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China eleva tarifas contra EUA a 84% e intensifica guerra comercial

China eleva tarifas contra EUA a 84% e intensifica guerra comercial

Para analistas, tarifaço de Trump tenta reverter a desindustrialização

O Ministério das Finanças da China anunciou, nesta quarta-feira (9), o aumento das tarifas de importação de produtos dos Estados Unidos (EUA) de 34% para 84%, intensificando a guerra comercial iniciada por Washington. A nova taxa passa a valer a partir desta quinta-feira (10).

A medida foi tomada depois que o presidente Donald Trump elevou para 104% as tarifas de importação de produtos chineses após a China retaliar a tarifa dos EUA de 34% imposta no último dia 2 de abril.

Erros em série

“A decisão dos EUA de aumentar as tarifas sobre a China é um erro atrás do outro. Ela infringe seriamente os direitos e interesses legítimos da China, prejudica seriamente o sistema de comércio multilateral baseado em regras e tem um impacto severo na estabilidade da ordem econômica global. É um exemplo típico de unilateralismo, protecionismo e intimidação econômica”, afirmou, em nota, o Ministério de Finanças chinês.

Pequim pede que os EUA retirem as tarifas impostas contra o país asiático. “A China pede que os EUA corrijam imediatamente suas práticas erradas, cancelem todas as medidas tarifárias unilaterais contra a China e resolvam adequadamente as diferenças com a China por meio de um diálogo igualitário com base no respeito mútuo”, completou o governo chinês.

Guerra de tarifas

Enquanto a maior parte das bolsas de valores do mundo segue operando em baixa em razão da guerra de tarifas iniciada por Trump, as bolsas chinesas operaram em alta nesta quarta-feira (9).

Para analistas consultados pela Agência Brasil, o tarifaço de Trump é uma tentativa de reverter a desindustrialização dos EUA, que viu sua economia perder competitividade para os mercados da Ásia nas últimas décadas. Porém, diversos economistas são céticos de que as medidas de Washington possam ter o efeito esperado e esperam o aumento da inflação dentro dos EUA.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

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EUA vão taxar produtos da China em 104% a partir de hoje (9)

EUA vão taxar produtos da China em 104% a partir de hoje (9)

Medida é retaliação após China impor tarifas recíprocas a Washington

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou nesta terça-feira (8) que os Estados Unidos vão cobrar tarifas de 104% sobre os produtos chineses a partir de quarta-feira (9). A medida é mais um episódio da guerra comercial entre os países.

Na coletiva de imprensa transmitida pelas redes sociais da Casa Branca nesta tarde, a secretária foi questionada por um repórter se o presidente Donald Trump manteria a decisão de adicionar 50% em taxas sobre os produtos da China.

“Elas [as novas taxas] entrarão em vigor à meia-noite de hoje. Então, efetivamente amanhã”, respondeu Karoline Leavitt.

Minutos antes, a secretária havia criticado o governo chinês por não recuar e aceitar uma negociação com os Estados Unidos.

“Países como a China, que escolhem retaliar e tentam redobrar os maus-tratos aos trabalhadores americanos, estão cometendo um erro. O presidente Trump tem uma espinha dorsal de aço e não vai quebrar. A América não vai quebrar sob sua liderança. Ele é guiado por uma firme convicção de que a América deve ser capaz de produzir bens essenciais para o nosso próprio povo e exportá-los para o mundo”, disse Leavitt.

Na segunda-feira, Donald Trump havia ameaçado impor tarifas adicionais sobre todas as importações da China caso Pequim não recuasse da decisão de impor tarifas recíprocas contra Washington.

“Se a China não retirar seu aumento de 34% acima de seus abusos comerciais de longo prazo até amanhã, 8 de abril de 2025, os Estados Unidos imporão tarifas adicionais à China de 50%, com efeito em 9 de abril”, disse o americano em rede social.

Histórico de taxação

Em março, Washington impôs taxas específicas de 20% à China, em um dos primeiros movimentos de Trump para pressionar o país asiático. No último dia 2 abril, os EUA iniciaram uma guerra de tarifas contra todos os parceiros comerciais, com taxação adicional de 34% sobre todos os produtos chineses que entram no país norte-americano. Com a promessa de uma terceira taxação de 50%, o total iria para 104%.

Além de retaliar com tarifas de 34% sobre os produtos estadunidenses, Pequim também estabeleceu restrições para exportação de minerais raros, chamados terras raras, e proibir o comércio com 16 empresas dos EUA.

Em editorial publicado no domingo (6), o jornal porta-voz do Partido Comunista Chinês (PCCh) – o Diário do Povo – disse que a China está preparada para a guerra de tarifas de Donald Trump e que o “céu não cairá” por causa das novas barreiras comerciais.

“Devemos transformar pressão em motivação e encarar a resposta ao impacto dos EUA como uma oportunidade estratégica para acelerar a construção de um novo padrão de desenvolvimento”, afirmou o editorial do principal jornal do PCCh.

Foto: @TheWhiteHouse/Fotos Públicas / Jorge William/G20

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Brasil tem reservas para enfrentar decisões de Trump, diz Lula

Brasil tem reservas para enfrentar decisões de Trump, diz Lula

Presidente disse ainda que economia deve crescer em 2025

O Brasil tem reservas internacionais suficientes para enfrentar as decisões do governo Donald Trump, disse nesta segunda-feira (7) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante anúncio de investimentos do setor de logística em Cajamar (SP), Lula reiterou que a economia voltará a crescer mais que o previsto em 2025.

“Nós pagamos a dívida externa brasileira. Nós, pela primeira vez, fizemos uma reserva [internacional] de US$ 370 bilhões, o que segura este país contra qualquer crise. Mesmo o presidente Trump falando o que ele quer falar, o Brasil está seguro porque temos um colchão de US$ 350 bilhões, que dá ao Brasil e ao ministro da [Fazenda] Fernando Haddad uma certa tranquilidade”, disse Lula, em evento promovido pela empresa de comércio eletrônico Mercado Livre.

Segundo os dados mais recentes do Banco Central (BC), as reservas internacionais estavam em US$ 338,6 bilhões na última sexta-feira (7). No entanto, se contar os cerca de US$ 17 bilhões leiloados pelo BC desde o ano passado com compromisso de serem recomprados ao longo deste ano, o total sobe para US$ 355,6 bilhões.

Crescimento da economia

Durante o evento, o Mercado Livre anunciou investimentos de R$ 34 bilhões no Brasil apenas neste ano. Para o presidente, as apostas da empresa no país são justificadas porque a economia brasileira continuará a crescer acima do previsto neste ano, por causa de medidas recentes do governo para estimular o crédito e o consumo.

“Agora, as pessoas dizem: ‘A economia vai desacelerar, ela vai crescer menos’. E eu quero dizer para vocês, na frente dos trabalhadores do Mercado Livre, que a economia brasileira vai surpreender. Porque essa gente que fica discutindo o chamado mercado, essa gente que fica discutindo a economia não conhece o microcrédito funcionando, e o dinheiro chegando na mão de milhares e milhões de pessoas”, declarou Lula.

Segundo o presidente, a melhoria na economia já vem sendo percebida nos últimos anos, ao citar, como exemplo, que categorias profissionais tiveram reajuste salarial acima da inflação. “O salário mínimo já aumentou acima da inflação por dois anos consecutivos. O emprego voltou a crescer todo o ano. E o crédito está acontecendo com muita força nesse país, muita força”, destacou.

Desde que Donald Trump anunciou a aplicação de tarifas a produtos de outros países, chamado tarifaço, bolsas de valores de diversos país tiveram quedas. Para o presidente, o crescimento no Brasil não vai depender de outros países.

“Não depende de ninguém, não depende dos Estados Unidos, não depende da China, não depende da África, só depende de nós brasileiros”, disse.

“É isso que nós queremos: não queremos nada demais. Nós só queremos ser tratados com respeito, com dignidade, porque nós temos esse direito porque quem produz a riqueza desse país são vocês”, afirmou

Mercado Livre

Ao visitar o Centro de Logística do Mercado Livre, Lula abraçou funcionários da empresa e até colocou um pacote na esteira para ser encaminhado para entrega.

Ele esteve acompanhado de Fernando Yunes, vice-presidente sênior do Mercado Livre no Brasil, que explicou como será utilizado o aporte de R$ 34 bilhões neste ano. “É um aporte para conseguirmos avançar na nossa logística. Esse valor vai ser aportado tanto no Mercado Livre quanto no Mercado Pago e no marketing”, disse Yunes durante o evento.

Yunes também anunciou que a empresa vai contratar neste ano mais 14 mil pessoas, somando 50 mil funcionários no Brasil até o final deste ano.

Estavam na comitiva os ministros da Fazenda, Fernando Haddad; do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho; e do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte do Brasil, Márcio França, além do prefeito de Cajamar, Kauãn Berto.

Fundado em 1999, o Mercado Livre é a companhia líder em e-commerce e serviços financeiros na América Latina, com operações em 18 países e mais de 84 mil funcionários diretos. A operação no Brasil representa 54% do total do negócio da empresa.

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Trump ameaça China com tarifas adicionais de 50% após Pequim retaliar

Trump ameaça China com tarifas adicionais de 50% após Pequim retaliar

Produtos chineses enviados aos EUA poderão ter taxa de 84%

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, ameaçou a China nesta segunda-feira (7) com tarifas adicionais de 50% sobre todas as importações do país caso Pequim não recue da decisão de impor tarifas recíprocas contra Washington.

“Se a China não retirar seu aumento de 34% acima de seus abusos comerciais de longo prazo até amanhã, 8 de abril de 2025, os Estados Unidos imporão Tarifas ADICIONAIS à China de 50%, com efeito em 9 de abril”, anunciou o presidente estadunidense em uma rede social.

Caso cumpra o prometido, os EUA terão elevado em 84% o valor de todos os produtos chineses que entram no país norte-americano em uma semana. Trump acrescentou que todas as negociações com a China estão encerradas. “As negociações com outros países, que também solicitaram reuniões, começarão a ocorrer imediatamente”, completou Trump.

No último dia 2 abril, os EUA iniciaram uma guerra de tarifas contra todos os parceiros comerciais, com taxação adicional de 34% sobre todos os produtos chineses que entram no país norte-americano.

Em resposta, a China decidiu retaliar com tarifas de 34% sobre todos os produtos estadunidenses que entram no país asiático, além de estabelecer restrições para exportação de minerais raros, chamados terras raras, e proibir o comércio com 16 empresas dos EUA.

A guerra de tarifas tem derrubado as bolsas em todo o mundo e elevado as incertezas sobre o futuro do comércio mundial enquanto Trump promete manter sua nova política comercial.

O céu não cairá

O jornal que serve de porta-voz do Partido Comunista Chinês (PCC) – o Diário do Povo – publicou nesse domingo (6) longo editorial pedindo calma e argumentando que o “céu não cairá” com as tarifas de Donald Trump.

“Diante do impacto da intimidação tarifária dos EUA, temos grande capacidade de suportar a pressão. Nos últimos anos, construímos ativamente um mercado diversificado e nossa dependência do mercado dos EUA vem diminuindo. As exportações da China para os Estados Unidos como parcela do total de exportações caíram de 19,2% em 2018 para 14,7% em 2024”, afirmou o diário chinês.

Foto: Molly Riley/Via Fotos Públicas / Jorge William/G20/Fotos Públicas

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Papa Francisco faz primeira aparição pública após 38 dias hospitalizado por pneumonia

Papa Francisco faz primeira aparição pública após 38 dias hospitalizado por pneumonia

Pontífice participou da Missa do Jubileu dos Enfermos no Vaticano e compartilhou reflexões sobre fragilidade humana

O Papa Francisco apareceu publicamente neste domingo (6.abr.2025) pela primeira vez desde que foi hospitalizado por uma grave pneumonia, há 38 dias. O pontífice saudou fiéis presentes na Missa do Jubileu dos Enfermos, realizada na Praça São Pedro, no Vaticano.

De cadeira de rodas e com uma cânula de oxigênio sob o nariz, Francisco fez uma aparição surpresa ao final da celebração, acenando brevemente para os cerca de 20 mil peregrinos reunidos no local. A missa foi presidida pelo arcebispo Rino Fisichella, que leu uma homilia preparada pelo papa.

Participação por televisão e mensagem de consolo

Segundo Fisichella, Francisco acompanhou a cerimônia pela televisão. Em sua homilia, o papa reforçou que Deus não abandona os fiéis em momentos de doença.

“Na doença, Deus não nos deixa sozinhos e, se nos abandonarmos a Ele, precisamente onde as nossas forças falham, podemos experimentar a consolação da sua presença”, escreveu o pontífice.

O religioso também compartilhou sua própria experiência de fragilidade durante o período de internação. “Convosco, queridos irmãos e irmãs doentes, neste momento da minha vida, estou a partilhar muito: a experiência da enfermidade, de me sentir frágil, de depender dos outros em tantas coisas, de precisar de apoio”, relatou.

Reflexões sobre a enfermidade e gratidão

Francisco destacou que a doença pode ser uma “escola” para aprender sobre amor e humildade. “Nem sempre é fácil, mas é uma escola na qual aprendemos todos os dias a amar e a deixarmo-nos amar, sem exigir nem recusar, sem lamentar nem desesperar”, afirmou.

Ao final da missa, uma mensagem de agradecimento do papa foi lida aos fiéis. Francisco expressou gratidão “do fundo do coração” pelas orações recebidas durante sua recuperação.

Foto: Reprodução

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EUA impõem tarifas recíprocas e elevam tensão comercial global

EUA impõem tarifas recíprocas e elevam tensão comercial global

Brasil enfrenta tarifa de 10% e pode recorrer à OMC contra decisão de Donald Trump

Os Estados Unidos anunciaram, nesta quarta-feira (2.abr.2025), a imposição de tarifas recíprocas sobre diversos países, incluindo o Brasil. O presidente Donald Trump divulgou a medida no Salão Oval da Casa Branca, destacando que as taxas entram em vigor a partir da meia-noite (horário local). A iniciativa faz parte do que ele chamou de “Dia da Libertação”, argumentando que a política comercial visa fortalecer a economia norte-americana.

Impacto das tarifas nos países afetados

A tarifa recíproca aplicada ao Brasil é de 10%, enquanto outros países foram taxados com valores distintos: China (34%), União Europeia (20%), Reino Unido (10%), Vietnã (46%), Cambodja (49%) e África do Sul (30%). Trump declarou que a decisão busca corrigir o que considera um histórico de práticas comerciais injustas contra os EUA, responsabilizando governos anteriores pela falta de medidas semelhantes.

Além das tarifas recíprocas, foi anunciada a imposição de uma taxa de 25% sobre automóveis importados de países europeus e asiáticos. O governo norte-americano argumenta que a medida irá beneficiar a indústria local, gerar novos empregos e reduzir o déficit comercial, que chegou a quase US$ 1 trilhão (R$ 5,7 trilhões) em 2024.

Reflexos globais da medida

A decisão gerou apreensão no cenário internacional. Especialistas alertam que a medida pode desacelerar o crescimento econômico global e afetar países com forte dependência do mercado norte-americano, como México e Canadá. No Brasil, setores como o de aço e alumínio devem ser impactados diretamente. Em março, o governo dos EUA já havia imposto uma tarifa de 25% sobre esses produtos brasileiros, comprometendo as exportações nacionais.

Outro ponto de discussão é o etanol brasileiro. Atualmente, os Estados Unidos aplicam uma tarifa de 2,5% sobre o produto importado, enquanto o Brasil cobra 18% sobre o etanol norte-americano. A diferença de alíquotas foi citada como um exemplo de “comércio desigual” por Trump.

Reação do governo brasileiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a decisão e anunciou que o Brasil recorrerá à Organização Mundial do Comércio (OMC) para questionar a validade das tarifas. Caso a contestação não surta efeito, o governo avalia a possibilidade de impor tarifas sobre produtos norte-americanos como medida de retaliação.

Paralelamente, a Câmara dos Deputados aprovou, também nesta quarta-feira (2), a tramitação em regime de urgência do “PL da Reciprocidade”. O projeto estabelece critérios para que o Brasil possa responder a medidas unilaterais de outros países ou blocos econômicos que prejudiquem sua competitividade internacional. O requerimento foi aprovado com 361 votos favoráveis, 10 contrários e duas abstenções.

Unidade política diante da crise

Durante a discussão do projeto no Senado, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a situação deve servir de aprendizado para o Congresso Nacional. “Nas horas mais importantes, não existe um Brasil de esquerda ou de direita, existe apenas o povo brasileiro”, declarou.

Perspectivas futuras

Com as tarifas entrando em vigor, analistas econômicos avaliam que os desdobramentos das medidas de Trump dependerão das reações dos países afetados. O Brasil e outras nações podem buscar negociações diretas com os Estados Unidos ou intensificar acordos comerciais alternativos para minimizar os impactos da nova política tarifária.

Foto: Daniel Torok/Via Fotos Públicas

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Câmara aprova Lei da Reciprocidade Comercial e texto vai à sanção

Câmara aprova Lei da Reciprocidade Comercial e texto vai à sanção

Aprovação ocorre após Trump anunciar taxação para produtos brasileiros

A Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta quarta-feira (2), o Projeto de Lei 2.088/2023, que cria a Lei da Reciprocidade Comercial, autorizando o governo brasileiro a adotar medidas comerciais contra países e blocos que imponham barreiras aos produtos do Brasil no mercado global. Agora, o texto segue para sanção presidencial.

O texto do PL já havia sido aprovado nesta terça-feira (1) na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e no plenário do Senado, por unanimidade.

O tema se tornou prioridade no Congresso após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar “tarifas recíprocas” contra parceiros comerciais. O anúncio do novo tarifaço, realizado mais cedo pelo líder norte-americano, incluiu uma nova sobretaxa de 10% sobre produtos brasileiros.

Durante toda a tarde, enquanto a matéria estava sendo debatida, o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, apresentou requerimentos de obstrução das votações para pressionar pelo Projeto de Lei da Anistia.

Porém, um acordo entre todas as bancadas, do governo à oposição, resultou na retirada de todos os destaques para atrasar a matéria, que acabou sendo aprovada por unanimidade, em votação simbólica. Em troca, a ordem do dia da Câmara foi suspensa, e projetos que estavam na pauta de votação do plenário serão analisados nas próximas sessões.

“Nas horas mais importantes não existe um Brasil de esquerda ou um Brasil de direita. Existe apenas o povo brasileiro. E nós, representantes do povo, temos de ter a capacidade de defender o povo acima de nossas diferenças”, declarou o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que presidiu toda a votação.

Reciprocidade

O Artigo 1º do Projeto de Lei da Reciprocidade comercial estabelece critérios para respostas a ações, políticas ou práticas unilaterais de país ou bloco econômico que “impactem negativamente a competitividade internacional brasileira”.

A lei valerá para países ou blocos que “interfiram nas escolhas legítimas e soberanas do Brasil”.

No Artigo 3º, fica autorizado o Conselho Estratégico da Câmara de Comércio Exterior (Camex), ligado ao Executivo, a “adotar contramedidas na forma de restrição às importações de bens e serviços”, prevendo ainda medidas de negociação entre as partes antes de qualquer decisão.

O prazo para que seja sancionada pelo presidente da República e entre definitivamente em vigor são 15 dias úteis após a aprovação.

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

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Câmara acelera votação da Lei da Reciprocidade Comercial

Câmara acelera votação da Lei da Reciprocidade Comercial

Projeto foi aprovado por unanimidade no Senado

A Câmara dos Deputados pode votar ainda nesta semana o Projeto de Lei 2.088/2023, Lei de Reciprocidade Comercial, que autoriza o governo brasileiro a adotar medidas comerciais contra países e blocos que imponham barreiras aos produtos do Brasil no mercado global.

O texto do PL foi aprovado nesta terça-feira (1) na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e no plenário do Senado, por unanimidade.

O tema se tornou prioridade no Congresso após o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, anunciar que vai impor “tarifas recíprocas” contra parceiros comerciais. O anúncio do novo tarifaço está previsto para as 17h (horário dos EUA) desta quarta-feira.

O presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos/PB), informou que vai trabalhar junto ao Colégio de Líderes para pautar o tema ainda esta semana.

“Como esse é um tema excepcional, e nós temos uma data já precificada de uma possível movimentação dos Estados Unidos com relação aos produtos brasileiros, nós já estamos conversando com o Colégio de Líderes, para que, se possível, excepcionalmente, possamos trazer a matéria ao plenário ainda esta semana”, anunciou o presidente da Casa.

Para Motta, o episódio entre EUA e Brasil deve superar as diferenças políticas dentro do Parlamento.

“Nas horas mais importantes não existe um Brasil de esquerda ou um Brasil de direita. Existe apenas o povo brasileiro. E nós, representantes do povo, temos de ter a capacidade de defender o povo acima de nossas diferenças”, disse.

O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, promete obstruir todas as votações para pressionar pelo Projeto de Lei da Anistia. O líder do partido na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), informou à Agência Brasil que a legenda vai obstruir tudo. “Obstruir e tornar o processo legislativo lento”, garantiu.

A votação da Lei de Reciprocidade Comercial esta semana tem o apoio do presidente da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion (PP/PR).

“Nossos concorrentes mundiais, os grandes players mundiais do comércio internacional, têm uma lei para defender os seus interesses e o Brasil não tem. Nós precisamos disso, e é importante essa celeridade”, defendeu.

O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), argumentou que não há como o projeto da anistia avançar e defendeu que a Casa aprecie logo o PL da Reciprocidade Comercial.

“Diziam que iam pautar a anistia esta semana. Não vai ter anistia esta semana por um motivo bem claro, esta Casa, o presidente [da Câmara] Hugo Motta, a maioria dos partidos, pensaram no Poder Legislativo. Não faz sentido paralisar uma pauta, votações importantes, em cima de um projeto de anistia que, além de tudo, é inconstitucional”, destacou.

Reciprocidade

O Artigo 1º do projeto de lei da reciprocidade comercial estabelece critérios para respostas a ações, políticas ou práticas unilaterais de país ou bloco econômico que “impactem negativamente a competitividade internacional brasileira”.

Se aprovada, a lei valerá para países ou blocos que “interfiram nas escolhas legítimas e soberanas do Brasil”.

No Artigo 3º, fica autorizado o Conselho Estratégico da Câmara de Comércio Exterior (Camex), ligado ao Executivo, a “adotar contramedidas na forma de restrição às importações de bens e serviços”, prevendo ainda medidas de negociação entre as partes antes de qualquer decisão.

À véspera do anúncio do novo tarifaço de Donald Trump, um escritório ligado ao governo dos EUA divulgou relatório com críticas ao modelo de tarifas que o Brasil impõe às importações em setores como etanol, audiovisual, bebidas alcoólicas, produtos de telecomunicações, máquinas e equipamentos e carne suína, além de reclamar da preferência dada pela legislação e normas do Brasil aos produtores nacionais.

Foto: Pedro França/Agência Senado / Jonas Pereira/Agência Senado

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Terremoto em Myanmar: sobrevivente é resgatada após 91 horas sob escombros; número de mortos passa de 2,7 mil

Terremoto em Myanmar: sobrevivente é resgatada após 91 horas sob escombros; número de mortos passa de 2,7 mil

Equipes de resgate continuam buscas em meio a destruição; ONU mobiliza ajuda humanitária para vítimas do desastre

Um terremoto de magnitude 7,7 atingiu Myanmar na última sexta-feira (28.mar.2025), deixando um rastro de destruição e mais de 2,7 mil mortos, segundo autoridades locais. Nesta terça-feira (1º), uma sobrevivente foi resgatada com vida após 91 horas sob os escombros de um edifício na capital Naypyidaw.

De acordo com a Associated Press (AP), o general Min Aung Hlaing, chefe da Junta Militar, confirmou que o balanço atual é de 2.719 mortos, 4.521 feridos e 441 desaparecidos. As equipes de resgate seguem em operação, mas especialistas alertam que as chances de encontrar sobreviventes diminuem drasticamente após 72 horas.

A mulher resgatada, de 63 anos, foi localizada sob os destroços de um prédio que desabou durante o tremor. Bombeiros relataram que o resgate foi realizado contra o tempo, já que muitas áreas afetadas ainda não foram alcançadas pelas equipes de socorro.

Destruição e impacto regional

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que mais de 10 mil edifícios desmoronaram ou ficaram severamente danificados nas regiões central e noroeste de Myanmar. O terremoto também afetou a vizinha Tailândia, onde um prédio em construção desabou, soterrando dezenas de trabalhadores.

Em Bangcoc, o saldo atual é de 21 mortos e 34 feridos, a maioria no local da construção. Dois corpos foram retirados na segunda-feira (30), e outro foi encontrado nesta terça, mas ainda há desaparecidos.

ONU mobiliza ajuda humanitária

A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que está conseguindo enviar ajuda vital sem interferência dos grupos envolvidos na guerra civil do país, iniciada após o golpe militar de 2021.

Marcoluigi Corsi, coordenador humanitário da ONU em Myanmar, declarou em teleconferência que os recursos disponíveis no país estão sendo direcionados para as vítimas do terremoto. No entanto, ele destacou a necessidade de reabastecer os estoques, originalmente destinados a afetados pelo conflito armado.

Sobre o risco de desvio de ajuda, Corsi afirmou que há um sistema de monitoramento em vigor para garantir que os suprimentos cheguem aos necessitados. Até o momento, não foram registrados problemas.

Milhões de pessoas afetadas

Autoridades locais estimam que mais de 8,5 milhões de pessoas foram diretamente impactadas pelo terremoto. Com áreas remotas ainda inacessíveis, o número de vítimas pode aumentar nas próximas horas.

Foto: samimibirfotografci/Pexels/Ilustração / Serkan Gönültaş/Pexels/Ilustração

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Alíquota do ICMS sobre compras internacionais sobe de 17% para 20%

Alíquota do ICMS sobre compras internacionais sobe de 17% para 20%

Aumento entra em vigor nesta terça-feira em dez estados

A alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado no recebimento de compras internacionais subirá de 17% para 20% a partir desta terça-feira (1º), em dez estados.

O aumento foi aprovado pelo Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) em dezembro do ano passado. Cada estado ficou de decidir se aprova, ou não, o aumento.

A alíquota será aumentada nos estados do Acre, de Alagoas, da Bahia, do Ceará, de Minas Gerais, da Paraíba, do Piauí, do Rio Grande do Norte, de Roraima e de Sergipe. Na prática, a medida deve impactar compras feitas em sites internacionais.

Ao decidir pelo aumento, o Comsefaz argumentou que a nova alíquota também busca alinhar o tratamento tributário aplicado às importações ao praticado para os bens comercializados no mercado interno, “criando condições mais equilibradas para a produção e o comércio local”.

De acordo com o comitê, a decisão levou em conta as alíquotas modais já praticadas pelos estados.

“O objetivo é garantir a isonomia competitiva entre produtos importados e nacionais, promovendo o consumo de bens produzidos no Brasil. Com isso, os estados pretendem estimular o fortalecimento do setor produtivo interno e ampliar a geração de empregos, em um contexto de concorrência crescente com plataformas de comércio eletrônico transfronteiriço”, disse o comitê.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

Da Agência Brasil

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Estudantes de Medicina atenderam mais de 5 mil pessoas em estado vulnerável durante missão humanitária no Benin

Estudantes de Medicina atenderam mais de 5 mil pessoas em estado vulnerável durante missão humanitária no Benin

Segundo os participantes da Missão, a grande maioria dos casos eram relacionados a patologias tropicais típicas do subdesenvolvimento local

A 2ª Missão África, projeto da Inspirali, principal ecossistema de educação médica do país, que visa levar a medicina humanizada como atividade prática e de extensão universitária ao currículo dos futuros médicos, passou por cinco diferentes vilarejos das cidades de Adjarra e Ganvie e atendeu mais de 5 mil pessoas em estado vulnerável. Uma estudante do curso de Medicina da Universidade Potiguar (UnP), participou da expedição.

Além de visitas domiciliares para a população incapacitada de deslocamento, um hospital – Centre de Santé de Adjarra – serviu como base para atendimento e realização de procedimentos cirúrgicos. Os missionários atuaram também em um Centro de tratamento para pacientes com problemas de Saúde Mental.

Segundo os participantes da Missão, a grande maioria dos casos eram relacionados a patologias tropicais típicas do subdesenvolvimento local. Em Benin, a mortalidade infantil chega próximo dos 50% no primeiro ano de vida e a expectativa de vida é em média 58 anos, então as doenças são bastante prevalentes e graves e por falta de tratamento eles acabam sucumbindo. “É muito provável que este será o único atendimento que estas pessoas vão ter ao longo da sua vida porque eles não têm acesso a medicina gratuita”, conta Rodrigo Dias Nunes, diretor de Extensão Curricular, Extracurricular e Travessia Humanitária da Inspirali. Rodrigo declara, ainda, que por lá as pessoas nascem e morrem sem nenhum tipo de registro. “Muitas enfermidades poderiam ser solucionadas com uma boa alimentação ou o simples ato de beber água, mas lá eles não possuem estes recursos básicos”, complementa.

Participaram da missão 28 alunos, 5 egressos e 8 professores das escolas UniBH, Unisul, Universidade São Judas Tadeu, Universidade Anhembi Morumbi, UniFacs, Faseh, UnP e AGES. A ação é uma atividade prática e de extensão universitária ao currículo da Inspirali em que participam estudantes que já possuem histórico em ações voluntárias, já participaram e se destacaram em alguma das edições anteriores da Missão Amazônia e estão nos dois últimos anos da graduação. Cada aluno tinha em mãos um sistema de Prontlife® desenvolvido especialmente para a Missão. Trata-se de um tablet com prontuário eletrônico, cujas informações colhidas servirão para compor um banco de dados dos pacientes que será, posteriormente, apresentado como modelo para o governo para fortalecer a estratégia de implementação de um Programa de Medicina de Família e Comunidade.

“A missão África é um privilégio humano de ser vivenciado. Mais do que uma oportunidade de crescer profissionalmente, trata-se de uma evolução humana. Lá pudemos vivenciar sacrifícios de pessoas e famílias por razões meramente banais: a escassez. Escassez de recurso financeiro, de recurso alimentício e hídrico, de local de moradia, de dignidade. Essa realidade se contrapõe com a alegria, com a generosidade e as cores que cercam as pessoas. A missão África permite aumentarmos nosso nível de resiliência, de compaixão e de respeito ao ser humano e nos inspira uma medicina mais humana, mais empática e mais acolhedora. Uma medicina que sonhamos para os nossos alunos e nossa sociedade”, declara Dr Alexandre Cortez do Amaral, médico da Família e Comunidade e professor da FASEH/Inspirali

Sobre a Universidade Potiguar – UnP

Com 44 anos de inovação e tradição, a UnP é a única universidade privada do Estado do Rio Grande do Norte a integrar o maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima. A universidade possui milhares de alunos entre os campi em Natal, Mossoró e Caicó, oferecendo cursos de graduação, pós-graduação lato sensu, Mestrados e Doutorados. Também contribui para democratização do ensino superior ao disponibilizar uma oferta de cursos digitais com diversos polos dentro e fora do Rio Grande do Norte. Como formadora de profissionais, a instituição tem compromisso com a cidadania, sempre pautada nos valores éticos, sociais, culturais e profissionais. Este propósito direciona o desenvolvimento e a prática de seu projeto institucional e dos projetos pedagógicos dos cursos que oferece para a comunidade. Além disso, os alunos de Medicina da UnP contam com a Inspirali, um dos principais players de educação continuada na área médica. Para mais informações: www.unp.br.

Sobre a Inspirali

Criada em 2019, a Inspirali atua na gestão de escolas médicas do Ecossistema Ânima. É uma das principais empresas de ensino superior de Medicina no Brasil, com mais de 13 mil alunos (graduação, pós-graduação e extensão) e 14 instituições – localizadas em capitais como São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Florianópolis e Natal e em importantes centros de desenvolvimento do país, como Piracicaba (SP), São José dos Campos (SP), Cubatão (SP), Tubarão (SC), Vespasiano (MG) e Jacobina (BA).

As graduações em Medicina seguem modelo acadêmico reconhecido entre os mais inovadores do mundo e pensado para formar profissionais de alta performance com uma visão integral do ser humano. O portfólio da Inspirali contempla também cursos livres e especializações focados na medicina integrativa e aborda temas relevantes no cenário global, a exemplo da pós-graduação em cannabis medicinal, primeiro curso na área certificado pelo Ministério da Educação (MEC). A aprendizagem digital ativa oferece recursos tecnológicos (robôs de alta fidelidade e realidade virtual e aumentada MedRoom) e apoio socioemocional, assim como as atividades práticas e o acompanhamento personalizado.

