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Brasil é a 6ª economia mais endividada da América Latina, aponta FMI

Brasil é a 6ª economia mais endividada da América Latina, aponta FMI

Projeções do FMI mostram dívida brasileira acima da média regional e de outros emergentes

Brasil é a 6ª economia mais endividada da América Latina, segundo projeção do FMI

O Brasil aparece como a sexta economia mais endividada da América Latina e Caribe, de acordo com dados atualizados do Fundo Monetário Internacional (FMI). A instituição estima que a dívida bruta do governo geral brasileiro alcance 92% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, percentual superior ao registrado por todas as grandes economias emergentes da região.

Segundo o levantamento, o Brasil fica atrás apenas de países que apresentam desequilíbrios fiscais mais acentuados. São eles: Venezuela, Dominica, Barbados, São Vicente e Granadinas e Bolívia. Esses países lideram o ranking de endividamento da região.

A projeção do FMI para 2025 coloca o Brasil próximo de Bolívia, que tem estimativa de 92,40% do PIB, e acima de El Salvador, com 87,87% do PIB. O nível brasileiro também se mantém superior à média regional calculada pelo Fundo, estimada em cerca de 71% do PIB.

Ranking de endividamento projetado para 2025

A seguir, o ranking de dívida bruta como percentual do PIB, conforme estimativa do FMI para 2025:

  • Venezuela – 138,46%
  • Dominica – 97,78%
  • Barbados – 97,73%
  • São Vicente e Granadinas – 93,55%
  • Bolívia – 92,40%
  • Brasil – 92,04%
  • El Salvador – 87,87%
  • Suriname – 86,59%
  • Bahamas – 79,39%
  • Santa Lúcia – 73,63%

A posição brasileira consolida o país entre as economias mais alavancadas do continente. Os números também mostram que o endividamento nacional supera com diferença expressiva a média das nações da América Latina e Caribe.

Metodologia utilizada pelo FMI

O cálculo adotado pelo FMI segue o GFSM 2014 (Government Finance Statistics Manual), padrão internacional de estatísticas fiscais. Esse método amplia o alcance da dívida bruta ao incorporar todos os passivos do governo geral, independentemente do tratamento contábil praticado por cada país.

A metodologia considera:

  • Títulos públicos
  • Empréstimos
  • Contas a pagar
  • Outras obrigações que afetam a solvência do setor público

O propósito é garantir que as análises reflitam a real posição fiscal de cada governo, evitando distorções associadas a diferenças metodológicas. Como os países adotam práticas distintas na elaboração de estatísticas fiscais — algumas mais restritivas e outras mais amplas —, a padronização permite comparações diretas.

Importância da padronização internacional

Ao uniformizar critérios e definir a inclusão de todos os passivos relevantes, o FMI assegura que os dados de endividamento sejam comparáveis entre os países. Dessa forma, rankings e avaliações regionais passam a representar diferenças reais entre as economias, e não apenas divergências de cálculo.

Para a América Latina e Caribe, essa padronização oferece uma visão consolidada do comportamento fiscal regional, permitindo observar a posição de cada país em relação aos demais. No caso brasileiro, a metodologia evidencia o nível de endividamento projetado para 2025 e sua relação com o restante do continente.

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil / Paulo Pinto/Agência Brasil / Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

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Trump diz em rede social que espaço aéreo da Venezuela está fechado

Trump diz em rede social que espaço aéreo da Venezuela está fechado

Governo venezuelano chama declaração de “ameaça colonialista”

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que o espaço aéreo da Venezuela deve ser considerado “fechado em sua totalidade” por companhias aéreas. A declaração foi dada a Truth Social, rede social criada pelo próprio Trump. “O espaço aéreo acima e ao redor da Venezuela está fechado em sua totalidade”, postou e estendeu o aviso a traficantes de drogas e de pessoas.

Segundo a agência Reuters, autoridades norte-americanas ficaram surpresas com o anúncio de Trump e não tinham conhecimento de nenhuma operação militar dos EUA em andamento para impor o fechamento do espaço aéreo venezuelano.

Horas depois, o governo da Venezuela se manifestou em comunicado, condenando a afirmação de Trump. Em nota, classificou os comentários de Trump de “ameaça colonialista” contra a soberania do país e incompatível com o direito internacional. Chamou a atitude de Trump de “ilegal e injustificada” contra o povo da Venezuela.

“Esse tipo de declaração se constitui um ato hostil, unilateral e arbitrário, incompatível com os princípios mais elementares do Direito Internacional e que se insere em uma política permanente de agressão contra o nosso país, com pretensões coloniais sobre a nossa região da América Latina e Caribe, negando o Direito Internacional”, afirmou o governo venezuelano.

A escalada de Trump em ações e discursos contra a Venezuela do presidente Nicolás Maduro vem trazendo novos episódios nos últimos meses. Os Estados Unidos já posicionaram navios de guerra no Mar do Caribe, próximo ao país sul-americano, sob o pretexto de combater o tráfico internacional de drogas. Já abateram pequenas embarcações e provocaram mortes.

Há cerca de duas semanas, Trump disse que poderia iniciar conversas com Maduro, mas não deu detalhes. Na última sexta-feira (28), no entanto, afirmou que poderá ordenar ações terrestres contra os narcotraficantes que diz combater. Em resposta, Maduro pediu aos integrantes da Força Aérea que estejam em “alerta, prontos e dispostos” a defender os direitos da Venezuela.

Foto: Molly Riley / Abe McNatt

Da Agência Brasil

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Trump assina lei que obriga divulgação de documentos do caso Jeffrey Epstein

Trump assina lei que obriga divulgação de documentos do caso Jeffrey Epstein

Departamento de Justiça terá 30 dias para publicar registros da investigação

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na quarta-feira uma lei que determina que o Departamento de Justiça divulgue documentos relacionados à longa investigação envolvendo o agressor sexual Jeffrey Epstein. A liberação do material vinha sendo solicitada tanto por opositores quanto por apoiadores do presidente, que pressionavam por maior transparência sobre o caso.

A divulgação pode trazer novos esclarecimentos sobre as atividades de Epstein, que manteve relações sociais com Trump e outras figuras públicas antes de ser condenado em 2008 por acusações de prostituição infantil. O caso se tornou um ponto de tensão para o governo nos últimos meses, em parte porque o próprio presidente ampliou teorias de conspiração relacionadas ao tema entre seus apoiadores. Parte do eleitorado republicano acredita que o governo encobriu informações sobre a morte de Epstein, considerada suicídio enquanto ele estava preso em Manhattan em 2019, respondendo por acusações federais de tráfico sexual.

Até recentemente, Trump orientava parlamentares republicanos a se oporem à liberação dos documentos, alegando que a divulgação de registros investigativos internos poderia criar um precedente prejudicial para a instituição da presidência. A mudança ocorreu após o avanço do projeto com apoio suficiente de democratas e republicanos para aprovação, independentemente da posição do Executivo, segundo dois assessores do Congresso.

Após assinar a lei, Trump afirmou em uma publicação em rede social que a divulgação ajudará a revelar “a verdade sobre certos democratas e suas associações com Jeffrey Epstein”. O presidente tem acusado parlamentares democratas de utilizarem o escândalo envolvendo Epstein para contestar ações de seu governo e desviar foco de pautas legislativas defendidas pelos republicanos.

Em publicação na plataforma Truth Social, Trump escreveu: “Talvez a verdade sobre esses democratas e suas associações com Jeffrey Epstein seja revelada em breve”.

A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, declarou que o Departamento de Justiça vai divulgar o material dentro do prazo de 30 dias determinado pela legislação aprovada pelo Senado e pela Câmara dos Deputados, ambos sob controle republicano. Bondi afirmou que o governo seguirá o que foi estabelecido na lei e defenderá a “máxima transparência” permitida pela normativa.

A divulgação das informações, no entanto, deve ocorrer com restrições. A legislação aprovada pelo Congresso permite que o Departamento de Justiça retenha dados pessoais das vítimas de Epstein, bem como informações que possam comprometer investigações ainda em andamento. Essa limitação já havia sido sinalizada por autoridades responsáveis pelo caso.

A publicação dos arquivos ocorre em meio a percepções negativas sobre a forma como o governo lida com o tema. Pesquisa da Reuters/Ipsos indica que apenas 20% dos norte-americanos — incluindo 44% dos republicanos — aprovam a condução do caso por Trump. Ainda segundo o levantamento, cerca de 70% dos entrevistados — entre eles 87% dos democratas e 60% dos republicanos — acreditam que o governo está ocultando informações sobre pessoas ligadas a Epstein.

Na semana anterior à assinatura da lei, Trump havia ordenado que o Departamento de Justiça investigasse figuras democratas que tiveram associações com Epstein. Autoridades, entretanto, podem decidir não divulgar informações relacionadas a essas pessoas, sob justificativa de proteger apurações que permanecem em curso.

Além disso, tribunais rejeitaram pedidos feitos pelo Departamento de Justiça para liberar transcrições de procedimentos referentes a grandes júris que investigaram Epstein e sua ex-associada Ghislaine Maxwell, que cumpre pena de 20 anos por participação nos crimes atribuídos a Epstein.

Foto: Daniel Torok / Joyce N. Boghosian

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Eduardo Bolsonaro vira réu no STF por coação

Eduardo Bolsonaro vira réu no STF por coação

Decisão unânime da Primeira Turma abre ação penal contra o deputado por suposta atuação nos Estados Unidos

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, tornar o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) réu pelo crime de coação no curso do processo. A decisão foi concluída no plenário virtual após a ministra Cármen Lúcia registrar seu voto para aceitar a denúncia no sábado (15). Com isso, será aberta ação penal contra o parlamentar.

A denúncia foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em setembro, no inquérito que investigou a atuação de Eduardo Bolsonaro junto a autoridades dos Estados Unidos para tentar influenciar o julgamento que condenou seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, por tentativa de golpe de Estado. A investigação foi conduzida pela Polícia Federal, que indiciou o deputado.

Segundo a PGR, a conduta atribuída ao parlamentar ocorreu no período em que ele estava nos Estados Unidos, onde reside desde março deste ano após solicitar licença de 120 dias do mandato. A licença terminou em 20 de julho e, desde então, o deputado não comparece às sessões da Câmara dos Deputados, condição que pode levar à cassação por faltas.

A análise das acusações segue agora para a fase de instrução processual. O deputado poderá apresentar testemunhas, solicitar diligências e produzir provas para sua defesa. Durante esse período, o STF avaliará os elementos apresentados para definir o andamento da ação penal.

A denúncia foi apresentada em um momento em que o governo de Donald Trump adotou medidas que impactaram o Brasil, como a imposição de tarifas sobre exportações brasileiras, a suspensão de vistos de membros do governo federal e ministros do STF e sanções financeiras contra o ministro Alexandre de Moraes.

Após a decisão da Primeira Turma, Eduardo Bolsonaro divulgou um vídeo em seu canal no YouTube, na sexta-feira (14), no qual classificou a decisão de torná-lo réu como “fajuta”. No conteúdo, o parlamentar afirmou que o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, utiliza “exercício de extraterritorialidade” ao tratar de fatos supostamente ocorridos fora do Brasil.

O deputado também declarou que o ministro “abusa de seu poder”, citando que, segundo ele, há atos praticados pela autoridade “para além dos limites territoriais”. O parlamentar relacionou o caso aos atritos existentes entre Moraes e a família Bolsonaro e mencionou que o ministro já havia sido alvo de medidas adotadas pelo governo Trump, a partir da Lei Magnitsky, que resultaram em sanções contra autoridades brasileiras.

Eduardo Bolsonaro afirmou que não reconhece irregularidades em sua atuação nos Estados Unidos. Ele também mencionou que considera as acusações parte de um processo que, segundo sua avaliação, ultrapassa os limites da legislação brasileira. No vídeo, o parlamentar voltou a relacionar o caso ao julgamento que condenou Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.

A abertura da ação penal pela Primeira Turma marca a próxima etapa do processo. O colegiado responsável pela decisão é composto pelos ministros Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Cristiano Zanin e Flávio Dino. Todos acompanharam o voto pelo recebimento da denúncia.

Com a decisão, o processo continuará sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, que conduzirá a fase de instrução e julgamento. Eduardo Bolsonaro permanece nos Estados Unidos e afirma que deixou o país alegando perseguição política.

Foto: Beto Barata/PL

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Retirada de tarifa pelos EUA aumenta pressão por fim da sobretaxa de 40% ao Brasil

Retirada de tarifa pelos EUA aumenta pressão por fim da sobretaxa de 40% ao Brasil

CNI e Cecafé apontam que redução favorece concorrentes enquanto Brasil segue sujeito ao adicional de 40%

A retirada das tarifas recíprocas de 10% pelos Estados Unidos para 238 produtos agrícolas aumentou a pressão para que o Brasil avance nas negociações destinadas a eliminar a sobretaxa adicional de 40% aplicada exclusivamente ao país. A medida norte-americana altera parte das condições de acesso ao mercado para diferentes setores exportadores brasileiros e repercute entre entidades da indústria e do agronegócio.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) avaliaram que a suspensão da tarifa de 10% amplia a competitividade de países concorrentes do Brasil, especialmente no mercado norte-americano, que é um dos principais destinos das exportações industriais nacionais.

Em nota divulgada neste sábado (15.nov.2025), o presidente da CNI, Ricardo Alban, afirmou que a manutenção da tarifa adicional de 40% reduz a competitividade de produtos relevantes da pauta comercial brasileira, como carne bovina e café. Segundo a entidade, países que não estão sujeitos à sobretaxa passam a ter condições mais favoráveis para acessar o mercado dos Estados Unidos.

Análise preliminar da CNI indica que a retirada das tarifas de 10% beneficia 80 produtos brasileiros exportados em 2024, cujas vendas totalizaram US$ 4,6 bilhões, o equivalente a aproximadamente 11% das exportações para os Estados Unidos. Entre esses itens, apenas quatro ficam totalmente isentos de encargos: três categorias de suco de laranja e a castanha-do-pará. Os demais 76 produtos permanecem sujeitos à alíquota de 40%, entre eles café não torrado, carne bovina e cera de carnaúba.

O setor de café também demonstrou preocupação com o impacto da medida. Em nota, o Cecafé afirmou que o país segue submetido à tarifa base de 10% e ao adicional de 40% previsto no Artigo 301. A entidade informou que ainda analisa se o novo ato norte-americano altera uma ou ambas as cobranças.

Segundo avaliação do diretor-geral do Cecafé, Marcos Matos, o anúncio favoreceu concorrentes internacionais do Brasil. O café brasileiro estava sendo taxado em 50% nos Estados Unidos. Com a decisão, a tarifa aplicada ao produto brasileiro caiu para 40%. No entanto, concorrentes diretos, como Colômbia e Vietnã, tiveram a tarifa reduzida a zero.

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) manifestou posição distinta. Em comunicado, a entidade classificou a redução tarifária sobre a carne bovina brasileira como um movimento que fortalece o diálogo técnico entre os dois países e contribui para a previsibilidade do setor. A entidade observou que os Estados Unidos são o segundo maior mercado para a carne bovina do Brasil.

A Abiec afirmou ainda que a decisão abre espaço para retomada mais equilibrada e estável das exportações e que continuará atuando junto às autoridades brasileiras e norte-americanas para ampliar oportunidades comerciais. A entidade destacou que o setor pretende avançar em ações que consolidem o Brasil como fornecedor competitivo no mercado internacional.

Mesmo com os efeitos parciais da suspensão tarifária, a CNI reiterou que o ponto central permanece inalterado: a ordem executiva que mantém o adicional de 40% específico ao Brasil não foi modificada. Para a entidade, o governo brasileiro precisa intensificar negociações com os Estados Unidos para restabelecer condições equitativas de comércio e evitar perda de participação no mercado para outros fornecedores internacionais.

Foto: José Paulo Lacerda/CNI / Wenderson Araújo/Trilux/CNA

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Brasil vence Senegal em amistoso e Ancelotti avalia desempenho para a Copa de 2026

Brasil vence Senegal em amistoso e Ancelotti avalia desempenho para a Copa de 2026

Seleção marca 2 a 0 no Emirates Stadium e treinador comenta atuação e preparação para enfrentar a Tunísia

Brasil vence Senegal por 2 a 0 em amistoso em Londres; Ancelotti analisa desempenho da seleção

A seleção brasileira venceu o Senegal por 2 a 0 em partida amistosa disputada neste sábado (15), no Emirates Stadium, em Londres, como parte da preparação para a Copa do Mundo de 2026. O resultado refletiu a estratégia adotada pelo técnico Carlo Ancelotti, que posicionou o time de forma adiantada e orientou pressão constante na saída de bola adversária. A equipe também utilizou variações ofensivas envolvendo Estêvão, Vinicius Júnior, Rodrygo e Matheus Cunha.

O Brasil iniciou o jogo criando oportunidades. Aos três minutos, Estêvão finalizou após jogada de Vinicius Júnior, e Matheus Cunha acertou a trave no rebote. O atacante voltou a acertar a trave aos 16 minutos, em cabeceio após levantamento de Bruno Guimarães.

O primeiro gol saiu aos 27 minutos. Após corte parcial da defesa do Senegal, Estêvão finalizou de esquerda na entrada da área. Foi o quarto gol do jogador do Chelsea em seis jogos pela seleção principal.

O segundo gol ocorreu aos 35 minutos. Após falta na entrada da área, Rodrygo levantou a bola e Casemiro dominou na pequena área antes de finalizar e ampliar a vantagem brasileira.

No segundo tempo, o Brasil diminuiu a intensidade em razão do desgaste da marcação em pressão. O Senegal criou oportunidades, mas não alterou o placar. Ancelotti realizou substituições para reorganizar o time e manter o controle até o final da partida.

A seleção volta a campo na terça-feira (18), às 16h30, no Decathlon Stadium, em Lille, onde enfrentará a Tunísia em mais um amistoso preparatório para o Mundial.

Ancelotti avalia atuação e destaca funcionamento coletivo em vitória sobre Senegal

Após o amistoso, Carlo Ancelotti avaliou a atuação brasileira e afirmou que a equipe executou a estratégia prevista, com intensidade defensiva na primeira etapa e controle das ações no segundo tempo. O treinador destacou o comportamento coletivo e o funcionamento das fases de pressão e construção.

Segundo Ancelotti, o time manteve concentração defensiva e aplicou o modelo de jogo planejado. Ele também mencionou que a equipe realizou pressão alta na primeira parte e mudou o comportamento após o intervalo, administrando a vantagem sem repetir o ritmo inicial.

O técnico também comentou o desempenho de Estêvão, autor do primeiro gol e titular mais jovem entre os jogadores de ataque na atual fase da seleção. O atacante acumula quatro gols em seis partidas pelo Brasil. Ancelotti afirmou que o jogador apresenta precisão e capacidade de finalização, citando que o momento atual indica evolução dentro da equipe.

A preparação segue com o amistoso contra a Tunísia, novamente utilizado pela comissão técnica como oportunidade para testes, observações e ajustes antes das competições oficiais de 2026.

Foto: @rafaelribeirorio / CBF

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Trump reduz tarifas, mas mantém sobretaxa de 40% ao Brasil

Trump reduz tarifas, mas mantém sobretaxa de 40% ao Brasil

Decreto reduz tarifa de 10% aplicada ao Brasil, mas mantém sobretaxa de 40% sobre commodities

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (14) que não acredita serem necessárias novas reduções tarifárias. As declarações foram dadas a jornalistas a bordo do Air Force One, durante o deslocamento para Palm Beach, na Flórida. Segundo Trump, a administração americana continuará arrecadando valores significativos com as tarifas atualmente em vigor.

Sem apresentar detalhes adicionais, o presidente afirmou que a China deverá comprar grandes volumes de soja produzida nos Estados Unidos. Ele acrescentou que altos funcionários do governo americano conversaram com representantes chineses ao longo do dia. Em relação aos produtos isentos de tarifas, Trump declarou que não são competitivos no mercado interno e que, por esse motivo, não existe uma indústria doméstica a ser protegida. Segundo ele, o objetivo é reduzir ainda mais os preços desses itens.

Ao comentar a situação econômica interna, Trump citou índices de inflação e voltou a criticar o Obamacare. Ele afirmou que a administração está trabalhando para que cidadãos possam adquirir seus próprios planos de saúde, por meio de repasses diretos de recursos.

Fora do campo comercial, o presidente disse esperar que a Arábia Saudita assine os Acordos de Abraão, que tratam da normalização das relações entre Israel e países da região. Trump também afirmou que analisa um pedido saudita para aquisição de caças americanos. Sobre armas nucleares, declarou que os Estados Unidos, assim como outras nações, irão conduzir testes, justificando que já possuem esse tipo de armamento.

Trump afirmou ainda que pretende ingressar com uma ação judicial contra a BBC na próxima semana. Ele disse não ter conversado com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, sobre o assunto, mas que planeja ligar para o líder do Reino Unido durante o fim de semana.

Questionado sobre sua saúde, o presidente relatou ter feito um exame de ressonância magnética neste ano “por seu físico”. Ele disse que o resultado informado pelo médico foi satisfatório.

Paralelamente às declarações, um decreto assinado por Trump nesta sexta-feira (14) modificou parte das tarifas aplicadas ao Brasil. A medida derrubou apenas a tarifa recíproca de 10% que estava em vigor desde abril, mas manteve integralmente a sobretaxa de 40% criada em agosto em resposta ao julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal. O decreto tem efeito retroativo desde a madrugada de quinta-feira.

A sobretaxa havia sido elevada a 50% em agosto, quando Trump acusou o governo brasileiro de promover processo politicamente motivado contra Bolsonaro, conforme documento publicado em julho. Com o novo decreto, a taxa retorna ao patamar de 40%, mas ainda incide sobre setores estratégicos da economia brasileira, incluindo café, carne bovina e outras commodities. Itens como carnes, frutas, tubérculos, café, chá, cacau, produtos agrícolas e fertilizantes tiveram parte das tarifas reduzidas.

Segundo informações do governo americano, a decisão considerou negociações comerciais, demandas internas e a capacidade da indústria doméstica de suprir o mercado. Apesar da redução anunciada, diversos produtos brasileiros permanecem mais caros nos Estados Unidos devido ao conjunto de tarifas e à menor oferta interna americana.

A relação comercial entre Brasil e Estados Unidos continua marcada por tensões. A manutenção da tarifa adicional de 40% segue pressionando exportadores nacionais, mesmo após o recuo parcial sobre uma parcela das tarifas.

Foto: Ricardo Stuckert / PR / @SecRubio

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Trump lança operação militar dos EUA na América Latina contra narcoterroristas

Trump lança operação militar dos EUA na América Latina contra narcoterroristas

Operação Lança do Sul é anunciada pelo Pentágono e amplia tensão diplomática com países latino-americanos

Trump lança operação militar dos EUA na América Latina contra narcoterroristas

O governo dos Estados Unidos iniciou uma ofensiva militar na América Latina, determinada pelo presidente Donald Trump, com o objetivo de combater grupos classificados como narcoterroristas. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (13) pelo chefe do Pentágono, Pete Hegseth, que revelou que a ação recebeu o nome de Operação Lança do Sul e será conduzida pelo Comando Sul (SOUTHCOM), responsável pelas missões norte-americanas no continente.

Segundo Hegseth, a operação tem caráter estratégico e busca proteger o hemisfério ocidental, impedindo que organizações criminosas avancem sobre áreas consideradas de interesse dos EUA. A escalada ocorre após meses de movimentações militares na região, incluindo o envio de navios de guerra, caças F-35 e do porta-aviões USS Gerald R. Ford ao Caribe.

Nesse período, os Estados Unidos afirmam ter realizado 19 ataques contra embarcações supostamente ligadas ao tráfico, resultando em pelo menos 80 mortos. Até o momento, não foram divulgadas provas que confirmem a relação dos alvos com atividades criminosas, o que tem gerado questionamentos sobre a legitimidade das ações.

Foco na Venezuela e na Colômbia

A retórica mais agressiva do governo Trump coincide com acusações recentes contra líderes latino-americanos. A Venezuela é o principal alvo da Casa Branca, após Washington apontar o presidente Nicolás Maduro como chefe do cartel Los Soles, classificado pelo governo americano como organização terrorista. Essa medida abre espaço para operações militares além das fronteiras dos Estados Unidos e amplia a tensão diplomática entre os dois países.

A Colômbia também entrou no radar norte-americano. Trump declarou que Gustavo Petro seria líder do tráfico, afirmação que o governo colombiano interpretou como tentativa de interferência política. A declaração gerou reação imediata em Bogotá, que considera a acusação uma ameaça à soberania nacional.

Trump lança operação militar dos EUA na América Latina
Trump lança operação militar dos EUA na América Latina

Operação Lança do Sul e possíveis desdobramentos

Com a Operação Lança do Sul oficialmente em andamento, cresce a expectativa sobre possíveis operações terrestres e o impacto da ofensiva na já delicada relação dos Estados Unidos com países da América Latina. Analistas apontam que a ação pode intensificar disputas diplomáticas e provocar respostas de governos que se sentem ameaçados pela presença militar norte-americana na região.

O Pentágono não detalhou a duração da operação nem os países que poderão receber tropas ou equipamentos adicionais. Até agora, as movimentações se concentram no Caribe, mas fontes ligadas ao Comando Sul indicam que novas áreas poderão ser incluídas no plano estratégico.

Contexto regional

A iniciativa ocorre em um momento de instabilidade política em diversos países latino-americanos, com governos enfrentando crises internas e acusações de envolvimento com redes criminosas. A postura dos Estados Unidos reforça sua política de segurança voltada para o combate ao narcotráfico, mas também levanta preocupações sobre possíveis impactos econômicos e sociais decorrentes da militarização da região.

Foto: Fotos Públicas

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Mauro Vieira e Marco Rubio se reúnem para avançar nas negociações do tarifaço

Mauro Vieira e Marco Rubio se reúnem para avançar nas negociações do tarifaço

Chanceler brasileiro e secretário de Estado dos EUA discutem proposta sobre tarifa de 50% e agendam novo encontro

Mauro Vieira e Marco Rubio se reúnem para avançar nas negociações do tarifaço

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, reuniu-se nesta quarta-feira (12) com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, para tratar das negociações sobre o tarifaço americano aplicado a produtos brasileiros. O encontro ocorreu em Niágara, no Canadá, à margem da reunião do G7.

Segundo nota divulgada pelo Itamaraty, Mauro Vieira apresentou a Rubio os entendimentos técnicos já realizados entre os dois países. O governo brasileiro encaminhou, no dia 4 de novembro, uma proposta de negociação aos Estados Unidos, após reunião virtual anterior. A proposta busca discutir a tarifa de 50% anunciada pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros.

De acordo com o comunicado, Mauro Vieira reforçou a importância de avançar nas negociações, conforme orientação dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump durante encontro realizado na Malásia. Ambos concordaram em agendar uma nova reunião presencial para tratar do estágio atual das conversas.

Esta foi a segunda reunião presencial envolvendo representantes dos dois países desde o encontro entre Lula e Trump, ocorrido em 26 de outubro, em Kuala Lumpur, durante a 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean). Na ocasião, os presidentes discutiram medidas para evitar desavenças comerciais e buscaram alternativas para suspender o tarifaço enquanto as negociações estivessem em andamento.

Mauro Vieira e Marco Rubio se reúnem
Mauro Vieira e Marco Rubio se reúnem

A primeira reunião técnica entre Brasil e Estados Unidos também aconteceu na Malásia, mas sem a presença de Marco Rubio. Naquele encontro, os Estados Unidos foram representados pelo Representante Comercial (USTR), Jamieson Greer, e pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent. Pelo Brasil, participaram Mauro Vieira, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Márcio Rosa, e o embaixador Audo Faleiro.

No encontro desta quarta-feira, Mauro Vieira e Marco Rubio conversaram rapidamente sobre os avanços obtidos pelos grupos técnicos que vêm discutindo as tarifas. Segundo relatos, a parte técnica está bem encaminhada, restando agora decisões políticas. Para isso, estão previstas duas novas reuniões: uma entre Mauro Vieira e Marco Rubio, ainda sem data definida, e outra entre os presidentes Lula e Donald Trump.

O tarifaço foi anunciado em julho pelo governo norte-americano, impondo uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos. Além disso, ministros do governo brasileiro e membros do Supremo Tribunal Federal tiveram vistos de viagem revogados e foram alvo de outras sanções.

Durante a reunião em Kuala Lumpur, Lula afirmou que não há motivos para desavenças entre Brasil e Estados Unidos e defendeu a suspensão imediata do tarifaço enquanto as negociações prosseguem. O presidente brasileiro também indicou que voltaria a telefonar para Donald Trump caso não houvesse avanços até o encerramento da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), realizada em Belém (PA).

As negociações seguem com expectativa de novos encontros para definir os próximos passos e buscar um acordo que reduza impactos sobre as exportações brasileiras.

Foto: Fotos Públicas

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Conferência internacional discute metas climáticas, financiamento e transição energética em meio a cenário global desafiador

COP30 começa em Belém com alerta da ONU sobre ritmo insuficiente

Conferência internacional discute metas climáticas, financiamento e transição energética em meio a cenário global desafiador

COP30 começa em Belém com alerta da ONU sobre ritmo insuficiente

A COP30 teve início oficialmente nesta segunda-feira (10), em Belém, com a presença de líderes globais e representantes de mais de 190 países. A conferência ocorre em um contexto de avanços tecnológicos e investimentos em energia limpa, mas também de preocupações crescentes sobre o ritmo da transição climática. Relatório recente da Organização das Nações Unidas (ONU) aponta que as atuais trajetórias de emissões podem levar o planeta a um aquecimento entre 2,3°C e 2,5°C, acima do limite de 1,5°C estabelecido pelo Acordo de Paris.

Dados da Agência Internacional de Energia indicam crescimento nas fontes renováveis, como solar e eólica, além de aumento nas vendas de veículos elétricos. Em 2024, os investimentos em energia limpa somaram US$ 2,2 trilhões. No entanto, especialistas alertam que esses avanços ainda não são suficientes para substituir os combustíveis fósseis. A demanda por carvão, por exemplo, deve permanecer elevada até 2027, especialmente na Ásia.

Durante a Cúpula de Líderes, realizada nos dias 6 e 7 de novembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o multilateralismo e propôs mecanismos globais de financiamento climático, incluindo taxação mínima para super-ricos e grandes corporações. O secretário-geral da ONU, António Guterres, criticou empresas que lucram com a crise climática. O presidente do Chile, Gabriel Boric, rebateu declarações negacionistas feitas por Donald Trump, ausente da conferência.

COP30 começa em Belém
COP30 começa em Belém

A NDC brasileira prevê redução de 59% a 67% das emissões até 2035, com meta de desmatamento ilegal zero até 2030. O plano inclui ainda a neutralidade climática até 2050 e políticas estruturadas no Plano de Transformação Ecológica. Especialistas avaliam que as metas são factíveis, mas ainda abaixo do potencial ambiental do país.

A conjuntura internacional também apresenta desafios. Conflitos armados, a saída temporária dos Estados Unidos do Acordo de Paris e o aumento das emissões de CO2 em 2024 colocam em xeque a urgência da agenda climática. Até o momento, menos de 80 países atualizaram suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), que representam 64% das emissões globais. A Índia, terceira maior emissora, ainda não apresentou suas metas.

Em carta divulgada no sábado (9), o presidente-designado da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, convocou os países a transformar Belém em um ciclo de ação climática. A preparação para a conferência incluiu encontros como a Conferência de Bonn, na Alemanha, e a Pré-COP, realizada em Brasília.

Três temas principais devem orientar as negociações: adaptação climática, transição justa e implementação do Balanço Global do Acordo de Paris. A adaptação envolve medidas para lidar com eventos extremos, como o tornado que atingiu Rio Novo do Iguaçu, no Paraná. A transição justa busca garantir que trabalhadores de setores poluentes tenham oportunidades em novas áreas da economia. O Balanço Global, iniciado na COP28 em Dubai, apresenta recomendações para superar os desafios climáticos.

O financiamento é considerado o principal obstáculo nas negociações. Sem recursos adequados, a transição para uma economia de baixo carbono se torna inviável. Para enfrentar esse desafio, foi apresentado o plano estratégico “Mapa do Caminho de Baku a Belém”, com objetivo de viabilizar US$ 1,3 trilhão por ano em financiamento climático.

Na agenda brasileira, destaca-se o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), lançado durante a Cúpula do Clima. O fundo conta com promessas de mais de US$ 5,5 bilhões para proteção das florestas tropicais em cerca de 70 países. Pelo menos 20% dos recursos devem ser destinados a comunidades tradicionais e povos indígenas.

Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

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Comércio entre o RN e Estados Unidos cresce 459% em um ano

Comércio entre o RN e Estados Unidos cresce 459% em um ano

Avanço é impulsionado por políticas estaduais de incentivo ao comércio exterior e pela expansão da fruticultura potiguar

Comércio entre Rio Grande do Norte e Estados Unidos cresce 459% em um ano

O Rio Grande do Norte registrou um crescimento de 459% no saldo da balança comercial com os Estados Unidos entre outubro de 2024 e outubro de 2025, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).

O superávit potiguar passou de US$ 683,2 mil em 2024 para US$ 3,8 milhões em 2025, resultado das ações de estímulo ao comércio exterior implementadas pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (SEDEC).

O desempenho reforça a importância do Rio Grande do Norte na pauta exportadora nacional e demonstra os efeitos das políticas estaduais de fortalecimento produtivo, incentivos fiscais e ampliação de mercados externos, mesmo diante de um cenário global marcado por restrições comerciais e variação tarifária.

Exportações potiguares em alta e fruticultura se destaca

As exportações do Rio Grande do Norte para os Estados Unidos apresentaram forte desempenho em outubro de 2025, impulsionadas principalmente por produtos de alto valor agregado e do setor agroindustrial.

Entre os principais itens exportados estão:

  • Outros açúcares de cana — US$ 2,9 milhões;
  • Caramelos e confeitos — US$ 688,2 mil;
  • Outras pedras de cantaria — US$ 535,5 mil;
  • Mangas frescas — US$ 504 mil;
  • Sal marinho — US$ 354 mil;
  • Produtos de origem animal impróprios para alimentação humana — US$ 328,9 mil.

Esses resultados evidenciam o fortalecimento de setores estratégicos da economia potiguar, com destaque para a fruticultura irrigada e a indústria de transformação, que continuam a impulsionar a presença do Estado em mercados internacionais.

Importações estáveis e foco em insumos industriais

As importações potiguares provenientes dos Estados Unidos somaram US$ 1,5 milhão no mesmo período, concentradas em produtos industriais e insumos produtivos utilizados por empresas locais.

Os principais itens importados foram:

  • Coque de petróleo — US$ 1,5 milhão;
  • Outras preparações catalíticas — US$ 85,3 mil;
  • Tintas de outros polímeros sintéticos — US$ 63,7 mil;
  • Polietileno de densidade inferior a 0,94 — US$ 49,5 mil;
  • Copolímero de etileno — US$ 43,8 mil.

Esses dados indicam um movimento de reposição de matérias-primas e manutenção das cadeias produtivas industriais, essenciais para sustentar o ritmo de crescimento da produção local.

Políticas públicas impulsionam o comércio exterior potiguar

O crescimento das transações comerciais do Rio Grande do Norte com os Estados Unidos reflete um conjunto de medidas adotadas pelo Governo Estadual para aumentar a competitividade das empresas locais e reduzir os impactos das variações do mercado internacional.

Entre as principais iniciativas estão:

Decreto nº 34.771/2025: ampliou a desoneração do ICMS para empresas beneficiadas pelo Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial (PROEDI);

Decreto nº 34.967/2025: regulamentou o programa “RN+ Exportação”, voltado a estimular micro, pequenas e médias empresas a expandirem suas exportações e diversificarem seus destinos internacionais.

Essas medidas fazem parte de uma estratégia de cooperação entre os governos estadual e federal, que inclui articulações diplomáticas, parcerias com o setor produtivo e novas regulamentações para facilitar a inserção do Rio Grande do Norte no comércio global.

O avanço ocorre mesmo diante de barreiras tarifárias impostas pelos Estados Unidos, conhecidas como “tarifaço norte-americano”, que têm afetado o comércio exterior de diversos países.

Panorama econômico e perspectivas

Os números positivos da balança comercial reforçam o posicionamento do Rio Grande do Norte como um dos principais exportadores do Nordeste, com destaque crescente nos segmentos de fruticultura, açúcar, sal marinho e indústria de transformação.

As políticas de diversificação produtiva e de incentivo à exportação mantêm o Estado como um dos polos mais dinâmicos da região, fortalecendo sua integração com o mercado norte-americano e ampliando sua participação no comércio internacional.

Foto: Sandro Menezes/Governo do RN

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Trump lamenta mortes de policiais no Rio e oferece apoio ao governo de Cláudio Castro

Trump lamenta mortes de policiais no Rio e oferece apoio ao governo de Cláudio Castro

Presidente dos EUA manifesta solidariedade após operação policial que deixou 121 mortos nas comunidades da Penha e do Alemão

Trump lamenta mortes de policiais no Rio e oferece apoio ao governo de Cláudio Castro

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lamentou publicamente as mortes de quatro policiais ocorridas durante uma operação conjunta das polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, realizada nas comunidades da Penha e do Complexo do Alemão. A ação, que resultou em 121 mortes no total, gerou repercussão nacional e internacional.

Em nota divulgada em suas redes sociais na terça-feira (4), Trump expressou solidariedade ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e afirmou estar à disposição para colaborar com o governo fluminense no enfrentamento à criminalidade e à violência. A manifestação ocorre em meio a críticas de organizações de direitos humanos e de especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU), que classificaram a operação como um possível caso de uso desproporcional da força.

A operação policial, considerada uma das mais letais da história recente do estado, tem sido alvo de pedidos de investigação independente. Entidades nacionais e internacionais apontam para a possibilidade de execuções extrajudiciais durante a ação, o que intensificou o debate sobre a atuação das forças de segurança pública no Brasil.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também se posicionou sobre o caso. Em declaração pública, Lula classificou a operação como uma “matança” e defendeu que a Polícia Federal participe das investigações para garantir transparência e imparcialidade na apuração dos fatos. A fala do presidente reforça a necessidade de uma análise mais profunda sobre os métodos utilizados pelas polícias estaduais em ações de combate ao crime organizado.

Trump lamenta mortes de policiais no Rio
Trump lamenta mortes de policiais no Rio

Por outro lado, o governador Cláudio Castro tem defendido a legitimidade da operação. Segundo ele, a ação foi planejada e executada com o objetivo de desarticular facções criminosas que atuam nas comunidades da Penha e do Alemão. Castro tem reiterado que a operação foi uma resposta à escalada da violência na região e que os policiais envolvidos agiram dentro dos limites legais.

Na mesma terça-feira, Castro se reuniu com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para tratar de temas relacionados à segurança pública. A reunião ocorreu em meio à pressão por esclarecimentos sobre os desdobramentos da operação e à cobrança por medidas que garantam o respeito aos direitos humanos.

A manifestação de Trump, embora incomum em relação a operações policiais estaduais brasileiras, foi interpretada como um gesto diplomático de apoio ao governo estadual do Rio de Janeiro. A nota publicada pelo presidente norte-americano não detalha quais formas de colaboração poderiam ser oferecidas, mas sinaliza uma disposição política para estreitar relações com autoridades locais no combate à violência urbana.

A operação nas comunidades da Penha e do Alemão reacende o debate sobre o modelo de segurança pública adotado no Brasil, especialmente em áreas dominadas por facções criminosas. A atuação das polícias, o número elevado de mortes e as denúncias de abusos colocam em evidência a necessidade de revisão de estratégias e de maior controle institucional sobre ações de grande porte.

A repercussão internacional do caso, com destaque para as críticas da ONU, pode influenciar futuras decisões judiciais e políticas sobre o tema. A pressão por investigações independentes e por maior transparência nas ações policiais tende a crescer, especialmente diante da mobilização de entidades civis e da sociedade organizada.

