Meio ambiente

Brasil registra em 2024 aumento de 79% de áreas queimadas

Brasil registra em 2024 aumento de 79% de áreas queimadas

Superfície atingida é maior que o território da Itália, diz MapBiomas

O Brasil registrou aumento de 79% nas áreas queimadas de seu território, entre janeiro e dezembro de 2024, na comparação com o mesmo período do ano anterior. De acordo com dados do Monitor do Fogo do MapBiomas, divulgados nesta quarta-feira (22), 30,8 milhões de hectares foram afetados pelo fogo nesse período.

A extensão da área queimada é superior à do território da Itália e a maior registrada desde 2019. O aumento representa crescimento de 13,6 milhões de hectares do que o fogo alcançou em 2023. A maior parte do território brasileiro consumido pelo fogo, 73%, foi de vegetação nativa, principalmente formações florestais.

Segundo os pesquisadores, o aumento das áreas queimadas está relacionado a um longo período seco enfrentado pelo país em decorrência do fenômeno El Niño – aquecimento anormal das águas superficiais e sub-superficiais do Oceano Pacífico –, que ocorreu entre 2023 e 2024. “’Os impactos dessa devastação expõem a urgência de ações coordenadas e engajamento em todos os níveis para conter uma crise ambiental exacerbada por condições climáticas extremas, mas desencadeada pela ação humana como foi a do ano passado”, explicou a coordenadora do MapBiomas Fogo, Ane Alencar.

O estado mais atingido pelo fogo no ano passado foi o Pará, seguido de Mato Grosso e do Tocantins, com 7,3 milhões, 6,8 milhões e 2,7 milhões de hectares de área queimada, respectivamente. Somente em dezembro, o país teve área equivalente a território um pouco menor que o Líbano consumida pelo fogo. O período concentrou 3,6% de toda a área queimada no país, com 1,1 milhão de hectares.

Biomas

Somente na Amazônia, queimaram-se 17,9 milhões de hectares, o que corresponde a mais da metade, 58%, da área afetada no país. No bioma, cerca de 6,8 milhões de hectares atingidos eram de formação florestal, superando a queima de pastagens, que ficou em torno de 5,8 milhões de hectares. “A mudança no padrão de queimadas é alarmante, pois as áreas de floresta atingidas pelo fogo tornam-se mais suscetíveis a novos incêndios. Vale destacar que o fogo na Amazônia não é um fenômeno natural, nem faz parte de sua dinâmica ecológica, sendo um elemento introduzido por ações humanas”, destaca o pesquisador do MapBiomas Fogo Felipe Martenexen,

Em dezembro, o bioma Amazônia respondeu por 88% do que se queimou no país, sendo 37,5% de área florestal. Foram 964 mil hectares de Amazônia, das quais 361 mil hectares eram de floresta.

No Cerrado, queimaram-se 9,7 milhões de hectares, dos quais 85% de vegetação nativa, principalmente formações savânicas. Comparado a 2023, houve aumento de 91% da área queimada, sendo a maior atingida desde 2019. “Historicamente, o Cerrado é um bioma que evoluiu com a presença do fogo, mas o fogo de forma natural, que ocorreria, por exemplo, ocasionado por raios, durante a transição entre a estação seca e a chuvosa. O que se observa é que tem aumentado muito a área queimada, principalmente na época da seca, impulsionada principalmente, por atividades humanas e pelas mudanças climáticas”, afirma Vera Arruda, pesquisadora do Mapbiomas.

No ano passado, o Pantanal teve 1,9 milhão de hectares atingidos pelo fogo; a Mata Atlântica, 1 milhão hectares; o Pampa, 3,4 mil hectares; e a Caatinga, 330 mil hectares.

De acordo com o pesquisador do Mapbiomas Eduardo Vélez, desde o início da série histórica, em 2019, esta foi a menor área queimada no Pampa. “Esse padrão está associado aos fortes efeitos do fenômeno El Niño, que, no sul do Brasil, se manifesta de modo inverso Houve grandes acumulados de chuva no primeiro semestre de 2024, quando notavelmente ocorreram as enchentes de maio de 2024”, lembrou Vélez.

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil / Marcelo Camargo/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Inmet emite alerta de chuvas intensas para todo o RN

Inmet emite alerta de chuvas intensas para todo o RN

Chuvas com ventos de até 60 km/h e risco de incidentes mobilizam atenção no estado

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de chuvas intensas para todas as cidades do Rio Grande do Norte. O aviso, válido até as 10h desta quarta-feira (22.jan.2025), é classificado com nível amarelo, que indica perigo potencial.

Previsão e riscos

Segundo o Inmet, o alerta amarelo prevê:

  • Chuvas entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia;
  • Ventos intensos entre 40 e 60 km/h;
  • Baixo risco de cortes de energia elétrica, quedas de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas.

Recomendações de segurança

Diante da previsão de ventos fortes, o Inmet orienta a população a:

  • Evitar abrigo debaixo de árvores, para minimizar riscos de queda e descargas elétricas.
  • Não estacionar veículos próximos a torres de transmissão ou placas de propaganda.
  • Evitar o uso de aparelhos eletrônicos ligados à tomada.

Em casos de emergência, é recomendado acionar:

  • Defesa Civil: 199
  • Corpo de Bombeiros: 193

Histórico recente

Esse é o terceiro alerta emitido pelo órgão nos últimos dias, mas é o primeiro a atingir todas as cidades do estado, incluindo a região litorânea.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Lula escolhe André Corrêa do Lago para presidência da COP30

Lula escolhe André Corrêa do Lago para presidência da COP30

Ana Toni será diretora executiva do evento que ocorrerá em Belém

O embaixador André Aranha Corrêa do Lago será o presidente da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), prevista para ocorrer em novembro, em Belém (PA).

Ele é o secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores e terá a missão de conduzir as negociações para o acordo global sobre o tema.

A secretária nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Ana Toni, será a diretora executiva da COP30.

O anúncio foi feito pelas ministras do Meio Ambiente, Marina Silva, e das Relações Exteriores substituta, Maria Laura da Rocha, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto.

“Essas duas posições são fundamentais e estratégicas na parte de conteúdo, negociação e liderança de todo o processo da COP”, disse Marina. Já as questões de logística e infraestrutura estão a cargo da Casa Civil da Presidência da República.

Corrêa do Lago tem experiência em temas de meio ambiente, desenvolvimento sustentável e mudança do clima e foi o negociador-chefe do Brasil em fóruns internacionais sobre o tema entre 2011 e 2013 e em 2023 e 2024.

Ana Toni tem longa trajetória direcionada ao fomento de projetos e políticas públicas voltadas à justiça social, meio ambiente e mudança do clima.

Os dois integraram ativamente a delegação oficial brasileira da COP29, realizada em novembro de 2024, em Baku, no Azerbaijão.

Em entrevista à imprensa, o embaixador agradeceu a confiança do presidente Lula e disse que o Brasil pode ter um “papel incrível” na COP deste ano, que, segundo ele, será construída com diversos atores – governo, sociedade civil e empresariado.

Corrêa do Lago garantiu que a participação das populações da Amazônia, onde ocorrerá a conferência, é “absolutamente essencial”:

“A COP tem várias dimensões, ela vai ter uma imensa dimensão para o próprio Brasil, como a RIO-92 [Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, no Rio de Janeiro, em 1992] teve um impacto muito grande sobre a maneira como o brasileiro percebeu a mudança do clima, percebeu o meio ambiente, percebeu a biodiversidade. Então tem uma dimensão nacional extremamente importante.”

“Durante esse período preparatório nós vamos ter muito diálogo com a sociedade civil porque é essencial que eles estejam envolvidos no processo. Porque, como na RIO-92 são as populações que tem que acreditar nessa agenda [de combate à mudanças do clima] e que tem que contribuir para que essa agenda dê certo”, acrescentou o embaixador.

Embora a presidência formal da COP permaneça sob a responsabilidade do Azerbaijão até a abertura oficial do evento em novembro, caberá desde já ao Brasil, como presidência designada, liderar os esforços para o êxito das negociações, promovendo o diálogo entre países e demais partes interessadas.

Estados Unidos

Corrêa do Lago foi questionado sobre o esvaziamento da COP30 com a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, tratado internacional adotado em 2015 sobre mitigação, adaptação e financiamento do combate às mudanças climáticas.

Ele esclareceu que o país norte-americano deixou o acordo mas continua signatário da Convenção das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima.

“Há vários canais que permanecem abertos, mas não há a menor dúvida de que é um anúncio político de muito impacto”, disse sobre a decisão do novo presidente do Estados Unidos, Donald Trump.

“Os Estados Unidos é um ator essencial, porque não só é a maior economia, mas é também um dos maiores emissores [de gases de efeito estufa], um dos países que têm trazido respostas à mudança do clima, com tecnologia. Os Estados Unidos têm empresas extraordinárias e também têm vários estados americanos, cidades americanas que estão muito envolvidos nesse debate”, explicou.

“Estamos todos ainda analisando as decisões do presidente Trump, mas não há a menor dúvida de que terá um impacto significativo na preparação da COP e na maneira como nós vamos ter que lidar com o fato de um país tão importante estar se desligando desse processo”, complementou.

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Inmet emite novo alerta de chuvas fortes no RN

Inmet emite novo alerta de chuvas fortes no RN

102 cidades podem registrar chuvas intensas e ventos de até 60 km/h

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou um alerta de chuvas intensas para 102 municípios do Rio Grande do Norte. O aviso é válido até às 10h desta terça-feira (21.jan.2025) e abrange principalmente as regiões Oeste e Central do estado.

Detalhes do alerta

De acordo com o Inmet, a previsão inclui:

  • Volume de chuvas: Entre 20 e 30 mm por hora, podendo atingir até 50 mm por dia.
  • Ventos: Intensidade entre 40 e 60 km/h.

Riscos:

  • Corte de energia elétrica;
  • Queda de galhos de árvores;
  • Alagamentos;
  • Descargas elétricas.

Recomendações do Inmet

Para garantir a segurança durante o período de chuvas intensas, o Inmet orienta:

  • Evitar se abrigar sob árvores: Há risco de queda de galhos e descargas elétricas.
  • Estacionar com cuidado: Não estacione veículos próximos a torres de transmissão ou placas de propaganda.
  • Atenção ao uso de eletrônicos: Evite usar aparelhos ligados à tomada durante tempestades.

Acompanhamento e Emergências

O Instituto recomenda que a população acompanhe as atualizações meteorológicas pelos canais oficiais e entre em contato com a Defesa Civil em casos de emergência.

Cidades atingidas

As cidades sob alerta incluem municípios de grande e pequeno porte nas regiões Oeste e Central.

  • Acari
  • Assu
  • Afonso Bezerra
  • Água Nova
  • Alexandria
  • Almino Afonso
  • Alto do Rodrigues
  • Angicos
  • Antônio Martins
  • Apodi
  • Areia Branca
  • Augusto Severo
  • Baraúna
  • Barcelona
  • Bodó
  • Caiçara do Rio do Vento
  • Caicó
  • Campo Redondo
  • Caraúbas
  • Carnaúba dos Dantas
  • Carnaubais
  • Cerro Corá
  • Coronel Ezequiel
  • Coronel João Pessoa
  • Cruzeta
  • Currais Novos
  • Doutor Severiano
  • Encanto
  • Equador
  • Felipe Guerra
  • Fernando Pedroza
  • Florânia
  • Francisco Dantas
  • Frutuoso Gomes
  • Governador Dix-Sept Rosado
  • Grossos
  • Ipanguaçu
  • Ipueira
  • Itajá
  • Itaú
  • Jaçanã
  • Janduís
  • Japi
  • Jardim de Piranhas
  • Jardim do Seridó
  • João Dias
  • José da Penha
  • Jucurutu
  • Lagoa Nova
  • Lajes
  • Lajes Pintadas
  • Lucrécia
  • Luís Gomes
  • Major Sales
  • Marcelino Vieira
  • Martins
  • Messias Targino
  • Mossoró
  • Olho d’Água do Borges
  • Ouro Branco
  • Paraná
  • Paraú
  • Parelhas
  • Patu
  • Pau dos Ferros
  • Pedro Avelino
  • Pendências
  • Pilões
  • Portalegre
  • Porto do Mangue
  • Rafael Fernandes
  • Rafael Godeiro
  • Riacho da Cruz
  • Riacho de Santana
  • Rodolfo Fernandes
  • Santa Cruz
  • Santana do Matos
  • Santana do Seridó
  • São Bento do Trairí
  • São Fernando
  • São Francisco do Oeste
  • São João do Sabugi
  • São José do Seridó
  • São Miguel
  • São Rafael
  • São Tomé
  • São Vicente
  • Serra do Mel
  • Serra Negra do Norte
  • Serrinha dos Pintos
  • Severiano Melo
  • Sítio Novo
  • Taboleiro Grande
  • Tenente Ananias
  • Tenente Laurentino Cruz
  • Tibau
  • Timbaúba dos Batistas
  • Triunfo Potiguar
  • Umarizal
  • Upanema
  • Venha-Ver
  • Viçosa

Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

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Chuva diminui em Santa Catarina, mas chegada de frente fria preocupa

Chuva diminui em Santa Catarina, mas chegada de frente fria preocupa

Instabilidade volta a ganhar força neste domingo

Os impactos das fortes chuvas no litoral catarinense foram amenizados pela situação climática deste sábado (18), que é de sol em boa parte do território, segundo a Secretaria de Estado de Comunicação.

Apesar disso, há indicação de mais chuva no estado, no fim de semana. “A instabilidade volta a ganhar força, com pancadas de chuva, temporais isolados, raios, rajadas de vento e eventual granizo, especialmente nas regiões do litoral e áreas adjacentes.”

A chegada de uma frente fria é esperada para amanhã (19) e segunda-feira (20), acompanhada de temporais intensos. “O risco de danos estruturais por alagamentos, enxurradas, entre outros, é elevado”, informa nota publicada pelo governo.

Desabrigados

De acordo com a Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil há cerca de 320 desabrigados, 995 desalojados. A pasta permanece com o monitoramento do clima e com assistência à população atingida.

“Até o momento, 13 municípios decretaram situação de emergência, devido aos alagamentos, deslizamentos e danos à infraestrutura. De acordo com a previsão da Defesa Civil, novos temporais devem atingir o Litoral no fim de semana”, diz a nota.

Municípios atingidos

As cidades que decretaram emergência são Camboriú, Tijucas, Biguaçu, Florianópolis, Porto Belo, Ilhota, Balneário Camboriú, São José, Palhoça, Governador Celso Ramos, Itapema, São Pedro de Alcântara e Gaspar. Segundo a secretaria, Biguaçu registrou um dos maiores volumes de precipitação, com 434,8 mm de chuva em 48 horas, seguido por Florianópolis (375,6 mm) e São José (357,1 mm)”, completou.

Moradores e comerciantes dos municípios atendidos estão recebendo ajuda humanitária por equipes da Defesa Civil. “Até o momento, Biguaçu, Camboriú, Itapema, Porto Belo, Tijucas e Balneário Camboriú já receberam apoio emergencial. Entre os itens distribuídos estão água potável, cestas básicas, kits de limpeza e higiene pessoal e colchões. Além disso, abrigos foram disponibilizados para a população desalojada.

Bombeiros

Ainda que a situação deste sábado tenha amenizado os impactos, o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) reforçou o alerta da Defesa Civil sobre os riscos de deslizamentos na Grande Florianópolis e no litoral norte. O motivo é a saturação do solo, combinada com a previsão de novas chuvas nos próximos dias, o que eleva significativamente o risco de deslizamentos. Como o solo permanece encharcado e sem tempo suficiente para absorver e escoar a água, a corporação orienta a população de áreas de risco a permanecer em alerta.

A recomendação aos que vivem em encostas ou áreas já afetadas pelas chuvas é ficar atenta aos sinais de perigo, como trincas no solo ou movimentação de terra. Se houver qualquer indício de risco, é fundamental buscar imediatamente um local seguro.

Saúde

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) chamou atenção para os perigos de contato com a água contaminada em áreas que sofreram alagamentos, para evitar doenças.

Conforme o superintendente de vigilância em saúde da SES, Fábio Gaudenzi, períodos de chuvas intensas com alagamentos são associados ao aumento nos casos de leptospirose e doenças diarreicas, sendo necessário tomar medidas preventivas.

Os sintomas iniciais da leptospirose, doença grave causada pela bactéria presente na urina de animais contaminados – como ratos, por exemplo – são febre alta, dor de cabeça, mal-estar e dores intensas no corpo, especialmente nas panturrilhas. “Em casos mais graves, podem ocorrer icterícia, dificuldade respiratória e sangramentos, que podem levar a óbito”, Os sintomas podem aparecer até 40 dias após o contato com a água, lama ou esgoto.

“Neste período, as pessoas devem se automonitorar, desencadeando qualquer sintoma como febre, dor no corpo, cansaço, procure um serviço de saúde e avise que teve contato com essa água porque você pode desenvolver a leptospirose”, completou Fábio.

A pasta recomendou ainda que em caso de mordedura, a pessoa deve entrar em contato com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (Ciatox), pelo telefone 0800 643 5252. O serviço funciona 24h.

Foto: Eduardo Valente/GOVSC / Leo Munhoz/ SecomGOVSC / Luan Westphal/CBMSC

Da Agência Brasil

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Chuvas intensas colocam maior parte do país em alerta

Chuvas intensas colocam maior parte do país em alerta

Previsão é do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet)

Grande parte do país está em alerta de potencial perigo para chuvas intensas neste domingo (19), segundo previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Uma faixa que se estende do norte do Amapá ao sudoeste do Rio Grande do Sul, passando por 21 estados e pelo Distrito Federal, tem previsão de altos volumes de chuvas e ventos intensos.

A formação de sistema de baixa pressão na Região Sul do país tem intensificado as chuvas nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde o alerta é de perigo. No noroeste, sudoeste e em parte do centro do Rio Grande do Sul, há risco de vendaval, com ventos variando entre 60 e 100 quilômetros por hora (km/h) até as 18 horas deste domingo.

A formação de uma ampla área de baixa pressão deve originar um ciclone que se intensificará, cruzará o estado e se deslocará para o oceano entre a noite de domingo e a segunda-feira (20).

Estão previstas pancadas de chuva forte com trovoadas e volumes superiores a 50 milímetros em 24 horas. Também podem ocorrer queda de granizo e rajadas de vento acima de 80 km/h entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Essa instabilidade se deslocará para o norte de Santa Catarina e o Paraná, na tarde da segunda-feira, atingindo também parte do litoral gaúcho, até perder força durante a noite. Em Porto Alegre a temperatura máxima será de 33 graus Celsius (ºC), e a mínima, de 23ºC.

Em Brasília, a previsão também é de céu com muitas nuvens e pancadas de chuva isoladas. A máxima será de 28ºC, e a mínima, de 18º. Em Salvador, a previsão é de muitas nuvens com chuva isolada e temperatura que varia de 23ºC a 29º.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil / Paulo Pinto/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Inmet emite alerta de chuvas intensas para 96 cidades do RN

Inmet emite alerta de chuvas intensas para 96 cidades do RN

Órgão prevê ventos fortes e chuva de até 50 mm/dia até segunda-feira (20)

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um aviso de chuvas intensas válido até as 10h da próxima segunda-feira (20.jan.2025). O alerta atinge 96 municípios do Rio Grande do Norte e é classificado com a cor amarela, indicando perigo potencial.

Regiões afetadas no estado

As chuvas abrangem as seguintes regiões do Rio Grande do Norte:

  • Oeste;
  • Alto Oeste;
  • Central;
  • Costa Branca;
  • Vale do Açu;
  • Seridó.

Previsão e riscos

O alerta prevê precipitações entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, acompanhadas por ventos de 40 a 60 km/h. Segundo o Inmet, o risco de eventos graves, como corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas, é considerado baixo.

Recomendações do Inmet

Para minimizar riscos durante o período de chuvas, o Inmet orienta:

  • Evitar abrigo sob árvores, pois há risco de queda e descargas elétricas.
  • Não estacionar veículos próximos a torres de transmissão ou placas de propaganda.
  • Evitar o uso de aparelhos eletrônicos conectados à tomada durante tempestades.

Telefones de emergência

Em situações de emergência, a população deve acionar os seguintes serviços:

  • Defesa Civil: 199
  • Corpo de Bombeiros: 193

O alerta reforça a necessidade de atenção dos moradores das áreas afetadas para garantir segurança durante o período chuvoso.

Saiba as cidades em alerta:

  • Veja cidades atingidas por chuvas
  • Acari
  • Assú
  • Afonso Bezerra
  • Água Nova
  • Alexandria
  • Almino Afonso
  • Alto do Rodrigues
  • Angicos
  • Antônio Martins
  • Apodi
  • Areia Branca
  • Augusto Severo
  • Baraúna
  • Bodó
  • Caicó
  • Caraúbas
  • Carnaúba dos Dantas
  • Carnaubais
  • Cerro Corá
  • Coronel João Pessoa
  • Cruzeta
  • Currais Novos
  • Doutor Severiano
  • Encanto
  • Equador
  • Felipe Guerra
  • Fernando Pedroza
  • Florânia
  • Francisco Dantas
  • Frutuoso Gomes
  • Galinhos
  • Governador Dix-Sept Rosado
  • Grossos
  • Guamaré
  • Ipanguaçu
  • Ipueira
  • Itajá
  • Itaú
  • Jandaíra
  • Janduís
  • Jardim de Piranhas
  • Jardim do Seridó
  • João Dias
  • José da Penha
  • Jucurutu
  • Lagoa Nova
  • Lajes
  • Lucrécia
  • Luís Gomes
  • Macau
  • Major Sales
  • Marcelino Vieira
  • Martins
  • Messias Targino
  • Mossoró
  • Olho d’Água do Borges
  • Ouro Branco
  • Paraná
  • Paraú
  • Parelhas
  • Patu
  • Pau dos Ferros
  • Pedro Avelino
  • Pendências
  • Pilões
  • Portalegre
  • Porto do Mangue
  • Rafael Fernandes
  • Rafael Godeiro
  • Riacho da Cruz
  • Riacho de Santana
  • Rodolfo Fernandes
  • Santana do Matos
  • Santana do Seridó
  • São Fernando
  • São Francisco do Oeste
  • São João do Sabugi
  • São José do Seridó
  • São Miguel
  • São Rafael
  • São Tomé
  • São Vicente
  • Serra do Mel
  • Serra Negra do Norte
  • Serrinha dos Pintos
  • Severiano Melo
  • Taboleiro Grande
  • Tenente Ananias
  • Tenente Laurentino Cruz
  • Tibau
  • Timbaúba dos Batistas
  • Triunfo Potiguar
  • Umarizal
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  • Viçosa

Foto: Nilson Carvalho/Agência Brasília / Joel Rodrigues/Agência Brasília

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Boletim do Idema aponta que praias do RN estão próprias para banho

Boletim do Idema aponta que praias do RN estão próprias para banho

Dois trechos de rio em Parnamirim são classificados como impróprios

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema-RN) divulgou, nesta sexta-feira (17.jan.2025), o boletim de balneabilidade das praias do estado. Segundo a análise, todas as praias avaliadas estão próprias para banho neste fim de semana. No entanto, dois trechos de rios em Parnamirim foram considerados impróprios para atividades recreativas.

Detalhes do boletim de balneabilidade

  • Praias analisadas: 51
  • Resultado: Todas próprias para banho
  • Trechos impróprios:
  • Rio Pirangi-Pium (Balneário Pium)
  • Rio Pirangi (Ponte Nova), ambos em Parnamirim

Aumento no número de praias avaliadas

Durante o verão, o programa de balneabilidade ampliou o número de praias analisadas, passando de 33 para 51. A cobertura abrange toda a faixa litorânea do Rio Grande do Norte, desde Baía Formosa, no extremo sul, até Tibau, no extremo norte.

Critérios de avaliação

A análise das águas é baseada na quantidade de coliformes termotolerantes, seguindo as normas estabelecidas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Essa metodologia garante uma avaliação precisa da qualidade das águas.

Prazo de validade do boletim

O boletim divulgado pelo Idema-RN é válido até a próxima quinta-feira (23), quando novas amostras serão coletadas e analisadas para a emissão de uma nova atualização.

Parcerias no Programa Água Azul

O projeto de balneabilidade integra o Programa Água Azul, desenvolvido em parceria com:

  • Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN)
  • Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (Funcern)
  • Essas instituições colaboram com o Idema para garantir o monitoramento contínuo da qualidade das águas no estado.

Foto: Sandro Menezes/Governo do RN/Ilustração

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Chuvas deixam 781 desabrigados em Santa Catarina

Chuvas deixam 781 desabrigados em Santa Catarina

Bombeiros confirmam uma morte em Governador Celso Ramos

As fortes chuvas que desde esta quinta-feira (16) atingem várias regiões de Santa Cataria já deixaram ao menos 781 pessoas desabrigadas em todo o estado. Segundo a secretaria estadual da Proteção e Defesa Civil, ao menos nove cidades catarinenses decretaram situação de emergência nas últimas horas: Balneário Camboriú, Biguaçu, Camboriú, Florianópolis, Governador Celso Ramos, Ilhota, Palhoça, Porto Belo, São José e Tijucas.

Entre a 0h de ontem e às 10h30 de desta sexta-feira (17), só o Corpo de Bombeiros atendeu a 366 ocorrências em 27 municípios, auxiliando a 2.007 pessoas – a maioria delas estava isolada em locais alagados. “A corporação ainda continua no salvamento e resgate de pessoas e animais nas regiões da Grande Florianópolis e do litoral norte catarinense, onde também já iniciou o apoio na limpeza das cidades com os caminhões-tanques”, afirmou o subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros, Jefferson de Souza, explicando que a corporação disponibilizou ao menos dez caminhões-tanque.

Em Governador Celso Ramos, na Grande Florianópolis, um experiente pescador, de 72 anos, morreu afogado após ser levado pela correnteza enquanto verificava sua embarcação. Seu corpo foi encontrado esta manhã. Para resgatar cerca de 700 trabalhadores ilhados, os bombeiros tiveram que usar a mangueira de uma viatura estendida como uma espécie de “linha de vida” entre o pátio de uma empresa e um local seguro. A cidade também foi palco de uma cena que viralizou nas redes sociais: parte de um quartel do Corpo de Bombeiros veio abaixo ao ser atingido pelas águas da chuva.

A exemplo de outras cidades, o decreto de emergência possibilitará à prefeitura de Governador Celso Ramos receber, mais rapidamente, recursos financeiros e materiais dos governos estadual e federal. O decreto também prevê a mobilização do Sistema Nacional de Defesa Civil no âmbito local e a implementação de um Plano Emergencial de Resposta aos Desastres que, entre outras coisas, prevê a convocação de voluntários para auxiliar nas operações de resposta, a realização de campanhas de arrecadação de recursos junto à comunidade e outras medidas para garantir assistência à população afetada.

Até esta manhã, o maior volume de chuvas tinha sido registrado em Biguaçú, também na Grande Florianópolis. Os 391 milimetros de precipitação pluviométrica registrados em apenas 24 horas são mais que o volume aguardado para todo o mês de janeiro. Além de causar deslizamentos, quedas de muros, alagamentos em vários pontos da cidade e outros prejuízos, a força da água abriu uma cratera no quilômetro 181 da BR-101.

Em Florianópolis, ao menos duas pessoas ficaram feridas sem maior gravidade ao serem atingidas pela queda de um muro no Bairro Costeira. Bombeiros resgataram uma mulher e seu filho, presos no interior de um veículo ilhado pela água que subiu rapidamente, tomando a via.

Balneário Camboriú está em alerta máximo para deslizamentos. Equipes da Defesa Civil monitoram as áreas afetadas, principalmente os 42 pontos de risco já mapeados. Agentes de trânsito, guardas municipais e a Defesa Civil atenderam a mais de 170 ocorrências, incluindo quedas de árvores e de fiação elétrica, resgate de pessoas, inundações, alagamentos e acidentes de trânsito. Desde esta madrugada, servidores da Secretaria de Obras e moradores tentam retirar o grande volume de lama que se acumulou nas ruas de diferentes bairros.

Vídeos compartilhados na internet mostram a beira-mar de Balneário Camboriú alagada, com carros parcialmente submersos e edifícios de luxo ilhados. Unidades de saúde e estabelecimentos de ensino foram afetados e há tanto o que fazer que municípios próximos enviaram máquinas, equipamentos, mão de obra e donativos para ajudar a população.

Sol

Segundo o Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia (Ciram), as condições climáticas para continuidade das chuvas persistem até pelo menos esta tarde, alternando pancadas de chuvas fortes com períodos de melhoria. A previsão, contudo, é que as chuvas comecem a diminuir a partir desta noite e que o fim de semana seja de sol e calor em quase todo o estado, com pancadas de chuva típicas de verão.

Para ajudar a reduzir a circulação de pessoas e o trânsito de veículos, o governo estadual publicou, ontem, um decreto autorizando servidores públicos das cidades afetadas a trabalharem remotamente nesta sexta-feira. A medida, segundo o governador Jorginho Mello também visa garantir a segurança das pessoas.

Foto: Roberto Zacarias/SecomGOVSC / Luan Westphal/CBMSC

Da Agência Brasil

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RN foi alvo de quase 100 mil raios em 2024

RN foi alvo de quase 100 mil raios em 2024

Regiões Oeste e Seridó lideram o ranking de descargas elétricas, afetando energia para 295 mil clientes

Entre janeiro e dezembro de 2024, o Rio Grande do Norte foi atingido por 98.338 raios, de acordo com dados da Neoenergia Cosern em parceria com a Plataforma Climatempo. O fenômeno natural foi mais intenso nas regiões Oeste e Seridó, com destaque para os municípios de Mossoró, Apodi e Upanema, que lideraram o ranking.

Os efeitos das descargas elétricas foram sentidos por 295 mil clientes, que enfrentaram interrupções no fornecimento de energia. Segundo o gerente de Desempenho da Operação da Neoenergia Cosern, Igor Mateus de Araújo, a empresa tem adotado medidas preventivas para minimizar os danos, como a instalação de 126 para-raios na rede elétrica ao longo do ano.

“O estado tem um histórico de grande incidência de raios e precisamos estar preparados para lidar com os efeitos desses fenômenos naturais na rede elétrica”, afirma Araújo.

Ranking dos municípios com maior incidência de raios

  • Mossoró: 6.212 raios
  • Apodi: 5.251 raios
  • Upanema: 4.056 raios

Além de afetar o fornecimento de energia, os raios danificaram mais de 250 equipamentos do sistema elétrico, incluindo postes, transformadores e cabos.

Impactos e prevenção

As descargas elétricas resultaram em 3.385 interrupções no fornecimento de energia ao longo do ano. A Neoenergia Cosern reforça a importância de seguir medidas de segurança durante tempestades com raios para evitar acidentes graves.

Dicas de segurança em dias de tempestade

  • Busque abrigo ao perceber nuvens carregadas ou ouvir trovões.
  • Evite áreas descampadas, árvores ou cercas de arame.
  • Não use equipamentos elétricos ligados à rede.
  • Não tome banho utilizando chuveiro elétrico.
  • Desconecte celulares do carregador antes de usar.
  • Não entre em rios, piscinas ou praias durante a tempestade.

Canais de atendimento da Neoenergia Cosern

A Neoenergia Cosern disponibiliza canais para atendimento em situações de emergência:

  • Telefone: 116
  • WhatsApp: (84) 3215-6001
  • Aplicativo: Disponível na App Store e Google Play

Foto: Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) / Nilson Carvalho/Agência Brasília

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Sociedade civil celebra vetos na lei das eólicas offshore, mas ainda teme impactos e lobby dos fósseis

Sociedade civil celebra vetos na lei das eólicas offshore, mas ainda teme impactos e lobby dos fósseis

A Lei Nº 15.097, aprovada este mês, é marco regulatório para implantação de turbinas eólicas em alto-mar

Os vetos presidenciais aos chamados jabutis (trechos incluídos em um projeto de lei mesmo sem ter relação com o tema) estão sendo comemorados pelo Plano Nordeste Potência e outras entidades que, nos últimos meses, acompanharam no Congresso Nacional a tramitação da Lei Nº 15.097/2025. Marco regulatório para implantação de usinas de energia renovável em alto-mar, a lei foi aprovada em 10 de janeiro. Mesmo celebrando a vitória contra o lobby dos combustíveis fósseis, a sociedade civil se mostra apreensiva com os impactos socioambientais das eólicas offshore.

Bióloga e mestranda em Ciências Marinhas Tropicais da Universidade Federal do Ceará, Alanna Carneiro destaca os riscos à biodiversidade marinha e à pesca artesanal. “Estamos diante da privatização de territórios pesqueiros. Os pescadores não poderão mais acessar suas áreas de pesca por causa da distância obrigatória dos aerogeradores”, alerta a integrante do Eco Maretório, instituição que atua no litoral do Ceará, Estado com 26 empreendimentos de eólica offshore aguardando o licenciamento, de acordo com o Ibama.

Alanna defende a necessidade de demarcação de territórios pesqueiros, além da proteção e do investimento em políticas públicas que salvaguardem a categoria, como formas de evitar os impactos sociais das usinas offshore. “Antes de garantir estatística pesqueira e demarcação dessas áreas no mar, o governo priorizou lotear os espaços marinhos para o capital estrangeiro”, observa.

“Tem ainda o impacto acústico submerso, que pode afetar mamíferos marinhos e peixes, entre outros seres vivos, como tartarugas marinhas. Elas dependem do campo eletromagnético para seu deslocamento para áreas de reprodução e alimentação”, afirma Alanna. Segundo a bióloga, aves migratórias podem sofrer com a colisão nas hélices.

João Paulo Diogo, do Coletivo Assessoria Cirandas, no Rio Grande do Norte, Estado com 14 empreendimentos de eólica offshore aguardando o licenciamento do Ibama, considera significativos os riscos das turbinas eólicas e painéis fotovoltaicos offshore às pessoas e ao meio ambiente. O assistente social e especialista em Direitos dos Povos e Comunidades Tradicionais chama a atenção para a delimitação dos prismas, termo dado na nova lei aos locais onde será permitida a instalação dos aerogeradores.

“Os prismas restringem o acesso a áreas tradicionais de pesca, impactando diretamente a subsistência de comunidades pesqueiras”, alerta o ambientalista. Para ele, a instalação de turbinas, painéis e cabos subaquáticos alterará habitats e rotas de espécies marinhas, reduzindo a disponibilidade de recursos pesqueiros.

Além disso, afirma João Paulo, as usinas representam riscos à transferência de saberes e conhecimentos tradicionais, promovendo mudanças no ecossistema e causando, consequentemente, mudanças culturais. “Na etapa de construção, esses impactos podem ser ainda mais acentuados”, adverte.

Por outro lado, o marco legal traz dispositivos de interesse de comunidades tradicionais, como a exigência de consulta livre, prévia e informada para grupos afetados (Art. 4º, inciso X) e a garantia da integração de políticas públicas para evitar conflitos de uso de áreas marítimas (Art. 6º). No entanto, diz João Paulo, apesar de prevista na lei, a consulta prévia pode ser realizada de forma superficial ou não vinculante, deixando comunidades vulneráveis a decisões que ignoram seus direitos e saberes.

A consulta livre, prévia e informada é estabelecida por convenção da Organização Mundial do Trabalho (OIT) ratificada pelo Brasil em 2002. Com o mesmo status de lei, a Convenção Nº 169 da OIT foi promulgada em 1989 pelo organismo das Nações Unidas voltado aos trabalhadores e assegura aos povos e comunidades tradicionais o direito de serem consultados previamente sobre empreendimentos que possam alterar seu modo de vida ou território. Também determina que essa consulta seja continuada.