Foto: Raphael Martinelli

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Dois terremotos acima de 6 graus abalam Oceano Atlântico perto do litoral potiguar

Dois terremotos acima de 6 graus abalam Oceano Atlântico perto do litoral potiguar

Tremores ocorreram perto do Arquipélago São Pedro e São Paulo, mas não representam risco de tsunami

Dois terremotos de magnitude superior a 6 na escala Richter foram detectados no Oceano Atlântico, a menos de 1.000 km do litoral potiguar, nos dias 27 e 28 de junho. Os dados foram registrados pelo Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Os abalos ocorreram na dorsal meso-oceânica, uma região de separação entre placas tectônicas, e não oferecem risco de tsunamis ou ondas elevadas no litoral brasileiro.

Detalhes dos tremores

O primeiro tremor, com magnitude 6.1, ocorreu às 21h34 da quinta-feira (27), a aproximadamente 42 km do arquipélago de São Pedro e São Paulo e a 952 km de Natal. O segundo abalo sísmico, de intensidade similar, foi registrado na sexta-feira (28), por volta das 14h17, a menos de 3 km do epicentro do primeiro evento.

Devido à distância do continente, os tremores não foram percebidos no litoral potiguar, mas é possível que tenham sido sentidos no arquipélago.

Causa dos abalos sísmicos

Os terremotos ocorreram em uma zona de afastamento entre as placas tectônicas sul-americana e africana, onde o movimento natural gera tensão e libera energia na forma de abalos. Esse tipo de atividade sísmica é comum na região e não provoca tsunamis, já que o deslocamento das placas é predominantemente horizontal.

Evento simultâneo na Ásia

No mesmo dia do primeiro tremor no Atlântico, um terremoto de magnitude 7.7 atingiu Mianmar, na Ásia, causando mais de 2 mil mortes. Os dois fenômenos, no entanto, não estão relacionados, pois ocorrem em sistemas tectônicos distintos.

Monitoramento e riscos para o Brasil

Apesar da ocorrência de tremores no Oceano Atlântico, especialistas afirmam que a região Nordeste do Brasil não corre perigo imediato. A atividade sísmica na área é monitorada constantemente, e eventos de grande magnitude próximos ao litoral brasileiro são considerados pouco prováveis.

Foto: USP Imagens/Ilustração

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Número de mortos em Mianmar após terremoto passa de 1 mil

Número de mortos em Mianmar após terremoto passa de 1 mil

País enfrenta desastre natural em meio a guerra civil e crise humanitária

Mianmar enfrenta uma das piores tragédias naturais de sua história recente após um terremoto de magnitude 7,7 atingir o país na sexta-feira (28.mar.2025). O abalo sísmico resultou na morte de pelo menos 1.002 pessoas, segundo o governo militar, e causou destruição em larga escala, afetando aeroportos, pontes e rodovias. O desastre ocorre em um momento de intensa instabilidade política e econômica, agravado pela guerra civil que assola o país desde o golpe militar de 2021.

A junta militar de Mianmar autorizou, neste sábado (29.mar), a entrada de centenas de equipes de resgate estrangeiras para auxiliar nos esforços de busca e salvamento. Estima-se que o número de mortos possa ultrapassar dez mil, conforme projeções do Serviço Geológico dos Estados Unidos, e que os prejuízos financeiros superem a produção econômica anual do país.

Impactos e operações de resgate

O terremoto afetou diversas regiões do país, incluindo Mandalay, a segunda maior cidade, onde sobreviventes tentaram resgatar vítimas soterradas sem a ajuda de maquinário pesado. A ausência de uma resposta imediata das autoridades dificultou ainda mais as operações de resgate.

Na Tailândia, país vizinho, o tremor também causou danos significativos, derrubando um arranha-céu em construção na capital, Bangcoc. Pelo menos nove pessoas morreram, e as buscas por desaparecidos continuam.

Neste sábado, as equipes de resgate seguem trabalhando nos escombros de uma torre de 33 andares em Bangcoc, onde 47 pessoas estão desaparecidas ou presas, incluindo trabalhadores de Mianmar.

Aeroportos fechados e infraestrutura comprometida

O terremoto provocou danos significativos na infraestrutura do país. O governo de unidade nacional, grupo de oposição à junta militar, informou que 2.900 edifícios, 30 rodovias e sete pontes foram destruídos.

Os aeroportos internacionais de Naypyitaw e Mandalay foram temporariamente fechados devido aos estragos. A torre de controle do aeroporto de Naypyitaw desabou, tornando a capital praticamente isolada para transporte aéreo. As operações no local foram suspensas por tempo indeterminado.

Ajuda humanitária e mobilização internacional

Equipes de resgate da China, Índia, Rússia, Malásia e Cingapura estão enviando socorristas e suprimentos para Mianmar. Um avião militar indiano pousou em Yangon, capital comercial do país, transportando 40 toneladas de ajuda humanitária. Além disso, a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) anunciou suporte aos esforços de recuperação e assistência às vítimas.

A Coreia do Sul confirmou um auxílio emergencial de US$ 2 milhões para Mianmar por meio de organizações internacionais. Os Estados Unidos, apesar da relação tensa com o governo militar birmanês, também afirmaram que prestarão algum tipo de apoio humanitário.

O governo chinês anunciou um pacote de ajuda avaliado em US$ 13,77 milhões, incluindo tendas, cobertores e kits médicos de emergência.

Dificuldades no resgate

O terremoto atingiu amplas áreas de Mianmar, desde as planícies centrais até a região montanhosa de Shan. Muitas dessas áreas não estão sob controle total da junta militar, o que dificulta a chegada da assistência.

A tragédia continua a se desenrolar, enquanto equipes de resgate enfrentam desafios logísticos e políticos para prestar assistência aos sobreviventes.

Foto: Serkan Gönültaş/Pexels/Ilustração / samimibirfotografci/Pexels/Ilustração / Doruk Aksel Anıl/Pexels/Ilustração

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Tribunal da Espanha anula condenação de Daniel Alves por agressão sexual

Tribunal da Espanha anula condenação de Daniel Alves por agressão sexual

Ex-jogador brasileiro estava condenado a 4 anos e 6 meses de prisão, mas juízes identificaram inconsistências no caso

Um tribunal de apelações da Espanha decidiu anular a condenação do ex-jogador brasileiro Daniel Alves por agressão sexual. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (28.mar.2025) pelo Tribunal Superior de Justiça da Catalunha (TSJCat). O atleta havia sido sentenciado a 4 anos e 6 meses de prisão, mas estava em liberdade condicional desde março de 2023.

Em comunicado oficial, o TSJCat informou que os juízes decidiram, por unanimidade, anular a sentença condenatória. O tribunal apontou “lacunas, imprecisões, inconsistências e contradições sobre os fatos” ocorridos em uma casa noturna de Barcelona em 31 de dezembro de 2022.

Falta de provas consistentes

A decisão destacou que, com base nas provas apresentadas, não foi possível confirmar que o padrão exigido pela presunção de inocência tenha sido superado. O texto ainda ressaltou que sentenças condenatórias exigem um “padrão reforçado de motivação”, o que não foi atendido no caso.

Contexto do caso

Daniel Alves foi acusado de agredir sexualmente uma mulher em uma boate de Barcelona na virada do ano de 2022 para 2023. O ex-lateral, que já defendeu grandes clubes como Barcelona, Paris Saint-Germain e Juventus, foi preso em janeiro de 2023 e posteriormente condenado em primeira instância.

Liberdade condicional

Desde março do ano passado, o brasileiro estava em liberdade condicional após pagar uma fiança de 1 milhão de euros. A defesa sempre manteve a inocência do atleta, alegando que o contato sexual teria sido consensual.

Próximos passos

Com a anulação da condenação, o caso deve ser reavaliado. A defesa de Daniel Alves comemorou a decisão, enquanto a promotoria ainda não se pronunciou sobre possíveis recursos.

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

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Terremoto de 7,7 graus no Sudeste Asiático deixa mortos e rastro de destruição em Myanmar e Tailândia

Terremoto de 7,7 graus no Sudeste Asiático deixa mortos e rastro de destruição em Myanmar e Tailândia

Estado de emergência é declarado em Myanmar após colapso de prédios; Tailândia registra vítimas e resgates em Bangcoc

Um terremoto de magnitude 7,7 atingiu o Sudeste Asiático nesta sexta-feira (28), causando mortes, destruição e pânico em Myanmar e Tailândia. O tremor, registrado pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), ocorreu próximo a Mandalay, segunda maior cidade de Myanmar, e foi seguido por um forte abalo secundário.

Mortes e destruição em Myanmar

Pelo menos três pessoas morreram em Taungoo, Myanmar, após o desabamento parcial de uma mesquita durante as orações. Na cidade de Aung Ban, um hotel desmoronou, deixando duas vítimas fatais e 20 feridos, segundo a mídia local.

O governo militar de Myanmar declarou estado de emergência em várias regiões e prometeu ações rápidas de resgate e ajuda humanitária. Em Mandalay, imagens mostram prédios destruídos, incluindo uma torre de relógio e parte do Palácio Real.

Testemunhas relataram cenas de caos. “Vi um prédio de cinco andares desabar diante de meus olhos. Todos estão na rua, com medo de voltar para casa”, disse um morador.

Caos em Bangcoc, Tailândia

Na Tailândia, o terremoto derrubou um arranha-céu em construção na capital, Bangcoc, matando uma pessoa e deixando dezenas de trabalhadores presos nos escombros. As autoridades declararam a cidade como área de desastre para priorizar resgates e avaliações estruturais.

Hóspedes de hotéis fugiram para as ruas em pânico, alguns ainda com roupões de banho. Um edifício comercial balançou por minutos, levando centenas de funcionários a descerem pelas escadas de emergência.

Tremores sentidos na China

O abalo foi sentido na província chinesa de Yunnan, fronteiriça com Myanmar, mas não houve relatos de vítimas. Em Yangon, maior cidade de Myanmar, moradores evacuaram prédios em meio aos tremores.

Foto: Doruk Aksel Anıl/Pexels/Ilustração / Serkan Gönültaş/Pexels/Ilustração

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Sobretaxas vão prejudicar os próprios Estados Unidos, diz Lula

Sobretaxas vão prejudicar os próprios Estados Unidos, diz Lula

Presidente criticou novas medidas protecionistas de Donald Trump

Ao encerrar uma visita de Estado ao Japão, na noite desta quarta-feira (26), manhã de quinta-feira (27) no país asiático, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu uma entrevista a jornalistas e foi questionado sobre o anúncio, mais cedo, pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de uma nova sobretaxa de 25%, desta vez sobre os carros importados que chegam ao país norte-americano. A medida é a mais nova tarifa imposta pelo novo governo dos EUA no comércio internacional.

“O que o presidente Trump precisa é medir as consequências dessas decisões. Se ele está pensando que tomando essa decisão de taxar tudo aquilo que os Estados Unidos importam [vai ajudar], eu acho que vai ser prejudicial aos Estados Unidos. Isso vai elevar o preço das coisas, e pode levar a uma inflação que ele ainda não está percebendo”, disse Lula.

“Os EUA importam muito carro japonês e tem muitas empresas japonesas produzindo carro lá. Eu, sinceramente, não vejo o benefício de aumentar em 25% os carros comprados do Japão. A única coisa que eu sei é que vai ficar mais caro para o povo americano comprar. E esse mais caro pode resultar no aumento da inflação, e esse aumento da inflação pode significar aumento de juros, e aumento de juros pode significar contenção da economia”, acrescentou.

OMC e retaliações

O presidente brasileiro confirmou que seu governo vai recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) para tentar reverter uma outra tarifa imposta pelos EUA, a mais prejudicial ao Brasil até agora, que é a de 25% sobre a importação de aço e alumínio.

“Da parte do Brasil, ele [Trump] taxou o aço brasileiro do Brasil em 25%. Temos duas decisões a fazer. Uma é recorrer na Organização Mundial do Comércio, e nós vamos recorrer. A outra é a gente sobretaxar os produtos americanos que nós importamos, colocar em prática a lei da reciprocidade”, disse o presidente.

Segundo Lula, essa medida só será colocada em prática caso a queixa na OMC não seja eficaz para provocar uma negociação entre os dois países. O presidente voltou a lembrar que o fluxo comercial entre Brasil e EUA é ligeiramente favorável aos norte-americanos, e defendeu que as condições para o livre-comércio mundial prevaleçam.

“Estou muito preocupado com o comportamento do governo americano com essa taxação de todos os produtos, de todos os países. No fundo, o livre comércio é o que está sendo prejudicado. Estou preocupado porque o multilateralismo está sendo derrotado e estou preocupado porque o presidente americano não é xerife do mundo, ele é apenas presidente dos Estados Unidos”, criticou.

Exportação de carne ao Japão

Na entrevista, Lula também comentou sobre as tratativas com o Japão para acelerar a abertura do mercado para a carne bovina brasileira, uma demanda histórica do setor. Mais cedo, o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, informou sobre o envio de uma missão oficial para dar prosseguimento aos protocolos de liberação sanitária.

“Temos que respeitar a decisão japonesa, cada país tem um critério. O que eu ouvi do primeiro-ministro é que ele vai, o mais rápido possível, mandar os especialistas dele para analisar o rebanho brasileiro. E, depois, vamos ver a decisão. O dado concreto é nós vendemos uma carne de muita qualidade e a carne mais barata entre todos os países. Eu acredito que, ainda este ano, a gente vai ter uma solução da questão da carne”, prevê Lula.

O presidente também se comprometeu a investir, ao longo deste ano, no avanço de um acordo comercial entre os países do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) com o Japão. “Eu vou assumir a presidência do Mercosul no segundo semestre. E, se depender de mim, nós vamos trabalhar para que haja o acordo do Mercosul com o Japão. É bom para os países do Mercosul e para o Japão. Quanto mais facilitação para a negociação, melhor.

Agenda

Lula chegou ao Japão na última segunda-feira (24) e, na terça-feira (25) de manhã, participou da cerimônia de boas-vindas, com honras militares, no Palácio Imperial, na capital japonesa. Após reunião reservada com o casal imperial e almoço privado, o presidente se encontrou com empresários brasileiros ligados à Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) para debater a abertura do mercado japonês ao setor.

Lula participou ainda de jantar oferecido a ele e à primeira-dama Janja Lula da Silva pelo imperador do Japão, Naruhito, e a imperatriz Masako. Na ocasião, pediu o “firme engajamento” do Japão na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), que será realizada em novembro, em Belém, no Pará.

Nessa quarta-feira (26), o presidente teve o dia mais cheio da visita ao Japão, que está 12 horas à frente do horário oficial de Brasília. A agenda começou com representantes de sindicatos japoneses. Em postagem nas redes sociais, Lula afirmou que o objetivo foi falar de questões trabalhistas e de como melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores no Brasil e no Japão.

O presidente também falou no Fórum Empresarial Brasil-Japão. Pelo lado brasileiro, estiveram presentes empresários dos setores de alimentos, agronegócio, aeroespacial, bebidas, energia, logística e siderurgia. No evento, Lula convocou os japoneses a investirem no Brasil e criticou o crescimento do negacionismo climático e do protecionismo comercial. Foi anunciado acordo da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) com a ANA, maior companhia aérea japonesa, para a compra de 20 jatos E-190.

Após outras reuniões bilaterais, Lula se encontrou com o primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, no Palácio Akasaka, para firmar os compromissos entre os dois países. Foram dez acordos de cooperação em áreas como comércio, indústria e meio ambiente, além de 80 instrumentos entre entidades subnacionais como empresas, bancos, universidades e institutos de pesquisas. Os dois países também anunciaram um plano de ação para revitalizar a Parceria Estratégica Global, um nível mais elevado nas relações diplomáticas estabelecidas desde 2014. Na sequência, foi oferecido um jantar a Lula e à comitiva.

A comitiva brasileira em Tóquio é composta pelo presidente, a primeira-dama Janja, ministros, parlamentares, empresários e sindicalistas. Os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), também compõem a delegação com Lula.

A viagem internacional prossegue nesta quinta, quando o presidente parte para Hanói, no Vietnã, segunda parte da viagem à Ásia.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Da Agência Brasil

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Brasil é goleado pela Argentina por 4 a 1

Brasil é goleado pela Argentina por 4 a 1

Seleção brasileira joga muito mal no estádio Monumental de Nuñez

Faltando pouco mais de um ano para o início da próxima edição da Copa do Mundo, a seleção brasileira jogou muito mal diante da Argentina, na noite desta terça-feira (25) no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, e foi goleada por 4 a 1 pela 14ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas.

Com o revés na partida, que teve transmissão ao vivo da Rádio Nacional, o Brasil (4º colocado da classificação com 21 pontos) ainda não confirmou a participação no próximo Mundial. Já a Argentina, que já entrou em campo classificada para a Copa após o empate sem gols entre Bolívia e Equador, permanece na ponta da classificação, agora com 31 pontos.

Domínio Hermano

O primeiro tempo da partida mostrou que a seleção brasileira ainda tem um longo caminho a trilhar para se tornar um real candidato ao título da próxima Copa do Mundo. Diante dos atuais campeões mundiais, o Brasil mostrou muito pouco, em especial pela pouca combatividade no setor do meio-campo e a falta de jogadas trabalhadas no ataque.

Desde o apito inicial, a equipe argentina dominou com sobras as ações, e precisou de apenas três minutos para abrir o marcador. Thiago Almada lançou Julián Álvarez, que venceu Murillo e Arana dentro da área para bater na saída do goleiro Bento. A equipe de Lionel Scaloni continuou empilhando oportunidades e ampliou aos 12 minutos, quando Molina cruzou para Enzo Fernández, que só teve o trabalho de escorar para o fundo das redes.

Do outro lado do gramado o Brasil não conseguia criar. Mas, aos 26 minutos, descontou ao aproveitar falha de Cristian Romero. O zagueiro errou na saída de bola e permitiu que o atacante Matheus Cunha ganhasse a posse da bola e batesse da entrada da área para superar Emiliano Martínez.

Mas qualquer esperança de reação foi por terra dez minutos depois. O meio-campista Enzo Fernández levantou a bola na área e Mac Allister chegou em velocidade para bater na saída do goleiro Bento.

No intervalo o técnico Dorival Júnior fez muitas alterações, mas o panorama da partida não mudou. E a Argentina chegou ao quarto gol aos 25 minutos. Após Tagliafico cruzar a bola na área, a defesa brasileira ficou parada e deu liberdade para o atacante Simeone chegar em velocidade para bater cruzado e dar números finais ao marcador.

Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Da Agência Brasil

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Papa Francisco recebe alta após tratamento de problemas respiratórios

Papa Francisco recebe alta após tratamento de problemas respiratórios

Pontífice retorna para casa após 40 dias internados e seguirá com repouso e fisioterapia

O papa Francisco fez sua primeira aparição pública após quase 40 dias internado no hospital Gemelli, em Roma, para tratar problemas respiratórios. O pontífice, de 88 anos, acenou para os fiéis da sacada do quarto do hospital antes de receber alta. A internação ocorreu no dia 14 de fevereiro, e, desde então, Francisco passou por tratamentos intensivos para recuperar sua saúde.

Após voltar para casa, o papa terá que manter cuidados específicos, incluindo repouso por dois meses. Ele também será submetido a sessões de fisioterapia respiratória e exercícios de fala, já que sua voz foi afetada pelo uso prolongado de oxigênio de alto fluxo. A equipe médica espera que ele recupere a voz gradualmente, mas não estimou um prazo exato para isso.

Sergio Alfieri, médico-chefe da equipe que cuidou de Francisco e diretor do hospital Gemelli, afirmou que o pontífice poderá retomar suas atividades de forma gradual, mas com um “estilo de vida mais calmo”. Ele destacou que o papa está completamente curado da pneumonia dupla, mas ainda há vestígios de vírus em seus pulmões. Por isso, a equipe desaconselhou encontros frequentes com grandes grupos para evitar novos contágios.

Durante a internação, Francisco manteve o bom humor, segundo os médicos, exceto em momentos em que seu quadro de saúde se agravou. Ele demonstrou alegria ao receber a notícia da alta e chegou a perguntar, dias antes, quando poderia retornar para casa. A equipe médica elogiou o comportamento do pontífice, descrevendo-o como um “paciente exemplar” que seguiu todas as recomendações.

A recuperação do papa é acompanhada de perto por fiéis ao redor do mundo, que aguardam seu retorno às atividades normais. A equipe médica reforçou a importância de evitar esforços excessivos e seguir as orientações para garantir uma recuperação completa.

Foto: Reprodução

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Decreto de Trump esvazia departamento de educação nos EUA

Decreto de Trump esvazia departamento de educação nos EUA

Medida enfrenta resistência de procuradores democratas e pode resultar em demissões em massa

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quinta-feira (20.mar.2025) um decreto que reduz drasticamente as atribuições do Departamento de Educação, cumprindo uma promessa de campanha. A medida já está sendo contestada por um grupo de procuradores-gerais estaduais democratas, que entraram com uma ação na semana passada para impedir o desmonte do departamento e suspender a demissão de quase metade da equipe.

O decreto determina que a Secretária de Educação, Linda McMahon, “tome todas as medidas necessárias para facilitar o fechamento do Departamento de Educação e devolva a autoridade educacional aos Estados”. A ordem também estabelece que programas financiados pelo departamento não devem “promover o DEI [diversidade, equidade e inclusão] ou a ideologia de gênero”, conforme informativo da Casa Branca.

Trump já havia defendido a eliminação do departamento em seu primeiro mandato, chamando-o de “um grande golpe” e alegando que investimentos na pasta são “desperdício de dinheiro”. No entanto, a proposta foi barrada pelo Congresso na época.

Demissões e reações

O decreto presidencial gerou reações imediatas, incluindo um post do bilionário Elon Musk, à frente do Departamento de Eficiência Governamental (Doge), que compartilhou uma imagem simbólica do “enterro” do Departamento de Educação. O governo Trump planeja reduzir ainda mais as agências federais, o que pode resultar em uma nova onda de demissões de milhares de funcionários públicos nas próximas semanas.

Até o momento, o Doge já supervisionou cortes de mais de 100 mil empregos na força de trabalho civil federal. No entanto, a eficiência dessas medidas tem sido questionada. Dezenas de ações judiciais contestam as demissões em massa, especialmente de trabalhadores em estágio probatório, além do fechamento abrupto de agências federais e o acesso a sistemas de computador confidenciais.

Críticas e impactos

Sindicatos, políticos democratas e especialistas em governança afirmam que a abordagem direta de Musk tem causado caos, levando à demissão e, em seguida, à recontratação de funcionários, sem demonstrar que o esforço de redução de custos está gerando economias significativas. Críticos também argumentam que o processo é uma estratégia para desmantelar agências e programas que há muito tempo são alvo de desconfiança do Partido Republicano.

A medida de Trump reflete uma longa tentativa dos republicanos de reduzir o financiamento e a influência do Departamento de Educação. Enquanto isso, a disputa judicial promete prolongar o debate sobre o futuro da educação nos Estados Unidos.

Foto: @TheWhiteHouse/Fotos Públicas

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Jair Bolsonaro afirma que Eduardo combate "nazifascismo" nos EUA

Jair Bolsonaro afirma que Eduardo combate “nazifascismo” nos EUA

Ex-presidente discursa em evento judaico e fala sobre licença do filho, que permanece nos Estados Unidos para pressionar governo Trump

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) utilizou um evento judaico realizado nesta terça-feira (18.mar.2025), para destacar que seu filho, Eduardo Bolsonaro, decidiu permanecer nos Estados Unidos, licenciado do mandato de deputado federal, com o objetivo de “combater o nazifascismo que avança sobre o nosso País”. A declaração foi feita durante a cerimônia de abertura de uma exposição sobre o holocausto, no Espaço Senador Ivandro Cunha Lima, em Brasília.

Eduardo Bolsonaro anunciou mais cedo sua decisão de se licenciar temporariamente do Congresso Nacional e continuar nos Estados Unidos, onde está há 20 dias. O deputado federal alega perseguição por parte de autoridades brasileiras e afirma que sua permanência no exterior tem como objetivo pressionar o governo de Donald Trump em relação ao Brasil.

Durante o evento, que contou com a presença de autoridades, ativistas e representantes de entidades judaicas, Bolsonaro fez um discurso emocionado. “Hoje está sendo um dia marcante para mim. (Com) o afastamento de um filho, que se afasta mais do que por um momento de patriotismo. (Ele) se afasta para combater algo parecido com o nazifascismo que cada vez mais avança sobre o nosso País”, declarou o ex-presidente.

Bolsonaro também fez referências ao seu eleitorado evangélico, afirmando que o “exemplo de Israel está vivo em nossos corações” e que “sempre esteve ao lado de Deus”. Ele enviou um abraço ao primeiro-ministro de Israel por meio do embaixador israelense no Brasil, Daniel Zohar Zonshine, e relembrou o momento em que Donald Trump cumprimentou Eduardo Bolsonaro durante uma conferência de extrema direita nos Estados Unidos.

A exposição sobre o holocausto, que teve início nesta terça-feira, busca preservar a memória do povo judeu e destacar a importância de combater ideologias extremistas. O evento reuniu personalidades engajadas na luta contra o antissemitismo e na promoção dos direitos humanos.

A decisão de Eduardo Bolsonaro de se licenciar do mandato e permanecer nos Estados Unidos tem gerado debates políticos no Brasil. Enquanto alguns apoiadores defendem sua atitude como uma forma de proteger o país de influências extremistas, críticos questionam os reais motivos por trás da medida e sua eficácia em relação aos desafios enfrentados pelo Brasil.

A presença de Bolsonaro no evento judaico reforça sua proximidade com causas relacionadas à comunidade judaica e ao Estado de Israel, temas que frequentemente aparecem em seus discursos e ações políticas. O ex-presidente também destacou a importância de manter viva a memória do holocausto como forma de evitar a repetição de tragédias históricas.

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados / Isac Nóbrega/PR / Marcos Corrêa/PR

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Papa Francisco envia mensagem de paz durante internação

Papa Francisco envia mensagem de paz durante internação

Pontífice defende desarmamento e reflexão sobre conflitos em carta escrita no hospital

O papa Francisco, internado no Hospital Gemelli desde 14 de fevereiro devido a uma pneumonia bilateral, continua a se recuperar e a se manter atento aos acontecimentos globais. De acordo com os médicos, o pontífice, de 88 anos, apresenta pequenas melhoras com fisioterapia respiratória e motora, e seu estado de saúde é considerado estável.

Em uma carta enviada ao jornal Corriere della Sera, Francisco fez um apelo pelo fim dos conflitos no mundo, destacando a necessidade de “desarmamento das palavras, das mentes e da Terra”. Ele ressaltou que, em meio à sua fragilidade física, a guerra parece ainda mais absurda. “A fragilidade humana tem o poder de nos tornar mais lúcidos sobre o que dura e o que passa, o que nos mantém vivos e o que nos mata”, escreveu.

O papa também destacou o papel crucial da comunicação na construção de um mundo mais unido. “Nunca são apenas palavras: são ações que constroem ambientes humanos. Elas podem conectar ou dividir, servir à verdade ou fazer uso dela”, afirmou. Francisco pediu que jornalistas e comunicadores usem suas habilidades para promover a união e a reflexão, enfatizando a importância de “desmantelar palavras, desmantelar mentes e desmantelar a Terra”.

Além disso, o pontífice criticou a ineficácia da guerra como solução para conflitos, destacando que ela só traz devastação para comunidades e o meio ambiente. Ele defendeu a revitalização da diplomacia e das organizações internacionais, que, segundo ele, precisam recuperar credibilidade. Francisco também destacou o papel das religiões na promoção da paz, afirmando que elas podem reacender o desejo de fraternidade e justiça.

A carta do papa reflete sua visão de que a paz exige compromisso, trabalho, silêncio e palavras. Enquanto se recupera no hospital, Francisco continua a inspirar milhões ao redor do mundo com suas mensagens de esperança e união.

Foto: Tânia Rêgo/ABr / Tomaz Silva/ABr

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EUA declara embaixador da África do Sul persona non grata

EUA declara embaixador da África do Sul persona non grata

Ebrahim Rasool criticou o discurso de Trump de vitimização dos brancos

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, declarou nessa sexta-feira (14) que Ebrahim Rasool, embaixador da África do Sul nos país, é persona non grata, chamando o enviado de “político que faz ataques raciais” e que odeia os Estados Unidos e o presidente Donald Trump.

“O embaixador da África do Sul nos Estados Unidos não é mais bem-vindo em nosso grande país”, disse Rubio em uma publicação na plataforma de mídia social X. “Não temos nada a discutir com ele e, portanto, ele é considerado PERSONA NON GRATA”, disse Rubio.

Rasool havia participado de um evento online no qual criticou a administração Trump, acusando o presidente norte-americano de adotar discursos próprios do supremacismo branco e criar uma narrativa onde os brancos são as vítimas em seu país.

Em nota, o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, classificou como “lamentável” a decisão do governo norte-americano e afirmou que continuará trabalhando por uma boa relação entre os dois países.

“A Presidência insta todas as partes interessadas relevantes e impactadas a manterem o decoro diplomático estabelecido em seu envolvimento com o assunto. A África do Sul continua comprometida em construir um relacionamento mutuamente benéfico com os Estados Unidos da América”.

Distanciamento

Os laços entre os Estados Unidos e a África do Sul se deterioraram desde que Trump cortou a ajuda financeira dos EUA ao país, citando a desaprovação de sua política fundiária e a denúncia de genocídio apresentada pelo país africano contra Israel na Corte Internacional de Justiça. Israel é um aliado do governo norte-americano.

Trump disse, sem citar provas, que “a África do Sul está confiscando terras” e que “certas classes de pessoas” estão sendo tratadas “muito mal”. O bilionário Elon Musk, nascido na África do Sul e integrante do governo Trump, disse que os sul-africanos brancos têm sido vítimas de “leis racistas de propriedade”.

O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, sancionou um projeto de lei em janeiro com o objetivo de possibilitar a expropriação de terras pelo Estado, sob argumento de interesse público; em alguns casos sem compensar o proprietário.

O objetivo da medida seria corrigir a política de desapropriação de terras da população negra ocorrida ainda na época do apartheid, regime de segregação racial ocorrido entre 1948 e 1994. Mais de 30 anos após o fim desse regime, a maioria das terras do país ainda pertence a uma minoria branca.

Ramaphosa defendeu a política e disse que o governo não havia confiscado nenhuma terra. Segundo ele, a política tinha como objetivo nivelar as disparidades raciais na propriedade de terras na nação de maioria negra.

Foto: Aaron Kittredge/Pexels / Element5 Digital/Pexels / Embaixada da África do Sul em Washington

Da Agência Brasil

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Papa Francisco aprova reformas na Igreja em meio à melhora de saúde

Papa Francisco aprova reformas na Igreja em meio à melhora de saúde

Pontífice amplia sínodo dos bispos e discute inclusão de mulheres e LGBTQ+ na igreja

O Vaticano anunciou neste sábado que o Papa Francisco aprovou um novo processo de três anos para considerar reformas na Igreja Católica global. A decisão foi tomada enquanto o pontífice de 88 anos está internado no hospital Gemelli, em Roma, onde se recupera de uma pneumonia dupla. A medida indica que Francisco planeja continuar como papa, apesar de sua saúde frágil.

O Sínodo dos Bispos, uma iniciativa central do papado de Francisco, será ampliado para incluir consultas com católicos de todo o mundo nos próximos três anos. O objetivo é discutir reformas significativas, como a possibilidade de mulheres servirem como diaconisas e uma melhor inclusão de pessoas LGBTQ+ na Igreja. Uma nova cúpula está prevista para 2028.

Francisco aprovou o novo processo na terça-feira, enquanto ainda estava hospitalizado. Ele está internado há mais de um mês, e sua prolongada ausência pública gerou especulações sobre uma possível renúncia, seguindo os passos de seu antecessor, Bento XVI. No entanto, amigos e biógrafos do papa insistem que ele não tem planos de renunciar.

O cardeal Mario Grech, líder do processo de reforma, afirmou ao canal de mídia do Vaticano que o papa está ajudando a impulsionar a renovação da Igreja. “Este é realmente um sinal de esperança”, disse Grech.

Desde que assumiu o papado em 2013, Francisco tem sido visto como um líder que busca modernizar a Igreja Católica. No entanto, sua agenda de reformas tem causado controvérsia entre alguns setores mais conservadores da Igreja, incluindo cardeais seniores. Eles criticam o papa por diluir os ensinamentos da Igreja em questões como casamento entre pessoas do mesmo sexo, divórcio e novo casamento.

Massimo Faggioli, acadêmico norte-americano especializado no papado, destacou que o novo processo de reforma é uma forma de Francisco reafirmar sua liderança sobre os 1,4 bilhão de católicos do mundo. “O pontificado de Francisco não acabou, e esta decisão que ele tomou sobre o que acontecerá entre agora e 2028 terá um efeito no resto dele”, afirmou Faggioli, professor da Universidade Villanova.