Foto: Fotos Públicas

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Vice-presidente do Grupo Morada recebe em Chicago o prêmio internacional Pursuit of Excellence Award 2025

Vice-presidente do Grupo Morada recebe em Chicago o prêmio internacional Pursuit of Excellence Award 2025

Grupo Morada é reconhecido pela nona vez consecutiva com o Pursuit of Excellence Award, consolidando sua posição como referência mundial em excelência e humanização nos serviços funerários

Vice-presidente do Grupo Morada recebe em Chicago o prêmio internacional Pursuit of Excellence Award 2025

O vice-presidente do Grupo Morada, Ibsen Vila, representou o Brasil na cerimônia de premiação do Pursuit of Excellence Award 2025, promovida pela National Funeral Directors Association (NFDA), em Chicago (EUA). O evento, realizado durante a NFDA International Convention & Expo, consagrou o Morada da Paz como uma das referências mundiais em serviços funerários, marcando o nono reconhecimento consecutivo da marca — feito inédito na América Latina.

Durante a cerimônia, Ibsen Vila recebeu o prêmio das mãos de Christopher P. Robinson, presidente da NFDA, em reconhecimento à trajetória de excelência e inovação do grupo no atendimento às famílias e no cuidado com seus colaboradores.

“O Morada da Paz é fruto de uma cultura de cuidado, empatia e constante aprimoramento. Representar nossa equipe e ver o nome do Grupo Morada reconhecido entre os melhores do mundo reforça nosso compromisso com a excelência e o acolhimento das famílias”, afirmou Ibsen Vila.

Além da prêmio principal, o Morada da Paz também foi o único do Nordeste novamente reconhecido entre apenas 12 empreendimentos em todo o mundo com uma Menção Honrosa pelo projeto Profissionais do Luto, que valoriza a saúde mental e o bem-estar dos profissionais que atuam diretamente com famílias enlutadas.

Para o diretor executivo do Grupo Morada, Emerson Matos, a conquista traduz o propósito da marca.

“O projeto Profissionais do Luto nasceu do desejo de cuidar de quem cuida. Essa distinção internacional mostra que estamos no caminho certo, fortalecendo não apenas nossa equipe, mas também a forma como olhamos para o luto com sensibilidade e humanidade.”

Concedido anualmente pela NFDA, o Pursuit of Excellence Award reconhece instituições que se destacam por padrões éticos elevados, investimento contínuo em capacitação, inovação em serviços, apoio emocional às famílias e atuação comunitária exemplar.

Sobre o Grupo Morada

Fundado no Nordeste, o Grupo Morada oferece soluções integrais em serviços funerários, crematórios e atendimento 24h no Rio Grande do Norte, Pernambuco e Paraíba. A marca Morada da Paz mantém-se como única instituição da América Latina a conquistar o Pursuit of Excellence Award por nove anos consecutivos. Em 2025, o grupo reafirma sua vocação de vanguarda com o lançamento da Morada da Paz Pet, unidade especializada em cremação e acolhimento a tutores de animais de estimação.

Foto: Divulgação

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Senado dos EUA aprova medida que bloqueia tarifas de Trump para o Brasil

Senado dos EUA aprova medida que bloqueia tarifas de Trump para o Brasil

Cinco republicanos se unem aos democratas para barrar sanções comerciais contra produtos brasileiros

Senado dos EUA aprova medida que bloqueia tarifas de Trump para o Brasil

O Senado dos Estados Unidos aprovou, por 52 votos a 48, uma medida que bloqueia as tarifas impostas pelo ex-presidente Donald Trump sobre produtos brasileiros. A votação contou com o apoio de cinco senadores republicanos, que se uniram aos democratas para rejeitar uma das principais propostas da agenda econômica da Casa Branca.

Os senadores republicanos que votaram a favor da resolução foram Lisa Murkowski (Alasca), Susan Collins (Maine), Rand Paul e Mitch McConnell (Kentucky), e Thom Tillis (Carolina do Norte). Todos os senadores democratas também votaram pela aprovação da medida.

A proposta, liderada pelo senador democrata Tim Kaine, visa encerrar a imposição de tarifas sobre produtos brasileiros com base em uma lei de poderes emergenciais. A resolução agora segue para a Câmara dos Representantes, onde os líderes republicanos endureceram as regras processuais, impedindo votações em plenário sobre contestações tarifárias até março do próximo ano.

Ainda nesta semana, o Senado deve analisar medidas semelhantes para barrar tarifas de 35% sobre produtos canadenses e taxas entre 10% e 50% sobre importações de outros países, também impostas por Trump.

Senado dos EUA aprova medida que bloqueia tarifas de Trump
Senado dos EUA aprova medida que bloqueia tarifas de Trump

A votação foi precedida por um almoço fechado, realizado na terça-feira, 28, no qual o vice-presidente JD Vance enfrentou resistência de senadores republicanos. O encontro teve como objetivo alinhar os parlamentares em relação às propostas comerciais do governo, incluindo a possibilidade de quadruplicar as importações de carne bovina da Argentina. No entanto, senadores de estados com forte produção agropecuária expressaram preocupações sobre os impactos da medida em seus distritos.

Diversos republicanos demonstraram reservas quanto às tarifas impostas por Trump. A Suprema Corte dos Estados Unidos deve, em breve, analisar se o ex-presidente excedeu seus poderes ao aplicar tarifas comerciais de forma unilateral.

Rand Paul, um dos coautores da resolução sobre o Brasil, afirmou que Trump ultrapassou os limites constitucionais ao reivindicar o direito exclusivo de impor impostos sobre importações. Segundo Paul, as tarifas foram justificadas com base em uma “emergência fabricada”.

A decisão do Senado representa um desafio à autoridade presidencial sobre políticas comerciais e pode influenciar futuras deliberações sobre tarifas impostas a outros países. A medida também reflete tensões internas no Partido Republicano, especialmente entre representantes de estados com economias dependentes do setor agropecuário.

A tramitação da resolução na Câmara dos Representantes será acompanhada de perto por setores econômicos interessados na manutenção de relações comerciais estáveis entre os Estados Unidos e o Brasil. A expectativa é de que o debate sobre tarifas continue a ocupar espaço central na política comercial americana nos próximos meses.

Foto: Fotos Públicas

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Lula e Trump iniciam reaproximação diplomática com foco em tarifas e investimentos

Lula e Trump iniciam reaproximação diplomática com foco em tarifas e investimentos

Alckmin afirma que encontro entre líderes abre caminho para negociações técnicas entre Brasil e Estados Unidos

Lula e Trump iniciam reaproximação diplomática com foco em tarifas e investimentos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizaram no domingo (26), em Kuala Lumpur, na Malásia, o primeiro encontro direto desde o retorno de Trump à Casa Branca. A reunião foi considerada pelo presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, como um marco político que abre caminho para negociações técnicas entre os dois países.

Segundo Alckmin, o gesto político entre os líderes representa o início de uma nova fase nas relações bilaterais, com foco em temas como tarifas comerciais, investimentos e cooperação econômica.

Tarifas como prioridade

A principal pauta do governo brasileiro é a retirada da sobretaxa de 40% aplicada pelos Estados Unidos a produtos nacionais desde agosto. Alckmin classificou a medida como desproporcional, destacando que a tarifa média brasileira para produtos norte-americanos é de apenas 2,7%.

As tarifas impostas pelos EUA incluem uma taxa de 10% desde abril e uma adicional de 40% desde julho. Dados do Ministério do Desenvolvimento indicam que cerca de 34% dos US$ 40 bilhões exportados pelo Brasil aos Estados Unidos no último ano foram afetados pelas sobretaxas. O percentual, anteriormente divulgado como 35,9%, foi revisado para baixo.

O governo brasileiro atua em duas frentes: solicitar a suspensão temporária das tarifas durante as negociações e ampliar a lista de produtos isentos. Entre os itens que o Brasil busca incluir na lista de exceções está o café, atualmente sujeito a uma tarifa de até 50%.

Lula e Trump iniciam reaproximação diplomática
Lula e Trump iniciam reaproximação diplomática

Participação do setor privado

Alckmin destacou que o apoio do setor privado norte-americano será fundamental para a reversão das tarifas. Empresas dos dois países demonstram interesse em ampliar o comércio bilateral, o que pode contribuir para a solução do impasse tarifário.

Coordenação das tratativas

As negociações com Washington são coordenadas por Alckmin, com participação dos ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e da Fazenda, Fernando Haddad. A expectativa é que equipes técnicas dos dois países se reúnam nas próximas semanas para avançar nas tratativas.

Durante viagem ao Japão, Trump classificou o encontro com Lula como positivo, mas evitou prometer o fim imediato das tarifas. Lula, por sua vez, manifestou interesse em alcançar um acordo satisfatório nas próximas rodadas de negociação.

Temas adicionais

Além das tarifas, os governos discutem temas como a instalação de datacenters no Brasil e a atração de investimentos em energia renovável. Alckmin defendeu a aprovação da medida provisória dos datacenters, editada em setembro, que estabelece regras para o setor e é considerada essencial para atrair capital estrangeiro.

A iniciativa é vista como estratégica diante da escassez global de energia, considerando que o Brasil possui abundância de fontes limpas e renováveis.

Reposicionamento internacional

Alckmin classificou o encontro entre Lula e Trump como um marco político que reposiciona o Brasil no cenário internacional. A reunião é vista como o início de uma nova fase diplomática, com potencial para aprofundar os laços bilaterais e explorar oportunidades concretas de cooperação.

Foto: Lula Marques/Agência Brasil/Júlio César/MDIC

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Trump ameaça Rússia com submarino nuclear e cobra fim da guerra na Ucrânia

Trump ameaça Rússia com submarino nuclear e cobra fim da guerra na Ucrânia

Presidente dos EUA diz que embarcações estão posicionadas próximas ao território russo e promete sanções se conflito continuar

Trump ameaça Rússia com submarino nuclear e cobra fim da guerra na Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que submarinos nucleares norte-americanos estão posicionados em regiões próximas à costa da Rússia. A declaração foi feita após o presidente russo, Vladimir Putin, anunciar o teste bem-sucedido do míssil de cruzeiro Burevestnik, com capacidade nuclear e alcance de 14 mil quilômetros.

Durante entrevista à emissora Newsmax, Trump criticou o teste russo e disse que os Estados Unidos não precisam de mísseis de longo alcance, pois já possuem submarinos nucleares posicionados estrategicamente. “Eles sabem que temos um submarino nuclear, o maior do mundo, bem na costa deles”, afirmou.

O presidente norte-americano também cobrou o fim da guerra na Ucrânia, iniciada em 2022, e classificou o conflito como prolongado e desnecessário. “A guerra que deveria ter durado uma semana já está em seu quarto ano”, disse Trump, acrescentando que os dois países deveriam buscar um acordo de cessar-fogo.

Trump ameaça Rússia com submarino nuclear
Trump ameaça Rússia com submarino nuclear

Escalada de tensões

A movimentação dos submarinos foi uma resposta às declarações de Dmitry Medvedev, ex-presidente da Rússia e atual vice-presidente do Conselho de Segurança do país. Medvedev mencionou o sistema soviético de retaliação nuclear automática conhecido como “Mão Morta”, projetado para lançar mísseis nucleares em caso de eliminação da liderança russa.

Trump reagiu às ameaças e ordenou o deslocamento de dois submarinos nucleares para “regiões apropriadas”, sem especificar os locais. Segundo ele, a medida visa garantir que as declarações russas não se transformem em ações concretas.

A Marinha dos Estados Unidos opera atualmente 71 submarinos com propulsão nuclear, incluindo 14 equipados com mísseis balísticos da classe Ohio. Cada embarcação pode carregar até 20 mísseis Trident II D5, com alcance superior a 11 mil quilômetros e múltiplas ogivas nucleares.

Possibilidade de novas sanções

O governo dos Estados Unidos também prepara novas sanções contra a Rússia. Segundo a agência Reuters, as medidas podem atingir setores estratégicos da economia russa caso Putin continue adiando o fim do conflito.

Na semana passada, Trump aplicou sua primeira sanção no segundo mandato, atingindo as petrolíferas russas Lukoil e Rosneft. As sanções incluem bloqueio de bens e proibição de transações com empresas e subsidiárias nos EUA.

O Departamento do Tesouro americano afirmou que está pronto para adotar novas ações e pediu que Moscou concorde com um cessar-fogo imediato. “Diante da recusa do presidente Putin em encerrar essa guerra sem sentido, o Tesouro está sancionando as duas maiores empresas de petróleo da Rússia”, declarou o secretário Scott Bessent.

Foto: Fotos Públicas

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Lula diz que solução definitiva entre EUA e Brasil será anunciada em poucos dias

Lula diz que solução definitiva entre EUA e Brasil será anunciada em poucos dias

Presidente afirma que acordo sobre tarifas comerciais com os Estados Unidos está próximo de ser concluído

Lula diz que solução definitiva entre EUA e Brasil será anunciada em poucos dias

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (27) que o Brasil e os Estados Unidos estão próximos de alcançar uma solução definitiva para a suspensão das tarifas comerciais impostas ao país norte-americano. A declaração foi feita durante coletiva de imprensa em Kuala Lumpur, na Malásia, às 11h no horário local (meia-noite no horário de Brasília).

Segundo Lula, a reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi positiva e indicou que um acordo poderá ser firmado em breve. O presidente brasileiro destacou que os Estados Unidos mantêm superávit na balança comercial com o Brasil, o que, segundo ele, não justificaria a imposição de tarifas sobre produtos brasileiros.

Durante o encontro, Lula entregou um documento com os temas que pretende abordar nas negociações bilaterais. A proposta brasileira é baseada na argumentação de que não há déficit comercial dos Estados Unidos com o Brasil, o que, segundo o governo, contraria a justificativa anteriormente usada para a aplicação das tarifas.

O presidente brasileiro afirmou que não busca concessões indevidas, mas sim um tratamento justo nas relações comerciais entre os dois países. Ele também destacou que o compromisso assumido pelo presidente norte-americano é de buscar um acordo de qualidade com o Brasil.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, informou que as equipes técnicas dos dois países realizarão reuniões nas próximas semanas para avançar nas negociações. O objetivo é construir um acordo que contemple os setores mais afetados pelas tarifas.

O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Márcio Rosa, afirmou que as conversas com os Estados Unidos estão em estágio avançado. Segundo ele, os aspectos políticos que poderiam dificultar o diálogo foram superados, permitindo que as tratativas se concentrem exclusivamente em questões comerciais.

Lula diz que solução definitiva entre EUA e Brasil
Lula diz que solução definitiva entre EUA e Brasil

Apoio à Venezuela e convite para a COP30

Durante a mesma coletiva, Lula também mencionou que o Brasil está disposto a colaborar com os Estados Unidos nas negociações envolvendo a Venezuela. O presidente reiterou que o país não tem interesse em conflitos na América do Sul e que a prioridade do governo brasileiro é o combate à pobreza e à fome.

Lula reforçou ainda o convite para que o presidente dos Estados Unidos participe da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em novembro de 2025, em Belém. O evento é considerado estratégico para o debate global sobre o enfrentamento das mudanças climáticas e a redução das emissões de gases de efeito estufa.

Expansão de relações com o Sudeste Asiático

A comitiva brasileira também destacou a importância das visitas oficiais à Indonésia e à Malásia. Segundo o ministro Mauro Vieira, o Sudeste Asiático é uma região estratégica para a política externa brasileira, por ser um polo de crescimento econômico e inovação tecnológica.

Durante a visita à Malásia, o presidente Lula manifestou apoio à entrada do país como membro pleno do Brics. Atualmente, a Malásia é considerada parceira do grupo, que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Foto:  Ricardo Stuckert/PR

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Lula se reúne com Trump na Malásia e propõe retomada do diálogo comercial entre Brasil e EUA

Lula se reúne com Trump na Malásia e propõe retomada do diálogo comercial entre Brasil e EUA

Durante a 47ª Cúpula da ASEAN, em Kuala Lumpur, líderes trataram de comércio, sanções e da situação da Venezuela

Lula e Trump discutem tarifas, sanções e mediação com Venezuela em encontro na Malásia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu neste domingo (26) com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), realizada em Kuala Lumpur, na Malásia. O encontro durou cerca de 50 minutos e contou com a presença do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e do secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio.

De acordo com o governo brasileiro, a conversa abordou temas comerciais, diplomáticos e regionais, incluindo as tarifas impostas pelos Estados Unidos às exportações brasileiras, as sanções aplicadas a autoridades nacionais e a situação política da Venezuela.

Revisão de tarifas e sanções

Durante a reunião, Lula afirmou que o Brasil busca uma relação construtiva com os Estados Unidos e pediu a suspensão imediata do tarifaço anunciado pelo governo norte-americano em julho. A medida impôs uma taxa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos.

“Não há nenhuma razão para que haja qualquer desavença entre Brasil e Estados Unidos, porque nós temos certeza que, na hora em que dois presidentes sentam em uma mesa, cada um coloca seu ponto de vista, a tendência natural é encaminhar para um acordo”, disse Lula.

Segundo o ministro Mauro Vieira, o presidente norte-americano autorizou sua equipe a iniciar negociações para revisão do tarifaço ainda na noite deste domingo, no horário local da Malásia. “O presidente Trump declarou que dará instruções a sua equipe para que comece um processo de negociação bilateral, que deve se iniciar hoje ainda”, afirmou o chanceler.

O governo brasileiro também busca reverter as sanções aplicadas a ministros e integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF), que tiveram vistos de viagem revogados após a adoção das medidas comerciais pelos Estados Unidos.

Mediação na crise entre EUA e Venezuela

O chanceler Mauro Vieira informou que Lula se colocou à disposição para atuar como interlocutor entre os Estados Unidos e a Venezuela. Segundo ele, o presidente brasileiro afirmou que a América do Sul é uma região de paz e que o diálogo é o caminho para soluções aceitáveis.

“O presidente Lula levantou o tema e se prontificou a ser um contato, um interlocutor, como já foi no passado, com a Venezuela, para se buscar soluções que sejam mutuamente aceitáveis entre os dois países”, declarou o ministro.

Nas últimas semanas, os Estados Unidos enviaram tropas terrestres e um porta-aviões para o Caribe, alegando combate ao narcotráfico. O governo norte-americano realizou bombardeios a embarcações na região, dentro de uma nova etapa da campanha antidrogas. O governo da Venezuela, por sua vez, afirmou que as ações têm como objetivo desestabilizar o país e remover o presidente Nicolás Maduro do poder.

Declarações públicas e futuras visitas

Após o encontro, Lula publicou mensagem nas redes sociais classificando a reunião como “ótima” e destacando que as conversas foram “francas e construtivas”. “Acertamos que nossas equipes vão se reunir imediatamente para avançar na busca de soluções para as tarifas e as sanções contra as autoridades brasileiras”, escreveu.

O chanceler Mauro Vieira afirmou ainda que Trump demonstrou admiração pela trajetória política de Lula e que os dois líderes discutiram a possibilidade de visitas oficiais futuras. “Trump declarou admirar o perfil da carreira política do presidente Lula, já tendo sido duas vezes presidente, tendo se recuperado e conquistado um terceiro mandato. Ele também expressou o desejo de visitar o Brasil em breve”, disse o ministro.

De acordo com o Itamaraty, Lula aceitou o convite para uma visita de retorno aos Estados Unidos, cuja data ainda será definida.

O encontro marcou a retomada do diálogo direto entre os dois governos após a adoção de medidas comerciais e diplomáticas nos últimos meses.

Fotos: Ricardo Stuckert / PR

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Trump confirma reunião com Lula e admite possibilidade de reduzir tarifas ao Brasil

Trump confirma reunião com Lula e admite possibilidade de reduzir tarifas ao Brasil

Presidente dos EUA confirma encontro com Lula na Malásia e fala em reduzir tarifas ao Brasil, hoje fixadas em até 50%, dependendo de condições ainda não detalhadas

Trump confirma reunião com Lula e admite possibilidade de reduzir tarifas ao Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou neste sábado (25) que pretende se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante sua viagem à Malásia. A informação foi dada pelo próprio chefe da Casa Branca a jornalistas a bordo do Air Force One, avião presidencial norte-americano.

Trump afirmou que está aberto a reduzir as tarifas comerciais impostas ao Brasil, que chegam a 50%, desde que determinadas condições sejam atendidas. No entanto, ele não especificou quais seriam essas exigências.

“Acredito que vamos nos reunir, sim”, declarou o presidente norte-americano. “Sob as circunstâncias certas, seguramente”, respondeu quando questionado se estaria disposto a rever o tarifaço aplicado ao Brasil.

O áudio da conversa de Trump com os repórteres foi divulgado pela Casa Branca e confirma a primeira sinalização pública do governo norte-americano de que pode considerar algum tipo de concessão nas tarifas aplicadas ao país.

Primeira manifestação favorável a concessões

Essa é a primeira vez que Trump admite a possibilidade de revisão tarifária desde que as medidas foram aplicadas. O presidente norte-americano, no entanto, manteve tom condicional ao afirmar que a redução só seria possível “sob as circunstâncias certas”.

As tarifas impostas ao Brasil chegaram a 50% em alguns setores, afetando principalmente produtos agrícolas e industriais. As medidas foram justificadas, à época, por motivos políticos e econômicos relacionados à política comercial dos Estados Unidos.

Trump também relembrou um encontro anterior com Lula, ocorrido nos bastidores da Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, em setembro. Segundo ele, a conversa foi breve, mas cordial.

Lula confirma reunião e diz que não há exigências

Em declaração concedida também neste sábado (25), já em território malaio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou que a reunião entre os dois líderes deve ocorrer no domingo (26), no fim da tarde, em Kuala Lumpur.

O presidente brasileiro afirmou que nenhuma exigência foi feita até o momento por parte dos Estados Unidos e que o encontro servirá para discutir as condições de um possível acordo.

“Não tem exigência dele (Trump) e não tem exigência minha ainda. Vamos colocar na mesa os problemas e tentar encontrar uma solução. Pode ficar certo que vai ter uma solução”, disse Lula.

O chefe do Executivo brasileiro acrescentou que as negociações podem não resultar em um acordo imediato, mas se mostrou disposto a continuar o diálogo. “Estamos abertos a discutir qualquer assunto, sem vetos, mas pode ser que o entendimento precise de novas conversas”, afirmou.

Pontos em negociação

Entre os principais pedidos do governo brasileiro estão a revogação do tarifaço de 40% a 50% aplicado contra produtos nacionais em julho e a retirada de sanções a autoridades brasileiras, incluindo membros do Supremo Tribunal Federal e do Executivo.

Os EUA, por sua vez, não divulgaram oficialmente quais seriam suas contrapartidas para considerar a redução das tarifas. Fontes diplomáticas indicam que a pauta comercial deve incluir temas como balança de exportações agrícolas, cooperação energética e barreiras alfandegárias.

Reunião em Kuala Lumpur

A reunião entre Trump e Lula deve ocorrer em Kuala Lumpur, capital da Malásia, onde ambos participarão de encontros multilaterais. Ainda não há confirmação de horário nem de formato — se será bilateral fechado ou ampliado com as equipes ministeriais.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty) acompanha as tratativas, mas informou que detalhes do encontro não seriam divulgados antes da reunião.

Contexto das tarifas

O tarifaço norte-americano contra o Brasil foi anunciado em julho e atingiu diversos setores da economia, como aço, alumínio e agronegócio. A medida foi interpretada por autoridades brasileiras como uma retaliação política a posicionamentos diplomáticos recentes, mas o governo dos EUA manteve a justificativa de proteção comercial e equilíbrio fiscal.

As conversas entre os dois países vêm ocorrendo por meio de canais diplomáticos e técnicos desde então, com tentativas de retomar o fluxo de comércio bilateral em condições consideradas equilibradas por ambos os governos.

Foto: Joyce N. Boghosian / Mark Garten via Fotos Públicas / Valter Campanato/Agência Brasil

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Lula diz que “traficantes são vítimas dos usuários”; presidente volta atrás e afirma ter feito “frase mal colocada”

Lula diz que “traficantes são vítimas dos usuários”; presidente volta atrás e afirma ter feito “frase mal colocada”

Declaração feita durante viagem à Indonésia provocou forte reação da oposição; em publicação nas redes sociais, Lula reafirmou posição contrária ao tráfico e destacou ações do governo na segurança pública

Lula diz que “traficantes são vítimas dos usuários” e gera repercussão; presidente volta atrás e afirma ter feito “frase mal colocada”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou, nesta sexta-feira (24), durante entrevista a jornalistas na Indonésia, que “traficantes são vítimas dos usuários também”, ao comentar ações do governo de Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, contra o tráfico internacional de drogas na Venezuela. A fala provocou forte repercussão política no Brasil e levou o chefe do Planalto a se pronunciar posteriormente, dizendo ter feito uma “frase mal colocada”.

Ao abordar o tema, Lula afirmou que o combate ao tráfico poderia ser mais eficiente se houvesse atenção maior ao consumo interno de drogas. “Toda vez que a gente fala de combater as drogas, possivelmente fosse mais fácil a gente combater os nossos viciados internamente, os usuários. Os usuários são responsáveis pelos traficantes, que são vítimas dos usuários também”, disse o presidente.

O petista continuou explicando o raciocínio: “Ou seja, você tem uma troca de gente que vende porque tem gente que compra. Tem gente que compra porque tem gente que vende. Então, é preciso que a gente tenha mais cuidado no combate à droga.”

As declarações ocorreram após Donald Trump, em discurso recente, sugerir a possibilidade de uma ofensiva terrestre na Venezuela sob o argumento de enfrentar cartéis de drogas. O ex-presidente norte-americano afirmou que os Estados Unidos iriam “apenas matar as pessoas que estão trazendo drogas para o nosso país”. Lula criticou a declaração, dizendo que a medida extrapola os limites legais. “Você não fala que vai matar as pessoas. Você tem que prender as pessoas, julgar as pessoas, saber se a pessoa estava ou não traficando, e aí você pune as pessoas de acordo com a lei. É o mínimo que se espera de um chefe de Estado”, declarou.

Repercussão e reação nas redes

A fala de Lula repercutiu rapidamente entre aliados e adversários políticos. Parlamentares da oposição usaram as redes sociais para criticar o presidente, acusando-o de relativizar o crime.

O senador e presidente do Progressistas (PP), Ciro Nogueira (PI), ironizou o comentário, afirmando que “vítima é o povo”. “Os traficantes são vítimas dos usuários, os assaltantes são vítimas dos assaltados, os assassinos são vítimas dos mortos, os estupradores são vítimas das violentadas e por aí vai. Presidente Lula, vítima é o povo brasileiro dessa visão em que as vítimas são culpadas e os culpados são vítimas”, escreveu.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) também reagiu de forma crítica, dizendo que “no ritmo que vai, daqui a pouco, o PCC vira ONG”, em referência ao Primeiro Comando da Capital, facção criminosa com atuação nacional.

Lula diz ter feito “frase mal colocada”

Após a repercussão, Lula se manifestou em suas redes sociais, afirmando que sua declaração foi mal interpretada e que a fala foi “mal colocada”. Ele reforçou que seu governo mantém posição firme contra o tráfico e o crime organizado.

“Fiz uma frase mal colocada nesta quinta e quero dizer que meu posicionamento é muito claro contra os traficantes e o crime organizado. Mais importante do que as palavras são as ações que o meu governo vem realizando, como é o caso da maior operação da história contra o crime organizado, o encaminhamento ao Congresso da PEC da Segurança Pública e os recordes na apreensão de drogas no país. Continuaremos firmes no enfrentamento ao tráfico de drogas e ao crime organizado”, escreveu o presidente.

A manifestação ocorreu no mesmo dia em que uma pesquisa do Instituto Atlas/Bloomberg mostrou crescimento na aprovação de Lula, atingindo o melhor patamar desde janeiro de 2024. O levantamento também apontou que o petista venceria todos os principais adversários em eventuais cenários eleitorais para 2026.

Apesar do bom momento nas pesquisas, o episódio envolvendo a fala sobre traficantes manteve o presidente no centro do debate político, com oposição intensificando críticas e aliados tentando minimizar a controvérsia.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Valter Campanato/Agência Brasil / Ricardo Stuckert/PR

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Lula diz que encontro com Trump na Malásia não deve gerar acordo imediato

Lula diz que encontro com Trump na Malásia não deve gerar acordo imediato

Presidente brasileiro afirma que negociações técnicas definirão avanços após reunião com líder dos EUA

Lula diz que encontro com Trump na Malásia não deve gerar acordo imediato

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não espera a conclusão imediata de um acordo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante o encontro previsto para ocorrer no domingo (26), em Kuala Lumpur, capital da Malásia. A reunião acontecerá durante a Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), da qual ambos os líderes participarão.

Segundo Lula, o encontro servirá como ponto de partida para negociações técnicas e políticas entre ministros brasileiros e secretários norte-americanos. O presidente brasileiro destacou que o diálogo será conduzido com objetividade e transparência, com foco na defesa dos interesses nacionais.

Entre os temas que devem ser abordados estão as tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, sanções aplicadas a autoridades brasileiras, e questões geopolíticas envolvendo China, Venezuela, Gaza, Ucrânia e Rússia.

Lula diz que encontro com Trump
Lula diz que encontro com Trump

Relações comerciais e diplomáticas

O governo brasileiro avalia que setores como o de carnes e o de café podem ser beneficiados caso haja flexibilização nas taxações americanas. A expectativa é que o encontro contribua para a retomada de uma relação diplomática mais estável entre os dois países, após um período de tensões comerciais.

Lula também pretende discutir a revisão de medidas que afetam diretamente o comércio bilateral e reforçar a importância de uma relação baseada no respeito institucional e na cooperação mútua.

Agenda internacional

A reunião com Trump integra a agenda internacional de Lula na Ásia, que inclui compromissos na Indonésia e na Malásia. O presidente brasileiro participa da 47ª Cúpula da ASEAN, onde também estão previstas reuniões com líderes de países como Singapura e Vietnã.

O encontro com o presidente dos Estados Unidos será o primeiro formal desde o início das tensões comerciais entre os dois países. A expectativa do governo brasileiro é que a reunião abra caminho para uma nova fase nas relações bilaterais.

Foto: Ricardo Stuckert/PR/Daniel Torok/Fotos Públicas

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Lula confirma candidatura à reeleição em 2026 durante visita à Indonésia

Lula confirma candidatura à reeleição em 2026 durante visita à Indonésia

Presidente brasileiro anuncia intenção de disputar quarto mandato em cerimônia oficial em Jacarta

Lula confirma candidatura à reeleição em 2026 durante visita à Indonésia

Durante visita oficial à Indonésia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que pretende disputar um quarto mandato nas eleições presidenciais de 2026. A declaração foi feita em Jacarta, capital do país asiático, durante cerimônia oficial ao lado do presidente indonésio, Prabowo Subianto.

O anúncio ocorreu no contexto da visita de Estado do presidente brasileiro, que incluiu reuniões bilaterais, assinatura de acordos de cooperação e declarações à imprensa. Lula afirmou que está preparado para disputar novas eleições após o término do atual mandato, previsto para o final de 2026.

A visita à Indonésia marca o início de uma agenda internacional que inclui também passagem pela Malásia, onde o presidente participará da Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). A viagem tem como objetivo fortalecer parcerias estratégicas entre o Brasil e países da região.

Lula confirma candidatura à reeleição em 2026
Lula confirma candidatura à reeleição em 2026

Cooperação Brasil–Indonésia

Durante a visita, Brasil e Indonésia firmaram uma série de memorandos de entendimento e acordos de cooperação em áreas como agricultura, energia, comércio, defesa, ciência, tecnologia e educação. Os dois países também discutiram a ampliação do comércio bilateral, que atualmente soma cerca de US$ 6,5 bilhões.

A Indonésia é um dos principais parceiros comerciais do Brasil na Ásia e figura como o quinto destino das exportações do agronegócio brasileiro. A expectativa é que os acordos assinados contribuam para elevar esse volume nos próximos anos.

Contexto político

A confirmação da candidatura ocorre em meio à recuperação da popularidade do governo federal e à ausência de nomes consolidados no Partido dos Trabalhadores (PT) para disputar o pleito presidencial. Lula já havia sinalizado anteriormente a possibilidade de concorrer novamente, condicionando a decisão à sua saúde e ao cenário político.

Se reeleito, o presidente tomará posse para o quarto mandato aos 81 anos. A candidatura representa um novo capítulo na trajetória política de Lula, que já governou o país entre 2003 e 2010 e retornou ao cargo em 2023.

Foto: Divulgação/Ricardo Stuckert / PR

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Lula embarca para Ásia com agenda na Asean e possível encontro com Trump

Lula embarca para Ásia com agenda na Asean e possível encontro com Trump

Presidente visita Indonésia e Malásia para fortalecer parcerias e pode se reunir com líder dos EUA durante cúpula internacional

Lula embarca para Ásia com agenda na Asean e possível encontro com Trump

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou nesta terça-feira uma viagem oficial à Ásia, com compromissos na Indonésia e na Malásia. A agenda inclui reuniões bilaterais, participação em cúpulas internacionais e a possibilidade de um encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), em Kuala Lumpur.

Na Indonésia, Lula participa de cerimônia oficial no palácio presidencial em Jacarta, além de encontros com autoridades locais e empresários brasileiros que integram a comitiva. A visita tem como objetivo fortalecer as relações comerciais e diplomáticas entre os dois países.

Após os compromissos em Jacarta, o presidente segue para Kuala Lumpur, onde será o primeiro chefe de Estado brasileiro a participar da Cúpula da Asean. A agenda inclui reuniões bilaterais e ampliadas com representantes do bloco asiático, além da entrega de título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Nacional da Malásia.

Lula embarca para Ásia
Lula embarca para Ásia

A programação também reserva espaço para um possível encontro com Donald Trump. A reunião ainda depende de ajustes entre as equipes presidenciais, mas é considerada provável. O encontro pode marcar uma aproximação entre os dois líderes, com expectativa de diálogo sobre temas comerciais, incluindo tarifas aplicadas a produtos brasileiros.

Além da agenda com Trump, Lula tem compromissos com líderes de outros países, incluindo discussões sobre cooperação econômica, inovação tecnológica e participação brasileira em fóruns internacionais. A viagem também reforça a presença do Brasil em iniciativas multilaterais, como o Brics e a cúpula de inteligência artificial prevista para o próximo ano.

O retorno ao Brasil está previsto para a próxima terça-feira, após a conclusão das atividades na Cúpula do Leste Asiático. Durante o evento, o presidente deve apresentar propostas voltadas à resiliência econômica e à ampliação das parcerias entre o Brasil e os países do Sudeste Asiático.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil/Ricardo Stuckert/PR

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AWS informa que segue enfrentando erros elevados em serviços de nuvem

AWS informa que segue enfrentando erros elevados em serviços de nuvem

Mais de 60 serviços da Amazon foram afetados por falha no sistema de banco de dados DynamoDB

AWS informa que segue enfrentando erros elevados em serviços de nuvem

A Amazon Web Services (AWS) informou na manhã desta segunda-feira (20) que continua enfrentando “erros elevados” em seus servidores de computação em nuvem. A falha afeta diretamente o funcionamento de dezenas de serviços da empresa, incluindo plataformas utilizadas por grandes corporações.

De acordo com o boletim mais recente publicado às 10h42 (horário de Brasília), a AWS limitou o volume de novos lançamentos de informações nos serviços para permitir que suas equipes técnicas trabalhem na recuperação do sistema. A pane foi identificada no Amazon DynamoDB, sistema de banco de dados da companhia.

Um quadro de status divulgado pela empresa indica que 67 serviços da Amazon foram afetados. Entre os sistemas impactados estão plataformas utilizadas por empresas como Mercado Livre, PayPal, HBO e Zoom, conforme informações divulgadas pela agência Reuters.

O site Downdetector, que monitora falhas em serviços digitais, registrou os primeiros relatos de interrupções por usuários a partir das 3h da madrugada. As queixas se intensificaram ao longo da manhã, com relatos de instabilidade em serviços de armazenamento, processamento de dados e aplicações hospedadas na nuvem da AWS.

Em comunicado oficial, a AWS orientou os clientes a direcionarem suas solicitações à plataforma sem especificar zonas de disponibilidade, permitindo que o sistema selecione automaticamente os data centers que estão operando normalmente. A medida visa reduzir o impacto da falha e manter o funcionamento de serviços essenciais.

AWS informa que segue enfrentando erros elevados
AWS informa que segue enfrentando erros elevados

A AWS é atualmente a principal fornecedora global de serviços de computação em nuvem, com cerca de 30% de participação no mercado. A empresa oferece infraestrutura digital para uma ampla gama de serviços online, sendo utilizada por empresas de tecnologia, comércio eletrônico, entretenimento, instituições financeiras e órgãos públicos.

A falha no DynamoDB representa um desafio significativo para a estabilidade da rede de serviços da Amazon, especialmente considerando a dependência de milhares de empresas em todo o mundo. A AWS não divulgou um prazo para a normalização completa dos sistemas, mas informou que suas equipes continuam trabalhando para restaurar os serviços afetados.

A instabilidade nos serviços da AWS pode impactar diretamente o funcionamento de sites, aplicativos e sistemas corporativos que dependem da infraestrutura da empresa. A recomendação para os usuários é acompanhar os boletins de status publicados pela Amazon e adotar medidas alternativas para mitigar os efeitos da interrupção.

A empresa deve divulgar novos relatórios ao longo do dia com atualizações sobre o progresso na recuperação dos serviços. A expectativa é que a normalização ocorra de forma gradual, conforme os sistemas forem restabelecidos.

Foto: Bruno Peres/Tânia Rêgo/Agência Brasil

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Trump chama Petro de líder do tráfico de drogas e ameaça ações dos EUA na Colômbia

Trump chama Petro de líder do tráfico de drogas e ameaça ações dos EUA na Colômbia

Declarações de Trump elevam tensão diplomática entre Estados Unidos e Colômbia

Trump chama Petro de líder do tráfico de drogas e ameaça ações dos EUA na Colômbia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou neste domingo (19) uma declaração na rede Truth Social em que acusa o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, de ser um “líder de drogas ilegais”. A afirmação foi acompanhada de críticas ao governo colombiano e sugestões de possíveis ações diretas dos Estados Unidos contra produtores de drogas no território colombiano.

Na publicação, Trump afirmou que Petro estaria incentivando a produção em larga escala de substâncias ilícitas em diversas regiões da Colômbia. Segundo o presidente norte-americano, essa atividade teria se tornado o principal negócio do país sul-americano, com pouca ou nenhuma ação por parte do governo colombiano para conter o avanço do narcotráfico.

Trump também mencionou que os Estados Unidos têm fornecido financiamento e subsídios significativos à Colômbia, os quais, segundo ele, não têm gerado resultados efetivos no combate ao tráfico. O presidente classificou esses repasses como um “roubo de longo prazo contra a América”.

Além das críticas, Trump sugeriu que Washington poderia intervir diretamente no território colombiano. Ele declarou que o objetivo da produção de drogas na Colômbia é abastecer o mercado norte-americano, o que, segundo ele, causa “morte, destruição e caos” nos Estados Unidos. O presidente afirmou que, caso Petro não tome medidas para encerrar os campos de produção, os Estados Unidos poderiam agir para fazê-lo, “não de forma agradável”.

A resposta de Gustavo Petro veio por meio de uma publicação na rede social X (antigo Twitter), na qual o presidente colombiano rebateu as acusações. Petro afirmou que Trump está equivocado e destacou que, no século 21, ele foi o principal opositor do narcotráfico na Colômbia, tendo revelado conexões entre o tráfico e o poder político local.

Trump chama Petro de líder do tráfico de drogas
Trump chama Petro de líder do tráfico de drogas

As declarações de Trump ocorrem em um contexto de crescente tensão diplomática entre os Estados Unidos e países da América Latina. Desde seu retorno à presidência, Trump tem adotado uma postura mais rígida em relação ao narcotráfico na região, classificando cartéis latino-americanos como organizações terroristas e pressionando governos locais a intensificarem o combate às drogas.

A Colômbia, historicamente afetada pelo narcotráfico, tem sido alvo de políticas internacionais voltadas à erradicação de plantações ilegais e à desarticulação de redes criminosas. No entanto, as estratégias adotadas pelos diferentes governos colombianos têm variado ao longo dos anos, gerando debates sobre a eficácia das ações e o impacto social das operações.

As declarações de Trump podem ter implicações diplomáticas e econômicas, especialmente no que diz respeito à cooperação bilateral entre os dois países. A Colômbia é um dos principais aliados dos Estados Unidos na América do Sul, e mudanças na política externa norte-americana podem afetar acordos comerciais, programas de segurança e investimentos em áreas estratégicas.