Vetos

Ao todo, a nova lei teve 17 vetos, mas dois deles – dos artigos 22 e 23 – estão entre os mais relevantes, pois tratavam de incentivos a combustíveis fósseis. Na justificativa dos vetos, a Presidência da República explicou o motivo da remoção dos jabutis incluídos pelos congressistas: “(…) Por fim, a possível ampliação da contratação de fontes fósseis não é compatível com os compromissos internacionais assumidos pelo País ou com as políticas públicas voltadas à transição energética, à mitigação das mudanças climáticas e à descarbonização da matriz energética brasileira”

“A posição do Presidente Lula em aprovar o PL 576/2021, vetando os jabutis, é um claro aceno institucional do Governo Brasileiro de que estará empregando esforços para cumprir os compromissos firmados na COP 28”, opina João Paulo, do Coletivo Cirandas.

Cecília Oliveira, co-coordenadora do Plano Nordeste Potência, iniciativa voltada à transição energética sustentável e justa, avalia os vetos como uma demonstração de que o Governo Federal está alinhado a sua agenda de sustentabilidade e principalmente nos reflexos da realização, no Brasil, da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas.

A COP 30, que debaterá e estabelecerá metas de redução de emissão de gases do efeito estufa, ocorrerá em Belém (PA), em novembro. “Além disso, os vetos também demonstram um alinhamento com a agenda de transformação ecológica do Ministério da Fazenda, o que é muito importante para que a transição energética ocorra de forma que os empreendimentos do setor de renováveis cada vez mais contemplem a redução dos danos ambientais e sociais”, diz Cecília.

No Brasil, 103 projetos de usinas offshore estão em processo de licenciamento no Ibama, 30 no Rio Grande do Sul, 26 no Ceará, 16 no Rio de Janeiro, 14 no Rio Grande do Norte, 7 no Piauí, 6 no Espírito Santo, 3 no Maranhão e 1 em Santa Catarina.

Foto: Divulgação

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MPF solicita vistoria urgente na obra da engorda da praia de Ponta Negra

MPF solicita vistoria urgente na obra da engorda da praia de Ponta Negra

Ministério Público requer vistoria do Idema e questiona responsabilidade do Ibama na fiscalização ambiental

O Ministério Público Federal (MPF) requisitou ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) uma vistoria in loco para avaliar alagamentos e outras questões relacionadas à obra de drenagem e aterro hidráulico (engorda) da Praia de Ponta Negra, em Natal.

A solicitação, feita por meio de ofício expedido nesta quarta-feira (15.jan.2025), dá ao Idema o prazo de dez dias para apresentar uma resposta. O pedido ocorre após relatos de alagamento em trechos da obra devido a fortes chuvas na região.

Laudo técnico indica problemas na obra

Em outubro de 2024, a Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise (Sppea) do MPF elaborou um laudo técnico apontando problemas na obra. Segundo o documento, a drenagem de águas pluviais, essencial para o aterro hidráulico, apresenta falhas que precisam ser corrigidas.

Entre as questões levantadas está a ausência de adequações na drenagem do trecho entre o Morro do Careca e o dissipador de energia mais próximo, área de notável relevância devido à erosão costeira e ao status de cartão-postal da região.

O laudo também revelou divergências nas dimensões dos dissipadores existentes, que precisam ser ajustadas para garantir a eficácia do projeto.

Falta de fiscalização

De acordo com o MPF, a fiscalização da obra deveria ser responsabilidade do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), uma vez que a área pertence à União. Entretanto, por meio de um acordo de cooperação técnica firmado em 2023, o Ibama transferiu ao Idema a competência de fiscalizar e licenciar a dragagem.

A insuficiência de recursos técnicos do Idema e decisões judiciais de órgãos considerados não competentes comprometeram o acompanhamento das obras. Atualmente, a engorda é realizada com areia proveniente de uma jazida que não recebeu o devido licenciamento ambiental.

Ação civil pública

Em outubro de 2024, o MPF ajuizou uma ação civil pública solicitando que a fiscalização volte a ser conduzida pelo Ibama. No entanto, até o momento, o pedido de liminar não foi analisado pela Justiça Federal.

Enquanto isso, o Idema declarou que o trecho de retirada de sedimentos utilizado atualmente não integra a área prevista no acordo de cooperação. Com essa indefinição, as obras seguem, ampliando os possíveis danos à fauna e à flora marinha.

Prazos e próximos passos

O MPF destacou que a vistoria solicitada ao Idema é fundamental para um acompanhamento imediato da obra. O órgão aguarda a resposta dentro do prazo estipulado e segue monitorando a situação até que a Justiça defina a quem cabe a responsabilidade de fiscalização.

Foto: Emanuel Amaral/Abraão Júnior/Prefeitura de Natal / Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Inmet emite alertas de chuvas fortes para 60 cidades do RN

Inmet emite alertas de chuvas fortes para 60 cidades do RN

Previsão de chuvas intensas inclui risco de ventos fortes e alagamentos no Oeste Potiguar

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu dois alertas de chuvas intensas para mais de 60 cidades do Rio Grande do Norte nesta quarta-feira (15.jan.2025). A região Oeste tem sido a mais atingida pelas precipitações nos últimos dias.

Entre as 7h de terça-feira (14.jan) e as 7h desta quarta (15), a Empresa de Pesquisas Agropecuárias do RN (Emparn) registrou chuvas de até 108 mm em Coronel João Pessoa e 81,6 mm em Luís Gomes. Nesta última cidade, um raio causou danos a uma residência na noite de terça-feira.

Detalhes do alerta laranja

O Inmet emitiu um alerta laranja de perigo, válido para 14 cidades do Alto Oeste. A previsão indica volumes de chuva entre 30 e 60 mm/hora ou até 100 mm/dia, além de ventos que podem atingir de 60 a 100 km/h.

Riscos associados incluem:

  • Corte de energia elétrica;
  • Queda de galhos de árvores;
  • Alagamentos;
  • Descargas elétricas.

Recomendações à população:

  • Evitar abrigar-se sob árvores;
  • Não estacionar veículos próximos a torres e placas de propaganda;
  • Desligar aparelhos elétricos e o quadro geral de energia em caso de rajadas de vento.

Cidades sob alerta laranja

  1. Água Nova
  2. Coronel João Pessoa
  3. Doutor Severiano
  4. Encanto
  5. José da Penha
  6. Luís Gomes
  7. Major Sales
  8. Paraná
  9. Pau dos Ferros
  10. Rafael Fernandes
  11. Riacho de Santana
  12. São Francisco do Oeste
  13. São Miguel
  14. Venha-Ver

Alerta amarelo para outras cidades

Um alerta amarelo de perigo potencial abrange ainda mais municípios e é válido até as 10h de quinta-feira (16). Este alerta prevê precipitações mais moderadas, entre 20 e 30 mm/hora ou até 50 mm/dia, com ventos de até 60 km/h.

Embora o risco seja menor, ainda há possibilidade de corte de energia elétrica, quedas de galhos e alagamentos.

Cidades sob alerta amarelo

  1. Assu
  2. Água Nova
  3. Alexandria
  4. Almino Afonso
  5. Antônio Martins
  6. Apodi
  7. Areia Branca
  8. Augusto Severo
  9. Baraúna
  10. Caicó
  11. Caraúbas
  12. Carnaubais
  13. Coronel João Pessoa
  14. Doutor Severiano
  15. Encanto
  16. Felipe Guerra
  17. Francisco Dantas
  18. Frutuoso Gomes
  19. Governador Dix-Sept Rosado
  20. Grossos
  21. Itaú
  22. Janduís
  23. Jardim de Piranhas
  24. João Dias
  25. José da Penha
  26. Jucurutu
  27. Lucrécia
  28. Luís Gomes
  29. Major Sales
  30. Marcelino Vieira
  31. Martins
  32. Messias Targino
  33. Mossoró
  34. Olho d’Água do Borges
  35. Paraná
  36. Paraú
  37. Patu
  38. Pau dos Ferros
  39. Pilões
  40. Portalegre
  41. Porto do Mangue
  42. Rafael Fernandes
  43. Rafael Godeiro
  44. Riacho da Cruz
  45. Riacho de Santana
  46. Rodolfo Fernandes
  47. São Fernando
  48. São Francisco do Oeste
  49. São João do Sabugi
  50. São Miguel
  51. Serra do Mel
  52. Serra Negra do Norte
  53. Serrinha dos Pintos
  54. Severiano Melo
  55. Taboleiro Grande
  56. Tenente Ananias
  57. Tibau
  58. Timbaúba dos Batistas
  59. Triunfo Potiguar
  60. Umarizal
  61. Upanema
  62. Venha-Ver
  63. Viçosa

Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília / Nilson Carvalho/Agência Brasília

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Inmet emite novo alerta de chuvas intensas no RN válido até a manhã de terça (14)

Inmet emite novo alerta de chuvas intensas no RN válido até a manhã de terça (14)

Estado pode registrar até 100 mm de chuva em algumas regiões; saiba como se proteger

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu dois alertas de chuvas intensas nesta segunda-feira (13.jan.2025) para todas as regiões do Rio Grande do Norte. A previsão inclui precipitações de até 50 milímetros (mm) por dia, com possibilidade de alcançar até 100 mm na região do Alto Oeste.

O aviso amarelo, que sinaliza perigo potencial, está em vigor das 10h de segunda (13.jan) até às 10h de terça (14.jan). As chuvas podem variar entre 20 e 30 mm por hora ou até 50 mm por dia, acompanhadas de ventos intensos de 40 a 60 km/h.

Orientações em caso de rajadas de vento

O Inmet orienta que, em situações de rajadas de vento, a população:

  • Evite abrigar-se debaixo de árvores, devido ao risco de queda e descargas elétricas.
  • Evite estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda.
  • Não utilize aparelhos eletrônicos conectados à tomada.

Alerta laranja para o Alto Oeste

Além do aviso amarelo, foi emitido um alerta laranja para 16 municípios do Alto Oeste potiguar, válido das 12h de segunda (13) até às 10h de terça (14). Esse alerta indica perigo iminente, com chuvas variando entre 30 e 60 mm por hora ou 50 a 100 mm por dia.

A previsão inclui ventos de 60 a 100 km/h, que podem causar cortes de energia elétrica, quedas de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas.

Municípios sob alerta laranja

  • Água Nova
  • Coronel João Pessoa
  • Doutor Severiano
  • Encanto
  • José da Penha
  • Luís Gomes
  • Major Sales
  • Marcelino Vieira
  • Paraná
  • Pau dos Ferros
  • Rafael Fernandes
  • Riacho de Santana
  • São Francisco do Oeste
  • São Miguel
  • Tenente Ananias
  • Venha-Ver

Cuidados adicionais para o alerta laranja:

  • Desligar aparelhos elétricos e, se possível, o quadro geral de energia.
  • Não caminhar em áreas descampadas.
  • Evitar contato com estruturas metálicas, como cercas de arame.
  • Palavra-chave foco: “alerta de chuvas no RN”

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Alagamentos impactam obras da engorda na Praia de Ponta Negra

Alagamentos impactam obras da engorda na Praia de Ponta Negra

Prefeitura detalha causas e ações para solucionar o problema

As chuvas intensas da madrugada de segunda-feira (13.jan.2025) resultaram em alagamentos no trecho da Praia de Ponta Negra, na zona Sul de Natal, onde estão em andamento as obras de engorda da praia. O sistema de drenagem da área, especialmente no calçadão, não suportou o grande volume de água, gerando poças de lama, sujeira e mau cheiro, que afetaram comerciantes e turistas.

Problemas hidráulicos em banheiros públicos também contribuíram para os transtornos, com relatos de vazamentos no local. Vídeos feitos por moradores mostraram alagamentos próximos ao quiosque 18, evidenciando o impacto na região.

Causas do alagamento segundo a Prefeitura

Durante uma entrevista realizada na Prefeitura de Natal, o titular da Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), Thiago Mesquita, explicou que o alagamento foi provocado pela interligação inadequada entre dois pontos do sistema de drenagem: os pontos 8 e 9.

O ponto 9, que recebe a maior carga hidráulica da Avenida Roberto Freire, estava conectado ao ponto 8, que possui menor capacidade de vazão. Essa conexão resultou no extravasamento da água das chuvas.

Thiago Mesquita enfatizou que a água acumulada no local é predominantemente de origem pluvial, sem indícios de contaminação significativa por esgoto. “Houve um extravasamento no sistema de esgotamento de Ponta Negra, diluído pela água da chuva, mas a maior parte é água das chuvas”, esclareceu.

Ações para resolver o problema

A Prefeitura de Natal autorizou a empresa responsável pelas obras a trabalhar em regime de 24 horas a partir de terça-feira (14.jan) para corrigir a drenagem no local. Segundo Mesquita, a solução completa pode levar alguns dias ou semanas, mas evitará novos alagamentos na região.

Além disso, uma drenagem mecanizada está sendo realizada para remover a água acumulada, e grande parte já foi absorvida pelo sistema existente. “Foi uma intercorrência pontual e de fácil resolução”, afirmou o secretário.

A titular da Secretaria de Infraestrutura, Shirley Cavalcanti, reforçou que as obras de drenagem e de engorda estão sendo executadas de forma simultânea e devem ser concluídas até 31 de janeiro.

Impactos e cronograma das obras

Apesar do incidente, a Prefeitura garantiu que o cronograma da engorda da Praia de Ponta Negra permanece inalterado, com conclusão prevista para o final de janeiro. As obras têm como objetivo ampliar a faixa de areia e melhorar a infraestrutura do local, que é um dos principais pontos turísticos de Natal.

Comerciantes e turistas esperam que as intervenções garantam melhorias definitivas para a região, que é de grande importância para o turismo e a economia local.

Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

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Chuva intensa em Natal causa transtornos em hospitais e serviços públicos

Chuva intensa em Natal causa transtornos em hospitais e serviços públicos

Acumulados pluviométricos destacam Parnamirim; desabamento e alagamentos impactam infraestrutura hospitalar e expediente na Semurb

As fortes chuvas que atingiram a Região Metropolitana de Natal nesta segunda-feira (13.jan.2025) trouxeram transtornos em diversos setores. Segundo o boletim pluviométrico da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), divulgado às 9h15, o maior acumulado foi registrado em Parnamirim, com 47 mm. Outras cidades também enfrentaram volumes significativos, como Natal (37,6 mm), Ceará-Mirim (22,6 mm), São Gonçalo do Amarante (12,7 mm) e Macaíba (4,4 mm).

No interior do estado, o município de São João do Sabugi liderou os registros, com 46,6 mm de precipitação. Em meio ao cenário, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de chuvas intensas válido até as 10h desta segunda-feira.

Impactos nos hospitais João Machado e Walfredo Gurgel

O Hospital João Machado, em Natal, sofreu com o desabamento parcial do teto de uma das salas durante a madrugada. O incidente foi causado pelo acúmulo de água no forro de PVC, mas não houve feridos. O setor de nutrição, que atualmente opera em um espaço provisório devido a obras, teve suas atividades impactadas.

Já no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, foram registrados alagamentos em algumas salas, incluindo áreas próximas à UTI. Em nota, a Secretaria de Saúde Pública do Estado (Sesap-RN) informou que não houve prejuízo para os pacientes e que equipes de manutenção foram acionadas para solucionar os problemas.

Expediente suspenso na Semurb devido às chuvas

As infiltrações provocadas pela chuva intensa também afetaram o prédio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb). Por motivos de segurança, o secretário Thiago Mesquita determinou a suspensão do expediente nesta segunda-feira para realização de reparos.

Em comunicado, a Semurb destacou a prioridade em garantir a integridade de colaboradores e do público, reforçando o compromisso em retomar as atividades no menor prazo possível.

Situação requer atenção contínua

Com os efeitos das chuvas intensas espalhados pela região, desde alagamentos em estruturas públicas até a interrupção de serviços essenciais, o período exige atenção redobrada das autoridades e da população. Novos boletins meteorológicos deverão orientar os próximos passos para mitigar os impactos e prevenir novos transtornos.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Presidente sanciona lei sobre exploração de energia elétrica no mar

Presidente sanciona lei sobre exploração de energia elétrica no mar

Lula vetou incentivo a termelétricas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o projeto de Lei nº 576, de 2021, que trata do aproveitamento da geração de energia elétrica no mar, a chamada offshore. A lei estabelece diretrizes para o aproveitamento para a geração de energia em áreas sob domínio da União, como o mar territorial, a zona econômica exclusiva e a plataforma continental.

Entre outros pontos, o texto determina que a exploração offshore de energia se dará por meio de contratos de autorização ou concessão.

Caberá ao Poder Executivo definir os locais para receber as atividades de geração de energia offshore, chamados de prismas. Segundo o texto, a cessão pode ocorrer por meio da oferta permanente ou da oferta planejada.

No primeiro caso, o poder público delimita áreas para exploração a partir da solicitação dos interessados, na modalidade de autorização. Já na oferta planejada, o poder público define as áreas de exploração conforme o planejamento do órgão competente. Elas são colocadas em oferta por meio de licitação, na modalidade de concessão.

As receitas geradas, provenientes de bônus de assinatura, taxas de ocupação e participação proporcional sobre a energia produzida, serão distribuídas entre União, estados e municípios, com investimentos, prioritariamente, destinados à pesquisa, inovação tecnológica e desenvolvimento sustentável.

A lei diz ainda que a geração desse tipo de energia no mar deverá ter como princípios, o desenvolvimento de novas tecnologias para viabilizar a redução de emissões de carbono durante a produção de energia, como na extração de hidrogênio; desenvolvimento local e regional, preferencialmente com investimento em infraestrutura e na indústria nacional, com ações que reduzam a desigualdade e promovam a inclusão social e a diversidade.

O texto determina a necessidade de consulta livre, prévia e informada aos povos e comunidades afetados pelo empreendimento offshore e estabelece exigências para o descomissionamento de empreendimentos e a restauração das áreas exploradas.

Veto

O presidente vetou trecho do projeto que determinava a contratação de incentivos para a produção de energia gerada a partir do gás natural e do carvão mineral e a prorrogação dos contratos das usinas térmicas a carvão e de PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas). O chamado jabuti foi incluído no projeto durante a tramitação na Câmara dos Deputados.

Foto: Damir K./Pexels / Alisha Bai/Pexels

Da Agência Brasil

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Praias do RN estão próprias para banho neste fim de semana

Praias do RN estão próprias para banho neste fim de semana

Relatório do Idema aponta boa balneabilidade em 51 praias e alerta para trechos impróprios em rios de Parnamirim

O boletim de balneabilidade divulgado pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (Idema) confirma que as praias do litoral potiguar estão próprias para banho neste fim de semana. Os dados foram divulgados neste sábado (11.jan.2025)

Áreas impróprias para banho

O relatório destaca que dois trechos de rios em Parnamirim estão impróprios para banho:

  • Rio Pirangi-Pium (Balneário Pium)
  • Rio Pirangi (Ponte Nova)


Expansão do monitoramento no verão

Durante o verão, o programa de balneabilidade ampliou o número de praias monitoradas de 33 para 51. A análise abrange toda a faixa costeira do estado, de Baía Formosa a Tibau.

Validade do relatório

O boletim atual é válido até a próxima quinta-feira (16), quando novas amostras serão coletadas.

Critérios de análise

O Idema realiza os testes com base na quantidade de coliformes termotolerantes encontrados nas águas, seguindo normas do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Parcerias no projeto

O estudo conta com a colaboração do Instituto Federal do RN (IFRN) e da Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (Funcern), como parte do Programa Água Azul.

Foto: Caroline Macedo/Governo do RN / Danny Nunes/IDEMA

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Incêndios em Los Angeles causam 10 mortes e deixam 180 mil pessoas desabrigadas

Incêndios em Los Angeles causam 10 mortes e deixam 180 mil pessoas desabrigadas

Fogo destrói mais de 117 km², 10 mil edificações e causa prejuízo estimado em US$ 150 bilhões

Desde a terça-feira (7.jan.2025), a cidade de Los Angeles, no sudoeste dos Estados Unidos, enfrenta incêndios florestais de grandes proporções que já resultaram em dez mortes confirmadas, segundo comunicado do Departamento de Medicina Legal do condado.

As autoridades destacaram que a identificação das vítimas pode levar semanas devido às condições críticas nos locais afetados. Métodos tradicionais, como identificação visual e impressões digitais, são inviáveis para alguns casos, pois os corpos estão carbonizados.

Impactos nos bairros de Los Angeles

A chefe dos bombeiros de Los Angeles, Kristin Crowley, afirmou que dois óbitos foram causados pelo incêndio de Pacific Palisades, considerado o mais destrutivo da história local. Esse incêndio já devastou mais de 70 km², além de destruir cerca de 5.300 residências e edificações.

Além disso, o incêndio de Eaton provocou cinco mortes, enquanto outros três incêndios seguem ativos na região, atingindo principalmente áreas como a costa do Pacífico e Santa Monica.

Novo incêndio agrava a situação

Na tarde de quinta-feira (9.jan), um novo incêndio foi registrado ao norte de Los Angeles, obrigando a evacuação de milhares de residências. Alimentado pelos fortes ventos de Santa Ana, o fogo, batizado de Kenneth, já ameaça comunidades e infraestrutura local. Segundo o Serviço de Bombeiros, a área atingida até o momento soma 20 hectares e permanece fora de controle.

Equipes dos condados de Los Angeles e Ventura foram mobilizadas para combater o avanço das chamas.

Balanço total dos estragos

Até o momento, os incêndios florestais já destruíram:

  • Mais de 117 km² de área;
  • Aproximadamente 10 mil edificações, incluindo residências e outros imóveis;

Pelo menos 180 mil pessoas estão sob ordens obrigatórias de evacuação.

Além das perdas humanas, os prejuízos econômicos são significativos. A AccuWeather elevou a estimativa para US$ 150 bilhões, considerando danos materiais e perdas econômicas indiretas.

Foto: Cal Fire/via Fotos Publicas / RS/ Fotos Públicas

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Chuvas intensas deixam mais de 400 desabrigados em SP e MG

Chuvas intensas deixam mais de 400 desabrigados em SP e MG

Peruíbe e Dom Silvério enfrentam inundações graves com danos a moradias e infraestrutura

As chuvas intensas em Peruíbe, região metropolitana da Baixada Santista, atingiram 283 mm em apenas 48 horas, provocando alagamentos em ruas e casas. Até a tarde desta quinta-feira (9.jan.2025), a Defesa Civil do Estado de São Paulo contabilizou 300 desabrigados e cerca de mil pessoas afetadas pela inundação.

Escolas municipais, como Delcelia Joselita Machado Bezerra, Maria Amélia e Fernando Nepomuceno Filho, foram transformadas em abrigos emergenciais para acolher as vítimas. No bairro Caraguava, 17 moradores ficaram isolados, mas foram resgatados pelo Corpo de Bombeiros. Outras localidades, como Vila Erminda, Araminguava e Jardim das Flores, também sofreram alagamentos severos.

A Defesa Civil estadual enviou 100 cestas básicas, 150 kits de higiene e colchões para atender a população. Além disso, alertas via SMS e Cell Broadcast foram emitidos para orientar os moradores a evacuarem áreas de risco. A previsão é de que as chuvas continuem, mas em menor volume nos próximos dias.

Enchente histórica atinge Dom Silvério (MG)

No município de Dom Silvério, Zona da Mata de Minas Gerais, as chuvas entre os dias 7 e 8 de janeiro registraram 150 mm em apenas 20 minutos. O volume foi suficiente para transbordar um córrego local, resultando em 105 desalojados e 15 desabrigados. O prefeito José Bráulio Aleixo classificou o evento como a pior enchente dos últimos quatro anos.

Os danos incluem a destruição de nove pontes, deslizamentos de terra e interrupção nos serviços de água e energia em alguns bairros. Mais de 200 imóveis foram afetados, com perdas significativas para moradores, como móveis e eletrodomésticos.

A prefeitura mobilizou 200 trabalhadores em uma força-tarefa para limpeza e desobstrução das vias, utilizando caminhões-pipa e máquinas pesadas. Diante do impacto, foi decretada situação de emergência para acelerar o acesso a recursos estaduais e federais.

Impactos das chuvas em Minas Gerais

Desde o início da estação chuvosa, em setembro de 2024, Minas Gerais enfrenta uma série de eventos climáticos extremos. Em todo o estado, 46 municípios já decretaram situação de emergência ou calamidade pública. O período resultou em 12 mortes, 1.385 desalojados e 198 desabrigados.

Os óbitos ocorreram em cidades como Ipanema, Raul Soares e Uberlândia, enquanto prejuízos materiais e dificuldades logísticas persistem em diversas regiões.

Ações emergenciais e perspectivas

Tanto em São Paulo quanto em Minas Gerais, a prioridade tem sido oferecer abrigo e assistência às famílias afetadas. A Defesa Civil atua no envio de suprimentos e no monitoramento das condições climáticas para evitar novos desastres. A recuperação das áreas atingidas, no entanto, ainda depende de levantamentos precisos e recursos financeiros.

Foto: Defesa Civil de SP/Divulgação / Frame Prefeitura de Dom Silvério

Com informações da Agência Brasil

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Ibama confirma vazamento de produto químico no Rio Tocantins

Ibama confirma vazamento de produto químico no Rio Tocantins

Vazamento de ácido sulfúrico ocorreu após desabamento de ponte

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) confirmou nesta segunda-feira (6) a existência de fissuras no tanque de um dos caminhões que afundou no Rio Tocantins após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga o Tocantins ao Maranhão. O veículo da empresa Pira-Quimica continha 23 mil litros de ácido sulfúrico.

A informação preliminar foi constatada por mergulhadores que identificaram, na última sexta-feira (3), a presença de duas fissuras no tanque, após a suspeita de um possível vazamento levantada pela equipe da Marinha do Brasil que atua na operação de busca e resgate das vítimas. De acordo com o Ibama, foi solicitado relatório oficial das informações obtidas no local pela equipe da Pira-Química, que deverá ser concluído até esta quinta-feira (9).

O órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente informou ainda que as análises da qualidade da água do Rio Tocantins não demonstram alterações consideráveis. “Até o momento, os parâmetros avaliados estão dentro da normalidade para água doce. Desde a queda da ponte, não foi constatado impacto à fauna local.”, destacou, por meio de nota.

O acompanhamento da qualidade da água é realizado diariamente pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão. As ações de resposta à emergência ambiental também são acompanhadas por servidores do Centro Nacional de Emergências Ambientais e Climáticas e das superintendências do Ibama no Maranhão e Tocantins.

Outras cargas

Além do caminhão da Pira-Quimica, o desabamento da ponte também levou mais dois caminhões carregados de produtos perigosos às águas do Rio Tocantins. Um deles, da empresa Videira, transportava 40 mil litros de ácido sulfúrico. A análise visual de mergulhadores constatou que o tanque permanece intacto.

O terceiro veículo, da empresa Suminoto, transportava bombonas carregadas com agrotóxico. O trabalho de sondagem da carga no fundo do rio deverá ser realizado por mergulhadores contratados pela empresa ainda hoje.

Segundo o Ibama, as empresas e o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) foram notificadas a apresentar Planos de Atendimento à Emergência (PAEs) com análise de riscos para retirada dos caminhões e produtos depositados no fundo do rio.

Entenda

A Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que ligava os estados do Maranhão e Tocantins pela BR-226, desabou no fim da tarde do dia 22 de dezembro de 2024. A operação de busca e resgate teve início ainda no mesmo dia, com o reforço de várias frentes como Corpo de Bombeiros, empresas privadas e o emprego de embarcações, helicóptero e viaturas na região.

Atualmente, o trânsito de veículos entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), que eram ligados pela ponte na BR-226, está sendo feito por rotas alternativas com duas opções para veículos leves e três para veículos pesados.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) estabelecerá também um fluxo de balsas no local para a travessia de carros de passeio, ambulâncias e caminhonetes, sem custo para os usuários. O serviço está previsto para começar a operar após o fim da operação de busca e resgate das vítimas, com a localização das três vítimas que ainda permanecem desaparecidas.

Foto: CBMDF/via Fotos Publicas

Da Agência Brasil

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Três pontos do litoral do RN estão impróprios para banho

Três pontos do litoral do RN estão impróprios para banho

Boletim do Idema indica que trechos dos rios Pirangi e Pium apresentam risco

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) divulgou, nesta sexta-feira (3.jan.2025), um boletim que aponta três pontos impróprios para banho no litoral potiguar. Os locais identificados estão localizados nos rios Pirangi e Pium, na região da Grande Natal.

Pontos impróprios para banho

Os locais afetados são:

  • Rio Pirangi-Pium (Balneário Pium), em Parnamirim
  • Rio Pirangi (Ponte Nova), em Parnamirim
  • Foz do Rio Pirangi, em Nísia Floresta

Apesar desses registros, outros 48 trechos analisados nas praias de Natal e região metropolitana foram considerados próprios para banho.

Análise de qualidade da água

Durante o verão, o programa de balneabilidade expande o monitoramento das áreas de lazer. Normalmente, 33 pontos de coleta são analisados ao longo do ano, mas, no período de alta temporada, esse número sobe para 51. Os pontos cobrem a faixa litorânea do Rio Grande do Norte, desde Baía Formosa até Tibau.

A análise segue a Resolução nº 274/2000 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que estabelece os parâmetros de coliformes fecais na água. O objetivo é garantir a segurança dos banhistas e prevenir riscos à saúde.

Parcerias e monitoramento contínuo

O estudo faz parte do Programa Água Azul, uma parceria entre o Idema, o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) e a Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (Funcern). A continuidade do monitoramento é essencial para informar a população e assegurar que as águas estejam em condições ideais para uso recreativo.

Foto: Caroline Macedo/Idema / Danny Nunes/Idema

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Ano de 2024 foi o mais quente no Brasil desde 1961, aponta Inmet

Ano de 2024 foi o mais quente no Brasil desde 1961, aponta Inmet

Temperatura esteve 0,79ºC acima da média das duas últimas décadas

O Instituto Nacional de Meteorologia do Brasil (Inmet), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária, apontou o ano de 2024 como o mais quente no Brasil em levantamento que considerou desde o ano de 1961. Além disso, verificou-se tendência de elevação das temperaturas médias anuais ao longo do período analisado.

O levantamento foi divulgado nesta sexta-feira (3). Ele revela que os registros atingiram o ápice no ano passado. A temperatura média anual chegou a 25,02°C. Os dados de 2024 representam uma elevação de 0,79°C na comparação com a média histórica das últimas duas décadas completas, isto é, de 1991 a 2020. Nesse intervalo, usado pelo Inmet como referência na análise, a temperatura média ficou em 24,23°C.

O Inmet aponta que os registros de 2024 superam os do ano anterior, que era até então o mais quente do período que se inicia em 1961. A média anual de 2023 foi de 24,92°C, ou seja, 0,69°C acima da média histórica das últimas duas décadas completas.

De acordo com o Inmet, quando observados os desvios que as temperaturas médias de cada ano desde 1961 apresentam em relação à média histórica entre 1991 e 2020, verifica-se que a tendência de aumento é estatisticamente significativa. “Pode estar associada à mudança no clima em decorrência da elevação da temperatura global e mudanças ambientais locais”, aponta o órgão.

O Inmet destaca ainda que é preciso considerar os efeitos do último fenômeno El Niño. Com intensidade que variou de forte a muito forte, ele teve influência nas temperaturas de 2023 e dos primeiros meses de 2024.

O El Niño é um fenômeno natural caracterizado pelo enfraquecimento dos ventos alísios (que sopram de leste para oeste) e pelo aquecimento anormal das águas superficiais da porção leste da região equatorial do Oceano Pacífico. Essas mudanças na interação entre a superfície oceânica e a baixa atmosfera ocorrem em intervalos de tempo que variam entre três e sete anos.

Sua intensidade também é variável, mas sempre que ocorre há consequências para o tempo e o clima em diferentes partes do planeta. Isso porque a dinâmica das massas de ar no Oceano Pacífico adota novos padrões de transporte de umidade, afetando a temperatura e a distribuição das chuvas.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Margem equatorial Petrobras terá duas bases para tratar fauna marinha

Margem equatorial: Petrobras terá duas bases para tratar fauna marinha

Centro no Oiapoque-AP deve ser finalizado no 1º trimestre de 2025

A Petrobras espera concluir no primeiro trimestre de 2025 o segundo Centro de Reabilitação e Despetrolização de Fauna (CRD) relacionado à margem equatorial. A unidade ficará no Oiapoque, no Amapá, extremo norte do país.

Hoje já existe um no Pará. A construção das duas bases de acolhimento é uma das condições para a empresa obter a licença de exploração na região, considerada o novo pré-sal.

O primeiro CRD fica em Belém e está pronto para receber a fauna marinha em caso de vazamentos durante a fase de perfuração de poços na nova fronteira exploratória, tida como grande potencial petrolífero.

“A gente está falando do plano de proteção à fauna que faz parte do plano de emergência dessa atividade, que é a perfuração de poços”, explica a gerente geral de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Petrobras, Daniele Lomba.

Ela acrescenta que o CRD é uma última ação para o caso de barreiras preventivas e de monitoração não serem suficientes para evitar acidentes e impactos ao meio ambiente.

“Se tudo falhou, aí a gente tem esse plano de emergência”, completa ela, afirmando que a Petrobras não tem histórico de vazamento durante perfuração de poços.

Margem equatorial

A margem equatorial ganhou notoriedade nos últimos anos. Descobertas recentes de petróleo e gás no litoral da Colômbia, Guiana, Guiana Francesa e do Suriname mostraram o potencial petrolífero da região, localizada próxima à linha do Equador.

No Brasil, se estende a partir do Rio Grande do Norte e segue até o Amapá. A Petrobras tem 16 poços na nova fronteira exploratória, no entanto, só tem autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) – órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima – para perfurar dois deles, na costa do Rio Grande do Norte.

A exploração é criticada por ambientalistas, preocupados com possíveis danos ambientais. O Ibama negou a licença para áreas como a da Bacia da Foz do Amazonas, identificada como FZA-M-59. O bloco se encontra a 175 quilômetros (km) da costa, em uma profundidade de 2.880 km. Apesar do nome Foz do Amazonas, o local fica a 540 km da foz do rio propriamente dita.

A Petrobras insiste que a produção de óleo a partir da margem equatorial é uma decisão estratégica para que o país não tenha que importar petróleo no horizonte de dez anos.

Um estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estima que o volume potencial total recuperável da Bacia da Foz do Amazonas pode chegar a 10 bilhões de barris de óleo equivalente. Para efeito de comparação, dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que o Brasil tem 66 bilhões de barris entre reservas provadas, prováveis e possíveis.

Fauna marinha

A Agência Brasil visitou a instalação de Belém, que ficou pronta em fevereiro de 2023 e conta com seis profissionais entre veterinários, biólogos e tratadores, de prontidão para o caso da chegada de algum animal atingido por vazamento de óleo. O imóvel fica em uma área de 3 mil metros quadrados em Icoaraci, distrito de Belém.

A bióloga Elisa Vieira aponta o CRD como um dos mais modernos centros de atendimento a animais do país.

“A estrutura prevê já todas as etapas de atendimento ao animal, recepção, triagem, estabilização, etapa de lavagem, de secagem. Tem todos os recintos para aves, tartarugas e mamíferos marinhos [peixe-boi e cetáceo, por exemplo]”, descreve a analista ambiental da Petrobras.

“Inclui também uma estrutura de corredor de voo que auxilia as aves antes de elas poderem ser soltas na natureza”, complementa.

Dentro da unidade estão armazenados alguns dos equipamentos que serão instalados na base do Oiapoque, que será semelhante à paraense.