A cúpula do Vaticano realizada em outubro do ano passado não resultou em ações concretas sobre as reformas propostas, o que levantou dúvidas sobre a força do papado de Francisco. Na época, autoridades do Vaticano disseram que o papa ainda estava considerando mudanças futuras e aguardava relatórios detalhados sobre possíveis reformas, que devem ser entregues em junho.

Os últimos boletins médicos do Vaticano indicam que o estado de saúde do papa está melhorando, e ele não corre mais risco imediato de morte. No entanto, ainda não há previsão para sua alta hospitalar.

Foto: Tânia Rêgo/ABr

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Juiz federal bloqueia deportação de venezuelanos nos EUA

Juiz federal bloqueia deportação de venezuelanos nos EUA

Decisão judicial impede deportação de imigrantes venezuelanos por 14 dias após ação de grupos de direitos civis

Um juiz federal dos Estados Unidos bloqueou temporariamente, neste sábado (15.mar.2025), a deportação de venezuelanos sem documentos após uma ação judicial movida por dois grupos sem fins lucrativos. A União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) e o Democracy Forward argumentaram que o governo poderia invocar a Lei de Inimigos Estrangeiros de 1798, uma legislação de guerra, para acelerar a remoção de imigrantes.

A decisão do juiz James Boasberg, do tribunal federal do Distrito de Columbia, impediu a deportação de cinco venezuelanos por 14 dias. Os grupos alegam que os venezuelanos estão buscando asilo nos EUA e que o uso da lei de guerra seria ilegal, já que ela só foi aplicada em conflitos bélicos, como a Guerra de 1812 e as duas Guerras Mundiais.

A ACLU e o Democracy Forward afirmaram que a lei de guerra não pode ser usada em tempos de paz e que sua aplicação atual seria inconstitucional. O governo dos EUA já recorreu da decisão, e novas audiências estão marcadas para este sábado e segunda-feira.

Os grupos também pedirão que a ordem de restrição temporária seja estendida a todos os imigrantes que possam ser afetados pela lei. Durante a Segunda Guerra Mundial, a legislação foi usada para justificar a detenção forçada de nipo-americanos em campos de concentração, um episódio pelo qual o governo se desculpou formalmente em 1988.

A Casa Branca não se manifestou sobre o caso. A decisão judicial ocorre em meio a tensões sobre a política migratória dos EUA, que tem sido alvo de críticas de organizações de direitos humanos.

Foto: RS/Fotos Públicas

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Potiguar José Neto Barbosa concorre a Melhor Ator em Hollywood, nos EUA

Potiguar José Neto Barbosa concorre a Melhor Ator em Hollywood, nos EUA

Premiação LA WebFest 2025 ocorrerá em Los Angeles, em maio

O ator José Neto Barbosa segue traçando uma carreira de destaque por seu trabalho no audiovisual. Dessa vez, o artista, que já carrega um forte legado no teatro brasileiro, foi indicado como Melhor Ator no LA WebFest 2025 pela Série “Dissonância”. A cerimônia de premiação acontecerá no dia 02 de maio, no Barnsdall Gallery Theatre em Hollywood. Os atores indicados são dos Estados Unidos, Canadá, Índia, Austrália e Brasil. No final de 2024, José Neto conquistou concorreu e ganhou na mesma categoria no Rio WebFest 2024, por sua atuação na mesma série.

Com a indicação internacional, José Neto Barbosa reafirma a força da produção audiovisual potiguar no cenário mundial. “O audiovisual brasileiro vive um momento de efervescência, principalmente agora, após o filme Ainda Estou Aqui ter merecidamente vencido o Oscar. E estamos concorrendo lá, na mesma cidade, por exemplo, em Los Angeles. Isso é muito significativo. Então, acho que olhar para o audiovisual brasileiro tem mudado bastante. Estamos cruzando as fronteiras, atravessando outras línguas com essa série tão importante sobre saúde mental”, destaca o ator.

No LA WebFest 2025, a série “Dissonância” concorre em 7 categorias, entre elas: Best Drama (Melhor Drama), Best Series Off All Genres (Melhor Série de Todos os Gêneros), Best Music (Melhor Música), Best Editing (Melhor Edição), Best Screen Play (Melhor Roteiro) e Best Production Design (Melhor Direção de Arte).

“Essas indicações nos deixam extremamente felizes pois contribui para o reconhecimento e valorização dos nossos talentos, da equipe e elenco que trabalhou nesta websérie. Mostra o nosso potencial sendo reconhecido por profissionais de outros países, que falam outras línguas e ainda assim se sensibilizaram com o nosso trabalho”, pontua a realizadora da obra, Thalita Vaz.

“Dissonância”, disponível no YouTube em três episódios, acompanha a história de Dário, um jovem pianista diagnosticado com esquizofrenia. A trama busca educar e conscientizar sobre transtornos mentais e sofrimento psíquico. A produção potiguar tem roteiro de Fernando Suassuna, direção de Rogério Ferraz e foi realizada por Thalita Vaz. A obra contou com a participação de usuários, familiares e profissionais de serviços da Rede de Atenção Psicossocial de Natal.

Recentemente, no Rio WebFest 2024, além do reconhecimento pela atuação, a série da produtora Com Arte Cultural também se destacou ao disputar as categorias Melhor Série Brasileira e Melhor Série de Diversidade pelo Júri Oficial. No voto popular, concorreu ainda como Melhor Série/Vídeo e Personalidade, também representada pelo ator.

Foto: Divulgação

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Saúde do Papa Francisco permanece estável após quase um mês de internação

Saúde do Papa Francisco permanece estável após quase um mês de internação

Vaticano confirma melhoras na recuperação do pontífice, que completa 12 anos de papado

O estado de saúde do Papa Francisco segue estável, conforme informou o Vaticano nesta quinta-feira (13.mar.2025). Uma radiografia do tórax confirmou as melhorias registradas nos últimos dias, após quase um mês de internação devido a uma dupla pneumonia. O líder religioso, de 88 anos, está fora de perigo iminente, mas sua recuperação ocorre de forma lenta e gradual.

De acordo com o boletim de saúde mais recente, Francisco continuou suas orações, repouso e terapia respiratória. Durante o dia, ele recebe altos fluxos de oxigênio por meio de tubos nasais, enquanto à noite utiliza uma máscara mecânica não invasiva para auxiliar no descanso.

Nesta quinta-feira, o pontífice comemora o 12.º aniversário de sua eleição como papa. A data, que é feriado no Vaticano, não terá celebrações públicas divulgadas. A audiência geral semanal também foi cancelada, já que a hierarquia do Vaticano está em retiro espiritual como parte dos exercícios da Quaresma, uma prática que tem sido um dos pilares do pontificado do papa jesuíta.

A assessoria de imprensa do Vaticano informou que, se o estado de saúde de Francisco permanecer estável ao longo do dia, não haverá um novo boletim médico. No entanto, as informações serão atualizadas à imprensa no final da tarde.

Pela manhã, foi divulgado que o papa passou mais uma noite tranquila, com sinais de melhora contínua, apesar da complexidade de seu quadro clínico. A internação do líder espiritual de 1,4 bilhão de católicos e chefe de Estado do Vaticano reacendeu debates sobre sua capacidade de continuar exercendo as funções papais e especulações sobre uma possível renúncia.

Foto: Tânia Rêgo/ABr

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Tarifas dos EUA sobre aço e alumínio afetam exportações brasileiras

Tarifas dos EUA sobre aço e alumínio afetam exportações brasileiras

Medida de 25% sobre importações entra em vigor e impacta setor siderúrgico do Brasil

A Casa Branca confirmou, na terça-feira (11.mar.2025), que irá implementar tarifas de 25% sobre aço e alumínio de todos os parceiros comerciais, sem exceções. A medida, anunciada em fevereiro, entra em vigor à meia-noite desta quarta-feira (12.mar.2025). O Brasil, um dos principais exportadores de aço para os Estados Unidos, pode ser significativamente afetado pela decisão.

Impacto nas exportações brasileiras

Produtos semiacabados de aço estão entre os principais itens exportados pelo Brasil para os EUA, ao lado de petróleo bruto, produtos semiacabados de ferro e aeronaves. Segundo dados do governo americano, o Canadá foi o maior fornecedor de aço para os EUA em 2023, com 20,9% do total, seguido pelo Brasil (16%) e México (11,1%). Em valores, o Brasil ficou atrás do México, recebendo US$ 2,66 bilhões, contra US$ 2,79 bilhões dos mexicanos e US$ 5,89 bilhões dos canadenses.

Cerca de metade das exportações de aço do Brasil tem como destino os EUA, o que coloca em risco uma parcela significativa da produção siderúrgica nacional. Em janeiro, o Brasil foi o maior exportador de aço em volume, com 499 mil toneladas, superando o Canadá (495 mil toneladas).

Justificativas e reações

Na ordem executiva de fevereiro, o ex-presidente Donald Trump mencionou o aumento expressivo das importações de aço chinês pelo Brasil como uma das justificativas para elevar as tarifas e cancelar cotas para grandes fornecedores. O Instituto Aço Brasil rebateu o argumento, afirmando que o país não está importando grandes quantidades de aço chinês para redirecionar a produção nacional para os EUA.

“O mercado brasileiro também vem sendo afetado pelo aumento expressivo de importações de países que praticam concorrência predatória, especialmente a China”, disse o Instituto em nota. A entidade ressaltou que não há possibilidade de o Brasil servir como intermediário para a exportação de aço chinês para os EUA.

Contexto histórico e possíveis retaliações

Em 2018, o governo Trump já havia aplicado uma tarifa de 25% sobre o aço importado pelos EUA, mas reduziu a cota de importação de aço semiacabado do Brasil dois anos depois. Em 2022, sob a administração de Joe Biden, as medidas restritivas foram revogadas.

Diplomatas brasileiros já esperavam a imposição das tarifas e avaliam que o país pode precisar adotar medidas retaliatórias para conter os impactos negativos. A decisão sobre as tarifas é vista como uma estratégia de Trump para cumprir a promessa de campanha de reindustrializar os EUA.

Impacto nas empresas brasileiras

As medidas devem afetar grande parte das vendas das siderúrgicas brasileiras. Empresas como Ternium, ArcelorMittal e Usiminas, que exportam uma parcela significativa de sua produção para os EUA, devem ser as mais impactadas. A Gerdau, por outro lado, deve ser menos afetada, já que menos de 10% de suas exportações têm como destino a América do Norte.

Marco Antônio Castello Branco, ex-presidente da Usiminas, estima que as siderúrgicas brasileiras podem perder até US$ 5 bilhões (R$ 29 bilhões) devido às novas tarifas.

Reações políticas e negociações

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a medida de Trump, afirmando que não tem medo de “cara feia” e que espera ser tratado com respeito. Na semana passada, Brasil e EUA deram o primeiro passo para negociar um acordo que minimize os impactos das tarifas sobre as exportações brasileiras. O assunto foi discutido em uma reunião entre o vice-presidente Geraldo Alckmin e representantes da equipe de Trump.

Além do aço e do alumínio, Trump também anunciou o aumento de alíquotas para outros produtos, como o etanol. O Brasil argumenta que suas exportações não representam uma ameaça às indústrias americanas, já que as economias dos dois países são complementares. Além disso, as empresas dos EUA que dependem de produtos siderúrgicos para a produção serão as mais afetadas pelo aumento dos custos.

Foto: @WhiteHouse/Fotos Públicas / Anamul Rezwan/Pexels / SHOCKPhoto by Szoka Sebastian/Pexels

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Ucrânia aceita proposta dos EUA para cessar-fogo de 30 dias no conflito com Rússia

Ucrânia aceita proposta dos EUA para cessar-fogo de 30 dias no conflito com Rússia

Acordo inclui retomada de compartilhamento de inteligência e busca por paz duradoura após invasão russa

A Ucrânia concordou em aceitar uma proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo imediato de 30 dias no conflito com a Rússia, segundo uma declaração conjunta divulgada nesta terça-feira (11.mar.2025). O acordo também prevê medidas para restaurar uma paz duradoura após a invasão russa. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que a proposta será levada à Rússia, destacando que a decisão final agora depende do governo russo.

Além do cessar-fogo, os Estados Unidos retomarão o compartilhamento de informações de inteligência com a Ucrânia, uma prática que havia sido suspensa. Autoridades ucranianas e norte-americanas se reuniram a portas fechadas por horas para discutir estratégias que possam encerrar o conflito. A reunião ocorreu após a Ucrânia lançar seu maior ataque com drones contra Moscou na noite anterior.

Após mais de oito horas de negociações, os dois lados emitiram um comunicado conjunto afirmando que a Ucrânia está disposta a aceitar a proposta de cessar-fogo imediato por 30 dias, com possibilidade de extensão mediante acordo mútuo. No entanto, a implementação do acordo depende da aceitação e cooperação da Rússia.

“Os Estados Unidos comunicarão à Rússia que a reciprocidade russa é essencial para alcançar a paz”, diz o comunicado. O documento também ressalta que os EUA retomarão imediatamente o compartilhamento de inteligência e a assistência em segurança para a Ucrânia.

Outro ponto destacado no acordo é a conclusão de um pacto para o desenvolvimento de minerais críticos na Ucrânia. O acordo, que vinha sendo negociado há semanas, havia sido colocado em espera após a reunião na Casa Branca entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, na semana passada.

O cessar-fogo proposto pelos EUA é visto como um passo importante para reduzir as tensões e criar um ambiente propício para negociações mais amplas. No entanto, a efetividade do acordo depende da adesão da Rússia, que ainda não se pronunciou oficialmente sobre a proposta.

Foto: RS/Fotos Públicas

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Conmebol aplica sanções ao Cerro Porteño por racismo

Conmebol aplica sanções ao Cerro Porteño por racismo

Punição vem após agressões ao jogador Luighi, do Palmeiras

A Conmebol, entidade que organiza o futebol na América do Sul, divulgou punições ao clube paraguaio Cerro Porteño. A agremiação recebeu o Palmeiras em partida da Libertadores Sub-20 na última quinta-feira (06), e o jogador Luighi foi hostilizado com gestos e xingamentos racistas após ter feito um dos gols da partida, que terminou em 3 a 0 para o verdão.

Segundo nota da Conmebol, as medidas serão a aplicação de uma multa de US$ 50 Mil e a realização de uma campanha comunicacional contra o racismo nas mídias sociais do clube, da qual participem todos os jogadores da agremiação que integram a categoria. Os paraguaios também não poderão ter presença de seu público em novos jogos na competição. Cabe apelação da decisão.

O Palmeiras se manifestou por meio de nota, na qual considerou as medidas inócuas, com exceção da educativa, e informou que irá recorrer à Fifa. O clube volta a jogar neste domingo (09) pela competição, contra o Independiente Del Valle, do Equador, às 19h.

Foto: Fabio Menotti/Palmeiras/by Canon

Da Agência Brasil

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Papa Francisco mostra melhora gradual após tratamento para pneumonia dupla

Papa Francisco mostra melhora gradual após tratamento para pneumonia dupla

aticano afirma que condição clínica do pontífice está estável, mas recuperação pode ser longa

O Papa Francisco, de 88 anos, está apresentando uma “boa resposta” ao tratamento hospitalar para pneumonia dupla, segundo informou o Vaticano neste sábado (8.mar.2025). O pontífice está internado no hospital Gemelli, em Roma, há mais de três semanas, devido a uma grave infecção respiratória que exigiu cuidados médicos constantes e adaptações no tratamento.

De acordo com a última atualização médica divulgada, a condição clínica do Santo Padre permaneceu estável nos últimos dias, indicando uma evolução positiva. “A resposta ao tratamento tem sido boa”, destacou o comunicado. O papa segue sem febre, e seus exames de sangue mostram resultados estáveis.

Apesar dos sinais de melhora, os médicos mantêm um prognóstico cauteloso. Eles observaram uma “leve e gradual melhora” na condição geral de Francisco, mas ressaltaram a necessidade de acompanhamento rigoroso para garantir que o progresso continue nos próximos dias.

Francisco não foi visto em público desde que foi hospitalizado, marcando sua ausência mais longa desde o início de seu papado, há 12 anos. A equipe médica não informou quanto tempo o tratamento pode durar, mas especialistas não envolvidos diretamente no caso alertam que a recuperação pode ser longa e desafiadora, considerando a idade avançada do papa e seu histórico de problemas de saúde.

Nos últimos dois anos, o pontífice enfrentou diversos episódios de complicações médicas, incluindo infecções pulmonares. Ele é particularmente vulnerável a essas condições devido a um caso de pleurisia na juventude, que resultou na remoção de parte de um de seus pulmões.

A pneumonia dupla, infecção que afeta ambos os pulmões, é uma condição grave que pode causar inflamação e cicatrizes, dificultando a respiração. O Vaticano tem mantido um tom cautelosamente otimista em suas atualizações, especialmente após o papa sofrer dois episódios de “insuficiência respiratória aguda” no início de março.

A recuperação de Francisco é acompanhada de perto por fiéis ao redor do mundo, que aguardam notícias positivas sobre o estado de saúde do líder da Igreja Católica.

Foto: Tânia Rêgo/ABr/Ilustração/Arquivo

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RN movimenta US$ 99,7 milhões no comércio exterior em fevereiro

RN movimenta US$ 99,7 milhões no comércio exterior em fevereiro

Exportações e importações reforçam crescimento da economia potiguar

O Rio Grande do Norte registrou um volume total de US$ 99,7 milhões em transações comerciais no mês de fevereiro, conforme dados do Boletim da Balança Comercial, divulgado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação do RN. As exportações somaram US$ 52,4 milhões, enquanto as importações atingiram US$ 47,3 milhões, evidenciando a participação do estado no comércio exterior.

Principais produtos exportados pelo RN

O setor de fruticultura teve destaque entre os produtos exportados. O melão fresco liderou as vendas internacionais, totalizando US$ 19,7 milhões. Em seguida, apareceram as exportações de melancia fresca (US$ 9,8 milhões) e outros óleos combustíveis (US$ 3,6 milhões). O sal marinho a granel registrou um volume de US$ 2,4 milhões, enquanto o mamão fresco alcançou US$ 1,6 milhão, completando os cinco principais produtos exportados pelo estado.

Importações e crescimento da energia renovável

Entre os produtos importados, as células fotovoltaicas ocuparam a primeira posição, somando US$ 13,9 milhões. Outros destaques foram outras gasolinas e óleo diesel, ambos com US$ 4 milhões em importações. Os conversores elétricos estáticos somaram US$ 3,8 milhões, enquanto as caixas de transmissão atingiram US$ 2,1 milhões. A importação de células fotovoltaicas reforça o avanço da energia renovável no RN, enquanto os demais produtos são essenciais para o desenvolvimento industrial e agrícola.

Principais parceiros comerciais

Os Países Baixos foram o maior destino das exportações potiguares em fevereiro, totalizando US$ 15,2 milhões. A Espanha aparece em seguida, com US$ 10,5 milhões, seguida pelo Reino Unido (US$ 7,7 milhões), Estados Unidos (US$ 6,4 milhões) e Colômbia (US$ 1,7 milhão). Já entre os países de origem das importações, a China lidera com US$ 24 milhões, seguida por Países Baixos (US$ 4 milhões), Rússia (US$ 4 milhões), Estados Unidos (US$ 2,7 milhões) e Argentina (US$ 2,3 milhões).

Modais de transporte utilizados

O transporte marítimo foi o principal meio de escoamento das exportações potiguares, registrando US$ 46,7 milhões. O modal aéreo foi responsável por US$ 4,9 milhões, enquanto o rodoviário movimentou US$ 651,3 mil. No campo das importações, o transporte marítimo também se destacou, totalizando US$ 45 milhões. O modal aéreo registrou US$ 1,7 milhão, enquanto o rodoviário somou US$ 499,8 mil.

O Boletim da Balança Comercial aponta a diversificação dos produtos e parceiros comerciais do estado, além de reforçar a relevância do Rio Grande do Norte no comércio internacional. O relatório completo está disponível para consulta aqui.

Foto: Sandro Menezes/Governo do RN/Divulgação/Arquivo

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Jogador do Palmeiras é vítima de racismo em competição da Conmebol

Jogador do Palmeiras é vítima de racismo em competição da Conmebol

Depois do jogo, Luighi se recusou a falar sobre a partida

O atacante Luighi, da Sociedade Esportiva Palmeiras, foi alvo de ofensas racistas por um torcedor do Cerro Porteño, durante jogo entre os dois times, nessa quinta-feira (6), no Paraguai, pela Taça Conmebol Libertadores sub-20.

O time paulista venceu por 3 a 0. Ao sair de campo, para ser substituído, um torcedor fez gestos imitando macaco e outro torcedor cuspiu no atleta, através do alambrado.

Ao ser entrevistado, depois do jogo, Luighi se recusou a falar sobre a partida. Chorando, ele reclamou do racismo sofrido e cobrou providências da Conmebol. “A Conmebol vai fazer o que sobre Isso? O que fizeram comigo foi um crime”, desabafou o atleta.

Nota

Em nota oficial, nas redes sociais, o Palmeiras manifestou apoio ao jogador e disse que vai buscar a punição aos responsáveis pelo ato.

“É inadmissível que, mais uma vez, um clube brasileiro tenha de lamentar um ato criminoso de racismo ocorrido em jogos válidos por competições da Conmebol”.

O clube paulista diz ainda que “irá até as últimas instâncias para que todos os envolvidos em mais esse episódio repugnante de discriminação sejam devidamente punidos”. A nota completa, destacando que “racismo é crime! E a impunidade é cúmplice dos covardes”.

Solidariedade

Também pelas redes, jogadores do time profissional do Palmeiras, como Weverton e Marcos Rocha, prestaram apoio ao jovem. Corinthians e São Paulo, times rivais do verdão, postaram mensagens de solidariedade ao atleta.

Conmebol

Em nota, a Conmebol, entidade máxima do futebol sul-americano, afirmou que rejeita todo ato de racismo ou discriminação. E acrescentou que vai implementar medidas disciplinares apropriadas.

Foto: Fabio Menotti/Palmeiras/by Canon

Da Agência Brasil

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Artigo: Trump, imigração e a ONU

Artigo: Trump, imigração e a ONU

Por João Ibaixe Jr. e Jonathan Hernandes Marcantonio

A política de imigração nos Estados Unidos é um tema complexo e controverso, especialmente com a retomada do mandato de Donald Trump. O discurso anti-imigração do presidente eleito tem gerado preocupações sobre os impactos na economia, na sociedade e nos direitos humanos. A Organização das Nações Unidas (ONU) tem defendido a dignidade e a igualdade como pilares da convivência global, enquanto as ações de Trump priorizam a soberania nacional, muitas vezes em detrimento dos direitos de populações vulneráveis.

A política de Trump de deportação em massa e a construção de um muro na fronteira com o México são exemplos de como o discurso anti-imigração pode levar a medidas que violam os direitos humanos. A separação de famílias na fronteira e a restrição de entrada de cidadãos de determinados países também demonstram a priorização de barreiras nacionais e a exclusão de pessoas em situação de vulnerabilidade. Isso é contraditório com os princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) de 1948, que asseguram que todos os indivíduos possuem dir eitos inalienáveis, independentemente de nacionalidade, raça ou condição migratória.

A ONU defende que os imigrantes e refugiados têm direito a buscar asilo em outros países para fugir da perseguição e que devem ser tratados com dignidade e respeito. No entanto, as políticas de Trump têm enfraquecido esse direito, como a política de “Remain in Mexico”, que obrigava solicitantes de asilo a permanecerem no México enquanto aguardavam o processamento de seus pedidos. Isso os expunha a condições precárias e perigosas, em contradição com os padrões internacionais de proteção humanitária.

Além disso, a economia dos Estados Unidos depende da mão de obra imigrante para manter a economia. A chegada dos imigrantes na América do Norte em busca de oportunidades impulsionou a infraestrutura e a inovação do país, trazendo impactos positivos para a economia. Segundo o relatório Efeitos do Aumento da Imigração no Orçamento Federal e na Economia, divulgado pelo Gabinete de Orçamento do Congresso (CBO), o aumento da imigração no país pode trazer mudanças no Produto Interno Bruto (PIB), na inflação, nos juros e no orçamento dos EUA.

A mão de obra imigrante é um fator de dependência dos Estados Unidos. Com a escassez de mão de obra qualificada especialmente nas áreas de saúde, tecnologia e construção civil, os imigrantes assumem essas funções, desempenhando papéis fundamentais em diversos setores da economia. A agricultura, por exemplo, necessita de trabalhadores para manter o abastecimento interno e as exportações. Já na área da saúde, os imigrantes ocupam postos de enfermeiros, assistentes domiciliares e médicos.

Em resumo, a política de imigração nos Estados Unidos é um tema complexo que envolve direitos humanos, economia e sociedade. A ONU defende a dignidade e a igualdade como pilares da convivência global, enquanto as ações de Trump priorizam a soberania nacional, muitas vezes em detrimento dos direitos de populações vulneráveis. É fundamental que se encontre um equilíbrio entre a proteção dos direitos humanos e a gestão da imigração, para que se possa construir uma sociedade mais justa e inclusiva.

João Ibaixe Jr. é advogado criminalista, ex-delegado de polícia, especialista em Direito Penal, pós-graduado em Filosofia, Ciências Sociais e Teoria Psicanalítica e mestre em Filosofia do Direito e do Estado.

Jonathan Hernandes Marcantonio é doutor em Filosofia do Direito e do Estado pela PUC-SP. Professor Universitário. Advogado com ênfase em Direito Público.

Foto: @WhiteHouse/Fotos Públicas

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Papa Francisco mantém estado estável

Papa Francisco mantém estado estável

Pontífice de 88 anos segue em tratamento para pneumonia bilateral; prognóstico ainda é reservado

O Vaticano informou na manhã desta quarta-feira (5.mar.2025), que o papa Francisco “descansou bem” após retomar a ventilação mecânica não invasiva durante a noite. O pontífice, de 88 anos, continua recebendo tratamento para pneumonia bilateral, condição que o mantém sob cuidados médicos há 20 dias.

No boletim vespertino divulgado na terça-feira (4.mar), a Santa Sé destacou que o estado de saúde do papa permanece “estável” e que ele não apresentou novos episódios de insuficiência respiratória ou broncoespasmo, como havia ocorrido anteriormente. No entanto, o prognóstico ainda é considerado reservado, indicando que Francisco não está completamente fora de perigo.

Na segunda-feira, 3, o papa enfrentou dois novos quadros de insuficiência respiratória aguda. Esses episódios ocorreram após a equipe médica remover “grandes quantidades” de muco acumulado em seus pulmões, o que desencadeou um broncoespasmo. Desde o início da internação, Francisco já lidou com insuficiência renal leve, necessitou de transfusão de sangue e enfrentou múltiplos casos de dificuldades respiratórias.

Apesar dos desafios, o Vaticano tem mantido atualizações regulares sobre a saúde do pontífice, reforçando a transparência em relação ao seu tratamento. A pneumonia bilateral, condição que afeta ambos os pulmões, exige cuidados intensivos e monitoramento constante, especialmente em pacientes da idade de Francisco.

A recuperação do papa tem sido acompanhada de perto por fiéis ao redor do mundo, que demonstram apoio e orações pelo seu restabelecimento. A situação delicada reforça a importância de cuidados médicos especializados para idosos e pacientes com condições respiratórias graves.

Foto: Tânia Rêgo/ABr/Ilustração/Arquivo

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EUA impõem tarifas sobre México e Canadá; países reagem com retaliação

EUA impõem tarifas sobre México e Canadá; países reagem com retaliação

Governo dos EUA aplica tarifas de 25% sobre importações mexicanas e canadenses; líderes prometem resposta

Os governos do México e do Canadá anunciaram medidas de retaliação após a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 25% sobre as importações de ambos os países. As tarifas entraram em vigor nesta terça-feira (4.mar.2025), afetando diretamente o comércio entre as nações da América do Norte.

México condena tarifas e anuncia medidas de resposta

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, declarou que a decisão dos EUA não tem justificativa e prejudicará as economias dos dois países. Durante coletiva de imprensa na Cidade do México, Sheinbaum afirmou que seu governo adotará medidas tarifárias e não tarifárias para responder à ação norte-americana.

“Não há razão lógica ou justificativa para apoiar essa decisão que afetará nosso povo e nossas nações. Ninguém ganha com essa decisão”, afirmou a presidente.

As tarifas impostas pelos EUA foram justificadas por Trump sob o argumento de que México, Canadá e China não teriam feito o suficiente para conter o fluxo do opioide fentanil e seus precursores químicos para os Estados Unidos. A medida foi implementada após uma pausa de 30 dias, período no qual o governo mexicano participou de negociações com Washington e reforçou a segurança na fronteira EUA-México.

Sheinbaum destacou que, durante esse intervalo, o México tomou ações concretas para combater o tráfico de drogas e reforçar a segurança. “Foram realizadas operações contra o crime organizado e o tráfico de fentanil, além de encontros bilaterais sobre segurança e comércio”, declarou.

A presidente prometeu divulgar detalhes sobre as tarifas retaliatórias no próximo domingo, em um evento na praça Zócalo, na Cidade do México. No mercado financeiro, o peso mexicano registrou uma desvalorização de aproximadamente 1% em relação ao dólar na manhã desta terça-feira.

Canadá responde com tarifas de 25% sobre importações dos EUA

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, também anunciou medidas de retaliação imediata. O país aplicará tarifas de 25% sobre importações norte-americanas no valor de 30 bilhões de dólares canadenses, em resposta direta às tarifas impostas pelos EUA.

“Não há absolutamente nenhuma justificativa ou necessidade para essas tarifas hoje”, declarou Trudeau a jornalistas, acrescentando que o Canadá contestará as medidas norte-americanas na Organização Mundial do Comércio (OMC) e nos termos do acordo comercial entre EUA, México e Canadá (USMCA).

O primeiro-ministro advertiu que, caso as tarifas impostas pelos EUA sejam mantidas, o Canadá ampliará as medidas retaliatórias, adicionando uma tarifa de 25% sobre mais 125 bilhões de dólares canadenses em importações norte-americanas dentro de 21 dias.

A imposição dessas tarifas representa um novo capítulo nas tensões comerciais entre os países da América do Norte. Especialistas avaliam que a disputa pode ter impactos significativos para as cadeias de suprimentos regionais, além de afetar diretamente setores estratégicos como o automotivo, o agrícola e o industrial.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

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Líderes europeus reafirmam apoio à Ucrânia após conflito com Trump

Líderes europeus reafirmam apoio à Ucrânia após conflito com Trump

Macron, Scholz e outros líderes destacam solidariedade e compromisso com a segurança ucraniana

Após um tenso bate-boca entre o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, líderes europeus se manifestaram em apoio ao líder ucraniano. O presidente francês, Emmanuel Macron, foi um dos primeiros a se pronunciar, reforçando a necessidade de manter o auxílio à Ucrânia e as sanções contra a Rússia.

“Há um agressor, que é a Rússia, e um povo atacado, que é o ucraniano”, declarou Macron, relembrando os fatos do conflito. Ele ainda ressaltou a importância de reconhecer os esforços daqueles que ajudaram a Ucrânia desde o início da guerra. “Temos que agradecer todos que ajudaram os ucranianos e respeitar os que lutaram desde o começo, porque eles lutaram pela independência deles e pela segurança da Europa”, afirmou.

Após o episódio na Casa Branca, Macron telefonou para Zelensky, demonstrando solidariedade. Outros líderes europeus também se pronunciaram. O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, enviou uma mensagem direta ao presidente ucraniano: “Zelensky, queridos amigos ucranianos, vocês não estão sozinhos”.

O chefe de governo da Espanha, Pedro Sánchez, também reforçou o compromisso de seu país: “Ucrânia, a Espanha está com você”. Já o chanceler alemão, Olaf Scholz, destacou que ninguém deseja a paz mais do que os próprios ucranianos e garantiu que a Ucrânia pode contar com a Alemanha e a Europa.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, elogiou a postura de Zelensky e incentivou a resistência ucraniana: “A sua dignidade honra a bravura do povo ucraniano. Seja forte, seja corajoso, destemido. Você nunca está sozinho”.

Além desses países, nações como Portugal, Noruega, Suécia, Lituânia, Irlanda e República Tcheca também manifestaram apoio à Ucrânia.

Por outro lado, a Rússia reagiu com ironia ao episódio. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país afirmou que foi um “milagre” Trump e o vice-presidente americano, J.D. Vance, não terem agredido Zelensky.

Para o cientista político Oliver Stunkel, pesquisador da Universidade Americana de Harvard, o confronto na Casa Branca foi sem precedentes. “Ao longo das últimas décadas, nunca houve um confronto dessa forma, de forma pública. Isso, a princípio, deve ocorrer só nos bastidores. E levou, de fato, ao que parece, ao colapso das negociações”, avaliou.

