Política

Política do Rio Grande do Norte: fique por dentro dos principais acontecimentos do cenário político do Rio Grande do Norte. Governadoria, Assembleia Legistativa e Câmara Municipal: tudo isso você encontra aqui, no Por dentro do RN.

Moraes nega pedido de Carlos Bolsonaro para visitar Jair Bolsonaro no domingo (14)

Moraes nega pedido de Carlos para visitar Jair Bolsonaro no domingo (14)

Ministro mantém normas da PF que autorizam visitas apenas às terças e quintas; Pedido para visita no domingo, dia do aniversário do vereador, foi indeferido

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido apresentado pelo vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) para realizar uma visita ao ex-presidente Jair Bolsonaro no próximo domingo (7). A data coincide com o aniversário do vereador, que alegou o motivo ao solicitar a mudança do dia de visita. A decisão mantém as regras de visitação definidas pela Superintendência da Polícia Federal.

De acordo com as normas vigentes, as visitas familiares ao ex-presidente estão autorizadas exclusivamente às terças e quintas-feiras, das 9h às 11h. Cada visita tem duração máxima de 30 minutos, limitada a dois visitantes por dia, que devem entrar separadamente. O pedido apresentado pelo vereador solicitava a transferência da visita regular, que estava agendada para 4 de dezembro, para o domingo.

Na decisão, Moraes destacou que as regras de visitação estabelecidas pela Polícia Federal são obrigatórias e seguem critérios de segurança determinados para o local de custódia. O ministro ressaltou ainda que não há possibilidade de escolha de dias ou horários por parte do custodiado, que cumpre pena privativa de liberdade após condenação definitiva.

Segundo o despacho, as normas adotadas seguem o padrão das unidades prisionais federais e estaduais, nas quais visitas fora do cronograma oficial não são autorizadas, salvo em situações excepcionais previstas nas regulamentações internas. O ministro declarou que o pedido não se enquadra nas hipóteses excepcionais e, por isso, não poderia ser atendido.

Carlos Bolsonaro, por meio das redes sociais, lamentou a negativa. Ele afirmou que solicitou a visita especificamente por ser seu aniversário e que pretendia utilizar apenas os 30 minutos previstos nas regras. Em publicação, escreveu: “Pedi para visitar meu pai, mesmo que fosse pelos 30 minutos estabelecidos, no dia do meu aniversário […], e o pedido foi indeferido por Alexandre de Moraes”.

A decisão mantém o mesmo padrão aplicado em outras solicitações feitas por familiares do ex-presidente desde o início do período de custódia. As regras estabelecidas pela Polícia Federal, segundo Moraes, têm como finalidade assegurar condições adequadas de controle e segurança, além de preservar a organização do fluxo de visitantes.

O indeferimento também reafirma que as visitas devem ocorrer de maneira individualizada, sem possibilidade de ampliação da lista de visitantes ou de alteração das datas previamente determinadas. Desde a definição do calendário, familiares precisam seguir o cronograma fixado e comparecer nos dias autorizados.

O ministro ainda observou que visitas aos domingos não são permitidas em nenhuma unidade administrada pela Polícia Federal e que o custodiado está sujeito às mesmas condições de outros presos, mesmo sendo ex-presidente da República. A decisão reforça que a concessão de visita em dias não autorizados configuraria exceção sem respaldo nas normas vigentes.

A defesa de Jair Bolsonaro ainda não se manifestou sobre a decisão. O vereador Carlos Bolsonaro segue autorizado a realizar a visita na data originalmente incluída no calendário estabelecido pela PF.

Foto: Renan Olaz/CMRJ

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CPMI do INSS rejeita convocações e analisa depoimentos sobre supostas ligações financeiras

CPMI do INSS rejeita convocações e analisa depoimentos sobre supostas ligações financeiras

Colegiado mantém foco em relatos sobre repasses atribuídos a Antônio Carlos Camilo Antunes e analisa pedidos de oitiva negados durante a sessão

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS analisou, nesta semana, novos desdobramentos relacionados ao esquema de descontos aplicados a aposentados e pensionistas, incluindo depoimentos considerados relevantes para as investigações e a votação de requerimentos de convocação. Os parlamentares avaliaram informações enviadas pela Polícia Federal (PF) e apreciaram solicitações de oitiva de nomes ligados às apurações, entre eles Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, e o advogado-geral da União, Jorge Messias.

Entre os elementos em discussão, integrantes da CPMI examinaram o depoimento de uma testemunha que relatou supostas ligações financeiras entre Fábio Luís Lula da Silva e Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, preso desde 12 de setembro de 2025 por envolvimento em fraudes bilionárias na Previdência. O depoimento indica que Lulinha teria recebido valores estimados em cerca de 25 milhões — sem especificação da moeda — além de uma “mesada” de aproximadamente R$ 300 mil mensais, sem definição do período em que os repasses teriam ocorrido.

A testemunha citou ainda que ambos teriam viajado juntos para Portugal, o que reforçou suspeitas de proximidade entre o filho do presidente e o operador preso. As informações foram colhidas pela PF e compartilhadas com o colegiado, que apura possíveis conexões políticas e empresariais no esquema. A PF também informou à CPMI que há indícios de relação pessoal e de possível sociedade entre Lulinha e Antônio Carlos Camilo Antunes, ponto que ainda está em fase de verificação.

Antunes é apontado pelos investigadores como um dos articuladores do esquema que envolve empresas de fachada, associações de classe e operadores financeiros responsáveis por fraudes contra beneficiários do INSS. O material repassado à comissão motivou pedidos de convocação para esclarecimentos, entre eles o requerimento apresentado pelo Partido Novo para ouvir Fábio Luís Lula da Silva.

O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), havia confirmado a inclusão do pedido de convocação de Lulinha na pauta da sessão desta quinta-feira (4). A justificativa mencionava indícios de movimentações financeiras relacionadas ao esquema conhecido como “Farra do INSS” e cita o caso de Ricardo Bimbo, dirigente do PT que teria recebido mais de R$ 8,4 milhões de uma empresa investigada. No mesmo período, ele teria efetuado o pagamento de um boleto ao contador de Lulinha, profissional investigado pela Operação Fim da Linha.

O requerimento foi assinado pelos deputados Marcel van Hattem (Novo-RS), Eduardo Girão (Novo-CE), Adriana Ventura (Novo-SP) e Luiz Lima (Novo-RJ). No entanto, durante a votação realizada nesta quinta-feira (4/12), a CPMI rejeitou a convocação de Fábio Luís Lula da Silva por 19 votos a 12. O debate ocorreu após a divulgação do depoimento da testemunha que relatou supostos repasses mensais de R$ 300 mil ao filho do presidente.

Na mesma reunião, os parlamentares aprovaram as convocações do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e do dono do Banco Master, Daniel Vorcaro. Também foram rejeitados pedidos para ouvir dirigentes de instituições financeiras como C6, Santander e a presidente do Banco Crefisa e do Palmeiras, Leila Pereira. Esta foi a última sessão da CPMI no ano, com previsão de encerramento dos trabalhos em março de 2026. O presidente do colegiado deve solicitar prorrogação de 60 dias, decisão que caberá ao presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

A CPMI também rejeitou a convocação do advogado-geral da União, Jorge Messias, por 19 votos a 11. Messias é indicado pelo presidente Lula para a vaga no Supremo Tribunal Federal deixada por Luís Roberto Barroso. Um dos requerimentos foi apresentado pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que argumentou que a Advocacia-Geral da União possui papel central na defesa judicial dos atos relacionados ao INSS e na responsabilização de agentes públicos e privados envolvidos em práticas ilícitas.

Outro pedido, apresentado pelo senador Magno Malta (PL-ES), mencionava atuação da AGU em medidas cautelares para bloqueio de bens de entidades investigadas, destacando que algumas delas foram excluídas da ação, entre elas o Sindnapi, que tem Frei Chico, irmão do presidente Lula, como vice-presidente. Durante a sessão, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) criticou a solicitação, afirmando que a movimentação ocorreu após a indicação de Messias para o STF.

Foto: Pedro França/Agência Senado / Saulo Cruz/Agência Senado / Ricardo Stuckert / PR

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Acordo do STF impõe restrições fiscais ao RN para contratação de empréstimos

Acordo do STF impõe restrições fiscais ao RN para contratação de empréstimos

Medidas incluem limites a reajustes, concursos e criação de cargos no Estado

STF homologa acordo que permite ao RN contratar até R$ 855 milhões com restrições fiscais

O Supremo Tribunal Federal (STF) homologou um acordo que autoriza o Rio Grande do Norte a contratar até R$ 855 milhões em empréstimos, mediante o cumprimento de restrições fiscais previstas no artigo 167-A da Constituição Federal. O termo foi validado na segunda-feira (24) pelo ministro Cristiano Zanin e envolve condicionantes relacionadas a reajustes salariais, concursos, criação de cargos e ampliação de despesas do Estado.

O acordo garante ao RN acesso a operações de crédito vinculadas ao Plano de Recuperação Fiscal (PEF) mesmo sem o cumprimento integral das metas do programa. Na ação que originou a negociação (ACO 3733), o Estado solicitou que a União fosse obrigada a conceder garantia para os empréstimos, concordando com as contragarantias previstas na legislação.

Segundo o texto homologado, todas as restrições valerão até que o Rio Grande do Norte alcance três metas fiscais: despesa de pessoal inferior a 54% da Receita Corrente Líquida (RCL), caixa líquido positivo e despesas correntes limitadas a 90% das receitas. Enquanto as metas não forem atingidas, ficam proibidos reajustes gerais, criação de cargos, realização de concursos (exceto reposições), novas despesas obrigatórias e a ampliação de benefícios tributários ou programas com impacto financeiro adicional.

Situação fiscal do RN

Relatório recente do Tesouro Nacional aponta que o Estado comprometeu 55,73% da RCL apenas com a folha do Executivo no segundo quadrimestre de 2025, acima do teto permitido de 49%. O índice foi o mais elevado entre as unidades federativas no período e o único a ultrapassar o limite estabelecido.

Com a homologação, o Governo deverá enviar relatórios periódicos ao Tesouro detalhando o cumprimento das exigências. Em troca, poderá contratar operações de crédito com aval da União de até 6% da RCL, com a possibilidade de ampliar para 9% caso apresente avanços no equilíbrio fiscal. A ação no STF será encerrada apenas após a comprovação do cumprimento das metas.

O Governo do Estado afirmou, em nota publicada na terça-feira (26), que os recursos serão utilizados para reforçar a estabilidade financeira e viabilizar investimentos considerados prioritários.

Impactos para o funcionalismo e categorias do serviço público

As restrições previstas geram preocupação entre entidades representativas do funcionalismo estadual, que destacam possíveis impactos na progressão das carreiras, na política salarial e na oferta de serviços públicos. As categorias afirmam que os limites podem resultar em congelamento de reajustes, interrupção de concursos e impedimentos para criação de cargos considerados essenciais.

Representantes dos servidores também apontam que a política fiscal pode afetar a renda de municípios dependentes do setor público e de programas sociais. Há expectativa de que as consequências incluam mobilizações, judicialização e debates sobre a reestruturação das carreiras.

As entidades reforçam que os serviços públicos já enfrentam dificuldades relacionadas à carência de profissionais, desgaste das estruturas e limitações orçamentárias. Também destacam preocupações quanto à sobrecarga de trabalho e à possibilidade de agravamento de problemas operacionais decorrentes da ausência de reposição adequada de pessoal.

Contexto do acordo e posição da União

A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que o acordo representa um marco nas negociações do Plano de Recuperação Fiscal. Esta foi a primeira vez em que União e Estado discutiram em mesa de conciliação medidas relacionadas ao reequilíbrio das contas públicas e à liberação de investimentos.

A Procuradoria Geral do Estado do RN avalia que as ações pactuadas são necessárias para garantir estabilidade fiscal, reforçando que a recuperação dependerá da colaboração entre os órgãos estaduais.

Principais vedações previstas no acordo

  • Proibição de aumento, reajuste ou vantagem remuneratória (exceto por determinação judicial ou lei anterior).
  • Vedação à criação de cargos ou contratações que ampliem despesas.
  • Proibição de realizar concursos, exceto para reposições de vagas previstas.
  • Proibição de criação ou ampliação de auxílios, bônus ou verbas indenizatórias.
  • Vedação à criação de novas despesas obrigatórias.
  • Proibição de reajuste de despesas acima da inflação.
  • Vedação à criação ou expansão de linhas de financiamento, perdão ou renegociação de dívidas que gerem aumento de subsídios.
  • Proibição de ampliação de incentivos fiscais.

Fotos: Arquivo/Reprodução / Sandro Menezes/Governo do RN

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Moraes pede comprovação do histórico clínico de Augusto Heleno

Moraes pede comprovação do histórico clínico de Augusto Heleno

Ministro analisa pedido de prisão domiciliar para aliado de Bolsonaro

Relator do processo da trama golpista, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou neste sábado (29) comprovação do histórico de saúde do general Augusto Heleno para decidir sobre pedido da defesa de cumprimento da pena de 21 anos em prisão domiciliar, devido ao diagnóstico de Alzheimer e a antecedentes de transtorno depressivo e transtorno misto ansioso depressivo.

De acordo com a defesa do general, que tem 78 anos e está custodiado em uma cela especial do Comando Militar do Planalto (CMP), em Brasília, ele apresenta sintomas psiquiátricos e cognitivos desde 2018.

Em despacho, Moraes cobrou a anexação de documentos comprobatórios do histórico do estado de saúde do ex-ministro de Jair Bolsonaro.

“Não foi juntado aos autos nenhum documento, exame, relatório, notícia ou comprovação da presença dos sintomas contemporâneos aos anos de 2018, 2019, 2020, 2021, 2022, 2023; período, inclusive, em que o réu exerceu o cargo de Ministro de Estado do Gabinete de Segurança Institucional, cuja estrutura englobada a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) – responsável por informações de inteligência sensíveis à Soberania Nacional -, uma vez que, todos os exames que acompanham o laudo médico foram realizados em 2024”, apontou o magistrado do STF.

A concessão do regime de prisão domiciliar em favor de Augusto Heleno recebeu parecer favorável da Procuradoria Geral da República (PGR), em manifestação publicada nesta sexta-feira (28), mas a decisão final sobre o pleito caberá ao STF.

Alexandre de Moraes determinou que a defesa de Heleno junte aos autos, no prazo de 5 dias, o exame inicial que teria identificado ou registrado sintomas ou diagnóstico de demência mista (Alzheimer e vascular) e todos os relatórios, exames, avaliações médicas, neuropsicológicas e psiquiátricas produzidos desde 2018, “inclusive prontuários, laudos evolutivos, prescrições e documentos correlatos que comprovem o alegado”.

O magistrado também solicitou “documentos comprobatórios da realização de consultas e os médicos que acompanharam a evolução da demência mista, Alzheimer e vascular durante todo esse período”.

Por fim, Moraes pediu esclarecimento, por parte da defesa, se em virtude do cargo ocupado entre 2019 e 2022, o réu teria comunicado ao serviço de saúde da Presidência da República, do Ministério ou a algum órgão seu diagnóstico de deterioração cognitiva.
Condenação

Augusto Heleno, o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais cinco aliados começaram a cumprir pena nesta terça-feira (25) após o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar o fim do processo para os réus do Núcleo 1 da trama golpista que planejava impedir a posse de Luís Inácio Lula da Silva como presidente da República em 2023..

A condenação ocorreu no dia 11 de setembro. Por 4 votos a 1, a Primeira Turma do STF condenou os sete réus pelos crimes de:

  • Organização criminosa armada,
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito,
  • Golpe de Estado,
  • Dano qualificado pela violência e grave ameaça e
  • Deterioração de patrimônio tombado.

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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STF mantém penas de Bolsonaro e demais condenados no núcleo da trama golpista

STF mantém penas de Bolsonaro e demais condenados no núcleo da trama golpista

Decisão unânime segue voto do relator Alexandre de Moraes e confirma cumprimento imediato das penas

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, manter o cumprimento das penas impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro e a outros seis integrantes identificados como parte do núcleo 1 da trama golpista. A decisão foi anunciada nesta terça-feira (25) e seguiu integralmente o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes. Com o julgamento, fica encerrada qualquer possibilidade de novos recursos, uma vez que os processos já transitaram em julgado.

Segundo o entendimento firmado pelos ministros, as ações penais envolvendo o grupo encerraram todas as fases recursais possíveis, o que torna definitiva a execução das penas. Em consequência, os condenados seguem obrigatoriamente para o cumprimento das decisões determinadas anteriormente pelo Supremo.

Jair Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão em regime fechado na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Ele foi condenado no contexto das investigações que apuraram a articulação de uma trama voltada a ações antidemocráticas e tentativas de ruptura institucional. Com a decisão da Primeira Turma, a execução penal segue conforme já estabelecido.

Além do ex-presidente, outros seis condenados também tiveram as punições confirmadas pelo Supremo. Entre eles estão:

  • Walter Braga Netto, condenado a 26 anos de prisão;
  • Alexandre Ramagem, condenado a 16 anos e atualmente foragido;
  • Almir Garnier, condenado a 24 anos;
  • Anderson Torres, condenado a 24 anos;
  • Augusto Heleno, condenado a 21 anos;
  • Paulo Sérgio Nogueira, condenado a 19 anos.

Os locais de custódia variam conforme o caso. Alguns dos condenados estão alojados em unidades militares, outros permanecem na Polícia Federal ou no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. A situação de Ramagem, que segue foragido, permanece sob monitoramento, conforme informações oficiais.

A decisão desta terça-feira (25) confirma, na prática, que a execução penal dos envolvidos continuará sem possibilidade de suspensão ou revisão no âmbito judicial. Com o trânsito em julgado formalizado, não há instrumentos jurídicos adicionais que possam ser acionados pelas defesas dos réus dentro do STF para alterar ou reverter as condenações.

As audiências de custódia dos condenados estão agendadas para esta quarta-feira (26). Os horários são distintos e ocorrem nas unidades específicas onde cada um cumpre pena. As audiências têm como objetivo verificar as condições de custódia e assegurar que o cumprimento das decisões judiciais ocorra dentro dos parâmetros legais estabelecidos.

O julgamento da Primeira Turma evidencia a continuidade da execução penal aplicada aos integrantes do núcleo 1 da trama golpista. A confirmação das penas reforça que o STF considera encerradas todas as etapas internas do processo judicial relativas ao caso, consolidando oficialmente a fase de cumprimento das decisões.

A manutenção das condenações de todos os envolvidos acompanha o voto do relator Alexandre de Moraes, que já havia indicado que os processos estavam formalmente concluídos e que não caberiam novos recursos. A deliberação unânime confirma esse entendimento e estabelece o prosseguimento da execução das penas já aplicadas.

Fotos: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil / Joédson Alves/Agência Brasil

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RN pode ter passivo bilionário em 2026, aponta relator da LOA

RN pode ter passivo bilionário em 2026, aponta relator da LOA

Estado acumula dívidas com fornecedores, precatórios e déficit previdenciário, segundo relatoria da LOA

A relatoria da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026 apontou que o Rio Grande do Norte pode registrar um passivo bilionário nas contas públicas até o início do próximo ano, quando a governadora Fátima Bezerra (PT) deve deixar o cargo para disputar o Senado. O deputado estadual Tomba Farias (PL), relator da LOA, afirmou que o Estado acumula aproximadamente R$ 6,3 bilhões em dívidas com fornecedores e outros R$ 6 bilhões em precatórios, além de um déficit mensal de R$ 170 milhões na Previdência.

Segundo o parlamentar, o cenário fiscal já tem sido discutido no âmbito da Assembleia Legislativa. O relator informou que apresentou pessoalmente ao vice-governador Walter Alves (MDB) uma avaliação sobre os impactos das contas públicas, caso ele venha a assumir o governo em abril de 2026.

Em sessão no dia 12, o deputado detalhou os números relacionados à folha de pessoal, que atingiu mais de R$ 968 milhões. Também foram citados impactos decorrentes de promoções funcionais e contratações de servidores aprovados em concurso, que somam R$ 48 milhões, R$ 78 milhões e R$ 342 milhões em fevereiro, elevando o gasto total com salários para cerca de R$ 1,3 bilhão por mês.

A relatoria da LOA indica ainda um déficit orçamentário estimado em R$ 1,55 bilhão para 2026. O cálculo considera uma previsão de receita estadual de R$ 25,67 bilhões, frente a despesas estimadas em R$ 27,22 bilhões.

No âmbito das discussões legislativas, o deputado Luiz Eduardo (SDD) relembrou o argumento apresentado pelo Governo do Estado, que apontava o aumento da alíquota modal do ICMS de 18% para 20% como uma possível solução fiscal. Segundo o parlamentar, mesmo com a alteração na alíquota, foram registrados atrasos no pagamento de aposentados e pendências com fornecedores.

O deputado também mencionou declaração do secretário de Fazenda, Carlos Eduardo Xavier, que indicou que o pagamento do 13º salário dos pensionistas deve ocorrer apenas em janeiro de 2026.

Outro parlamentar que se manifestou sobre o quadro fiscal foi o deputado José Dias (PL). Ele associou as dificuldades financeiras a fatores internos da administração estadual. O deputado apontou questões relacionadas à condução administrativa e ao funcionamento de estruturas ligadas ao governo.

O parlamentar também mencionou a atuação de setores internos do Executivo e o papel de auxiliares com influência nas áreas administrativa e tributária, destacando que esse cenário tem repercussões no ambiente político local, incluindo debates sobre possíveis candidaturas no grupo governista.

Contingenciamento na Assembleia Legislativa

Diante do cenário fiscal, a Assembleia Legislativa adotou medidas de contingenciamento. No dia 18 deste mês, foi publicada a portaria nº 27/2025, que bloqueia provisoriamente dotações orçamentárias no valor de R$ 2.863.000,00. A decisão foi assinada pelo presidente da Casa, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB), antes de transmitir a presidência interinamente à deputada Eudiane Macedo (PV), durante o feriado prolongado.

A portaria afirma que a medida tem como objetivo manter o equilíbrio fiscal diante da queda de arrecadação registrada em 2025. O documento cita impactos inclusive no orçamento da Fundação Djalma Marinho e informa que o contingenciamento poderá ser reavaliado conforme a evolução do cenário econômico do Estado.

Avaliação interna da situação fiscal

O vice-governador Walter Alves iniciou uma série de reuniões com auxiliares do primeiro escalão do governo, que têm apresentado dados financeiros das pastas. O levantamento está sendo realizado na sede da Vice-governadoria, instalada no Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RN). Walter Alves também tem contado com apoio de ex-integrantes da equipe econômica do governo Garibaldi Filho (1995–2002) para avaliar a situação fiscal até março de 2026.

Nos bastidores políticos, há especulações de que Walter Alves poderá abrir mão de assumir o governo para disputar novamente uma cadeira na Assembleia Legislativa, onde iniciou sua trajetória pública. O tema deve ser tratado em reuniões em Brasília, onde o vice-governador tem agendas com lideranças partidárias e deve buscar apoio federal caso venha a assumir o comando do Executivo estadual.

Foto: Elisa Elsie/Governo do RN/Arquivo/Ilustração / Raiane Miranda/Governo do RN/Arquivo/Ilustração

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Sabatina de Jorge Messias no Senado é marcada para 10 de dezembro

Sabatina de Jorge Messias no Senado é marcada para 10 de dezembro

Indicado por Lula ao STF será avaliado pela CCJ em meio a tensão entre Senado e Governo Federal

A sabatina de Jorge Messias, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), será realizada no dia 10 de dezembro. A data foi confirmada nesta terça-feira (25) pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senador Otto Alencar (PSD-BA).

Jorge Messias, atual advogado-geral da União, foi indicado no dia 20 de novembro para assumir a cadeira deixada pelo ministro Luís Roberto Barroso, que antecipou sua aposentadoria e deixou o STF no mês passado. A escolha do nome tem sido tema de debates no meio político e provocou tensão entre o Senado e o Governo Federal.

A indicação é tratada como motivo de divergência entre Alcolumbre e o Executivo. O presidente do Senado defendia a indicação do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, para integrar o Supremo. A não aceitação desse nome pelo presidente Lula teria gerado desconforto político. Na segunda-feira (24), o Senado aprovou uma pauta considerada de forte impacto fiscal, estimada em mais de R$ 100 bilhões para a União. A aprovação foi interpretada como resposta ao descontentamento com a indicação de Messias.

Para tomar posse no STF, o indicado precisa ser submetido a uma sabatina na CCJ, seguida pela aprovação no colegiado e no plenário do Senado. No plenário, é necessário o voto favorável de pelo menos 41 senadores. O relator da indicação será o senador Weverton (PDT-MA), responsável por apresentar parecer à comissão.

O senador Otto Alencar informou que a leitura da mensagem presidencial que oficializa a indicação de Jorge Messias ocorrerá no dia 3 de dezembro. Somente após esse procedimento a CCJ poderá iniciar as etapas formais da sabatina, que inclui apresentação do currículo do indicado, análise técnica e realização de questionamentos por senadores.

Jorge Messias tem 45 anos e poderá permanecer no Supremo Tribunal Federal por aproximadamente 30 anos, até atingir a idade de 75 anos, quando ocorre a aposentadoria compulsória prevista na Constituição.

Messias assumiu o comando da Advocacia-Geral da União (AGU) em 1º de janeiro de 2023, no início do terceiro mandato do presidente Lula. Ele já havia atuado no governo federal em outra função de destaque: durante a gestão da presidenta Dilma Rousseff, ocupou o cargo de subchefe para Assuntos Jurídicos da Presidência da República, setor responsável pelo assessoramento jurídico direto ao chefe do Executivo.

Nascido no Recife, Jorge Messias ingressou na carreira pública em 2007, quando se tornou procurador concursado da Fazenda Nacional. Ele é formado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e possui títulos de mestre e doutor pela Universidade de Brasília (UnB).

O processo de indicação ao STF envolve análise jurídica, experiência profissional e entendimento sobre temas constitucionais. A sabatina tem caráter decisivo, já que os senadores utilizam o momento para avaliar o histórico do indicado, sua trajetória no serviço público e suas posições sobre temas relevantes ao Supremo e ao ordenamento jurídico.

A realização da sabatina em 10 de dezembro ocorre em cenário marcado por tensionamentos políticos. A relação entre Senado e Governo Federal passou a ser observada com mais atenção após a aprovação da pauta de grande impacto fiscal e das discussões sobre o processo de escolha para a vaga no Supremo.

Ao final da análise, o relatório será votado na CCJ. Caso seja aprovado, o nome segue para deliberação no plenário do Senado.

Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil / Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil / Ricardo Stuckert / PR

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Mesa Diretora recebe novo pedido de cassação contra Brisa Bracchi, com leitura prevista para hoje (26) na Câmara

Mesa Diretora recebe novo pedido de cassação contra Brisa Bracchi, com leitura prevista para hoje (26) na Câmara

Eriko Jácome afirmou que o arquivamento não impede a apresentação de novos pedidos de cassação

A Câmara Municipal de Natal deve viver mais um capítulo decisivo nesta quarta-feira (26). Após uma coletiva de imprensa, o presidente da Casa, Eriko Jácome, acompanhado de membros da Mesa Diretora e da Procuradoria, detalhou o entendimento jurídico que embasou o arquivamento do processo de julgamento da vereadora Brisa Bracchi.

Durante a coletiva, Eriko Jácome afirmou que o arquivamento não impede a apresentação de novos pedidos de cassação e destacou que a Câmara continuará atuando dentro de suas competências. “Seguiremos trabalhando com normalidade, analisando todos os projetos e requerimentos que chegarem à Casa, sempre com responsabilidade e respeito às normas legais”, declarou.

Pouco depois do arquivamento, um novo pedido de cassação foi oficialmente protocolado e já tem previsão de leitura na próxima sessão plenária.

O documento, apresentado pelo vereador Matheus Faustino, será lido nesta quarta-feira (26) e deve reacender o debate no plenário. A Câmara reafirmou que todos os procedimentos relacionados ao caso serão conduzidos com transparência, responsabilidade e observância das normas federais aplicáveis.

Foto: Francisco de Assis/Câmara de Natal

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Câmara de Natal arquiva processo de cassação contra Brisa Bracchi após prazo legal expirar

Câmara de Natal arquiva processo de cassação contra Brisa Bracchi após prazo legal expirar

Decisão segue entendimento jurídico baseado no Decreto-Lei 201/1967 e na Súmula Vinculante 46 do STF

A Câmara Municipal de Natal anunciou, nesta terça-feira (25), o arquivamento do processo de cassação da vereadora Brisa Bracchi (PT). A decisão foi divulgada em coletiva e teve como base o entendimento jurídico da Casa, que apontou o esgotamento do prazo máximo de 90 dias previsto no Decreto-Lei 201/1967. O processo não chegou à fase de votação do relatório final antes do encerramento do período legal, o que resultou na determinação de arquivamento.

De acordo com a Procuradoria da Câmara, a contagem do prazo foi feita seguindo o que estabelece a legislação federal. A aplicação do Decreto-Lei 201/1967 ocorreu por força da Súmula Vinculante 46 do Supremo Tribunal Federal (STF), que determina prevalência das normas federais sobre disposições internas de Casas Legislativas quando tratam de infrações político-administrativas. No Regimento Interno da Câmara de Natal, o tempo previsto para procedimentos dessa natureza é de 120 dias, mas a orientação técnica aplicou o prazo federal desde o início do processo.

O procurador-geral da Câmara, Gustavo Sousa, afirmou que a orientação jurídica permaneceu inalterada durante todo o trâmite. Segundo ele, o entendimento técnico indicava que o prazo máximo de 90 dias deveria ser seguido integralmente. Ele explicou que, como não houve julgamento do relatório produzido pela comissão processante, o procedimento não pôde ser submetido à votação em plenário antes do encerramento do prazo.

O procurador destacou: “o opinamento técnico da procuradoria foi no sentido de que o prazo se encerraria nos 90 dias e como não houve o julgamento do processo de cassação, ele não foi submetido a julgamento, o processo será arquivado sem prejuízo de uma nova denúncia até sobre os mesmos fatos”.

Com o arquivamento, o procedimento atual é encerrado formalmente, mas o caso não está impedido de retornar à pauta legislativa. O próprio Decreto-Lei 201/1967 prevê a possibilidade de uma nova denúncia ser apresentada, inclusive pelo mesmo denunciante e utilizando os mesmos elementos factuais. Isso é permitido porque não houve deliberação do plenário sobre o mérito, já que o processo foi concluído por encerramento de prazo e não por decisão dos vereadores.

A possibilidade de reinício do processo, conforme a legislação, depende apenas da apresentação de uma nova denúncia que atenda aos requisitos formais. A comissão processante não chegou a votar o conteúdo do relatório final e, por isso, não houve julgamento nem apreciação das acusações. Assim, um novo procedimento pode ser instaurado seguindo os trâmites previstos no decreto federal, incluindo nova análise jurídica e eventual abertura de comissão específica.

O entendimento da Procuradoria se baseou no que estabelece a Súmula Vinculante 46, que define que as normas federais referentes a infrações político-administrativas prevalecem sobre regras internas de Câmaras Municipais. O Decreto-Lei 201/1967 regulamenta o rito para apuração de infrações cometidas por agentes políticos municipais e fixa prazos obrigatórios para conclusão desses processos. A contagem do período de 90 dias, segundo o órgão jurídico da Câmara, teve início a partir da notificação da vereadora e seguiu o calendário previsto na legislação federal.

Com o encerramento do processo por decurso de prazo, a Câmara de Natal conclui a fase processual, mas mantém aberta a possibilidade de nova movimentação caso surja outra denúncia com os mesmos fundamentos ou com novos elementos. O arquivamento não impede que o tema volte a ser analisado pelos parlamentares, caso um novo procedimento seja instaurado conforme as regras legais.

Foto: Francisco de Assis/Câmara de Natal

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Matheus Faustino protocola novo pedido de cassação contra Brisa Bracchi após arquivamento

Matheus Faustino protocola novo pedido de cassação contra Brisa Bracchi após arquivamento

Pedido retoma caso do “Rolé Vermelho” e inclui nova acusação apresentada ao Ministério Público

O vereador Matheus Faustino (União) anunciou, nesta terça-feira (25), que protocolou um novo pedido de cassação contra a vereadora Brisa Bracchi (PT). A iniciativa ocorre após o arquivamento do processo anterior pela Câmara Municipal de Natal, decidido no mesmo dia. Segundo Faustino, o novo pedido retoma pontos já apresentados e acrescenta uma nova acusação encaminhada ao Ministério Público.

O parlamentar afirmou que decidiu protocolar a nova denúncia em resposta ao entendimento jurídico que resultou no arquivamento do processo anterior. Ele classificou as decisões judiciais que influenciaram o desfecho como resultado de uma “manobra jurídica” e de uma “interpretação criativa”. Para ele, não houve julgamento do mérito das acusações apresentadas, o que motivou a retomada do processo.

Nesta terça-feira, a Procuradoria da Câmara manteve a posição de que o prazo máximo para conclusão do procedimento é de 90 dias, conforme o Decreto-Lei 201/1967. A Procuradoria reafirmou o entendimento aplicado ao processo anterior, considerado encerrado porque o prazo se esgotou antes da votação do relatório final.

Matheus Faustino contestou o entendimento e afirmou que a decisão contraria súmulas vinculantes do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele declarou ainda que o Regimento Interno da Câmara prevê até 120 dias para encerramento de um processo de cassação, o que, segundo ele, não teria sido levado em consideração pelas decisões judiciais.

O vereador afirmou que a aplicação do prazo de 90 dias gerou margem para interpretações que interromperam o trâmite do processo. Segundo Faustino, o procedimento anterior foi suspenso em razão de decisões judiciais que alteraram o curso da tramitação estabelecida inicialmente.

O novo pedido de cassação formalizado por Matheus Faustino inclui novamente o caso conhecido como “Rolé Vermelho”, já relatado no processo arquivado. O vereador acrescentou à denúncia uma nova acusação que, segundo ele, foi registrada no Ministério Público. Ele afirmou que Brisa Bracchi teria utilizado emendas parlamentares para financiar quatro festas privadas nas quais haveria cobrança de ingresso.

Faustino declarou que o novo processo foi elaborado levando em consideração a interpretação jurídica que resultou no arquivamento do processo anterior. Ele afirmou que seguirá os parâmetros adotados na decisão, incluindo a contagem do prazo máximo de 90 dias e as regras de intimação da vereadora.

De acordo com o parlamentar, o objetivo é estabelecer coerência entre as decisões judiciais já proferidas e o trâmite do novo processo. Faustino disse que vai observar rigorosamente as normas utilizadas no arquivamento anterior para que o cumprimento dos prazos e notificações siga o mesmo padrão aplicado pela Procuradoria e pelo Judiciário.

O vereador destacou que o novo pedido foi estruturado para atender às exigências legais e regimentais e para permitir que as acusações sejam apreciadas dentro dos limites estabelecidos pela legislação federal. Ele afirmou que pretende acompanhar a tramitação e solicitar que os prazos e procedimentos sejam observados conforme o entendimento jurídico prevalecente.

Com o protocolo do novo pedido, a denúncia será encaminhada para análise inicial, conforme o rito previsto no Decreto-Lei 201/1967. A Câmara deverá avaliar se a denúncia atende aos requisitos formais e se será instaurado novo procedimento de apuração dos fatos relatados pelo vereador.

Foto: Francisco de Assis/Câmara de Natal / Verônica Macêdo/Câmara de Natal

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Flávio e Carlos Bolsonaro visitam Jair Bolsonaro na PF em Brasília após autorização do STF

Flávio e Carlos Bolsonaro visitam Jair Bolsonaro na PF em Brasília após autorização do STF

Visita ocorre após pedido da defesa; autorização prevê 30 minutos para cada filho

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) estiveram, na manhã desta terça-feira (25), na Superintendência Regional da Polícia Federal, em Brasília, para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ambos chegaram ao local às 9h18, após autorização concedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo informações da defesa, o pedido para a visita foi apresentado no sábado (22.nov).

Esta é a primeira vez que os dois filhos visitam Jair Bolsonaro desde que ele foi preso preventivamente, também no sábado (22). De acordo com a autorização judicial, cada um dos filhos pode permanecer por 30 minutos com o ex-presidente, em encontros individuais. O período máximo de permanência autorizado na Superintendência da PF vai até às 11h.

A autorização destaca que os encontros devem ocorrer separadamente, permitindo visita individual de Flávio e, em seguida, de Carlos Bolsonaro. A decisão atende ao pedido da defesa, que havia solicitado visitas de familiares após a prisão preventiva do ex-presidente. O documento de autorização estabelece as regras de acesso e o limite de tempo destinado a cada visitante.

A chegada dos dois ocorreu sem a presença de apoiadores ou críticos no local. Não houve registro de manifestações durante o deslocamento dos parlamentares até a Superintendência da PF. As informações apontam que a visita se concentrou exclusivamente na determinação judicial e nas condições previstas na autorização do ministro Alexandre de Moraes.

A defesa de Jair Bolsonaro havia solicitado que familiares pudessem realizar visitas regulares desde a detenção no sábado. O pedido foi analisado pelo Supremo Tribunal Federal, que estabeleceu as condições específicas para as visitas. O ministro Alexandre de Moraes definiu que somente os dois filhos estariam autorizados a ingressar no local nesta data, com tempo limitado e supervisão da Polícia Federal.

A prisão preventiva de Jair Bolsonaro ocorreu após determinação judicial e foi cumprida na Superintendência Regional da Polícia Federal em Brasília. Desde então, o ex-presidente encontra-se sob custódia, com acesso restrito a visitantes. A visita dos dois filhos segue a primeira autorização concedida após a detenção.

A decisão do ministro Alexandre de Moraes estabelece que, além do limite de tempo, as visitas devem seguir os protocolos internos da Polícia Federal. O procedimento inclui identificação formal dos visitantes e acompanhamento do deslocamento até o local reservado para o encontro individual com o ex-presidente.

Flávio Bolsonaro e Carlos Bolsonaro permanecem autorizados a permanecer na Superintendência da PF até o horário-limite de 11h. O procedimento segue as regras estabelecidas na decisão judicial e faz parte do conjunto de medidas determinadas após a detenção preventiva do ex-presidente.

A visita ocorre dentro das condições previstas no despacho do ministro, que detalha o controle de acesso, o tempo de permanência e as limitações impostas pela custódia preventiva. Não foram registradas ocorrências externas durante a chegada dos parlamentares ao prédio da Polícia Federal.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

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Bolsonaro está estável do ponto de vista clínico e passou a noite sem intercorrência dizem médicos do ex-presidente

Bolsonaro está estável do ponto de vista clínico e passou a noite sem intercorrência dizem médicos do ex-presidente

Boletim médico informa que Jair Bolsonaro permanece estável na sede da Polícia Federal em Brasília após episódio de confusão mental.

Bolsonaro está estável do ponto de vista clínico e passou a noite sem intercorrência dizem médicos do ex-presidente

Bolsonaro está estável do ponto de vista clínico e passou a noite sem intercorrência dizem médicos do ex-presidente, conforme boletim divulgado neste domingo (23). O documento foi assinado pelos médicos Cláudio Birolini, cirurgião-geral, e Leandro Echenique, que visitaram Bolsonaro na sede da Polícia Federal (PF) em Brasília.

Estado clínico

Segundo os profissionais, o ex-presidente permanece estável e não apresentou novos sintomas após ajustes na medicação. Bolsonaro está detido desde a manhã de sábado (22), após decisão judicial motivada por risco de fuga, violação da tornozeleira eletrônica e tentativa de usar aglomeração de apoiadores para dificultar fiscalização das medidas cautelares.

Episódio de confusão mental

O boletim informa que Bolsonaro relatou um episódio de confusão mental e alucinações na noite de sexta-feira (21). Os médicos apontaram que o quadro pode ter sido provocado pelo uso de pregabalina, medicamento prescrito por outro integrante da equipe médica.

De acordo com o documento, a pregabalina apresenta interação relevante com remédios que Bolsonaro já utiliza para crises de soluços, como clorpromazina e gabapentina. A combinação pode causar efeitos colaterais como desorientação, sedação, alterações de equilíbrio, alucinações e prejuízo cognitivo.

O medicamento foi suspenso imediatamente, e os médicos afirmaram que Bolsonaro não apresenta sintomas residuais no momento.

Bolsonaro está estável do ponto de vista clínico
Bolsonaro está estável do ponto de vista clínico

Histórico de saúde

O boletim destaca que Bolsonaro é portador de múltiplas comorbidades e faz uso contínuo de diversos medicamentos devido a internações e cirurgias realizadas desde 2018. Entre os problemas recentes, está um quadro de pneumonia por broncoaspiração e episódios de soluços refratários.

Ajustes no tratamento

A equipe médica informou que realizou ajustes para restabelecer o tratamento anterior e continuará acompanhando o estado clínico do ex-presidente com avaliações periódicas.

