.”

O protocolo também não alcançava grandes emissores, classificados como países ainda em desenvolvimento. “A China nos anos 90 não estava entre os grandes emissores de gases de efeito estufa, mas toda aquela explosão de crescimento econômico que eles tiveram entre o final dos anos 90 e a segunda metade dos anos 2000 colocaram os chineses como um dos principais emissores do planeta”, recorda.

Metas

Divergências e tensões políticas entre a China e os Estados Unidos, em 2009, no contexto da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP15) em Copenhague (Dinamarca), travaram um novo acordo. E somente em 2015, as negociações resultaram no Acordo de Paris.

O tratado reúne em 29 artigos os objetivos, regras e metodologias para alcançar as metas de manter o aumento da temperatura média global bem abaixo de 2°C em relação aos níveis pré-industriais, aumentar a capacidade de adaptação aos impactos negativos da mudança do clima e tornar os fluxos financeiros compatíveis com uma trajetória rumo a um desenvolvimento de baixa emissão de gases de efeito estufa e resiliente à mudança do clima.

Também prevê avaliações periódicas, como no artigo 14, que estabelece a elaboração de um Balanço Global para “avaliar o progresso coletivo em direção ao objetivo do Acordo e suas metas de longo prazo”. O primeiro documento foi entregue em Dubai, durante a COP28, em 2023.

Entre as avaliações, estão as estimativas para os esforços globais de mitigação das emissões, o avanço da capacidade de adaptação e os meios de implementação, como financiamento, por exemplo.

Diante dos primeiros resultados, os países partes do Acordo de Paris, terão até fevereiro de 2025 para a entrega da terceira geração da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC na sigla em inglês), que define as ambições para a redução de emissões de gases do efeito estufa. O Brasil se antecipou ao prazo, e assumiu o compromisso de diminuir o problema em seu território de 59% até 67%, em 2035.

Para a gerente da WRI Brasil, um bom termômetro para avaliar o engajamento dos países será as ambições apresentadas até a COP30, no Brasil, em novembro.

“Há uma expectativa de que uma boa parte dessas NDCs venham até setembro. E é mais importante ter boas NDCs do que ambições que não estejam tão boas no prazo. Então, é trabalhar para que a gente possa ver retratado nos compromissos que os países colocam para a comunidade internacional uma maior escala das ações de mitigação, um maior reconhecimento sobre a importância de adaptação e o papel do financiamento que cada um desses países colocará”, conclui.

Foto: Pixabay/Pexels/Ilustração

Da Agência Brasil

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400 pessoas ficam desalojadas em Carapicuíba (SP) após chuvas

400 pessoas ficam desalojadas em Carapicuíba (SP) após chuvas

Quatro bairros foram inundados por temporal

Cerca de 400 pessoas ficaram desalojadas no município de Carapicuíba, na Grande São Paulo, e foram encaminhadas para casas de parentes por causa da forte chuva que atingiu a região na tarde dessa sexta-feira (24). Houve transbordamento de um córrego, o que alagou vias e residências.

De acordo com a Defesa Civil do estado, ao menos quatro bairros foram afetados pelas inundações. O órgão informou que segue de plantão monitorando as condições meteorológicas e orientando os municípios sobre as vistorias às áreas de risco.

Defesa Civil

Na manhã de hoje (25), a Defesa Civil encaminhou 50 cestas básicas, 200 itens de limpeza e 50 kits de higiene pessoal, além de 400 itens de dormitório, como colchões, cobertores, travesseiros e roupas de cama.

Equipes da Defesa Civil municipal seguem em campo auxiliando famílias afetadas e limpando ruas e avenidas atingidas.

A previsão para este sábado no estado de São Paulo é de calor intenso e condições para novos temporais no período da tarde, com possibilidade de raios, rajadas de vento e queda de granizo.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil/Ilustração

Da Agência Brasil

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Açude Dinamarca, em Serra Negra do Norte, é o primeiro reservatório do RN a sangrar em 2025

Açude Dinamarca, em Serra Negra do Norte, é o primeiro reservatório do RN a sangrar em 2025

Relatório do Igarn aponta situação dos principais reservatórios do RN

O Instituto de Gestão das Águas do Rio Grande do Norte (Igarn) divulgou, nesta sexta-feira (24.jan.2025), o Relatório dos Volumes dos Principais Reservatórios do RN. O documento apresenta a situação atual dos reservatórios que abastecem os municípios potiguares, destacando o açude Dinamarca, em Serra Negra do Norte, como o primeiro manancial a atingir 100% de sua capacidade em 2025.

https://twitter.com/pordentrodorn/status/1883097911111860466

O açude Dinamarca, que possui capacidade de 2.724.425 m³, começou a verter suas águas às 15h do dia 23 de janeiro. No ano passado, o mesmo reservatório atingiu sua capacidade máxima em 4 de março.