A repercussão internacional das falas de Trump ainda está em desenvolvimento, mas especialistas apontam que o tom adotado pelo presidente norte-americano pode dificultar o diálogo entre os governos e aumentar a instabilidade regional. A comunidade internacional acompanha os desdobramentos das declarações, enquanto autoridades colombianas avaliam possíveis respostas diplomáticas.

Foto: Fotos Públicas

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Corinthians conquista a Libertadores Feminina 2025 após vencer o Deportivo Cali nos pênaltis

Corinthians conquista a Libertadores Feminina 2025 após vencer o Deportivo Cali nos pênaltis

Com vitória por 5 a 3 nas penalidades, o Corinthians alcança o sexto título da Libertadores Feminina e se torna o primeiro clube brasileiro tricampeão consecutivo da competição

Corinthians é campeão da Libertadores Feminina 2025 após decisão nos pênaltis

O Corinthians conquistou o título da Copa Libertadores Feminina 2025 ao derrotar o Deportivo Cali (Colômbia) por 5 a 3 nos pênaltis, após empate sem gols no tempo normal, na noite deste sábado (18), no estádio Florencio Sola, em Banfield, na Argentina.

Com o resultado, as Brabas do Timão chegaram à sexta conquista continental (2017, 2019, 2021, 2023, 2024 e 2025), sendo a terceira consecutiva — um feito inédito entre clubes brasileiros, tanto no futebol masculino quanto no feminino.

Primeiro tempo equilibrado e gol anulado pelo VAR

A equipe comandada por Lucas Piccinato encontrou dificuldades para criar oportunidades na primeira etapa. O Deportivo Cali apresentou forte marcação e restringiu os espaços ofensivos do time brasileiro.

A primeira chance clara surgiu aos 13 minutos, quando a zagueira Érika cabeceou com perigo e obrigou a goleira Agudelo a fazer boa defesa. Aos 21 minutos, Duda Sampaio também levou perigo ao gol colombiano em chute de fora da área.

O melhor momento corintiano aconteceu aos 45 minutos. Após cruzamento na área, Érika completou para as redes, mas o gol foi anulado pelo VAR por impedimento de Vic Albuquerque na origem do lance. O primeiro tempo terminou empatado em 0 a 0, com poucas oportunidades para ambos os lados.

Segundo tempo com chances para os dois times

Na etapa final, o Corinthians passou a dominar as ações e explorou mais sua qualidade técnica. Aos 10 minutos, Tamires finalizou de dentro da área, exigindo nova defesa de Agudelo. Três minutos depois, Jaque Ribeiro, que havia acabado de entrar no lugar de Gisela Robledo, também obrigou a goleira colombiana a intervir.

O Deportivo Cali respondeu aos 17 minutos com finalização perigosa de Cobos, defendida por Nicole. Aos 21, Aponzá arriscou novo chute, novamente parado pela goleira corintiana.

O momento mais crítico do Corinthians ocorreu aos 34 minutos, quando a colombiana Ibargüen cobrou escanteio fechado e quase marcou um gol olímpico. A bola só não entrou porque Jaque Ribeiro cortou em cima da linha.

Apesar da pressão de ambos os lados, o placar permaneceu zerado até o fim do tempo regulamentar, levando a decisão para as penalidades máximas.

Brabas confirmam o título nas penalidades

Nas cobranças de pênaltis, o Corinthians teve 100% de aproveitamento. Gabi Zanotti, Vic Albuquerque, Thaís Ferreira, Mariza e Jhonson converteram suas cobranças. Pelo lado colombiano, Ibargüen acertou o travessão, o que garantiu a vitória corintiana por 5 a 3 e o hexacampeonato da Libertadores Feminina.

Com o resultado, o time paulista mantém a hegemonia sul-americana na modalidade e amplia sua sequência invicta em decisões da competição.

Ferroviária conquista o terceiro lugar

Mais cedo, também no estádio Florencio Sola, a Ferroviária venceu o Colo-Colo (Chile) por 1 a 0 e garantiu a terceira colocação da Libertadores Feminina 2025. O único gol da partida foi marcado pela lateral Kati, confirmando o domínio das equipes brasileiras nas fases finais do torneio.

Retrospecto histórico do Corinthians na Libertadores Feminina

Com o título deste sábado, o Corinthians alcançou uma marca inédita na história da Libertadores Feminina, com seis conquistas em oito participações. O clube é o maior campeão do torneio, superando adversários tradicionais da América do Sul.

O tricampeonato consecutivo (2023, 2024 e 2025) reforça o domínio do time brasileiro na competição, com aproveitamento superior a 80% nos jogos disputados.

As Brabas também mantêm uma das melhores defesas da história do torneio, com média inferior a 0,5 gol sofrido por partida nas três últimas edições.

Foto: Staff Images Woman/CONMEBOL

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Lula e Trump devem se reunir em breve, dizem Mauro Vieira e Marco Rubio

Lula e Trump devem se reunir em breve, dizem Mauro Vieira e Marco Rubio

Ministro brasileiro e autoridades dos EUA discutem tarifas e retomada do diálogo bilateral

Lula e Trump devem se reunir em breve, dizem Mauro Vieira e Marco Rubio

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e autoridades do governo dos Estados Unidos afirmaram que os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump devem se reunir em breve. A informação foi divulgada em comunicado conjunto após encontro realizado na Casa Branca, em Washington, nesta quinta-feira (16).

Participaram da reunião, além de Mauro Vieira, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, e o representante de Comércio dos Estados Unidos, Jamieson Greer. O principal tema discutido foi a imposição de tarifas por parte dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.

De acordo com a nota oficial, as autoridades mantiveram “conversas muito positivas sobre comércio e questões bilaterais em andamento” e concordaram em estabelecer uma rota de trabalho conjunto. O comunicado também destaca o compromisso de ambos os governos em viabilizar um encontro entre os presidentes Lula e Trump “na primeira oportunidade possível”.

Lula e Trump devem se reunir em breve
Lula e Trump devem se reunir em breve

Ainda não há data ou local definidos para a reunião presidencial. Inicialmente, havia expectativa de que o encontro ocorresse durante a Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), prevista para o fim de outubro, na Malásia. No entanto, segundo o chanceler brasileiro, a definição dependerá das agendas dos dois chefes de Estado.

A reunião entre Mauro Vieira e Marco Rubio marca a retomada do diálogo de alto nível entre Brasil e Estados Unidos, após um período de tensão diplomática. As relações bilaterais foram impactadas por medidas adotadas pelo governo Trump, que reassumiu a presidência dos EUA em janeiro.

Entre as ações que geraram atrito, está a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, justificada pela Casa Branca como resposta à suposta “politização” do Judiciário brasileiro e à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.

Além das tarifas, Washington também aplicou sanções financeiras e consulares a autoridades brasileiras, incluindo o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. As medidas foram interpretadas pelo governo brasileiro como retaliações políticas.

O encontro desta quinta-feira foi o primeiro de alto nível entre os dois países desde a posse de Trump. A reunião também ocorre após uma breve conversa entre Lula e Trump durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), realizada em setembro, em Nova York.

Segundo o comunicado, Brasil e Estados Unidos concordaram em conduzir discussões em várias frentes no futuro imediato, com o objetivo de fortalecer a cooperação bilateral. As autoridades também destacaram a importância de manter o diálogo aberto sobre temas comerciais e diplomáticos.

A retomada das conversas entre os dois governos é vista como um passo importante para a normalização das relações diplomáticas e comerciais entre Brasil e Estados Unidos, especialmente diante dos impactos econômicos das tarifas impostas por Washington.

Foto: Divulgação/Itamaraty/Mark Garten/Fotos Públicas

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EUA revogam visto de brasileiro e estrangeiros após morte de Charlie Kirk

EUA revogam visto de brasileiro e estrangeiros após morte de Charlie Kirk

Departamento de Estado dos EUA cancela vistos de seis pessoas por celebrarem morte de ativista conservador

EUA revogam visto de brasileiro e estrangeiros após morte de Charlie Kirk

O governo dos Estados Unidos anunciou, nesta terça-feira (14), a revogação dos vistos de seis estrangeiros que utilizaram redes sociais para comemorar a morte do ativista conservador Charlie Kirk. A medida foi divulgada pelo Departamento de Estado por meio de uma publicação oficial na plataforma X (antigo Twitter).

De acordo com o comunicado, os cidadãos afetados são oriundos da Argentina, África do Sul, México, Brasil, Alemanha e Paraguai. O texto afirma que os Estados Unidos não têm obrigação de receber estrangeiros que desejam a morte de cidadãos americanos. A publicação também destacou que as autoridades continuam identificando portadores de visto que celebraram o assassinato de Kirk, classificando-os como “não mais bem-vindos” ao país.

Entre os casos mencionados, está o de um brasileiro cuja identidade não foi revelada. Segundo o governo norte-americano, ele publicou em uma rede social que Charlie Kirk “foi o motivo de um comício nazista onde marcharam em sua homenagem” e acrescentou que o ativista “morreu tarde demais”. Essa manifestação foi utilizada como justificativa para o cancelamento do visto.

O comunicado oficial foi encerrado com a expressão “visto revogado” e indicou que a medida está alinhada à política de imigração do governo do ex-presidente Donald Trump. O atual secretário de Estado, Marco Rubio, declarou que o país continuará a defender suas fronteiras, cultura e cidadãos. Ele também afirmou que estrangeiros que usufruem da hospitalidade americana, mas celebram a morte de norte-americanos, serão removidos.

As autoridades norte-americanas não especificaram quais tipos de visto foram revogados — se de turismo, estudo ou trabalho — nem informaram se os estrangeiros ainda estavam em território dos Estados Unidos no momento da decisão.

EUA revogam visto de brasileiro
EUA revogam visto de brasileiro

A revogação dos vistos ocorre em meio a debates sobre liberdade de expressão, segurança nacional e política migratória. O Departamento de Estado reforçou que o país tem o direito de negar entrada ou permanência a indivíduos que, segundo avaliação oficial, representem ameaça ou desrespeito aos valores americanos.

A morte de Charlie Kirk, figura conhecida por seu ativismo conservador, gerou diversas reações nas redes sociais. Parte dessas manifestações, consideradas ofensivas ou celebratórias, motivaram ações diretas por parte do governo dos EUA, como o cancelamento de vistos.

A decisão de revogar os vistos foi tomada com base em publicações públicas feitas nas redes sociais, sem que houvesse, até o momento, informações sobre processos judiciais ou investigações criminais relacionadas aos estrangeiros envolvidos.

O Departamento de Estado reiterou que continuará monitorando manifestações online que possam violar os princípios estabelecidos pela política de imigração vigente. A medida reforça o posicionamento do governo norte-americano em relação à proteção de seus cidadãos e à manutenção da ordem pública.

Foto: Daniel Torok/Fotos Públicas

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Lula se reúne com papa Leão XIV no Vaticano e convida pontífice para a COP30

Lula se reúne com papa Leão XIV no Vaticano e convida pontífice para a COP30

Presidente brasileiro propõe participação do Vaticano na conferência climática em Belém e discute combate à fome

Lula se reúne com papa Leão XIV no Vaticano e convida pontífice para a COP30

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta segunda-feira (13) com o papa Leão XIV, no Vaticano. O encontro ocorreu na Biblioteca do Palácio Apostólico e contou com a presença da primeira-dama Rosângela da Silva, além de ministros e autoridades brasileiras. Esta foi a primeira audiência entre Lula e o pontífice desde que Leão XIV assumiu o cargo em maio.

Durante a reunião, foram abordados temas como religião, fé, desigualdade social, combate à fome e os desafios globais enfrentados pelo Brasil e pelo mundo. O presidente brasileiro também apresentou ao papa a Exortação Apostólica Dilexi Te, destacando sua relevância para o debate sobre justiça social e inclusão.

Lula convidou o pontífice para participar da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em novembro de 2025, na cidade de Belém, no Pará. A conferência marcará a primeira edição do evento no coração da Amazônia. Em resposta, o Vaticano informou que, devido aos compromissos relacionados ao Jubileu, o papa não poderá comparecer pessoalmente, mas enviará um representante oficial.

O presidente brasileiro também mencionou a intenção do pontífice de visitar o Brasil em momento oportuno, reforçando a expectativa de uma recepção calorosa por parte da população. A audiência ocorreu em meio às celebrações religiosas do Círio de Nazaré e do Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.

Além da pauta ambiental, Lula compartilhou com o papa os avanços recentes do Brasil no combate à fome. O país foi retirado novamente do Mapa da Fome, segundo relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). O presidente destacou a importância da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativa que busca ampliar o debate sobre segurança alimentar no cenário internacional.

A comitiva brasileira presente no Vaticano incluiu os ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), além da senadora Ana Paula Lobato, da presidenta da Embrapa, Silvia Massruhá, e do embaixador do Brasil junto à Santa Sé, Everton Vieira.

Lula se reúne com papa Leão XIV
Lula se reúne com papa Leão XIV

A visita ao Vaticano integrou a agenda oficial de Lula em Roma, onde o presidente também participou do Fórum Mundial da Alimentação 2025, promovido pela FAO. O evento reúne líderes internacionais, especialistas e representantes de organismos multilaterais para discutir estratégias de combate à fome e à pobreza, além de ações climáticas centradas nas populações mais vulneráveis.

Durante o fórum, o Brasil apresentou propostas relacionadas à Iniciativa de Implementação Acelerada, que apoia planos nacionais em países como Etiópia, Quênia, Haiti, Ruanda e Zâmbia. Também foi lançada a Declaração de Belém sobre Fome, Pobreza e Ação Climática, documento que será apresentado oficialmente durante a COP30.

A reunião entre Lula e o papa Leão XIV reforça o papel do Brasil como articulador de políticas sociais e ambientais no cenário global. A presença do Vaticano na COP30, mesmo que por meio de representante, é considerada estratégica para ampliar o alcance das discussões sobre justiça climática e inclusão social.

Foto: Reprodução/Ricardo Stuckert/Agência Governo

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Trump embarca para Israel e diz que guerra acabou em Gaza

Trump embarca para Israel e diz que guerra acabou em Gaza

Presidente dos EUA participa de cúpula pela paz no Egito após anunciar cessar-fogo entre Israel e Hamas

Trump embarca para Israel e diz que guerra acabou em Gaza

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, embarcou neste domingo (12) para Israel, onde declarou o fim da guerra entre Israel e o grupo Hamas na Faixa de Gaza. A viagem oficial inclui participação em uma cúpula multinacional pela paz no Egito, com representantes de países ocidentais, muçulmanos e árabes.

O anúncio do cessar-fogo foi acompanhado pela previsão de libertação de reféns, marcada para ocorrer na manhã de segunda-feira (13), no horário local de Israel. A medida é parte de um acordo que envolve também a troca de prisioneiros palestinos e o recuo parcial das tropas israelenses.

Durante a visita, Trump tem encontros agendados com autoridades israelenses e familiares dos reféns libertados. A agenda inclui ainda um discurso no Parlamento de Israel e reuniões diplomáticas voltadas à consolidação do cessar-fogo e à reconstrução da Faixa de Gaza.

A cúpula internacional pela paz será realizada na cidade egípcia de Sharm el-Sheikh e contará com a presença de mais de 30 países. Entre os participantes estão representantes do Catar, Turquia, França, Reino Unido, Espanha e da Autoridade Nacional Palestina. O objetivo do encontro é discutir medidas para garantir a estabilidade na região e promover ações humanitárias.

A comitiva americana inclui autoridades do alto escalão do governo dos Estados Unidos, como o secretário de Estado, o secretário de Defesa e o diretor da CIA. O grupo acompanha o presidente nas negociações e reuniões multilaterais.

Trump embarca para Israel
Trump embarca para Israel

O acordo de cessar-fogo foi anunciado na última quinta-feira (9) e entrou em vigor na sexta-feira (10). A primeira fase prevê a libertação de reféns israelenses, seguida pela entrega de prisioneiros palestinos. Também está prevista a criação de um órgão internacional para localizar os corpos de vítimas ainda desaparecidas.

Apesar do anúncio do fim da guerra, autoridades israelenses indicam que o encerramento completo das operações militares depende do cumprimento de condições específicas por parte do Hamas. Entre elas estão a entrega de armamentos e a desmobilização de combatentes.

A visita de Trump ao Oriente Médio ocorre em um momento considerado estratégico para os esforços de paz na região. A expectativa é que os acordos firmados contribuam para a redução da violência e para a reconstrução das áreas afetadas pelo conflito.

A iniciativa é vista como parte de uma política externa voltada à mediação de conflitos e à promoção da estabilidade internacional. O envolvimento direto dos Estados Unidos nas negociações reforça o papel do país como agente diplomático em crises no Oriente Médio.

Foto: Fotos Públicas

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Cessar-fogo em Gaza permite retorno de mais de 500 mil pessoas ao norte do enclave

Cessar-fogo em Gaza permite retorno de mais de 500 mil pessoas ao norte do enclave

Enquanto Israel prepara troca de reféns com o Hamas, movimento islâmico rejeita proposta de desarmamento prevista em plano de paz apoiado pelos EUA

Cessar-fogo em Gaza e negociações de paz

Mais de 500 mil pessoas retornaram ao norte da Faixa de Gaza desde o início da primeira fase do cessar-fogo, implementado na sexta-feira (10). A informação foi confirmada pela Defesa Civil palestiniana, que destacou o movimento de regresso da população após meses de confrontos.

O cessar-fogo entre Israel e o Hamas foi estabelecido como parte de um acordo mediado por países árabes e com apoio internacional. O entendimento prevê a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos, além da suspensão temporária das operações militares na região.

Em Israel, a libertação dos reféns do Hamas é aguardada com expectativa. Segundo a Administração de Prisões Israelitas, os prisioneiros palestinos que participarão da troca foram concentrados em duas unidades prisionais específicas para agilizar o processo.

Manifestações em Londres por paz duradoura

Em Londres, dezenas de milhares de pessoas participaram neste sábado (11) de uma manifestação pela paz em Gaza, exigindo o fim definitivo dos confrontos. A mobilização, previamente agendada, coincidiu com o início da trégua.

As ruas da capital britânica foram tomadas por manifestantes que pediram uma solução diplomática permanente para o conflito e maior envolvimento das potências internacionais na reconstrução do território palestino.

Hamas mantém rejeição ao desarmamento

Mesmo com a trégua em vigor, o Hamas reafirmou que o desarmamento do grupo não está em negociação. Um porta-voz do movimento declarou à agência France Press que “a proposta de entrega de armas está fora de questão e não é negociável”.

A posição do grupo vai de encontro ao plano de paz proposto pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump, que incluiu o desarmamento do Hamas como uma das condições para encerrar o conflito, que já dura dois anos no enclave.

De acordo com o Hamas, a decisão de manter as armas é baseada no direito dos palestinos à autodefesa.

Israel alerta que pode retomar combates

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Effie Defrin, afirmou que o exército está “preparado para retomar as operações” caso o Hamas mantenha controle militar sobre Gaza após o fim do cessar-fogo. O oficial ressaltou que, embora as tropas estejam recuando conforme o acordo, as forças permanecem em prontidão.

O receio de uma nova escalada militar é compartilhado por analistas internacionais, que apontam o risco de instabilidade interna na Faixa de Gaza, caso o Hamas não aceite a transição proposta no plano de paz.

Plano de paz prevê governo de transição em Gaza, mas grupos palestinos rejeitam tutela estrangeira

O plano de paz proposto pelos Estados Unidos e apoiado por países árabes e muçulmanos da região estabelece que a Faixa de Gaza seja administrada por um governo de transição, até que a Autoridade Palestiniana conclua reformas internas e reassuma o controle do território.

No entanto, em declaração conjunta divulgada na sexta-feira (10), o Hamas, a Jihad Islâmica e a Frente Popular para a Libertação da Palestina rejeitaram qualquer tipo de “tutela estrangeira” sobre Gaza.

Os grupos afirmaram que a governação de Gaza é uma questão exclusivamente palestina, embora tenham manifestado abertura para a participação internacional na reconstrução do enclave.

Nos últimos dias, confrontos internos foram registrados entre o Hamas e o clã al-Mujaida, uma das maiores famílias do sul da Faixa de Gaza. O episódio, ocorrido em Khan Younis no início de outubro, envolveu intervenção de tropas israelenses e aumentou o temor de que a ausência de uma autoridade central unificada gere novo ciclo de violência.

O resultado das negociações sobre o desarmamento e o futuro político de Gaza deve definir os próximos passos do processo de paz e da estabilidade na região.

Fotos: IRNA/Fotos Públicas

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Morre Diane Keaton, uma das atrizes mais celebradas de Hollywood

Morre Diane Keaton, uma das atrizes mais celebradas de Hollywood

Ela foi vencedora do Oscar de Melhor Atriz em 1977

Vencedora do Oscar de Melhor Atriz de 1977 pelo filme Noivo Neurótico, Noiva Nervosa, Diane Keaton morreu neste sábado (11), aos 79 anos, segundo um comunicado divulgado por sua família. Ainda não há detalhes das causas.

Diane começou sua carreira no teatro e em 1970 chegou ao cinema e à TV, fazendo participações em filmes menores e em seriados. Seu primeiro longa foi As Mil Faces do Amor. Depois disso fez aparições em algumas séries e em 1971 entrou para o elenco de O Poderoso Chefão, que seria lançado em 1972. Ela já se tornou bem conhecida por sua atuação neste clássico de Francis Ford Coppola e sua carreira deslanchou rapidamente depois disso. No mesmo ano atuou em Sonhos de um Sedutor ao lado de Woody Allen. Em 1974, trabalhou em O Poderoso Chefão 2.

Já com bastante reconhecimento, Diane seguiu em grandes produções em Hollywood. Em 1977 ganhou o Oscar de Melhor Atriz por Noivo Neurótico, Noiva Nervosa, mais uma colaboração sua com o diretor e roteirista Woody Allen.

A atriz teve uma longa carreira e seguiu trabalhando bastante até recentemente. Seu último trabalho nas telas foi Summer Camp, mas ela também atuou em outras produções famosas nos últimos anos como De Repente 70, Procurando Dory (dublagem), Tudo em Família, O Pai da Noiva etc.

Diane nasceu em Los Angeles, em 1946, e nunca se casou oficialmente. Ela deixa dois filhos: Dexter e Duke.

Fotos: Reprodução/Redes Sociais

Da Agência Brasil

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María Corina Machado vence Nobel da Paz de 2025 e provoca reações políticas em vários países

María Corina Machado vence Nobel da Paz de 2025 e provoca reações políticas em vários países

Oposição venezuelana dedica prêmio a Donald Trump; líderes latino-americanos e analistas criticam decisão do Comitê Norueguês

María Corina Machado vence Nobel da Paz de 2025 e provoca reações políticas em vários países

O Comitê Norueguês do Nobel anunciou nesta sexta-feira (10) a concessão do Prêmio Nobel da Paz de 2025 à líder da oposição venezuelana María Corina Machado, reconhecida “por seu trabalho na promoção dos direitos democráticos para o povo da Venezuela e sua luta por uma transição pacífica para a democracia”.

A escolha foi divulgada em Oslo, na Noruega, pelo presidente do Comitê, Jørgen Watne Frydnes, que destacou o papel da política venezuelana como um dos “exemplos mais extraordinários de coragem civil na América Latina nos últimos tempos”. Segundo Frydnes, o reconhecimento busca valorizar figuras que atuam na defesa da liberdade diante de regimes autoritários.

O prêmio será entregue oficialmente em 10 de dezembro, data que marca o aniversário da morte de Alfred Nobel, criador da honraria. O valor total do prêmio é de 11 milhões de coroas suecas. O Comitê afirmou, entretanto, que não há confirmação se María Corina comparecerá à cerimônia, já que vive na clandestinidade desde o início de 2025.

Líder da oposição venezuelana e trajetória política

María Corina Machado se tornou um dos principais nomes da oposição ao presidente Nicolás Maduro. Em 2024, foi candidata nas eleições presidenciais venezuelanas, mas teve sua candidatura impedida pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

Após a desclassificação, ela declarou apoio ao opositor Edmundo González Urrutia, que, segundo a oposição, teria vencido as eleições com base nas atas eleitorais divulgadas pelos próprios escrutinadores. O CNE, sob controle do governo, afirmou ter sido vítima de um ataque hacker e não apresentou os resultados oficiais.

Corina foi detida em 9 de janeiro de 2025, durante uma manifestação em Caracas, na véspera da posse de Maduro. Desde então, segundo aliados, permanece escondida.

Declaração e dedicatória do prêmio

Em sua primeira manifestação pública após o anúncio, María Corina dedicou o Nobel da Paz de 2025 ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ao povo venezuelano.

“Eu dedico este prêmio ao sofrimento do povo da Venezuela e ao presidente Trump por seu apoio decisivo à nossa causa”, escreveu a líder em publicação nas redes sociais.

A venezuelana afirmou ainda que a premiação é um “impulso para concluir nossa tarefa”, em referência à derrubada do regime de Maduro.

A declaração teve repercussão imediata em Washington. O diretor de comunicações da Casa Branca, Steven Cheung, comentou que “o Comitê do Nobel provou que eles colocam a política à frente da paz”, em resposta à citação de Trump feita pela premiada.

Nos bastidores, fontes norte-americanas indicaram que o governo dos Estados Unidos esperava que o próprio Trump fosse contemplado com o prêmio neste ano, em razão de ações diplomáticas recentes.

Reações internacionais e críticas ao Comitê do Nobel

A decisão do Comitê provocou reações diversas entre líderes e especialistas da América Latina. O ex-diretor executivo do FMI, Paulo Nogueira Batista Jr., afirmou em sua conta no X (antigo Twitter) que o Nobel da Paz “perdeu credibilidade” ao premiar “uma política controlada por Washington”, em vez de reconhecer pessoas envolvidas na mediação de conflitos internacionais, como o de Gaza.

A presidenta do México, Claudia Sheinbaum, limitou-se a escrever “sem comentários” nas redes sociais. Já o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e o ex-presidente boliviano Evo Morales publicaram mensagens de repúdio à escolha do Comitê Norueguês.

A educadora em direitos humanos Marisol Guedez, do Observatório para Dignidade no Trabalho, também criticou a decisão. Segundo ela, María Corina “não demonstrou preocupação com a paz” e teria incentivado “atos violentos fora dos marcos jurídicos” durante protestos no país.

Representantes da base governista no Brasil compararam a atuação da venezuelana à do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), destacando o apoio de Corina às sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos à Venezuela em 2017.

Por outro lado, parlamentares da direita brasileira, como o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), celebraram a escolha e parabenizaram a opositora venezuelana.

Opinião diplomática e contexto político

O assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, afirmou em entrevista à CNN Brasil que o Nobel priorizou a política em relação à paz. Amorim declarou não questionar as qualidades pessoais da premiada, mas observou que “os critérios parecem ter privilegiado motivações políticas”.

O reconhecimento a María Corina ocorre em meio a um cenário de disputa política e denúncias internacionais sobre o processo eleitoral venezuelano. A oposição afirma que González Urrutia é o verdadeiro vencedor das eleições, enquanto o governo Maduro mantém-se no poder sob alegações de fraude e perseguição a adversários.

Foto: RS/via Fotos Publicas

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Fórum Negócios celebra 10 anos e marca nova fase com edição inédita em Lisboa

Fórum Negócios celebra 10 anos e marca nova fase com edição inédita em Lisboa

Após estrear em São Paulo, o maior movimento empresarial do Nordeste chega à Europa para conectar líderes e impulsionar negócios entre Brasil e Portugal

Fórum Negócios celebra 10 anos e marca nova fase com edição inédita em Lisboa

O Fórum Negócios, maior ecossistema empresarial do Nordeste e um dos principais movimentos de aceleração de negócios do país, celebra 10 anos de história em 2025 e anuncia um novo marco em sua trajetória: a primeira edição internacional, que será realizada em Lisboa, Portugal, no dia 10 de outubro (sexta-feira), no Hotel Tivoli Avenida Liberdade.

Após consolidar presença em Natal (RN) e expandir com força total para São Paulo, o Fórum Negócios inicia agora sua fase global, levando à Europa o modelo de imersão, networking e geração de valor que já transformou a jornada de milhares de empresários brasileiros.

“Muitos empreendedores de diversas partes do Brasil e do mundo pedem para levarmos o nosso modelo de conexão e aprendizado para outros países. Por isso, decidimos dar um passo além: fixamos base em São Paulo e agora atravessamos o Atlântico para Lisboa. É o início de uma nova era para o Fórum Negócios”, destaca Jean Valério, fundador e CEO do movimento.

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Fórum Negócios Lisboa: Brasil e Portugal conectados pelo crescimento

Com o tema “Um dia para descobrir as estratégias de crescimento das empresas que mais lucram em Portugal e no Brasil”, o evento reunirá 150 empresários, investidores e líderes corporativos em um ambiente exclusivo de aprendizado, relacionamento e oportunidades bilaterais.

A programação contará com palestras e painéis de nomes de destaque no cenário empresarial dos dois países, como Miguel Silvestre, Cláudio Santos, Ben-Geder Trindade, Patrick Suyti, Gessica Ronise, Renato Alves, entre outros convidados — além de Jean Valério, que fará a abertura e o encerramento do encontro.

Os temas em destaque incluem estratégias de vendas e alta performance comercial, autoridade e relevância nos negócios, marketing e posicionamento, gestão de resultados, CRM e inteligência artificial — com foco em estratégias práticas e aplicáveis de crescimento internacional.

Networking premium Brasil–Portugal

Além do conteúdo de alto nível, o Fórum Negócios Lisboa oferecerá mentorias exclusivas e um coffee break estratégico, desenhado para promover conexões entre empresários dos dois lados do Atlântico.

A proposta é criar um ambiente fértil para novas parcerias, investimentos e oportunidades de expansão entre Brasil e Europa, reforçando o papel do evento como ponte internacional de negócios.

O encontro acontecerá das 14h às 18h50, seguido por um momento de networking executivo e relacionamento de alto nível até as 21h.

Foto: Divulgação

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Brasil mostra evolução sob comando de Ancelotti e goleia Coreia do Sul

Brasil mostra evolução sob comando de Ancelotti e goleia Coreia do Sul

Seleção volta a entrar em ação na próxima terça contra o Japão

A seleção brasileira goleou a Coreia do Sul por 5 a 0 em partida amistosa, e mostrou que começa a evoluir sob o comando do técnico italiano Carlo Ancelotti quando falta pouco menos de um ano para o início da próxima Copa do Mundo. A principal virtude do Brasil, na partida disputada nesta sexta-feira (10) no Estádio da Copa do Mundo de Seul, em Seul, foi o bom entendimento do quarteto ofensivo formado por Estêvão, Matheus Cunha, Vinicius Júnior e Rodrygo.

No aspecto individual as boas notícias são o bom futebol apresentado por Rodrygo, que no Real Madrid (Espanha) vive um momento de incerteza desde a chegada do técnico espanhol Xabi Alonso, e o maior protagonismo de Estêvão, que coroou sua boa atuação com dois gols.
Atitude da seleção

Mesmo sob chuva fina e baixas temperaturas, o Brasil mostrou desde os primeiros minutos de bola rolando a atitude que o técnico Carlo Ancelotti falou, em entrevista coletiva, que seria necessária para compensar a falta de treinos para alcançar as vitórias.

Assim, a seleção brasileira abriu o placar logo aos 12 minutos do primeiro tempo. Após boa trama coletiva, Bruno Guimarães deu passe de qualidade para Estêvão, que precisou de apenas um toque para superar o goleiro Jo Hyeon-Woo. Com o bom futebol apresentado o Brasil conseguiu ampliar antes do intervalo. Aos 40 minutos, Vinicius Júnior deu passe para o meio da área, onde Rodrygo fez corta-luz e Casemiro dominou e tocou para o camisa 10, que se livrou da marcação com um drible antes de bater colocado para marcar.

Mesmo com a boa vantagem construída no primeiro tempo, a equipe canarinho manteve o controle das ações após o intervalo. E o Brasil precisou de apenas um minuto para chegar ao terceiro gol. E o lance nasceu do comprometimento de Estêvão, que roubou a bola na entrada da área e bateu cruzado para marcar pela segunda vez na partida.

A seleção brasileira precisou de apenas mais dois minutos para ampliar sua vantagem graças a uma nova falha da defesa adversária. Casemiro aproveitou o vacilo e encontrou Vinicius Júnior, que serviu Rodrygo, que não perdoou. Mas ainda faltava o gol de Vini. E o jogador do Real Madrid deu números finais ao marcador aos 32 minutos, quando, em jogada de contra-ataque, Matheus Cunha lançou em profundidade para camisa sete do Brasil, que, com grande liberdade, partiu em velocidade para bater na saída do goleiro adversário.

Após medir forças com os sul-coreanos, o Brasil encarará o Japão, na próxima terça-feira (14) a partir das 7h30 no Estádio Ajinomoto, em Tóquio.

Foto: @rafaelribeirorio / CBF

Da Agência Brasil

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Trump diz ter gostado de conversa com Lula e prevê novos encontros entre EUA e Brasil

Trump diz ter gostado de conversa com Lula e prevê novos encontros entre EUA e Brasil

Presidente dos EUA afirma que diálogo com Lula abordou economia e comércio e antecipa futuras reuniões bilaterais

Trump diz ter gostado de conversa com Lula e prevê novos encontros entre EUA e Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (6) que teve uma conversa considerada positiva com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. A declaração foi feita por meio das redes sociais do chefe do Executivo norte-americano.

Segundo Trump, o diálogo entre os dois líderes teve como foco principal temas relacionados à economia e ao comércio bilateral. O presidente norte-americano indicou que a conversa foi produtiva e que há expectativa de continuidade nas tratativas entre os dois países.

De acordo com a publicação, Trump mencionou que novos encontros entre os presidentes dos Estados Unidos e do Brasil devem ocorrer em breve. Ele destacou que essas reuniões podem acontecer tanto em território brasileiro quanto em solo norte-americano, sinalizando a intenção de estreitar os laços diplomáticos e comerciais entre as duas nações.

A manifestação de Trump ocorre em um momento de reaproximação entre os governos dos dois países, após períodos de distanciamento em gestões anteriores. A sinalização de futuras reuniões pode indicar uma tentativa de fortalecer a cooperação bilateral em áreas estratégicas, como comércio exterior, investimentos, meio ambiente e segurança.

Trump
Trump

O comércio entre Brasil e Estados Unidos tem se mantido como uma das principais relações econômicas internacionais do país sul-americano. Os Estados Unidos figuram entre os maiores parceiros comerciais do Brasil, tanto em exportações quanto em importações. Produtos como petróleo, minério de ferro, aviões, máquinas e produtos agrícolas estão entre os principais itens comercializados entre as duas nações.

Além do comércio, a cooperação em temas como meio ambiente, segurança regional, ciência e tecnologia também tem sido pauta recorrente em encontros diplomáticos anteriores. A retomada de um diálogo mais frequente entre os presidentes pode abrir espaço para novos acordos e parcerias estratégicas.

A publicação de Trump nas redes sociais não detalhou a data exata da conversa com Lula, tampouco os canais utilizados para o contato. Também não foram divulgadas informações adicionais sobre os temas específicos abordados ou eventuais acordos firmados durante o diálogo.

A Presidência da República do Brasil ainda não se manifestou oficialmente sobre o conteúdo da conversa ou sobre a possibilidade de encontros futuros. No entanto, fontes do governo brasileiro indicam que há interesse em manter uma agenda de cooperação com os Estados Unidos, especialmente em áreas como transição energética, investimentos em infraestrutura e ampliação de mercados para produtos brasileiros.

A sinalização de Trump sobre um possível encontro presencial com Lula reforça a importância da diplomacia presidencial na condução das relações exteriores. Reuniões entre chefes de Estado costumam ser estratégicas para a definição de políticas bilaterais e para a construção de consensos em fóruns multilaterais.

A expectativa é que, nos próximos meses, haja avanços nas tratativas para a realização de um encontro oficial entre os presidentes. A depender da agenda internacional e dos compromissos internos de ambos os líderes, a reunião poderá ocorrer ainda este ano.

Foto: Joyce N. Boghosian/Mark Garten/Fotos Públicas

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Alckmin destaca avanços com os EUA após conversa entre Lula e Trump

Alckmin destaca avanços com os EUA após conversa entre Lula e Trump

Vice-presidente citou nova exclusão de produtos de tarifaço

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, que é também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, afirmou neste sábado (4), em Brasília, que houve novos avanços na redução de tarifas do governo dos Estados Unidos (EUA) sobre produtos brasileiros. Isso ocorreu, observou, após o rápido encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente norte-americano, Donald Trump, durante a Assembleia-Geral das Nações Unidas, no fim de setembro.

“Depois da conversa do presidente Lula com o presidente Trump, esta semana, segunda-feira (29), alguns produtos, como madeira macia e serrada, [que] estavam em 50%, passaram para 10%. Armário, móveis, sofá, tem ali o detalhamento dos produtos, estava em 50%, passaram para 25%. E o que é a Seção 232 [da Lei de Comércio dos EUA]? Nós e o mundo estamos iguais. Então, quando você fala armário, móvel, é 25% para o Brasil e para o mundo todo, você não perde competitividade”, afirmou Alckmin durante visita a uma concessionária de automóveis na capital federal. Segundo ele, a retirada desses produtos do tarifaço de 50% significa exclusão de US$ 370 milhões em produtos brasileiros exportados.

A Seção 232 da Lei de Expansão Comercial norte-americana, mencionada por Alckmin, é usada pelo país para taxar todos os países de forma simultânea.

“Eu acho que o encontro do presidente Lula com o presidente Trump em Nova York foi importante, foi um primeiro passo e temos muita convicção de que teremos próximos passos aí. Não há razão para manter essa tarifa, já que os Estados Unidos são superavitários na relação comercial conosco. Eles vendem mais pra gente do que nós para eles”, acrescentou Alckmin.

O vice-presidente tem sido o principal interlocutor brasileiro junto ao governo dos EUA e vem mantendo diálogo direto com o secretário de Comércio do país norte-americano, Howard Lutcnick, com quem conversou esta semana.
Carro sustentável

Ao visitar uma loja de automóveis em Brasília, Alckmin citou números da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) para comemorar o aumento expressivo na venda de carros novos desde o lançamento do programa Carro Sustentável, que zera impostos e concede estímulos para a comercialização de veículos de entrada fabricados no Brasil e que obedecem a critérios de sustentabilidade.

“Do dia 11 de julho, quando foi lançado o Carro Sustentável, até 30 de setembro, as vendas aumentaram 28,2%. O carro sustentável tem importância ambiental, ele polui menos, não pode passar de 83 gramas de CO2 por quilômetro rodado, é flex, fabricado no Brasil e com 80% de reciclabilidade. Tem importância social porque é o carro de entrada, o carro mais barato, reduzindo ainda mais o preço”, destacou Alckmin.

Lula e Trump ainda devem ter um encontro virtual ou presencial, em data a ser anunciada. Foi o que ambos combinaram após o encontro em Nova York, há duas semanas.

Foto: Mark Garten via Fotos Públicas / Cadu Gomes/VPR

Da Agência Brasil

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Trump pede fim imediato dos bombardeios em Gaza após Hamas aceitar proposta de paz

Trump pede fim imediato dos bombardeios em Gaza após Hamas aceitar proposta de paz

Grupo palestino sinaliza disposição para libertar reféns e negociar plano proposto pelos Estados Unidos; Israel ainda não comentou oficialmente

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (4) que Israel precisa parar imediatamente os bombardeios em Gaza. A declaração foi feita após o Hamas indicar que aceitou a proposta de paz apresentada por Washington e se mostrou disposto a iniciar negociações mediadas para discutir os detalhes do acordo.

Em publicação na plataforma Truth Social, Trump disse acreditar que o Hamas está “pronto para uma paz duradoura”. O presidente norte-americano escreveu que “Israel precisa parar imediatamente o bombardeio de Gaza, para que possamos retirar os reféns com segurança e rapidez”.

Trump afirmou ainda que “já estão sendo discutidos os detalhes a serem resolvidos” e que o objetivo vai além da Faixa de Gaza, tratando-se de uma “paz há muito buscada no Oriente Médio”.

Hamas aceita proposta e diz estar pronto para negociações

De acordo com uma cópia da resposta do Hamas, obtida pela agência Reuters, o grupo afirmou que está disposto a libertar todos os reféns israelenses, vivos ou mortos, conforme os termos da proposta de Trump. A carta também expressa “apreciação pelos esforços árabes, islâmicos e internacionais” em busca do fim da guerra na Faixa de Gaza.