O apoio dos Estados Unidos à Ucrânia até o momento está alinhado ao Pacto de Budapeste, assinado em 1994. Pelo acordo, a Ucrânia renunciou ao arsenal nuclear herdado da União Soviética em troca da garantia de sua soberania. Os signatários do pacto foram Rússia, Estados Unidos e Reino Unido. A Rússia ficou com as armas nucleares e, em contrapartida, comprometeu-se a respeitar a independência e a integridade territorial da Ucrânia.

Foto: RS/Fotos Públicas

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Moraes fala em soberania e independência após críticas dos EUA

Moraes fala em soberania e independência após críticas dos EUA

Ministro diz que é importante a defesa da democracia

O ministro Alexandre de Moraes (foto), do Supremo Tribunal Federal (STF), fez, nesta quinta-feira (27), em Brasília, um discurso em defesa da independência e da soberania do Brasil.

As declarações foram feitas durante a sessão do STF e ocorreram um dia após o governo do presidente Estados Unidos, Donald Trump, criticar decisões de Moraes envolvendo empresas norte-americanas que operam redes sociais.

Moraes faz uma alusão à criação da sede da Organização das Nações Unidas (ONU) há 73 anos, nos Estados Unidos, para defender a autodeterminação dos povos e o respeito à independência das nações.

O ministro disse que é importante assumir a defesa da democracia e da independência do país.

“Deixamos de ser colônia em 7 de setembro de 1822. Com coragem estamos construindo uma República independente e democrática”, afirmou.

Ontem (26), o governo brasileiro divulgou nota em que critica o posicionamento dos Estados Unidos contra decisões do Supremo.

O posicionamento foi divulgado após o Departamento de Estado norte-americano emitir mensagem alertando que “bloquear acesso à informação” ou impor multas a empresas dos EUA é “incompatível com liberdade de expressão”.

Rumble

Na semana passada, Alexandre de Moraes determinou a suspensão da rede social Rumble.

A decisão foi tomada após o ministro constatar que a empresa está sem representante no país. Conforme documentos que constam nos autos, os advogados da empresa renunciaram ao mandato e novos representantes não foram indicados.

Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF / Nelson Jr./SCO/STF

Da Agência Brasil

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Projeto nos EUA pode impedir entrada de Alexandre de Moraes no país

Projeto nos EUA pode impedir entrada de Alexandre de Moraes no país

EUA aprovam projeto para barrar entrada de autoridades estrangeiras acusadas de censura

Os deputados dos Estados Unidos aprovaram um projeto de lei que visa impedir a entrada ou deportar autoridades estrangeiras acusadas de promover censura contra cidadãos estadunidenses em território norte-americano. A medida, que avançou nesta quarta-feira (26.fev.2025), pode afetar diretamente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), barrando sua entrada no país governado por Donald Trump.

O projeto, intitulado “No Censors on our Shores Act” (Lei Sem Censores em Nossas Fronteiras), foi apresentado pelos deputados Darrell Issa e Maria Salazar, ambos do Partido Republicano. A proposta foi aceita pelo Comitê do Judiciário da Câmara dos EUA e agora aguarda votação no plenário da Casa e no Senado. Caso aprovada, a lei ainda precisará ser sancionada pela Casa Branca para entrar em vigor.

O objetivo central do projeto é classificar como “inadmissíveis” nos Estados Unidos qualquer funcionário de governo estrangeiro que esteja envolvido em práticas de censura contra a liberdade de expressão de cidadãos estadunidenses. Essas autoridades também se tornariam passíveis de deportação.

Quando o texto foi enviado ao legislativo norte-americano, em setembro de 2024, o ministro Alexandre de Moraes foi citado pelos parlamentares como um exemplo de “violação” à liberdade de expressão. A deputada Maria Salazar, que se reuniu recentemente com Eduardo Bolsonaro (PL) no Brasil, chegou a classificar Moraes como “a vanguarda de um ataque internacional à liberdade de expressão”.

A proposta ganhou força após a suspensão da rede social X (antigo Twitter) no Brasil, que ficou mais de 30 dias fora do ar devido ao descumprimento de decisões judiciais. O caso gerou repercussão internacional e levantou debates sobre os limites da liberdade de expressão e a atuação de autoridades judiciárias em casos envolvendo redes sociais.

A medida pode impactar não apenas o ministro brasileiro, mas também outras autoridades estrangeiras que sejam acusadas de promover censura. O projeto reflete a preocupação de parte do Congresso dos EUA em proteger a liberdade de expressão, um dos pilares da Constituição norte-americana.

Agora, o texto segue para análise no plenário da Câmara dos Deputados dos EUA, onde precisará de maioria simples para avançar. Em seguida, será enviado ao Senado, onde a aprovação pode ser mais desafiadora devido à necessidade de consenso entre democratas e republicanos.

Caso aprovada, a lei pode gerar tensões diplomáticas entre os Estados Unidos e outros países, incluindo o Brasil. A medida também pode influenciar discussões sobre a regulação de redes sociais e a atuação de autoridades judiciárias em casos que envolvam liberdade de expressão.

Foto: Reprodução/Youtube / Fellipe Sampaio /STF

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Itamaraty rebate Estados Unidos por críticas a decisões do STF

Itamaraty rebate Estados Unidos por críticas a decisões do STF

Governo diz que norte-americanos distorcem e tentam politizar decisões

O governo brasileiro divulgou nota nesta quarta-feira (26) em que critica posicionamento dos Estados Unidos contra decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu redes sociais norte-americanos no Brasil.

Mais cedo, o Departamento de Estado norte-americano divulgou mensagem alertando que “bloquear acesso à informação” ou impor multas a empresas dos EUA é “incompatível com liberdade de expressão”.

Na nota, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil diz que o governo recebeu “com surpresa” a manifestação e rejeita, “com firmeza, qualquer tentativa de politizar decisões judiciais e ressalta a importância do respeito ao princípio republicano da independência dos poderes, contemplado na Constituição Federal brasileira de 1988”.

“A manifestação do Departamento de Estado distorce o sentido das decisões do Supremo Tribunal Federal, cujos efeitos destinam-se a assegurar a aplicação, no território nacional, da legislação brasileira pertinente, inclusive a exigência da constituição de representantes legais a todas as empresas que atuam no Brasil. A liberdade de expressão, direito fundamental consagrado no sistema jurídico brasileiro, deve ser exercida, no Brasil, em consonância com os demais preceitos legais vigentes, sobretudo os de natureza criminal”, diz a nota do Itamaraty.

O ministério ainda cita que o “Estado brasileiro e suas instituições republicanas foram alvo de uma orquestração antidemocrática baseada na desinformação em massa, divulgada em mídias sociais”.

“Os fatos envolvendo a tentativa de golpe contra a soberania popular, após as eleições presidenciais de 2022, são objeto de ação em curso no Poder Judiciário brasileiro”, completa.

Entenda

Em postagem na rede social X, o Departamento de Estado dos EUA argumenta que bloquear o acesso à informação ou impor multas a empresas norte-americanas é “incompatível” com liberdade de expressão.

“O respeito à soberania é uma via de mão dupla com todos os parceiros dos EUA, incluindo o Brasil. Bloquear o acesso à informação e impor multas a empresas sediadas nos EUA por se recusarem a censurar indivíduos que lá vivem é incompatível com os valores democráticos, incluindo a liberdade de expressão”, diz a mensagem, reproduzida pelo perfil da Embaixada dos EUA no Brasil.

No último dia 21, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão da rede social norte-americana Rumble no Brasil. A decisão foi tomada após o ministro constatar que a empresa está sem representante no país.

A suspensão foi feita no processo no qual foi determinada a prisão e a extradição do blogueiro Allan dos Santos, acusado de disseminar ataques aos ministros da Corte. Atualmente, ele mora nos Estados Unidos.

Segundo Moraes, apesar da determinação da suspensão dos perfis nas redes sociais, Allan continua criando novas páginas para continuar o “cometimento de crimes”.

A Rumble e a empresa Trump Media entraram com recurso em uma tribunal da Flórida em que acusaram Moraes de “censurar” as plataformas e suspender contas de usuários. A Justiça dos Estados Unidos negou a liminar.

A Comissão Judiciária da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos (EUA) aprovou, nesta quarta-feira (26), um projeto de lei para proibir a entrada no país, além de permitir a deportação, de autoridades estrangeiras que supostamente violem a primeira emenda da Constituição norte-americana, que proíbe limitar a liberdade de expressão.

Entre os motivos para justificar a aprovação da medida, estão a atuação da União Europeia (UE) contra a desinformação nas redes socais, e o trabalho do ministro Alexandre de Moraes, por determinar a suspensão de contas investigadas por crimes nas redes sociais.

Na prática, a lei pode barrar a entrada de Moraes nos EUA e, inclusive, deportá-lo.

Foto: Nelson Jr/SCO/STF / Fellipe Sampaio/SCO/STF

Da Agência Brasil

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Dilma Rousseff é internada após quadro de neurite vestibular

Dilma Rousseff é internada após quadro de neurite vestibular

Ela responde bem ao tratamento e terá alta nos próximos dias

A presidenta do banco do Brics, Dilma Rousseff, foi internada em Xangai, China, devido a uma inflamação de um nervo responsável pelo equilíbrio, causando vertigem intensa.

De acordo com nota divulgada pela assessoria da ex-presidenta do Brasil, Dilma responde bem ao tratamento e deverá receber alta nos próximos dias.

“Dilma Rousseff passa bem e tem mantido suas atividades de trabalho normalmente durante o período em que está internada. A presidenta agradece as mensagens de apoio e solidariedade recebidas”, diz a nota divulgada na manhã desta terça-feira (25).

Neurite Vestibular

Dilma está internada no Shanghai East International Medical Center para tratar do quadro de neurite vestibular, uma inflamação do nervo vestibular, responsável por conectar o ouvido ao cérebro.

De acordo com a literatura médica, quando inflamado, este nervo pode interferir na maneira como informações são interpretadas pelo cérebro.

Na maioria dos casos, a neurite vestibular é causada por vírus. E, em geral, seus sintomas são confundidos com os da labirintite.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Da Agência Brasil

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Dólar sobe para R$ 5,75 com receio sobre inflação

Dólar sobe para R$ 5,75 com receio sobre inflação

Bolsa cai pela segunda vez seguida e volta aos 125 mil pontos

O receio sobre uma alta da inflação em meio à expectativa de medidas que aqueçam ainda mais a economia pesou no mercado financeiro. O dólar ultrapassou a barreira de R$ 5,75, e a bolsa recuou pela segunda vez consecutiva.

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (24) vendido a R$ 5,755, com alta de R$ 0,025 (+0,43%). A cotação chegou a cair para R$ 5,71 por volta das 10h e operou próxima da estabilidade, em torno de R$ 5,73, na maior parte do dia. No entanto, subiu no fim da tarde até fechar na máxima do dia.

A cotação está no maior nível desde o último dia 13. Apesar da alta desta segunda, a divisa acumula queda de 6,87% em 2025.

O mercado de ações também teve um dia de instabilidade. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 125.401 pontos, com queda de 1,36%. O indicador ficou estável durante a manhã, mas passou a cair à tarde.

Tanto fatores internos como externos pesaram no mercado financeiro. No cenário doméstico, a antecipação pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, de que a economia gerou mais de 100 mil empregos formais em janeiro foi recebida com apreensão.

Apesar do bom desempenho do mercado de trabalho, o mercado financeiro se preocupa com um possível aumento de juros acima do previsto para segurar a inflação, o que derruba a bolsa de valores. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de janeiro só serão divulgados na quarta-feira (26).

No cenário internacional, as bolsas norte-americanas caíram nesta segunda, também influenciando as bolsas brasileiras. O dólar também subiu perante as principais moedas, à espera da divulgação de dados de confiança do consumidor nos Estados Unidos, prevista para esta semana.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Papa Francisco segue em estado crítico

Papa Francisco segue em estado crítico

Vaticano revela insuficiência renal leve e pneumonia complexa; peregrinos se unem em oração

O papa Francisco, que enfrenta uma pneumonia dupla, permanece em estado crítico pelo segundo dia consecutivo. Neste domingo (23.fev.2025), o Vaticano informou que o pontífice de 88 anos apresentou uma “insuficiência renal inicial e leve”, mas que a condição está sob controle. O prognóstico médico continua “reservado”, segundo a última atualização.

Francisco foi internado no Hospital Gemelli, em Roma, no dia 14 de fevereiro, após uma “crise respiratória prolongada semelhante à asma”. No sábado (22.fev), ele precisou de uma transfusão de duas unidades de sangue devido a uma contagem baixa de plaquetas, associada à anemia. Apesar da gravidade do quadro, o Vaticano destacou que o papa está “alerta e bem orientado”, recebendo “oxigenoterapia de alto fluxo” por meio de um tubo nasal.

A pneumonia que afeta o pontífice foi descrita como “complexa”, causada por dois ou mais microorganismos. O Vaticano ressaltou que a complexidade do quadro clínico exige um prognóstico cauteloso, aguardando os efeitos das terapias farmacológicas.

Francisco, que lidera a Igreja Católica desde 2013, tem enfrentado problemas de saúde nos últimos anos. Ele é particularmente vulnerável a infecções pulmonares devido a uma pleurisia que o afetou na juventude, resultando na remoção de parte de um pulmão.

A transfusão de sangue realizada no sábado mostrou resultados positivos, com aumento nos níveis de hemoglobina, proteína essencial para o transporte de oxigênio no corpo. Os níveis de plaquetas também se mantiveram estáveis, segundo o comunicado do Vaticano.

Peregrinos se unem em oração

A notícia sobre o estado de saúde do papa mobilizou fiéis em Roma e ao redor do mundo. Peregrinos se reuniram próximo ao Vaticano para expressar preocupação e solidariedade. “Estou muito, muito triste”, disse Elvira Romana, uma italiana que acompanha as notícias sobre o pontífice.

Do lado de fora do Hospital Gemelli, onde Francisco está internado, pessoas acenderam velas e deixaram flores e bilhetes de apoio próximo a uma estátua do falecido papa João Paulo II, que também foi tratado na instituição durante seu papado.

Em uma mensagem escrita para a oração do Ângelus, que o papa não pôde liderar pela segunda semana consecutiva, Francisco agradeceu aos médicos e às pessoas que enviaram mensagens de apoio. Ele afirmou que continua “confiantemente” com o tratamento hospitalar.

O arcebispo Rino Fisichella, autoridade sênior do Vaticano, pediu aos fiéis durante uma missa na Basílica de São Pedro que intensificassem suas orações pelo papa. A Diocese de Roma realizou uma missa especial no domingo à noite, pedindo forças para que Francisco supere “esse momento de provação”.

A saúde do papa Francisco segue sendo acompanhada com atenção por fiéis e autoridades religiosas, enquanto o mundo aguarda novas atualizações sobre seu estado clínico.

Foto: Tânia Rêgo/ABr/Ilustração/Arquivo

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Conservadores vencem eleições na Alemanha, aponta boca de urna

Conservadores vencem eleições na Alemanha, aponta boca de urna

Friedrich Merz caminha para ser chanceler, mas fragmentação política pode complicar formação de coalizão

Os conservadores da oposição alemã venceram as eleições nacionais realizadas no domingo (23.fev.2025), colocando Friedrich Merz, líder do partido CDU/CSU, no caminho para se tornar o próximo chanceler do país. A Alternativa para a Alemanha (AfD), partido de extrema-direita, alcançou seu melhor resultado de todos os tempos, ficando em segundo lugar, de acordo com pesquisas de boca de urna divulgadas pela emissora pública ZDF.

O bloco conservador CDU/CSU obteve 28,5% dos votos, enquanto a AfD conquistou 20%. A campanha eleitoral foi marcada por ataques violentos e intervenções do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que influenciaram o cenário político alemão.

Friedrich Merz, de 69 anos, não possui experiência prévia no executivo, mas prometeu exercer uma liderança mais forte do que o atual chanceler, Olaf Scholz. Ele também destacou a importância de estabelecer maior contato com os principais aliados da Alemanha, visando ampliar o protagonismo do país no cenário europeu.

Merz é visto como um liberal econômico impetuoso, que deslocou os adversários conservadores para a direita. Sua postura é considerada a antítese da ex-chanceler Angela Merkel, que liderou a Alemanha por 16 anos com uma abordagem mais centrista.

No entanto, a fragmentação política dificulta a formação de uma maioria estável. Os conservadores terão que negociar com outros partidos para formar uma coalizão governamental, um processo que pode ser complicado devido às divisões expostas durante a campanha, especialmente em temas como imigração e o papel da AfD no cenário político.

A imigração foi um dos temas mais polarizadores da eleição. O endurecimento das políticas governamentais nessa área reflete uma mudança significativa no sentimento público desde a crise migratória de 2015, quando a Alemanha adotou uma postura de “Refugiados bem-vindos”. A AfD capitalizou essa mudança, ganhando apoio eleitoral significativo.

Enquanto as negociações para a formação de um governo avançam, Olaf Scholz pode permanecer como primeiro-ministro interino por meses. Esse cenário pode atrasar a implementação de políticas urgentes necessárias para revitalizar a economia alemã, que enfrenta dois anos consecutivos de contração.

A Alemanha, que tem uma economia fortemente dependente das exportações, também enfrenta desafios externos, como a ameaça de uma guerra comercial com os Estados Unidos e a necessidade de mediar um acordo de cessar-fogo na Ucrânia sem o envolvimento direto das potências europeias.

Além disso, a população alemã está mais pessimista em relação aos padrões de vida do que em qualquer momento desde a crise financeira de 2008. Essa insatisfação, combinada com a incerteza política, cria um vácuo de liderança no coração da Europa, em um momento crítico para o continente.

Foto: @CDU/Fotos Públicas

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Trump e Rumble processam Moraes por censura ilegal nos EUA

Trump e Rumble processam Moraes por censura ilegal nos EUA

Empresas acusam ministro do STF de violar soberania americana e bloqueiam plataforma no Brasil

O Trump Media & Technology Group, empresa do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, e a plataforma de vídeos Rumble ingressaram com uma ação judicial contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O processo foi registrado no Tribunal Distrital dos EUA em Tampa, na Flórida, e acusa o ministro de censura ilegal. As empresas afirmam que as decisões de Moraes violam a soberania americana, a Constituição dos EUA e as leis do país.

A ação ocorre após Moraes determinar, na sexta-feira (21.fev.2025), a suspensão do Rumble no Brasil até que a plataforma cumpra ordens judiciais. Entre as exigências do ministro está a nomeação de um representante legal no país, conforme exigido pela legislação brasileira para empresas estrangeiras. Além disso, Moraes ordenou o bloqueio da conta do influenciador digital Allan dos Santos, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, e a suspensão da monetização de seu perfil.

Allan dos Santos, que atualmente reside nos Estados Unidos, é considerado fugitivo no Brasil e é investigado por supostos crimes de discurso de ódio e disseminação de informações falsas. O caso faz parte de uma série de medidas lideradas por Moraes para combater a desinformação e ataques à democracia, especialmente durante o governo Bolsonaro.

No comunicado divulgado no domingo (23), as empresas também alegam que Moraes ameaçou o CEO da Rumble, Chris Pavlovski, com acusações criminais. A moção judicial busca anular as ordens emitidas pelo ministro, que, segundo as empresas, ultrapassam a jurisdição brasileira e interferem em operações globais.

O STF não se manifestou imediatamente sobre o caso. A disputa judicial ocorre em um momento de tensão entre autoridades brasileiras e plataformas digitais, especialmente após o embate entre Alexandre de Moraes e Elon Musk, proprietário da rede social X (antigo Twitter).

A Rumble, conhecida por ser uma alternativa ao YouTube com foco em liberdade de expressão, tem ganhado popularidade entre usuários que criticam a moderação de conteúdo em outras plataformas. A suspensão no Brasil pode impactar sua expansão no mercado latino-americano.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Saúde do Papa Francisco é considerada crítica após crise de asma prolongada

Saúde do Papa Francisco é considerada crítica após crise de asma prolongada

Pontífice recebe terapia de oxigênio e transfusão de sangue; prognóstico é reservado

O Vaticano divulgou neste sábado (22.fev.2025) que o estado de saúde do Papa Francisco está crítico após uma crise de asma prolongada. De acordo com o comunicado oficial, o pontífice precisou de terapia de alto fluxo de oxigênio e transfusão de sangue devido a um quadro de anemia.

“As condições do Santo Padre continuam críticas. Portanto, como explicado ontem, o papa não está fora de perigo. Nesta manhã, o papa Francisco apresentou uma crise respiratória asmática de longa duração, que exigiu uma terapia de alto fluxo de oxigênio”, informou o boletim médico.

Exames realizados indicaram um quadro de plaquetopenia, também chamada de trombocitopenia, que é a redução do número de plaquetas no sangue. Essa condição pode estar associada a infecções, deficiências vitamínicas ou doenças imunológicas, e exigiu uma transfusão sanguínea.

A equipe médica do Vaticano destacou que a principal preocupação no momento é o risco de sepse, uma infecção generalizada que pode surgir como complicação da pneumonia. Até sexta-feira (21.fev), não havia sinais da infecção, e Francisco estava respondendo aos medicamentos administrados.

O Vaticano informou que o prognóstico do papa é reservado, o que significa que os médicos mantêm cautela quanto à evolução do quadro clínico.

Cancelamento da oração do Angelus

Diante da condição de saúde do pontífice, a assessoria de imprensa da Santa Sé anunciou que Francisco não realizará a tradicional oração do Angelus na Praça de São Pedro pelo segundo domingo consecutivo.

A oração do Angelus é um momento importante para os fiéis católicos, que se reúnem semanalmente para ouvir as palavras do papa. A ausência de Francisco reforça a gravidade de seu estado de saúde.

Entenda a plaquetopenia

A plaquetopenia, ou trombocitopenia, é uma condição médica caracterizada pela redução do número de plaquetas no sangue. As plaquetas são essenciais para a coagulação sanguínea, e sua diminuição pode levar a sangramentos espontâneos e complicações graves.

Entre as causas mais comuns da plaquetopenia estão infecções, deficiências de vitaminas, doenças autoimunes e reações a medicamentos. No caso do Papa Francisco, a equipe médica ainda investiga a origem do problema.

Risco de Sepse

A sepse é uma resposta extrema do corpo a uma infecção, que pode levar a falência de órgãos e, em casos graves, à morte. Pacientes com pneumonia, como o papa, estão mais suscetíveis a desenvolver essa complicação.

A equipe médica do Vaticano está monitorando de perto os sinais de infecção para evitar que o quadro do pontífice se agrave.

Repercussão internacional

A notícia sobre o estado de saúde do Papa Francisco tem gerado preocupação em todo o mundo. Líderes religiosos e políticos manifestaram apoio e pediram orações pela recuperação do pontífice.

Francisco, que completou 86 anos em dezembro, é conhecido por sua postura progressista e por promover mudanças significativas na Igreja Católica. Sua saúde frágil nos últimos anos tem levantado questões sobre o futuro do papado.

Foto: Tânia Rêgo/ABr/Arquivo/Ilustração

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Saúde do Papa Francisco: entenda a pneumonia dupla

Saúde do Papa Francisco: entenda a pneumonia dupla

Médicos afirmam que o papa não corre risco de morte, mas sua recuperação ainda é incerta; internação deve se estender por mais uma semana

O papa Francisco, que está hospitalizado desde 14 de fevereiro no Hospital Gemelli, em Roma, devido a uma pneumonia dupla, não corre risco de morte, mas ainda não está totalmente curado. A informação foi divulgada por Sergio Alfieri, um de seus médicos, durante uma coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira.

A pneumonia dupla é uma infecção grave que afeta ambos os pulmões, causando inflamação e possíveis cicatrizes, o que dificulta a respiração. De acordo com o Vaticano, a infecção do papa é considerada “complexa” por ser polimicrobiana, ou seja, causada por dois ou mais micro-organismos.

Alfieri explicou que, embora o papa não esteja em perigo iminente, sua condição ainda pode mudar. “Se a pergunta for ‘ele está fora de perigo’, a resposta é ‘não’. Mas se você nos perguntar se, neste momento, a vida dele está em perigo, a resposta é ‘não'”, afirmou o médico.

Francisco, de 88 anos, já apresentou melhoras significativas desde sua internação. Ele conseguiu sair da cama e sentar-se em uma poltrona para realizar algumas tarefas. No entanto, a equipe médica prevê que ele permanecerá hospitalizado “pelo menos” ao longo da próxima semana.

Idade e histórico de saúde tornam o papa um paciente frágil, dizem médicos

O papa Francisco é considerado um paciente frágil devido à sua idade avançada e ao histórico de problemas de saúde. Ele já enfrentou pleurisia na juventude, o que resultou na remoção de parte de um de seus pulmões. Essa condição o torna mais suscetível a infecções pulmonares.

Durante a coletiva, Alfieri destacou que o papa não está com sepse, uma condição grave em que o corpo reage a uma infecção prejudicando seus próprios tecidos e órgãos. No entanto, há o risco de a infecção se espalhar do trato respiratório para outras partes do corpo.

A coletiva de imprensa foi a primeira desde a internação do papa, e nenhuma foto dele foi divulgada por respeito à sua privacidade. O Vaticano havia informado na noite de quinta-feira que a condição de Francisco estava “melhorando levemente” pelo segundo dia consecutivo.

Renúncia papal é considerada “hipótese distante”, dizem fontes

Francisco, que lidera a Igreja Católica desde 2013, tem enfrentado problemas de saúde nos últimos dois anos. Um cardeal católico aposentado sugeriu que a saúde frágil do papa poderia levá-lo a renunciar, como fez seu predecessor, Bento 16, em 2013.

No entanto, o próprio papa já descartou essa possibilidade no passado, referindo-se à renúncia como uma “hipótese distante”. A lei da Igreja Católica exige que qualquer renúncia papal seja “livre e adequadamente manifestada”, o que significa que a decisão não pode ser influenciada por pressão externa.

Francisco é conhecido por manter uma agenda intensa, com dezenas de reuniões diárias. As autoridades do Vaticano esperam que sua última crise de saúde o leve a reduzir o ritmo de trabalho. Todos os compromissos públicos do papa foram cancelados até domingo, e não há eventos oficiais em seu calendário divulgado pelo Vaticano.

O que é pneumonia dupla e por que ela é preocupante?

A pneumonia dupla é uma infecção que afeta ambos os pulmões simultaneamente, causando inflamação e dificuldades respiratórias. Em pacientes idosos ou com histórico de problemas pulmonares, como o papa Francisco, a condição pode ser particularmente grave.

A infecção polimicrobiana, como a que afeta o pontífice, é mais complexa de tratar porque envolve múltiplos micro-organismos, exigindo um tratamento mais específico e prolongado.

A internação do papa Francisco no Hospital Gemelli, um dos mais renomados da Itália, tem chamado a atenção de fiéis e da mídia mundial. A equipe médica tem monitorado de perto sua evolução, buscando garantir uma recuperação segura e eficaz.

Foto: Annett_Klingner/Pixabay / Mikdev/Pixabay

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Após denúncia contra Bolsonaro, mídia de Trump abre ação contra Moraes

Após denúncia contra Bolsonaro, mídia de Trump abre ação contra Moraes

Ministro do Supremo não vai comentar a medida

Um dia após a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, o grupo de mídia do presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, informou que entrou com uma ação no Tribunal Distrital da Flórida contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

A Trump Media & Tecnology Group (TMTG), dona da Truth Social, rede social criada por Trump, em conjunto com a Rumble, plataforma de compartilhamento de vídeos, acionaram a Justiça estadunidense alegando que decisões de Moraes buscam “censurar” as plataformas e suspender contas de usuários.

“Oi, Alexandre de Moraes, a Rumble não cumprirá suas ordens ilegais. Em vez disso, nos veremos no tribunal”, escreveu o CEO da plataforma, Chris Pavlovcki, em uma rede social.

O movimento das empresas do presidente Trump foi usado por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro para atacar Moraes, que é o relator responsável pelos processos envolvendo tentativa de golpe de Estado no Brasil.

Procurada pela Agência Brasil, a assessoria do STF informou que o gabinete do ministro Alexandre de Moraes não vai se manifestar sobre o tema.

O doutor em Direito Internacional Paulo Lugon, da Aliança Brazil Office, que reúne especialistas brasileiros que vivem nos EUA, na Europa e no Brasil, avaliou que essa ação das companhias de mídia de Trump é descabida e representa uma afronta à soberania brasileira.

“Como um juiz de um estado, vai processar um ministro de uma Corte Superior de outro país? Moraes não fez nada nos EUA, ele não pode ser processado por um outro país soberano. Ele não vai sentar no banco dos réus”, garante o especialista.

Para Lugon, a ação busca gerar um efeito político. “Isso revela que tem um movimento coordenado para taxar o Brasil como um país que censura. O objetivo por trás disso pode ser o de acionar mecanismos de pressão dentro dos EUA contra o Brasil, para buscar efeitos extraterritoriais”.

Para o presidente do Conselho Diretivo da Aliança Brazil Office, James N. Green, a ação “é uma maneira de reforçar as campanhas da extrema-direita no Brasil, especialmente no momento em que Bolsonaro e 33 outras pessoas estão sendo acusadas de participar de golpe de Estado”.

Estratégia

Desde o início das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado e os ataques ao STF, por meio, principalmente, do chamado inquérito das Fake News, os investigados e seus aliados têm buscado articular apoios nos EUA para deslegitimar as apurações da Justiça brasileira.

Os deputados aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro chegaram a viajar a Washington para denunciar uma suposta censura nas redes sociais do Brasil.

Essa não é a primeira vez que empresas de tecnologia baseada nos Estados Unidos atacam decisões da Justiça brasileira. O dono do X, Elon Musk, integrante do governo de Donald Trump, moveu uma campanha contra o STF que levou ao bloqueio da plataforma no Brasil. Após pagar multa, a rede social foi restabelecida.

Os perfis suspensos que Musk defendia estão envolvidos nos inquéritos que apuram crimes como a abolição violenta do Estado democrático de direito e golpe de Estado, que estão tipificado na Lei 14.197 de 2021.

Desde que Donald Trump assumiu a Casa Branca, as big techs têm se alinhado à política do republicano, a exemplo das mudanças anunciadas na Meta, dona do Facebook, Instagram e Whatsapp. O dono da Meta, Marck Zuckerberg, prometeu se aliar ao governo dos Estados Unidos contra países que regulem o ambiente digital.

Foto: Jane de Araújo/Agência Senado / Marcos Oliveira/Agência Senado / RS/Fotos Públicas

Da Agência Brasil

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Brasil e Portugal assinam 19 acordos bilaterais

Brasil e Portugal assinam 19 acordos bilaterais

Atos são em áreas da saúde, segurança pública, turismo e tecnologia

Brasil e Portugal assinaram, nesta quarta-feira (19), 19 acordos bilaterais em áreas como saúde, segurança pública, turismo e ciência e tecnologia. Os atos ocorreram após a 14ª Cimeira Brasil-Portugal, presidida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, no Palácio do Planalto, em Brasília.

“O intercâmbio com Portugal está adquirindo um perfil diversificado, com integração de cadeias produtivas relevantes e que favorecem a exportação de produtos brasileiros de maior valor agregado. A expectativa é que essa relação se aprofunde ainda mais quando o Acordo Mercosul-União Europeia entrar em vigor”, disse Lula, em declaração à imprensa, sobre o acordo comercial negociado por mais de 20 anos e finalizado no ano passado.

“Quando o protecionismo comercial ganha força no mundo, demonstramos o potencial da integração. Não há dúvidas de que o Acordo trará benefícios para os dois blocos. Ele significará acesso a bens e serviços mais baratos, aumento dos investimentos e cooperação renovada para proteger o meio ambiente, sem prejuízo da política de neoindustrialização brasileira”, destacou o presidente.

Antes da cúpula, Lula recebeu o chefe do governo português para um encontro privado e, na sequência, se juntaram às delegações dos dois países. O encontro de alto nível tem o objetivo de discutir e fortalecer a cooperação bilateral em diversas áreas, como defesa, segurança, justiça, ciência, meio ambiente, comércio, saúde e cultura. A edição anterior foi realizada em Lisboa, capital portuguesa, em 2023, durante visita de Lula ao país europeu. Na ocasião, 13 acordos bilaterais foram assinados.

Em 2025, são celebrados os 200 anos do estabelecimento de relações diplomáticas entre Brasil e Portugal. Atualmente, mais de 500 mil brasileiros residem em Portugal, e cerca de 150 mil portugueses vivem no Brasil. É a segunda maior comunidade brasileira no exterior, atrás apenas dos Estados Unidos.

Diante dessa relação histórica, Lula afirmou que “não há espaço para racismo e xenofobia” entre as comunidades brasileiras e portuguesas.

“Nesses 200 anos, muitos portugueses vieram estabelecer-se e criar raízes em nosso país, assim como muitos brasileiros mudaram-se para Portugal e ali constituíram laços. Afirmei ao primeiro-ministro Montenegro que precisamos desconstruir a narrativa mentirosa que associa a migração brasileira ao aumento da criminalidade em Portugal”, disse Lula.