Foto: Fernando Frazão/Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

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Após fuga Ramagem recebe a família em aeroporto nos Estados Unidos

Após fuga Ramagem recebe a família em aeroporto nos Estados Unidos

Deputado Alexandre Ramagem, condenado por envolvimento na trama golpista, reencontra esposa e filhas em Miami após deixar o Brasil.

Após fuga Ramagem recebe a família em aeroporto nos Estados Unidos

Após fuga Ramagem recebe a família em aeroporto nos Estados Unidos. A esposa do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), Rebeca Ramagem, publicou neste domingo (23) um vídeo mostrando o momento em que ela e as filhas foram recebidas pelo parlamentar em um aeroporto de Miami.

Ramagem foi condenado em setembro a mais de 16 anos de prisão em regime fechado por participação na trama golpista e estava proibido de deixar o Brasil. A prisão preventiva do deputado foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na sexta-feira (21).

Publicação da família

Na postagem, Rebeca afirmou que desembarcou nos Estados Unidos com as filhas há uma semana com o objetivo de proteger a família. As imagens mostram as crianças correndo pelo aeroporto para abraçar o pai, indicando que o parlamentar e os demais familiares chegaram ao país em momentos diferentes.

A esposa do deputado declarou que a mudança ocorreu por falta de garantia de uma justiça imparcial no Brasil. Ela mencionou o termo “lawfare”, que se refere ao uso da lei como instrumento de perseguição a adversários.

Pedido de prisão e investigação

O PSOL solicitou à Polícia Federal (PF) na quarta-feira (20) a prisão preventiva do deputado, após uma reportagem do portal PlatôBR divulgar fotos de Ramagem em Miami. Segundo a publicação, ele já estava nos Estados Unidos desde setembro. O trajeto teria incluído um voo até Boa Vista, no Acre, seguido de deslocamento por terra até a fronteira com a Venezuela ou a Guiana.

A Câmara dos Deputados informou que não foi comunicada sobre a saída do país e que não houve pedido de afastamento nem aviso prévio à Presidência da Casa. O órgão acrescentou que Ramagem apresentou atestados médicos em dois períodos: de 9 de setembro a 8 de outubro e de 13 de outubro a 12 de dezembro.

Após fuga Ramagem recebe a família em aeroporto nos Estados Unidos
Após fuga Ramagem recebe a família em aeroporto nos Estados Unidos

Decisão do STF

Após o pedido da PF e manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR), Moraes decretou a prisão preventiva do parlamentar. Ramagem estava com o passaporte apreendido e proibido de sair do Brasil, medidas impostas no julgamento da ação sobre a tentativa de golpe. O ministro deverá solicitar a inclusão do nome do deputado na lista de difusão vermelha da Interpol.

Condenação e histórico

Alexandre Ramagem é ex-delegado da Polícia Federal e ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Em setembro, foi condenado pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa. O deputado sempre negou envolvimento na trama golpista.

Foto: Fellipe Sampaio/STF/Lula Marques/Agência Brasl

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Bolsonaro admite que usou ferro quente para abrir tornozeleira

Bolsonaro admite que usou ferro quente para abrir tornozeleira

Relatório aponta tentativa de danificação do equipamento que monitorava o ex-presidente.

Bolsonaro admite que usou ferro quente para abrir tornozeleira

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), preso na manhã de sábado (22), admitiu ter utilizado um ferro de solda para tentar abrir a tornozeleira eletrônica que usava como medida cautelar determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A informação consta em relatório da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (SEAPE-DF).

Relatório aponta tentativa de violação

O documento elaborado pela equipe policial indica que houve acionamento para verificar possível danificação do equipamento. A análise confirmou sinais de avaria, incluindo marcas de queimadura em toda a circunferência da tornozeleira, especialmente na região de fechamento do case.

A constatação levou à prisão preventiva do ex-presidente por risco de fuga. O relatório da Polícia Federal descreve que o equipamento apresentava “sinais claros e importantes de avaria”, reforçando a suspeita de tentativa deliberada de remoção.

Contexto da prisão

Bolsonaro estava submetido a medidas cautelares impostas pelo STF, incluindo uso de tornozeleira eletrônica, após condenação por tentativa de golpe de Estado. A pena fixada é de 27 anos e três meses, mas ainda não transitou em julgado. A prisão preventiva foi decretada para evitar evasão e garantir cumprimento das determinações judiciais.

O episódio ocorre em meio à análise do Supremo sobre a manutenção da prisão preventiva. A Primeira Turma da Corte deve avaliar se a medida será mantida ou substituída por outra menos gravosa.

Bolsonaro admite que usou ferro quente para abrir tornozeleira
Bolsonaro admite que usou ferro quente para abrir tornozeleira

Próximos passos

Com a confirmação da tentativa de violação da tornozeleira, o caso pode influenciar decisões futuras sobre o regime de cumprimento da pena. A prisão preventiva tende a ser seguida pela execução da condenação em regime fechado, caso os recursos sejam esgotados.

Foto: Divulgação/SEAP/Gustavo Moreno/Agência Brasil

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Bolsonaro será submetido a audiência de custódia neste domingo (23)

Bolsonaro será submetido a audiência de custódia neste domingo (23)

Ex-presidente passa por audiência após prisão preventiva determinada pelo STF.

Bolsonaro será submetido a audiência de custódia neste domingo (23)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participa neste domingo (23) de audiência de custódia, um dia após ser preso preventivamente por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O procedimento ocorre na sede da Polícia Federal em Brasília.

Objetivo da audiência

A audiência de custódia é obrigatória em casos de prisão e tem como finalidade verificar a legalidade da detenção e garantir que não houve violação de direitos fundamentais. O juiz responsável avalia se a prisão respeitou as normas legais e se houve irregularidades na abordagem policial. O encontro não discute o mérito da acusação, mas apenas a forma como a prisão foi executada.

Motivos da prisão preventiva

Bolsonaro foi preso preventivamente após descumprimento de medidas cautelares impostas pelo STF. Entre os fatores apontados na decisão estão a convocação de uma vigília nas proximidades da residência do ex-presidente, considerada tentativa de obstruir a fiscalização, e a violação da tornozeleira eletrônica. Segundo informações do processo, Bolsonaro tentou danificar o equipamento, o que indicaria risco de fuga.

A prisão preventiva não tem prazo definido e foi decretada para garantir a ordem pública e evitar evasão. A decisão também levou em conta a proximidade do início da execução da pena de 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, já que os recursos contra essa condenação estão em fase final de análise.

Bolsonaro será submetido a audiência de custódia
Bolsonaro será submetido a audiência de custódia

Próximos passos no STF

Após a audiência de custódia, a Primeira Turma do STF deve se reunir para analisar a decisão de Alexandre de Moraes. O colegiado poderá manter a prisão preventiva ou substituí-la por medida menos gravosa, como retorno à prisão domiciliar. Caso a decisão seja confirmada, Bolsonaro poderá permanecer preso até o trânsito em julgado da condenação, quando deverá iniciar o cumprimento da pena em regime fechado.

Condições da detenção

Bolsonaro está custodiado em uma sala especial na sede da Polícia Federal em Brasília, espaço reservado para autoridades. O local possui cama, banheiro privativo, mesa de trabalho, frigobar e ar-condicionado. A estrutura foi adaptada para longas detenções e conta com vigilância permanente e acompanhamento médico.

Foto:  Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

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Justiça rejeita embargos da Câmara em 4ª decisão do caso Brisa Bracchi

Justiça rejeita embargos da Câmara em 4ª decisão do caso Brisa Bracchi

Tribunal de Justiça mantém prazo mínimo de 72 horas para convocação de sessões de julgamento.

Justiça rejeita embargos da Câmara em 4ª decisão do caso Brisa Bracchi

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte rejeitou embargos de declaração apresentados pela Procuradoria da Câmara Municipal de Natal no processo que trata do pedido de cassação da vereadora Brisa Bracchi (PT). A decisão foi proferida pelo desembargador Dilermando Mota na quarta-feira (19).

Prazo mínimo mantido

A decisão mantém a exigência de que a Câmara observe o prazo mínimo de 72 horas para convocar sessões de julgamento, conforme previsto no regimento interno. A Casa tentava reduzir esse período para 24 horas, alegando que normas municipais não poderiam estabelecer prazos superiores aos previstos na legislação federal.

O magistrado considerou que a competência da União estabelece garantias mínimas, que podem ser ampliadas por regimentos internos em favor do acusado. O prazo de 72 horas foi adotado pela própria Câmara em todos os atos anteriores do processo, não podendo ser alterado apenas no ato final.

Embargos rejeitados

Os embargos foram classificados como tentativa de rediscussão do mérito da causa, sem que houvesse omissão, contradição ou obscuridade a ser sanada. A Procuradoria também questionou se os prazos do processo estariam suspensos durante as decisões judiciais e qual prazo deveria prevalecer para conclusão da cassação, mas essas questões não integram o objeto da ação, que trata especificamente da convocação irregular da sessão.

Justiça rejeita embargos da Câmara
Justiça rejeita embargos da Câmara

Histórico do caso

Esta é a quarta decisão judicial relacionada ao processo. A sessão que decidiria a cassação estava prevista para a manhã da terça-feira (18), após a Comissão Especial Processante (CEP) encaminhar o parecer do relator ao presidente da Câmara Municipal.

A sessão foi suspensa pelo desembargador plantonista do TJRN, Cornélio Alves, que considerou irregular a intimação da vereadora por descumprir o prazo mínimo de 72 horas. O presidente da Câmara remarcou o julgamento para o dia seguinte, quarta-feira (19), mas o juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública também reconheceu o desrespeito ao prazo e determinou nova suspensão.

Ainda na noite da quarta-feira (19), o desembargador Dilermando Mota reforçou que qualquer convocação futura deve observar obrigatoriamente as 72 horas previstas pelo regimento interno e pelo Código de Processo Civil. A decisão destacou que a Câmara havia ignorado determinação anterior do desembargador plantonista.

Próximos passos

Com a manutenção do prazo mínimo, a Câmara Municipal deverá ajustar o cronograma do processo para garantir a legalidade das convocações. O caso segue em análise, e novas movimentações dependem do cumprimento das normas regimentais e das decisões judiciais já proferidas.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração / Francisco de Assis/CMN

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Tornozeleira eletrônica de Bolsonaro foi violada e STF decreta prisão preventiva

STF confirma violação de tornozeleira eletrônica de Bolsonaro e aponta risco de fuga

Alexandre de Moraes aponta risco de fuga após violação do equipamento e convocação de vigília

STF confirma violação de tornozeleira eletrônica de Bolsonaro e aponta risco de fuga

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou neste sábado (22) a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro após constatar a violação da tornozeleira eletrônica que monitorava sua prisão domiciliar. O equipamento foi rompido à meia-noite e oito minutos, segundo comunicado do Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal.

Na decisão, Moraes afirmou que a violação indica intenção de fuga, possivelmente facilitada por uma manifestação convocada pelo senador Flávio Bolsonaro para a noite deste sábado. O ministro destacou que o ato, apresentado como vigília pela saúde do ex-presidente, poderia gerar aglomeração e tumulto, comprometendo a fiscalização das medidas cautelares.

O magistrado ressaltou que a convocação segue o mesmo padrão de mobilizações anteriores, consideradas estratégias para obstruir decisões judiciais. Moraes apontou ainda que a residência de Bolsonaro fica a cerca de 13 quilômetros do Setor de Embaixadas Sul, distância que poderia ser percorrida em menos de 15 minutos, aumentando o risco de tentativa de asilo político.

Tornozeleira eletrônica de Bolsonaro foi violada
Tornozeleira eletrônica de Bolsonaro foi violada

Segundo a decisão, o vídeo divulgado por Flávio Bolsonaro incita desrespeito à Constituição e às instituições, reforçando a necessidade da prisão preventiva para garantir a ordem pública. A Polícia Federal cumpriu o mandado por volta das 6h da manhã, levando Bolsonaro para a Superintendência da PF em Brasília, onde ficará em uma sala especial destinada a ex-presidentes.

A defesa do ex-presidente informou que não vai se manifestar sobre a decisão. Bolsonaro estava em prisão domiciliar desde agosto, após descumprir medidas cautelares relacionadas ao uso de redes sociais. Ele foi condenado em setembro a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, mas ainda recorre da sentença.

Foto:  Fabio Rodrigues-Pozzebom/Fernando Frazão/Agência Brasil

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Bolsonaro é preso preventivamente a pedido da Polícia Federal

Bolsonaro é preso preventivamente a pedido da Polícia Federal

Decisão do STF cita risco de fuga e convocação de vigília; prisão ocorreu sem algemas e sem exposição à imprensa.

Bolsonaro é preso preventivamente a pedido da Polícia Federal

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso na manhã deste sábado (22) após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A prisão preventiva foi solicitada pela Polícia Federal (PF) e autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes. A medida tem caráter cautelar e não está relacionada diretamente à condenação por tentativa de golpe de Estado.

Segundo a decisão, o risco elevado de fuga motivou a ordem judicial. O Centro de Monitoração Integrada do Distrito Federal comunicou ao STF que houve violação da tornozeleira eletrônica às 0h08 deste sábado. Moraes também mencionou a convocação de uma vigília em frente ao condomínio do ex-presidente, feita pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), como indício de tentativa de obstrução da fiscalização das medidas cautelares.

O ministro destacou que, durante as investigações que levaram à condenação de Bolsonaro, foi identificado um plano para solicitar asilo político na embaixada da Argentina. O condomínio onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar fica a cerca de 13 quilômetros do Setor de Embaixadas Sul, distância que pode ser percorrida em menos de 15 minutos de carro.

Na decisão, Moraes também citou os deputados Alexandre Ramagem, Carla Zambelli e Eduardo Bolsonaro, que deixaram o país para evitar medidas judiciais, reforçando o risco de fuga do ex-presidente.

Bolsonaro foi detido por volta das 6h e levado à sede da Polícia Federal às 6h35. Após os trâmites iniciais, foi encaminhado para a Superintendência da PF no Distrito Federal, onde ficará em uma “Sala de Estado”, espaço reservado para autoridades. A Polícia Federal informou que cumpriu o mandado expedido pelo STF.

Bolsonaro é preso preventivamente
Bolsonaro é preso preventivamente

Prisão ocorreu sem algemas e sem exposição à imprensa

O ministro Alexandre de Moraes determinou que a prisão preventiva fosse realizada sem uso de algemas e sem exposição à imprensa. A ordem foi encaminhada à Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal, com orientação para que a ação respeitasse a dignidade do ex-presidente.

A decisão também autorizou que a equipe policial definisse o uso de uniforme e armamento conforme necessidade. A prisão preventiva não tem prazo determinado e foi justificada para garantir a ordem pública diante da convocação de apoiadores para vigília no condomínio.

Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses por tentativa de golpe, mas a prisão atual não está vinculada à execução dessa pena. Os recursos ainda estão em andamento, e a defesa tenta evitar a transição para regime fechado, alegando problemas médicos e risco à vida no sistema prisional.

Michelle Bolsonaro publica mensagem bíblica após prisão

Logo após a prisão do ex-presidente, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro publicou uma mensagem com referência bíblica em seu perfil no Instagram. A postagem, feita neste sábado (22), incluiu um versículo do Salmo 121: “Levantarei os meus olhos para os montes, de onde vem o meu socorro”. Michelle também escreveu: “Eu confio no Senhor”.

Foto: Lula Marques/Tânia Rêgo/Agência Brasil

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Concursos da Educação e Saúde: Governo do RN prevê nomeações até dezembro

Concursos da Educação e Saúde: Governo do RN prevê nomeações até dezembro

Estado confirma convocação de aprovados nas áreas de educação e saúde e analisa vacâncias para ampliar nomeações

Governo do RN anuncia nomeações dos concursos da Educação e Saúde em dezembro

O Governo do Rio Grande do Norte deverá iniciar, no próximo mês, a convocação dos aprovados nos concursos públicos da Educação e da Saúde, conforme informações da Secretaria de Estado da Administração (Sead/RN). Segundo a pasta, está garantida a nomeação de todos os candidatos aprovados dentro do número de vagas ofertadas em cada certame.

Para a área da Educação, foram abertas 729 vagas. Na Saúde, o concurso disponibilizou 306 vagas efetivas, além da formação de cadastro reserva distribuído em 90 especialidades de nível superior. A Sead informou ainda que o Governo avalia o número de vacâncias existentes nos dois setores com o objetivo de ampliar o volume de nomeações.

Estudos sobre vacâncias na Saúde

Em relação ao concurso da Saúde, a Sead explicou que estava prevista, para esta quarta-feira (19), uma audiência entre a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN). O encontro teria como objetivo a apresentação de um estudo técnico referente ao número de vacâncias, documento considerado essencial para viabilizar uma ampliação de nomeações por meio de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC).

Segundo informações da Sead, o estudo pretende identificar tanto as vacâncias quanto as vagas atualmente ocupadas por servidores que não pertencem ao quadro efetivo. A pasta acrescentou que, caso seja constatada uma necessidade superior ao número de vacâncias existentes, o Governo buscará a celebração de um TAC com o Ministério Público para permitir nomeações acima desse limite.

A reportagem procurou a Sesap para verificar se houve alguma deliberação durante a audiência, mas não obteve resposta até o fechamento do texto.

Estudos sobre vacâncias na Educação

Sobre o concurso da Educação, a Sead informou que a Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer (SEEC) concluiu o estudo técnico referente às vacâncias. Esse material será encaminhado ao Gabinete Civil para tratativas com o Ministério Público.

De acordo com a Sead, o planejamento de nomeações na Educação está relacionado, principalmente, aos quantitativos que excedem as vacâncias. A pasta destacou que esse cenário decorre do aumento da rede estadual de ensino nos últimos anos, com a implantação dos Institutos Estaduais de Educação Profissional, Ciência e Tecnologia (IERNs) e da expansão das vagas em tempo integral.

A previsão informada pela Sead é de que as nomeações da Educação sejam efetivadas até o final de dezembro. No entanto, números precisos só serão divulgados após o diálogo formal com o Ministério Público.

A reportagem também entrou em contato com a SEEC para obter esclarecimentos adicionais, mas a secretaria não respondeu.

Competência das secretarias e dados dos concursos

A Sead ressaltou que as definições sobre a quantidade de vagas e os locais de atuação dos futuros nomeados são de responsabilidade exclusiva das equipes técnicas da Sesap e da SEEC.

O concurso da Educação do RN aplicou provas objetivas e discursivas no dia 19 de janeiro deste ano, recebendo mais de 30 mil inscrições em nove cidades do estado. Já o concurso da Saúde registrou 26.346 inscritos, com 14.526 candidatos aprovados.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração / Carmem Félix/Governo do RN

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Bolsonaro pode começar a cumprir pena em regime fechado ainda em novembro

Bolsonaro pode começar a cumprir pena em regime fechado ainda em novembro

Publicação do acórdão desencadeia contagem de prazos recursais; Ministro Alexandre de Moraes pode autorizar execução da pena antes do fim de novembro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode iniciar, ainda em novembro, o cumprimento de sua pena em regime fechado, segundo especialistas, após a publicação do acórdão que rejeitou os embargos de declaração apresentados por sua defesa.

Contagem de prazos recursais

Com a publicação da ata do julgamento pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), na segunda-feira (17), formaliza-se o resultado da rejeição dos embargos de declaração. Esse tipo de recurso busca esclarecer omissões ou contradições no julgamento, mas foi considerado improcedente no caso por unanimidade.

Após a publicação, começa a correr o prazo para novos recursos.

Especialistas ouvidos afirmam que, com o encerramento das etapas recursais, poderá ocorrer o trânsito em julgado, momento em que a condenação se torna definitiva e a execução da pena pode ser iniciada.

Recursos possíveis: embargos e infringentes

A defesa ainda pode apresentar novos embargos de declaração, prazo de até cinco dias a partir da publicação do acórdão, mas esse recurso só serve para esclarecimentos, sem possibilitar a reversão da condenação.

Também está prevista a possibilidade de embargos infringentes, recurso usado para contestar o mérito da decisão quando há divergência entre votos. No entanto, para que sejam aceitos, normalmente é necessário haver ao menos dois votos divergentes. No julgamento original, houve apenas um voto contrário — do ministro Luís Roberto Barroso –- ou segundo fontes, do ministro Luiz Fux.

Se o relator, ministro Alexandre de Moraes, entender que os recursos são protelatórios, ele pode rejeitá-los de plano.

Possibilidade de início da execução da pena

Especialistas afirmam que, encerrados os recursos considerados, Bolsonaro deverá começar a cumprir a pena em regime fechado, conforme previsto na sentença original. A condenação, segundo esclarecem, é de 27 anos e 3 meses de prisão.

O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, terá poder para determinar o início da execução da pena. Ele pode autorizar a prisão imediatamente após o trânsito em julgado ou, se considerar que os recursos são uma manobra protelatória, antecipar a ordem de prisão.

Caso os recursos sejam rejeitados definitivamente, o regime fechado é o mais provável para o cumprimento da pena. A legislação brasileira determina regime inicial fechado para penas altas.

Contexto da condenação

Bolsonaro foi condenado pela Primeira Turma do STF por crimes relacionados à trama golpista, incluindo tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada e atentado contra o Estado Democrático de Direito. A sentença foi proferida em 11 de setembro de 2025.

Além da condenação, a defesa argumentou, em recursos anteriores, que Bolsonaro desistiu voluntariamente da empreitada golpista e requereram o recálculo da pena com base neste entendimento. Essa tese, porém, foi rejeitada pelo ministro Alexandre de Moraes, que afirmou que não houve desistência comprovada.

Cenário para a ordem de prisão

Com a rejeição dos embargos de declaração já ocorrida e o prazo para novos recursos em curso, analistas apontam para a possibilidade de uma ordem de prisão ainda na última semana de novembro.

Se os embargos infringentes forem negados, a defesa ainda poderá apresentar agravo, o que poderia levar a uma reanálise pela Primeira Turma.

Em caso de prisão, o regime inicial deve ser fechado, mas há discussão sobre o local de cumprimento. Já foram citadas possibilidades como o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, ou outras unidades seguras conforme a legislação prevê para penas elevadas.

Foto: Alan Santos/PR / Marcos Corrêa/PR

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Governo federal destina R$ 71,7 milhões para contratação de cabines em navios na COP30

Governo federal destina R$ 71,7 milhões para contratação de cabines em navios na COP30

Contratação inclui 450 cabines exigidas pela UNFCCC e outras 400 para a delegação brasileira

O governo federal investiu R$ 71,7 milhões na contratação de 850 cabines em navios de cruzeiro utilizados como hospedagem durante a COP30, realizada em Belém (PA). A medida atende às exigências logísticas da conferência e cumpre o acordo firmado com a UNFCCC, que previa a disponibilização mínima de 450 cabines para delegações de países pobres. Essa primeira cota obrigatória representa um custo de R$ 26,3 milhões.

Além das cabines estabelecidas no acordo internacional, o governo adquiriu outras 400 unidades adicionais, destinadas à delegação brasileira, em contratação avaliada em R$ 45,4 milhões. Os valores foram informados pela Secretaria Extraordinária da COP30 (Secop30), que esclareceu que o total investido ainda pode sofrer alteração, já que o evento segue até 21 de novembro. Os pagamentos serão efetuados apenas após a conferência, considerando a quantidade de cabines que não forem comercializadas no período.

A operação de hospedagem flutuante é resultado de contratação realizada pela Embratur, que selecionou a operadora Qualitours. A empresa é responsável por disponibilizar os navios MSC Seaview e Costa Diadema, atracados no Terminal Portuário de Outeiro, em Belém. As embarcações foram mobilizadas para suprir o déficit de leitos na cidade durante a realização da cúpula climática.

Belém, segundo dados do governo, teria necessidade de mais que dobrar sua capacidade hoteleira para abrigar o público estimado de 60 mil pessoas ao longo do evento. A utilização de navios como hospedagem temporária foi adotada como alternativa para evitar a sobrecarga da rede hoteleira local e garantir estrutura adequada para delegações, equipes técnicas e outras representações participantes.

A proposta de uso de cruzeiros também se insere no planejamento logístico da COP30, que exige suporte amplo para acomodação de chefes de Estado, diplomatas, especialistas, representantes de organizações internacionais e demais participantes. Os navios disponibilizados contam com estrutura completa para hospedagem, alimentação e serviços operacionais compatíveis com as necessidades da conferência.

A Secop30 reiterou que a contratação segue condicionada à demanda e que os valores definitivos serão conhecidos somente após o encerramento do evento. A Qualitours foi procurada pela imprensa, mas não comentou sobre os custos vinculados à operação.

Foto: Ricardo Stuckert / PR

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Lula indica Jorge Messias para vaga no STF

Lula indica Jorge Messias para vaga no STF

Advogado-geral da União é escolhido para substituir Luís Roberto Barroso e aguarda sabatina no Senado

Lula indica Jorge Messias para vaga no STF

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou, nesta quinta-feira (20), o advogado-geral da União, Jorge Messias, para ocupar uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A confirmação foi feita pelo Palácio do Planalto.

Messias foi escolhido para assumir a cadeira deixada pelo ministro Luís Roberto Barroso, que anunciou aposentadoria antecipada e deixou o tribunal no mês passado. Aos 45 anos, o indicado poderá permanecer na Corte por até 30 anos, período que se estende até completar 75 anos, idade prevista para aposentadoria compulsória no serviço público.

Para assumir o cargo, Messias ainda precisa passar pela sabatina da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Após a etapa, seu nome será submetido a votação no colegiado e, posteriormente, ao plenário da Casa. A data da sabatina ainda será definida pela presidência da comissão.

Jorge Messias está no comando da Advocacia-Geral da União desde 1º de janeiro de 2023, início do terceiro mandato presidencial de Lula. Sua indicação ocorre em um momento de renovação no Supremo decorrente da saída de Barroso, que ocupou a presidência da Corte antes de se aposentar.

Nascido no Recife, Messias é procurador concursado da Fazenda Nacional desde 2007. É graduado em Direito pela Faculdade de Direito do Recife (Universidade Federal de Pernambuco – UFPE) e possui títulos de mestre e doutor pela Universidade de Brasília (UnB).

Durante o governo da presidenta Dilma Rousseff, Messias atuou como subchefe para Assuntos Jurídicos da Presidência da República, órgão responsável pelo assessoramento jurídico direto à chefe do Executivo. No período, integrou a estrutura da Presidência em temas relacionados à análise jurídica de atos e medidas governamentais.

A indicação de Messias será encaminhada ao Senado, que conduzirá o processo de avaliação previsto para integrantes do Supremo Tribunal Federal. A sabatina na CCJ e as votações subsequentes definirão se o advogado-geral da União será confirmado como novo ministro do STF.

Fotos: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil / Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil / José Cruz/Agência Brasil

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Pedro Lopes pede exoneração da Secretaria de Administração do RN

Pedro Lopes pede exoneração da Secretaria de Administração do RN

Secretário deixa governo Fátima para assumir vice-presidência da Fenafisco

Pedro Lopes pede exoneração da Secretaria de Administração do RN

O secretário de Administração do Rio Grande do Norte, Pedro Lopes, pediu exoneração do cargo que ocupava desde o segundo mandato da governadora Fátima Bezerra. O anúncio foi feito por ele nas redes sociais, enquanto o pedido oficial havia sido encaminhado à governadora no último dia 11. A decisão encerra um ciclo iniciado em 2019, quando assumiu posições estratégicas na gestão estadual.

Pedro Lopes afirmou que deixará o governo para assumir, na próxima semana, a vice-presidência da Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco). Segundo ele, o retorno à entidade representa uma continuidade em sua atuação ligada à administração tributária e ao serviço público. O secretário destacou que está “voltando para onde veio”, sinalizando uma transição de carreira já planejada.

A presença de Pedro Lopes no governo Fátima Bezerra começou no primeiro dia da atual gestão estadual, quando assumiu a Controladoria Geral do Estado em 1º de janeiro de 2019. Na função, participou de processos internos de controle e auditoria. Posteriormente, foi designado para comandar a Secretaria de Administração, pasta responsável pela gestão de servidores, organização administrativa e processos estruturais do governo.

Durante o período à frente da Secretaria de Administração, o órgão conduziu políticas relacionadas à estrutura administrativa do Estado e ao gerenciamento de recursos humanos. A pasta desempenha papel central em medidas de organização interna e manutenção de fluxos operacionais do governo. A mudança no comando implica uma nova etapa para a gestão, que deverá definir substituto para dar continuidade às atividades da secretaria.

A saída de Pedro Lopes foi comunicada publicamente por meio de nota divulgada nas redes sociais. No comunicado, ele agradeceu à governadora Fátima Bezerra pela confiança durante os anos em que fez parte da equipe administrativa. O pedido de exoneração, já protocolado anteriormente, formaliza sua transição para o novo cargo na Fenafisco.

O desligamento ocorre em um momento em que o governo do RN enfrenta dificuldades para manter nomes experientes em funções estratégicas. A saída do secretário abre espaço para mais uma alteração na estrutura administrativa estadual, que já passou por outras mudanças ao longo da gestão. O movimento reforça percepções de desgaste e desafios enfrentados pela administração estadual.

Com a exoneração encaminhada, o governo deverá anunciar, nas próximas semanas, quem assumirá a Secretaria de Administração. O novo titular será responsável por dar continuidade aos processos internos da pasta e seguir com as diretrizes já estabelecidas. A transição ocorre paralelamente ao início das atividades de Pedro Lopes na vice-presidência da Fenafisco, entidade nacional voltada à representação de servidores da administração tributária.

Foto: Eduardo Maia/ALRN/Ilustração

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Hugo Motta critica governo Lula após aprovação do PL Antifacção na Câmara

Hugo Motta critica governo Lula após aprovação do PL Antifacção na Câmara

Presidente da Câmara afirma que governo cria “falsas narrativas” sobre projeto de combate ao crime organizado

Hugo Motta critica governo Lula após aprovação do PL Antifacção na Câmara

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos–PB), criticou nesta quarta-feira (20) o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a aprovação do PL Antifacção. Em publicação nas redes sociais, Motta afirmou que o Executivo adotou “o caminho errado” ao se posicionar contra o texto aprovado e acusou o governo de criar “falsas narrativas” sobre os efeitos da proposta.

Segundo o presidente da Câmara, a iniciativa reforça a capacidade do Estado no enfrentamento ao crime organizado. Motta afirmou que não é possível “desinformar a população com inverdades” e destacou que a proposta tem como objetivo estabelecer um marco legal para combater facções, milícias e grupos paramilitares.

O posicionamento ocorre um dia após o plenário aprovar o projeto relatado por Guilherme Derrite (PP–SP), secretário de Segurança Pública de São Paulo. Embora o PL tenha sido originalmente apresentado pelo governo federal, a base governista votou contra o texto final. Entre os pontos de discordância estão o financiamento da Polícia Federal e a avaliação de que o projeto pode gerar sobreposição de legislações.

Reação do governo Lula

Mais cedo, o presidente Lula criticou a aprovação do texto e afirmou que o projeto alterado “enfraquece o combate ao crime”. O chefe do Executivo defendeu a necessidade de leis “firmes e seguras”, mas argumentou que modificações feitas pela Câmara criam insegurança jurídica.

Lula afirmou que “trocar o certo pelo duvidoso só favorece quem quer escapar da lei” e reiterou que o governo havia proposto um projeto com diretrizes diferentes das aprovadas em plenário. O Executivo tentou modificar trechos por meio de destaques, mas foi derrotado.

Pontos principais do PL Antifacção

O chamado marco legal do combate ao crime organizado estabelece novas diretrizes para enfrentar facções criminosas, milícias e grupos armados. Entre as medidas previstas no texto estão:

  • criação de um marco legal específico para facções, milícias e grupos paramilitares;
  • penas entre 20 e 40 anos de prisão, podendo chegar a 66 anos;
  • tipificação das condutas como crimes hediondos;
  • ampliação do confisco de bens, inclusive de forma antecipada;
  • criação de um banco nacional de registro de criminosos;
  • restrições à progressão de regime;
  • regras mais rígidas para comunicação de presos.

O projeto foi aprovado por 370 votos a 110.

Movimentação de governadores e impacto político

A aprovação do PL Antifacção mobilizou governadores e lideranças políticas com atuação na área de segurança pública. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), comentou o resultado logo após a votação e afirmou que a medida representa um avanço no enfrentamento ao crime organizado.

Tarcísio voltou a tratar do assunto nesta quarta-feira (20) e declarou que parte dos deputados votou contra o texto por questões ideológicas. Para ele, o país decidiu enfrentar o tema “pela lente da realidade”.

Outros governadores que buscam projeção nacional também acompanharam as discussões. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), esteve no plenário da Câmara durante a votação e dialogou com Derrite, parlamentares da oposição e o presidente da Casa. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), participou das conversas com lideranças partidárias antes da votação.

Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, também se reuniu com Motta e Derrite na semana anterior ao debate. Aliado de Tarcísio, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), classificou o resultado como positivo para o grupo político de oposição.

Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados / Bruno Peres/Agência Brasil / Martin Vassilev

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Matheus Faustino fala em “venda de sentença” após decisões suspenderem processo contra Brisa Bracchi

Matheus Faustino fala em “venda de sentença” após decisões suspenderem processo contra Brisa Bracchi

Justiça suspendeu duas sessões marcadas para votação do pedido de cassação; vereador afirma que fala foi interpretada fora do contexto

Vereador Matheus Faustino volta a falar em “venda de sentença” e divulga nota após decisões suspenderem processo contra Brisa Bracchi

O vereador Matheus Faustino (União Brasil) reafirmou, nesta quarta-feira (19), declarações que fez sobre uma suposta “venda de sentenças” envolvendo decisões judiciais relacionadas ao processo de cassação da vereadora Brisa Bracchi (PT). As falas ocorreram após a Justiça do Rio Grande do Norte suspender duas sessões da Câmara Municipal de Natal que votariam o pedido de cassação. Posteriormente, o parlamentar divulgou uma nota pública para explicar suas afirmações.

A primeira declaração ocorreu durante entrevista a uma rádio na terça-feira (18) e foi repetida por Faustino na quarta-feira (19), em entrevista à Inter TV Cabugi. Ao ser questionado sobre as decisões judiciais, o vereador afirmou que a interpretação adotada pelo Judiciário poderia levar a população a “desconfiar de uma possível venda de sentença”, embora não tenha apresentado provas.

Segundo Faustino, sua crítica estava relacionada ao uso combinado das regras do regimento interno da Câmara e do Decreto-Lei nº 201/1967, que estabelece normas sobre processos envolvendo prefeitos e vereadores. O parlamentar argumenta que haveria contradição entre os dispositivos utilizados nas decisões.

A sessão marcada para terça-feira (18) foi suspensa após Brisa Bracchi alegar que o regimento interno da Câmara Municipal prevê prazo mínimo de 72 horas para notificação da defesa em processos dessa natureza. A notificação teria ocorrido com menos de 24 horas. A Câmara remarcou a votação para quarta-feira (19), mas a Justiça novamente suspendeu a sessão pelos mesmos fundamentos.

Com a nova suspensão, a Câmara Municipal deixaria de cumprir o prazo de 90 dias previsto no Decreto-Lei nº 201/67 para conclusão do processo de cassação. Diante disso, a defesa da vereadora pediu o arquivamento do procedimento.

Divergência entre prazos

A Procuradoria da Câmara informou que aplicou ao processo o Decreto-Lei nº 201/67, que prevê prazo de 24 horas para notificações e de 90 dias para conclusão. Já o regimento interno da Câmara estabelece 72 horas para notificações e 120 dias para conclusão.

Prazos elencados nos dispositivos:

Decreto-Lei nº 201/67:
– 24 horas para notificações
– 90 dias para conclusão do processo

Regimento Interno da Câmara de Natal:
– 72 horas para notificações
– 120 dias para conclusão do processo

Faustino afirmou que o Supremo Tribunal Federal, por meio da Súmula Vinculante nº 46, definiu que apenas a União pode legislar sobre a matéria, e que, portanto, deveria prevalecer o decreto federal. Ele questionou o fato de o Judiciário considerar o regimento em relação ao prazo de notificação, mas aplicar o decreto no prazo final para encerramento do processo.

“Ao meu ver, está muito claro o que está acontecendo”, disse o parlamentar ao comentar a decisão.

Procurado pela reportagem, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte informou, por meio da assessoria, que não vai se pronunciar sobre as declarações do vereador.

A vereadora Brisa Bracchi reagiu dizendo que a fala de Faustino seria criminosa e que ele deveria indicar “quem comprou e quem vendeu a sentença”.

Vídeos e novas declarações antes da nota oficial

Na quarta-feira (19), antes de divulgar a nota, Faustino publicou vídeos nas redes sociais com novas referências à expressão “venda de sentença”. Em uma das gravações, ele afirmou que, caso a interpretação do regimento interno fosse aplicada juntamente ao prazo final previsto no decreto, isso significaria que “o desembargador vendeu a sentença”. A fala repete declaração feita horas antes à rádio 96 FM.

As gravações circularam no mesmo dia em que a segunda suspensão judicial foi determinada.

Nota pública de Matheus Faustino

Após a repercussão das falas, o vereador divulgou uma nota oficial dizendo que sua manifestação não teve o objetivo de atribuir a juízes qualquer prática ilícita.

Entre os pontos afirmados na nota, o parlamentar declarou:

  • que não citou nominalmente nenhum magistrado ou decisão;
  • que suas falas ocorreram no contexto político do debate sobre o processo de cassação;
  • que se referiu a um cenário “hipotético e abstrato”;
  • que a crítica dizia respeito a critérios jurídicos que poderiam ser adotados;
  • que não fez acusação direta ou indireta de conduta antiética;
  • que entende suas manifestações como parte da liberdade de expressão política.

Confira a nota na íntegra:

“Venho a público esclarecer a interpretação decorrente de minha manifestação proferida no contexto do debate sobre o processo de cassação da Vereadora Brisa Bracchi.

Minha fala não teve o propósito de atribuir a algum juiz, de forma direta ou indireta, qualquer prática ilícita, especialmente o crime de venda de sentença. Inclusive, não citei nominalmente nenhum magistrado ou decisão proferida.

Minha manifestação ocorreu em ambiente político, em meio a discussões intensas sobre a correta aplicação das normas que regem os processos de cassação no âmbito do Poder Legislativo.

Em todo momento me referi a um cenário hipotético e abstrato, destacando uma eventual escolha de critérios jurídicos que beneficiassem a Vereadora Brisa Bracchi em seu processo. A utilização, de maneira híbrida, de um regramento menos adequado (Regimento Interno) juntamente com o regramento previsto no Decreto-Lei nº 201/67, poderia ser interpretada socialmente como favorecimento indevido, tendo em vista que a Súmula Vinculante nº 46 consolida o entendimento de que a legislação aplicável é o Decreto-Lei nº 201/67.

Em nenhum momento houve afirmação de que qualquer magistrado responsável pelo caso teria conduta antiética, criminosa ou movida por interesses pessoais.

Ressalta-se que a fala, ainda que incisiva, insere-se no âmbito da liberdade de expressão política, um direito constitucionalmente protegido, sobretudo no exercício do mandato eletivo. A crítica foi dirigida ao critério jurídico que eventualmente viesse a ser adotado, e não à honra, reputação ou integridade de qualquer juiz.

Reafirmo meu irrestrito respeito ao Poder Judiciário, reconhecendo seu papel essencial no Estado Democrático de Direito.

A intenção sempre foi contribuir para o debate público, defendendo a observância do regimento jurídico adequado para processos dessa natureza no âmbito da Câmara Municipal.

Por fim, reitero que qualquer interpretação de minha fala como acusação pessoal, direta ou indireta a algum magistrado, não corresponde ao teor nem ao espírito de sua manifestação, sendo fruto de interpretação extrapolada ou descontextualizada.

Com coragem, Matheus Faustino”

Foto: Francisco de Assis/Câmara de Natal / Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Impasse jurídico sobre cassação de Brisa Bracchi gera novas tensões na Câmara de Natal

Impasse jurídico sobre cassação de Brisa Bracchi gera novas tensões na Câmara de Natal

Decisões judiciais, divergências sobre prazos e declarações de vereadores ampliam o conflito em torno do processo de cassação

A quarta-feira (19) na Câmara Municipal de Natal foi marcada por novos desdobramentos relacionados ao processo de cassação da vereadora Brisa Bracchi (PT). Após duas decisões judiciais que suspenderam sessões convocadas para votação, declarações de parlamentares, divergências sobre prazos e questionamentos jurídicos ampliaram o impasse na Casa.

O vereador Matheus Faustino, autor do pedido de cassação, voltou a comentar publicamente as decisões do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN). Em vídeos publicados nas redes sociais, ele sugeriu que as medidas judiciais que interromperam a votação teriam sido “vendidas”, caso a interpretação simultânea do Regimento Interno e do Decreto-Lei 201/67 fosse considerada. A afirmação foi repetida durante entrevista à Rádio 96 FM.

No vídeo divulgado no Instagram, Faustino afirmou que, se a análise conjunta das normas fosse aplicada ao prazo final de 90 dias previsto no decreto, isso indicaria que “o desembargador vendeu a sentença”. De acordo com o vereador, a Câmara deveria seguir apenas uma das regras e não aplicar simultaneamente Regimento e Decreto-Lei.