O Hamas destacou que está “pronto para entregar a administração da Faixa de Gaza a um corpo palestino de independentes (tecnocratas) baseado no consenso nacional palestino e apoiado por países árabes e islâmicos”. O grupo reafirmou disposição para iniciar imediatamente as negociações por meio dos mediadores.

Entretanto, o texto não menciona se o Hamas aceita se desarmar ou desmilitarizar Gaza, condições exigidas por Israel e pelos Estados Unidos, mas já rejeitadas anteriormente pelo grupo.

Reações e movimentações após o anúncio

Trump publicou uma cópia da carta do Hamas em sua página na Truth Social. A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, compartilhou uma imagem no X mostrando o presidente gravando uma resposta à “aceitação do Hamas de seu Plano de Paz”.

Até o momento, Israel não comentou oficialmente sobre a posição do Hamas. Testemunhas em Gaza relataram que, após a declaração do grupo, aviões israelenses intensificaram bombardeios na Cidade de Gaza, atingindo casas no bairro de Remal e locais em Khan Younis, sem relatos de vítimas.

Uma autoridade sênior do Hamas declarou à emissora Al Jazeera que o grupo não se desarmará antes do fim da ocupação israelense do enclave, reforçando divergências em relação às exigências de Israel.

O Catar informou que iniciou coordenação com o Egito e os Estados Unidos para continuar as conversas sobre a proposta norte-americana, segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores em publicação no X.

Detalhes do plano proposto pelos Estados Unidos

O plano de paz apresentado por Trump prevê cessar-fogo imediato, troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos, retirada israelense de Gaza, desarmamento do Hamas e criação de um governo de transição liderado por um órgão internacional.

O Hamas declarou apoio à libertação de todos os prisioneiros israelenses “de acordo com a fórmula de troca contida na proposta”, com as “condições de campo necessárias para implementar a troca”.

A proposta também inclui a entrada imediata de ajuda humanitária e o fim das hostilidades na região.

Trump impõe prazo e alerta para consequências

Mais cedo, Trump havia estabelecido um prazo até domingo (5), às 19h (horário de Brasília), para que o Hamas aceitasse o acordo. O presidente alertou que “todo o inferno” se instalaria em Gaza caso o grupo não concordasse com os termos.

“Um acordo precisa ser alcançado até domingo. Todos os países assinaram! Se esse acordo de última chance não for alcançado, todo o inferno, como nunca visto antes, se desencadeará contra o Hamas”, escreveu Trump no Truth Social.

Após apresentar a proposta a países árabes e muçulmanos, Trump recebeu o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca, que endossou o documento, afirmando que ele atendia aos objetivos de guerra de Israel.

O Hamas não participou das negociações que resultaram na formulação da proposta norte-americana.

Foto: RS/via Fotos Publicas

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Brasil cobra libertação de brasileiros detidos em flotilha interceptada por Israel

Brasil cobra libertação de brasileiros detidos em flotilha interceptada por Israel

Itamaraty exige acesso consular; 12 brasileiros tiveram prisão confirmada, enquanto outros dois seguem desaparecidos após ação em águas internacionais

O Ministério das Relações Exteriores divulgou nota nesta quinta-feira (2) exigindo a libertação imediata dos brasileiros detidos por forças israelenses após a interceptação da Global Sumud Flotilha, que navegava rumo à Faixa de Gaza. O governo também cobrou acesso consular e responsabilizou Israel por atos cometidos contra os ativistas.

Segundo a organização da flotilha, composta por cerca de 50 embarcações e 443 voluntários de 47 países, a interceptação ocorreu em águas internacionais na noite de quarta-feira (1º). Entre os detidos estão 12 brasileiros, incluindo parlamentares e lideranças políticas e sociais.

Posição do governo brasileiro

Na nota, o Itamaraty afirmou ter notificado a chancelaria israelense e destacou que a ação viola o direito internacional de liberdade de navegação, previsto por convenções da ONU. O texto também reforçou que operações de caráter humanitário não podem ser impedidas e pediu o fim do bloqueio à Faixa de Gaza.

“O Brasil exorta o governo israelense a liberar imediatamente os cidadãos brasileiros e demais defensores de direitos humanos detidos”, informou o comunicado. O governo brasileiro também exigiu visitas da Embaixada do Brasil em Tel Aviv aos ativistas.

Brasileiros detidos e incomunicáveis

Passadas 24 horas da interceptação, os brasileiros permanecem sem contato com autoridades diplomáticas. Segundo Lara Souza, coordenadora da delegação brasileira, os ativistas estariam sendo interrogados em Ashdod, Israel, mas não tiveram acesso à embaixada do Brasil.

A Embaixada brasileira foi impedida de acompanhar os procedimentos, sob a justificativa do feriado de Yom Kippur. A informação oficial é de que o atendimento consular só será retomado a partir desta sexta-feira (3).

Os 12 brasileiros que tiveram a prisão confirmada são: Thiago Ávila; Bruno Gilga; Lisiane Proença; Magno Costa; a vereadora Mariana Conti (PSOL-SP); Ariadne Telles; Mansur Peixoto; Gabriele Tolotti; Mohamad El Kadri; Lucas Gusmão; a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE); além de Nicolas Calabrese, argentino com residência no Brasil.

Desaparecidos e familiares em busca de informações

Dois brasileiros seguem sem confirmação de paradeiro: João Aguiar, que estava no barco Mikeno, e Miguel Viveiros de Castro, a bordo do Catalina. Ambos perderam contato com os organizadores da flotilha desde a interceptação.

Os organizadores exigem que Israel informe oficialmente a localização dos dois. “Exigimos que sejam confirmados, de forma nominal, os cidadãos brasileiros sequestrados pelas forças israelenses, e que seja imediatamente informado o paradeiro de João Aguiar e Miguel de Castro”, diz a nota da Global Sumud Flotilha.

Familiares também se manifestaram. Luiz Rodolfo Viveiros de Castro relatou que não tem notícias do enteado Miguel e pediu a confirmação das autoridades sobre sua situação.

No caso de Mohamad El Kadri, de 62 anos, que teve a prisão confirmada, a família divulgou vídeo protocolar gravado antes da viagem, no qual ele afirma que só seria publicado em caso de prisão.

Condenação internacional e resposta de Israel

A interceptação recebeu críticas de diferentes setores internacionais. O Ministério das Relações Exteriores de Israel, em nota, informou que todos os passageiros estão em boas condições de saúde e que seriam deportados para a Europa após procedimentos em território israelense.

Até o final da manhã desta quinta-feira, 12 brasileiros tiveram a detenção confirmada e dois permanecem desaparecidos. Segundo os organizadores da flotilha, cerca de 500 pessoas foram capturadas no total.

Foto: gazafreedomflotilla/Instagram / RS/Fotos Públicas

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STF pode reagir a sanções dos EUA contra ministros, diz Barroso

STF pode reagir a sanções dos EUA contra ministros, diz Barroso

Presidente do Supremo aguarda fim do julgamento da trama golpista para avaliar medidas

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nesta sexta-feira (26) que a Corte não descarta reagir às sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos contra integrantes do tribunal. Segundo ele, qualquer medida só será analisada após a conclusão do julgamento dos envolvidos na trama golpista atribuída ao governo de Jair Bolsonaro.

Barroso foi questionado sobre como os ministros receberam as sanções aplicadas pela administração norte-americana. Ele explicou que aguarda o fim do processo para avaliar o caso. “A ideia é esperar acabar o julgamento para pensar em qualquer eventual medida, seja política ou judicial”, declarou.

Sanções contra ministros

Até o momento, pelo menos seis ministros do Supremo foram alvo das medidas anunciadas pelo governo do presidente Donald Trump. Entre as ações estão a suspensão de vistos de viagem aos Estados Unidos e a aplicação da Lei Magnitsky, legislação que prevê punições a pessoas acusadas de envolvimento em corrupção ou violações de direitos humanos.

Foram atingidos pelas sanções, além do presidente do STF, os ministros Edson Fachin, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Gilmar Mendes. O ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos da trama golpista, também foi incluído, assim como sua esposa, a advogada Viviane Barci de Moraes.

Os ministros Nunes Marques, André Mendonça e Luiz Fux não foram citados entre os alvos das medidas.

Julgamento da trama golpista

O julgamento no Supremo foi dividido em quatro núcleos. O primeiro, que incluiu o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados, já foi concluído, com condenações. Os demais núcleos, 2, 3 e 4, devem ser apreciados até o fim deste ano.

Barroso destacou que a Corte aguarda o desfecho desses julgamentos antes de avaliar uma reação institucional. Segundo ele, medidas políticas ou judiciais só serão consideradas após a conclusão das análises dos casos.

Discurso sobre pacificação

Durante sua fala, Barroso também comentou a situação política no país e defendeu a necessidade de pacificação. “Quem teme ser preso [pela trama golpista] está querendo briga, e não pacificação. A minha única frustração foi não ter conseguido fazer a pacificação”, disse.

Transição na presidência do STF

Na próxima segunda-feira (29), haverá a posse dos novos dirigentes da Corte. O ministro Edson Fachin assumirá o cargo de presidente, enquanto Alexandre de Moraes ocupará a vice-presidência. Barroso encerrará, assim, seu mandato de dois anos à frente do Supremo Tribunal Federal.

Foto: Antonio Augusto/STF / Antonio Augusto/STF / Luiz Silveira/STF

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Trump anuncia tarifa de 100% sobre produtos farmacêuticos

Trump anuncia tarifa de 100% sobre produtos farmacêuticos importados

Medida entra em vigor em 1º de outubro e exclui empresas que constroem fábricas nos Estados Unidos

Trump anuncia tarifa de 100% sobre produtos farmacêuticos importados

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que será aplicada uma tarifa de 100% sobre a importação de produtos farmacêuticos de marca ou patenteados a partir de 1º de outubro. A medida exclui empresas que estejam construindo fábricas de produção farmacêutica em território americano.

Segundo o anúncio, não haverá cobrança da tarifa para empresas que já iniciaram obras de construção de unidades fabris nos Estados Unidos. A decisão faz parte de uma política comercial voltada à proteção da indústria nacional e à redução da dependência de medicamentos importados.

A nova tarifa deve impactar diretamente medicamentos vindos da Europa, Índia e outros países que exportam para os Estados Unidos. Produtos como vacinas, hormônios, culturas biológicas e medicamentos embalados estão entre os itens sujeitos à nova taxação.

A medida não se aplica a medicamentos genéricos, que representam uma parcela significativa das importações de alguns países. A exclusão de empresas com fábricas em construção visa incentivar a produção local e atrair investimentos para o setor farmacêutico norte-americano.

Trump anuncia tarifa
Trump anuncia tarifa

Representantes da indústria farmacêutica manifestaram preocupação com os efeitos da tarifa sobre os custos dos medicamentos e o acesso da população aos tratamentos. A possibilidade de aumento nos preços e de escassez de produtos essenciais está entre os pontos levantados por especialistas do setor.

Além dos produtos farmacêuticos, o governo anunciou tarifas adicionais sobre outros segmentos. Caminhões pesados serão taxados em 25%, enquanto móveis e itens de cozinha e banheiro poderão ter tarifas de até 50%. As medidas fazem parte de uma estratégia mais ampla de reindustrialização e fortalecimento da produção interna.

Empresas farmacêuticas internacionais já começaram a avaliar os impactos da nova política comercial. A expectativa é de que algumas delas acelerem projetos de construção nos Estados Unidos para evitar a aplicação das tarifas.

A nova política tarifária entra em vigor em 1º de outubro e deve provocar mudanças significativas na dinâmica do mercado farmacêutico norte-americano, com reflexos na cadeia global de produção e distribuição de medicamentos.

Foto: Daniel Torok/Molly Riley/Fotos Públicas

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Lula diz que reunião Brasil-EUA vai acabar com o mal-estar

Lula diz que reunião Brasil-EUA vai acabar com o mal-estar

Presidente brasileiro destaca importância do diálogo com Donald Trump após encontro na ONU

Lula diz que reunião Brasil-EUA vai acabar com o mal-estar

Lula diz que reunião Brasil-EUA vai acabar com o mal-estar entre os países. A declaração foi feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na terça-feira (23), em Nova York, durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

O presidente brasileiro celebrou o encontro com Trump e afirmou que o diálogo entre os dois líderes pode contribuir para uma pauta positiva entre as duas maiores economias do continente. Lula destacou que há interesses comuns nas áreas industrial, tecnológica e digital, e que o Brasil está aberto ao debate com os Estados Unidos.

Durante coletiva de imprensa na quarta-feira (24), Lula afirmou que respeita o presidente norte-americano independentemente de afinidades pessoais. Segundo ele, o respeito institucional deve prevalecer nas relações diplomáticas. O presidente também declarou que não há vetos sobre os temas que podem ser discutidos com Trump, mas reforçou que a soberania brasileira não está em negociação.

O encontro entre os dois líderes ocorreu após o discurso de Trump na ONU, no qual o presidente norte-americano mencionou Lula de forma amistosa, apesar de ter feito críticas ao Brasil. Ambos acertaram uma nova conversa para os próximos dias. Lula afirmou que está otimista com a possibilidade de marcar esse encontro o mais rápido possível.

 reunião Brasil-EUA
reunião Brasil-EUA

Segundo o presidente brasileiro, o objetivo é superar o mal-estar que se formou entre os dois países nos últimos anos. Lula disse que ficou satisfeito com a “química” entre ele e Trump durante o encontro e que vê espaço para avançar em temas de interesse mútuo.

O Palácio do Planalto informou que Lula deixa os Estados Unidos ainda na quarta-feira (24) e deve desembarcar em Brasília na manhã de quinta-feira (25). A agenda oficial do presidente incluiu participação na Assembleia Geral da ONU e reuniões bilaterais com líderes internacionais.

Durante o discurso na ONU, Trump anunciou que convidou Lula para um novo encontro na semana seguinte. A iniciativa foi vista como um gesto de aproximação entre os governos, que têm mantido relações diplomáticas formais, mas com divergências em temas como meio ambiente, comércio e política externa.

A reunião entre Lula e Trump marca um novo capítulo nas relações Brasil-EUA. A expectativa é que os próximos encontros possam consolidar uma agenda de cooperação em áreas estratégicas, respeitando os interesses e a soberania de cada país.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

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Lula deve incluir Alckmin em conversa com Trump sobre tarifaço

Lula deve incluir Alckmin em conversa com Trump sobre tarifaço

Vice-presidente pode participar de reunião virtual entre Lula e Trump para tratar de tarifas comerciais

Lula deve incluir Alckmin em conversa com Trump sobre tarifaço

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve incluir o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) em uma reunião virtual com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A conversa está prevista para ocorrer por telefone ou videoconferência na próxima semana, segundo informações do chanceler Mauro Vieira.

Além de Lula e Alckmin, também devem participar da reunião o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o assessor especial da Presidência, Celso Amorim. A presença de Alckmin é considerada estratégica, já que ele tem liderado as negociações com o governo norte-americano sobre o chamado tarifaço — conjunto de medidas tarifárias que afetam produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos.

O vice-presidente já manifestou disposição para viajar aos Estados Unidos, caso haja abertura para negociações presenciais. No entanto, a reunião com Trump será realizada de forma remota, mantendo o foco nas tratativas comerciais.

Lula deve incluir Alckmin
Lula deve incluir Alckmin

O governo brasileiro não espera que o encontro resulte na revogação imediata das tarifas impostas pelos Estados Unidos. A expectativa é que Lula utilize a reunião para reafirmar que o Palácio do Planalto não interfere em decisões judiciais, especialmente no caso envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A intenção é destacar que o sistema judicial brasileiro é independente e que Bolsonaro teve acesso ao devido processo legal.

Durante a conversa, o governo brasileiro deve reiterar pedidos do setor produtivo para a isenção de tarifas sobre produtos como café e carne bovina. Esses itens têm enfrentado barreiras comerciais que impactam diretamente a competitividade dos exportadores brasileiros.

Por outro lado, há expectativa de que os Estados Unidos reforcem a defesa da redução da tarifa sobre o etanol americano. O tema tem sido tratado como prioritário nas negociações bilaterais, especialmente por envolver interesses econômicos de ambos os países.

A reunião também será uma oportunidade para alinhar posições diplomáticas e comerciais entre os dois governos. Embora não haja previsão de acordos concretos, o encontro é visto como um passo importante para manter o diálogo aberto e fortalecer a cooperação entre Brasil e Estados Unidos.

A participação de Alckmin na reunião reforça o papel do vice-presidente nas articulações internacionais do governo Lula. Desde o início do mandato, Alckmin tem atuado em frentes econômicas e comerciais, buscando ampliar o acesso de produtos brasileiros a mercados internacionais.

O chanceler Mauro Vieira e o assessor Celso Amorim devem contribuir com informações técnicas e diplomáticas durante a conversa, garantindo que os principais pontos de interesse do Brasil sejam apresentados de forma clara e objetiva.

A reunião entre Lula e Trump ocorre em um contexto de tensões comerciais e políticas, mas também representa uma oportunidade para reafirmar compromissos bilaterais e buscar soluções negociadas para questões tarifárias que afetam diretamente o setor produtivo brasileiro.

Fotos: Ricardo Stuckert/PR/Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

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Trump combina encontro com Lula e diz que tiveram “química excelente”

Trump combina encontro com Lula e diz que tiveram “química excelente”

Presidentes dos EUA e do Brasil se encontraram brevemente na ONU e devem se reunir na próxima semana

Trump combina encontro com Lula e diz que tiveram “química excelente”

Durante a 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas, realizada em Nova York, os presidentes dos Estados Unidos e do Brasil tiveram um breve encontro nos bastidores do evento. O chefe de Estado norte-americano afirmou que houve uma boa interação entre ambos e que está previsto um novo encontro na semana seguinte.

O contato ocorreu após discursos oficiais de ambos os líderes. O presidente brasileiro abordou temas relacionados à soberania nacional e à democracia, enquanto o presidente norte-americano respondeu com declarações sobre tarifas comerciais e relações bilaterais.

O encontro informal foi marcado por gestos de cordialidade e pela sinalização de abertura para diálogo. A reunião futura, ainda não confirmada oficialmente, poderá tratar de temas como comércio exterior, sanções aplicadas a autoridades brasileiras e cooperação internacional.

Durante o evento, o presidente dos Estados Unidos mencionou medidas de retaliação comercial contra o Brasil, justificadas por práticas consideradas desfavoráveis aos interesses norte-americanos. Também foram feitas declarações sobre a importância da soberania nacional e da defesa dos direitos dos cidadãos.

Trump combina encontro com Lula
Trump combina encontro com Lula

A aproximação entre os dois governos ocorre em meio a tensões diplomáticas, com sanções aplicadas a exportações brasileiras e a membros do governo. A expectativa é que o encontro previsto contribua para a reavaliação das relações bilaterais e para o avanço de negociações em áreas estratégicas.

Foto: Molly Riley/Joyce N. Boghosian/Fotos Públicas

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EUA sancionam esposa de Alexandre de Moraes com Lei Magnitsky

EUA sancionam esposa de Alexandre de Moraes com Lei Magnitsky

Viviane Barci de Moraes e instituto jurídico têm bens bloqueados e restrições financeiras nos Estados Unidos

EUA sancionam esposa de Alexandre de Moraes com Lei Magnitsky

O governo dos Estados Unidos sancionou Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, com base na Lei Magnitsky. A decisão foi publicada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), órgão vinculado ao Departamento do Tesouro norte-americano.

Com a sanção, todos os bens que Viviane possa possuir em território americano foram bloqueados. A medida também impede que ela realize transações financeiras com cidadãos e empresas dos Estados Unidos, incluindo o uso de cartões de crédito com bandeira americana.

Além de Viviane, o Lex Instituto de Estudos Jurídicos, empresa sediada em São Paulo da qual ela é sócia, também foi incluído na lista de sanções. A organização atua no setor de treinamento jurídico e desenvolvimento profissional.

A sanção amplia o escopo das medidas adotadas pelo governo dos Estados Unidos contra autoridades brasileiras envolvidas em decisões judiciais relacionadas à tentativa de golpe de Estado. Alexandre de Moraes já havia sido alvo de sanções semelhantes anteriormente.

EUA sancionam esposa de Alexandre de Moraes
EUA sancionam esposa de Alexandre de Moraes

A inclusão de Viviane Barci na lista foi justificada pela ligação direta com o ministro. Não foram apresentadas acusações específicas contra ela. A medida também atinge qualquer empresa com participação ou vínculo com a advogada.

A Lei Magnitsky permite ao governo dos Estados Unidos aplicar sanções econômicas contra indivíduos estrangeiros acusados de corrupção ou de graves violações de direitos humanos. As punições incluem bloqueio de bens, restrições financeiras e proibição de entrada no país.

A decisão ocorre em meio a tensões diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, intensificadas após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. O governo norte-americano já havia revogado vistos de ministros do STF e seus familiares.

Foto: Ricardo Stuckert/PR/Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

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Lula discursa na ONU e pode encontrar Trump pela primeira vez

Lula discursa na ONU e pode encontrar Trump pela primeira vez

Presidente brasileiro participa da Assembleia Geral da ONU em meio a tensões diplomáticas com os Estados Unidos

Lula discursa na ONU e pode encontrar Trump pela primeira vez

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a Nova York para participar da 78ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). O discurso de abertura está previsto para terça-feira (23), seguindo a tradição de que o Brasil é o primeiro país a falar na tribuna do evento. Em seguida, será a vez do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Esta será a primeira vez que Lula e Trump estarão no mesmo ambiente desde o retorno do republicano à presidência dos Estados Unidos. A possibilidade de um encontro entre os dois líderes existe, embora não haja confirmação oficial de reunião bilateral. A expectativa é que possam se cruzar nos bastidores entre os discursos.

A viagem ocorre em meio a uma crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos. O governo norte-americano impôs tarifas de 50% sobre parte das exportações brasileiras e sinalizou novas sanções após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado e outros crimes.

Durante o discurso na ONU, Lula deve abordar temas como soberania nacional, defesa da democracia e multilateralismo. Também está prevista a defesa do reconhecimento do Estado da Palestina e a reafirmação da posição brasileira em favor de uma solução pacífica para o conflito na Ucrânia.

A comitiva presidencial que acompanha Lula é enxuta. Entre os ministros presentes estão Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), Camilo Santana (Educação), Márcia Lopes (Mulheres) e Sônia Guajajara (Povos Indígenas). O governador do Ceará, Elmano de Freitas, e o embaixador Celso Amorim também integram a delegação.

Alguns ministros inicialmente previstos para a viagem cancelaram a participação. Fernando Haddad (Fazenda) permaneceu no Brasil para tratar de pautas econômicas no Congresso. Alexandre Padilha (Saúde) não viajou devido a restrições de circulação impostas pelo governo norte-americano. Outros nomes, como Sidônio Palmeira (Secom), Esther Dweck (Gestão) e Jader Filho (Cidades), também alteraram seus planos.

Lula discursa na ONU
Lula discursa na ONU

A primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, chegou antes a Nova York e participou de atividades oficiais. O casal presidencial está hospedado na residência oficial do Brasil na cidade, onde vive o representante permanente do país junto à ONU.

Além do discurso na Assembleia Geral, Lula deve participar de encontros sobre meio ambiente, democracia e a situação da Palestina. Há também interesse do governo brasileiro em realizar uma reunião bilateral com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. A definição depende de questões logísticas e de segurança, já que a agenda de Zelensky é mantida sob sigilo.

O Brasil recebeu cerca de 30 pedidos de reuniões bilaterais durante o evento. A equipe presidencial avalia os compromissos com base na relevância diplomática e na disponibilidade de agenda.

Foto: Ricardo Stuckert / PR

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Trump acusa esquerda por violência política em funeral de Charlie Kirk

Trump acusa esquerda por violência política em funeral de Charlie Kirk

Presidente dos EUA afirma que odeia seus oponentes e critica radicais de esquerda durante cerimônia em Glendale, Arizona

Trump acusa esquerda por violência política em funeral de Charlie Kirk

Durante cerimônia realizada em Glendale, Arizona, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, participou do funeral do ativista conservador Charlie Kirk. O evento reuniu milhares de pessoas e contou com a presença de autoridades e apoiadores do movimento conservador.

Charlie Kirk, fundador da organização Turning Point USA, foi assassinado enquanto discursava em uma universidade em Utah. O caso gerou comoção nacional e mobilizou lideranças políticas e sociais.

No discurso oficial, Trump fez críticas à esquerda radical, atribuindo a ela a responsabilidade por atos de violência política registrados no país. O presidente também mencionou investigações conduzidas pelo Departamento de Justiça sobre grupos organizados que estariam envolvidos em ações violentas com motivação política.

Trump acusa esquerda
Trump acusa esquerda

Durante a cerimônia, Trump destacou a trajetória de Kirk no ativismo conservador, desde sua juventude até a fundação da organização que ganhou projeção nacional. O presidente ressaltou o papel do ativista na mobilização de jovens, na defesa da liberdade de expressão e na oposição à censura em ambientes acadêmicos e digitais.

O funeral foi marcado por forte presença popular e segurança reforçada. O estádio onde ocorreu o evento recebeu milhares de pessoas, com transmissão externa para o público que não conseguiu acesso ao interior do local.

Trump também se posicionou sobre o autor do assassinato, defendendo que o responsável seja punido com rigor pelas autoridades competentes. O caso segue sob investigação.

A cerimônia reforçou o posicionamento político do presidente em relação à polarização ideológica nos Estados Unidos, com críticas direcionadas à esquerda e à atuação de grupos considerados radicais.

Foto: Daniel Torok/Joyce N. Boghosian/Fotos públicas

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Papa Leão XIV lança biografia e reafirma posição sobre ordenação de mulheres e união homoafetiva

Papa Leão XIV lança biografia e reafirma posição sobre ordenação de mulheres e união homoafetiva

Pontífice apresenta reflexões no livro “Leão XIV: Cidadão do Mundo, Missionário do Século XXI” e fala sobre casamento, família e inclusão na Igreja

O papa Leão XIV lançou nesta semana uma nova biografia na qual reafirma posições sobre temas internos da Igreja Católica. O pontífice declarou que não pretende ordenar mulheres, mas se mostrou disposto a ouvir opiniões sobre o assunto. Ele também afirmou que quer evitar “políticas partidárias” e destacou que pretende acolher “todos, todos, todos”, incluindo católicos LGBT, embora sem modificar a doutrina oficial da Igreja em relação à homossexualidade.

“O casamento é para um homem e uma mulher”, afirmou Leão XIV, acrescentando que a definição de família é “pai, mãe e filhos”.

Publicação da biografia

A obra, intitulada “Leão XIV: Cidadão do Mundo, Missionário do Século XXI”, foi publicada em espanhol e deverá ganhar versão em inglês no próximo ano. O livro reúne reflexões consideradas as mais extensas do papa desde sua eleição ao comando da Igreja Católica, em maio.

A autora é a jornalista norte-americana Elise Ann Allen, correspondente do Vaticano pelo portal Crux. A obra traz trechos de três horas de entrevistas realizadas em julho com Leão XIV, nas quais ele aborda sua visão de Igreja e seus desafios diante de 1,4 bilhão de fiéis espalhados pelo mundo.

Ordenação de mulheres

Entre os temas tratados, o pontífice reiterou que não pretende ordenar mulheres ao sacerdócio. No entanto, disse estar aberto ao diálogo com diferentes setores da Igreja e disposto a escutar as diversas opiniões sobre a questão. A declaração mantém a posição já adotada por papas anteriores, que reafirmaram a tradição de ordenar apenas homens.

União homoafetiva e inclusão

Sobre a relação da Igreja Católica com pessoas LGBT, Leão XIV reforçou que pretende acolher todos os fiéis. No entanto, deixou claro que não haverá mudanças na doutrina oficial, que considera o matrimônio apenas entre um homem e uma mulher.

“O casamento é para um homem e uma mulher”, declarou. Para o pontífice, a família deve ser compreendida como a união de pai, mãe e filhos.

Apesar de manter a posição doutrinal, Leão XIV afirmou que a Igreja precisa estar aberta para acolher pessoas de diferentes trajetórias de vida, sem transformar o debate em um campo de disputa política.

Aniversário e liderança

O papa completou 70 anos no último domingo. Em sua biografia, ele aborda também o desafio de conduzir uma Igreja global, marcada por divisões internas e por debates sobre modernização e tradição.

Desde sua eleição, Leão XIV tem enfatizado a necessidade de unidade, afirmando que a Igreja deve ser um espaço de encontro para todos os fiéis, independentemente de suas posições pessoais.

Repercussão do livro

O lançamento da biografia marca a primeira obra extensa sobre o pontífice desde o início de seu papado. O conteúdo oferece uma visão detalhada sobre suas ideias e prioridades para o futuro da Igreja Católica.

A autora, Elise Ann Allen, ressaltou que as entrevistas realizadas com Leão XIV permitiram registrar de forma fiel suas reflexões pessoais e pastorais. O livro deve servir como referência para estudiosos, religiosos e fiéis interessados em compreender melhor a visão do atual líder da Igreja.

Foto: Narcin Mazur/cbcew.org.uk / Mazur/cbcew.org.uk

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BNDES aprova R$ 1,2 bi para empresas afetadas pelo tarifaço

BNDES aprova R$ 1,2 bi para empresas afetadas pelo tarifaço

Quase um terço dos pedidos foram para pequenos e médios negócios

Em dois dias após a abertura para pedidos, o plano Brasil Soberano aprovou R$ 1,2 bilhão em financiamento para empresas afetadas pelo tarifaço americano.

O plano de socorro a empresas exportadoras prevê um total de R$ 40 bilhões em crédito para negócios afetados pela barreira comercial que aplica taxas de até 50% às exportações brasileiras.

O balanço de pedido e aprovação foi divulgado na noite de sexta-feira (19) pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), banco de fomento do governo federal.

No período, o total de pedidos de 533 empresas chegou a R$ 3,1 bilhão. Ou seja, 1,9 bilhão anda estão em análise.

O total de R$ 40 bilhões do Brasil Soberano inclui R$ 30 bilhões do Fundo Garantidor de Exportações (FGE) e R$ 10 bilhões de recursos do próprio BNDES.

Os recursos são emprestados a juros subsidiados, ou seja, mais baixo do que cobram os demais bancos. Uma das contrapartidas das empresas que se habilitam a receber os empréstimos é não realizar demissões.

Os financiamentos são para linhas de capital de giro (contas do dia a dia, como salário e pagamento de fornecedores), investimentos em adaptação da atividade produtiva, compra de máquinas e equipamentos e busca de novos mercados.
Quem pediu empréstimo

Enrte quinta (18) e sexta-feira (19), foram feitas 75 operações de crédito, todas na linha destinada a capital de giro.

Nos primeiros dias de aprovação, 84,1% dos pedidos aprovados foram empresas da indústria de transformação (seguimento que transforma matéria-prima em um produto final ou intermediário, que vai ser novamente modificado por outra indústria).

Em seguida aparecem agropecuária (6,1%), comércio e serviços (5,7%) e indústria extrativa (4,2%).

Quase um terço do valor total aprovado (30%) foi solicitado por pequenas e médias empresas.

Ao total, 2.236 empresas acessaram o sistema do BNDES para fazer consultas no Brasil Soberano, sendo 533 elegíveis, isto é, com pelo menos 5% do faturamento bruto total, no período de julho de 2024 a julho de 2025, composto por produto na lista de tarifação.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, aponta agilidade na aprovação de recursos e atribui isso ao compromisso do banco e 50 instituições financeiras parceiras.

“Nosso objetivo é proteger os empregos e fortalecer as empresas e a economia, inclusive estimulando a participação em novos mercados”, diz.

Dos valores ainda em análise, R$ 1,7 bilhão são referentes à linha destinada à busca de novos mercados.
Como acessar

O primeiro passo para acessar os recursos é consultar se a empresa é elegível para o plano de socorro. A consulta pode ser feita no site do BNDES.

Os interessados precisarão se autenticar utilizando a plataforma GOV.BR, exclusivamente por meio do certificado digital da empresa.

Caso o sistema indique que a empresa é apta ao crédito, a recomendação é entrar em contato com o banco com o qual já tem relacionamento. Grandes empresas podem procurar diretamente o BNDES.
Efeitos do tarifaço

Um levantamento da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), entidade sem fins lucrativos que representa empresas que atuam no comércio entre os dois países, estima que as exportações de produtos afetados pelo tarifaço americano caíram 22,4% em agosto na comparação com o mesmo mês de 2024.

Os Estados Unidos são o segundo principal parceiro comercial do Brasil, perdendo apenas para a China.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o tarifaço de 50% incide em cerca de um terço (35,9%) das exportações brasileiras para os Estados Unidos.

O governo de Donald Trump assinou uma ordem executiva que estipulou a cobrança de taxas de até 50% a partir de 6 de agosto, mas deixou cerca de 700 produtos em uma lista de exceções. Entre eles estão suco e polpa de laranja, combustíveis, minérios, fertilizantes e aeronaves civis, incluindo motores, peças e componentes. Também ficaram de fora produtos como polpa de madeira, celulose, metais preciosos, energia e produtos energéticos.

Trump alega que os americanos têm déficit comercial (compram mais do que vendem) com o Brasil – o que é desmentido por números oficiais de ambos os países.

O presidente americano usou como justificativa o tratamento dado pelo Brasil ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que considera ser perseguido. Bolsonaro foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, em julgamento que terminou na semana passada.

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil / José Paulo Lacerda/CNI/Ilustração

Da Agência Brasil

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Potiguar está desaparecido há 45 dias após ser enviado à guerra na Ucrânia

Potiguar está desaparecido há 45 dias após ser enviado à guerra na Ucrânia

José de Arimatéia foi recrutado na Rússia sob promessa de trabalho com tecnologia e não faz contato com a família desde 4 de agosto

Potiguar está desaparecido há 45 dias após ser enviado à guerra na Ucrânia

O potiguar José de Arimatéia do Nascimento de Melo, conhecido como Maicon, está desaparecido há 45 dias. Natural de Natal e residente em Bento Fernandes, no interior do Rio Grande do Norte, ele foi para a Rússia em março de 2025 após receber uma proposta de trabalho na área de tecnologia, com foco em drones e computação.

A proposta foi apresentada como uma oportunidade de emprego com bom salário, sem menção à participação em atividades militares. No entanto, ao chegar à Rússia, José de Arimatéia foi direcionado para atuar na linha de frente da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Antes disso, ele havia se mudado para Portugal em julho de 2024, onde trabalhou na área industrial. A mudança para a Rússia ocorreu em março de 2025, motivada pela promessa de trabalho na área tecnológica.

Desde o dia 4 de agosto, não há qualquer comunicação entre José de Arimatéia e seus familiares. A irmã dele, Maria Vanessa, divulgou o caso nas redes sociais e buscou apoio de órgãos públicos brasileiros, incluindo a embaixada, mas não obteve retorno.

Potiguar está desaparecido
Potiguar está desaparecido

O Ministério das Relações Exteriores foi procurado pela imprensa. Em nota, o órgão informou que não divulga dados pessoais de cidadãos que solicitam serviços consulares. O ministério também destacou que publicou um alerta sobre o alistamento voluntário de brasileiros em forças armadas estrangeiras.

O alerta, divulgado em 30 de julho, recomenda que propostas de trabalho com fins militares sejam recusadas. O comunicado aponta aumento no número de brasileiros que enfrentaram dificuldades ou perderam a vida após se envolverem em conflitos armados fora do país.

Uma imagem enviada por José de Arimatéia à família mostra uma declaração em russo, assinada por ele, indicando que prestou juramento militar em junho. O documento foi emitido em 12 de julho, em Moscou.

A família conseguiu contato com um amigo de José de Arimatéia, que relatou que ele teria sido capturado por tropas ucranianas. No entanto, essa informação não foi confirmada oficialmente.

Segundo relatos anteriores feitos por José de Arimatéia à família, as condições enfrentadas pelas tropas russas eram precárias. Ele mencionava casos de recrutados mortos em combate que não tinham direito a sepultamento.

A ausência de informações oficiais e a falta de resposta das autoridades brasileiras têm gerado preocupação entre os familiares. A irmã relata que a família é composta apenas por ela e o irmão, e que a situação tem causado sofrimento constante.

O caso segue sem desfecho. A família continua buscando apoio para localizar o potiguar desaparecido.

Foto: Reprodução/Kostiantyn Liberov/Fotos Públicas

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Governo Trump prepara medidas contra o Brasil

Governo Trump prepara medidas contra o Brasil

Banco do Brasil e importações da Rússia estão entre os alvos; tarifa de 50% será debatida em audiência nos EUA

Governo Trump prepara medidas contra o Brasil

O governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, prepara novas medidas contra o Brasil. Entre os principais alvos estão o Banco do Brasil e as importações de produtos russos. As ações incluem sanções econômicas e contestação dos argumentos brasileiros sobre a tarifa de 50% aplicada a determinados produtos .

A situação é considerada instável e depende diretamente das decisões do presidente Trump. A sanção mais iminente, segundo fontes em Washington, é contra o Banco do Brasil, no contexto do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).

Em 30 de julho, o Departamento do Tesouro dos EUA aplicou a Lei Magnitsky, que permite sanções econômicas a instituições que prestem serviços a indivíduos sancionados. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, é um dos nomes envolvidos. Em 21 de agosto, uma instituição financeira cancelou o cartão Mastercard do ministro, e o Banco do Brasil teria oferecido um cartão da bandeira Elo, o que motivou a possível sanção ao banco estatal .

O Banco do Brasil declarou que atua em conformidade com a legislação brasileira e internacional, e está preparado para lidar com regulamentações globais. No Brasil, o ministro Flavio Dino afirmou que decisões de outros países não têm validade sem homologação judicial ou aprovação conforme a Constituição brasileira .

Casos anteriores de sanções incluem o banco francês BNP Paribas, multado em US$ 9 bilhões por transações com entidades sancionadas, e o britânico Standard Chartered, multado em três ocasiões por negócios com países como Irã, Sudão e Mianmar .

Tarifa de 50% e comércio internacional

A tarifa de 50% aplicada aos produtos brasileiros será debatida em audiência no Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR). Empresas americanas dos setores de celulose, pecuária, madeira e soja alegam que o Brasil obtém vantagens competitivas por meio de desmatamento ilegal e trabalho forçado. Essas empresas pedem a manutenção da tarifa e sugerem acordos com a China para favorecer produtos americanos .

No setor digital, associações americanas criticam a regulação brasileira sobre inteligência artificial, data centers, plataformas de streaming e a tributação mínima de 15% para serviços digitais. Instituições financeiras dos EUA também acusam o Banco Central brasileiro de atuar como competidor, citando o Pix como rival de sistemas de transferência americanos .

Importações da Rússia

Outra frente de medidas envolve as importações brasileiras de óleo diesel da Rússia. O governo Trump avalia aplicar ao Brasil a mesma tarifa de 50% já imposta à Índia. Em 2024, o Brasil importou cerca de US$ 12,5 bilhões em produtos russos, principalmente diesel e fertilizantes. A sanção pode ser anunciada em até dez dias, segundo fontes em Washington.

Foto: Fotos Públicas

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CNI pede cautela após aval a uso da Lei da Reciprocidade contra os EUA

CNI pede cautela após aval a uso da Lei da Reciprocidade contra os EUA

Entidade defende diálogo e envia comitiva com empresários a Washington

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) defendeu nesta sexta-feira (29) prudência diante do início do processo para aplicação da Lei da Reciprocidade Econômica contra os Estados Unidos, autorizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na quinta-feira (28) e detalhado nesta sexta (29) pelo vice-presidente Geraldo Alckmin.

Segundo a entidade, ainda é hora de insistir no diálogo para tentar reverter as tarifas de 50% impostas pelo governo de Donald Trump sobre produtos brasileiros.

Em nota, o presidente da CNI, Ricardo Alban, afirmou que a indústria brasileira “continuará buscando os caminhos do diálogo e da prudência” e que “não é o momento” de acionar de fato a lei.

“Precisamos de todas as formas buscar manter a firme e propositiva relação de mais de 200 anos entre Brasil e Estados Unidos”, declarou Alban. O executivo destacou ainda que o objetivo é encontrar uma negociação que leve à reversão da tarifa ou à ampliação das exceções para produtos brasileiros.
Missão empresarial

Na próxima semana, uma comitiva organizada pela CNI, com mais de 100 líderes empresariais e representantes de associações do setor, desembarca em Washington.

