Justiça

STF torna réus primeiros 100 investigados pelos atos de 8 de janeiro

STF torna réus primeiros 100 investigados pelos atos de 8 de janeiro

O julgamento virtual terminou com o placar de 8 votos a favor do recebimento integral das denúncias feitas pela PGR

O Supremo Tribunal Federal (STF) tornou réus os primeiros 100 denunciados envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro, quando vândalos depredaram a sede do STF, o Congresso e o Palácio do Planalto. O julgamento virtual, que começou na madrugada da terça-feira (18.abr.2023), terminou com o placar de 8 votos a favor do recebimento integral das denúncias feitas pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O relator do caso, Alexandre de Moraes, analisará a manutenção da prisão dos acusados que ainda permanecem detidos.

Os ministros André Mendonça e Nunes Marques seguiram parcialmente o relator, com este último rejeitando 50 denúncias contra investigados que estavam em frente ao quartel do Exército em Brasília no dia dos atos golpistas, alegando que não há provas de que os acusados participaram dos atos de vandalismo. No mesmo processo, Mendonça entendeu que as denúncias devem ser analisadas pela primeira instância do Justiça, e não pelo Supremo, mas votou para tornar os 50 acusados réus no processo.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Moraes aceita denúncia contra outros 200 envolvidos nos atos golpistas

Moraes aceita denúncia contra outros 200 envolvidos nos atos golpistas

Demais ministros do STF têm até dia 2 de maio para votar

O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta segunda-feira (25) o julgamento de mais 200 envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. Na ocasião, vândalos depredaram as sedes do Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso e o Palácio do Planalto. Primeiro a votar, o ministro Alexandre de Moraes decidiu pelo recebimento das denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os acusados.

A votação começou à meia-noite e vai até às 23h59 da próxima terça-feira (2). Na modalidade virtual, os ministros depositam os votos de forma eletrônica e não há deliberação presencial.

Com a divulgação do voto do ministro, que é relator das denúncias, os demais nove ministros da Corte também podem começar a votar. Se a maioria aceitar a denúncia, os acusados passarão a responder a uma ação penal e se tornam réus no processo. Em seguida, o ministro deverá analisar a manutenção da prisão dos acusados que ainda permanecem detidos.

Em função de aposentadoria de Ricardo Lewandowski, a Corte não conta com o voto do 11° ministro. Em votação já encerrada, a Corte aceitou denúncia contra 100 investigados pela participação nos atos.

Presos

Conforme levantamento do STF, das 1,4 mil pessoas que foram presas no dia dos ataques, 294 (86 mulheres e 208 homens) continuam no sistema penitenciário do Distrito Federal. Os demais foram soltos por não representarem mais riscos à sociedade e às investigações.

Foto: Joedson Alves/Agencia Brasil

Da Agência Brasil

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Presos na operação Sentinela viram réus por integrar organização criminosa

Presos na operação Sentinela viram réus por integrar organização criminosa

Ao todo, sete pessoas já são rés na ação. Grupo atuou nos ataques criminosos registrados no mês passado em todo o Rio Grande do Norte

Após denúncia oferecida pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), sete pessoas viraram rés por promoverem e integrarem a organização criminosa Sindicato do Crime do RN. O grupo está entre os presos na operação Sentinela, deflagrada pelo MPRN em conjunto com a Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Polícia Militar (PM), a Secretaria Estadual da Administração Penitenciária (Seap) e da Força Nacional (FN) no dia 22 de março passado.

A ação teve por objetivo combater a atuação da organização criminosa que promoveu atos criminosos em todo o Estado. Dos sete réus, quatro são mulheres. Todos já vinham sendo investigados desde 2020. Todas as denúncias são referentes ao crime de integrar, promover e constituir organização criminosa.

A operação Sentinela cumpriu 13 mandados de prisão e outros 26, de busca e apreensão, nas cidades de Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Macaíba, Canguaretama, Bom Jesus, Santo Antônio, Caiçara do Norte, Acari e Macau. Dois homens foram presos em flagrante na ação. Houve apreensão de armas, drogas, aparelhos de telefonia celular, documentos e dinheiro vivo. Cinco mandados de prisão não foram cumpridos porque os alvos não foram localizados, totalizando 18 prisões decretadas na operação Sentinela.

Além das denúncias, o MPRN também conseguiu a prorrogação de cinco prisões temporárias por mais 30 dias e, ainda, a conversão de outras cinco prisões temporárias em preventivas.

A operação Sentinela contou com a participação de três promotores de Justiça, 16 servidores do MPRN, 60 policiais federais, 38 policiais rodoviários federais, 96 policiais militares e 24 policiais penais. Dois helicópteros das forças de segurança do RN prestaram apoio à ação.

A maioria dos presos na operação Sentinela já tem condenação por envolvimento com organização criminosa, tráfico de drogas, roubos e homicídios, sendo que alguns deles cumpriam pena em regime semiaberto, com uso de tornozeleiras eletrônicas. Já foi apurado que alguns dos presos na operação violaram o sistema de monitoramento eletrônico, coincidentemente antes e durante ataques registrados em março de 2023.

Para os investigadores, não existem dúvidas sobre o poder de mobilização das centenas de membros da organização criminosa. A sensação de terror sentido e presenciado pelos potiguares nos últimos dias, decorrente dos ataques criminosos perpetrados contra instituições públicas e privadas e contra agentes de segurança pública, retrata bem tal panorama.

As investigações que resultaram na deflagração da operação Sentinela apontam que as pessoas presas na ação desta quarta são lideranças da organização criminosa em liberdade que exercem ou exerceram funções relevantes para a facção.

As pessoas presas na operação Sentinela são investigadas por constituírem e integrarem organização criminosa, o que tem pena prevista de reclusão de 3 a 8 anos. As penas delas, caso condenadas, podem ser aumentadas até a metade por usarem arma de fogo; agravada para as pessoas que forem identificadas como líderes sobre os demais faccionados; e ainda ampliada pela conexão com outras organizações criminosas.

Foto: Divulgação/MPRN

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Concurso do TJRN tem mais de 54 mil inscrições

Concurso do TJRN tem mais de 54 mil inscrições

As provas serão realizadas em Natal, Caicó e Mossoró, em junho deste ano

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) recebeu 54.842 inscrições para seu concurso público, que oferece 229 vagas para servidores e cadastro reserva. As provas serão realizadas em Natal, Caicó e Mossoró, em junho deste ano. Há vagas para níveis médio e superior, com salários iniciais variando de R$ 3.974,08 a R$ 7.301,18. Este é o primeiro concurso realizado pelo tribunal em 20 anos.

A banca organizadora do concurso é a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o edital contempla três diferentes cargos: Analista Judiciário – Apoio especializado; Oficial de Justiça e Analista Judiciário – Apoio Especializado em Tecnologia de Informação; e Técnico Judiciário – Área Judiciária. As provas objetivas de múltipla escolha e escrita discursiva serão realizadas nos dias 4 e 11 de junho, de acordo com cada cargo.

Os locais de prova serão divulgados pela FGV. Dos mais de 50 mil inscritos, 10.690 foram isentos da taxa de inscrição. A expectativa é que a concorrência final seja divulgada pela banca organizadora na próxima semana.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Moraes determina quebra do sigilo de imagens de vandalismo no Planalto

Moraes determina quebra do sigilo de imagens de vandalismo no Planalto

Decisão faz parte de investigação no STF por atos golpistas

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (21) a quebra do sigilo das imagens do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) captadas durante a invasão do Palácio do Planalto em 8 de janeiro. Com a decisão, todas as gravações deverão ser enviadas para investigação que está em andamento da Corte.

A determinação foi tomada após a gestão interina do GSI informar ao Supremo que uma sindicância foi aberta em 26 de janeiro pelo órgão para apurar a condutar de agentes que estavam em serviço, mas as imagens da ação dos vândalos não foram divulgadas em função do sigilo da investigação.

Na mesma decisão, Moraes também mandou que a Polícia Federal (PF) realize, em 48 horas, o depoimento de todos os funcionários do GSI que foram identificados após gravações divulgadas pela CNN Brasil mostrarem o ex-ministro do GSI Gonçalves Dias e outros servidores no interior do Palácio do Planalto durante os atos golpistas.

Na decisão, o ministro afirmou que já havia determinado que todas as imagens da invasão deveriam ser anexadas à investigação dos atos que tramita no Supremo.

Responsabilidade

Para Moraes, as gravações são necessárias para apurar a responsabilidade criminal dos envolvidos.

Portanto, inexiste sigilo das imagens, com base na Lei de Acesso à Informação, sobretudo por serem absolutamente necessárias à tutela jurisdicional dos direitos fundamentais, ao regime democrático e republicano, que foram covardemente desrespeitados no ataque criminoso à nossa democracia, no dia 8/01/2023“, escreveu o ministro.

Alexandre de Moraes ressaltou que a investigação sobre os atos golpistas também apura as responsabilidades de agentes civis e militares que foram coniventes com os atos.

A investigação dos atos golpistas não está restrita somente aos indivíduos e agentes públicos civis e militares que criminosamente pretenderam causar ruptura do Estado Democrático de Direito, na tentativa de violação de direitos fundamentais e na separação de poderes, mas, também, na identificação e responsabilização das condutas de todos aqueles, inclusive de agentes públicos civis e militares, que, durante a consumação das infrações penais do dia 8/1 ou, posteriormente, comissiva ou omissivamente, foram coniventes ou deixaram de exercer suas atribuições legais“, concluiu.

Mais cedo, o ex-ministro do GSI Gonçalves Dias prestou depoimento à Polícia Federal (PF), em Brasília.

O depoimento foi determinado ontem (20) pelo ministro Alexandre de Moraes, que deu prazo de 48 horas para que o depoimento fosse realizado.

Foto: Nelson Jr./SCO/STF

Da Agência Brasil

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TSE multa advogado que fez petição usando inteligência artificial

TSE multa advogado que fez petição usando inteligência artificial

Ele pagará multa de R$ 2,4 mil por utilizar ChatGPT

O ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidiu multar em R$ 2,4 mil um advogado que protocolou petição redigida no programa de inteligência artificial ChatGPT.

Na decisão, o ministro considerou que o profissional agiu de má-fé ao tentar ser admitido no processo no qual o tribunal avalia a conduta do ex-presidente Jair Bolsonaro durante reunião realizada, em 2022, com embaixadores para atacar o sistema eleitoral. O profissional não é ligado a nenhuma parte da investigação.

O advogado apresentou ao TSE argumentos redigidos pelo ChatGPT como justificativa para participar do processo como “amicus curiae”, termo jurídico que significa amigo da Corte – um interessado que contribui com esclarecimentos para o julgamento de uma causa.

O documento admite que seria inadequado o TSE seguir as orientações de um programa de inteligência artificial, mas a “inteligência emocional da Constituição cidadã” recomendaria a condenação de Bolsonaro à inelegibilidade.

“Fábula”

Ao avaliar a petição, Benedito Gonçalves afirmou que o advogado enviou uma “fábula” para o tribunal.

Causa espécie que o instituto [amicus], que exige que o terceiro demonstre ostentar representatividade adequada em temas específicos, tenha sido manejado por pessoa que afirma explicitamente não ter contribuição pessoal a dar e, assim, submete ao juízo uma fábula, resultante de conversa com uma inteligência artificial“, escreveu o ministro.

Além disso, o magistrado disse que o advogado, por ser um profissional da área jurídica, tinha conhecimento sobre a inadequação da petição. Uma resolução do TSE não prevê a intervenção de amicus curiae em matéria eleitoral.

Ademais, expressões utilizadas ao final da petição deixam entrever o objetivo de que, com a juntada dessa manifestação a autos de grande relevo, o protesto ganhasse palco impróprio“, concluiu o ministro.

Além de aplicar multa de R$ 2,4 mil ao advogado, cuja identidade não foi revelada, o ministro determinou que o valor seja pago em 30 dias.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Ex-ministro do GSI presta depoimento à Polícia Federal

Ex-ministro do GSI presta depoimento à Polícia Federal

Oitiva foi realizada nesta sexta-feira

O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República Gonçalves Dias prestou depoimento hoje (21) à Polícia Federal (PF), em Brasília. Ele chegou à sede da corporação por volta das 9h, entrou pela garagem e não deu declarações. A oitiva terminou por volta das 13h30.

O depoimento foi determinado ontem (20) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que deu prazo de 48 horas para que o depoimento fosse realizado.

Na quarta-feira (19), Dias pediu demissão do cargo após imagens divulgadas pela CNN Brasil mostrarem ele e outros funcionários do GSI no interior do Palácio do Planalto, no dia 8 de janeiro, quando vândalos invadiram as sedes dos Três Poderes durante os atos golpistas.

Na decisão, o ministro disse que houve “conivência e omissão de diversos agentes do GSI” e “atuação incompetente das autoridades responsáveis pela segurança interna do Palácio do Planalto“.

Moraes também determinou que todos os funcionários do GSI que aparecem nas imagens sejam identificados e ouvidos pela PF.

Após a determinação do STF, o ministro interino da pasta, Ricardo Capelli, disse que vai passar as informações sobre as pessoas identificadas nos vídeos para a investigação que é conduzida por Alexandre de Moraes.

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Bolsonaro prestará depoimento sobre ataques aos prédios dos três poderes

Bolsonaro prestará depoimento sobre ataques aos prédios dos três poderes

PF está buscando os autores intelectuais da invasão e depredação do Palácio do Planalto, Congresso e Supremo Tribunal Federal (STF)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será ouvido pela Polícia Federal na próxima quarta-feira (26.abr.2023), em um dos inquéritos abertos para investigar os ataques aos prédios dos três poderes em 8 de janeiro. A PF está buscando os autores intelectuais da invasão e depredação do Palácio do Planalto, Congresso e Supremo Tribunal Federal (STF). O depoimento de Bolsonaro faz parte das investigações.

A investida golpista foi alvo de diversas investigações pela PF e pelo Ministério Público Federal (MPF), tendo como objetivo identificar e punir os responsáveis pelo ataque. Além de Bolsonaro, outras autoridades foram convocadas a prestar depoimento na investigação.

Foto: José Dias/PR/Arquivo/Ilustração

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Nikolas Ferreira é condenado por danos morais a parlamentar trans

Nikolas Ferreira é condenado por danos morais a parlamentar trans

No Dia Internacional da Mulher, o deputado se apresentou como “deputada Nikole” e criticou “homens que se sentem mulheres”

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) foi condenado a pagar R$ 80 mil de indenização à também parlamentar Duda Salabert (PDT-MG) por danos morais. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (20.abr.2023).

Segundo a decisão do juiz José Freitas Véras da Comarca de Belo Horizonte, Nikolas cometeu ilícito ao se negar a reconhecer a identidade de gênero de Duda, uma mulher transexual. A defesa do deputado afirmou que a fala está amparada no direito à liberdade de expressão e à manifestação religiosa.

Duda Salabert afirmou no Twitter que os discursos do parlamentar foram transfóbicos e que ele deveria aprender a respeitar as travestis. Nikolas Ferreira também é alvo de três notícias-crime no Supremo Tribunal Federal após discursar na tribuna da Câmara dos Deputados usando uma peruca loira e ironizar mulheres trans.

No Dia Internacional da Mulher, o deputado se apresentou como “deputada Nikole” e criticou “homens que se sentem mulheres”. A decisão da justiça mineira cabe recurso.

Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados/Ilustração

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Nordeste concentra quase metade dos ônibus fiscalizados no 2º turno

Nordeste concentra quase metade dos ônibus fiscalizados no 2º turno

Região teve 324 ônibus paralisados, o que representa cerca de 46% do total de veículos abordados em todo o país

A Controladoria-Geral da União (CGU) divulgou dados sobre a atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no segundo turno das eleições de 2022, após retirar o sigilo de um recurso feito ao órgão com base na Lei de Acesso à Informação (LAI).

De acordo com as informações apresentadas pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, nesta quinta-feira (20.abr.2023), houve uma concentração “atípica” de operações da PRF na Região Nordeste, com 324 ônibus paralisados, o que representa cerca de 46% do total de veículos abordados em todo o país, 696. As demais regiões juntas tiveram 372 veículos parados.

Durante a coletiva de imprensa realizada para apresentar os dados, o ministro afirmou que a operação da PRF no segundo turno das eleições superou até mesmo as fiscalizações realizadas anualmente durante o período de festas juninas no Nordeste, o São João nordestino, que até então era a maior operação executada pela PRF na região, em eventos que duram cerca de um mês.

Além disso, os dados mostram que houve uma quantidade significativamente maior de pontos fixos de fiscalização no Nordeste (290), em comparação às demais regiões do país: Sudeste (191), Sul (181), Centro-Oeste (153) e Norte (96). O efetivo de agentes que atuaram no segundo turno das eleições de 2022 também foi maior no Nordeste (795), seguido pelas regiões Sudeste (528), Sul (418), Centro-Oeste (381) e Norte (230).

Foi empregado um valor total de quase R$ 1 milhão para o pagamento de horas extras para que agentes em folga fossem convocados para atuar no dia da eleição. O valor é bem superior aos cerca de R$ 685 mil usados para “comprar” a folga de agentes no Sudeste, por exemplo.

Essas informações reforçam as suspeitas de que a PRF teria sido mobilizada em favor da campanha à reeleição do então presidente Jair Bolsonaro (PL) e em desfavor da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que acabou saindo vitorioso do pleito. Na época, a intensidade da fiscalização na Região Nordeste chamou a atenção de eleitores e mobilizou autoridades no país

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, chegou a proibir a PRF de realizar qualquer operação que afetasse o transporte público de eleitores. A Polícia Federal investiga uma viagem do então ministro da Justiça, Anderson Torres, na véspera do segundo turno, que teria sido feita para pressionar a PF a barrar eleitores na região onde Lula tinha mais votos. Torres atualmente está preso preventivamente por suspeita de envolvimento na preparação dos atos golpistas do dia 8 de janeiro.

Foto: PRF/Ilustração/Arquivo

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Mais de 300 pessoas foram presas na Operação Escola Segura

Mais de 300 pessoas foram presas na Operação Escola Segura

Balanço foi divulgado pelo ministro Flávio Dino

Desde o dia 5 de abril, 302 pessoas foram presas ou apreendidas pela Operação Escola Segura. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, apresentou balanço das ações nesta quinta-feira (20).

Já foram registrados 2.593 boletins de ocorrência. Mais de mil pessoas foram ouvidas pelas polícias e 1.738 casos em investigação. Além disso, foram feitas 270 ações de busca e apreensão de armas a artefatos de grupos extremistas, como neonazistas.

Segundo Flávio Dino, a operação não tem data pra terminar. “Nós vamos continuar a agir até nós combatermos e debelarmos um a um esses agrupamentos extremistas que estão querendo fazer terrorismo contra as crianças, contra os adolescentes e contra a educação. Essas pessoas são inimigas da liberdade.”

O ministro disse que o governo está estudando sugestões recebidas de autoridades de Blumenau (SC) para mudanças legais. No dia 5 de abril, um homem invadiu a creche Cantinho Bom Pastor, na cidade catarinense, matando quatro crianças e ferindo três.

Segundo Dino, foram feitas 812 solicitações para retirada de conteúdos online. O material será usado como provas das investigações.

O Telegram foi a única plataforma de rede social que não respondeu ao Ministério da Justiça sobre as ações para barrar conteúdos de que incentivem violência na escola. A empresa vai responder a processo administrativo.

Denúncias

Após o registro de ataques a escolas nas últimas semanas, o serviço Disque 100 passou a receber denúncias de ameaças de ataques a escolas. As informações podem ser feitas por WhatsApp, pelo número (61) 99611-0100.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública também dispõe de um canal para receber denúncias de violência escolar. Informações sobre ameaças de ataques podem ser feitas ao canal Escola Segura. As informações enviadas ao canal serão mantidas sob sigilo e não há identificação do denunciante.

Acesse o site para fazer uma denúncia.

Em caso de emergência, a orientação é ligar para o 190 ou para a delegacia de polícia mais próxima.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

Da Agência Brasil

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STF tem três votos para liberar retorno da contribuição sindical

STF tem três votos para liberar retorno da contribuição sindical

Relator e mais dois ministros são favoráveis ao imposto

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar um recurso para analisar a legalidade da extinção da obrigatoriedade da contribuição sindical, aprovada pelo Congresso na reforma trabalhista de 2017.

O caso é analisado no plenário virtual da Corte desde sexta-feira (14). Até o momento, os ministros Gilmar Mendes, relator, Luís Roberto Barroso e Cármen Lúcia se manifestaram favoravelmente ao retorno do imposto sindical.

Mendes mudou seu entendimento em relação ao julgamento da questão em 2018, quando o Supremo manteve o fim do imposto. Agora, os ministros julgam um recurso dos sindicatos envolvidos no processo.

Em seu voto, o ministro disse que as circunstâncias mudaram e a falta da contribuição impactou a principal fonte de custeio dos sindicatos.

Havendo real perigo de enfraquecimento do sistema sindical como um todo, entendo que a mudança de tais premissas e a realidade fática constatada a partir de tais alterações normativas acabam por demonstrar a necessidade de evolução do entendimento anteriormente firmado por esta Corte sobre a matéria, de forma a alinhá-lo com os ditames da Constituição Federal“, afirmou Mendes.

Desde a reforma, o desconto de um dia de trabalho por ano em favor do sindicato da categoria passou a ser opcional, mediante autorização prévia do trabalhador.

Se a maioria do STF aprovar a volta do imposto, passará a prevalecer a seguinte tese sobre a questão.

É constitucional a instituição, por acordo ou convenção coletivos, de contribuições assistenciais a serem impostas a todos os empregados da categoria, ainda que não sindicalizados, desde que assegurado o direito de oposição“.

O julgamento será encerrado na segunda-feira (24). Faltam os votos de oito ministros.

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Moraes mantém prisão preventiva de Anderson Torres

Moraes mantém prisão preventiva de Anderson Torres

O inquérito no STF apura suposta omissão na contenção dos atos

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidiu nesta quinta-feira (20.abr.2023), em Brasília, manter a prisão preventiva do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres.

Ele está preso desde 14 de janeiro em função das investigações sobre os atos golpistas do dia 8 daquele mês. Na ocasião, Torres era secretário de Segurança do Distrito Federal. O inquérito no STF apura suposta omissão na contenção dos atos.

Na decisão, Moraes entendeu que a necessidade da prisão de Torres continua devido a “fortes indícios de que [ele] foi conivente com associação criminosa” dos atos golpistas.

Depoimentos de testemunhas e apreensão de documentos apontam fortes indícios da participação do requerente na elaboração de uma suposta minuta golpista e em uma operação golpista da Polícia Rodoviária Federal para tentar subverter a legítima participação popular no segundo turno das eleições presidenciais de 2022, bem como em sua conduta omissiva quanto à permanência do acampamento dos manifestantes no SMU (Setor Militar Urbano)“, afirmou.

O ministro também citou que Anderson Torres só entregou o celular às autoridades 100 dias após os atos de 8 de janeiro.

O requerente suprimiu das investigações a possibilidade de acesso ao seu telefone celular, consequentemente, das trocas de mensagens realizadas no dia dos atos golpistas, nos períodos anterior e posterior, e às suas mensagens eletrônicas. Somente – mais de 100 dias após a ocorrência dos atos golpistas e com total possibilidade de supressão das informações ali existentes – autorizou acesso às suas senhas pessoais de acesso à nuvem de seu e-mail pessoal“, disse Moraes.

Parecer da PGR

Na segunda-feira (17), a Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou ao Supremo parecer a favor da revogação da prisão preventiva.

No documento, o subprocurador Carlos Frederico Santos entendeu que Torres pode cumprir medidas cautelares diversas da prisão, como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de sair do Distrito Federal e de manter contato com outros investigados, além de permanecer afastado do cargo de delegado da Policia Federal, função exercida por ele antes de entrar para a vida pública.

Defesa

No pedido de liberdade feito ao Supremo, a defesa do ex-ministro disse que ele não oferece risco às investigações e pediu que a prisão fosse substituída por medidas cautelares, como uso de tornozeleira.

No pedido de soltura, a defesa também citou a situação da família de Anderson Torres. “Após a decretação da custódia cautelar do requerente, suas filhas, infelizmente, passaram a receber acompanhamento psicológico, com prejuízo de frequentarem regularmente a escola. Acresça-se a isso o fato de a genitora do requerente estar tratando um câncer. O postulante, de seu turno, ao passo que não vê as filhas desde a sua prisão preventiva, entrou em um estado de tristeza profunda, chora constantemente, mal se alimenta e já perdeu 12 quilos”, afirmaram os advogados de defesa.