Em áreas como o ambulatório, quarentena e estabilização, os animais podem receber atendimento individualizado, como regulação de luminosidade e temperatura. Além de procedimentos simples como pesagem, a base tem estrutura para procedimentos como exame de sangue, anestesias e medição de parâmetros cardíacos e respiratórios.

A veterinária Stephane Franco comenta que, diferentemente do que possa imaginar o senso comum, na chegada de animais vítimas de derramamento de óleo, a prioridade não é a retirada do óleo, e sim a estabilização do animal.

“Quando o animal chega no centro de reabilitação oleado, vai precisar primeiro passar por uma avaliação clínica. Ele pode estar muito magro porque não conseguiu se alimentar direito por conta do óleo, com uma temperatura muito baixa”, diz.

“Se a gente levar para ser lavado, a chance desse animal vir a óbito é muito grande, porque ele não está estável, não vai ter energia para sobreviver ao processo de lavagem, que é muito exaustivo, estressante para os animais. Quando estiver com todos os parâmetros regulares, aí sim vai para o processo de lavagem, secagem e enxágue”, orienta.

A lavagem é feita em tanques com detergente neutro. O enxágue é com água corrente, que pode ter a temperatura regulada. Lâmpadas aquecidas ajudam na secagem. Quando prontos para o processo de recuperação, os animais ocupam áreas externas, como viveiros e piscinas.

O CRD conta com um processo de tratamento da água utilizada, fazendo com que óleo e produtos químicos sejam separados e não poluam o ambiente.

Tempo de resposta

A construção do centro de acolhimento animal de Belém custou cerca de R$ 4,5 milhões, segundo a bióloga Elisa Vieira, sendo R$ 900 mil em equipamentos. Além das instalações, o plano de proteção à fauna da Petrobras conta com duas embarcações, um helicóptero e um carro, que ficam de prontidão para transportar animais do local de um possível vazamento ao centro de despetrolização.

A Petrobras calcula que, no caso de uma ocorrência no local de perfuração dos poços, um animal impactado poderia chegar à base de Belém em um período de 22 horas a 31 horas, a depender do tipo de embarcação e condições de mar. Esse tempo de resposta foi um dos pontos sinalizados pelo Ibama. Em resposta, a Petrobras decidiu para construção do CRD do Oiapoque, que fica a 12 horas do local de perfuração do bloco FZA-M-59.

O CRD de Belém possui licença ambiental estadual expedida pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará. Durante o processo de avaliação de autorização para exploração na margem equatorial, o Ibama realizou vistorias na instalação.

“A estrutura atendeu as necessidades e especificações estabelecidas no Manual de Boas Práticas para o atendimento do Projeto de Monitoramento de Impactos de Embarcações sobre a Avifauna (PMAVE) e do Plano de Proteção à Fauna (PPAF) da Petrobras para a atividade de perfuração de FZA-M59”, registra o parecer técnico.

Capacidade

O Centro de Reabilitação e Despetrolização de Fauna de Belém é preparado para atender 25 animais, mas com capacidade de expansão. Como ele foi projetado para acolher animais vítimas de vazamento de petróleo, a Petrobras espera que não haja acidentes, e o centro fique sem animais atingidos por óleo.

Mas para que a base não fique vazia, a estatal pretende utilizar a base como acolhimento para a fauna marinha com outros tipos de necessidade que não sejam referentes à exploração e produção nos poços na margem equatorial.

“Na fase de produção, a gente tem um projeto chamado de monitoramento de praia. A gente dá atendimento para qualquer fauna machucada encontrada nas praias”, explica a gerente Daniele Lomba.

A bióloga Elisa Vieira acrescenta que, mesmo sem estar recebendo animais, o CRD qualifica profissionais para atendimento à “fauna oleada”, formando um banco de profissionais que já conta com 50 pessoas e deve formar mais 100. “Já é um legado”, considera.

Perfuração

A busca pela licença de exploração de petróleo no bloco FZA-M-59 da margem equatorial se iniciou em 2013, quando a petrolífera multinacional britânica BP arrematou a licitação da área. Por decisão estratégica, a companhia repassou a concessão para a Petrobras em 2021.

Em maio de 2023, o Ibama negou a autorização. Os principais argumentos listados pelo órgão ambiental para a rejeição do pedido foram a necessidade de realização de estudos de caráter estratégico (Avaliação Ambiental de Área Sedimentar) na Bacia da Foz do Amazonas; eventuais impactos sobre comunidades indígenas devido ao sobrevoo de aeronaves no Oiapoque; e o tempo de resposta e atendimento a fauna atingida por óleo, em caso de vazamento.

A Advocacia-Geral da União contestou os dois primeiros pontos. “A gente colocou mais uma unidade no Oiapoque, reduzindo bastante o tempo de deslocamento”, diz a gerente Daniele Lomba sobre a terceira sinalização.

Ainda em maio de 2023, a Petrobras pediu reconsideração. Em outubro de 2024, o presidente do Ibama pediu uma série de esclarecimentos adicionais à estatal, que os respondeu em novembro. Não há prazo para a resposta do instituto, mas a Petrobras acredita que haverá uma decisão no primeiro trimestre de 2025.

Questionado pela Agência Brasil se a construção da base no Amapá é suficiente para a Petrobras obter o licenciamento ambiental, o Ibama informou que “tal posicionamento só é possível após a conclusão das análises em curso”.

Prejuízos

Daniele Lomba avalia que a demora em obter licença para explorar a Bacia da Foz do Amazonas causa prejuízos para o país e para a Petrobras.

“Tem um custo para o país de não conhecer o potencial de reservas. É objetivo do país preservar o meio ambiente, mas é o objetivo também, e está na Constituição, conhecer seu potencial energético, explorar seus recursos em prol do desenvolvimento da sociedade”.

Ela acrescenta que sem a descoberta de poços, o país ficará suscetível a ter que importar petróleo.

Em relação à empresa, a gerente calcula que está em torno de R$ 1 bilhão de prejuízo. “Tem todos os contratos, todo investimento que a gente fez”.

Fotos: Fernando Frazão/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Volume de água nos reservatórios do RN atinge melhor nível desde 2011

Volume de água nos reservatórios do RN atinge melhor nível desde 2011

Reservatórios do RN alcançam 62,82% da capacidade total em 2024

O volume de água acumulado nos reservatórios do Rio Grande do Norte ao final de 2024 é o maior registrado nos últimos 13 anos. Segundo o Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn), o estado alcançou 2,85 bilhões de metros cúbicos de água, representando 62,82% da capacidade total.

Crescimento significativo nos últimos anos

Em comparação com 2023, houve um aumento expressivo. No mesmo período do ano passado, os reservatórios acumulavam 2,25 bilhões de metros cúbicos, ou 52,03% da capacidade total. O avanço é resultado de chuvas regulares e medidas de gestão hídrica.

Destaque para principais barragens do estado

  • Barragem Armando Ribeiro Gonçalves: Com 1,61 bilhão de metros cúbicos, o reservatório está com 67,97% da capacidade, superando em 13,5% o volume registrado em 2023.
  • Barragem Santa Cruz do Apodi: Acumula 429,2 mil metros cúbicos (71,58%), com crescimento de 12,46% em relação ao ano anterior.
  • Barragem Umari (Upanema): Registra 228,6 mil metros cúbicos (78,09% da capacidade).
  • Barragem Marechal Dutra (Gargalheiras): Alcançou 33,19 milhões de metros cúbicos, garantindo abastecimento para Acari e Currais Novos por dois anos.

Reservatórios em estado crítico

Apesar do cenário positivo, oito reservatórios operam com menos de 10% da capacidade:

  • Barragem Sabugi (São João do Sabugi)
  • Esguicho (Ouro Branco)
  • Carnaúba (São João do Sabugi)
  • Jesus Maria José (Tenente Ananias)
  • Tourão (Patu)
  • Brejo (Olho d’Água do Borges)
  • Mundo Novo (Caicó)
  • Itans (Caicó) – Com menos de 1% da capacidade.

Reforço hídico em 2025

Em 2025, o estado receberá dois reforços importantes para a segurança hídrica:

  • Barragem Oiticica (Jucurutu)
  • Barragem Passagem das Traíras (São José do Seridó)

Com a entrega dessas obras, o Rio Grande do Norte ultrapassará a marca de 5 bilhões de metros cúbicos em capacidade de armazenamento. O investimento contribuirá para o abastecimento das adutoras do Seridó por mais 50 anos.

Foto: Sandro Menezes/Governo do RN

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Litoral da Grande Natal tem cinco trechos impróprios para banho

Litoral da Grande Natal tem cinco trechos impróprios para banho

Análise de balneabilidade do Idema aponta águas contaminadas em áreas do litoral potiguar

O boletim semanal de balneabilidade do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), divulgado na última sexta-feira (27.dez.2024), revelou que cinco trechos do litoral da Grande Natal estão impróprios para banho nesta última semana do ano. A avaliação é baseada na quantidade de coliformes termotolerantes encontrados nas águas, conforme as normas do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Trechos com balneabilidade imprópria

O relatório aponta os seguintes locais como impróprios para o banho:

  • Nísia Floresta/Foz do Rio Pirangi
  • Parnamirim/Rio Pirangi (Ponte Nova)
  • Rio Pirangi-Pium (Balneário Pium)
  • Natal/Ponta Negra (Morro do Careca)
  • Areia Preta (Escadaria de Mãe Luiza)

Esses trechos foram analisados pelo Idema com base em amostras de água que detectaram a presença de coliformes termotolerantes, substâncias que indicam a presença de contaminação fecal nas águas.

Reavaliação e novas publicações do boletim

O boletim tem validade de uma semana. Isso significa que, após este período, o Idema realizará uma nova avaliação nos trechos e publicará um novo boletim de balneabilidade. A reavaliação garantirá que a população e os turistas tenham informações atualizadas sobre as condições de segurança para o banho no litoral da região.

Análise de balneabilidade em 51 trechos

Ao todo, 51 trechos de banho das praias da Grande Natal estão sendo monitorados semanalmente. O Idema realiza uma análise rigorosa da qualidade da água em locais das cidades de Baía Formosa, Tibau do Sul, Natal, Parnamirim, Nísia Floresta, Extremoz, Ceará-Mirim, Maxaranguape, Touros, Areia Branca, Grossos e Tibau.

A balneabilidade das águas é fundamental para garantir a saúde pública, especialmente para aqueles que frequentam as praias da região durante as férias e feriados.

Foto: Sandro Menezes/Governo do RN/Ilustração

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Prefeitura sanciona leis da regulação do uso e ocupação em AEITPs e do novo código de obras de Natal

Prefeitura sanciona leis da regulação do uso e ocupação em AEITPs e do novo código de obras de Natal

Novas legislações visam equilibrar crescimento urbano, preservação ambiental e desenvolvimento turístico na capital potiguar

A Prefeitura de Natal sancionou duas leis que reformulam as normas de ocupação do solo e construção na cidade. De acordo com a gestão municipal, as medidas visam harmonizar o crescimento urbano com a preservação ambiental e o desenvolvimento turístico, garantindo um planejamento mais eficiente e sustentável.

Lei de uso do solo em áreas turísticas e paisagísticas

A Lei Nº 7.801, sancionada pelo prefeito Álvaro Dias, estabelece normas para as Áreas Especiais de Interesse Turístico e Paisagístico (AEITPs). Essa legislação unifica as regras anteriormente aplicadas às Zonas Especiais de Interesse Turístico (ZETs), criando um arcabouço mais claro e atrativo para investidores e moradores.

O que são as AEITPs?

As AEITPs são espaços que combinam potencial turístico com preservação ambiental e urbanização planejada. O objetivo é fomentar o turismo de forma equilibrada, respeitando a paisagem e garantindo o uso sustentável do solo.

Principais AEITPs definidas na lei:

  • AEITP-1: Rotatória de Ponta Negra/Via Costeira até o Morro do Careca.
  • AEITP-2: Areia Preta até o Centro de Convenções.
  • AEITP-3: Santos Reis, Rocas, Praia do Meio e Areia Preta.
  • AEITP-4: Bairro da Redinha.
  • AEITP-5: Guarapes e Felipe Camarão (próximo ao Rio Potengi).

A legislação permite o uso misto e habitação multifamiliar nessas áreas, desde que respeitadas as normas ambientais e urbanísticas. Empreendimentos devem apresentar projetos técnicos, especialmente em áreas de costa, exigindo aprovação pela Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb).

Benefícios da lei

Facilidade para investidores: Regras unificadas proporcionam maior previsibilidade.
Urbanização equilibrada: Promove o crescimento ordenado e a proteção paisagística.
Desenvolvimento sustentável: Harmoniza crescimento urbano e preservação ambiental.

Novo código de obras de Natal

Outra iniciativa foi a sanção do novo Código Municipal de Obras (Lei Complementar Nº 258). Segundo a prefeitura, o código foi atualizado para alinhar-se às diretrizes do Plano Diretor de Natal, trazendo normas modernas para construções e licenciamento urbanístico e ambiental.

Principais mudanças e objetivos

O novo Código de Obras deve ser revisado a cada quatro anos, garantindo que a legislação se mantenha atualizada com as demandas do crescimento urbano e avanços tecnológicos. Entre os principais objetivos, destacam-se:

  • Simplificação de processos: Agiliza o licenciamento de obras e serviços.
  • Valorização da acessibilidade: Promove construções inclusivas, respeitando o conceito de uso universal.
  • Sustentabilidade: Estimula o uso de fontes de energia renovável.
  • Segurança e conforto: Assegura padrões de qualidade nas construções, garantindo segurança, higiene e bem-estar.

Impacto na cidade

Ainda de acordo com a prefeitura, o código também reforça a proteção ambiental e a preservação histórica, compatibilizando o crescimento econômico com a preservação do patrimônio. Há ainda um incentivo à incorporação de soluções energéticas renováveis e adaptação às mudanças climáticas.

Como essas mudanças afetam Natal

A prefeitura considera que a unificação das normas de ocupação do solo e a atualização do Código de Obras fortalecem o planejamento urbano da cidade. O prefeito Álvaro Dias destacou que essas leis colocam Natal em um novo patamar de desenvolvimento, atraindo investimentos e garantindo o crescimento ordenado.

Segundo a gestão municipal, as medidas não apenas impulsionam o turismo e a economia, mas também asseguram a preservação do meio ambiente e a inclusão social, tornando Natal uma cidade mais moderna e preparada para os desafios futuros.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração / Divulgação/Prefeitura de Natal

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Verão começa hoje e previsão é de menos chuvas na maior parte do país

Verão começa hoje e previsão é de menos chuvas na maior parte do país

Previsões indicam chuvas abaixo da média em grande parte dos estados

O verão começou neste sábado (21), às 6h20 (horário de Brasília), em todo o Hemisfério Sul do planeta com mudanças rápidas nas condições do tempo, caracterizadas por chuvas intensas e ventos fortes. A posição da Terra mais perto do Sol também torna os dias mais longos que a noite e traz temperaturas elevadas em todo o país.

Segundo o Prognóstico Climático de Verão, divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), nesta estação o fenômeno La Niña, que costuma causar fortes chuvas no Norte e Nordeste do Brasil e secas no Sul, terá duração mais curta. A probabilidade dessas condições prevalecerem é de 60% entre janeiro e março e cai progressivamente para 40% entre fevereiro a abril de 2025.

“De maneira geral, as previsões climáticas indicam o predomínio de chuvas abaixo da média climatológica em grande parte do país”, explica a meteorologista do Inmet, Maytê Coutinho.

A região Norte é exceção porque haverá predomínio de chuvas acima da média. No Nordeste, o total de chuvas entre janeiro e março deverá ser menor e nas regiões Centro-Oeste e Sudeste elas devem ficar entre o normal e abaixo da média.

Chuvas mais volumosas

“Mesmo com a previsão de que o total de chuvas em janeiro, fevereiro e março fique abaixo da média em quase toda a região, no noroeste da Região Nordeste podem ocorrer chuvas mais volumosas em alguns períodos durante o verão, podendo atingir a média em algumas localidades”, pondera Maytê.

Na região Sul, onde os volumes já são menores nesta época do ano, as chuvas devem permanecer na faixa normal ou abaixo do normal. No Rio Grande do Sul, principalmente, a previsão é de chuvas no extremo sul do estado inferiores a 400 milímetros.

Para a meteorologista, a regularidade das chuvas nas Regiões Norte e Nordeste pode ser ainda mais comprometida se permanecerem as atuais condições oceânicas.

“As águas mais quentes no Atlântico Tropical Norte e mais frias no Atlântico Tropical Sul formam condições para a manutenção da Zona de Convergência Intertropical atuando ao norte da sua posição média climatológica”, acentua.

Segundo o relatório Inmet, tais condições podem impactar atividades econômicas como a agropecuária, a geração de energia por meio de hidrelétricas e a reposição hídrica para manutenção dos reservatórios de abastecimento de água em níveis satisfatórios.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Tempestade deixa 660 mil casas sem luz na região metropolitana de SP

Tempestade deixa 660 mil casas sem luz na região metropolitana de SP

Bombeiros registraram 97 árvores caídas

A série de chuvas que atingiu a região metropolitana de São Paulo na tarde desta sexta-feira (20) deixou 660 mil clientes da concessionária Enel sem luz. A empresa havia comunicado plantão especial ontem, quando a Defesa Civil estadual emitiu alerta para mau tempo em todo o estado para essa sexta e sábado.

A cidade de Pirapora do Bom Jesus tem cerca de 35% das residências sem luz por volta das 18h. Mauá e Itapecerica da Serra tiveram cerca de 27% atingidos, enquanto Osasco tem 20%, ou cerca de 70 mil domicílios, sem abastecimento.

A capital teve 425 mil clientes, de um total de 5 milhões e meio, atingidos, além de registro de trânsito recorde, com mais de 600 km de engarrafamentos.

A Enel informou que as pancadas de chuvas acompanhadas por ventos que atingiram a área de concessão impactaram o fornecimento de energia para alguns clientes das regiões Leste e Norte, principalmente. “Acionamos antecipadamente o plano de operação, com mobilização adicional das equipes em campo que seguem trabalhando para restabelecer a energia o mais brevemente possível para os clientes que tiveram o serviço afetado”, disse a empresa.

As fortes chuvas ocasionaram diversos registros de alagamento, dos quais 9 pontos permaneciam intransitáveis no começo da noite. Oito rios, nas zonas norte e leste da capital, têm registro de extravasamento, enquanto outros três estão em estado de alerta.

Na estação meteorológica de Santana, na zona norte da cidade, houve registro de ventos de mais de 80km/h. A Defesa Civil também chamou atenção para o impacto nas regiões de São Carlos e Campinas, sem detalhar as ocorrências. Não houve registro de desaparecidos ou mortos até o momento.

O corpo de bombeiros estadual registrou 97 chamados para quedas de árvores na região metropolitana.

O Aeroporto de Congonhas informou que três voos foram desviados para outros aeroportos por conta do mau tempo, mas que continua operando normalmente.

Litoral paulista

O litoral norte também foi afetado pelas chuvas. Segundo a Defesa Civil estadual, a frente fria deve causar mais impactos hoje. “Para as próximas horas, a frente fria continuará se deslocando pelo Estado de São Paulo e provocando pancadas de chuva forte, seguidas por raios e vento na região de São Sebastião-SP”.

As chuvas devem ter acumulados de 65mm nas próximas 24h e com rajadas que ficarão em aproximadamente 75km/h.

De acordo com os dados da estação meteorológicas do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) em São Sebastião entre 12h e 14h foram observadas rajadas de vento de 20 km/h e chuva acumulada de 18,5 mm.

A prefeitura informou que os alagamentos levaram ao fechamento de unidades de saúde nos bairros Pontal da Cruz, Boiçucanga 1 e 2, Cambury 1 e 2, Barra do Sahy e Juquehy 1 e 2. “A cidade recebeu investimentos de reconstrução após chuvas históricas em janeiro de 2023, quando 65 pessoas morreram no litoral norte após fortes tempestades”, informa a prefeitura.

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

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Área queimada no Brasil até novembro quase dobra em relação a 2023

Área queimada no Brasil até novembro quase dobra em relação a 2023

Dados foram elaborados pelo MapBiomas

A área queimada no Brasil de janeiro a novembro de 2024 quase dobrou em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados divulgados hoje (15) são do Monitor do Fogo, elaborado pelo MapBiomas, rede colaborativa de universidades, ONGs e empresas de tecnologia, focada em monitorar as transformações na cobertura e no uso da terra no Brasil.

Segundo o levantamento, ao todo, foram queimados no período 29,7 milhões de hectares, um aumento de 90% em relação ao mesmo período de 2023 e a maior extensão dos últimos seis anos. A diferença em relação ao ano passado é 14 milhões de hectares a mais, uma área equivalente ao estado do Amapá.

Para a coordenadora do Monitor do Fogo do MapBiomas Ane Alencar, o aumento desproporcional da área queimada em 2024, principalmente a área de floresta, acende um alerta sobre a necessidade de controlar o uso do fogo, além de reduzir o desmatamento.

“Precisamos reduzir e controlar o uso do fogo, principalmente em anos onde as condições climáticas são extremas e podem fazer o que seria uma pequena queimada virar um grande incêndio”, explicou Ane.

Os dados mostram que 57% da área queimada entre janeiro e novembro no Brasil fica na Amazônia. Na região, 16,9 milhões de hectares foram afetados pelo fogo, com 7,6 milhões de hectares de florestas, incluindo florestas alagáveis. A área ficou à frente da extensão das áreas de pastagem queimadas na Amazônia, que totalizaram 5,59 milhões de hectares.

O Cerrado foi o segundo segmento mais afetado pelas queimadas. No total foram 9,6 milhões de hectares consumidos pelo fogo. Desse montante, 85%, cerca de 8,2 milhões de hectares, em áreas de vegetação nativa. De acordo com os dados, esse número representa um aumento de 47% em relação à média dos últimos 5 anos.

O Monitor do Fogo mostra que também houve aumento também no Pantanal, onde a área queimada de janeiro a novembro foi 1,9 milhão de hectares e representou um crescimento de 68% em relação à média dos últimos 5 anos.

“A área queimada nos demais biomas entre janeiro e novembro deste ano foi: 1 milhão hectares na Mata Atlântica, sendo que 71% da área afetada estava em áreas agropecuárias; 3,3 mil hectares no Pampa; e 297 mil hectares na Caatinga – uma diminuição de 49% em relação ao mesmo período de 2023, com 82% das queimadas concentradas em formações savânicas”, informou o MapBiomas.

Estados

O Pará foi o estado que mais queimou nos 11 primeiros meses deste ano, com 6,97 milhões de hectares. Esse total equivale a 23% de toda a área queimada no Brasil e a 41% do que foi queimado na Amazônia entre janeiro e novembro. Na sequência vem Mato Grosso, com 6,8 milhões de hectares. Em terceiro lugar está o Tocantins, onde 2,7 milhões de hectares foram atingidos por queimadas. Juntos, esses três estados totalizaram 56% da área queimada no período no país.

Entre os municípios São Félix do Xingu (PA) e Corumbá (MS) foram registradas as maiores áreas queimadas entre janeiro e novembro de 2024, com 1,47 milhão de hectares e 837 mil hectares, respectivamente.

“Em todo o país, o fogo atingiu prioritariamente áreas de vegetação nativa, que representam 73% do total. Um quarto (25%) da área queimada no Brasil foi em florestas. Entre as áreas de uso agropecuário, as pastagens se destacaram, com 6,4 milhões de hectares entre janeiro e novembro de 2024, representando 21% do total nacional”, disse o MapBiomas.

Os dados sobre queimadas registrados no mês de novembro, apontam que 2,2 milhões de hectares foram queimados no mês passado, uma área equivalente ao estado de Sergipe. O volume corresponde a 7,4% de toda a área queimada no Brasil de janeiro a novembro de 2024.

A maior concentração foi na Amazônia, com 1,8 milhão de hectares, representando 81% do total queimado no mês. Quase metade (48%) da área queimada em novembro fica no Pará, onde 870 mil hectares foram afetados pelo fogo. O Maranhão, com 477 mil hectares e o Mato Grosso, com 180 mil hectares, são o segundo e o terceiro estados com maior área queimada em novembro.

“Os três municípios que mais queimaram no Brasil em novembro ficam no Pará: Oriximiná (81 mil hectares), Moju (54 mil hectares) e Nova Esperança do Piriá (50 mil hectares). Em Santarém, foram queimados 10,7 mil hectares em novembro – mais de 277% em relação a outubro deste ano, atingindo 2,8 mil hectares no município. Apesar desse grande crescimento de um mês para o outro, a área queimada em novembro de 2024 está abaixo do mesmo período no ano passado, quando 54,7 mil hectares foram atingidos pelo fogo em Santarém”, aponta o MapBiomas.

Em relação aos outros biomas, o Cerrado foi o segundo mais atingido, onde 237 mil hectares foram queimados em novembro. Áreas de vegetação nativa representaram 74% desse total, ou 175 mil hectares, principalmente formações savânicas, com 96 mil hectares e formações florestais, com 63 mil hectares.

No Pantanal, a área atingida pelo fogo em novembro foi 98 mil hectares, 87% em áreas de formação campestre. Na Mata Atlântica, 12,5 mil hectares foram queimados em novembro, principalmente em áreas de várzea (35% ou 4,4 mil hectares).

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Idema aponta que três trechos do litoral do RN estão impróprios para banho

Idema aponta que três trechos do litoral do RN estão impróprios para banho

Rio Pirangi-Pium, Morro do Careca e Areia Preta são classificados como inadequados no boletim de balneabilidade desta semana

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) do Rio Grande do Norte divulgou, na sexta-feira (13.dez.2024), o boletim semanal de balneabilidade, indicando que três trechos do litoral potiguar estão impróprios para banho neste final de semana.

Os locais classificados como inadequados são:

  • Rio Pirangi-Pium (Balneário Pium), em Parnamirim;
  • Praia de Ponta Negra (Morro do Careca), em Natal;
  • Praia de Areia Preta (Escadaria de Mãe Luiza), também em Natal.

O levantamento foi realizado por meio da coleta e análise de 33 amostras de água em pontos distribuídos pelos municípios de Extremoz, Natal, Parnamirim e Nísia Floresta. A análise considera a quantidade de coliformes termotolerantes presentes na água, seguindo os critérios estabelecidos pela resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).

Embora a concentração de coliformes em Areia Preta não tenha sido alta, a classificação como imprópria foi reforçada por constatações visuais de esgoto sendo lançado na praia.

O estudo, que integra o Programa Água Azul, é fruto de uma parceria entre o Idema, o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) e a Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (FUNCERN).

Outros 30 trechos analisados no boletim estão próprios para banho. Para informações detalhadas e atualizações, o Idema recomenda que banhistas consultem os relatórios semanais antes de se deslocarem às praias.

Foto: Sandro Menezes/Governo do RN/Ilustração

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2024 será o ano mais quente da história, apontam cientistas da União Europeia

2024 será o ano mais quente da história, apontam cientistas da União Europeia

Temperaturas médias globais ultrapassam marca de 1,5°C acima do período pré-industrial; extremos climáticos persistem

O ano de 2024 está confirmado como o mais quente desde o início dos registros históricos, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (9.dez.2024) pelo Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), da União Europeia. As temperaturas extraordinariamente altas devem continuar pelo menos até os primeiros meses de 2025, marcando um período de calor sem precedentes.

De acordo com o relatório do C3S, as temperaturas médias globais entre janeiro e novembro já superaram todos os registros anteriores, tornando 2024 o primeiro ano em que o aquecimento global atingiu 1,5°C acima dos níveis do período pré-industrial (1850 a 1900). O recorde anterior foi estabelecido em 2023.

Extremos climáticos marcaram 2024

O ano também foi caracterizado por eventos climáticos extremos em todo o mundo. Secas severas afetaram regiões como Itália e América do Sul, enquanto enchentes fatais atingiram países como Nepal, Sudão e diversas localidades da Europa. Ondas de calor em regiões como México, Mali e Arábia Saudita resultaram em milhares de mortes, e ciclones devastadores impactaram os Estados Unidos e as Filipinas.

Estudos científicos confirmaram que esses desastres naturais carregam as marcas das mudanças climáticas provocadas pela ação humana.

Impacto das emissões de CO2

A principal causa das mudanças climáticas continua sendo as emissões de dióxido de carbono (CO2) provenientes da queima de combustíveis fósseis. Apesar de compromissos globais para reduzir essas emissões a zero, o relatório aponta que os níveis de CO2 devem atingir um novo recorde ainda em 2024.

A redução das emissões é fundamental para evitar o agravamento do aquecimento global. Contudo, as metas estabelecidas por muitos governos enfrentam dificuldades de implementação, enquanto os eventos extremos continuam a ameaçar populações em todo o planeta.

Previsões para 2025

Os cientistas também estão acompanhando a possível formação do fenômeno climático La Niña em 2025, que tende a resfriar as temperaturas da superfície do oceano. Ainda que isso possa aliviar temporariamente o calor global, não interromperá a tendência de longo prazo de aquecimento.

Dados históricos e perspectivas

Os registros de temperatura do C3S, que remontam a 1940, são combinados com séries históricas que datam de 1850, oferecendo uma visão abrangente sobre o aquecimento global. O relatório reforça a urgência de ações climáticas concretas para mitigar os impactos das emissões de gases de efeito estufa e proteger populações vulneráveis diante de cenários climáticos cada vez mais desafiadores.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

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Norte catarinense é o mais impactado pela chuva, diz Defesa Civil

Norte catarinense é o mais impactado pela chuva, diz Defesa Civil

Em Araquari, 30 pessoas foram atingidas pelos temporais

Municípios do norte catarinense, incluindo Joinville e Araquari, enfrentam sérios problemas causados pelas chuvas intensas registradas no estado desde a madrugada deste sábado (7).

De acordo com a Defesa Civil, Araquari foi a primeira cidade a decretar situação de emergência depois que cerca de 30 pessoas foram atingidas pelos temporais.

Já em Joinville, alagamentos atingiram ruas e bairros inteiros, prejudicando a mobilidade e a infraestrutura local. Ainda de acordo com a Defesa Civil, a cidade de São Bento do Sul também enfrentou alagamentos e queda de muros, enquanto São Francisco do Sul e Itapoá reportaram interdições de vias devido aos estragos.

“Em outros municípios como Guaramirim, Corupá e Jaraguá do Sul, a situação não é diferente. Guaramirim ativou o plano de contingência, temendo inundações, enquanto Corupá sofre com deslizamentos de terra e quedas de árvores, prejudicando ainda mais as condições de mobilidade e segurança.”

Na cidade de Canoinhas, a enxurrada danificou três residências e provocou a queda de árvores. Já em Caçador, 38 pessoas foram afetadas pelas chuvas, incluindo cinco desabrigados. Já o município de Bom Retiro, na Região de Lages, contabiliza 50 residências atingidas por enxurradas e deslizamentos, além de danos causados pela queda de barreiras.

Rios e pontes

A Defesa Civil informou também que em cidades como Lindóia do Sul, na Região de Concórdia, os rios Jacutinga e Engano transbordaram, cobrindo pontes e isolando áreas rurais.

“As chuvas também danificaram a infraestrutura viária em Dionísio Cerqueira e Palma Sola, no oeste do estado, com a possibilidade de decretar situação de emergência devido aos estragos nas estradas”.

Em Flor do Sertão, na Região de Maravilha, uma ponte que havia sido interditada pelas chuvas foi liberada neste sábado, permitindo a retomada do tráfego local. Já em Xanxerê, o risco de deslizamentos e alagamentos ainda mobilizam equipes da Defesa Civil no intuito de garantir a segurança da população.

Risco de deslizamentos

Dados da Central de Monitoramento da Defesa Civil do estado mostram que o município de Dionísio Cerqueira lidera os acumulados de precipitação, com 186,4 milímetros (mm) de chuva nas últimas 48 horas, “causando sérios riscos de deslizamentos”. Em Joinville, o acumulado foi de 129,8 mm, enquanto em Lindóia do Sul, as chuvas chegaram a 138,6 mm.

Em Schroeder, o acumulado foi de 93,4 mm em 24 horas. Cidades como Rio Negrinho, Guaramirim e Lindóia do Sul estão em alerta devido ao nível elevado dos rios, que estão próximos ou acima da cota de atenção.

“A Defesa Civil continua monitorando as condições climáticas e alertando a população sobre áreas de risco”, informou o comunicado.

Mais chuva e cuidados

Ainda de acordo com a Defesa Civil, a previsão do tempo indica que, embora as chuvas devam diminuir em algumas regiões catarinenses a partir desta segunda-feira (9), a situação segue classificada como “crítica”, com a possibilidade de novas chuvas intensas, sobretudo em áreas próximas ao Paraná.

A Defesa Civil recomenda que a população permaneça atenta aos alertas e evite áreas de risco. A orientação à população é acompanhar as atualizações emitidas e comunicar qualquer emergência pelos números 199 ou 193.

“Além disso, é fundamental que as pessoas fiquem atentas aos sinais de instabilidade do solo e evitem áreas alagadas ou de risco de deslizamento”.

“Com a continuidade das chuvas e a situação ainda instável, o trabalho das equipes de resgate e apoio se intensifica e as autoridades reforçam a necessidade de um esforço conjunto para proteger a população e minimizar os danos causados pela natureza.”

Foto: Defesa Civil/Divulgação

Da Agência Brasil

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Chuvas intensas atingem Santa Catarina e causam alagamentos

Chuvas intensas atingem Santa Catarina e causam alagamentos

Intensidade deve diminuir entre terça e quarta-feira próximas

As chuvas intensas que atingem Santa Catarina desde a madrugada deste sábado (7) devem permanecer até segunda-feira (9), segundo boletim da Defesa Civil do estado divulgado hoje. Além das chuvas intensas, o avanço de uma frente fria reforça a possibilidade de temporais isolados com fortes rajadas de vento e eventual queda de granizo.

Os volumes de chuva registrados entre a sexta-feira (6) e a madrugada de hoje já causaram alagamentos e enxurradas em diversas regiões do estado. No município de Bom Retiro, na Serra Catarinense, foram registrados danos significativos, com 50 residências afetadas e cerca de 200 pessoas impactadas pelas enxurradas. A Defesa Civil informou que não há registro de vítimas.

O município de Joinville também enfrentou enxurradas, e muitos bairros ficaram alagados. Nas últimas 12 horas, o volume registrado chegou a 120 milímetros (mm) em toda região.

“Outros municípios, como Xanxerê e Dionísio Cerqueira, também enfrentaram alagamentos pontuais. A instabilidade meteorológica é provocada por uma frente fria semi-estacionária, que mantém a previsão de chuvas intensas até segunda-feira (9), com riscos elevados para deslizamentos e alagamentos em diversas áreas”, informou a Defesa Civil.

Ao longo do sábado, a chuva ocorre de forma persistente e abrangente, especialmente entre as regiões do Grande Oeste, Vale do Itajaí, Planalto Norte e Litoral Norte. Nessas regiões, são esperados os maiores volumes acumulados de chuva.

“O risco é alto para ocorrências associadas a alagamentos, enxurradas e eventuais deslizamentos nestas regiões. Já na porção sul do estado, também são esperados temporais com chuva pontualmente intensa, mas os acumulados devem ser menores em comparação aos das demais regiões, trazendo risco moderado para alagamentos e enxurradas pontuais”, acrescentou a Defesa Civil.

No domingo (8) e na segunda-feira (9), permanece o tempo nublado e chuvoso em grande parte do estado, mantendo-se o risco de moderado a alto para ocorrências meteorológicas, principalmente nas áreas da divisa com o Paraná. Nessa região, a chuva tende a ser mais volumosa, em especial no Grande Oeste, Planaltos, Vale do Itajaí e Litoral Norte.