A agenda prevê encontros com autoridades e empresários norte-americanos, além de preparativos para a audiência pública marcada para 3 de setembro, nos Estados Unidos, sobre a investigação aberta em julho nos termos da Seção 301 da Lei de Comércio norte-americana. No último dia 18, o governo brasileiro enviou a resposta aos Estados Unidos.

Defesa de diálogo

Apesar de ter autorizado a abertura do processo pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), Lula afirmou nesta sexta que não tem pressa em aplicar a lei contra os EUA.

“Eu não tenho pressa de fazer qualquer coisa com a reciprocidade contra os Estados Unidos. Tomei a medida porque eu tenho que andar o processo”, disse o presidente em entrevista à Rádio Itatiaia.

O governo brasileiro também abriu consultas na Organização Mundial do Comércio (OMC) e contratou um escritório de advocacia nos Estados Unidos para reforçar a defesa dos interesses nacionais.

Lula ressaltou, no entanto, que o Brasil segue aberto ao entendimento. “Se os norte-americanos estiverem dispostos a negociar, nós estaremos dispostos a negociar 24 horas por dia. Até agora nós não conseguimos falar com ninguém. Então eles não estão dispostos a negociar”, declarou o presidente.

Foto: Gustavo Alcântara/CNI / José Paulo Lacerda/CNI

Da Agência Brasil

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Lei de Reciprocidade: Lula autoriza processo contra os EUA

Lei de Reciprocidade: Lula autoriza processo contra os EUA

Governo brasileiro aciona Camex para avaliar medidas de retaliação comercial

Lei de Reciprocidade: Lula autoriza processo contra os EUA

A Lei de Reciprocidade será acionada pelo governo brasileiro após autorização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A medida tem como objetivo avaliar possíveis contramedidas comerciais contra os Estados Unidos, em resposta às sanções impostas pelo governo de Donald Trump.

O Ministério das Relações Exteriores, comandado por Mauro Vieira, acionou a Câmara de Comércio Exterior (Camex), que terá 30 dias para analisar os argumentos jurídicos e técnicos sobre a legalidade da aplicação da Lei de Reciprocidade.

A iniciativa foi articulada pela equipe do ministro Fernando Haddad (Fazenda), com apoio de outras pastas, e ocorre diante da ausência de recuo por parte do governo norte-americano. O processo também é considerado estratégico às vésperas do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Segundo integrantes do governo, o avanço do debate sobre regulação das big techs no Congresso Nacional pode intensificar a tensão entre os dois países. O governo brasileiro pretende comunicar oficialmente os Estados Unidos sobre o acionamento da Lei de Reciprocidade, permitindo que a equipe de Trump decida se deseja realizar consultas bilaterais sobre o caso.

Caso a Camex aprove o procedimento, será formado um grupo interministerial para discutir as contramedidas possíveis. A Lei de Reciprocidade prevê que essas medidas podem ser provisórias, decididas por pastas como Casa Civil, Fazenda, Relações Exteriores e Indústria e Comércio, ou ordinárias, com duração mais longa, sob responsabilidade do Grupo Executivo da Camex (Gecex).

Todos os ministérios envolvidos deverão ser ouvidos antes da decisão final. O Gecex será responsável por avaliar a admissibilidade do pedido e definir, ao final do processo, quais medidas serão aplicadas. Até o momento, não há definição sobre quais ações serão adotadas.

O processo de acionamento da Lei de Reciprocidade ocorrerá paralelamente a outras reações do Brasil ao tarifaço imposto por Trump. O governo também responde às investigações abertas pelo Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR), que apura supostas práticas comerciais abusivas por parte do Brasil.

A discussão sobre contramedidas mantém aberto o espaço para negociações diplomáticas com os Estados Unidos. A estratégia do governo brasileiro é manter a possibilidade de diálogo ao longo do processo, sem descartar medidas de retaliação.

A Lei de Reciprocidade Econômica permite ao Brasil aplicar sanções equivalentes às impostas por outros países, com base em princípios de equilíbrio comercial. A Camex, como órgão responsável pela política de comércio exterior, tem papel central na análise e condução do processo.

A decisão de Lula marca um movimento político e econômico relevante nas relações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos. A resposta brasileira às sanções norte-americanas será construída com base em pareceres técnicos, jurídicos e políticos, respeitando os trâmites previstos na legislação vigente.

Foto: Ricardo Stuckert/PR/Antonio Cruz/Agência Brasil

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Laudo médico aponta que Zambelli pode seguir presa e ser extraditada

Laudo médico aponta que Zambelli pode seguir presa e ser extraditada

Justiça italiana conclui que estado de saúde da deputada permite detenção e traslado aéreo ao Brasil

Laudo médico aponta que Zambelli pode seguir presa e ser extraditada

A Justiça italiana concluiu, por meio de laudo médico oficial, que a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) pode permanecer presa no Instituto Penitenciário de Rebibbia, em Roma, e ser extraditada ao Brasil. A análise foi realizada pela especialista Edy Febi, médica italiana em medicina legal e forense, a pedido da Corte de Apelação de Roma.

O documento, com 19 páginas, avalia o estado físico e psicológico da parlamentar e afirma que não há incompatibilidade entre suas condições de saúde e o regime prisional. A perícia também conclui que Zambelli está apta a ser transportada por avião, desde que sejam observadas medidas médicas adequadas durante o traslado.

Entre os diagnósticos considerados estão distúrbios depressivos, distúrbios do sono e a Síndrome de Ehlers-Danlos, uma condição rara que afeta músculos e articulações. A médica afirma que, apesar dessas condições, não há risco imediato de morte e que os tratamentos necessários podem ser realizados dentro da penitenciária.

O laudo foi solicitado após audiência realizada em 13 de agosto, quando Zambelli apresentou mal-estar no tribunal. A avaliação médica foi feita em 18 de agosto, dentro da unidade prisional, com acompanhamento de consultores técnicos indicados pela defesa e especialistas da Embaixada do Brasil em Roma.

A deputada está presa desde 29 de julho, após ter sido condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão por envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), junto ao hacker Walter Delgatti. A extradição está em análise pela Justiça italiana, e uma nova audiência foi realizada nesta quarta-feira (27), sem decisão final sobre o futuro da parlamentar.

A defesa de Zambelli contesta o laudo oficial e apresentou um parecer médico paralelo, elaborado por especialistas brasileiros, que aponta a existência de mais de dez doenças, incluindo fibromialgia, condição cardíaca e depressão grave. O grupo médico responsável pelo documento defende a conversão da pena em prisão domiciliar, alegando que a parlamentar necessita de suporte multidisciplinar contínuo.

O parecer paralelo foi produzido pela equipe da Vida Mental Perícias, liderada pelo psiquiatra forense Hewdy Lobo Ribeiro. A avaliação foi feita de forma indireta, com base no histórico clínico da deputada, já que ela permanece sob custódia na Itália. A defesa também providenciou tradução juramentada do documento para o italiano, com o objetivo de apresentá-lo às autoridades locais.

A decisão sobre a extradição e a manutenção da prisão será tomada pela Corte de Apelação de Roma, que deve comunicar o resultado à defesa de forma reservada. A parlamentar continua detida em Rebibbia, onde tem acesso aos medicamentos prescritos.

Foto: Lula Marques/ EBC

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Israel rebaixa relações diplomáticas com Brasil após impasse sobre embaixador

Israel rebaixa relações diplomáticas com Brasil após impasse sobre embaixador

Decisão ocorre após o governo brasileiro não aprovar nomeação de Gali Dagan como novo embaixador

Israel rebaixa relações diplomáticas com Brasil após impasse sobre embaixador

Israel anunciou o rebaixamento das relações diplomáticas com o Brasil após o governo brasileiro não aprovar a nomeação de Gali Dagan como novo embaixador israelense em Brasília. A decisão foi oficializada em 25 de agosto, segundo comunicado do Ministério das Relações Exteriores de Israel.

A medida ocorre após meses de silêncio por parte do governo brasileiro em relação ao pedido de agrément — procedimento diplomático necessário para a aprovação de um novo embaixador. O pedido foi retirado por Israel, e as relações entre os dois países passam a ser conduzidas em um nível diplomático inferior.

Desde 12 de agosto, a embaixada de Israel no Brasil está sem representante oficial. O cargo ficou vago após a aposentadoria de Daniel Zonshine, que ocupava o posto desde 2021.

Indicação de novo embaixador

Em janeiro de 2025, o governo israelense indicou Gali Dagan, ex-embaixador de Israel na Colômbia, para assumir a chefia da missão diplomática em Brasília. A indicação não foi aprovada pelo governo brasileiro, em meio ao distanciamento diplomático entre os dois países.

O contexto inclui críticas públicas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à atuação de Israel na Faixa de Gaza, especialmente em relação à população palestina. Essas declarações contribuíram para o esfriamento das relações bilaterais.

Impacto da decisão: Israel rebaixa relações com Brasil

Até o momento, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty) não se pronunciou oficialmente sobre a decisão israelense. A ausência de resposta ao pedido de agrément é considerada incomum no protocolo diplomático.

A retirada do pedido por parte de Israel implica que, por ora, não haverá novo embaixador israelense em Brasília. As atividades diplomáticas serão conduzidas por representantes de nível inferior, o que representa uma mudança significativa na relação entre os dois países.

Histórico recente

A relação entre Brasil e Israel tem enfrentado tensões desde o início do atual governo brasileiro. Declarações políticas e posicionamentos sobre o conflito no Oriente Médio têm influenciado diretamente o diálogo diplomático.

A decisão de Israel de rebaixar as relações diplomáticas marca um novo capítulo nesse cenário, com possíveis impactos em acordos bilaterais, cooperação internacional e presença diplomática.

Foto: Ricardo Stuckert/PR/RS/Fotos Públicas

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governança criminal no Brasil

Governança criminal no Brasil atinge 26% da população, aponta estudo internacional

Brasil lidera ranking latino-americano com mais de 60 milhões de pessoas sob controle de facções

Governança criminal no Brasil afeta mais de 60 milhões de pessoas

Um estudo publicado pela Cambridge University Press revela que o Brasil é o país da América Latina com maior percentual de população vivendo sob governança criminal. Segundo os dados, entre 50,6 e 61,6 milhões de brasileiros — cerca de 26% da população — estão submetidos a regras impostas por facções criminosas que controlam territórios urbanos e periféricos.

A pesquisa foi conduzida por quatro pesquisadores de universidades dos Estados Unidos, com base na edição de 2020 do Latinobarómetro, levantamento anual realizado em 18 países latino-americanos. A estimativa regional aponta que entre 77 e 101 milhões de pessoas vivem sob esse tipo de controle, representando 14% da população da América Latina.

Facções influenciam diversos aspectos da vida comunitária

A chamada governança criminal refere-se ao conjunto de normas impostas por organizações criminosas que dominam determinadas áreas. Essas regras afetam desde o comportamento cotidiano dos moradores até processos eleitorais e o acesso a serviços públicos.

O Brasil aparece com o maior índice da região, seguido por Costa Rica (13%), Honduras (11%), Equador (11%), Colômbia (9%), El Salvador (9%), Panamá (9%) e México (9%).

Presença de facções pode alterar índices de violência

Os pesquisadores destacam que a atuação das facções pode ter efeitos variados sobre os índices de criminalidade. Em alguns casos, há redução de homicídios, como observado em São Paulo nos anos 2000, período associado à ascensão do Primeiro Comando da Capital (PCC). Em outros países, acordos entre grupos criminosos e o Estado também resultaram em diminuição da violência, como os maras em El Salvador e os combos em Medellín, Colômbia.

Governança criminal não depende da ausência do Estado

O estudo contesta a ideia de que facções se estabelecem apenas em locais onde o Estado está ausente. Os dados indicam que a presença estatal pode coexistir com o domínio de facções. O exemplo citado é o surgimento do PCC em São Paulo, estado com forte estrutura governamental e maior riqueza do país.

A repressão estatal, como encarceramento em massa e operações policiais, pode ser um fator que impulsiona a governança criminal. A ameaça constante de intervenção policial estimula as facções a exercerem controle sobre os territórios, criando sistemas próprios de ordem e punição.

Limitações da pesquisa

Os autores do estudo reconhecem limitações metodológicas. A pesquisa Latinobarómetro aborda apenas aspectos centrais da governança criminal e enfrenta dificuldades de acesso a áreas dominadas por facções, o que pode levar à subestimação dos dados.

Brasil possui 64 facções criminosas

Levantamento realizado por fontes das secretarias de Segurança Pública, Administração Penitenciária e Ministérios Públicos aponta que o Brasil abriga 64 facções criminosas distribuídas pelas 27 unidades federativas. Dentre elas, 12 atuam em mais de um estado e 52 são locais.

O PCC está presente em 25 estados, enquanto o Comando Vermelho (CV) atua em 26. Apenas o Rio Grande do Sul não possui atuação desses dois grupos. Nesse estado, surgiram facções próprias como Bala na Cara (BNC) e Os Manos.

Bahia (17), Pernambuco (12) e Mato Grosso do Sul (10) concentram o maior número de facções. O estado sul-mato-grossense destaca-se como principal destino de grupos de outros estados, devido à rota do narcotráfico que passa pelas fronteiras com Paraguai e Bolívia.

Presença internacional e exportação de facções

Apesar da atuação internacional do PCC, facções estrangeiras têm pouca presença no Brasil. A exceção é o grupo venezuelano Tren de Aragua, com membros em Roraima. O Rio de Janeiro é o principal estado exportador de facções, com o CV, o Terceiro Comando Puro (TCP) e os Amigos dos Amigos (ADA) atuando em outras regiões.

A ausência de critérios oficiais para diferenciar facções de gangues locais dificulta a mensuração precisa do crescimento ou redução desses grupos no país.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil/Reprodução/Redes Sociais

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Mastercard bloqueia cartão

Mastercard bloqueia cartão de Alexandre de Moraes por sanções dos EUA

Ministro do STF é afetado por medidas da Lei Magnitsky e enfrenta restrições no sistema financeiro

Mastercard bloqueia cartão de Alexandre de Moraes por sanções dos EUA

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, teve seu cartão de crédito da bandeira Mastercard bloqueado em razão das sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos com base na Lei Magnitsky. A medida foi adotada após o nome do magistrado ser incluído em uma lista de pessoas sancionadas, o que impede o uso de serviços financeiros vinculados a empresas norte-americanas .

O bloqueio foi confirmado por instituições financeiras brasileiras, que decidiram seguir uma orientação preliminar após consultarem escritórios especializados em sanções internacionais. A avaliação é que operações realizadas em reais dentro do Brasil estão liberadas, enquanto transações em dólar ou com bandeiras internacionais estão proibidas.

Mastercard bloqueia cartão
Mastercard bloqueia cartão

Alternativa nacional e restrições adicionais

Como alternativa, o Banco do Brasil ofereceu ao ministro um cartão da bandeira Elo, que é nacional. No entanto, o uso internacional do cartão Elo também enfrenta restrições. A bandeira possui parceria com a operadora americana Discover, o que impede o uso do cartão fora do Brasil, já que a Discover está sujeita às mesmas sanções impostas pelo governo dos EUA .

Além disso, o regulamento da Elo proíbe a emissão de cartões para pessoas que estejam sob sanções econômicas ou financeiras impostas por órgãos como o Departamento de Estado dos EUA e o Office of Foreign Assets Control (OFAC). O contrato da Elo estabelece que os bancos participantes do sistema não podem manter relacionamento com clientes sancionados por esses órgãos .

Repercussões no sistema financeiro

A situação gerou dúvidas entre bancos brasileiros sobre como proceder diante das sanções. A decisão do ministro Flávio Dino, que permite a Moraes recorrer ao próprio STF contra as punições, provocou incertezas no setor financeiro. Representantes de instituições como Itaú, Bradesco e BTG manifestaram preocupação com possíveis implicações comerciais e contratuais .

O Banco do Brasil, por exemplo, possui operações nos Estados Unidos e pode ser acionado pelo OFAC para encerrar contas de clientes sancionados. A primeira resposta prática foi o bloqueio do cartão de bandeira americana vinculado à conta de Moraes .

Regulamentos e implicações legais

O regulamento da Elo, com mais de 300 páginas, detalha que é vedado aos participantes do sistema estabelecer ou manter relação com clientes sancionados por governos estrangeiros. A cláusula inclui sanções impostas pelo Tesouro dos EUA, ONU, União Europeia e Reino Unido. A sanção aplicada a Moraes cumpre os critérios estabelecidos no contrato da bandeira brasileira .

A Elo, embora opere com liquidação de pagamentos no Brasil, mantém parcerias com empresas estrangeiras, como a holandesa Adyen, que também está sujeita às sanções americanas. Isso amplia o alcance das restrições, mesmo em operações realizadas em território nacional ;

Fotos: Fernando Frazão/Agência Brasil/Marcelo Camargo/Agência Brasília

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terremoto Passagem de Drake

Terremoto de magnitude 7,1 atinge Passagem de Drake entre América do Sul e Antártica

Epicentro foi registrado a 10 km de profundidade; autoridades descartam risco de tsunami

Terremoto de magnitude 7,1 atinge Passagem de Drake entre América do Sul e Antártica

Um terremoto de magnitude 7,1 foi registrado na Passagem de Drake, região localizada entre o extremo sul da América do Sul e a Antártica, nesta quinta-feira (21). A informação foi divulgada pelo Centro Alemão de Pesquisa em Geociências (GFZ).

A Passagem de Drake é um corpo de água que separa o Cabo Horn, no Chile, da Península Antártica. Reconhecida por suas condições marítimas extremas, a área é considerada uma das mais perigosas do planeta. O local também é o ponto mais ao norte da Península Antártica, sendo uma rota comum para expedições científicas e navegação comercial.

Detalhes do tremor

Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o epicentro do terremoto foi registrado a uma profundidade de 10 quilômetros. A magnitude inicial foi estimada em 7,5, mas posteriormente ajustada para 7,1.

O USGS informou que não há risco de tsunami decorrente do tremor. A ausência de alerta se deve à localização e à profundidade do epicentro, além das características geológicas da região.

Monitoramento internacional

O evento sísmico foi monitorado por diversas instituições internacionais especializadas em geociências e sismologia. O GFZ e o USGS mantêm sistemas de detecção e análise em tempo real, que permitem a rápida divulgação de informações sobre terremotos em qualquer parte do mundo.

A Passagem de Drake está situada em uma zona de convergência tectônica, onde placas continentais e oceânicas interagem com frequência. Essa condição geológica favorece a ocorrência de tremores de terra, embora nem todos sejam perceptíveis ou causem danos.

Impacto e localização

Até o momento, não há registros de danos materiais ou vítimas, uma vez que o epicentro está localizado em uma área remota e de baixa densidade populacional. A região é pouco habitada, com presença limitada de bases científicas e embarcações em trânsito.

O terremoto foi sentido em áreas próximas ao sul do Chile, mas sem relatos de impactos significativos. As autoridades locais seguem monitorando a situação, embora não tenham emitido alertas adicionais.

Histórico sísmico da região

A Passagem de Drake já foi palco de outros eventos sísmicos ao longo dos anos, devido à sua posição geológica estratégica. A interação entre as placas tectônicas da América do Sul e da Antártica contribui para a instabilidade sísmica da área.

Eventos como o registrado nesta quinta-feira são analisados por especialistas para entender melhor o comportamento das placas e aprimorar os sistemas de alerta e prevenção.

Fotos: USP Imagens/Reprodução

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Caso João Dias: ex-vice-prefeita e irmã são presas no Paraguai por suspeita de assassinato de prefeito

Caso João Dias: ex-vice-prefeita e irmã são presas no Paraguai por suspeita de assassinato de prefeito

Prisões ocorreram em Ciudad del Este e envolvem também um terceiro suspeito de intermediar o crime; Marcelo Oliveira e o pai, Sandi Oliveira, foram mortos em agosto de 2024 durante a campanha eleitoral

A ex-vice-prefeita de João Dias, Damária Jácome, foi presa nesta quinta-feira (21) em Ciudad del Este, no Paraguai, suspeita de envolvimento no assassinato do então prefeito da cidade, Marcelo Oliveira (União Brasil), ocorrido em agosto de 2024. A irmã dela, Leidiane Jácome, ex-vereadora, também foi detida.

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte confirmou as prisões, que também alcançaram Weverton Claudino Batista, apontado como intermediador da contratação dos executores e responsável por papel central no planejamento do crime.

Disputa política e familiar

Segundo a Polícia Civil, o crime foi motivado por uma disputa política e familiar em João Dias, município com pouco mais de 2 mil habitantes. Damária Jácome havia sido vice-prefeita na chapa de Marcelo Oliveira em 2020, mas em 2024 se tornou adversária política dele.

Durante as investigações, a polícia identificou que a rivalidade entre as famílias Oliveira e Jácome se intensificou após o retorno de Marcelo ao cargo de prefeito em 2022, decisão determinada pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. A partir disso, o conflito político e pessoal se agravou.

Prisões anteriores

Em dezembro de 2024, um pastor evangélico foi preso apontado como um dos mentores do assassinato. Ele teria ajudado na logística e no planejamento do crime, inclusive sugerindo locais onde o atentado poderia ser cometido, como uma igreja durante culto frequentado por Marcelo.

Além dele, outras cinco pessoas já haviam sido presas suspeitas de participação direta na execução. Segundo o Ministério Público, o grupo também cogitou assassinar a viúva de Marcelo, Fatinha de Marcelo, que assumiu a candidatura após a morte do marido e venceu as eleições municipais.

Como foi o crime

O prefeito Marcelo Oliveira, cujo nome de registro era Francisco Damião de Oliveira, de 38 anos, foi morto junto ao pai, Sandi Alves de Oliveira, de 58 anos, em 27 de agosto de 2024.

Na ocasião, ambos visitavam apoiadores no conjunto São Geraldo, em João Dias, quando foram surpreendidos por criminosos em dois veículos. Marcelo foi atingido por 11 disparos, chegou a ser socorrido em Catolé do Rocha (PB), mas não resistiu. O pai dele morreu no local. Um segurança também foi baleado.

Envolvidos e indiciamentos

Desde o dia do crime, forças de segurança realizaram operações que resultaram na prisão de diversos suspeitos. O inquérito policial apontou oito executores e cinco mentores intelectuais do duplo homicídio, além de outros indiciados por formação de milícia.

Entre os cinco suspeitos de mandantes, apenas o pastor preso em 2024 permanecia detido até então. Agora, com a prisão de Damária e Leidiane Jácome no Paraguai, o caso registra avanço significativo nas investigações.

Histórico das vítimas

Marcelo Oliveira iniciou a carreira política como vereador de João Dias, eleito em 2008 e 2012. Em 2016, disputou a prefeitura, mas só venceu em 2020. Seu pai, Sandi Oliveira, também já havia sido vereador e era considerado uma das principais lideranças políticas do município.

Foto: Reprodução

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Justiça da Itália mantém prisão de Carla Zambelli e rejeita pedido de domiciliar

Justiça da Itália mantém prisão de Carla Zambelli e rejeita pedido de domiciliar

Deputada aguarda decisão sobre extradição para o Brasil após condenação pelo STF por invasão ao sistema do CNJ

A Justiça da Itália decidiu manter a prisão da deputada Carla Zambelli (PL-SP), informou a Advocacia-Geral da União (AGU) nesta terça-feira (19). Em audiência realizada na última quinta-feira (13), o Tribunal de Apelações de Roma negou o pedido da defesa para que a parlamentar pudesse cumprir prisão domiciliar enquanto aguarda a análise do processo de extradição solicitado pelo Brasil.

Carla Zambelli foi presa em julho na capital italiana, onde buscava escapar do cumprimento de mandado de prisão expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Condenação no Brasil

Em maio, a deputada deixou o Brasil utilizando sua dupla cidadania, após condenação a dez anos de prisão pelo STF pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ocorrida em 2023. Além da pena, Zambelli foi condenada ao pagamento de R$ 2 milhões a título de danos coletivos.

De acordo com as investigações, a parlamentar foi considerada a autora intelectual do hackeamento, que resultou na emissão fraudulenta de um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. O ataque foi executado por Walter Delgatti, também condenado, que declarou ter atuado a mando da deputada.

Pedido de extradição

Após a fuga para a Itália, o governo brasileiro oficializou o pedido de extradição em 11 de junho, assinado por Moraes e encaminhado pelo Itamaraty às autoridades italianas. A solicitação segue em análise pela Justiça do país europeu.

Enquanto isso, Zambelli permanece detida em Roma, aguardando os próximos desdobramentos judiciais.

Outros processos e mandato parlamentar

Além da condenação pelo caso do CNJ, Zambelli foi julgada recentemente em outro processo, no qual a maioria da Corte votou por sua condenação por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma.

Na Câmara dos Deputados, a parlamentar recebeu autorização para tirar 127 dias de licença não remunerada a partir de junho. Caso não retorne após o prazo, poderá perder o mandato por faltas.

Zambelli também responde a um processo de cassação em andamento na Casa. Ainda não houve deliberação sobre a decretação da perda de mandato em razão da condenação pelo STF.

Foto: Lula Marques/EBC

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Trump sanciona Moraes

Trump sanciona Moraes e STF reage com decisão sobre leis estrangeiras

Ministro Flávio Dino barra efeitos automáticos de normas internacionais no Brasil após sanções dos EUA a Alexandre de Moraes

Trump sanciona Moraes com base na Lei Magnitsky, e o Supremo Tribunal Federal (STF) respondeu com uma decisão que limita os efeitos de normas estrangeiras no Brasil. O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, acusando-o de abusos de direitos humanos e censura a cidadãos e empresas norte-americanas.

As sanções incluem o bloqueio de bens nos EUA, proibição de transações com cidadãos e empresas americanas e inclusão de Moraes na lista de pessoas sancionadas pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC). A medida foi tomada com base na ordem executiva 13818, que implementa a Lei Global Magnitsky.

Em resposta, o ministro Flávio Dino, do STF, decidiu que leis, decisões judiciais e ordens executivas estrangeiras não podem produzir efeitos automáticos no Brasil. Segundo a decisão, qualquer norma internacional só terá validade após análise e homologação por autoridade judicial brasileira competente.

A decisão foi tomada no âmbito de uma ação do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que questionava a atuação de municípios brasileiros em processos judiciais no Reino Unido. Dino afirmou que a aplicação direta de normas estrangeiras sem chancela nacional viola a soberania, a ordem pública e os bons costumes.

O ministro também determinou que transações, bloqueios de ativos, cancelamentos de contratos e transferências internacionais por ordem de Estado estrangeiro devem ser autorizadas pelo STF. A decisão foi comunicada ao Banco Central, Febraban, CNF e CNseg .

Enquanto Trump sanciona Moraes, o ministro do STF concedeu entrevista ao jornal norte-americano The Washington Post, na qual afirmou que não recuará em suas decisões. Moraes declarou que continuará conduzindo os processos conforme a legislação brasileira e que as sanções não influenciarão o julgamento de casos como o do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O julgamento do núcleo central da suposta trama golpista envolvendo Bolsonaro está marcado para ocorrer entre os dias 2 e 12 de setembro. Moraes é o relator do caso no STF.

A decisão de Dino e a entrevista de Moraes ocorrem em meio a um aumento nas tensões diplomáticas entre os dois países. O governo Trump também impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e revogou os vistos de Moraes e seus familiares.

Foto: Marcelo Camargo/ Renato Araújo/Agência Brasília

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Trump e Putin discutem possível acordo para encerrar guerra na Ucrânia

Trump e Putin discutem possível acordo para encerrar guerra na Ucrânia

Encontro no Alasca abordou cessar-fogo e incluiu proposta russa sobre acordo nuclear

Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, fizeram um pronunciamento conjunto nesta sexta-feira (15) no qual afirmaram buscar um acordo para encerrar a guerra na Ucrânia. O anúncio ocorreu após uma reunião realizada no Alasca, mas os líderes não detalharam os termos da negociação.

Trump afirmou que houve progressos nas conversas, embora ainda não exista um acordo fechado. “Quando houver, vou ligar para a Otan e também para o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky”, declarou.

Encontro e negociações

O encontro ocorreu em uma base da Força Aérea da época da Guerra Fria. Segundo os dois presidentes, foram discutidos pontos sobre um possível cessar-fogo no conflito ucraniano. Putin incluiu, ainda, uma proposta de negociação sobre um acordo nuclear.

Trump disse que os líderes concordaram em diversos pontos, mas admitiu que algumas questões ainda não foram resolvidas. “Houve muitos pontos com os quais concordamos, a maioria deles, eu diria, mas alguns grandes ainda não chegamos lá”, afirmou.

Putin destacou que espera que os entendimentos iniciais estabeleçam um marco para novas relações comerciais e políticas entre Rússia e Estados Unidos.

Declarações de Putin

Segundo o presidente russo, um acordo entre os dois países pode acelerar o fim da guerra na Ucrânia. “Espero que os acordos de hoje se tornem um ponto de referência, não apenas para resolver o problema ucraniano, mas também para o restabelecimento de relações pragmáticas e comerciais entre Rússia e Estados Unidos”, declarou.

Putin também afirmou que existe potencial para parcerias em setores como energia, tecnologia e exploração espacial. “Tenho todos os motivos para acreditar que, seguindo esse caminho, podemos chegar ao fim do conflito na Ucrânia o mais rápido possível”, disse.

Ausência da Ucrânia

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky não participou das negociações. A ausência foi notada, uma vez que o encontro tratou diretamente do conflito iniciado pela invasão russa ao território ucraniano em fevereiro de 2022.

Segundo a agência Reuters, Putin não especificou os pontos em que houve concordância entre Estados Unidos e Rússia durante o diálogo.

Foto: Joyce N. Boghosian / RS/via Fotos Publicas

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EUA cancelam vistos de familiares de Alexandre Padilha e de servidores ligados ao Mais Médicos

Departamento de Estado dos EUA revoga vistos por alegações de envolvimento em esquema de trabalho forçado com médicos cubanos

O governo dos Estados Unidos cancelou os vistos da esposa e da filha de 10 anos do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nesta sexta-feira (15). O próprio ministro está com o visto vencido desde 2024, o que impossibilita sua revogação.

A medida faz parte de uma ação do Departamento de Estado norte-americano que, nesta semana, também revogou os vistos de outros servidores públicos brasileiros. Entre os afetados estão Mozart Julio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais da pasta e atual coordenador-geral da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), prevista para ocorrer em 2025.

Segundo comunicado oficial do Departamento de Estado, os servidores teriam contribuído para um suposto “esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano” por meio do programa Mais Médicos. A justificativa apresentada está relacionada à participação de médicos cubanos no programa, que foi criado em 2013, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, com Padilha à frente do Ministério da Saúde.

O programa Mais Médicos foi desenvolvido para atender regiões brasileiras com escassez de profissionais da saúde. Entre 2013 e 2018, médicos cubanos atuaram no Brasil por meio de um acordo de cooperação com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). A iniciativa visava suprir a demanda por atendimento médico em áreas remotas e vulneráveis.

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A exportação de médicos é uma das principais estratégias do governo cubano para obtenção de recursos financeiros, especialmente diante do bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos há mais de seis décadas. Desde a Revolução de 1959, Cuba enfrenta restrições comerciais e financeiras que impactam diretamente sua economia. A atuação internacional dos médicos cubanos começou na década de 1960 e, segundo dados do Ministério da Saúde de Cuba, mais de 605 mil profissionais já prestaram serviços em 165 países, incluindo Portugal, Ucrânia, Rússia, Espanha, Argélia e Chile.

Durante o governo de Jair Bolsonaro, o programa foi reformulado e passou a se chamar Médicos pelo Brasil. O acordo com a Opas foi encerrado, e a participação de médicos estrangeiros foi reduzida. Em 2023, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva retomou o nome original do programa e ampliou sua abrangência, priorizando profissionais brasileiros e incluindo outras categorias da saúde, como dentistas, enfermeiros e assistentes sociais.

A decisão dos Estados Unidos de cancelar os vistos de servidores brasileiros e familiares de Padilha ocorre em meio a uma política de pressão sobre países que mantêm acordos com Cuba para recebimento de profissionais da saúde. Desde o segundo mandato do ex-presidente Donald Trump, Washington tem adotado medidas para constranger governos que participam de programas de cooperação com Havana.

O Ministério da Saúde brasileiro não se manifestou oficialmente sobre os cancelamentos, mas o ministro Alexandre Padilha defendeu publicamente o programa Mais Médicos, afirmando que ele continuará operando independentemente de críticas externas.

Fotos: Divulgação

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TCU recomenda à Câmara investigação sobre viagem de Eduardo Bolsonaro aos EUA

TCU recomenda à Câmara investigação sobre viagem de Eduardo Bolsonaro aos EUA

Órgão aponta possível uso indevido de recursos públicos e solicita apuração do Ministério Público Federal

O Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou que a Câmara dos Deputados investigue se o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) utilizou, direta ou indiretamente, recursos públicos durante estadia nos Estados Unidos.

Segundo o TCU, há indícios de irregularidades na viagem, e o órgão solicitou que a Câmara envie o resultado da apuração e as providências adotadas. A decisão foi tomada em resposta a uma representação apresentada pelo deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP).

O plenário do TCU decidiu, por unanimidade, que não possui competência para julgar eventuais irregularidades no caso, a fim de preservar o devido processo legal e a separação dos Poderes. No entanto, encaminhou a denúncia à Câmara e destacou a necessidade de investigação pelo Ministério Público Federal (MPF).

A deliberação foi aprovada na semana passada e divulgada nesta sexta-feira (8.ago.2025).

Representação e acusações

Na representação, Boulos acusou Eduardo Bolsonaro de promover articulações políticas contrárias à soberania nacional. O parlamentar do PSOL argumenta que negociações com governos ou grupos estrangeiros para incentivar atos hostis contra o Brasil podem configurar crime de atentado à soberania, previsto no Código Penal, com pena de três a oito anos de prisão.

Faltas não justificadas

O parecer do TCU aponta que Eduardo Bolsonaro justificou apenas uma das cinco ausências em sessões da Câmara no mês de março. O deputado estava nos Estados Unidos, mas não havia solicitado licença parlamentar de 122 dias.

A Corte destacou que a ausência de desconto nos salários referentes a quatro faltas não justificadas não atingiu o valor mínimo de R$ 120 mil necessário para abertura de investigação pelo TCU. Por isso, recomendou que a apuração seja feita pela Câmara.

Boulos também havia solicitado ao TCU a investigação da responsabilidade penal de Eduardo Bolsonaro, mas o órgão negou, alegando falta de competência para determinar se houve crime.

Outras investigações

Caso a Câmara confirme a abertura de apuração, será a segunda investigação em andamento contra o deputado. Em julho, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou um inquérito que apura se a viagem de Eduardo Bolsonaro aos Estados Unidos teve o objetivo de articular ações contra autoridades brasileiras.

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados / Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados / Vinicius de Melo/SMDF

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Itamaraty convoca chefe da Embaixada dos EUA após ameaça ao Judiciário

Itamaraty convoca chefe da Embaixada dos EUA após ameaça ao Judiciário

Pelas redes sociais, embaixada disse que monitora “aliados de Moraes”

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) convocou o encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos (EUA), Gabriel Escobar, para dar explicações sobre as ameaças do governo de Donald Trump contra “aliados de [Alexandre de] Moraes no Judiciário”.

O secretário interino da Europa e América do Norte do Itamaraty, o embaixador Flavio Celio Goldman, recebeu o representante do governo Trump no Brasil para manifestar indignação do governo brasileiro com o tom e o conteúdo das postagens recentes do Departamento de Estado e da embaixada nas redes sociais.

O governo entende que as manifestações dos órgãos do Estado do país norte-americano representam clara ingerência em assuntos internos e são ameaças inaceitáveis à autoridades brasileiras.

O Departamento de Estado dos EUA, órgão similar a um ministério das relações exteriores, tem usado as redes sociais para atacar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e do ministro Alexandre de Moraes relativas ao ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados.

Ontem (7), a Embaixada dos EUA no Brasil traduziu comentário do secretário de diplomacia pública Darren Beattie, ameaçando autoridades do Judiciário brasileiro que contribuam com Moraes. “Os aliados de Moraes no Judiciário e em outras esferas estão avisados para não apoiar nem facilitar a conduta de Moraes. Estamos monitorando a situação de perto”, disse o comunicado do diplomata, acusando o ministro de “censura” e “perseguição” contra Bolsonaro.

No último dia 30 de julho, os EUA aplicaram sanções econômicas contra Alexandre de Moraes, previstas na chamada Lei Magnitsky, como punição pelo julgamento da trama golpista, que apura tentativa de golpe de Estado no Brasil após as eleições de 2022, o que incluiria planos para prender e assassinar autoridades públicas.

Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), Bolsonaro pressionou comandantes militares para suspender o resultado da eleição presidencial de outubro de 2022, quando perdeu para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele nega as acusações.

O ex-presidente ainda é investigado em ação que apura a ação de Bolsonaro e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), junto aos EUA para impor sanções contra o Brasil. Entre as razões elencadas pelo governo Trump para tarifar o Brasil, está o processo contra o ex-presidente.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Brett Sayles/Pexels / Jess Loiterton/Pexels

Da Agência Brasil

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Carla Zambelli continuará presa na Itália enquanto aguarda extradição

Carla Zambelli continuará presa na Itália enquanto aguarda extradição

Deputada federal licenciada está detida em Roma e permanecerá sob custódia até decisão do Tribunal

A Justiça da Itália decidiu, nesta sexta-feira (1º.ago.2025), que a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) continuará presa na penitenciária de Rebibbia, em Roma, enquanto aguarda o andamento do processo de extradição. A decisão foi tomada pela Quarta Seção do Tribunal de Roma, durante audiência de custódia.

Zambelli foi detida na última terça-feira (29.jul.2025), após ser localizada em um endereço na capital italiana, onde estava escondida desde que foi considerada foragida pela Justiça brasileira. A Corte italiana deverá avaliar o pedido de liberdade da deputada em meados de agosto.

Despacho do STF

Na quinta-feira (31.jul), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Advocacia-Geral da União (AGU) adote todas as providências cabíveis para viabilizar a extradição da parlamentar. “Oficie-se à AGU para que acompanhe e adote as providências cabíveis e necessárias relacionadas ao processo de extradição da ré”, afirmou Moraes no despacho.

Zambelli foi alvo de mandado de prisão por descumprimento de medidas judiciais relacionadas a investigações em andamento no STF. Sua prisão foi comunicada formalmente às autoridades brasileiras após a confirmação da custódia na Itália.

A Penitenciária de Rebibbia, onde Zambelli está detida, é uma das principais unidades prisionais de Roma e abriga mulheres em regime fechado.

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

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Estados Unidos sancionam Alexandre de Moraes

Estados Unidos sancionam Alexandre de Moraes

Governo norte-americano acusa ministro do STF de violar direitos humanos; instituições brasileiras reagem e defendem soberania nacional e atuação do Judiciário

Às vésperas do aumento generalizado de preços no Brasil, o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), vinculado ao Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, anunciou sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A medida foi adotada com base na Lei Magnitsky, usada pelo governo norte-americano para punir pessoas acusadas de violar direitos humanos.

Segundo o órgão dos EUA, Moraes seria responsável por decisões que violam a liberdade de expressão e promovem prisões arbitrárias. O documento menciona, entre outros pontos, as ações do ministro durante o julgamento da tentativa de golpe de Estado no Brasil e medidas direcionadas a empresas de mídia social estadunidenses.

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, declarou: “Moraes é responsável por uma campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias que violam os direitos humanos e processos politizados – inclusive contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A ação de hoje deixa claro que o Tesouro continuará a responsabilizar aqueles que ameaçam os interesses dos EUA e as liberdades de nossos cidadãos”.

As sanções incluem o bloqueio de bens e empresas ligadas ao ministro nos Estados Unidos, caso haja participação igual ou superior a 50%. Também ficam proibidas transações entre empresas norte-americanas e pessoas sancionadas, além do impedimento de entrada no território norte-americano.

O OFAC ainda citou decisões de Moraes envolvendo redes sociais como Rumble, vinculada à Trump Media & Technology Group, e a plataforma X, ambas sediadas nos Estados Unidos. A Rumble foi suspensa no Brasil por não possuir representante legal, o que contraria a legislação nacional. Em agosto de 2024, Moraes determinou a suspensão da plataforma X pelos mesmos motivos.