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

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Ricardo Cappelli será ministro interino do GSI

Ricardo Cappelli será ministro interino do GSI

Informação foi confirmada pelo ministro Paulo Pimenta

O secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, será o chefe interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). A informação foi divulgada pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, no Twitter.

Mais cedo, o general Gonçalves Dias pediu afastamento do cargo de ministro do GSI. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já aceitou o pedido de demissão.

O ministro deixou o cargo no mesmo dia em que vídeos que estavam sob sigilo por fazerem parte de inquérito policial foram divulgados pela CNN. As imagens mostram o general e outros funcionários da pasta dentro do Palácio do Planalto, no dia 8 de janeiro, quando vândalos invadiram as sedes dos Três Poderes.

Em nota, o GSI esclareceu que as imagens mostram a atuação dos agentes de segurança para evacuar o quarto e o terceiro pisos do Palácio do Planalto, concentrando os manifestantes no segundo andar, onde, após a chegada de reforços do pelotão de choque da Polícia Militar do Distrito Federal, os golpistas foram presos.

Perfil

Ricardo Cappelli é formado em jornalismo, com pós-graduação em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Foi secretário de Comunicação do Maranhão no governo Flávio Dino e secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social no governo de Dilma Rousseff.

Nomeado secretário-executivo do Ministério da Justiça, Cappelli assumiu a intervenção na segurança pública do Distrito Federal logo após os atos golpistas de 8 de janeiro.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

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Supremo tem cinco votos para tornar réus envolvidos em atos golpistas

Supremo tem cinco votos para tornar réus envolvidos em atos golpistas

Votação é eletrônica e segue até as 23h59 de segunda-feira (24)

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta quarta-feira (19) a favor do recebimento das denúncias contra 100 envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. Na ocasião, vândalos depredaram as sedes do Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso e o Palácio do Planalto.

Até o momento, além de Mendes, o relator, ministro Alexandre de Moraes, e os ministros Dias Toffoli, Edson Fachin e Cármen Lúcia votaram a favor do recebimento das denúncias e para tornar os acusados réus no processo.

A votação virtual sobre o recebimento das denúncias feitas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os acusados começou à meia-noite de ontem (18) e vai até as 23h59 da segunda-feira (24). Na modalidade virtual, os ministros depositam os votos de forma eletrônica e não há deliberação presencial.

Se a maioria aceitar as denúncias, os acusados passam a responder a uma ação penal e se tornam réus no processo. Em seguida, Moraes deverá analisar a manutenção da prisão dos acusados que ainda permanecem detidos.

Presos

Conforme levantamento do STF, das 1,4 mil pessoas que foram presas no dia dos ataques, 294 (86 mulheres e 208 homens) permanecem no sistema penitenciário do Distrito Federal. Os demais foram soltos por não representarem mais riscos à sociedade e às investigações.

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

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Moraes e Toffoli votam a favor de tornar acusados por atos golpistas réus

Moraes e Toffoli votam a favor de tornar acusados por atos golpistas réus

Julgamento deve terminar no dia 24 no plenário virtual

Os ministros Alexandre de Moraes e Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), votaram, nesta terça-feira (18.abr.2023) para abrir ação penal contra 100 pessoas denunciadas pelos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro deste ano, quando prédios importantes em Brasília foram invadidos e depredados por vândalos.

O julgamento dos primeiros 100 acusados começou no dia 18 de abril e deve durar até 24 de abril no plenário virtual, em que os ministros depositam seus votos eletronicamente. Uma outra sessão virtual está prevista para começar em 25 de abril, com mais uma leva de denunciados.

As denúncias foram apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em relação aos executores e pessoas acusadas de incitar os atos. Ao todo, a PGR apresentou 1.390 denúncias até o momento, todas focadas nos executores e nas pessoas acusadas de incitar os atos. Segundo o STF, está sendo dada prioridade de julgamento a pessoas que continuam presas em decorrência dos atos golpistas. No momento, 86 mulheres e 208 homens seguem encarcerados no sistema penitenciário do Distrito Federal.

O ministro Alexandre de Moraes descreveu como “gravíssima” a conduta de todos os denunciados, uma vez que tinham como objetivo final abolir os Poderes de Estado. Moraes destacou que não existe um Estado Democrático de Direito sem que haja Poderes de Estado, independentes e harmônicos entre si, bem como previsão de direitos fundamentais e instrumentos que possibilitem a fiscalização e a perpetuidade desses requisitos.

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

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Juíza indefere ação contra aumento do ICMS no RN

Juíza indefere ação contra aumento do ICMS no RN

Procurador que representou o Estado argumentou que a ação foi inadequada

A juíza da 2ª Vara de Execução Fiscal e Tributária de Natal, Alba Paulo de Azevedo, indeferiu, nesta terça-feira (18.abr.2023) um pedido das entidades empresariais do Rio Grande do Norte e extinguiu uma ação civil pública aberta em 31 de março contra o aumento do ICMS (Imposto Sobre Mercadorias e Serviços) no estado.

O procurador que representou o Estado argumentou que a ação foi inadequada, pois tratava de tema tributário e inconstitucionalidade de lei, o que deveria ser abordado por meio de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade. O governo do Estado alegou que o acordo firmado pela União com os estados não seria suficiente para suspender o aumento do imposto, pois ainda não havia garantias de implementação efetiva das compensações previstas.

As entidades empresariais do Rio Grande do Norte entraram com um pedido de liminar para derrubar o reajuste do ICMS na véspera da lei entrar em vigor, alegando que a legislação condicionou o aumento da alíquota do imposto ao não recebimento de compensações da União. No entanto, a juíza considerou que a ação foi inadequada e indeferiu o pedido, concordando com a defesa do governo do estado de que o assunto deveria ser tratado por meio de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade.

As entidades empresariais argumentaram que o aumento do ICMS teria impactos negativos na economia, como o aumento dos custos dos produtos e a redução no volume de vendas das empresas, afetando a geração de empregos e renda.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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PF cumpre 38 mandados em 8 estados, em operação sobre atos golpistas

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São 16 mandados de prisão preventiva e 22 de busca e apreensão

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (18.abri.2023) mais uma etapa da Lesa Pátria. A décima fase da operação busca identificar pessoas que “participaram, financiaram, omitiram-se ou fomentaram” os ataques golpistas do dia 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas por apoiadores do ex-presidente Bolsonaro, inconformados com o resultado das eleições de outubro de 2022. 

Segundo a PF, 16 mandados de prisão preventiva e 22 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em oito estados – Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal –, por determinação do Supremo Tribunal Federal.

Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”, informou, em nota, a PF.

A Operação Lesa Pátria segue em curso, com atualizações periódicas sobre o número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.

Denúncias

A PF abriu um canal de denúncias para identificar pessoas ligadas aos atos golpistas. As denúncias podem ser enviadas para o e-mail [email protected].

Foto: Joedson Alves/Agência Brasil

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STF inicia julgamento de denúncias contra envolvidos em atos golpistas

STF inicia julgamento de denúncias contra envolvidos em atos golpistas

Alexandre de Moraes foi o primeiro a votar no sistema eletrônico

O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou madrugada desta terça-feira (18) o julgamento de 100 envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. Na ocasião, vândalos depredaram as sedes do Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso e o Palácio do Planalto. Agrediram policiais militares, seguranças dos prédios e deixaram um rastro de destruição.

A votação sobre o recebimento das denúncias feitas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os acusados começou à meia-noite e vai até as 23h59 da próxima segunda-feira (24). Na modalidade virtual, os ministros depositam os votos de forma eletrônica e não há deliberação presencial.

Nos votos que estão entrando no sistema, Moraes está aceitando as denúncias e afirmando que a liberdade de manifestação é garantida, mas atos com objetivo de pregar violência e desrespeito à democracia são “criminosos e inconstitucionais”.

Não existirá um Estado Democrático de Direito sem que haja Poderes de Estado, independentes e harmônicos entre si, bem como previsão de direitos fundamentais e instrumentos que possibilitem a fiscalização e a perpetuidade desses requisitos”, afirmou o ministro.

Com a divulgação do voto de Moraes, que é relator das denúncias, os demais dez ministros da Corte também podem começar a votar. Se a maioria aceitar a denúncia, os acusados passarão a responder a uma ação penal e se tornam réus no processo. Em seguida, o ministro deverá analisar a manutenção da prisão dos acusados que permanecem detidos.

Presos

Conforme levantamento dos presos, dos 1,4 mil pessoas que foram detidas no dia dos ataques, 294 (86 mulheres e 208 homens) permanecem no sistema penitenciário do Distrito Federal. Os demais foram soltos por não representarem mais riscos à sociedade e às investigações.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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PGR se manifesta a favor da soltura de Anderson Torres

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Ex-ministro é investigado por omissão em ataques de 8 de janeiro

A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou nesta segunda-feira (17) ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer a favor da revogação da prisão preventiva do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

Na semana passada, a defesa de Torres pediu a concessão de liberdade ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. A partir da ação, o ministro pediu o parecer da PGR, que respondeu hoje.

Desde 14 de janeiro, Torres está preso em função das investigações sobre os atos golpistas ocorridos no dia 8 daquele mês. Na ocasião, Ex-ministro estava à frente da Secretaria de Segurança do Distrito Federal. O inquérito no STF apura suposta omissão na contenção dos atos.

No documento, o subprocurador Carlos Frederico Santos entendeu que Torres pode cumprir medidas cautelares diversas da prisão, como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de sair do Distrito Federal e de manter contato com outros investigados, além de permanecer afastado do cargo de delegado da Policia Federal, função exercida por ele antes de entrar para a vida pública.

Considerando o cenário atual das investigações, existem medidas cautelares diversas da prisão que cumprem de forma mais adequada as finalidades em tela”, opinou a procuradoria. Os advogados afirmaram ao Supremo que o ex-ministro não oferece risco às investigações e pediram que a prisão fosse substituída por medidas cautelares.

No pedido de soltura, a defesa também citou a situação da família de Anderson Torres. “Após a decretação da custódia cautelar do requerente, suas filhas, infelizmente, passaram a receber acompanhamento psicológico, com prejuízo de frequentarem regularmente a escola. Acresça-se a isso o fato de a genitora do requerente estar tratando um câncer. O postulante, de seu turno, ao passo que não vê as filhas desde a sua prisão preventiva, entrou em um estado de tristeza profunda, chora constantemente, mal se alimenta e já perdeu 12 quilos”, afirmam os advogados.

Não há prazo para decisão de Moraes sobre o pedido de liberdade.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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PGR denuncia Moro ao Supremo por calúnia contra Gilmar Mendes

PGR denuncia Moro ao Supremo por calúnia contra Gilmar Mendes

Denúncia alega que ex-juiz acusou ministro de negociar decisão

A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, denunciou nesta segunda-feira (17.abr.2023) o senador Sergio Moro (União-PR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo crime de calúnia.

Em vídeo divulgado nas redes sociais no último fim de semana, Moro aparece em uma conversa com pessoas não identificadas. Durante o diálogo, o parlamentar afirmou: “Não, isso é fiança, instituto…para comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes”.

Para Lindôra Araújo, Moro acusou o ministro de “negociar a compra e a venda de decisão judicial para a concessão de habeas corpus”.

“Ao atribuir falsamente a prática do crime de corrupção passiva ao ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, o denunciando agiu com a nítida intenção de macular a imagem e a honra objetiva do ofendido, tentando descredibilizar a sua atuação como magistrado da mais alta Corte do país”, escreveu a procuradora.

A denúncia foi motivada por uma representação feita pelo advogado de Mendes após o vídeo com a fala de Moro circular na imprensa e nas redes socais. 

Em nota, a assessoria de Moro disse que o vídeo foi editado e não revela qualquer acusação contra Gilmar Mendes.

“O senador Sergio Moro sempre se pronunciou de forma respeitosa em relação ao Supremo Tribunal Federal e seus ministros, mesmo quando provocado ou contrariado. Jamais agiu com intenção de ofender ninguém e repudia a denúncia apresentada de forma açodada pela PGR, sem base e sem sequer ouvir previamente o senador”, declarou.

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

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Em novo depoimento, Daniel Alves afirma ter havido penetração com consentimento

Jogador é acusado de agressão sexual em Barcelona

Na manhã desta segunda-feira (17.abr.2023), o jogador Daniel Alves prestou um novo depoimento sobre a acusação de estupro ocorrido em uma boate em Barcelona. Durante o novo depoimento, Alves solicitou falar com a juíza. Na sessão com a Promotoria, o jogador admitiu que houve penetração na vítima, mas que foi consensual.

Daniel Alves afirmou ter mentido em seu depoimento anterior porque queria esconder a infidelidade de sua então esposa, Joanna Sanz. Entretanto, como ela pediu o divórcio após a prisão do jogador, não haveria motivos para esconder a verdade, segundo ele.

Essa não é a primeira vez que Daniel Alves altera sua versão do ocorrido. Em depoimentos anteriores, o jogador primeiro alegou que não conhecia a vítima. Depois, ele afirmou que houve relação sexual oral, mas com consentimento da vítima. Agora, ele mudou novamente sua versão e admitiu que a penetração ocorreu.

Este último depoimento teve duração de 20 minutos e agora, a juíza responsável pelo caso decidirá se Daniel Alves será acusado formalmente ou não. O jogador é acusado de agressão sexual, crime que teria acontecido entre os dias 30 e 31 de dezembro na boate Sutton, em Barcelona.

Ele teve a prisão decretada no dia 20 de janeiro, após prestar depoimento sobre o caso. A decisão foi tomada depois que o Ministério Público da Espanha pediu a prisão preventiva do jogador, sem direito a fiança. No mesmo dia, o Pumas, clube mexicano no qual Daniel Alves estava jogando, anunciou que o contrato havia sido rescindido por justa causa.

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

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Supremo pode julgar na quinta-feira revisão do FGTS pela inflação

Supremo pode julgar na quinta-feira revisão do FGTS pela inflação

Potencial de ganhos para quem tem carteira assinada é significativo

O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para a próxima quinta-feira (20.abr.2023) o julgamento que deve definir a taxa de correção monetária do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), com potencial de ganhos significativos para os trabalhadores com carteira assinada.

Na ação, aberta pelo partido Solidariedade, os ministros podem determinar que os valores nas contas do FGTS deveriam ter sido corrigidos sempre pela inflação, e não pela Taxa Referencial (TR), como ocorre desde o início dos anos 1990. A ação tramita desde 2014 no Supremo.

O julgamento tem grande relevância tanto para os trabalhadores quanto para o próprio Judiciário, que, ao menos nos últimos 10 anos, viu-se inundado com centenas de milhares de ações individuais e coletivas reivindicando a correção do saldo do FGTS por algum índice inflacionário.

Desde 2019, o andamento de todos os processos está suspenso por decisão do ministro Luís Roberto Barroso, relator do assunto no Supremo. Ele tomou a decisão depois que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, em 2018, depois de receber milhares de recursos, unificar o entendimento e manter a TR como índice de correção do FGTS, em decisão desfavorável aos trabalhadores.

Isso criou o risco de que as ações sobre o assunto fossem indeferidas em massa antes de o Supremo se debruçar sobre o tema, razão pela qual o relator determinou a suspensão nacional de todos os processos, em qualquer instância, até a decisão definitiva do plenário do STF.

Esta é a quarta vez que a ação direta de inconstitucionalidade (ADI) sobre o assunto entra na pauta de julgamentos do plenário do Supremo. As outras foram em 2019, 2020 e 2021. Em todas as ocasiões, houve uma corrida para a abertura de ações individuais e coletivas, na expectativa de se beneficiar de uma possível decisão favorável aos trabalhadores.

Segundo estimativas do Instituto Fundo de Garantia, grupo que se dedica a evitar perdas no FGTS por seus associados, chegam a R$ 720 bilhões, no período de 1999 a março de 2023, as perdas dos trabalhadores com a correção pela TR no lugar do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) – um dos índices oficiais de inflação.

O instituto disponibiliza uma calculadora em que é possível saber qual seria a diferença no saldo do FGTS em caso de correção pela inflação.

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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Tribunal francês inocenta Airbus e Air France em caso de acidente aéreo AF447

Tribunal francês inocenta Airbus e Air France em caso de acidente aéreo AF447

Avião caiu no Oceano Atlântico em 2009, matando todos os 228 passageiros a bordo

A fabricante de aviões Airbus e a companhia aérea Air France foram inocentadas da acusação de “homicídio involuntário” relacionado ao acidente do voo AF447, que caiu no Oceano Atlântico em 2009, matando todos os 228 passageiros a bordo.

O veredito foi anunciado pelo tribunal criminal de Paris nesta segunda-feira (17.abr.2023) após o primeiro julgamento da França por homicídio involuntário corporativo, com uma multa máxima de 225 mil euros.

Embora os investigadores tenham identificado negligências por parte das empresas, o juiz considerou que não havia provas suficientes para estabelecer uma responsabilidade firme pelo desastre aéreo.

O acidente do voo AF447 ocorreu em junho de 2009 e foi causado por uma resposta inadequada dos pilotos a um problema com sensores de velocidade congelados, levando à perda de sustentação e queda livre da aeronave.

O julgamento também destacou discussões prévias entre a Air France e a Airbus sobre problemas com os sensores externos de velocidade, conhecidos como “tubos de Pitot”. Embora tenham sido identificadas negligências por parte das empresas, o juiz considerou que não havia provas suficientes para estabelecer uma responsabilidade criminal.

Foto: Aeronáutica/Divulgação

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Thiago Brennand tem extradição confirmada pela Secretaria Nacional de Justiça

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Prisão do empresário foi decretada em cinco de oito processos

A Secretaria Nacional de Justiça confirmou, neste domingo (16.abr.2023) que os Emirados Árabes concederam a extradição do empresário Thiago Brennand, acusado de agredir mulheres, incluindo um caso registrado por câmeras de uma academia em São Paulo.

A prisão preventiva de Brennand foi determinada pela Justiça de São Paulo em setembro do ano passado, e ele estava na lista de procurados da Interpol.

A defesa do empresário havia prometido que ele retornaria ao Brasil para comparecer às audiências, mas ele não cumpriu e está nos Emirados Árabes.

O presidente Lula confirmou a extradição durante uma coletiva de imprensa em Abu Dhabi, e expressou que Brennand merece ser punido pelo crime de agressão contra mulheres.

Foto: Reprodução/Instagram

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Advogada aponta que redes sociais devem garantir ambiente seguro

Advogada aponta que redes sociais devem garantir ambiente seguro

Especialista concorda com portaria do Ministério da Justiça

As plataformas de redes sociais têm atuado com práticas que violam obrigações previstas no direito do consumidor, de assegurar ambientes seguros de utilização do serviço que não ponham em risco a saúde, a vida e a dignidade das pessoas. A opinião é de Flávia Lefèvre Guimarães, advogada especializada em direito do consumidor e direitos digitais.

A posição coincide com o teor de uma portaria editada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), na última quarta-feira (12), que define uma série de obrigações para essas empresas, incluindo um fluxo de remoção imediata de conteúdos que fazem apologia à violência nas escolas.

Eu apoio a portaria. Estamos falando de conteúdos ilícitos, danosos, que fazem apologia à violência. É algo inequivocamente ilegal e, para tanto, considerando que as plataformas têm obrigação de garantir um ambiente seguro aos seus usuários, ela não pode ficar omissa e passiva diante do que tem acontecido nas redes“, sustenta a advogada.

Nas últimas semanas houve mais dois atentados desse tipo e ameaças de ataques têm se propagado no país inteiro, disseminando pânico e temor entre alunos e familiares. Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Operação Escola Segura já resultou em centenas de prisões, apreensões de adolescentes e buscas em todo o país nos últimos dias.

A edição da plataforma levantou preocupações de especialistas e entidades da sociedade civil sobre impactos na liberdade de expressão e também por ser um ato administrativo com poder de remoção de conteúdos das redes sociais, além de, no limite, até suspender o serviço, como anunciou o ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, caso as empresas não cumpram as obrigações previstas. Para Flávia Lefèvre, a medida é correta e tem uma incidência definida, que é especificamente a remoção de conteúdos ilegais de propagação de violência, o que justificaria a ação do Estado de forma emergencial.

Quando a gente tem um aparente conflito entre dois direitos, a própria Constituição diz que é preciso aplicar o princípio da proporcionalidade. Quais os bens jurídicos estão em jogo e contemplados na portaria? A segurança das crianças e adolescentes e dos seus pais, que estão sujeitos a essa campanha terrorista, e a liberdade de expressão. A medida, portanto, é proporcional diante dos bens [jurídicos] colocados em risco“, observa.

A única crítica que eu faria é que, como a própria portaria coloca, essas medidas são dotadas de caráter excepcional, emergencial, então teria sido importante que a norma previsse um prazo de vigência“, acrescenta.

Omissão

Flávia Lefèvre aponta também que a portaria ajuda a romper com um ciclo grave de omissão por parte dessas empresas, o que gerou consequências desastrosas para o ambiente democrático do país, ao menos nos últimos cinco anos.

A gente tem visto uma escalada muito grande, desde 2017, com participação ativa das plataformas na difusão de ódio, discursos ilegais e que comprometem a saúde pública, como vimos durante a pandemia, e a própria democracia, como ocorreu nas eleições de 2018 e também de 2022“, argumenta.

Como exemplo, a advogada cita uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do ano passado, que aponta 75% da desinformação em relação a medicamentos ineficazes contra a covid-19 e desestímulo à vacina. O material foi veiculado pelo Facebook.

Um dos pontos que a portaria tenta rebater é a ideia de que as plataformas seriam meras reprodutoras de conteúdos gerados por terceiros. “As plataformas de redes sociais não são simples exibidoras de conteúdos postados por terceiros, mas mediadoras dos conteúdos exibidos para cada um dos seus usuários, definindo o que será exibido, o que pode ser moderado, o alcance das publicações, a recomendação de conteúdos e contas, e, assim, não são agentes neutros em relação aos conteúdos que nela transitam“, diz um dos trechos do ato normativo do Ministério da Justiça.

Modelo de negócios

Uma das explicações para uma situação generalizada de omissão por parte das plataformas de redes sociais está ligada ao próprio modelo de negócios dessas multinacionais, que se estrutura sobre o uso de dados dos usuários para a venda de aplicações e perfilização de clientes para oferta de serviços e produtos. Daí que conteúdos que geram engajamento nessas redes são financeiramente atrativos para as empresas.

Infelizmente, esse tipo de conteúdo de violência e de ódio gera mais engajamento e mais ganhos para a plataforma”, diz Lefèvre. Mesmo sendo empresas privadas, o alcance sem precedentes dessas plataformas no contexto de influência sobre o debate público torna sua regulação uma garantia democrática.

São empresas privadas cuja atuação afeta direitos fundamentais e o interesse público, porque elas têm controle, com suas práticas algorítmicas, sobre fluxo de informação. É um poder imenso. E o uso de sistemas algorítmicos e inteligência artificial, somado ao controle mundial de mercado, exige uma regulação pública“, defende a advogada.

Regras

Entre outros pontos, a portaria exige o compartilhamento, entre as plataformas de redes sociais e as autoridades policiais, de dados que permitam a identificação do usuário ou do terminal da conexão com a internet que o usuário disponibilizou o conteúdo considerado violento contra escolas. Este trabalho ficará sob coordenação da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), também vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Também segundo a portaria, a Senasp poderá determinar às plataformas que impeçam a criação de novos perfis a partir dos endereços de protocolo de internet (endereço IP) em que já foram detectadas atividades ilegais, danosas e perigosas.

Ainda de acordo com a portaria, a Senasp vai instituir um banco de dados de conteúdos ilegais, contendo links, imagens e vídeos, entre outros, com o objetivo de facilitar a identificação pelos sistemas automatizados das plataformas para que sejam rapidamente removidos.

A portaria não determina prazos específicos de remoção, mas o ministro da Justiça disse que deverá adotar como padrão o prazo máximo de duas horas, o mesmo usado pela Justiça Eleitoral durante as eleições de 2022, para a retirada de conteúdos ilegais nas redes sociais.

No âmbito do direito do consumidor, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) vai instaurar processos administrativos para apuração de responsabilidade de cada empresa em relação à eventual violação do que o ministro Flávio Dino chamou de “dever de segurança e de cuidado” das plataformas em relação a conteúdos violentos contra comunidades escolares.