As declarações ocorreram após o juiz Luiz Arthur Cortez Bonifácio, da 2ª Vara Cível, determinar, na noite de terça-feira (18), a suspensão da sessão que julgaria a cassação de Brisa. O magistrado entendeu que a convocação feita pela Câmara descumpriu os prazos regimentais e contrariou decisão anterior do desembargador Cornélio Alves. A sessão havia sido marcada na manhã do dia 18 para ocorrer às 11h do dia 19. O intervalo foi considerado insuficiente e configurou descumprimento do rito processual.

O adiamento aproximou o processo do prazo máximo de 90 dias previsto no Decreto-Lei nº 201/67. Faustino afirmou que não desistirá do pedido e acusou o PT de tentar vencer “no tapetão” o que não teria apoio suficiente no plenário. Também declarou que recebeu informações de que o Ministério Público encaminhou dois processos contra ele para análise da Câmara, envolvendo casos relacionados a verbas e fiscalizações. O Tribunal de Justiça informou que não comentará as declarações do parlamentar.

Durante a sessão ordinária desta quarta (19), o vereador Irapoã Nóbrega criticou a postura de Matheus Faustino. Em vídeo publicado nas redes sociais, o parlamentar afirmou que Faustino estaria “expondo os vereadores” ao comentar publicamente decisões e movimentações internas do Legislativo.

Embora o julgamento da cassação não estivesse na pauta da sessão ordinária, o caso dominou os debates no plenário e nos corredores da Câmara. Parlamentares discutiram prazos, decisões judiciais e interpretações jurídicas relacionadas ao processo. A suspensão das sessões anteriores, motivada por descumprimento de prazos de convocação, gerou avaliações divergentes entre os vereadores. Aliados de Brisa consideraram que o Judiciário confirmou irregularidades, enquanto os denunciantes apontaram tentativa de interferência indevida no andamento do processo.

Do lado de fora da Câmara, manifestantes permanecem em vigília desde terça-feira (18), com faixas e palavras de ordem em apoio à parlamentar. O grupo afirma que continuará mobilizado até o encerramento do que chamam de “perseguição”.

No campo jurídico, o procurador-geral da Câmara, Gustavo Sousa, afirmou que, caso o processo seja arquivado por decurso de prazo, é possível que uma nova denúncia seja apresentada, inclusive com base nos mesmos fatos. Segundo ele, o arquivamento por prazo não equivale a julgamento e, portanto, não impede que outro procedimento seja iniciado.

Gustavo destacou que há duas divergências simultâneas: o prazo para convocação da sessão — 24 horas pelo Decreto-Lei 201/67 ou 72 horas pelo Regimento Interno — e o prazo para conclusão do processo — 90 dias pelo Decreto-Lei ou 120 pelo Regimento. A Câmara vinha aplicando o Decreto-Lei por orientação do Supremo Tribunal Federal, mas decisões recentes do TJRN passaram a exigir o cumprimento simultâneo das duas normas.

A Procuradoria da Câmara enviou petição ao Tribunal de Justiça pedindo esclarecimentos sobre quais prazos devem prevalecer. A Casa aguarda novo posicionamento para definir os próximos passos.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração / Francisco de Assis/Câmara de Natal

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Apoiadores mantêm ato em defesa do mandato de Brisa Bracchi em frente à Câmara de Natal

Apoiadores mantêm ato em defesa do mandato de Brisa Bracchi em frente à Câmara de Natal

Manifestação ocorre após nova suspensão judicial da votação do processo de cassação

Apoiadores da vereadora Brisa Bracchi (PT) realizaram, nesta quarta-feira (19), um ato em frente à Câmara Municipal de Natal em defesa da manutenção do mandato da parlamentar. A mobilização ocorre no momento em que o processo de cassação que envolve a vereadora passa por nova interrupção judicial, após decisões que suspenderam as votações previstas para esta semana.

A manifestação reuniu militantes, integrantes de movimentos sociais, representantes partidários e apoiadores que se concentraram desde as primeiras horas do dia no espaço externo da Câmara. O grupo protestou contra a possibilidade de cassação do mandato e defendeu que o processo seja analisado conforme as regras aplicáveis e decisões judiciais vigentes. A votação estava prevista para ocorrer nesta quarta-feira (19), mas acabou suspensa pela Justiça pela segunda vez.

A mobilização desta quarta dá continuidade à vigília iniciada na noite de terça-feira (18), quando apoiadores passaram horas reunidos em frente à sede do Legislativo Municipal. A ação ocorreu após a decisão judicial que suspendeu a sessão convocada para apreciar o pedido de cassação. Durante a noite e madrugada, participantes utilizaram faixas e cartazes para demonstrar apoio à vereadora e reforçar a permanência no local até que a situação seja definida pelo Judiciário e pela Mesa Diretora.

A vigília contou com a presença de representantes de diversos movimentos sociais que, ao longo da noite, acompanharam a repercussão da decisão judicial e aguardaram informações sobre os próximos passos do processo. Partidos políticos que integram a base de apoio da vereadora também marcaram presença no local, reforçando o posicionamento contrário à cassação e defendendo a análise do caso dentro dos prazos e normas legais.

A nova suspensão da votação ocorreu após entendimento da Justiça de que a convocação da sessão não atendeu aos prazos regimentais e às determinações já estabelecidas por decisões anteriores. Com isso, a sessão foi interrompida e precisará ser reagendada pela Câmara. Até o momento, não há definição oficial sobre a próxima data para deliberação do plenário.

Durante o ato desta quarta-feira, manifestantes destacaram que pretendem manter a mobilização até que haja definição sobre o prosseguimento do processo. Grupos permaneceram ao longo do dia com bandeiras, cartazes e palavras de ordem, reforçando apoio público à vereadora e contestando o andamento do processo de cassação. As atividades seguiram de forma contínua em frente ao prédio da Câmara, acompanhando a movimentação interna dos vereadores durante a sessão ordinária do dia.

A mobilização em torno do caso vem ganhando espaço nos últimos dias, sobretudo após sucessivas decisões judiciais que interferiram na tramitação do processo. A suspensão da votação desta quarta reacendeu discussões sobre prazos, procedimentos e interpretações jurídicas que envolvem o caso, aumentando a expectativa pela definição de uma nova data para análise do processo no plenário.

Enquanto isso, apoiadores afirmam que continuarão mobilizados até que a situação seja esclarecida. A Câmara Municipal de Natal ainda não divulgou previsão para retomada do julgamento da cassação.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Justiça do RN suspende votação de cassação de Brisa pela 3ª vez e vigília causa transtornos no Tirol

Justiça do RN suspende votação de cassação de Brisa pela 3ª vez e vigília causa transtornos no Tirol

TJRN impede avanço do processo na Câmara de Natal enquanto protestos mantêm barulho e geradores na região

Justiça do RN suspende votação de cassação de Brisa pela 3ª vez e vigília causa transtornos no Tirol

A Justiça do Rio Grande do Norte interveio pela terceira vez em apenas 24 horas para impedir o avanço do processo de cassação da vereadora Brisa Bracchi na Câmara Municipal de Natal. O Tribunal de Justiça (TJRN) determinou nova suspensão do julgamento, alegando descumprimento das condições formais previstas no regimento interno da Casa.

Decisões judiciais

Mais cedo, o juiz Artur Cortez Bonifácio anulou a sessão marcada para esta quarta-feira (19), classificando a convocação como “claro descumprimento” da ordem anterior. A notificação foi entregue às 9h23 para um julgamento no dia seguinte, às 11h, sem respeitar o prazo mínimo exigido pelo regimento.

O magistrado determinou que a presidência da Câmara fosse intimada com urgência, alertando sobre possíveis sanções em caso de nova desobediência. Horas depois, o desembargador Dilermando Mota reforçou a posição do TJRN ao suspender novamente a sessão, destacando que o Judiciário não poderia permitir que o processo avançasse sem o cumprimento dos requisitos formais.

Segundo o desembargador, as convocações aceleradas representam “risco de prejuízo irreversível” à regularidade do procedimento, motivo pelo qual o tribunal decidiu congelar qualquer nova votação até a observância integral do rito legal.

Com as três decisões emitidas em menos de um dia, o processo de cassação da vereadora permanece paralisado até que todas as condições regimentais sejam atendidas.

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Justiça do RN suspende votação de cassação de Brisa pela 3ª vez
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Impacto no bairro Tirol

Enquanto o impasse jurídico se mantém, moradores do bairro Tirol, onde está localizada a Câmara Municipal, enfrentam transtornos causados pela vigília organizada por movimentos sociais, partidos e militantes pró-Brisa. O protesto inclui gritos, discursos, música alta e até um gerador de energia instalado na lateral do prédio, na Rua Jundiaí.

Relatos de moradores indicam que o barulho persiste desde a manhã, causando incômodo na vizinhança. A mobilização segue firme, mesmo após a terceira suspensão consecutiva do julgamento, mantendo o clima de tensão na região.

Próximos passos

A Câmara aguarda os desdobramentos judiciais para definir quando o julgamento poderá ser retomado, enquanto o TJRN reforça que qualquer nova convocação deve respeitar integralmente os prazos e procedimentos previstos no regimento.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração/Francisco de Assis/CMN

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Câmara aprova PL Antifacção e Hugo Motta celebra resposta histórica

Câmara aprova PL Antifacção e Hugo Motta celebra resposta histórica

Projeto endurece penas contra facções criminosas, segue para o Senado e é considerado marco no combate ao crime organizado

Câmara aprova PL Antifacção e Hugo Motta celebra resposta histórica

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (18) o Projeto de Lei 5.582/2025, conhecido como PL Antifacção, por 370 votos favoráveis, 110 contrários e três abstenções. O texto, que cria um novo marco legal para o enfrentamento de organizações criminosas, segue agora para análise no Senado Federal.

O projeto foi enviado pelo governo federal em outubro e teve como relator o deputado Guilherme Derrite (PP-SP), secretário licenciado de Segurança Pública de São Paulo. A escolha do relator pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), gerou desconforto no Palácio do Planalto e marcou a tramitação com tensão entre governo e oposição.

Principais mudanças previstas

O texto aprovado prevê:

  • Aumento de penas para crimes cometidos por facções;
  • Criação de novos tipos penais, como o crime de domínio social estruturado;
  • Ampliação de mecanismos de investigação;
  • Regras específicas para líderes de facções, incluindo penas mais severas.

Entre as novidades está a definição de organização criminosa ultraviolenta, caracterizada como agrupamento de três ou mais pessoas que utiliza violência, grave ameaça ou coação para impor controle territorial ou social, atacar serviços essenciais ou praticar crimes previstos na lei.

A pena para o crime de domínio social estruturado varia de 20 a 40 anos de prisão, podendo ser aumentada em até dois terços em casos específicos, como conexão transnacional ou violência contra autoridades.

Penas previstas para crimes relacionados

O projeto prevê aumento de penas para diversos crimes quando praticados por facções, milícias ou organizações criminosas. Entre eles:

  • Ameaça qualificada: 1 a 3 anos de prisão;
  • Lesão corporal seguida de morte: 20 a 40 anos;
  • Sequestro ou cárcere privado: 12 a 20 anos;
  • Roubo: pena triplicada;
  • Latrocínio: 20 a 40 anos;
  • Extorsão: pena triplicada;
  • Tráfico de drogas: pena dobrada;
  • Posse ou porte irregular de arma: aumento de 2/3.

Mudanças sobre bens apreendidos

O texto final permite que Receita Federal, Banco Central e outros órgãos mantenham medidas de perdimento imediato de bens. Além disso, juízes poderão decretar perdimento extraordinário independentemente de condenação penal, desde que comprovada a origem ilícita do patrimônio.

Na versão anterior, os bens seriam destinados ao Funapol (Fundo para Aparelhamento da Polícia Federal). Agora, irão para o Fundo Nacional de Segurança Pública, após críticas do governo sobre impactos fiscais.

Audiências de custódia e ajustes finais

O projeto também altera regras sobre lavagem de dinheiro e prevê que audiências de custódia possam ocorrer por videoconferência, com salas equipadas nos estabelecimentos prisionais.

Câmara aprova PL Antifacção e Hugo Motta celebra resposta histórica
Câmara aprova PL Antifacção e Hugo Motta celebra resposta histórica

Declarações de Hugo Motta

Após a votação, o presidente da Câmara, Hugo Motta, classificou a aprovação como uma “resposta histórica” do Parlamento. Segundo ele, o resultado demonstra que, mesmo em um cenário de polarização, é possível construir consensos quando o objetivo é enfrentar o crime organizado.

Motta afirmou que a aprovação do projeto não representa vitória de grupos políticos, mas sim do povo brasileiro, que convive diariamente com a violência. Ele agradeceu ao Governo Federal, ao relator e aos demais parlamentares pela construção coletiva do Marco Legal de Combate ao Crime Organizado, ressaltando que a Casa “fez história” ao aprovar uma medida considerada essencial para enfrentar organizações criminosas.

Próximos passos

Com a aprovação na Câmara, o projeto segue para análise no Senado Federal e, posteriormente, para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) antes de entrar em vigor.

Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

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Lula se reúne com Pacheco e indica preferência por Messias no STF

Lula se reúne com Pacheco e indica preferência por Messias no STF

Presidente sinaliza apoio ao advogado-geral da União para vaga deixada por Barroso no Supremo Tribunal Federal

Lula se reúne com Pacheco e indica preferência por Messias no STF

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu na segunda-feira (17) o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), no Palácio do Planalto. A reunião ocorreu enquanto Lula discute a indicação para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) após a saída do ministro Luís Roberto Barroso.

Segundo informações de aliados, a conversa foi breve e restrita aos dois. Lula reforçou a intenção de apoiar Pacheco como candidato ao governo de Minas Gerais nas eleições de 2026. O senador, no entanto, reiterou que não pretende disputar cargos após o término de seu mandato no Senado, previsto para 2026, embora tenha admitido que a decisão depende de diálogo com seus aliados.

Preferência por Jorge Messias

Durante o encontro, Lula sinalizou que não pretende indicar Pacheco ao STF, demonstrando preferência pelo advogado-geral da União, Jorge Messias. Apesar disso, Messias enfrenta resistência entre parlamentares, que preferem a nomeação de Pacheco para a Corte.

Antes de oficializar a indicação, Lula planeja se reunir com Bruno Dantas, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), também cotado para a vaga.

Lula se reúne com Pacheco e indica preferência por Messias no STF
Lula se reúne com Pacheco e indica preferência por Messias no STF

Contexto político e votação no Senado

A recente recondução do procurador-geral da República, Paulo Gonet, por 45 votos a 26, acendeu alerta no governo. O placar foi o mais apertado desde a redemocratização e indicou dificuldades para aprovar nomes indicados pelo Executivo. Assim como ocorreu com Gonet, o indicado ao STF precisa passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e obter ao menos 41 votos no plenário do Senado.

Para auxiliares do presidente, o resultado da votação foi reflexo da postura de Gonet no caso envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e da ausência de articulação direta com senadores. A avaliação é que Messias terá um caminho difícil para conquistar apoio, exigindo negociações com parlamentares, inclusive da oposição.

Próximos passos

Após a indicação, Jorge Messias deve iniciar uma série de reuniões com senadores para garantir votos suficientes para aprovação. A movimentação será essencial para superar resistências e consolidar sua posição como favorito para ocupar a vaga no STF.

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil/Ricardo Stuckert/PR

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Cassação de Brisa Bracchi: votação é remarcada após suspensão pelo TJRN

Cassação de Brisa Bracchi: votação é remarcada após suspensão pelo TJRN

Sessão da Câmara de Natal foi adiada para quarta-feira (19) após decisão judicial; parecer favorável à cassação já foi aprovado em comissão.

Cassação de Brisa Bracchi: votação é remarcada após suspensão pelo TJRN

O processo de cassação da vereadora Brisa Bracchi (PT) na Câmara Municipal de Natal teve sua votação adiada para quarta-feira (19), às 9h. A decisão foi tomada pelo presidente da Casa, vereador Eriko Jácome (PP), após determinação do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), que suspendeu a sessão anteriormente marcada para esta terça-feira (18).

A medida atende à decisão judicial que apontou falhas na convocação da sessão anterior. Segundo nota da Presidência da Câmara, o objetivo é garantir o cumprimento da legislação federal aplicável ao processo de cassação, assegurando o devido processo legal, contraditório e ampla defesa.

Parecer favorável à cassação

Na segunda-feira (17), a Comissão Especial Processante aprovou parecer favorável à cassação da parlamentar. O colegiado é formado pela presidente Anne Lagartixa (SD), pelo relator Fúlvio Saulo (SD) e pelo membro Daniel Valença (PT). Anne e Fúlvio votaram a favor do afastamento, enquanto Valença apresentou voto contrário.

A comissão foi criada após o plenário da Câmara decidir, em agosto, pelo recebimento da denúncia apresentada pelo vereador Matheus Faustino (União Brasil). A acusação aponta que Brisa teria utilizado recursos de emenda parlamentar para custear um evento denominado “Rolê Vermelho”, considerado de caráter político-partidário.

Segundo o relator Fúlvio Saulo, a análise comprovou que houve destinação de recursos públicos para um ato com conotação política. Ele afirmou que, mesmo com o cancelamento do pagamento aos artistas, o ilícito ocorreu no momento em que houve convite para ato político e destinação inicial dos recursos. Já Daniel Valença defendeu que pareceres técnicos respaldaram a legalidade da atividade e que não houve caráter partidário.

Com a aprovação do parecer, o processo seguiu para votação em plenário, agora remarcada para quarta-feira.

Cassação de Brisa Bracchi
Cassação de Brisa Bracchi

Expectativa de votos

Nos bastidores, a expectativa é de que haja votos suficientes para a cassação. A contagem indica apoio de pelo menos 20 vereadores, número necessário para alcançar os dois terços exigidos para perda do mandato.

A presidente da comissão, Anne Lagartixa, afirmou que confia na decisão da maioria em seguir o parecer do relator. Ela destacou que documentos e depoimentos apresentados durante as oitivas indicam irregularidades. Entre os elementos citados estão vídeos e materiais de divulgação do evento, além de depoimentos que confirmariam sua motivação política.

O relator Fúlvio Saulo reforçou que as alegações da defesa não afastam os princípios constitucionais da impessoalidade e moralidade. Ele também negou que o processo tenha relação com perseguição política ou de gênero, como alegado pela defesa.

Próximos passos

Com a sessão remarcada, a Câmara de Natal deverá concluir a votação na quarta-feira (19). Caso a cassação seja aprovada, Brisa Bracchi perderá o mandato de vereadora. A decisão será publicada no Diário Oficial da Câmara após a deliberação.

Foto: Sarah Carvalho/Francisco de Assis/CMN

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STF publica acórdão e rejeita recurso de Bolsonaro no processo de articulação golpista

STF publica acórdão e rejeita recurso de Bolsonaro no processo de articulação golpista

Decisão confirma pena de 27 anos e abre prazo para último recurso no Supremo Tribunal Federal.

STF publica acórdão e rejeita recurso de Bolsonaro no processo de articulação golpista

O Supremo Tribunal Federal (STF) publicou nesta terça-feira (18) o acórdão que rejeita os embargos apresentados pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros seis réus condenados no caso da suposta articulação golpista. A decisão, divulgada no Diário da Justiça Eletrônico, confirma a pena de 27 anos e 3 meses imposta a Bolsonaro e abre, a partir desta quarta-feira (19), o prazo para um novo e último tipo de recurso.

O documento, com 178 páginas, foi elaborado pelo relator Alexandre de Moraes. Nele, o ministro afirma que os argumentos apresentados pela defesa representam apenas inconformismo com a decisão anterior. Apesar disso, a expectativa é que os advogados tentem apresentar embargos infringentes, recurso que só é admitido quando há pelo menos dois votos divergentes. No julgamento do caso, apenas o ministro Luiz Fux divergiu, o que reduz significativamente as chances de sucesso.

Mesmo com baixa possibilidade de acolhimento, o protocolo do recurso impede o trânsito em julgado e prolonga os prazos do processo. A Corte poderá considerar a medida como meramente protelatória, caso entenda que não há base jurídica suficiente para contestar o resultado. Se isso ocorrer, o recurso poderá ser rejeitado de imediato, permitindo que o STF declare o fim das possibilidades de contestação e autorize o início da execução da pena.

STF publica acórdão e rejeita recurso de Bolsonaro
STF publica acórdão e rejeita recurso de Bolsonaro

Após essa etapa, restará à defesa apenas a revisão criminal, que seria analisada pelo plenário do Supremo. Os embargos de declaração também foram negados aos demais condenados no processo. No voto mais extenso, Alexandre de Moraes rebateu ponto a ponto os pedidos, afirmando que não existem contradições no acórdão e que a pena do ex-presidente foi fixada com base no concurso material, afastando a tese de absorção de crimes.

Quando o processo transitar definitivamente, a expectativa é que Jair Bolsonaro seja levado ao regime fechado. Entre as possibilidades, estão a Penitenciária da Papuda ou o batalhão conhecido como Papudinha, locais onde já cumprem pena outros condenados. Atualmente, Bolsonaro está em prisão domiciliar por descumprimento de medidas impostas em outro caso.

A publicação do acórdão marca uma nova fase no processo e reforça a posição do STF sobre a gravidade das condutas atribuídas aos réus. O andamento dos recursos será determinante para definir quando ocorrerá a execução da pena.

Foto: Gustavo Moreno/STF/Saulo Cruz/Agência Senado

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TJRN suspende sessão de cassação de Brisa por erro na convocação

TJRN suspende sessão de cassação de Brisa por erro na convocação

Decisão do Tribunal de Justiça do RN paralisa votação na Câmara de Natal após questionamento sobre rito regimental.

TJRN suspende sessão de cassação de Brisa por erro na convocação

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) determinou a suspensão da sessão da Câmara Municipal de Natal que votaria a cassação do mandato da vereadora Brisa Bracchi (PT). A decisão foi proferida pelo desembargador Cornélio Alves nesta terça-feira (18), atendendo a um pedido apresentado pela parlamentar.

De acordo com a decisão, houve falha no processo de convocação da sessão, que não teria seguido corretamente o rito estabelecido pelo Regimento Interno da Câmara. O magistrado destacou que o suposto erro compromete a legalidade do procedimento, impedindo que a votação ocorra até que a questão seja analisada novamente pela Justiça.

A liminar concedida pelo TJRN paralisa a sessão e impede a continuidade do processo de cassação até que sejam corrigidas as irregularidades apontadas. O desembargador ressaltou que a convocação deve observar todas as normas regimentais para garantir a validade dos atos legislativos.

A Câmara Municipal de Natal ainda não divulgou informações sobre os próximos passos após a decisão judicial. Também não há confirmação sobre eventual recurso ao próprio TJRN para tentar reverter a suspensão e retomar a votação.

TJRN suspende sessão de cassação de Brisa
TJRN suspende sessão de cassação de Brisa

O caso envolve questionamentos sobre o cumprimento das regras internas da Casa Legislativa, que determinam prazos e procedimentos específicos para convocação de sessões destinadas à análise de perda de mandato. A decisão do TJRN reforça a necessidade de observância rigorosa dessas normas para assegurar a legalidade dos atos.

A suspensão ocorre em um momento de tensão política na capital potiguar, onde o processo de cassação da vereadora Brisa Bracchi vinha sendo acompanhado de perto por parlamentares e pela sociedade. A medida judicial adia a definição sobre o futuro do mandato da parlamentar, que permanece no cargo até nova deliberação.

Não há previsão para a retomada da sessão, que dependerá da análise do TJRN sobre os argumentos apresentados e da regularização do procedimento pela Câmara Municipal. A decisão liminar poderá ser revista após manifestação das partes envolvidas e avaliação do cumprimento das normas regimentais.

Foto: Francisco de Assis/CMN

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Câmara de Natal vota nesta terça parecer que recomenda cassação do mandato de Brisa Bracchi

Câmara de Natal vota nesta terça parecer que recomenda cassação do mandato de Brisa Bracchi

Comissão aprovou parecer por dois votos a um; plenário decide futuro da vereadora acusada de uso irregular de recursos.

Câmara de Natal vota nesta terça parecer que recomenda cassação do mandato de Brisa Bracchi

A Câmara Municipal de Natal vota nesta terça-feira (18), às 9h, o parecer que recomenda a cassação do mandato da vereadora Brisa Bracchi (PT). A decisão ocorre após a Comissão Especial Processante aprovar, por dois votos a um, o relatório favorável à perda do mandato.

O colegiado foi criado após o plenário da Casa decidir, em agosto, pelo recebimento da denúncia apresentada pelo vereador Matheus Faustino (União), que acusa Brisa de empregar recursos de emenda parlamentar em um evento com caráter político-partidário, denominado “Rolê Vermelho”.

Parecer aprovado pela comissão

Na sessão desta segunda-feira (17), o relator Fúlvio Saulo (SD) apresentou parecer apontando que houve uso de recursos públicos em ato com conteúdo político. Segundo ele, a vereadora extrapolou suas atribuições ao convocar a população para um evento que, na avaliação do relator, teve conotação político-ideológica.

“O evento passou a ter cunho político. Mesmo que o pagamento aos artistas tenha sido cancelado, o ilícito aconteceu quando houve convite para ato político e destinação dos recursos”, justificou o relator.

A presidente da comissão, Anne Lagartixa (SD), acompanhou o parecer, formando maioria pela cassação. Ela afirmou que as oitivas e documentos apresentados comprovaram que o evento tinha motivação política e defendeu transparência e seriedade na condução do processo.

Câmara de Natal vota parecer que recomenda cassação de Brisa Bracchi
Câmara de Natal vota parecer que recomenda cassação de Brisa Bracchi

Voto divergente e defesa da vereadora

O vereador Daniel Valença (PT) apresentou voto contrário ao parecer, argumentando que a denúncia interpretou de forma equivocada a legislação sobre destinação de recursos públicos. Ele destacou que pareceres técnicos respaldaram a legalidade da atividade e afirmou que não houve caráter partidário no evento.

“Ficou nítido que não houve nada de partidário nessa atividade. Vamos trabalhar para que parte da bancada governista tenha senso de justiça e negue esse parecer”, declarou.

Próximos passos

Com a aprovação na comissão, o parecer foi encaminhado ao presidente da Câmara, Eriko Jácome (PP), que pautou a votação final para esta terça-feira. Regimentalmente, o processo deve ser concluído até quarta-feira (19), quando se completam os 90 dias para encerramento do procedimento.

A decisão do plenário será tomada por maioria qualificada, exigindo dois terços dos votos dos vereadores para efetivar a cassação. Caso o parecer seja rejeitado, o processo será arquivado.

Foto: Francisco de Assis/CMN

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Câmara ignora pressão do governo e mantém votação do PL Antifacção para terça-feira (18)

Câmara ignora pressão do governo e mantém votação do PL Antifacção para terça-feira (18)

Projeto endurece penas e cria banco nacional de dados sobre facções; governo alerta para risco de caos jurídico.

Câmara ignora pressão do governo e mantém votação do PL Antifacção para terça-feira (18)

A Câmara dos Deputados confirmou para esta terça-feira (18) a votação do substitutivo do projeto de lei Antifacção, mesmo diante das objeções do governo federal. O presidente da Casa, Hugo Motta, afirmou que o tema exige urgência e que o texto busca endurecer penas e restringir a liberdade de integrantes de organizações criminosas.

Segundo Motta, o projeto também prevê a criação e unificação dos Bancos Nacional e Estaduais de Dados sobre facções, considerados instrumentos essenciais para o enfrentamento ao crime organizado. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (17) por meio das redes sociais do presidente da Câmara.

A sessão deve ocorrer com expectativa de apresentação de uma nova versão do substitutivo pelo relator Guilherme Derrite, que trabalha na quinta redação do texto em pouco mais de uma semana.

Governo alerta para riscos jurídicos

O governo federal critica as alterações feitas pelo relator, alegando que o parecer modificou profundamente a proposta original enviada pelo Executivo. Segundo o Ministério da Justiça, as mudanças podem gerar dispositivos conflitantes com normas já existentes, criando brechas capazes de atrasar investigações e ações penais.

Outra preocupação do governo é a retirada de recursos federais destinados à Polícia Federal. De acordo com a avaliação do Executivo, a redução no financiamento das operações enfraquece justamente o órgão responsável por parte do combate às facções criminosas.

Relator defende aumento de penas

O deputado Guilherme Derrite, relator do projeto, afirma que está promovendo ajustes para esclarecer a atuação do Ministério Público no enfrentamento às organizações criminosas. Ele reconhece que especialistas apontaram dificuldades para investigações conduzidas pelo MP.

Derrite sustenta que as principais críticas se concentram no aumento das penas previsto no substitutivo. Segundo cálculos apresentados por sua equipe, a pena para homicídios praticados por integrantes de facções pode passar de menos de cinco anos para até trinta anos de prisão.

Câmara ignora pressão do governo e mantém votação do PL Antifacção
Câmara ignora pressão do governo e mantém votação do PL Antifacção

Versões anteriores e ajustes

Antes da versão atual, Derrite apresentou quatro redações diferentes do texto para tentar acomodar críticas do governo e de especialistas. Uma das mudanças retirou a exigência de que a Polícia Federal só pudesse atuar contra facções mediante solicitação formal do governador, ponto considerado prejudicial ao trabalho da corporação.

O relator afirma que nunca teve intenção de reduzir prerrogativas da Polícia Federal e que o ajuste foi feito para resguardar sua autonomia.

Expectativa para votação

A votação do PL Antifacção ocorre em meio a um cenário de divergências entre Executivo e Legislativo sobre estratégias de combate ao crime organizado. Enquanto o governo pede mais tempo para ajustes, a Câmara mantém a posição de acelerar a tramitação, alegando urgência diante do avanço das facções no país.

Fotos: Reprodução/Câmara dos Deputados/Lula Marques/Agência Brasil

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Governo do RN suspende antecipação do ICMS para empresas do Proedi

Governo do RN suspende antecipação do ICMS para empresas do Proedi

Decisão foi anunciada em reunião com a FIERN em Natal; Suspensão vale para dezembro e janeiro e abre espaço para novas negociações

O secretário da Fazenda do Rio Grande do Norte, Carlos Eduardo Xavier, confirmou, nesta sexta-feira (14), em reunião com a Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), a suspensão da antecipação do pagamento do ICMS pelas empresas participantes do Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial (Proedi) nos meses de dezembro e janeiro. A suspensão será utilizada como período de negociação para possíveis condições de antecipações nos meses posteriores.

A reunião ocorreu na Casa da Indústria, em Natal, e contou com a presença de diretores da FIERN, lideranças industriais e presidentes de sindicatos. O tema central foi a antecipação do pagamento de 50% do ICMS para empresas integrantes do Proedi. A discussão teve início a partir da intenção do Governo do Estado de tornar permanente a cobrança antecipada do imposto mês a mês, iniciativa que já havia sido aplicada em outubro e estava prevista para novembro, gerando reação das entidades industriais.

Durante o encontro, a equipe econômica apresentou o contexto administrativo que levou à medida de antecipação, incluindo elementos relacionados à situação fiscal estadual. Entre os pontos expostos, foram mencionados os compromissos financeiros acumulados, como parcelas do 13º salário de 2024 pagas no início de 2025, recomposições salariais de diversas categorias, acordos firmados com servidores e a vigência da alíquota de 20% do ICMS, que passou a valer em abril. Segundo a apresentação técnica, esses fatores influenciaram a necessidade de incremento de receita nos meses finais do ano.

A FIERN destacou a importância do Proedi para a competitividade das empresas e para o ambiente de investimentos industriais no estado. As lideranças industriais enfatizaram que mudanças nas regras do programa afetam o planejamento interno das empresas e o fluxo de caixa do setor produtivo, especialmente diante de custos adicionais e ajustes inesperados ao longo do ano. Também foram apontadas preocupações relativas aos impactos de uma eventual continuidade da antecipação do ICMS e aos desafios enfrentados pelas empresas industriais para honrar compromissos, incluindo despesas típicas do último trimestre.

Além disso, representantes dos sindicatos industriais relataram que as empresas enfrentam dificuldades decorrentes de elementos externos ao setor, como aumento de custos e competição com produtos importados, fatores que influenciaram o desempenho da produção. As entidades citaram ainda os compromissos financeiros de fim de ano, ressaltando que alterações tributárias sem planejamento prévio podem criar impactos adicionais para o setor.

Outro ponto abordado pelas lideranças industriais foi a necessidade de que medidas relacionadas ao equilíbrio fiscal do estado incluam análises mais amplas sobre despesas e receitas. Representantes de diferentes segmentos do setor produtivo defenderam que a busca por soluções deve considerar contribuições de diversas áreas econômicas e órgãos públicos, de forma a evitar que a responsabilidade pelo ajuste se concentre apenas nas indústrias.

Durante a reunião, também foi discutida a necessidade de contrapartidas por parte do Estado que possam contribuir para melhorar o ambiente de negócios. Entre as sugestões apresentadas, foi citada a atualização da legislação ambiental com o objetivo de acelerar processos de licenciamento, iniciativa apontada como possível fator de impacto positivo na arrecadação estadual.

Com a suspensão da antecipação do ICMS para dezembro e janeiro, o Governo do Estado e a FIERN iniciarão tratativas sobre condições futuras para o recolhimento antecipado, considerando os cenários fiscal e produtivo dos próximos meses. As discussões deverão ser retomadas após o período de suspensão, com participação das entidades industriais e da equipe econômica do Estado.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração / Raiane Miranda/Governo do RN

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TCE-RN muda entendimento e aprova contas estaduais de 2019

TCE-RN muda entendimento e aprova contas estaduais de 2019

Voto divergente altera resultado e garante aprovação das contas estaduais

TCE-RN aprova contas do governo Fátima Bezerra referentes ao exercício de 2019

O Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE-RN) aprovou, na sexta-feira (14), as contas do governo Fátima Bezerra relativas ao exercício financeiro de 2019. A decisão foi tomada por 4 votos a 2 e modificou o entendimento anterior do relator, conselheiro Gilberto Jales, que havia recomendado a desaprovação.

A análise do processo havia sido interrompida em maio, após pedido de vista feito pelo conselheiro George Soares. Na sessão de retomada do julgamento, o voto divergente apresentado por ele formou maioria no colegiado ao ser acompanhado pelos conselheiros Paulo Roberto Alves, Antonio Ed Souza Santana e Francisco Potiguar Cavalcanti Júnior.

Com a nova posição majoritária, o Tribunal decidiu reformar a recomendação inicial do relator. Gilberto Jales manteve seu entendimento pela desaprovação das contas, e foi seguido apenas pelo conselheiro Renato Costa Dias. O presidente da Corte, Carlos Thompson Costa Fernandes, não votou, conforme estabelece o regimento interno do TCE-RN.

No voto que mudou o resultado do julgamento, George Soares argumentou que as inconsistências apontadas no relatório inicial não representaram prejuízo ao erário nem comprometeram o equilíbrio das contas públicas. O conselheiro defendeu que não houve violação significativa à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e classificou as falhas como impropriedades que poderiam ser objeto de ressalva. Também afirmou, em síntese, que os elementos analisados não invalidaram as contas e que caberia determinar medidas corretivas.

O conselheiro destacou ainda que houve iniciativas de controle de gastos com pessoal naquele exercício. Segundo ele, o percentual de despesas poderia ter sido reduzido de 66% para 58% da receita corrente líquida caso as folhas salariais referentes a 2018 tivessem sido contabilizadas no próprio ano, o que influenciou os resultados analisados pelo Tribunal.

O relatório de Gilberto Jales havia questionado reajustes concedidos em 2019. Durante o julgamento, a Corte considerou que parte dos atos citados no processo não alterou estruturas salariais e que outros estavam vinculados a obrigações legais, como o acordo que encerrou a greve da Polícia Militar e o cumprimento do Piso Nacional do Magistério. A análise levou em conta essas circunstâncias ao reavaliar os impactos financeiros e jurídicos dos reajustes questionados.

Outro ponto abordado no processo foi o atraso na realização da avaliação atuarial do regime previdenciário estadual. O Tribunal identificou que o atraso decorreu de limitações de natureza estrutural e registrou que o problema foi normalizado posteriormente, não gerando riscos ao equilíbrio do sistema.

Ao final, a Corte admitiu impropriedades sob ressalva, mas concluiu que os apontamentos não justificariam a rejeição das contas, conforme o voto vencedor. A decisão consolida o julgamento do exercício de 2019 pelo órgão de controle externo.

Foto: Carmem Félix/Governo do RN/Ilustração / Reprodução/TCE-RN

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Eduardo Bolsonaro vira réu no STF por coação

Eduardo Bolsonaro vira réu no STF por coação

Decisão unânime da Primeira Turma abre ação penal contra o deputado por suposta atuação nos Estados Unidos

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, tornar o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) réu pelo crime de coação no curso do processo. A decisão foi concluída no plenário virtual após a ministra Cármen Lúcia registrar seu voto para aceitar a denúncia no sábado (15). Com isso, será aberta ação penal contra o parlamentar.

A denúncia foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em setembro, no inquérito que investigou a atuação de Eduardo Bolsonaro junto a autoridades dos Estados Unidos para tentar influenciar o julgamento que condenou seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, por tentativa de golpe de Estado. A investigação foi conduzida pela Polícia Federal, que indiciou o deputado.

Segundo a PGR, a conduta atribuída ao parlamentar ocorreu no período em que ele estava nos Estados Unidos, onde reside desde março deste ano após solicitar licença de 120 dias do mandato. A licença terminou em 20 de julho e, desde então, o deputado não comparece às sessões da Câmara dos Deputados, condição que pode levar à cassação por faltas.

A análise das acusações segue agora para a fase de instrução processual. O deputado poderá apresentar testemunhas, solicitar diligências e produzir provas para sua defesa. Durante esse período, o STF avaliará os elementos apresentados para definir o andamento da ação penal.

A denúncia foi apresentada em um momento em que o governo de Donald Trump adotou medidas que impactaram o Brasil, como a imposição de tarifas sobre exportações brasileiras, a suspensão de vistos de membros do governo federal e ministros do STF e sanções financeiras contra o ministro Alexandre de Moraes.

Após a decisão da Primeira Turma, Eduardo Bolsonaro divulgou um vídeo em seu canal no YouTube, na sexta-feira (14), no qual classificou a decisão de torná-lo réu como “fajuta”. No conteúdo, o parlamentar afirmou que o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, utiliza “exercício de extraterritorialidade” ao tratar de fatos supostamente ocorridos fora do Brasil.

O deputado também declarou que o ministro “abusa de seu poder”, citando que, segundo ele, há atos praticados pela autoridade “para além dos limites territoriais”. O parlamentar relacionou o caso aos atritos existentes entre Moraes e a família Bolsonaro e mencionou que o ministro já havia sido alvo de medidas adotadas pelo governo Trump, a partir da Lei Magnitsky, que resultaram em sanções contra autoridades brasileiras.

Eduardo Bolsonaro afirmou que não reconhece irregularidades em sua atuação nos Estados Unidos. Ele também mencionou que considera as acusações parte de um processo que, segundo sua avaliação, ultrapassa os limites da legislação brasileira. No vídeo, o parlamentar voltou a relacionar o caso ao julgamento que condenou Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.

A abertura da ação penal pela Primeira Turma marca a próxima etapa do processo. O colegiado responsável pela decisão é composto pelos ministros Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Cristiano Zanin e Flávio Dino. Todos acompanharam o voto pelo recebimento da denúncia.

Com a decisão, o processo continuará sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, que conduzirá a fase de instrução e julgamento. Eduardo Bolsonaro permanece nos Estados Unidos e afirma que deixou o país alegando perseguição política.

Foto: Beto Barata/PL

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Retirada de tarifa pelos EUA aumenta pressão por fim da sobretaxa de 40% ao Brasil

Retirada de tarifa pelos EUA aumenta pressão por fim da sobretaxa de 40% ao Brasil

CNI e Cecafé apontam que redução favorece concorrentes enquanto Brasil segue sujeito ao adicional de 40%

A retirada das tarifas recíprocas de 10% pelos Estados Unidos para 238 produtos agrícolas aumentou a pressão para que o Brasil avance nas negociações destinadas a eliminar a sobretaxa adicional de 40% aplicada exclusivamente ao país. A medida norte-americana altera parte das condições de acesso ao mercado para diferentes setores exportadores brasileiros e repercute entre entidades da indústria e do agronegócio.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) avaliaram que a suspensão da tarifa de 10% amplia a competitividade de países concorrentes do Brasil, especialmente no mercado norte-americano, que é um dos principais destinos das exportações industriais nacionais.

Em nota divulgada neste sábado (15.nov.2025), o presidente da CNI, Ricardo Alban, afirmou que a manutenção da tarifa adicional de 40% reduz a competitividade de produtos relevantes da pauta comercial brasileira, como carne bovina e café. Segundo a entidade, países que não estão sujeitos à sobretaxa passam a ter condições mais favoráveis para acessar o mercado dos Estados Unidos.