O documento acusa o ministro de minar a liberdade de expressão tanto de brasileiros quanto de cidadãos norte-americanos. A OFAC menciona ordens para bloquear perfis e prender usuários de redes sociais, mas não apresenta detalhes sobre os casos citados.

A resposta institucional brasileira foi imediata. O Supremo Tribunal Federal divulgou uma nota à imprensa na qual manifesta solidariedade a Alexandre de Moraes. A Corte ressaltou que as decisões atribuídas ao ministro foram todas validadas em votações colegiadas e que os processos judiciais referentes à tentativa de golpe contêm indícios graves de crimes, inclusive de um plano que envolvia o assassinato de autoridades públicas.

“O Supremo Tribunal Federal não se desviará do seu papel de cumprir a Constituição e as leis do país, que asseguram a todos os envolvidos o devido processo legal e um julgamento justo”, declarou a instituição em nota.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) também se manifestou oficialmente, classificando com “assombro” a aplicação de sanções a um magistrado brasileiro por um país estrangeiro. “A PGR manifesta solidariedade ao ministro, ao Supremo Tribunal Federal e ao Judiciário brasileiro. Renova o reconhecimento da exatidão técnica das deliberações do Supremo Tribunal Federal e dos seus integrantes”, afirmou o órgão.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), em publicação nas redes sociais, reforçou a soberania do país. Sem citar diretamente os Estados Unidos ou Alexandre de Moraes, Motta afirmou que o Brasil não pode apoiar sanções externas contra membros de qualquer Poder constituído da República.

“Como país soberano não podemos apoiar nenhum tipo de sanção por parte de nações estrangeiras dirigida a membros de qualquer Poder constituído da República. Isso vale para todos os parlamentares, membros do executivo e ministros dos Tribunais Superiores”, destacou.

Hugo Motta também reafirmou o papel da Câmara como espaço de diálogo e equilíbrio na defesa da institucionalidade e da democracia brasileira, especialmente em contextos considerados desafiadores.

Especialistas ouvidos por agências internacionais afirmam que setores da extrema-direita, no Brasil e nos Estados Unidos, vêm utilizando narrativas incompletas para sustentar a ideia de perseguição e censura. Pesquisadores apontam que o ordenamento jurídico brasileiro prevê limites à liberdade de expressão e que o Judiciário atua com respaldo legal e independência.

A professora de Direito Constitucional da Universidade Estadual de Pernambuco (UPE), Flávia Santiago, explicou que todas as democracias impõem limites à liberdade de expressão. “A democracia brasileira tem limites e um deles é não pôr em dúvida as próprias instituições democráticas. Isso faz parte da nossa proposta de democracia que está na Constituição de 1988”, observou.

Já Fábio de Sá e Silva, pesquisador associado do Washington Brazil Office (WBO), afirmou que o bloqueio de perfis ou postagens está previsto em lei, principalmente quando envolvem crimes como incentivo ao golpe de Estado, pedofilia ou apologia ao nazismo — práticas consideradas ilegais no Brasil.

Até o momento, o impacto prático das sanções aplicadas a Moraes é considerado limitado, já que o ministro não possui bens nem contas nos Estados Unidos e tampouco tem o hábito de viajar ao país. A sanção desta semana é a segunda contra Moraes no ano. Em julho, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou a revogação dos vistos do ministro, seus familiares e aliados no STF, após a abertura de um inquérito contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

O parlamentar, que ficou licenciado do mandato entre março e julho de 2025, residiu nos Estados Unidos nesse período sob a alegação de perseguição política. Ele é investigado por articulações junto ao governo norte-americano para influenciar decisões contra o Judiciário brasileiro e impedir o avanço das investigações sobre os atos golpistas.

Foto: Bruno Peres/Agência Brasil / Valter Campanato/Agência Brasil / Paulo Pinto/Agência Brasil / Marcelo Camargo/Agência Brasil / Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

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Deputada Carla Zambelli é presa na Itália após condenação no STF

Deputada Carla Zambelli é presa na Itália após condenação no STF

Zambelli estava foragida após sentença de 10 anos de prisão por invasão a sistemas do CNJ; extradição pode ser solicitada

A deputada federal Carla Zambelli foi presa pela polícia italiana na tarde desta terça-feira (29.jul.2025), na Itália. A informação foi confirmada por fontes da Polícia Federal brasileira. Zambelli estava foragida desde que foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão, em maio, por invasão aos sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Segundo a investigação, o crime foi cometido em 2023 e a invasão foi executada pelo hacker Walter Delgatti, que afirmou ter agido sob orientação da parlamentar. Após a condenação, Zambelli deixou o Brasil e passou a integrar a lista de procurados pela Interpol.

A localização da deputada em território italiano foi divulgada pelo deputado italiano Angelo Bonelli, que publicou em sua conta oficial na rede X (antigo Twitter) que havia repassado à polícia um endereço em Roma onde Zambelli estaria hospedada.

“Carla Zambelli está em um apartamento em Roma. Dei o endereço à polícia, e a polícia já está identificando Zambelli”, escreveu Bonelli.

O parlamentar italiano já havia se manifestado sobre o caso anteriormente. Em junho, Bonelli solicitou ao governo da Itália urgência na extradição da deputada brasileira. Segundo ele, a cidadania italiana não deveria ser usada como forma de escapar de uma condenação judicial no Brasil.

Carla Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão por sua participação no episódio de invasão ao sistema do CNJ. A decisão do Supremo Tribunal Federal foi fundamentada em provas obtidas durante a investigação da ação criminosa, que envolveu acesso não autorizado a dados judiciais e adulterações em documentos eletrônicos.

De acordo com os autos do processo, Delgatti admitiu que realizou os acessos e alterações no sistema mediante instruções da deputada, com o objetivo de descredibilizar instituições públicas.

Além do caso envolvendo o CNJ, Carla Zambelli responde a outro processo no STF, relativo ao episódio em que sacou uma arma de fogo e perseguiu o jornalista Luan Araújo, às vésperas do segundo turno das eleições de 2022.

O episódio ocorreu em São Paulo, no bairro dos Jardins, durante um ato político. A perseguição foi registrada em vídeo e gerou repercussão nacional. A Procuradoria-Geral da República denunciou a parlamentar, que virou ré em agosto de 2023.

Até o momento, o julgamento deste segundo processo registra placar de 6 votos a 0 pela condenação de Zambelli a 5 anos e 3 meses de prisão em regime semiaberto. No entanto, a conclusão foi adiada após um pedido de vista apresentado pelo ministro Nunes Marques.

A prisão de Zambelli na Itália pode dar início ao processo formal de extradição, que será conduzido por meio de cooperação entre os governos do Brasil e da Itália. Ainda não há informações oficiais sobre os próximos passos legais ou se a deputada será imediatamente deportada ao Brasil.

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

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Eduardo Bolsonaro ataca Nikolas Ferreira e critica postura de Ratinho Júnior sobre tarifa dos EUA

Eduardo Bolsonaro ataca Nikolas Ferreira e critica postura de Ratinho Júnior sobre tarifa dos EUA

Deputado intensifica disputas com aliados ao criticar Nikolas por live com perfil anônimo e questionar silêncio de Ratinho Júnior sobre Bolsonaro

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a protagonizar confrontos dentro do campo político da direita brasileira. Desta vez, os alvos das críticas foram o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD). Os episódios ocorreram entre o fim de semana e a segunda-feira (29), e envolveram postagens nas redes sociais e manifestações públicas.

Na noite de domingo (28), Eduardo Bolsonaro usou o X (antigo Twitter) para criticar Nikolas Ferreira. O motivo foi a participação do colega mineiro em uma live com o perfil anônimo “Baianinha Intergalática”, que teria feito críticas a Jair Bolsonaro. Eduardo afirmou:

“Ela [Baianinha Intergalática] é uma pessoa abjeta, que defende a minha prisão e de minha família. É triste ver a que ponto o Nikolas chegou.”

O conflito entre os parlamentares não se restringiu à publicação. Apoiadores de Eduardo também se manifestaram nas redes sociais contra a presença de Nikolas em um evento promovido pelo empresário Pablo Marçal, ex-candidato à prefeitura de São Paulo. A crítica gira em torno da aproximação do deputado mineiro com figuras que, segundo aliados de Eduardo, não estariam alinhadas com a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Além de Nikolas, Eduardo Bolsonaro direcionou críticas ao governador do Paraná, Ratinho Júnior, também no domingo. O motivo foi a postura do chefe do Executivo estadual ao comentar a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Para Eduardo, o governador não mencionou, nas suas falas, o que o deputado considera perseguição política contra Bolsonaro e seus apoiadores.

Na rede social, Eduardo publicou:

“Trump postou diversas vezes citando Bolsonaro, fez uma carta onde falou de Bolsonaro, fez declarações para a imprensa defendendo nominalmente o fim da perseguição a Bolsonaro e seus apoiadores. Desculpe-me governador Ratinho Jr, mas ignorar estes fatos não vai solucionar o problema, vai apenas prolongá-lo ao custo do sofrimento de vários brasileiros.”

Na mesma sequência de postagens, Eduardo questionou a leitura americana sobre a fala de Ratinho Júnior:

“Imagino os americanos olhando para este tipo de reação e pensando: o que mais podemos fazer para estas pessoas entenderem que é sobre ‘Jair Bolsonaro, seus familiares e apoiadores’, como expresso na carta, posts e entrevistas de Trump?”

As críticas reforçam o distanciamento entre o deputado e lideranças políticas que, apesar de integrarem o mesmo espectro ideológico, não se alinham integralmente ao discurso adotado pelo núcleo mais próximo de Jair Bolsonaro.

A postura de Eduardo Bolsonaro, nos dois episódios, tem gerado repercussão entre aliados e eleitores da direita, evidenciando disputas internas no campo político que apoiou o ex-presidente.

Até o momento, nem Nikolas Ferreira nem Ratinho Júnior comentaram publicamente as declarações feitas por Eduardo Bolsonaro.

Foto: Beto Barata/PL / Elaine Menke/PL

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Brasil está conversando “com reserva” com Estados Unidos, diz Alckmin

Brasil está conversando “com reserva” com Estados Unidos, diz Alckmin

Vice-presidente afirmou que plano de socorro está em elaboração

A quatro dias da entrada em vigor da tarifa de 50% para produtos brasileiros nos Estados Unidos, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que o Brasil está conversando “com reservas” com o governo estadunidense. Ele reafirmou que o plano de contingência está em elaboração, mas disse que o foco nesta semana está nas negociações comerciais.

“Nós estamos permanentemente no diálogo e quero dizer a vocês que nós estamos dialogando neste momento pelos canais institucionais e com reserva”, disse Alckmin, em entrevista após o lançamento do Programa Acredita Exportação.

O vice-presidente não deu detalhes sobre as conversas com os Estados Unidos nem sobre o plano de contingência em elaboração para ajudar os setores afetados pela taxação.

“O plano de contingência está sendo elaborado, bastante completo, bem feito”, afirmou o vice-presidente.

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o plano de socorro seria levado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta semana. Entre as medidas em estudo, estão linhas de crédito para os setores exportadores.

Programa Acredita Exportação

Em relação ao Acredita Exportação, cujo projeto de lei e decreto de regulamentação foram assinados nesta segunda-feira (28) pelo presidente Lula, Alckmin disse que o programa impulsionará o crescimento de micro e pequenas empresas que vendem para o exterior. Segundo ele, o projeto está alinhado com valores do governo, como a promoção do multilateralismo.

“O projeto vem em boa hora, reafirmando valores que o Brasil defende, como multilateralismo”, afirmou Alckmin, durante a solenidade de sanção do decreto.

Pelo programa, a partir de 1º de agosto, mesma data de entrada em vigor da tarifa de 50% para produtos brasileiros importados pelos Estados Unidos, as micro e pequenas empresas poderão receber de volta o equivalente a 3% de suas receitas com vendas externas.

O ressarcimento poderá ocorrer de forma direta ou por meio de compensação de tributos federais (desconto de tributos pagos a mais em etapas anteriores da cadeia produtiva).

Foto: Cadu Gomes/VPR

Da Agência Brasil

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René Loui embarca para residência artística em Paris

René Loui embarca para residência artística em Paris

Durante a estadia, o cofundador do Coletivo CIDA vai trabalhar na criação do espetáculo “Vigil Torporosa – As danças que não dancei para minha mãe”

Entre os dias 31 de julho e 13 de agosto de 2025, o artista mineiro René Loui, radicado no Rio Grande do Norte e cofundador do Coletivo CIDA, participa de uma residência artística em Paris, onde inicia o processo de criação do espetáculo “Vigil Torporosa – As danças que não dancei para minha mãe”. A ação integra o Programa Funarte Brasil Conexões Internacionais e faz parte das atividades do Ano Cultural Brasil-França 2025, com apoio da Fundação Nacional de Artes (Funarte), vinculada ao Ministério da Cultura do Brasil.

O espetáculo parte de uma experiência pessoal do artista: o luto pela morte de sua mãe, vivenciado este ano. Mais do que representar o luto, o espetáculo busca habitá-lo como gesto artístico onde René investiga, por meio da dança e de outras linguagens cênicas, o limiar entre presença e ausência. O nome da obra vem de um termo médico encontrado no prontuário da mãe — “vigil torporosa” — que se refere a um estado entre a vigília e a inconsciência. A partir disso, o espetáculo propõe uma reflexão sensível, ética e política sobre o luto.

Dez anos após “Etéreo”, seu primeiro solo coreográfico, também criado durante uma residência artística internacional, René retorna ao tema do luto com novas camadas de complexidade e maturidade. Se antes o luto era uma forma de resistência estética, agora ele surge como um território íntimo e coletivo, onde exaustão, permanência e transformação se entrelaçam.

“Vigil Torporosa” é uma obra em construção que propõe uma linguagem híbrida, reunindo dança, performance autobiográfica, teatro documental e acessibilidade como parte da dramaturgia. Ao invés de utilizar recursos como LIBRAS, legendas e audiodescrição apenas como ferramentas técnicas, o espetáculo os incorpora como elementos poéticos e políticos, ampliando o alcance da obra e tornando o luto uma experiência partilhada e sensível.

Durante a residência em Paris, René estará acompanhado de Arthur Moura, produtor artístico e executivo do Coletivo CIDA. A dupla já realizou outra residência artística na França em 2023, na Maison de la Culture (MC2), em Grenoble. Agora, a nova experiência se desenvolve nas ruas de Paris, especialmente em espaços do circuito underground, como galerias alternativas, praças, estações e becos. A cidade é tratada não apenas como cenário, mas como um corpo sensível que dialoga com a criação.

A residência conta ainda com a colaboração crítica do artista visual e performer franco-brasileiro Daniel Nicolaevsky Maria, parceiro artístico de René desde 2021. Daniel contribui para a construção da dramaturgia e da visualidade do espetáculo, explorando temas como precariedade, suspensão e escuta.

Outro parceiro de longa data que participa do processo é o artista sonoro mexicano Fabian Aviila Elizalde, responsável pela trilha do espetáculo. René e Fabian trabalham juntos desde 2018, desenvolvendo uma linguagem cênica que une som, corpo e paisagem como elementos dramatúrgicos. Em Paris, eles irão captar os sons da cidade para compor a ambientação sonora da obra.

Ao final da residência, será realizada uma mostra de processo em Paris, em formato intimista e relacional, ativando o espaço urbano como parte da dramaturgia. No retorno ao Brasil, novas partilhas serão realizadas em Natal, com destaque para encontros no Departamento de Artes da UFRN, onde René Loui é professor, e na sede do Coletivo CIDA, a Casa Tomada, em formato de leitura pública e troca com a comunidade artística e acadêmica.

A estreia de “Vigil Torporosa – As danças que não dancei para minha mãe” está prevista para novembro de 2025, em Natal. A circulação nacional deve ocorrer no primeiro semestre de 2026.

Para mais informações:
Site René Loui – reneloui.com.br
Site Coletivo CIDA – coletivocida.com.br

Fotos: Brunno Martins

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Senador Marcos do Val viaja aos EUA apesar de restrições do STF e tem contas bloqueadas por Moraes

Senador Marcos do Val viaja aos EUA apesar de restrições do STF e tem contas bloqueadas por Moraes

Parlamentar embarcou para Miami usando passaporte diplomático, mesmo após decisão do STF que determinava apreensão do documento e proibição da viagem

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) deixou o Brasil e viajou para os Estados Unidos, apesar de estar com os passaportes bloqueados por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A viagem foi confirmada nesta quinta-feira (24.jul.2025), por meio de nota divulgada pela assessoria do parlamentar.

De acordo com o comunicado, a viagem ocorreu utilizando um passaporte diplomático que não foi apreendido pela Polícia Federal (PF), embora a apreensão tenha sido determinada pelo ministro Alexandre de Moraes em agosto de 2023. O documento, segundo a assessoria, está válido até 31 de julho de 2027, e o visto americano (B1/B2) foi renovado pela embaixada dos Estados Unidos no Brasil em 22 de julho de 2025, com validade até 16 de julho de 2035.

A Polícia Federal chegou a realizar buscas em endereços ligados ao senador, mas o passaporte diplomático não foi localizado. Em fevereiro deste ano, a Primeira Turma do STF confirmou, por unanimidade, a ordem de apreensão do passaporte, além do bloqueio das redes sociais do parlamentar, que também foi proibido de se manifestar por essas plataformas. A investigação apura suposta tentativa do senador de constranger e intimidar investigadores da PF.

No dia 15 de julho, Marcos do Val protocolou um pedido ao STF solicitando autorização para viajar de férias aos Estados Unidos com a família. O pedido foi negado por Alexandre de Moraes. Segundo informações publicadas pelo portal UOL, o senador embarcou para Miami na terça-feira (23.jul.2025), antes de seus advogados serem notificados formalmente da negativa, o que ocorreu na quinta-feira (25.jul).

Em nota oficial, o senador afirmou que comunicou previamente sua viagem ao Senado Federal, ao STF, à Polícia Federal e ao Ministério das Relações Exteriores. No entanto, não mencionou o fato de que não obteve autorização para a saída do país. Durante uma transmissão ao vivo realizada na quinta-feira (24), já nos Estados Unidos, Do Val afirmou: “Minha filha nasceu aqui, é norte-americana. Eu estou na Disney, vim passar férias”.

Poucas horas antes da live, a assessoria do senador havia divulgado posicionamento no qual defendia que não havia nenhuma decisão judicial que impedisse sua liberdade de locomoção. “Apesar de estar sofrendo graves violações das minhas prerrogativas parlamentares, até o momento, não há qualquer decisão judicial válida que restrinja a minha liberdade de locomoção”, dizia a nota. Ainda segundo o comunicado, o parlamentar seguiria exercendo seu mandato normalmente e mantendo agendas institucionais.

Nesta sexta-feira (25.jul), após a confirmação da viagem e diante do descumprimento das medidas cautelares impostas, o ministro Alexandre de Moraes determinou o bloqueio das contas bancárias do senador e das chaves Pix vinculadas ao seu nome. A decisão foi publicada após a constatação de que o parlamentar teria burlado as medidas impostas pelo Supremo.

Marcos do Val é investigado por obstrução de Justiça, após ter publicado dados pessoais do delegado da Polícia Federal Fábio Schor, responsável por investigações relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro e aos atos antidemocráticos de dezembro de 2022. A ordem de apreensão do passaporte do senador foi mantida em março deste ano pelos ministros Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia, que compõem a Primeira Turma do STF.

Até o momento, não está claro de que forma o senador conseguiu sair do país, considerando que o passaporte diplomático deveria ter sido apreendido e que o pedido de viagem havia sido oficialmente negado pelo Supremo Tribunal Federal.

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado / Geraldo Magela/Agência Senado

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Lula chama Trump para conversar e reafirma que Brasil tenta negociar

Lula chama Trump “para conversar” e reafirma que Brasil tenta negociar

Presidente disse ainda que Trump foi induzido a acreditar em mentiras

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta sexta-feira (25), que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi induzido a acreditar “em uma mentira”, de que o ex-presidente Jair Bolsonaro está sofrendo perseguição no Brasil. “O Bolsonaro não é um problema meu, é um problema da Justiça brasileira”, disse Lula durante evento em Osasco (SP).

“O Bolsonaro não está sendo perseguido, ele está sendo julgado com todo o direito de defesa. Ele tentou dar um golpe nesse país, ele não queria que eu e o [vice-presidente, Geraldo] Alckmin tomássemos posse e chegou a montar uma equipe para matar o Lula, o Alckmin e para matar o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, o Alexandre Moraes. Isso já está provado por delação deles mesmos”, disse o presidente.

Lula se colocou à disposição para negociar a taxação de 50% que os EUA querem impor às exportações brasileiras. “Se o presidente Trump tivesse ligado para mim, eu certamente explicaria para ele o que está acontecendo com o ex-presidente”, afirmou.

Para o presidente, o filho de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), se licenciou do mandato na Câmara e foi para os Estados Unidos pedir intervenção no Brasil, “numa total falta de patriotismo”. “Vocês na Câmara tem que tomar uma atitude”, disse Lula aos deputados presentes na cerimônia.

No último dia 9 de julho, o presidente Trump enviou uma carta a Lula anunciando a imposição da tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros a partir do dia 1º de agosto. No documento, Trump justifica a medida citando o ex-presidente Jair Bolsonaro, que é réu no STF por tentativa de golpe de Estado; ele pede a anistia a Bolsonaro.

Diálogo

Lula, então, acionou o vice-presidente Alckmin, que também é ministro da Indústria, Comércio e Serviço, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para negociarem uma solução diplomática com o país norte-americano. O governo também criou um comitê para discutir as taxações com o setor produtivo brasileiro.

“Trump, o dia que você quiser conversar, o Brasil estará pronto e preparado para discutir, para tentar mostrar o quanto você foi enganado com as informações que te deram e você vai saber a verdade sobre o Brasil. E quando você souber da verdade, você vai falar: ‘Lula, eu não vou mais taxar o Brasil, vamos ficar assim do jeito que está’. É isso. Mas é preciso conversar. E está aqui o meu conversador número 1”, disse Lula, citando o vice-presidente.

“Ninguém pode dizer que o Alckmin não quer conversar. Todo dia ele liga para alguém e ninguém quer conversar com ele. Este país é o país de um povo generoso. Então, eu quero que o Trump nos trate com a delicadeza e o respeito que eu trato os Estados Unidos e o povo americano”, acrescentou Lula.

O presidente dos Estados Unidos também justifica as taxações citando “ataques contínuos do Brasil às atividades comerciais digitais de empresas americanas” e suposta “censura” contra plataformas de redes sociais dos Estados Unidos, “ameaçando-as com multas de milhões de dólares e expulsão do mercado de mídia social brasileiro”. A pressão dessas empresas contra a regulação do setor no Brasil teria influenciado a decisão do presidente Trump de aplicar as tarifas.

Hoje, Lula reafirmou que vai promover a regulação das chamadas big techs – as gigantes que controlam as plataformas digitais. “Nós vamos fazer regulação porque eles têm que respeitar a legislação brasileira. Não pode ficar promovendo ódio entre os adolescentes, contando mentira, tentando destruir a democracia e o Estado de direito e democrático. Esse país tem lei e mais do que lei, esse país tem um povo que tem vergonha na cara, caráter e coragem para saber se defender”, afirmou.

Outro argumento de Donald Trump para a taxação seria o prejuízo na relação comercial com o Brasil. “A terceira coisa que também o presidente americano foi mal informado”, disse Lula. “Se você pegar serviços e comércio, os Estados Unidos tem um superávit, em 15 anos, de US$ 410 bilhões. Então, quem deveria estar reclamando éramos nós. E nós não estamos reclamando, estamos querendo negociar”, acrescentou.

Por fim, Lula afirmou que está tranquilo, mas que o Brasil vai tomar as suas posições. O governo estuda responder ao tarifaço com a Lei de Reciprocidade Econômica, mas não sem antes esgotar as vias de diálogo.

“Eu não só estou negociando, como estou colocando o meu companheiro, o vice-presidente da República, que é um homem calejado, para ser um negociador. E ele, obviamente, que não fala rouco como eu, não parece bravo como eu, ele é todo gentil. Mas ele sabe que o Brasil tem razão”, disse o presidente em Osasco.

Foto: Ricardo Stuckert / PR

Da Agência Brasil

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Taxação dos EUA: especialista orienta empresas sobre como mitigar impactos financeiros

Taxação dos EUA: especialista orienta empresas sobre como mitigar impactos financeiros

Empresas afetadas pelas tarifas adicionais devem revisar contratos, planejamento tributário e estratégias de precificação, segundo diretor da Rui Cadete

A recente decisão dos Estados Unidos de aplicar tarifas adicionais sobre produtos brasileiros acendeu um alerta para empresas que atuam no comércio exterior. A medida, anunciada sob justificativas de proteção à indústria americana e prevista para entrar em vigor no dia 1º de agosto, deve impactar a margem de lucro de exportadoras brasileiras e acirrar ainda mais o cenário de competitividade internacional.

Diante desse novo contexto, especialistas recomendam atenção redobrada das empresas quanto aos aspectos fiscais, contratuais e estratégicos das operações. Para o contador e diretor da Rui Cadete, Daniel Carvalho, a atuação contábil é fundamental na identificação de riscos, mitigação de perdas e busca por alternativas que preservem a saúde financeira dos negócios.

“Mudanças como essa afetam diretamente o planejamento financeiro e operacional das empresas exportadoras. Além da revisão de contratos internacionais, é fundamental reavaliar custos, margens de lucro e benefícios fiscais disponíveis, como o Reintegra e o regime de drawback, que podem ajudar a compensar parte das perdas e manter a viabilidade das operações”, orienta.

Segundo Daniel Carvalho, o papel do contador “vai muito além” do cumprimento das obrigações acessórias. Em um cenário de incertezas e mudanças no comércio internacional, a contabilidade ganha uma dimensão estratégica ao oferecer às empresas análises precisas, simulações financeiras e suporte técnico para decisões que impactam diretamente a continuidade e a rentabilidade das operações.

“Empresas que atuam no mercado internacional precisam de um acompanhamento técnico permanente, que possibilite respostas rápidas e assertivas diante de alterações no cenário global, como novas taxações, variações cambiais ou mudanças em acordos comerciais. Nesse contexto, a contabilidade construtiva atua na busca por soluções que assegurem a sustentabilidade e a competitividade do negócio”, completa o diretor da Rui Cadete.

Entre as recomendações para empresas impactadas pelas tarifas estão a revisão do planejamento tributário, a renegociação de preços e prazos com compradores externos, o reforço no compliance fiscal e a análise de oportunidades em outros mercados internacionais. A medida deve entrar em vigor no dia 1º de agosto, mas entidades setoriais e o governo brasileiro buscam diálogo com os EUA para reverter ou mitigar os efeitos da sobretaxa.

Foto: Divulgação

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Potiguar morre após incêndio causado por explosão de bicicleta elétrica na Irlanda

Potiguar morre após incêndio causado por explosão de bicicleta elétrica na Irlanda

Ailton Soares, de 38 anos, estava internado desde junho em estado grave e não resistiu aos ferimentos

O potiguar Ailton Soares de Oliveira, de 38 anos, morreu na madrugada deste domingo (20.jul.2025), após não resistir aos ferimentos causados por um incêndio ocorrido no apartamento onde ele morava em Dublin, na Irlanda.

O incêndio teve início no dia 24 de junho, quando a bateria de uma bicicleta elétrica que estava sendo carregada no imóvel explodiu. Ailton, que trabalhava como entregador no país, estava sozinho no apartamento no momento do incidente.

Gravemente ferido, ele foi socorrido por equipes do Corpo de Bombeiros da cidade e levado a um hospital local. Desde então, passou por procedimentos cirúrgicos e ficou internado em coma induzido. De acordo com relatos de familiares, Ailton apresentou sinais de melhora em alguns momentos durante a internação, mas o quadro de saúde se agravou nos últimos dias, levando ao óbito.

A família, que reside em Natal, foi informada da morte no domingo. Desde o acidente, amigos e parentes organizavam uma campanha de arrecadação de fundos para custear o tratamento médico de Ailton. Com o falecimento, os esforços foram redirecionados para a realização do translado do corpo ao Brasil e a cobertura de despesas com documentação, velório e sepultamento.

“Após dias de luta intensa, ele não resistiu aos ferimentos causados pelo grave acidente. Ailton partiu longe de casa, mas cercado por nossas orações, amor e esperança”, diz um comunicado publicado por familiares nas redes sociais.

Em nota divulgada online, a família agradeceu todas as contribuições recebidas até o momento e reforçou o pedido por novas doações para garantir o retorno do corpo ao país de origem. “Agradecemos imensamente a todos que ajudaram até aqui — com doações, mensagens e compartilhamentos. Agora precisamos da sua ajuda para trazer o corpo ao Brasil”, diz o texto.

A campanha continua ativa nas plataformas digitais, com o objetivo de arrecadar os valores necessários para viabilizar o procedimento internacional de repatriação do corpo, além dos trâmites legais e funerários.

Até o momento, não há informações divulgadas pelas autoridades locais sobre investigações em relação à causa da explosão da bateria da bicicleta elétrica. Familiares aguardam os próximos passos para realizar o sepultamento em Natal.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

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Eduardo Bolsonaro diz que não vai renunciar e afirma que pode manter mandato por mais três meses

Eduardo Bolsonaro diz que não vai renunciar e afirma que pode manter mandato por mais três meses

Deputado afirma que está sendo alvo de perseguição e volta a criticar ministros do STF; licença de Eduardo chegou ao fim neste domingo

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou neste domingo (20.jul.2025) que não pretende renunciar ao mandato. A afirmação foi feita durante uma live transmitida em seu canal no YouTube. “De cara, adianto para vocês: não vou fazer nenhum tipo de renúncia. Se eu quiser, consigo levar o meu mandato pelo menos pelos próximos três meses”, afirmou.

Durante o vídeo, Eduardo Bolsonaro, que estava licenciado do cargo até este domingo, voltou a alegar que é alvo de perseguição. Ele criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e também mencionou os ministros Flávio Dino e Luís Roberto Barroso.

“O sistema está me perseguindo por conta do meu trabalho. Se você um dia tiver dúvida: ‘Poxa, de quem é essa criança bonita aí que está cancelando visto de ministro da Suprema Corte?’ É do Eduardo Bolsonaro. Por isso estão com raiva vindo atrás de mim”, disse o deputado, fazendo referência à revogação de vistos de ministros do STF pelos Estados Unidos.

No sábado (19), Alexandre de Moraes afirmou que Eduardo teria intensificado condutas ilícitas após medidas restritivas aplicadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, como o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de uso de redes sociais e de contato com outros investigados. Em resposta, Eduardo classificou as medidas como “humilhação” e pediu uma “resposta” do governo norte-americano.

Licença de Eduardo Bolsonaro chegou ao fim

A licença de Eduardo Bolsonaro encerrou oficialmente neste domingo (20). Com isso, ele deve ser reconduzido automaticamente ao cargo de deputado federal. No entanto, como segue nos Estados Unidos, sua ausência nas sessões parlamentares pode gerar consequências, incluindo a perda do mandato.

Em entrevista à Coluna do Estadão no último dia 14, Eduardo disse que pretende continuar fora do Brasil. “Por ora eu não volto [para o Brasil]. A minha data para voltar é quando Alexandre de Moraes não tiver mais força para me prender. Estou falando com alguns assessores. Se for o caso de perder o mandato, vou perder o mandato e continuar aqui. O trabalho que estou fazendo aqui é mais importante do que o trabalho que eu poderia fazer no Brasil”, afirmou.

O deputado federal solicitou licença do cargo no dia 18 de março de 2025, por um total de 122 dias — sendo dois dias por motivos de saúde e 120 dias por razões particulares. À época, declarou que a licença seria sem remuneração e que se dedicaria a buscar sanções contra supostos violadores de direitos humanos.

Durante a licença, sua vaga foi ocupada pelo suplente José Olímpio (PL-SP).

De acordo com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, no Art. 235, os parlamentares podem solicitar licença sem remuneração para tratar de interesses particulares, desde que o afastamento não ultrapasse 120 dias por sessão legislativa.

Ainda segundo o Art. 240, a perda do mandato pode ocorrer em três situações: morte, renúncia ou ausência injustificada a um terço das sessões ordinárias durante o ano legislativo, salvo em casos de licença ou missão oficial autorizada.

Críticas ao ministro Barroso com base em informação incorreta

Durante a live, Eduardo Bolsonaro também se dirigiu ao ministro Luís Roberto Barroso. Ele citou um suposto caso envolvendo a filha do ministro, Luna van Brussel Barroso, que, segundo Eduardo, teria sido deportada dos Estados Unidos devido à revogação de vistos — o que não corresponde à realidade.

Luna concluiu pós-graduação na Universidade de Yale, em New Haven (Connecticut), e voltou ao Brasil em 2023. Atualmente, ela cursa doutorado em Direito Constitucional na USP e trabalha como advogada em um escritório fundado por antigos sócios de Barroso.

“Eu queria perguntar ao ministro Barroso se ele acha justo que a filha dele tenha que trancar os estudos nos Estados Unidos e voltar ao Brasil. Porque a minha situação é muito pior, ministro Barroso, e o senhor, absolutamente, não fez nada para impedir essa perseguição. Quando não, contribuiu. Precisava chegar nesse ponto?”, questionou Eduardo, ainda se referindo à sua situação nos Estados Unidos.

Segundo ele, não pode voltar ao Brasil, enquanto seu pai está sem passaporte. Eduardo comparou sua condição à do ministro, afirmando que Barroso poderia ao menos encontrar a filha em outro país, como a Europa, se quisesse.

A declaração sobre a filha do ministro foi feita com base em informações falsas. Luna não está sendo deportada nem reside atualmente nos Estados Unidos.

Fotos: Beto Barata/PL / Elaine Menke/PL

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Preta Gil morre aos 50 anos nos EUA; família organiza repatriação do corpo e homenagens se multiplicam

Preta Gil morre aos 50 anos nos EUA; família organiza repatriação do corpo e homenagens se multiplicam

Cantora enfrentava um câncer desde 2023 e faleceu em Nova York; artistas, políticos e fãs lamentam a perda

A cantora, apresentadora e empresária Preta Gil morreu neste domingo (20.jul.2025), aos 50 anos, em sua residência em Nova York, nos Estados Unidos. Ela enfrentava um câncer colorretal desde janeiro de 2023. A morte foi confirmada por sua assessoria de imprensa e repercutiu em todo o país, gerando comoção entre familiares, artistas, autoridades e fãs.

Filha de Gilberto Gil e Sandra Gadelha, sobrinha de Caetano Veloso e afilhada de Gal Costa, Preta nasceu no Rio de Janeiro, em 8 de agosto de 1974. Desde cedo envolvida com o meio artístico, construiu uma carreira diversificada, que incluiu seis álbuns, programas de televisão, projetos empresariais como a agência Mynd e o tradicional “Bloco da Preta” no Carnaval do Rio de Janeiro.

Em nota divulgada nas redes sociais, Gilberto Gil e Flora Gil informaram que a família está providenciando a repatriação do corpo. “Estamos neste momento cuidando dos procedimentos para sua repatriação ao Brasil. Pedimos a compreensão de tantos queridos amigos, fãs e profissionais da imprensa enquanto atravessamos esse momento difícil em família. Assim que possível, divulgaremos informações sobre as despedidas”, informou a família.

A última aparição pública de Preta Gil ocorreu no dia 26 de abril, em São Paulo, quando ela subiu ao palco ao lado do pai, durante a turnê “Tempo Rei”, que marca a despedida de Gilberto Gil dos palcos.

Desde o diagnóstico, Preta compartilhou abertamente os desafios do tratamento, passando por cirurgias, quimioterapia e períodos de remissão e recidiva. Em agosto de 2023, ela celebrou a retirada do tumor, mas a doença retornou em 2024, levando a novos ciclos de tratamento, inclusive nos Estados Unidos, onde veio a falecer após agravamento no quadro clínico.

A cantora deixa o pai, a mãe, irmãos, o filho Francisco Gil — fruto de seu relacionamento com o ator Otávio Müller — e a neta Sol de Maria. Francisco acompanhou os últimos dias da mãe nos Estados Unidos, junto a amigos próximos.

Homenagens de artistas, autoridades e instituições

Logo após a confirmação da morte, personalidades de diferentes áreas manifestaram pesar pela perda de Preta Gil. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que Preta “seguia espalhando a alegria de viver mesmo nos momentos mais difíceis” e ligou para Gilberto Gil e Flora para oferecer apoio.

A chef e apresentadora Bela Gil, irmã de Preta, descreveu a perda como sua “maior grande perda” e “eterna inspiração”. Diversos artistas também homenagearam a cantora. Ivete Sangalo escreveu: “Não consigo entender essas notícias sobre sua partida. A sua luz tão forte nos fortalece.” Angélica afirmou que Preta foi “amiga no sentido mais profundo da palavra”.

Luciano Huck relembrou a amizade de mais de 25 anos: “Ela esteve presente nos momentos mais marcantes e felizes da minha vida.” Taís Araújo declarou que seguirá firme nas “aulas” que teve com Preta. O cantor Thiaguinho escreveu: “Um pedaço de mim que se vai… um pedaço da minha história.”

Outras manifestações vieram da atriz Fernanda Torres, da atriz e cantora Zezé Motta, do ator Bruno Gagliasso e do vice-presidente Geraldo Alckmin. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, destacou a autenticidade da artista. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, afirmou que Preta “foi e sempre será potência”. A primeira-dama Janja Silva escreveu que “o Brasil inteiro se mobilizou em amor e orações pela sua recuperação”.

Entidades também se pronunciaram. A escola de samba Estação Primeira de Mangueira lembrou da participação de Preta como Rainha de Bateria em 2007. O Clube de Regatas do Flamengo, do qual Preta era torcedora, prestou condolências e destacou sua luta por justiça.

Legado artístico e social

Além de sua carreira musical e na televisão, Preta Gil foi conhecida por seu posicionamento firme em pautas sociais. Atuou contra o racismo, a gordofobia e o preconceito de gênero. Também usou sua visibilidade para defender o diagnóstico precoce do câncer, tema que ganhou força após seu diagnóstico.

Mesmo em tratamento, continuou participando de eventos e mobilizando seguidores com mensagens sobre autoestima e aceitação. O “Bloco da Preta” se tornou uma das atrações mais conhecidas do Carnaval do Rio, reunindo milhares de foliões e promovendo diversidade e inclusão.

A morte de Preta Gil encerra uma trajetória de mais de duas décadas de atuação artística e ativismo social. Informações sobre velório e sepultamento devem ser divulgadas pela família nos próximos dias.

Fotos: Reprodução/Redes Sociais / LetoCarvalho/Visualhunt / Sebástian Freire/VisualHunt / Music2_Mynd/VisualHunt

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Moraes diz que Eduardo Bolsonaro intensificou ataques ao STF após tornozeleira em Bolsonaro

Moraes diz que Eduardo Bolsonaro intensificou ataques ao STF após tornozeleira em Bolsonaro

Ministro determinou que PF junte postagens e entrevistas do deputado licenciado ao inquérito sobre tentativa de obstrução de Justiça

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou neste sábado (19.jul.2025) que o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) intensificou a prática de condutas consideradas ilícitas após a imposição de medidas cautelares contra seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Entre essas medidas, está a instalação de uma tornozeleira eletrônica.

Moraes determinou que a Polícia Federal (PF) inclua no inquérito as postagens e entrevistas concedidas por Eduardo Bolsonaro logo após a revelação das medidas contra o ex-presidente. Segundo o ministro, o parlamentar passou a fazer diversos ataques ao STF nas redes sociais após a decisão judicial.

“Após a adoção de medidas investigativas de busca e apreensão domiciliar e pessoal, bem como a imposição de medidas cautelares em face de Jair Messias Bolsonaro, o investigado Eduardo Nantes Bolsonaro intensificou as condutas ilícitas objeto desta investigação, por meio de diversas postagens e ataques ao Supremo Tribunal Federal nas redes sociais”, afirmou Moraes no despacho.

Esta foi a primeira manifestação pública do ministro sobre o caso desde que o governo dos Estados Unidos anunciou o cancelamento de vistos de entrada no país para Moraes, outros ministros do STF e seus familiares.