O descumprimento das medidas, segundo Flávio Dino, poderá acarretar aplicação de multas que podem chegar a R$ 12 milhões ou, nos casos mais graves, até mesmo na suspensão administrativa dos serviços das redes sociais no país.

Outro lado

Após enviar uma representante para se reunir com o ministro da Justiça na última segunda-feira (10), o Google (que controla o YouTube) afirmou, em nota, que participou do encontro “em uma demonstração do comprometimento com as autoridades públicas brasileiras no enfrentamento de desafios sociais, como os recentes episódios de violência em escolas“.

Também temos trabalhado em parceria com outros órgãos públicos e organizações da sociedade civil em prol da segurança das pessoas contra conteúdos nocivos que violam nossas políticas e desrespeitam nossas Diretrizes de Comunidade, a exemplo daqueles que propagam discursos de ódio e outras violências, como demonstra nosso relatório de transparência. Além disso, anualmente, produzimos dados em resposta a milhares de pedidos de autoridades para instrução de investigações criminais no Brasil“, acrescentou o Google.

A Agência Brasil também entrou em contato com as assessorias da Meta (Instagram e o Facebook), mas não recebeu manifestação.

A reportagem não conseguiu contato com representantes do Tik Tok. Já o Twitter não tem mais assessoria de comunicação no Brasil e costuma responder solicitações da imprensa, através de um e-mail internacional, com emoji de fezes.

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

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Atraso no pagamento de tornozeleiras eletrônicas gera liberação de presos no RN

Atraso no pagamento de tornozeleiras eletrônicas gera liberação de presos no RN

As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (14)

O atraso no pagamento das tornozeleiras eletrônicas no Rio Grande do Norte resultou na liberação de pelo menos 64 presos que progrediram do regime fechado para o semiaberto sem o monitoramento dos equipamentos, de acordo com a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap). As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (14.abr.2023) pelo jornal Tribuna do Norte.

Segundo o jornal, o juiz titular da Vara de Execuções Penais de Natal confirmou a informação e afirmou que os presos têm direito à progressão mesmo sem as tornozeleiras. A Seap, no entanto, garante que os serviços não teriam descontinuidade mesmo em função do atraso no pagamento.

No Rio Grande do Norte, as tornozeleiras eletrônicas são utilizadas para monitorar presos do regime semiaberto, permitindo o acompanhamento 24 horas por dia. No entanto, devido ao atraso no pagamento dos contratos mensais, pelo menos 64 presos foram liberados sem o uso do equipamento.

O Ministério Público do RN (MPRN) abriu um inquérito para apurar as irregularidades no contrato de locação das tornozeleiras eletrônicas. O Governo do Estado confirmou o atraso no pagamento, que varia entre R$ 600 e 700 mil mensais, afetando cerca de 3 mil presos que utilizam o equipamento.

Foto: Divulgação/SSP-DF/Ilustração/Arquivo/Via Agência Brasília

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TSE nega pedido para tirar sigilo de investigação contra Bolsonaro

TSE nega pedido para tirar sigilo de investigação contra Bolsonaro

Processo discute encontro de ex-presidente com embaixadores, em 2022

O ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidiu nesta quinta-feira (13) negar pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para retirar o sigilo da investigação que pode torná-lo inelegível.

O pedido foi feito após os advogados se queixarem da divulgação do parecer no qual o Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu a inelegibilidade de Bolsonaro. A solicitação ocorreu no âmbito do processo que discute a legalidade do encontro do ex-presidente com embaixadores para criticar o sistema eletrônico de votação, em 2022.

Na decisão, o ministro disse que o sigilo das peças processuais é necessário para proteger as provas e que a própria defesa pode divulgar as informações que achar necessárias.

Considerando-se que os sujeitos processuais foram relembrados, no despacho anterior, que é dever de todos preservar as informações sigilosas transcritas ou avaliadas nas referidas peças, conclui-se que os próprios investigados, se assim entenderem, poderão adotar as providências para assegurar que a divulgação pública de suas alegações finais observe essa diretriz, seja por meio de tarjamento ou de outra providência suficiente para a finalidade consignada no despacho”, decidiu.

O despacho foi proferido na ação de investigação na qual o PDT contesta a legalidade da reunião com embaixadores. O processo está na fase de alegações finais, a última antes do julgamento, que pode ocorrer no primeiro semestre deste ano.

Foto: Clauber Cleber Caetano/PR/Ilustração/Arquivo

Da Agência Brasil

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Assessoria de Marília Mendonça repudia vazamento de fotos no IML e vai buscar justiça

Assessoria de Marília Mendonça repudia vazamento de fotos no IML e vai buscar justiça

Equipe da cantora expressou estar “chocada” com o conteúdo publicado nas redes sociais

A assessoria de imprensa da cantora Marília Mendonça emitiu uma nota, na tarde desta quinta-feira (13.abr.2023) em resposta ao vazamento de dados do laudo do Instituto Médico Legal (IML), que incluiu fotos da artista falecida em um acidente de avião em novembro de 2021.

A equipe da cantora expressou estar “chocada” com o conteúdo publicado nas redes sociais e afirmou que o advogado de Marília Mendonça está em contato com as autoridades para tomar medidas legais contra os responsáveis. Eles fizeram um apelo aos fãs e ao público em geral para não compartilharem o material e preservarem a imagem positiva da cantora.

Foto: Prefeitura de Caruaru/Ilustração/Arquivo

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Seturn representa prefeito de Natal no TCE para que seja realizada a licitação dos transportes

Seturn representa prefeito de Natal no TCE para que seja realizada a licitação dos transportes

Sindicato quer que seja fixado um prazo para Álvaro Dias (Republicanos) realize a licitação em Natal

Empresários do setor de transportes públicos de passageiros de Natal tiveram uma reunião com a Secretaria de Mobilidade Urbana (STTU) na manhã desta quinta-feira (13.abr.2023), porém não houve definições sobre melhorias para o serviço.

Após o encontro, o Sindicato das Empresas de Transporte Público de Passageiros (Seturn) protocolou uma ação no Tribunal de Contas do Estado (TCE) pedindo a publicação da licitação do transporte público e a divulgação de um estudo encomendado pela STTU, no valor de R$ 527 mil com a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP).

O Seturn quer, junto ao TCE/RN, que seja fixado um prazo para o prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), realize a licitação em Natal.

O setor também alega enfrentar problemas financeiros devido ao fim da isenção do ICMS para combustíveis e ao pedido de reajuste salarial dos motoristas.

A licitação do transporte público de Natal se arrasta há mais de 11 anos e ainda não tem um desfecho próximo. A STTU realizou reuniões nos bairros da cidade para debater mudanças na rede de transporte, mas o lançamento do edital foi adiado para 2022, sem data confirmada até o momento.

Empresários e manifestantes cobraram a continuidade do processo licitatório durante a reunião desta quinta-feira, mas não houve avanços. A STTU não se manifestou sobre o encontro.

Foto: Matheus Felipe/Arquivo

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MPE defende suspensão de direitos políticos de Bolsonaro

MPE defende suspensão de direitos políticos de Bolsonaro

Para o MPE, Bolsonaro abusou do poder político

O Ministério Público Eleitoral (MPE) enviou um parecer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quarta-feira (12.abr.2023) defendendo a suspensão dos direitos políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o que o tornaria inelegível por oito anos.

O parecer assinado pelo vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gustavo Gonet Branco, foi anexado à ação que trata da reunião de Bolsonaro com embaixadores estrangeiros em julho do ano passado, na qual espalhou notícias falsas sobre as urnas e lançou suspeitas infundadas sobre o processo eleitoral, sendo acusado de abuso de poder político.

Para o MPE, Bolsonaro abusou do poder político. A situação ocorre quando um candidato usa o cargo para tentar influenciar indevidamente a eleição. A punição prevista na legislação eleitoral é a inelegibilidade por oito anos.

Foto: Alan Santos/PR/Ilustração/Arquivo

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Especialistas apontam que segurança é mais do que criar barreiras à escola

Especialistas apontam que segurança é mais do que criar barreiras à escola

Para pesquisadora, por um militar na porta não vai resolver o problema

Na entrada da escola, barreiras. Nas cercanias, policiais por todos os lados. Botões escondidos de pedidos de socorro. Quais são, afinal, as medidas mais adequadas como prevenção à violência em unidades de ensino? Para especialistas no tema, as soluções principais para temores de ameaças não estão em medidas paliativas.

Na opinião da especialista Katia Dantas, consultora para implementação de práticas em proteção infantil e ambientes escolares, a violência que tem ocorrido em unidades de ensino é multifacetada e complexa. “A gente precisa entender que segurança é diferente de proteção. Colocar um segurança na porta não vai resolver o problema. Hoje, observamos que muitos dos atentados são de crianças cometendo violência contra outras crianças e professores. São raros os que vêm de fora pra cometer um atentado dentro da escola”.

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), Heleno Araújo, também entende que desigualdades marcantes nos ambientes escolares contextualizam o problema. “Há muito a ser feito em busca de um ambiente minimamente em condições de garantir segurança e paz, tranquilidade e solidariedade dentro do espaço da escola e fora dela”. Escolas em boas condições e outras sem energia elétrica, por exemplo, Profissionais que recebem em dia e com adequadas condições, outros não.

Para se ter uma ideia da complexidade humana, o Brasil tem 2,2 milhões de professores e mais de 1,9 milhão de outros profissionais que trabalham na educação – população acima de 4 milhões de pessoas.

As escolas são muito diferentes umas das outras em um país do tamanho de um continente. Ele conta que recebeu foto de uma turma em município goiano, em que as crianças apareciam em uma espécie de exercício de tiro, como tarefa de uma escola cívico-militar. “Isso desconfigura completamente a perspectiva de formação humana que nós queremos. Então, é importante que a família dê bom exemplo às crianças

Parceria no currículo

Katia Dantas defende uma série de medidas, considerando que grande parte desses atentados tem foco em violência sistemática na vida da pessoa que agride, como histórico de bullying, intimidações e abusos familiares. É difícil que alguém com essa característica não tenha demonstrado sinais na escola.

É urgente que as escolas aprendam a identificar um abuso. A gente precisa começar a modificar essa percepção. Hoje, por exemplo, nós sabemos que as habilidades socioemocionais partem da base curricular nacional. Mas pouquíssimos pais sabem exigir das escolas”, diz Katia Dantas. A parceria entre família e escola não deve ficar na teoria, uma vez que as redes sociais e os jogos eletrônicos têm ocupado espaço central na vida de crianças e adolescentes.

Também por esse motivo, conforme avalia Heleno Araújo, na CNTE, é fundamental fortalecer a participação social, a gestão democrática, a participação de pais, mães, responsáveis, e grupos organizados da comunidade onde a escola está inserida. “Todos devem estar envolvidos no processo de discussão, no Conselho Escolar, de um projeto político-pedagógico para escola. A participação social e o envolvimento com as políticas da escola, o sentimento de pertencimento, tudo é importante”.

Orientações

A especialista entende que é vital que professores e outros funcionários do ambiente escolar possam receber orientações em caso de violência. “Que eles aprendam a saber o que fazer do mesmo jeito que muitas escolas têm treinamento para incêndio, evacuação, por exemplo”. Mas um treinamento com característica pedagógica sem criar medo, pânico ou alarde nas crianças.

Mais do que isso, os profissionais precisam estar treinados em como identificar situações de conflito, mudanças de comportamento que possam estar demonstrando um sofrimento dessa criança”. A resposta, segundo ela, deve ser da escola como um todo e não só de professores. “É importantíssimo que todos os profissionais da escola estejam treinados para fazer a proteção infantil e identificar essas situações”.

Na mesma linha, o presidente da CNTE defende que todos os profissionais da educação têm que ser profissionalizados e receber cursos para as suas atividades. “Porteiro tem que ter curso de infraestrutura e meio ambiente. Temos que ter uma formação inicial voltada para as concepções de educação”.

Isso inclui saber olhar para algum sinal de que há algo de errado. “Os profissionais devem ter sim formação em atendimento e primeiros socorros, atenção, perceber o olhar dos alunos”. Araújo lamenta que nem todas as escolas, por exemplo, dispõem de equipes de psicólogos e de outros profissionais de apoio. Ele acredita que a segurança começa com a possibilidade de que os profissionais estejam conectados à complexidade dos seres humanos.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Norma obriga redes sociais a retirar conteúdo de apologia à violência

Norma obriga redes sociais a retirar conteúdo de apologia à violência

Ministério da Justiça cria regulação de plataformas e prevê punições

Em meio ao ambiente de pânico envolvendo ameaças e casos de violência no ambiente escolar, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) anunciou nesta quarta-feira (12) a edição de uma nova portaria com uma série de obrigações para as plataformas de redes sociais. De acordo com o ministro Flávio Dino, a norma assinada por ele traz “medidas práticas e concretas” de regulação do serviço prestado pelo setor, com foco específico na prevenção de violência contra escolas. Nas últimas semanas, ocorreram dois atentados desse tipo e ameaças de ataques têm se propagado no país inteiro.

Pela primeira vez temos um regramento claro de como combater condutas a partir da responsabilização das empresas, que, durante anos, disseram que elas eram neutras e que, portanto, elas não eram responsáveis. E são. O que a portaria afirma é que são responsáveis politicamente, socialmente e juridicamente. Porque essas empresas são prestadoras de serviços, eles selecionam conteúdo que nós visualizamos, eles impulsionam conteúdos, eles influenciam, portanto, no conteúdo que circula na internet“, afirmou em coletiva de imprensa para anunciar a medida.

A portaria prevê, por exemplo, que a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão do Ministério da Justiça, instaure processos administrativos para apuração de responsabilidade de cada empresa em relação à eventual violação do que o ministro chamou de “dever de segurança e de cuidado” das plataformas em relação a conteúdos violentos contra comunidades escolares. É no âmbito desses processos que as plataformas deverão atender a diversas requisições da pasta prevista na norma, como, por exemplo, a obrigação de apresentar relatórios de avaliação de riscos sistêmicos sobre propagação de conteúdos ilícitos, informações sobre risco de acesso de crianças e adolescentes a conteúdos inapropriados para idade, além de conteúdos considerados ilegais, nocivos e danosos, segundo a portaria.

A Senacon também poderá requerer informações sobre risco de propagação e viralização de conteúdos e perfis que exibam extremismo violento, incentivem ataques ao ambiente escolar ou façam apologia e incitação a esses crimes ou a seus perpetradores.

O descumprimento das medidas, segundo o ministro Flávio Dino, poderá acarretar aplicação de multas que podem chegar a R$ 12 milhões ou, nos casos mais graves, até mesmo na suspensão administrativa dos serviços das redes sociais no país.

O que desejamos é a adequação desses serviços. Mas, o processo administrativo estará instaurado e, claro, se não houver o atendimento dessa normatividade ditada sobre violência contra escolas, o processo administrativo vai adiante para que haja aplicação dessas sanções, que vão desde multas até, eventualmente, a suspensão das atividades“, ressaltou Dino. Apesar de ser editada em contexto de crise, a portaria tem prazo indeterminado.

Identificação de autores

Outra determinação da portaria exige o compartilhamento, entre as plataformas de redes sociais e as autoridades policiais, de dados que permitam a identificação do usuário ou do terminal da conexão com a internet que o usuário disponibilizou o conteúdo considerado violento contra escolas. Este trabalho ficará sob coordenação da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), também vinculada ao MJSP.

Também segundo a portaria, a Senasp poderá determinar às plataformas que impeçam a criação de novos perfis a partir dos endereços de protocolo de internet (endereço IP) em que já foram detectadas atividades ilegais, danosas e perigosas.

Ainda de acordo com a portaria, a Senasp vai instituir um banco de dados de conteúdos ilegais, contendo links, imagens, vídeos, entre outros, com o objetivo de facilitar a identificação pelos sistemas automatizados das plataformas, para que sejam rapidamente removidos.

A portaria não determine prazos específicos de remoção, mas o ministro da Justiça disse que deverá adotar como padrão o prazo máximo de duas horas, o mesmo usado pela Justiça Eleitoral, durante as eleições de 2022, para a retirada de conteúdos ilegais nas redes sociais.

Preocupação

A decisão de regular redes sociais por meio de uma portaria ministerial, e não uma lei, levantou preocupações de especialistas e entidades da sociedade civil, apesar da situação de emergência envolvendo atos e ameaças de violência nas escolas. A própria regulação ampla das redes sociais está em discussão atualmente no Congresso Nacional, e é defendida pelo atual governo, que apresentou sugestões ao Projeto de Lei 2.630/2020 ainda no mês passado.

O Estado deve sim olhar para essa questão das escolas com a urgência que ela merece, mas me parece preocupante que, em meio a esse processo de discussão regulatória no Congresso, uma única pasta do governo federal adote uma portaria que prevê medidas muito duras, como a possibilidade de sanções com bloqueio do serviço“, aponta a jornalista e pesquisadora Bia Barbosa, representante do terceiro setor no Comitê Gestor da Internet (CGI.br) e integrante do coletivo DiraCom – Direito à Comunicação e Democracia.

Para Bia Barbosa, o maior problema é a escolha do instrumento legal de regulação. “Hoje temos um governo comprometido com a democracia, mas se a gente muda de contexto, um governo autoritário poderia usar esse tipo de instrumento com sérias ameaças à democracia“, pondera. Segundo a pesquisadora, o ideal teria sido o envolvimento de outros órgãos, incluindo o próprio Poder Judiciário, a quem deveria caber ordens de remoção. “Acho que essa seria uma tarefa para a Procuradoria de Defesa do Estado Democrático de Direito, da Advocacia Geral da União, que poderia acionar a Justiça para dar ordens de remoção num curtíssimo prazo, sem ser um ato administrativo unilateral e sem prazo determinado“.

A pesquisadora defende ainda que o Brasil crie, assim como a União Europeia – citada por Flávio Dino como referência regulatória -, um órgão com atribuição legal para orientar as plataformas no âmbito da moderação de conteúdos. “Em um contexto de crise como este, um órgão regulador poderia adotar medidas excepcionais de definição moderação de conteúdo, num determinado contexto e intervalo de tempo, mas não o governo de plantão. Os padrões internacionais restringem esse tipo de atuação por parte de governantes do Poder Executivo por entender que isso causa um risco excessivo ao exercício da liberdade de expressão”, observa.

A proposta de regulação das plataformas de redes sociais apresentada pelo governo prevê a criação de uma autoridade supervisora independente, nos moldes de outras experiências internacionais.

Rondas escolares

Nesta terça-feira (11), o ministro Flávio Dino assinou um edital de chamamento público para ampliar o programa de segurança nas escolas. Ao todo, serão investidos R$ 150 milhões com recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP). As secretarias de segurança de estados e municípios, ou equivalentes, poderão apresentar projetos em seis diferentes áreas temáticas.

Canais

Denúncias sobre ameaças de ataques podem ser feitas ao canal Escola Segura, criado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com a SaferNet Brasil. As informações enviadas ao canal serão mantidas sob sigilo e não há identificação do denunciante.

Acesse o site para fazer uma denúncia.

Em caso de emergência, a orientação é ligar para o 190 ou para a delegacia de polícia mais próxima.

Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas

Da Agência Brasil

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MPF questiona Twitter sobre postagens que incentivam violência escolar

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Órgão aponta falha da rede social no enfrentamento à desinformação

Mais responsabilidade das plataformas pelo conteúdo veiculado nas redes sociais. A cobrança é do Ministério Público Federal que pediu, na terça-feira (11), ao departamento jurídico do Twitter Brasil, informações sobre quais providências estão sendo adotadas para a moderar conteúdos que incentivam a violência nas escolas.

No ofício, o MPF questiona falha da rede social no enfrentamento à desinformação e na fiscalização de conteúdos que causam danos à sociedade no ambiente digital.

O documento, assinado pelo procurador adjunto regional dos Direitos do Cidadão, em São Paulo, Yuri Corrêa, solicita a relação de todos os perfis e conteúdos apontados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública como propagadores de informações que estimulem a violência.

Para a presidente do Comitê Gestor da Internet no Brasil, Renata Mielli, não existe justificativa aceitável para que as plataformas digitais não atuem para remover conteúdo impróprio, principalmente quando colocam em risco crianças e adolescentes. “A postura, particularmente do Twitter, de manter perfis e conteúdos dando visbilidade a agressores é completamente ilegal e não tem sintonia com a legislação nacional.

Nessa terça-feira (11.abr.2023), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, disse que espera que as empresas que operam as redes sociais tomem medidas para evitar publicações com conteúdo nazista, homofóbico e antidemocrático nas plataformas.

Procurado, o Twitter não se manifestou até o fechamento desta reportagem.

Canais

Denúncias sobre ameaças de ataques podem ser feitas ao canal Escola Segura, criado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com a SaferNet Brasil. As informações enviadas ao canal serão mantidas sob sigilo e não há identificação do denunciante.

Acesse o site para fazer uma denúncia.

Em caso de emergência, a orientação é ligar para o 190 ou para a delegacia de polícia mais próxima.

Foto: Solen Feyissa/VisualHunt

Da Agência Brasil

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PF ouve militares sobre 8 de janeiro, incluindo comandantes

Objetivo é esclarecer participação ou omissão em atos golpistas

A Polícia Federal (PF) começou a ouvir hoje (12.abr.2023) cerca de 80 militares do Exército sobre os episódios de invasão e vandalismo em prédios públicos ocorridos em 8 de janeiro, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Os investigadores buscam esclarecer a possível participação ou omissão desses militares antes ou durante os atos golpistas, que deixaram as sedes dos Três Poderes amplamente depredadas. 

Entre os militares já ouvidos nesta quarta-feira (12.abr) está o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, que era responsável pelo Comando Militar do Planalto (CMP) no dia 8 de janeiro. Ele já foi ouvido pelos agentes da PF. No Diário Oficial da União desta quarta-feira (12), o militar foi exonerado da chefia do CMP. A medida era esperada desde 16 de fevereiro, quando havia sido anunciada pelo Exército.

Outro militar ouvido nesta quarta é o coronel Jorge Fernandes da Hora, que no dia dos ataques era o chefe do Batalhão de Guarda Presidencial, responsável pela proteção do Palácio do Planalto. 

Uma força-tarefa com aproximadamente 50 agentes foi montada pela PF para colher os depoimentos dos militares. As oitivas ocorrem na Academia Nacional de Polícia, em Brasília. A ideia é ouvir a todos num único dia, técnica que visa evitar que um saiba o que foi dito por outros. 

A PF quer esclarecer, por exemplo, as declarações do coronel Jorge Eduardo Naime, ex-comandante de Operações da Polícia Militar do DF, que em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Democráticos, conduzida pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, disse que membros do Exército teriam tentado impedir a prisão de manifestantes. 

Outro ponto a ser esclarecido é o fato de tanques do Exército terem sido colocados entre policiais militares e o acampamento de bolsonaristas em frente ao Quartel-General, em Brasília, na noite do 8 de janeiro. As pessoas acampadas no local, que pediam abertamente uma intervenção militar para reverter o resultado das eleições, só foram presas no dia seguinte. 

A Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu, no mês passado, apuração preliminar para investigar a eventual responsabilidade de militares do Exército nos atos antidemocráticos. A medida foi tomada após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir que os militares envolvidos com atos golpistas devem ser julgados pela Justiça comum, e não pela Justiça Militar.

Foto: Joedson Alves/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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MPF processa União e deputado General Girão por estímulo a atos antidemocráticos no RN

MPF processa União e deputado General Girão por estímulo a atos antidemocráticos no RN

Postagens do parlamentar e nota de comandantes das Forças Armadas à época fomentaram acampamentos em quartéis

O Ministério Público Federal (MPF) moveu ação contra o deputado federal Eliéser Girão (PL) e a União por danos morais coletivos ao fomentar atos antidemocráticos em frente a quartel no Rio Grande do Norte. O MPF aponta que os então comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, integrantes da União, divulgaram nota estimulando os acampamentos, e que o deputado fez reiteradas postagens em suas redes sociais conspirando contra o Estado Democrático de Direito.

A União, o estado do Rio Grande do Norte e o município de Natal também foram processados por omissão na proteção à democracia ao permitirem a manutenção dos acampamentos. Na ação, o MPF argumenta que as condutas foram fundamentais aos atos antidemocráticos que ocorreram em Brasília em 8 de janeiro deste ano, e pede que o deputado e os três entes públicos sejam condenados ao pagamento de indenizações que, somadas, chegam a R$ 5 milhões.