Atos bilaterais

Os atos assinados hoje na presença de Lula e Montenegro são:

  • Justiça: acordo de cooperação sobre investigação e combate ao crime organizado transnacional e ao terrorismo.
  • Segurança institucional: revisão do acordo para sobre proteção de informação classificada.
  • Porto e Aeroportos: fomento à cooperação nas áreas de portos, desenvolvimento da infraestrutura e operação de terminais.
  • Saúde e desenvolvimento social: cooperação e troca de experiências para promoção da alimentação saudável e da prevenção da obesidade.
  • Meio Ambiente: cooperação nas áreas de clima e gestão dos ecossistemas.
  • Cultura: colaboração entre o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e o instituto Museus e Monumentos de Portugal.
  • Turismo: plano de ação para desenvolvimento do turismo no período de 2025-2027.
  • Agricultura: cooperação para simplificar procedimentos sobre o domínio do vinho e outros produtos vitivinícolas.
  • Tecnologia: cooperação e intercâmbio de boas práticas sobre diálogo digital.

“Lançamos um Diálogo Digital para aprofundar o debate sobre inteligência artificial e outras tecnologias emergentes. Avançar na luta contra o extremismo e suas novas faces, que têm proliferado sobretudo no mundo digital, é uma urgência compartilhada. Portugal e Brasil trabalham com visões semelhantes sobre a regulação das grandes empresas de tecnologia e o combate à desinformação”, disse Lula durante a declaração à imprensa.

Outros 10 atos foram assinados durante a cúpula envolvendo diversos ministérios, agências e instituições brasileiras e portuguesas.

Também foi confirmada a compra de 12 aviões Super Tucanos pela Força Aérea Portuguesa e a parceria entre a OGMA Indústria Aeronáutica de Portugal e a Embraer para adaptação das aeronaves a padrões da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). O Brasil ainda anunciou a instalação de escritório da ApexBrasil, agência de promoção brasileira, em Lisboa.

Após a coletiva de imprensa, os líderes e as comitivas foram para o Palácio Itamaraty, onde Lula ofereceu almoço em homenagem ao primeiro-ministro Luís Montenegro.

Diplomacia

Nesta terça-feira (18), Lula também recebeu o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, que é o chefe de Estado do país europeu, uma função mais diplomática. No Brasil, o presidente da República exerce os dois cargos: chefe de Estado e de governo.

À noite, os dois participam da entrega do Prêmio Camões de Literatura a Adélia Prado, no Palácio do Itamaraty, o principal prêmio da literatura em língua portuguesa. Mineira de Divinópolis, Adélia tem 88 anos e é considerada a maior poetisa brasileira viva. Ela não compareceu à cerimônia cerimônia por questões de saúde e foi representada por seu filho Eugênio Prado.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Alexandre de Moraes é alvo de ação nos EUA por suposta violação de soberania

Alexandre de Moraes é alvo de ação nos EUA por suposta violação de soberania

Empresas Trump Media e Rumble acusam ministro de interferir em plataforma de vídeos; caso envolve blogueiro Allan dos Santos

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), está sendo alvo de uma ação judicial nos Estados Unidos por suposta violação à soberania americana. A ação foi movida pela Trump Media, empresa ligada ao ex-presidente Donald Trump, e pela plataforma de vídeos Rumble. O caso está sendo processado em um tribunal federal na Flórida, conforme informações divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo. Até o momento, Moraes não se manifestou publicamente sobre o assunto. O Estadão entrou em contato com a assessoria de imprensa do STF, mas não obteve resposta.

A Rumble é uma plataforma de compartilhamento de vídeos que opera de forma semelhante ao YouTube. A rede já foi mencionada em decisões do STF para a remoção de conteúdos, mas não cumpriu as ordens da Justiça brasileira por não ter representação legal no país. A plataforma se apresenta como “imune à cultura do cancelamento” e tem atraído produtores de conteúdo que foram restringidos em outras redes sociais, como os bolsonaristas Paulo Figueiredo, Rodrigo Constantino e Bruno Aiub, conhecido como Monark.

De acordo com as empresas que moveram a ação conjunta, o ministro Alexandre de Moraes violou a legislação americana ao ordenar a suspensão da conta do blogueiro Allan dos Santos na Rumble. Chris Pavlovski, CEO da Rumble, afirmou à Folha que “Moraes está tentando contornar completamente o sistema legal americano, utilizando ordens sigilosas de censura para pressionar redes sociais americanas a banir o dissidente político (Allan dos Santos) em nível global”.

Allan dos Santos é investigado pelo STF por suposta propagação de desinformação e por ofensas a ministros da Corte brasileira. Um mandado de prisão preventiva foi emitido contra ele, mas o blogueiro reside nos Estados Unidos e está foragido da Justiça brasileira. A Polícia Federal (PF) já realizou uma busca e apreensão em seu endereço residencial no Brasil. Em março do ano passado, o governo americano negou um pedido de extradição de Santos feito pela Justiça brasileira.

A Trump Media, empresa ligada a Donald Trump, uniu-se à Rumble na ação judicial. Os advogados da empresa argumentam que as restrições impostas ao Rumble no Brasil também prejudicam a Trump Media, uma vez que a plataforma de vídeos fornece serviços essenciais para a manutenção da rede social Truth Social, criada pelo ex-presidente americano.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Milei tenta minimizar crise gerada por apoio à criação de criptomoeda

Milei tenta minimizar crise gerada por apoio à criação de criptomoeda

Episódio é chamado pela imprensa argentina de criptogate

Alvo de uma série de denúncias por ter promovido o lançamento de criptomoeda por uma empresa privada, o presidente da Argentina, Javier Milei, rompeu o silêncio nesta segunda-feira (17). Em meio à mais ruidosa crise de seus 14 meses à frente do Poder Executivo, o mandatário argentino concedeu, ontem à noite, uma entrevista ao canal TN (Todo Notícias).

Sabatinado pelo jornalista Jonatan Viale, Milei tentou minimizar o impacto do episódio que parte da imprensa argentina batizou como o “criptogate” – a suspeita de envolvimento de funcionários do governo federal, incluindo o próprio presidente, em supostas irregularidades na criação da $Libra, uma criptomoeda que, conforme Milei anunciou em seu perfil no X (antigo Twitter), ajudaria a financiar pequenas empresas e empreendimentos argentinos.

“Não tenho nada que ocultar, portanto posso falar tranquilamente”, disse Milei no início da entrevista de pouco mais de uma hora de duração, na qual tentou explicar que não agiu de forma a promover a $Libra e o projeto Viva La Libertad, do qual o lançamento da criptomoeda faz parte. “Eu não a promovi. Eu a difundi”, afirmou Milei. Na última sexta-feira (14), ele publicou um texto no qual divulgava o projeto privado, associando-o ao crescente liberalismo da economia argentina.

“Não fiz nada de mal. Sou um superentusiasta da tecnologia. E diante da possibilidade de uma ferramenta para [supostamente] financiar projetos de empreendedores [argentinos], eu decidi difundi-la”, argumentou Milei, reconhecendo que a repercussão que se seguiu a seu tuíte o levou a “correr”, apagando a postagem.

Tão logo o presidente argentino tornou público seu apoio à iniciativa, o valor do ativo digital disparou, valorizando-se exponencialmente. Os poucos detentores da criptomoeda começaram a vendê-la, com lucros altíssimos.

Especialistas e oposicionistas a Milei começaram então a apontar o risco de fraude no empreendimento e, consequentemente, o valor da $Libra voltou a cair, com prejuízos para um número ainda incerto de investidores.

“São pessoas hiperespecializadas nesse tipo de instrumento. E que entraram nisso voluntariamente, sabendo muito bem o que estavam fazendo. São operadores de volatilidade que operam com o risco”, afirmou Milei, minimizando o alcance do episódio.

No domingo, representantes de duas organizações sociais (Observatório do Direito à Cidade e Movimento A Cidade Somos Nós Que A Habitamos) e de um partido político (Unidade Popular) ingressaram na Justiça com uma denúncia contra o presidente argentino, a quem acusam de ter prejudicado a mais de 40 mil pessoas ao se associar a um esquema que teria causado um prejuízo de US$ 4 bilhões.

“É falsa a [informação de] que 44 mil pessoas tenham sido prejudicadas. Havia, entre elas, muitos robôs [bots] e, no melhor dos casos, se trata de nada mais que 5 mil pessoas. E, com isso, eu, seguramente, diria que a chance de haver argentinos entre eles é muito remota. A maioria [dos que perderam dinheiro com o investimento] é estadunidense e chinesa”, comentou o presidente argentino, classificando o ocorrido como “um problema entre privados [particulares]”.

O presidente garantiu que não houve perdas ao Estado argentino. No último sábado (15), o governo anunciou duas medidas: que o Gabinete Anticorrupção da Presidência da República apure se algum membro do governo, incluindo o próprio Milei, agiu de forma imprópria, e a criação, no âmbito da própria presidência, de uma força-tarefa composta por representantes de vários órgãos e organizações para avaliar o projeto Viva La Libertad, a $Libra e todas as empresas ou pessoas envolvidas com a iniciativa.

“Agi de boa fé. Olhando agora para as repercussões políticas, admito que tenho algo a aprender [com o ocorrido]. Tenho que ter filtros”, finalizou o presidente, dizendo aguardar pelas conclusões da Justiça para saber se algum funcionário do governo obteve benefícios pessoais para promover a $Libra.

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Papa Francisco enfrenta quadro clínico complexo

Papa Francisco enfrenta quadro clínico complexo

Vaticano confirma infecção respiratória e novo tratamento; Pontífice mantém bom humor

O Papa Francisco está enfrentando um “quadro clínico complexo”, que exigirá uma internação hospitalar adequada, conforme informou o perfil oficial de notícias do Vaticano e do Papa nas redes sociais nesta segunda-feira (17). A nota divulgada pela Santa Sé detalha que os exames realizados nos últimos dias revelaram uma infecção polimicrobiana das vias respiratórias, o que levou a uma mudança no tratamento médico do Pontífice.

Matteo Bruni, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, afirmou que o Papa dormiu bem durante a noite, teve uma noite tranquila, tomou café da manhã e dedicou parte da manhã à leitura de jornais. Além disso, Bruni destacou que Francisco mantém o bom humor, mesmo diante do quadro de saúde.

A nota oficial divulgada pelo Vaticano explica: “Os resultados dos exames realizados nos últimos dias e hoje mostram uma infecção polimicrobiana das vias respiratórias, o que determinou uma nova alteração no tratamento. Todos os exames realizados até o momento indicam um quadro clínico complexo, que exigirá uma internação hospitalar adequada”.

A infecção respiratória polimicrobiana, que afeta o Papa, é uma condição que envolve múltiplos microrganismos, como bactérias e vírus, e pode exigir um tratamento mais prolongado e específico. Esse tipo de infecção é comum em pacientes com sistemas imunológicos mais frágeis ou em casos de complicações prévias de saúde.

O Papa Francisco, de 86 anos, já enfrentou problemas de saúde nos últimos anos, incluindo uma cirurgia no cólon em 2021 e dores no joelho que limitaram sua mobilidade. Apesar disso, ele continuou com uma agenda cheia de compromissos, incluindo viagens internacionais e encontros com líderes religiosos e políticos.

A internação hospitalar do Papa ocorre em um momento delicado para a Igreja Católica, que enfrenta desafios internos e externos, incluindo debates sobre reformas, questões sociais e a relação com outras religiões. A saúde do Pontífice é acompanhada de perto por fiéis e autoridades religiosas em todo o mundo, que desejam sua rápida recuperação.

A Santa Sé reforçou que todos os cuidados necessários estão sendo tomados para garantir o bem-estar do Papa Francisco. A equipe médica responsável pelo tratamento está monitorando de perto seu quadro clínico e ajustando o tratamento conforme necessário.

Enquanto isso, o Vaticano pede orações e apoio dos fiéis para o Papa, que continua a ser uma figura central na condução da Igreja Católica. A mensagem de esperança e resiliência transmitida por Francisco durante seu pontificado ressoa ainda mais diante desse momento desafiador.

Foto: Annett Klingner/Pixabay / Mikdev

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Braskem anuncia primeiro navio de frota própria

Braskem anuncia primeiro navio de frota própria

Embarcação Brillant Future fará rota EUA – México no transporte de etano. Veja os detalhes

A Braskem, petroquímica global que desenvolve soluções sustentáveis da química e do plástico para melhorar a vida das pessoas, anuncia a entrada em operação do Brillant Future, seu primeiro navio sob leasing. A embarcação no valor de US$ 80 milhões fará o transporte de etano na rota entre EUA e México.

O navio tem 188 metros de comprimento e capacidade de armazenamento de 36.000 m³, podendo transportar cargas a uma temperatura de até -104°C. Outra vantagem é o motor bicombustível que funciona com óleo de bunker e etano, o que representa a redução de 40% nas emissões de CO2, além da total excelência na economia de combustível, pois tem alta eficiência em propulsão.

“É um marco significativo e reflete o nosso compromisso com a inovação e o crescimento da indústria naval. A nova embarcação foi mais um passo na jornada da companhia para ter um desenvolvimento sustentável e competitivo no mercado global”, afirma Silvia Migueles, diretora de Logística da Braskem.

Brilliant Future em detalhes

O novo navio foi construído no estaleiro YAMIC, na China, e projetado para ter uma estrutura compacta, de modo a maximizar o uso do espaço de carga. “A embarcação é equipada com três tanques tipo StarTrilobe, o que aumenta a capacidade de armazenagem em cerca de 25% quando comparada aos tanques tradicionais”, explica Silvia.

O Brilliant Future faz parte do projeto Seas of the Future, uma iniciativa da Braskem que visa reduzir os custos do transporte marítimo dos produtos químicos, além de garantir mais segurança e competitividade. “A embarcação integrará uma frota de seis navios, sendo que o próximo deverá ficar pronto em junho deste ano, seguindo na rota EUA – México”, finaliza
a diretora.

Sobre a Braskem

A Braskem é uma empresa petroquímica global, orientada para o ser humano, com olhar para o futuro, que cultiva relacionamentos sólidos e gera valor para todos. Oferecendo soluções sustentáveis da química e do plástico para melhorar a vida das pessoas, a petroquímica possui um completo portfólio de resinas plásticas e produtos químicos para diversos segmentos, como embalagens alimentícias, construção civil, industrial, automotivo, agronegócio, saúde e higiene, entre outros. A Braskem acredita que a inovação disruptiva é o único caminho possível para se estabelecer uma nova relação com o planeta, por isso, escolhe agir no presente, promovendo a circularidade do plástico e impulsionando a revolução dos materiais de base biológica. Com 40 unidades industriais no Brasil, EUA, México e Alemanha, a companhia exporta seus produtos para clientes em mais de 71 países por meio de seus 8.500 mil integrantes que atuam globalmente em um modelo de gestão que demonstra o compromisso com a ética, respeitando as normas de conformidade em todos os países e garantindo o respeito à competitividade responsável.

Mais informações: https://www.braskem.com.br/

Foto: Divulgação

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Lula diz que Brasil vai reagir contra taxações de Donald Trump

Lula diz que Brasil vai reagir contra taxações de Donald Trump

Presidente deu entrevista nesta quinta-feira para Rádio Clube do Pará

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou, nesta sexta-feira (14), que o Brasil vai aplicar o princípio da reciprocidade caso o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cumpra com a promessa de elevar as tarifas de importação do país. “Eu ouvi dizer que vai taxar o aço brasileiro. Se taxar o aço brasileiro, nós vamos reagir comercialmente ou vamos denunciar a Organização [Mundial] do Comércio [OMC] ou vamos taxar os produtos que a gente importa deles”, disse em entrevista para a Rádio Clube do Pará, em Belém (PA).

“Sinceramente, não vejo nenhuma razão para o Brasil procurar contencioso com quem não precisa. Agora, se tiver alguma atitude com o Brasil, haverá reciprocidade. Não tem dúvida, haverá reciprocidade do Brasil em qualquer atitude que tiver contra o Brasil”, reforçou o presidente.

Trump vem prometendo aplicar tarifas abrangentes a diversos países com superávit comercial com os Estados Unidos, como a China, e até a parceiros mais próximos como México e Canadá . Ele também anunciou uma taxação de 25% sobre as importações de aço e alumínio , cancelando isenções e cotas isentas de impostos para os principais fornecedores, entre eles o Brasil.

Lula lembrou, entretanto, que os Estados Unidos têm superávit comercial com o Brasil, ou seja, vendem mais bens e serviços do que compram. “A relação do Brasil com o Estados Unidos é uma relação muito igualitária. Ou seja, eles importam de nós US$ 40 bilhões, nós importamos dele US$ 45 bilhões”, disse.

“Então, nós não queremos atrito com ninguém. O Brasil não tem contencioso internacional, nós queremos paz e tranquilidade. Olha, se o Trump tiver esse comportamento com o Brasil, eu terei esse comportamento com os Estados Unidos”, reafirmou.

Relacionamento

Nesta quinta-feira (13), Trump ainda anunciou a aplicação de tarifas de reciprocidade contra qualquer país que imponha impostos contra as importações norte-americanas, sendo a mais recente ofensiva tarifária contra aliados e inimigos do país. De acordo com a Casa Branca, as tarifas podem começar a ser impostas em semanas, enquanto a equipe comercial e econômica do governo estuda tarifas bilaterais e relações comerciais. O governo norte-americano vai analisar país a país e esses estudos devem ser concluídos até o dia 1º de abril.

Diante disso, membros da equipe econômica do governo defendem cautela diante dos anúncios do presidente dos Estados Unidos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o Brasil não precisa temer as medidas, também citando a balança comercial superavitária para os norte-americanos. Haddad afirmou que o governo brasileiro não irá se manifestar “a qualquer sinalização”, vai aguardar para ver o “que é concreto, efetivo” e avaliar “como vai terminar essa história”.

Já o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que o Brasil não representa um “problema comercial” para os Estados Unidos. Ele ressaltou que dos dez produtos mais exportados pelo Brasil aos Estados Unidos, apenas quatro não são taxados pela alfândega estadunidense, nos demais são impostas tarifas. Já nos dez produtos mais importados pelo Brasil vindos dos EUA, oito entram totalmente livres de tarifas.

Ainda na entrevista à Rádio Clube do Pará, nesta sexta-feira, Lula também lembrou que Brasil e Estados Unidos completam 200 anos de relações diplomáticas em 2025, mas disse que ainda não conversou com o presidente norte-americano depois que ele assumiu o cargo em janeiro. “Não tem relacionamento. Eu ainda não conversei com ele, ele ainda não conversou comigo. O relacionamento é entre Estado brasileiro e Estado americano. O Brasil considera os Estados Unidos um país extremamente importante para relação com o Brasil e eu espero que os Estados Unidos reconheça o Brasil como um país muito importante”, destacou.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Da Agência Brasil

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Lady Gaga no Rio: prefeitura confirma show em maio

Lady Gaga no Rio: prefeitura confirma show em maio

Prefeito Eduardo Paes anuncia apresentação da cantora para o dia 3 de maio e destaca impacto positivo na cidade.

A cantora internacional Lady Gaga está confirmada para se apresentar no Rio de Janeiro no dia 3 de maio. O anúncio foi feito pelo prefeito da cidade, Eduardo Paes, durante uma entrevista ao podcast PodK Liberados. A expectativa é que o show gere um impacto significativo na economia local, impulsionando setores como hotelaria, gastronomia e turismo.

Paes destacou que eventos desse porte são essenciais para a cidade, citando o exemplo do show de Madonna, realizado no ano passado. “Madonna ano passado. Esse ano tem Lady Gaga, pronto agora falei”, afirmou o prefeito. Ele também reforçou que o investimento público em grandes eventos é justificado pelos benefícios econômicos gerados. “Vai gastar dinheiro público com Lady Gaga? Vou. Com a Madonna gastei também. Sabe por quê? Porque enche todos os hotéis, enche todos os restaurantes, gera emprego”, explicou.

A última vez que Lady Gaga esteve no Brasil foi em 2012, quando realizou uma turnê pelo país. Em 2017, a cantora havia sido confirmada para o Rock in Rio, mas cancelou a apresentação, deixando os fãs frustrados. Agora, a expectativa é que o novo show compense a ausência e atraia milhares de fãs ao Rio de Janeiro.

A prefeitura ainda não divulgou detalhes sobre o local do show ou a venda de ingressos, mas a notícia já gerou grande repercussão nas redes sociais. Fãs da cantora comemoram a oportunidade de vê-la ao vivo após mais de uma década desde sua última apresentação no país.

Além do impacto cultural, a apresentação de Lady Gaga deve movimentar a economia da capital fluminense. Eventos de grande porte costumam atrair turistas de outras cidades e até mesmo de outros países, aumentando a ocupação hoteleira e o movimento em bares, restaurantes e comércios locais.

A expectativa é que o show de Lady Gaga no Rio de Janeiro seja um dos grandes eventos do ano na cidade, consolidando o município como um dos principais destinos para apresentações de artistas internacionais no Brasil.

Foto: jus10h/Visualhunt.com

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Papa Francisco é internado para exames e tratamento de bronquite em Roma

Papa Francisco é internado para exames e tratamento de bronquite em Roma

Líder da Igreja Católica mantém agenda de compromissos apesar de problemas de saúde recentes

O papa Francisco foi levado ao Hospital Policlinica Agostino Gemelli, em Roma, nesta sexta-feira (14), para realizar exames e continuar o tratamento de bronquite. A informação foi confirmada pelo Vaticano em comunicado oficial.

“Esta manhã, após suas audiências, o papa Francisco foi internado no Policlinica Agostino Gemelli para alguns exames e para dar continuidade ao tratamento de bronquite, que ainda está em andamento, em um ambiente hospitalar”, disse o Vaticano.

Francisco, de 88 anos, é o líder da Igreja Católica desde 2013 e enfrenta problemas de saúde recorrentes nos últimos dois anos. No início de março, ele mencionou a peregrinos, durante uma audiência semanal, que estava com um “forte resfriado”, que posteriormente foi diagnosticado como bronquite.

Apesar da condição de saúde, o papa manteve sua agenda de compromissos, incluindo reuniões na residência do Vaticano. Antes de ser internado, ele se encontrou com o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico.

Nos últimos meses, Francisco sofreu duas quedas em sua residência no Vaticano. Em dezembro, ele machucou o queixo, e em janeiro, feriu o braço. Esses incidentes levantaram preocupações sobre sua saúde e mobilidade.

O Hospital Gemelli, o maior de Roma, possui uma suíte especial para o tratamento de papas. Francisco já havia passado nove dias no local em junho de 2023, quando foi submetido a uma cirurgia para reparar uma hérnia abdominal.

A internação atual reforça a atenção sobre a saúde do pontífice, que completa 88 anos em dezembro. A bronquite, uma inflamação dos brônquios, pode ser particularmente preocupante para idosos, especialmente aqueles com histórico de problemas respiratórios.

O Vaticano tem mantido transparência sobre o estado de saúde do papa, buscando tranquilizar fiéis em todo o mundo. Apesar dos desafios, Francisco continua a liderar a Igreja Católica, mantendo sua agenda e compromissos religiosos.

Foto: Ricardo Stuckert/PR / Mikdev/Pixabay

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Comércio exterior do RN movimenta US$ 131 milhões em janeiro de 2025

Comércio exterior do RN movimenta US$ 131 milhões em janeiro de 2025

Exportações somam US$ 84,5 milhões e saldo comercial é positivo

O comércio exterior do Rio Grande do Norte registrou um volume total de transações comerciais de US$ 131,2 milhões em janeiro de 2025, conforme dados divulgados pelo Boletim da Balança Comercial da Secretaria de Desenvolvimento Econômico. O saldo comercial do estado foi positivo, alcançando US$ 37,8 milhões.

As exportações potiguares totalizaram US$ 84,5 milhões, enquanto as importações atingiram US$ 46,7 milhões. Entre os principais produtos exportados, os óleos combustíveis lideraram com US$ 27,4 milhões, seguidos por melões frescos (US$ 21,7 milhões) e melancias frescas (US$ 11,7 milhões). A fruticultura segue como um dos segmentos de maior impacto na pauta de exportação do estado.

Nas importações, destacaram-se as compras de outras gasolinas, excluindo as destinadas à aviação, com um montante de US$ 6,6 milhões. O trigo e misturas de trigo com centeio somaram US$ 6,3 milhões, seguido pelo óleo diesel, com aquisição de US$ 6,1 milhões. Outros itens relevantes na lista de importação incluem células fotovoltaicas (US$ 3,8 milhões) e caldeiras aquatubulares para produção de vapor (US$ 2,4 milhões), evidenciando a expansão da energia renovável na economia estadual.

Os principais destinos das exportações potiguares foram o Panamá, os Países Baixos, a Espanha, os Estados Unidos e o Reino Unido. Esses mercados responderam por 89% do total exportado, consolidando a presença do Rio Grande do Norte em importantes parcerias comerciais internacionais.

No que se refere às importações, a Rússia liderou como principal fornecedora do estado, com um volume de US$ 12,8 milhões em outras gasolinas. A China e a Argentina aparecem na sequência, seguidas pelos Estados Unidos e Espanha, que registraram fornecimentos de US$ 6,1 milhões e US$ 2,3 milhões, respectivamente. Juntos, esses países representaram 85,6% do total importado pelo estado no período analisado.

Os resultados indicam a diversificação da pauta comercial do Rio Grande do Norte e sua consolidação como um importante agente do comércio exterior brasileiro. O saldo comercial positivo reforça a competitividade dos produtos potiguares e amplia as oportunidades para setores estratégicos da economia estadual.

Fotos: Sandro Menezes/Governo do RN

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Nelson Wilians inicia agenda de negócios em Angola e Moçambique

Nelson Wilians inicia agenda de negócios em Angola e Moçambique

Ação tem objetivo de fortalecer laços e ampliar frentes de atuação

O advogado Nelson Wilians, presidente e fundador do Nelson Wilians Advogados, embarcou nesta segunda-feira (3) para uma série de compromissos estratégicos em Angola e Moçambique. A viagem tem como objetivo expandir conexões e identificar novas oportunidades de negócios na região, fortalecendo as relações entre Brasil e os países africanos.

Convidado por um grupo de empresários angolanos, Wilians terá uma intensa agenda em Luanda, onde se reunirá com representantes de setores-chave da economia. “O convite surgiu por meio de empresários com forte atuação em Angola, interessados em estreitar relações e fomentar parcerias estratégicas”, destaca Wilians.

A economia angolana tem chamado atenção de investidores internacionais, impulsionada pela diversificação econômica em setores como agricultura, turismo, transportes e logística. “Angola vive um momento de transformação, abrindo espaço para novas oportunidades. O Brasil, com sua experiência em diversos setores, tem muito a contribuir para essa expansão”, avalia o advogado.

O interesse global por Angola também se reflete no cenário geopolítico. Recentemente, Joe Biden, ex-presidente dos Estados Unidos, esteve no país para reforçar a importância de Angola na estratégia americana na África, sinalizando um ambiente favorável para investimentos estrangeiros.

De Luanda, Wilians segue para Maputo, onde manterá um encontro com o recém-empossado presidente de Moçambique, Daniel Chapo. O convite partiu diretamente do mandatário moçambicano, que busca aproximar o país do empresariado brasileiro e atrair investimentos estrangeiros.

“Moçambique tem adotado uma postura estratégica para atrair capital externo, e o interesse do governo em estreitar laços com o Brasil abre caminhos promissores para novas parcerias. Esse movimento está alinhado ao trabalho que nosso escritório já desenvolve em mercados europeus e asiáticos”, explica Wilians.

Além dos compromissos institucionais, Wilians destaca a realização da 11ª Conferência de Mineração e Energia de Moçambique (MMEC), marcada para maio de 2025, que reunirá líderes globais para debater o futuro dos investimentos no país.

“Com uma economia em crescimento e um ambiente de negócios cada vez mais dinâmico, Moçambique se consolida como um destino estratégico para investidores interessados em setores como agricultura, turismo, mineração e energia. Nosso objetivo é contribuir para esse desenvolvimento, conectando oportunidades e fomentando parcerias sustentáveis”, finaliza Wilians.

Foto: Divulgação

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Trump impõe tarifas a México, Canadá e China e preocupa mercado

Trump impõe tarifas a México, Canadá e China e preocupa mercado

Medida pode elevar preços, afetar crescimento global e provocar reação dos principais parceiros comerciais dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou novas tarifas sobre produtos importados do México, Canadá e China, gerando preocupação entre economistas e investidores. As taxas, que variam entre 10% e 25%, fazem parte da estratégia de Trump para reduzir o déficit comercial e pressionar os países a renegociarem acordos. No entanto, especialistas alertam para impactos negativos na economia dos EUA e do mundo.

Impacto das tarifas e reação internacional

A imposição das tarifas gerou respostas imediatas. O México e o Canadá estudam medidas retaliatórias para proteger suas economias, enquanto a China afirmou que levará a questão à Organização Mundial do Comércio (OMC). Pequim também indicou a possibilidade de contra-medidas, sem especificar quais seriam.

Para os Estados Unidos, a decisão pode ter conseqüências adversas. Estudos indicam que as tarifas podem reduzir o crescimento econômico norte-americano, além de levar o Canadá e o México à recessão. Há preocupação de que a medida leve à estagflação nos EUA, caracterizada por inflação elevada, crescimento estagnado e aumento do desemprego.

Posição de Trump e resposta do mercado

Trump justifica a medida como uma tentativa de equilibrar as relações comerciais dos Estados Unidos. Segundo sua administração, o país enfrenta um déficit significativo com seus principais parceiros comerciais, o que justificaria a imposição das tarifas.

Os mercados financeiros aguardam com atenção o início da semana, quando as bolsas reabrirem. Analistas indicam que há uma possibilidade de acordo, especialmente com o Canadá e a China. Estudos apontam que, embora a implantação das tarifas pareça iminente, um acordo de última hora não está descartado.

Implementação e possíveis desdobramentos

As tarifas devem entrar em vigor às 3h01 (horário de Brasília) de terça-feira (4). O governo dos Estados Unidos justificou a decisão como parte de uma emergência nacional relacionada ao fentanil e à imigração ilegal. A China, no entanto, rebateu essa justificativa, afirmando que já adotou medidas contra o uso da substância e que a crise dos opioides é um problema interno dos EUA.

No Canadá, autoridades acompanham a situação e estudam possíveis reações. O governo canadense indicou que continuará negociando, mas também considera tomar medidas para proteger sua economia caso as tarifas sejam mantidas.

Nos últimos dias, tensões diplomáticas aumentaram entre os países envolvidos. A relação comercial entre Estados Unidos, Canadá e México tem sido fundamental para a economia da região, e as novas tarifas podem impactar setores estratégicos.

Reação do público e possíveis desafios legais

Pesquisas recentes apontam uma divisão entre os eleitores norte-americanos. Alguns setores apoiam as tarifas como um meio de proteger a indústria nacional, enquanto outros demonstram preocupação com o aumento dos preços e possíveis prejuízos à economia.

Especialistas jurídicos também levantam dúvidas sobre a legalidade da ação de Trump. Advogados especializados em comércio alertam que o presidente pode estar testando os limites das leis comerciais dos EUA, o que pode gerar desafios legais para a manutenção das tarifas.

Impacto nas montadoras e na União Europeia

Investidores também observam com atenção o impacto das tarifas sobre setores específicos, como a indústria automobilística. Empresas do setor manifestaram preocupação com possíveis retaliações e apostam na diplomacia para evitar um conflito comercial maior. A cadeia de suprimentos automotiva da América do Norte pode ser duramente afetada, já que as peças cruzam as fronteiras diversas vezes antes da montagem final.

Além disso, Trump indicou que pode adotar medidas semelhantes contra a União Europeia, o que amplia a incerteza no mercado global. A Comissão Europeia declarou que não foi notificada sobre novas tarifas, mas garantiu que responderá a qualquer ação considerada injusta.

Com os mercados globais atentos aos desdobramentos, investidores e governos monitoram os próximos passos da administração Trump para entender como as tarifas afetarão a economia mundial.

Foto: GPO/ Fotos Públicas / RS/Fotos Públicas

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Dólar cai para R$ 5,86 e fecha no menor nível em dois meses

Dólar cai para R$ 5,86 e fecha no menor nível em dois meses

Bolsa cai 0,65%, puxada por ações de mineradoras

Em mais um dia de alívio no mercado financeiro, o dólar caiu para abaixo de R$ 5,90 e fechou no menor nível em dois meses. A bolsa de valores chegou a abrir estável, mas caiu puxada por mineradoras e por investidores que venderam papéis para embolsar lucros recentes.