Análise preliminar da CNI indica que a retirada das tarifas de 10% beneficia 80 produtos brasileiros exportados em 2024, cujas vendas totalizaram US$ 4,6 bilhões, o equivalente a aproximadamente 11% das exportações para os Estados Unidos. Entre esses itens, apenas quatro ficam totalmente isentos de encargos: três categorias de suco de laranja e a castanha-do-pará. Os demais 76 produtos permanecem sujeitos à alíquota de 40%, entre eles café não torrado, carne bovina e cera de carnaúba.

O setor de café também demonstrou preocupação com o impacto da medida. Em nota, o Cecafé afirmou que o país segue submetido à tarifa base de 10% e ao adicional de 40% previsto no Artigo 301. A entidade informou que ainda analisa se o novo ato norte-americano altera uma ou ambas as cobranças.

Segundo avaliação do diretor-geral do Cecafé, Marcos Matos, o anúncio favoreceu concorrentes internacionais do Brasil. O café brasileiro estava sendo taxado em 50% nos Estados Unidos. Com a decisão, a tarifa aplicada ao produto brasileiro caiu para 40%. No entanto, concorrentes diretos, como Colômbia e Vietnã, tiveram a tarifa reduzida a zero.

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) manifestou posição distinta. Em comunicado, a entidade classificou a redução tarifária sobre a carne bovina brasileira como um movimento que fortalece o diálogo técnico entre os dois países e contribui para a previsibilidade do setor. A entidade observou que os Estados Unidos são o segundo maior mercado para a carne bovina do Brasil.

A Abiec afirmou ainda que a decisão abre espaço para retomada mais equilibrada e estável das exportações e que continuará atuando junto às autoridades brasileiras e norte-americanas para ampliar oportunidades comerciais. A entidade destacou que o setor pretende avançar em ações que consolidem o Brasil como fornecedor competitivo no mercado internacional.

Mesmo com os efeitos parciais da suspensão tarifária, a CNI reiterou que o ponto central permanece inalterado: a ordem executiva que mantém o adicional de 40% específico ao Brasil não foi modificada. Para a entidade, o governo brasileiro precisa intensificar negociações com os Estados Unidos para restabelecer condições equitativas de comércio e evitar perda de participação no mercado para outros fornecedores internacionais.

Foto: José Paulo Lacerda/CNI / Wenderson Araújo/Trilux/CNA

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Flávio Bolsonaro publica foto com Tarcísio e defende união da direita para 2026

Flávio Bolsonaro publica foto com Tarcísio e defende união da direita para 2026

Publicação ocorre em meio à disputa interna sobre quem liderará a candidatura bolsonarista em 2026

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) publicou uma foto ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em meio às discussões internas sobre qual nome representará o grupo bolsonarista na disputa contra o PT nas eleições presidenciais de 2026. A imagem foi divulgada nas redes sociais e acompanhada de uma mensagem na qual o senador defende a união da direita.

Na publicação, Flávio afirma que estará ao lado de Tarcísio e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em qualquer cenário eleitoral. Segundo ele, o alinhamento entre Rio de Janeiro e São Paulo será mantido independentemente das definições partidárias ou das composições para a disputa presidencial. O senador escreveu que sua única certeza é que Lula não seguirá na Presidência a partir de 2027, sem detalhar quais cargos pretende disputar.

O debate ocorre em um momento em que Flávio e Tarcísio são apontados como possíveis herdeiros políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi condenado a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado e está prestes a ser encaminhado ao cumprimento da pena. Com o ex-presidente impedido de concorrer, aliados do campo político buscam alternativas dentro do próprio grupo.

Flávio Bolsonaro foi eleito senador em 2018 e terá que disputar a reeleição em 2026 caso queira permanecer no Senado. Se optar por concorrer à Presidência da República e não vencer, ficará sem mandato. A possibilidade de disputar o Palácio do Planalto é analisada por aliados, que avaliam o impacto de sua ligação direta com a família Bolsonaro e o peso eleitoral que o sobrenome carrega entre os apoiadores do grupo.

No caso de Tarcísio de Freitas, eleito governador de São Paulo em 2022, o cenário também envolve decisões estratégicas. O governador possui a alternativa de buscar a reeleição no comando do estado, posição considerada menos arriscada devido à sua boa avaliação em pesquisas e à ausência de adversários competitivos à vista. Concorrer à Presidência significaria abrir mão dessa segurança.

A divisão entre aliados do ex-presidente se intensifica à medida que o grupo busca definir uma linha sucessória. Parte dos apoiadores considera que Flávio tem vantagem inicial por carregar o sobrenome Bolsonaro, o que pode fortalecer sua posição entre os eleitores mais próximos ao ex-presidente. Esses aliados também destacam que o senador teria maior capacidade de evitar disputas internas com outros membros da família, especialmente seus irmãos Eduardo e Carlos, que também exercem protagonismo no campo político.

Por outro lado, há grupos que defendem Tarcísio como alternativa mais viável para ampliar o alcance do bolsonarismo e dialogar com setores do centro político. O governador é visto como figura com trânsito em áreas estratégicas, como o setor econômico paulista. Sua relação com a Faria Lima e sua experiência como gestor são mencionadas por aliados que o consideram capaz de atrair apoio de segmentos menos alinhados à ala mais ideológica do grupo.

A publicação de Flávio Bolsonaro ocorre em um contexto em que ambas as lideranças tentam consolidar suas posições internas. A mensagem enfatiza a manutenção da unidade entre Rio de Janeiro, São Paulo e o ex-presidente Jair Bolsonaro, mas não esclarece quais decisões já foram tomadas nem quais deverão ser definidas ao longo de 2025 e 2026.

Enquanto os dois nomes seguem cotados para liderar a candidatura bolsonarista, aliados continuam avaliando qual estratégia terá maior potencial eleitoral. Tanto Flávio quanto Tarcísio evitam declarações diretas sobre uma eventual disputa interna, mantendo o discurso de alinhamento e apoio ao ex-presidente.

Foto: Reprodução / João Valério / Governo do Estado de SP

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PF indicia ex-ministro Silvio Almeida por importunação sexual

PF indicia ex-ministro Silvio Almeida por importunação sexual

Indiciamento ocorre após denúncias de assédio apresentadas à ONG Me Too

A Polícia Federal (PF) indiciou, nesta sexta-feira, 14, o ex-ministro dos Direitos Humanos do governo Lula, Silvio Almeida, pelo crime de importunação sexual. O indiciamento foi realizado após análise do inquérito que apurava denúncias de assédio apresentadas contra o ex-ministro durante sua passagem pela pasta.

De acordo com o Código Penal, o crime de importunação sexual consiste em “praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro”. A pena prevista é de reclusão de um a cinco anos, caso o ato não constitua crime mais grave. O indiciamento indica que a corporação avalia haver indícios suficientes para que o caso avance para a próxima etapa judicial.

O processo foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde o ministro André Mendonça atua como relator do inquérito. Cabe ao relator solicitar a manifestação do Ministério Público Federal (MPF), que decidirá se transforma o caso em denúncia formal. Caso o MPF apresente denúncia, o processo segue para análise do Judiciário.

Silvio Almeida foi exonerado do cargo em setembro do ano anterior, após denúncias de assédio sexual registradas na ONG Me Too e divulgadas pelo portal Metrópoles. Entre as mulheres que prestaram depoimento está a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que relatou supostos episódios envolvendo o ex-ministro.

O ministro André Mendonça prorrogou o prazo da investigação da PF em fevereiro, permitindo a continuidade das diligências relacionadas às denúncias. Desde o início do caso, Almeida negou as acusações, classificando-as como “mentiras e falsidades”.

Além da apuração conduzida pela PF, o ex-ministro foi alvo de processos na Comissão de Ética da Presidência (CEP). O colegiado iniciou investigação logo após a divulgação das denúncias. Em outubro de 2024, novas denúncias foram registradas na comissão, tendo o ex-ministro como alvo. As informações sobre os processos são sigilosas, mas, segundo o governo, não tinham relação com as denúncias apresentadas à ONG Me Too. Em novembro, um dos pedidos de investigação foi arquivado.

Em fevereiro deste ano, Almeida anunciou seu retorno ao mercado editorial e às atividades em seu canal no YouTube. Na ocasião, afirmou ser vítima de tentativa de apagamento e de racismo, além de acusar a ONG Me Too de pressionar o governo federal por “disputa política ou por ressentimento”.

O ex-ministro também declarou que retomaria sua atuação pública com novos projetos pessoais. Em manifestações anteriores, reiterou que as acusações não tinham fundamento e que responderia a todas as etapas da investigação.

Com o indiciamento formalizado, o caso aguarda análise do Ministério Público Federal, que terá a responsabilidade de decidir sobre o prosseguimento da ação. Enquanto isso, o processo permanece sob relatoria do ministro André Mendonça no STF.

Foto: Gustavo Bezerra/PT na Câmara/Ilustração

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Sinduscon/RN participa da instalação da Frente Parlamentar em Defesa do Mercado Imobiliário na Câmara Municipal de Natal

Sinduscon/RN participa da instalação da Frente Parlamentar em Defesa do Mercado Imobiliário na Câmara Municipal de Natal

Durante a sessão, foram apresentados os objetivos iniciais da Frente e debates sobre temas como modernização da legislação urbana e melhorias no ambiente de negócios

O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Rio Grande do Norte (Sinduscon/RN) marcou presença, nesta quinta-feira (13), na sessão que oficializou a criação da Frente Parlamentar em Defesa do Mercado Imobiliário, realizada na Câmara Municipal de Natal. A iniciativa, proposta e presidida pelo vereador Kleber Fernandes, tem como objetivo fortalecer o diálogo entre o poder público, o setor produtivo e a sociedade sobre temas estratégicos para o desenvolvimento urbano e imobiliário da capital.

Durante a sessão, foram apresentados os objetivos iniciais da Frente e debates sobre temas como modernização da legislação urbana e melhorias no ambiente de negócios. Segundo o vereador, a Frente nasce com a missão de ampliar a participação da sociedade civil organizada e de instituições comprometidas com o desenvolvimento econômico, social e urbanístico impulsionado pelo mercado imobiliário.

“Hoje tivemos essa primeira reunião de instalação, com a presença de diversas entidades representativas. A partir daqui, seguiremos com um cronograma de reuniões mensais, cada uma dedicada a um tema específico. Entre os assuntos já previstos estão o debate sobre o novo Plano Diretor — que em breve será novamente apreciado —, a revitalização da Ribeira e do Centro da cidade, além de ações de incentivos fiscais e tributários para a construção civil, entre outras pautas importantes para os atores que compõem o setor imobiliário”, destacou Kleber.

Para Francisco Ramos, vice-presidente de Mercado Imobiliário do Sinduscon/RN, a importância da criação da Frente como um espaço permanente de articulação e construção de políticas públicas voltadas à segurança jurídica, à desburocratização de processos urbanísticos e ao estímulo a novos investimentos é essencial para impulsionar a construção civil.

“Nosso setor é um dos pilares da economia local e precisa de um ambiente regulatório estável e favorável à geração de empregos e renda. A Frente Parlamentar surge como um canal essencial para discutirmos soluções concretas e sustentáveis para o desenvolvimento de Natal”, afirmou Ramos.

A presença do Sinduscon/RN reforça o compromisso da entidade em colaborar com o poder público e demais instituições na construção de uma Natal mais moderna, inclusiva e economicamente dinâmica.

Fotos: Divulgação

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Oposição critica governo Lula por dificultar avanço do PL Antifacção

Oposição critica governo Lula por dificultar avanço do PL Antifacção

Parlamentares apontam falta de apoio do Executivo e mudanças no texto que retiraram equiparação a terrorismo

Oposição critica governo Lula por dificultar avanço do PL Antifacção

Integrantes da oposição voltaram a criticar o governo federal nesta quinta-feira (13), acusando o Palácio do Planalto de não contribuir para o avanço do Projeto de Lei Antifacção. Parlamentares afirmam que o Executivo não demonstra compromisso com medidas mais rigorosas contra o crime organizado.

A percepção é compartilhada por diferentes membros da oposição, que apontam sinais contraditórios na postura do governo em relação à segurança pública. Entre os exemplos citados está a reação do Executivo à megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro, considerada por opositores como insuficiente para demonstrar apoio direto às forças de segurança.

Mudanças no texto do PL Antifacção

O debate ganhou força após alterações no relatório do projeto. Na primeira versão, o relator Fernando Derrite havia proposto que ações de facções criminosas, milícias e grupos paramilitares fossem enquadradas como terrorismo, o que ampliaria o alcance da Lei Antiterrorismo e aumentaria o rigor das penas.

No entanto, a versão mais recente, apresentada em 11 de novembro, retirou essa equiparação. A mudança gerou críticas de parlamentares que defendem a manutenção do dispositivo no texto final. Segundo opositores, a classificação das facções como atos terroristas é considerada essencial para endurecer o combate ao crime organizado.

Posicionamento da oposição

Partidos da oposição afirmam que pesquisas indicam apoio popular à proposta de enquadrar facções como organizações terroristas. Para esses parlamentares, a medida seria um passo importante para reduzir a influência de grupos criminosos em diferentes regiões do país.

Apesar das críticas, o governo não se manifestou oficialmente sobre as alterações no relatório. O tema deve continuar em discussão nas próximas semanas, com expectativa de novas negociações entre líderes partidários para definir o texto final.

Antônio Cruz/Agência BrasilOposição critica governo Lula por dificultar avanço do PL Antifacção
Oposição critica governo Lula por dificultar avanço do PL Antifacção

Próximos passos no Congresso

O PL Antifacção segue em tramitação e ainda precisa passar por votações nas comissões e no plenário. Caso aprovado, o projeto poderá alterar dispositivos da legislação atual, incluindo regras sobre organizações criminosas e penas aplicadas a integrantes desses grupos.

O debate ocorre em um contexto de aumento da violência associada a facções e milícias, especialmente em grandes centros urbanos. Parlamentares favoráveis ao projeto defendem que a aprovação da proposta é urgente para fortalecer a segurança pública e reduzir a capacidade de atuação dessas organizações.

Foto: Bruno Peres/ Antônio Cruz/Agência Brasil

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GenialQuaest Brasileiros querem presidente em 2026 sem ligação com Lula ou Bolsonaro

Genial/Quaest: Brasileiros querem presidente em 2026 sem ligação com Lula ou Bolsonaro

Pesquisa indica rejeição à reeleição de Lula e mostra maioria contra candidatura de Bolsonaro

Genial/Quaest: Brasileiros querem presidente em 2026 sem ligação com Lula ou Bolsonaro

A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (13) indica que 24% dos brasileiros preferem que o próximo presidente da República não tenha ligação com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nem com Jair Bolsonaro (PL). Outros 17% afirmam que gostariam de ver um nome totalmente fora da política na eleição de 2026.

O levantamento também mostra aumento na rejeição à candidatura de Lula à reeleição. Segundo os dados, 59% dos entrevistados acreditam que o petista não deveria tentar um quarto mandato. Em outubro, esse índice era de 56%. Já os que defendem a candidatura de Lula caíram de 42% para 38% no mesmo período. O presidente anunciou sua intenção de disputar novamente em 23 de outubro, durante viagem à Indonésia.

Cenários eleitorais

O estudo mostra que Lula ainda venceria nove dos dez cenários simulados de segundo turno, mas com margens menores do que em levantamentos anteriores. Em uma eventual reedição da disputa contra Bolsonaro, o petista aparece com 42% das intenções de voto, contra 39% do ex-presidente, configurando empate técnico.

Genial/Quaest: Brasileiros querem presidente em 2026 sem ligação com Lula ou Bolsonaro
Genial/Quaest: Brasileiros querem presidente em 2026 sem ligação com Lula ou Bolsonaro

Avaliação do governo e segurança pública

A pesquisa também mediu a percepção sobre declarações recentes de Lula. Em 24 de outubro, o presidente afirmou que “traficantes também são vítimas de usuários” de drogas. A maioria dos brasileiros discorda: 81% rejeitam a afirmação, incluindo 66% dos entrevistados que se identificam como apoiadores do governo.

Outro ponto de divergência foi a avaliação da megaoperação policial contra o tráfico no Rio de Janeiro, em 28 de outubro. Lula classificou a ação como “desastrosa”, mas 57% dos entrevistados discordam dessa opinião.

Dados da pesquisa

O levantamento Genial/Quaest realizou 2.004 entrevistas presenciais entre os dias 6 e 9 de novembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

Opinião pública e tendências

Os resultados indicam um cenário de desgaste para os dois principais líderes políticos do país. A rejeição à reeleição de Lula e à candidatura de Bolsonaro reforça a tendência de busca por alternativas fora do eixo polarizado. A pesquisa também aponta que parte significativa da população deseja mudanças na forma de condução da política nacional, com maior abertura para nomes independentes ou fora da política tradicional.

Foto: Ricardo Stuckert/PR/Fotos Públicas

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Polícia Federal cumpre mandado na casa de Gabriel Negreiros em nova fase da Operação Sem Desconto

Polícia Federal cumpre mandado na casa de Gabriel Negreiros em nova fase da Operação Sem Desconto

Defesa de Gabriel Negreiros afirma que operação da PF cumpriu apenas mandado de busca em sua residência

Polícia Federal cumpre mandado na casa de Gabriel Negreiros em nova fase da Operação Sem Desconto

A Polícia Federal (PF) cumpriu, na manhã desta quinta-feira (13), um mandado de busca e apreensão na residência de Gabriel Negreiros, tesoureiro da Confederação Brasileira de Pensionistas e Aposentados (CBPA), localizada em Parnamirim, na Região Metropolitana de Natal. A ação integra a nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada em todo o país pela Polícia Federal, com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU).

A operação tem como objetivo apurar um esquema de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões. Segundo as investigações, o grupo atuava em nível nacional, envolvendo entidades e associações de várias categorias profissionais.

De acordo com informações da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, Gabriel Negreiros teria sido citado em delações que apontam repasses milionários, supostamente ligados ao esquema. Ele é investigado por suposto recebimento de valores que podem chegar a R$ 5 milhões e por vínculos institucionais com o presidente da CBPA, Abraão Lincoln.

Ainda segundo a CPMI, os nomes de ambos apareceram após vir à tona que Gabriel é padrinho do neto de Abraão Lincoln, embora este tenha afirmado que mantém apenas uma “relação institucional” com o tesoureiro da confederação.

Operação investiga crimes previdenciários e lavagem de dinheiro

A Operação Sem Desconto é resultado de uma investigação da Polícia Federal que envolve entidades representativas e associações em 15 estados, além do Distrito Federal. No total, foram 63 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão preventiva, além de outras medidas cautelares.

Os investigados poderão responder pelos crimes de estelionato previdenciário, corrupção, inserção de dados falsos em sistemas públicos, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro. As ações foram concentradas em diversos municípios e buscam desarticular um esquema de cobrança de contribuições não autorizadas de aposentados e pensionistas em folha de pagamento.

De acordo com a PF, os valores retidos indevidamente eram direcionados a contas de associações e sindicatos que teriam sido utilizados como fachada para movimentações financeiras ilícitas.

Defesa nega irregularidades e diz que busca foi apenas procedimento pontual

A defesa de Gabriel Negreiros divulgou nota oficial à imprensa após o cumprimento da medida, esclarecendo que a ação da Polícia Federal se restringiu à execução de um mandado de busca em sua residência e que nenhuma outra medida cautelar foi determinada contra o investigado.

Segundo os advogados, o procedimento ocorreu de forma pacífica e colaborativa, com duração inferior a 20 minutos, e está relacionado exclusivamente à atuação institucional de Negreiros na CBPA.

Confira a íntegra da nota divulgada pela defesa:

NOTA À IMPRENSA

Em razão das notícias veiculadas sobre a operação da Polícia Federal denominada “Sem Desconto”, deflagrada na data de hoje em diversos estados da federação, a defesa de Gabriel Negreiros vem a público prestar esclarecimentos.

Informamos que, nesta manhã, foi cumprido apenas um mandado de busca na residência de Gabriel Negreiros, diligência referente exclusivamente à sua atuação institucional junto à Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA).

Ressaltamos que a medida foi cumprida de forma totalmente pacífica e colaborativa, com duração inferior a 20 (vinte) minutos, e esclarecemos ainda que inexiste qualquer outra medida cautelar determinada em desfavor de Gabriel Negreiros.

Por fim, reiteramos que Gabriel Negreiros sempre se colocou à disposição para colaborar com toda a apuração investigativa. Essa postura permanece inalterada, ainda que a defesa, até o presente momento, não tenha tido acesso aos autos da investigação.

Flaviano Gama e Advogados

Operação nacional da PF e CGU

A Operação Sem Desconto tem alcance nacional e investiga fraudes em descontos não autorizados sobre benefícios previdenciários. As apurações indicam que dados de segurados do INSS eram utilizados para realizar débitos em folha sem consentimento, por meio de entidades que se apresentavam como associações ou sindicatos de servidores e aposentados.

As ações de busca e apreensão têm como objetivo coletar provas e documentos que possam comprovar a existência de um esquema de desvio de recursos e lavagem de dinheiro. A investigação segue em andamento sob sigilo judicial.

Fotos: Reprodução

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Ex-presidentes do INSS são alvos da Operação Sem Desconto

Ex-presidentes do INSS são alvos da Operação Sem Desconto

Polícia Federal investiga esquema de descontos ilegais em benefícios de aposentados e pensionistas com prejuízo estimado em R$ 8 bilhões

Polícia Federal mira ex-presidentes do INSS em operação sobre descontos indevidos

Dois ex-presidentes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foram alvo de operações da Polícia Federal (PF) realizadas na manhã desta quinta-feira (13). As medidas fazem parte da Operação Sem Desconto, que apura a existência de um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões, com prejuízo estimado em R$ 8 bilhões, segundo auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU).

Um dos investigados é Alessandro Stefanutto, que foi preso nesta quinta-feira (13). Ele é suspeito de ter permitido irregularidades durante sua gestão à frente do INSS, cargo que assumiu em julho de 2023, no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Stefanutto havia pedido demissão em abril deste ano, após determinação presidencial. Até o momento, a defesa do ex-presidente não se manifestou.

O outro investigado é José Carlos Oliveira, também ex-presidente do INSS e ex-ministro da Previdência durante o governo Jair Bolsonaro. Ele é apontado como responsável pela assinatura de acordos de cooperação técnica com entidades suspeitas de aplicar descontos ilegais em benefícios previdenciários.

Operação Sem Desconto investiga fraudes em benefícios do INSS

A Operação Sem Desconto é conduzida pela Polícia Federal em conjunto com a CGU e investiga a existência de fraudes em cobranças associativas realizadas sem autorização de beneficiários. A apuração indica que dados de aposentados e pensionistas teriam sido utilizados para inserir débitos indevidos diretamente nas folhas de pagamento, com o envolvimento de associações e sindicatos em diferentes estados do país.

Segundo a PF, o esquema contava com apoio de servidores públicos e dirigentes de entidades representativas, que autorizavam ou validavam as transações sem o consentimento dos segurados. As investigações também apontam para a lavagem de dinheiro e corrupção envolvendo recursos obtidos irregularmente.

Quem é Alessandro Stefanutto

Alessandro Stefanutto foi nomeado presidente do INSS em 11 de julho de 2023 pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. Antes disso, havia atuado como Diretor de Orçamento, Finanças e Logística da autarquia, cargo que ocupava desde março do mesmo ano.

Servidor de carreira do INSS desde 2000, Stefanutto exerceu diversas funções na estrutura administrativa, entre elas a Coordenação-Geral de Administração das Procuradorias, onde foi responsável pela gestão de 91 Procuradorias Seccionais e 5 Procuradorias Regionais. Entre 2011 e 2017, atuou como Procurador-Geral do INSS, responsável pela defesa judicial da Previdência Social.

Formado em Direito pela Universidade Mackenzie, com pós-graduação em gestão de projetos e especialização em mediação e arbitragem pela FGV, Stefanutto também possui dois mestrados: um em Gestão e Sistemas de Seguridade Social pela Universidade de Alcalá (Espanha) e outro em Direito Internacional pela Universidade de Lisboa, concluído em 2024.

Antes da carreira jurídica, cursou o Colégio Naval e a Escola Naval entre 1988 e 1992.

Quem é José Carlos Oliveira

José Carlos Oliveira, também conhecido como Ahmed Mohmad, foi presidente do INSS entre 2021 e 2022 e ministro do Trabalho e da Previdência durante o governo Jair Bolsonaro. Ele foi aposentado pelo próprio INSS em outubro de 2024.

Oliveira iniciou sua trajetória no órgão como técnico do seguro social e ocupou cargos de direção, como o de Diretor de Benefícios e superintendente regional. Também exerceu o mandato de vereador em São Paulo entre outubro e dezembro de 2012, após ser eleito suplente pelo DEM e migrar posteriormente para o PSD.

Durante sua gestão no INSS, José Carlos Oliveira celebrou três acordos de cooperação técnica (ACTs) com entidades sob investigação, que teriam arrecadado R$ 492 milhões em descontos ilegais aplicados a aposentados e pensionistas. Segundo a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do INSS, os acordos foram firmados sem análise de risco e contra pareceres técnicos que recomendavam a não assinatura.

Em depoimento à CPI, Oliveira afirmou que os documentos eram assinados automaticamente, pois o INSS não tinha estrutura de fiscalização adequada. Ele também figurava como sócio de uma empresa de cobrança, o que configuraria conflito de interesse com os contratos firmados.

A CPI apurou ainda que Oliveira estava no comando do INSS quando o órgão celebrou acordo com a Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos (Ambec) — uma das entidades investigadas na Operação Sem Desconto. A Ambec é ligada aos empresários Maurício Camisotti e Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, ambos presos pela PF em setembro.

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil / Valter Campanato/Agência Brasil / Alessandro Dantas / Washington Costa/ME / Geraldo Magela/Agência Senado

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Ex-nora de Lula é investigada por suspeita de liberar recursos do MEC para empresa sob investigação, diz PF

Ex-nora de Lula é investigada por suspeita de liberar recursos do MEC para empresa sob investigação, diz PF

Carla Ariane Trindade, ex-mulher de Marcos Cláudio Lula da Silva, é alvo de operação que apura suspeita de corrupção e fraudes em licitações na área da educação

A Polícia Federal realizou, na manhã de quarta-feira (12), uma operação que investiga supostas irregularidades no Ministério da Educação (MEC). Entre os alvos está Carla Ariane Trindade, ex-nora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela é apontada como uma das pessoas que teriam atuado para liberar recursos públicos a uma empresa suspeita de fraudes em contratos com prefeituras do interior de São Paulo.

A ação faz parte da Operação Coffee Break, que apura suspeitas de corrupção, fraudes em licitação e desvio de recursos destinados à compra de kits e livros escolares. Durante o cumprimento dos mandados, a Polícia Federal foi recebida por Marcos Cláudio Lula da Silva, ex-marido de Carla e filho adotivo do presidente Lula, no endereço da investigada, em Campinas (SP). Segundo o auto circunstanciado da diligência, a busca foi realizada de forma tranquila, sem resistência.

De acordo com a investigação, Carla Ariane Trindade teria atuado para favorecer a empresa Life Tecnologia Educacional, de propriedade do empresário André Mariano, que é suspeito de superfaturar contratos e desviar cerca de R$ 70 milhões em recursos públicos. Os investigadores afirmam que o empresário mantinha empresas de fachada para movimentar os valores desviados.

Na residência de Carla, a Polícia Federal apreendeu um passaporte, um celular, um computador e um caderno de anotações. O mandado de busca e apreensão foi autorizado pela 1ª Vara Federal de Campinas. Segundo a decisão judicial, os indícios coletados até o momento indicam que Carla “parece ter ou alega ter influência em decisões do governo federal”.

A apuração aponta ainda que Carla teria viajado a Brasília em janeiro e maio de 2024, com passagens custeadas por André Mariano. Em mensagens apreendidas nos aparelhos do empresário, constam registros de agendas e comunicações que sugerem intermediação de interesses privados junto a órgãos públicos, especialmente na busca por contratos e repasses do MEC e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Durante a quebra de sigilos autorizada pela Justiça, os investigadores localizaram o nome de Carla na agenda de contatos de Mariano, registrado como “nora” — em referência ao antigo vínculo familiar com Lula — e “amiga de Paulínia”. A PF também apura se o empresário Kalil Bittar teria participado do mesmo esquema.

A investigação é conduzida em conjunto com o Ministério Público Federal e busca determinar se houve favorecimento indevido na liberação de verbas públicas federais. O inquérito segue em andamento sob sigilo judicial.

Procurada, a defesa de Carla Ariane Trindade informou que já solicitou acesso aos autos e que só irá se manifestar após conhecer integralmente o conteúdo da investigação. “A defesa esclarece que a medida foi cumprida com tranquilidade e que Carla permanece à disposição das autoridades para qualquer esclarecimento”, diz trecho da nota.

A Life Tecnologia Educacional e os demais citados na investigação não se manifestaram até o momento. O Ministério da Educação e a Secretaria de Comunicação da Presidência da República também foram procurados, mas não enviaram resposta.

Carla Ariane foi casada com Marcos Cláudio Lula da Silva por cerca de 20 anos. O casal se separou oficialmente em 2010 e tem um filho. Marcos é filho da ex-primeira-dama Marisa Letícia, adotado por Lula ainda na infância.

Foto: Angelo Miguel/MEC/Ilustração

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Relator recomenda cassação do mandato da vereadora Brisa Bracchi na Câmara de Natal

Relator recomenda cassação do mandato da vereadora Brisa Bracchi na Câmara de Natal

Parecer favorável à cassação foi emitido pelo vereador Fúlvio Saulo; decisão final será tomada em plenário

A vereadora Brisa Bracchi (PT) pode ter o mandato cassado na Câmara Municipal de Natal. O relator do processo que apura a conduta da parlamentar, vereador Fúlvio Saulo (Solidariedade), apresentou nesta quarta-feira (12) parecer favorável à cassação da petista.

Com a entrega do relatório, o caso agora segue para o plenário da Casa, onde o destino político de Brisa será definido pelos votos dos demais vereadores. A votação poderá ser realizada a qualquer momento, conforme decisão da presidência da Câmara.

O documento emitido pelo relator contém as conclusões da Comissão de Ética sobre o processo instaurado contra a vereadora. Embora o conteúdo integral do parecer ainda não tenha sido divulgado publicamente, Fúlvio Saulo recomendou formalmente que o mandato seja cassado.

Próximos passos

Com a fase de instrução concluída, o processo entra agora em sua etapa final, que consiste na votação em plenário. O parecer favorável à cassação será incluído na pauta e submetido à apreciação dos vereadores.

Segundo fontes do Legislativo municipal, a decisão pode ser tomada nos próximos dias, dependendo apenas da definição da data para inclusão do tema na ordem do dia. O quórum necessário para a cassação é de dois terços dos votos dos parlamentares.

Nos bastidores, a expectativa é de intensa articulação política antes da votação. Aliados da vereadora e parlamentares da oposição tentam garantir apoio suficiente para evitar a perda do mandato, enquanto parte da base governista defende a aprovação do parecer do relator.

O caso é considerado um dos mais sensíveis da atual legislatura da Câmara de Natal, tanto pela repercussão pública quanto pela representatividade política da parlamentar.

Defesa da vereadora Brisa Bracchi

Ao longo do processo, a vereadora apresentou suas alegações finais à Comissão de Ética, reiterando que é vítima de violência política e de gênero. Em manifestações públicas, Brisa tem afirmado que o processo de cassação representa um ataque ao seu mandato e aos eleitores que a elegeram.

Em vídeo publicado em suas redes sociais, a parlamentar declarou:

“Este é um momento decisivo. Defender nosso mandato é defender a democracia e garantir que o voto de quase sete mil natalenses seja respeitado. Seguimos firmes, de cabeça erguida e com a certeza de que, se a justiça for feita, nosso mandato seguirá lutando por Natal.”

A defesa de Brisa Bracchi sustenta que não há fundamento jurídico para a cassação e argumenta que o processo tem caráter político. Segundo a vereadora, a medida configura tentativa de silenciamento de sua atuação na oposição.

Contexto político

Brisa Bracchi foi eleita em 2020 com quase sete mil votos e se tornou uma das vozes mais atuantes da oposição na Câmara Municipal de Natal. A parlamentar é conhecida por sua atuação em temas relacionados à defesa de direitos sociais, igualdade de gênero e políticas públicas voltadas às mulheres e à juventude.

O processo que resultou no parecer favorável à cassação teve início após denúncias apresentadas por parlamentares adversários. Desde então, o caso tem mobilizado a atenção do Legislativo e gerado debates sobre os limites da atuação política e da liberdade parlamentar.

A votação em plenário será o último passo antes da decisão definitiva sobre o mandato. Caso a cassação seja aprovada, a vaga deverá ser ocupada por um suplente do Partido dos Trabalhadores (PT).

Até o momento, a presidência da Câmara de Natal não informou a data da sessão em que o processo será apreciado.

Fotos: Verônica Macêdo/Câmara de Natal/Ilustração

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Votação do Marco Legal do Combate ao Crime Organizado é adiada para terça-feira (18)

Votação do Marco Legal do Combate ao Crime Organizado é adiada para terça-feira (18)

Projeto enfrenta divergências sobre equiparação de facções a terrorismo e inclusão do MST no texto

Votação do Marco Legal do Combate ao Crime Organizado é adiada para terça-feira (18)

A votação do substitutivo ao Projeto de Lei Antifacção (PL 5582/2025), que institui o Marco Legal do Combate ao Crime Organizado, foi adiada para a próxima terça-feira (18). A decisão foi anunciada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), após pedido do relator Guilherme Derrite (PP-SP), que solicitou mais tempo para ajustes finais e correções no texto.

Segundo Derrite, o adiamento permitirá incorporar sugestões apresentadas por diferentes bancadas. “O último parecer já está no sistema com vários ajustes que foram realizados”, afirmou o relator, destacando que o substitutivo não é uma linha de chegada, mas um ponto de partida para negociações.

Hugo Motta reforçou que a condução da pauta será técnica e sem pressa. “Ninguém tem interesse de conduzir a pauta da segurança pública de maneira açodada. Nós não queremos correr com essa pauta”, declarou.

Mudanças no texto e impasses políticos

O relator apresentou a quarta versão do projeto, que busca atender demandas do governo federal e da Polícia Federal (PF). Entre as alterações, está a destinação de bens apreendidos em operações para o Funapol, fundo utilizado para equipar e financiar atividades da corporação. A medida tenta reduzir críticas sobre o esvaziamento de recursos da PF, mas integrantes do Ministério da Justiça consideram as mudanças insuficientes.

O texto também prevê aumento de pena para crimes cometidos com drones, tecnologias de espionagem e georreferenciamento, reforçando o combate ao crime organizado com uso de tecnologia. Apesar das alterações, não há consenso entre as bancadas, e o clima segue tenso.

Pressão da oposição e propostas polêmicas

Após recuar em pontos do relatório inicial, Derrite anunciou que os tipos penais serão descritos em uma nova lei, denominada Marco Legal do Combate ao Crime Organizado, e não mais na Lei Antiterrorismo. A mudança ocorreu após críticas do governo e da base aliada.

A oposição, no entanto, articula para endurecer o texto. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que o partido apresentará destaques para equiparar facções criminosas a organizações terroristas e para extinguir audiências de custódia para reincidentes.

Parlamentares da bancada do agronegócio também apresentaram emendas para incluir dispositivos que impeçam o governo de oferecer assistência ou benefícios a indivíduos ou organizações envolvidos em crimes contra propriedades privadas ou públicas. Outra proposta sugere enquadrar entidades que promovam invasões de terras, degradação ambiental ou extorsão contra proprietários rurais como organizações criminosas, o que poderia atingir movimentos sociais como o MST.

Votação do Marco Legal do Combate ao Crime Organizado é adiada
Votação do Marco Legal do Combate ao Crime Organizado é adiada

Opinião pública e pesquisa Quaest

O debate ocorre em meio à pressão popular por medidas mais duras na segurança pública. Pesquisa Genial/Quaest divulgada na quarta-feira (12) mostra que 88% dos brasileiros defendem penas mais altas, e 73% apoiam a classificação de facções criminosas como organizações terroristas. Além disso, 65% são favoráveis à retirada do direito de visita íntima para presos ligados a facções, e 60% apoiam a PEC da Segurança Pública, que amplia a atuação do governo federal na área.

A pesquisa entrevistou 2.004 pessoas entre os dias 6 e 9 de novembro, com margem de erro de dois pontos percentuais. A violência foi apontada por 38% dos entrevistados como o principal problema do país.

Contexto político

O tema ganhou força após a megaoperação policial no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos e reacendeu o debate sobre segurança pública. Governadores como Cláudio Castro (PL-RJ), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Romeu Zema (Novo-MG) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) criaram o “Consórcio da Paz” para coordenar ações estaduais, iniciativa que divide opiniões: 47% veem caráter político, enquanto 46% acreditam que pode reduzir a violência.

A votação do Marco Legal do Combate ao Crime Organizado será pauta única na Câmara na próxima terça-feira (18), com expectativa de intensas negociações entre governo, oposição e bancadas temáticas.

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

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Ibaneis diz que não vai questionar prisão de Bolsonaro na Papuda

Ibaneis diz que não vai questionar prisão de Bolsonaro na Papuda

Governador do DF afirma que decisão judicial será cumprida caso STF determine prisão do ex-presidente

Ibaneis diz que não vai questionar prisão de Bolsonaro na Papuda

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), declarou que sua gestão cumprirá qualquer decisão judicial caso o Supremo Tribunal Federal (STF) determine a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Complexo Penitenciário da Papuda. A afirmação indica mudança na postura do governo local, que vinha tentando evitar o envio do ex-presidente para a unidade prisional.

“Decisão judicial se cumpre. Se for a determinação do STF e da Vara de Execuções Penais, a Secretaria do Sistema Penitenciário irá cumprir”, afirmou Ibaneis. Ele acrescentou que não cabe ao governo avaliar se Bolsonaro tem condições de cumprir pena no presídio, pois essa decisão é exclusiva do Judiciário.

A declaração ocorre em meio às discussões sobre o cumprimento da pena de 27 anos e três meses de prisão em regime fechado, imposta ao ex-presidente. Até o momento, a administração do Distrito Federal havia adotado medidas para tentar impedir que Bolsonaro fosse encaminhado à Papuda.

Na última quinta-feira (5), a Secretaria de Administração Penitenciária do DF enviou ofício ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes solicitando avaliação médica para verificar se Bolsonaro teria condições de cumprir pena na Papuda. O documento alegava necessidade de analisar compatibilidade com assistência médica e nutricional oferecida pelo sistema prisional de Brasília. Moraes, no entanto, determinou a retirada do pedido por ausência de pertinência.

Apesar da decisão do ministro, a vice-governadora do DF, Celina Leão (PP), afirmou em entrevista que o Complexo Penitenciário da Papuda não teria estrutura adequada para receber Bolsonaro, citando fatores como dieta especial e idade avançada. Questionado sobre a posição da vice, Ibaneis respondeu apenas que ela tem mais contato com Bolsonaro do que ele.

Ibaneis diz que não vai questionar prisão de Bolsonaro na Papuda
Ibaneis diz que não vai questionar prisão de Bolsonaro na Papuda

O envolvimento do governo do Distrito Federal nas discussões ocorre porque um dos possíveis destinos do ex-presidente é o 19º Batalhão da Polícia Militar do DF, conhecido como Papudinha. A unidade foi visitada pela chefe de gabinete de Moraes e por uma juíza da Vara de Execuções Penais de Brasília. Outro local avaliado foi o Centro de Internamento e Reeducação (CIR) da Papuda, que possui ala especial para idosos.

A pena de Bolsonaro foi definida após condenação por atos relacionados à tentativa de golpe e ataques às instituições democráticas. Caso o STF confirme a execução da pena, caberá ao governo do Distrito Federal garantir a custódia do ex-presidente em uma das unidades prisionais da capital.

Ibaneis reforçou que não haverá resistência por parte do governo local. “A decisão é do STF e da Vara de Execuções, nós só executamos”, afirmou. Com isso, o GDF sinaliza que seguirá as determinações judiciais, independentemente das condições alegadas anteriormente.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Mauro Vieira e Marco Rubio se reúnem para avançar nas negociações do tarifaço

Mauro Vieira e Marco Rubio se reúnem para avançar nas negociações do tarifaço

Chanceler brasileiro e secretário de Estado dos EUA discutem proposta sobre tarifa de 50% e agendam novo encontro

Mauro Vieira e Marco Rubio se reúnem para avançar nas negociações do tarifaço

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, reuniu-se nesta quarta-feira (12) com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, para tratar das negociações sobre o tarifaço americano aplicado a produtos brasileiros. O encontro ocorreu em Niágara, no Canadá, à margem da reunião do G7.

Segundo nota divulgada pelo Itamaraty, Mauro Vieira apresentou a Rubio os entendimentos técnicos já realizados entre os dois países. O governo brasileiro encaminhou, no dia 4 de novembro, uma proposta de negociação aos Estados Unidos, após reunião virtual anterior. A proposta busca discutir a tarifa de 50% anunciada pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros.