Redes sociais

Segundo o MPF, General Girão, nome pelo qual é conhecido o deputado, usou ativamente suas redes sociais, em claro abuso da liberdade de expressão e da imunidade parlamentar, para encorajar condutas que atentavam contra a ordem democrática, inclusive a continuidade do acampamento existente à época em frente ao 16° Batalhão de Infantaria Motorizada em Natal.

Em postagem feita um mês antes da invasão dos prédios do STF, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto, o réu já instigava a violência contra as instituições, especialmente o Congresso”, ressalta o MPF ao afirmar que Girão, na qualidade de deputado federal e general da reserva do Exército, foi importante articulador e motivador dos atos criminosos. “A vontade do réu em ver a concretização de um golpe de Estado, como se sabe, quase se consumou pouco mais de um mês de tal postagem, havendo nexo de causalidade entre conduta e dano”.

Forças Armadas

De acordo com a ação, os comandantes das Forças Armadas à época, em nota, defenderam que a liberdade de expressão e reunião podem ser utilizadas inclusive para estimular a prática de crimes. “A emissão da nota demonstra politização inconstitucional das Forças Armadas e estimulou a manutenção dos atos antidemocráticos e golpistas em frente aos quartéis a partir do desenvolvimento da narrativa de que as eleições foram fraudadas, fomentando a busca pela quebra da ordem democrática”, sustentam os procuradores da República Victor Manoel Mariz, Emanuel De Melo Ferreira e Fernando Rocha de Andrade.

As pessoas reunidas nesses acampamentos defenderam o fechamento do Supremo Tribunal Federal e a necessidade de uma intervenção federal, feita por militares, para ter-se um verdadeiro golpe de Estado”, destacam os procuradores da República. “Tratou-se de reunião realizada por associação antidemocrática, não protegida pela liberdade de expressão e reunião, incitando animosidade entre Forças Armadas e Poderes constituídos”.

Para o MPF, que requereu liminar para que Twitter, Facebook e Instagram retirem do ar as postagens do General Girão, manifestações de ódio à democracia não estão protegidas pela liberdade de expressão, já que infligem risco de dano real e iminente às instituições democráticas, sobretudo no contexto das eleições. “É contra tal manobra autoritária que o Ministério Público Federal, na sua vocação constitucional em prol do regime democrático, se insurge na presente ação”.

Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

Com informações do MPF RN

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Sessão com Dino é marcada por tumulto

Sessão com Dino é marcada por tumulto

Ministro compareceu à comissão para esclarecer mudanças na política de controle de armas do governo

A sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, foi encerrada prematuramente após tumulto nesta terça-feira (11.abr.2023). Deputados governistas e de oposição se envolveram em discussões, mas o destaque foi para as interrupções promovidas por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Flávio Dino compareceu à comissão para esclarecer mudanças na política de controle de armas do governo e também falar sobre ações de seu ministério após ataques recentes. O ministro se queixou do episódio no Twitter, chamando-o de desrespeito ao povo brasileiro e ao Poder Legislativo.

Flávio Dino foi chamado à comissão para esclarecer mudanças na política de controle de armas do governo, ações de seu ministério após ataques e também a visita que fez ao Complexo da Maré. Durante a sessão, ocorreram várias interrupções por parte de deputados aliados de Bolsonaro, o que levou o presidente da comissão a encerrar o debate e marcar nova data. O ministro se queixou do episódio no Twitter, classificando as atitudes dos deputados como ameaçadoras, ofensivas e agressivas.

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

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STF inicia julgamento de envolvidos em atos golpistas

STF inicia julgamento de envolvidos em atos golpistas

Denunciados respondem por crimes como associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado

O STF começará a julgar, na próxima semana, 100 pessoas denunciadas por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro. O julgamento será realizado de forma virtual, entre 18 e 24 de abril, com os ministros depositando os votos eletronicamente.

Os denunciados respondem por crimes como associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Dos 1,4 mil presos no dia dos ataques, 294 continuam detidos, segundo levantamento do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos.

Foto: Joedson Alves/Agencia Brasil

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STJ mantém prisão de policiais acusados da morte de Genivaldo Santos

STJ mantém prisão de policiais acusados da morte de Genivaldo Santos

A decisão foi tomada pela Sexta Turma do tribunal, que considerou que os policiais agiram com força desproporcional

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve, nesta terça-feira (11.abr.2023) a prisão de dois policiais rodoviários federais acusados de causar a morte de Genivaldo de Jesus Santos por asfixiamento dentro de uma viatura da corporação em maio de 2022.

A decisão foi tomada pela Sexta Turma do tribunal, que considerou que os policiais agiram com força desproporcional e contrariamente às normas internas, levando em conta que a vítima tinha problemas mentais e não ofereceu resistência à abordagem.

Em janeiro, a Justiça de Sergipe determinou que os agentes sejam submetidos a júri popular pelos crimes de tortura e homicídio triplamente qualificado. O Ministério Público Federal (MPF) deu parecer favorável para que a União seja condenada a pagar R$ 128 milhões em danos morais coletivos pela morte de Genivaldo, porém a questão ainda será analisada pela Justiça.

Imagens divulgadas na internet mostram a ação policial em que a vítima ficou presa dentro de uma viatura esfumaçada, debatendo-se com as pernas para fora enquanto um policial rodoviário segurava a tampa do porta-malas, impedindo Genivaldo de sair ou respirar.

O homem teria sido abordado pelos agentes por estar trafegando de moto sem capacete. A prisão preventiva dos policiais foi mantida pelo STJ devido à força desproporcional utilizada e à violação das normas internas, além da condição de saúde mental da vítima e a falta de resistência durante a abordagem.

Foto: Ilustração/PRF

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Nova direção da JFRN é empossada

Nova direção da JFRN é empossada

O evento de posse aconteceu no auditório da JFRN, em Natal

O Juiz Federal Hallison Rêgo Bezerra assumiu hoje, terça-feira (11.abr.2023), como novo diretor da Justiça Federal no Rio Grande do Norte. O vice-diretor é o magistrado José Carlos Dantas Teixeira de Souza. Eles assumem os cargos anteriormente ocupados pelos Juízes Federais Carlos Wagner Dias Ferreira e Fábio Luiz de Oliveira Bezerra, respectivamente.

O evento de posse aconteceu no auditório da JFRN, em Natal, e contou com a presença de autoridades do Executivo, Legislativo e Judiciário, além de magistrados e servidores do Judiciário Federal potiguar.

E o que é ser Diretor do Foro para mim? Ser diretor é proporcionar uma experiência de trabalho agradável para todos e todas que aqui vêm laborar, presencialmente ou à distância. Ser diretor é me empenhar ao máximo para que o colega saia da sua casa e se sinta indo para um outro lar”, destacou o novo Diretor.

O Juiz Federal Carlos Wagner Dias Ferreira, que atuou à frente da gestão no período de 2019 a 2023, agradeceu a toda equipe, ressaltou os desafios que enfrentou, sobretudo no período da pandemia, e destacou: “tenho certeza como fiz uma gestão de transição, envolvendo todos as dificuldades e desafios impostos pela pandemia”.

Foto: Divulgação

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Lewandowski mantém no STF acusação de extorsão contra Moro e Deltan

Advogado acusa ex-juiz de extorsão no âmbito da Lava Jato

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu, na noite de ontem (10.abr.2023), que é competência da Corte tratar da notícia-crime apresentada pelo advogado Rodrigo Tacla Duran, que acusou o ex-juiz e hoje senador Sergio Moro de extorsão no âmbito da Operação Lava Jato. O ex-procurador da República e atual deputado federal Deltan Dallagnol também é citado. 

O caso é antigo, mas voltou a ser relatado em novo depoimento prestado a Eduardo Appio, atual juiz titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, onde tramitam os casos remanescentes da Lava Jato. A força-tarefa da operação, que era coordenada por Dallagnol, já foi desmontada pelo Ministério Público Federal (MPF). 

Ao colher o depoimento, Appio decidiu enviar o caso ao Supremo a fim de que o tribunal decidisse a competência para investigar os fatos narrados por Duran. Lewandowski ouviu a Procuradoria-Geral da República (PGR), que se posicionou para que o caso fique no Supremo. 

Segundo a PGR, no depoimento, além da tentativa de extorsão, Tacla Duran narra fatos que teriam ocorrido quando Moro já era ministro da Justiça no governo Jair Bolsonaro, “bem como ainda a notícia de suposta interferência do senador da República Sérgio Moro, na condição de ex-Juiz titular da 13ª Vara Federal de Curitiba na prática de atos decisórios, nos autos da Ação Penal no 5019961-43.2017.4.04.7000/PR”. 

Por esse motivo, a PGR se manifestou pela manutenção do caso no Supremo, onde os parlamentares têm foro por prerrogativa de função. O ministro concordou. “Assim, verifico que, ao menos nesta fase inicial, a competência para a supervisão e apuração dos fatos noticiados no presente expediente é do Supremo Tribunal Federal, a teor do art. 102, I, b, da Constituição da República”, escreveu Lewandowski. 

“Aplica-se ao caso o precedente firmado na Ação Penal 937/DF quanto à prorrogação da competência, considerando que, segundo a PGR, alguns dos supostos atos podem ter sido praticados no exercício de cargos com foro especial por prerrogativa de função”, acrescentou o ministro. 

O ministro reenviou o processo para a PGR. Desta vez, para que o órgão analise se há indícios e suspeitas suficientes para seguir com o caso. Essa foi uma das últimas decisões de Lewandowski como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele se aposenta nesta terça-feira (11).

Procurado, o senador Sergio Moro disse, por meio de nota enviada por sua assessoria, que “a manifestação da PGR acolhida pelo ministro Ricardo Lewandowski contraria precedentes do próprio STF relativos ao foro privilegiado”. 

O texto diz ainda “que o processo com as falsas acusações não é de competência do Supremo, visto que os fatos inventados seriam anteriores ao meu mandato de senador. Por essas razões, aliás, já disse que abro mão do privilégio e luto no Senado para o fim dessa excrescência jurídica, verdadeira causa de impunidade. Recorrerei tão logo tenha acesso aos autos”.

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Ministro exige retirada de mensagens de ameaça a escolas de redes sociais

Ministro exige retirada de mensagens de ameaça a escolas de redes sociais

Plataformas serão notificadas sobre perfis e conteúdos suspeitos

O governo federal vai exigir que plataformas criem canais abertos e ágeis para atender solicitações das autoridades policiais sobre conteúdos com apologia à violência e ameaças a escolas nas redes sociais, como a retirada desses perfis, informou nesta segunda-feira (10) o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.

O ministro cobrou ainda monitoramento ativo das plataformas em relação a ameaças. As plataformas serão notificadas formalmente nesta semana sobre os perfis e conteúdos suspeitos identificados pela pasta da Justiça em conjunto com as polícias dos estados.

Quem descumprir a notificação poderá sofrer sanções, como ser alvo de investigação da Polícia Federal e de medidas determinadas pelos ministérios públicos.

Estamos vendo pânico sendo instalado no seio das escolas e das famílias e não identificamos ainda a proporcionalidade de reação das plataformas com essa epidemia de violência que ameaçam nossas escolas nesse momento”, disse em entrevista à imprensa. “Deixei claro na reunião que, se a notificação não for atendida, vamos tomar as providências policiais e judiciais contra as plataformas. Obviamente, não desejamos isso. Desejamos que as plataformas nos ajudem.”

O ministro reuniu-se hoje com representantes das empresas Meta, Kwai, Tik tok, Twitter, YouTube, Google e WhatsApp para debater ações de prevenção à violência nas escolas e evitar ataques como o ocorrido em uma creche em Blumenau, Santa Catarina, na semana passada, que levou à morte de quatro crianças e deixou várias feridas.

Até o momento, o ministério identificou mais de 511 perfis com divulgação de conteúdo violento contra escolas, identificados nos dias 8 e 9 de abril, somente no Twitter.

De acordo com o ministro, para não retirar o conteúdo e os perfis, as empresas argumentam respeito aos termos de uso e liberdade de expressão. Dino citou um caso em que foi solicitada a retirada de perfis com nome e fotos de homicidas. A plataforma alegou que somente pode derrubar se o perfil postar alguma mensagem de apologia à violência.

O ministro ressaltou que os termos de uso “não se sobrepõem à Constituição, à lei, não são maiores que a vida das crianças e adolescentes brasileiros”.

Estamos em uma fronteira em que oportunistas vão ensaiar o argumento falso de que nós estamos tentando, de algum modo, limitar a chamada liberdade de expressão. Liberdade de expressão não existe para veicular imagens de adolescentes mutilados. Não existe liberdade de expressão para quem está espalhando pânico e ameaças contra escolas. Não existe liberdade de expressão para quem quer matar crianças nas escolas. Não há termo de uso que consiga, juridicamente, servir de escudo para quem quer se comportar de maneira irresponsável”, afirmou.

Sobre o funcionamento do algoritmo das redes e o fato de recomendarem a visualização de conteúdos violentos, o ministro ressaltou que as plataformas devem ser responsabilizadas por esse tipo de recomendação. “Não estamos dizendo que as plataformas de tecnologia são as únicas responsáveis pelo discurso de ódio nas escolas. Sabemos que há múltiplas determinações. Porém, não há dúvida de que, no modo como a sociedade contemporânea se estrutura, um nó fundamental, um elo fundamental na cadeia da violência nas escolas está exatamente na propagação desse discurso por intermédio dessas postagens”, disse.

O Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), do Ministério da Justiça, registrou grande circulação, no Brasil e no exterior, de mensagens com conteúdo de violência referente ao dia 20 de abril. Na entrevista, Flávio Dino descartou risco de ataques na data e ressaltou que a pasta faz monitoramento diário.

Não há nenhuma razão, neste momento, para pânico. O que há é necessidade de fortalecimentos dos mecanismos institucionais e é decisivo o comportamento das plataformas de tecnologia para que possamos ter uma prevenção geral”, disse. No dia 20 de abril de 1999, ocorreu o massacre na escola Columbine, nos Estados Unidos.

Outro lado

A Agência Brasil entrou em contato com as assessorias da Meta (Instagram e o Facebook) e do Google (que controla o YouTube), mas ainda não recebeu manifestação.

A reportagem busca também contato com representantes do Tik Tok e do Twitter. O último não tem mais assessoria de comunicação no Brasil.

Foto: Tracy Le Blanc/Pexels

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Ricardo Lewandowski deixa o STF após 17 anos

Ricardo Lewandowski deixa o STF após 17 anos

Ele completa 75 anos em maio, quando sairia compulsoriamente

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), deixa hoje (11) o cargo, após ter antecipado em um mês sua aposentadoria. Ele completa 75 anos em 11 de maio, data em que seria aposentado compulsoriamente.

Lewandowski deixa o gabinete com um acervo de 780 processos, que devem ser herdados por seu sucessor. A partir desta terça-feira (11), cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicar um novo nome para a cadeira do ministro. Quando anunciou sua aposentadoria, o ministro disse não ter feito indicações a Lula.

Não há prazo para a nova indicação. Lula embarca nesta terça para a China, de onde retorna no próximo domingo (16). Em café da manhã com jornalistas no início do mês, o presidente disse “não ter pressa” para fazer a indicação. “A escolha do substituto dele [Lewandowski] será feita por mim no momento que eu achar que tenha que fazer”, afirmou.

Até o momento, o único nome citado publicamente por Lula foi o do advogado Cristiano Zanin, que o defendeu nos processos da Operação Lava Jato. Nas últimas semanas, intensificaram-se as pressões e campanhas por outros cotados, em especial uma mulher, preferencialmente negra. Lula, contudo, tem rejeitado assumir qualquer compromisso sobre o perfil do indicado.

Antes de assumir, o indicado pelo presidente deverá ser sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e depois ser aprovado no plenário da Casa, por maioria absoluta (41 votos).

Carreira

Com a saída do Supremo, Lewandowski deverá voltar a advogar e focar na carreira acadêmica, segundo contou a jornalistas. Ele é formado pela Universidade de São Paulo (USP), mesma instituição pela qual se tornou mestre e doutor e na qual leciona desde 1978.

Sua passagem pelo Supremo, onde chegou em 2006 por indicação do próprio Lula, ficou marcada pelo chamado garantismo, corrente que tende a dar maior peso aos direitos e garantias dos réus em processos.

Ele votou, por exemplo, durante o julgamento do mensalão, do qual foi revisor, pela absolvição dos ex-ministros de Estado José Dirceu e José Genoíno, no que foi vencido. Na ocasião, chamou a denúncia contra os dois de “vagas”, pois estariam baseadas sobretudo em declarações.

O julgamento do mensalão rendeu discussões acaloradas em plenário, com o relator da ação penal e presidente do Supremo à época, Joaquim Barbosa, chegando a acusar Lewandowski de fazer “chicana” por querer adiar uma das sessões plenárias. O ministro exigiu retratação imediata do colega, e a confusão levou à suspensão da análise do caso.

Lewandowski foi o primeiro ministro do Supremo a apontar desvios na atuação da Lava Jato e depois viria a ser relator da apelidada “Vaza Jato”, caso que revelou trocas de mensagens entre o juiz Sergio Moro e procuradores responsáveis pela Lava Jato. As conversas depois levaram à anulação da condenação de Lula no caso, como também à suspensão das ações relativas a diversos outros réus.

O ministro suspendeu pessoalmente diversos processos da operação, o mais recente em meados de março, quando mandou parar uma ação baseada em informações repassadas pela Odebrecht, provas que depois foram consideradas imprestáveis pelo Supremo. Entre os beneficiados estavam o ex-ministro e ex-senador Edson Lobão, o advogado Rodrigo Tacla Duran, que trabalhou para a empreiteira, e o vice-almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclar.

Decisões importantes

Outras decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) ficaram associadas ao nome de Lewandowski, por ter sido o relator dos temas na Corte. Ele foi o responsável, por exemplo, por habeas corpus coletivo para conceder prisão domiciliar a milhares de presas grávidas ou mães de menores de até 12 anos. A decisão foi depois confirmada pela Segunda Turma do Supremo.

Ele também foi relator da ação em que o Supremo julgou, por unanimidade, serem constitucionais as cotas para candidatos negros em universidades públicas. Devido a essa decisão, o ministro da Educação, Camilo Santana, marcou uma homenagem para Lewandowski nesta manhã, na sede do ministério.

Mais recentemente, durante a pandemia de covid-19, Lewandowski foi relator de uma ação no Supremo em que determinou ao governo acelerar e apresentar um plano de vacinação da população contra a doença, com cronogramas de aquisição e distribuição dos imunizantes. A liminar seria depois confirmada por unanimidade em plenário.

Presidências

O ministro presidiu o Supremo Tribunal Federal entre 2014 e 2016, ano em que presidiu também o impeachment da presidente Dilma Rousseff, entre maio e agosto, no Senado, conforme previsão constitucional.

Uma de suas decisões na ocasião foi a de permitir uma votação fatiada, com os parlamentares decidindo primeiro sobre o afastamento da mandatária e somente depois as sanções que seriam impostas. Com isso, ela acabou não se tornando inelegível após deixar o cargo.

Ele foi também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entre 2010 e 2012. No cargo, esteve à frente da aplicação da Lei da Ficha Limpa, que havia sido aprovada em 2010. Como presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), assinou a adoção em todo o país das audiências de custódia – em que qualquer preso deve ser apresentado à Justiça em 24 horas.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

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Crescem casos de ataques em escolas: especialistas dizem o que fazer

Crescem casos de ataques em escolas: especialistas dizem o que fazer

Antes incomum no país, crimes têm aumentado

Há doze anos, um jovem de 23 anos invadiu a escola onde havia estudado no bairro de Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, e produziu um massacre que chocou o país: armado com dois revólveres, ele disparou contra os alunos, matando doze deles e cometendo suicídio em seguida. Na época, o episódio assustador foi tratado pela imprensa como de fato era até então: algo fora do comum no Brasil. Há alguns anos, no entanto, a ocorrência de diversos casos similares tem exigido atenção das autoridades e gerado preocupação em pesquisadores, que apontam caminhos para enfrentar esse cenário.

Na quarta-feira (5), uma creche em Blumenau (SC) se tornou alvo de um homem de 25 anos que tirou a vida de quatro crianças. Nesse caso, investigações preliminares não apontaram nenhum vínculo do agressor com a instituição. Há menos de dez dias, outro ataque causou uma morte e deixou cinco pessoas feridas na Escola Estadual Thomazia Montoro, no bairro Vila Sônia, em São Paulo. O crime foi cometido por um de seus alunos, de 13 anos.

Nos últimos anos, outros episódios similares que tiveram grande repercussão no país também foram promovidos por estudantes ou ex-estudantes, como os registrados em Aracruz (ES) no ano passado e em Suzano (SP) em 2019.

Ataques pelo país

De acordo com mapeamento da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) sobre casos de ataques em escolas por alunos ou ex-alunos, o primeiro episódio foi registrado em 2002. À época, quando um adolescente de 17 anos disparou contra duas colegas dentro da sala de aula de uma escola particular de Salvador. O levantamento da Unicamp deixa de fora episódios de violência não planejados, que podem ocorrer, por exemplo, em decorrência de uma briga.

Foram listadas 22 ocorrências desde 2002, sendo que em uma ocasião o ataque envolveu duas escolas. Em três episódios, o crime foi cometido em dupla. Em cinco, os atiradores se suicidaram na sequência. Ao todo, 30 pessoas morreram, sendo 23 estudantes, cinco professores e dois funcionários das escolas.

Do total de casos, 13 (mais da metade) estão concentrados apenas nos últimos dois anos.

Extremismo de direita

A preocupação com a situação levou o professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), Daniel Cara, a coordenar a criação de um grupo formado por 11 pesquisadores de universidades de diversos estados do país. No final do ano passado, eles elaboraram um documento analisando o cenário e propondo estratégias concretas para a ação governamental.

Segundo os pesquisadores, esses casos devem ser classificados como extremismo de direita, pois envolvem cooptação de adolescentes por grupos neonazistas que se apoiam na ideia de supremacia branca e masculina e os estimulam a realizar os ataques. Esses grupos disseminam um discurso que valoriza o preconceito, a discriminação, o uso de força e que encoraja direta e indiretamente atos agressivos e violentos. Para os pesquisadores, medidas de prevenção só serão eficazes se atuarem sobre esse cenário.

É necessário compreender que o processo de cooptação pela extrema-direita se dá por meio de interações virtuais, em que o adolescente ou jovem é exposto com frequência ao conteúdo extremista difundido em aplicativos de mensagens, jogos, fóruns de discussão e redes sociais“, registra o documento.

A presença de símbolos associados a ideologias de extrema-direita tem sido recorrente nestes atos violentos. O autor de um ataque realizado em fevereiro deste ano com bombas caseiras em uma escola em Monte Mor (SP), que não resultou em mortos ou feridos, vestia uma braçadeira com a suástica nazista. Artigo similar foi usado no massacre que deixou quatro mortos e diversos feridos em duas escolas de Aracruz em novembro do ano passado. O jovem responsável pelo episódio de violência usava sobre a manga de sua roupa camuflada uma braçadeira com um emblema que era usado por nazistas alemães.

Siege mask

No recente ataque registrado na Vila Sônia, em São Paulo, assim como no de Aracruz no ano passado, o autor vestia ainda uma máscara de esqueleto. Usada pelo personagem Ghost da franquia de jogos Call Of Duty, ela é conhecida como siege mask e se popularizou em fóruns de gamers extremistas para depois se tornar um aparato de identificação de simpatizantes neonazistas em todo o mundo. É hoje uma marca em atos da extrema-direita.

Ela aparece, por exemplo, em janeiro de 2021 na invasão do Capitólio, edifício que abriga o Congresso dos Estados Unidos, por uma multidão descontente com a derrota do ex-presidente Donald Trump nas eleições presidenciais do país. Esteve presente também nos atos antidemocráticos ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro desse ano. Imagens de câmeras de segurança captaram a imagem de um homem utilizando a máscara em meio ao grupo de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que depredaram o Palácio do Planalto e defendiam uma intervenção militar para depor o recém-iniciado governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo sustentam alguns pesquisadores, a siege mask foi adotada por grupos de extrema-direita por suas semelhanças com a caveira que era usada como emblema pela Totenkopf, uma divisão da SS, organização paramilitar ligada ao Partido Nazista que atuou diretamente no Holocausto. Essa máscara também está associada com o massacre realizado por uma dupla que deixou oito mortos em 2019 na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano. Um dos responsáveis pelo crime a utilizava em fotos compartilhadas nas redes sociais.