O dólar comercial encerrou esta terça-feira (28) vendido a R$ 5,869, com queda de R$ 0,043 (-0,73%). A cotação iniciou o dia em torno de R$ 5,91, mas caiu após a abertura dos mercados norte-americanos. Na mínima do dia, por volta das 14h15, chegou a R$ 5,85.

A cotação está no menor valor desde 26 de novembro. Em 2025, a divisa acumula queda de 5,02%.

O mercado de ações teve um dia mais tenso. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 124.055, com queda de 0,65%. O indicador caiu por dois motivos. O primeiro é o baixo preço do minério de ferro, que fez cair ações de mineradoras. O segundo foi a realização de lucros, com investidores vendendo papéis que se valorizaram ontem (27), quando a bolsa tinha fechado no maior nível em 45 dias.

Em relação ao câmbio, tanto fatores internos como externos contribuíram para a queda do dólar. No cenário externo, o atraso na adoção de medidas de elevação de tarifas comerciais pelo governo do novo presidente norte-americano, Donald Trump, voltou a contribuir para o sétimo dia seguido de recuo do dólar.

No cenário interno, a divulgação de que a arrecadação federal em 2024 bateu recorde ajudou a aliviar os investidores. No ano passado, o governo federal arrecadou R$ 2,65 trilhões, com alta de 9,6% acima da inflação em relação a 2023.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Diplomata dos EUA é chamado ao Itamaraty para esclarecimentos

Diplomata dos EUA é chamado ao Itamaraty para esclarecimentos

Governo brasileiro quer explicações sobre denúncia de maus-tratos

A secretária de Comunidades Brasileiras no Exterior e Assuntos Consulares e Jurídicos do Ministério das Relações Exteriores, Márcia Loureiro, reuniu-se na tarde desta segunda-feira (27), em Brasília, com o encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, para tratar sobre a deportação de brasileiros no último fim de semana.

A convocação pelo Palácio do Itamaraty é um gesto diplomático que expressa descontentamento de um país com outro. A realização da reunião foi confirmada à Agência Brasil por fontes do governo brasileiro e também pela diplomacia norte-americana.

Segundo os relatos, durante a reunião, o Itamaraty solicitou esclarecimentos do governo americano sobre o tratamento dispensado a brasileiros deportados em um voo fretado pelos Estados Unidos, que chegou ao país na última sexta-feira (24).

Os cidadãos brasileiros estavam detidos nos Estados Unidos por não possuírem a documentação de imigração exigida, e alegaram que, durante a viagem, permaneceram algemados, foram agredidos e tiveram privação de banheiro e alimentação. Brasil e EUA têm acordo vigente de deportação, mas o tratado prevê tratamento digno e humanitário, o que não ocorreu.

Após uma escala técnica em Manaus, o governo brasileiro interveio na situação, por iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, determinando a retirada das algemas, prestando assistência humanitária e enviando um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para buscar os nacionais deportados e enviá-los até o destino final previsto, Belo Horizonte. O grupo desembarcou na capital mineira no sábado (25).

Esta foi a primeira leva de brasileiros deportados desde a posse do presidente Donald Trump, que prometeu tolerância zero com a imigração ilegal no país. Gabriel Escobar é atualmente o representante da diplomacia americana no Brasil, após a saída da embaixadora Elizabeth Bagley, indicada pelo governo anterior, de Joe Biden, mas que deixou o posto na capital brasileira.

À reportagem, a Embaixada dos Estados Unidos confirmou a realização do que chamou de uma “reunião técnica” com autoridades do Ministério das Relações Exteriores, mas não deu detalhes sobre o que foi conversado no encontro.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Antônio Lima/Secom/Governo do Amazonas

Da Agência Brasil

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Trump anuncia sanções à Colômbia após recusa de voos com deportados

Trump anuncia sanções à Colômbia após recusa de voos com deportados

Medidas incluem tarifas emergenciais, restrições de viagens e sanções financeiras; Colômbia questiona tratamento de migrantes

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo (26.jan.2025) uma série de medidas de retaliação contra a Colômbia. A decisão ocorre após o país sul-americano recusar dois voos militares dos EUA que transportavam migrantes deportados como parte da política de repressão à imigração ilegal.

Trump declarou que a atitude do presidente colombiano, Gustavo Petro, representa um risco à segurança nacional dos EUA. O governo norte-americano determinou sanções imediatas, incluindo:

  • Tarifas emergenciais de 25% sobre produtos colombianos, com aumento para 50% em uma semana;
  • Proibição de viagens e revogação de vistos de funcionários do governo colombiano e aliados;
  • Sanções financeiras e bancárias impostas pelo Departamento do Tesouro;
  • Aumento de inspeções na fronteira para cidadãos colombianos.

Em publicação na rede social Truth Social, Trump enfatizou: “Essas medidas são apenas o começo. Não permitiremos que o governo colombiano viole suas obrigações legais com relação à aceitação e ao retorno dos criminosos que eles forçaram nos Estados Unidos.”

Colômbia contesta medidas dos EUA

O presidente colombiano, Gustavo Petro, condenou a prática de deportação em aeronaves militares, afirmando que o procedimento trata migrantes como criminosos. Em uma publicação na plataforma X, Petro declarou que a Colômbia está disposta a receber os migrantes deportados, desde que em voos civis e com respeito à dignidade humana.

“Os EUA não podem tratar os migrantes colombianos como criminosos”, escreveu Petro, destacando que cerca de 15.660 norte-americanos vivem na Colômbia sem status migratório regular.

A decisão colombiana segue uma postura semelhante adotada pelo México, que na semana anterior recusou a entrada de uma aeronave militar dos EUA com migrantes deportados.

Brasil condena tratamento de migrantes deportados

O governo brasileiro também se manifestou sobre o tratamento dado a migrantes deportados. No sábado (25), o Ministério das Relações Exteriores do Brasil criticou o “tratamento degradante” aos brasileiros durante um voo comercial de deportação.

O voo, que transportava 88 brasileiros, chegou a Manaus após problemas técnicos. Autoridades locais ordenaram a remoção das algemas dos deportados. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva designou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para completar o trajeto até Belo Horizonte.

Esta foi a segunda operação de deportação dos EUA para o Brasil em 2025 e a primeira desde a posse de Trump. Relatos indicam que os deportados enfrentaram maus-tratos durante o voo, mas os pedidos de esclarecimento às autoridades norte-americanas permanecem sem resposta.

Uso de aeronaves militares para deportação

O uso de aeronaves militares dos EUA para deportar migrantes foi autorizado após a declaração de emergência nacional de Trump na segunda-feira anterior. Essa prática é inédita em operações de imigração, embora aviões militares já tenham sido usados em outras circunstâncias, como a evacuação do Afeganistão em 2021.

Na última sexta-feira, aeronaves militares realizaram voos semelhantes para a Guatemala, transportando cerca de 80 migrantes em cada operação.

Foto: Juan Diego Cano-Presidencia de la República / Andrea Puentes Presidencia de la República / GPO/Fotos Públicas

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Itamaraty quer explicação dos EUA sobre tratamento a brasileiros

Itamaraty quer explicação dos EUA sobre tratamento a brasileiros

Governo diz que uso de algemas viola acordo com os norte-americanos

O Ministério das Relações Exteriores informou que pedirá explicações ao governo dos Estados Unidos sobre o que classificou de “tratamento degradante” dado aos 88 cidadãos brasileiros deportados na última sexta-feira (24). A aeronave norte-americana pousou no aeroporto de Manaus (AM) e a Polícia Federal (PF) tomou conhecimento de que os passageiros foram transportados algemados.

“O uso indiscriminado de algemas e correntes viola os termos de acordo com os EUA, que prevê o tratamento digno, respeitoso e humano dos repatriados”, informou o Itamaratay, em nota, destacando que “segue atento” às mudanças nas políticas migratórias dos Estados Unidos, para garantir “a proteção, segurança e dignidade dos brasileiros ali residentes”.

“O governo brasileiro considera inaceitável que as condições acordadas com o governo norte-americano não sejam respeitadas. O Brasil concordou com a realização de voos de repatriação, a partir de 2018, para abreviar o tempo de permanência desses nacionais em centros de detenção norte-americanos, por imigração irregular e já sem possibilidade de recurso”, acrescenta.

Em razão da soberania nacional, o governo brasileiro determinou a retirada das algemas e enviou uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para transportar os brasileiros até o destino final. O voo, que tinha como destino o Aeroporto Internacional de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), precisou fazer um pouso de emergência na capital amazonense devido a problemas técnicos.

“As autoridades brasileiras não autorizaram o seguimento do voo fretado para Belo Horizonte na noite de sexta-feira, em função do uso das algemas e correntes, do mau estado da aeronave, com sistema de ar condicionado em pane, entre outros problemas, e da revolta dos 88 nacionais a bordo pelo tratamento indigno recebido”, acrescenta a nota do Itamaraty.

Neste sábado (25), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, esteve reunido, em Manaus, com o superintendente interino da PF no Amazonas, delegado Sávio Pinzón, e com o comandante do 7º Comando Aéreo Regional da FAB, major-brigadeiro Ramiro Pinheiro.

“Na reunião, foi efetuado relato detalhado sobre os incidentes no aeroporto Eduardo Gomes envolvendo cidadãos brasileiros transportados em voo de deportação do governo norte-americano”, informou o Itamaraty, em publicação nas redes sociais. “A reunião subsidiará pedido de explicações ao governo norte-americano sobre o tratamento degradante dispensado aos passageiros no voo”, acrescentou.

O avião da FAB com os brasileiros deportados dos Estados Unidos chegou na noite deste sábado (25) a Minas Gerais.

Em nota divulgada neste domingo (26), o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, reforçou o repúdio às medidas degradantes tomadas contra os deportados.

“A decisão por um novo procedimento na política de imigração, que é um direito assegurado a todos os países, não pode vendar nossos olhos diante de situações degradantes e denúncias de agressões e maus-tratos”, disse. “O respeito à dignidade humana é um conceito consagrado em um mundo civilizado e democrático”, acrescentou.

Governo Trump

As operações de deportação em massa de imigrantes ilegais nos Estados Unidos tiveram início poucos dias após o início do mandato do presidente norte-americano Donald Trump. Na noite da última quinta-feira (23), 538 pessoas foram detidas e centenas foram deportadas em operação anunciada pela Casa Branca.

“A administração Trump deteve 538 imigrantes ilegais criminosos”, anunciou a porta-voz Karoline Leavitt, acrescentando que centenas foram deportados em aviões do Exército norte-americano. “A maior operação de deportação em massa da história está em curso”, disse.

Ao longo da campanha presidencial, Trump prometeu conter a imigração ilegal no país, cenário classificado por ele como “emergência nacional”. Logo em seu primeiro dia na presidência dos EUA, o republicano assinou ordens executivas destinadas a impedir a entrada de imigrantes nos Estados Unidos.

Foto: GPO/Fotos Públicas / RS Fotos Públicas

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Voo da FAB com brasileiros deportados dos EUA chega a Minas Gerais

Voo da FAB com brasileiros deportados dos EUA chega a Minas Gerais

Macaé Evaristo acompanhou o desembarque das famílias

O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) com 88 brasileiros deportados dos Estados Unidos chegou na noite deste sábado (25) a Minas Gerais. A pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, acompanhou o desembarque das famílias no Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte.

A aeronave norte-americana pousou em Manaus (AM) na noite de sexta-feira (24) e a Polícia Federal (PF) tomou conhecimento de que os passageiros deportados estavam sendo transportados algemados. Em razão da soberania nacional, o governo brasileiro determinou a retirada das algemas e enviou uma aeronave da FAB para transportar os brasileiros até o destino final.

“O nosso posicionamento é que os países podem ter suas políticas migratórias mas nunca violar os direitos humanos de ninguém”, disse Macaé, ao recepcionar os brasileiros em Confins. “A gente não pode suportar a violação dos direitos humanos e o que aconteceu nesse voo foi a violação dos direitos dos brasileiros”, acrescentou em vídeo divulgado pelo ministério nas redes sociais.

No mesmo vídeo, o brasileiro deportado Erionaldo Santana contou que foram presos e algemados nos Estados Unidos, na quarta-feira (22). “Chegamos no Brasil, continuamos com algemas, falamos que estávamos em território brasileiro, que eles [autoridades norte-americanas] tirassem as algemas, mas eles não queriam tirar”, relatou. As algemas só foram retiradas após a intervenção da Polícia Federal.

O voo, que tinha como destino o aeroporto em Belo Horizonte, precisou fazer um pouso de emergência em Manaus devido a problemas técnicos.

As operações de deportação em massa de imigrantes ilegais nos Estados Unidos tiveram início poucos dias após o início do mandato do presidente norte-americano Donald Trump. Na noite da última quinta-feira (23), 538 pessoas foram detidas e centenas foram deportadas em operação anunciada pela Casa Branca.

“A administração Trump deteve 538 imigrantes ilegais criminosos”, anunciou a porta-voz Karoline Leavitt, acrescentando que centenas foram deportados em aviões do Exército norte-americano. “A maior operação de deportação em massa da história está em curso”, disse.

Ao longo da campanha presidencial, Trump prometeu conter a imigração ilegal no país, cenário classificado por ele como “emergência nacional”. Logo em seu primeiro dia na presidência dos EUA, o republicano assinou ordens executivas destinadas a impedir a entrada de imigrantes nos Estados Unidos.

Foto: Antônio Lima/Governo do Amazonas

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Saída dos EUA do Acordo de Paris deve ser efetivada somente em 2026

Saída dos EUA do Acordo de Paris deve ser efetivada somente em 2026

Entenda o que é o tratado internacional sobre mudanças climáticas

Assim que tomou posse, na última segunda-feira (20), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto retirando o país do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas. Imediatamente, o porta-voz do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Stephane Dujarric, divulgou uma declaração reconhecendo a relevância do país na liderança de questões ambientais e destacando a importância da continuidade dessa condução por estados e empresas norte-americanas.

Oficialmente, a decisão de Trump ainda não chegou às mãos do depositário do tratado internacional, secretário-geral da ONU, António Guterres, conforme prevê o artigo 28 do próprio Acordo de Paris. “A qualquer momento após três anos da data em que este Acordo entrou em vigor para uma Parte, essa Parte pode se retirar deste Acordo mediante notificação por escrito ao Depositário”, diz o documento.

No caso dos Estados Unidos, os três anos começaram a contar em 4 de novembro de 2016, como para a maioria dos países signatários que aderiram ao tratado ainda em 12 de dezembro de 2015, quando o instrumento foi adotado oficialmente durante a COP21, em Paris. Por essa razão, apesar de Trump anunciar a primeira saída do país, em 2017, o pedido oficial só foi enviado em novembro de 2019, para que tivesse validade.

Da mesma forma, o artigo 28 do Acordo de Paris, também determina que “qualquer retirada entrará em vigor no prazo de um ano a partir da data do recebimento pelo Depositário da notificação de retirada, ou em data posterior conforme especificado na notificação de retirada”. Assim, a decisão só foi efetivada dois meses antes de Trump deixar a Casa Branca em seu primeiro mandato, quase não restando tempo para que o impacto fosse significativo antes do presidente, então eleito, Joe Biden revogar a medida.

Embora tenha manifestado uma série de medidas antiambientalistas antes mesmo de ser reeleito, Trump, como no mandato anterior, anunciou a saída apenas do Acordo de Paris e não da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês), que teria como consequência a saída dos dois tratados.

Para a gerente sênior de ação climática da WRI Brasil, Míriam Garcia, quando a saída dos Estados Unidos for efetivada, o país permanecerá mantendo compromissos globais para enfrentamento da mudança do clima. “Nas diferentes trilhas de negociação, você tem algumas trilhas que são referentes ao Acordo de Paris e a operacionalização do Acordo de Paris, e você tem algumas trilhas que são dadas à questão de orçamento da própria convenção ou de estrutura da convenção. Então, em todas essas esferas, os Estados Unidos ainda continuam”, avalia.

Desta vez, caso o documento seja recebido pela ONU ainda em 2025, o prazo de um ano começará a contar e a decisão terá efeito já no segundo ano de mandato de Trump, em 2026. Na avaliação do especialista em política internacional do Instituto ClimaInfo, Bruno Toledo, além dessa nova saída dos EUA do tratado ter maior duração, a medida também ocorre hoje em outro contexto. “Lá em 2017, era a recém-aprovação do Acordo de Paris, apenas dois anos depois de 2015. Então, de uma certa maneira, digamos que o humor público era muito mais otimista por conta daquele sucesso”, destaca.

Ameaça

Passados dez anos, Toledo considera que houve um desgaste no engajamento das partes do tratado, por não alcançarem consenso para implementação de medidas que garantam a diminuição das emissões dos gases do efeito estufa, e consequente contenção do aumento da temperatura do planeta. “Em 2017, você ainda tinha um otimismo por conta da experiência de Paris e hoje é muito mais frustração. Então, esse é um risco que a gente não tinha lá atrás. O quanto que essa frustração pode contaminar não apenas países, mas também observadores.”, diz.

Por outro lado, Bruno destaca que tratados multilaterais como o Acordo de Paris ainda são a principal forma de avançar na construção de políticas de enfrentamento às urgências globais, como a mudança do clima. “É o único tratado internacional que nós temos, nos quais praticamente todos os governos do mundo se comprometem com metas de redução de emissões de gás de efeito estufa”, ressalta.

Miriam diz que é preciso lembrar que o Acordo de Paris é resultado de um longo processo de construção de consenso para uma arquitetura intergovernamental que viabilize ações que façam frente aos desafios impostos pela mudança do clima. “É através desse olhar de fortalecimento do multilateralismo e das diferentes ferramentas que existem sob o guarda-chuva do Acordo de Paris que nós vamos conseguir atingir as metas de mitigação e de adaptação.”

Para a especialista, essas metas são dinâmicas e acompanham a volatilidade da geopolítica, mas não devem servir de questionamento de mecanismos multilaterais como o Acordo de Paris. “Precisamos olhar o acordo como um instrumento que garante a participação de todos os países, porque cada país ali tem um voto dos signatários do Acordo de Paris. E buscar nesse espaço multilateral as reformas necessárias para que ele possa continuar respondendo aos desafios que só vão aumentando.”

Acordo de Paris

O Acordo de Paris é uma das ferramentas da UNFCCC, que foi o primeiro tratado multilateral sobre o tema assinado pelos países na Eco92, no Rio de Janeiro. “O Acordo de Paris é como se fosse um sub acordo, porque ele está dentro de um guarda-chuva maior, que é o da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima”, explica Bruno Toledo.

O especialista recorda que, após a criação desse primeiro tratado, em 1997, houve a criação do Protocolo de Kyoto, que foi a primeira ferramenta desenhada para reduzir as emissões globais.

“No Protocolo de Kyoto, apenas os países desenvolvidos, aqueles industrializados, que tinham compromissos de redução de emissões de gases de efeito estufa, mas infelizmente, por conta de questões políticas, logo em seguida os Estados Unidos, que era parte do protocolo, sai, durante o governo do George W. Bush em 2001, e nisso o tratado acaba perdendo bastante força.”

O protocolo também não alcançava grandes emissores, classificados como países ainda em desenvolvimento. “A China nos anos 90 não estava entre os grandes emissores de gases de efeito estufa, mas toda aquela explosão de crescimento econômico que eles tiveram entre o final dos anos 90 e a segunda metade dos anos 2000 colocaram os chineses como um dos principais emissores do planeta”, recorda.

Metas

Divergências e tensões políticas entre a China e os Estados Unidos, em 2009, no contexto da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP15) em Copenhague (Dinamarca), travaram um novo acordo. E somente em 2015, as negociações resultaram no Acordo de Paris.

O tratado reúne em 29 artigos os objetivos, regras e metodologias para alcançar as metas de manter o aumento da temperatura média global bem abaixo de 2°C em relação aos níveis pré-industriais, aumentar a capacidade de adaptação aos impactos negativos da mudança do clima e tornar os fluxos financeiros compatíveis com uma trajetória rumo a um desenvolvimento de baixa emissão de gases de efeito estufa e resiliente à mudança do clima.

Também prevê avaliações periódicas, como no artigo 14, que estabelece a elaboração de um Balanço Global para “avaliar o progresso coletivo em direção ao objetivo do Acordo e suas metas de longo prazo”. O primeiro documento foi entregue em Dubai, durante a COP28, em 2023.

Entre as avaliações, estão as estimativas para os esforços globais de mitigação das emissões, o avanço da capacidade de adaptação e os meios de implementação, como financiamento, por exemplo.

Diante dos primeiros resultados, os países partes do Acordo de Paris, terão até fevereiro de 2025 para a entrega da terceira geração da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC na sigla em inglês), que define as ambições para a redução de emissões de gases do efeito estufa. O Brasil se antecipou ao prazo, e assumiu o compromisso de diminuir o problema em seu território de 59% até 67%, em 2035.

Para a gerente da WRI Brasil, um bom termômetro para avaliar o engajamento dos países será as ambições apresentadas até a COP30, no Brasil, em novembro.

“Há uma expectativa de que uma boa parte dessas NDCs venham até setembro. E é mais importante ter boas NDCs do que ambições que não estejam tão boas no prazo. Então, é trabalhar para que a gente possa ver retratado nos compromissos que os países colocam para a comunidade internacional uma maior escala das ações de mitigação, um maior reconhecimento sobre a importância de adaptação e o papel do financiamento que cada um desses países colocará”, conclui.

Foto: Pixabay/Pexels/Ilustração

Da Agência Brasil

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Brasileiros deportados dos EUA são resgatados pela FAB

Brasileiros deportados dos EUA são resgatados pela FAB

Governo brasileiro intervém após tentativa de algemamento durante voo de deportação

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, comunicou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma tentativa das autoridades norte-americanas de manter cidadãos brasileiros algemados durante um voo de deportação. O caso foi informado pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, após o incidente.

O voo com destino ao Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte, realizou um pouso de emergência na noite de sexta-feira (24.jan.2025) no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus (AM), devido a problemas técnicos.

No local, a Polícia Federal recebeu os brasileiros e interveio para que as autoridades dos Estados Unidos retirassem imediatamente as algemas. Segundo o ministro Lewandowski, a prática violava os direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros.

Mobilização da Força Aérea Brasileira

Após ser informado da situação, o presidente Lula ordenou que uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) fosse utilizada para transportar os brasileiros até o destino final em Belo Horizonte. A medida garantiu que os cidadãos pudessem concluir a viagem de forma segura e digna.

Assistência em Manaus

Enquanto aguardavam a aeronave da FAB, os deportados foram acolhidos em uma área restrita do aeroporto de Manaus. De acordo com a Polícia Federal, os cidadãos receberam:

  • Alimentação e bebidas;
  • Colchões para descanso;
  • Banheiros equipados com chuveiros.

Transporte e proteção até Belo Horizonte

No sábado (25), a aeronave da FAB foi mobilizada para o transporte dos brasileiros. A viagem será acompanhada por militares da FAB e agentes da Polícia Federal, garantindo segurança e proteção aos passageiros até a chegada ao Aeroporto Internacional de Confins.

Foto: Antonio Lima/ Governo do Amazonas

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Turistas estrangeiros gastam US$ 7,3 bi em 2024, recorde em 15 anos

Turistas estrangeiros gastam US$ 7,3 bi em 2024, recorde em 15 anos

Segundo Ministério do Turismo, tax free estimulará gastos no país

Estimulados pela recuperação das viagens internacionais no pós-pandemia e pela desvalorização do real, os turistas estrangeiros gastaram US$ 7,341 bilhões no Brasil em 2024, divulgou nesta sexta-feira (24) o Banco Central (BC). O valor é o maior em 15 anos, superando inclusive os gastos de 2014, ano de Copa do Mundo no Brasil, quando os turistas de outros países gastaram US$ 6,914 bilhões.

Em relação a 2023, os gastos de turistas estrangeiros no país subiram 6,28%. Há dois anos, os visitantes de outros países tinham desembolsado US$ 6,907 bilhões. O avanço pode ser explicado pelo número de turistas do exterior, que saltou 12,6% no ano passado e totalizou 6,65 milhões em 2023.

Na comparação de receitas trazidas ao país, os gastos de turistas internacionais em 2024 superaram as exportações de algodão (US$ 5,154 bilhões), de aeronaves (US$ 4,4 bilhões) e de minérios de cobre (US$ 4,16 bilhões).

Apenas em dezembro, os turistas estrangeiros desembolsaram US$ 721 milhões no Brasil, alta de 16% em relação ao mesmo mês de 2023, quando eles tinham deixado US$ 622 milhões no país.

Segundo o Ministério do Turismo, o resultado de 2024 aproxima o Brasil das metas do Plano Nacional de Turismo, que prevê que o país chegue ao fim de 2027 com 8,1 milhões de turistas estrangeiros e US$ 8,1 bilhões em divisas por ano. Em nota, o ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou que o aumento da entrada de visitantes estrangeiros criará mais empregos e impulsionará a economia brasileira.

“A chegada de visitantes estrangeiros ao Brasil não apenas movimenta nossa economia, mas também reafirma a força e a beleza do nosso país como um destino desejado no cenário global. Esses recursos são um reflexo do potencial do turismo em gerar empregos, fortalecer comunidades e promover desenvolvimento. Estamos prontos para receber o mundo de braços abertos, com a hospitalidade que só o Brasil sabe oferecer”, declarou o ministro.

Tax free

Uma das apostas do governo para elevar o número de turistas estrangeiros no país é a regulamentação da reforma tributária. Sancionada no último dia 16, a lei complementar institui o programa Tax Free, por meio do qual visitantes de outros países poderão pedir o reembolso de impostos sobre produtos comprados no Brasil e embarcados na bagagem. Esse sistema existe em diversos países, quando o valor total das mercadorias ultrapassa determinado valor.

Para o ministro do Turismo, o Tax Free não apenas estimula o turismo internacional, mas fortalece a economia local. “O Brasil, o Governo Federal e o Congresso deram um grande passo para o crescimento do turismo nacional. Oferecer no Brasil o programa Tax Free para visitantes internacionais significa fortalecer a competitividade dos nossos destinos. Isso representa mais receitas entrando em nossa economia, ampliando a geração de renda e emprego”, disse Celso Sabino por meio de nota.

Foto: GRU Internacional/Via Ministério do Turismo / Roberto Castro/Mtur

Da Agência Brasil

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Trump diz que não tem certeza se os EUA devem gastar com a Otan

Trump diz que não tem certeza se os EUA devem gastar com a Otan

“Estamos protegendo-os. Eles não estão nos protegendo”, afirmou

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, disse nessa quinta-feira (23) que não tem certeza se o país deve gastar algo com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Os norte-americanos protegiam os membros da Otan, mas eles “não estavam nos protegendo”, afirmou Trump.

Anteriormente, o presidente norte-americano exigiu que outros membros da aliança transatlântica gastassem 5% de seu Produto Interno Bruto (PIB) em defesa — um aumento expressivo em relação à meta atual de 2% e um nível que nenhum país da Otan, incluindo os Estados Unidos, atinge atualmente.

“Não sei se deveríamos estar gastando alguma coisa, mas certamente deveríamos estar ajudando-os”, disse Trump a jornalistas após assinar um decreto no Salão Oval. “Estamos protegendo-os. Eles não estão nos protegendo.”

“Eles deveriam aumentar seus 2% para 5%”, disse, repetindo suas observações já feitas no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

Foto: @WhiteHouse / Via Fotos Públicas

Da Agência Brasil

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Juiz federal bloqueia decreto de Donald Trump sobre cidadania nos EUA

Juiz federal bloqueia decreto de Donald Trump sobre cidadania nos EUA

Decisão considera o decreto inconstitucional e impede sua aplicação

Um juiz federal de Seattle bloqueou temporariamente, nesta quinta-feira (23.jan.2025), um decreto do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que visava restringir a cidadania por direito de nascença no país. A decisão foi tomada pelo juiz distrital John Coughenour, que classificou o decreto como “flagrantemente inconstitucional”.

A ordem foi emitida após uma ação conjunta de quatro estados liderados por governadores democratas e suspende a aplicação do decreto assinado no dia 20, durante o primeiro dia de mandato de Trump.

Detalhes da decisão

O juiz Coughenour destacou que o decreto representa uma violação clara à Constituição dos Estados Unidos. A declaração foi feita durante a audiência com um representante do Departamento de Justiça, que defendeu a validade da medida.

O decreto, que buscava limitar a concessão automática de cidadania a filhos de estrangeiros nascidos no território americano, gerou reações imediatas de grupos de direitos civis e procuradores-gerais de 22 estados norte-americanos.

Contexto e ações judiciais

O decreto foi alvo de cinco ações judiciais, movidas por organizações de direitos civis e lideranças democratas. Segundo essas entidades, a medida contraria diretamente a 14ª Emenda da Constituição dos EUA, que garante a cidadania a todas as pessoas nascidas no país, independentemente da nacionalidade ou status imigratório de seus pais.

Procuradores-gerais de diversos estados argumentaram que a aplicação do decreto teria impactos severos sobre milhões de pessoas e poderia gerar discriminação generalizada contra imigrantes e seus descendentes.

Reação dos estados e grupos civis

Os estados que lideraram a ação judicial em Seattle afirmaram que a medida de Trump colocaria em risco os direitos fundamentais de milhares de crianças e famílias. Representantes desses estados defenderam que o decreto não possui embasamento legal e que sua implementação seria prejudicial ao sistema jurídico e social do país.

Além disso, grupos de direitos civis enfatizaram que o decreto violaria direitos estabelecidos há décadas e alertaram sobre possíveis consequências para o acesso a serviços públicos e benefícios sociais por parte de cidadãos norte-americanos.

O que diz a Constituição

A questão da cidadania por direito de nascença é garantida pela 14ª Emenda da Constituição dos EUA, que estabelece:

“Todas as pessoas nascidas ou naturalizadas nos Estados Unidos, e sujeitas à jurisdição destes, são cidadãos dos Estados Unidos e do estado onde residem.”

Especialistas jurídicos apontam que qualquer alteração nesse princípio exigiria uma emenda constitucional, um processo complexo e demorado, que não pode ser realizado por meio de decreto presidencial.

Próximos passos

Com a decisão judicial, a aplicação do decreto ficará suspensa enquanto as ações judiciais avançam nos tribunais. A administração de Donald Trump pode recorrer da decisão em instâncias superiores, incluindo a Suprema Corte dos Estados Unidos.

Os desdobramentos do caso serão acompanhados de perto, já que a medida tem implicações amplas sobre a política de imigração e os direitos constitucionais no país.

Foto: GPO/Fotos Públicas

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Trump pode diminuir influência dos EUA no mundo, avaliam especialistas

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Brasil pode ser impactado por deportações brasileiros

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, encerrou seu discurso de posse no Capitólio, em Washington, nesta segunda-feira (20) afirmando que o futuro pertence aos norte-americanos e que uma “era de ouro acaba de começar.”

Antes disso, ele disse que “a América, mais uma vez, vai tomar o lugar de a nação mais respeitada e poderosa da Terra.” Confiante, também garantiu que “nos Estados Unidos, o impossível é o que fazemos de melhor.”

Para o cientista político e sócio da Consultoria Tendências Rafael Cortez, a fala do novo presidente pode ser classificada como o velho “estilo verborrágico, sempre muito exagerado sobre os seus feitos e sobre o que ele significa na história americana.”

“O imaginário de liderança que o Trump personifica é um imaginário de vencedor. Ele precisa ser percebido como um líder que vence as disputas”, avalia Cortez.

A empolgação da fala de Donald Trump, no entanto, contrasta com análises que percebem a diminuição da importância econômica, cultural e militar dos norte-americanos nos últimos anos.

Para esses analistas, “os Estados Unidos não conseguem mais sozinhos resolver o problema do Oriente Médio, por isso que eles querem sair. Não estão mais na estratégia de derrubar regimes diretamente, porque isso se mostrou fracassado. Por isso que o Trump vai tentar um plano B para saída na Ucrânia”, descreve Cortez.

Fim da liderança

Nesse sentido, a verborragia de Trump poderá causar frustrações. Para o professor Antonio Jorge Rocha, do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), as promessas de apogeu de Trump não serão cumpridas.

Ao contrário, haverá uma “aceleração do fim da liderança americana”. Na visão do acadêmico, “os Estados Unidos sairão desses quatro anos menos poderosos do que estão hoje.”

“Ele tem um pensamento do século 19”, acrescenta Rocha se referindo à política de impor mais tarifas a mercadorias e bens importados.

“As tarifas incidem sobre produtos, que hoje não são a parte mais valiosa das transações internacionais. Há muito mais dinheiro sendo transacionado em serviços, principalmente em finanças. Então o impacto de tarifas sobre essa relação é menor do que foi no passado.”

O professor ainda assinala que “o mundo não é mais o do mercantilismo, a economia não é mais a industrial. Nós estamos falando da economia da informação, onde serviços prevalecem. Como é que essa visão de mundo anacrônica vai produzir resultados nesse novo mundo é o grande mistério.”