“Ao final do evento, nas áreas mais atingidas, são esperados, em média, volumes entre 200mm e 250mm. Diante disto, o risco para ocorrências associadas à chuva volumosa, com possíveis impactos hidrológicos e geológicos, é considerado alto”, informou o órgão.

Já na área entre o Litoral Sul e a Grande Florianópolis, a chuva também vai permanecer de forma frequente. São esperados volumes um pouco menores, variando entre 60 e 80 mm com pontuais em torno de 100mm. Nessas áreas, o risco é moderado para ocorrências associadas a chuva intensa e volumosa, como alagamentos e enxurradas.

Na segunda-feira, a chuva diminui em parte, principalmente nas áreas próximas ao Rio Grande do Sul. Nas demais regiões, o sistema estacionário que estará posicionado sobre o Paraná, somado à influência de uma área de baixa pressão, ainda mantém maior cobertura de nuvens e condição para chuva pontualmente intensa.

“O risco permanece moderado a alto para ocorrências associadas a alagamentos, enxurradas e deslizamentos. No amanhecer, as temperaturas variam entre 10°C na Serra e 17°C no Oeste e Litoral Norte. À tarde, as temperaturas sobem pouco, variando entre 13°C e 21°C pelo estado. O mar fica pouco agitado com ondas de sul/sudeste entre 1,5m e 2m. Os ventos de sudeste/leste variam entre 30 e 50 km/h”,alerta a Defesa Civil.

A instabilidade deve diminuir entre terça (10) e quarta-feira (11), mas, segundo o boletim, o transporte de umidade do mar para a costa deixa o tempo encoberto e chuvoso, sobretudo em áreas do litoral e regiões próximas.

Foto: Coredec/Santa Catarina

Da Agência Brasil

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Praias de Areia Preta e Ponta Negra têm trechos impróprios para banho, aponta boletim

Praias de Areia Preta e Ponta Negra têm trechos impróprios para banho, aponta boletim

Idema alerta para risco em pontos específicos das praias de Natal, com base em análise de qualidade da água realizada pelo Programa Água Azul

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) divulgou, na última sexta-feira (6.dez.2024), o Boletim de Balneabilidade nº 49, que aponta trechos das praias de Areia Preta e Ponta Negra, em Natal, como impróprios para banho neste fim de semana.

De acordo com o levantamento, o ponto contraindicado na praia de Areia Preta é a Escadaria, enquanto em Ponta Negra o alerta é para a área do Morro do Careca. As análises são realizadas com base na quantidade de coliformes termotolerantes presentes na água, seguindo critérios estabelecidos pela Resolução nº 274/2000 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

O estudo, conduzido pelo Programa Água Azul, é fruto de uma parceria entre o Idema, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) e a Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (Funcern). Ao todo, foram coletadas e avaliadas 33 amostras de água em pontos localizados na faixa costeira dos municípios de Extremoz, Natal, Parnamirim e Nísia Floresta.

Critérios para classificação de balneabilidade

A classificação da balneabilidade das praias é determinada pela presença de coliformes termotolerantes, bactérias que indicam contaminação por esgoto. Quando os níveis dessas bactérias ultrapassam os limites estabelecidos pela resolução do Conama, o ponto é considerado impróprio para banho devido aos riscos à saúde pública, como infecções gastrointestinais e dermatológicas.

O Programa Água Azul é realizado semanalmente e busca monitorar a qualidade da água em áreas costeiras, contribuindo para a segurança dos banhistas e para a preservação ambiental.

Orientações aos banhistas

Os frequentadores das praias devem estar atentos às sinalizações e às recomendações dos órgãos responsáveis para evitar os trechos impróprios. Banhos em áreas contaminadas podem trazer riscos à saúde, especialmente para crianças, idosos e pessoas com sistema imunológico enfraquecido.

Foto: Sandro Menezes/Governo do RN

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Chuva de granizo atinge cidades do Seridó e causa estragos em Serra Negra do Norte

Chuva de granizo atinge cidades do Seridó e causa estragos em Serra Negra do Norte

Fenômeno raro no RN deixou casas alagadas e invadiu pontos urbanos; Emparn explica condições climáticas

Cidades da Região Seridó do Rio Grande do Norte foram atingidas por uma chuva de granizo nesta quarta-feira (4.dez.2024), fenômeno incomum no estado. Municípios como Ipueira e Serra Negra do Norte registraram a precipitação, que causou alagamentos e invadiu casas e prédios públicos, como a rodoviária de Serra Negra do Norte.

De acordo com a Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn), foram registradas chuvas entre 20 mm e 30 mm na região, mas a medição precisa foi dificultada pelo congelamento das águas.

Gilmar Bristot, meteorologista da Emparn, explicou que o fenômeno é causado pela formação de nuvens cumulonimbus, que possuem grande desenvolvimento vertical e atingem altitudes com temperaturas abaixo de zero. “As gotículas de água congelam quando ultrapassam o nível de 0 grau, formando o granizo”, detalhou.

Embora mais comum em regiões de clima frio, o granizo pode ocorrer no Nordeste quando há alta umidade e temperaturas elevadas, que favorecem a formação de nuvens com desenvolvimento vertical intenso, alcançando até 14 km de altura.

Os moradores das áreas atingidas registraram o fenômeno em vídeos, compartilhando imagens das pedras de gelo e os impactos nas áreas rurais e urbanas. O episódio ressalta a necessidade de monitoramento climático em regiões propensas a variações extremas.

Foto: Reprodução

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Lixões e falta de planejamento marcam cenário do saneamento nos municípios do RN

Lixões e falta de planejamento marcam cenário do saneamento nos municípios do RN

Mais de 80 municípios utilizam lixões a céu aberto, enquanto apenas 10% têm coleta seletiva; pesquisa revela cenário preocupante

Um levantamento divulgado pelo IBGE nesta quinta-feira (28.nov.2024) mostra que o Rio Grande do Norte enfrenta grandes desafios no saneamento básico e na gestão de resíduos sólidos. De acordo com o Suplemento de Saneamento da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (MUNIC) 2023, 48,5% dos municípios potiguares ainda utilizam lixões a céu aberto, enquanto apenas 10,2% possuem coleta seletiva.

Dos 167 municípios do estado, 150 (89,8%) não têm instrumentos legais que regulamentem a coleta seletiva. Além disso, apenas 38 contam com aterros sanitários, enquanto 67 utilizam aterros controlados. A situação reflete a falta de estrutura e políticas públicas efetivas na área.

Apesar disso, 64,7% das cidades já implementaram uma Política Municipal de Saneamento Básico, abrangendo abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e drenagem de águas pluviais. Contudo, 23,3% estão em processo de elaboração e 17,4% ainda não possuem planejamento, o que compromete a universalização dos serviços.

A pesquisa também revelou a baixa presença de Conselhos Municipais de Saneamento Básico: apenas 16,2% dos municípios contam com conselhos exclusivos para o tema, e 72,4% não possuem nenhuma instância de participação social.

Outro dado preocupante é que apenas 2,4% dos municípios têm políticas de educação ambiental voltadas para o saneamento.

Foto: Tânia Rêgo/ABr

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Após suspensão por falta de recursos, Governo Federal retoma Operação Carro-Pipa

Após suspensão por falta de recursos, Governo Federal retoma Operação Carro-Pipa

Paralisação em seis estados mobiliza governo federal; ministro Rui Costa garante recursos até o fim do ano

A Operação Carro-Pipa, essencial para o abastecimento de água em municípios afetados pela seca no Nordeste, enfrentou uma suspensão temporária nesta segunda-feira (25.nov.2024) devido à falta de recursos federais. A interrupção deixou 1,25 milhão de pessoas em situação de vulnerabilidade hídrica em 344 municípios do semiárido. A ação, coordenada pelo Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MDR) e executada pelo Exército Brasileiro, é fundamental para garantir o fornecimento de água potável a comunidades sem acesso regular.

Os estados mais impactados foram Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Bahia. Em novembro, Pernambuco liderava em número de beneficiários, com mais de 500 mil pessoas atendidas, seguido por Bahia, Paraíba e Alagoas. No Rio Grande do Norte, cerca de 72 mil pessoas em 57 municípios dependiam da operação.

Diante da suspensão, parlamentares, especialmente da Paraíba, reagiram com indignação, ameaçando obstruir votações no Senado. Essa pressão política contribuiu para que o governo federal agilizasse uma solução.

Na terça-feira (26.nov), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, durante visita ao Rio Grande do Norte, anunciou a transferência emergencial de recursos para regularizar o programa. Segundo ele, os valores já foram repassados ao Exército, garantindo a continuidade da operação até o fim de 2024. “Os recursos estão assegurados, e em janeiro teremos o novo orçamento para dar sequência ao programa”, afirmou em entrevista ao Bom Dia RN.

Além de abordar a crise hídrica, o ministro participa de reuniões com gestores locais sobre o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que inclui 244 projetos no estado. Entre as iniciativas destacadas estão a duplicação da BR-304, o novo hospital metropolitano, maternidades, policlínicas e investimentos em infraestrutura como o Ramal do Apodi e a barragem de Oiticica, ambos considerados estratégicos para a região.

Foto: Divulgação/Naiara Pontes/MDA

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Programa de acesso à água segura no Norte e Nordeste do Brasil recebe cerca de R$ 9 milhões em investimentos

Programa de acesso à água segura no Norte e Nordeste do Brasil recebe cerca de R$ 9 milhões em investimentos

Água+ Acesso visa apoiar comunidades quilombolas, ribeirinhas e indígenas com acesso à água potável

A escassez de água e a falta de acesso à água segura continuam sendo desafios persistentes no país, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, onde as populações rurais e ribeirinhas enfrentam o problema intensamente. Nesse cenário, e como medida para apoiar regiões severamente impactadas por secas históricas em 2023 e 2024, a Coca-Cola Brasil reforça seu compromisso com o desenvolvimento socioeconômico das comunidades onde atua. Com um investimento de cerca de R$ 9 milhões, a parceria estratégica com a Cáritas Brasileira Regional Nordeste 2 (Cáritas NE2), a startup SDW for All, a Fundação Amazônia Sustentável (FAS), o Projeto Saúde & Alegria e a Água Camelo ajudará a impulsionar iniciativas para expandir o acesso à água segura, por meio do programa Água+ Acesso nessas duas regiões.

Segundo Rodrigo Brito, Diretor de Sustentabilidade para o Brasil e Cone Sul da The Coca-Cola Company, o programa vem implementando diversas soluções com tecnologias sociais desde 2017 para viabilizar e expandir sistemas de acesso, tratamento e distribuição de água em 10 estados. Até 2025, segundo os parceiros, a iniciativa continuará a aumentar os investimentos e o impacto nos estados da Bahia, Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte na região Nordeste, e nos estados do Amazonas e Pará na região Norte, com o objetivo de beneficiar milhares de pessoas.

Para a Coca-Cola Brasil, segundo Brito, alcançar os resultados desejados requer sinergia entre os setores público e privado, bem como a participação de instituições locais — que têm um profundo entendimento da realidade e das demandas de suas comunidades. “Os resultados alcançados por nossos aliados e parceiros locais, que atuam diretamente nos territórios, têm sido significativos e crescentes. Essa colaboração é essencial para fazer a diferença e atuar como um facilitador eficaz, gerando um impacto ainda maior no país”, enfatiza.

No Nordeste, a Coca-Cola Brasil e a Solar Coca-Cola, em parceria com a Cáritas NE2 e a startup SDW for All, está investindo R$ 3,2 milhões para levar tecnologia e sistemas de distribuição de água a áreas de difícil acesso, beneficiando milhares de pessoas em 60 localidades. Dentro dessa estratégia, a iniciativa “Água+ Acesso: Escolas com Água” ganha destaque, promovendo a autonomia de escolas no acesso à água potável, práticas de alimentação e cuidado ambiental. O projeto, que será ampliado, teve início em 2022 com um piloto em escolas na Paraíba e Pernambuco. Com o reforço das parcerias e novos investimentos, a iniciativa expande seu alcance, fortalecendo o compromisso com o desenvolvimento sustentável na região.

“Na Solar Coca-Cola, somos apaixonados por transformar a vida das pessoas, promovendo o crescimento sustentável das comunidades com as quais trabalhamos. Juntos com a comunidade local, trabalhamos pela construção de um mundo melhor, pautados por uma agenda onde sustentabilidade e crescimento responsável geram um impacto positivo e transformam a vida de nossos clientes. O projeto de acesso à água para as comunidades, especialmente para as escolas no Nordeste, é um exemplo dessa transformação”, destaca Fernanda Raizama, diretora Regional da Solar Coca-Cola.

Um dos primeiros municípios a receber a nova vertente do “Água+ Acesso: Escolas com Água” é Ipecaetá, na Bahia, onde está prevista a instalação de um Aquatorre conectado à tubulação da Escola Municipal Aprígio Santana. A escola atualmente é abastecida por caminhões-pipa e terá um sistema de abastecimento misto com a Embasa no futuro. Segundo Letícia Nunes, Co-CEO da SDW for All, o Aquatorre possui uma estrutura coletiva para armazenar, filtrar e distribuir água segura, ideal para locais sem reservatórios de água ou bebedouros.

“O programa Água+ Acesso não só proporciona acesso à água de qualidade, mas também promove a sustentabilidade das comunidades, capacitando-as a gerenciar seus próprios recursos hídricos a longo prazo. Para a SDW, essa sustentabilidade é construída com tecnologias de fácil manutenção e treinamento contínuo da comunidade, garantindo que operem e preservem os sistemas de forma autônoma. Um exemplo é o Aquatorre, adequada para locais com infraestrutura limitada, pois não requer eletricidade, fornecendo água tanto para alunos e funcionários quanto para a comunidade local”, destaca Letícia.

Na Bahia, outros seis municípios serão contemplados — Ruy Barbosa, Macajuba, Lajedinho, Simões Filho, Vitória da Conquista e Conceição do Almeida — expandindo o alcance e o impacto da iniciativa.

O programa também chegará à Paraíba, Alagoas, Rio Grande do Norte e Pernambuco, onde a Coca-Cola Brasil, em parceria com a Cáritas NE2, implementará tecnologias sociais de acesso à água em 30 escolas, beneficiando milhares de pessoas na comunidade escolar. As ações incluem a instalação de cisternas com capacidade de 52.000 litros para armazenamento de água da chuva e sistemas de reuso da água (bioágua).

Para Neilda Pereira da Silva, Secretária Executiva Regional da Cáritas NE2, a parceria vai além do acesso à água, envolvendo a produção de alimentos e um conjunto de ações que conectam diretamente as comunidades, em especial as escolas. “O projeto tem como objetivo garantir o acesso à água, tendo a participação da comunidade escolar em todas as etapas de execução do projeto. A iniciativa vai promover uma reflexão sobre a gestão dos recursos hídricos, a garantia de direitos e a importância de uma educação contextualizada envolvendo pais, alunos, gestores das escolas durante todo o processo de implantação e manejo das tecnologias, ampliando conhecimentos fundamentais para incorporar essas ações no Projeto Político Pedagógico das escolas participantes”, reforça.

Acesso à Água na Amazônia

No Amazonas e no Pará, a Coca-Cola Brasil estabeleceu uma parceria estratégica com a Fundação Amazônia Sustentável (FAS), o Projeto Saúde & Alegria e a Água Camelo para implementar e expandir sistemas de acesso, tratamento e distribuição de água em 10 estados. Com um investimento de R$ 5,6 milhões, essa iniciativa beneficiará cerca de 40 comunidades ribeirinhas.

SOBRE A COCA-COLA BRASIL

O Sistema Coca-Cola Brasil opera em cinco grupos de bebidas — colas, sabores, hidratação, nutrição e emergentes — com uma linha de mais de 100 produtos e 22 marcas, incluindo sabores regulares e versões sem açúcar ou com baixo teor calórico. Composto por seis grupos de fabricantes franqueados, o Instituto Coca-Cola Brasil, além da marca Leão Alimentos e Bebidas. O Sistema emprega diretamente mais de 57 mil funcionários. A empresa está investindo em inovação para expandir seu portfólio e ajudar a reduzir o desperdício de embalagens. A Coca-Cola Brasil trabalha para oferecer, cada vez mais, opções com menos açúcar adicionado e para incentivar iniciativas que melhorem o desenvolvimento econômico e social das comunidades onde atua.

Fotos: Divulgação

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Sustentabilidade no transporte: iniciativa da Trampolim da Vitória é solução para um futuro mais verde

Sustentabilidade no transporte: iniciativa da Trampolim da Vitória é solução para um futuro mais verde

No Dia Mundial do Transporte Sustentável, a inovação da Trampolim da Vitória com ônibus Euro 6 reforça o papel do transporte público na preservação ambiental

O Dia Mundial do Transporte Sustentável, celebrado em 26 de novembro, traz uma reflexão importante sobre o impacto dos meios de transporte no meio ambiente e na qualidade de vida urbana. A Trampolim da Vitória, maior empresa de transporte coletivo da Grande Natal, desponta como referência no RN ao introduzir, de forma pioneira na Região Metropolitana de Natal, ônibus equipados com a tecnologia Euro 6. A iniciativa representa um marco no esforço coletivo para reduzir a emissão de gases poluentes e criar soluções mais limpas e eficientes para a mobilidade urbana.

Os 10 novos veículos da Trampolim da Vitória, que já circulam pelas principais linhas da Região Metropolitana de Natal, são projetados para emitir até 90% menos poluentes em comparação aos modelos anteriores. Essa redução inclui óxidos de nitrogênio (NOx) e material particulado, dois dos maiores responsáveis pela poluição atmosférica e problemas respiratórios nas áreas urbanas.

Por que o transporte público sustentável é essencial?

Estudos mostram que o transporte público desempenha um papel estratégico na transição para cidades mais sustentáveis, diminuindo a dependência de veículos individuais e, consequentemente, a emissão de poluentes. Iniciativas como a da Trampolim da Vitória são fundamentais para o alcance de metas globais, como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que incluem ações para combater mudanças climáticas e promover a saúde e o bem-estar das populações.

“Adotar a tecnologia Euro 6 não é apenas uma questão de modernização, mas de compromisso com o futuro. Estamos mostrando que é possível aliar eficiência operacional a práticas sustentáveis que beneficiam a sociedade como um todo”, destaca Almir Buonora, diretor da empresa.

Além de reduzir a pegada ambiental, os novos ônibus trazem mais eficiência no consumo de combustível, contribuindo para uma operação economicamente viável e ambientalmente responsável.

Impacto para o futuro das cidades

A introdução de tecnologias limpas no transporte público é uma das formas mais acessíveis e eficazes de combater a poluição urbana. “A melhoria na qualidade do ar reflete diretamente na saúde da população, especialmente em grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos. Com a tecnologia Euro 6, estamos cumprindo nosso papel na construção de um transporte mais responsável”, considera Almir.

Iniciativa inspira outros setores

O exemplo da Trampolim da Vitória reforça a importância de políticas públicas e privadas que priorizem o investimento em tecnologias limpas. A empresa também demonstra que mudanças significativas podem ser implementadas gradualmente, como parte de um planejamento estratégico voltado para a sustentabilidade. Por isso, a empresa deve entregar, nos próximos meses, pelo menos mais 20 veículos equipados com motores Euro 6, fortalecendo sua atuação em prol do meio ambiente.

Dia Mundial do Transporte Sustentável como oportunidade de reflexão

Nesta data, empresas, governos e cidadãos são convidados a repensar o uso de recursos e buscar soluções que contribuam para um futuro mais sustentável. Na Grande Natal, a iniciativa da Trampolim da Vitória é um exemplo de como o transporte coletivo pode ser transformado em um aliado do meio ambiente, promovendo um impacto positivo para as gerações futuras.

Fotos: Divulgação

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Complexo Hidrossocial Oiticica protege biodiversidade com resgate de mais de 1.500 animais

Complexo Hidrossocial Oiticica protege biodiversidade com resgate de mais de 1.500 animais

Programa ambiental do Governo do RN assegura relocação da fauna antes da inundação da bacia hidráulica

A construção do Complexo Hidrossocial Oiticica, em Jucurutu, destaca-se não apenas pela sua magnitude como obra de infraestrutura hídrica, mas também pelo compromisso ambiental com a preservação da fauna local. Desde setembro de 2023, o Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna, conduzido pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH), já salvou e realocou mais de 1.500 animais de áreas que serão inundadas pela barragem.

O programa, executado pelo Consórcio QS Oiticica, envolve uma equipe de cinco biólogos que atua diariamente na identificação e recolhimento de animais em uma área de 8 mil hectares. Os animais resgatados incluem cobras, lagartos, tatus e anfíbios, que são cuidadosamente examinados e relocados para 78 áreas de proteção dentro da bacia hidrográfica.

Karolynne de Freitas Martins e Silva, bióloga responsável pela coordenação do projeto, destacou a importância da iniciativa para a preservação ambiental e o equilíbrio ecológico. “Além de proteger a fauna local, estamos contribuindo para a manutenção da biodiversidade e para a resiliência ambiental diante das mudanças climáticas”, afirmou.

A barragem Oiticica, que está com 99,81% das obras concluídas, tem previsão de conclusão em dezembro de 2024. Com capacidade para armazenar até 598 milhões de metros cúbicos de água, a estrutura beneficiará cerca de 300 mil pessoas em 22 municípios do Seridó, assegurando abastecimento hídrico de qualidade e segurança.

Fotos: Lucas Paulyno

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Deputado federal do RN realiza Expedição ao Pico do Cabugi e destaca valorização do patrimônio potiguar

Deputado federal do RN realiza Expedição ao Pico do Cabugi e destaca valorização do patrimônio potiguar

A iniciativa reuniu mais de 30 participantes, incluindo apoiadores, lideranças locais e colaboradores, promovendo a valorização de um dos patrimônios naturais mais importantes do RN

Neste domingo, 24 de novembro, o deputado federal General Girão realizou a subida ao Pico do Cabugi, ação que integrou a Rota 22, idealizada por sua equipe. Localizado no município de Angicos, o Pico do Cabugi possui 590 metros de altitude e é o único vulcão extinto do Brasil que ainda mantém sua forma original. A iniciativa reuniu mais de 30 participantes, incluindo apoiadores, lideranças locais e colaboradores, promovendo a valorização de um dos patrimônios naturais mais importantes do Rio Grande do Norte.

“Nunca, que eu saiba, um político potiguar realizou algo parecido em um dos principais patrimônios do nosso Estado. Este foi um momento único, que reafirma o compromisso de valorizarmos nossa identidade e nossas riquezas naturais,” afirmou o General Girão. O parlamentar também agradeceu à sua equipe e a todos os envolvidos na organização e execução do evento, destacando o apoio de representantes das Forças Armadas, guias especializados e lideranças locais, empresários potiguares e outros colaboradores.

A expedição parte de um esforço do General Girão para incentivar o reconhecimento e a preservação do patrimônio histórico e natural do estado, promovendo o turismo sustentável e o fortalecimento do sentimento de pertencimento da população potiguar.

Mais sobre o Pico do Cabugi

O Pico do Cabugi é uma formação rochosa de grande relevância histórica e geológica, localizada no Parque Ecológico Estadual de Cabugi, no município de Angicos, Rio Grande do Norte. Com uma altitude de 590 metros, é o único vulcão extinto do Brasil que ainda mantém sua forma original, sendo uma referência geográfica e cultural no estado.

Além de sua importância como marco turístico, o Pico tem valor histórico. Alguns estudiosos sugerem que a região pode ter sido o ponto de chegada dos portugueses no Brasil. Sua formação rochosa possui idade isotópica de aproximadamente 19 milhões de anos, sendo uma das mais recentes entre as rochas ígneas brasileiras.

O Cabugi é amplamente visitado por praticantes de trekking e rapel, além de ser um símbolo do Rio Grande do Norte. Localizado entre Angicos e Lajes, o Pico é uma passagem obrigatória para quem trafega pela região, integrando o patrimônio cultural e natural do estado.

Fotos: Divulgação

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Crise no fornecimento de carnes ao Carrefour Brasil gera desabastecimento

Crise no fornecimento de carnes ao Carrefour Brasil gera desabastecimento

Suspensão de entregas por frigoríficos brasileiros reflete embate com matriz francesa, após decisão de boicote ao Mercosul

O fornecimento de carnes brasileiras ao Carrefour Brasil foi interrompido por alguns dos maiores frigoríficos do país, incluindo JBS, Marfrig e Masterboi, após o anúncio de que a matriz francesa da rede deixará de comercializar carne do Mercosul. A decisão já afeta 150 lojas da rede no Brasil, e projeções indicam que o desabastecimento total pode ocorrer em poucos dias.

Segundo fontes do setor em matéria publicada pelo Estadão, aproximadamente 50 caminhões com carnes destinados ao Carrefour tiveram suas entregas bloqueadas no sábado (23.nov.2024). Estima-se que entre 30% e 40% das gôndolas do grupo já apresentem falta do produto. A Friboi, principal marca da JBS, suspendeu 100% do fornecimento de carne bovina à rede Atacadão, subsidiária do grupo no Brasil.

Causas e repercussões internacionais

O movimento dos frigoríficos brasileiros foi uma resposta direta às declarações do presidente global do Carrefour, Alexandre Bompard, que afirmou que a rede na França não venderia mais carne oriunda do Mercosul. A decisão foi atribuída a pressões de agricultores franceses contrários ao acordo de livre-comércio entre a União Europeia e o bloco sul-americano. Embora a França tenha comprado menos de 40 toneladas de carne bovina brasileira em 2024, a medida levanta preocupações sobre o impacto na imagem global da carne nacional.

O governo brasileiro manifestou apoio às ações dos frigoríficos. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, elogiou a decisão das indústrias, afirmando que o Brasil não aceitará práticas discriminatórias. “Se o Mercosul não é bom o suficiente para a França, também não é para o Carrefour no Brasil”, afirmou Fávaro.

Cenário futuro

Fontes ligadas ao Carrefour revelaram que a diretoria da rede no Brasil busca negociar a retomada das entregas, mas os frigoríficos condicionam o retorno a uma retratação pública do grupo em nível global. Entidades do agronegócio, como a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), endossaram a suspensão, reforçando que o Brasil deve proteger seus produtores.

O desdobramento da crise deve ser acompanhado de perto, especialmente por suas possíveis repercussões na relação comercial entre o Mercosul e a União Europeia. Enquanto isso, consumidores e supermercados no Brasil enfrentam a ameaça de desabastecimento, evidenciando a complexidade e as tensões do mercado global de proteínas.

Foto: Mike Knell/Visualhunt

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Praias do RN mantêm balneabilidade plena em boletim semanal do Idema

Praias do RN mantêm balneabilidade plena em boletim semanal do Idema

Todos os 33 trechos monitorados na costa potiguar foram considerados adequados para banho, segundo o Programa Água Azul

O Boletim de Balneabilidade n.º 47/2024, divulgado nesta sexta-feira (22.nov.2024) pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), revelou que todas as praias analisadas no Rio Grande do Norte estão próprias para banho. O levantamento, realizado pelo Programa Água Azul, abrangeu 33 trechos distribuídos nos municípios de Extremoz, Natal, Parnamirim e Nísia Floresta.

A análise considera a quantidade de coliformes termotolerantes presentes nas amostras de água, seguindo os critérios estabelecidos pela Resolução n.º 274/2000 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). O programa, que conta com a parceria do Idema, do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) e da Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (FUNCERN), tem como objetivo monitorar continuamente as condições de balneabilidade das praias potiguares.

Além de indicar áreas seguras para o banho, o relatório também serve como ferramenta para orientar ações de preservação ambiental e alertar para possíveis fontes de poluição costeira. A avaliação de qualidade da água é realizada semanalmente, garantindo informações atualizadas à população e aos visitantes.

Os resultados completos do boletim estão disponíveis no site oficial do Idema (idema.rn.gov.br). A consulta permite verificar a situação específica de cada ponto monitorado, contribuindo para a segurança e o planejamento das atividades de lazer nas praias do estado.

Foto: Divulgação/Idema

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G20: Lula propõe que países ricos adiantem metas do clima em dez anos

G20: Lula propõe que países ricos adiantem metas do clima em dez anos

Presidente afirma que erradicará desmatamento até 2030

O presidente Luiz Inácio da Silva defendeu, nesta terça-feira (19), que os países desenvolvidos do G20, grupos das principais economias do mundo, adiantem em até dez anos as metas de neutralidades climáticas atualmente previstas para 2050, como forma de combater o aquecimento global e as mudanças climáticas.

“Aos membros desenvolvidos do G20, proponho que antecipem suas metas de neutralidade climática de 2050 para 2040 ou até 2045”, exortou o presidente na abertura da terceira sessão da reunião de líderes do G20, que tratou de desenvolvimento sustentável e transição energética.

Neutralidade climática consiste em um país conseguir compensar toda a emissão de gases poluentes com medidas como sequestro de carbono.

A preocupação com o clima é uma das prioridades da presidência brasileira no G20, que encerra nesta terça-feira o encontro de cúpula de dois dias. Lula reconhece que todos os países devem agir para conter as mudanças climáticas.

“Mesmo que não caminhemos na mesma velocidade, todos podemos dar um passo a mais”.

No entanto, ele aproveitou a presença de chefes de Estado e de governo para cobrar mais responsabilidade dos países mais industrializados, que têm histórico maior de emissões de gases do efeito estufa.

“Nossa bússola continua sendo o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas. Esse é um imperativo da justiça climática”, disse o presidente, que acrescentou: “sem assumir suas responsabilidades históricas, as nações ricas não terão credibilidade para exigir ambição dos demais”.

Iniciativas passadas

Lula lembrou que nasceram no Rio de Janeiro, durante a Rio 92, as três convenções das Nações Unidas sobre mudança climática, biodiversidade e desertificação. Mas advertiu que, passadas três décadas, o planeta enfrenta o ano mais quente da história, com enchentes, incêndios, secas e furacões cada vez mais intensos e frequentes.

O presidente apontou que iniciativas anteriores contribuíram para evitar um cenário pior, mas que é preciso “fazer mais e melhor”.

“Não há mais tempo a perder”, constatou Lula, contextualizando que acordos como o Protocolo de Quito (1997); a CPO15 (2009) sobre mudança do clima, na Dinamarca; e o Acordo de Paris (2015) apresentam resultados aquém do necessário.

Ele destacou que os países do G20 respondem por 80% das emissões de gases do efeito estufa e que, por reconhecer o papel crucial do G20, a presidência brasileira lançou a Força-Tarefa para a Mobilização Global contra a Mudança do Clima, reunindo ministros de Finanças, Meio Ambiente e Clima, Relações Exteriores e presidentes de Bancos Centrais para discutir como enfrentar o desafio climático.

O mandatário brasileiro reforçou que, ao lado da Organização das Nações Unidas (ONU), pede o engajamento do G20 para elevar o nível de ambição da próxima rodada de Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês).

“É fundamental que as novas NDCs estejam alinhadas à meta de limitar o aumento da temperatura global a 1,5ºC [grau Celcius]”, disse. “Aos países em desenvolvimento, faço um chamado para que suas NDCs cubram toda a economia e todos os gases de efeito estufa”.

Ao afirmar que é essencial que os países adotem metas absolutas de redução de emissões, Lula lembrou que na 29ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP29), em Baku, capital do Azerbaijão, o Brasil apresentou nova NDC, que abrange todos os gases de efeito estufa e setores econômicos.

Fim do desmatamento

Ele ressaltou também que o Brasil tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, com 90% de eletricidade proveniente de fontes renováveis.

“Somos campeões em biocombustíveis, avançamos na geração eólica e solar e em hidrogênio verde”, acrescentou.

O presidente afirmou que a maior parte da redução das emissões brasileiras resultará da queda no desmatamento, “que diminuiu 45% nos últimos dois anos”.

“Não transigiremos com os ilícitos ambientais. O desmatamento será erradicado até 2030”, garantiu.

O presidente pediu que o mundo reconheça o papel desempenhado pelas florestas e que valorize a contribuição dos povos indígenas e comunidades tradicionais. Nesse caminho, o presidente agradeceu a colaboração do G20 no desenho do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que vai remunerar países em desenvolvimento que mantêm florestas em pé.

Mas afirmou que iniciativas de conservação serão inócuas se a comunidade internacional não se unir para fazer a sua parte.

“Mesmo que não derrubemos mais nenhuma árvore, a Amazônia continuará ameaçada se o resto do mundo não cumprir a missão de conter o aquecimento global”, disse ele, que chamou atenção também para a importância de se conservar os oceanos.

O presidente fez questão de criticar o negacionismo e a desinformação e disse que o Brasil trabalha com a ONU e com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em uma Iniciativa Global pela Integridade das Informações sobre a Mudança do Clima.

Com críticas a termos não cumpridos do Acordo de Paris, Lula reforçou a bandeira brasileira de que é necessário um financiamento internacional para que países ricos ajudem os demais na reversão do aquecimento global.

“Não há ambição que se sustente sem meios de implementação. Em Paris, falávamos em uma centena de bilhões de dólares por ano, que o mundo desenvolvido não cumpriu. Hoje, falamos em trilhões. Esses trilhões existem, mas estão sendo desperdiçados em armamentos, enquanto o planeta agoniza”.

Lula lembrou que a COP29, que segue até o próximo dia 22, deve ser tratada pelos países como um dos caminhos para se chegar a acordos ambiciosos. “Não podemos adiar para Belém a tarefa de Baku”, disse, se referindo à capital paraense, que recebe a COP30 em 2025.

“A COP30 será nossa última chance de evitar uma ruptura irreversível no sistema climático. Conto com todos para fazer de Belém a COP da virada”, incitou.

Lula convidou ainda a comunidade internacional a considerar a criação de um Conselho de Mudança do Clima na ONU, que articule diferentes atores, processos e mecanismos que, segundo ele, hoje se encontram fragmentados.”

“A esperança renasce a cada compromisso e ato de coragem em defesa da vida e da preservação das condições em que ela nos foi dada”, finalizou.

G20

O G20 é composto por 19 países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, além da União Europeia e da União Africana.

Os integrantes do grupo representam cerca de 85% da economia mundial, mais de 75% do comércio global e cerca de dois terços da população do planeta.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Ministro de Lula afirma que Trump deve ficar isolado com negacionismo climático

Ministro de Lula afirma que Trump deve ficar isolado com negacionismo climático

Pimenta avalia que Argentina pode seguir mesmo caminho

A postura do presidente eleito dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, de negar a crise climática e defender a expansão do uso dos combustíveis fósseis – responsáveis pelo aquecimento da terra – deve isolar o novo mandatário da Casa Branca do resto do mundo, avaliou o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta.

“O mundo hoje está muito multilateral. Nós temos o Sul Global, temos outros países com força, como a Índia, como a própria China, que não tinha essa força há algumas décadas. O Brics passa a ser outro vetor importante desta geopolítica internacional. Então, se os Estados Unidos acabar, em função do Trump, para essas pautas específicas, fugindo desse esforço internacional, se a Argentina eventualmente optar por também seguir esse caminho, eu tendo a achar que eles ficarão numa posição de isolamento”, explicou Pimenta, que avalia que a Argentina pode seguir a posição dos EUA.

O combate à crise climática é uma das prioridades do Brasil no plano internacional e foi selecionado pelo governo como um dos grandes temas do debate da cúpula do G20, que começa nesta segunda-feira (18), no Rio de Janeiro (RJ). O ministro Pimenta comentou o tema em entrevista ao programa Giro Social, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), com participação da Agência Brasil.

Pimenta citou alguns desastres climáticos recentes, como o do Rio Grande do Sul (RS), o de Valência, na Espanha, e da chuva atípica no deserto do Saara, na África, o que torna difícil até para Trump negar a crise climática.