“Sensação de pertencimento”

A educadora Telma Vinha, coordenadora da pesquisa realizada pela Unicamp, observa que há um perfil mais frequente entre os autores dos ataques: homens jovens brancos geralmente com baixa autoestima e sem popularidade na escola. “Não são populares na turma. Eles têm muitas relações virtuais, mas não tanto presenciais. E nutrem uma falta de perspectiva, de propósito em termos de futuro“, pontuou em entrevista levada ao ar no dia 30 de março pela TV Unicamp.

A pesquisadora também afirma ser comum a existência de transtornos mentais não diagnosticados ou sem o devido acompanhamento. Esses quadros podem se desenvolver ou se agravar pela dificuldade de relacionamento nas escolas, o que pode ocorrer, por exemplo, com os que são alvos de bullying. Alguns também vivem situações prolongadas de exposição a processos violentos em casa, incluindo negligências familiares e autoritarismo parental, o que contribuem para desenvolver um perfil de agressividade no âmbito doméstico.

Telma observa que a cooptação tem ocorrido por meio de jogos online, onde há chats paralelos. Dali, se deslocam para fóruns e redes sociais onde há incentivo de violência e discursos misóginos e racistas. No ambiente virtual, esses jovens podem experimentar uma sensação de pertencimento a um grupo que não possuem na escola. O crescimento dos ataques também tem sido relacionado como um possível desdobramentos da pandemia de covid-19. Isso porque o consumo de jogos eletrônicos cresceu durante os períodos de isolamento social, o que deixaria os jovens mais expostos à cooptação por grupos que propagam discursos de ódio.

Segundo a educadora, na maioria das vezes, não se tratam de crimes passionais, motivados unicamente por vingança ou raiva desencadeada por um tratamento recebido. Os autores os planejam para fazer o maior número de vítimas, pois têm como objetivo a busca por notoriedade pública e reconhecimento da comunidade virtual.

Mesmo agindo de forma isolada, acreditam que fazem parte de um movimento, se sentem parte de algo maior“, explica. Ela também ressalta que o Brasil não está vivendo um fenômeno isolado, mas que casos com características muito similares também estão sendo registrados em outros países.

Nos Estados Unidos, onde massacres produzidos por jovens em escolas ocorrem há mais tempo e com mais frequência, um levantamento realizado pelo jornal Washington Post (link: https://www.washingtonpost.com/education/interactive/school-shootings-database/) mapeou 377 incidentes desde 1999. Considerando somente 2021 e 2022, foram 88, quase um quarto do total.

No Brasil, de acordo com o mapeamento da Unicamp, os ataques registrados desde 2002 aconteceram em 19 escolas públicas, entre estaduais e municipais, e em quatro particulares. Segundo Telma, os perfis das instituições são distintos. Por isso, não há razão para responsabilizá-las. Ela conta que já conheceu professores que se perguntavam se fizeram algo de errado.

Não há nada que explique porque aconteceu em determinada escola e não em outra. Pode acontecer em qualquer lugar. Tem escolas localizadas em regiões mais violentas dos que as que foram atacadas. Ataques ocorrem em escolas com diferentes níveis de estrutura“, pondera.

Caminhos

Após os últimos ataques, o governo paulista se apressou em anunciar algumas medidas, entre elas a alocação de policiais dentro das escolas e a ampliação de investimento em um programa de mediação de conflitos nas unidades de ensino. Em Santa Catarina, o prefeito de Blumenau prometeu a criação de um protocolo de prevenção para evitar novos casos.

A repercussão dos casos recentes também levou a adoção de medidas em outros estados. O governo do Rio de Janeiro anunciou a criação de um Comitê Permanente de Segurança Escolar com representantes da Segurança Pública e da Educação para atuar na prevenção às situações de violência nas escolas públicas e privadas. Por sua vez, o governo federal criou um grupo interministerial para analisar propostas de políticas públicas.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

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Ministério da Justiça monta força-tarefa contra violência nas escolas

Ministério da Justiça monta força-tarefa contra violência nas escolas

Parceria com os estados vai ampliar atuação em ações preventivas

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) começou, nesta quinta-feira (6), a Operação Escola Segura, com o objetivo de realizar ações preventivas e repressivas contra ataques nas escolas de todo o país. A operação conta com a participação das delegacias contra crimes cibernéticos das principais regiões brasileiras, que atuarão de forma alinhada com as estratégias da pasta.

De acordo com o secretário Nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar, a integração entre as forças de segurança estaduais e o MJSP será fundamental para enfrentar essa onda de criminalidade no ambiente escolar. “Numa questão como essa, que comove o país, nós temos que dar as mãos, juntar esforços, temos que reunir uma energia muito grande porque vem a indignação, vem a comoção, mas vem a nossa responsabilidade de fazer esse enfrentamento”, afirmou Alencar.

As autoridades da área de segurança pública reforçam a necessidade de ampliação do diálogo com as plataformas responsáveis pelas redes sociais em atuação no Brasil. De acordo com delegados presentes no lançamento da Operação Escola Segura, a cooperação entre todos os atores envolvidos será fundamental para prevenir e reagir aos casos de violência nas escolas, bem como para identificar pessoas que incentivem ataques.

Na próxima segunda-feira (10), está prevista uma reunião com representantes das redes sociais para alinhar um protocolo de ação. Segundo especialistas em segurança pública, muitos jovens são recrutados por essas redes, que se tornou uma espécie de “vitrine” para grupos extremistas que impulsionam discurso de ódio.

Outro ponto importante é o papel da mídia na divulgação destes tipos de casos. Segundo o MJSP, as recomendações vão no sentido de não divulgar os nomes dos autores, nem quaisquer tipos de imagens, vídeos ou símbolos que os identifiquem, sob nenhuma hipótese. Essa medida previne o chamado “efeito contágio”, que pode desencadear outros ataques ou eventos semelhantes em um curto período e em uma área geográfica próxima.

Edital

Dentro do pacote de ações do Ministério da Justiça para o combate à violência, a pasta deve investir R$ 150 milhões no apoio às rondas escolares ou ações similares. A medida, autorizada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, será feita por meio de um edital, a ser divulgado já na próxima semana. Os recursos sairão do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) e serão ofertados aos estados e municípios, que detém a competência constitucional para fazer o patrulhamento ostensivo.

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

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Justiça restabelece data inicial da recuperação do Grupo Americanas

Justiça restabelece data inicial da recuperação do Grupo Americanas

Magistrado acolhe recurso contra o Banco Safra

O 3º vice-presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), desembargador José Carlos Maldonado de Carvalho, concedeu liminar ao Grupo Americanas, suspendendo os efeitos do acórdão proferido no dia 21 de março pela 18ª Câmara de Direito Privado do tribunal. Com a decisão, fica restabelecida a data de 12 de janeiro de 2023 como termo inicial da recuperação judicial das Americanas.

A medida liminar restabelece decisão do juiz titular da 4ª Vara Empresarial, Paulo Assed Estefan, que proíbe o levantamento dos valores que tenham sido determinados em razão do acórdão a partir desta data.

O desembargador Maldonado de Carvalho acolheu o recurso especial cível ajuizado pelo Grupo Americanas contra o Banco Safra que, com a decisão da 18ª Câmara de Direito Privado do TJRJ, estabelecendo a data de 19 de janeiro como termo inicial de suspensão de todas as ações e execuções contra o Grupo, havia recuperado o direito de promover a compensação do valor de R$ 95 milhões, referentes a créditos junto ao Grupo Americanas.

À vista do exposto, defiro o requerimento ora formulado para atribuir efeito suspensivo ativo ao recurso especial interposto nos autos do agravo de instrumento, a fim de suspender, imediatamente, os efeitos do acórdão prolatado pela 18ª Câmara de Direito Privado no dia 21/3/2023, mantendo-se o dia 12/1/2023 como termo inicial da recuperação judicial, nos termos da decisão proferida pelo juízo recuperacional”, detalhou o magistrado na decisão.

Tutela de urgência

Na liminar, o desembargador destacou a interpretação de vários tribunais onde se têm admitido – sem ressalvas – o cabimento de tutela de urgência em caráter antecedente, preparatória de processo de recuperação.

O fundamento para a concessão da tutela cautelar de natureza antecedente a pedido de recuperação judicial se situava exatamente na preservação da sobrevivência do Grupo Americanas, no qual anunciava-se um estado pré-falimentar que recomendava a antecipação de alguns dos efeitos da recuperação judicial diante do enorme número de acionistas, clientes, fornecedores e empregos envolvidos no negócio. Esse cenário ainda aparenta perdurar, daí a urgência da prestação jurisdicional ora invocada”, externou o desembargador Maldonado de Carvalho.

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

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PF vai investigar atuação interestadual de grupos neonazistas

Determinação ocorre após ataque a creche em Blumenau

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flavio Dino, informou, nesta quinta-feira (6.abr.2023), que determinou a instauração de inquérito pela Polícia Federal (PF) para investigar a atuação interestadual de organismos nazistas. A medida foi anunciada em publicação nas redes sociais.

“Assinei agora determinação à Polícia Federal para que instaure inquérito policial sobre organismos nazistas e/ou neonazistas no Brasil, já que há indícios de atuação interestadual. Há possível configuração de crimes previstos na Lei 7.716/89”, anunciou o ministro.

A lei prevê punição para os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

A determinação ocorre após ataque a uma creche em Blumenau (SC), onde um homem invadiu a unidade, matou e feriu crianças. Na semana passada, uma escola em São Paulo também foi alvo de um atentado e uma professora foi morta.

No mês passado, o massacre na escola Raul Brasil, em Suzano (SP), completou quatro anos. O crime resultou na morte de sete pessoas e os autores, que eram ex-alunos da instituição de ensino, se suicidaram após a tragédia.

De acordo com as investigações, os autores do crime eram ativos em fóruns da internet, onde predominam os discursos de ódio misóginos, supremacismo branco, bullying e nazismo. Esses discursos continuam reverberando entre a juventude.

Um relatório com diagnóstico desse tipo de violência nas escolas e possíveis soluções foi elaborado na transição do governo Luiz Inácio Lula da Silva, em dezembro de 2022, intitulado “O extremismo de direita entre adolescentes e jovens no Brasil: ataques às escolas e alternativas para a ação governamental.”

O documento mostra que no Brasil – desde a primeira década dos anos 2000 – houve 16 ataques em escolas, dos quais quatro no segundo semestre do ano passado, com 35 mortos e 72 feridos.

Ontem (5.abr), o governo se comprometeu com ações de promoção à cultura de paz e não violência na sociedade e instituiu Grupo de Trabalho Interministerial para propor políticas de prevenção e enfrentamento da violência nas escolas. O ministro Flávio Dino também anunciou a liberação de R$ 150 milhões para ampliar as patrulhas escolares em todo o país.

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

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Lula assina aposentadoria do ministro Lewandowski

Ato foi publicado no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (6)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou o decreto que oficializa a aposentadoria do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, a partir da próxima terça-feira, dia 11 de abril. A informação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta (6.abr.2023). O ato também foi assinado pelo ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB).

Lewandowski antecipou sua saída em um mês, que estava prevista para o dia 11 de maio, quando completa 75 anos, a idade na qual os magistrados são obrigados a se aposentar da Suprema Corte. De acordo com o ministro, o motivo para a antecipação da aposentadoria do ministro são compromissos acadêmicos e profissionais.

Ricardo Lewandowski é bacharel em Ciências Políticas e Sociais pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo e em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo. Ele também é mestre, doutor e livre-docente em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Na mesma instituição, é professor titular de Teoria Geral do Estado. Lewandowski entrou na magistratura em 1990 pelo Quinto Constitucional, como juiz no antigo Tribunal de Alçada Criminal de São Paulo, permanecendo na função até 1997, quando foi promovido a desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

O ministro chegou ao Supremo Tribunal Federal em março de 2006, indicado no segundo mandato de Lula. Ele presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entre 2010 e 2012 e o STF de 2014 até 2016. Nessa época, Lewandowski presidiu o julgamento de impeachment de Dilma Rousseff (PT) no Senado.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

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Governo vai liberar R$ 150 milhões para ampliar rondas escolares

Governo vai liberar R$ 150 milhões para ampliar rondas escolares

Flávio Dino afirmou que 50 policiais vão monitorar ameaças na internet

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou nesta quarta-feira (5.abr.2023) a liberação de R$ 150 milhões para ampliar as patrulhas escolares em todo o país, em resposta à onda de ataques a escolas e creches. As rondas escolares, realizadas pela Polícia Militar ou Guardas Civis, visam reforçar a segurança nas unidades escolares e creches, que são locais com grande circulação de crianças e adolescentes. Além disso, o governo também pretende intensificar o monitoramento de ameaças na internet, com a designação de 50 policiais federais para esse fim.

Um grupo de trabalho interministerial será criado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sob coordenação do Ministério da Educação, para propor medidas de prevenção à violência nas escolas. O grupo envolverá diversos ministérios, incluindo o da Justiça e Segurança Pública, Saúde, Esporte, Cultura, Comunicações, Direitos Humanos e Secretaria-Geral da Presidência. Com duração inicial de 90 dias, o grupo deverá propor ações imediatas e concretas, como eventual edição de decretos e projetos de lei, incluindo mecanismos de regulação da internet, onde ocorre a proliferação de grupos de ódio que estimulam ataques a escolas.

Flávio Dino também destacou a importância do envolvimento de meios de comunicação e entidades privadas em uma mobilização nacional em favor da cultura de paz, que inclua a adoção de protocolos para evitar uma exposição excessiva dos autores de ataques a escolas, que muitas vezes buscam notoriedade. O presidente Lula também abordou o assunto durante um evento com governadores, pedindo um minuto de silêncio em homenagem às vítimas e suas famílias.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Bolsonaro chega à Polícia Federal para depor sobre joias sauditas

Bolsonaro chega à Polícia Federal para depor sobre joias sauditas

Ex-presidente falará sobre kits recebidos e não declarados à Receita

O ex-presidente Jair Bolsonaro já está na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde vai prestar depoimento na investigação aberta sobre os kits de joias recebidos do governo da Arábia Saudita durante visita de autoridades brasileiras ao país.

Para o depoimento de Bolsonaro, a área em frente à PF foi isolada e um forte esquema de segurança está sendo feito homens da corporação e da Polícia Militar.

Nesta terça-feira (4), a defesa de Bolsonaro informou ter devolvido a terceira caixa de joias recebida da Arábia Saudita em 2019. As joias foram entregues à Caixa Econômica Federal.

Os advogados de Bolsonaro já haviam devolvido, também por ordem do Tribunal de Contas da União (TCU), um estojo com um relógio, uma caneta, abotoaduras, um anel e um tipo de rosário da marca suíça Chopard, avaliados em R$ 500 mil.

As joias não foram declaradas à Receita Federal quando ingressaram no país.

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

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Justiça concede liberdade a garimpeiros presos em Terra Yanomami

Justiça concede liberdade a garimpeiros presos em Terra Yanomami

Liberdade é provisória e eles deverão cumprir medidas cautelares

A Justiça Federal em Roraima concedeu liberdade provisória a três pessoas presas no último domingo (2), pela Força Nacional, dentro da Terra Indígena Yanomami, na região de Palimiú. O trio portava armas de fogo, munição e balança de precisão, além de uma pequena quantia em ouro. Eles foram liberados nesta segunda-feira (3) após passarem por uma audiência de custódia em Boa Vista, mas deverão cumprir diversas medidas cautelares.

De acordo com o auto de prisão em flagrante, havia quatro garimpeiros armados pernoitando em uma comunidade indígena próxima ao rio Araricoera. A equipe policial avistou uma canoa suspeita durante uma ação de monitoramento na região. Quando os policiais se aproximaram, um dos suspeitos teria apontado uma arma e, por isso, conseguiu fugir; os demais se renderam.

O relatório policial mostra que a equipe ainda tentou encontrar o foragido realizando buscas na região. Com os suspeitos presos, foram encontrados dois revólveres calibre 38 e uma espingarda calibre 20, munições, ouro e balança de precisão. Quando indagados sobre o que estavam fazendo na reserva indígena, os suspeitos admitiram que eram garimpeiros, mas que estavam deixando a região.

A decisão do juiz federal Rodrigo Mello impõe uma série de medidas restritivas, como o uso obrigatório da tornozeleira eletrônica; o comparecimento mensal em juízo e a proibição de se ausentar da cidade de Boa Vista sem autorização judicial. Além disso, os garimpeiros estão proibidos de ser aproximar de qualquer zona de garimpo, mineração ilegal ou proteção ambiental; além da proibidos de mudar de endereço sem prévia comunicação.

Combate ao garimpo ilegal

Desde o início de fevereiro, policiais da Força Nacional atuam na região das Terras Indígenas Yanomami, em Roraima, para retirar garimpeiros ilegais que atuam em áreas demarcadas. A estimativa oficial é de que mais de 20 mil garimpeiros estavam atuando na reserva indígena.

A força-tarefa do governo busca retomar o controle da região, inviabilizando a estrutura usada pelos garimpeiros e interrompendo o envio de suprimentos para o garimpo e o escoamento do minério extraído ilegalmente.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

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Trump afirma que seu único crime foi defender EUA de quem quer destruí-lo

Trump afirma que seu único crime foi defender EUA de quem quer destruí-lo

Em um pronunciamento à imprensa, Trump se declarou inocente

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se pronunciou publicamente nesta terça-feira (4.abr.2023) sobre as 34 acusações criminais em que é investigado pelo procurador distrital de Manhattan, Alvin Bragg. Em um pronunciamento à imprensa, Trump se declarou inocente e afirmou que seu único crime foi defender o país de seus inimigos.

“Nunca pensei que algo assim pudesse acontecer na América. O único crime que cometi foi defender destemidamente nossa nação daqueles que procuram destruí-la”, afirmou. Ele também afirmou que a acusação apresentada contra ele não tem base legal e que “praticamente todos” que a analisaram, inclusive membros do partido Democrata, acreditam que ela nunca deveria ter sido apresentada.

Foto: Isac Nóbrega/PR

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TSE decide caçar vaga de partido por fraude à cota de gênero em BH

TSE decide caçar vaga de partido por fraude à cota de gênero em BH

Decisão de ministros foi unânime

O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, por unanimidade, cassar a única cadeira do PRTB na Câmara de Vereadores de Belo Horizonte. O partido foi condenado por fraude à cota de gênero no pleito municipal de 2020.

Naquela votação, o único vereador eleito pelo PRTB na capital mineira foi Nikolas Ferreira, com a segunda maior votação. Ele hoje está no PL, partido pelo qual se elegeu deputado federal em 2022. Com isso, perde o cargo o suplente, Uner Augusto.

Com a decisão, o TSE atendeu a recurso feito pelo PSOL e reverteu entendimento do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), que não havia reconhecido a fraude. A decisão da corte superior foi tomada no plenário virtual, em sessão encerrada na última sexta-feira (31).

Em 2020, o PRTB teve ao menos seis candidatas com votações inexpressivas, de seis votos ou menos. Uma delas sequer votou em si mesma, o que chamou a atenção do Ministério Público Eleitoral (MPE). Conforme consta no processo, algumas chegaram a fazer campanha para outro candidato. Tais indícios levaram o TSE a reconhecer a fraude.

A decisão do TSE ocorreu depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na semana passada, manter a perda de qualquer mandato do partido em caso de fraude à cota de gênero, mesmo que os cassados não tenham concordado ou participado da fraude.

A Agência Brasil enviou email para o gabinete de Uner Augusto para pedir comentário. Não houve resposta até a publicação da reportagem. A jornais mineiros, o vereador creditou a decisão do TSE a perseguições da esquerda e disse que recorrerá ao Supremo Tribunal Federal (STF). Nas redes sociais, ele não mencionou o caso.

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Trump deverá se apresentar à Justiça nesta terça-feira (4)

Trump deverá se apresentar à Justiça nesta terça-feira (4)

Esta é a primeira vez que um ex-presidente enfrenta acusações criminais formais na história dos EUA

Em uma situação histórica nos Estados Unidos, Donald Trump, ex-presidente do país, deve comparecer nesta terça-feira (4.abr.2023) à Justiça em um tribunal de Manhattan, em Nova York, depois de ter sido acusado por um grande júri na última quinta-feira (30.mar). A audiência está prevista para começar às 15h15 (horário de Brasília) e deve durar cerca de uma hora e quinze minutos.

As autoridades envolvidas no processo estão trabalhando para garantir que a operação envolvendo o ex-presidente seja o mais discreta possível. O escritório do promotor distrital local está investigando Trump por um suposto esquema de pagamento de suborno envolvendo a estrela de cinema adulto Stormy Daniels durante a campanha eleitoral para a Presidência em 2016.

Trump, que prometeu concorrer à Casa Branca em 2024, é o primeiro ex-presidente na história dos EUA a enfrentar acusações criminais formais.

O juiz interino da Suprema Corte de Nova York, Juan Merchan, estará à frente do julgamento. Ele já sentenciou o confidente de Trump, Allen Weisselberg, à prisão, presidiu o julgamento de fraude fiscal da Organização Trump e supervisionou o caso de fraude criminal do ex-conselheiro Steve Bannon.

Foto: Alan Santos/PR

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PF investiga interferência de Anderson Torres no 2º turno de eleições

PF investiga interferência de Anderson Torres no 2º turno das eleições

Alvos seriam estados onde Lula ganhou no primeiro turno

A Polícia Federal está investigando uma viagem do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, à Bahia na véspera do segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Segundo informações divulgadas pelo site G1 e pelo jornal O Globo, Torres teria viajado para pressionar a PF a barrar eleitores na região onde Lula, candidato do PT, tinha mais votos. A viagem foi justificada para reforçar a atuação de policiais federais no combate a crimes eleitorais, como compra de votos.

Sem agenda prévia, Torres viajou para Bahia acompanhado do então diretor geral da PF Marcio Nunes. No local, ele orientou o superintendente da PF na Bahia Leandro Almada para coibir, em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), crimes eleitorais. No entanto, a presença de Torres causou surpresa dentro da PF e foi vista como pressão do governo de Jair Bolsonaro para interferir no processo eleitoral.

Após o encontro, uma equipe de Torres enviou uma lista de cidades onde os policiais deveriam atuar. De acordo com o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, a lista foi elaborada pela delegada Marília Ferreira Alencar, então diretora de Inteligência do Ministério da Justiça. O documento trazia os locais onde o candidato do PT tinha sido mais votado no primeiro turno das eleições.

A viagem de Torres à Bahia ocorreu um dia após o ex-deputado federal Roberto Jefferson ter atirado e lançado granadas contra policiais federais que foram à casa dele, no interior do Rio de Janeiro, para cumprir um mandado de prisão. O motivo foi um vídeo que o ex-parlamentar publicou na internet em que ofendeu a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), com palavras de baixo calão. Na época, Torres foi escalado por Jair Bolsonaro para ir até a casa de Jefferson para acompanhar o caso, mas recuou.

Apesar da orientação de Torres, o ex-superintendente da PF na Bahia não cumpriu a ordem, conforme o blog de Sadi. No dia 30 de outubro, segundo turno das eleições, o então diretor geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques comandou diversos bloqueios em rodovias no Nordeste, a título de fiscalizar eventuais irregularidades em veículos, o que dificultou a chegada de eleitores aos locais de votação. Na noite anterior, o ministro Alexandre de Moraes havia proibido a PRF de realizar qualquer operação que pudesse afetar o transporte de eleitores. Vasques é investigado pelas operações e foi exonerado do cargo no final de 2022.

Desde o dia 14 de janeiro, Anderson Torres está preso, investigado por suposta omissão no controle dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Ele estava no cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, mas deixou o país com destino aos Estados Unidos, dias antes dos atos golpistas.

Em nota, o advogado de Anderson Torres, Eumar Novacki, informou que assumiu a defesa do ex-ministro há poucos dias e que a equipe está “estudando o processo e preparando uma defesa estritamente técnica”.

Os autos do inquérito são extensos e, por este motivo, não vamos nos precipitar com comentários de qualquer natureza ou emitir posicionamento sobre quaisquer fatos, sejam eles novos ou não. Nossas manifestações serão feitas nos autos”, destacou.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Alexandre de Moraes mantém prisão do ex-deputado Daniel Silveira

Alexandre de Moraes mantém prisão do ex-deputado Daniel Silveira

Ministro negou o pedido de soltura feito pela defesa do ex-deputado

O ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) continuará preso, segundo decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (3). Moraes negou o pedido de soltura feito pela defesa de Silveira, manteve o bloqueio de suas redes sociais e rejeitou a devolução de valores de multas por descumprimento de medidas cautelares.