Outro sinal de anacronismo no discurso de Trump estaria na intenção de “acabar com a ideia mandatória dos carros elétricos” – tecnologia mais sustentável do que o combustível fóssil e dominada pela China – e na promessa de perfurar poços de petróleo, dentro e fora dos EUA, para “a maior quantidade de petróleo e gás do que qualquer país na Terra.”

De acordo com Rafael Cortez, o estímulo à indústria petroleira, com desregulamentação ambiental, é aumentar a produção de energia que pressiona a inflação.

“Me parece que o que o Trump quer fazer é buscar reduzir o componente da energia dentro da inflação para, de alguma maneira, compensar os efeitos possíveis inflacionários do protecionismo comercial.”

Na opinião de Antonio Jorge Rocha, a demanda por mais combustível poderá ter um aspecto positivo. “Talvez favoreça, por exemplo, a redução das tensões aqui com a Venezuela. [A multinacional] Chevron [de capital norte-americano] já está de corpo e alma na Guiana e já na Venezuela também. Eu aposto que vai prevalecer o interesse econômico nesse caso.”

Rafael Cortez acrescenta que além da atuação americana na Venezuela, o Brasil poderá ser impacto com a política de deportações de imigrantes brasileiros que estejam irregulares e também com aumento de juros nos Estados Unidos para conter a inflação, o que pode resultar no crescimento das taxas de juros cobradas nos países emergentes como o Brasil e consequentemente pressionar o câmbio.

Foto: GPO/Fotos Públicas

Da Agência Brasil

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Trump reitera combate à imigração ilegal e fala em "era de ouro"

Trump reitera combate à imigração ilegal e fala em “era de ouro”

Retomada do Canal do Panamá e combate à imigração são confirmados

Em um discurso de cerca de 30 minutos, Donald Trump fez nesta segunda-feira (20) seu primeiro discurso como novo presidente dos Estados Unidos. Ele reafirmou a intenção de retomar o Canal do Panamá e de combater a migração ilegal no país, em especial a partir da fronteira com o México. O Golfo do México, reiterou Trump, passará a se chamar Golfo da América.

O presidente afirmou que declarará emergência nacional de energia, de forma a retomar, em larga escala, a produção de fontes não sustentáveis, em especial petróleo e gás, para garantir as reservas estratégicas do país, bem como a disponibilização de energia para as indústrias norte-americanas. E prometeu também revogar obrigações de cunho ambientalista em favor de veículos elétricos, de forma a manter o compromisso com as montadoras de veículos com motores à combustão.

Trump voltou a afirmar que, para proteger os trabalhadores americanos, pretende tributar produtos com origem em outros países. Reiterou alguns de seus posicionamentos contrários à chamada ideologia de gênero, dizendo que “há apenas dois gêneros: o masculino e o feminino”, e que porá “fim à política de tentar fazer engenharia social da raça e do gênero, promovendo uma sociedade que será baseada no mérito, sem enxergar a cor”.

Imigração ilegal

“Toda entrada ilegal será imediatamente impedida, e iniciaremos processo de devolução de milhões de imigrantes ilegais a seu país de origem. Restabeleceremos a política do ‘fique no México’ e porei em prática a lei de prender e deportar. Tropas serão enviadas para o sul para dificultar a entrada em nosso país. Além disso, vou designar os cartéis [de drogas] como organizações terroristas internacionais”, discursou o presidente, que, pela segunda vez, assume a Casa Branca.

Trump acrescentou que vai retomar uma legislação de 1708 sobre imigrantes, pela qual seu governo poderá utilizar todas forças de segurança pública para “eliminar gangues” que praticam crimes em cidades e bairros norte-americanos. “Como comandante chefe, não há responsabilidade maior do que defender nosso país de ameaças e invasões. Farei isso em um nível nunca antes visto em nosso país”, disse ele, ao afirmar que, em breve, alterará o nome do Golfo do México para Golfo da América.

Poderosa e respeitada

O novo presidente disse que fará os Estados Unidos retornarem a seu lugar como a nação mais poderosa e respeitada do mundo. “Teremos a maior força armada que o mundo já viu”, afirmou.

Tump lembrou que o Canal do Panamá foi uma obra americana cedida àquele país, ao custo de 38 mil vidas perdidas durante sua construção. “Depois disso, fomos tratados de forma cruel, após oferecermos esse presente que jamais deveria ser dado. O espírito desse presente foi totalmente violado, com sobretaxas aos navios americanos. Não fomos tratados de forma justa, sobretudo pela China, que opera o canal. Por isso, vamos tomá-lo de volta”, prometeu.

“Minha mensagem hoje é de que é hora, mais uma vez, de agirmos com coragem, vigor e com a vitalidade das maiores nações da história”, complementou.

Energia

Trump anunciou que, ainda nesta segunda-feira, vai declarar emergência nacional da energia, com o objetivo de diminuir preços e ajudar setores industriais do país, além de recompor as reservas estratégicas de petróleo.

“Seremos mais uma vez um país industrial, com maior quantidade de petróleo e gás do que qualquer outro país. Diminuiremos os preços e preencheremos novamente nossas reservas estratégicas. E exportaremos nossa energia. Seremos novamente uma nação rica com o ouro negro que está sob nossos pés”, disse.

“E vamos pôr fim a acordos verdes. Vamos revogar as obrigações sobre veículos elétricos, salvando nossa indústria automotiva e mantendo compromisso com nossas montadoras”, acrescentou.

O presidente prometeu fazer, em breve, uma reforma do sistema de comércio “para proteger os trabalhadores e as famílias americanas. Por isso, em vez de tributar nossos cidadãos, estabeleceremos tarifas para outros países.”

Era de ouro

“A era de ouro dos Estados Unidos começa agora. Daqui em diante, nosso país florescerá e será respeitado. Seremos invejados por todo mundo, e não permitiremos que ninguém tire vantagem da gente. Colocarei a América em primeiro lugar”, afirmou.

Segundo Trump, os EUA enfrentam uma crise de confiança “após um establishment corrupto e radical, onde os pilares foram rompidos, dificultando o enfrentamento de crises simples”, em referência a problemas como o incêndio que assolou Los Angeles. Criticou também o sistema de saúde que não atuou de forma satisfatória em situações de desastre e o sistema de educação “que faz nossos alunos odiarem nosso país”.

“Mas tudo mudará rapidamente a partir de hoje”, afirmou Trump. “Minha vida foi salva para tornar a América grande novamente”, acrescentou, ao lembrar o atentado de que foi vítima durante a campanha eleitoral.

No discurso de posse, Donald Trump também reiterou a defesa da liberdade de expressão, algo que, segundo ele, foi colocado em risco pelo governo anterior.

Foto: GPO/Fotos Públicas

Da Agência Brasil

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Donald Trump inicia segundo mandato como presidente dos EUA

Donald Trump inicia segundo mandato como presidente dos EUA

Cerimônia ocorre sob frio intenso e inclui mudanças na programação oficial

Nesta segunda-feira (20.jan.2025), Donald Trump toma posse como presidente dos Estados Unidos pela segunda vez, sucedendo Joe Biden. A cerimônia, marcada por alterações devido ao frio intenso em Washington D.C., será realizada em um local fechado, com o desfile oficial transferido para uma arena esportiva.

O discurso de posse, solicitado por Trump para ocorrer na Rotunda do Capitólio, é aguardado como uma prévia das ações do novo governo, incluindo políticas internas e internacionais.

Alterações na cerimônia devido ao clima

Por conta das baixas temperaturas que afetam Washington, a cerimônia de posse, inicialmente prevista para ocorrer ao ar livre, foi adaptada para um ambiente fechado.

Programação oficial:

8h (horário de Brasília): Abertura oficial da posse.
11h30: Apresentações musicais e discurso de posse na Rotunda do Capitólio.

O evento ocorre em um contexto marcado por segurança reforçada e pelo impacto de decisões controversas anunciadas durante a campanha eleitoral.

Polêmicas e declarações de Trump

Nas semanas que antecederam a posse, Trump gerou controvérsias com declarações sobre possíveis ações internacionais, como controle da Groenlândia, do Canal do Panamá e a transformação do Canadá em um estado americano.

Além disso, durante sua campanha, Trump foi alvo de uma tentativa de assassinato em Butler, Pensilvânia, em que sofreu um tiro de raspão. O incidente intensificou medidas de segurança ao longo de sua campanha e nos eventos que antecederam sua posse.

Operações de imigração em destaque

O novo governo já está avaliando a realização de operações de deportação em Chicago e outras cidades, como Nova York e Miami, segundo informações de fontes oficiais.

Principais pontos sobre as operações de imigração:

Ações conduzidas pela Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) devem iniciar em Chicago, com cerca de 200 agentes envolvidos.
Outras cidades também foram mencionadas, incluindo Nova York e Miami.
Vazamentos sobre os planos podem levar a ajustes nas ações, segundo Tom Homan, representante do novo governo.

As medidas são amplamente discutidas por autoridades e defensores de direitos humanos, que monitoram os desdobramentos.

Comunidade de criptomoedas celebra posse

Na sexta-feira (17), executivos de empresas de criptomoedas participaram de um evento em celebração à posse de Trump, realizado no Andrew W. Mellon Auditorium, em Washington.

Empresas como Crypto.com, Kraken e Exodus estiveram presentes, marcando a expectativa por mudanças significativas nas políticas relacionadas ao setor.

Expectativas para o segundo mandato

O discurso de posse de Donald Trump, aliado a suas declarações recentes, sinaliza mudanças em diversas áreas, incluindo política internacional, controle imigratório e regulação de mercados financeiros.

A posse oficializa a volta de Trump à presidência dos EUA, marcando o início de um novo ciclo político.

Foto: RS/Fotos Públicas

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Deputado do RN participa da posse de Donald Trump nos EUA

Deputado do RN participa da posse de Donald Trump nos EUA

Sargento Gonçalves integra comitiva brasileira na cerimônia do aliado político

Nesta segunda-feira (20.jan.2025), Donald Trump será empossado como presidente dos Estados Unidos em cerimônia que contará com a presença de políticos brasileiros, incluindo o deputado federal Sargento Gonçalves (PL-RN). O evento também terá a participação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), representantes da família do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros parlamentares.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não participará da posse, sendo representado pela embaixadora Maria Luiza Viotti, que atua em Washington.

Participação de políticos brasileiros na cerimônia

Ao todo, 19 deputados federais e um senador confirmaram presença na cerimônia de posse, incluindo o deputado Sargento Gonçalves, do Rio Grande do Norte. Nenhum dos parlamentares está representando oficialmente o Poder Legislativo brasileiro, o que significa que todos os custos de viagem foram arcados por conta própria.

Entre os nomes confirmados estão:

  • Adilson Barroso (PL-SP)
  • Bia Kicis (PL-DF)
  • Cabo Gilberto Silva (PL-PB)
  • Capitão Alden (PL-BA)
  • Carla Zambelli (PL-SP)
  • Coronel Chrisóstomo (PL-RO)
  • Coronel Fernanda (PL-MT)
  • Coronel Ulysses (União Brasil-AC)
  • Eduardo Bolsonaro (PL-SP)
  • Jorge Seif (PL-SC)
  • Sargento Gonçalves (PL-RN)
  • Outros representantes de partidos como Novo, Podemos e Republicanos.

Família Bolsonaro e aliados marcam presença

Michelle Bolsonaro, esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro, também estará presente na cerimônia. Bolsonaro, no entanto, não comparecerá por estar com o passaporte retido devido às investigações sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Eduardo Bolsonaro, que já está em Washington, teve encontros com figuras políticas e líderes conservadores, incluindo o presidente argentino Javier Milei, Steve Bannon e Donald Trump Jr.

Evento com ampla repercussão

A posse de Donald Trump atraiu interesse de políticos conservadores de diversos países, incluindo o Brasil. O evento será acompanhado de perto por autoridades e lideranças latino-americanas, reforçando os laços entre aliados políticos do ex-presidente americano e seus apoiadores no Brasil.

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados / Reprodução/Redes Sociais

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Israel e Hamas realizam troca de prisioneiros em meio à trégua

Israel e Hamas realizam troca de prisioneiros em meio à trégua

Troca de prisioneiros marca cessar-fogo; Israel liberta 90 palestinos após libertação de três reféns israelenses

Poucas horas após o Hamas libertar três reféns israelenses, Israel liberou nesta segunda-feira (20.jan.2025) um total de 90 detidos palestinos. A troca ocorreu no contexto do cessar-fogo iniciado no domingo (19.jan) na Faixa de Gaza, após mais de 15 meses de conflito.

Os 90 prisioneiros palestinos libertados por Israel incluem, principalmente, mulheres e crianças. A Autoridade Prisional de Israel confirmou que os detidos foram liberados das prisões militares de Ofer, na Cisjordânia, e de um centro de detenção em Jerusalém.

Pontos principais:

  • Prisioneiros libertados: 90 pessoas, incluindo mulheres e crianças.
  • Prisão de origem: Prisão de Ofer e centro de detenção em Jerusalém.
  • Recepção: Em Beitunia, próximo a Ramallah, centenas de pessoas acompanharam a chegada dos detidos, agitando bandeiras palestinas.

Reféns israelenses libertados

Na mesma operação, três reféns israelenses foram libertados pelo Hamas e entregues ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

Identidades das reféns:

  • Emily Damari, britânica-israelense, 28 anos.
  • Doron Steinbrecher, romena-israelense, 31 anos.
  • Romi Gonen, israelense, 24 anos.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que as reféns enfrentaram condições extremas durante os 471 dias de cativeiro. As três mulheres estão em estado estável e receberam atendimento no hospital Sheba, próximo a Tel Aviv.

Trégua e expectativas de paz

O cessar-fogo, mediado por Catar, Estados Unidos e Egito, entrou em vigor no domingo (19), após atraso devido a questões logísticas. A trégua prevê:

  • Liberação de reféns: 33 israelenses em seis semanas.
  • Libertação de prisioneiros palestinos: Aproximadamente 1.900 pessoas no mesmo período.

Embora o acordo traga esperanças de uma solução pacífica, líderes de ambos os lados mantêm postura cautelosa. Benjamin Netanyahu declarou que Israel pode retomar as operações militares se necessário, enquanto o Hamas destacou que o cessar-fogo depende do cumprimento de compromissos por parte de Israel.

Impacto do conflito em Gaza

Com a trégua, milhares de palestinos deslocados tentaram retornar às suas casas na Faixa de Gaza. No entanto, muitos enfrentaram dificuldades devido à destruição generalizada.

Uma deslocada de guerra relatou à AFP que não conseguiu localizar sua residência, destacando a escala da devastação causada pelos bombardeios.

Foto: RS/Fotos Públicas / GPO/Fotos Públicas

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Palestinos começam a retornar para uma Gaza devastada

Palestinos começam a retornar para uma Gaza devastada

Maioria dos civis ficou desalojada durante os 15 meses de guerra

Depois do início do cessar-fogo entre Israel e o Hamas e da libertação de três reféns israelenses, milhares de palestinos retornam para a Faixa de Gaza. Com barracas, a pé, em caminhões e mesmo em carroças puxadas por burros, os refugiados chegam especialmente às áreas do norte do território palestino, passando por áreas totalmente devastadas.

Os primeiros caminhões com ajuda humanitária entraram em Gaza poucos minutos após o início do cessar-fogo, afirmou um responsável da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Territórios Palestinianos na rede social X.

“Não esperávamos tanta destruição. Estávamos construindo nossa casa há 20 anos, e foi destruída em um momento”, disse um homem à AFP, em Rafah. A maioria dos civis na Faixa de Gaza ficou desalojada durante os 15 meses de bombardeio israelense com o objetivo de eliminar os militantes do Hamas que atacaram Israel em 7 de outubro de 2023.

A primeira trégua no conflito entre Israel e o Hamas começou neste domingo (19), três horas depois do previsto. O governo de Benjamin Netanyahu afirmou que só começaria o cessar-fogo após o grupo extremista entregasse uma lista com os nomes dos reféns que seriam libertados. Durante esse período, Israel fez um novo bombardeio, que deixou ao menos 17 mortos.

O Hamas atribuiu o atraso a problemas técnicos e divulgou uma lista com três mulheres civis, que foram libertadas por volta das 11h (horário de Brasília) de hoje. São elas: Romi Gonen, 24, Doron Streinbrecher, 31, e Emily Damari, 28, que tem dupla cidadania, israelense e britânica.

Agora, pelos termos do acordo, os israelenses devem soltar 90 prisioneiros palestinos, algumas crianças e mulheres. Um alto responsável do Hamas indicou neste domingo que a próxima libertação de reféns israelenses mantidos em cativeiro em Gaza vai decorrer “no próximo sábado”, em declarações à agência de notícias francesa, AFP, tendo pedido anonimato.

Desde o início do conflito, 46.788 pessoas morreram na Faixa de Gaza em 15 meses de guerra, segundo o Ministério da Saúde do território palestino. A guerra começou em 7 de outubro de 2023, após o Hamas lançar um ataque contra Israel que deixou mais de 1,2 mil mortos, além de 251 sequestrados como reféns.

Israel

Em Israel, centenas de israelenses se reuniram na Praça dos Reféns, em Tel Aviv. Alguns aplaudiam e outros choravam, enquanto uma tela gigante transmitia a primeira visão dos três primeiros reféns a serem libertados sob o acordo de cessar-fogo em Gaza.

O exército israelense compartilhou um vídeo mostrando suas famílias reunidas no que parecia ser uma instalação militar, chorando de emoção enquanto assistiam às imagens da entrega das reféns às forças israelenses em Gaza, antes de serem trazidas de volta a Israel.

“Seu retorno hoje representa um farol de luz na escuridão, um momento de esperança e triunfo do espírito humano”, disse o Fórum de Famílias de Reféns e Desaparecidos, um grupo que representa algumas famílias de reféns.

Olaf Scholz e Macron

O chanceler alemão, Olaf Scholz, e o presidente francês, Emmanuel Macron, apelaram hoje pelo cumprimento do acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas e para a coexistência pacífica entre o Estado palestino e o israelense.

Biden

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, saudou o cessar-fogo em Gaza, apontando que o acordo que propôs em maio se materializou e que deixa uma “região fundamentalmente transformada”.

Conselho Europeu

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, disse que é com “alívio” que vê os primeiros reféns israelenses serem libertados e defende que “a paz é o único caminho a seguir”.

Foto: RS/Fotos Públicas

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Trump anuncia retomada do TikTok com nova ordem executiva

Trump anuncia retomada do TikTok com nova ordem executiva

Presidente eleito propõe 50% de propriedade americana no aplicativo

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que planeja reverter a suspensão do TikTok no país após sua posse, marcada para esta segunda-feira (20). A retomada do aplicativo será condicionada à criação de uma joint venture com pelo menos 50% de participação de investidores norte-americanos.

Proibição e riscos à segurança nacional

O TikTok, que reúne 170 milhões de usuários nos EUA, foi desativado no sábado (18.jan.2025), em cumprimento a uma legislação que proíbe sua operação por motivos de segurança nacional. As autoridades americanas apontaram que, sob controle da empresa chinesa ByteDance, haveria risco de uso inadequado dos dados de cidadãos norte-americanos.

A proibição entrou oficialmente em vigor neste domingo (19.jan), mas Trump sinalizou que pretende estender o prazo para que um acordo seja viabilizado.

Condições impostas pelo governo Trump

De acordo com Trump, a nova proposta inclui:

  • Joint venture com investidores americanos: Pelo menos 50% do controle acionário deve estar nas mãos de empresas ou indivíduos dos Estados Unidos.
  • Proteção de dados: Garantias de que as informações dos usuários norte-americanos sejam armazenadas e protegidas em território nacional.

“Queremos salvar o TikTok, mantê-lo em boas mãos e permitir que ele continue a crescer”, escreveu Trump na rede social Truth Social.

Apoio do novo conselheiro de segurança nacional

Mike Waltz, conselheiro de segurança nacional designado por Trump, também abordou a possibilidade de o TikTok continuar sob propriedade chinesa, desde que medidas rigorosas sejam implementadas para proteger os dados dos usuários. A declaração foi dada em entrevista à CNN neste domingo (19).

Promessa de adiamento de 90 dias

Trump também indicou, no sábado (18), que concederá ao TikTok um adiamento de 90 dias na proibição, permitindo negociações que garantam a segurança nacional. A extensão do prazo foi mencionada pelo próprio aplicativo em um comunicado direcionado aos usuários.

O futuro do TikTok nos Estados Unidos dependerá do cumprimento das condições estabelecidas pelo governo e das negociações entre as partes envolvidas.

Foto: RS/Fotos Públicas

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Israel condiciona cessar-fogo à lista de reféns do Hamas

Israel condiciona cessar-fogo à lista de reféns do Hamas

Netanyahu exige garantias para liberação de 33 reféns na primeira fase do acordo

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste sábado (18.jan.2025) que o país não dará continuidade ao cessar-fogo em Gaza até receber uma lista dos 33 reféns que o Hamas deve libertar na primeira fase do acordo. Segundo Netanyahu, Israel não tolerará violações e poderá retomar os combates caso os termos não sejam cumpridos integralmente.

Pontos principais do acordo de cessar-fogo

  • Data prevista de início: Domingo, 19 de janeiro de 2025
  • Partes envolvidas:
  • Israel
  • Hamas
  • Termos:
  • Libertação de 98 reféns israelenses
  • Troca por cerca de 1.100 prisioneiros palestinos
  • Mediação: Estados Unidos

Declarações de Netanyahu

Netanyahu reforçou que Israel exige a lista dos reféns que serão libertados antes de prosseguir com o acordo. Em comunicado, afirmou:

“Não avançaremos com o acordo até recebermos a lista dos reféns que serão libertados, conforme combinado. Israel não tolerará violações do acordo.”

O primeiro-ministro destacou ainda que Israel se reserva o direito de reiniciar os combates caso o cessar-fogo não seja cumprido em todas as etapas.

Críticas ao acordo

A aprovação do cessar-fogo, oficializada na sexta-feira (17), gerou críticas da ultradireita religiosa em Israel. Os opositores argumentam que cerca de 30 prisioneiros palestinos incluídos na troca cumprem prisão perpétua por assassinatos de judeus, o que representaria riscos à segurança nacional.

Ataques antes do cessar-fogo

Horas antes da implementação do acordo, ataques israelenses a Gaza deixaram 88 mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

Foto: RS/Fotos Públicas

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TikTok enfrenta decisão judicial nos EUA e pode ser banido

TikTok enfrenta decisão judicial nos EUA e pode ser banido

Suprema Corte rejeita recurso e exige venda ou banimento do app

A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou, nesta sexta-feira (17.jan.2025), o recurso do TikTok contra uma lei federal que exige que o aplicativo seja vendido por sua controladora chinesa, a ByteDance, ou seja banido do país até 19 de janeiro. A decisão marca um dos capítulos mais relevantes da tensão entre liberdade de expressão e segurança nacional na era digital.

Liberdade de expressão vs. segurança nacional

A lei, aprovada por ampla maioria no Congresso e sancionada pelo presidente Joe Biden, foi considerada constitucional pela Suprema Corte, que decidiu que ela não viola a proteção da Primeira Emenda, que garante liberdade de expressão.

O governo argumentou que a lei visa combater os riscos de segurança nacional associados ao controle do TikTok pela ByteDance, com sede na China. A advogada do Departamento de Justiça, Elizabeth Prelogar, afirmou que o TikTok representa uma “grave ameaça” à segurança dos Estados Unidos, destacando que a China poderia utilizar os dados do aplicativo para espionagem, recrutamento ou assédio.

Popularidade e influência do TikTok nos EUA

O TikTok é amplamente popular nos Estados Unidos, com cerca de 270 milhões de usuários, representando metade da população do país. O aplicativo se destaca pelo algoritmo que personaliza vídeos curtos conforme os interesses individuais dos usuários, consolidando sua posição como uma das plataformas mais influentes no país.

A ByteDance, no entanto, enfrenta pressão crescente devido à alegação de que a China exige acesso a dados das empresas locais, o que alimenta temores de que informações sensíveis de cidadãos norte-americanos possam ser usadas para fins de influência política ou espionagem.

Contexto político e comercial

A disputa envolvendo o TikTok ocorre em um momento de intensas tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo. A lei que exige a venda ou banimento do aplicativo foi aprovada em abril do ano passado, ainda sob a gestão Biden, mas enfrentará novas dinâmicas com a posse do ex-presidente Donald Trump, que retorna à Casa Branca na próxima segunda-feira.

Trump, que havia tentado proibir o TikTok em seu primeiro mandato, mudou de postura, declarando ter “carinho especial” pelo aplicativo devido ao apoio que recebeu de jovens eleitores em 2024. Apesar disso, muitos aliados republicanos de Trump continuam apoiando a proibição do TikTok.

Possíveis desdobramentos

Com o prazo final se aproximando, o governo Trump sinalizou a possibilidade de manter o TikTok operando temporariamente, caso haja progresso significativo nas negociações para a venda da empresa. Segundo Mike Waltz, conselheiro de segurança nacional do novo governo, medidas estão sendo avaliadas para evitar uma interrupção abrupta das operações do aplicativo nos EUA.

Além disso, o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, destacou a necessidade de mais tempo para encontrar uma solução viável, enquanto o CEO do TikTok, Shou Zi Chew, participará da cerimônia de posse de Trump, reforçando a tentativa de manter diálogo aberto com o novo governo.

Impactos potenciais

A proibição ou venda do TikTok terá impactos significativos sobre usuários, anunciantes, criadores de conteúdo e funcionários do aplicativo. Nos Estados Unidos, o TikTok emprega cerca de 7.000 pessoas e desempenha um papel importante no ecossistema digital. A empresa alega que a decisão judicial coloca em risco os direitos constitucionais não apenas dela própria, mas também de milhões de norte-americanos que utilizam a plataforma.

Conclusão do caso

O TikTok tem até 19 de janeiro para atender às exigências da lei. Caso contrário, o aplicativo poderá ser banido do território norte-americano. A decisão judicial marca um momento decisivo na relação entre tecnologia, política e segurança nacional.

Foto: cottonbro studio / Pexels

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STF nega liberação de passaporte para Bolsonaro viajar para a posse de Trump nos EUA

STF nega liberação de passaporte para Bolsonaro viajar para a posse de Trump nos EUA

Ministro Alexandre de Moraes mantém apreensão de passaporte do ex-presidente

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou nesta sexta-feira (17.jan.2025) o recurso da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro que solicitava autorização para viajar aos Estados Unidos. O pedido incluía a devolução do passaporte, apreendido em fevereiro de 2024.

No recurso, os advogados de Bolsonaro argumentaram que o pedido era pontual, referente apenas à viagem para participar da posse do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entre os dias 17 e 22 de janeiro. O ministro, no entanto, manteve a decisão anterior, citando fundamentos que apontam risco de tentativa de fuga do ex-presidente.

Decisão do STF

Na decisão de quinta-feira (16.jan), Moraes havia destacado que os comportamentos recentes de Bolsonaro indicavam possibilidade de evasão do país para evitar eventuais sanções judiciais.

O e-mail apresentado pela defesa como prova do convite para o evento foi considerado inválido, já que se tratava de um “endereço não identificado” e não continha detalhes sobre a programação oficial. Mesmo assim, o ministro analisou o pedido e optou por indeferi-lo novamente.

PGR também se posicionou contra o pedido

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, já havia manifestado, no dia 15 de janeiro, sua posição contrária à autorização da viagem. Em parecer enviado ao STF, Gonet afirmou que Bolsonaro não demonstrou necessidade indispensável ou interesse público relevante que justificassem a liberação do passaporte.

Apreensão do passaporte

O passaporte do ex-presidente foi apreendido em fevereiro de 2024 no âmbito da Operação Tempus Veritatis, conduzida pela Polícia Federal. A operação investiga a suposta participação de uma organização criminosa em atividades para abolir o Estado Democrático de Direito no Brasil, com o objetivo de manter Bolsonaro no poder.

A defesa do ex-presidente alega que a viagem teria caráter exclusivamente protocolar e nega que haja qualquer intenção de descumprir as determinações judiciais.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil / Tânia Rêgo/Agência Brasil / Lula Marques/Agência Brasil / Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Citando possível fuga, Moraes nega devolver passaporte de Bolsonaro

Citando possível fuga, Moraes nega devolver passaporte de Bolsonaro

Ex-presidente queria comparecer à posse de Donald Trump

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, negou o pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro para viajar aos Estados Unidos para a posse do presidente eleito Donald Trump, na próxima segunda-feira (20).

Em decisão publicada nesta quinta-feira (16), Moraes afirmou que os comportamentos recentes do ex-presidente indicam a possibilidade de tentativa de fuga do Brasil, para evitar uma eventual punição.

Moraes citou falas de Bolsonaro e de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, favoráveis à fuga de pessoas condenadas pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 para a Argentina. Discursos em redes sociais e declarações veiculadas na imprensa foram usados para embasar a decisão.

O ministro citou ainda uma entrevista concedida pelo ex-presidente ao jornal Folha de S.Paulo, em novembro do ano passado, na qual ele “cogitou a possibilidade de evadir-se e solicitar asilo político para evitar eventual responsabilização penal no Brasil”.

Na entrevista citada, Bolsonaro admite pedir refúgio em alguma embaixada para evitar prisão.

“O cenário que fundamentou a imposição de proibição de se ausentar do país, com entrega de passaportes, continua a indicar a possibilidade de tentativa de evasão do indiciado Jair Messias Bolsonaro, para se furtar à aplicação da lei penal, da mesma maneira como vem defendendo a fuga do país e o asilo no exterior para os diversos condenados com trânsito em julgado pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal em casos conexos à presente investigação e relacionados à ‘tentativa de Golpe de Estado e de Abolição violenta do Estado Democrático de Direito’”, afirmou o ministro em sua decisão.

Convite

Na última semana, a defesa de Bolsonaro solicitou que o STF autorizasse a devolução do passaporte, apreendido em fevereiro de 2024, para que ele pudesse viajar aos Estados Unidos entre os dias 17 e 22 de janeiro. O motivo seria acompanhar a posse de Donald Trump, em Washington. Moraes, então, pediu que o convite fosse apresentado, o que não ocorreu.

“Não houve, portanto, o cumprimento da decisão de 11/01/2025, pois não foi juntado aos autos nenhum documento probatório que demonstrasse a existência de convite realizado pelo Presidente eleito dos EUA ao requerente Jair Messias Bolsonaro, conforme alegado pela defesa”, disse Moraes.

Segundo a defesa do ex-presidente, o convite havia sido formalizado em um e-mail enviado a Eduardo Bolsonaro. Mas o e-mail, segundo Moraes, se tratava de um “endereço não identificado” e sem qualquer horário ou programação do evento a ser realizado. Mesmo sem uma comprovação do convite oficial, o ministro analisou o pedido de devolução do passaporte, negando-o.

PGR também foi contra

O procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, já havia se manifestado nessa terça-feira (15) contrário ao pedido da defesa de Bolsonaro. Em parecer enviado ao Supremo, o chefe do Ministério Público Federal (MPF) sustenta que o ex-presidente não demonstrou a necessidade imprescindível nem o interesse público da viagem.

Bolsonaro teve o passaporte apreendido no âmbito da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal (PF), que investiga uma suposta organização criminosa suspeita de atuar para dar um golpe de Estado e abolir Estado Democrático de Direito no Brasil com o objetivo de obter vantagens de natureza política, mantendo o ex-presidente no poder.

Desde então, a defesa do político já tentou reaver o documento em ao menos duas ocasiões, mas teve os pedidos recusados pelo ministro Alexandre de Moraes.

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil / Marcelo Camargo/Agência Brasil / Lula Marques/ Agência Brasil

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Biden retira Cuba da lista de países que patrocinam terrorismo

Biden retira Cuba da lista de países que patrocinam terrorismo

Medida alivia sanções contra ilha caribenha

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, a seis dias de deixar a Casa Branca, retirou Cuba da lista unilateral de países que supostamente patrocinam o terrorismo; suspendeu por 6 meses a possibilidade de processar pessoas que lucram com propriedades expropriadas pela Revolução Cubana e cancelou certas restrições para transações financeiras entre pessoas ou entidades estadunidenses e cubanas.

A decisão pode ser revertida pela nova administração, que assume o governo no próximo dia 20. Mas especialistas avaliam que as medidas, apesar de limitadas, podem aliviar a crise econômica da ilha, que perdeu 10% da sua população de 2022 para 2023, tendo grande parte imigrado para os EUA.

O governo Biden alegou que as mudanças fazem parte de um acordo entre a Igreja Católica, sob liderança do Papa Francisco, e o governo cubando, que levou à libertação de 553 pessoas presas na ilha caribenha. Além disso, Washington alegou que as medidas buscam criar condições que melhorem a subsistência dos cubanos.