“O aumento da temperatura global, o aumento da temperatura dos oceanos, não é mais um tema de natureza acadêmica. Não é mais uma hipótese futura. Ela é uma realidade presente que diz respeito à vida de todas as pessoas”, comentou, acrescentando que o mercado vem exigindo adaptações para enfrentar as mudanças climáticas.

“Independentemente do Trump, você acha que os grandes grupos econômicos americanos vão ignorar essas exigências do mercado para garantir que seus produtos possam ser vendidos na Europa ou em outras regiões do planeta? Evidente que não”, disse.

Para o ministro, mesmo que Trump não participe presencialmente desses debates e fóruns internacionais sobre clima, “o mundo vai caminhar e não vai ficar refém dos Estados Unidos ou de condutas negacionistas de ninguém. E o Brasil cada vez mais tem um papel, um protagonismo, uma importância nesse cenário”.

Financiamento climático

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem cobrado os países ricos para que financiem a adaptação e mitigação das mudanças climáticas nos países mais pobres, uma vez que os países desenvolvidos, ao liderarem Revolução Industrial, foram os que mais emitiram gases do efeito estufa.

No Acordo de Paris, em 2015, foi prometida a criação de um fundo com o aporte de US$ 100 bilhões por ano, que seria financiado pelas principais potências para financiar a transição energética e a adaptação à mudança climática. Porém, esse financiamento nunca ocorreu.

Para o ministro Pimenta, um acordo para financiar a transição energética e a adaptação e mitigação das mudanças climáticas pode ser um dos legados do G20 no Brasil.

“Ao longo dos últimos meses, foram inúmeras agendas realizadas com esse objetivo. E eu não vejo outra forma de financiar políticas públicas de combate à fome, à desigualdade no mundo e também com relação à questão das mudanças climáticas, sem que aqueles que mais ganharam com isso, sem que os países mais ricos possam, de alguma forma, pagar a maior parte dessa conta”, finalizou o ministro.

Foto: RS/via Fotos Publicas

Da Agência Brasil

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EUA formalizam apoio à conservação em visita de Biden à Amazônia

EUA formalizam apoio à conservação em visita de Biden à Amazônia

Pacote prevê doações diretas e parcerias

O governo dos Estados Unidos anunciou na manhã deste domingo (17) a consolidação de um pacote de ajuda a iniciativas de conservação da Amazônia, como parte de seu programa nacional de combate às mudanças climáticas. O presidente americano Joe Biden visitou Manaus neste domingo.

Foi a primeira visita de um presidente estadunidense à Amazônia no exercício do mandato, onde foram anunciados acordos bilaterais, marcando os 200 anos de relação mútua entre Brasil e Estados Unidos; ações em conjunto com ONGs e empresas, inclusive bancos brasileiros e atuação no apoio ao combate ao crime organizado, especialmente a ação ilegal em mineração e derrubada de árvores e o combate a incêndios florestais.

As ações, segundo o anúncio, são para “ajudar a acelerar os esforços globais para combater e reverter o desmatamento e implantar soluções baseadas na natureza que reduzam as emissões, aumentem a biodiversidade e construam resiliência a um clima em mudança”.

Simbólica, a ação amplia o leque de iniciativas para o que a Casa Branca coloca como financiamento climático internacional, e se opõe a algumas posições públicas do presidente eleito Donald Trump, notório negacionista do impacto da ação humana sobre o clima.

Na nota sobre o pacote, o governo americano lembra que “desde o primeiro dia do governo Biden-Harris, a luta contra as mudanças climáticas tem sido uma causa definidora da liderança e da presidência do presidente Biden”.

“Nos últimos quatro anos, o governo criou um novo manual que transformou o combate à crise climática em uma enorme oportunidade econômica – tanto em casa quanto no exterior. Depois de liderar a ação doméstica mais significativa sobre clima e conservação da história e liderar os esforços globais para enfrentar a crise climática, hoje o presidente Biden está viajando para Manaus, Brasil, onde se reunirá com líderes indígenas e outros”, diz a nota.

A ação anunciada comemora a marca de US$ 11 bilhões anuais garantidos para ações de conservação em todo o mundo, aumento alegado por Washington de seis vezes em relação ao orçamento para financiamento bilateral no começo do governo Biden, quando sucedeu o primeiro mandato de Trump.

Parte das ações virá por meio do escritório federal Corporação Financeira de Desenvolvimento Internacional dos EUA (DFC) e do Banco de Exportação e Importação dos EUA (Exin). O primeiro doará US$ 3,71 bilhões e o segundo US$ 1,6 bilhão ainda este ano.

Entre os anúncios formalizados em Manaus, os Estados Unidos doarão US$ 50 milhões para o Fundo Amazônia, dobrando a contribuição do país a esse instrumento internacional de financiamento; lançarão uma coalização de investidores, em parceria com o banco BTG Pactual, para restauração de terras e apoio à bioeconomia, que pretende conseguir US$ 10 bilhões até 2030, focados em projetos de remoção de emissões e apoio às comunidades locais; o apoio a iniciativas de geração de créditos de carbono com reflorestamento de áreas convertidas em pastagens, sob responsabilidade da empresa Mombak; a entrada do país no Fundo Florestas Tropicais para Sempre (FFTS), proposto pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e em fase de modelamento e instalação, com uso de capital privado.

Estão previstos investimentos diretos, como o de US$ 180 milhões junto à Coalizão Redução de Emissões por meio do Avanço do Financiamento Florestal (Leaf), para ações de reflorestamento no Pará; a ampliação de um acordo de investimento e cofinanciamento entre o DFC e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ampliando acordo assinado mês passado; o financiamento para o Laboratório de Investimentos em Soluções Baseadas na Natureza (SbN), com US$ 2 milhões do fundo Usaid para a iniciativa, do Instituto Clima e Sociedade e de financeiras; o investimento de US$ 2,6 milhões no projeto Rainforest Wealth, do Imaflora e do Instituto Socioambiental (ISA), além de pouco mais de US$ 10 milhões em investimento a outros projetos em bioeconomia, cadeias de suprimentos de baixo carbono e outras modalidades de produção local, e outros cerca de US$ 14 milhões em financiamento direto à atuação de comunidades indígenas.

O anúncio do pacote também incluiu três pontos críticos na proteção do bioma: o combate à extração ilegal de madeira,o combate à mineração ilegal e a assistência para o combate ao fogo.

Contra a extração de madeira haverá treinamento em tecnologia para identificação de origem da madeira, a partir da técnica de Espectrometria de Massa (Dart-Tofms: Análise Direta em Espectrometria de Massa em Tempo Real de Voo), para identificar de onde partem as madeiras fiscalizadas com precisão.

O pacote anunciado destaca a participação dos Estados Unidos no financiamento do combate a atividades criminosas com atuação em mineração ilegal e tráfico de mercúrio, com doação de US$ 1,4 milhão.

Contra as queimadas, destacam-se a parceria de 15 anos com o Instituto Brasileiro de Pesquisas Espaciais (Inpe), por meio da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), que atua com a rede de satélites de monitoramento dos Estados Unidos. Também haverá treinamento do Serviço Florestal dos EUA para “o manejo inclusivo do fogo, capacitando mulheres e comunidades indígenas, incluindo a primeira brigada de incêndio indígena só de mulheres no Tocantins e no Maranhão.

Repercussão

A Agência Brasil ouviu o movimento Amazônia de Pé, que congrega 20 mil ativistas e cerca de 300 organizações. Sua porta-voz e diretora, Daniela Orofino, declarou que recebeu “com muita alegria a notícia dada pelo presidente Biden hoje (17), de que os EUA irão apoiar o Fundo Floresta Tropical para Sempre, uma proposta encabeçada pelo governo brasileiro para financiamento multilateral da proteção das florestas tropicais. Essa é uma demanda que os povos tradicionais e a Amazônia de Pé estão levantando há algum tempo, para que o Fundo efetivamente saia do papel”.

“Um país como os EUA, que produz impactos que têm relação direta com as mudanças climáticas, têm também a responsabilidade de investir em ações globais de mitigação, e a Amazônia está no centro das políticas da mudança climática”, disse Orofino.

“A questão da terra é chave para o combate à crise climática. Demarcar territórios indígenas e de comunidades tradicionais na Amazônia e garantir recursos para a sua proteção é o caminho. Precisamos fazer o dinheiro chegar nos povos da floresta, que são guardiões desses espaços, e nas estruturas de proteção, como o Ibama e o ICMBio. Por isso, ficaremos atentas para que esse apoio seja implementado, ainda que com os desafios que virão com a mudança de governo norte-americano”, disse Daniela Orofino.

O secretário executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, disse que o anúncio é positivo e pode consolidar políticas públicas que estão sendo estruturadas na região.

˜São anúncios extremamente importantes, e a maioria deles relacionados à proteção da Amazônia, à defesa da biodiversidade e combate ao desmatamento. O desmatamento é um dos principais fatores hoje de emissões de gás de efeito estufa no Brasil. Zerar o desmatamento é algo absolutamente possível. O atual governo, inclusive, vem diminuindo de forma bastante substancial as taxas de desmatamento, nos dois últimos anos, cerca de 45% de redução, e esses investimentos vão permitir que essas políticas de combate ao desmatamento continuem fortalecidas e também que uma economia de floresta seja colocada no local, nos lugares que hoje você tem o desenvolvimento de uma economia de destruição. Portanto, a preservação se torna uma forma de gerar renda, de gerar benefícios, para a população, e é isso que a gente precisa, combater o crime, gerar renda através da proteção da floresta. Esse tipo de anúncio que está sendo feito vai nessa direção e por isso da importância”.

O secretário executivo da organização não governamental dedicada à redução de emissões, ressaltou o “destaque bastante especial vai para a questão do Fundo Amazônia”.

“Os Estados Unidos chegaram a já depositar cerca de US$ 50 milhões no Fundo Amazônia nesse último período. Pelo anúncio parece que a gente vai ter mais um depósito de US$ 50 milhões e o Fundo Amazônia tem demonstrado ao longo do tempo que é um instrumento fundamental para o combate ao desmatamento e combate ao crime ambiental, uma vez que quase todos os desmatamentos da Amazônia acontecem na ilegalidade˜.

Foto: Dhyeizo Lemos/Semcom/Fotos Públicas

Da Agência Brasil

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Caso Samarco: após 9 anos, TRF-6 absolve todos os réus da ação penal

Caso Samarco: após 9 anos, TRF-6 absolve todos os réus da ação penal

Decisão de primeira instância foi publicada nesta quinta-feira

Passados pouco mais de nove anos do rompimento da barragem da mineradora Samarco, a Justiça Federal absolveu todos os réus que respondiam no processo criminal. A decisão, de primeira instância, foi publicada nesta quinta-feira (14). Ela foi assinada pela juíza Patrícia Alencar Teixeira de Carvalho, do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6).

O rompimento da barragem, localizada no município de Mariana (MG), aconteceu no dia 5 de novembro de 2015. Na ocasião, cerca de 39 milhões de metros cúbicos de rejeitos escoaram pela Bacia do Rio Doce. Dezenove pessoas morreram e uma mulher que estava grávida, resgatada com vida, sofreu um aborto. Houve impactos às populações de dezenas de municípios até a foz no Espírito Santo.

Ninguém chegou ser preso, nem mesmo em caráter preventivo ou temporário. O processo criminal começou a tramitar em 2016 com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF). Para 21 pessoas ligadas à Samarco e às suas duas acionistas Vale e BHP Billiton, foram atribuídos o crime de homicídio qualificado e diversos crimes ambientais.

Um 22º réu respondia por emissão de laudo enganoso. Trata-se do engenheiro da empresa VogBr que assinou documento garantindo a estabilidade da barragem que se rompeu. A Samarco, a Vale, a BHP Billinton e a VogBR também eram julgadas no processo e podiam ser penalizadas pelos crimes ambientais.

No entanto, em 2019, uma decisão da Justiça Federal já havia beneficiado os réus. Foi determinado o trancamento da ação penal para o crime de homicídio. Prevaleceu a tese de que os indícios incluídos na denúncia apontavam as mortes como consequências do crime de inundação. Dessa forma, o processo continuou a tramitar envolvendo apenas os crimes ambientais. Mas, ao longo do tempo, foram concedidos habeas corpus a alguns acusados. Além disso, com a tramitação lenta da ação penal, alguns crimes ambientais prescreveram.

Com a nova decisão, ficam absolvidos todos os sete que ainda figuravam no processo, incluindo o ex-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi. A sentença também absolve as três mineradoras e a VogBr. Segundo a juíza, a decisão foi tomada diante da “ausência de provas suficientes para estabelecer a responsabilidade criminal”. Em sua visão, a diretoria encarregou profissionais qualificados para as operações das barragens e não foi informada sobre eventos que agravaram os riscos. Além disso, considerou não ter sido provado que atos ou omissões levaram ao rompimento da barragem. O Ministério Público Federal (MPF) já anunciou que pretende recorrer.

Esfera cível

Além do processo criminal, tramitam na esfera cível diversas ações envolvendo a reparação dos danos causados na tragédia. Há três semanas, um novo acordo buscando equacionar essa situação foi assinado entre as mineradoras, o governo federal, os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo, o MPF e outras instituições de Justiça.

Até então, o processo de reparação vinha sendo conduzido com base no Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC), firmado em 2016. Este acordo, no entanto, vinha sendo considerado insatisfatório. A Fundação Renova, criada para administrar todas as medidas reparatórias, se tornou ao longo do tempo alvo de milhares de processos judiciais questionando sua atuação em temas variados como indenizações individuais, reconstrução de comunidades destruídas, recuperação ambiental, etc. Sua falta autonomia diante das mineradoras também era questionada.

O novo acordo foi fruto de três anos de negociações, em busca de uma repactuação do processo reparatório que fosse capaz se solucionar um passivo de 80 mil ações judiciais.

Ele estabelece a extinção da Fundação Renova, cria um novo modelo de governança do processo reparatório, fixando novos desembolsos que totalizam R$ 100 bilhões em dinheiro novo.

Com o fim das negociações e a repactuação do processo reparatório, todas as ações movidas pelos governos e pelas instituições de Justiça envolvendo o tema serão arquivadas. Poderão prosseguir ações movidas pelos atingidos, embora para receber valores indenizatórios previstos no novo acordo será preciso dar quitação integral à Samarco.

Entidades que representam às vítimas apontam alguns avanços, mas criticam a falta de participação popular nas tratativas. Também foram ao Supremo Tribunal Federal (STF) para contestar cláusulas envolvendo o programa indenizatório, a necessidade de quitação integral e a falta de reconhecimento de algumas comunidades, entre outras questões. O acordo, no entanto, foi homologado pelo STF sem alterações.

Justiça estrangeira

Paralelamente, o processo reparatório também está em debate na Justiça inglesa, onde mais de 600 mil atingidos e dezenas de municípios buscam reparação em uma ação contra a BHP Billiton . A mineradora anglo-australiana acionista da Samarco é o alvo do processo porque tem sede em Londres. O escritório Pogust Goodhead, que representa as vítimas, estima que uma condenação possa chegar à R$ 260 bilhões, resultando em indenizações mais elevadas do que as previstas no acordo firmado no Brasil. Mas com a exigência do termo de quitação final, cada atingido poderá ter que fazer uma opção entre receber agora ou aguardar o resultado do processo inglês.

Na atual etapa do processo inglês, que deve durar até março do próximo ano, os juízes irão determinar se há ou não responsabilidade de a anglo-australiana BHP Billiton. A mineradora sustenta que o processo duplica questões que já estão sendo equacionadas no Brasil. Há um acordo entre as duas acionistas da Samarco – BHP Billiton e Vale – para que, em caso de condenação, cada uma arque com 50% dos valores fixados. O processo ainda deve se arrastar. Mesmo que a responsabilidade da minerador anglo-australiana seja reconhecida, o cronograma do tribunal inglês indica que a análise dos pedidos de indenização individual poderá ocorrer apenas no fim de 2026.

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Vazamento de esgoto em Mãe Luiza atinge Areia Preta

Vazamento de esgoto em Mãe Luiza atinge Areia Preta

Fiscalização da Semurb identifica origem do vazamento que compromete a balneabilidade da praia; CAERN é notificada

A Praia de Areia Preta, em Natal, voltou a ser afetada pela chamada “língua negra”, resultado de um vazamento de esgoto identificado na Rua Atalaia, bairro de Mãe Luiza. A obstrução em um Poço de Visita (PV) fez com que efluentes escoassem para a rede de drenagem pluvial, comprometendo a balneabilidade da praia. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) realizou uma operação de fiscalização nesta quinta-feira (7.nov.2024) para apurar o problema.

Segundo Leonardo Almeida, supervisor geral de fiscalização ambiental da Semurb, a equipe começou a vistoria às 9h, utilizando uma câmera endoscópica para mapear o vazamento. “Nossa equipe realizou uma varredura detalhada do local, monitorando a galeria de drenagem desde a Rua Guanabara até a Rua Atalaia. A origem do esgoto só foi possível a partir da utilização de uma câmera sonda tipo endoscópica”, detalhou Almeida.

A Semurb notificará a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN), que terá um prazo máximo de 72 horas para corrigir a situação. Almeida enfatizou a urgência da intervenção: “Essa correção é essencial para evitar o comprometimento contínuo da balneabilidade da praia e garantir a preservação do meio ambiente.”

A população também é chamada a colaborar, reportando irregularidades na rede de esgoto por meio da Ouvidoria da Semurb, disponível pelo telefone (84) 3616-9829, de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h, ou pelo e-mail ouvidoria.semurb@natal.rn.gov.br.

Foto: Divulgação/Semurb

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Quatro cidades do RN têm situação de emergência reconhecida por seca prolongada

Quatro cidades do RN têm situação de emergência reconhecida por seca prolongada

Ministério da Integração autoriza cidades potiguares a solicitarem recursos para ações de combate aos efeitos da seca

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu, nesta terça-feira (5.nov.2024), a situação de emergência em quatro municípios do Rio Grande do Norte. As cidades de Nova Cruz, São Pedro e São Vicente tiveram a emergência decretada devido à seca prolongada, enquanto São Bento do Trairí também obteve o reconhecimento por enfrentar o mesmo fenômeno climático adverso.

A portaria oficializando a situação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) e permite que essas prefeituras acessem recursos federais para amenizar os impactos da seca em suas regiões.

Com o reconhecimento, as prefeituras podem agora solicitar recursos do Governo Federal para a implementação de medidas de defesa civil, que incluem a distribuição de cestas básicas, água mineral, refeições para trabalhadores e voluntários, kits de higiene pessoal, limpeza de residências e kits para dormitório, entre outros itens essenciais para o suporte às comunidades afetadas.

Até o momento, o Rio Grande do Norte contabiliza 51 reconhecimentos federais de situação de emergência. Desses, 42 são decorrentes de estiagem, oito de seca severa e um por chuvas intensas.

Como solicitar recursos ao Governo Federal

Os municípios em situação de emergência ou estado de calamidade pública podem solicitar recursos para ações de defesa civil diretamente ao MIDR. Esse pedido deve ser formalizado através do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD), onde as prefeituras submetem planos de trabalho detalhando as necessidades e metas a serem alcançadas.

Após a análise das solicitações, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia os valores e objetivos, e, uma vez aprovados, uma nova portaria com o valor autorizado é publicada no DOU, permitindo o repasse dos recursos.

Capacitação para uso do sistema S2iD

Para qualificar agentes municipais e estaduais no uso do S2iD, a Defesa Civil Nacional oferece cursos à distância voltados para servidores das três esferas do governo. Esses treinamentos abordam procedimentos e técnicas para gestão de emergências, possibilitando que as equipes locais estejam mais preparadas para atuar em situações de desastres.

Foto: José Cruz/Agência Brasil

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Volume dos reservatórios do RN atinge 67% da capacidade

Volume dos reservatórios do RN atinge 67% da capacidade

Dados do Igarn mostram que barragens como Armando Ribeiro Gonçalves e Santa Cruz do Apodi superam marca de 70% de armazenamento

O Instituto de Gestão das Águas do Rio Grande do Norte (Igarn) divulgou que o volume acumulado nos reservatórios do estado atingiu 3.058.490.456 m³, o equivalente a 67,23% da capacidade máxima de 4,54 bilhões de metros cúbicos. Em 2023, na mesma época, os reservatórios somavam apenas 53,88% da capacidade total, um reflexo das dificuldades climáticas enfrentadas no ano anterior. O aumento atual aponta para uma recuperação gradual, o que traz maior segurança hídrica para a população.

A barragem Armando Ribeiro Gonçalves, a maior do estado, acumula atualmente 1.711.800.800 m³, correspondentes a 72,13% de sua capacidade total. Outros mananciais, como a barragem Santa Cruz do Apodi, segunda maior do RN, possuem 444.925.900 m³, ou 74,19% de sua capacidade total. Reservatórios menores também apresentam bons níveis de armazenamento, como o açude Trairi, em Tangará, que atinge 85,70% de sua capacidade.

Contudo, algumas barragens menores ainda enfrentam níveis críticos de armazenamento. Entre elas estão Itans, em Caicó, com apenas 0,45% de sua capacidade, e Passagem das Traíras, em São José do Seridó, com 1,86%. Esses reservatórios demandam atenção das autoridades para assegurar o abastecimento das comunidades locais em caso de estiagem prolongada.

Foto: ASCOM/IGARN

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Cidade de São Paulo está em estado de atenção para alagamentos

Cidade de São Paulo está em estado de atenção para alagamentos

Três regiões chegaram a ficar em alerta, o mais grave da escala

Todas as regiões da cidade de São Paulo estão em estado de atenção para alagamentos por causa das chuvas que atingem a capital paulista na tarde de hoje (2). Três regiões chegaram a ficar em estado de alerta, o mais grave de uma escala que varia entre observação, atenção, iminência de transbordamento e alerta.

A primeira região a ficar em estado de alerta foi a subprefeitura de Santo Amaro, por causa da iminência de transbordamento do Córrego Água Espraiada, na altura do Piscinão do Jabaquara. O estado de alerta funcionou entre 14h30 e 15h18 nessa região. Na subprefeitura de Itaquera, o estado de alerta funcionou entre 15h18 e 16h17, por causa do transbordamento do Rio Verde.

Já na subprefeitura do Itaim Paulista, houve transbordamento do Córrego Itaim e iminência de transbordamento do Córrego Lajeado e o estado de alerta funcionou entre 15h41 e 16h17.

Neste momento, há cinco pontos de alagamento na cidade, dois deles intransitáveis, localizados na Avenida Engenheiro Billings, na zona oeste da capital, e na Rua Padre Viegas de Menezes, em Itaquera, na zona leste.

Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), as áreas de instabilidade formadas pelo ar quente e úmido perderam força na capital, mas novas áreas de instabilidade estão se deslocando das cidades de Jundiaí, Itupeva, Cabreúva e Campo Limpo Paulista para a Grande São Paulo.

Ainda são esperadas chuvas, principalmente no norte e no oeste da região metropolitana. A tendência, informou o órgão, é que as chuvas percam força na próxima hora.

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Afundamento do solo em Maceió: PF indicia 20 pessoas por crimes

Afundamento do solo em Maceió: PF indicia 20 pessoas por crimes

Extração de sal-gema causou problema em 5 bairros da capital alagoana

A Polícia Federal (PF) indiciou 20 pessoas foram por crimes relacionados à exploração de sal-gema pela petroquímica Braskem, em Maceió. A PF informou, nesta sexta-feira (1º), que o inquérito foi encaminhado para a 2ª Vara Federal de Alagoas para as “devidas providências”. A extração nas minas de sal-gema na capital alagoana foi feita durante pouco mais de 40 anos e terminou em 2019, após o afundamento do solo em pelo menos cinco bairros e o colapso de uma das minas. Cerca de 60 mil pessoas foram atingidas.

Os nomes das pessoas indiciadas não foram informados pela PF. Em nota encaminhada à Agência Brasil, a assessoria da corporação explicou que “o caso encontra-se sob segredo de justiça decretado pela Justiça Federal”.

Caso a Justiça acolha o inquérito, os indiciados responderão por crimes como exploração de matéria-prima da União, em desacordo com a autorização concedida e com a legislação ambiental; dano qualificado praticado contra o patrimônio da União, Estado e Município; deterioração ou inutilização de bens alheios, crime ambiental com agravante de apresentação de dados falsos e omissão de informações. As penas variam entre reclusão e multas.

De acordo com o Movimento Unificados de Vítimas da Braskem (MUVB), aproximadamente 60 mil pessoas e 15 mil imóveis foram afetados em razão do afundamento do solo, que levou ao desaparecimento dos bairros do Pinheiro, Bebedouro, Mutange, Bom Parto e parte do Farol.

Ainda segundo o movimento, as comunidades dos Flexais, de Quebradas, Marquês de Abrantes, do Bom Parto e a Rua Santa Luzia, na Vila Saem, também foram afetadas. No dia 10 de dezembro de 2023, uma das 35 minas da Braskem ruiu sob a Lagoa Mundaú, no Mutange.

Em setembro deste ano, os moradores realizaram um protesto durante reunião dos ministros da Economia dos países do G20, em Maceió, chamando a atenção para a necessidade de reparação ambiental pelos danos causados pela atividade exploratória da Braskem.

Em julho, a Braskem foi condenada por um tribunal da Holanda a indenizar nove vítimas do afundamento provocado pela extração de sal-gema na capital alagoana.

Na decisão, a Justiça holandesa não fixou valores a serem pagos, mas determinou que as partes entrassem em acordo sobre o quanto deve ser indenizado. A Braskem ainda pode recorrer da decisão. A ação é individual, ajuizada por nove pessoas, mas poderá servir de base para outros processos.

No mesmo mês, durante audiência realizada pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), vinculada à Organização dos Estados Americanos (OEA), vítimas do rompimento de barragens em Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais, dos incêndios da Boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e do Ninho do Urubu, no Rio de Janeiro, e do afundamento de bairros em Maceió, cobraram a responsabilização pelas tragédias nos âmbitos judicial e legislativo.

“Solicitamos que a comissão inste o Estado brasileiro a restaurar ou reabrir processos penais ou administrativos, estabelecer um efetivo controle social sobre a atividade do Ministério Público e dos órgãos de fiscalização e análise de riscos e conceber uma legislação específica para casos de tragédias coletivas e de grande impacto social, prevendo mecanismos de prevenção e responsabilização”, disse, na audiência, a advogada Tâmara Biolo Soares, representante da defesa das vítimas.

Foto: Gésio Passos/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Despoluir da FETRONOR certifica frota de ambulâncias do SAMU Natal como não poluente

Despoluir da FETRONOR certifica frota de ambulâncias do SAMU Natal como não poluente

Com avaliação do programa Despoluir, SAMU Natal é destaque em sustentabilidade e reforça compromisso com a saúde pública e o meio ambiente

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Natal (SAMU Natal) agora integra o grupo de instituições parceiras do meio ambiente ao receber o certificado do programa Despoluir, promovido pela Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Nordeste (FETRONOR). A certificação assegura que 100% da frota do SAMU Natal opera de acordo com os padrões ambientais exigidos, sem emitir poluentes atmosféricos, contribuindo para uma cidade mais limpa.

A parceria com a FETRONOR permite que as viaturas, incluindo as Unidades de Suporte Básico (USB) e a Unidade de Suporte Avançado (USA), sejam periodicamente inspecionadas. O trabalho busca avaliar o impacto ambiental do serviço, assegurando a conformidade com as regulamentações ambientais da Resolução CONAMA n.º 418/2009 e da Instrução Normativa IBAMA n.º 6/2010.

“A certificação do SAMU Natal pelo programa Despoluir representa um grande avanço na busca por um transporte mais sustentável e consciente do impacto ambiental,” destaca Samara Freire, coordenadora do programa Despoluir da FETRONOR. “É muito importante vermos um serviço de urgência tão essencial também comprometido com a preservação do meio ambiente. Parabenizamos o SAMU Natal pela conquista e pelo exemplo que oferece à sociedade, mostrando que é possível aliar excelência no atendimento à saúde pública com práticas ambientalmente responsáveis”, afirma Samara.

O programa Despoluir, iniciativa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) lançada em 2007, é hoje o maior projeto ambiental do setor de transporte na América Latina. Com mais de 3,3 milhões de avaliações veiculares realizadas, o Despoluir contribui diretamente para a redução de poluentes, otimizando a frota e promovendo o bem-estar das populações urbanas. Com o selo de sustentabilidade, o SAMU Natal se posiciona entre os pioneiros no Nordeste no compromisso com uma saúde pública que respeita o meio ambiente.

A FETRONOR é responsável pela execução do programa nos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. Nos três estados, a frota aferida atingiu um índice de aprovação de 99,93%, comprovando a não poluição e a contribuição ao meio ambiente.

Fotos: Divulgação

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Inmet emite alertas de baixa umidade para 99 cidades do RN

Inmet emite alertas de baixa umidade para 99 cidades do RN

Avisos de baixa umidade, com variação entre 20% e 12%, colocam cidades do Oeste e região Central potiguar em alerta para riscos à saúde e incêndios florestais

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu nesta terça-feira (29.out.2024) dois avisos de baixa umidade para o estado do Rio Grande do Norte. Um alerta laranja, mais severo, abrange 29 municípios concentrados na região Oeste potiguar, onde a umidade relativa do ar deve oscilar entre 20% e 12%, oferecendo riscos para a saúde e aumentando a possibilidade de incêndios florestais. Entre as consequências previstas estão ressecamento da pele, desconforto nos olhos, boca e nariz, além de agravamento de doenças respiratórias.

O segundo aviso, menos grave e de legenda amarela, atinge 70 cidades, incluindo as 29 do alerta laranja. Com níveis de umidade entre 30% e 20%, o alerta cobre áreas do Oeste e parte da região Central do estado, onde os riscos de saúde e de incêndios florestais são considerados moderados. A população das áreas afetadas deve seguir as recomendações do Inmet para minimizar os impactos.

Ambos os avisos começaram ao meio-dia e seguirão até às 19h desta terça-feira. Durante esse período, o Inmet recomenda à população que aumente a ingestão de líquidos, evite atividades físicas intensas e minimize a exposição ao sol durante as horas mais secas e quentes do dia. Em regiões sob o alerta laranja, o uso de hidratantes para pele e a umidificação do ambiente são recomendados, e atividades físicas devem ser evitadas.

Para mais informações, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros estão disponíveis para apoio através dos telefones 199 e 193, respectivamente.

Cidades sob aviso de legenda laranja:

  • Água Nova
  • Alexandria
  • Antônio Martins
  • Coronel João Pessoa
  • Doutor Severiano
  • Encanto
  • Francisco Dantas
  • João Dias
  • José da Penha
  • Luís Gomes
  • Major Sales
  • Marcelino Vieira
  • Martins
  • Paraná
  • Pau dos Ferros
  • Pilões
  • Portalegre
  • Rafael Fernandes
  • Riacho da Cruz
  • Riacho de Santana
  • Rodolfo Fernandes
  • São Francisco do Oeste
  • São Miguel
  • Serrinha dos Pintos
  • Taboleiro Grande
  • Tenente Ananias
  • Umarizal
  • Venha-Ver
  • Viçosa

Cidades sob aviso de legenda amarela:

  • Acari
  • Açu
  • Água Nova
  • Alexandria
  • Almino Afonso
  • Antônio Martins
  • Apodi
  • Augusto Severo
  • Baraúna
  • Caicó
  • Caraúbas
  • Coronel João Pessoa
  • Cruzeta
  • Currais Novos
  • Doutor Severiano
  • Encanto
  • Felipe Guerra
  • Florânia
  • Francisco Dantas
  • Frutuoso Gomes
  • Governador Dix-Sept Rosado
  • Ipueira
  • Itaú
  • Janduís
  • Jardim de Piranhas
  • Jardim do Seridó
  • João Dias
  • José da Penha
  • Jucurutu
  • Lucrécia
  • Luís Gomes
  • Major Sales
  • Marcelino Vieira
  • Martins
  • Messias Targino
  • Mossoró
  • Olho d’Água do Borges
  • Ouro Branco
  • Paraná
  • Paraú
  • Patu
  • Pau dos Ferros
  • Pilões
  • Portalegre
  • Rafael Fernandes
  • Rafael Godeiro
  • Riacho da Cruz
  • Riacho de Santana
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Foto: Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília/Ilustração

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Degradação de florestas na Amazônia bate recorde mensal em setembro

Degradação de florestas na Amazônia bate recorde mensal em setembro

Aumento das queimadas contribui para destruir a área verde

A degradação florestal na Amazônia Legal atingiu 20.238 quilômetros quadrados (km²) em setembro de 2024, o que equivale a mais de 13 vezes a área da cidade de São Paulo.

O número representa um aumento de 1.402% em relação a setembro de 2023, quando a degradação detectada foi de 1.347 km². O instituto de pesquisa Imazon apontou que essa foi a maior área atingida – no período de um mês – pelo dano ambiental dos últimos 15 anos. Degradação ambiental é o processo de deterioração do meio ambiente, que pode ser causado por ações humanas ou naturais.

Os dados de desmatamento e degradação florestal na Amazônia, do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), são monitorados pelo Imazon por imagens de satélite desde 2008 e 2009, respectivamente.

O desmatamento corresponde à remoção completa da floresta, enquanto a degradação é um dano causado por queimadas ou pela extração madeireira – não remove toda a vegetação, mas destrói parte dela. A entidade ressalta que ambos ameaçam espécies da fauna e da flora.

“Setembro costuma ser um mês marcado pelo aumento dessas práticas na Amazônia, por estar dentro de um período mais seco. Porém, os números registrados em 2024 são muito mais elevados do que os vistos anteriormente. E a maioria dos alertas ocorreu devido à intensificação dos incêndios florestais”, disse, em nota, a pesquisadora Larissa Amorim, do Imazon.

Ela afirmou que esse pico da degradação é bastante preocupante e que rios importantes da Amazônia estão em situação crítica. O Imazon atribui o resultado do levantamento ao aumento das queimadas causadas pela ação humana e favorecidas pela seca severa na região.

Setembro deste ano foi ainda o quarto mês consecutivo com aumento nas áreas degradadas, o que contribuiu para que o acumulado desde janeiro também fosse o maior dos últimos 15 anos, atingindo 26.246 km². Antes disso, o recorde para o período era de 2022, quando a degradação alcançou 6.869 km².

Estado mais afetado

O estado do Pará concentrou 57% das áreas de florestas degradadas na Amazônia em setembro deste ano. A degradação passou de 196 km² em setembro de 2023 para 11.558 km² no mesmo mês de 2024, área quase 60 vezes maior. Sete dos 10 municípios que mais degradam a região amazônica são paraenses, incluindo São Félix do Xingu (3.966 km²), Ourilândia do Norte (1.547 km²) e Novo Progresso (1.301 km²).

Outros estados com percentuais significativos, segundo o Imazon, de áreas degradadas em setembro foram Mato Grosso (25%), Rondônia (10%), Amazonas (7%). A entidade destacou, também, a situação de Rondônia, onde a degradação passou de 50 km² em setembro de 2023 para 1.907 km² no mesmo mês de 2024, o que representa uma alta de 38 vezes.

“Historicamente, no período de setembro, Mato Grosso costumava liderar como o estado que mais degradava a Amazônia. Porém, em 2024, o Pará surpreendeu com números muito altos. Ainda em setembro, foi decretada situação de emergência e ficou proibido o uso de fogo, mas precisamos que essa decisão seja acompanhada de fiscalização e responsabilização dos culpados para que seja mais eficaz”, observou o coordenador do programa de Monitoramento da Amazônia, do Imazon, Carlos Souza Jr, em nota.