Os advogados do ex-deputado defenderam sua soltura com base em um decreto emitido pelo então presidente Jair Bolsonaro em maio do ano passado, que concedeu graça constitucional à pena de Silveira. O decreto foi emitido um dia após o parlamentar ter sido condenado pelo Supremo a oito anos e nove meses de prisão pelos crimes de tentativa de impedir o livre exercício dos poderes e coação no curso do processo.

No entanto, Moraes disse que a legalidade do decreto será analisada pelo plenário do STF no dia 13 deste mês. Até lá, Silveira permanecerá preso. “Enquanto não houver essa análise e a decretação da extinção de punibilidade pelo Poder Judiciário, a presente ação penal prosseguirá normalmente, inclusive no tocante à observância da prisão imposta ao réu Daniel Silveira, além das outras medidas de constrição decretadas“, afirmou o ministro em sua decisão.

Foto: Plínio Xavier/Câmara dos Deputados

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Moraes autoriza apreensão de emails das Americanas

Moraes autoriza apreensão de emails das Americanas

Decisão diz respeito aos emails trocados por diretores, membros do Conselho de Administração e do Comitê de Auditoria Interna do Grupo

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta segunda-feira (3.mar.2023) a busca e apreensão de todos os emails trocados por diretores, membros do Conselho de Administração e do Comitê de Auditoria Interna do Grupo Americanas. A empresa ainda pode solicitar uma reconsideração.

Moraes decidiu proteger apenas os emails trocados entre diretores, administradores e auditores com advogados internos e externos da empresa, que estão protegidos pelo direito constitucional à inviolabilidade das comunicações entre cliente e advogado.

As mensagens que envolvam advogados dizem respeito somente a interlocutores, e o conteúdo só pode “tornar-se público por decisão daqueles próprios”, destacou Moraes. O ministro frisou que sua decisão abrange somente as comunicações entre advogados e outros funcionários e gestores das Americanas.

Nesta segunda-feira (3.Abr.2023), o ministro julgou, no mérito, uma reclamação das Americanas. A empresa alegou que a primeira instância da Justiça de São Paulo desrespeitou garantias constitucionais confirmadas pelo Supremo, por ter autorizado buscas muito amplas das comunicações da empresa, sem indicar qual seria o objeto específico da medida.

Em fevereiro, Moraes concedeu uma liminar (decisão provisória) para suspender a busca e apreensão dos emails, mas somente até que decidisse sobre o mérito da questão. Com a decisão desta segunda-feira, a 2ª Vara Regional de Competência Empresarial e de Arbitragem de São Paulo fica autorizada a apreender todos os emails trocados nos últimos 10 anos por diretores, administradores e gestores das Americanas, bem como dos funcionários das áreas de finanças e contabilidade da empresa.

A medida deve ser cumprida em sigilo absoluto e um perito da Justiça de São Paulo deverá fazer a triagem do que pode ou não ser arquivado, excluindo dos registros as mensagens que tenham advogados como participantes da conversa.

A ampla busca e apreensão das caixas de email das Americanas havia sido concedida pela Justiça de São Paulo a pedido do Banco Bradesco, que alegou ser necessário preservar provas a respeito das fraudes contábeis e financeiras que recentemente causaram prejuízos milionários aos credores das Americanas.

Em janeiro, o Grupo Americanas teve um pedido de recuperação judicial aceito pela 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, após a revelação de que inconsistências contábeis nos balanços divulgados pela companhia teriam ocultado dívidas na ordem de R$ 40 bilhões.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Audiências de custódia são responsáveis pela soltura de 59% dos presos durante ataques no RN

Audiências de custódia são responsáveis pela soltura de 59% dos presos durante ataques no RN

182 audiências de custódia resultaram em alvarás de soltura para liberdade provisória e 135 em mandados de prisão

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) divulgou um balanço que mostra que 59,2% das audiências de custódia realizadas entre os dias 14 e 28 de março deste ano resultaram na concessão de liberdade provisória aos acusados. As informações foram divulgadas pelo jornal Tribuna do Norte.

De acordo com o levantamento, foram realizadas 317 audiências no período, das quais 182 resultaram em alvarás de soltura para liberdade provisória e 135 em mandados de prisão (conversão para preventiva). O levantamento não incluiu os cálculos da Central de Flagrantes de Caicó e considerou audiências gerais (não apenas aquelas relacionadas aos ataques).

Ainda de acordo com os dados do TJRN, em todo ano de 2022, foram realizadas 3.717 audiências de custódia, tendo como resultado a expedição de 2.454 mandados de prisão (66%) e de 1.263 alvarás de soltura (34%).

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

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TSE dá prazo para Bolsonaro se manifestar em processo que pode resultar em inelegibilidade

TSE dá prazo para Bolsonaro se manifestar em processo que pode resultar em inelegibilidade

Ações questionam a conduta de Bolsonaro durante uma reunião com embaixadores em julho de 2022

O ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), concedeu um prazo de dois dias para a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentar suas alegações finais na ação que pode resultar em sua inelegibilidade. A decisão foi assinada na sexta-feira (31.mar.2023) pelo ministro, que encerrou a fase de instrução de uma das ações que questionam a conduta de Bolsonaro durante uma reunião com embaixadores em julho de 2022, onde ele atacou as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro sem apresentar provas.

Na decisão, o ministro afirmou que “o rico acervo probatório reunido nos autos, que foi formado com ampla participação das partes e do MPE, esgota as finalidades da instrução, razão pela qual cumpre encerrar a presente etapa processual“. A minuta de golpe apreendida pela Polícia Federal (PF) na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres está entre as provas que fazem parte do processo. Em depoimento à PF, Torres afirmou que não sabe quem é o autor da minuta e que o documento é “totalmente descartável” e “sem viabilidade jurídica“.

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

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STF derruba prisão especial para quem tem curso superior

STF derruba prisão especial para quem tem curso superior

Decisão foi unânime em julgamento encerrado nesta sexta-feira (31)

Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a lei que previa prisão especial para quem tem curso superior. O julgamento virtual foi encerrado na noite desta sexta-feira (31).

Os ministros acompanharam o entendimento do ministro Alexandre de Moraes, relator da ação protocolada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que questionava o benefício previsto no Código de Processo Penal (CPP). Conforme o Artigo 295, inciso VII, do CPP, pessoas com diploma de curso superior de qualquer faculdade brasileira têm direito à pressão especial, não podendo ficar em uma cela comum com os demais detentos.

Para Moraes, não há justificativa para tratamento diferenciado com base no grau de instrução.

Trata-se, na realidade, de uma medida discriminatória, que promove a categorização de presos e que, com isso, ainda fortalece desigualdades, especialmente em uma nação em que apenas 11,30% da população geral tem ensino superior completo e em que somente 5,65% dos pretos ou pardos conseguiram graduar-se em uma universidade. Ou seja, a legislação beneficia justamente aqueles que já são mais favorecidos socialmente, os quais já obtiveram um privilégio inequívoco de acesso a uma universidade”, afirmou o relator.

Além disso, o dispositivo não foi recepcionado pela Constituição. O texto original é de 1941.

Moraes argumentou ainda que a Constituição Federal, o CPP e a Lei de Execuções Penais (LEP) trazem tratamentos distintos para presos em situações específicas, como natureza do delito, idade e sexo. A medida, segundo o ministro, é evitar a convivência de homens e mulheres na mesma prisão, influência de presos condenados aos demais detentos e proteção de crianças e adolescentes.

Em todas essas hipóteses, busca-se conferir maior proteção à integridade física e moral de presos que, por suas características excepcionais, estão em situação mais vulnerável”, ressaltou.

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Força Nacional permanecerá por tempo indeterminado no RN, afirma Flávio Dino

Força Nacional permanecerá por tempo indeterminado no RN, afirma Flávio Dino

A cada 30 dias a permanência dos agentes no estado será reavaliada

O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que a atuação da Força Nacional no Rio Grande do Norte continuará por tempo indeterminado, auxiliando as forças de segurança do estado e dos municípios na “estabilização” dos atos criminosos que iniciaram na madrugada da última terça-feira (14.mar.2023). A cada 30 dias a permanência dos agentes no estado será reavaliada.

Nesta sexta-feira (31.mar), durante entrevista coletiva na Escola de Governo, no Centro Administrativo do Estado, Flávio Dino explicou que a presença da Força Nacional nos estados “é sempre temporária”, pois seria inconstitucional o governo federal intervir em uma área cuja responsabilidade legal é do estado. 

Segundo Dino, a permanência da Força Nacional no RN está garantida por decreto pelo menos até 14 de abril, quando será reavaliada a situação da segurança pública no estado e a necessidade da permanência dos agentes.

De acordo com a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesed), as forças de segurança que atuam no estado somam mais de 10 mil homens e mulheres. Com o reforço enviado pelo Ministério da Justiça e da Segurança Pública e pelos estados do Ceará, Paraíba e Pará, o Rio Grande do Norte conta com um efetivo superior a 11 mil agentes da segurança pública.

Nesta sexta-feira (31.mar), o ministro fez sua segunda visita do mês ao estado e cumpriu agenda em Natal para a entrega de 20 veículos, 220 fuzis, pistolas, armas não letais, munições, coletes e capacetes balísticos e 9 drones, além de recursos extraordinários para a segurança pública.

Foto: Elisa Elsie/Assecom RN

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Ex-presidente da Caixa vira réu após denúncias de assédio moral e sexo a funcionárias do banco

Ex-presidente da Caixa vira réu após denúncias de assédio moral e sexual a funcionárias do banco

Ação penal está tramitando sob sigilo

O ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, se tornou réu por denúncias de assédio sexual e moral feitas por funcionárias do banco estatal, após a Justiça Federal de Brasília aceitar a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF).

Os detalhes da denúncia ainda não são conhecidos, pois a ação penal contra Guimarães tramita sob sigilo. Geralmente, casos envolvendo assédio, principalmente sexual, costumam tramitar em segredo de justiça para preservar a intimidade das vítimas.

O caso foi divulgado no ano passado, quando uma reportagem do portal Metrópoles revelou as acusações de assédio feitas por cinco funcionárias da Caixa à ouvidoria da instituição. Outras vítimas surgiram depois, o que levou Guimarães a ser demitido da presidência do banco.

Após as revelações, o MPF passou a investigar o caso, resultando na denúncia agora aceita pela 15ª Vara Federal de Brasília. Na acusação, constam depoimentos captados em vídeo das vítimas, que foram interrogadas pelos procuradores responsáveis.

Com a abertura da ação penal, inicia-se uma nova fase de instrução do processo, na qual acusação e defesa poderão solicitar novas diligências e, ao final, deverão apresentar as alegações finais, antes da sentença do juiz.

Guimarães também é alvo de um outro processo, desta vez na seara trabalhista, no qual o Ministério Público do Trabalho (MPT) pede indenização de R$ 30,5 milhões pelos danos causados pelo ex-presidente da Caixa.

O executivo sempre negou todas as acusações. Em nota, o advogado José Luis Oliveira Lima, que representa Guimarães, afirmou que seu cliente é inocente e que confia na Justiça.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

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Ministério da Justiça libera recursos e entrega veículos e equipamentos para a segurança do RN

Ministério da Justiça libera recursos e entrega veículos e equipamentos para a segurança do RN

Ações de combate à violência continuam em todo o Estado

O Ministério da Justiça e da Segurança Pública entregou nesta sexta-feira (31.mar.2023), 20 veículos, 220 fuzis, pistolas, armas não letais, munições, coletes e capacetes balísticos e 9 drones (sendo seis para a Polícia Militar e três para a Polícia Civil), além de recursos extraordinários para custeio. Os equipamentos e recursos foram repassados pelo Governo Federal e integram também o novo Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci II).

O Rio Grande do Norte é o primeiro estado a receber equipamentos no Pronasci II, anunciou o ministro da Justiça e da Segurança Publica, Flávio Dino. Os equipamentos serão destinados ao Batalhão de Polícia de Choque, à inteligência, patrulhamento ostensivo, Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), Patrulha Maria da Penha e Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (DEICOR). 

Trago o apoio do presidente, a liberação de R$ 35 milhões, equipamentos e veículos de múltiplo uso, apoio à execução da Lei Maria da Penha. O apoio federal também assegura o avanço das obras em curso na segurança pública e a integralidade dos R$ 100 milhões, já anunciado, até o final do ano. Confiamos na consolidação do quadro de controle que foi alcançado.”, afirmou o ministro Flávio Dino.

Fátima enfatizou o lançamento da nova fase do Pronasci e o fato de o RN ser o primeiro Estado a receber veículos do programa. “O Pronasci volta para combater desigualdades sociais. E destaco a decisão do programa vir com foco na defesa da mulher e combate ao feminicídio. Em nome do RN externo imensa gratidão pelo apoio, colaboração e solidariedade que o ministro Flávio Dino traz ao nosso Estado em nome Presidente Lula.”

O ministro da Justiça e da Segurança Pública e a governadora assinaram um decreto de emergência em segurança pública no RN. A medida é necessária para o repasse dos recursos extraordinários ao Estado.

O Pronasci foi criado em 2007, mas estava inativo desde 2011. O Pronasci II foi lançado nacionalmente no dia 15 deste mês, em Brasília, e tem como ação prioritária a doação de viaturas para as Patrulhas Maria da Penha e DEAMs de todos os estados e parceria com o Ministério das Mulheres para implementação de Casas da Mulher Brasileira. O programa tem cinco eixos prioritários: enfrentamento e prevenção de violência contra as mulheres; fomento às políticas de segurança pública com cidadania; fomento às políticas de cidadania; apoio às vítimas da criminalidade e combate ao racismo estrutural.

Foto: Elisa Elsie/Assecom RN

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Justiça dá 10 dias para Governo do RN se pronunciar sobre aumento de ICMS

Justiça dá 10 dias para Governo do RN se pronunciar sobre aumento de ICMS

Aumento da alíquota de ICMS está previsto para entrar em vigor a partir deste sábado (1)

O juiz Cícero Martins de Macedo Filho, da 3ª Vara da Fazenda Pública, determinou um prazo de 10 dias para que o Governo do Estado do Rio Grande do Norte se manifeste sobre o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O senador Styvenson Valentim (Podemos) impetrou um pedido de liminar para tentar suspender o aumento da alíquota de ICMS, previsto para entrar em vigor a partir deste sábado (1.abr.2023). 

O pedido de suspensão foi feito pelo senador em razão do anúncio do reajuste da alíquota, que passará de 18% para 20%. A ação popular afirma que o Executivo descumpre a lei ao reajustar o tributo. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), deputados estaduais e representantes do setor produtivo também devem entrar com ações na justiça contra o aumento do tributo.

Nesta sexta-feira (31.mar), o governo do estado anunciou a prorrogação do prazo da isenção e redução da base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas saídas internas de óleo diesel até 31 de abril do presente ano. 

Foto: Sérgio Henrique Santos/InterTV Cabugi

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Justiça dá prazo de até 60 dias para prefeitura de Natal solucionar problemas de transbordamento das lagoas de captação

A decisão se estende a um total de 68 lagoas de captação na capital potiguar

A Justiça determinou que a Prefeitura de Natal deve solucionar os problemas de transbordamento das lagoas de captação da cidade, atendendo ao pedido do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN). A decisão leva em consideração a gravidade dos problemas já constatados em um processo judicial em andamento, que está na fase de cumprimento de sentença.

O Município de Natal, juntamente com as Secretarias Municipais de Infraestrutura (Seinfra) e Meio Ambiente (Semurb), receberam a ordem judicial para realizar uma série de diligências específicas, incluindo limpeza, retirada da vegetação aquática, capinação do entorno, retirada de resíduos sólidos, adequação dos fundos, retirada de animais e desassoreamento dos reservatórios de detenção de água pluvial. 

A decisão judicial foi motivada pela situação de precariedade das lagoas de águas pluviais na cidade, que está descrita na Ação Civil Pública n. 0107261-09.2011.8.20.0001. A Justiça acolheu o pedido do MPRN para evitar novos transtornos durante o período chuvoso na região. A decisão se estende a um total de 68 lagoas de captação na cidade de Natal.

O cronograma judicial determina prazos de 30 e 60 dias para a execução das medidas, dependendo do nível de urgência de cada lagoa de captação, confira:

– 30 dias (lagoas consideradas urgentes, com risco de transbordamento): Cidade da Esperança; Pajuçara ou Parque das Dunas II; Xavantes (próximo à rua da Sorveira); Pirangi (Ayrton Senna); Soledade (ou comunidade José Sarney); Ponta Negra (Alagamar); Jiqui (ou Pirangi III ou lagoa Neópolis ou lagoa do Jiqui ou lagoa do Senac; lagoa da Integração (ou Salinas); lagoa Acaraú ou Panatis II;

– 60 dias (lagoas prioritárias): lagoa da Cidade da Esperança (Lagoa do Horto); lagoa do Capim Macio lll – RD3; lagoa do Capim Macio IV – A ou lagoa do Marinas – RD4; lagoa do Gramorezinho ou Sapo; lagoa do Vila Morena (Alameda das Mansões); lagoa José Sarney; reservatório de detenção 02 (RD 02); lagoa do Aliança; lagoa Jardim Progresso ou lagoa Jardim Primavera; reservatório de detenção 05 (RD 05) ou lagoa do Centro de Tradições Gaúchas(1); lagoa Pirangi ll ou lagoa São Miguel dos Caribes ou lagoa do Jiqui(1);

– 60 dias: demais reservatórios de detenção de Água Pluvial de Natal (48 lagoas de captação).

Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

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Lewandowski anuncia antecipação da sua aposentadoria do STF para 11 de abril

Ministro foi nomeado em 2006, durante o primeiro mandato do presidente Lula

Nesta quinta-feira (30.mar.2023), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, anunciou que decidiu antecipar sua aposentadoria para o dia 11 de abril. A declaração foi feita pelo ministro após a sessão do STF desta quinta, na qual fez sua última participação.

Ricardo Lewandowski foi nomeado em 2006, durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e seria obrigado a se aposentar compulsoriamente no dia 11 de maio, ao completar 75 anos – idade limite para permanência no cargo. O ministro afirmou que tomou a decisão por motivos pessoais.

Com a antecipação, Lula deverá indicar um novo ministro para o STF. Entre os cotados para substituir o ministro está o advogado Cristiano Zanin, que atuou como defensor de Lula nos processos da Operação Lava Jato.

Lewandowski informou que, na semana passada, comunicou ao presidente Lula sua decisão de antecipar a aposentadoria, mas não fez sugestões de substitutos. Não há prazo para Lula indicar um novo ministro.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

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Alvo de investigações por joias sauditas e atos golpistas, Bolsonaro retorna ao Brasil sob ameaça de inelegibilidade

Na próxima quarta-feira (5), o ex-presidente prestará esclarecimentos à Polícia Federal

Nesta quinta-feira (30.mar.2023) o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, retornou ao Brasil, onde enfrentará uma série de questões judiciais. Ele está sendo investigado pelo caso envolvendo as joias sauditas, pela suposta incitação aos atos golpistas de 8 de janeiro, além de ser alvo de 16 ações que podem torná-lo inelegível no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O avião comercial de Bolsonaro pousou no Aeroporto Internacional de Brasília às 6h36 desta quinta-feira (30). Seu primeiro compromisso na agenda de investigações será em 5 de abril, próxima quarta-feira, quando prestará esclarecimentos à Polícia Federal.

Bolsonaro será questionado no inquérito que investiga o conjunto de joias que recebeu de presente da Arábia Saudita, com tentativas de entrada ilegal no Brasil e incorporação ao seu acervo pessoal, em vez do acervo do Estado.

Pelo menos dois conjuntos de joias do país árabe foram recebidos pela comitiva presidencial em 2021. O primeiro a ser revelado foi uma coleção feminina, com colar de R$ 16,5 milhões. O segundo, um grupo de joias masculinas, veio com o ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

Um dos pacotes de joias foi retido pela Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos. O outro pacote, com relógio, caneta, abotoaduras, anel e um tipo de rosário, todos da marca suíça de diamantes Chopard, estava sob a posse de Bolsonaro e foram devolvidos à Caixa Econômica Federal (CEF) após determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

O ex-presidente terá que explicar por que o assessor do então ministro tentou passar pela alfândega, na fila de “nada a declarar”, se pela lei ele deveria declarar os acessórios e pagar uma taxa de 50% sobre o valor das joias, ou seja, R$ 8,25 milhões. Bolsonaro também precisará explicar por que tentou, em pelo menos oito ocasiões, reaver os itens, acionando inclusive outros ministérios, além da chefia da Receita. Além disso, ele terá que explicar a incorporação dos materiais ao seu acervo pessoal e não ao do Estado.

Nessa semana, saiu na imprensa informações sobre um terceiro pacote de joias que supostamente estaria guardado na propriedade do ex-piloto da Fórmula 1, Nelson Piquet, em Brasília.

Foto: Reprodução/PL

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TCU determina devolução de dinheiro por compra superfaturada de Viagra pelas Forças Armadas

Superfaturamento foi identificado em um edital da Marinha

O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a devolução de R$ 27,8 mil aos cofres públicos por conta de uma compra superfaturada de comprimidos de Viagra pelas Forças Armadas, entre 2020 e 2021. A decisão foi publicada na quarta-feira (29).

O TCU concluiu que houve superfaturamento na compra de 35.320 comprimidos do medicamento citrato de sildenafila, usado para tratar disfunção erétil e hipertensão arterial pulmonar, por meio de oito pregões realizados pelo Ministério da Defesa.

O superfaturamento foi identificado em um edital da Marinha, homologado em 7 de abril de 2021, que previa a compra de 15.120 comprimidos por R$ 3,65 cada, apesar do preço médio ser de R$ 1,81.

A compra foi feita pelo Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro. A Secretaria de Controle Externo de Aquisições Logísticas (Selog) identificou um prejuízo de R$ 27.820,80 e recomendou a adoção de medidas administrativas para a devolução dos valores.

O TCU levou em consideração outro pregão, feito pelo Comando do Exército, que previa o pagamento de R$ 1,50 por comprimido. A compra de Viagra pelas Forças Armadas ganhou repercussão em abril de 2022. O Ministério da Defesa informou que o medicamento é recomendado pela Anvisa para o tratamento de hipertensão pulmonar arterial.

A decisão do TCU atendeu a uma representação protocolada pelo ex-deputado federal Elias Vaz (PSB) e pelo senador Jorge Kajuru (PSB).

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

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Dias Toffoli defende autorregulação para combater ataques e discursos de ódio na internet

Audiência discutiu regras do Marco Civil da Internet sobre a retirada de conteúdos ofensivos das redes sociais

Nesta quarta-feira (29.mar.2023), o ministro Dias Toffoli do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu a autorregulação das redes sociais como uma das medidas para combater a disseminação de ataques contra a democracia e discursos de ódio.

O ministro acompanhou, pela manhã, o segundo dia da audiência pública realizada pela Corte para discutir regras do Marco Civil da Internet sobre a retirada de conteúdos ofensivos das redes sociais.

Em entrevista coletiva após a audiência, Toffoli avaliou que a autorregulação pelas empresas que administram as redes sociais é bem-vinda. Ele citou como exemplo o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), órgão privado que reúne empresas de publicidade que definem suas regras para veiculação de campanhas.

Luiz Fux, colega de Toffoli na Corte, apontou que a autorregulação também pode ser uma forma de diminuir a quantidade de ações que chegam ao Judiciário.

A audiência pública foi convocada por Toffoli e Fux, relatores de ações que tratam da responsabilidade de provedores na remoção de conteúdos com desinformação e disseminação de discurso de ódio de forma extrajudicial, sem determinação expressa pela Justiça.

No processo relatado pelo ministro Fux, o STF vai discutir se uma empresa que hospeda site na internet deve fiscalizar conteúdos ofensivos e retirá-los do ar sem intervenção judicial.

Já no caso da ação relatada por Dias Toffoli, o tribunal vai julgar a constitucionalidade da regra do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014) que exige ordem judicial prévia para responsabilização dos provedores por atos ilícitos.

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Com informações da Agência Brasil

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Atendimentos jurídicos nos presídios do RN são retomados nesta quarta-feira (29)

Visitas sociais e televisitas permanecem suspensas

Nesta quarta-feira (29.mar.2023), os atendimentos jurídicos foram retomados em todas as unidades prisionais do Rio Grande do Norte, segundo a Secretaria Estadual da Administração Penitenciária (SEAP), que publicou a decisão no Diário Oficial do Estado (DOE).