De acordo com o comunicado, Mauro Vieira reforçou a importância de avançar nas negociações, conforme orientação dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump durante encontro realizado na Malásia. Ambos concordaram em agendar uma nova reunião presencial para tratar do estágio atual das conversas.

Esta foi a segunda reunião presencial envolvendo representantes dos dois países desde o encontro entre Lula e Trump, ocorrido em 26 de outubro, em Kuala Lumpur, durante a 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean). Na ocasião, os presidentes discutiram medidas para evitar desavenças comerciais e buscaram alternativas para suspender o tarifaço enquanto as negociações estivessem em andamento.

Mauro Vieira e Marco Rubio se reúnem
Mauro Vieira e Marco Rubio se reúnem

A primeira reunião técnica entre Brasil e Estados Unidos também aconteceu na Malásia, mas sem a presença de Marco Rubio. Naquele encontro, os Estados Unidos foram representados pelo Representante Comercial (USTR), Jamieson Greer, e pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent. Pelo Brasil, participaram Mauro Vieira, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Márcio Rosa, e o embaixador Audo Faleiro.

No encontro desta quarta-feira, Mauro Vieira e Marco Rubio conversaram rapidamente sobre os avanços obtidos pelos grupos técnicos que vêm discutindo as tarifas. Segundo relatos, a parte técnica está bem encaminhada, restando agora decisões políticas. Para isso, estão previstas duas novas reuniões: uma entre Mauro Vieira e Marco Rubio, ainda sem data definida, e outra entre os presidentes Lula e Donald Trump.

O tarifaço foi anunciado em julho pelo governo norte-americano, impondo uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos. Além disso, ministros do governo brasileiro e membros do Supremo Tribunal Federal tiveram vistos de viagem revogados e foram alvo de outras sanções.

Durante a reunião em Kuala Lumpur, Lula afirmou que não há motivos para desavenças entre Brasil e Estados Unidos e defendeu a suspensão imediata do tarifaço enquanto as negociações prosseguem. O presidente brasileiro também indicou que voltaria a telefonar para Donald Trump caso não houvesse avanços até o encerramento da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), realizada em Belém (PA).

As negociações seguem com expectativa de novos encontros para definir os próximos passos e buscar um acordo que reduza impactos sobre as exportações brasileiras.

Foto: Fotos Públicas

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PF e CGU deflagram nova fase da Operação Sem Desconto com ações no RN

PF e CGU deflagram nova fase da Operação Sem Desconto com ações no RN

Ação investiga esquema nacional de descontos indevidos em aposentadorias e pensões

PF e CGU deflagram nova fase da Operação Sem Desconto com ações no Rio Grande do Norte

A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram, nesta quinta-feira (13), uma nova fase da Operação Sem Desconto, que apura um esquema nacional de descontos associativos não autorizados aplicados em aposentadorias e pensões. A operação conta com ações em diversos estados brasileiros, incluindo o Rio Grande do Norte, onde equipes cumprem mandados judiciais.

De acordo com informações divulgadas pelas instituições, estão sendo cumpridos 63 mandados de busca e apreensão, 10 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares diversas da prisão. As ações ocorrem nos estados do Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e no Distrito Federal.

A investigação tem como foco principal um esquema que operava em nível nacional, envolvendo a inserção indevida de informações em sistemas oficiais para aplicar descontos não autorizados em benefícios previdenciários. As vítimas seriam, em sua maioria, aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Segundo a Polícia Federal, as apurações apontam para a existência de uma organização criminosa estruturada que atuava em diferentes estados, movimentando valores expressivos. O grupo investigado é suspeito de praticar inserção de dados falsos em sistemas públicos, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, além de atos de ocultação e dilapidação patrimonial.

Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal e estão sendo cumpridos com apoio de auditores da CGU, que atuam na análise de contratos e movimentações financeiras relacionadas ao esquema. O objetivo é reunir provas e identificar a participação de servidores públicos, representantes de associações e intermediários financeiros.

No Rio Grande do Norte, as equipes da PF e da CGU cumprem ordens judiciais em endereços ligados a suspeitos de envolvimento nas irregularidades. Até o momento, não foram divulgados detalhes sobre o número de mandados cumpridos no estado ou o valor dos prejuízos identificados localmente.

As autoridades informaram que a Operação Sem Desconto é um desdobramento de investigações iniciadas em fases anteriores, que já haviam identificado irregularidades semelhantes em outras regiões do país. Nesta nova etapa, as apurações se concentraram em empresas e entidades que, segundo os levantamentos, se beneficiavam diretamente dos descontos indevidos.

A PF reforçou que as investigações seguem em andamento, com análise de documentos, registros financeiros e comunicações eletrônicas apreendidos durante a operação. A expectativa é que os dados obtidos contribuam para o aprofundamento das apurações e o eventual indiciamento dos envolvidos.

A Operação Sem Desconto conta com a colaboração de diversas unidades regionais da Polícia Federal e da CGU, além do apoio de outros órgãos públicos. O caso segue sob sigilo judicial.

Foto: Divulgação/PF

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Governo retoma licitação para construção do Hospital Metropolitano em Parnamirim

Governo retoma licitação para construção do Hospital Metropolitano em Parnamirim

Secretaria de Infraestrutura reabre fase de julgamento das propostas sob acompanhamento da PGE e da CGE; investimento é de R$ 200,7 milhões

Governo retoma licitação para construção do Hospital Metropolitano do RN

A Secretaria de Estado da Infraestrutura (SIN) do Rio Grande do Norte retomou o processo licitatório para a construção do Hospital Metropolitano do RN, localizado em Parnamirim. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União na segunda-feira (10), quatro meses após a suspensão do processo pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

O novo ato administrativo mantém a anulação do contrato anteriormente firmado com o consórcio vencedor e determina a reabertura da fase de julgamento de propostas, que será acompanhada pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e pela Controladoria-Geral do Estado (CGE). O investimento previsto no projeto é de R$ 200,7 milhões.

Reanálise das propostas e recomendações do TCU

A retomada do certame se concentrará na reanálise dos documentos já apresentados pelas empresas concorrentes, sem inclusão de novos arquivos. Segundo a Secretaria, a decisão segue acordo firmado com o TCU e orientações da PGE e da CGE, uma vez que o principal problema identificado anteriormente estava relacionado à legibilidade dos documentos apresentados.

De acordo com o texto publicado, a retomada foi fundamentada no “poder-dever de autotutela” da administração pública e na urgência do interesse público em relação à obra. Pareceres técnicos da PGE e da CGE apontaram que o prosseguimento da licitação é juridicamente possível, mesmo diante do efeito suspensivo concedido pelo TCU a um pedido de reexame feito pela construtora Ramalho Moreira Ltda., integrante do consórcio inicialmente vencedor.

O cronograma de execução da obra está previsto para durar dois anos a partir da assinatura da ordem de serviço, que ainda não tem data definida.

Procedimentos e critérios de reavaliação

O novo ato administrativo estabelece que a retomada da licitação deve seguir os limites dos acórdãos nº 1923/2025 e nº 2013/2025 do TCU, que determinam a reavaliação das propostas de todas as empresas participantes.

A SIN determinou que seja feita uma reanálise completa da documentação das licitantes, conforme o artigo 67, §9º, da Lei nº 14.133/2021, vedando a inclusão de documentos novos. O processo poderá incluir diligências para sanar erros materiais, desde que não alterem o conteúdo das propostas originais.

Também foi determinada a publicação oficial do aviso de reabertura da fase de julgamento e a notificação formal de todas as empresas concorrentes.

Histórico da suspensão e questionamentos do TCU

A licitação foi suspensa em junho após o TCU apontar possíveis irregularidades nas etapas de habilitação e documentação das empresas. Entre as questões levantadas estavam a inabilitação de uma participante por problemas de legibilidade e a exigência de atestado técnico referente à instalação de elevadores com “seis paradas”, considerada um formalismo excessivo.

O tribunal entendeu que o critério teria gerado uma proposta mais cara em R$ 3,29 milhões para a administração pública. À época, o contrato com o consórcio vencedor já havia sido assinado e aguardava apenas a emissão da ordem de serviço.

O projeto do Hospital Metropolitano prevê 350 leitos, sendo 40 de UTI, além de 14 salas cirúrgicas, centro de diagnóstico por imagem, heliponto e sistemas de sustentabilidade. Os recursos são provenientes do Novo PAC.

Governo afirma que retomada segue decisões do TCU

A Secretaria de Infraestrutura afirma que a retomada da licitação não representa resistência às decisões do Tribunal de Contas da União, mas adequação às determinações já expedidas.

Segundo a pasta, a medida busca conciliar a legalidade do processo com a continuidade da política pública de saúde, garantindo o uso racional dos recursos públicos.

A SIN informou ainda que o processo está sendo conduzido sob acompanhamento técnico e jurídico da PGE, da CGE e do próprio TCU, assegurando transparência e regularidade em todas as etapas da licitação.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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MPRN deflagra operação Uncle e apreende R$ 120 mil na casa de ex-prefeito de Doutor Severiano

MPRN deflagra operação Uncle e apreende R$ 120 mil na casa de ex-prefeito de Doutor Severiano

Ação do MPRN apura indícios de fraude à licitação, corrupção e lavagem de dinheiro; sobrinho de ex-prefeito movimentou R$ 11 milhões em cinco anos

MPRN deflagra operação Uncle e apreende R$ 120 mil na casa de ex-prefeito

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) deflagrou nesta quarta-feira (12) a Operação Uncle, voltada à investigação de possíveis crimes de fraude à licitação, corrupção ativa e passiva, e lavagem de dinheiro. A ação teve como alvos um ex-prefeito de Doutor Severiano, empresários e um servidor público, identificado como sobrinho do ex-gestor municipal.

De acordo com o MPRN, o servidor público movimentou cerca de R$ 11 milhões em cinco anos, montante considerado incompatível com seus rendimentos. Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos mais de R$ 120 mil na residência do ex-prefeito.

Mandados e cidades envolvidas

A operação cumpriu mandados de busca e apreensão de natureza pessoal, domiciliar e empresarial nas cidades de Doutor Severiano e Pau dos Ferros, no Rio Grande do Norte, e também em Fortaleza e Jaguaribe, no Ceará.

A ação foi coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRN, com o apoio da Polícia Militar do Rio Grande do Norte e das forças policiais do Ceará.

Durante a operação, uma pessoa foi presa em flagrante no Ceará por porte ilegal de arma de fogo. Segundo o MPRN, o valor apreendido — R$ 121.108,25 em espécie — estava na casa do ex-prefeito de Doutor Severiano.

Origem da investigação e objetivos

A Operação Uncle é resultado de um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) conduzido pela Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) do Rio Grande do Norte. O principal objetivo da ação foi recolher provas e documentos que possam confirmar os indícios de desvios de recursos públicos.

Foram alvo da busca residências e sedes de empresas associadas aos investigados, de onde foram recolhidos computadores, celulares, tablets, papéis e outros materiais que servirão como elementos de convicção no processo.

As investigações indicam que o esquema criminoso estaria relacionado a contratações realizadas durante a gestão do ex-prefeito de Doutor Severiano, envolvendo empresas fornecedoras de serviços ao município.

Indícios de movimentações financeiras atípicas

De acordo com o MPRN, há fortes indícios de movimentações financeiras atípicas nas contas do servidor investigado, que recebia valores expressivos em períodos coincidentes com pagamentos feitos pelo município às empresas contratadas.

O órgão aponta que o servidor teria atuado como intermediário ou “laranja”, com o objetivo de dissimular a origem e o destino dos recursos. Parte dos valores teria sido repassada a familiares do ex-prefeito, inclusive a uma empresa do ramo de laticínios, da qual o ex-gestor é representante legal.

Participação das forças de segurança

A operação contou com a atuação de três promotores de Justiça, 14 servidores do MPRN, 24 policiais militares do Rio Grande do Norte e 22 policiais civis do Ceará.

O material apreendido será analisado pelo Gaeco/MPRN, que dará sequência à investigação com base nas provas obtidas. A apuração segue em sigilo até a conclusão das análises dos dados e documentos.

Fotos: MPRN/Divulgação

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Tomógrafos do Hospital Walfredo Gurgel voltam a quebrar e paralisam exames de imagem

Tomógrafos do Hospital Walfredo Gurgel voltam a quebrar e paralisam exames de imagem

Equipamentos estão fora de operação pela terceira vez em dois meses; Sesap planeja compra e aluguel de novos tomógrafos para evitar descontinuidade do serviço

Tomógrafos do Hospital Walfredo Gurgel voltam a quebrar e paralisam exames de imagem

O Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, principal unidade pública de urgência e emergência do Rio Grande do Norte, está novamente sem tomógrafos em funcionamento. Os dois equipamentos utilizados para exames de imagem estão quebrados pela terceira vez em dois meses, o que tem dificultado o atendimento e o diagnóstico dos pacientes.

De acordo com relatório da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap-RN), o tomógrafo principal, responsável pela maior parte dos exames diários, foi fabricado em 2010 e é considerado obsoleto pelo fabricante, a Philips, desde dezembro de 2024. O documento, elaborado pela Coordenadoria de Patrimônio e Infraestrutura da secretaria, aponta a necessidade urgente de substituição do aparelho.

Segundo o relatório, o uso de equipamentos ultrapassados compromete a precisão dos exames, aumenta o tempo de atendimento e eleva riscos aos pacientes, devido à limitação tecnológica e ao alto custo de manutenção.

O segundo tomógrafo do hospital, fabricado em 2015, também está inoperante. O Walfredo Gurgel é responsável por atender pacientes de toda a rede estadual, realizando tomografias de urgência para hospitais como o Giselda Trigueiro, João Machado, José Pedro Bezerra (Santa Catarina) e Maria Alice Fernandes.

Sesap abre licitação e planeja aluguel de novo tomógrafo

A Sesap informou que está com processo licitatório em andamento para adquirir um novo tomógrafo e pretende alugar outro, medida que deve garantir a substituição dos dois equipamentos atualmente em uso.

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) abriu inquérito para investigar a falta de exames de imagem na unidade. O custo estimado de um novo tomógrafo é de R$ 2,9 milhões. O hospital realiza, em média, 4.600 tomografias por mês.

Com a paralisação dos serviços, os pacientes têm sido encaminhados para o Hospital Deoclécio Marques de Lucena, em Parnamirim, e para o Hospital Giselda Trigueiro, em Natal.

Em nota, a Sesap informou que a empresa responsável pela manutenção esteve no hospital nesta segunda-feira (10) e constatou a necessidade de troca de uma peça, já requisitada ao fornecedor em Minas Gerais.

De acordo com informações divulgadas pela imprensa local, o segundo tomógrafo está em uma sala que passa por reforma, o que impede o uso do equipamento até a conclusão da obra.

O MPRN acompanha o caso e aguarda novas informações da Sesap sobre prazos para restabelecimento dos exames no hospital.

Leitos de UTI enfrentam risco de bloqueio em outras unidades

Além da paralisação dos tomógrafos, hospitais da rede estadual enfrentam problemas na manutenção e funcionamento de leitos de UTI. O Hospital Regional Dr. Mariano Coelho, em Currais Novos, e o Hospital Dr. José Pedro Bezerra (Santa Catarina), em Natal, apresentam risco de bloqueio de leitos devido à falta de equipamentos e de profissionais de enfermagem.

No Hospital Mariano Coelho, há insuficiência de aspiradores portáteis para os dez leitos de UTI, segundo documento assinado na segunda-feira (10). Já o Hospital Santa Catarina registra carência de enfermeiros e técnicos de enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais Convencionais (UCINCO).

Além disso, 12 leitos infantis estão bloqueados devido à reforma do setor Canguru, onde são atendidos bebês prematuros e recém-nascidos de alto risco. A Sesap informou que a reforma deve ser concluída até o fim de novembro e que os atendimentos continuam sendo realizados em leitos de média complexidade.

A pasta afirmou também que mantém os serviços ativos nas duas unidades e que há previsão de convocação de profissionais aprovados no concurso público da Sesap para recompor as equipes.

Estrutura hospitalar em alerta

De acordo com informações dos relatórios enviados pelas direções das unidades, os problemas estruturais e a falta de equipamentos afetam diretamente o funcionamento dos serviços de alta complexidade. Em Currais Novos, a direção do Hospital Mariano Coelho solicitou resolução urgente do problema com os aspiradores portáteis.

Os registros apontam que a falta de equipamentos e de manutenção adequada pode comprometer a segurança dos pacientes e o funcionamento dos leitos de terapia intensiva, essenciais para o atendimento de casos graves.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração / Solano Braz/Governo do RN

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Projeto para tornar Colégio Atheneu patrimônio de Natal avança em Comissão

Projeto para tornar Colégio Atheneu patrimônio de Natal avança em Comissão

Um Projeto de Lei que torna o colégio Atheneu Norte-Riograndense patrimônio histórico-cultural imaterial do município recebeu parecer favorável na reunião desta terça-feira (11), da Comissão de Educação, Cultura, Ciência, Tecnologia e Inovação (CECCTI), da Câmara Municipal de Natal. O PL 37/2025 é de autoria do vereador Eribaldo Medeiros (REDE), e aponta o pioneirismo dessa instituição, como o segundo colégio mais antigo em atividade no Brasil, e sua relevância social, sobretudo pelos nomes de peso que passaram por duas salas de aula, a exemplo do ex-presidente do Brasil, Café Filho, e do folclorista potiguar Câmara Cascudo.

A matéria teve relatoria do presidente da CECCTI, vereador Cláudio Custódio (PP), o qual ressaltou a competência do colegiado em discutir a matéria. Para o vereador Pedro Henrique (PP), membro da Comissão de Educação, o reconhecimento do Colégio Atheneu como patrimônio histórico imaterial traz garantias reais tanto para o prédio em si, como para sua representação simbólica para a sociedade.

“É importante destacar para a sociedade natalense que esse projeto de patrimônio cultural e imaterial não é apenas um reconhecimento por meio de uma lei específica, mas deixar claro que qualquer intervenção de patrimônio não pode ser feita sem consultar os órgãos coerentes, o poder público, os órgãos de controle e os órgãos históricos, para que se mantenha a história desse Colégio. Então, reconhecer algo com patrimônio cultural e imaterial é reconhecer a sua história, para que não seja apagada, o presente e o futuro, para não mudar a sua trajetória”, afirmou, Pedro Henrique.

Outro projeto aprovado na Comissão e focado na relação escola-família foi o PL 155/2024, de proposição do vereador Chagas Catarino (União Brasil), que versa sobre a criação de aplicativo que notifica aos pais a chegada da criança nas escolas públicas do município de Natal. Segundo o vereador Pedro Henrique, o desenvolvimento e a implementação desse aplicativo irá contribuir, junto aos demais softwares utilizados pela Prefeitura, de maneira positiva para a educação do município.

“Um aplicativo como esse é muito significativo para termos a certeza de que o aluno está na escola. Porque o aluno na escola é sinal que ele não está na rua, ele não está em um ambiente propício para práticas que não sejam coerentes com a sua infância, com sua formação. Então, é um projeto relevante que esta Comissão aprovou hoje, e um passo importante para dizer que essa Casa está cada vez mais preocupada com as crianças e com a educação do nosso município”, completou o parlamentar.

O Projeto de Lei 285/2024 também avançou na reunião do colegiado. De autoria do vereador Kleber Fernandes (Republicanos), o PL traz diretrizes para a criação da Academia de Formação e Aperfeiçoamento da Guarda Municipal de Natal – AFAGMN, uma unidade de ensino de atividade policial, destinado à formação, treinamento e aperfeiçoamento dos Guardas Municipais.

Outro destaque da reunião foi o PL 330/2025, proposto pelo vereador Daniell Rendall (Republicanos), que busca estabelecer a semana municipal de educação e inteligência artificial nas escolas públicas de Natal. De caráter anual, a semana tem o objetivo de promover o conhecimento, a inovação e o uso pedagógico da inteligência artificial no ambiente educacional.

De acordo com o autor do Projeto, embora haja questionamentos sobre o uso da tecnologia de inteligência artificial, há de se pensar seu melhor uso aliado à educação. “A gente está construindo esse diálogo com o núcleo de tecnologia educacional do município de Natal. A instituição dessa semana no calendário acadêmico do município vem para estabelecer uma comunicação mais uniforme entre a educação e o uso da tecnologia no município de Natal”, apontou.

Participaram da reunião da Comissão de Educação, Cultura, Ciência, Tecnologia e Inovação os vereadores Cláudio Custódio (PP), Daniell Rendall (Republicanos), Pedro Henrique (PP) e Preto Aquino (Podemos).

Texto: Cleber Femina
Fotos: Otávio Augusto

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Lei Antifacção: Derrite recua sobre terrorismo após pressão de governo e PF

Lei Antifacção: Derrite recua sobre terrorismo após pressão de governo e PF

Relator altera proposta e mantém penas mais duras contra facções sem mudar lei antiterrorismo

Lei Antifacção: Derrite recua sobre terrorismo após pressão de governo e PF

Lei Antifacção: Derrite recua sobre terrorismo após pressão de governo e PF

O relator da Lei Antifacção, deputado Guilherme Derrite, retirou do projeto a proposta que equiparava facções criminosas ao terrorismo. A mudança ocorreu após críticas do governo federal, da Polícia Federal e do Ministério Público, que alertaram para riscos de interferência nas investigações e impactos sobre operações contra o crime organizado.

A proposta original previa alterar a Lei Antiterrorismo para enquadrar organizações criminosas como terroristas, endurecendo penas e ampliando mecanismos de combate. Após reação contrária, Derrite afirmou que a decisão não representa recuo, mas uma mudança de estratégia. Segundo o parlamentar, o novo texto mantém medidas rigorosas contra facções, com aumento de penas e regras mais duras, sem modificar a legislação antiterrorismo.

O governo Lula demonstrou preocupação com possíveis prejuízos às operações federais. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou a declarar que o relatório poderia fortalecer o crime organizado e comprometer ações da Receita Federal, como a Operação Cadeia de Carbono, realizada no Rio de Janeiro. A Polícia Federal também alertou para perda de autonomia caso a proposta original fosse mantida.

Mesmo com a alteração, Derrite garante que o projeto será um marco legal no combate às facções. Nos bastidores, aliados avaliam que a mudança busca reduzir críticas sem abrir mão do tom rígido contra o crime organizado.

Críticas do governo e tensão política

A mudança no texto não evitou críticas. O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, classificou o relatório como uma tentativa de blindagem e acusou Derrite de proteger interesses do crime organizado. Boulos também afirmou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, teria influenciado o relator para conduzir alterações polêmicas no projeto.

Outros integrantes do governo, como Gleisi Hoffmann e Ricardo Lewandowski, também manifestaram preocupação com os impactos da proposta. O projeto, de autoria do Executivo, tem como objetivo endurecer o combate às facções criminosas, mas as mudanças feitas pelo relator alteraram pontos-chave, como a forma de atuação conjunta entre a Polícia Federal e as polícias estaduais.

Lei Antifacção
Lei Antifacção

Garantia de atuação da Polícia Federal

Após a polêmica, o presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou que o papel da Polícia Federal no combate às facções é inegociável. Motta negou qualquer tentativa de enfraquecer a instituição e classificou como “fake news” as acusações de interferência política. Segundo ele, o texto busca consenso entre União e estados, sem transformar o projeto em instrumento eleitoral.

A nova versão do relatório autoriza a atuação da Polícia Federal sempre que houver relação com sua competência legal ou a pedido de autoridades estaduais e do Ministério Público. A Lei Antifacção é considerada prioridade pela Câmara e deve ser votada até esta quarta-feira (12). O objetivo é criar um marco legal para enfrentar facções criminosas, que já ultrapassaram fronteiras estaduais e desafiam a segurança pública nacional.

Foto: Lula Marques/Bruno Peres/Agência Brasil

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Promotoria Eleitoral pede cassação de prefeita e vice em Pendências por compra de votos

Promotoria Eleitoral pede cassação de prefeita e vice em Pendências por compra de votos

Ministério Público Eleitoral solicita cassação da chapa eleita em 2024 e novas eleições suplementares no município.

Promotoria Eleitoral pede cassação de prefeita e vice em Pendências por compra de votos

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN) analisa um parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE) que solicita a cassação dos diplomas da prefeita Lays Helena Cabral de Queiroz e do vice-prefeito Gilberto de Oliveira Fonseca, eleitos em 2024. A medida inclui também a decretação de inelegibilidade por oito anos para a chapa e outros cinco envolvidos.

A ação pede ainda a convocação de novas eleições suplementares para os cargos de prefeito e vice-prefeito do município de Pendências, considerando que a chapa obteve mais de 50% dos votos válidos no pleito.

O pedido está inserido em uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) distribuída em 30 de outubro de 2024. O documento aponta a prática de captação ilícita de sufrágio, caracterizada como compra de votos, e abuso de poder econômico durante a campanha.

O parecer, assinado pelo promotor eleitoral Edgard Jurema de Medeiros na segunda-feira (10), detalha dois núcleos fáticos que, segundo o MPE, comprovam os ilícitos eleitorais. A acusação sustenta que o vínculo dos agentes com a campanha e a gestão municipal demonstra a anuência dos candidatos beneficiários.

Depoimentos colhidos em juízo reforçam a impossibilidade de acolher a tese de “atos isolados de terceiros”. As testemunhas confirmaram que os operadores dos ilícitos eram Raquel Ferreira da Silva, fiscal oficial no dia da eleição, portando crachá, e Igor de Souza Luz, coordenador de campanha. Também foi apontado o envolvimento direto do então prefeito Flaudivan Martins e da secretária Ludmylla Martins, parentes da candidata eleita.

Promotoria Eleitoral pede cassação de prefeita e vice em Pendências por compra de votos
Promotoria Eleitoral pede cassação de prefeita e vice em Pendências por compra de votos

O Ministério Público Eleitoral argumenta que a atuação desses agentes comprometeu a lisura do processo eleitoral, configurando práticas vedadas pela legislação. Caso o TRE-RN acolha o parecer, a chapa será cassada e novas eleições deverão ser convocadas para garantir a legitimidade do pleito.

A AIJE é um instrumento previsto na legislação eleitoral para apurar irregularidades que possam influenciar o resultado das eleições. Entre as condutas investigadas estão compra de votos, uso indevido de recursos públicos e abuso de poder político ou econômico.

O processo segue em análise pelo TRE-RN, que deverá avaliar as provas apresentadas e decidir sobre a procedência do pedido. Não há prazo definido para a conclusão do julgamento.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração/ Antonio Augusto/Ascom/TSE

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Bancada Federal define prioridades do Rio Grande do Norte para o Orçamento da União de 2026

Bancada Federal define prioridades do Rio Grande do Norte para o Orçamento da União de 2026

Reunião em Natal reúne parlamentares, instituições públicas e entidades civis para pactuar emendas coletivas

Bancada Federal define prioridades do Rio Grande do Norte para o Orçamento da União de 2026

A Bancada Federal do Rio Grande do Norte realizou nesta segunda-feira (10), no Hotel Senac Barreira Roxa, em Natal, uma reunião para definir as emendas coletivas ao Projeto de Lei Orçamentária Anual da União de 2026 (PL nº 015/2025 – CN). O encontro foi convocado pelo líder da bancada, deputado federal Robinson Faria, e reuniu parlamentares potiguares, representantes de instituições públicas e entidades da sociedade civil.

O objetivo da reunião foi pactuar as prioridades do estado junto ao orçamento federal, com foco em áreas estratégicas como saúde, educação, infraestrutura, segurança pública e agricultura. As propostas apresentadas serão consideradas na formulação das emendas de bancada, que visam garantir investimentos essenciais para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte.

O valor total destinado às emendas de bancada para 2026 é de R$ 415.758.065. Além disso, cada deputado federal dispõe de R$ 40.252.007 em emendas individuais, enquanto cada senador conta com R$ 74.011.755 para indicar investimentos prioritários. Os recursos serão distribuídos conforme as demandas pactuadas durante o encontro.

Bancada Federal define prioridades do Rio Grande do Norte para o Orçamento da União de 2026
Bancada Federal define prioridades do Rio Grande do Norte para o Orçamento da União de 2026

Durante a reunião, representantes de universidades, órgãos federais, entidades municipais, setores produtivos e instituições da área da saúde apresentaram propostas e demandas. A escuta ativa e o diálogo institucional foram destacados como elementos fundamentais do processo orçamentário.

O deputado Robinson Faria ressaltou a importância da participação social na definição das prioridades. “Esta é uma etapa fundamental do processo orçamentário, em que ouvimos quem está na ponta, compreendemos as reais necessidades do estado e construímos, de forma participativa, as propostas que melhor representem os interesses do povo potiguar no orçamento da União”, afirmou.

Participaram da reunião os deputados federais Robinson Faria, Fernando Mineiro, Benes Leocádio, General Girão, Sargento Gonçalves, Natália Bonavides, Carla Dickson e a senadora Zenaide Maia. Os parlamentares irão deliberar, em reunião a ser realizada em Brasília, as emendas de consenso que comporão o conjunto final de indicações da Bancada Federal do Rio Grande do Norte ao Orçamento da União de 2026.

Foto: Divulgação/Assecom

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Nilda Cruz “Inovadora”? Parnamirim vive o caos real

Nilda Cruz “Inovadora”? Parnamirim vive o caos real

Editorial POR DENTRO DO RN

Na tarde da última quinta-feira (6), a prefeita de Parnamirim, Nilda Cruz (Solidariedade), foi agraciada com o título de “Prefeita Inovadora”, conferido pela Rede Cidade Digital (RCD), durante o Fórum Cidades Digitais e Inteligentes em Natal. O reconhecimento foi justificado por um projeto ambicioso: o “Parnamirim Aeroporto Digital”, voltado à transformação da antiga área do aeroporto Augusto Severo em polo tecnológico. A prefeita comemorou nas redes, exaltando sua equipe e a visão “moderna, humana e sustentável”.

Porém, para a população – e para quem observa de perto a realidade de Parnamirim – o prêmio soa como uma cortina de fumaça. Enquanto se desenham planos futuros e se exibem títulos, a cidade vive o caos nos serviços públicos mais sensíveis. A congratulação data de hoje, mas as ruas, os ônibus, os postos de saúde e a UPA mostram que a gestão Nilda Cruz ainda não apareceu de fato.

Transporte público: inovar ou improvisar?

No que deveria ser prioridade, Parnamirim amarga uma das piores realidades de mobilidade da Região Metropolitana. O sistema Interbairros opera há anos com veículos obsoletos – vans fabricadas entre 1998 e 2001 (com quase 30 anos de uso) ainda circulam nas linhas da cidade. Usuários relatam barulho excessivo, falta de acessibilidade para cadeirantes e idosos, veículos em condição precária, tarifas que superam o valor cobrado em muitas capitais para um serviço de “segunda classe”.

Se a prefeita realmente apostasse em inovação, começaria pelo básico: garantir transporte seguro, digno e acessível. Receber um prêmio por “inovação” enquanto o transporte público carece de manutenção mínima é, no mínimo, incoerente.

Saúde pública: entre promessas e corredores

Outra área essencial onde o “Inovadora” não encontra reflexo prático é a saúde. A UPA Nova Esperança, uma das unidades referências municipais, segue registrando superlotação, demora no atendimento e reclamações de usuários e profissionais. Servidores protestam, denunciam falta de profissionais, insumos e infraestrutura – e a prefeitura, em vez de apresentar plano concreto, oferece notas de “melhoria” pontuais que não apagam a realidade de filas e descaso.

Enquanto isso, a prefeita posa para fotos e comemora títulos. A gente pergunta: inovação para quem? Porque para muitos cidadãos a realidade ainda é de espera, de fila, de atendimento que não sai.

Inovação de mentira ou marketing antecipado?

O projeto “Parnamirim Aeroporto Digital” pode ter méritos e ambição. Porém, hoje é mais símbolo do que entrega concreta. Um parque tecnológico no futuro não resolve hoje a falta de transporte digno, a UPA de referência em colapso ou a precariedade dos serviços. A inovação que a cidade precisa é a de respeito às pessoas, eficiência nos serviços públicos e presença da gestão municipal nos problemas do dia a dia.

Reconhecer a prefeita com um título de inovação enquanto as bases estruturais da cidade sofrem é, na visão deste editorial, um contrassenso – ou pior, uma tentativa de maquiar a realidade através de prêmios de fachada.

É hora de governar, não posar

Nilda Cruz foi eleita com promessa de mudança. Hoje, a população espera por ação maior do que discursos. A cidade que cresce em número de habitantes exige uma gestão que acompanhe essa expansão – não uma turma de marketing exibindo “projetos inovadores” enquanto convive com serviços mínimos. Ela tem o cargo, apoios e recursos suficientes para fazer diferente. Basta querer.

O título recebido pode figurar na vitrine, mas o que importa é o que ocorre nos bairros, nas ruas e nos ônibus. E lá, no chão da cidade, a Parnamirim real clama por gestora presente, atuante e eficiente – não por premiada em fóruns de tecnologia.

Se a moda é “prefeita inovadora”, que se aprenda o significado de inovar para o cidadão comum: dar transporte digno, saúde que funciona, ruas que andem. Parnamirim já espera tempo demais por essa inovação – e ela não virá em troféu, mas em ação concreta.

Foto: Reprodução

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Allyson Bezerra sinaliza aliança com Álvaro Dias e Paulinho Freire para 2026

Allyson Bezerra sinaliza aliança com Álvaro Dias e Paulinho Freire para 2026

Chefe do Executivo de Mossoró confirma diálogo com lideranças e participação em reunião da União Brasil que discutirá eleições de 2026

Allyson Bezerra sinaliza aliança com Álvaro Dias e Paulinho Freire para 2026

O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), demonstrou nesta semana que sua aliança política para as eleições de 2026 deve seguir alinhada ao lado do prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), e do ex-deputado federal Paulinho Freire (União Brasil). as informações foram publicadas esta semana pela imprensa local.

Durante entrevista recente, Allyson destacou o bom relacionamento com Paulinho e afirmou que o diálogo entre ambos ocorre de forma constante, envolvendo temas administrativos e políticos.

“Minha relação com o Paulinho é muito positiva. A gente conversa sobre gestão, conversa sobre política, temos um bom diálogo”, declarou o prefeito mossoroense.

Allyson Bezerra confirmou ainda que participará, nesta quinta-feira (data não informada), em Natal, de uma reunião da Federação, que contará com a presença de importantes lideranças do Rio Grande do Norte. Entre os nomes confirmados estão o senador José Agripino, o deputado federal João Maia, o ex-governador Robson Faria, o deputado federal Benes Leocádio, além de Paulinho Freire e da pré-candidata Nina Souza.

Segundo o prefeito, o encontro tratará da formação das nominatas para os cargos de deputado federal e estadual, com foco em fortalecer o projeto da União Brasil para o pleito de 2026.

“A União Brasil está se estruturando para ampliar sua representatividade. A meta é eleger pelo menos quatro deputados federais e oito estaduais”, afirmou Allyson.

A reunião também deve servir como ponto de partida para discussões futuras sobre a candidatura majoritária ao Governo do Estado. O prefeito confirmou que o tema será prioridade nas conversas de 2026, mas evitou antecipar qualquer definição de nomes.

A aproximação entre Allyson Bezerra, Álvaro Dias e Paulinho Freire vem sendo observada no meio político como um movimento de consolidação de um bloco oposicionista ao governo da governadora Fátima Bezerra (PT). O grupo busca fortalecer sua base e preparar um projeto competitivo para disputar o Executivo estadual.

Com a expectativa de crescimento da União Brasil no Rio Grande do Norte, a presença de prefeitos e lideranças regionais na reunião da Federação reforça a intenção do partido de ampliar sua participação na política estadual. O objetivo é construir alianças estratégicas que garantam viabilidade eleitoral nas principais regiões do estado, incluindo a capital e o interior.

Allyson Bezerra, reeleito prefeito de Mossoró com expressiva votação em 2024, tem se consolidado como uma das principais lideranças do União Brasil no RN. Sua boa relação com dirigentes partidários e prefeitos de outros municípios é vista como fator importante para a composição de alianças nos próximos dois anos.

A reunião prevista em Natal deve marcar o início das articulações formais do partido em torno de um projeto estadual unificado, com foco em fortalecer a presença da legenda tanto na Câmara Federal quanto na Assembleia Legislativa.

Foto: Wilson Moreno/Allan Phablo/Secom/PMM

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Bancada do RN define destino de R$ 959,8 milhões em emendas no Orçamento 2026

Bancada do RN define destino de R$ 959,8 milhões em emendas no Orçamento 2026

Deputados e senadores potiguares se reúnem em Natal para discutir prioridades de aplicação dos recursos federais

Bancada do RN define destino de R$ 959,8 milhões em emendas no Orçamento 2026

O Rio Grande do Norte terá direito a R$ 959,8 milhões em emendas parlamentares ao Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026 da União, que está em tramitação na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) e deve ser votado até dezembro pelo Congresso Nacional.

Do valor total, R$ 544 milhões correspondem às emendas individuais apresentadas pelos 11 parlamentares da bancada potiguar, e R$ 415,75 milhões são referentes às emendas coletivas de bancada.

Cada deputado federal do Estado poderá indicar R$ 40,25 milhões, somando R$ 322 milhões no total. Já cada senador disporá de R$ 74 milhões, o que representa R$ 222 milhões para o grupo.

Conforme determina a legislação, metade dos valores das emendas individuais deve ser destinada obrigatoriamente a ações e serviços públicos de saúde, sendo R$ 20,12 milhões para deputados e R$ 37 milhões para senadores.

Reunião da bancada define prioridades

Para discutir as prioridades de aplicação dos recursos, a bancada federal do Rio Grande do Norte se reunirá na manhã de segunda-feira (10) no Hotel Senac Barreira Roxa, localizado na Via Costeira, em Natal.

O encontro foi convocado pelo coordenador da bancada, deputado Robinson Faria (PP), e deve contar com a presença da governadora Fátima Bezerra (PT), do prefeito de Natal, Paulinho Freire (União Brasil), além de representantes de municípios, instituições públicas e organizações filantrópicas.

Durante a reunião, os parlamentares receberão sugestões das entidades sobre as áreas prioritárias para destinação dos recursos federais. A bancada potiguar terá três encontros para avaliar as propostas, antes do prazo final de 13 de novembro, quando as emendas devem ser apresentadas ao relator-geral do Orçamento, deputado Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL).

Valores e regras das emendas individuais

No cenário nacional, o valor reservado no PLOA 2026 para as emendas individuais é de R$ 26,6 bilhões, sendo R$ 20,6 bilhões destinados aos deputados e R$ 6 bilhões aos senadores, conforme a Emenda Constitucional nº 126/2022.

Essas emendas podem ser executadas por transferência especial ou por transferência com finalidade definida. A legislação proíbe o uso dos recursos para pagamento de pessoal, encargos sociais ou dívidas.

Nas transferências especiais, os valores repassados não exigem convênio e devem ser aplicados diretamente em programações finalísticas do Poder Executivo do ente federado. Pelo menos 70% dessas transferências precisam ser direcionadas a despesas de capital, como investimentos em infraestrutura e equipamentos.

Já as transferências com finalidade definida são vinculadas à área indicada pelo parlamentar, com valores mínimos de R$ 400 mil para obras e R$ 200 mil para outros projetos.

Emendas de bancada estadual

As emendas de bancada estadual permitem que os parlamentares de cada unidade da federação indiquem recursos para projetos de interesse coletivo. O valor total previsto para as emendas de bancada no PLOA 2026 é de R$ 11,22 bilhões, sendo R$ 415,75 milhões o montante máximo para o Rio Grande do Norte, caso o critério de distribuição igualitária entre as bancadas seja mantido.

De acordo com a Resolução nº 1/2006-CN, cada bancada poderá apresentar até oito emendas de apropriação, podendo ser ampliadas em até três adicionais para garantir a continuidade de obras iniciadas em exercícios anteriores.

Desde a Lei Orçamentária de 2020, as programações relacionadas a investimentos plurianuais devem continuar sendo objeto de emenda pela mesma bancada até a conclusão da obra ou empreendimento, conforme o §20 do art. 166 da Constituição Federal (EC nº 100/2019).

A repetição da emenda pode ser dispensada caso haja recursos suficientes inscritos em restos a pagar ou se houver impedimento legal para a execução da obra.

Tipos de emendas orçamentárias

O texto do Orçamento classifica as emendas parlamentares em três tipos:

  • Emenda de apropriação: propõe o acréscimo de dotação em programação existente ou inclusão de nova programação no PLOA, com anulação de outras dotações como fonte de recursos;
  • Emenda de remanejamento: acrescenta ou inclui dotações mediante anulação equivalente de outras dotações, exceto da reserva de contingência, sendo aplicável apenas às comissões;
  • Emenda de cancelamento: reduz dotações existentes no projeto orçamentário.