Além disso, o Pará concentra sete das 10 unidades de conservação mais degradadas no período. As quatro primeiras do ranking são Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, com 1030 km²; Flona do Jamanxim, com 670 km²; APA do Tapajós, com 165 km²; e Flona de Altamira, com 124 km².

Entre as terras indígenas, a Kayapó segue pelo segundo mês consecutivo como a mais degradada, com 3.438 km² afetados. O território concentrou 17% de toda a área com degradação na Amazônia em setembro.

“A permanência dessa terra indígena entre as dez com as maiores áreas degradadas é um forte indicativo de que as medidas para conter o fogo na Amazônia não estão sendo suficientes. A presença desse problema ambiental nas áreas indígenas e unidades de conservação ainda compromete diretamente a biodiversidade local, ameaçando tanto a fauna quanto a flora, e representa um impacto negativo no modo de vida, na subsistência e na saúde das populações tradicionais”, explicou Larissa.

Desmatamento

O desmatamento também cresceu na Amazônia em setembro deste ano e teve o quarto mês consecutivo com alta, após 14 meses corridos de redução de devastação na região. No mês, um território de 547 km² foi desmatado, o que significa a perda 1.823 campos de futebol por dia de floresta, destacou o Imazon. A área foi 0,2% maior do que em 2023, quando foram degradados 546 km².

No acumulado de janeiro a setembro, a área desmatada foi de 3.071 km², a oitava maior da série histórica.

A maioria do desmatamento, em setembro deste ano, ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse (61%). O restante do desmatamento foi registrado em Assentamentos (30%), Unidades de Conservação (7%) e Terras Indígenas (2%).

Dos nove estados que compõem a Amazônia Legal, três concentraram 83% de todo o desmatamento identificado em setembro. O Pará liderou com 52% do desmatamento, seguido pelo Amazonas (16%) e pelo Acre (15%). Sete dos dez municípios que mais desmataram são paraenses.

Assentamentos

O Pará reúne ainda sete dos dez assentamentos e sete das dez unidades de conservação com as maiores áreas desmatadas. Já entre as dez terras indígenas mais desmatadas, três estão integralmente no Pará e outras três têm parte da sua área no estado.

“No mês de setembro, o território paraense liderou o desmatamento destruindo uma área correspondente a 970 campos de futebol de floresta por dia. Todo esse impacto está refletido nos municípios, assentamentos, unidades de conservação e terras indígenas. Por isso, é urgente investir em ações eficazes e integradas que protejam a região, como o investimento nos órgãos ambientais de fiscalização”, disse Carlos Souza.

Ele avalia que, dessa forma, será possível combater as mudanças climáticas que são impulsionadas pela retirada de vegetação e oferecer uma maior proteção à biodiversidade e aos povos que habitam a floresta. Outro ponto de atenção, de acordo com os pesquisadores do instituto, é a busca de alternativas para reduzir os impactos das queimadas que já ocorreram tanto na cobertura florestal quanto nas populações.

Foto: Polícia Federal/divulgação

Da Agência Brasil

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MPF pede que Ibama reassuma controle da engorda de Ponta Negra

MPF pede que Ibama reassuma controle da engorda de Ponta Negra

Órgão aponta irregularidades na fiscalização de dragagem em Ponta Negra e alerta para danos ambientais sem controle federal; Justiça será acionada

O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com uma ação civil pública para que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) retome o controle da obra de engorda da praia de Ponta Negra, em Natal. A decisão visa garantir a legalidade e a segurança ambiental do projeto, que tem gerado diversas controvérsias e preocupações. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (25.out.2024).

O MPF argumenta que a delegação da fiscalização da obra ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) tem sido marcada por irregularidades, pressões políticas e falta de capacidade técnica, colocando em risco o meio ambiente e a eficácia da obra.

Irregularidades e pressões políticas

A ação do MPF destaca uma série de irregularidades na condução do projeto, como a utilização de areia de uma jazida não licenciada e a emissão da licença de instalação e operação sob forte pressão política. Além disso, o Idema enfrenta dificuldades para cumprir as condicionantes do licenciamento, devido à falta de recursos humanos qualificados e à interferência de interesses externos.

O MPF ressalta que a invasão da sede do Idema por manifestantes e políticos, a pressão da Procuradoria-Geral do Município e as decisões judiciais que favorecem a obra, mesmo diante de evidentes irregularidades, demonstram a fragilidade do processo de licenciamento e a necessidade da intervenção do Ibama.

Riscos ambientais e sociais

A obra de engorda da praia de Ponta Negra tem gerado impactos ambientais significativos, como o aumento da erosão, a alteração do ecossistema marinho e o aumento do número de animais marinhos encalhados. Além disso, a falta de controle sobre a qualidade da areia utilizada na obra pode comprometer a sua durabilidade e eficácia.

A ação do MPF alerta para os riscos de prejuízos irreversíveis ao meio ambiente e à comunidade local, caso a obra não seja conduzida de forma adequada e transparente.

Foto: Abraão Júnior/Prefeitura de Natal/Ilustração

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Praia de Areia Preta continua imprópria para banho

Praia de Areia Preta continua imprópria para banho

Boletim do Programa Água Azul confirma Areia Preta como área não recomendada para banho na capital potiguar; águas foram avaliadas por critérios de coliformes

A qualidade das águas para banho em Natal voltou a ser alvo de preocupação. De acordo com o mais recente boletim de balneabilidade, divulgado nesta sexta-feira (25.out.2024) pelo Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) e pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), a praia de Areia Preta é a única considerada imprópria para banho na capital potiguar.

A classificação das praias como próprias ou impróprias para banho é realizada com base na análise da quantidade de coliformes termotolerantes presentes na água. Esses microrganismos são indicadores de contaminação fecal e podem causar doenças como gastroenterites.

O boletim de balneabilidade leva em consideração um histórico de cinco semanas de análises, garantindo assim uma avaliação mais precisa da qualidade da água. É importante ressaltar que a validade do boletim é de uma semana, sendo necessário realizar novas coletas e análises para atualizar as informações.

Impacto na saúde pública

A presença de coliformes fecais na água da praia de Areia Preta representa um risco à saúde dos banhistas, especialmente crianças e idosos, que são mais suscetíveis a infecções. O contato com águas contaminadas pode causar diversas doenças, como diarreia, vômitos e infecções de pele.

Monitoramento contínuo

Para garantir a segurança dos banhistas, é fundamental que o monitoramento da qualidade das águas seja realizado de forma contínua. Os órgãos ambientais responsáveis devem intensificar as ações de fiscalização e identificar as fontes de contaminação para que medidas eficazes sejam adotadas para solucionar o problema.

Recomendações

Diante da situação, recomenda-se que a população evite o banho na praia de Areia Preta até que a qualidade da água seja restabelecida. É importante que as autoridades competentes investiguem as causas da contaminação e adotem as medidas necessárias para garantir a balneabilidade da praia.

Foto: Sandro Menezes/Governo do RN/Ilustração

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Semurb notifica Caern por lançamento irregular de esgoto em Ponta Negra e exige ações imediatas

Semurb notifica Caern por lançamento irregular de esgoto em Ponta Negra e exige ações imediatas

Secretaria Municipal de Meio Ambiente toma medidas para remediar danos ambientais e garantir a segurança pública na praia

Fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) realizaram uma vistoria emergencial na Praia de Ponta Negra, em Natal, nesta quinta-feira (24.out.2024), após denúncias de lançamento irregular de esgoto na faixa de areia. O problema, originado por uma falha na estação elevatória de esgoto da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), resultou no escoamento de efluentes sobre o aterro hidráulico recentemente liberado para a população.

Logo pela manhã, a equipe de fiscalização da Semurb esteve no local para avaliar a extensão dos danos e coletar amostras para análise laboratorial. Segundo a Semurb, o objetivo da análise é obter um laudo detalhado sobre a composição dos efluentes lançados e os possíveis impactos ambientais causados. Além disso, a Caern foi notificada e autuada, conforme o Decreto Federal 6.514/2008, artigo 62, por não prevenir o lançamento irregular que comprometeu a saúde da praia.

De acordo com o supervisor de fiscalização ambiental da Semurb, Leonardo Almeida, a Caern recebeu a exigência de realizar a limpeza completa da área afetada em até 48 horas. “A companhia deve remover todos os resíduos acumulados e implementar medidas preventivas para evitar novos vazamentos de esgoto, assegurando a proteção da praia e dos frequentadores”, destacou Almeida.

Além das medidas imediatas, a Semurb reforçou que o lançamento irregular de esgoto em áreas de praia é uma grave infração à legislação ambiental e representa um sério risco à saúde pública. A multa por infrações desse tipo pode variar entre R$ 5.000 e R$ 50 milhões, dependendo da gravidade dos danos.

A Semurb continuará monitorando a área, tomando todas as providências legais necessárias para garantir a preservação ambiental e a segurança dos visitantes. A população também pode contribuir denunciando casos semelhantes pelo telefone da Ouvidoria da Semurb, (84) 3616-9829, ou pelo e-mail ouvidoria.semurb@natal.rn.gov.br. As denúncias são recebidas de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h.

Foto: Divulgação/Prefeitura de Natal

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Incêndio criminoso atinge Parque das Dunas em Natal

Incêndio criminoso atinge Parque das Dunas em Natal

Autoridades investigam origem do incêndio que ameaça fauna e flora da Unidade de Conservação

Um incêndio de origem criminosa foi identificado nesta quinta-feira (24.out.2024) no Parque Estadual Dunas de Natal, uma das principais áreas de preservação ambiental da cidade. As chamas foram detectadas nas proximidades do cercamento da Via Costeira, e equipes de monitoramento, Corpo de Bombeiros e o Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAMB) estão atuando para conter o fogo e evitar maiores danos à fauna e flora.

Segundo os agentes de segurança, indícios apontam para a ação criminosa, com recipientes de líquido inflamável encontrados próximos ao local. O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) está conduzindo investigações em parceria com as autoridades para identificar os responsáveis.

O Parque das Dunas, reconhecido como uma das maiores Unidades de Conservação urbanas do Brasil, permanece aberto ao público, e as áreas afetadas pelo incêndio estão sob monitoramento para garantir a segurança de todos os visitantes. Em nota, o Idema reforçou a importância da denúncia de atividades suspeitas nas proximidades do parque, solicitando à população que ligue para o número 190 em caso de irregularidades.

Foto: Reprodução

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Incêndio na Serra do Lima é controlado após 24 horas de combate

Incêndio na Serra do Lima é controlado após 24 horas de combate

Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte e voluntários atuam para debelar fogo em área de vegetação densa em Patu

Após mais de 24 horas de intenso combate, o incêndio que atingiu a vegetação da Serra do Lima, no município de Patu, a 320 km de Natal, foi controlado nesta quarta-feira (23.out.2024). De acordo com o Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte, o fogo foi inicialmente contido por volta das 13h, mas pequenos focos ainda persistiam. Durante vistorias feitas na madrugada desta quinta-feira (24.out), não foram encontrados novos focos.

A operação para debelar as chamas contou com a participação de pelo menos 15 bombeiros, além do apoio de voluntários locais e unidades de cidades vizinhas. Uma aeronave do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), o Potiguar 01, foi utilizada para auxiliar no combate ao fogo em áreas de difícil acesso, como regiões íngremes e cobertas por vegetação densa.

Apesar da gravidade do incêndio, não houve vítimas ou danos a edificações. As causas do incêndio ainda não foram divulgadas pelas autoridades, mas o monitoramento na região continuará ao longo do dia para evitar novos focos.

Vale lembrar que, em 2019, a Serra do Lima enfrentou outro grande incêndio que ameaçou o Santuário do Lima, principal ponto turístico da região. Na ocasião, 45 bombeiros e voluntários levaram 15 dias para controlar totalmente as chamas.

Foto: Divulgação

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Bombeiros tentam combater incêndio na Serra do Lima

Bombeiros tentam combater incêndio na Serra do Lima

Incêndio de grandes proporções em Patu está sendo contido com apoio de voluntários e equipe aérea para conter o avanço das chamas em áreas de difícil acesso

O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte (CBMRN) está atuando desde a manhã desta terça-feira (22.out.2024) no combate a um incêndio de grandes proporções que atinge a Serra do Lima, no município de Patu, localizado a 320 km de Natal. Até o momento, não há registros de vítimas ou edificações danificadas pelo fogo, mas a situação permanece crítica, com as chamas sendo monitoradas continuamente.

Cerca de 15 bombeiros estão no local, contando com o apoio de equipes de municípios vizinhos e voluntários da região. A operação também inclui o Centro Integrado de Operações Aéreas (CEIOPAR), que enviou a aeronave Potiguar 01 para auxiliar no combate às chamas em áreas de difícil acesso devido à topografia montanhosa e à vegetação densa.

O subcomandante do Corpo de Bombeiros, Franklin Araújo, destacou a colaboração da comunidade local no combate ao incêndio. “A prefeitura está apoiando com equipamentos, viaturas e pessoas da região que conhecem bem a área da Serra do Lima, ajudando os bombeiros a se deslocarem com segurança e evitando que fiquem cercados pelas chamas”, afirmou.

O comandante-geral do CBMRN, coronel Luiz Monteiro, reforçou o empenho das equipes e ressaltou a necessidade de ação rápida. “Estamos empregando todos os recursos disponíveis para conter o incêndio o mais rápido possível. Nossas equipes estão trabalhando incansavelmente para evitar que o fogo se alastre ainda mais”, afirmou.

Fotos: Divulgação

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Maré alta em Natal causa interdição de barracas e demolição de estruturas na Redinha

Maré alta em Natal causa interdição de barracas e demolição de estruturas na Redinha

Defesa Civil de Natal interditou 14 barracas e demoliu duas estruturas devido ao risco de desabamento causado pelo avanço do mar

A força da maré alta registrada desde a madrugada desta quinta-feira (17.out.2024) levou a Prefeitura de Natal a reforçar as medidas de contenção nas barracas da Praia da Redinha. A Defesa Civil Municipal interditou 14 barracas, notificou quatro proprietários e determinou a demolição de duas estruturas devido ao risco iminente de desabamento.

Segundo a tábua de marés, a preamar alcançou 2,6 metros, o que intensificou as ações preventivas dos órgãos municipais para garantir a segurança dos frequentadores da orla. O avanço do mar afetou diretamente 14 estruturas, das quais duas precisaram ser demolidas, enquanto as demais permanecem interditadas.

Além da Redinha, a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) segue monitorando toda a extensão da orla de Natal, de Ponta Negra à Redinha, reforçando as áreas mais afetadas com sacos de areia. A Defesa Civil alerta que o período de maior risco se estenderá até o próximo domingo (20), e as pessoas notificadas foram orientadas a deixar as áreas de risco. Algumas, no entanto, decidiram permanecer, mesmo com a oferta de abrigo temporário.

Foto: Emanuel Amaral/Secom

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Prefeitura de Natal intensifica medidas de proteção na orla devido à iminência de marés altas

Prefeitura de Natal intensifica medidas de proteção na orla devido à iminência de marés altas

Álvaro Dias anuncia reforço no monitoramento e proteção da orla de Natal, com ações preventivas para minimizar impactos ambientais e garantir a segurança do turismo local

Com a previsão de marés altas entre os dias 17 e 19 de outubro, a Prefeitura de Natal, sob a gestão do prefeito Álvaro Dias, está intensificando as medidas de proteção na orla da cidade. O anúncio foi feito em uma reunião com representantes do setor turístico nesta terça-feira (15.out.2024), no Palácio Felipe Camarão, onde foram discutidas ações em curso e novas propostas para reduzir os danos causados pela força das águas. A preocupação principal é com a conservação do patrimônio ambiental e turístico, especialmente em áreas de grande fluxo como Ponta Negra.

De acordo com a Capitania dos Portos, a previsão aponta um agravamento da situação, o que motivou a prefeitura a reforçar o monitoramento com equipes da Guarda Municipal e a instalação de barreiras de sacos de areia ao longo da costa. “Estamos atuando intensamente para proteger a nossa orla. Nossa prioridade é garantir a segurança do ambiente natural e do turismo, fundamentais para a economia da cidade”, afirmou Álvaro Dias.

Equipes da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) e Defesa Civil irão realizar uma nova vistoria para identificar áreas de risco e implementar medidas de contenção. Carlson Gomes, secretário da Seinfra, explicou que já foram instaladas barricadas em diversas áreas, e destacou a recuperação de dissipadores na drenagem de Ponta Negra como parte das ações de mitigação.

Outro ponto de destaque foi o avanço das obras de engorda da Praia de Ponta Negra, que já alcançaram 20% de execução, com a conclusão prevista para os próximos 70 dias. O projeto inclui a dragagem e aterro hidráulico, criando uma faixa de areia de até 100 metros durante a maré seca, o que trará mais segurança e fomentará o turismo na região. A prefeitura também planeja expandir esse tipo de intervenção para outras partes da orla.

Foto: Emanuel Amaral/Secom

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Caicó registra temperatura de 40,1ºC e se aproxima de recorde histórico

Caicó registra temperatura de 40,1ºC e se aproxima de recorde histórico

Município do Seridó registrou temperaturas acima do normal, chegando perto da maior marca já registrada em quase 30 anos de monitoramento

A cidade de Caicó, no Seridó potiguar, vive dias de calor intenso. Na última quarta-feira (9), a estação climatológica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) registrou uma temperatura de 40,1ºC, quase alcançando o recorde de 40,9ºC, estabelecido em outubro de 2023. Esse calor extremo marca um dos períodos mais quentes já registrados na cidade em quase 30 anos de monitoramento.

Tácio Henrique, observador climatológico responsável pelas medições, destacou que os dados são coletados três vezes ao dia e que, historicamente, o mês de outubro tende a concentrar as temperaturas mais altas. “Este é o período em que registramos as maiores temperaturas. No ano passado, em outubro, atingimos a maior marca desde 1995, e existe a possibilidade de repetirmos esse feito nos próximos dias”, afirmou Tácio.

O fenômeno das altas temperaturas, segundo a professora e climatologista Rebecca Luna, está diretamente relacionado à combinação de fatores como o aumento da insolação e a redução significativa das chuvas. “A primavera, na nossa região, é marcada por uma maior incidência de luz solar e baixa nebulosidade, o que resulta em poucas chuvas e altas temperaturas. Isso cria as condições ideais para o calor extremo que estamos vivenciando”, explicou a professora.

As autoridades de saúde da região orientam a população a tomar medidas preventivas, como o aumento da ingestão de líquidos e a redução de atividades físicas intensas durante os horários de pico de calor.

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

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Registro de queimadas em setembro é 30% maior que a média do mês

Registro de queimadas em setembro é 30% maior que a média do mês

Previsão é de que 2024 terá o maior número de focos desde 2010

Dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), já colocam 2024 como um dos anos com maior quantidade de focos de queimada na última década. Setembro já contabilizou mais de 80 mil focos, cerca de 30% acima da média histórica, registrada desde 1998 pelo Inpe. Mesmo que a quantidade de focos não extrapole as médias históricas nos últimos três meses do ano, 2024 terá o maior número de focos desde 2010, quando o Brasil teve 319.383 registros.

Os dados indicam que essa média pode ser superada, pois o mês de setembro teve aumento de 311%, passando de 18 mil focos em 2023 para 75 mil em 2024.

Centro-Oeste puxa altas

O levantamento do Inpe indica aumento consistente nos focos em todas as regiões do país, em relação a 2023, com destaque para o Centro-Oeste, que teve três unidades com mais aumentos neste ano: Mato Grosso do Sul, com 601% e 11.990 focos em 2024; o Distrito Federal, com 269%, ainda que com apenas 318 focos; e Mato Grosso, 217%, com 45 mil focos, tornando-se o estado com o maior número no país neste ano, ultrapassando o Pará. Os números em Mato Grosso são mais fortes em setembro, quando foi responsável até agora por 23,8% dos focos do país ou 19.439 registros. O Pará também teve grande quantidade de queimadas no mês: 17.297 focos, ou 21,2% de todos os registros.

Completam o ranking dos maiores aumentos dois estados do Sudeste, com números totais de queimadas menos representativos, porém com grande aumento: São Paulo e o Rio de Janeiro. O aumento para os paulistas foi de 428% em setembro, com 7855 focos ativos. No Rio, foi de 184%, ou 1074 focos.

Em São Paulo, grande parte dos focos esteve concentrada em setembro, quando o estado registrou 2.445 focos ativos, 3% das ocorrências em todo o território nacional. Nas últimas 48 horas, o estado registrou 65 focos ativos, de acordo com o Inpe. A Defesa Civil estadual informou que quatro municípios registraram focos nesse domingo (29), entre eles Luiz Antônio, na região de Ribeirão Preto, onde o combate se concentra na Estação Ecológica do Jataí. Somente lá atuam 133 agentes, entre defesa civil, bombeiros, brigadistas e voluntários. São 42 veículos, entre caminhões pipa, tratores e camionetes 4×4. Usinas da região uniram-se à força-tarefa enviando brigadistas e veículos de apoio. Seis aeronaves, sendo quatro aviões e dois helicópteros, também foram mobilizados nessa frente.

Desde o começo das medições, o país teve mais de 300 mil focos apenas em seis anos: 2002, 2003, 2004, 2005, 2007 e 2010. Neste ano de 2024 caminha para a volta dessa marca. Com seus 208 mil focos registrados, está atrás somente dos totais de 2020, com 222.797 focos, e 2015, com 216.778, considerando apenas os últimos dez anos.

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom

Da Agência Brasil

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Incêndios e seca na Amazônia e no Pantanal batem marcas históricas

Incêndios e seca na Amazônia e no Pantanal batem marcas históricas

Desde o início dos registros, 2022 teve maior número de queimadas

Os focos de incêndio e a seca que atingem há mais de dois meses o Pantanal e a Amazônia já podem ser considerados os maiores das séries históricas. Alguns estados da Amazônia Legal concentram mais de 80% de todos os focos de incêndios ocorridos no Brasil nas últimas 24 horas. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e se referem aos estados do Acre, do Amazonas, do Maranhão, de Mato Grosso, do Pará e de Rondônia.

Segundo o Inpe, em setembro, até o dia de ontem (22), o estado do Amazonas registrava 6.054 focos de incêndio, totalizando, de janeiro até agora 21.289 focos de incêndio. Desde 1988, quando começaram os registros, o recorde era o ano de 2022, com 21.217 focos registrados durante todo o ano.

No Acre, desde o início de setembro, foram registrados mais de 3 mil focos de incêndio. O grande volume fez com que o Ministério Público (MP) do Acre entrasse na última sexta-feira (20) com ação civil pública pedindo que o Estado adote medidas efetivas para combater os incêndios no território.

Entre as medidas propostas pelo MP, estão a deflagração de força-tarefa em 5 dias para ações de combate a incêndios; a proibição imediata do uso do fogo na agricultura até o fim da tramitação da ação; aparelhamento imediato das equipes de combate a incêndios com equipamentos adequados e capacitação contínua; autorização para locação emergencial de maquinário para combate a incêndios; convocação imediata dos aprovados no concurso público para soldados do Corpo de Bombeiros; embargo ambiental imediato de imóveis com desmatamento ilegal, bloqueio de cadastros ambientais e investigação administrativa e abstenção de regularização fundiária de imóveis com desmatamento ilegal.

Em Mato Grosso, os brigadistas combateram mais de 50 focos de incêndio, apenas neste domingo (22). O estado, que abriga os biomas Amazônia, Cerrado e Pantanal, passa por uma situação crítica, com o fogo atingindo várias terras indígenas.

Em diversos estados dos biomas Pantanal e Amazônia, os rios também passam por seca intensa, e vários atingiram volumes menores que os mínimos históricos registrados.

Dados do Inpe mostram que o número de dias de estiagem consecutivos aumentou no Brasil nas últimas décadas, passando de 80 a 85 dias, em média, na década de 1990 para cerca de 100 dias, na última década, especialmente nas áreas que abrangem o norte da Região Nordeste e o centro do país.

No sábado (21), o Rio Paraguai, no trecho de Cáceres, a 250 quilômetros de Cuiabá, atingiu 35 cm de profundidade, o nível mais baixo de água dos últimos dois anos. De acordo com o Centro de Hidrografia e Navegação do Oeste, da Marinha do Brasil, o nível esperado para esta época do ano é de 1,54 metro (m).

“No braço direito do Amazonas e do Pantanal temos vários pontos que já atingiram seca extrema e também mínima histórica. O Rio Acre, na cidade de Rio Branco, já atingiu a mínima histórica”, disse à Agência Brasil o coordenador do Sistema de Alerta Hidrológico do Serviço Geológico Brasileiro (SGB), Artur Matos.

Dados do SGB mostram que, com descidas diárias de 24 centímetros, o Rio Negro chegou, nesta segunda-feira (23) em Manaus, à marca de 14,5 m, o que reafirma a situação de seca. Em Manacapuru, próximo a Manaus, O Rio Solimões atingiu a cota de 4,29 m, configurando situação de seca extrema.

Em Tabatinga, o Rio Javari registrou cota negativa de 17,1 cm. No Amazonas, em Manacapuru, cortada pelo Rio Solimões, a situação é de seca. Já nos municípios de Itapéua, cortado pelos rios Solimões e Coari; Itaituba, margeado pelo rio de mesmo nome e Fonte Boa, cortado pelo Rio Solimões, os níveis dos rios já atingiram o menor nível histórico.

“Manacapuru e Manaus têm grandes chances de atingir mínima histórica. Humaitá, que fica depois de Porto Velho, está em seca extrema e atingindo a mínima histórica”, continuou Matos.

Nesta segunda-feira, a cota do Rio Madeira, em Porto Velho, atingiu 35 cm, o menor nível histórico, desde 1967. Em Ji-Paraná, o Rio Ji-Paraná atingiu a 6,08 m, situação de seca extrema.

No Rio Acre, que corta a capital acriana, Rio Branco, a cota registrada foi de 1,31 m, próximo da marca mínima histórica de 1,24 m, registrada em 2022.

De acordo com o SGB, no Pantanal, os rios seguem em ritmo de descida e estão abaixo da faixa da normalidade na maioria das estações. Em Ladário, Mato Grosso do Sul – estação de referência – a cota chegou a -38 cm, décima mínima histórica. Os níveis mais baixos, de -61 cm e -60 cm, foram observados em 1964 e 2021, respectivamente.

“No Pantanal, tem Barra do Bugres, que também já atingiu a mínima histórica e a Estação de Ladário, que é a mais antiga do Brasil e referência do Pantanal, com 124 anos de dados históricos, ainda não atingiu o mínimo histórico, mas faltam aproximadamente 20 cm para atingir a mínima histórica”, lamentou Matos.

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

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Incêndios podem ter afetado mais de 11 milhões de pessoas no Brasil

Incêndios podem ter afetado mais de 11 milhões de pessoas no Brasil

Confederação Nacional dos Municípios estima prejuízo de R$ 1,1 bilhão

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) estima que 11,2 milhões de pessoas já foram diretamente afetadas por incêndios florestais nas cidades brasileiras desde o início deste ano. Os números constam de levantamento feito pela entidade, que calcula os prejuízos econômicos com as queimadas em R$ 1,1 bilhão.

A estimativa foi feita com dados de 2024, que mostram que, até a última segunda-feira (16), 538 municípios decretaram situação de emergência por conta dos incêndios. “O crescimento é alarmante quando é feita a comparação com o ano passado, com 3.800 pessoas afetadas e apenas 23 municípios tendo decretado situação de emergência”, disse a CNM.

O levantamento também traz informações sobre os decretos de emergência por seca/estiagem nos municípios brasileiros neste ano e diz que o Brasil teve 9,3 milhões de pessoas afetadas e mais de R$ 43 bilhões em prejuízos econômicos.

No mesmo período do ano passado, a população afetada por incêndios florestais era de 630,7 mil pessoas, em 120 municípios.

Diante desse cenário, a CNM defende a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 31/2024, que institui o Conselho Nacional de Mudança Climática, a Autoridade Climática Nacional e o Fundo Nacional de Mudança Climática.

O conselho deverá ser composto pelos presidentes da República, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Pela proposta, também participarão do colegiado um ministro de Estado, três governadores de Estado, eleitos entre si; três representantes dos municípios, escolhidos pelo conjunto dos chefes do Poder Executivo municipal; e a Autoridade Climática Nacional.

A Autoridade Climática Nacional será nomeada pelo Presidente da República dentre os membros de lista tríplice elaborada pelo Conselho Nacional de Mudança Climática, para exercício em período coincidente com o mandato de deputado federal, com direitos e deveres de ministro de Estado.

Caberá à Autoridade Climática subsidiar a execução e implementação da Política Nacional sobre Mudança do Clima; regular e monitorar a implementação das ações e metas setoriais de mitigação, de adaptação e de promoção da resiliência às mudanças do clima; e realizar articulação interministerial das políticas climáticas, entre outras atribuições.

A proposta destina ainda 3% da arrecadação dos Impostos de Renda e sobre Produtos Industrializados (IPI), ao Fundo Nacional sobre Mudança do Clima.

“A Confederação justifica essa medida porque o modelo tradicional de aplicação de recursos públicos não tem produzido resultados adequados na promoção de medidas efetivas que possam prevenir e enfrentar as consequências da mudança climática”, diz a instituição.

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

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Fogo avança e queima 700 hectares do Parque Nacional de Brasília

Fogo avança e queima 700 hectares do Parque Nacional de Brasília

Há 146 dias não chove no Distrito Federal

O fogo que consome o Parque Nacional de Brasília e deixou parte da capital do país tomada pela fumaça segue avançando nesta segunda-feira (16) com três focos ativos. O incêndio consumiu 700 hectares da área de proteção ambiental, informou o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A Polícia Federal investiga a origem do sinistro.

Uma densa e escura coluna de fumaça pode ser vista hoje saindo do parque, também conhecido como Água Mineral. Com 146 dias sem chuvas este ano no Distrito Federal (DF), o tempo quente e seco dificulta o trabalho das equipes e facilita a propagação das chamas.

O período em que o Distrito Federal enfrentou uma seca mais aguda foi em 1963 com 163 dias sem chuvas, informou o Instituto Nacional de Meteorologia.

O coordenador de Manejo Integrado do Fogo do ICMBio, João Morita, disse à Agência Brasil que 93 combatentes de instituições como ICMBio, Corpo de Bombeiros e PrevFogo estão lutando contra as chamas com a ajuda de um avião e um helicóptero.

“[O fogo] ainda está na mesma região que ele atingiu ontem [domingo]. Ele não está controlado. A gente queria ter controlado ontem. Vamos trabalhar para controlar hoje. Se não controlar hoje, a gente vai trabalhar para controlar amanhã [terça-feira]”, explicou Morita, acrescentando que há locais em que as chamas se espalham com velocidade.

O incêndio começou por volta das 11h30 de domingo (15) e não há previsão de quando ele deve ser controlado. As equipes suspenderam os trabalhos por volta das 22h de ontem, retornando às 6h de hoje.

Devido à baixa qualidade do ar nas áreas próximas do parque, a Secretaria de Educação do Distrito Federal autorizou a suspensão das aulas escolas. A cidade amanheceu com forte cheiro de fumaça e baixa visibilidade.

Inicialmente, o ICMBio informou que foram consumidos 1,2 mil hectares do parque. Porém, a área foi recalculada. Um hectare equivale a aproximadamente um campo de futebol profissional e o Parque de Brasília tem 42,3 mil hectares de extensão. A maior de todas as queimadas – a de 2010 – consumiu 15 mil hectares da área total do parque.

Três agentes da Polícia Federal (PF) estiveram no Parque de Brasília na manhã desta segunda-feira (16) hoje para investigar a origem do fogo. Na avaliação de Morita, como não houve raios na região, a principal hipótese é de incêndio criminoso.

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“A gente passou as informações da região onde começou o incêndio e eles [a Polícia Federal] foram para campo começar o processo de elaboração da perícia. Como não teve chuva nos últimos dias, não teve raio. Então, alguém, de forma proposital, fez a ignição do fogo”, acrescentou.

Fauna e flora

Apesar de não ter relatos de morte de animais, uma vez que eles estão com espaço de fuga para conseguir sair dos locais com fogo, o coordenador do ICMBio, João Morita, destacou que as chamas têm causado prejuízo ao destruir as matas de galeria que protegem os cursos d’água.

“O fogo não está correndo só pela área de cerrado aberto. Ele pegou algumas matas de galeria que protegem os cursos d’água. Ele começou ali na região do córrego do Bananal, próximo da captação de água da Caesb” [Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal”], observou.

Qualidade do ar

O excesso de fumaça fez com que a Universidade de Brasília (UnB) e algumas escolas próximas do Parque Nacional de Brasília suspendessem as aulas presenciais. As torres que medem a qualidade do ar no Distrito Federal são antigas e só emitem uma medição a cada seis dias.

O presidente do Instituto Brasil Ambiental (Ibram), Rôney Nemer, informou que não se sabe se as medições privadas que têm sido feitas são confiáveis. Ele acrescentou que o governo do Distrito Federal autorizou a compra de equipamentos novos. De toda forma, como prevenção, decidiu-se permitir a suspensão das aulas.

“À noite [do último domingo], a qualidade do ar estava bem ruim porque houve uma calmaria no vento e essa fumaça toda desceu, principalmente na região norte do Plano Piloto de Brasília. Mas, com o amanhecer do dia, o vento voltou a circular e dissipou bastante, melhorando a qualidade do ar”, finalizou.

Por conta do incêndio no Parque Nacional de Brasília, a capital federal amanheceu encoberta de fumaça nesta segunda-feira.

Fotos: Marcelo Camargo e Joédson Alves/Agência Brasil

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Inmet emite alerta laranja de seca em 12 estados e o DF

Inmet emite alerta laranja de seca em 12 estados e o DF

Nesses locais, umidade do ar deve ficar entre 20% e 12%

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) lançou, nesta segunda-feira (9), um alerta laranja de perigo para 12 estados brasileiros e o Distrito Federal (DF) devido à baixa umidade. Segundo o instituto, nesses locais a umidade relativa do ar deve variar entre 20% e 12%, com risco de incêndios florestais e riscos à saúde, como doenças pulmonares e dores de cabeça.

Além do DF, o alerta vale para os estados de Goiás, Bahia, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Rondônia, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, São Paulo e Maranhão. Em alguns locais a umidade relativa do ar pode ficar abaixo de 12%.

O instituto também emitiu um alerta amarelo, de perigo potencial, para os estados do Acre, Amazonas, Santa Catarina e parte do Rio Grande do Sul. Nesses locais, a umidade relativa do ar deve oscilar entre 30% e 20%.

A baixa umidade causa ressecamento da pele, desconforto nos olhos, boca e nariz. Entre as recomendações estão beber bastante líquido, evitar exposição ao sol nas horas mais quentes do dia, evitar a prática de atividades físicas. Também são recomendados o uso hidratante para pele e umidificar o ambiente.

Ondas de Calor

O Inmet emitiu ainda um alerta de ondas de calor para os Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e parte de Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O alerta vale até a quinta-feira (12). Nesses estados as temperaturas podem ficar até 5ºC acima da média.

Foto: Paulo Pinto/Agencia Brasil

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MPF aciona justiça para contratação de brigadistas contra incêndios

MPF aciona justiça para contratação de brigadistas contra incêndios

Órgão pede 450 profissionais para combater o fogo na Região Norte

O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com uma Ação Civil Pública contra a União, pedindo a liberação urgente de verbas para a contratação de brigadistas. De acordo com o órgão, no último dia 22 de agosto foi expedida uma recomendação para a contratação de mais de 450 brigadistas e disponibilidade de aeronaves para combate aos incêndios na Região Norte. Como o MPF não teve resposta, recorreu à Justiça.