Neste sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou-se contra a revogação dos vistos e declarou solidariedade aos ministros da Corte.

Medidas contra o ex-presidente

Na sexta-feira (18.jul), Jair Bolsonaro passou a usar tornozeleira eletrônica, por determinação de Moraes. A medida foi referendada pela maioria da Primeira Turma do STF. Entre as determinações impostas, o ex-presidente está proibido de sair de casa à noite, entre 19h e 6h, e nos fins de semana. Ele também não pode manter contato com o filho Eduardo Bolsonaro nem com embaixadores, além de estar impedido de se aproximar de embaixadas ou consulados.

Além disso, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na casa de Bolsonaro e em seu escritório político, localizado na sede do Partido Liberal (PL), em Brasília. Durante a operação, foram apreendidos um pen drive escondido em um banheiro da residência, além de US$ 14 mil e R$ 8 mil em espécie.

As ações fazem parte de um inquérito instaurado a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para apurar supostos crimes de coação no curso do processo, obstrução de Justiça e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Suposta atuação de Eduardo nos EUA

Na decisão de sexta-feira, Moraes citou risco de fuga de Bolsonaro e a necessidade de interromper ações que visariam intimidar o STF a arquivar a ação penal em que o ex-presidente é réu por tentativa de golpe de Estado.

O ministro também mencionou que o próprio Bolsonaro admitiu ter enviado cerca de R$ 2 milhões para manter Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos. O deputado está no país desde março, após se licenciar do mandato.

Segundo a PGR e a PF, Eduardo Bolsonaro tem atuado junto ao governo norte-americano com o objetivo de buscar sanções contra autoridades brasileiras, como forma de pressionar o Judiciário a arquivar as ações contra o ex-presidente.

Entre as evidências reunidas, há registros de publicações e entrevistas em que Eduardo defende a imposição de sanções ao Brasil. Em algumas dessas declarações, ele relata reuniões com representantes do governo dos EUA.

Contexto internacional

O caso ganhou repercussão internacional após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar a taxação de 50% sobre produtos brasileiros. A medida teria sido motivada, entre outros fatores, pela alegação de que Bolsonaro estaria sofrendo perseguição política no Brasil.

Defesa

Logo após instalar a tornozeleira eletrônica na Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal, Jair Bolsonaro declarou à imprensa que a medida representa uma “suprema humilhação”. Ele negou intenção de deixar o país para escapar de eventual condenação.

Em nota, a defesa do ex-presidente afirmou que recebeu com “surpresa e indignação” a imposição das medidas cautelares e ressaltou que Bolsonaro sempre cumpriu as determinações do Poder Judiciário.

Foto: Beto Barata/PL

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EUA revogam vistos de Alexandre de Moraes, familiares e aliados, anuncia secretário Marco Rubio

EUA revogam vistos de Alexandre de Moraes, familiares e aliados, anuncia secretário Marco Rubio

Medida foi anunciada após operação da PF contra Bolsonaro; STF ainda não se manifestou

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou nesta sexta-feira (18.jul.2025) a revogação dos vistos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de seus familiares e de aliados na Corte. A medida foi divulgada por meio de comunicado, mas sem detalhar quais outros ministros do STF seriam afetados.

A revogação ocorre no mesmo dia em que o ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo de operação da Polícia Federal (PF), que incluiu mandado de busca e apreensão, imposição de uso de tornozeleira eletrônica e recolhimento domiciliar noturno, das 19h às 6h.

No anúncio, Rubio afirmou que Moraes estaria promovendo ações que violam direitos, ao perseguir o ex-presidente Bolsonaro e impor medidas que ele classificou como censura.

“A política de caça às bruxas de Alexandre de Moraes contra Jair Bolsonaro criou um complexo de perseguição e censura que viola os direitos dos brasileiros e também atinge os americanos. Ordenei a revogação dos vistos de Moraes, seus aliados na corte e seus familiares, de forma imediata”, declarou o secretário.

Até o momento da publicação, o Supremo Tribunal Federal não se manifestou oficialmente sobre a medida anunciada pelo governo dos Estados Unidos.

Operação da PF

As medidas cautelares impostas ao ex-presidente Bolsonaro fazem parte de um inquérito que investiga a suposta tentativa de interferência internacional para pressionar autoridades brasileiras e influenciar decisões judiciais. O foco da apuração é a atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente.

O inquérito apura articulações com membros do governo do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para promover retaliações contra o governo brasileiro e membros do Supremo Tribunal Federal. A investigação também busca esclarecer ações para impedir o avanço da ação penal relacionada à suposta trama golpista.

Em março deste ano, Eduardo Bolsonaro solicitou licença do mandato parlamentar na Câmara dos Deputados e passou a residir nos Estados Unidos. Ele alegou perseguição política como justificativa para o afastamento temporário do cargo. A licença parlamentar concedida termina no próximo domingo (20).

Repercussão

A decisão de revogar os vistos de Moraes, familiares e aliados gera repercussões diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, ainda sem manifestação oficial do Itamaraty ou da Suprema Corte brasileira. A ação ocorre em meio a tensões políticas relacionadas às investigações em curso sobre tentativa de ruptura institucional no país.

O governo brasileiro ainda não informou se adotará medidas diplomáticas em resposta ao anúncio feito por Marco Rubio.

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil / Molly Riley

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EUA abrem investigação contra o Brasil, classificam Pix como prática desleal e ampliam retaliação comercial

EUA abrem investigação contra o Brasil, classificam Pix como prática desleal e ampliam retaliação comercial

Inquérito do governo Trump questiona práticas brasileiras envolvendo Pix, etanol, comércio digital e propriedade intelectual

O governo dos Estados Unidos, por meio do Escritório do Representante Comercial (USTR), iniciou uma investigação contra o Brasil com base na Seção 301 da Lei de Comércio de 1974. A decisão foi anunciada nesta terça-feira (15.jul.2025) e representa um aprofundamento das medidas de retaliação comercial já iniciadas anteriormente, como o aumento de tarifas de importação para produtos brasileiros a partir de 1º de agosto.

A investigação tem como objetivo apurar se políticas e práticas brasileiras são consideradas irracionais, discriminatórias ou restritivas ao comércio com os Estados Unidos. Entre os temas mencionados pelo USTR estão propriedade intelectual, tarifas preferenciais, etanol, desmatamento ilegal, comércio digital e serviços de pagamento eletrônico, como o Pix.

Serviços de pagamento eletrônico e Pix

O relatório divulgado pelo governo americano aponta práticas desleais no setor de pagamentos eletrônicos, sugerindo favorecimento a sistemas desenvolvidos pelo próprio governo brasileiro. O documento menciona “vantagens para os serviços de pagamento eletrônico desenvolvidos pelo governo”, sem citar diretamente o Pix, mas com referência clara à sua atuação no mercado.

Comércio digital e transferência de dados

Outra preocupação do USTR está relacionada à legislação brasileira sobre transferência internacional de dados. O órgão afirma que o Brasil impõe restrições amplas à saída de dados pessoais do país, o que pode afetar rotinas comerciais e operações de empresas americanas que utilizam servidores nos Estados Unidos.

Propriedade intelectual

O relatório também traz críticas à política de propriedade intelectual adotada no Brasil. O USTR aponta a existência de comércio generalizado de produtos falsificados, consoles modificados e dispositivos de streaming ilícitos. Como exemplo, cita a Rua 25 de Março, em São Paulo, como um dos maiores mercados de produtos falsificados do país.

A lentidão na concessão de patentes também é mencionada como um problema. De acordo com o órgão americano, o tempo médio de espera para concessão de patentes biofarmacêuticas é de cerca de 7 anos, chegando a 9,5 anos no caso de patentes farmacêuticas concedidas entre 2020 e 2024.

Etanol e tarifas comerciais

O documento também trata da disputa em torno do etanol. O USTR afirma que os produtores americanos enfrentam tarifas elevadas para exportar ao Brasil, o que contrasta com o tratamento recíproco anteriormente adotado entre os dois países. Em 2024, os Estados Unidos produziram aproximadamente 16,1 bilhões de galões de etanol, enquanto o Brasil produziu cerca de 8,8 bilhões — juntos, os dois países representam 80% da produção mundial.

De acordo com o USTR, a revogação do tratamento recíproco pelo Brasil comprometeu o equilíbrio comercial entre os dois países e afetou negativamente os produtores americanos.

A investigação pode resultar em novas sanções ou medidas comerciais, a depender da conclusão do processo conduzido pelo USTR. Não há prazo oficial divulgado para o encerramento da investigação.

Foto: Bruno Peres/Agência Brasil / Paulo Pinto/Agência Brasil

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Governo e Congresso articulam resposta a tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros

Governo e Congresso articulam resposta a tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros

Alckmin, Alcolumbre e Hugo Motta defendem união entre Executivo e Legislativo para enfrentar retaliação americana

Representantes do governo federal e do Congresso Nacional divulgaram nesta quarta-feira (16.jul.2025) um vídeo conjunto em que afirmam trabalhar em articulação para responder às tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A medida foi anunciada pelo presidente americano Donald Trump e entra em vigor a partir de 1º de agosto.

Participam do vídeo o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin; o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP); e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Declarações de apoio do Legislativo

Davi Alcolumbre afirmou que o Parlamento está unido na defesa dos interesses do Brasil. Segundo ele, a condução da resposta às tarifas será liderada pelo Poder Executivo, com o Congresso atuando na retaguarda para garantir agilidade às decisões políticas e legislativas.

“Quero registrar ao presidente Geraldo Alckmin e também ao presidente Lula que o Parlamento brasileiro está unido em torno da defesa dos interesses nacionais”, disse Alcolumbre.

Hugo Motta reforçou o compromisso do Legislativo em colaborar com rapidez. “Estamos prontos para estar na retaguarda do Poder Executivo para que, nas decisões necessárias à ação do Parlamento, nós possamos agir com rapidez, com agilidade, para que o Brasil possa sair mais forte desta crise.”

Ambos classificaram a medida americana como uma interferência externa e mencionaram a soberania nacional como ponto central da reação.

Posição do Executivo

Durante o vídeo, o ministro Geraldo Alckmin classificou as tarifas como inadequadas e disse que os Estados Unidos têm balança comercial superavitária com o Brasil. Segundo ele, dos dez principais produtos exportados pelos EUA ao Brasil, oito não pagam tarifas de importação.

“É um equívoco do governo americano, porque eles têm superavit na balança comercial com o Brasil. Dos dez produtos que eles mais exportam, oito não pagam nada de imposto. É totalmente inadequado, injusto, e vamos trabalhar juntos para reverter essa situação”, declarou o ministro.

Reunião com líderes políticos

A gravação do vídeo ocorreu após reunião realizada na Residência Oficial do Senado. Participaram do encontro a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann; os senadores Jaques Wagner (PT-BA), Randolfe Rodrigues (PT-AP), Renan Calheiros (MDB-AL), Rogério Carvalho (PT-SE), Weverton Rocha (PDT-MA), Fernando Farias (MDB-AL) e Nelsinho Trad (PSD-MS).

O senador Nelsinho Trad é autor de um requerimento aprovado na terça-feira (15) que autoriza o envio de uma comitiva de senadores a Washington. A missão tem como objetivo discutir diretamente com autoridades americanas a decisão sobre as tarifas. A viagem está prevista para a última semana de julho.

A mobilização ocorre em meio a preocupações de setores industriais e agropecuários que estimam prejuízos com a nova política tarifária dos Estados Unidos. O governo brasileiro já iniciou tratativas diplomáticas e comerciais para reverter a decisão.

Foto: Saulo Cruz/Agência Senado / Andressa Anholete/Agência Senado / Cadu Gomes/VPR

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RN elabora carta com setores produtivos para reduzir impacto de tarifas dos EUA

RN elabora carta com setores produtivos para reduzir impacto de tarifas dos EUA

Reunião discutiu estratégias para mitigar efeitos do aumento tarifário em produtos potiguares

O Governo do Rio Grande do Norte está elaborando uma carta conjunta com representantes dos setores produtivos para apresentar estratégias que busquem atenuar os impactos do aumento das tarifas anunciado pelos Estados Unidos sobre produtos potiguares.

O tema foi o principal ponto da reunião realizada na terça-feira (15.jul.2025), que contou com a participação dos secretários de Desenvolvimento Econômico, Alan Silveira; da Fazenda, Carlos Eduardo Xavier; e de Agricultura e Pesca, Guilherme Saldanha. Também estiveram presentes representantes da Federação das Indústrias do RN (Fiern), da Fecomércio, da Faern, do Sebrae, da Codern e de outras entidades de segmentos atingidos pela elevação tarifária.

Segundo Alan Silveira, secretário de Desenvolvimento Econômico, a carta em elaboração será direcionada ao governo federal, com propostas para incluir as especificidades do Rio Grande do Norte nas negociações. Ele informou que a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) está monitorando os possíveis impactos no estado e estudando medidas que possam reduzir prejuízos aos setores exportadores.

Silveira mencionou ainda a intenção de, caso não seja possível reverter o aumento tarifário de forma imediata, negociar um prazo de 90 dias junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) para permitir tratativas mais amplas.

O secretário da Fazenda, Carlos Eduardo Xavier, destacou a importância do diálogo com os setores produtivos para definir os pontos principais do documento. Ele afirmou que a reunião teve a participação de representantes dos setores mais impactados, buscando discutir medidas que serão consolidadas na carta a ser enviada ao governo federal.

Carlos Eduardo Xavier também explicou que o objetivo inicial é tentar reverter as medidas de aumento das tarifas. Caso isso não ocorra, será buscado um prazo maior para negociação, de modo a evitar impactos negativos para o emprego e a renda no estado.

Durante o encontro, o secretário de Desenvolvimento Econômico apresentou um estudo técnico que detalha os possíveis efeitos do aumento tarifário sobre a economia potiguar. Entre os principais produtos exportados do Rio Grande do Norte para os Estados Unidos em 2025 estão albacora-bandolim, caramelos e confeitos, sal marinho, atuns, granitos, açúcares de cana, peixes congelados e castanha de caju.

O presidente da Fiern, Roberto Serquiz, afirmou que a reunião foi uma oportunidade para dialogar sobre o problema e buscar soluções técnicas. Ele ressaltou que o aumento das tarifas pode prejudicar setores como o sal, a pesca e os doces e caramelos.

Entre as sugestões apresentadas pelo governo estadual durante a reunião está o estímulo a acordos comerciais e protocolos fitossanitários bilaterais, por meio de articulação federativa.

Participaram também o secretário de Agricultura e Pesca, Guilherme Saldanha; o secretário adjunto de Desenvolvimento, Hugo Fonseca; e o diretor-presidente da Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern), Paulo Henrique de Macedo.

Entre os representantes das entidades dos setores produtivos estavam o superintendente do Sebrae-RN, José Ferreira de Melo; o presidente do Sindicato da Indústria de Extração de Sal do RN (SIESAL-RN), Airton Torres; o presidente do Sindicato da Indústria de Doces e Conservas Alimentícias do RN (SINDAL-RN), Ednaldo Barreto; o presidente do Sindicato da Indústria da Pesca do RN (SINDIPESCA-RN), Arimar França Filho; o presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon), Ricardo Henrique; o diretor executivo da Federação do Comércio, Laumir Barreto; e o assessor técnico da Federação da Agricultura, Cleudo Juventino.

A elaboração da carta com propostas será baseada nas demandas apresentadas pelos setores produtivos e nos dados técnicos sobre o impacto das tarifas. O documento deve reunir as estratégias sugeridas para reduzir prejuízos econômicos ao Rio Grande do Norte.

Foto: Divulgação/Sedec

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Alckmin discute tarifas dos EUA com empresários e propõe negociação até agosto

Alckmin discute tarifas dos EUA com empresários e propõe negociação até agosto

Vice-presidente lidera reuniões com setores industrial e agropecuário sobre impacto das tarifas de 50%

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, liderou nesta terça-feira (15.jul.2025) duas reuniões com representantes dos setores industrial e agropecuário para discutir os impactos da decisão dos Estados Unidos de aumentar para 50% as tarifas de importação de produtos brasileiros.

Durante os encontros, realizados em Brasília, Alckmin ouviu relatos de prejuízos já observados em diferentes cadeias produtivas. Os empresários defenderam que o Brasil evite adotar medidas de retaliação e sugeriram que o governo federal solicite o adiamento da vigência das tarifas, prevista para 1º de agosto.

De acordo com o vice-presidente, o objetivo é negociar com os EUA até o fim do prazo para tentar reverter ou atenuar os efeitos das tarifas. “Ouvimos todos os setores com maior fluxo de comércio com os Estados Unidos — desde aviação, aço, alumínio, máquinas, têxteis, calçados, papel e celulose. O que vimos foi um alinhamento em torno da negociação. Eu trouxe a mensagem do presidente Lula de empenho para rever esta situação”, declarou.

Segundo dados citados por Alckmin, as exportações do Brasil para os Estados Unidos cresceram 4,37% entre janeiro e junho deste ano, enquanto as importações americanas para o Brasil aumentaram 11,48% no mesmo período. O vice-presidente afirmou que esse desequilíbrio reforça a importância da negociação.

Ainda segundo Alckmin, o setor produtivo brasileiro se comprometeu a dialogar com seus parceiros nos Estados Unidos — incluindo compradores, fornecedores e empresas — para buscar soluções que evitem prejuízos bilaterais.

Participação do Ministério da Agricultura

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, também participou da reunião com representantes do setor agropecuário. Ele destacou que o governo Lula tem atuado desde o início do mandato para ampliar os mercados de exportação da agropecuária brasileira.

Fávaro informou que 393 novos mercados foram abertos desde o início de 2023. Segundo ele, o setor pecuário projetava dobrar as exportações de carne em 2025, antes do anúncio das tarifas. “O diálogo está aberto na parte brasileira, mas com respeito à soberania e muita altivez”, afirmou.

Novas estratégias

Os representantes empresariais presentes nas reuniões sinalizaram apoio às tratativas conduzidas pelo governo federal. Entre as estratégias discutidas estão a intensificação do diálogo diplomático e a busca por novos acordos comerciais com outros mercados.

Alckmin destacou que a imposição das tarifas pode ter repercussões também nos Estados Unidos, encarecendo produtos e impactando a economia local. Segundo ele, esse cenário pode ser utilizado como argumento para reabrir negociações bilaterais.

As reuniões integram os esforços do governo federal para enfrentar os impactos da medida adotada pelo governo americano e estabelecer alternativas que minimizem os efeitos sobre a produção nacional.

Foto: Cadu Gomes/VPR

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Eduardo Bolsonaro critica governador de SP em ajuda ao tarifaço: “subserviência servil”

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Deputado licenciado reage a postura de Tarcísio de Freitas sobre negociação com EUA para reduzir tarifa de 50%

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), por sua postura em relação ao tarifaço anunciado pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A crítica foi publicada por Eduardo em sua conta na rede social X (antigo Twitter), onde ele afirmou que para Tarcísio “subserviência servil às elites é sinônimo de defender os interesses nacionais”.

A manifestação de Eduardo Bolsonaro ocorreu após o governador paulista se reunir com empresários do setor industrial para tratar da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, Eduardo Bolsonaro havia declarado que a iniciativa de Tarcísio em buscar negociação com o governo norte-americano era um desrespeito pessoal. O deputado licenciado defende que uma anistia aos réus do 8 de janeiro seria a solução para que Trump reconsiderasse a imposição da tarifa.

No mesmo posicionamento publicado em rede social, Eduardo Bolsonaro afirmou que o governador deveria focar em combater o que chama de “regime de exceção”, o qual, segundo ele, prejudicaria a economia brasileira e as liberdades individuais.

A reunião de Tarcísio de Freitas com empresários ocorreu nesta terça-feira (15), no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. O encontro teve como objetivo discutir os impactos da tarifa de 50% anunciada pelos Estados Unidos e buscar estratégias para reduzir os prejuízos para a indústria paulista.

O tarifaço anunciado por Donald Trump deve entrar em vigor a partir de 1º de agosto, com alíquota única de 50% sobre produtos brasileiros exportados para o mercado norte-americano.

Além das reuniões com o setor industrial, o governo federal também iniciou encontros com representantes do agronegócio e empresas com relação comercial com os Estados Unidos para discutir os efeitos da nova tarifa e articular eventuais respostas.

A posição de Eduardo Bolsonaro gerou repercussão por ocorrer em meio às negociações entre o governo estadual, o setor produtivo e autoridades federais para encontrar alternativas diante da sobretaxa.

O deputado licenciado está nos Estados Unidos desde março, quando pediu licença do mandato na Câmara Federal alegando risco de prisão no Brasil. Ele tem defendido publicamente que as dificuldades diplomáticas e comerciais atuais estão vinculadas ao cenário político interno.

A crítica ao governador Tarcísio de Freitas se soma a um contexto em que aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro apresentam diferentes estratégias e discursos para tentar influenciar a política comercial e diplomática com os Estados Unidos, especialmente diante das decisões do governo de Donald Trump.

As discussões sobre o tarifaço seguem envolvendo o governo federal, lideranças estaduais e representantes do setor produtivo brasileiro, que tentam avaliar os impactos econômicos e buscar soluções diplomáticas ou comerciais para amenizar os efeitos da medida.

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados / Bruno Spada/Câmara dos Deputados

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Governo federal discute com indústria e agronegócio a taxação de 50% dos EUA

Governo federal discute com indústria e agronegócio a taxação de 50% dos EUA

Reuniões com empresários buscam estratégias para responder à tarifa anunciada por Donald Trump

O governo federal iniciou nesta terça-feira (15.jul.2025) reuniões com representantes dos setores industrial e do agronegócio para discutir a resposta à taxação de 50% sobre produtos brasileiros anunciada pelos Estados Unidos. As conversas fazem parte da estratégia para definir medidas diante da elevação tarifária que deverá entrar em vigor a partir de 1º de agosto.

As reuniões ocorrem em dois turnos: pela manhã, com empresários do setor industrial, e à tarde, com representantes do agronegócio.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, abriu o encontro da manhã ressaltando que o governo brasileiro busca negociar com os Estados Unidos de forma tranquila, sem interferir em outros poderes da República.

Alckmin classificou a medida norte-americana como inadequada e destacou a importância da participação dos empresários no processo de construção de uma estratégia conjunta.

Segundo o vice-presidente, existe uma relação de reciprocidade comercial entre os dois países, especialmente em setores como o siderúrgico. Alckmin reforçou que a nova taxação encarece o comércio bilateral e impacta negativamente a economia dos dois lados.

O governo federal também planeja dialogar com empresas norte-americanas que compram e vendem para o Brasil, buscando sensibilizá-las sobre os efeitos da tarifa.

As reuniões fazem parte das atividades do recém-criado Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais. Este comitê reúne os ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Fazenda, Relações Exteriores e Casa Civil, além de outras pastas convidadas para os debates.

Na segunda-feira (14.jul), Alckmin destacou que o governo brasileiro já vinha mantendo diálogo com representantes dos Estados Unidos antes mesmo do anúncio das novas tarifas. Em 16 de maio, foi enviada uma proposta de negociação em caráter confidencial, que não recebeu resposta formal.

Até o momento do anúncio oficial da tarifa por parte de Donald Trump, representantes dos dois países ainda realizavam reuniões técnicas para tratar do tema.

A medida anunciada pelos Estados Unidos estabelece uma tarifa única de 50% para todas as exportações brasileiras, representando um impacto direto para diversos setores produtivos.

O governo brasileiro avalia alternativas caso a tarifa seja mantida. Uma das estratégias envolve o uso da Lei de Reciprocidade Econômica, aprovada neste ano pelo Congresso Nacional. A regulamentação dessa lei foi publicada nesta terça-feira (15), criando mecanismos para a adoção de contramedidas comerciais em caso de barreiras unilaterais.

A expectativa do governo é coletar sugestões e estudos do setor privado para embasar decisões futuras. As conversas com empresários devem ajudar a mapear os principais impactos econômicos e definir eventuais respostas diplomáticas ou comerciais que possam ser adotadas para minimizar os efeitos do tarifaço.

Foto: Cadu Gomes/VPR

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Eduardo Bolsonaro diz que pode abrir mão do mandato e confirma permanência nos EUA

Eduardo Bolsonaro diz que pode abrir mão do mandato e confirma permanência nos EUA

Deputado afirma que só voltará ao Brasil quando Alexandre de Moraes não tiver “força para prendê-lo”

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo que poderá abrir mão do mandato e confirmou que seguirá nos Estados Unidos “por ora”. Segundo ele, sua volta ao Brasil depende de mudanças no cenário jurídico.

“A minha data para voltar é quando [o ministro do Supremo Tribunal Federal] Alexandre de Moraes não tiver mais força para me prender”, declarou Eduardo ao jornal.

O deputado disse que avalia as alternativas com sua equipe, mas admitiu que “muito provavelmente” deixará o cargo. “Ainda tenho assessor meu dando inputs. Não consigo bater martelo se houver alternativa. O prazo acabará no fim de julho. Mas, se for necessário, eu não volto ao Brasil.”

Opções sobre o mandato

Eduardo Bolsonaro afirmou que só precisa se pronunciar de forma definitiva sobre o mandato após o recesso parlamentar, em 4 de agosto. “Eu tenho a opção de não renunciar, deixar o tempo correr e perder o mandato por falta”, afirmou.

Sobre sua decisão de permanecer fora do país, disse: “Por ora eu não volto. A minha data para voltar é quando Alexandre de Moraes não tiver mais força para me prender… Eu tô me sacrificando, sacrificando o meu mandato para levar adiante a esperança de liberdade.”

O deputado mencionou ainda uma possível alteração no regimento da Câmara dos Deputados, que poderia permitir o exercício do mandato à distância em casos considerados “excepcionalíssimos”.

Situação nos Estados Unidos

Eduardo declarou que está sem receber salário desde que saiu do Brasil. “O que tem ocorrido é o pagamento de minha assessoria, que segue me assessorando e também está à disposição do meu suplente, deputado federal Missionário Olímpio (PL-SP)”, afirmou.

Questionado se já comunicou ao ex-presidente Jair Bolsonaro sobre a decisão, respondeu: “Não comuniquei não. Não é que não volta mais. Não volto enquanto persistir esse cenário.”

Ele disse ainda que considera dois caminhos: “Seguir nos Estados Unidos trabalhando na nossa causa ou retornar para ser preso. Acho que ninguém duvida que eu seria preso se eu retornar para o Brasil.”

Sobre a possibilidade de ser visto como “fujão”, declarou: “Não, nenhum. Eu tenho total segurança naquilo que estou fazendo. E, cada vez mais, você vê que tenho tido apoio. Acabo de passar de 6,4 milhões de seguidores no Instagram. Estou ganhando seguidor a todo momento.”

Agenda e encontros

Eduardo Bolsonaro relatou ter feito um evento com pastores brasileiros na Califórnia e que está organizando outro em Miami para o dia 26 de julho.

Licença do mandato e investigações

Em março, Eduardo anunciou que havia pedido licença do mandato para permanecer nos Estados Unidos. Na época, disse que temia ser preso por ordem de Alexandre de Moraes, embora não houvesse uma ordem formal nesse sentido.

Dois meses depois, o ministro do STF atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e abriu inquérito para investigar a atuação do deputado.

Segundo a PGR, Eduardo teria atuado junto a empresários, parlamentares norte-americanos e integrantes da Casa Branca para pressionar por sanções contra membros do Supremo Tribunal Federal, especialmente Alexandre de Moraes, além de autoridades da Polícia Federal e da própria Procuradoria.

Para o Ministério Público, Eduardo Bolsonaro pode estar cometendo os crimes de coação, embaraço à investigação criminal e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Nos Estados Unidos, ele tem participado de encontros com autoridades para discutir o tema, incluindo reuniões na Casa Branca, no Departamento de Estado e com aliados do ex-presidente norte-americano Donald Trump.

Na semana passada, Alexandre de Moraes prorrogou o inquérito por mais 60 dias. O pedido foi feito pela Polícia Federal para dar continuidade às investigações e diligências em andamento.

Foto: Beto Barata/PL

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Comitê federal e governo de SP articulam respostas à tarifa de 50% dos EUA

Comitê federal e governo de SP articulam respostas à tarifa de 50% dos EUA

Reuniões nesta terça (15) buscam estratégias para enfrentar sobretaxa anunciada por Donald Trump

O comitê interministerial criado pelo Palácio do Planalto para analisar a tarifa de 50% anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros inicia nesta terça-feira (15.jul.2025) uma série de reuniões com representantes dos setores produtivos.

Na mesma data, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também realizará um encontro com empresários da indústria para discutir os efeitos da medida.

A reunião do governo paulista está prevista para as 9h30, no Palácio dos Bandeirantes, com a presença de cerca de 15 representantes da indústria e do encarregado de Negócios da Embaixada dos Estados Unidos, Gabriel Escobar.

Atuação do governo de SP

Essa será a segunda ação do governo de São Paulo para tratar da crise causada pela tarifa. Na última sexta-feira (11.jul), Tarcísio declarou ter ido a Brasília para discutir o impacto da sobretaxa sobre a indústria e o agronegócio brasileiros.

Na ocasião, o governador atribuiu a situação ao governo federal. Em publicação na rede X (antigo Twitter), Tarcísio escreveu: “Lula colocou sua ideologia acima da economia, e esse é o resultado?”.

Estratégia federal

Em Brasília, o governo federal também reunirá representantes dos setores produtivos para ouvir estudos e impressões sobre a tarifa imposta pelos Estados Unidos. O objetivo é embasar a estratégia de negociação com o governo norte-americano.

Fontes ouvidas pela reportagem indicaram que o Planalto não trabalha, neste momento, com pedidos de prorrogação do prazo para negociação nem com a ideia de redução imediata da tarifa de 50% para 30%. O foco das reuniões é o trabalho do comitê interministerial e a escuta dos diferentes setores da economia.

O vice-presidente Geraldo Alckmin será o responsável por liderar as reuniões do comitê. A presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não está garantida em todos os encontros, mas não foi descartada.

Decreto de reciprocidade econômica

A Casa Civil prepara o decreto que regulamentará a lei da reciprocidade econômica. A expectativa é de que o texto seja publicado no Diário Oficial da União até esta terça-feira (15), com possibilidade de divulgação em edição extra.

Debate sobre o IOF

O governo também enfrentará nesta terça-feira (15.jul) uma audiência de conciliação no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

O ministro Alexandre de Moraes convocou o encontro para tentar resolver o impasse entre o Executivo e o Congresso Nacional sobre a validade do decreto que elevou a alíquota.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, declarou que o governo não apresentará um texto alternativo ao decreto do IOF. Segundo ele, o Executivo defende o conteúdo original e aguarda manifestação do STF.

“O governo pediu que o STF se manifeste. Então, não tem proposta alternativa”, afirmou Costa.

Expectativa no Congresso

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), disse que o governo está confiante na constitucionalidade do decreto. Segundo ele, a lei 8.894, que trata do IOF, prevê o uso do imposto como instrumento de política fiscal e monetária.

Ainda segundo o deputado, há possibilidade de ajustes pontuais para facilitar o entendimento com o Congresso. Em caso de acordo, o texto final do decreto refletirá o consenso entre os Poderes.

Foto: Ricardo Stuckert/PR / Pablo Jacob/Governo do Estado de SP

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Lula assina decreto que regulamenta Lei da Reciprocidade Comercial

Lula assina decreto que regulamenta Lei da Reciprocidade Comercial

Norma permite ao Brasil adotar contramedidas contra barreiras unilaterais de outros países

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta segunda-feira (14.jul.2025) o decreto que regulamenta a Lei da Reciprocidade Comercial. A informação foi confirmada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, em declaração à imprensa após evento no Palácio do Planalto.

O texto do decreto será publicado em edição regular do Diário Oficial da União (DOU). A norma autoriza o governo federal a adotar medidas comerciais contra países que imponham barreiras unilaterais aos produtos brasileiros no mercado internacional.

Segundo Rui Costa, o decreto não cita países específicos, mas estabelece os mecanismos para execução da lei. “A denominação ‘reciprocidade’ pode responder de um formato também rápido, se outro país fizer medidas semelhantes a essa que foi anunciada pelos Estados Unidos”, explicou o ministro.

Contexto da tarifa dos EUA

A medida foi anunciada dias após o governo norte-americano divulgar a intenção de impor tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras para os Estados Unidos a partir de 1º de agosto. O anúncio foi feito pelo presidente Donald Trump na semana passada.

A Lei da Reciprocidade Comercial, aprovada em março pelo Congresso Nacional e sancionada em abril, foi formulada como resposta à escalada de barreiras comerciais promovida por Trump contra diversos países.

No caso brasileiro, as tarifas dos EUA começaram em 10% sobre todos os produtos exportados, com exceção de aço e alumínio, que têm sobretaxa de 25%. Esses setores são relevantes, já que o Brasil figura entre os três maiores exportadores desses metais para os Estados Unidos.

Detalhes da nova lei

A lei estabelece parâmetros para respostas do Brasil a medidas, políticas ou práticas unilaterais de outros países ou blocos econômicos que afetem a competitividade internacional brasileira.

A norma se aplica a barreiras comerciais que interfiram nas escolhas soberanas do país.

No Artigo 3º do texto, o Conselho Estratégico da Câmara de Comércio Exterior (Camex) está autorizado a “adotar contramedidas na forma de restrição às importações de bens e serviços”, prevendo também a tentativa de negociação entre as partes antes de qualquer ação.

Comitê de emergência

Para discutir como o Brasil responderá à tarifa de 50% dos EUA, o governo federal criou um comitê interministerial com a participação de representantes dos setores empresariais da indústria e do agronegócio.

As primeiras reuniões do comitê ocorrerão nesta terça-feira (15) e serão coordenadas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin.

A instalação do grupo tem como objetivo articular a posição brasileira frente às barreiras comerciais e ouvir sugestões do setor produtivo para embasar a tomada de decisões do governo.

A expectativa é que o comitê formule estratégias de negociação e eventuais contramedidas dentro do que a nova lei e o decreto assinado permitem.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

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Trump e Otan anunciam plano de envio de armas para Ucrânia e ameaçam tarifas contra Rússia

Trump e Otan anunciam plano de envio de armas para Ucrânia e ameaçam tarifas contra Rússia

EUA fornecerão mísseis pagos por países da Otan e alertam sobre sanções caso Moscou não negocie

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, anunciaram nesta segunda-feira (14.jul.2025) um plano para fornecer armas, incluindo mísseis, à Ucrânia, como parte de uma estratégia para apoiar o país em sua defesa contra as forças russas.

O anúncio ocorreu após semanas de impasse nas negociações entre Trump e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que não apresentaram avanços para encerrar o conflito. A iniciativa surge em meio a apelos frequentes do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para que os Estados Unidos e a Otan enviem mais armamentos.

Segundo Trump, os Estados Unidos fornecerão as armas, mas os custos serão pagos pelos países membros da Otan. O acordo prevê que uma primeira leva de equipamentos será enviada em breve, com um grande número de mísseis incluído nesse pacote inicial.

Entre os itens citados, Trump mencionou especificamente um sistema de mísseis Patriot, que, de acordo com ele, será entregue em breve à Ucrânia. O objetivo é fortalecer as capacidades defensivas ucranianas diante da continuidade dos ataques russos.

Durante o anúncio conjunto, Mark Rutte, secretário-geral da Otan, reforçou que a aliança está comprometida em apoiar a Ucrânia com armamentos e que essa remessa faz parte de um esforço mais amplo de assistência militar.

Em resposta à postura do governo russo, Trump também anunciou que pretende impor “tarifas muito severas” à Rússia caso não haja um acordo para encerrar a guerra no prazo de 50 dias.

Trump afirmou que o governo norte-americano e o Congresso dos Estados Unidos estão discutindo um pacote de sanções adicionais para pressionar Moscou a negociar um cessar-fogo. A iniciativa busca aumentar a pressão econômica sobre o governo russo, que até o momento não sinalizou disposição para encerrar o conflito.

Mark Rutte alertou que Moscou deve considerar cuidadosamente a proposta de negociação. “Se eu fosse Vladimir Putin hoje, e você estivesse falando sobre o que está planejando fazer em 50 dias… Eu reconsideraria se não deveria levar as negociações sobre a Ucrânia mais a sério”, afirmou.

A decisão de intensificar o envio de armas para a Ucrânia ocorre após relatos de insatisfação de Trump com a postura de Putin. Segundo interlocutores, o presidente norte-americano teria ficado desapontado após um telefonema recente com o líder russo, no qual percebeu que não havia disposição para interromper os ataques.

Nos últimos meses, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem feito reiterados pedidos à Otan e aos Estados Unidos para receber mais armamentos. Os pedidos incluem sistemas de defesa aérea, munições, blindados e mísseis de médio e longo alcance, com o objetivo de manter a capacidade de defesa do território ucraniano.

Os detalhes sobre o cronograma de entrega dos equipamentos e o valor total dos armamentos que serão financiados pelos aliados da Otan não foram divulgados. Trump indicou apenas que os equipamentos serão enviados “muito em breve” como parte de uma primeira onda de auxílio militar.

Enquanto isso, parlamentares norte-americanos trabalham em propostas de sanções adicionais para a Rússia. As medidas incluem aumento de tarifas de importação e restrições a setores estratégicos da economia russa, com o objetivo de reduzir a capacidade de financiamento da guerra.

A Otan, por sua vez, reforçou que continuará monitorando a situação no leste europeu e trabalhando em conjunto com aliados para coordenar novos pacotes de ajuda militar à Ucrânia.

Foto: Daniel Torok/White House / RS/via Fotos Publicas

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Setor pesqueiro do RN teme impacto de tarifa dos EUA sobre exportação de atum

Setor pesqueiro do RN teme impacto de tarifa dos EUA sobre exportação de atum

Anúncio de taxação de 50% pode inviabilizar atividade, que depende majoritariamente do mercado norte-americano

O setor pesqueiro do Rio Grande do Norte demonstra preocupação com o anúncio de taxação de 50% sobre os produtos brasileiros comercializados com os Estados Unidos. Caso a medida seja efetivada, produtores afirmam que a continuidade da pesca de atum se tornará economicamente inviável, com possibilidade de paralisação total da frota.

Os Estados Unidos são o principal destino do atum fresco pescado pelos barcos potiguares, absorvendo cerca de 80% da produção local. Esse comércio representa aproximadamente US$ 50 milhões por ano, equivalentes a cerca de 4 mil toneladas do pescado, o que corresponde a mais de R$ 278 milhões na cotação atual. O setor não possui um “plano B” para escoar a produção em caso de confirmação da tarifa adicional.

A possível taxação eleva os custos de exportação a um patamar que, segundo os produtores, inviabiliza a operação comercial. Diante do cenário, representantes do setor pretendem discutir estratégias e alternativas em reuniões com entidades como a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Atualmente, os barcos pesqueiros potiguares já se encontram no mar para a produção deste mês. Como o início da cobrança está previsto apenas para agosto, a safra atual não deve sofrer impacto imediato da nova tarifa. No entanto, a preocupação se concentra nas remessas futuras e na manutenção da atividade pesqueira a partir do segundo semestre.

A dificuldade se soma a outro obstáculo enfrentado desde 2018: a barreira sanitária imposta pela União Europeia, que impede a exportação de pescado e produtos da aquicultura brasileira para o mercado europeu. Com essa restrição, o setor pesqueiro do Rio Grande do Norte se tornou ainda mais dependente das vendas para os Estados Unidos.

Sem acesso ao mercado europeu, não há alternativas consolidadas para escoar a produção em larga escala, aumentando a vulnerabilidade econômica dos produtores potiguares. Em caso de confirmação da nova tarifa, há risco de paralisação das atividades, o que pode afetar empregos diretos e indiretos gerados pela pesca de atum no estado.

O setor pressiona o Governo Federal para que atue diplomaticamente visando reverter a decisão dos Estados Unidos. A expectativa é que haja negociações bilaterais que evitem a implementação da tarifa ou, ao menos, mitiguem seus efeitos sobre a economia local.

Além disso, os produtores defendem que o governo brasileiro também negocie o fim da restrição europeia. A reabertura do mercado europeu seria uma alternativa para reduzir a dependência das exportações para os Estados Unidos e diversificar os destinos do pescado potiguar.