Resumo dos valores das emendas para o RN

  • Valor total: R$ 959.809.389,00
  • Emendas individuais: R$ 544.051.324,62
  • Deputados federais: R$ 322.016.058,48
  • Senadores: R$ 222.035.266,14
  • Emenda de bancada: R$ 415.758.065,74

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado / Leonardo Sá/Agência Senado / Pedro França/Agência Senado

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Governo federal já desembolsou R$ 382 milhões para realização da COP30 em Belém

Governo federal já desembolsou R$ 382 milhões para realização da COP30 em Belém

Maior parte dos recursos foi destinada à Organização dos Estados Ibero-Americanos, responsável pela estrutura do evento climático da ONU

Governo federal já desembolsou R$ 382 milhões para realização da COP30 em Belém

A Presidência da República já executou R$ 382,3 milhões em despesas para a realização da COP30, conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que tem início nesta segunda-feira (10), em Belém (PA). O evento é considerado o principal fórum internacional da ONU voltado ao debate sobre mudanças climáticas e requer uma estrutura complexa e de alto custo logístico.

As informações são da coluna de Andreza Matais, do portal Metrópoles. Segundo os dados divulgados, a maior parte dos recursos foi repassada à Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), instituição contratada para organizar o encontro.

Organização dos Estados Ibero-Americanos recebeu R$ 323,7 milhões

De acordo com a publicação, a OEI recebeu R$ 323,7 milhões dos recursos já desembolsados. O contrato firmado com a entidade, inicialmente orçado em R$ 423,5 milhões, foi fechado por R$ 478,3 milhões, incluindo uma taxa de 5% destinada à própria organização pelo serviço de gestão do evento.

A partir desses repasses, a OEI contratou o Grupo DMDL para realizar a montagem das estruturas temporárias no antigo Aeroclube de Belém, que foi adaptado para sediar parte das atividades da conferência. Além disso, o Consórcio Pronto RG foi contratado para a operação logística e coordenação técnica do evento.

Repasses à ONU e ao governo do Pará

Além da contratação da OEI, a Presidência da República destinou R$ 38,3 milhões à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). O valor foi previamente acordado para cobrir custos operacionais da conferência, como infraestrutura internacional e suporte técnico às delegações participantes.

Outro repasse significativo foi feito ao governo do Estado do Pará, que recebeu R$ 20,3 milhões para garantir transporte exclusivo aos participantes da COP30. O valor cobre a locação e operação de ônibus que atenderão 15 linhas especiais na região metropolitana de Belém, restritas ao uso de delegações e convidados oficiais, sem acesso para o público em geral.

Estrutura e investimentos para o evento climático da ONU

Os gastos concentram-se na montagem de uma estrutura temporária voltada à recepção de delegações internacionais, autoridades ambientais, organizações multilaterais e representantes da sociedade civil.

A COP30 contará com acordos internacionais, painéis de negociação climática, debates sobre metas de descarbonização e iniciativas de sustentabilidade global. A previsão é que o evento reúna representantes de dezenas de países, consolidando Belém como centro das discussões climáticas mundiais durante toda a semana da conferência.

O volume de recursos já empenhados e repassados indica a dimensão do esforço administrativo e financeiro conduzido pelo governo federal para assegurar o funcionamento da conferência, considerada uma das maiores já realizadas na região Norte.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

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Câmara pautará projeto de lei antifacção; Lula reclama a Hugo Motta sobre relatoria

Câmara pautará projeto de lei antifacção; Lula reclama a Hugo Motta sobre relatoria

Presidente da Câmara confirma votação do projeto na terça-feira (11), após críticas de Lula à escolha de Guilherme Derrite como relator da proposta

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), divulgou neste sábado (8) a pauta de votações da próxima semana, incluindo o projeto de lei antifacção, encaminhado pelo governo federal após a megaoperação que deixou 121 mortos no Rio de Janeiro.

A decisão de Motta ocorre no mesmo dia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou ao parlamentar para demonstrar insatisfação com a escolha do deputado Guilherme Derrite (PP-SP) como relator da proposta. Derrite é secretário de Segurança Pública de São Paulo e aliado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), potencial candidato à Presidência em 2026, o que gerou desconforto no Palácio do Planalto.

Sessão deliberativa será semipresencial na terça-feira (11)

A primeira sessão deliberativa da semana foi marcada por Hugo Motta para terça-feira (11), às 13h55, em formato semipresencial. A decisão atende a um pedido de líderes partidários, permitindo que os deputados votem a distância.

Além do projeto antifacção, a pauta inclui outras proposições ligadas à segurança pública, entre elas o projeto que aumenta a destinação da arrecadação de apostas esportivas de quota fixa (bets) para o financiamento da segurança pública. O relator dessa proposta é o deputado Capitão Augusto (PL-SP).

Outro projeto em discussão é o que condiciona a progressão de regime, a saída temporária e a substituição de pena privativa de liberdade por restritiva de direitos à coleta de material genético do preso. O relator é o deputado Arthur Maia (União-BA).

Lula questiona relatoria e pede análise técnica do projeto

Durante a ligação ao presidente da Câmara, Lula expressou preocupação com a condução da relatoria da Lei Antifacção. O presidente preferia que o relator fosse um deputado considerado mais neutro. Segundo interlocutores do governo, o Planalto teme que o texto ganhe características punitivas mais rígidas do que as propostas pelo Executivo.

O projeto foi elaborado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e enviado ao Congresso como parte da estratégia nacional de combate ao crime organizado. Lula manifestou resistência a qualquer iniciativa que classifique formalmente as facções criminosas como organizações terroristas, por entender que essa definição pode abrir margem para interferências internacionais sob o argumento de combate ao terrorismo.

Em resposta, Hugo Motta afirmou que a análise será técnica e assegurou que o texto original do governo não será mesclado com propostas que tratem o tema sob a ótica do terrorismo. O presidente da Câmara disse ainda que pretende aprovar o projeto até o fim do ano e destacou que a segurança pública é uma pauta suprapartidária.

Relator propõe endurecimento de penas e bloqueio de recursos

O substitutivo apresentado pelo relator Guilherme Derrite prevê medidas mais severas no combate às facções criminosas. Entre os principais pontos estão:

  • Equiparação do tratamento penal das facções a atos de terrorismo, sem classificá-las formalmente como terroristas;
  • Aumento das penas para integrantes e financiadores;
  • Maior rigor no confisco de bens vinculados a atividades criminosas;
  • Bloqueio imediato de recursos financeiros utilizados por facções.

De acordo com Derrite, o objetivo é fortalecer o enfrentamento ao crime organizado, ampliando a capacidade de atuação das forças de segurança e o alcance das punições previstas em lei.

O projeto será avaliado em plenário a partir da próxima semana, juntamente com outras matérias de interesse do governo e pautas de segurança pública que também estão sob análise da Casa.

Foto: Lula Marques/Agência Brasil / Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

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TRT-RN anula condenação da Prefeitura de Natal por assédio eleitoral coletivo

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Decisão do TRT-RN reconhece que processo tem natureza jurídico-administrativa e deve ser analisado fora da Justiça do Trabalho

TRT-RN anula condenação da Prefeitura de Natal por assédio eleitoral coletivo

O Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (TRT-RN) anulou, nesta sexta-feira (7), uma decisão de primeira instância que havia condenado a Prefeitura de Natal ao pagamento de R$ 200 mil por suposto assédio eleitoral coletivo contra servidores públicos durante as eleições municipais de 2024.

A decisão foi proferida pelo desembargador Eridson João Fernandes, relator do processo, que entendeu que a causa não é de competência da Justiça do Trabalho, mas sim da Justiça Comum. Com isso, o processo será encaminhado para análise na nova instância, que decidirá sobre eventuais responsabilizações.

Segundo o magistrado, o caso trata-se de uma questão de natureza jurídico-administrativa, o que motivou a anulação da sentença anterior. O desembargador, no entanto, destacou a gravidade das acusações relatadas no processo.

“As condutas atribuídas a secretários municipais e dirigentes da Arsban – caso comprovadas – configuram assédio eleitoral, prática veementemente reprovável que deve ser rigorosamente apurada e punida pela Justiça”, afirmou o desembargador em sua decisão.

A condenação havia sido proferida em junho deste ano pela juíza Symeia Simião da Rocha, da 6ª Vara do Trabalho de Natal, que considerou haver ocorrido assédio eleitoral dentro da Agência Reguladora de Serviços de Saneamento Básico do Município de Natal (Arsban).

Na ocasião, a magistrada baseou-se em gravações que mostravam o diretor da autarquia supostamente coagindo servidores a votarem no candidato apoiado pela gestão municipal. As denúncias vieram à tona às vésperas do segundo turno das eleições de 2024.

Após a divulgação dos fatos, o diretor da Arsban chegou a ser exonerado do cargo, mas foi reconduzido à função logo após o término do pleito.

Com a nova decisão do TRT-RN, a condenação de R$ 200 mil aplicada à Prefeitura de Natal perde efeito até que o caso seja reavaliado pela Justiça Comum. O tribunal reforçou que, embora a competência tenha sido afastada da esfera trabalhista, os indícios de assédio eleitoral permanecem sob investigação e deverão ser apurados pelas autoridades competentes.

O assédio eleitoral é configurado quando um servidor público ou trabalhador é pressionado, coagido ou ameaçado para apoiar determinado candidato ou partido político. Casos dessa natureza podem resultar em sanções administrativas e penais, dependendo da comprovação dos fatos pela Justiça.

A Prefeitura de Natal e a Arsban ainda não se manifestaram oficialmente sobre a decisão. O processo seguirá para redistribuição e nova análise conforme determinação do TRT-RN.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Golpe com sangue frio: o jogo sujo que tirou Ney Lima do caminho e recolocou São Gonçalo no tabuleiro de Extremoz

Golpe com sangue frio: o jogo sujo que tirou Ney Lima do caminho e recolocou São Gonçalo no tabuleiro de Extremoz

Foi um golpe executado com frieza cirúrgica. Nos bastidores da política de Extremoz, o presidente da Câmara, Anderson Barbosa, e o vice-prefeito de São Gonçalo do Amarante montaram uma operação que deixou aliados atordoados e, de quebra, recolocou São Gonçalo no controle das articulações locais.

Primeiro movimento: derrubar a irmã da prefeita Jussara Sales, Geane Sales, que presidia o PL em Extremoz e era o nome natural do partido para a disputa de uma vaga na Assembleia Legislativa. Segundo ato: tirar de circulação o próprio Ney Lima, esposo da prefeita, que já vinha costurando apoios e se preparando para a eleição de 2026.

Tudo, claro, com aquela velha habilidade de quem joga o xadrez político de olhos fechados. Fontes garantem que o projeto original do PL era fortalecer a base da prefeita. Mas bastou Anderson Barbosa entrar em cena para o roteiro mudar completamente. Sob sua influência, o nome de Ney Lima passou a ser trabalhado — até que, por trás das cortinas, o grupo de São Gonçalo, trazido por Anderson e pelo vice-prefeito de lá, começou a agir pelas costas de Ney.

Enquanto ele acreditava estar consolidando sua candidatura, o verdadeiro projeto era outro: ressuscitar Teresinha Maia, cujo mandato é considerado por muitos um dos mais desastrosos da região.

E o plano funcionou. Ney Lima recuou, Teresinha voltou à cena – e São Gonçalo voltou a colocar os pés (e as mãos) na política de Extremoz.

Nos bastidores, a leitura é unânime: Anderson Barbosa montou um plano infalível. Fez todo mundo trabalhar por ele e, no fim, saiu com duas vitórias — afastou possíveis rivais e ainda abriu caminho para os próximos capítulos da sua própria trajetória política.

Porque, convenhamos: em Extremoz, ninguém dá um golpe desses à toa.

Fotos: Divulgação

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STF inicia julgamento de recurso de Bolsonaro contra condenação por trama golpista

STF inicia julgamento de recurso de Bolsonaro contra condenação por trama golpista

Primeira Turma analisa embargos de declaração apresentados por Bolsonaro e outros seis condenados até 14 de novembro

STF inicia julgamento de recurso de Bolsonaro contra condenação por trama golpista

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta sexta-feira (7) o julgamento dos recursos apresentados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros seis condenados no caso da chamada trama golpista. A análise ocorre em plenário virtual e está prevista para se estender até o dia 14 de novembro.

Os recursos apresentados são embargos de declaração, instrumento jurídico utilizado para apontar possíveis omissões, obscuridades ou contradições na decisão anterior. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, será o primeiro a votar. A expectativa é de que os pedidos sejam rejeitados, mantendo as condenações já estabelecidas.

Além de Bolsonaro, os embargos foram apresentados pelos ex-ministros Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto, pelo ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos e pelo deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

A condenação do grupo foi decidida por quatro votos a um. A Primeira Turma do STF entendeu que os envolvidos formaram uma organização criminosa armada com o objetivo de impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, que ocorreu em janeiro de 2023. O único voto contrário à condenação foi do ministro Luiz Fux, que não participará desta fase do julgamento por ter migrado para a Segunda Turma do STF.

STF inicia julgamento de recurso de Bolsonaro
STF inicia julgamento de recurso de Bolsonaro

O julgamento em curso pode aproximar o ex-presidente Jair Bolsonaro do início do cumprimento da pena relacionada ao caso. Atualmente, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar em outro processo, que investiga uma suposta tentativa de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), de pressionar o Judiciário com apoio do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

No caso da trama golpista, caberá ao ministro Alexandre de Moraes decidir se Bolsonaro continuará em prisão domiciliar ou se será transferido para uma unidade militar ou para uma instalação da Polícia Federal. A decisão dependerá do entendimento do relator sobre os embargos apresentados e da análise dos demais ministros da Primeira Turma.

O julgamento em plenário virtual permite que os ministros votem eletronicamente, sem a necessidade de sessão presencial. Esse formato tem sido utilizado pelo STF para acelerar a tramitação de processos e decisões em casos de grande repercussão.

A defesa dos condenados argumenta que há pontos da decisão anterior que precisam ser esclarecidos, especialmente no que diz respeito à caracterização da organização criminosa e à individualização das condutas. No entanto, a tendência é que os embargos sejam considerados meramente protelatórios, sem capacidade de alterar o mérito da condenação.

O caso da trama golpista é um dos processos que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro no âmbito do Supremo Tribunal Federal. A investigação teve início após a divulgação de documentos e depoimentos que indicariam a existência de um plano para impedir a posse do presidente eleito, com apoio de setores das Forças Armadas e de integrantes do governo anterior.

A análise dos embargos de declaração representa mais uma etapa no desdobramento judicial das ações que investigam a tentativa de ruptura institucional no Brasil. A decisão final da Primeira Turma poderá ter impacto direto na situação jurídica dos envolvidos, especialmente no que diz respeito ao cumprimento das penas impostas.

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

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Nove municípios do RN têm processos de cassação de prefeitos eleitos em 2024

Nove municípios do RN têm processos de cassação de prefeitos eleitos em 2024

Casos envolvem suspeitas de abuso de poder político, econômico e outras irregularidades; dois gestores já tiveram mandatos cassados, mas recorreram

Nove municípios do RN têm processos de cassação de prefeitos e vices eleitos em 2024

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN) informou que, até o momento, nove municípios potiguares têm processos em andamento que tratam de possível cassação de prefeitos e vice-prefeitos eleitos em 2024. Os dados foram divulgados a pedido do g1 RN.

O número representa pouco mais de 5% dos 167 municípios do estado. De acordo com o TRE-RN, a maioria dos casos ainda está em fase de recurso, sem decisão definitiva.

As ações tratam de suspeitas de abuso de poder político, associadas a outras irregularidades eleitorais, como abuso de poder econômico, uso indevido dos meios de comunicação, condutas vedadas e captação ilícita de sufrágio, conhecida como compra de votos.

Casos com decisão de cassação e recursos em andamento

Em Ouro Branco e Itaú, o tribunal já determinou a cassação dos mandatos dos gestores eleitos, mas ambos recorreram. Os processos seguem aguardando o julgamento de embargos de declaração no TRE-RN.

No caso de Francisco Dantas, o TRE-RN reverteu a cassação anteriormente imposta, mas a decisão será reavaliada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após a admissão de recurso especial.

O julgamento mais recente ocorreu em São Miguel do Gostoso, onde a sentença de primeira instância determinou a cassação da chapa vencedora das eleições de 2024 por abuso de poder político e econômico, além de conduta vedada. Ainda cabe recurso ao TRE-RN.

Outros processos em análise

Além desses casos, outros seis municípios têm recursos pendentes de julgamento no TRE-RN. Entre eles, estão Equador, Lajes, Marcelino Vieira, Maxaranguape e Pedra Grande.

Essas ações envolvem diferentes combinações de acusações, variando entre abuso de poder político e econômico, uso indevido dos meios de comunicação e condutas vedadas pela legislação eleitoral.

Processo envolvendo o prefeito de Natal

Em fevereiro de 2025, o Ministério Público Eleitoral (MPE) também pediu a cassação de mandato e a inelegibilidade do prefeito de Natal, mas o processo foi suspenso temporariamente em outubro. A decisão ocorreu para que o juiz de primeira instância aguarde o julgamento de pedidos das defesas junto ao TRE-RN, que buscam anular provas.

Esse caso não consta na lista oficial do TRE-RN, divulgada neste levantamento.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Câmara de Natal aprova projetos sobre imóveis, saúde, meio ambiente e educação

Câmara de Natal aprova projetos sobre imóveis, saúde, meio ambiente e educação

Segundo mensagem enviada ao Legislativo junto à matéria, a modificação visa adequar esses imóveis ao atual Plano Diretor de Natal e ao Plano de Obras da cidade

A Câmara Municipal de Natal aprovou, na sessão ordinária desta quinta-feira (06), sete Projetos de Lei em segunda discussão, entre eles o PL 662/2025, de autoria do poder Executivo, o qual altera a tipologia dos imóveis modelo “flat” para “unidades residenciais”. Segundo mensagem enviada ao Legislativo junto à matéria, a modificação visa adequar esses imóveis ao atual Plano Diretor de Natal e ao Plano de Obras da cidade.

Para o líder do governo na casa, vereador Aldo Clemente (PSDB), o PL vem para trazer segurança jurídica para os proprietários e investidores desse tipo de imóvel. “Há uma necessidade de atualizar a legislação. Ela não muda o objetivo da lei original, apenas atualiza suas referências para adequá-la às novas legislações urbanísticas que estão em vigor, o Plano Diretor e o Código de Obras. Com essa adequação, devolvemos a lei a sua efetividade, permitindo que a SEMURB volte a analisar e aprovar os processos com segurança jurídica e clareza administrativa”, analisou o parlamentar.

Outro PL aprovado durante a sessão foi o 25/2025, de autoria do vereador Tércio Tinoco (União Brasil), o qual tem como objetivo a criação de campanhas de conscientização sobre o autismo tardio. Segundo o vereador, o diagnóstico precoce do Transtorno do espectro autista promove benefícios para o desenvolvimento da criança.

“Sabemos que quanto mais cedo tivermos esse diagnóstico, mais a criança vai se desenvolver e vai ter sua vida mais tranquila. Esse projeto, sendo sancionado nas próximas semanas, deve ficar a cargo da Secretaria De Direitos Humanos, para dar palestras, fazer folders e para dar toda visibilidade. Ressaltamos: quanto mais cedo o diagnóstico mais a criança, o adolescente e, principalmente, para a sua família, se desenvolvem e podem ter uma vida totalmente independente”, declarou Tércio Tinoco durante seu voto.

O plenário também aprovou o Projeto de Lei 617/2024, criado pelo vereador Preto Aquino (Podemos). A matéria visa dar prioridade aos serviços de apreciação, despacho e execução do pedido de poda ou corte de árvore, quando estes forem fundamentados na preservação, criação ou ampliação da acessibilidade.

De acordo com o parlamentar, embora o serviço de poda de árvores tenha evoluído, a melhoria ainda é necessária. “Nós estamos contribuindo com a elaboração desse projeto de lei. Nós esperamos que a SEMSUR, junto com a SEMURB, quando for necessário, possa ser mais ágil, possa ser mais rápido. E se tratando especificamente com relação à acessibilidade, possa ter essa prioridade. Esperamos que o prefeito agora sancione o projeto, que ele venha a ser transformado numa lei e, o mais importante, cumprido pelas secretarias”, explicou Preto Aquino.

A Câmara aprovou, ainda, a criação do programa “Comunicação Casa-Escola”, em conformidade ao PL 115/2025. A matéria, de autoria do vereador Kleber Fernandes (Republicanos), versa sobre a obrigatoriedade de comparecimento dos pais ou responsáveis dos estudantes, nas instituições de ensino municipal para a entrega de relatórios de avaliação de desempenho do ensino fundamental.

Foto: Francisco de Assis/Câmara de Natal

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Racha na base de Allyson Bezerra expõe exonerações e pressão por apoio à primeira-dama

Racha na base de Allyson Bezerra expõe exonerações e pressão por apoio à primeira-dama

Vereador denuncia perseguição política após apoiar nomes fora da preferência do prefeito; Allyson nega retaliação

Racha na base de Allyson Bezerra expõe exonerações e pressão por apoio à primeira-dama

A base política do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), enfrenta desgaste público após denúncias de perseguição política e exonerações de aliados. O episódio ganhou repercussão após o vereador Wiginis do Gás anunciar, no plenário da Câmara Municipal, seu rompimento com o grupo governista. Segundo ele, a decisão foi motivada por retaliações após declarar apoio à reeleição do deputado estadual Ivanilson Oliveira (União Brasil) e à pré-candidatura da vereadora licenciada Nina Souza (União Brasil) à Câmara Federal.

Wiginis afirmou que foi “expulso da base” por não se curvar à exigência de apoio à pré-candidatura da primeira-dama, Cinthia Raquel Pinheiro da Silva, ao cargo de deputada estadual em 2026. A candidatura é articulada dentro do PSD, presidido no estado pela senadora Zenaide Maia.

O vereador relatou que todos os seus aliados com cargos comissionados na Prefeitura de Mossoró foram exonerados após sua decisão política. “Fui convidado a me retirar da base porque já começaram a exonerar pessoas ligadas a mim”, declarou. Ele também denunciou que vereadores são pressionados a não interagir com membros da oposição, nem mesmo em ações simbólicas como moções de aplauso.

racha na base de Allyson Bezerra
racha na base de Allyson Bezerra

O deputado Ivanilson Oliveira, em discurso na Assembleia Legislativa, classificou a atitude do prefeito como “infantilidade” e afirmou que Wiginis está sendo perseguido por exercer sua liberdade política. “Acho isso muita infantilidade de uma pessoa que quer ser pré-candidata a governo do Estado com essas iniciativas de perseguição”, disse o parlamentar.

A crise na base aliada pode se aprofundar. Além de Wiginis, há expectativa de saída dos vereadores Petras Vinícius (União Brasil) e Ozaniel Mesquita (União Brasil). Atualmente, Allyson conta com apoio de 15 dos 21 vereadores da Câmara Municipal de Mossoró.

Apesar das exonerações e denúncias, o prefeito Allyson Bezerra negou qualquer tipo de retaliação. Em nota, afirmou que “nunca exigiu apoio de ninguém” e que sua base é composta por parlamentares com diferentes alinhamentos políticos. Segundo ele, a saída de Wiginis foi voluntária e motivada por pedidos pessoais não atendidos pela gestão.

Allyson também declarou apoio à pré-candidatura de Nina Souza em Mossoró, negando que haja qualquer veto à parlamentar. “A verdade é que o nosso grupo político está unido e firme. O resto é invenção de quem quer holofote”, disse o prefeito.

Nos bastidores, há relatos de que o prefeito admite liberar alguns vereadores para apoiar outros candidatos, como Ricardo de Dodoca (União Brasil) e Alex do Frango (PSD), que estariam alinhados com a reeleição do deputado Neilton Diógenes (PP), em troca de apoio do prefeito de Apodi, Sabino Neto (MDB), aliado de Neilton.

A movimentação política em Mossoró revela um cenário de tensão interna na base governista, com denúncias públicas de perseguição e controle sobre decisões individuais dos parlamentares. A condução do prefeito Allyson Bezerra, diante das exonerações e da pressão por apoio à primeira-dama, levanta questionamentos sobre a autonomia política dos vereadores e o uso da máquina pública como instrumento de coerção.

Foto: Wilson Moreno/Secom/PMM

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Lula é criticado por relator da CPI após chamar ação policial no Rio de “matança”

Lula é criticado por relator da CPI após chamar ação policial no Rio de “matança”

Senador Alessandro Vieira afirma que presidente foi infeliz ao criminalizar operação que deixou 121 mortos nos Complexos da Penha e do Alemão

Lula é criticado por relator da CPI após chamar ação policial no Rio de “matança”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi criticado pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, após se referir à operação policial realizada nos Complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, como uma “matança”. A ação, denominada Operação Contenção, foi deflagrada em 28 de outubro e resultou em 121 mortes.

Segundo o senador, Lula foi infeliz ao criminalizar a atuação dos policiais sem apresentar informações que sustentem essa avaliação. Vieira afirmou que, até o momento, não há dados que indiquem ilegalidade na operação. A crítica foi feita em entrevista, na qual o parlamentar também destacou que a manifestação do presidente está alinhada com posicionamentos tradicionais da esquerda, que costuma priorizar pautas relacionadas à redução de desigualdades, enquanto a direita tende a focar em segurança pública.

Vieira ressaltou que antecipar julgamentos sobre a atuação policial é equivocado, assim como generalizar os moradores das comunidades como criminosos. O senador também comentou sobre a natureza da operação, classificando-a como extremamente violenta e realizada em uma área de difícil acesso. Ele observou que os envolvidos na ação sabiam que o resultado seria de confronto, e cobrou do governo do Rio de Janeiro esclarecimentos sobre os próximos passos, afirmando que o confronto não pode ser o objetivo final da política de segurança.

Lula é criticado por relator da CPI
Lula é criticado por relator da CPI

Na terça-feira (4), Lula declarou a jornalistas internacionais que o governo federal pretende enviar legistas da Polícia Federal para participar das investigações sobre as circunstâncias das mortes ocorridas durante a operação. A medida já havia sido anunciada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, em 30 de outubro. Lula afirmou que a decisão judicial previa prisões, não mortes, e que é necessário esclarecer em que condições os óbitos ocorreram.

Além das críticas do relator da CPI, o presidente também foi alvo de declarações do líder da oposição na Câmara dos Deputados, Tenente-Coronel Zucco (PL-RS). Em nota oficial, Zucco afirmou que o Estado perdeu o controle sobre o crime organizado e acusou o governo federal de priorizar sua imagem internacional em detrimento da segurança da população.

Zucco declarou que o crime organizado já atua em diversas regiões do país, incluindo áreas turísticas, zonas rurais e cidades de diferentes portes. Segundo ele, facções criminosas impõem regras, cobram taxas de comerciantes e controlam serviços como gás e internet, criando um regime de terror em territórios onde o Estado não consegue atuar.

O deputado também afirmou que levará ao Partido Liberal (PL) um pedido de impeachment contra o presidente Lula, alegando omissão no combate ao crime organizado. Para Zucco, essa omissão configura violação do artigo 85 da Constituição Federal, que trata dos crimes de responsabilidade do presidente da República.

De acordo com o parlamentar, permitir que facções substituam o Estado em regiões inteiras representa uma ameaça à soberania nacional e uma ruptura da ordem constitucional. Ele defendeu que o Congresso Nacional reaja ao avanço da criminalidade e responsabilize o governo federal pela ausência de ações efetivas.

Zucco concluiu que o Brasil está dividido entre uma parte governada e outra dominada pelo crime, e que o presidente precisa prestar esclarecimentos ao Congresso e à população sobre a situação da segurança pública no país.

Foto: Pedro França/Jefferson Rudy/Agência Senado

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MP recomenda que Prefeitura de Assu regularize falta de medicamentos na rede municipal

MP recomenda que Prefeitura de Assu regularize falta de medicamentos na rede municipal

Ministério Público do RN deu prazo de 40 dias para que o município normalize a distribuição de remédios essenciais do SUS

MP recomenda que Prefeitura de Assu regularize falta de medicamentos na rede municipal

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) emitiu uma recomendação à Prefeitura de Assu para que adote medidas urgentes voltadas à normalização do fornecimento de medicamentos na rede municipal de saúde. O órgão solicitou ações imediatas para impedir que pacientes continuem sem acesso aos remédios distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A medida foi expedida pela 3ª Promotoria de Justiça de Assu, que estabeleceu prazo de 40 dias para que o município execute a regularização da distribuição dos medicamentos essenciais.

A recomendação tem foco nos remédios do Componente Básico da Assistência Farmacêutica, listados na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename), que estão em falta nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município.

Ações cobradas pelo Ministério Público

De acordo com o documento, se o município não cumprir o prazo, o Ministério Público poderá ingressar com ação civil pública e investigar a responsabilidade dos gestores municipais.

Para agilizar a reposição dos medicamentos, o MPRN sugeriu a realização de compras emergenciais, o uso de dispensa de licitação e a adesão a Atas de Registro de Preços.

Além da reposição imediata, o órgão exige que a Prefeitura implemente controles permanentes de estoque e abastecimento para evitar novos episódios de desabastecimento na rede pública.

Interrupção de medicamentos afeta pacientes crônicos

A recomendação do MP decorre de investigação que constatou a ausência de diversos remédios de uso contínuo nas unidades de saúde do município.

Entre os medicamentos citados estão:

  • Metformina 500mg
  • Atenolol 100mg
  • Hidralazina 25mg e 50mg
  • Lactulose
  • Fenobarbital 100mg
  • Amoxicilina com Clavulanato

O órgão alerta que o desabastecimento desses itens pode causar agravamento de doenças, internações hospitalares e até óbitos entre os pacientes que dependem dos tratamentos contínuos.

A Secretaria Municipal de Saúde de Assu informou que pedidos de compra já foram realizados ou estão em andamento. No entanto, não foram divulgadas datas de entrega nem previsão de normalização do estoque.

MP cobra resposta da Prefeitura de Assu

Além das medidas emergenciais, o Ministério Público recomendou a adoção de ações permanentes para prevenir futuras faltas de medicamentos.

Entre as orientações, está a implantação de sistemas informatizados de controle de estoque, que permitam o acompanhamento em tempo real da situação dos medicamentos e auxiliem na tomada de decisões sobre reposição.

O MPRN ressaltou que falhas de planejamento e gestão que resultem em desabastecimento ferem os princípios da legalidade e da eficiência administrativa previstos na Constituição.

A Prefeitura de Assu tem 10 dias úteis para informar ao Ministério Público se acatará a recomendação e quais providências serão adotadas para garantir o fornecimento regular dos medicamentos à população.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração / MART PRODUCTION/Pexels

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CPI do Crime Organizado convoca ministros, governadores e investiga atuação em mercados legais

CPI do Crime Organizado convoca ministros, governadores e investiga atuação em mercados legais

Comissão no Senado aprova plano de trabalho e convites para autoridades e especialistas em segurança pública

CPI do Crime Organizado convoca ministros, governadores e investiga atuação em mercados legais

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado foi instalada nesta terça-feira (4) no Senado Federal com o objetivo de investigar a atuação, expansão e funcionamento de facções criminosas e milícias no Brasil. A comissão terá prazo de 120 dias para apresentar um diagnóstico e propor medidas legislativas para o enfrentamento do crime organizado.

Durante a primeira reunião, o relator da CPI, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), apresentou e teve aprovado o plano de trabalho com nove diretrizes principais. Entre os focos está a investigação da infiltração do crime organizado em setores econômicos lícitos, como forma de lavagem de dinheiro e expansão de influência.

Segundo o relator, facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC) têm adotado estruturas empresariais para ocultar atividades ilícitas. A CPI pretende investigar o uso de empresas de fachada, atuação de profissionais como contadores e advogados, e o envolvimento em segmentos como combustíveis, bebidas, garimpo, mercado imobiliário, cigarros, produtos fumígenos e produções artísticas.

CPI do Crime Organizado convoca ministros
CPI do Crime Organizado convoca ministros

Além disso, o plano de trabalho inclui temas como:

  • Ocupação territorial por tráfico, milícias e crimes ambientais;
  • Lavagem de dinheiro com uso de fintechs e criptomoedas;
  • Sistema prisional como espaço de articulação criminosa;
  • Corrupção ativa e passiva em diferentes esferas;
  • Rotas de transporte de mercadorias ilícitas;
  • Crimes como tráfico de drogas e armas, contrabando, extorsão, roubo, furto, estelionato e crimes digitais;
  • Integração entre órgãos de segurança pública e Forças Armadas;
  • Experiências bem-sucedidas de prevenção e repressão;
  • Orçamento necessário para segurança pública e defesa.

A CPI também aprovou convites para autoridades federais e estaduais. Entre os convocados estão os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública) e José Múcio (Defesa), além dos diretores-gerais da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Corrêa.

Foram convidados 11 governadores e seus respectivos secretários de Segurança Pública. A seleção inclui estados considerados mais e menos seguros, segundo dados do Ministério da Justiça e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Os estados convidados são:

  • Menos seguros: Amapá, Bahia, Pernambuco, Ceará e Alagoas;
  • Mais seguros: Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal;
  • Estados com histórico de facções: Rio de Janeiro e São Paulo.

O relator justificou os convites como forma de obter uma visão ampla sobre o enfrentamento ao crime organizado, incluindo experiências locais e estratégias de inteligência, investigação e gestão prisional.

A CPI também aprovou requerimentos para ouvir especialistas em segurança pública e profissionais com atuação reconhecida na área. Entre os convidados estão:

  • Lincoln Gakiya (promotor de Justiça de SP);
  • Renato Sérgio de Lima (Fórum Brasileiro de Segurança Pública);
  • Joana da Costa Martins Monteiro e Leandro Piquet Carneiro (pesquisadores);
  • Jornalistas investigativos: Josmar Jozino (UOL), Rafael Soares (O Globo), Cecília Olliveira (Instituto Fogo Cruzado), Allan de Abreu (Revista Piauí), Bruno Paes Manso (USP) e Rodrigo Pimentel (consultor e ex-Bope).

A comissão também requisitou informações aos ministérios da Justiça e da Defesa sobre controle de armas e relatórios de inteligência sobre facções e milícias. O relator destacou a dificuldade histórica de rastrear armas e munições no país como um dos desafios centrais da investigação.

O senador Fabiano Contarato (PT-ES) foi eleito presidente da CPI. Com 27 anos de experiência como delegado, Contarato afirmou que o colegiado buscará soluções legislativas eficazes para o combate ao crime organizado, sem interferências partidárias.

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

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Allyson Bezerra pressiona vereadores por apoio à candidatura da primeira-dama, mas enfrenta resistência

Allyson Bezerra pressiona vereadores por apoio à candidatura da primeira-dama, mas enfrenta resistência

Prefeito de Mossoró tenta impor candidatura de Cinthia Pinheiro à Assembleia Legislativa, mas parte da base aliada resiste

Allyson Bezerra pressiona vereadores por apoio à candidatura da primeira-dama, mas enfrenta resistência

O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), tem intensificado articulações políticas para viabilizar a candidatura da primeira-dama, Cinthia Pinheiro, à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. A estratégia adotada envolve pressão direta sobre vereadores da base aliada e uso da estrutura administrativa municipal para consolidar apoios, gerando desconforto e resistência entre parlamentares.

Apesar da tentativa de centralizar o apoio político em torno da candidatura de Cinthia, parte dos vereadores tem se recusado a seguir a orientação do prefeito. Entre os dissidentes estão Petras Vinícius (UB), que mantém aliança com o deputado estadual Kleber Rodrigues (PSDB), e Wiginis do Gás (UB), que declarou apoio à reeleição de Ivanilson Oliveira (UB) e à deputada federal Nina Souza (UB).

Outros nomes que não aderiram ao projeto da primeira-dama incluem Vavá Martins, Ozaniel Mesquita, Ricardo de Dodoca, Alex do Frango e Tony Cabelos. Embora o prefeito tenha declarado que os vereadores estão liberados para apoiar candidatos da base estadual, relatos indicam que essa “liberdade” é apenas formal. Nos bastidores, há sinais de que a gestão municipal pode retaliar parlamentares que não se alinhem à candidatura de Cinthia, dificultando o acesso a serviços, secretarias e atendimentos.

A movimentação política revela uma tentativa de Allyson Bezerra de ampliar seu controle sobre a base aliada, utilizando a máquina pública como instrumento de pressão. A candidatura da primeira-dama, longe de ser consensual, tem provocado fissuras na base governista, com potencial para gerar rupturas mais profundas à medida que a disputa eleitoral se intensifica.

Allyson Bezerra pressiona vereadores
Allyson Bezerra pressiona vereadores

A situação se agrava com a recente mudança de posicionamento de Ivanilson Oliveira, que se filiou ao MDB e passou a integrar a base da governadora Fátima Bezerra. Essa aproximação com o governo estadual coloca em xeque a estratégia de Allyson, que busca consolidar sua própria pré-candidatura ao Governo do Estado em 2026.

A tentativa de impor a candidatura de Cinthia Pinheiro também afeta diretamente os planos de outros aliados. O presidente da Câmara Municipal, Genilson Alves, recuou de sua pré-candidatura à Assembleia Legislativa após articulações do Palácio da Resistência. A decisão foi interpretada como resultado da pressão exercida pelo prefeito para evitar concorrência interna e garantir exclusividade à candidatura da primeira-dama.

A postura de Allyson Bezerra tem gerado críticas por promover um ambiente político marcado por controle excessivo e favorecimento. A gestão municipal, que deveria garantir pluralidade e respeito às decisões individuais dos parlamentares, tem sido acusada de condicionar apoios a benefícios administrativos, criando um cenário de dependência institucional.

A candidatura de Cinthia Pinheiro, longe de unir a base, expõe fragilidades na articulação política do prefeito. A resistência de vereadores com forte atuação local, como Petras Vinícius — o mais votado em 2024 e cotado para disputar a Prefeitura em 2028 —, representa um desafio à tentativa de hegemonia política de Allyson.

A disputa interna evidencia que nem todos os aliados estão dispostos a abrir mão de suas convicções e projetos pessoais em nome da candidatura da primeira-dama. A insistência do prefeito em impor sua estratégia pode resultar em desgaste político e enfraquecimento da base, especialmente se as ameaças de retaliação se concretizarem.

Foto: Ascom/Assembleia Legislativa

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Crise na saúde pública do RN: morte por falta de UTI expõe o caos

Crise na saúde pública do RN: morte por falta de UTI expõe o caos

Editorial POR DENTRO DO RN

A saúde pública no Rio Grande do Norte chegou a um nível inaceitável de colapso. Na última sexta-feira (31), dois pacientes morreram à espera de leito de UTI: o antenista Erberson Kleber Clementino, de 43 anos, em Santa Cruz, e o aposentado Agenor Tomaz Pereira, de 91, em Pendências. Esses dois casos são tragédia, mas também símbolo claro da falência administrativa que se instalou no setor sob o governo de Fátima Bezerra (PT).

Erberson havia sido internado no Hospital Municipal de Santa Cruz e uma decisão judicial já determinava sua transferência para o leito de UTI. Mesmo assim, a vaga não chegou a tempo. Enquanto isso, Agenor aguardava em Pendências, já em idade avançada, sem o cuidado intensivo que poderia lhe dar alguma chance. Essa dolorosa realidade mostra que o RN não aguenta mais discursos de “régua de cristal” ou justificativas burocráticas.

Gestão ausente, população penalizada

A secretaria estadual de saúde (Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte – Sesap) afirmou que trabalha com ampliação de leitos — quase dobrou a quantidade desde 2018 — mas os resultados não chegam à ponta. Todo anúncio de leitos novos contrasta com mortes evitáveis em municípios do interior. Um Estado que se vangloria de “ter mais de 294 leitos de UTI” (entre próprios e contratados) continua a perder vidas por falta de regulação, infraestrutura e logística.

Os dois óbitos recentes escancararam o descaso: espera de horas – ou dias –, decisões judiciais ignoradas, ausência de transporte, regulação lenta, hospitais sem equipamentos ou equipes adequadas. Esse tipo de falha não é acidente; é reflexo de uma liderança que não governa, mas apenas anuncia. A governadora Fátima Bezerra, que tem sob seu guarda-chuva a Sesap, é diretamente responsável por esse estado de coisas. O governo estadual não pode alegar “herança” indefinidamente.

Impacto humano, política irresponsável

São vidas humanas: Erberson, profissional ativo, com 43 anos de vida pela frente; Agenor, idoso, que já deveria estar descansando. O governo, porém, age como se essas pessoas fossem estatísticas banais em relatórios perfeitos. Um governador ou governadora sério defende os pacientes tanto quanto inaugura hospitais. Aqui, vemos inaugurações, discursos, notas oficiais – mas também vemos fila, morte, indignação.

A política da saúde exige priorização, urgência e transparência. Mas o que se vê são decisões lentas, falta de divulgação de dados corretos, regulação que parece atropelada. A Sesap em resposta recente tentou justificar a demora pela “limpeza” dos leitos ou regulação complexa, mas isso soa como desculpa quando vidas se apagam por falta de leito.

A crise na saúde pública do RN não é problema de fachada: é problema de falta de comando, de falta de prioridade e de falta de respeito com a vida humana.