Situação dos principais reservatórios

O relatório apresenta dados detalhados sobre os maiores reservatórios do estado. Confira a situação atual e comparativos com 2024:

  1. Barragem Armando Ribeiro Gonçalves

Capacidade total: 2.373.066.000 m³
Volume atual: 1.576.283.957 m³ (66,42%)
Volume em janeiro de 2024: 1.261.837.873 m³ (53,17%)

  1. Barragem Santa Cruz do Apodi

Capacidade total: 599.712.000 m³
Volume atual: 423.552.600 m³ (70,63%)
Volume em janeiro de 2024: 349.470.875 m³ (58,27%)

  1. Barragem Umari (Upanema)

Capacidade total: 292.813.650 m³
Volume atual: 225.496.694 m³ (77,01%)
Volume em janeiro de 2024: 223.804.217 m³ (76,43%)

  1. Açude Marechal Dutra (Gargalheiras)

Capacidade total: 44.421.480 m³
Volume atual: 32.479.591 m³ (73,12%)
Volume em janeiro de 2024: 710.706 m³ (1,60%)

  1. Açude Dourado (Currais Novos)

Capacidade total: 10.321.600 m³
Volume atual: 5.018.380 m³ (48,62%)
Volume em janeiro de 2024: 185.059 m³ (1,84%)

Reservas hídricas totais

Atualmente, as reservas hídricas superficiais do RN somam 2.787.852.875 m³, correspondendo a 61,28% da capacidade máxima de 4.549.292.624 m³. No mesmo período de 2024, o índice era de 50,23%.

Reservatórios em situação crítica

Apesar das chuvas registradas nas primeiras semanas de 2025, alguns reservatórios permanecem com volumes críticos. Entre eles, destaca-se o açude Itans, em Caicó, com apenas 441.064 m³, o que representa 0,58% de sua capacidade total de 75.876.405 m³.

Outros reservatórios com volumes abaixo de 10% incluem:

  • Sabugi (São João do Sabugi): 7,52%
  • Esguicho (Ouro Branco): 4,30%
  • Carnaúba (São João do Sabugi): 8,40%
  • Jesus Maria José (Tenente Ananias): 3,88%
  • Tourão (Patu): 8,48%
  • Brejo (Olho D’Água do Borges): 5,52%
  • Mundo Novo (Caicó): 0,49%

Impactos e monitoramento

O Igarn reforça que o monitoramento contínuo dos reservatórios é essencial para planejar o uso racional da água, especialmente nas regiões com volumes críticos. As informações do relatório orientam ações de gestão e distribuição para atender às necessidades da população e das atividades econômicas no estado.

O acompanhamento periódico pode ser consultado no site oficial do Igarn, onde os dados são atualizados regularmente.

Foto: Divulgação/IGARN

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Município de Nísia Floresta recebe doação de 250 kits escolares durante evento dos escoteiros

Município de Nísia Floresta recebe doação de 250 kits escolares durante evento dos escoteiros

Promovido pelos Escoteiros do Brasil, através da Região Escoteira do Rio Grande do Norte, o Acampa Nordeste teve início na quinta-feira (23) e segue até domingo (26)

Nesta sexta-feira (24), o Município de Nísia Floresta, através da Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência Social (SEMTAS), foi contemplado com a doação de 250 kits escolares. A iniciativa faz parte de uma ação social promovida pelos Escoteiros do Brasil, realizada durante o primeiro dia do “Acampa Nordeste” – evento que está reunindo mais de mil escoteiros e acontece no Mardunas Hotel & Eventos, na cidade.

A entrega dos materiais foi coordenada pelo Ramo Pioneiro, segmento dos Escoteiros do Brasil voltado para jovens de 18 a 21 anos. Willian Pontes, coordenador do Ramo Pioneiro, destacou o compromisso do grupo em promover impacto social nos municípios onde realizam suas atividades.

“Dentro do nosso programa, temos a necessidade de realizar uma ação social. Sempre buscamos algo que possa impactar positivamente o município após o acampamento. A proposta do Ramo Pioneiro é oferecer um espaço seguro e acolhedor. Neste contexto, pensamos: por que não agregar e trabalhar a educação? A educação é a porta principal para tudo. Escolhemos a assistência social como parceira para garantir que esses kits cheguem a quem realmente precisa, somando também às ações da Secretaria de Educação. Queremos incentivar as crianças e adolescentes no início do ano letivo, garantindo que tenham uma experiência educacional de maior qualidade”, explicou.