O governo do estado havia suspendido os atendimentos de advogados após a onda de ataques criminosos no estado. A Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Norte (OAB/RN) impetrou na semana passada um mandado de segurança na Justiça Federal requerendo a retomada dos atendimentos jurídicos aos presos do sistema prisional do estado.

No entanto, permanecem suspensas as visitas sociais e televisitas, atendimento ao público externo e todas as atividades internas e externas que possam colocar em risco a segurança das unidades penais e da sociedade em geral.

Foto: Anna Alyne Cunha/Inter TV Cabugi

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Prazo para recadastramento de armas é prorrogado até maio

Medida foi divulgada pelo governo federal nesta quarta-feira (29)

O governo federal publicou nesta quarta-feira (29.mar.2023) um decreto prorrogando o prazo de recadastramento de armas no Sistema Nacional de Armas (Sinarm) até 3 de maio. O prazo, que começou em 1º de fevereiro, tinha previsão de encerrar em 30 de março.

De acordo com nota técnica da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a prorrogação tem como objetivo garantir uma “melhor adequação da Polícia Federal no cumprimento da atividade de recadastramento atribuída ao órgão policial”, tendo em vista as dimensões continentais do país.

O Sinarm, que é da responsabilidade da Polícia Federal, é o sistema de registro de armas de uso permitido de civis e concentra dados de armas mantidas por empresas de segurança privada, policiais civis, guardas municipais e pessoas físicas com autorização de posse ou porte. Já o Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma), do Exército, registra as armas de uso restrito pertencentes a colecionadores, atiradores e caçadores (CAC’s).

Com o recadastramento, todas as armas de uso permitido e de uso restrito devem ser cadastradas no Sinarm, mesmo que já tenham sido registradas em outros sistemas.

Na terça-feira (28.mar), durante audiência pública na Câmara dos Deputados, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que o processo tem sido tão bem sucedido que o número de armas recadastradas já é maior do que o de armas originalmente cadastradas nos sistemas oficiais.

No último balanço, divulgado na semana anterior, 81% das 762.365 armas de CACs registradas no Sigma haviam sido recadastradas na Polícia Federal. As mais de 613 mil armas recadastradas superaram a meta do governo, que era atingir 80% de recadastramentos realizados.

Os proprietários que não desejarem mais manter suas armas poderão entregá-las em um dos postos de coleta da Campanha do Desarmamento, autorizados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Outra mudança trazida pelo decreto diz respeito à composição do grupo de trabalho, que passará a contar com dois novos integrantes: uma representação da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados e uma representação da Comissão de Segurança Pública do Senado Federal.

Foto: José Cruz/ Agência Brasil

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Flávio Dino retorna ao RN para lançamento de projeto na próxima sexta-feira (31)

Esta será a segunda visita do ministro ao estado no mês de março

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, estará no Rio Grande do Norte nesta sexta-feira (31.mar.2023) para o lançamento do Programa Nacional de Segurança Pública com Segurança (Pronasci 2). Esta será a segunda visita do ministro ao estado no mês de março.

No dia 20 de janeiro, Dino veio ao estado para anunciar investimentos em segurança pública e acompanhar as ações de combate aos ataques a veículos e prédios públicos em diversos municípios do estado.

O evento em Natal será o primeiro compromisso de Flávio Dino após a audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, em Brasília, na última terça-feira (28.mar). A audiência foi marcada por embates do ministro com deputados e senadores de oposição que divulgaram notícias falsas associando a ida de Flávio Dino à Comunidade da Maré, no Rio de Janeiro, a um suposto envolvimento com grupos criminosos.

O Pronasci 2, que será lançado pelo ministro em Natal, tem como objetivo reforçar o enfrentamento à violência contra a mulher e a diminuição dos índices de feminicídio. Segundo o Ministério da Justiça, serão repassadas mais 230 viaturas para polícias militares e guardas militares de todas as Unidades da Federação, em um investimento de R$ 34 milhões.

Além disso, será anunciada a construção de mais 40 Casas da Mulher Brasileira, espaços que oferecerão assistência às vítimas de violência doméstica, projeto em parceria com o Ministério das Mulheres e com investimento de R$ 344 milhões.

Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

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Conselho cassa registro profissional de anestesista acusado de estuprar mulher durante parto

Anestesista foi preso em flagrante e responde por estupro de vulnerável

Nesta terça-feira (28.mar.2023) o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) anunciou que decidiu cassar definitivamente o registro profissional do anestesista Giovanni Quintella Bezerra. Ele foi preso em julho do ano passado sob a acusação de ter estuprado uma mulher durante o parto dela em um hospital em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

De acordo com o Cremerj, “a cassação definitiva do registro é a penalidade mais alta, de acordo com a legislação vigente”. Com isso, ele fica totalmente impedido de exercer a medicina no Brasil.

Profissionais que trabalhavam com Giovanni Quintella começaram a desconfiar da conduta do anestesista e esconderam um telefone celular com a câmera ligada durante um parto. O celular registrou o anestesista passando o seu órgão genital no rosto da paciente enquanto ela estava desacordada e deitada na maca. As imagens mostram ainda que o órgão foi introduzido na boca da mulher, enquanto a equipe trabalhava na cirurgia.

Quintella foi preso em flagrante no Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart e agora responde por estupro de vulnerável na 2ª Vara Criminal de São João de Meriti. Na denúncia, o Ministério Público ressalta que o crime foi cometido contra uma gestante e com violação do dever inerente à profissão.

Foto: Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro

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Moraes mantém multa de R$ 30 mil a deputado Nikolas Ferreira

Multa diz respeito à vídeo veiculado pelo deputado durante a campanha eleitoral

Nesta terça-feira (28.mar.2023) o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu manter a multa de R$ 30 mil imposta ao deputado federal Nikolas Ferreira durante as eleições do ano passado. A decisão foi tomada após o julgamento de um recurso apresentado pela defesa do parlamentar, que buscava suspender a decisão.

Além da multa, Moraes havia determinado a retirada de um vídeo publicado por Nikolas contra a campanha do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva. A coligação do PT entrou com uma ação no TSE para retirar do ar um vídeo no qual Nikolas afirmou que o partido teria desviado R$ 242 milhões da saúde.

Ao analisar o recurso, Moraes manteve sua decisão, afirmando que a medida tinha como objetivo coibir a desinformação durante o pleito. Os ministros Ricardo Lewandowski, Benedito Gonçalves, Sergio Banhos e Carlos Horbach acompanharam o voto de Moraes.

A ministra Cármen Lúcia também votou a favor da manutenção da multa e argumentou que o julgamento não se tratava de liberdade de expressão. “Neste caso, houve desinformação com dados inverídicos, promovendo discurso de ódio, que vicia o processo eleitoral porque impede que o eleitor tenha acesso a informações corretas”, avaliou.

O ministro Raul Araújo foi o único a votar a favor do recurso de Nikolas. Para ele, não houve irregularidade na veiculação do vídeo. Durante o julgamento, a defesa de Nikolas pediu o arquivamento definitivo do caso e argumentou que o deputado fez críticas políticas durante o período eleitoral.

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

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Comissão do Senado aprova projeto que equipara atos do crime organizado aos de terrorismo

A proposta também altera as penas para esses atos

A Comissão de Segurança Pública (CSP) do Senado Federal aprovou nesta terça-feira (28.mar.2023) o projeto de lei que tipifica como atos terroristas as condutas praticadas em nome ou em favor de grupos criminosos organizados, além de alterar as penas para esses atos.

O PL 3.283/2021 foi apresentado pelo senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) e modifica a Lei Antiterrorismo (Lei 13.260/2016), a Lei Antidrogas (Lei 11.343), a Lei das Organizações Criminosas (Lei 12.850) e o Código Penal (Decreto-Lei 2.848/1940) para equiparar as ações de grupos criminosos organizados à atividade terrorista.

O parecer foi elaborado pelo senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) e lido pelo senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), incluindo algumas emendas. Alessandro também adicionou atentados e ameaças à vida de funcionários públicos nas ações tipificadas como crime. A mudança ocorreu após uma operação da Polícia Federal (PF) que prendeu nove integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) no dia 22 de março. O PCC planejava atacar servidores e autoridades públicas.

Com a aprovação, as condutas de participação, promoção, planejamento, organização, ameaça, comando, facilitação ou financiamento de atentados à vida ou integridade dessas pessoas serão equiparadas ao crime de terrorismo. A proposta agora segue para a decisão final da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

Foto: Roque de Sá/Agência Senado

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Operação Carteiras: mais uma advogada que repassava ‘salves’ de facção é condenada no RN

A advogada foi condenada a 3 anos e 6 meses de reclusão pelo crime de organização criminosa

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) obteve a condenação de mais uma advogada que integrava uma facção criminosa que atua dentro e fora de presídios potiguares. A advogada foi condenada a 3 anos e 6 meses de reclusão pelo crime de organização criminosa. Além dela, um preso com quem ela trocou mensagens para cometimento de crimes também foi condenado e recebeu nova pena de 5 anos, 9 meses e 5 dias de reclusão.

A advogada foi alvo da operação Carteiras, deflagrada pelo MPRN em 8 de junho de 2022. A investigação apontou que a advogada exercia a função de “gravata” dentro da facção criminosa. Ela foi investigada pelo MPRN no período entre janeiro de 2021 e junho de 2022.

Em 12 de julho de 2021, na penitenciária estadual Rogério Coutinho, ela foi flagrada trocando ‘catataus’ (bilhetes) com Carlos Alessandro. No bilhete apreendido, o detento repassava ordens para os faccionados libertos de sua ‘quebrada’ (local onde domina).

A operação Carteiras já cumpriu seis mandados de prisão preventiva e outros quatro, de busca e apreensão, nas cidades de Natal, Parnamirim, Extremoz, Nísia Floresta. Os mandados foram cumpridos nas residências dos advogados, em um escritório de advocacia e ainda nas penitenciárias estaduais de Alcaçuz e Rogério Coutinho Madruga.

A ação teve o apoio da Polícia Militar e da Polícia Penal. Ao todo, cinco promotores de Justiça, 11 servidores do MPRN, 20 policiais militares e quatro policiais penais participaram do cumprimento dos mandados.

No início deste mês, outra advogada foi condenada nesta operação e teve a pena fixada em quatro anos, nove meses e cinco dias de reclusão e 16 dias-multa, considerando o dia multa equivalente a 1/30 do salário-mínimo em vigor ao tempo do fato. Ela deverá inicialmente cumprir a pena de reclusão em regime semiaberto.

Na semana passada, um outro advogado também foi condenado por transmitir bilhetes e “salves” entre integrantes de uma facção criminosa que atua dentro e fora de unidades prisionais do Estado. O advogado foi condenado pelo crime de organização criminosa armada à pena de 4 anos, 9 meses e 5 dias de reclusão e ainda multa. A pena deverá ser inicialmente cumprida em regime semiaberto, em prisão domiciliar, com o uso tornozeleira eletrônica.

Foto: Divulgacão/MPRN

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Tacla Duran faz acusações contra Sérgio Moro e Deltan Dallagnol

Juíz pediu que o caso fosse enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF)

O advogado Rodrigo Tacla Duran mencionou em depoimento remoto à Justiça Federal de Curitiba o senador Sergio Moro (União Brasil) e o deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos) em um caso de suposta extorsão. Segundo Tacla Duran, ele foi vítima de um esquema de extorsão, no qual menciona Moro e Dallagnol.

Tacla Duran fez as declarações na audiência de processo em que é réu por lavagem de dinheiro para a empreiteira Odebrecht. Este foi o primeiro depoimento de Tacla à Justiça brasileira em sete anos.

O juiz Eduardo Fernando Appio, da 13ª Vara Federal, que assumiu recentemente os processos da operação, encerrou a audiência após a citação e pediu que o caso fosse enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), já que Moro e Dallagnol são parlamentares.

O juiz Appio encaminhou Tacla Duran ao programa federal de testemunhas protegidas “por conta do grande poderio político e econômico dos envolvidos”.

Moro disse em nota que “não teme qualquer investigação” e que Tacla fez “falsas acusações”. Dallagnol afirmou via Twitter que o caso “é uma história falsa”.

Foto: Jornal Nacional

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RN terá mudança nas audiências de custódia

Com mudança, esse tipo de audiência deverá ser realizadas em até 24h para todos os casos envolvendo prisão

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte (TJRN) deu início aos preparativos para regulamentar as audiências de custódia, seguindo a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que estabelece a realização das audiências em até 24 horas para todos os casos envolvendo prisão. Este procedimento é realizado atualmente apenas em casos de prisão em flagrante.

A decisão do STF, emitida em 3 de março, afirma que as práticas que limitam a realização da audiência somente aos casos de flagrante são inadequadas. As mudanças determinam que os presos em casos de prisões preventivas, temporárias, preventivas para fins de extradição, decorrentes de descumprimento de medidas cautelares diversas, de violação de monitoramento eletrônico e definitivas para fins de execução da pena também devem comparecer à presença de um juiz em até 24 horas.

O TJRN está trabalhando em conjunto com o Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo (GMF) para regulamentar as novas regras e realizar as adequações necessárias para cumprir a decisão.

O poder judiciário potiguar realiza audiências de custódia em quatro polos regionais: Natal, Mossoró, Caicó e Pau dos Ferros. Nesses locais, os juízes revezam-se para atender à demanda. Em 2022, foram realizadas 3.717 audiências de custódia pelo TJRN, expedidos 2.454 mandados de prisão e 1.263 alvarás de soltura.

A implantação de audiências de custódia é vista como uma garantia de direitos para os cidadãos presos, mas é considerada controversa para alguns setores da segurança pública.

Foto: Tasso Pinheiro/TJRN

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Juiz de SP é denunciado por violência física, psicológica e sexual contra esposa

Vídeos gravados pela vítima mostram algumas das agressões

Acusado de violência física, sexual e psicológica pela esposa, o juiz Valmir Maurici Júnior, da 5ª Vara Cível de Guarulhos (SP), teve imagens que comprovariam as agressões divulgadas. Os vídeos, gravados com o celular da vítima, mostram o juiz dando empurrões, chutes e tapas na esposa, que cai no chão.

Segundo a mulher, os episódios ocorreram em outubro de 2022, na casa em que viviam em Caraguatatuba, no Litoral Norte de São Paulo. O caso foi divulgado pelo g1.

Em um terceiro vídeo, aparentemente gravado pelo próprio juiz em abril de 2022, a vítima alega ter sido submetida a uma relação sexual não consentida por não ter tido opção de escolha. O casal está em processo de separação desde novembro do ano passado, quando a mulher de 30 anos deixou a casa. Eles se casaram em 2021 e a violência teria começado depois dos primeiros seis meses de relação.

A mulher obteve medida protetiva na Justiça em janeiro deste ano, com base na Lei Maria da Penha, que proíbe o juiz de se aproximar e manter contato com a vítima, pais e familiares dela. Na mesma decisão, Maurici Júnior, 42 anos, foi obrigado a entregar sua arma, a qual tinha direito por ser magistrado.

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) abriu uma investigação sobre o caso e emitiu parecer em que afirma que o juiz demonstrou comportamento violento, manipulador e desviado, o que potencialmente colocaria em risco a integridade da vítima e de seus parentes. O procedimento está no Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo.

A defesa do juiz nega os fatos que lhe são imputados e acusa a mulher de furto qualificado, por ter levado um cofre ao sair de casa.

Foto: Reprodução/TV Globo

Com informações do g1

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Delegado da Polícia Federal é demitido por cobrar propina para facilitar registro de armas

Segundo a denúncia, Campos cobrava uma comissão de 10% do valor da arma, além de uma taxa por autorização

O delegado da Polícia Federal David Sérvulo Campos foi demitido pelo ministro de justiça, Flávio Dino, por corrupção. A investigação interna teve início em 2015, quando Campos chefiava a Delegacia de Controle de Armas e Produtos Químicos (Deleaq), sob suspeita de receber propina para facilitar a aquisição e registro de armas de fogo.

Em 2017, David Sérvulo Campos foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por corrupção ativa, passiva e concussão. Segundo a denúncia, Campos cobrava uma comissão de 10% do valor da arma, além de uma taxa que chegava a R$ 300 por autorização.

David Sérvulo Campos já havia sido demitido do cargo em 2020, em um processo relacionado a um incidente de trânsito em Brasília. Na ocasião, Campos furou uma blitz, atropelou uma motocicleta e fugiu por um canteiro, alegando estar com pressa para entregar remédios ao seu pai.

Foto: Divulgação

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ABC x Náutico será com portões fechados

ABC x Náutico será com portões fechados, decide STJD

O Náutico havia entrado com recurso para liberar a presença de sua torcida, mas a petição chegou tarde demais aos autos

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu manter o jogo entre ABC e Náutico pela Copa do Nordeste, que será realizado neste domingo (26.mar.2023), com portões fechados, após os clubes recorrerem da decisão inicial. O Náutico havia entrado com recurso para liberar a presença de sua torcida, mas a petição chegou tarde demais aos autos, inviabilizando a participação de torcedores rivais.

A decisão inicial do STJD havia sido publicada no sábado (25.mar), determinando que a partida seria disputada sem público. O presidente da entidade, Otávio Noronha, citou o cenário de calamidade da segurança pública no Rio Grande do Norte, recomendando a realização do jogo com torcida única do ABC, por questões de segurança.

Anteriormente, a CBF havia aceitado a recomendação da Polícia Militar e do Ministério Público do RN, e a partida estava programada para ser disputada apenas com torcedores do ABC presentes no estádio Frasqueirão. Entretanto, o Náutico entrou com recurso no STJD, solicitando a presença de sua torcida no jogo.

O recurso do Náutico foi protocolado no STJD às 21h12 do sábado, após a decisão inicial ter sido tomada. Com isso, o STJD entendeu que não seria possível permitir a presença de torcedores do Náutico no estádio, pois não haveria tempo hábil para preparar a segurança do evento com a presença de torcidas rivais.

Em um documento assinado pelo presidente Otávio Noronha, o STJD determinou que a partida ocorresse com portões fechados “em vista da inviabilização prática da participação de torcedores rivais“, a fim de manter o equilíbrio da competição e a integridade dos regulamentos.

O jogo entre as equipes será válido pelas quartas de final da Copa do Nordeste.

Foto: Redes Sociais/ABC FC

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RN tem 187 suspeitos presos por onda de ataques

RN tem 187 suspeitos presos por onda de ataques

Forças de segurança apreenderam 43 armas e 148 artefatos explosivos

Balanço parcial das forças de segurança que atuam para combater a organização criminosa responsável pelos ataques iniciados na segunda-feira da semana passada (20) no Rio Grande do Norte indica que 187 suspeitos já foram presos. Desses, 22 foram no âmbito da Operação Normandia e 15 da Operação Sentinela.

Até o momento, 43 armas de fogo foram apreendidas. Também foram capturados 148 artefatos explosivos e 33 galões de combustíveis. De acordo com nota divulgada neste sábado (25), também foram apreendidos dinheiro, drogas e munições. Produtos de furto foram recuperados. Nesses casos, não foram divulgados quantidades ou valores.

Onda de violência

Desde o dia 14 de março, ações orquestradas por facções criminosas causam terror à população, com incêndios e tiros contra prédios públicos, veículos, comércio e até residências. As ações são uma retaliação às condições dos presídios, indicam investigações da polícia.

A custódia de presos está entre os motivos apontados pelos criminosos para a série de ataques no estado. O estado já confirmou pelo menos 300 ataques criminosos desde o início das ações.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração
Da Agência Brasil

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Bolsonaro devolve joias e armas presenteadas pelo governo saudita

Bolsonaro devolve joias e armas presenteadas pelo governo saudita

Objetos foram entregues à Caixa nesta sexta-feira

Por meio de seus advogados, o ex-presidente Jair Bolsonaro, entregou nesta sexta-feira (24.mar.2023), as joias e as armas que recebeu de presente da Arábia Saudita . “Armas presenteadas por governo estrangeiro a ex-autoridade brasileira foram devolvidas, serão periciadas e acauteladas para procedimentos posteriores”, informou pelo Twitter o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. Em 2019, o ex-presidente ganhou de presente de representantes dos Emirados Árabes uma pistola e um fuzil.

Outro presente do governo saudita, dado em 2021, um estojo com um relógio, uma caneta, abotoaduras, um anel e um tipo de rosário, da marca suíça de diamantes Chopard, avaliados em R$ 500 mil,  também foram desenvolvidas hoje em uma agência da  Caixa Econômica Federal, em Brasília.

A devolução foi uma determinação do Tribunal de Contas da União (TCU). No último dia 15 de março, o ministro Bruno Dantas, presidente da Corte determinou que o material fosse entregue na Secretaria-Geral da Presidência da República. Dantas lembrou que para um presente ser incorporado ao patrimônio privado de um presidente, ele deve ser classificado como item personalíssimo e ser de baixo valor.

O tribunal determinou que o conjunto de joias e o relógio avaliado em R$ 16,5 milhões que seria para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, retido pela Receita Federal no Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos em 2021, também deve ser enviado à Caixa. Os artigos entraram no Brasil na mochila do assessor do então ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia).

Foto: Reprodução/Twitter

Da Agência Brasil

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Ministro determina que ex-jogador Robinho entregue seu passaporte à Justiça

Ministro determina que ex-jogador Robinho entregue seu passaporte à Justiça

Ex-jogador é acusado de envolvimento em um estupro coletivo em uma boate de Milão

O ex-jogador Robinho tem cinco dias para entregar seu passaporte ao tribunal. A determinação partiu do Ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) nesta sexta-feira (24.mar.2023).

Na decisão, o ministro justificou a proibição de Robinho deixar o Brasil com a possibilidade de fuga do ex-jogador do país e a gravidade do crime cometido. Robinho é acusado de envolvimento em um estupro coletivo em uma boate de Milão, na Itália, em 2013, e foi condenado em três instâncias.

A Itália solicitou a extradição de Robinho, mas como a Constituição brasileira não prevê a extradição de cidadãos natos, o país europeu pediu a homologação da sentença estrangeira no Brasil.

A União Brasileira de Mulheres fez o pedido de apreensão do passaporte de Robinho e foi autorizada por Falcão a acompanhar o caso e se manifestar sobre o assunto no tribunal.

A defesa de Robinho informou ao STJ que pretende entregar o passaporte voluntariamente e que o ex-jogador está disposto a colaborar com a Justiça. O tribunal vai analisar se a condenação pode ser reconhecida e executada no Brasil.

Foto: Ivan Storti/Santos FC

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Operação Carteiras: advogado que transmitia “salves” de facção criminosa é condenado

Operação Carteiras: advogado que transmitia “salves” de facção criminosa é condenado

Advogado foi condenado a mais de 4 anos de reclusão

Mais um advogado foi condenado por meio da operação Carteiras, deflagrada em junho de 2022, pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN). O motivo da prisão foi a transmissão de bilhetes e “salves” entre integrantes do Sindicato do Crime, facção criminosa que atua dentro e fora de unidades prisionais do RN.

O advogado foi condenado pelo crime de organização criminosa armada, com pena de 4 anos, 9 meses e 5 dias de reclusão e ainda multa. A pena deverá ser inicialmente cumprida em regime semiaberto, em prisão domiciliar, com o uso tornozeleira eletrônica.

Ele está proibido de manter contato com os demais acusados nas ações penais da operação Carteiras; não pode usar o WhatsApp ou qualquer outro aplicativo de mensagem instantânea; e também está proibido utilizar aparelhos eletrônicos (ex. celular, notebook, tablet), a fim de evitar que mantenha contato com os demais integrantes da organização criminosa Sindicato do Crime do RN.

A operação Carteiras foi deflagrada no dia 8 de junho de 2022. Durante o cumprimento do mandado de busca pessoal no advogado, foram encontrados bilhetes no paletó dele que comprovaram que Jailson não seria mensageiro de simples faccionados, mas sim de líderes da facção criminosa.

Para o MPRN, o advogado, utilizando-se das suas prerrogativas profissionais, promoveu, integrou e constituiu a organização criminosa Sindicato do Crime do RN na função de “Gravata”, no período de, pelo menos, dezembro de 2021 até julho de 2022. Foi comprovado que ele era um dos elos de comunicação da facção, repassando recados e diretrizes de lideranças presas para membros soltos, e também o inverso, auxiliando nas ações criminosas da suposta organização criminosa.