O comércio internacional de atum fresco é considerado estratégico para a economia do Rio Grande do Norte, movimentando milhões de dólares e empregando trabalhadores em diferentes etapas da cadeia produtiva, desde a pesca em alto-mar até o processamento e a logística para exportação.

Diante desse contexto, o setor aguarda definições sobre as negociações diplomáticas e a evolução do cenário internacional. Enquanto isso, mantém a programação para concluir a produção e as vendas referentes a julho, antes do prazo previsto para o início da cobrança da tarifa adicional.

Foto: Allan Phablo (SECOM/PMM) / Wilson Moreno (Secom/PMM) / Raul Pereira / Secom/PMM

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Barroso rebate Trump sobre tarifa ao Brasil em carta divulgada pelo STF

Barroso rebate Trump sobre tarifa ao Brasil em carta divulgada pelo STF

Ministro nega perseguição política e apresenta histórico de ameaças à democracia

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, divulgou na noite de domingo (13.jul.2025) uma carta em resposta ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a imposição de tarifa de 50% ao Brasil. Barroso classificou o fundamento da medida como resultado de uma “compreensão imprecisa dos fatos” e negou que haja perseguição política no país.

A tarifa foi anunciada por Trump em correspondência enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana anterior. Na justificativa, Trump citou o ex-presidente Jair Bolsonaro, réu no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado, e mencionou decisões da Corte brasileira contra apoiadores de Bolsonaro que vivem nos Estados Unidos, incluindo medidas que atingem empresas de tecnologia norte-americanas.

Na carta publicada neste domingo, Barroso afirmou ser seu dever apresentar “uma descrição factual e objetiva da realidade” brasileira. O ministro listou episódios recentes que, segundo ele, representaram tentativas de abalar a ordem democrática desde 2019.

Entre os eventos citados estão a tentativa de atentado com bomba no aeroporto de Brasília, a invasão à sede da Polícia Federal, a tentativa de explosão de bomba no Supremo Tribunal Federal, além de acusações de fraude eleitoral feitas sem provas durante a eleição presidencial.

O presidente do STF também mencionou mudanças em relatórios das Forças Armadas que inicialmente haviam concluído pela ausência de fraude nas urnas eletrônicas. Também destacou ameaças à integridade física e à vida de ministros da Corte, inclusive com pedidos de impeachment, e a realização de acampamentos em frente a quartéis pedindo a deposição do presidente eleito.

Na carta, Barroso também se referiu à denúncia apresentada pelo Procurador-Geral da República, que aponta a existência de um plano na nova tentativa de golpe que teria sido liderada por Bolsonaro. Esse plano incluiria, segundo a denúncia, o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, integrante do próprio Supremo Tribunal Federal.

O ministro ressaltou que foi necessário um tribunal independente e atuante para evitar o colapso das instituições. Ele afirmou que as ações penais em curso por crimes contra o Estado democrático de direito seguem o devido processo legal, com todas as fases de julgamento públicas e transmitidas pela televisão. Segundo ele, os réus têm direito à defesa técnica e acompanhamento por advogados, imprensa e sociedade.

Barroso negou que exista censura no Brasil, afirmando que as decisões do Supremo buscam garantir a liberdade de expressão. Ele mencionou decisão recente sobre a responsabilização de redes sociais por conteúdos ilegais postados por usuários, sustentando que a Corte produziu uma solução considerada menos rigorosa que a regulação europeia.

O texto divulgado destaca que a decisão do STF busca equilibrar a liberdade de expressão com a preservação de valores constitucionais, a liberdade de imprensa e a liberdade de empresa.

A carta foi divulgada em meio à repercussão internacional gerada pela nova tarifa anunciada pelo governo dos Estados Unidos, que afeta produtos brasileiros com um aumento de 50% na taxação de importação.

O governo brasileiro, por sua vez, aguarda novas etapas de diálogo diplomático com as autoridades norte-americanas para tratar do tema.

Foto: Nelson Jr./SCO/STF / Carlos Moura/SCO/STF / Wallace Martins/STF

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Chelsea vence PSG por 3 a 0 e conquista título do novo Mundial de Clubes da FIFA

Chelsea vence PSG por 3 a 0 e conquista título do novo Mundial de Clubes da FIFA

Equipe inglesa supera time francês na final disputada nos Estados Unidos com dois gols de Palmer e um de João Pedro

O Chelsea venceu o Paris Saint-Germain por 3 a 0 neste domingo (13.jul.2025) e conquistou o título da nova versão do Mundial de Clubes da FIFA. A final foi disputada no MetLife Stadium, em New Jersey, nos Estados Unidos, diante de mais de 81 mil torcedores. A equipe inglesa abriu vantagem ainda no primeiro tempo, com dois gols de Cole Palmer e um do brasileiro João Pedro.

Com a vitória, o Chelsea se tornou o primeiro campeão da edição reformulada do torneio internacional organizado pela FIFA. A competição reuniu clubes campeões de diversas confederações e foi realizada em território norte-americano.

O time inglês, comandado pelo técnico Enzo Maresca, dominou o primeiro tempo da partida. O primeiro gol saiu aos 21 minutos, com Cole Palmer finalizando de perna esquerda, no canto direito do goleiro Donnarumma. O segundo veio aos 29 minutos, novamente com Palmer, em jogada similar à primeira.

O terceiro gol foi marcado aos 42 minutos, em outro contra-ataque. João Pedro recebeu lançamento de Palmer, avançou pela esquerda e finalizou com um toque por cobertura, superando Donnarumma.

O PSG, comandado por Luis Enrique, tentou reagir no segundo tempo, mas encontrou dificuldades diante da marcação da equipe inglesa. A pressão ofensiva francesa não resultou em gols, e a situação se complicou ainda mais com a expulsão de João Neves, que puxou os cabelos do adversário Marc Cucurella e recebeu cartão vermelho direto.

A campanha do Chelsea incluiu vitórias sobre Benfica, Palmeiras e Fluminense. A única derrota da equipe inglesa no torneio foi para o Flamengo. O PSG, por sua vez, havia chegado à final com apenas um gol sofrido em seis partidas anteriores.

A partida marcou também o segundo título da temporada para o Chelsea, que já havia vencido a Conference League. O desempenho ofensivo e a organização tática foram os diferenciais da equipe na decisão.

Segundo dados da organização, o público total foi de 81.118 torcedores. A arbitragem ficou a cargo de Alireza Faghani, da Austrália. O PSG encerra a temporada com os títulos da Supercopa da França, Campeonato Francês, Copa da França e Champions League.

Foto: Reprodução/X @Chelsea FC

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Governo brasileiro busca reverter tarifas impostas por Trump sobre exportações para os EUA

Governo brasileiro busca reverter tarifas impostas por Trump sobre exportações para os EUA

Alckmin afirma que Brasil recorrerá à OMC contra taxa de 50% anunciada pelos Estados Unidos

O governo federal anunciou que vai atuar para tentar reverter a imposição de tarifas comerciais de 50% sobre produtos exportados do Brasil para os Estados Unidos. A medida foi anunciada pelo presidente Donald Trump na última quarta-feira (9.jul.2025) e comunicada formalmente por meio de carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As novas tarifas estão previstas para entrar em vigor em 1º de agosto.

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou neste domingo (13.jul) que o governo recorrerá à Organização Mundial do Comércio (OMC) para questionar a medida. Alckmin destacou que a decisão dos Estados Unidos prejudica tanto os exportadores brasileiros quanto os consumidores norte-americanos.

O governo também estuda a aplicação da Lei de Reciprocidade Econômica, sancionada em abril. Essa lei estabelece critérios para a suspensão de concessões comerciais, investimentos e obrigações relativas a direitos de propriedade intelectual em resposta a medidas unilaterais que impactem negativamente a competitividade internacional brasileira. Segundo Alckmin, a aplicação dessa legislação está sendo avaliada para definir eventuais contramedidas.

Em declarações, Alckmin mencionou que o Brasil possui uma balança comercial superavitária com os Estados Unidos tanto no comércio de bens quanto de serviços. Ressaltou ainda que os dois países possuem uma relação histórica de mais de 200 anos e defendeu previsibilidade e estabilidade no comércio internacional.

No documento enviado a Lula, Trump justificou a nova tarifa de 50% com críticas ao governo brasileiro. O presidente dos EUA mencionou o ex-presidente Jair Bolsonaro, réu no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado, e citou ordens judiciais brasileiras contra apoiadores do ex-presidente que residem nos Estados Unidos. Trump também alegou supostos ataques do Brasil contra eleições livres e restrições à liberdade de expressão.

Trump classificou como “caça às bruxas” o processo contra Bolsonaro no STF e escreveu que a forma como o Brasil tem tratado o ex-presidente é, segundo ele, injustificável. As declarações foram incluídas na carta diplomática enviada ao governo brasileiro para formalizar a decisão sobre as tarifas.

Além do tema das tarifas, Alckmin comentou no mesmo evento sobre o decreto que zera o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros sustentáveis. O decreto foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na quinta-feira (10.jul) e integra o Programa Nacional de Mobilidade Verde e Inovação (Mover), lançado no ano passado.

A medida prevê que veículos compactos fabricados no Brasil com alta eficiência ambiental terão alíquota zero de IPI. Para ter direito ao benefício, o veículo precisa emitir menos de 83 gramas de dióxido de carbono por quilômetro rodado, conter mais de 80% de materiais recicláveis, ser produzido no Brasil (incluindo etapas como soldagem, pintura, fabricação do motor e montagem) e se enquadrar na categoria de carro compacto.

Segundo Alckmin, a política do IPI zero pode reduzir o preço final dos veículos de entrada em até R$ 12 mil. O objetivo é tornar os veículos mais acessíveis para a população, além de estimular a produção nacional de modelos com menor impacto ambiental.

Foto: Cadu Gomes/VPR

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Estados Unidos cria nova taxa de até US$ 250 para visto de não imigrante

Estados Unidos cria nova taxa de até US$ 250 para visto de não imigrante

Cobrança adicional chamada Visa Integrity Fee foi aprovada pelo Congresso americano e afeta turistas, estudantes e trabalhadores temporários

Brasileiros que planejarem solicitar o visto americano de não imigrante nos próximos meses deverão se preparar para pagar uma nova taxa extra de até US$ 250, além das tarifas já em vigor. Chamada de Visa Integrity Fee, essa cobrança foi aprovada no Congresso dos Estados Unidos dentro do pacote fiscal apelidado de “One Big Beautiful Bill”, proposto pelo ex-presidente Donald Trump.

A nova taxa incidirá sobre os vistos de não imigrantes, que são concedidos para viagens temporárias como turismo, trabalho temporário, estudos e intercâmbio. O valor será cobrado no momento da emissão do visto, somando-se aos custos já existentes.

Atualmente, a tarifa para solicitação de visto de não imigrante é de US$ 185. A lei também prevê a cobrança de mais US$ 24 para o processamento do formulário de registro do visto. Esses valores não serão substituídos ou reduzidos com a nova taxa, mas sim acrescidos ao total a ser pago pelos solicitantes.

Ainda não há uma data definitiva para o início da cobrança da Visa Integrity Fee, mas estima-se que ela entre em vigor no ano fiscal de 2026 dos Estados Unidos, que começa em 1º de outubro de 2025. A lei aprovada autoriza o Departamento de Segurança Interna dos EUA a definir o valor exato, que poderá inclusive ser superior a US$ 250 se for regulamentado posteriormente.

A legislação prevê também reajustes anuais no valor da taxa, vinculados ao índice oficial de inflação americana para cada ano fiscal. Dessa forma, o custo para os solicitantes pode aumentar com o passar dos anos, dependendo da evolução inflacionária.

Além do pagamento, há uma previsão de reembolso do valor da Visa Integrity Fee. Para ter direito a esse ressarcimento, o visitante precisa cumprir regras específicas durante sua estadia em território americano, como não trabalhar sem autorização e retornar ao país de origem dentro do prazo estipulado no visto, com uma tolerância de até cinco dias. Caso essas condições sejam cumpridas, o valor pode ser restituído ao viajante.

Os valores que não forem solicitados para reembolso ou que não se enquadrarem nos critérios estabelecidos serão destinados diretamente ao Tesouro dos Estados Unidos. A expectativa é que a nova taxa funcione como uma forma de reforçar o controle migratório e custear as despesas do sistema de vistos.

A mudança atinge milhões de estrangeiros que todos os anos solicitam o visto de não imigrante para entrar nos EUA em caráter temporário, incluindo turistas brasileiros, estudantes e profissionais com vistos de trabalho de curta duração.

Foto: Ray Shrewsberry/Pixabay / Ronile/Pixabay / Olga Fil/Pixabay

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Tarifa de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros gera reações do Brasil e críticas da China

Tarifa de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros gera reações do Brasil e críticas da China

Medida anunciada por Donald Trump provoca resposta do governo Lula e críticas do governo chinês ao protecionismo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta semana a imposição de uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras ao mercado norte-americano, com previsão de início em 1º de agosto. A medida foi formalizada em uma carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na qual Trump mencionou o ex-presidente Jair Bolsonaro, réu no Supremo Tribunal Federal (STF) em processo por tentativa de golpe de Estado.

A decisão repercutiu no Brasil. O presidente Lula declarou que o país vai acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC) para contestar a elevação unilateral das tarifas. O governo federal pretende apresentar uma reclamação formal ao órgão internacional para tentar reverter a medida. Lula também afirmou que o Brasil responderá com base na Lei de Reciprocidade Econômica.

O Ministério das Relações Exteriores da China criticou a decisão norte-americana. Em declaração oficial, o governo chinês defendeu os princípios de igualdade soberana e de não interferência em assuntos internos, previstos na Carta das Nações Unidas e considerados normas fundamentais nas relações internacionais. A China afirmou que tarifas comerciais não devem ser usadas como instrumento de coerção ou intimidação.

Em pronunciamento, a chancelaria chinesa também reiterou posição já manifestada no início da semana, quando os Estados Unidos começaram a enviar cartas aos parceiros comerciais com as ameaças de aumento de tarifas. Para o governo chinês, não há vencedores em guerras comerciais ou tarifárias, e o protecionismo prejudica todos os envolvidos.

Durante entrevista na Casa Branca, Donald Trump declarou que poderia conversar com o presidente Lula sobre o tema, mas não imediatamente. Ele também comentou a relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro, classificando-o como alguém duro em negociações, e questionou a forma como o Brasil conduz o processo contra Bolsonaro no STF.

Na mesma ocasião, Trump abordou tensões comerciais com o Canadá. Ele afirmou que as tarifas de 35% aplicadas ao país vizinho foram “razoavelmente bem recebidas” e relatou ter recebido uma ligação de autoridades canadenses após o anúncio. Trump indicou ainda que avalia eventuais exceções tarifárias para parceiros, sem detalhar critérios ou países específicos, e orientou outros governos a “continuarem trabalhando duro” para chegar a acordos comerciais com os Estados Unidos.

O anúncio das tarifas sobre produtos brasileiros foi acompanhado de justificativas que incluem referências à situação política interna do Brasil e às investigações sobre a tentativa de golpe atribuída ao ex-presidente Bolsonaro. A carta enviada por Trump ao governo brasileiro incluiu críticas ao Supremo Tribunal Federal.

No plano interno norte-americano, o presidente dos Estados Unidos voltou a criticar o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Trump afirmou que as taxas de juros deveriam ser três pontos percentuais menores do que as praticadas atualmente. Questionado sobre a possibilidade de demitir Powell, Trump respondeu que não pretende fazê-lo.

O governo brasileiro, por sua vez, enfatizou que a decisão norte-americana de elevar tarifas unilateralmente será tratada por canais diplomáticos e jurídicos. A expectativa é que a disputa tenha desdobramentos nas próximas reuniões da OMC, onde o Brasil pretende apresentar sua reclamação formal.

As reações internacionais também indicam potencial impacto para o comércio exterior brasileiro, em especial para setores dependentes das exportações ao mercado norte-americano. Ao mesmo tempo, a China, principal parceiro comercial do Brasil, reforçou suas críticas ao protecionismo norte-americano, reiterando que tais práticas impactam negativamente o comércio global.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

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Trump anuncia tarifas de 30% sobre importações do México e da União Europeia

Trump anuncia tarifas de 30% sobre importações do México e da União Europeia

Medida deve entrar em vigor em agosto e busca pressionar parceiros a produzirem nos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste sábado (12.jul.2025) a imposição de tarifas de 30% sobre as importações do México e da União Europeia, com início previsto para 1º de agosto. A decisão foi comunicada em cartas enviadas às autoridades dos respectivos parceiros comerciais.

As tarifas anunciadas serão aplicadas de forma separada de outras tarifas setoriais já existentes. De acordo com Trump, qualquer produto que for redirecionado para evitar a tarifa maior também estará sujeito à tarifa mais elevada. O objetivo da medida, segundo o governo norte-americano, é conter práticas que considera desleais no comércio internacional.

Na carta enviada à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, Trump afirmou que a relação comercial entre os Estados Unidos e o bloco europeu não é recíproca e resulta em déficit comercial para o lado norte-americano. O presidente dos Estados Unidos indicou que a imposição da tarifa de 30% poderá ser evitada caso a União Europeia ou empresas sediadas em seus países-membros decidam construir fábricas ou produzir seus bens em território norte-americano.

Trump afirmou ainda que, para viabilizar essa mudança, se comprometeria a trabalhar para garantir todas as aprovações necessárias em um prazo de semanas. No entanto, advertiu que, caso o bloco europeu adote medidas de retaliação com o aumento de tarifas sobre produtos norte-americanos, os Estados Unidos irão somar esse valor escolhido pela União Europeia aos 30% originalmente previstos.

Na comunicação dirigida à presidente do México, Claudia Sheinbaum, Trump condicionou eventuais ajustes na tarifa ao combate aos cartéis e ao fluxo de fentanil para os Estados Unidos. Ele declarou que o México ainda não conseguiu conter a ação dos cartéis e o tráfico de fentanil, substância considerada um problema grave de saúde pública em território norte-americano.

De acordo com o comunicado, caso o governo mexicano obtenha êxito no combate a essas organizações criminosas e na redução do envio de fentanil aos Estados Unidos, haverá a possibilidade de revisão da tarifa anunciada. Trump indicou que essas tarifas poderão ser modificadas tanto para cima quanto para baixo, dependendo do resultado dessas ações.

As novas tarifas representam mais uma etapa na estratégia do governo norte-americano de pressionar parceiros comerciais a revisarem práticas comerciais e a instalarem fábricas em solo norte-americano. Trump já havia anunciado tarifas de 50% sobre exportações brasileiras em comunicado anterior, além de tarifas setoriais de 35% direcionadas ao Canadá, buscando rever déficits comerciais e aumentar a produção industrial interna.

Com o anúncio das tarifas de 30% para México e União Europeia, os Estados Unidos buscam desestimular a importação de produtos considerados concorrência para a indústria local e incentivar a instalação de unidades produtivas no país. O governo norte-americano tem defendido a estratégia como forma de gerar empregos e reduzir dependência de cadeias produtivas internacionais.

As cartas enviadas às autoridades mexicana e europeia contêm propostas de negociação, indicando que as tarifas podem ser revistas mediante mudanças nas condições comerciais ou ações específicas dos governos parceiros. Trump declarou que pretende continuar dialogando para chegar a acordos, mas destacou que espera contrapartidas concretas para qualquer flexibilização das tarifas anunciadas.

A medida deve impactar setores industriais e agrícolas que exportam para os Estados Unidos a partir do México e da União Europeia. A reação oficial dos governos europeu e mexicano ainda não havia sido divulgada até o momento do anúncio feito pela Casa Branca.

Foto: Casa Branca por Andrea Hanks / Daniel Torok/White House

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Brasil anuncia reação a tarifa dos EUA e planeja contestação na OMC

Brasil anuncia reação a tarifa dos EUA e planeja contestação na OMC

Governo federal avalia Lei de Reciprocidade e busca articulação internacional após anúncio de tarifa de 50% para exportações brasileiras

O governo federal anunciou nesta quinta-feira (10.jul.2025) medidas para responder à decisão dos Estados Unidos de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A reação envolve recurso à Organização Mundial do Comércio (OMC), articulação com outros países afetados e a possibilidade de aplicar a Lei de Reciprocidade Comercial.

Em entrevista à Record TV, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo fará uma reclamação formal à OMC para tentar reverter a tarifa. Caso as negociações não avancem, o Brasil pretende adotar retaliações proporcionais.

“Não tenha dúvida que, primeiro, nós vamos tentar negociar. Mas, se não tiver negociação, a Lei da Reciprocidade será colocada em prática. Se ele vai cobrar 50% de nós, nós vamos cobrar 50% dele”, declarou Lula.

O presidente também informou que pretende articular com outros países que foram alvo das novas tarifas dos Estados Unidos para fortalecer o pleito na OMC. A lei brasileira citada por Lula, sancionada em abril, permite suspender concessões comerciais, investimentos e obrigações relativas a direitos de propriedade intelectual em resposta a medidas unilaterais que prejudiquem a competitividade internacional brasileira.

Para analisar o impacto no comércio e definir estratégias, o governo federal criará um comitê com empresários que exportam para os Estados Unidos. Segundo Lula, o objetivo é apoiar o setor e buscar novos mercados para os produtos brasileiros.

“Vamos ter que proteger o setor produtivo e procurar outros parceiros para comprar nossos produtos. O comércio do Brasil com os EUA representa 1,7% do PIB. Obviamente queremos vender, mas precisamos ter alternativas”, disse o presidente.

Na entrevista, Lula criticou o ex-presidente Donald Trump pela forma como comunicou a decisão, afirmando que o Brasil preza pelo diálogo direto em suas relações diplomáticas. Segundo Lula, o comunicado de Trump chegou de forma não oficial, publicado em site antes mesmo de ser encaminhado formalmente.

“O Brasil é um país que não tem contencioso de ninguém. Aqui, tudo se resolve numa conversa”, afirmou, destacando os 201 anos de relações diplomáticas com os EUA.

Lula também rebateu a acusação de desequilíbrio comercial, dizendo que os EUA têm superávits comerciais com o Brasil há mais de 15 anos. Ele afirmou que o Judiciário brasileiro é autônomo e não acatará exigências externas, em referência à demanda de Trump para que o ex-presidente Jair Bolsonaro não seja julgado por tentativa de golpe de Estado.

O presidente também responsabilizou Bolsonaro pela situação, ao afirmar que o ex-presidente estaria apoiando a medida de Trump. Lula citou o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho de Jair Bolsonaro, que está morando nos Estados Unidos.

Em pronunciamento no Palácio do Planalto, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, classificou a imposição da tarifa como um erro de avaliação por parte de Donald Trump.

Segundo Alckmin, os EUA mantêm superávit comercial com o Brasil. Em 2023, o saldo positivo para os americanos foi de US$ 7 bilhões em bens e de US$ 18 bilhões em serviços. Ele também destacou que, dos dez produtos mais exportados pelos EUA para o Brasil, oito têm tarifa de importação zerada.

“Segundo os próprios dados estadunidenses, são US$ 7 bilhões de superávit em bens e US$ 18 bilhões em serviços. E dos 10 produtos que eles mais exportam para o Brasil, oito são ex-tarifário, ou seja, o imposto é zero”, afirmou Alckmin.

O vice-presidente também mencionou que vinha mantendo diálogo direto com o governo norte-americano, por meio de conversas com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick.

Alckmin criticou o que chamou de atuação da família Bolsonaro nos bastidores para influenciar a decisão americana. Ele citou episódios anteriores, como a condução da pandemia e os ataques ao meio ambiente, além da tentativa de golpe em janeiro de 2023.

“Agora a gente vê que esse clã, mesmo fora do governo, continua trabalhando contra o interesse brasileiro e contra o povo brasileiro”, declarou Alckmin.

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil / Tomaz Silva/Agência Brasil

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EUA anunciam tarifa de 50% sobre produtos do Brasil e governo Lula prepara resposta com Lei de Reciprocidade

EUA anunciam tarifa de 50% sobre produtos do Brasil e governo Lula prepara resposta com Lei de Reciprocidade

Donald Trump justifica medida citando STF e Bolsonaro; Planalto convoca reunião de emergência e estuda sobretaxar produtos americanos

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (9.jul.2025) que aplicará uma tarifa de 50% sobre todos os produtos importados do Brasil. A nova alíquota passa a valer a partir de 1º de agosto. A medida foi comunicada em uma carta endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), publicada na rede social Truth Social.

Na mensagem, Trump atribuiu a decisão a uma relação comercial considerada “injusta” e criticou a postura do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo Trump, a forma como o Brasil tem tratado Bolsonaro seria uma “desgraça internacional” e uma “caça às bruxas” que deveria acabar “imediatamente”.

Além das críticas à política interna brasileira, Trump relacionou a tarifa à atuação do STF sobre plataformas digitais americanas. Em um trecho, acusou o Supremo de emitir “centenas de ordens de censura secretas e ilegais” contra redes sociais dos EUA, ameaçando-as com multas e expulsão do mercado brasileiro. Ele afirmou que tais ações configurariam ataques contra eleições livres e a liberdade de expressão dos americanos.

Em justificativa adicional, Trump mencionou desequilíbrios comerciais e classificou a relação entre os países como “muito injusta”, apontando barreiras tarifárias e não tarifárias por parte do Brasil. Ele indicou que a tarifa de 50% ainda seria “muito menor do que o necessário” para garantir condições de concorrência equitativas, sugerindo que os EUA deveriam até mesmo se afastar de sua relação comercial de longa data com o Brasil.

Trump também informou ter determinado ao representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, a abertura de uma investigação contra o Brasil com base na Seção 301 da Lei de Comércio de 1974. Essa seção permite aos EUA investigar práticas comerciais consideradas desleais, funcionando como instrumento de pressão internacional para defesa de interesses comerciais americanos.

Na carta, Trump também advertiu que, caso o Brasil busque retaliar com elevação de tarifas de importação, os EUA elevariam suas tarifas em igual magnitude. Ainda indicou que poderia ajustar para cima ou para baixo a alíquota de 50%, dependendo de eventuais mudanças na relação comercial entre os dois países.

Reação do governo Lula

Em resposta ao anúncio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião de emergência no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (9.jul). Participaram o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

O governo brasileiro estuda aplicar o princípio da reciprocidade para reagir à medida. A ideia é anunciar uma elevação tarifária equivalente sobre produtos americanos exportados ao Brasil, embora o percentual ainda esteja em discussão no Palácio do Planalto.

Lula também se manifestou nas redes sociais na noite desta quarta-feira (9). Ele afirmou que o Brasil dará uma resposta por meio da Lei de Reciprocidade Econômica, aprovada neste ano pelo Congresso Nacional. Segundo o presidente, “o Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitará ser tutelado por ninguém”.

Na mesma postagem, Lula rebateu informações sobre um suposto déficit comercial norte-americano na relação com o Brasil, citando dados do próprio governo dos EUA que indicariam um superávit de aproximadamente US$ 410 bilhões ao longo dos últimos 15 anos.

A Lei de Reciprocidade Econômica prevê medidas de retaliação a ações unilaterais que prejudiquem a competitividade internacional brasileira. Entre as ações previstas estão a suspensão de acordos comerciais, de investimentos e de obrigações relativas a direitos de propriedade intelectual.

Avaliações internas no governo brasileiro

Fontes do governo federal classificaram a medida anunciada por Trump como resultado de uma “politização” das tarifas comerciais. Diplomatas brasileiros notaram que trechos da carta enviada a Lula pareciam ter sido copiados de comunicados destinados a outros países, especialmente nas partes que mencionam déficits comerciais inexistentes na balança entre Brasil e EUA.

O governo brasileiro indicou ainda que não havia expectativa de tarifas adicionais, uma vez que diplomatas do Itamaraty e técnicos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços vinham mantendo conversas com autoridades americanas. A reunião mais recente ocorreu virtualmente na sexta-feira anterior ao anúncio.

Segundo integrantes do Planalto, Trump teria abandonado o processo de negociação técnica ao adotar um viés político explícito em sua comunicação. A carta de Trump faz menção também a ações judiciais no Brasil contra Jair Bolsonaro e contra plataformas digitais por disseminação de desinformação.

Em reação política interna, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, vinculou o aumento tarifário à relação de Trump com Bolsonaro. Em sua conta na rede social X, ele escreveu: “O inelegível Jair Bolsonaro pediu e Donald Trump atendeu: 50% de tarifas para os produtos brasileiros entrarem nos EUA”.

Impacto no comércio e no câmbio

A tarifa de 50% anunciada por Trump é a mais alta entre uma série de tarifas adicionais que o governo norte-americano divulgou nesta semana para diversos parceiros comerciais. Países como Argélia, Brunei, Iraque, Líbia, Moldávia, Sri Lanka e Filipinas foram alvos de tarifas de até 30%.

A relação comercial entre Brasil e Estados Unidos é marcada por significativo intercâmbio de bens industrializados. Em 2024, o Brasil exportou cerca de US$ 40 bilhões para os EUA e comprou valor ligeiramente superior em bens americanos, gerando uma corrente de comércio de aproximadamente US$ 81 bilhões no ano passado.

Segundo a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham), cerca de 70% das exportações brasileiras para os EUA envolvem 51 itens industriais, como aviões, máquinas e produtos químicos. Em contraste, a pauta exportadora brasileira para outros parceiros como China ou União Europeia é menos diversificada.

O anúncio da tarifa provocou impacto imediato no mercado cambial. O dólar futuro para agosto subiu mais de 1,7%, sendo negociado por volta de R$ 5,542 às 17h45 de quarta-feira (9). Na máxima do dia, chegou a R$ 5,604. O pregão encerrou com alta de 1,05%, cotado a R$ 5,503 antes da divulgação oficial da carta de Trump a Lula.

Foto: Daniel Torok/White House / Fernando Frazão/Agência Brasil

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Tarifa de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros acende alerta no RN: governo, Fazenda e FIERN reagem

Tarifa de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros acende alerta no RN: governo, Fazenda e FIERN reagem

Secretaria de Desenvolvimento, Secretaria da Fazenda e FIERN analisam impactos na economia potiguar e articulam estratégias diante da medida anunciada por Donald Trump

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar uma tarifa de 50% sobre todos os produtos importados do Brasil a partir de 1º de agosto gerou reação imediata no Rio Grande do Norte. O governo estadual, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec) e da Secretaria da Fazenda, e a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) avaliaram os impactos da medida e anunciaram estratégias para mitigar os riscos à economia potiguar.

A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico do RN informou que monitora desde março as implicações dos aumentos tarifários já anunciados anteriormente e que, com a nova alíquota de 50% confirmada para o próximo mês, reforçou o acompanhamento das negociações. Em nota oficial, a Sedec afirmou que o momento exige articulação com o Governo Federal e os setores produtivos para preservar a competitividade das exportações potiguares.

De acordo com a Sedec, somente nos seis primeiros meses de 2025 o volume exportado para os Estados Unidos já se iguala ao montante exportado ao país durante todo o ano de 2024. Em 2024, o estado exportou US$ 67,1 milhões para os EUA. A pauta de exportação é diversificada, incluindo produtos de origem animal impróprios para alimentação humana, caramelos e confeitos, albacoras-bandolim frescos, outros açúcares de cana, sal marinho a granel, querosenes de aviação, granitos, atuns frescos, mangas frescas e castanha de caju fresca ou seca.

As importações potiguares dos Estados Unidos em 2024 totalizaram US$ 76,2 milhões, com destaque para óleo diesel, outras gasolinas, coque de petróleo, copolímeros, trigo, medicamentos, caldeiras e polímeros. Entre janeiro e março de 2025, o Rio Grande do Norte já havia exportado US$ 26,2 milhões para os EUA e importado US$ 9,8 milhões, gerando um superávit de US$ 16,4 milhões na balança comercial bilateral.

A Sedec listou uma série de ações para enfrentar o cenário: mapear barreiras tarifárias e não tarifárias nos EUA; investir em capacitação técnica dos exportadores sobre exigências sanitárias e padrões internacionais; fomentar acordos comerciais e protocolos fitossanitários bilaterais; incentivar o reposicionamento de produtos nas cadeias globais com foco em diferenciação e sustentabilidade; e apoiar a busca por novos mercados-alvo, especialmente na Ásia e América Latina.

Em nota, a Secretaria destacou que “há firme convicção de que as iniciativas adotadas pela Presidência da República em defesa da soberania brasileira e preservação da competitividade dos produtos nacionais no mercado externo — com assessoramento e respaldo dos Ministérios da Fazenda; do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; e das Relações Exteriores — assegurarão a continuidade do crescimento e da prosperidade”.

Secretaria da Fazenda alerta para impacto nos setores-chave

O secretário da Fazenda do Rio Grande do Norte, Carlos Eduardo Xavier, também se posicionou sobre o anúncio de Donald Trump, classificando a proposta como uma ameaça direta para a economia potiguar. Segundo ele, a tarifação pode impactar até 70% da produção destinada ao mercado externo, com efeitos diretos sobre setores como frutas, granito, pescado e, principalmente, sal marinho.

“A proposta pode ter um impacto devastador em setores-chave do estado, como o de frutas, granito, pescado e, principalmente, o de sal marinho, ameaçando milhares de empregos e a estabilidade de importantes cadeias produtivas”, declarou Xavier. Ele ressaltou a dependência crítica de alguns segmentos do mercado norte-americano e alertou que a tarifa tornaria os produtos potiguares menos competitivos, podendo levar à paralisação de contratos.

Diante do cenário, o secretário fez um apelo à união da classe política do estado e defendeu mobilização da bancada federal para proteger empregos e a economia local. “Essa medida precisa ser combatida com firmeza pelo estado brasileiro, defendendo a soberania nacional”, afirmou.

O alerta foi feito em um contexto de bom desempenho das exportações potiguares. Entre janeiro e maio de 2025, o Rio Grande do Norte exportou US$ 67,138 milhões, valor superior ao registrado durante todo o ano de 2024. Desse total, os derivados de petróleo representaram US$ 23,9 milhões. Outros produtos de destaque na pauta de exportações incluem sal, frutas como melões e melancias, além de óleos combustíveis. No mesmo período, as importações potiguares dos Estados Unidos somaram US$ 26,7 milhões.

FIERN aponta risco para competitividade e empregos

A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) também se manifestou por meio do presidente Roberto Serquiz, que avaliou o impacto do chamado “tarifaço de Trump” na economia potiguar. Segundo ele, a tarifa de 50% compromete severamente a competitividade da produção industrial do estado.

“O Rio Grande do Norte depende fortemente dos seus ativos naturais. Petróleo, fruticultura, mineração, pesca e sal são setores que serão diretamente impactados por essa nova tarifa”, destacou Serquiz. Ele lembrou que grande parte das exportações potiguares tem como destino os Estados Unidos, e produtos como atum, peixes costeiros e sal poderão perder competitividade frente a concorrentes de outros países, que negociaram tarifas de apenas 10%.

Dados divulgados pela FIERN mostram que, de janeiro a junho de 2025, o estado exportou US$ 67 milhões, um crescimento de 123% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram exportados US$ 30 milhões. Para o presidente da FIERN, o impacto pode ser especialmente forte no setor salineiro, que depende quase exclusivamente do mercado norte-americano.

“O sal, por exemplo, é praticamente 100% viabilizado pelas exportações para os EUA. Se tivermos uma tarifa de 50%, enquanto os concorrentes operam com 10%, ficamos fora do jogo”, explicou Serquiz. Segundo ele, 95% da produção nacional de sal está concentrada no RN, com exportações médias mensais entre um e dois navios. A medida, segundo o dirigente, pode comprometer a presença do Brasil e do Rio Grande do Norte no mercado internacional.

Além de prejudicar a competitividade, a tarifa pode desencadear um efeito em cadeia sobre o setor produtivo local. Serquiz destacou que um ambiente de vulnerabilidade como esse afeta diretamente a empregabilidade e o preço final dos produtos, podendo levar produtores a reduzir atividades por precaução e impactar a arrecadação estadual.

Outro ponto de atenção é o calendário da fruticultura. A principal safra tem início em agosto, coincidentemente o mês em que a tarifa entra em vigor. Serquiz alertou que a perda de competitividade poderá forçar produtores a reduzir plantio ou colheita, afetando todo o ciclo econômico do setor.

Articulação nacional

Para enfrentar os desafios, a FIERN informou que iniciou articulação com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e outras federações estaduais para discutir estratégias e pressionar por uma solução diplomática. Reuniões já começaram para buscar alinhamento entre lideranças industriais. “Precisamos de uma atuação técnica e racional para buscar uma reversão dessa tarifa antes de sua aplicação”, afirmou Serquiz.

A FIERN também sinalizou que manterá o governo estadual informado sobre os riscos para a economia potiguar. A federação espera sensibilizar tanto o governo brasileiro quanto o norte-americano para reconsiderar a medida. Serquiz observou que, apesar da urgência, ainda é cedo para estimar o impacto exato, dado que a tarifa está em fase de anúncio e existem possibilidades de negociação até a sua entrada em vigor.

Foto: Sandro Menezes/Governo do RN/Ilustração / Canindé Soares via Governo do RN

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João Pedro marca dois e tira Fluminense da Copa do Mundo de Clubes

João Pedro marca dois e tira Fluminense da Copa do Mundo de Clubes

Atacante revelado pelo Tricolor é destaque na vitória do Chelsea

Com direito a lei do ex, o Fluminense foi derrotado por 2 a 0 (ambos gols do atacante brasileiro João Pedro, uma revelação do Tricolor das Laranjeiras) pelo Chelsea (Inglaterra), na tarde desta terça-feira (8) no MetLife Stadium, em Nova Jersey, e foi eliminado da Copa do Mundo de Clubes.

Desta forma, o Brasil vê cair o seu último representante na competição organizada pela Fifa (após as eliminações de Flamengo, Botafogo e Palmeiras). Já a equipe inglesa aguarda a outra semifinal da competição, que será disputada na próxima quarta-feira (9) por PSG (França) e Real Madrid (Espanha), para conhecer o seu adversário na grande decisão.

Lei do ex

A equipe comandada pelo técnico Renato Gaúcho encontrou muitas dificuldades no primeiro tempo diante de uma equipe inglesa que sabia o que fazer com a bola no pé. Sem contar com o volante Martinelli, suspenso por acúmulo de cartões amarelos, o Tricolor das Laranjeiras perdeu a maioria das disputas no meio de campo, onde o equatoriano Moisés Caicedo e o argentino Enzo Fernández ditavam o ritmo do Chelsea.

Outra arma do time comandado pelo técnico italiano Enzo Maresca era o português Pedro Neto, que realizava grandes jogadas pela ponta esquerda. E foi desta forma que o Chelsea abriu o placar. Aos 17 minutos, Cano vacilou e João Pedro ficou com o domínio para lançar Pedro Neto, que avançou em velocidade antes de levantar a bola na área. Thiago Silva cortou parcialmente e a bola sobrou para o brasileiro João Pedro, que bateu, da entrada da área, para marcar um golaço.

Diante de uma equipe superior tecnicamente, o Fluminense tinha muitas dificuldades de criar algo, e encontrou sua melhor oportunidade de marcar aos 25 minutos. Hércules tabelou com Cano e bateu na saída do goleiro Robert Sánchez, mas o lateral espanhol Cucurella chegou antes para cortar.

Aos 34 o torcedor tricolor teve um sopro de esperança, quando o juiz assinalou pênalti em favor do time das Laranjeiras após a bola tocar no braço de Chalobah. Porém, o francês François Letexier foi chamado pelo VAR (árbitro de vídeo) e anulou sua marcação inicial.

Após o intervalo, o time das Laranjeiras viveu seu pior momento no confronto, apresentando muitas dificuldades de manter a posse de bola e vendo o Chelsea dominar as ações. Desta forma a equipe inglesa não demorou a ampliar sua vantagem. Aos 10 minutos o uruguaio Bernal perdeu o domínio da bola e Palmer tocou para Enzo Fernández, que lançou João Pedro na ponta esquerda. O brasileiro avançou, se livrou da marcação e bateu com violência a bola, que morreu no ângulo do gol defendido por Fábio.

A partir daí o técnico Renato Gaúcho passou a substituir jogadores de defesa por de ataque e bagunçou de vez a equipe tricolor, que pouco conseguiu fazer diante de um Chelsea muito organizado, que mostrou qualidade para segurar a vantagem, e a classificação, até o apito final.

Foto: Mareclo Gonçalves/Fluminense F.C.

Da Agência Brasil

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