Foto: Marcello Casal Jr. ABr/Ilustração

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Crise na saúde de Mossoró escancara falta de transparência e desrespeito da gestão Allyson Bezerra

Crise na saúde de Mossoró escancara falta de transparência e desrespeito da gestão Allyson Bezerra

Editorial POR DENTRO DO RN

A saúde pública de Mossoró vive um dos momentos mais críticos da história recente — e o principal responsável por isso tem nome e sobrenome: Allyson Bezerra, prefeito do município.

Com mais de 2.200 pessoas na fila de espera por cirurgias eletivas, o que já seria suficiente para acender o sinal vermelho em qualquer gestão comprometida, o problema se torna ainda mais grave diante da falta de transparência e respeito com as autoridades e com a população. O Ministério Público tenta, há quase três meses, obter informações básicas sobre a situação, mas a Prefeitura simplesmente ignora os despachos e pedidos formais do órgão fiscalizador.

É inadmissível que um gestor público trate com tamanho descaso um tema tão sensível. Negar informações ao Ministério Público é negar o direito da sociedade de saber o que está acontecendo com o dinheiro público e com a vida das pessoas.

O comportamento da gestão Allyson Bezerra diante da crise é de um autoritarismo silencioso e calculado, que tenta mascarar a ineficiência administrativa com discursos de propaganda e vídeos ensaiados — os mesmos que, no passado, mostravam o prefeito dentro de hospitais “zerando filas” que nunca foram zeradas.

Um cenário de dor e omissão

Por trás das planilhas, números e documentos ignorados, existem histórias humanas. São mulheres e homens em sofrimento, que vivem a angústia de esperar por um procedimento que poderia devolver dignidade, saúde e tranquilidade.

Enquanto isso, o prefeito faz pose de gestor eficiente nas redes sociais, e sua equipe tenta disfarçar a calamidade com dados falsos e promessas vazias. Em determinado momento, a secretaria de Saúde chegou a dizer ao Ministério Público que Mossoró realiza 20 cirurgias por semana — quando, na verdade, os dados oficiais do Ministério da Saúde mostram uma média de apenas 10 por mês.

A situação, nesse caso, não é apenas uma falha administrativa: é uma ofensa à verdade, um atentado à ética pública e um crime contra o povo de Mossoró.

Falta de gestão, excesso de propaganda

A atual gestão tem demonstrado mais habilidade em montar palanques do que em gerir serviços essenciais. A cidade, que já foi referência em saúde regional, agora amarga fila crescente, hospitais com repasses atrasados e pacientes em desespero.

A situação só se agravou porque a Prefeitura suspendeu pagamentos a instituições parceiras — como a Liga de Mossoró, o Hospital São Luiz e a Apamim —, levando à paralisação dos serviços e ao colapso da rede de cirurgias eletivas.

Mesmo após denúncias do Conselho Municipal de Saúde, que alertou o Ministério Público e propôs mutirões para amenizar o problema, a gestão Allyson preferiu ignorar. A omissão é tão grave quanto o problema.

Um retrato de desrespeito e irresponsabilidade

O caso revela o verdadeiro retrato da gestão Allyson Bezerra: um governo que prefere negar a realidade a enfrentá-la, que prefere calar diante da dor do povo a prestar contas de seus atos.

Não se trata de perseguição política, mas de fatos. Quando um prefeito se recusa a informar quantas pessoas estão na fila por uma cirurgia, ele assume o papel de cúmplice do sofrimento coletivo.

O que ocorre em Mossoró não é apenas uma falha administrativa — é um colapso ético, institucional e humano.

E diante disso, é impossível não afirmar: a crise na saúde de Mossoró tem dono. E o dono é o prefeito Allyson Bezerra.

Foto: Wilson Moreno/Secom/PMM

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Justiça Eleitoral cassa prefeito e vice de São Miguel do Gostoso por abuso de poder político

Justiça Eleitoral cassa prefeito e vice de São Miguel do Gostoso por abuso de poder político

Decisão da 14ª Zona Eleitoral aponta abuso de poder político e aumento de 90% em contratações temporárias durante o período eleitoral

Justiça Eleitoral cassa prefeito e vice de São Miguel do Gostoso por abuso de poder político

A Justiça Eleitoral da 14ª Zona Eleitoral de Touros/RN determinou a cassação dos diplomas do prefeito eleito de São Miguel do Gostoso, Leonardo Teixeira da Cunha, e do vice-prefeito João Eudes Rodrigues da Silva, referentes às eleições municipais de 2024.

A decisão foi assinada pelo juiz eleitoral Pablo de Oliveira Santos, que reconheceu a prática de abuso de poder político por meio de contratações temporárias irregulares durante o período eleitoral. Segundo a sentença, houve aumento expressivo nas admissões de servidores, o que configurou o uso da máquina pública em benefício eleitoral da chapa eleita.

Cassação por abuso de poder político

De acordo com os autos do processo, o município registrou crescimento superior a 90% nas contratações temporárias no período analisado, o que, segundo a decisão judicial, desequilibrou a disputa eleitoral e feriu o princípio da igualdade de oportunidades entre os candidatos.

O juiz considerou que o aumento no número de contratações não teve justificativa administrativa plausível e que o ato teve finalidade eleitoral, caracterizando abuso de poder político previsto na legislação eleitoral.

Além da cassação dos mandatos, a decisão também declarou a inelegibilidade por oito anos de José Renato Teixeira de Souza, apontado como principal responsável pela conduta abusiva.

Novas eleições deverão ser realizadas

Com a cassação da chapa majoritária, a Justiça Eleitoral determinou a realização de novas eleições para os cargos de prefeito e vice-prefeito de São Miguel do Gostoso.

A execução da sentença, no entanto, dependerá do trânsito em julgado do processo no Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE/RN), caso sejam interpostos recursos.

Enquanto a decisão não transita em julgado, Leonardo Teixeira e João Eudes poderão permanecer nos cargos até a conclusão dos trâmites legais.

Debate sobre uso da máquina pública

A decisão reacendeu discussões no município sobre o uso político da máquina pública. O tema vinha sendo alvo de críticas de moradores, lideranças locais e membros da oposição, que questionavam o aumento das contratações temporárias próximo ao período eleitoral.

A sentença reforça o entendimento da Justiça Eleitoral de que a ampliação de vínculos precários em períodos de campanha pode configurar conduta vedada e abuso de poder, comprometendo a lisura do pleito e a isonomia entre os concorrentes.

O processo segue sob análise e poderá ser objeto de recurso ao TRE/RN, que decidirá sobre a manutenção ou reforma da decisão de primeira instância.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

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Justiça condena Luciano Hang a indenizar Lula por danos morais

Justiça condena Luciano Hang a indenizar Lula por danos morais

Tribunal de Justiça de Santa Catarina entendeu que faixas patrocinadas pelo empresário tiveram caráter ofensivo e configuraram ataque à honra

Justiça condena Luciano Hang a indenizar Lula por danos morais

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) condenou o empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, a pagar R$ 33.333,33 ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por danos morais.

A decisão foi tomada em julgamento de recurso apresentado pela defesa de Lula contra sentença de primeira instância que havia considerado improcedente o pedido de indenização.

Faixas com mensagens ofensivas

De acordo com o processo, aviões patrocinados por Luciano Hang sobrevoaram as praias de Santa Catarina durante a temporada de verão de 2019/2020, exibindo faixas com mensagens que citavam o presidente.

Os textos exibidos nas faixas traziam frases como:

“Lula cachaceiro devolve meu dinheiro”;
“Lula na cadeia, eu com o pé na areia”;
“Melhor que o verão é o Lula na prisão”;
“Lula enjaulado é Brasil acordado”.

Lula ingressou com ação judicial contra Hang alegando que as mensagens tinham caráter ofensivo e difamatório, atingindo sua honra e imagem pública.

Decisão do Tribunal

Ao analisar o recurso, o desembargador Flavio André Paz de Brum, relator do caso no TJ-SC, entendeu que o conteúdo das faixas ultrapassou os limites da liberdade de expressão e configurou ofensa pessoal.

Segundo o magistrado, ainda que o presidente seja uma figura pública e sujeita a críticas, o termo “cachaceiro” possui sentido pejorativo e demonstra intenção de humilhar e depreciar.

“Não obstante o autor seja pessoa pública, tarimbada politicamente, não significa que esteja imune à ofensa moral, e de que não deva se sentir insultado ou prejudicado pelos dizeres em questão”, afirmou o desembargador em seu voto.

O relator destacou ainda que a decisão tem como fundamento a preservação da dignidade humana e os limites da liberdade de expressão previstos na Constituição.

“Mais do que uma reparação individual, a responsabilização aqui se impõe como afirmação de um princípio civilizatório: a liberdade de expressão não pode ser transmutada em escudo para legitimar o discurso de ódio, a humilhação pública e o desprezo pela dignidade humana”, acrescentou.

Com base no voto do relator, a Turma do TJ-SC decidiu pela condenação de Luciano Hang ao pagamento da indenização no valor de R$ 33.333,33 a Lula.

Primeira instância havia negado o pedido

O caso já havia sido julgado anteriormente em primeira instância, quando a Justiça considerou improcedentes os pedidos do presidente. A defesa de Lula recorreu, e o Tribunal de Justiça reformou a sentença.

O processo teve origem após os sobrevoos realizados no litoral catarinense durante o verão, que foram patrocinados pela Havan, empresa pertencente ao empresário.

Defesa de Luciano Hang

A CNN Brasil informou ter procurado a assessoria do empresário Luciano Hang, mas até a publicação da decisão não houve manifestação sobre o caso.

A decisão é de segunda instância e ainda cabe recurso às instâncias superiores.

Foto: Washington Costa/Ministério da Economia / Alessandro Dantas

Com informações da CNN Brasil

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Governo inicia demissões de indicados do Centrão e abre espaço para novos cargos do PT

Governo inicia demissões de indicados do Centrão e abre espaço para novos cargos do PT

Mudanças atingem órgãos como Caixa, Correios, Codevasf e DNIT; parlamentares veem estratégia para ampliar influência política petista até 2026

Governo federal demite indicados do Centrão e amplia espaço para novos nomes ligados ao PT

O governo federal iniciou uma série de demissões de apadrinhados políticos do Centrão em cargos de segundo e terceiro escalões, abrindo espaço para novos indicados ligados ao Partido dos Trabalhadores (PT). O movimento, segundo fontes políticas, tem como efeito prático fortalecer a presença petista em estruturas administrativas estratégicas, especialmente com foco nas eleições de 2026.

As exonerações e substituições estão sendo realizadas em órgãos federais com relevância política e administrativa, como a Caixa Econômica Federal, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), os Correios, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Ministério da Agricultura e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

Apesar do discurso oficial de que as mudanças fazem parte de uma reorganização administrativa e de eficiência, parlamentares apontam que a ação tem também um caráter político, voltado ao reposicionamento de forças internas no governo.

Cargos estratégicos e influência política

As vagas ocupadas por indicados do Centrão possuem salários que variam entre R$ 15 mil e R$ 20 mil e exercem influência direta sobre programas regionais, obras públicas e repasses de recursos. Embora o comando central dessas instituições ainda esteja sob controle de partidos da base aliada — como PP, União Brasil, PSD e MDB —, o governo vem ajustando o quadro de segundo e terceiro escalões, que detém peso operacional e político nos estados.

Nos bastidores, deputados afirmam que a medida é menos uma retaliação aos partidos que se afastaram das pautas do Planalto e mais uma estratégia de fortalecimento político do PT em áreas-chave da administração pública. A movimentação busca consolidar o controle sobre estruturas que terão papel relevante nas articulações regionais e na distribuição de recursos federais ao longo dos próximos anos.

Contexto político e estratégia para 2026

Segundo informações publicadas pela coluna de Andreza Matais, do portal Metrópoles, o movimento ocorre em um momento de recomposição da base aliada e de reavaliação da distribuição de cargos no governo.

A substituição de nomes ligados ao Centrão por indicados petistas é vista como parte de um reposicionamento interno, com o objetivo de reforçar o protagonismo político do PT dentro da estrutura federal.

Fontes em Brasília afirmam que o Partido dos Trabalhadores busca ampliar sua presença em órgãos estratégicos de capilaridade regional, considerados fundamentais para a formação de alianças locais e o fortalecimento político-eleitoral nas próximas eleições municipais e gerais.

Reações e bastidores em Brasília

O movimento causou reação entre parlamentares do Centrão, que classificaram as substituições como um sinal de distanciamento entre o Palácio do Planalto e parte de sua base. Deputados e líderes partidários afirmam que as exonerações refletem uma tentativa do governo de retomar maior controle político sobre cargos federais, após meses de negociações em torno da distribuição de ministérios e diretorias regionais.

A reestruturação também reacendeu, nos bastidores, uma antiga provocação política em Brasília. Parlamentares lembraram a expressão utilizada em 1999 pelo então governador Anthony Garotinho, que chamou o PT de “partido da boquinha”, em referência à disputa por cargos em governos anteriores.

Embora a frase seja relembrada de forma irônica, o movimento atual do governo é visto como parte do ajuste natural das alianças políticas em um cenário de disputa por espaço e influência.

Órgãos afetados e impacto regional

Entre os órgãos atingidos, Caixa Econômica Federal e Codevasf concentram boa parte das substituições recentes. Ambos têm presença regional forte e influência em obras, programas sociais e investimentos locais, o que os torna estratégicos para partidos em busca de visibilidade e articulação política.

Nos Correios e no Iphan, mudanças de diretoria também refletem o interesse do governo em reposicionar quadros técnicos e políticos alinhados com o projeto da atual administração.

A movimentação é acompanhada de perto por lideranças do Congresso Nacional, que monitoram como essas mudanças podem afetar a relação entre o Executivo e o Legislativo.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

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Aliados da governadora Fátima participam de ato que pede o fim da Polícia Militar

Aliados da governadora Fátima participam de ato que pede o fim da Polícia Militar

Editorial POR DENTRO DO RN

É difícil acreditar, mas aconteceu: políticos e militantes de esquerda, incluindo aliados da governadora Fátima Bezerra (PT), participaram de um protesto em Natal que pedia o “fim da Polícia Militar”. O ato, realizado em frente ao Midway Mall, na quinta-feira (31), foi uma reação à megaoperação policial no Rio de Janeiro que deixou mais de 100 mortos – a maioria, integrantes de facções criminosas.

O que deveria ser uma manifestação em defesa dos direitos humanos se transformou em um desserviço à sociedade e um deboche com as vítimas da criminalidade. Afinal, como pedir o fim da PM justamente em um país assolado pela violência?

Entre os presentes, estavam parlamentares federais e municipais, todos do PT. Embora não tenham se pronunciado publicamente durante o evento, a simples presença deles, que representam a base política da governadora, passa uma mensagem política perigosa: a de que parte do grupo governista apoia ou relativiza a luta contra o crime.

E isso ocorre enquanto o Rio Grande do Norte enfrenta uma crise de segurança pública, marcada pelo avanço do tráfico de drogas, facções cada vez mais organizadas e a escalada de crimes violentos. Basta lembrar os episódios de terror vividos em 2023, quando facções criminosas incendiaram ônibus e atacaram prédios públicos. A resposta do Estado foi tardia, confusa e insuficiente.

Diante desse cenário, é inacreditável que representantes da classe política potiguar gastem energia em atos que vilanizam a Polícia Militar – justamente a instituição que mais se arrisca para proteger a população.

A operação no Rio de Janeiro, que motivou o protesto, foi considerada uma das maiores ações de combate ao tráfico nos últimos anos. A polícia enfrentou criminosos fortemente armados, que controlavam territórios e impunham medo a comunidades inteiras. É claro que toda morte é lamentável, e que excessos precisam ser investigados. Mas equiparar a ação da PM a uma chacina deliberada, como tenta fazer parte da militância, é ignorar a realidade do crime organizado no país.

É curioso como alguns setores da esquerda defendem o “fim da PM”, mas se calam diante da morte de inocentes, das execuções promovidas por traficantes ou do terror imposto às famílias reféns do crime. Há uma seletividade moral gritante: quando a violência parte do Estado, protestam; quando parte dos bandidos, silenciam.

Mais grave ainda é o impacto político desse tipo de posicionamento. Ao se alinharem a pautas tão desconectadas do sentimento popular, figuras como os políticos que participaram do ato reforçam a percepção de que o PT e seus aliados perderam a conexão com a realidade das ruas.

Enquanto o cidadão comum teme ser assaltado ao andar na rua, parte da classe política prefere defender “o fim da PM” – e não o fim do crime.

No momento em que o Rio Grande do Norte tenta reconstruir sua credibilidade na segurança pública, é lamentável ver aliados da governadora Fátima Bezerra se aproximando de um discurso tão irresponsável e utópico. A sociedade não quer o fim da polícia; quer uma polícia mais preparada, mais valorizada e mais eficiente.

O que o povo potiguar – e brasileiro – precisa é de líderes que defendam a lei e a ordem, e não que romantizem a criminalidade. O verdadeiro inimigo da democracia não é a Polícia Militar, mas o tráfico, a corrupção e a omissão de quem deveria proteger o cidadão.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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SINSP critica governo Fátima por novo atraso no pagamento de pensionistas do RN

SINSP critica governo Fátima por novo atraso no pagamento de pensionistas do RN

Sindicato afirma que atraso é “escolha política” e denuncia impacto sobre servidores que dependem do benefício para sobreviver

O Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público da Administração Direta do Estado do Rio Grande do Norte (SINSP-RN) voltou a criticar o governo Fátima Bezerra (PT) pelo atraso no pagamento dos pensionistas estaduais. Pelo segundo mês consecutivo, o calendário de pagamento divulgado pelo Executivo não foi cumprido.

De acordo com o governo, os pensionistas que deveriam ter recebido seus proventos na sexta-feira (31/10) só terão os valores creditados em conta na terça-feira (4 de novembro).

Em nota divulgada nesta sexta-feira, o SINSP-RN classificou o atraso como “uma escolha política deliberada”, afirmando que a medida “expõe a falácia do discurso de defesa dos servidores públicos”.

Segundo o sindicato, o não cumprimento do calendário tem causado dificuldades financeiras a centenas de beneficiários que dependem integralmente da pensão para despesas básicas.

“A governadora fecha os olhos para o sofrimento daqueles que dependem exclusivamente do benefício para sobreviver”, afirmou o SINSP-RN.

O sindicato também destacou que o problema não se trata de uma questão administrativa, mas de prioridade política, e pediu respeito aos servidores inativos e seus dependentes.

“A data de 4 de novembro não é mera formalidade. São cinco dias de contas que não fecham, remédios que ficam na farmácia e comida que some da mesa”, completou a entidade.

O SINSP-RN vem cobrando do governo transparência e previsibilidade no pagamento da folha, alegando que o atraso recorrente atinge principalmente idosos e familiares de servidores falecidos.

A entidade sindical informou que pretende solicitar reunião com representantes da Secretaria de Administração para discutir a situação e pedir uma posição oficial sobre a regularização do calendário.

Procurado, o governo do Rio Grande do Norte ainda não se manifestou oficialmente sobre as críticas do sindicato nem sobre a razão do novo atraso no pagamento dos pensionistas.

Foto: Arquivo

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DPU apresenta defesa de Eduardo Bolsonaro e pede rejeição de denúncia da PGR

DPU apresenta defesa de Eduardo Bolsonaro e pede rejeição de denúncia da PGR

Defensoria argumenta que o deputado não tem poder de influenciar sanções dos Estados Unidos e solicita nulidade do processo

A Defensoria Pública da União (DPU) apresentou, nesta sexta-feira (31), a defesa do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no processo em que ele é acusado de coação em razão da atuação nos Estados Unidos, conforme denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). A DPU pediu a rejeição da denúncia.

De acordo com a defesa, a acusação apresentada pela PGR não demonstra que o parlamentar tenha poder para realizar sanções econômicas como as que teriam sido impostas pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump ao Brasil. A DPU assumiu o caso porque o deputado não constituiu advogado particular para acompanhar o processo.

“O denunciado não tem poder de decisão sobre a política externa dos Estados Unidos. Não tem competência para impor ou retirar sanções econômicas. Não integra o governo norte-americano. Não exerce função pública naquele país”, diz a peça apresentada pela DPU.

“Atos de governo estrangeiro são expressão de soberania nacional e não decorrem de determinação de parlamentar brasileiro”, acrescenta a defesa.

A DPU também pede a nulidade do processo, alegando que as supostas condutas de Eduardo Bolsonaro teriam sido direcionadas contra o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a defensoria, não foi possível estabelecer contato com o deputado, o que teria prejudicado a elaboração da estratégia de defesa.

“Ausente o denunciado e sem meios de contatá-lo, a defesa técnica fica impedida de elaborar defesa efetiva. A DPU não tem como obter sua versão dos fatos, documentos ou orientações sobre estratégia defensiva”, afirmou o órgão.

Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes rejeitou o pedido da DPU para que o parlamentar fosse notificado por carta rogatória, instrumento usado para comunicar decisões judiciais a pessoas que estão fora do país.

A Defensoria sustentava que, como Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos, a notificação deveria ser feita por meio desse procedimento, o que depende de cooperação internacional e poderia levar mais tempo para ser concluído.

Contudo, Moraes entendeu que o deputado mantém domicílio no Brasil e estaria criando dificuldades para ser notificado, mesmo com um gabinete em funcionamento na Câmara dos Deputados.

A Comissão de Ética da Câmara também relatou dificuldades em notificar o parlamentar durante a tramitação de uma representação apresentada pelo PT, que pedia a cassação de Eduardo Bolsonaro pelo mesmo motivo: declarações sobre supostas ações voltadas a impor sanções ao STF e ao governo brasileiro.

Na ocasião, a DPU também atuou na defesa do deputado e argumentou que ele não tem poder para influenciar decisões do governo americano. O relator do processo na Comissão de Ética, deputado Delegado Marcelo Freitas (União-MG), acatou o argumento e solicitou o arquivamento da representação.

A representação foi encerrada após votação no colegiado, que concluiu não haver indícios suficientes de que Eduardo Bolsonaro tivesse participado de qualquer ato capaz de gerar sanções internacionais.

A DPU mantém o mesmo entendimento no processo que tramita no STF, reforçando que atos de governo estrangeiro não podem ser atribuídos a autoridades brasileiras, tampouco a parlamentares sem função executiva.

Foto: Beto Barata/ PL / Bruno Spada/Câmara dos Deputados

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Operação no Rio amplia crise no governo Lula e reacende debate sobre segurança pública

Operação no Rio amplia crise no governo Lula e reacende debate sobre segurança pública

Presidente enfrenta críticas nas redes, pressão interna no PT e necessidade de reposicionar discurso sobre combate ao crime após ação que deixou mais de 120 mortos

A megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, que deixou mais de 120 mortos em confrontos com o Comando Vermelho, gerou forte impacto político e reação negativa nas redes sociais ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Levantamento da Brandwatch mostra que, entre 28 e 30 de outubro, 69% das 306.370 menções ao presidente tiveram tom negativo, enquanto 23% foram positivas e 8% neutras. As publicações alcançaram 510,9 milhões de visualizações e concentraram críticas relacionadas à condução do governo federal diante da crise da segurança pública no estado.

Críticas e percepções digitais

Entre as menções negativas, 34% acusam Lula de “conivência com o crime”, citando a fala em que o presidente afirmou que traficantes seriam “vítimas da sociedade”. Outros 10% criticam a suposta omissão do governo federal e mencionam o debate sobre o pedido de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Já 18% das publicações elogiam o governador Cláudio Castro (PL) e o descrevem como liderança firme no enfrentamento ao tráfico.

As menções favoráveis ao presidente representam 23% do total. Destas, 14% afirmam que o governo do Rio e aliados da direita estariam fazendo “uso político da violência”, e 5% defendem o governo federal, negando o pedido de GLO. A polarização digital se intensificou, com o tema segurança pública dominando o debate online.

Divisões internas e reação do Planalto

No governo Lula, o episódio provocou divisões internas sobre como reagir à operação e à repercussão pública. Relatórios de monitoramento de redes apontaram que a direita passou a dominar o debate digital, levando o Planalto a adotar uma estratégia de resposta rápida para conter o desgaste.

O governo busca neutralizar o grupo de governadores conhecido como “Consórcio da Paz”, formado por lideranças de oposição que prestaram solidariedade a Cláudio Castro e criticaram a postura do governo federal. Lula teria classificado o movimento como “pirotecnia eleitoral” e, em resposta, assinou o Projeto de Lei Antifacção, que endurece penas para líderes do crime organizado e cria o Banco Nacional de Organizações Criminosas.

O Planalto também monitora o impacto político do episódio e montou uma equipe de comunicação e análise de redes para enfrentar críticas de governadores como Tarcísio de Freitas (SP) e Ronaldo Caiado (GO), citados como possíveis adversários nas eleições de 2026.

Pressão por mudanças na estrutura da segurança

Dentro do PT, cresce a pressão por uma reforma ministerial que recrie o Ministério da Segurança Pública. O ex-ministro José Dirceu e o vice-presidente Geraldo Alckmin defendem que a área seja separada da pasta da Justiça, hoje comandada por Ricardo Lewandowski. A proposta, no entanto, ainda divide o governo e não há consenso sobre o momento político para essa mudança.

O tema da segurança pública voltou a figurar entre as principais preocupações do eleitorado, de acordo com analistas políticos que veem o assunto como central nas próximas eleições. Enquanto a oposição tenta se consolidar como voz do endurecimento penal, o governo busca mostrar que também tem ações concretas para conter o avanço da violência.

Estratégia de comunicação e contenção de danos

Após a repercussão da operação e das críticas, Lula foi orientado por aliados a evitar declarações improvisadas sobre segurança pública. A recomendação, segundo interlocutores, visa impedir que novas falas sejam usadas pela oposição para reforçar a narrativa de leniência com o crime.

O alerta ganhou força depois da polêmica declaração de que “traficantes são vítimas de usuários”. Apesar da retratação, o trecho segue sendo explorado por adversários políticos. Desde então, o presidente restringiu suas manifestações ao tema por meio de postagens oficiais e pronunciamentos controlados.

Nas redes sociais, Lula vem destacando medidas como o Projeto de Lei Antifacção, que prevê até 30 anos de prisão para integrantes de facções criminosas, e a PEC da Segurança Pública, que busca ampliar a cooperação entre União, estados e municípios.

Enquanto o governo tenta reposicionar seu discurso, o Consórcio da Paz, liderado por governadores de oposição, mantém-se ativo na agenda pública. O Planalto encomendou novas pesquisas de percepção popular para avaliar os impactos da operação e o efeito do tema sobre a imagem presidencial.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília / Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil / Ricardo Stuckert/PR

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Lula assina Projeto de lei Antifacção e envia ao Congresso

Lula assina Projeto de lei Antifacção e envia ao Congresso

Proposta prevê até 30 anos de prisão para organizações criminosas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta sexta-feira (31), o projeto de lei Antifacção para ser encaminhado ao Congresso Nacional ainda hoje em regime de urgência.

A Secretaria de Comunicação do governo confirmou a informação nesta tarde à imprensa, havendo apenas “pequenos ajustes de redação” ao texto que foi elaborado pelo Ministério da Justiça e da Segurança Pública.

A proposta é levada ao Legislativo depois dos resultados da Operação Contenção, que deixou 121 mortos no Rio de Janeiro.

Conforme havia sido informado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, a proposta inclui agravar a pena para lideranças e integrantes de organizações criminosas.

Os condenados pelo crime de “organização criminosa qualificada”, que passaria a ser um novo tipo penal, poderão receber a pena de 30 anos de prisão.

O texto prevê ainda a criação de um banco de dados nacional para ter uma espécie de catálogo de informações dessas facções com a finalidade de reunir informações estratégicas para investigação e rastreamento desses grupos.

Outro ponto é adotar ações para diminuir os recursos financeiros das facções de maneira mais rápida.

Um exemplo seria a apreensão de bens, direitos ou valores do investigado, inclusive durante o curso do inquérito ou quando houver suspeita de que sejam produtos ou instrumento de prática de crimes.

Infiltração

Outra ação prevista pela proposta é a de infiltração de policiais e colaboradores na organização criminosa durante a investigação e até a possibilidade de criar pessoas jurídicas fictícias para facilitar a infiltração na organização criminosa

O projeto de lei ainda apresenta outra possibilidade, durante a investigação, ao autorizar o monitoramento dos encontros realizados entre presos provisórios ou condenados integrantes de organização criminosas
Penas de prisão

A proposta defende a necessidade de aumento de pena da organização criminosa simples, de 3 a 8 anos de prisão para de 5 a 10 anos. O agravamento ainda maior (de dois terços ao dobro) das penas ocorreria nos casos do tipo penal caracterizado como “organização criminosa qualificada”.

Entre os exemplos dessa característica, estão nos casos em que ficar comprovado o aliciamento de criança ou adolescente para o crime, ou mesmo quando a ação for funcionário público. Outra “qualificação” do crime organizado pode ser entendida nos casos de exercício de domínio territorial ou prisional pela organização criminosa.

São ainda situações de agravamento de pena o uso de arma de fogo de uso restrito ou proibido e quando houver morte ou lesão corporal de agente de segurança pública. Pelo projeto, o crime tipificado como de organização criminosa qualificada passa a ser considerado hediondo, ou seja, inafiançável.
Domínio territorial

O domínio territorial pelo crime organizado ocorre, conforme exemplifica o ministro da Justiça, em comunidades dominadas por facções, o que deixa os moradores vulneráveis.

Banco de dados

Em relação ao banco de dados, a intenção é ter o máximo de detalhes, inclusive até o DNA das pessoas envolvidas com o crime organizado.

Lula defende tramitação rápida

O presidente Lula usou as redes sociais para defender a proposta.

“O projeto cria mecanismos que aumentam o poder do Estado e das forças policiais para investigar e asfixiar financeiramente as facções”, explicou o presidente.

Lula entende que a proposta do Executivo garante instrumentos que blindam os órgãos públicos da atuação de membros desse tipo de organizações criminosas.

Ele aproveitou para argumentar também a favor da PEC da Segurança Pública, enviada ao Congresso em abril, em vista da possibilidade de ações integradas entre os órgãos federais, estaduais e municipais no combate aos criminosos.

“As facções só serão derrotadas com o esforço conjunto de todas as esferas de poder. Diferenças políticas não podem ser pretexto para que deixemos de avançar”.

Ele pediu ao Congresso que a tramitação seja rápida dos projetos. “As famílias brasileiras merecem essa dedicação”, finalizou o presidente.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Da Agência Brasil

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Erro da Prefeitura de Extremoz pode custar milhões aos cofres públicos

Erro da Prefeitura de Extremoz pode custar milhões aos cofres públicos

Editorial POR DENTRO DO RN

A Prefeitura de Extremoz está no centro de uma polêmica que expõe a falta de organização administrativa e o amadorismo na gestão pública. Um erro básico na cobrança do IPTU – imposto fundamental para o funcionamento dos serviços municipais – pode causar um rombo milionário aos cofres da cidade.

A situação veio à tona após decisão do juiz Ederson Solano Batista de Morais, que, ao analisar uma ação de cobrança de IPTU movida pela Prefeitura contra um morador, constatou que o município não conseguiu comprovar a entrega regular do carnê do imposto. O magistrado classificou a falha como grave e preocupante, chegando a determinar que o Ministério Público investigue se o município tem cumprido o devido processo administrativo tributário antes de efetuar cobranças.

Em palavras diretas, o juiz alertou: se for confirmado que a Prefeitura não cumpre corretamente o procedimento de lançamento e notificação do contribuinte, isso pode gerar prejuízo milionário ao erário público.

E o alerta é real. Considerando que Extremoz tem mais de 32 mil domicílios, se apenas metade dos contribuintes estiver envolvida em situações semelhantes, o dano potencial pode ultrapassar R$ 5 milhões — um valor absurdo para uma cidade que ainda enfrenta carências básicas em infraestrutura, saúde e mobilidade.

Um erro que revela muito mais que desorganização

Erros podem acontecer em qualquer gestão pública. No entanto, esse tipo de erro – básico, técnico e previsível – demonstra desleixo e falta de planejamento. A cobrança de impostos é uma das funções mais elementares de uma administração municipal. Se a Prefeitura falha até mesmo em algo tão fundamental, o que esperar das áreas mais complexas?

A prefeita Jussara Sales (PL), que assumiu prometendo “modernizar” a máquina pública e tornar Extremoz uma cidade mais eficiente, precisa responder à população. Afinal, como se justifica uma Secretaria de Tributação que não consegue comprovar o envio de um documento fiscal?

Mais do que uma falha técnica, o episódio revela um colapso de gestão – reflexo de uma prefeitura que parece operar no improviso, sem controle interno eficaz, sem sistemas integrados e sem a mínima noção de transparência administrativa.

Extremoz cresce, mas a gestão não acompanha

Nos últimos anos, Extremoz tem experimentado crescimento populacional e imobiliário acelerado. Bairros novos surgem, empreendimentos se multiplicam, e a arrecadação municipal deveria acompanhar esse avanço. Contudo, a cidade continua patinando na mesma desorganização estrutural que há décadas a impede de dar um salto de desenvolvimento.

Enquanto o número de habitantes aumenta, faltam médicos nos postos de saúde, o transporte público é precário, e as ruas permanecem em estado lamentável. Agora, descobre-se que a Prefeitura corre o risco de perder milhões de reais por erro administrativo primário.

A prefeita Jussara Sales, que já enfrentou críticas por contratações questionáveis e falta de diálogo com o funcionalismo público, parece assistir à gestão deslizar por entre os dedos – sem rumo, sem planejamento e, principalmente, sem autocrítica.

Quando o erro vira prejuízo coletivo

O caso do IPTU em Extremoz precisa servir de lição e alerta. Não se trata apenas de uma falha burocrática, mas de um sintoma claro de desgoverno. Cada real perdido por incompetência administrativa é um real a menos na saúde, na educação, no saneamento e na melhoria da vida do cidadão.

Se confirmadas as irregularidades, o Ministério Público deve agir com rigor, exigindo responsabilização e transparência. A população de Extremoz merece respostas – e, sobretudo, respeito com o dinheiro público.

Porque, no fim das contas, o erro da Prefeitura não é apenas técnico. É político. E é o povo quem paga a conta.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

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Nilda Cruz precisa sair do palanque e governar Parnamirim

Nilda Cruz precisa sair do palanque e governar Parnamirim

Editorial POR DENTRO DO RN

A prefeita de Parnamirim, Nilda Cruz (Solidariedade), voltou a adotar um tom vitimista ao afirmar que sofre “perseguição política” e que a oposição tem sido “injusta” com sua gestão. A declaração, dada em entrevista à Rádio Cidade nesta terça-feira (28), soa desconectada da realidade e repete uma narrativa de campanha que já não convence — especialmente após quase um ano de mandato.

Nilda foi eleita com a promessa de romper velhas práticas políticas e de colocar a cidade “nos trilhos do desenvolvimento”. Entretanto, Parnamirim segue enfrentando graves problemas estruturais, especialmente nas áreas de saúde, transporte e mobilidade urbana – setores que, ironicamente, foram bandeiras de sua campanha.

A prefeita afirma que as dificuldades são “heranças do passado” e que está “resolvendo todos os dias”. No entanto, o cotidiano dos moradores mostra um cenário bem diferente: postos de saúde com filas e falta de médicos, transporte público irregular, engarrafamentos crescentes e obras de infraestrutura paradas. Parnamirim, terceira maior cidade do Rio Grande do Norte, parece estacionada – e o discurso da prefeita já não encontra eco nas ruas.

É preciso lembrar: a eleição acabou em 2024. O tempo do palanque passou. O eleitor de Parnamirim não elegeu uma candidata para culpar antecessores, mas sim uma gestora capaz de apresentar resultados.

Nilda tem a caneta na mão, conta com maioria na Câmara Municipal, possui aliados em secretarias estratégicas e mantém boa relação com o governo estadual. Ou seja: ela governa em condições políticas favoráveis – o que torna insustentável o discurso de “perseguição”.

Nos bastidores, inclusive, há relatos de tensões internas na gestão. Secretários insatisfeitos, dificuldade de comunicação entre pastas e centralização excessiva de decisões na própria prefeita são sinais de uma administração que ainda não encontrou ritmo. Faltam planejamento, prioridades claras e, sobretudo, humildade política para reconhecer erros.

É natural que um governo enfrente críticas, especialmente em uma cidade complexa e populosa como Parnamirim. Mas transformar toda discordância em “perseguição” é empobrecer o debate e desrespeitar o papel fiscalizador da oposição, da imprensa e da sociedade civil.

A prefeita, que construiu sua trajetória como professora e líder comunitária, conhece bem o peso da responsabilidade pública. Por isso, soa contraditório que agora, no poder, recorra ao argumento de que é “injustiçada” por ser mulher, negra e vinda da classe trabalhadora. Essas características são motivo de orgulho e representatividade – não escudo contra cobranças legítimas.

O povo de Parnamirim não quer justificativas. Quer resultados. Quer uma prefeita que olhe para frente, e não para o retrovisor.

Se há algo que a prefeita precisa entender é que governar exige maturidade política e responsabilidade administrativa. O discurso de vítima pode render aplausos de aliados, mas não sustenta uma gestão. A cidade precisa de uma líder que resolva, e não de uma retórica que lamente.

Parnamirim é hoje uma cidade com imenso potencial econômico, cercada por universidades, base aérea, centros industriais e um comércio vibrante. O que falta é uma administração que entenda a grandeza do município e governe com seriedade e técnica.

Por isso, é hora de Nilda Cruz sair do palanque e assumir plenamente o papel de prefeita. Ela foi eleita para governar – e não para continuar disputando narrativas com fantasmas políticos do passado.

A paciência da população tem limites. E, se nada mudar, 2028 chegará mais rápido do que a prefeita imagina – e com ele, o julgamento mais implacável de todos: o das urnas.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

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Senado dos EUA aprova medida que bloqueia tarifas de Trump para o Brasil

Senado dos EUA aprova medida que bloqueia tarifas de Trump para o Brasil

Cinco republicanos se unem aos democratas para barrar sanções comerciais contra produtos brasileiros

Senado dos EUA aprova medida que bloqueia tarifas de Trump para o Brasil

O Senado dos Estados Unidos aprovou, por 52 votos a 48, uma medida que bloqueia as tarifas impostas pelo ex-presidente Donald Trump sobre produtos brasileiros. A votação contou com o apoio de cinco senadores republicanos, que se uniram aos democratas para rejeitar uma das principais propostas da agenda econômica da Casa Branca.

Os senadores republicanos que votaram a favor da resolução foram Lisa Murkowski (Alasca), Susan Collins (Maine), Rand Paul e Mitch McConnell (Kentucky), e Thom Tillis (Carolina do Norte). Todos os senadores democratas também votaram pela aprovação da medida.

A proposta, liderada pelo senador democrata Tim Kaine, visa encerrar a imposição de tarifas sobre produtos brasileiros com base em uma lei de poderes emergenciais. A resolução agora segue para a Câmara dos Representantes, onde os líderes republicanos endureceram as regras processuais, impedindo votações em plenário sobre contestações tarifárias até março do próximo ano.

Ainda nesta semana, o Senado deve analisar medidas semelhantes para barrar tarifas de 35% sobre produtos canadenses e taxas entre 10% e 50% sobre importações de outros países, também impostas por Trump.

Senado dos EUA aprova medida que bloqueia tarifas de Trump
Senado dos EUA aprova medida que bloqueia tarifas de Trump

A votação foi precedida por um almoço fechado, realizado na terça-feira, 28, no qual o vice-presidente JD Vance enfrentou resistência de senadores republicanos. O encontro teve como objetivo alinhar os parlamentares em relação às propostas comerciais do governo, incluindo a possibilidade de quadruplicar as importações de carne bovina da Argentina. No entanto, senadores de estados com forte produção agropecuária expressaram preocupações sobre os impactos da medida em seus distritos.

Diversos republicanos demonstraram reservas quanto às tarifas impostas por Trump. A Suprema Corte dos Estados Unidos deve, em breve, analisar se o ex-presidente excedeu seus poderes ao aplicar tarifas comerciais de forma unilateral.

Rand Paul, um dos coautores da resolução sobre o Brasil, afirmou que Trump ultrapassou os limites constitucionais ao reivindicar o direito exclusivo de impor impostos sobre importações. Segundo Paul, as tarifas foram justificadas com base em uma “emergência fabricada”.

A decisão do Senado representa um desafio à autoridade presidencial sobre políticas comerciais e pode influenciar futuras deliberações sobre tarifas impostas a outros países. A medida também reflete tensões internas no Partido Republicano, especialmente entre representantes de estados com economias dependentes do setor agropecuário.

A tramitação da resolução na Câmara dos Representantes será acompanhada de perto por setores econômicos interessados na manutenção de relações comerciais estáveis entre os Estados Unidos e o Brasil. A expectativa é de que o debate sobre tarifas continue a ocupar espaço central na política comercial americana nos próximos meses.