Na ação, o MPF solicita de forma urgente que o Governo Federal libere a verba para contratação de 15 brigadas com 30 brigadistas temporários cada. E também que garanta equipamentos de proteção individual e de combate ao fogo, aeronaves com capacidade para transportar até 12 mil litros de água em cada voo e helicópteros equipados com dispersores de água. É sugerido, inclusive, que a União requisite bombeiros militares de outros estados, como alternativa à contratação.

A estimativa dos recursos necessários é do Ibama em Rondônia, com quem as equipes devem atuar para controlar os incêndios da região. Segundo a entidade, atualmente ela possui apenas 205 brigadistas distribuídos em oito bases que atendem o estado e o sul do Amazonas.

O Ministério Público Federal pede ainda que a União seja condenada a pagar R$ 50 milhões a título de compensação pelos danos morais coletivos.

Outro pedido da Ação Civil Pública é que a Força Nacional de Segurança e o Exército Brasileiro envie homens em quantidade suficiente para garantir o patrulhamento do entorno das áreas onde ocorrem o combate às queimadas. E, ainda, que os agentes brigadistas que trabalham na área de gestão do Ibama em Rondônia, que atendem também no Acre, sul do Amazonas e Oeste do Mato Grosso, ganhem escolta.

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Incêndio em vegetação mobiliza Corpo de Bombeiros na zona Sul de Natal

Incêndio em vegetação mobiliza Corpo de Bombeiros na zona Sul de Natal

Fogo atinge área do conjunto San Ville e exige duas horas de combate para ser controlado

Um incêndio de grandes proporções atingiu uma área de vegetação no conjunto San Ville, localizado na zona sul de Natal, na tarde deste sábado (31.ago.2024). O Corpo de Bombeiros foi rapidamente acionado para controlar as chamas, que se alastraram rapidamente pela vegetação seca da região.

Duas equipes de combate a incêndio foram enviadas ao local e, após um trabalho intenso de cerca de duas horas, conseguiram debelar todas as chamas. As causas do incêndio ainda são desconhecidas, e felizmente, não houve registro de feridos.

Incidentes como esse são comuns durante o período de seca, quando a vegetação seca se torna altamente inflamável, aumentando o risco de incêndios. A ação rápida dos bombeiros foi crucial para evitar que o fogo se propagasse para áreas residenciais próximas, preservando assim a segurança da comunidade local.

Foto: CBM/RN

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Três pontos do Rio Pirangi seguem impróprios para banho na Grande Natal

Três pontos do Rio Pirangi seguem impróprios para banho na Grande Natal

Boletim de balneabilidade do Idema aponta persistência da contaminação em três locais até 6 de setembro

Três pontos do Rio Pirangi, na Grande Natal, continuam impróprios para banho, conforme aponta o boletim de balneabilidade divulgado neste sábado (31.ago.2024) pelo Instituto de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Idema).

Os locais afetados são a foz do Rio Pirangi, em Nísia Floresta, o Rio Pirangi na Ponte Nova, em Parnamirim, e o Rio Pirangi Pium, também em Parnamirim. Esses pontos já haviam sido considerados impróprios nos boletins das semanas anteriores, indicando uma persistência na contaminação das águas.

A análise do Idema leva em consideração a quantidade de coliformes termotolerantes encontrados nas águas, conforme as normas estabelecidas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). A validade do boletim é de uma semana, período em que os trechos serão reavaliados para um novo diagnóstico.

Além desses, outros 33 trechos de banho foram analisados em cidades como Natal, Parnamirim, Nísia Floresta e Extremoz, com a maioria deles sendo considerados próprios para banho.

Foto: Divulgação/Idema

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Brasil e Bolívia somarão forças contra incêndios em região fronteiriça

Brasil e Bolívia somarão forças contra incêndios em região fronteiriça

União entre os dois países foi formalizada ontem em Corumbá

A gravidade e a velocidade com que incêndios florestais vêm se espalhando pelo Brasil e pela Bolívia nas últimas semanas motivou os dois países a combinarem uma força de atuação conjunta para tentar apagar as chamas na região fronteiriça.

A união de forças foi acordada nessa segunda-feira (26), durante uma reunião em Corumbá (MS), que contou com a participação de representantes dos governos e de órgãos públicos brasileiros e bolivianos.

Segundo a assessoria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), autoridades bolivianas vão formalizar, nos próximos dias, um pedido de apoio ao governo brasileiro. A partir daí, os dois países farão o reconhecimento aéreo das localidades atingidas pelos incêndios a fim de avaliar a melhor forma de atuar.

De posse destas informações, Brasil e Bolívia assinarão um protocolo de atuação conjunta, definindo como as equipes de combate aos incêndios serão empregadas na fronteira entre os dois países.

Presente à reunião, o vice-ministro de Defesa Civil da Bolívia, Juan Carlos Calvimontes, confirmou a intenção dos dois governos de somarem esforços para controlar as chamas. Pelas redes sociais, Calvimontes comentou que, durante o encontro, representantes dos dois países trocaram informações sobre a atual conjuntura, identificando os principais focos de calor ativos na região de fronteira e discutindo possíveis ações conjuntas.

“Ficou decidido realizarmos um trabalho conjunto”, disse o vice-ministro, durante uma entrevista coletiva, classificando o encontro em Corumbá como uma “reunião de coordenação técnica e de troca de informações a cerca dos incêndios florestais” no Brasil e na Bolívia. “Identificamos as zonas onde há a presença de fogo ativo nos dois países. Agora, é seguir com o trabalho de planejamento”.

Tal como no Brasil, a Bolívia vem enfrentando as consequências de incêndios florestais de grandes proporções. O estado de Santa Cruz e outras zonas limítrofes com o Brasil estão entre as mais afetadas e, até ontem, ao menos duas unidades de conservação (o Parque Nacional Noel Kempff Mercado, em Santa Cruz, e a Reserva Nacional de Vida Silvestre Amazônica Manuripi, em Pando) estavam ardendo em chamas.

Enquanto, no Brasil, a Polícia Federal instaurou 31 inquéritos para investigar as origens do fogo e, eventualmente, punir os responsáveis, no país vizinho já foram abertos 51 processos penais por incêndios florestais, além de 250 processos administrativos. Quatro pessoas já foram detidas preventivamente na Bolívia.

Ajuda brasileira

No último dia 12, o governo da Bolívia solicitou ajuda brasileira para combater os incêndios florestais. Apresentada por intermédio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), o pedido consistia, basicamente, no envio de aviões brasileiros, brigadistas e bombeiros para auxiliar no controle às chamas.

Neste domingo (25), a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, disse que o Brasil não teria como atender à demanda boliviana.

“A Bolívia está em uma situação de muita penúria e, inclusive, nos pediu ajuda, mas o Brasil já está usando todo o recurso que tem para fazer a abordagem nos lugares em que temos incêndio”, comentou a ministra.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Brasília e outras capitais ficam encobertas por fumaça de queimadas

Brasília e outras capitais ficam encobertas por fumaça de queimadas

Incêndios em São Paulo contribuem para o fenômeno

A capital do país, Brasília, amanheceu neste domingo (25) coberta por fumaça proveniente de queimadas em outras regiões do país. O mesmo fenômeno foi registrado em outras capitais do Centro-Oeste, como Goiânia, e do Sudeste, como Belo Horizonte.

De acordo com o Corpo de Bombeiros Militares do Distrito Federal (CBMDF), que analisou imagens de satélite, a densa fumaça, que encobriu prédios oficiais como o do Congresso Nacional, é intensificada pelas queimadas que ocorrem no estado de São Paulo, trazida por ventos favoráveis.

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Contribui para o fenômeno a seca em Brasília, onde não chove há mais de 120 dias. A falta de chuvas é comum nesta época do ano na região central do país. A baixa umidade também facilita o surgimento de queimadas e contribui para que as partículas de fumaça pairem no ar.

Segundo alerta do Instituto Nacional de Meteorologia, a umidade na capital do país deve cair abaixo de 20% durante a tarde deste domingo, aumentando os riscos de incêndios florestais e de problemas à saúde da população.

No sábado, os bombeiros combateram um foco de incêndio de grandes proporções numa área de preservação de Brasília, onde fica uma das nascentes que abastecem o Lago Paranoá. Segundo a CBMDF, neste ano, entre os meses de janeiro a julho, foram registradas 3.368 ocorrências relacionadas a incêndios florestais no Distrito Federal.

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Recorde

Os focos de incêndio têm batido recorde neste ano em regiões como a Amazônia, o Pantanal e o Sudeste. O problema se intensificou no interior de São Paulo nos últimos dias. Segundo dados do governo do estado de São Paulo atualizados neste domingo, 21 cidades paulistas têm com focos de incêndio ativo e 46 municípios estão em alerta máximo para o fogo.

Nesta semana, imagens obtidas pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos mostram a concentração do monóxido de carbono sobre uma faixa que se estende do Norte do Brasil até as regiões Sul e Sudeste, passando sobre o Peru, Bolívia e Paraguai.

Fotos: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Governo aciona PF com suspeita de novo “dia do fogo” em São Paulo

Governo aciona PF com suspeita de novo “dia do fogo” em São Paulo

Termo remete a ações de queimadas criminosas orquestradas em 2019

O governo federal acionou a Polícia Federal (PF) para investigar a possível origem criminosa das queimadas que se espalharam pelo estado de São Paulo nesta semana. A informação foi confirmada neste domingo (25) pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que esteve na sede do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), em Brasília.

A ministra disse que o governo trabalha com a suspeita de uma ação criminosa similar ao “dia do fogo”, numa referência ao 10 de agosto de 2019, quando uma ação orquestrada de criminosos ateou fogo em mais de 470 propriedades rurais. “Há uma forte suspeita de que está acontecendo de novo”, afirmou.

“Nesse momento é uma verdadeira guerra contra o fogo e a criminalidade”, disse a ministra. “Tem uma situação atípica. Você começa a ter em uma semana, praticamente em dois dias, vários municípios queimando ao mesmo tempo. Isso não faz parte de nossa experiência de combate ao fogo.”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também compareceu à sala de situação montada há dois meses no Prevfogo para acompanhar a situação dos focos de incêndio. Ele assegurou recursos e ações do governo federal para debelar as chamas, que disse serem difíceis de apagar. “A gente acaba de apagar o fogo você vira as costas e ele acende outra vez”.

Também compareceram ao local o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, e o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues. Todos permaneceram cerca de uma hora na sala de situação, onde é possível acompanhar em tempo real os focos de incêndio em diferentes regiões do país, via imagens de satélite.

“Em São Paulo, não é natural, em hipótese alguma, que em dois dias tenha diversas frentes de incêndio envolvendo concomitantemente vários municípios”, reiterou Marina sobre as suspeitas de ação criminosa. “É preciso parar de atear fogo”, apelou. “O fogo não é estadual nem municipal, é um fogo que prejudica o Brasil.”

A ministra avalia que a situação poderia ser muito pior se o governo federal não tivesse se preparado desde o início do mandato de Lula para um possível aumento nas queimadas. Ela afirmou que “não é verdade que haja falha do governo federal”.

Marina mencionou o envio da aeronave KC-390, da Força Aérea Brasileira (FAB) para auxiliar no rescaldo das chamas, mas relatou que o avião ainda não pode atuar por questões de segurança, devido à grande quantidade de fumaça.

Investigações

Ao lado da ministra, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, confirmou a existência de 31 inquéritos para apurar condutas criminosas ligadas aos incêndios florestais na Amazônia e mais 20 relacionadas ao Pantanal, além de duas investigações abertas para apurar a situação em São Paulo. “Mobilizamos as nossas 15 delegacias espalhadas pelo interior [de SP] para que a gente possa identificar essa questão que envolve essas queimadas no estado”.

Rodrigues também explicou que o governo dispõe de ferramentas que permitem retroceder as imagens de satélite, até a identificação da origem dos focos de calor, o que deve auxiliar em grande medida as investigações. A atuação da PF no caso se justifica devido ao impacto do problema em áreas de interesse da União, como o funcionamento dos aeroportos.

Neste domingo (25), o governo paulista informou que há 21 cidades de São Paulo com focos ativos, e outras 46 cidades em alerta máximo para uma possível aproximação das chamas.

Fumaça

A fumaça gerada pelas chamas no interior paulista e em outras regiões tem sido carregada por ventos favoráveis para as regiões centrais do país. Neste domingo, por exemplo, Brasília amanheceu com vários bairros encobertos pela fumaça. O fenômeno, facilitado pelo tempo seco, também foi registrado em outras capitais, como Goiânia e Belo Horizonte.

De acordo com o governo federal, um número recorde de brigadistas foi mobilizado para trabalhar no combate aos incêndios florestais neste ano, incluindo 1,4 mil na região amazônica e 800 no Pantanal. Helicópteros da Marinha e do Exército foram enviados nesta semana a São Paulo para auxiliar no combate aos incêndios no estado.

O presidente do Ibama esteve neste domingo na sede do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), estrutura que é ligada ao Ibama, em Brasília, junto com o presidente Luís Inácio Lula da Silva e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. No local, eles acompanharam a situação dos focos de incêndio nos monitores da sala de situação.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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SEMURB esclarece origem da "língua negra" em Areia Preta e descarta ligação com esgoto

SEMURB esclarece origem da “língua negra” em Areia Preta e descarta ligação com esgoto

Fenômeno na praia de Areia Preta, em Natal, é resultado de resíduos urbanos e não de despejo de esgoto, afirma Secretaria

Nas últimas semanas, um fenômeno inusitado chamou a atenção dos frequentadores da praia de Areia Preta, na zona Leste de Natal: a formação de uma mancha escura na areia, conhecida popularmente como “Língua Negra”. Esse evento gerou preocupações e questionamentos por parte da população, que suspeitava que o problema estivesse relacionado ao lançamento irregular de esgoto na área. Em resposta, a Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (SEMURB) de Natal conduziu uma investigação detalhada para esclarecer a origem da mancha e tranquilizar os moradores e visitantes da região.

Na manhã da última quarta-feira (21.ago.2024), uma equipe de fiscalização ambiental da SEMURB esteve na praia de Areia Preta para realizar uma inspeção minuciosa. Após analisar o local, os técnicos concluíram que não há indícios de lançamento de esgoto na área. Segundo o órgão, a mancha escura que tem causado tanta inquietação é, na verdade, o resultado de um processo natural intensificado pelas recentes chuvas que atingiram a capital potiguar.

De acordo com os especialistas da SEMURB, as chuvas que caíram em Natal nos últimos dias desempenharam um papel crucial na formação da “Língua Negra”. Quando a água da chuva escoa pelas ruas da cidade, ela carrega consigo uma série de resíduos acumulados na superfície urbana, como partículas de asfalto, restos de pneus, óleos e outros detritos que se encontram nas vias públicas. Esses resíduos são levados para as áreas mais baixas da cidade, como é o caso das praias, onde acabam se depositando na areia e no mar, gerando a mancha escura observada.

A SEMURB destaca que, desde o início do processo de investigação, apenas uma ocorrência de lançamento de esgoto foi registrada na área em questão. Este caso isolado foi detectado em um condomínio de luxo localizado na Avenida Governador Silvio Pedrosa, próximo à praia de Areia Preta. No entanto, o problema foi prontamente resolvido pela administração do condomínio, que corrigiu o lançamento irregular, eliminando qualquer possibilidade de contaminação da praia por esgoto.

Para assegurar a segurança da população e a preservação do meio ambiente, a SEMURB continua monitorando de perto a situação. O órgão também aguarda os resultados das próximas análises físico-químicas e bacteriológicas do Programa Água Azul, que deverão ser divulgados até o final de semana. Essas análises serão fundamentais para determinar as concentrações de poluentes na água e na areia da praia, proporcionando uma visão mais precisa sobre as condições ambientais do local.

Foto: Divulgação/SEMURB

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Fumaça de queimadas atinge cidades de dez estados

Fumaça de queimadas atinge cidades de dez estados

Fogo na Amazônia é visto no sul do Amazonas e na Transamazônica

Com a intensificação da temporada de incêndios na Amazônia e no Pantanal, em decorrência da mudança do clima, cidades de dez estados registraram episódios de fumaça e diminuição na qualidade do ar.

Imagens obtidas pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos mostram a concentração do monóxido de carbono sobre uma faixa que se estende do Norte do Brasil até as regiões Sul e Sudeste, passando sobre o Peru, Bolívia e Paraguai. Na última semana, o Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (Unicef) fez um alerta sobre os cuidados necessários para a saúde nesses casos.

Segundo nota divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o fogo na Amazônia estava concentrado principalmente no sul do Amazonas e nos arredores da Rodovia Transamazônica (BR-230).

“Amazonas e Pará concentram, juntos, mais da metade (51,6%) dos focos de incêndio registrados no bioma de 1º de janeiro a 18 de agosto de 2024, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Desde 1º de julho, 67,2% dos focos registrados estão nos dois estados.”, informou o ministério.

Área afetada

De acordo com o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ), este ano o fogo consumiu 3,2 milhões de hectares da Amazônia, o que representa 0,77% do bioma. No Pantanal, quase 1,9 milhão de hectares foi consumido pelo fogo, atingindo 12,5% do território.

Um alerta de perigo extremo de fogo do Sistema de Alarmes do Lasa-UFRJ foi divulgado com previsões para a Bacia do Paraguai, no Pantanal. Segundo o informativo, até a próxima quinta-feira (22), toda a região enfrentará condições climáticas que dificultam o combate a incêndios até por meios aéreos, com alta velocidade de propagação do fogo.

O ministério (MMA), 1.489 brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) atuam no combate aos incêndios florestais na Amazônia. Desde o dia 24 de julho, 98 incêndios teriam sido extintos, mas 75 persistem ativos e podem reunir até milhares de focos de calor.

Resposta a incêndios

No Pantanal de Mato Grosso atuam 348 brigadistas do Ibama e ICMBio, além de 454 militares das Forças Armadas, 95 da Força Nacional e mais dez da Polícia Federal. Das 98 áreas de incêndio, 50 teriam sido extintas e 46 permanecem ativas, das quais 27 estão controladas.

Uma sala de situação criada pelo governo federal concentra a resposta federal aos incêndios no país desde junho. Na Amazônia Legal, foram disponibilizados R$ 405 milhões do Fundo Amazônia para apoiar as guarnições do Corpo de Bombeiros dos estados. No Pantanal, também foi liberado um crédito extraordinário de R$ 137,6 milhões, além do repasse de mais R$ 13,4 milhões ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional para assistência humanitária e combate a incêndios florestais.

Foto: Divulgação Brigada de Alter do Chão (PA)

Da Agência Brasil

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RN registra 24 ocorrências de incêndios florestais na região Oeste durante o final de semana

RN registra 24 ocorrências de incêndios florestais na região Oeste durante o final de semana

Corpo de Bombeiros alerta para riscos e recomendações para evitar novos incêndios

A Região Oeste do Rio Grande do Norte enfrentou um final de semana marcado por incêndios florestais de grande extensão. Segundo o Corpo de Bombeiros Militar, foram registradas 24 ocorrências nas cidades de Assú, Mossoró, Pau dos Ferros e Apodi entre os dias 17 e 18 de agosto.

A tenente-coronel Márcia Martini, comandante do 3º Grupamento de Bombeiros em Mossoró, destacou que as altas temperaturas típicas desta época do ano deixam a vegetação mais suscetível ao fogo, aumentando significativamente o número de incêndios. No entanto, ela ressaltou que muitos desses casos poderiam ser evitados com medidas simples, como evitar fogueiras e o descarte inadequado de lixo nas rodovias.

Além dos incêndios florestais, a remoção de abelhas continua sendo a principal ocorrência atendida pelo Corpo de Bombeiros na região, com 31 registros, sendo 24 em Mossoró. Outras intervenções realizadas pelos bombeiros incluíram a retirada de anéis, vazamentos de gás de cozinha e incêndios em veículos e residências.

Os incêndios florestais representam uma grave ameaça ao meio ambiente, à saúde pública e à economia local, e as autoridades pedem à população que colabore adotando práticas preventivas para minimizar os riscos.

Foto: Arquivo Assecom

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Idema autoriza início da obra de engorda de Ponta Negra

Idema autoriza início da obra de engorda de Ponta Negra

Projeto que visa alargamento da faixa de areia pode começar após emissão de licença válida até 2034

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) reemitiu nesta terça-feira (13.ago.2024) a licença de instalação e operação para o início da obra de engorda da praia de Ponta Negra, em Natal. A licença, válida até 23 de julho de 2034, põe fim a um impasse que atrasava o início das obras há mais de um mês.

A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), responsável pelo projeto, ainda não se pronunciou sobre o assunto. A obra prevê o alargamento da faixa de areia ao longo de quatro quilômetros da enseada de Ponta Negra, utilizando aproximadamente 1,1 milhão de metros cúbicos de areia depositada através de uma draga de sucção.

O diretor-geral do Idema, Werner Farkatt, afirmou que a obra pode começar sem impedimentos, ressaltando a necessidade de respeitar regras de segurança devido ao trânsito de maquinários pesados na orla. A obra, com previsão de conclusão em três meses, visa aumentar a faixa de areia para até 100 metros na maré baixa e 50 metros na maré alta.

A Prefeitura de Natal solicitou a conclusão da obra até o fim de novembro, prazo que o Idema considera viável, desde que o processo seja monitorado para evitar impactos ambientais, especialmente durante a migração de tartarugas pelo litoral norte-rio-grandense.

Foto: Sandro Menezes/Assecom RN/Ilustração

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Projetos de agricultura sustentável no RN podem concorrer a até R$ 900 mil em chamada pública

Projetos de agricultura sustentável no RN podem concorrer a até R$ 900 mil em chamada pública

Serão selecionados projetos desenvolvidos por cooperativas e associações de negócios rurais inclusivos que já adotam práticas que visam a redução do impacto ambiental e social de suas localidades

Reduzir o impacto ambiental e promover a conservação dos recursos naturais ao mesmo tempo que mira a expansão da produção tem sido o maior desafio do setor agrícola. Para conciliar esses dois caminhos e contribuir para a produção de alimentos saudáveis e a superação do desafio, a AIPÊ (Aliança pela Inclusão Produtiva) lança a chamada pública Práticas de Agricultura Sustentável, voltada para associações ou cooperativas rurais que já iniciaram a transição para a adoção de práticas preocupadas com as questões ambientais, econômicas e sociais.

Iniciativa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Fundação Arymax, da Fundação Tide Setubal, do Instituto HEINEKEN, do Instituto humanize, Instituto Votorantim e Santander, a AIPÊ selecionará projetos que receberão até R$ 900 mil cada, totalizando um investimento de R$ 9 milhões. A chamada prioriza projetos que contem com lideranças ou sejam majoritariamente formados por mulheres, pessoas negras, indígenas, comunidades tradicionais e juventude rural.

O BNDES contribuirá com metade dos recursos, ao passo que os demais parceiros se responsabilizarão pelo restante. Além do aporte financeiro, os projetos serão acompanhados ao longo de sua implementação e receberão aporte técnico por meio de mentorias e oficinas temáticas.

“Essa atuação conjunta com diversos parceiros em favor da inclusão produtiva para população vulnerável, proporciona geração de renda para as pessoas que mais precisam. Além disso, essa chamada elaborada pelos parceiros apoiará iniciativas que viabilizarão a produção de alimentos saudáveis para população local com menor impacto possível ao meio ambiente”, detalha Celina Tura, Chefe de Departamento de Inclusão Produtiva e Educação do BNDES, integrante do comitê gestor da AIPÊ.

“A chamada foi desenhada para apoiar e fortalecer cooperativas e associações na adoção de práticas como: recuperação de áreas de pasto ou plantio degradadas, produção orgânica, criação de sistemas agroflorestais, integração lavoura-pecuária-floresta, manejo de resíduos para geração de energia e compostagem e produção de bioinsumos”, explica Ana Bonimani, gerente de Programas do Instituto Votorantim, integrante do comitê gestor da AIPÊ.

“Um projeto de desenvolvimento sustentável que seja efetivo para o Brasil deve considerar todas as suas diversidades e desigualdades sociais. O edital se alinha a esta visão ao priorizar grupos vulnerabilizados e a promoção de práticas econômicas que consigam demonstrar benefícios para o meio ambiente e as comunidades. A economia do futuro deverá promover uma inclusão produtiva justa e sustentável, onde pequenos produtores serão agentes importantes”, completa Vivianne Naigeborin, Superintendente da Fundação Arymax.

As organizações selecionadas poderão realizar investimentos para implantação de novas tecnologias, fortalecimento de negócios, compra de insumos e assistência técnica.

As inscrições estão abertas no site da AIPÊ (www.aipe.org.br) até o dia 21 de agosto de 2024. Para se inscrever, é preciso que as cooperativas e associações produtivas possuam CNPJ ativo há, no mínimo, dois anos e que, obrigatoriamente, atendam produtores rurais de baixa renda dos quatro biomas contemplados: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pampa.

Chamadas AIPÊ

No mesmo período, a AIPÊ abre a chamada Turismo Sustentável. Serão destinados até R$ 5 milhões a projetos que promovam a inclusão produtiva por meio do apoio a iniciativas com potencial de fortalecer as redes locais, melhorar os produtos turísticos e promover a preservação do ambiente e respeito às comunidades locais.

Serviço
Chamada Pública AIPÊ – Negócios Sustentáveis
Inscrições: De 27 de junho a 21 de agosto de 2024
Resultados: Até 17 de dezembro
Onde se inscrever: www.aipe.org.br

Sobre a AIPÊ (Aliança pela Inclusão Produtiva) 

A AIPÊ (Aliança pela Inclusão Produtiva) é resultado da união de instituições com conhecimento e experiência reconhecidos na atuação pela redução da desigualdade por meio da inclusão produtiva. Juntos, BNDES, Instituto Votorantim, Fundação Arymax, Fundação Tide Setubal, Instituto HEINEKEN, Instituto humanize, e Santander reuniram recursos não reembolsáveis que serão aportados em chamadas públicas com recortes específicos, sempre direcionadas a projetos conduzidos por associações, cooperativas, microempresas e empreendedores individuais com o objetivo de tirar pessoas da vulnerabilidade através da promoção do trabalho e renda. 

A Aliança foi criada com um fundo de R$ 40 milhões que serão destinados a projetos de promoção de trabalho e renda para populações mais expostas a vulnerabilidades através de chamadas públicas realizadas ao longo de cinco anos. Suas duas primeiras chamadas públicas foram lançadas em 2023, voltadas para Negócios Rurais Inclusivos e Empreendedorismo Urbano Periférico, que, juntas, somaram R$ 8 milhões. Foram selecionados 18 projetos, que já começaram a ser atendidos com os recursos financeiros, apoio técnico e mentoria oferecidos pela iniciativa.

Foto: Divulgação

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Inmet emite alertas de vendaval e baixa umidade para o RN

Inmet emite alertas de vendaval e baixa umidade para o RN

Avisos meteorológicos preveem ventos de até 60 km/h e baixa umidade em 36 cidades do Alto Oeste potiguar

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de vendaval para todo o estado do Rio Grande do Norte, válido até as 18h desta terça-feira (6.ago.2024). Segundo o Inmet, os ventos podem alcançar velocidades de até 60 km/h, caracterizando perigo potencial. O alerta, classificado na cor amarela, indica o menor grau de severidade, mas ainda requer atenção.

No contexto deste aviso, o Inmet destaca que os ventos poderão variar entre 40 km/h e 60 km/h, com baixo risco de queda de galhos de árvores. Diante dessas condições, a população deve seguir algumas recomendações importantes:

  • Evitar abrigar-se debaixo de árvores, devido ao risco de quedas e descargas elétricas.
  • Não estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda.
  • Em caso de emergência, acionar a Defesa Civil pelo telefone 199 e o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193.

Além do alerta de vendaval, o Inmet também emitiu um aviso de baixa umidade para 36 cidades do Alto Oeste potiguar, válido até as 19h desta terça-feira (6.ago). Este alerta, igualmente na cor amarela, aponta para a necessidade de cuidados adicionais devido à baixa umidade do ar. Entre as recomendações estão:

  • Beber bastante líquido para manter a hidratação.
  • Evitar desgaste físico durante as horas mais secas do dia.
  • Evitar exposição ao sol nas horas mais quentes do dia.

As cidades afetadas pela baixa umidade são:

  • Água Nova
  • Alexandria
  • Almino Afonso
  • Antônio Martins
  • Coronel João Pessoa
  • Doutor Severiano
  • Encanto
  • Francisco Dantas
  • Frutuoso Gomes
  • Ipueira
  • João Dias
  • José da Penha
  • Lucrécia
  • Luís Gomes
  • Major Sales
  • Marcelino Vieira
  • Martins
  • Paraná
  • Patu
  • Pau dos Ferros
  • Pilões
  • Portalegre
  • Rafael Fernandes
  • Riacho da Cruz
  • Riacho de Santana
  • Rodolfo Fernandes
  • São Francisco do Oeste
  • São João do Sabugi
  • São Miguel
  • Serra Negra do Norte
  • Serrinha dos Pintos
  • Taboleiro Grande
  • Tenente Ananias
  • Umarizal
  • Venha-Ver
  • Viçosa

Foto: Robyn W./Pexels

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Inmet emite alerta de baixa umidade para 50 municípios do RN

Inmet emite alerta de baixa umidade para 50 municípios do RN

Aviso de baixa umidade relativa do ar requer cuidados com saúde e riscos de incêndios

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta para o risco de baixa umidade em 50 municípios do Rio Grande do Norte neste domingo (4.jul.2024). O comunicado, divulgado às 11h, prevê que a umidade relativa do ar varie entre 30% e 20% nas áreas afetadas.

De acordo com o Inmet, essa condição climática aumenta o risco de incêndios florestais e pode causar problemas de saúde. Por isso, a população foi orientada a consumir bastante líquido, evitar desgaste físico durante os períodos mais secos do dia e evitar a exposição ao sol nas horas mais quentes.

Lista de cidades com alerta de tempo seco no RN

  • Água Nova
  • Alexandria
  • Almino Afonso
  • Antônio Martins
  • Apodi
  • Caicó
  • Campo Grande
  • Caraúbas
  • Coronel João Pessoa
  • Doutor Severiano
  • Encanto
  • Francisco Dantas
  • Frutuoso Gomes
  • Ipueira
  • Itaú
  • Janduís
  • Jardim de Piranhas
  • João Dias
  • José da Penha
  • Jucurutu
  • Lucrécia
  • Luís Gomes
  • Major Sales
  • Marcelino Vieira
  • Martins
  • Messias Targino
  • Olho d’Água do Borges
  • Paraná
  • Patu
  • Pau dos Ferros
  • Pilões
  • Portalegre
  • Rafael Fernandes
  • Rafael Godeiro
  • Riacho da Cruz
  • Riacho de Santana
  • Rodolfo Fernandes
  • São Fernando
  • São Francisco do Oeste
  • São João do Sabugi
  • São Miguel
  • Serra Negra do Norte
  • Serrinha dos Pintos
  • Severiano Melo
  • Taboleiro Grande
  • Tenente Ananias
  • Timbaúba dos Batistas
  • Umarizal
  • Venha-Ver
  • Viçosa

Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília/Ilustração

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Prefeitura do Natal quer autorização para fazer engorda de Ponta Negra na época da reprodução das tartarugas

Prefeitura do Natal quer autorização para fazer engorda de Ponta Negra na época da reprodução das tartarugas

Pedido de extensão do prazo visa concluir obra até novembro, fora da janela ambiental estipulada pelo Idema

A Prefeitura do Natal solicitou permissão ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) para realizar a engorda da Praia de Ponta Negra até o final de novembro, ultrapassando a “janela ambiental” definida. Thiago Mesquita, titular da Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), enfatizou que, sem essa extensão, a obra não será concluída em 2024, pois sua execução demandará aproximadamente 90 dias. As informações foram divulgadas pelo jornal Agora RN.

A Licença de Instalação e Operação (LIO) emitida pelo Idema, em 23 de julho, estabelece que a obra pode ser realizada apenas entre julho e outubro devido ao período reprodutivo das tartarugas marinhas, que ocorre de novembro a junho. A Semurb argumenta que é necessário estender o prazo até novembro para garantir a conclusão dos serviços ainda este ano.

Thiago Mesquita esclareceu que a obra, prevista para começar em 1º de agosto, deve se iniciar imediatamente para aproveitar a janela ambiental. Ele acredita que o Idema será flexível diante das justificativas apresentadas pelo município e permitirá a conclusão da obra até novembro. O pedido será formalizado com fundamentações robustas para assegurar que a obra seja realizada integralmente em 2024.

A LIO do Idema, além de estabelecer prazos, impõe um conjunto de 83 condicionantes que ainda precisam ser atendidas antes do início dos trabalhos. A Semurb está trabalhando para reconsiderar essas exigências e viabilizar o início imediato da obra.

Sobre a draga contratada para os serviços, Mesquita afirmou que o equipamento será trazido para Natal assim que a licença permitir. A empresa responsável já foi notificada e está preparada para iniciar as operações assim que todas as adequações necessárias forem concluídas.

Foto: Leandro’s World Tour/VisualHunt.com

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Agricultura manda recolher 16 marcas de cafés impróprios para consumo

Agricultura manda recolher 16 marcas de cafés impróprios para consumo

Análises encontraram matérias estranhas e impurezas nos produtos

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou nesta sexta-feira (2) uma lista com 16 marcas de café torrado considerados impróprios para o consumo. Análises encontraram matérias estranhas, impurezas ou elementos estranhos acima do limite permitido.

Os produtos devem ser recolhidos pelas empresas responsáveis, como prevê a legislação, em casos de risco à saúde pública, adulteração, fraude ou falsificação.

As 16 marcas de café impróprias para consumo são Oba Oba Sorriso, Exemplar, Matão, Belo, Moreno, Pureza, Terra da Saudade, Góes Tradicional a Vácuo, Serra do Brasil, Cambeense, Dourados, Do Norte, Salute, Ivaiporã, Terra da Gente e Dona Filinha.

No início de julho, o Mapa havia divulgado uma lista com marcas impróprias.

O ministério orienta a população que deixe de consumir esses cafés e solicite a substituição como determinado pelo Código de Defesa do Consumidor. Caso encontrem essas marcas sendo comercializadas, podem entrar em contato com pelo canal oficial Fala.BR, informar o estabelecimento e o endereço onde foi adquirido o produto.

O Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária é o responsável pelas fiscalizações de café torrado e moído no mercado interno.

“Após a realização da Operação Valoriza, em março de 2024, em que foram feitas fiscalizações de café torrado durante duas semanas de maneira concentrada, o Mapa continuou realizando fiscalizações de rotina durante os meses seguintes, incluindo o atendimento às denúncias feitas por cidadãos por meio da plataforma Fala.BR”, disse Ludmilla Verona, coordenadora de Fiscalização da Qualidade Vegetal.

As ações de fiscalização e análise dos produtos fazem parte do Programa Nacional de Prevenção e Combate à Fraude e Clandestinidade em Produtos de Origem Vegetal (PNFraude), que tem como objetivo diminuir as fraudes e promover a regularidade de estabelecimentos produtores de gêneros de origem vegetal.

Foto: Landsmann/Pexels

Da Agência Brasil

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Idema rebate alegações do secretário da Semurb sobre licença ambiental da engorda de Ponta Negra

Idema rebate alegações do secretário da Semurb sobre licença ambiental da engorda de Ponta Negra

Coordenador de Meio Ambiente defende processo e convida secretário a contribuir de forma técnica

Em resposta às declarações do secretário de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal, Thiago Mesquita, que afirmou que a licença para a obra de engorda da Praia de Ponta Negra era “fake”, o coordenador de Meio Ambiente do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), Jozivan Nascimento, gravou um vídeo esclarecendo a situação.