Além de repassar os recados e salves, para o MPRN, ele também oferecia “consultoria” para assuntos ligados aos faccionados, para o funcionamento e a manutenção da organização criminosa. Um bilhete apreendido em poder dele também comprova a ligação entre a organização criminosa do RN e uma facção que tem por base o Rio de Janeiro. Nessa mensagem aos criminosos potiguares, os faccionados fluminenses cobravam mais rigor no cometimento de crimes e no controle dos integrantes.

Carteiras

A operação Carteiras cumpriu seis mandados de prisão preventiva e outros quatro, de busca e apreensão, nas cidades de Natal, Parnamirim, Extremoz, Nísia Floresta. Os mandados foram cumpridos nas residências dos advogados, em um escritório de advocacia e ainda nas penitenciárias estaduais de Alcaçuz e Rogério Coutinho Madruga.

A ação teve o apoio da Polícia Militar e da Polícia Penal. Ao todo, cinco promotores de Justiça, 11 servidores do MPRN, 20 policiais militares e quatro policiais penais participaram do cumprimento dos mandados.

Foto: MPRN/Divulgação

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Mossoró: homem suspeito de armazenar pornografia infantil é alvo de busca e apreensão

Mossoró: homem suspeito de armazenar pornografia infantil é alvo de busca e apreensão

Aparelhos de telefonia celular e mídias digitais foram apreendidos

Na manhã desta quinta-feira (23.mar.2023), um homem suspeito de armazenar arquivos contendo materiais de abuso sexual infantil foi alvo de uma operação do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), em Mossoró, no Oeste potiguar.

A operação, denominada Minos, foi realizada pelo MPRN em conjunto com as Polícias Civil e Militar, que cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa do suspeito.

De acordo com as investigações iniciais, o suspeito consumia arquivos identificados como Child Sexual Abuse Material (CSAM), sigla em inglês para material de abuso sexual infantil.

Durante a operação, aparelhos de telefonia celular e mídias digitais foram apreendidos. Segundo o MPRN, o material apreendido será analisado para subsidiar as investigações e identificar outros possíveis crimes que possam ter sido cometidos pelo suspeito.

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

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Após novo julgamento, TSE mantém inelegibilidade de Wendel Lagartixa

A decisão final foi de 6 votos contra 1

Por decisão do Tribunal Superior Eleitoral, o policial militar Wendel Lagartixa não será diplomado como deputado estadual. Nesta quinta-feira (23.mar.2023), o TSE decidiu manter a inelegibilidade do político do Partido Liberal (PL), que obteve a maior votação da história da Assembleia Legislativa em 2022.

Lagartixa teve a decisão sobre sua inelegibilidade confirmada após uma ação do Ministério Público Eleitoral, que alegou que o então candidato havia sido condenado por crime hediondo e, assim, deveria ficar inelegível por oito anos após a extinção da pena. Como o prazo não havia transcorrido, o ministro Ricardo Lewandowski decidiu determinar a recontagem dos votos, dando a Ubaldo Fernandes (PSDB) o mandato.

Após o pedido de agravo da decisão, aconteceu uma nova sessão, mas o ministro Lewandowski manteve a decisão. Houve divergência por parte do ministro Carlos Horbarch, que votou pelo deferimento do registro da candidatura de Wendel Lagartixa, por entender que a mudança na lei retroagiu para prejudicar o então candidato, o que, em seu entendimento, não poderia ocorrer.

Os ministros Cármen Lúcia e Benedito Gonçalves acompanharam Lewandowski e o ministro Raul Araújo pediu vistas do processo. Na sessão desta quinta-feira (23.mar), ele retomou seu posicionamento convergindo com o entendimento de Lewandowski, e foi acompanhado pelos ministros Sérgio Banhos e Alexandre de Moraes. A decisão final foi de 6 votos contra 1.

Foto: Divulgação

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OAB impetra mandado de segurança na Justiça Federal para retomar atendimento nos presídios do RN

OAB impetra mandado de segurança na Justiça Federal para retomar atendimento nos presídios do RN

Atendimento está suspenso nas principais unidades prisionais do estado

A Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Norte (OAB) apresentou um mandado de segurança na Justiça Federal para recuperar o acesso da advocacia aos detidos no sistema prisional do RN. Os atendimentos estão suspensos temporariamente nas principais unidades prisionais do estado desde a terça-feira (13.mar.2023).

Em uma reunião realizada na sexta-feira (17.mar), com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP), a OAB/RN havia solicitado a retomada imediata dos atendimentos da advocacia aos detidos no Sistema Prisional do estado, uma garantia prevista na Lei Federal nº 8.906/94 – Estatuto da OAB – em seu artigo 7°.

No entanto, após a reunião, o pedido foi atendido apenas parcialmente pela SEAP, por motivos de segurança. A secretaria liberou o acesso somente a algumas unidades. Desde a terça (14.mar), o estado sofre com ataques criminosos atribuídos a uma facção criminosa que coordena as ações de dentro dos presídios.

Foto: Divulgação/SEAP

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Procuradora-Geral de Justiça dá 72h para governadora informar as medidas adotadas no combate aos ataques no RN

Procuradora-Geral de Justiça dá 72h para governadora informar as medidas adotadas no combate aos ataques no RN

A medida faz parte de um procedimento um administrativo

A Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) do Ministério Público do Rio Grande do Norte concedeu um prazo de 72 horas para que a governadora Fátima Bezerra informe as medidas adotadas no combate aos ataques que estão ocorrendo no estado.

O procedimento administrativo foi instaurado pela Procuradora-Geral de Justiça, Elaine Cardoso de Matos Novais, com o objetivo de acompanhar as medidas adotadas pelo estado em relação aos atentados que estão ocorrendo desde o dia 14 de março.

Um dos motivos para a abertura do procedimento foi um ofício enviado pelo Conselho Nacional do Ministério Público, em 16 de março de 2023, solicitando informações sobre possíveis violações aos direitos humanos no sistema penitenciário local, bem como sobre as medidas tomadas pelo estado para combater os ataques criminosos e reestabelecer a segurança.

Até o momento, a Secretaria de Segurança (Sesed) informou a prisão de 168 suspeitos envolvidos nos atentados desde o início dos ataques.

Foto: Elisa Elsie/Governo do RN

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Mossoró: foragido da justiça é capturado com coquetéis molotov

Mossoró: foragido da justiça é capturado com coquetéis molotov

Policiais também apreenderam um galão de gasolina, drogas e uma grande quantia em dinheiro

Dois suspeitos foram presos na comunidade do Pirrichil, em Mossoró, na madrugada desta quarta-feira (22.mar.2023), em uma ação conjunta entre a Polícia Militar do Rio Grande do Norte, Polícia Civil do Rio Grande do Norte e Polícia Militar do Ceará. Um deles era foragido da Justiça.

A ação integrada resultou na apreensão de três coquetéis molotov, um galão de gasolina, drogas e uma grande quantia em dinheiro fracionado. Os suspeitos, bem como o material apreendido, foram conduzidos para Delegacia de Plantão de Mossoró, para realização dos procedimentos cabíveis.

Foto: Divulgação/PMRN

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STJ dá prazo de 15 dias para defesa de Robinho contestar condenação na Itália

STJ dá prazo de 15 dias para defesa de Robinho contestar condenação na Itália

Ex-jogador foi condenado a 9 anos de prisão pelo envolvimento em um estupro coletivo ocorrido na Itália

Nesta terça-feira (21.mar.2023), o Ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Francisco Falcão, determinou que os advogados do ex-jogador de futebol Robinho apresentem sua defesa no processo de homologação da sentença proferida pela Justiça italiana. Robinho foi condenado em três instâncias pelo envolvimento em um estupro coletivo ocorrido em uma boate de Milão, em 2013.

O ministro, que é relator do caso, concedeu um prazo de 15 dias para que a defesa do ex-atleta apresente contestação ao pedido de cumprimento de pena feito pelo governo italiano. No entanto, o ministro negou a solicitação da defesa para que a Itália fosse intimada a fornecer uma cópia integral traduzida do processo. A pena imposta pela Justiça italiana ao ex-jogador foi de nove anos de prisão.

Na petição para homologação da sentença, a Itália havia solicitado a extradição de Robinho. No entanto, a Constituição brasileira não prevê a extradição de cidadãos natos. Por esse motivo, o país europeu decidiu requerer a transferência da sentença do ex-jogador. Dessa forma, o tribunal vai analisar se a condenação pode ser reconhecida e executada no Brasil.

Além disso, Francisco Falcão autorizou a União Brasileira de Mulheres a participar do processo para acompanhar o andamento do caso e se manifestar sobre o assunto no STJ.

Foto: Ivan Storti/Santos FC

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ABC F.C. propõe novo acordo para quitar processos trabalhistas

ABC F.C. propõe novo acordo para quitar processos trabalhistas

Acordo proposto pelo time prevê pagamento à vista do restante da dívida com desconto de 30% em cada processo

A vitória do time potiguar ABC Futebol Clube sobre o Tumtum, do Maranhão, pela Copa do Nordeste, garantiu passagem para a próxima fase da competição e, também, ajudou o clube a reduzir sua dívida junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (TRT-RN). O valor de R$1 milhão e 125 mil repassados pela Confederação Brasileira de Futebol ao TRT-RN está sendo utilizado para quitar parte dos processos de vários atletas e funcionários.

Segundo o TRT, o clube havia se comprometido em 2019 a pagar a dívida de R$6 milhões em parcelas mensais, utilizando recursos provenientes dos depósitos do Timemania, porém, com a queda na arrecadação dessa fonte, a partir de junho de 2022, os pagamentos foram suspensos e restou uma dívida de R $3,8 milhões.

Um acordo proposto pelo ABC junto ao TRT-RN para quitar esse atrasado, prevê o pagamento à vista do restante da dívida, em parcela única, com um deságio (desconto) de 30% do total da dívida de cada processo. Até agora, 28 de um total de 46 reclamantes aceitaram a proposta de repactuação. 

O TRT-RN estabeleceu um prazo até o próximo dia 25 de abril para que os outros reclamantes se manifestem sobre a proposta.

O ABC FC ainda tem um outro processo de execução especial reunindo 60 ações de atletas e funcionários, cuja dívida ultrapassa os R $7 milhões, incluindo a dívida com os reclamantes, honorários advocatícios, contribuição previdenciária, custas processuais e imposto de renda.

Para liquidar essas dívidas, o TRT-RN encaminhou ofício à Confederação Brasileira de Futebol, desde agosto do ano passado, bloqueando os créditos do ABC na Copa do Brasil, Copa do Nordeste e Campeonato Brasileiro.

Foto: Rennê Carvalho/ABC F.C.

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Governo federal decide cobrar R$ 29 bilhões em multas ambientais

Governo federal decide cobrar R$ 29 bilhões em multas ambientais

Novo entendimento da AGU prolonga o tempo que o governo tem para processar os infratores

O governo federal decidiu persistir na cobrança administrativa e judicial de R$ 29,1 bilhões em multas ambientais. Essa nova posição é resultado da alteração de dois pareceres jurídicos da Advocacia-Geral da União (AGU), que abordam a prescrição da cobrança das sanções.

Quando ocorre a prescrição, a União perde o direito de cobrar multas lavradas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Pelo novo entendimento, a AGU passa agora a sustentar que a contagem do prazo para essa prescrição fica interrompida durante a realização de certas diligências, como vistorias e elaboração de pareceres. Na prática, o novo entendimento prolonga o tempo que o governo tem para processar os infratores.

Outra mudança de entendimento diz respeito à nulidade de mais de 45 mil autos de infração produzidos por fiscais ambientais, no valor de R$ 18 bilhões. No governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, o Ibama decidiu anular as penalidades impostas, por considerar uma irregularidade a notificação dos infratores por edital. Agora, a AGU sustenta que as notificações por edital são regulares, e, portanto, a cobrança das multas deve prosseguir.

Juntas, as duas mudanças revertem a possível prescrição de 183 mil autos de infração, chegando ao total de R$ 29,1 bilhões em multas ambientais, segundo levantamento feito pela Procuradoria Federal Especializada junto ao Ibama, unidade da AGU que presta consultoria ao órgão ambiental. Os novos pareceres jurídicos foram aprovados pelo advogado-geral da União, Jorge Messias. O órgão também afirmou, em nota, que a medida dará “segurança jurídica para a continuidade da cobrança” das multas ambientais.

A mudança nos entendimentos passou pelo crivo também da procuradora-geral Federal Adriana Maia Venturini e da Consultoria Jurídica do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, com auxílio da Procuradoria Nacional de Defesa do Clima e do Meio Ambiente.

Em um de seus primeiros atos após assumir o cargo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto que reverteu a anulação das penalidades que haviam sido invalidadas pelo Ibama. Na mesma norma, ele reverteu mudanças que haviam sido promovidas pelo governo anterior nos processos administrativos que tratam das multas ambientais.

Foto: Wesley Mcallister/AscomAGU

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Com informações da Agência Brasil

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Justiça determina que policial que matou lutador Leandro Lo volte a receber salário

Justiça determina que policial que matou lutador Leandro Lo volte a receber salário

PM foi preso preventivamente em agosto de 2022

A Justiça do estado de São Paulo concedeu uma liminar determinando que o policial militar Henrique Otavio Oliveira Velozo, acusado pelo homicídio do lutador Leandro Lo, receba novamente o seu salário. O juiz Marcio Ferraz Nunes, da 16ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, atendeu ao pedido da defesa do policial, que foi preso preventivamente em agosto de 2022.

Na decisão, o juiz baseou-se em um entendimento de julgamentos anteriores, de que não deve haver juízo da remuneração do servidor público afastado em prisão em flagrante, preventiva ou temporária, até que haja condenação ou absolvição do réu.

O tenente Henrique Otavio Oliveira Velozo é réu por homicídio triplamente qualificado. Leandro Lo foi baleado na cabeça durante um show no Clube Sírio, em São Paulo, em agosto de 2022. De acordo com testemunhas, o lutador de jiu-jítsu estava com cinco amigos no clube quando o policial, que também pratica artes marciais, se aproximou e começou a provocar o grupo, pegando as bebidas que estavam na mesa. Leandro teria reagido e pedido que ele deixasse o local.

Ainda segundo relato de testemunhas, após atirar contra o atleta, o policial teria chutado duas vezes a cabeça de Leandro, que já estava caído no chão, desacordado. Ele foi socorrido e levado ao Hospital Municipal Arthur Saboya, no Jabaquara, na zona sul de São Paulo, mas não resistiu e teve a morte cerebral declarada.

Foto: Reprodução/Instagram Leandro Lo

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Americanas apresenta plano de recuperação judicial com aporte de R$ 10 bilhões

Americanas apresenta plano de recuperação judicial com aporte de R$ 10 bilhões

Plano pode envolver venda de avião e outros ativos

Com uma dívida de R$ 43 bilhões, a Americanas apresentou um plano de recuperação à 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. O processo é essencial para que a varejista possa renegociar suas dívidas com mais de 16 mil credores e evitar uma falência. O plano de pagamento das dívidas foi apresentado na segunda-feira (20.mar.2023), prazo final estipulado pela justiça. Agora, ele deverá ser discutido com os credores e as condições poderão ser alteradas durante as conversas.

A quitação dos débitos envolve o pagamento de R$ 10 bilhões por parte dos empresários Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles, além da venda de passivos e outras operações. Os sócios possuem um patrimônio de mais de R$ 160 bilhões.

Para abater a dívida, a Americanas poderá vender ativos, como um avião no valor de R$ 40 milhões, e unidades de negócios, como a Hortifruti Natural da Terra, além de participações em outras empresas. No total, esse tipo de operação geraria R$ 2 bilhões.

A emissão de títulos de dívida (debêntures simples) de até R$ 5,9 bilhões e a conversão dessas dívidas em ações também podem fazer parte do plano. Pequenos credores e trabalhadores devem ser pagos em 30 dias, enquanto bancos, fornecedores e outros grandes credores podem receber até março de 2043.

Com cerca de 40 mil funcionários e 3,6 mil lojas, uma possível falência da Americanas afetaria 3.600 credores, entre bancos e fornecedores, além de gerar passivos trabalhistas. A recuperação judicial da Americanas é uma das maiores já feitas no Brasil.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Ministro da Justiça entra com notícia-crime contra sete parlamentares por fake news

Ministro da Justiça entra com notícia-crime contra sete parlamentares por fake news

Postagens dos parlamentares associaram o ministro ao crime organizado após uma visita ao Complexo de Favelas da Maré

O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou que irá apresentar uma notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra sete parlamentares, incluindo o Deputado Federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), devido a publicações nas redes sociais que associam o Ministro ao crime organizado depois de uma visita ao Complexo de Favelas da Maré, no Rio de Janeiro.

A ação será proposta no âmbito do Inquérito nº 4.781, conhecido como Inquérito das Fake News, que está sendo julgado na Suprema Corte e tem a relatoria do Ministro Alexandre de Moraes. Segundo Dino, as fakes news afirmam que ele esteve no Complexo da Maré com o Comando Vermelho e sem escolta policial.

De acordo com ele, a propagação de uma série de postagens com conteúdo racista e preconceituoso criminaliza o Complexo da Maré, que abriga 16 comunidades onde vivem mais de 140 mil pessoas.

O Ministro visitou a região na semana passada e se encontrou com líderes comunitários. Segundo ele, os ataques sofridos podem ser enquadrados como calúnia, difamação, racismo e associação criminosa.

Além dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, a ação do Ministro da Justiça também inclui os Deputados Federais Carlos Jordy (PL-RJ), Paulo Bilynskyj (PL-SP), Otoni de Paula (MDB-RJ) e Cabo Gilberto Silva (PL-PB) e o Senador Marcos do Val (Podemos-ES).

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

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Audiências para júri popular de assassinos de Dom e Bruno começam hoje

Audiências para júri popular de assassinos de Dom e Bruno começam hoje

Neste primeiro dia, serão ouvidas quatro testemunhas

As audiências que vão decidir se os acusados do assassinato do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista brasileiro Bruno Pereira irão a júri popular devem começar na tarde desta segunda-feira (20.mar.2023), em Tabatinga (AM). Neste primeiro dia, serão ouvidas quatro testemunhas.

Os acusados, que, atualmente, estão presos, são Amarildo da Costa Oliveira, Oseney Costa de Oliveira e Jeferson da Silva Lima.
As audiências devem terminar na próxima quarta-feira (22.mar.2023). Em nota, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) informa que parte dos depoimentos será pela internet.

O correspondente do The Guardian e o indigenista foram executados em junho de 2022. Eles articulavam um trabalho conjunto para denunciar crimes socioambientais na região do Vale do Javari, onde há a maior concentração de povos isolados e de contato recente do mundo. Dom Phillips pretendia, inclusive, publicar um livro sobre as questões que afetam o território e fazia apurações das informações, na época. Na Terra Indígena Vale do Javari, encontram-se 64 aldeias de 26 povos e cerca de 6,3 mil pessoas.

As autoridades policiais colocaram sob suspeita pelo menos oito pessoas, por possível participação nos homicídios e na ocultação dos cadáveres. No final de outubro de 2022, o suposto mandante do assassinato, Rubens Villar Pereira, foi posto em liberdade provisória após pagar fiança de R$ 15 mil.

Foto: Reprodução/Redes Sociais
Da Agência Brasil

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OAB/RN desmente Governo do Estado e nega acordo para suspensão de atendimento de advogados em presídios

OAB/RN desmente Governo do Estado e nega acordo para suspensão de atendimento de advogados em presídios

Em nota divulgada na noite de sexta-feira (18), Medeiros exigiu a suspensão do comunicado veiculado pelo Executivo nas emissoras de TV

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Norte (OAB/RN), Aldo Medeiros, negou que a entidade tenha concordado com a decisão do Governo do Estado para suspender o atendimento de advogados nos presídios potiguares. Em nota divulgada na noite de sexta-feira (18.mar.2023), Medeiros exigiu a suspensão do comunicado veiculado pelo Executivo nas emissoras de TV.

Em um informe, o Governo do Estado prestou contas sobre as ações que têm sido tomadas para combater a onda de violência que se instalou no Rio Grande do Norte desde a madrugada de terça-feira (14.mar). Entre as medidas anunciadas, o Governo afirmou que “a Secretaria de Administração Penitenciária reforça o patrulhamento interno e externo em todos os presídios” e que “seguem suspensas as visitas sociais e de advogados, em acordo com a OAB“.

No entanto, de acordo com Aldo Medeiros, a OAB não discutiu o assunto com o Poder Executivo. “Esclareço que a comunicação do Governo do Estado na TV, agora à noite, informando a suspensão dos atendimentos aos advogados nos presídios, se deu ‘em acordo com a OAB’ é falsa“, afirmou.

Não fomos sequer consultados sobre esta decisão unilateral e já fomos à SEAP [Secretaria de Administração Penitenciária] pela retomada“, acrescentou o presidente da OAB/RN.

Foto: Vlademir Alexandre

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MPF pede informações sobre sistema prisional no RN

MPF pede informações sobre sistema prisional no RN

Estado vive onda de atentados praticados por organização criminosa

O Ministério Público Federal (MPF) solicitou informações atualizadas sobre o sistema prisional do Rio Grande do Norte (RN) a órgãos de segurança pública do estado e também a órgãos do governo federal. Os ofícios foram expedidos nesta sexta-feira (17) pela Câmara de Controle Externo da Atividade Policial e Sistema Prisional (7CCR). O objetivo é reunir dados possam subsidiar a atuação do MPF.

O estado vive uma onda de ataques orquestrados por uma organização criminosa que, supostamente, protesta contra as condições precárias nas penitenciárias. Ataques incendiários foram registrados contra prédios públicos, estabelecimentos comerciais e veículos em pelo menos 14 cidades potiguares.

No documento enviado ao Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT), vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, o MPF solicita acesso ao último relatório de vistoria realizada pelo órgão, que aponta graves violações no sistema penitenciário no estado nordestino.

Também receberam ofícios do MPF o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), e a Comissão do Sistema Prisional, Controle Externo da Atividade Policial e Segurança Pública do Conselho Nacional do Ministério Público.

Nesses documentos, pede-se o compartilhamento de relatórios de visitas e dados de inspeções realizadas nos estabelecimentos prisionais do RN nos últimos três anos. O MPF quer apurar eventuais violações de tratados internacionais ratificados pelo Brasil e irregularidades no repasse de recursos do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) ao estado.

Reforço no policiamento

Ainda nesta sexta-feira, chegaram no estado mais 60 policiais militares, sendo 30 da Paraíba e 30 do Ceará. Três helicópteros enviados pelas PMs de estados vizinhos também ajudarão nas operações de combate aos ataques criminosos no Rio Grande do Norte. Outros 90 agentes da Força Nacional e mais 30 policiais penais federais também desembarcam no estado este fim de semana. Eles se juntarão aos 100 agentes da Força Nacional que já trabalham no policiamento ostensivo em apoio às forças de segurança potiguares desde a última quarta-feira (15).

O balanço da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte informou a prisão, até o momento, de 93 suspeitos e apreensão de 20 armas de fogo, 62 artefatos explosivos e 23 galões de gasolina.

Foto: Sumaia Villela/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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PF cumpre mais de 30 mandatos de prisão na investigação sobre atos antidemocráticos

PF cumpre mais de 30 mandatos de prisão na investigação sobre atos antidemocráticos

Nova fase da Operação ‘Lesa Pátria’ foi iniciada hoje (17)

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (17.mar.2023) a oitava fase da Operação Lesa Pátria, que investiga os suspeitos de envolvimento nos atos criminosos contra as sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro deste ano. Ao todo, os policiais cumprem 46 mandados de busca e apreensão e 32 de prisão preventiva.

Até o momento, foram realizadas 12 prisões. Entre os presos está a mulher que pichou a estátua da Justiça em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) com a frase “perdeu, mané”, em referência a uma declaração do ministro Luís Roberto Barroso. Também foi preso o homem que roubou uma bola de futebol autografada por Neymar do Congresso Nacional. A polícia recuperou o objeto em janeiro.

Os mandados foram expedidos pelo STF nos estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul, São Paulo e no Distrito Federal. São Paulo e Minas Gerais são os principais focos dessa etapa da Lesa Pátria. Em SP, estão sendo cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e 13 de prisão preventiva, enquanto em MG são 9 de busca e 8 de prisão.

A PF informou em nota que os fatos investigados constituem, em tese, crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, associação criminosa, golpe de Estado, dano qualificado, incitação ao crime e destruição de bens especialmente protegidos.

Foto: José Cruz/Agência Brasil

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