Foto: Fotos Públicas

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Comissão da Câmara segue apuração e aguarda defesa final de Brisa Bracchi

Comissão da Câmara segue apuração e aguarda defesa final de Brisa Bracchi

Vereadora Anne Largatixa mantém participação no processo de cassação mesmo após licença por maternidade

Comissão da Câmara segue apuração e aguarda defesa final de Brisa Bracchi

A Comissão da Câmara Municipal de Natal (CMN) que analisa o pedido de cassação da vereadora Brisa Bracchi (PT) por suposto uso indevido de recursos públicos em evento político-partidário segue com os trabalhos e aguarda a apresentação das alegações finais da defesa. A vereadora Anne Largatixa (Solidariedade), presidente da Comissão, continuará acompanhando o processo mesmo após o nascimento de sua filha, ocorrido no sábado (25), por cesariana no Hospital Dr. José Pedro Bezerra, na Zona Norte de Natal.

Segundo a assessoria de Anne Largatixa, a vereadora responderá nesta terça-feira (28) a um pedido da defesa de Brisa Bracchi sobre a convocação de novas testemunhas. A Comissão também se reunirá para deliberar sobre o requerimento de diligência apresentado pela defesa, que solicita a intimação de dirigentes do PSTU para esclarecer o endereço da sede do partido.

Endereço do evento

O evento político denominado “Rolê Vermelho”, realizado em 9 de agosto de 2025 na “Casa Vermelha”, foi financiado com R$ 18 mil provenientes de emenda impositiva da vereadora Brisa Bracchi. O local do evento, situado na rua Princesa Isabel, 749, na Cidade Alta, foi identificado como sede do PSTU, embora o partido funcione na rua Santo Antônio, 697. A defesa busca esclarecer essa divergência de endereços.

Comissão da Câmara segue apuração
Comissão da Câmara segue apuração

Origem do processo

O pedido de cassação foi protocolado pelo vereador Matheus Faustino (União Brasil) em 18 de agosto e aprovado pela CMN no dia seguinte. A Comissão é composta pelos vereadores Anne Largatixa (Solidariedade), Daniel Valença (PT) e Fúlvio Saulo (Solidariedade). Após a apresentação das alegações finais por Brisa Bracchi, o vereador Fúlvio Saulo terá cinco dias para emitir parecer e submeter o relatório à deliberação da Comissão.

Licença e continuidade

A vereadora Anne Largatixa deverá solicitar afastamento temporário do mandato, sem convocação de suplente, já que o período será inferior a 120 dias. Mesmo com a licença, ela continuará acompanhando o processo e reforçou que o rito da Comissão será respeitado, com garantia do contraditório e da ampla defesa.

Antes da internação, Anne Largatixa declarou que o processo segue normas regimentais e que todas as etapas estão sendo cumpridas dentro do prazo legal. A Comissão tem até 120 dias para concluir os trabalhos, conforme o regimento interno da Câmara.

Tramitação e próximos passos

A defesa de Brisa Bracchi sustenta que os recursos foram destinados a um evento cultural e que não houve irregularidade. O processo segue em fase de instrução, com possibilidade de novas diligências antes da conclusão. Após o parecer da Comissão, o relatório será submetido ao plenário da Câmara, que decidirá sobre a cassação do mandato.

A vereadora Anne Largatixa reforçou que a decisão final será do plenário, que possui soberania para deliberar sobre o caso.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração / Francisco de Assis/CMN

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Bolsonaro recorre ao STF contra condenação e aponta cerceamento de defesa e provas frágeis

Bolsonaro recorre ao STF contra condenação e aponta cerceamento de defesa e provas frágeis

Embargos de declaração questionam julgamento sobre tentativa de golpe e pedem revisão de pena

Bolsonaro recorre ao STF contra condenação e aponta cerceamento de defesa e provas frágeis

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a condenação imposta pela Primeira Turma da Corte, que o responsabilizou pelos atos de 8 de janeiro de 2023. O recurso foi protocolado na forma de embargos de declaração, instrumento jurídico utilizado para contestar contradições, omissões ou obscuridades no acórdão do julgamento.

Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, associação criminosa armada e incitação ao golpe. A decisão foi tomada por quatro votos a um, sendo o ministro Luiz Fux o único a divergir.

Argumentos da defesa

A defesa alega que o julgamento foi marcado por cerceamento de defesa, uso de provas frágeis e erro jurídico na aplicação das penas. Os advogados afirmam que não houve tempo hábil para analisar o acervo de mais de 70 terabytes de dados disponibilizados, e que pedidos de adiamento das audiências foram negados pelo relator, ministro Alexandre de Moraes.

O recurso também contesta a credibilidade da delação do tenente-coronel Mauro Cid, apontada como base central da condenação. Segundo os advogados, o depoimento foi obtido sob pressão e apresenta contradições que comprometem sua validade como prova.

A defesa sustenta que Bolsonaro não teve participação direta nos atos apontados pela acusação e que o chamado “Plano Punhal Verde Amarelo” nunca chegou ao conhecimento do ex-presidente. Também é levantada a tese de desistência voluntária, segundo a qual, mesmo que se admitisse o início de uma ação golpista, Bolsonaro teria interrompido a execução por vontade própria.

Bolsonaro recorre ao STF contra condenação
Bolsonaro recorre ao STF contra condenação

Pedido de revisão

No documento de 85 páginas, os advogados pedem que o STF reconheça omissões e contradições no acórdão, corrija erros materiais, reavalie as provas e revise a dosimetria da pena. A defesa invoca o princípio da consunção, argumentando que o crime de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito já englobaria o de golpe de Estado, evitando penas cumulativas.

Os embargos de declaração foram apresentados no último dia do prazo legal, iniciado em 23 de outubro, após a publicação do acórdão. Após a análise dos embargos, os réus ainda podem apresentar um segundo recurso do mesmo tipo antes do trânsito em julgado, que marca o início da execução da pena.

Condenação do núcleo crucial

Bolsonaro foi condenado junto com outros oito acusados do chamado núcleo crucial, por atuação contra a ordem democrática. Sete deles foram condenados por cinco crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União, e deterioração de patrimônio tombado.

O deputado Alexandre Ramagem (PL), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), responde a três acusações, pois duas imputações foram suspensas pela Câmara dos Deputados por estarem relacionadas a fatos posteriores à sua diplomação como parlamentar.

Posição do relator

No acórdão, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que Bolsonaro foi o “beneficiário direto” da trama golpista e que utilizou a estrutura do Estado para minar a confiança nas instituições e incitar o rompimento da ordem constitucional. O voto foi acompanhado pelos ministros Cármen Lúcia, Flávio Dino e Cristiano Zanin.

O documento também descreve que Bolsonaro liderou uma organização criminosa com o objetivo de restringir a atuação do Poder Judiciário e impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Foto: Valter Campanato/Tânia Rêgo/Agência Brasil

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Lula e Trump iniciam reaproximação diplomática com foco em tarifas e investimentos

Lula e Trump iniciam reaproximação diplomática com foco em tarifas e investimentos

Alckmin afirma que encontro entre líderes abre caminho para negociações técnicas entre Brasil e Estados Unidos

Lula e Trump iniciam reaproximação diplomática com foco em tarifas e investimentos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizaram no domingo (26), em Kuala Lumpur, na Malásia, o primeiro encontro direto desde o retorno de Trump à Casa Branca. A reunião foi considerada pelo presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, como um marco político que abre caminho para negociações técnicas entre os dois países.

Segundo Alckmin, o gesto político entre os líderes representa o início de uma nova fase nas relações bilaterais, com foco em temas como tarifas comerciais, investimentos e cooperação econômica.

Tarifas como prioridade

A principal pauta do governo brasileiro é a retirada da sobretaxa de 40% aplicada pelos Estados Unidos a produtos nacionais desde agosto. Alckmin classificou a medida como desproporcional, destacando que a tarifa média brasileira para produtos norte-americanos é de apenas 2,7%.

As tarifas impostas pelos EUA incluem uma taxa de 10% desde abril e uma adicional de 40% desde julho. Dados do Ministério do Desenvolvimento indicam que cerca de 34% dos US$ 40 bilhões exportados pelo Brasil aos Estados Unidos no último ano foram afetados pelas sobretaxas. O percentual, anteriormente divulgado como 35,9%, foi revisado para baixo.

O governo brasileiro atua em duas frentes: solicitar a suspensão temporária das tarifas durante as negociações e ampliar a lista de produtos isentos. Entre os itens que o Brasil busca incluir na lista de exceções está o café, atualmente sujeito a uma tarifa de até 50%.

Lula e Trump iniciam reaproximação diplomática
Lula e Trump iniciam reaproximação diplomática

Participação do setor privado

Alckmin destacou que o apoio do setor privado norte-americano será fundamental para a reversão das tarifas. Empresas dos dois países demonstram interesse em ampliar o comércio bilateral, o que pode contribuir para a solução do impasse tarifário.

Coordenação das tratativas

As negociações com Washington são coordenadas por Alckmin, com participação dos ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e da Fazenda, Fernando Haddad. A expectativa é que equipes técnicas dos dois países se reúnam nas próximas semanas para avançar nas tratativas.

Durante viagem ao Japão, Trump classificou o encontro com Lula como positivo, mas evitou prometer o fim imediato das tarifas. Lula, por sua vez, manifestou interesse em alcançar um acordo satisfatório nas próximas rodadas de negociação.

Temas adicionais

Além das tarifas, os governos discutem temas como a instalação de datacenters no Brasil e a atração de investimentos em energia renovável. Alckmin defendeu a aprovação da medida provisória dos datacenters, editada em setembro, que estabelece regras para o setor e é considerada essencial para atrair capital estrangeiro.

A iniciativa é vista como estratégica diante da escassez global de energia, considerando que o Brasil possui abundância de fontes limpas e renováveis.

Reposicionamento internacional

Alckmin classificou o encontro entre Lula e Trump como um marco político que reposiciona o Brasil no cenário internacional. A reunião é vista como o início de uma nova fase diplomática, com potencial para aprofundar os laços bilaterais e explorar oportunidades concretas de cooperação.

Foto: Lula Marques/Agência Brasil/Júlio César/MDIC

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Dino determina campanhas sobre transparência em emendas parlamentares

Dino determina campanhas sobre transparência em emendas parlamentares

Governo, Congresso e Judiciário deverão divulgar informações entre dezembro e março para incentivar fiscalização cidadã

Dino determina campanhas sobre transparência em emendas parlamentares

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (27) que o governo federal, o Congresso Nacional e o Poder Judiciário realizem campanhas publicitárias sobre transparência e rastreabilidade das emendas parlamentares. As ações deverão ocorrer entre dezembro de 2025 e março de 2026.

O objetivo da medida é informar a população sobre como acompanhar a destinação das emendas e denunciar eventuais irregularidades. A decisão estabelece que as campanhas devem ser claras, acessíveis e educativas, com foco na consulta pública aos dados e no estímulo à participação cidadã no controle dos gastos públicos.

Dino determina campanhas sobre transparência
Dino determina campanhas sobre transparência

Diretrizes para a campanha

  • Governo federal: deverá divulgar os conteúdos em emissoras comerciais, na internet e em canais oficiais, como TV Brasil, Agência Brasil e Voz do Brasil.
  • Congresso Nacional: exibirá as peças nas TVs institucionais, como TV Câmara e TV Senado, além de outros meios de comunicação próprios.
  • Judiciário: utilizará seus canais oficiais, como a TV Justiça, para disseminar as informações.

Segundo o ministro, a iniciativa busca garantir o chamado “accountability vertical”, que consiste na fiscalização direta por parte dos cidadãos sobre a aplicação dos recursos públicos por parlamentares. Dino destacou que a transparência só é efetiva quando as informações são localizáveis e compreensíveis para a população.

Redução da desigualdade digital

A decisão também ressalta a importância de reduzir a desigualdade digital, permitindo que mais cidadãos tenham acesso aos dados públicos. O ministro enfatizou que o controle democrático depende da capacidade da população de acessar e entender os mecanismos de distribuição de recursos.

A medida complementa decisão anterior, de 23 de outubro, que obriga estados, municípios e o Distrito Federal a adotarem o mesmo modelo federal de transparência nas emendas parlamentares. Os Tribunais de Contas deverão enviar ao STF, até 31 de dezembro de 2025, os atos normativos que regulamentam a transparência sobre o tema em suas respectivas jurisdições.

A decisão reforça o papel das instituições públicas na promoção da transparência e no fortalecimento da participação social. A expectativa é que as campanhas contribuam para ampliar o conhecimento da população sobre o funcionamento das emendas parlamentares e para prevenir práticas irregulares na destinação dos recursos.

Foto: Rovena Rosa/Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

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Prefeito de Guamaré, Hélio Willamy, é agredido durante evento

Prefeito de Guamaré, Hélio Willamy, é agredido durante evento

Suspeito de 32 anos foi preso em flagrante após dar um soco no rosto do prefeito durante evento público; caso ocorreu na noite de domingo (26)

Prefeito de Guamaré, Hélio Willamy, é agredido durante evento em Baixa do Meio

O prefeito de Guamaré, Hélio Willamy, foi agredido na noite de domingo (26) durante a cerimônia de premiação dos torneios de Beach Soccer e Queimada, realizados no distrito de Baixa do Meio, zona rural do município. O agressor, um homem de 32 anos, foi preso em flagrante pelos crimes de tentativa de lesão corporal e resistência à prisão.

De acordo com informações da Polícia Civil do Rio Grande do Norte, o caso aconteceu por volta das 20h. O suspeito, que participava do evento, se aproximou do palco e atingiu o prefeito com um soco no rosto. A Prefeitura de Guamaré confirmou o episódio em nota oficial e informou que Hélio Willamy passa bem, estando em segurança junto à família.

Testemunhas relataram ataque repentino

Segundo relatos de testemunhas, o ataque ocorreu de forma repentina, sem discussão ou provocação prévia. “Foi do nada. O homem chegou de repente, justamente quando uma criança chamou o prefeito. Quando ele abaixou a cabeça, o agressor atingiu o golpe. A menina até caiu no chão”, relatou uma testemunha que preferiu não se identificar.

A equipe de segurança presente no local conteve o agressor imediatamente após o ataque. O homem resistiu à abordagem policial, o que resultou em sua prisão em flagrante por dois crimes: tentativa de lesão corporal e resistência.

Motivação e depoimentos

Em depoimento preliminar, o suspeito alegou que a agressão teria ocorrido por insatisfação com uma promessa de emprego que, segundo ele, não foi cumprida. Inicialmente, o homem permaneceu em silêncio durante a abordagem.

De acordo com testemunhas, o agressor seria ligado a um grupo político de oposição local. Após a prisão, a autoridade policial arbitrou fiança de R$ 1.500, que o detido optou por não pagar. Ele foi encaminhado ao Presídio de Caraúbas, onde deve passar por audiência de custódia nesta segunda-feira (27).

Autoridades e servidores prestaram depoimento

Além do prefeito, também prestaram depoimento na Delegacia de Guamaré o secretário de Obras e o secretário de Segurança do município, que presenciaram o incidente. As informações estão sendo apuradas pela Polícia Civil, que deve encaminhar o caso à Justiça após a audiência.

Nota da Prefeitura de Guamaré

Em nota divulgada à imprensa, a Prefeitura manifestou repúdio à agressão e destacou que o prefeito “passa bem e segue em segurança ao lado da família”. O texto ressalta ainda a atuação das forças de segurança e reafirma o compromisso da gestão com o diálogo, o respeito e a convivência pacífica.

A Prefeitura de Guamaré manifesta seu mais profundo repúdio à agressão sofrida pelo prefeito Hélio Willamy, durante a cerimônia de premiação dos torneios de Beach Soccer e Queimada, no distrito de Baixa do Meio.
O prefeito foi alvo da agressão, mas passa bem e segue em segurança ao lado de sua família. […]
As medidas legais cabíveis já estão sendo adotadas junto às autoridades competentes. A Prefeitura reafirma seu compromisso com o diálogo, o respeito e a convivência pacífica
”, diz o comunicado.

Ações legais e segurança reforçada

Conforme nota da gestão municipal, as medidas legais estão sendo tomadas junto às autoridades competentes. O município afirmou que continuará atuando para garantir a segurança em eventos públicos e preservar a ordem nas ações da administração.

O caso segue sob investigação pela Polícia Civil do Rio Grande do Norte, que deve apurar as circunstâncias e a motivação do ataque.

Foto: Reprodução

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Lula diz que solução definitiva entre EUA e Brasil será anunciada em poucos dias

Lula diz que solução definitiva entre EUA e Brasil será anunciada em poucos dias

Presidente afirma que acordo sobre tarifas comerciais com os Estados Unidos está próximo de ser concluído

Lula diz que solução definitiva entre EUA e Brasil será anunciada em poucos dias

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (27) que o Brasil e os Estados Unidos estão próximos de alcançar uma solução definitiva para a suspensão das tarifas comerciais impostas ao país norte-americano. A declaração foi feita durante coletiva de imprensa em Kuala Lumpur, na Malásia, às 11h no horário local (meia-noite no horário de Brasília).

Segundo Lula, a reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi positiva e indicou que um acordo poderá ser firmado em breve. O presidente brasileiro destacou que os Estados Unidos mantêm superávit na balança comercial com o Brasil, o que, segundo ele, não justificaria a imposição de tarifas sobre produtos brasileiros.

Durante o encontro, Lula entregou um documento com os temas que pretende abordar nas negociações bilaterais. A proposta brasileira é baseada na argumentação de que não há déficit comercial dos Estados Unidos com o Brasil, o que, segundo o governo, contraria a justificativa anteriormente usada para a aplicação das tarifas.

O presidente brasileiro afirmou que não busca concessões indevidas, mas sim um tratamento justo nas relações comerciais entre os dois países. Ele também destacou que o compromisso assumido pelo presidente norte-americano é de buscar um acordo de qualidade com o Brasil.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, informou que as equipes técnicas dos dois países realizarão reuniões nas próximas semanas para avançar nas negociações. O objetivo é construir um acordo que contemple os setores mais afetados pelas tarifas.

O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Márcio Rosa, afirmou que as conversas com os Estados Unidos estão em estágio avançado. Segundo ele, os aspectos políticos que poderiam dificultar o diálogo foram superados, permitindo que as tratativas se concentrem exclusivamente em questões comerciais.

Lula diz que solução definitiva entre EUA e Brasil
Lula diz que solução definitiva entre EUA e Brasil

Apoio à Venezuela e convite para a COP30

Durante a mesma coletiva, Lula também mencionou que o Brasil está disposto a colaborar com os Estados Unidos nas negociações envolvendo a Venezuela. O presidente reiterou que o país não tem interesse em conflitos na América do Sul e que a prioridade do governo brasileiro é o combate à pobreza e à fome.

Lula reforçou ainda o convite para que o presidente dos Estados Unidos participe da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em novembro de 2025, em Belém. O evento é considerado estratégico para o debate global sobre o enfrentamento das mudanças climáticas e a redução das emissões de gases de efeito estufa.

Expansão de relações com o Sudeste Asiático

A comitiva brasileira também destacou a importância das visitas oficiais à Indonésia e à Malásia. Segundo o ministro Mauro Vieira, o Sudeste Asiático é uma região estratégica para a política externa brasileira, por ser um polo de crescimento econômico e inovação tecnológica.

Durante a visita à Malásia, o presidente Lula manifestou apoio à entrada do país como membro pleno do Brics. Atualmente, a Malásia é considerada parceira do grupo, que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Foto:  Ricardo Stuckert/PR

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Lula se reúne com Trump na Malásia e propõe retomada do diálogo comercial entre Brasil e EUA

Lula se reúne com Trump na Malásia e propõe retomada do diálogo comercial entre Brasil e EUA

Durante a 47ª Cúpula da ASEAN, em Kuala Lumpur, líderes trataram de comércio, sanções e da situação da Venezuela

Lula e Trump discutem tarifas, sanções e mediação com Venezuela em encontro na Malásia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu neste domingo (26) com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), realizada em Kuala Lumpur, na Malásia. O encontro durou cerca de 50 minutos e contou com a presença do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e do secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio.

De acordo com o governo brasileiro, a conversa abordou temas comerciais, diplomáticos e regionais, incluindo as tarifas impostas pelos Estados Unidos às exportações brasileiras, as sanções aplicadas a autoridades nacionais e a situação política da Venezuela.

Revisão de tarifas e sanções

Durante a reunião, Lula afirmou que o Brasil busca uma relação construtiva com os Estados Unidos e pediu a suspensão imediata do tarifaço anunciado pelo governo norte-americano em julho. A medida impôs uma taxa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos.

“Não há nenhuma razão para que haja qualquer desavença entre Brasil e Estados Unidos, porque nós temos certeza que, na hora em que dois presidentes sentam em uma mesa, cada um coloca seu ponto de vista, a tendência natural é encaminhar para um acordo”, disse Lula.

Segundo o ministro Mauro Vieira, o presidente norte-americano autorizou sua equipe a iniciar negociações para revisão do tarifaço ainda na noite deste domingo, no horário local da Malásia. “O presidente Trump declarou que dará instruções a sua equipe para que comece um processo de negociação bilateral, que deve se iniciar hoje ainda”, afirmou o chanceler.

O governo brasileiro também busca reverter as sanções aplicadas a ministros e integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF), que tiveram vistos de viagem revogados após a adoção das medidas comerciais pelos Estados Unidos.

Mediação na crise entre EUA e Venezuela

O chanceler Mauro Vieira informou que Lula se colocou à disposição para atuar como interlocutor entre os Estados Unidos e a Venezuela. Segundo ele, o presidente brasileiro afirmou que a América do Sul é uma região de paz e que o diálogo é o caminho para soluções aceitáveis.

“O presidente Lula levantou o tema e se prontificou a ser um contato, um interlocutor, como já foi no passado, com a Venezuela, para se buscar soluções que sejam mutuamente aceitáveis entre os dois países”, declarou o ministro.

Nas últimas semanas, os Estados Unidos enviaram tropas terrestres e um porta-aviões para o Caribe, alegando combate ao narcotráfico. O governo norte-americano realizou bombardeios a embarcações na região, dentro de uma nova etapa da campanha antidrogas. O governo da Venezuela, por sua vez, afirmou que as ações têm como objetivo desestabilizar o país e remover o presidente Nicolás Maduro do poder.

Declarações públicas e futuras visitas

Após o encontro, Lula publicou mensagem nas redes sociais classificando a reunião como “ótima” e destacando que as conversas foram “francas e construtivas”. “Acertamos que nossas equipes vão se reunir imediatamente para avançar na busca de soluções para as tarifas e as sanções contra as autoridades brasileiras”, escreveu.

O chanceler Mauro Vieira afirmou ainda que Trump demonstrou admiração pela trajetória política de Lula e que os dois líderes discutiram a possibilidade de visitas oficiais futuras. “Trump declarou admirar o perfil da carreira política do presidente Lula, já tendo sido duas vezes presidente, tendo se recuperado e conquistado um terceiro mandato. Ele também expressou o desejo de visitar o Brasil em breve”, disse o ministro.

De acordo com o Itamaraty, Lula aceitou o convite para uma visita de retorno aos Estados Unidos, cuja data ainda será definida.

O encontro marcou a retomada do diálogo direto entre os dois governos após a adoção de medidas comerciais e diplomáticas nos últimos meses.

Fotos: Ricardo Stuckert / PR

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PF alerta para possível suspensão na emissão de passaportes por falta de recursos

PF alerta para possível suspensão na emissão de passaportes por falta de recursos

Polícia Federal enviou ofício ao Ministério da Justiça e ao Ministério do Planejamento alertando para risco de paralisação do serviço a partir de novembro

PF alerta para possível suspensão na emissão de passaportes por falta de recursos

A Polícia Federal (PF) informou que há risco de suspensão na emissão de passaportes a partir de novembro, caso não sejam liberados novos recursos orçamentários. O alerta foi feito por meio de um ofício enviado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e ao Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), em que a corporação aponta a escassez de verba destinada à manutenção do serviço.

De acordo com o documento, o orçamento atual é insuficiente para garantir a continuidade da confecção e da entrega dos passaportes em todo o país, o que pode resultar em nova paralisação do atendimento à população.

Governo afirma buscar solução

Em nota oficial, o Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que está atuando “de forma ativa e coordenada” para assegurar a continuidade da emissão de passaportes pela Polícia Federal.

A pasta afirmou ainda que mantém diálogo permanente com o Ministério do Planejamento e Orçamento e com a área econômica do governo federal para viabilizar a liberação de recursos adicionais necessários à execução do serviço.

Segundo o MJSP, o serviço de emissão de passaportes é considerado essencial ao cidadão brasileiro, e todas as medidas cabíveis estão sendo adotadas para evitar qualquer interrupção no atendimento.

Problemas orçamentários anteriores

Essa não é a primeira vez que a Polícia Federal alerta para o risco de interrupção na emissão de passaportes por falta de verba. Em abril de 2025, a corporação já havia sinalizado a possibilidade de paralisação após o Ministério do Planejamento anunciar um contingenciamento de aproximadamente R$ 133 milhões do orçamento destinado à PF.

Naquela ocasião, após negociações internas no governo, o impasse foi solucionado e o serviço foi mantido normalmente, sem afetar o atendimento ao público.

Suspensão em 2022

O problema, no entanto, já havia ocorrido de forma efetiva em 2022, quando a falta de recursos levou à suspensão temporária da emissão de passaportes em todo o país.

Naquele ano, a interrupção foi anunciada em novembro, e a Polícia Federal explicou que a verba destinada ao controle migratório e à confecção dos documentos de viagem havia se esgotado. O serviço só foi retomado após liberação emergencial de orçamento suplementar.

Demanda e orçamento

A emissão de passaportes é uma das principais atribuições da Polícia Federal, responsável por atender a demanda de milhares de cidadãos que buscam o documento para viagens internacionais. O custo do serviço é coberto parcialmente pela taxa de expedição paga pelos solicitantes, mas o processo de produção e entrega dos documentos depende de recursos orçamentários federais destinados ao contrato com a Casa da Moeda e ao funcionamento dos postos de atendimento.

De acordo com fontes da corporação, a crescente demanda por passaportes nos últimos anos e o aumento dos custos operacionais têm pressionado o orçamento da instituição, tornando necessário o reforço financeiro regular para manter o serviço sem interrupções.

Situação em acompanhamento

O governo federal acompanha a situação e avalia medidas para evitar impacto no atendimento. Até o momento, não há confirmação oficial de suspensão, mas a Polícia Federal informou que continua monitorando a disponibilidade de recursos para garantir a continuidade da emissão de passaportes até o fim do ano.

Enquanto isso, os atendimentos seguem normalmente nas unidades da PF em todo o país, com agendamentos disponíveis no site oficial da corporação: www.gov.br/pf

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Trump confirma reunião com Lula e admite possibilidade de reduzir tarifas ao Brasil

Trump confirma reunião com Lula e admite possibilidade de reduzir tarifas ao Brasil

Presidente dos EUA confirma encontro com Lula na Malásia e fala em reduzir tarifas ao Brasil, hoje fixadas em até 50%, dependendo de condições ainda não detalhadas

Trump confirma reunião com Lula e admite possibilidade de reduzir tarifas ao Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou neste sábado (25) que pretende se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante sua viagem à Malásia. A informação foi dada pelo próprio chefe da Casa Branca a jornalistas a bordo do Air Force One, avião presidencial norte-americano.

Trump afirmou que está aberto a reduzir as tarifas comerciais impostas ao Brasil, que chegam a 50%, desde que determinadas condições sejam atendidas. No entanto, ele não especificou quais seriam essas exigências.

“Acredito que vamos nos reunir, sim”, declarou o presidente norte-americano. “Sob as circunstâncias certas, seguramente”, respondeu quando questionado se estaria disposto a rever o tarifaço aplicado ao Brasil.

O áudio da conversa de Trump com os repórteres foi divulgado pela Casa Branca e confirma a primeira sinalização pública do governo norte-americano de que pode considerar algum tipo de concessão nas tarifas aplicadas ao país.

Primeira manifestação favorável a concessões

Essa é a primeira vez que Trump admite a possibilidade de revisão tarifária desde que as medidas foram aplicadas. O presidente norte-americano, no entanto, manteve tom condicional ao afirmar que a redução só seria possível “sob as circunstâncias certas”.

As tarifas impostas ao Brasil chegaram a 50% em alguns setores, afetando principalmente produtos agrícolas e industriais. As medidas foram justificadas, à época, por motivos políticos e econômicos relacionados à política comercial dos Estados Unidos.

Trump também relembrou um encontro anterior com Lula, ocorrido nos bastidores da Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, em setembro. Segundo ele, a conversa foi breve, mas cordial.

Lula confirma reunião e diz que não há exigências

Em declaração concedida também neste sábado (25), já em território malaio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou que a reunião entre os dois líderes deve ocorrer no domingo (26), no fim da tarde, em Kuala Lumpur.

O presidente brasileiro afirmou que nenhuma exigência foi feita até o momento por parte dos Estados Unidos e que o encontro servirá para discutir as condições de um possível acordo.

“Não tem exigência dele (Trump) e não tem exigência minha ainda. Vamos colocar na mesa os problemas e tentar encontrar uma solução. Pode ficar certo que vai ter uma solução”, disse Lula.

O chefe do Executivo brasileiro acrescentou que as negociações podem não resultar em um acordo imediato, mas se mostrou disposto a continuar o diálogo. “Estamos abertos a discutir qualquer assunto, sem vetos, mas pode ser que o entendimento precise de novas conversas”, afirmou.

Pontos em negociação

Entre os principais pedidos do governo brasileiro estão a revogação do tarifaço de 40% a 50% aplicado contra produtos nacionais em julho e a retirada de sanções a autoridades brasileiras, incluindo membros do Supremo Tribunal Federal e do Executivo.

Os EUA, por sua vez, não divulgaram oficialmente quais seriam suas contrapartidas para considerar a redução das tarifas. Fontes diplomáticas indicam que a pauta comercial deve incluir temas como balança de exportações agrícolas, cooperação energética e barreiras alfandegárias.

Reunião em Kuala Lumpur

A reunião entre Trump e Lula deve ocorrer em Kuala Lumpur, capital da Malásia, onde ambos participarão de encontros multilaterais. Ainda não há confirmação de horário nem de formato — se será bilateral fechado ou ampliado com as equipes ministeriais.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty) acompanha as tratativas, mas informou que detalhes do encontro não seriam divulgados antes da reunião.

Contexto das tarifas

O tarifaço norte-americano contra o Brasil foi anunciado em julho e atingiu diversos setores da economia, como aço, alumínio e agronegócio. A medida foi interpretada por autoridades brasileiras como uma retaliação política a posicionamentos diplomáticos recentes, mas o governo dos EUA manteve a justificativa de proteção comercial e equilíbrio fiscal.

As conversas entre os dois países vêm ocorrendo por meio de canais diplomáticos e técnicos desde então, com tentativas de retomar o fluxo de comércio bilateral em condições consideradas equilibradas por ambos os governos.

Foto: Joyce N. Boghosian / Mark Garten via Fotos Públicas / Valter Campanato/Agência Brasil

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Lula diz que “traficantes são vítimas dos usuários”; presidente volta atrás e afirma ter feito “frase mal colocada”

Lula diz que “traficantes são vítimas dos usuários”; presidente volta atrás e afirma ter feito “frase mal colocada”

Declaração feita durante viagem à Indonésia provocou forte reação da oposição; em publicação nas redes sociais, Lula reafirmou posição contrária ao tráfico e destacou ações do governo na segurança pública

Lula diz que “traficantes são vítimas dos usuários” e gera repercussão; presidente volta atrás e afirma ter feito “frase mal colocada”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou, nesta sexta-feira (24), durante entrevista a jornalistas na Indonésia, que “traficantes são vítimas dos usuários também”, ao comentar ações do governo de Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, contra o tráfico internacional de drogas na Venezuela. A fala provocou forte repercussão política no Brasil e levou o chefe do Planalto a se pronunciar posteriormente, dizendo ter feito uma “frase mal colocada”.

Ao abordar o tema, Lula afirmou que o combate ao tráfico poderia ser mais eficiente se houvesse atenção maior ao consumo interno de drogas. “Toda vez que a gente fala de combater as drogas, possivelmente fosse mais fácil a gente combater os nossos viciados internamente, os usuários. Os usuários são responsáveis pelos traficantes, que são vítimas dos usuários também”, disse o presidente.

O petista continuou explicando o raciocínio: “Ou seja, você tem uma troca de gente que vende porque tem gente que compra. Tem gente que compra porque tem gente que vende. Então, é preciso que a gente tenha mais cuidado no combate à droga.”

As declarações ocorreram após Donald Trump, em discurso recente, sugerir a possibilidade de uma ofensiva terrestre na Venezuela sob o argumento de enfrentar cartéis de drogas. O ex-presidente norte-americano afirmou que os Estados Unidos iriam “apenas matar as pessoas que estão trazendo drogas para o nosso país”. Lula criticou a declaração, dizendo que a medida extrapola os limites legais. “Você não fala que vai matar as pessoas. Você tem que prender as pessoas, julgar as pessoas, saber se a pessoa estava ou não traficando, e aí você pune as pessoas de acordo com a lei. É o mínimo que se espera de um chefe de Estado”, declarou.

Repercussão e reação nas redes

A fala de Lula repercutiu rapidamente entre aliados e adversários políticos. Parlamentares da oposição usaram as redes sociais para criticar o presidente, acusando-o de relativizar o crime.

O senador e presidente do Progressistas (PP), Ciro Nogueira (PI), ironizou o comentário, afirmando que “vítima é o povo”. “Os traficantes são vítimas dos usuários, os assaltantes são vítimas dos assaltados, os assassinos são vítimas dos mortos, os estupradores são vítimas das violentadas e por aí vai. Presidente Lula, vítima é o povo brasileiro dessa visão em que as vítimas são culpadas e os culpados são vítimas”, escreveu.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) também reagiu de forma crítica, dizendo que “no ritmo que vai, daqui a pouco, o PCC vira ONG”, em referência ao Primeiro Comando da Capital, facção criminosa com atuação nacional.

Lula diz ter feito “frase mal colocada”

Após a repercussão, Lula se manifestou em suas redes sociais, afirmando que sua declaração foi mal interpretada e que a fala foi “mal colocada”. Ele reforçou que seu governo mantém posição firme contra o tráfico e o crime organizado.

“Fiz uma frase mal colocada nesta quinta e quero dizer que meu posicionamento é muito claro contra os traficantes e o crime organizado. Mais importante do que as palavras são as ações que o meu governo vem realizando, como é o caso da maior operação da história contra o crime organizado, o encaminhamento ao Congresso da PEC da Segurança Pública e os recordes na apreensão de drogas no país. Continuaremos firmes no enfrentamento ao tráfico de drogas e ao crime organizado”, escreveu o presidente.

A manifestação ocorreu no mesmo dia em que uma pesquisa do Instituto Atlas/Bloomberg mostrou crescimento na aprovação de Lula, atingindo o melhor patamar desde janeiro de 2024. O levantamento também apontou que o petista venceria todos os principais adversários em eventuais cenários eleitorais para 2026.

Apesar do bom momento nas pesquisas, o episódio envolvendo a fala sobre traficantes manteve o presidente no centro do debate político, com oposição intensificando críticas e aliados tentando minimizar a controvérsia.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Valter Campanato/Agência Brasil / Ricardo Stuckert/PR

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Lula diz que encontro com Trump na Malásia não deve gerar acordo imediato

Lula diz que encontro com Trump na Malásia não deve gerar acordo imediato

Presidente brasileiro afirma que negociações técnicas definirão avanços após reunião com líder dos EUA

Lula diz que encontro com Trump na Malásia não deve gerar acordo imediato

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não espera a conclusão imediata de um acordo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante o encontro previsto para ocorrer no domingo (26), em Kuala Lumpur, capital da Malásia. A reunião acontecerá durante a Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), da qual ambos os líderes participarão.

Segundo Lula, o encontro servirá como ponto de partida para negociações técnicas e políticas entre ministros brasileiros e secretários norte-americanos. O presidente brasileiro destacou que o diálogo será conduzido com objetividade e transparência, com foco na defesa dos interesses nacionais.

Entre os temas que devem ser abordados estão as tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, sanções aplicadas a autoridades brasileiras, e questões geopolíticas envolvendo China, Venezuela, Gaza, Ucrânia e Rússia.

Lula diz que encontro com Trump
Lula diz que encontro com Trump

Relações comerciais e diplomáticas

O governo brasileiro avalia que setores como o de carnes e o de café podem ser beneficiados caso haja flexibilização nas taxações americanas. A expectativa é que o encontro contribua para a retomada de uma relação diplomática mais estável entre os dois países, após um período de tensões comerciais.

Lula também pretende discutir a revisão de medidas que afetam diretamente o comércio bilateral e reforçar a importância de uma relação baseada no respeito institucional e na cooperação mútua.

Agenda internacional

A reunião com Trump integra a agenda internacional de Lula na Ásia, que inclui compromissos na Indonésia e na Malásia. O presidente brasileiro participa da 47ª Cúpula da ASEAN, onde também estão previstas reuniões com líderes de países como Singapura e Vietnã.

O encontro com o presidente dos Estados Unidos será o primeiro formal desde o início das tensões comerciais entre os dois países. A expectativa do governo brasileiro é que a reunião abra caminho para uma nova fase nas relações bilaterais.

Foto: Ricardo Stuckert/PR/Daniel Torok/Fotos Públicas

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Ministro da Previdência será convocado pela CPMI para explicar fraudes no INSS

Ministro da Previdência será convocado pela CPMI para explicar fraudes no INSS

Declarações do ministro geram reação no Congresso e antecipam convocação para esclarecimentos

Ministro da Previdência será convocado pela CPMI para explicar fraudes no INSS

O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, será convocado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A decisão foi anunciada após declarações do ministro sobre os trabalhos da comissão, que geraram forte reação entre os parlamentares.

A convocação tem como objetivo esclarecer pontos relacionados às investigações em curso e às recentes manifestações públicas do ministro. A data do depoimento ainda será definida pela presidência da comissão.

As investigações da CPMI apontam movimentações financeiras suspeitas e envolvimento de pessoas próximas aos investigados. A comissão busca identificar responsabilidades em esquemas de desvio de recursos previdenciários.

A declaração do ministro, que classificou parte das ações da CPMI como “pirotecnia”, foi criticada por membros da comissão, que consideraram a fala um desrespeito ao trabalho parlamentar. A repercussão levou à decisão de convocá-lo para prestar esclarecimentos formais.

O ministro afirmou que suas críticas foram direcionadas a uma minoria e não à totalidade dos membros da comissão. Ele também declarou estar à disposição para colaborar com as investigações e reforçou o compromisso do Ministério da Previdência com o combate às fraudes no sistema previdenciário.

A CPMI segue com oitivas e análise de documentos, com o objetivo de apresentar um relatório final que aponte os responsáveis pelas irregularidades identificadas.

Foto: Lula Marques/Valter Campanato/Agência Brasil

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Governo inicia renegociação com Centrão após derrota bilionária no Congresso

Governo inicia renegociação com Centrão após derrota bilionária no Congresso

Gleisi Hoffmann e Hugo Motta articulam redistribuição de cargos com PP, União Brasil, Republicanos e PSD

Governo inicia renegociação com Centrão após derrota bilionária no Congresso

Após a perda de uma medida provisória que previa a substituição do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e que poderia gerar bilhões em arrecadação para a União, o governo federal iniciou uma nova rodada de articulações com partidos do Centrão para reorganizar sua base aliada no Congresso Nacional.

A ministra das Relações Institucionais e o presidente da Câmara dos Deputados se reuniram com representantes do Partido Progressista (PP) na residência oficial da presidência da Câmara. A reunião contou com a presença de lideranças da legenda e de integrantes do governo filiados ao partido.

A estratégia do governo é replicar esse modelo de encontro com outras siglas da base aliada, como União Brasil, Republicanos e PSD. O objetivo é renegociar a ocupação de cargos no Executivo, com foco em fortalecer o apoio político e evitar novas derrotas legislativas.

Governo inicia renegociação com Centrão
Governo inicia renegociação com Centrão

Reorganização da base

A participação do presidente da Câmara nas negociações ocorre em meio à transição de articulações políticas anteriormente conduzidas por outra liderança da Casa. A proposta é revisar os acordos vigentes e redistribuir os espaços ocupados por aliados, com base no atual alinhamento político das bancadas.

A medida provisória que motivou a reorganização perdeu a validade sem ser votada, o que gerou impacto fiscal e político para o governo. A nova rodada de articulações busca garantir maior coesão da base aliada e viabilizar a aprovação de pautas prioritárias no Congresso.

Redistribuição de cargos

Durante os encontros, está sendo discutida a possibilidade de as bancadas indicarem novos nomes para cargos de segundo escalão. A redistribuição visa alinhar a ocupação de funções estratégicas com o grau de comprometimento das legendas com a agenda do Executivo.

A reorganização da base aliada também tem como meta assegurar a aprovação do orçamento e de projetos considerados essenciais para o governo até o encerramento do ano legislativo.

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado/Reprodução/Câmara dos Deputados

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