No vídeo, Jozivan Nascimento refutou categoricamente as alegações de Thiago Mesquita, explicando que a licença ambiental para a obra de engorda de Ponta Negra foi emitida com todo o cuidado e zelo necessário para garantir a proteção do meio ambiente. Ele destacou que o Idema, juntamente com a Procuradoria Geral do Município e a Procuradoria Geral do Estado, estavam profundamente envolvidos no processo de licenciamento ambiental, assegurando a segurança jurídica e a preocupação com as comunidades tradicionais afetadas pela obra.

O coordenador de Meio Ambiente aproveitou a oportunidade para convidar o secretário Thiago Mesquita a se envolver mais nas questões técnicas e contribuir de forma construtiva com o processo. Ele enfatizou que o objetivo comum é encontrar uma solução que beneficie todos os cidadãos, garantindo a sustentabilidade ambiental e o desenvolvimento adequado da região.

Jozivan Nascimento reiterou que a licença não é “fake” e que segue todos os trâmites legais e ambientais exigidos. Ele expressou seu desejo de que o debate sobre o licenciamento ambiental seja baseado em fatos e contribuições técnicas, e não em declarações infundadas nas redes sociais.

Foto: Marinelson Almeida Silva/Visualhunt

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Inmet emite alertas de vendaval e baixa umidade para cidades do RN

Inmet emite alertas de vendaval e baixa umidade para cidades do RN

Avisos abrangem todas as cidades potiguares, com ênfase nas regiões Oeste e Central

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu dois alertas meteorológicos que afetam várias cidades do Rio Grande do Norte. O primeiro aviso, de nível amarelo, alerta para o risco de vendaval em todos os municípios do estado. O segundo alerta é para baixa umidade em 78 cidades, especialmente nas regiões Oeste e Central.

O aviso de perigo potencial de vendaval foi emitido na manhã de quarta-feira (31.jul.2024) e é válido até às 18h de sexta-feira (2.ago). O Inmet prevê ventos com velocidades entre 40 km/h e 60 km/h, com baixo risco de queda de galhos de árvores. Em caso de rajadas de vento, o instituto orienta a população a não se abrigar debaixo de árvores e a não estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda.

O alerta de baixa umidade foi emitido às 11h e é válido até a noite de quinta-feira (1°.ago), para 78 municípios do estado. A previsão é de umidade relativa do ar variando entre 30% e 20%, o que pode causar baixo risco de incêndios florestais e impactos na saúde humana. O Inmet recomenda à população local o consumo de bastante líquido, evitar desgaste físico nas horas mais secas e evitar exposição ao sol nas horas mais quentes do dia.

Veja cidades listadas no aviso de baixa umidade:

  • Acari
  • Açu
  • Água Nova
  • Alexandria
  • Almino Afonso
  • Angicos
  • Antônio Martins
  • Apodi
  • Augusto Severo
  • Baraúna
  • Caicó
  • Caraúbas
  • Carnaúba dos Dantas
  • Carnaubais
  • Coronel João Pessoa
  • Cruzeta
  • Currais Novos
  • Doutor Severiano
  • Encanto
  • Felipe Guerra
  • Florânia
  • Francisco Dantas
  • Frutuoso Gomes
  • Governador Dix-Sept Rosado
  • Ipanguaçu
  • Ipueira
  • Itajá
  • Itaú
  • Janduís
  • Jardim de Piranhas
  • Jardim do Seridó
  • João Dias
  • José da Penha
  • Jucurutu
  • Lagoa Nova
  • Lucrécia
  • Luís Gomes
  • Major Sales
  • Marcelino Vieira
  • Martins
  • Messias Targino
  • Mossoró
  • Olho d’Água do Borges
  • Ouro Branco
  • Paraná
  • Paraú
  • Parelhas
  • Patu
  • Pau dos Ferros
  • Pilões
  • Portalegre
  • Rafael Fernandes
  • Rafael Godeiro
  • Riacho da Cruz
  • Riacho de Santana
  • Rodolfo Fernandes
  • Santana do Matos
  • Santana do Seridó
  • São Fernando
  • São Francisco do Oeste
  • São João do Sabugi
  • São José do Seridó
  • São Miguel
  • São Rafael
  • São Vicente
  • Serra do Mel
  • Serra Negra do Norte
  • Serrinha dos Pintos
  • Severiano Melo
  • Taboleiro Grande
  • Tenente Ananias
  • Tenente Laurentino Cruz
  • Timbaúba dos Batistas
  • Triunfo Potiguar
  • Umarizal
  • Upanema
  • Venha-Ver
  • Viçosa

Veja cidades listadas no aviso de baixa umidade:

  • Açu
  • Água Nova
  • Alexandria
  • Almino Afonso
  • Antônio Martins
  • Apodi
  • Augusto Severo
  • Baraúna
  • Caicó
  • Caraúbas
  • Coronel João Pessoa
  • Doutor Severiano
  • Encanto
  • Felipe Guerra
  • Francisco Dantas
  • Frutuoso Gomes
  • Governador Dix-Sept Rosado
  • Ipueira
  • Itaú
  • Janduís
  • Jardim de Piranhas
  • João Dias
  • José da Penha
  • Jucurutu
  • Lucrécia
  • Luís Gomes
  • Major Sales
  • Marcelino Vieira
  • Martins
  • Messias Targino
  • Mossoró
  • Olho d’Água do Borges
  • Paraná
  • Paraú
  • Patu
  • Pau dos Ferros
  • Pilões
  • Portalegre
  • Rafael Fernandes
  • Rafael Godeiro
  • Riacho da Cruz
  • Riacho de Santana
  • Rodolfo Fernandes
  • São Fernando
  • São Francisco do Oeste
  • São João do Sabugi
  • São Miguel
  • Serra do Mel
  • Serra Negra do Norte
  • Serrinha dos Pintos
  • Severiano Melo
  • Taboleiro Grande
  • Tenente Ananias
  • Timbaúba dos Batistas
  • Triunfo Potiguar
  • Umarizal
  • Upanema
  • Venha-Ver
  • Viçosa

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília/Ilustração

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Agricultor de Caraúbas colhe macaxeira gigante de 44 kg e 3 metros

Agricultor de Caraúbas colhe macaxeira gigante de 44 kg e 3 metros

Geovane Sales, do Assentamento Petrolina, colhe raiz impressionante cultivada apenas com água da chuva

Um agricultor de Caraúbas, no Oeste do Rio Grande do Norte, protagonizou um feito impressionante nesta segunda-feira (29.jul.2024). Geovane Sales, morador do Assentamento Petrolina, colheu uma macaxeira extraordinária, medindo mais de 3 metros de comprimento e pesando 44 kg, cultivada apenas com a água do período chuvoso.

Geovane plantou a raiz há cerca de um ano e meio. A remoção da macaxeira do solo exigiu um esforço conjunto, necessitando a ajuda de dois homens para retirar a planta da terra devido ao seu peso e tamanho. Após a colheita, a macaxeira foi medida, revelando impressionantes 3 metros e 10 centímetros.

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A área onde a macaxeira foi cultivada pertence aos pais de Geovane, Wilma Oliveira e Reginaldo Sales, ambos agricultores. Geovane explicou que não utiliza irrigação ou adubo em seus cultivos. “É só terra natural, não tem adubo. E não foi irrigado também, não. Foi só a água do inverno que ela pegou”, afirmou.

Geovane explicou que é comum cultivar a planta e colher até dois anos após o plantio, desde que não esteja oca por dentro. Ele acredita que a raiz ainda teria crescido mais se não tivesse sido colhida neste momento. “O tamanho da macaxeira é resultado da qualidade da terra”, disse Geovane, que já havia colhido outras raízes com cerca de 1,5 metros de comprimento.

A colheita desta macaxeira gigante chamou a atenção dos moradores da região. “A gente não sabia que chamava tanta atenção. Quando arrancamos essa com mais de 3 metros, nós resolvemos mostrar para o pessoal ver. Já veio gente aqui e disse que nunca tinha visto na vida uma macaxeira desse tamanho”, contou Geovane.

A família de Geovane planeja distribuir a macaxeira entre os parentes, compartilhando o fruto deste cultivo excepcional.

Fotos: Divulgação

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Ministério reconhece situação de emergência em municípios do RN

Ministério reconhece situação de emergência em municípios do RN

Cidades potiguares atingidas por estiagem e chuvas intensas podem solicitar recursos federais

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), através da Defesa Civil Nacional, reconheceu a situação de emergência em diversos municípios do Rio Grande do Norte e outros estados brasileiros, afetados por desastres naturais. As portarias com essas medidas foram publicadas nesta quinta-feira (25.jul.2024) no Diário Oficial da União (DOU).

Entre os municípios do Rio Grande do Norte que tiveram a situação de emergência reconhecida, destacam-se Rafael Godeiro, Santa Maria, Santo Antônio, São Miguel e Touros. As cidades de Rafael Godeiro, Santa Maria, Santo Antônio e São Miguel enfrentam um período de estiagem severa, enquanto Touros foi impactada por chuvas intensas.

A estiagem, que atinge 21 cidades brasileiras, incluindo as potiguares mencionadas, caracteriza-se por um período prolongado de baixa precipitação, afetando severamente as atividades agrícolas e o abastecimento de água. Já as chuvas intensas em Touros causaram alagamentos e danos estruturais, demandando uma resposta rápida e eficaz das autoridades locais.

Com o reconhecimento federal, as prefeituras desses municípios estão aptas a solicitar recursos do Governo Federal para ações de defesa civil. Essas ações incluem a compra de cestas básicas, água mineral, refeições para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza residencial, higiene pessoal e dormitório, entre outros.

Procedimento para solicitação de recursos

Os municípios reconhecidos em situação de emergência ou estado de calamidade pública podem solicitar recursos ao MIDR por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). As prefeituras devem enviar planos de trabalho detalhados, que serão avaliados pela equipe técnica da Defesa Civil Nacional. Após a aprovação, o valor a ser liberado é publicado no DOU.

Capacitações oferecidas pela defesa civil nacional

Para garantir que os agentes municipais e estaduais estejam bem preparados para utilizar o S2iD e gerenciar os recursos de forma eficiente, a Defesa Civil Nacional oferece uma série de cursos a distância. Essas capacitações são direcionadas aos agentes de proteção e defesa civil nas três esferas de governo, aprimorando suas habilidades e conhecimentos para enfrentar situações de emergência.

Além do Rio Grande do Norte, outros estados também tiveram municípios com situação de emergência reconhecida, incluindo Bahia, Ceará, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Sergipe. No total, 29 cidades foram afetadas por desastres naturais, evidenciando a necessidade de ações coordenadas e eficazes para mitigar os impactos desses eventos.

O reconhecimento da situação de emergência é um passo crucial para que as cidades afetadas possam acessar os recursos necessários e implementar medidas de socorro, assistência e recuperação, garantindo a segurança e o bem-estar da população.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

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Licença do Idema para engorda de Ponta Negra impõe 83 condicionantes

Licença do Idema para engorda de Ponta Negra impõe 83 condicionantes

Projeto de aterro hidráulico deve atender a exigências ambientais para garantir segurança

A licença de instalação e operação (LIO) para o projeto de engorda da praia de Ponta Negra foi emitida pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) nesta terça-feira (23.jul.2024). A autorização inclui 83 condicionantes que a Prefeitura de Natal deve cumprir durante a execução da obra.

O diretor do Idema, Werner Farkatt, lamentou a pressão para a liberação da licença, destacando a necessidade de uma análise técnica cuidadosa. “Nosso corpo técnico, formado por doutores, mestres e especialistas, foi desrespeitado por aqueles que acreditam que tudo pode ser resolvido na base do grito”, afirmou Farkatt.

A licença foi emitida com base em um relatório técnico que destacou diversas questões de segurança. Entre as mais de 80 condicionantes, algumas são indispensáveis e devem ser atendidas antes do início da obra.

“A licença está emitida, mas existem condicionantes que têm que ser atendidas previamente”, enfatizou Farkatt. O diretor técnico do Idema, Jonielson Pereira, reforçou a necessidade de cumprimento dessas condições: “O município declarou o compromisso de que a execução da obra só acontecerá após o cumprimento de determinadas ações”.

A obra, ainda sem todas as informações necessárias, apresenta riscos. “Não sabemos se haverá impacto na pesca local, por exemplo”, comentou Farkatt, expressando preocupação com a economia e tradições da região.

Foto: Marinelson Almeida Silva/Visualhunt

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Obra da engorda de Ponta Negra recebe licença do Idema

Obra da engorda de Ponta Negra recebe licença do Idema

Projeto que visa aumentar faixa de areia em até 100 metros na maré seca tem 83 condicionantes e validade de 10 anos

A obra de engorda da praia de Ponta Negra, em Natal, está prestes a iniciar após o Instituto do Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) emitir a Licença de Instalação e Operação (LIO). A licença foi emitida nesta terça-feira (23.jul.2024) e autoriza a Prefeitura de Natal a começar os serviços de aterro hidráulico, com validade de 10 anos e 83 condicionantes. A decisão veio após uma decisão judicial na última sexta-feira (19.jul).

A LIO foi expedida com 83 condicionantes, baseadas no documento “Informação Técnica Conjunta”, assinado pelo diretor-geral do Idema, Werner Farkatt, e diversos técnicos do órgão. Essas condicionantes incluem projetos de drenagem, questões socioambientais e a inclusão de estruturas de acessibilidade nas áreas de influência do projeto.

Uma das principais condicionantes determina que atividades socioeconômicas no local das obras sejam completamente suspensas durante operações de bombeio de material e terraplanagem. Além disso, a prefeitura deve apresentar relatórios mensais e bimestrais sobre o andamento da obra, incluindo monitoramento e execução do Plano de Resíduos Sólidos, monitoramento da fauna e alternativas de mitigação dos impactos locais.

A emissão da LIO ocorreu cerca de 40 dias após a Prefeitura de Natal responder às primeiras condicionantes da Licença Prévia (LP), emitida no ano passado com 52 condicionantes. Em duas ocasiões, o Idema solicitou mais informações, que foram fornecidas com o auxílio da Fundação de Pesquisa Norteriograndense (Funpec).

Foto: Joana Lima

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Inmet emite avisos de baixa umidade para cidades do RN

Inmet emite avisos de baixa umidade para cidades do RN

Alerta de perigo potencial com validade para esta terça (23) e quarta-feira (24), das 11h às 19h

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) publicou dois avisos de baixa umidade para várias cidades do Rio Grande do Norte. O primeiro alerta vale para esta terça-feira (23.jul.2024) e o segundo para quarta-feira (24.jul), ambos com vigência das 11h às 19h. Esses avisos, de legenda amarela, indicam perigo potencial, o menor nível na escala de severidade.

Durante esse período, a umidade relativa do ar poderá variar entre 30% e 20%, enquanto o índice ideal é entre 50% e 60%, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS). Diante disso, há um baixo risco de incêndios florestais e problemas de saúde.

O Inmet recomenda que, durante o alerta, a população das áreas afetadas beba bastante líquido, evite atividades físicas extenuantes nas horas mais secas e evite a exposição ao sol nas horas mais quentes do dia. Mais informações podem ser obtidas junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).

Lista de cidades atingidas:

  • Água Nova
  • Alexandria
  • Almino Afonso
  • Antônio Martins
  • Apodi
  • Baraúna
  • Caraúbas
  • Coronel João Pessoa
  • Doutor Severiano
  • Encanto
  • Felipe Guerra
  • Francisco Dantas
  • Frutuoso Gomes
  • Governador Dix-Sept Rosado
  • Itaú
  • Janduís
  • João Dias
  • José da Penha
  • Lucrécia
  • Luís Gomes
  • Major Sales
  • Marcelino Vieira
  • Martins
  • Messias Targino
  • Mossoró
  • Olho d’Água do Borges
  • Paraná
  • Patu
  • Pau dos Ferros
  • Pilões
  • Portalegre
  • Rafael Fernandes
  • Rafael Godeiro
  • Riacho da Cruz
  • Riacho de Santana
  • Rodolfo Fernandes
  • São Francisco do Oeste
  • São Miguel
  • Serra Negra do Norte
  • Serrinha dos Pintos
  • Severiano Melo
  • Taboleiro Grande
  • Tenente Ananias
  • Umarizal
  • Venha-Ver
  • Viçosa

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília/Ilustração

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Governo do RN não implementou política de combate à desertificação

Governo do RN não implementou política de combate à desertificação

Auditoria do TCE revela lacunas graves na execução de medidas ambientais e propõe 29 recomendações para enfrentar a desertificação

O Rio Grande do Norte não implementou a Política Estadual de Combate e Prevenção à Desertificação, estabelecida por uma lei estadual de 2017. Essa falha foi constatada por uma auditoria operacional realizada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), que revelou uma série de lacunas e omissões na gestão ambiental do estado.

A auditoria também apontou que o Rio Grande do Norte não criou o Fundo Estadual de Combate à Desertificação, um mecanismo essencial para financiar políticas e ações de enfrentamento à seca. As conclusões foram apresentadas durante uma sessão do pleno do TCE, realizada no dia 16 de julho, na qual foram aprovadas 29 recomendações contidas no relatório.

As secretarias estaduais de Meio Ambiente e Recursos Hídricos; Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar; Agricultura; e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) têm um prazo de 90 dias para apresentar um plano de ação detalhado com as medidas a serem tomadas em resposta às recomendações do TCE.

De acordo com o TCE, a auditoria revelou que a desertificação não é tratada como uma questão prioritária nos municípios do Rio Grande do Norte. A fragilidade na gestão ambiental e o controle social fragmentado contribuem para essa negligência. Além disso, as unidades de conservação relacionadas ao bioma caatinga não têm recebido a devida atenção, resultando em uma criação e manutenção deficientes dessas áreas.

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Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília

As ações de combate à desertificação, que deveriam focar na pequena produção familiar e comunitária e no uso de tecnologias sociais hídricas, também foram consideradas frágeis. O relatório destacou que a política estadual de combate à desertificação e mitigação dos efeitos da seca carece de práticas efetivas de monitoramento e avaliação, o que agrava ainda mais a situação.

Reações e comentários

O conselheiro Carlos Thompson Costa Fernandes, em seu voto, destacou que apenas a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos se posicionou durante a auditoria.

Recomendações do TCE

As 29 recomendações aprovadas pelo TCE incluem:

Criação do Fundo Estadual de Combate à Desertificação: Este fundo é essencial para destinar recursos específicos para políticas de combate à seca.
Regulamentação e Atualização do Cadastro Estadual: É necessário realizar e manter atualizado o cadastro das áreas susceptíveis à desertificação.
Fortalecimento da Agricultura Familiar: Inclui a regularização do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o apoio à implantação de Sistemas Agroflorestais (SAF).
Educação Ambiental: Introdução e implementação de programas de educação ambiental nas escolas municipais, com foco em ações específicas de combate à desertificação e mitigação dos efeitos da seca.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Estudo da Fiocruz revela que tubarões foram contaminados por cocaína

Estudo da Fiocruz revela que tubarões foram contaminados por cocaína

Dados chamam atenção para alta quantidade da droga no esgoto

Em fato inédito no mundo, o Instituto Oswaldo Cruz, da Fundação Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), detectou a contaminação de tubarões por cocaína e seu metabólito, a benzoilecgonia. O estudo identificou a presença de cocaína em 13 animais da espécie Rhizoprionodon lalandii, popularmente conhecida como tubarão-bico-fino-brasileiro, cação rola rola ou cação-frango. Os resultados foram publicados na revista científica Science of The Total Environment, informou a Fiocruz nesta terça-feira (23). De acordo com a fundação, o dado chama atenção para a alta quantidade da droga que é consumida e descartada no mar via esgoto sanitário.

O principal metabólito da substância, a benzoilecgonina, resultante da metabolização da cocaína no organismo, foi encontrada em 12 desses animais. O material foi coletado no Recreio dos Bandeirantes, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro, entre setembro de 2021 e agosto de 2023, como parte de um esforço para avaliação da saúde ambiental. O objetivo era acompanhar mudanças no ambiente, tanto as ocorridas de forma natural como pela interferência humana, bem como seus impactos sobre as diversas formas de vida marinha.

Esgoto

Especialistas brasileiros analisam a presença de vírus e bactérias no esgoto para identificar e mensurar a possível circulação silenciosa de microrganismos causadores de doenças. Do mesmo modo, são comuns estudos da contaminação do solo e da água por metais e pesticidas, como mercúrio, chumbo e arsênio, que interferem na saúde de pessoas, animais e ambiente de forma direta.

A primeira pesquisa a encontrar cocaína em tubarões, entretanto, foi essa do IOC/Fiocruz. “No Brasil, estudos já detectaram a contaminação de água e alguns poucos seres aquáticos por cocaína, como mexilhões. Nossa análise é a primeira a encontrar a substância em tubarões”, afirmou o farmacêutico Enrico Mendes Saggioro, um dos líderes da pesquisa, junto com a bióloga Rachel Ann Hauser-Davis, ambos do Laboratório de Avaliação e Promoção da Saúde Ambiental do IOC.

Segundo Rachel, os tubarões desempenham papel importante no ecossistema marinho, assim como as raias. Por serem predadores, a bióloga esclareceu que se trata de figuras centrais na cadeia alimentar e são assumidos como espécies sentinela para detecção de danos ambientais, incluindo diferentes formas de contaminação.

O Laboratório do IOC tem feito importantes alertas ambientais, a partir de estudos que identificaram a contaminação por metais em peixes do Rio Doce, no Espírito Santo, após a tragédia causada pelo rompimento da barragem da mineradora Samarco; e em cações e raias coletados no Rio de Janeiro.

Drogas e crime

Relatório mundial sobre drogas, publicado em 2024 pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC, do nome em inglês), situa o Brasil entre os maiores consumidores globais de cocaína. Estudos sinalizam que a principal via de chegada da droga no ambiente marinho é pelo descarte de resíduos da substância no esgoto lançado no mar.

Enrico Mendes Saggioro explica que a partir dessa constatação no território nacional, o grupo de pesquisa decidiu investigar se os animais que o laboratório havia coletado para estudos, envolvendo outros contaminantes, também estariam contaminados por cocaína. “O resultado é impressionante. Encontramos a substância em todos os 13 tubarões analisados e em apenas um deles não foi detectado a benzoilecgonina, que é o principal metabólito da droga”, afirmou o farmacêutico. Foram analisados o músculo e o fígado dos animais, dos quais três eram machos e dez fêmeas.

De acordo o IOC/Fiocruz, todas as amostras de músculo e fígado testaram positivo para a presença de cocaína. Já a benzoilecgonina foi detectada em 12 amostras de músculo e em duas de fígado. A concentração média de cocaína nos animais foi três vezes maior que a concentração do metabólito. Uma hipótese dos pesquisadores para explicar esse dado é a superexposição dos animais à substância. Outro achado que intrigou os especialistas foi a maior concentração de cocaína nos músculos do que no fígado dos animais analisados.

Saggioro informou que o fígado do tubarão é um órgão de metabolização, como no ser humano. “Tudo que é ingerido é transformado pelo fígado para depois ser excretado. Para nossa surpresa, a cocaína foi encontrada em maior concentração no músculo, que é um tecido de acúmulo, o que pode sinalizar a abundância da presença da substância no ambiente marinho. Os tubarões estariam se contaminando de diversas formas, seja pelo fato de habitarem a região ou se alimentarem de outros animais contaminadas”, explica. Rachel acrescentou que a equipe pretende, a partir de agora, coletar e analisar amostras de água e de outros animais dessa e de outras regiões da costa do Rio de Janeiro.

As amostras foram analisadas na Seção Laboratorial Avançada de Santa Catarina (SLAV/SC), unidade ligada ao Laboratório Nacional Agropecuário do Rio Grande do Sul, que integra a Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Essa etapa foi conduzida pelo farmacêutico e bioquímico Rodrigo Barcellos Hoff, que atua no SLAV/SC.

Contaminação

Rachel Ann Hauser-Davis alertou para a necessidade de serem realizados estudos específicos para determinar as consequências exatas dessa contaminação nos animais. Ela acredita que pode haver impacto no crescimento, na maturação e, em especial, na fecundidade dos tubarões, já que o fígado atua no desenvolvimento de embriões. A espécie de tubarão analisada vive próxima à costa e não tem característica migratória. Isso leva os pesquisadores a acreditar que foram contaminados no litoral carioca. Além disso, a zona oeste do Rio é a região que mais cresce na capital fluminense e, também, a mais populosa, com quase 3 milhões de habitantes, segundo o censo demográfico de 2022.

Tanto Rachel como Enrico defendem que sejam feitos novos estudos para responder se a cocaína encontrada em animais marinhos pode ter reflexos negativos na saúde humana. Pesquisa recente da Universidade Federal de São Paulo e Universidade Santa Cecília, em São Paulo, apontou altas concentrações de cocaína na água da Baía de Santos, sinalizando que a droga pode causar problemas nas células e no material genético de mexilhões.

A bióloga lembrou que tubarões, muitas vezes, são comercializados irregularmente com o nome popular de cação. “Já encontramos diversos metais tóxicos em cações e raias, que também são vendidos e consumidos. Agora, detectamos cocaína em tubarões. A poluição e a contaminação do meio ambiente afetam diretamente os animais e a natureza, e também impactam, de uma forma ou de outra, a vida humana. A saúde de um está ligada à saúde do outro”, destacou.

A pesquisa foi realizada em parceria com a Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz), Universidade Federal de Santa Catarina, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Setor Laboratorial Avançado em Santa Catarina (SLAV/SC), Instituto Museu Aquário Marinho do Rio de Janeiro (IMAM/AquaRio) e Cape Eleuthera Institute (Bahamas). O trabalho teve financiamento da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Foto: Divugação/IOC/Fiocruz

Da Agência Brasil

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Inmet emite alerta de vendaval para todo o RN

Inmet emite alerta de vendaval para todo o RN

Aviso de perigo potencial para ventos fortes vigora até segunda-feira (22)

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de vendaval para todas as cidades do Rio Grande do Norte. O aviso, de cor amarela, indica perigo potencial e vigora das 10h deste sábado (20.jul.2024) até as 15h da segunda-feira (22.jul).

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No alerta amarelo, os ventos podem variar entre 40 e 60 km/h, apresentando baixo risco de queda de galhos de árvores. O Inmet recomenda que, em caso de rajadas de vento, as pessoas evitem se abrigar debaixo de árvores e não estacionem veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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MPF recomenda consulta às comunidades tradicionais antes de licença ambiental para engorda de Ponta Negra

MPF recomenda consulta às comunidades tradicionais antes de licença ambiental para engorda de Ponta Negra

Órgão exige que Idema realize consulta livre, prévia e informada a pescadores e rendeiras antes de liberar obras na praia de Natal

O Ministério Público Federal (MPF) emitiu, nesta quinta-feira (18.jul.2024), uma recomendação ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema), solicitando que o órgão só conceda licenças ambientais para a obra de aterro hidráulico (engorda) da praia de Ponta Negra, em Natal, após a realização de uma consulta livre, prévia e informada (CLPI) às comunidades tradicionais afetadas, como pescadores artesanais e rendeiras de bilro.

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Foto: Marinelson Almeida Silva/VisualHunt

De acordo com o MPF, a CLPI é uma exigência da Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que determina que qualquer ação administrativa ou legislação que possa impactar os direitos dessas comunidades deve passar por essa consulta. Esta é uma medida essencial para garantir a participação efetiva dos povos tradicionais em decisões que afetam suas vidas.

O órgão destacou que a consulta é especialmente necessária antes da emissão de cada licença ambiental, para assegurar que as vozes das comunidades impactadas sejam ouvidas e consideradas. Segundo o MPF, tanto o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) quanto o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) da obra indicam que há mais de um ano o Município de Natal e o Idema estão cientes da presença dessas comunidades na área afetada pela engorda da praia de Ponta Negra.

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Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Retorno de draga holandesa para Natal depende de licença ambiental

Retorno de draga holandesa para Natal depende de licença ambiental

Equipamento necessário para obra de engorda da praia de Ponta Negra pode deixar o Brasil se licença não for emitida até sexta-feira

A draga holandesa contratada para realizar a obra de engorda da praia de Ponta Negra voltou a Natal nesta quinta-feira (18.jul.2024), após permanecer 11 dias na costa da Paraíba. O secretário municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, Thiago Mesquita, informou que a draga está de passagem rumo ao Ceará, de onde partirá para a Europa nos próximos dias.

A Prefeitura de Natal aguarda a emissão da licença ambiental pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) para iniciar as obras. Segundo Thiago Mesquita, caso a licença seja liberada até esta sexta-feira (19.jul), a draga poderá realizar o serviço. Caso contrário, o equipamento será enviado para a Europa, impossibilitando seu retorno à capital potiguar ainda em 2024.

Thiago Mesquita destacou a urgência na emissão da licença, mencionando que a janela ambiental para a realização dos serviços está aberta de julho até o final de outubro. Após esse período, o movimento de aves migratórias e animais aquáticos pode dificultar as operações, aumentando os riscos de danos ambientais.

Foto: Divulgação/Arquivo

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Prefeitura de Natal entrega esclarecimentos ao Idema sobre obra da engorda de Ponta Negra

Prefeitura de Natal entrega esclarecimentos ao Idema sobre obra da engorda de Ponta Negra

Respostas aos questionamentos do Idema são cruciais para a concessão da licença ambiental e início das obras de revitalização

A Prefeitura de Natal entregou nesta quarta-feira (17.jul.2024) os esclarecimentos sobre os oito pontos solicitados pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema-RN) referentes à obra de engorda da Praia de Ponta Negra. O documento foi protocolado no início da tarde, por volta das 14h30, e o recebimento foi confirmado pelo Idema, que dará continuidade às análises técnicas do conteúdo entregue.

Uma força-tarefa foi formada entre a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), a Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec), a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) e uma empresa terceirizada para responder aos questionamentos. “Reafirmamos que não há absolutamente nada que seja indispensável para a liberação da licença”, afirmou Thiago Mesquita, titular da Semurb.

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Foto: Alex Régis

As respostas da Prefeitura de Natal ocorrem após o Idema-RN identificar “fragilidades” em oito respostas dos questionamentos solicitados na semana anterior, que são fundamentais para a concessão das licenças ambientais necessárias para o início da obra. Esses questionamentos haviam sido feitos no dia 8 de julho e, segundo o Idema, não são novidades, pois já haviam sido pedidos desde a licença prévia há um ano.

Impasse e manifestação

O impasse em relação à obra de engorda da Praia de Ponta Negra aumentou após a draga holandesa, que chegou no dia 24 de junho em Natal para executar a obra, ir embora no dia 7 de julho sem ter sido utilizada, devido à ausência da licença ambiental para o início das obras. O Município solicitou a licença de instalação, que autoriza a execução do projeto, no dia 12 de junho. O Idema, responsável pela autorização, tem o prazo legal de 120 dias para emitir a licença, ou seja, até outubro.

No dia 8 de julho, manifestantes ocuparam a sede do Idema para cobrar o início das obras. Entre os manifestantes estavam o prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), e o secretário municipal de Urbanismo e Meio Ambiente, Thiago Mesquita. Durante a manifestação, houve confusão, portões do Instituto foram quebrados e um bolsista registrou boletim de ocorrência por agressão.

Foto: Joana Lima

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Idema aponta fragilidades em respostas da Prefeitura de Natal e adia licença da engorda de Ponta Negra

Idema aponta fragilidades em respostas da Prefeitura de Natal e adia licença da engorda de Ponta Negra

Entre as preocupações destacadas, estão a drenagem, a fauna local, como as aves migratórias, e a necessidade de um diagnóstico socioeconômico dos trabalhadores da região

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) revelou, nesta terça-feira (16.jul.2024), diversas fragilidades nas respostas enviadas pela Prefeitura de Natal sobre a obra de engorda da praia de Ponta Negra. Entre as preocupações destacadas, estão a drenagem, a fauna local, como as aves migratórias, e a necessidade de um diagnóstico socioeconômico dos trabalhadores da região.

O impasse sobre a licença ambiental da obra de engorda de Ponta Negra se intensificou nas últimas semanas. Até esta quarta-feira (17), a licença ainda não havia sido concedida. O Idema tem até outubro para analisar o pedido, que foi solicitado pelo município em junho.

Na última sexta-feira (12.jul), a prefeitura de Natal afirmou ter respondido às solicitações do Idema para a execução da obra. Contudo, o Instituto encontrou fragilidades nas respostas, conforme comunicado desta terça-feira.

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Foto: ASSECOM/RN

Dos 17 questionamentos iniciais, nove foram completamente atendidos, cinco parcialmente atendidos, e três não foram atendidos. O diretor-geral do Idema, Werner Farkatt, ressaltou que os pontos carentes de informações já estavam presentes na solicitação anterior, datada de 8 de julho.

Principais questionamentos

Entre os oito questionamentos destacados pelo Idema, estão:

  • Relatório conclusivo da Consulta Livre, Prévia e Informada com comunidades tradicionais.
  • Levantamento hidrográfico compatível com o Programa de Monitoramento das Cotas Batimétricas.
  • Levantamento inicial da ictiofauna na área da jazida.
  • Diagnóstico socioeconômico inicial da atividade pesqueira.
  • Alternativas de mitigação dos impactos locais nos grupos diretamente afetados.
  • Dados complementares sobre espécies encontradas em períodos de estiagem.
  • Informações sobre aves migratórias com dados de campo.
  • Detalhamento dos projetos de dissipadores e cronograma atualizado das obras de drenagem.

Impasse e consequências

O impasse sobre a obra se agravou após a draga holandesa, que chegou em Natal no dia 24 de junho para executar a obra, ter deixado a cidade em 7 de julho sem ser utilizada, devido à falta da licença ambiental. A solicitação da licença de instalação foi feita em 12 de junho, e o Idema tem um prazo legal de 120 dias para emitir a autorização, que se estende até outubro.

No dia 8 de julho, manifestantes ocuparam a sede do Idema para exigir o início da obra. Entre eles, estavam o prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), e o secretário municipal de Urbanismo e Meio Ambiente, Thiago Mesquita. A manifestação resultou em confusão, danos ao patrimônio do Instituto e um boletim de ocorrência por agressão registrado por um bolsista.

Foto: Grungepunk2010/Visualhunt/Ilustração

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Federação dos Pescadores solicita mais estudos para evitar que engorda de Ponta Negra prejudique atividades

Federação dos Pescadores solicita mais estudos para evitar que engorda de Ponta Negra prejudique atividades

Pescadores afirmam estar preocupados com impactos da obra na atividade pesqueira

A Federação dos Pescadores Artesanais do Rio Grande do Norte (Fepern) solicitou ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) acesso aos autos do processo da engorda da praia de Ponta Negra. A entidade busca compreender os possíveis impactos da obra na atividade pesqueira local. As informações foram publicadas nesta segunda-feira (17.jul.2024) pelo portal 98 FM.

De acordo com o site, José Francisco dos Santos, presidente da Fepern, destacou a preocupação dos pescadores da Vila de Ponta Negra, que não foram consultados sobre o projeto. A federação alerta para a necessidade de estudos socioeconômicos e de uma Consulta Livre Prévia e Informada (CLPI) antes do licenciamento ambiental.

A matéria afirma ainda que Rosângela Silva do Nascimento, presidente da Colônia de Pescadores de Natal e vice-presidente da Federação, enfatizou que cerca de 135 famílias dependem diretamente da pesca em Ponta Negra. A entidade não é contra o desenvolvimento, mas defende que os pescadores não sejam prejudicados.

Foto: Marinelson Almeida Silva/Visualhunt

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