Sobre o Acampa Nordeste

Promovido pelos Escoteiros do Brasil, através da Região Escoteira do Rio Grande do Norte, o Acampa Nordeste teve início na quinta-feira (23) e segue até domingo (26). Realizado no Mardunas Hotel & Eventos, o evento tem como tema “Viajando pelo Nordeste” e reúne mais de mil jovens com idades entre 6 e 21 anos, além de mais de 300 adultos voluntários.

O encontro celebra a união e troca de experiências entre jovens de diversos estados da região, promovendo atividades educativas, culturais e sociais. Para o Município de Nísia Floresta, a realização do evento e as doações reforçam a importância de parcerias voltadas à promoção de melhorias na comunidade local.

Foto: Divulgação

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Brasil registra em 2024 aumento de 79% de áreas queimadas

Brasil registra em 2024 aumento de 79% de áreas queimadas

Superfície atingida é maior que o território da Itália, diz MapBiomas

O Brasil registrou aumento de 79% nas áreas queimadas de seu território, entre janeiro e dezembro de 2024, na comparação com o mesmo período do ano anterior. De acordo com dados do Monitor do Fogo do MapBiomas, divulgados nesta quarta-feira (22), 30,8 milhões de hectares foram afetados pelo fogo nesse período.

A extensão da área queimada é superior à do território da Itália e a maior registrada desde 2019. O aumento representa crescimento de 13,6 milhões de hectares do que o fogo alcançou em 2023. A maior parte do território brasileiro consumido pelo fogo, 73%, foi de vegetação nativa, principalmente formações florestais.

Segundo os pesquisadores, o aumento das áreas queimadas está relacionado a um longo período seco enfrentado pelo país em decorrência do fenômeno El Niño – aquecimento anormal das águas superficiais e sub-superficiais do Oceano Pacífico –, que ocorreu entre 2023 e 2024. “’Os impactos dessa devastação expõem a urgência de ações coordenadas e engajamento em todos os níveis para conter uma crise ambiental exacerbada por condições climáticas extremas, mas desencadeada pela ação humana como foi a do ano passado”, explicou a coordenadora do MapBiomas Fogo, Ane Alencar.

O estado mais atingido pelo fogo no ano passado foi o Pará, seguido de Mato Grosso e do Tocantins, com 7,3 milhões, 6,8 milhões e 2,7 milhões de hectares de área queimada, respectivamente. Somente em dezembro, o país teve área equivalente a território um pouco menor que o Líbano consumida pelo fogo. O período concentrou 3,6% de toda a área queimada no país, com 1,1 milhão de hectares.

Biomas

Somente na Amazônia, queimaram-se 17,9 milhões de hectares, o que corresponde a mais da metade, 58%, da área afetada no país. No bioma, cerca de 6,8 milhões de hectares atingidos eram de formação florestal, superando a queima de pastagens, que ficou em torno de 5,8 milhões de hectares. “A mudança no padrão de queimadas é alarmante, pois as áreas de floresta atingidas pelo fogo tornam-se mais suscetíveis a novos incêndios. Vale destacar que o fogo na Amazônia não é um fenômeno natural, nem faz parte de sua dinâmica ecológica, sendo um elemento introduzido por ações humanas”, destaca o pesquisador do MapBiomas Fogo Felipe Martenexen,

Em dezembro, o bioma Amazônia respondeu por 88% do que se queimou no país, sendo 37,5% de área florestal. Foram 964 mil hectares de Amazônia, das quais 361 mil hectares eram de floresta.

No Cerrado, queimaram-se 9,7 milhões de hectares, dos quais 85% de vegetação nativa, principalmente formações savânicas. Comparado a 2023, houve aumento de 91% da área queimada, sendo a maior atingida desde 2019. “Historicamente, o Cerrado é um bioma que evoluiu com a presença do fogo, mas o fogo de forma natural, que ocorreria, por exemplo, ocasionado por raios, durante a transição entre a estação seca e a chuvosa. O que se observa é que tem aumentado muito a área queimada, principalmente na época da seca, impulsionada principalmente, por atividades humanas e pelas mudanças climáticas”, afirma Vera Arruda, pesquisadora do Mapbiomas.

No ano passado, o Pantanal teve 1,9 milhão de hectares atingidos pelo fogo; a Mata Atlântica, 1 milhão hectares; o Pampa, 3,4 mil hectares; e a Caatinga, 330 mil hectares.

De acordo com o pesquisador do Mapbiomas Eduardo Vélez, desde o início da série histórica, em 2019, esta foi a menor área queimada no Pampa. “Esse padrão está associado aos fortes efeitos do fenômeno El Niño, que, no sul do Brasil, se manifesta de modo inverso Houve grandes acumulados de chuva no primeiro semestre de 2024, quando notavelmente ocorreram as enchentes de maio de 2024”, lembrou Vélez.

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil / Marcelo Camargo/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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