“Ao tomar essas medidas para reforçar o diálogo em andamento entre o governo de Cuba e a Igreja Católica, o presidente Biden também está honrando a sabedoria e o conselho que lhe foram fornecidos por muitos líderes mundiais, especialmente na América Latina, que o encorajaram a tomar essas ações, sobre a melhor forma de promover os direitos humanos do povo cubano”, informou a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.

Ao justificar a exclusão de Cuba da lista de terrorismo, Biden afirmou que o governo latino-americano não forneceu qualquer apoio ao terrorismo internacional durante os 6 meses anteriores e que o “governo de Cuba deu garantias de que não apoiará atos de terrorismo internacional no futuro”.

Em uma rede social, o presidente de Cuba, Miguel Diáz-Canel Bermúdez, agradeceu a todos que contribuíram para a decisão, mas destacou que ela tem alcance limitado, porque o bloqueio econômico contra a ilha segue vigente, mas que não desistirá de construir uma relação “civilizada e respeitosa” entre os países.

“É uma decisão na direção certa, embora tardia e com alcance limitado. O bloqueio e a maioria das medidas extremas que foram postas em prática desde 2017 para sufocar a economia cubana e causar escassez para nosso povo continuam em vigor. Continuaremos a enfrentar e denunciar a guerra econômica e as ações de interferência, desinformação e descrédito financiadas com fundos federais dos EUA”, afirmou Diáz-Canel.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores de Cuba lembrou que dezenas de medidas coercitivas unilaterais, conhecidas como sanções, seguem operando, como a perseguição contra os fornecedores de combustíveis à Cuba; a proibição de transações financeiras internacionais de Cuba com outras nações; e as ameaças e perseguições contra pessoas e empresas que desejem comercializar ou investir na ilha.

“A guerra econômica continua e persiste como um obstáculo fundamental ao desenvolvimento e recuperação da economia cubana, com alto custo humano para a população, e continua sendo um estímulo à emigração”, informou a chancelaria cubana.

O Brasil, por meio de nota, comemorou as medidas do presidente dos EUA, afirmando que elas constituem atos de reparação e restabelecimento da justiça e do direito internacional.

“O governo brasileiro sempre sublinhou ser injusta e injustificada a manutenção de Cuba em uma lista unilateral de países que promovem o terrorismo, quando é de amplo conhecimento que Cuba colabora ativamente para a promoção da paz, do diálogo e da integração regional”, afirmou o Itamaraty.

Imigração

Especialistas do Centro de Pesquisa Econômica e Política (Cerp), com sede em Washington, disseram que as mudanças no final da gestão Biden, ainda que tardias, são bem-vindas e devem ajudar a conter a imigração cubana para os EUA, além de aliviar as condições econômicas da ilha caribenha.

“Se os republicanos quiserem abordar as causas raiz da imigração, eles devem apoiar esta decisão de aliviar as sanções a Cuba. As pesquisas mostram que as sanções econômicas, como as que os EUA impuseram a Cuba por décadas, prejudicam principalmente as populações dos países-alvo, e algumas dessas pessoas invariavelmente deixarão seus países”, disse o pesquisador do Cerp Michael Galant.

O Cerp lembrou que, durante o primeiro mandato do presidente Donald Trump, foram impostas várias sanções adicionais à Cuba, que “desencadearam camadas adicionais de sanções econômicas e financeiras além do embargo preexistente de décadas”.

Entenda

Cuba enfrenta há mais de 60 anos, desde após a Revolução Cubana, de 1959, um bloqueio econômico promovido pelos Estados Unidos que penaliza países, empresas e indivíduos que estabelecem relações com a ilha.

Na década de 1980, o então presidente Ronald Regan incluiu o país caribenho na lista unilateral da Casa Branca de países que apoiam o terrorismo. Durante a presidência de Barack Obama, em 2015, os EUA retiraram Cuba dessa lista em um esforço de reaproximação entre os dois países.

Foto: szeke on VisualHunt.com / Ilustração

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Por enquanto, fim de checagem de fatos é limitado aos EUA, diz Meta

Por enquanto, fim de checagem de fatos é limitado aos EUA, diz Meta

Companhia defende permitir ofensas em nome da liberdade de expressão

O fim do serviço de checagem de fatos da Meta – companhia que controla Facebook, Instagram e Whatsapp – ocorreu apenas Estados Unidos (EUA), pelo menos por enquanto, informou a gigante da tecnologia ao responder questionamentos da Advocacia-Geral da União (AGU).

“Neste momento, essa mudança somente será aplicada nos Estados Unidos. Planejamos criar, testar e melhorar as Notas da Comunidade nos Estados Unidos antes de qualquer expansão para outros países”, informou a big tech estadunidense, destacando a intenção de expandir a mudança para os outros países.

Desde 2016, a Meta oferece no Facebook e no Instagram um serviço de checagem de fatos, realizado por jornalistas e especialistas em cerca de 115 países, que apura se informações que circulavam nas redes eram verdadeiras ou falsas e oferecia a contextualização aos usuários.

Com o fim da checagem de fatos, a Meta passou a adotar a política de “notas da comunidade”. Com isso, apenas usuários previamente cadastrados podem contestar alguma informação que circula nas plataformas.

Ofensas preconceituosas

Ao mesmo tempo em que diz proteger os direitos humanos e a segurança de grupos vulneráveis no documento enviado à AGU, a Meta defendeu alterações na política sobre discurso de ódio que passou a permitir insultos preconceituosos contra mulheres, imigrantes e homossexuais. A companhia confirmou que essas mudanças já estão em vigor no Brasil.

“Tais atualizações procuram simplificar o conteúdo da política de modo a permitir um debate mais amplo e conversas sobre temas que são parte de discussões em voga na sociedade”, explicou a companhia, alegando que a política antes em vigor havia limitado o “debate político legítimo e, com frequência, impedindo a livre expressão que pretendemos viabilizar”.

Sobre isso, a AGU destacou que causa grave preocupação a confirmação da alteração da política sobre discurso de ódio no Brasil porque “pode representar terreno fértil para violação da legislação e de preceitos constitucionais que protegem direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros”, acrescentando que as mudanças informadas pela Meta “não estão adequadas à legislação brasileira e não são suficientes para proteção dos direitos fundamentais”.

A AGU destacou ainda que a nova posição da Meta contraria a defesa que a companhia fez no julgamento sobre o Marco Civil da Internet no Supremo Tribunal Federal (STF). “Em tais manifestações, representantes da empresa asseguraram que as então políticas de governança de conteúdo eram suficientes para a proteção dos direitos fundamentais dos usuários”, diz a pasta.

A AGU vai promover uma audiência pública, nesta quinta-feira (16), para discutir com órgãos governamentais e entidades da sociedade civil as ações para lidar com o tema das redes sociais a partir das mudanças anunciadas pela Meta.

“A audiência vai discutir os efeitos da nova política implementada pela Meta, o dever de cuidado das plataformas digitais, os riscos da substituição do Programa de Verificação de Fatos no exterior e as medidas a serem ser adotadas com o objetivo de assegurar o cumprimento da legislação nacional e a proteção de direitos”, diz o comunicado da AGU.

Entenda

Na semana passada, a Meta anunciou uma série de mudanças e o alinhamento da política da empresa à agenda de governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que defende a desregulamentação do ambiente digital e é contrário à política de checagem de fatos. Em seguida, a Meta liberou a possibilidade de ofensas preconceituosas nas plataformas.

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

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Meta e Amazon reavaliam programas de diversidade nos EUA após vitória de Trump

Meta e Amazon reavaliam programas de diversidade nos EUA após vitória de Trump

Empresas ajustam iniciativas de inclusão em meio a mudanças legais e oposição conservadora

Meta e Amazon.com, duas das maiores corporações dos Estados Unidos, estão reformulando suas iniciativas de diversidade, equidade e inclusão (DEI). As mudanças ocorrem em resposta à crescente oposição de grupos conservadores e a decisões recentes da Suprema Corte do país.

Mudanças na Meta

A Meta, liderada por Mark Zuckerberg, anunciou o encerramento de vários programas DEI, incluindo iniciativas de contratação, treinamento e escolha de fornecedores. A comunicação foi feita em um fórum interno na sexta-feira, gerando repercussão entre os funcionários.

Recentes ações incluem:

  • Extinção do programa de verificação de fatos nos EUA.
  • Nomeação de Joel Kaplan, republicano influente, como diretor de assuntos globais.
  • Inclusão de Dana White, CEO do UFC e aliado próximo de Donald Trump, no conselho da empresa.

Adicionalmente, em dezembro, a Meta anunciou uma doação de US$ 1 milhão para o fundo inaugural de Trump, sinalizando uma tentativa de reaproximação com o ex-presidente.

Ações da Amazon

A Amazon.com também revisará seus programas de representação e inclusão, com previsão de encerramento de iniciativas “desatualizadas” até o final de 2024. Um memorando interno visto pela Reuters confirmou a decisão.

Cenário legal e político

Grupos conservadores têm pressionado empresas a reavaliarem programas de diversidade, especialmente após a Suprema Corte derrubar a ação afirmativa em admissões universitárias em 2023.

Janelle Gale, vice-presidente de recursos humanos da Meta, declarou que o termo “DEI” passou a ser mal interpretado, associado a práticas que alguns consideram discriminatórias. A Meta também anunciou a dissolução de sua equipe dedicada ao tema, com a diretora Maxine Williams assumindo outra função voltada para acessibilidade e engajamento.

Foto: RS/ Fotos Públicas

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Coreia do Sul: falha em caixa preta complica investigação de acidente aéreo

Coreia do Sul: falha em caixa preta complica investigação de acidente aéreo

Gravadores de voo e voz pararam minutos antes da tragédia que matou 179 pessoas

As investigações sobre o pior desastre de aviação em solo sul-coreano enfrentam novos desafios. Segundo o Ministério dos Transportes da Coreia do Sul, as caixas-pretas do jato envolvido no acidente pararam de gravar cerca de quatro minutos antes do impacto.

O voo 7C2216, da companhia Jeju Air, fazia a rota Bangcoc-Muan em 29 de dezembro quando enfrentou uma colisão com pássaros. O jato fez um pouso de barriga e ultrapassou a pista do aeroporto, colidindo com um muro e explodindo em chamas. Apenas duas pessoas sobreviveram, ambas da tripulação.

Falha nas caixas-pretas

Os gravadores de voz e dados, cruciais para a investigação, apresentaram falhas antes do impacto. Após análises iniciais na Coreia do Sul, os dispositivos foram enviados ao National Transportation Safety Board (NTSB) dos EUA para exames mais detalhados.

Funções dos gravadores incluem:

  • Registro de comunicações na cabine.
  • Monitoramento do desempenho dos sistemas da aeronave.

Próximos passos

As autoridades sul-coreanas pretendem investigar as razões para a interrupção das gravações e determinar como isso impactou o curso do acidente.

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Brasil condena prisões, ameaças e perseguições na Venezuela

Brasil condena prisões, ameaças e perseguições na Venezuela

Em nota, Itamaraty disse que denúncias são motivo de preocupação

O Ministério das Relações Exteriores afirmou neste sábado (11) que as denúncias de violações de direitos humanos cometidas contra opositores do governo de Nicolás Maduro, na Venezuela, são motivo de preocupação para o Brasil.

Em nota, o Itamaraty destaca que o receio do governo brasileiro se ampliou diante da cena política instalada com as eleições presidenciais realizadas no ano passado, no país vizinho. O pleito ocorreu em 28 de julho.

“Embora reconheçamos os gestos de distensão pelo governo Maduro – como a liberação de 1,5 mil detidos nos últimos meses e a reabertura do Escritório do Alto Comissário de Direitos Humanos das Nações Unidas em Caracas, o governo brasileiro deplora os recentes episódios de prisões, de ameaças e de perseguição a opositores políticos”, escreve a pasta na missiva divulgada nesta manhã.

O ministério pondera, ainda, que, “para a plena vigência de um regime democrático, é fundamental que se garantam a líderes da oposição os direitos elementares de ir e vir e de manifestar-se pacificamente com liberdade e com garantias à sua integridade física”.

“O Brasil exorta, ainda, as forças políticas venezuelanas ao diálogo e à busca de entendimento mútuo, com base no respeito pleno aos direitos humanos com vistas a dirimir as controvérsias internas.”

Foto: RS/Fotos Públicas

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Moraes pede a Bolsonaro que apresente convite para posse de Trump

Moraes pede a Bolsonaro que apresente convite para posse de Trump

Americano assumirá Casa Branca no dia 20 de janeiro

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou aos advogados do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, que apresentem à Corte um documento oficial, do governo dos Estados Unidos, para comprovar que Bolsonaro foi formalmente convidado para a cerimônia de posse do presidente estadunidense Donald Trump.

“Determino que a defesa de Jair Messias Bolsonaro apresente documento oficial, nos termos do artigo 236 do CPP [Código de Processo Penal], que efetivamente comprove o convive descrito em sua petição”, sentenciou Moraes, em decisão anunciada neste sábado (11).

A decisão do ministro é uma primeira resposta a um pedido do ex-presidente. Ontem (10), a defesa de Bolsonaro solicitou que o STF autorizasse a devolução do passaporte de Bolsonaro para que ele possa viajar aos Estados Unidos entre os dias 17 e 22 de janeiro, a fim de acompanhar a posse de Trump, agendada para ocorrer no dia 20, em Washington.

Segundo Moraes, ao requerer a liberação do passaporte, a defesa de Bolsonaro não apresentou elementos que comprovem a razão da viagem ao exterior. “Antes da análise [do mérito da solicitação], há necessidade de complementação probatória, pois o pedido não veio devidamente instruído com os documentos necessários”, aponta o ministro.

Bolsonaro teve o passaporte apreendido em fevereiro de 2024, no âmbito da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal (PF), que investiga uma suposta organização criminosa suspeita de atuar para dar um golpe de Estado e abolir Estado Democrático de Direito no Brasil com o objetivo de obter vantagens de natureza política, mantendo o ex-presidente no poder. Desde então, a defesa do político já tentou reaver o documento em ao menos duas ocasiões, mas teve os pedidos recusados pelo ministro Alexandre de Moraes.

Até a publicação desta reportagem, a Agência Brasil não tinha conseguido contatar a defesa de Bolsonaro.

Foto: Isac Nóbrega/PR / Carlos Moura/SCO/STF

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Maduro é empossado na Venezuela para o terceiro mandato

Maduro é empossado na Venezuela para o terceiro mandato

Presidente destaca vitória sobre pressões internacionais e anuncia reforma constitucional para 2025

Nicolás Maduro foi empossado nesta sexta-feira (10.jan.2025), na Assembleia Nacional da Venezuela, em Caracas, como presidente do país para o período de 2025 a 2031. Durante o evento, Maduro ressaltou a superação de pressões internacionais e a continuidade de seu governo.

“A posse venezuelana constitucional não puderam impedir, é uma grande vitória da democracia venezuelana e das pessoas que querem paz e estabilidade”, declarou o presidente.

Oposição rejeita resultado eleitoral

O candidato opositor Edmundo González, que contestou a eleição de 28 de julho de 2024, alegou fraude e tentou obter apoio internacional para barrar a posse. Durante o discurso, Maduro ironizou a ausência de González e comentou os desafios enfrentados, incluindo acusações de conspiração por parte da oposição.

Reforma constitucional é anunciada

Maduro revelou a proposta de reformar a Constituição Bolivariana de 1999, com foco em fortalecer os direitos democráticos e enfrentar desafios tecnológicos. Uma Comissão Nacional será formada para debater e elaborar o projeto.

“A Constituição deve ser atualizada para defender o país das novas ameaças tecnológicas que já conhecemos nas redes sociais”, afirmou o presidente.

Histórico e contexto econômico

No poder desde 2013, Maduro enfrentou sanções internacionais e uma grave crise econômica, mas liderou uma recuperação recente com crescimento projetado de 6,2% do PIB em 2024, segundo a Cepal. A hiperinflação foi superada em 2022, marcando uma virada econômica no país.

Apoio internacional

Delegações de mais de 125 países, incluindo Cuba, China e Rússia, participaram da cerimônia, reforçando as alianças estratégicas do governo venezuelano.

Foto: RS/Fotos Públicas

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Donald Trump é condenado por caso Stormy Daniels, mas não vai para a prisão

Donald Trump é condenado por caso Stormy Daniels, mas não vai para a prisão

Novo presidente dos EUA chama julgamento de “vergonha para o sistema”

Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, foi condenado por pagamentos ilegais à atriz Stormy Daniels para silenciar uma suposta relação extraconjugal. A sentença foi anunciada pelo juiz Juan Merchan, em Nova York, nesta sexta-feira (10.jan.2025). No entanto, a decisão não implica prisão, multa ou liberdade condicional.

Em abril de 2024, Trump foi acusado de 34 crimes relacionados à falsificação de documentos para ocultar o pagamento de US$ 130 mil à atriz. Apesar da condenação, ele descreveu o julgamento como “uma vergonha para o sistema”, participando da audiência de forma virtual.

Impacto político

Trump será o primeiro presidente dos Estados Unidos a assumir o cargo após uma condenação criminal. A polêmica não impediu sua vitória eleitoral, mas gerou intenso debate público e jurídico.

Contexto histórico

O caso Stormy Daniels é apenas um dos muitos episódios polêmicos envolvendo Trump, cuja trajetória política é marcada por controvérsias e desafios legais. A condenação ressalta a complexidade de sua relação com a justiça norte-americana.

Foto: RS/via Fotos Publicas

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Incêndios em Los Angeles causam 10 mortes e deixam 180 mil pessoas desabrigadas

Incêndios em Los Angeles causam 10 mortes e deixam 180 mil pessoas desabrigadas

Fogo destrói mais de 117 km², 10 mil edificações e causa prejuízo estimado em US$ 150 bilhões

Desde a terça-feira (7.jan.2025), a cidade de Los Angeles, no sudoeste dos Estados Unidos, enfrenta incêndios florestais de grandes proporções que já resultaram em dez mortes confirmadas, segundo comunicado do Departamento de Medicina Legal do condado.

As autoridades destacaram que a identificação das vítimas pode levar semanas devido às condições críticas nos locais afetados. Métodos tradicionais, como identificação visual e impressões digitais, são inviáveis para alguns casos, pois os corpos estão carbonizados.

Impactos nos bairros de Los Angeles

A chefe dos bombeiros de Los Angeles, Kristin Crowley, afirmou que dois óbitos foram causados pelo incêndio de Pacific Palisades, considerado o mais destrutivo da história local. Esse incêndio já devastou mais de 70 km², além de destruir cerca de 5.300 residências e edificações.

Além disso, o incêndio de Eaton provocou cinco mortes, enquanto outros três incêndios seguem ativos na região, atingindo principalmente áreas como a costa do Pacífico e Santa Monica.

Novo incêndio agrava a situação

Na tarde de quinta-feira (9.jan), um novo incêndio foi registrado ao norte de Los Angeles, obrigando a evacuação de milhares de residências. Alimentado pelos fortes ventos de Santa Ana, o fogo, batizado de Kenneth, já ameaça comunidades e infraestrutura local. Segundo o Serviço de Bombeiros, a área atingida até o momento soma 20 hectares e permanece fora de controle.

Equipes dos condados de Los Angeles e Ventura foram mobilizadas para combater o avanço das chamas.

Balanço total dos estragos

Até o momento, os incêndios florestais já destruíram:

  • Mais de 117 km² de área;
  • Aproximadamente 10 mil edificações, incluindo residências e outros imóveis;

Pelo menos 180 mil pessoas estão sob ordens obrigatórias de evacuação.

Além das perdas humanas, os prejuízos econômicos são significativos. A AccuWeather elevou a estimativa para US$ 150 bilhões, considerando danos materiais e perdas econômicas indiretas.

Foto: Cal Fire/via Fotos Publicas / RS/ Fotos Públicas

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Normas da Meta que permitem preconceitos são publicadas em português

Normas da Meta que permitem preconceitos são publicadas em português

Empresa anunciou fim da checagem de fatos

Dona das redes sociais Instagram, Facebook e Threads, além do aplicativo de mensagens Whatsapp, a empresa Meta atualizou, nesta quinta-feira (9), também para a língua portuguesa, as novas regras para eventuais exclusões de postagens, no item Padrões da comunidade/Conduta de Ódio. Um texto com as normas, divulgado no último dia 7 em inglês, trouxe a permissão de publicações preconceituosas. Confira a página.

A empresa informou, por exemplo, que permite “alegações de doença mental ou anormalidade quando baseadas em gênero ou orientação sexual, considerando discursos políticos e religiosos sobre transgenerismo e homossexualidade, bem como o uso comum e não literal de termos como esquisito”.

Crenças religiosas

Além desse trecho, há outras permissões preconceituosas relacionadas a padrões de gênero, como a de conteúdos que defendem limitações baseadas em gênero para empregos militares, policiais e de ensino. “Também permitimos conteúdo similar relacionado à orientação sexual, desde que fundamentado em crenças religiosas” detalhou a empresa.

Ainda sobre o tema, a Meta considera que as pessoas usam “linguagem específica de sexo ou gênero” para discussão sobre o acesso a espaços como banheiros, escolas, cargos militares, policiais ou de ensino, além de grupos de saúde ou apoio.

No contexto das separações

O texto ainda aborda que há solicitações de exclusão ou uso de linguagem ofensiva ao abordar tópicos políticos ou religiosos, como direitos de pessoas transgênero, imigração ou homossexualidade.

“Também é comum que xingamentos a um gênero ocorram no contexto de separações amorosas. Nossas políticas foram criadas para dar espaço a esses tipos de discurso”, destacou a Meta.

Na introdução, ela defende que reconhece que as pessoas podem compartilhar conteúdos que incluem calúnias ou discurso de outra pessoa para condenar o discurso ou denunciá-lo.

“Em outros casos, discursos, incluindo calúnias que poderiam violar nossos padrões são usados de forma auto referencial ou empoderadora. Permitimos esse tipo de discurso quando a intenção da pessoa está claramente definida” especificou, explicando, a seguir, que, se a intenção não estiver clara, poderá remover o conteúdo.

Se for sátira…

Ao final, o texto sinaliza que, em “certos casos”, pode permitir conteúdo que possa não seguir os “Padrões da Comunidade”, se tiver como objetivo a ironia. “O conteúdo só será permitido se os elementos violadores dele forem sátiras ou atribuídos a algo ou alguém com o objetivo de zombar ou criticar”, assinala.

As mudanças da Meta atendem exigências do presidente eleito dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, em relação ao funcionamento das redes sociais. O dono da Meta, Mark Zuckerberg, afirmou, ainda, que irá se aliar a Trump contra países que criam regras para o funcionamento das plataformas.

“Brasil não é terra sem lei”

As normas da Meta, desde a sua divulgação, têm sido criticadas pelos poderes públicos e entidades civis.

O presidente Lula, por exemplo, afirmou nesta quinta-feira (9) que fará uma reunião para discutir as novas regras anunciadas pela multinacional Meta.

“O que nós queremos, na verdade, é que cada país tenha sua soberania resguardada. Não pode um cidadão, não podem dois cidadãos, não podem três cidadãos achar que podem ferir a soberania de uma nação”, disse Lula nesta quinta-feira (9).

A Advocacia-Geral da União (AGU), inclusive, manifestou que o Brasil não é “terra sem lei” e que irá agir contra as mudanças na política de moderação de conteúdo das redes sociais da Meta a partir do momento que elas afetem a democracia ou violem as leis brasileiras.

A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) protocolou representação no Ministério Público Federal (MPF) contra a Meta. “O estado brasileiro precisa dar respostas contundentes a essa situação! Inadmissível que isso ocorra quando temos leis que nos protegem!”, assinalou.

Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Mudanças da Meta geram reação no Brasil e questionamentos legais

Mudanças da Meta geram reação no Brasil e questionamentos legais

AGU, STF e MPF destacam impacto de novas políticas da Meta sobre moderação de conteúdo nas redes sociais

A Advocacia-Geral da União (AGU), o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Ministério Público Federal (MPF) expressaram preocupação com as recentes mudanças anunciadas pela Meta, controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, sobre suas políticas de moderação de conteúdo. As alterações incluem o fim do programa de checagem de fatos e maior flexibilidade para publicações relacionadas a temas sensíveis, como gênero e migração.

AGU: “Brasil não é terra sem lei”

O ministro da AGU, Jorge Messias, afirmou que as mudanças podem ampliar a disseminação de desinformação e discursos de ódio. Segundo Messias, a liberdade de expressão não pode ser usada como justificativa para a propagação de informações falsas, que comprometem a democracia e os direitos fundamentais.

Messias destacou a importância de regulamentar redes sociais e mencionou dois casos em análise no STF sobre o tema, incluindo o artigo 19 do Marco Civil da Internet, que define direitos e deveres no uso da internet no Brasil.

STF reforça combate a discursos de ódio

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, também criticou as mudanças, destacando que o Brasil possui legislação para impedir o uso das redes sociais para ampliar discursos de ódio, nazismo, homofobia e antidemocracia. Ele reforçou que as plataformas devem respeitar as leis brasileiras e que, sem isso, “não poderão operar no país”.

Durante uma roda de conversa no STF, Moraes relacionou os ataques de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, à disseminação de desinformação pelas redes sociais. Já o ministro Gilmar Mendes defendeu o conceito de “constitucionalismo digital”, que busca harmonizar liberdade de expressão com responsabilidade social.

MPF cobra explicações da Meta

O MPF notificou o escritório da Meta no Brasil para esclarecer como as novas políticas serão implementadas no país e quais impactos poderão gerar nos direitos dos usuários. O órgão solicitou respostas detalhadas sobre temas como:

  • Critérios para classificação de violações graves e leves.
  • Restrições removidas em temas como gênero e migração.
  • Possíveis impactos na política de moderação de discurso de ódio.

A empresa tem 30 dias úteis para responder ao ofício, mas informou que não comentará o caso publicamente.

Alterações polêmicas nos Estados Unidos

Nos Estados Unidos, a Meta já implementou mudanças que permitem associações entre homossexualidade ou transsexualidade e doenças mentais, contrariando o consenso científico. Além disso, autorizou manifestações homofóbicas, xenófobas e misóginas em contextos específicos, como discussões políticas ou rompimentos amorosos.

Joel Kaplan, diretor de assuntos globais da Meta, defendeu que as novas políticas buscam eliminar restrições excessivas e permitir discussões mais amplas em temas como direitos transgêneros e imigração.

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil / Rafa Neddermeyer/Agência Brasil / Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Meta autoriza insultos homofóbicos, misóginos e xenofóbicos nos EUA

Meta autoriza insultos homofóbicos, misóginos e xenofóbicos nos EUA

Nova regra permite associar homossexualidade a doença mental

Logo após a Meta anunciar, nessa terça-feira (7), mudanças na sua política de moderação de conteúdos para se adequar ao governo do presidente eleito dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, a empresa que controla o Facebook, o Instagram e o Whatsapp modificou os critérios utilizados para remover conteúdos com discurso de ódio nas plataformas nos EUA, autorizando insultos e pedidos de exclusão de grupos em debates sobre imigrantes, homossexuais e transgêneros.

O texto atualizado no site da Meta para língua inglesa cita uma série de comportamentos de usuários que passarão a ser permitidos, incluindo insultos de caráter homofóbico, transfóbico, xenófobo ou mesmo misógino, considerando o contexto de fim de relacionamentos.

A misoginia é o ódio ou aversão às mulheres, já a xenofobia é o ódio ao estrangeiro.

“[As pessoas] pedem exclusão ou usam linguagem insultuosa no contexto de discussão de tópicos políticos ou religiosos, como ao discutir direitos transgêneros, imigração ou homossexualidade. Finalmente, às vezes as pessoas xingam um gênero no contexto de um rompimento romântico. Nossas políticas são projetadas para permitir espaço para esses tipos de discurso”, afirma a Meta.

A Agência Brasil questionou se as mudanças na política sobre discurso de ódio nas redes sociais serão aplicadas também no Brasil no futuro, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.

Nessa terça-feira (7), o dono da companhia Mark Zuckerberg disse que as mudanças começariam pelos EUA, mas que trabalharia com Trump contra países que criam regras para o ambiente digital.

A Meta também passou a permitir associar a homossexualidade ou transsexualidade a doenças mentais. As mudanças podem favorecer o discurso do presidente Donald Trump, frequentemente acusado pelos adversários de discriminar mulheres, gays e imigrantes em seus pronunciamentos.

A fundadora da Rede Nacional de Combate à Desinformação (RNCD), a professora Ana Regina Rego avaliou que as mudanças são “muito preocupantes” e um retrocesso em relação ao combate ao discurso de ódio nas plataformas. Para a professora de comunicação da Universidade Federal do Piauí (PI), essa violência digital tende a ser transferida para o mundo físico.

“Além de ferir direitos, de não respeitar as diversidades, há uma convocação para uma violência simbólica que tem se transformado, sim, em violência física. [A Meta] vai permitir que as pessoas se comuniquem da maneira como quiserem. Pode ter insulto, pode ter violência. A permissão de ofender mulheres em final de relacionamento não é só misoginia, é uma violência simbólica complicada no mundo em que a gente tem, a cada 10 minutos, o assassinato de uma mulher”, comentou.

Participação feminina

A nova política da Meta ainda substituiu o termo “discurso” por “conduta” de ódio, ou conduta odiosa. Além disso, a gigante da tecnologia passou a permitir discursos, nas redes dos EUA, contrários à participação de mulheres em meios militares, policiais ou de ensino.

“Nós permitimos conteúdo que defenda limitações de gênero em empregos militares, policiais e de ensino. Também permitimos o mesmo conteúdo com base na orientação sexual, quando o conteúdo é baseado em crenças religiosas”, diz o texto.

Até então, a Meta proibia a publicação de conteúdo que defendia a exclusão econômica de grupos por considerar que essas medidas limitam a participação no mercado de trabalho.

Remoções mantidas

Por outro lado, a Meta sustenta a posição de que removerá, nos Estados Unidos, os discursos “desumanizantes, alegações de imoralidade grave ou criminalidade e calúnias”, assim como não permitirão “conduta odiosa no Facebook, Instagram ou Threads”, que são as redes controladas pela big tech.

“Definimos conduta odiosa como ataques diretos contra pessoas — em vez de conceitos ou instituições — com base no que chamamos de características protegidas (PCs): raça, etnia, nacionalidade, deficiência, afiliação religiosa, casta, orientação sexual, sexo, identidade de gênero e doença grave”, afirma a companhia.

Ao comentar as mudanças na plataforma, o diretor de assuntos globais da Meta, Joel Kaplan, sustentou que as regras estavam muito restritivas e que o objetivo é se livrar de restrições sobre imigração, identidade de gênero e gênero.

“Não é certo que as coisas possam ser ditas na TV ou no plenário do Congresso, mas não em nossas plataformas. Essas mudanças de política podem levar algumas semanas para serem totalmente implementadas”, justificou Kaplan, ex-advogado do Partido Republicado dos EUA que assumiu a nova função na companhia na semana passada.

Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil / Pixabay

Da Agência Brasil

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Turismo internacional cresce 27,2% no RN em 2024; estado atinge a marca de 25 mil visitantes estrangeiros

Turismo internacional cresce 27,2% no RN em 2024; estado atinge a marca de 25 mil visitantes estrangeiros

O aumento do turismo internacional impulsiona a economia do Rio Grande do Norte e coloca o estado em destaque no cenário nacional

Em 2024, o Rio Grande do Norte recebeu 25 mil turistas internacionais, representando um crescimento de 27,2% em comparação ao ano anterior. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Turismo, Embratur e Polícia Federal nesta terça-feira (7.jan.2025). Apenas em dezembro, 65.555 estrangeiros visitaram o estado.

Segundo o ministro do Turismo, Celso Sabino, o aumento expressivo reflete ações coordenadas entre o Ministério do Turismo e a Embratur para promover os destinos brasileiros internacionalmente. “Esse crescimento reforça a capacidade turística do Brasil, destacando nossas paisagens, cultura e gastronomia autêntica. Nosso objetivo é atrair cada vez mais visitantes do exterior”, afirmou Sabino.

Destinos tradicionais como Natal, Pipa, Pirangi, Genipabu e Barra do Cunhaú continuam a atrair visitantes pelas praias e belezas naturais. O Morro do Careca e o Forte dos Reis Magos seguem como cartões-postais emblemáticos.

Desempenho nacional e comparação com outros estados

O Brasil como um todo recebeu 6,657 milhões de turistas estrangeiros em 2024. São Paulo (2,2 milhões), Rio de Janeiro (1,5 milhão), Paraná (894 mil) e Rio Grande do Sul (879 mil) lideraram como principais portas de entrada. Em termos de crescimento proporcional, Roraima (97%), Santa Catarina (71,7%) e Bahia (52,8%) apresentaram os maiores aumentos.

A Argentina foi a principal origem dos turistas, com 1,95 milhão de visitantes. Os Estados Unidos e o Chile seguem na lista com 696 mil e 651 mil turistas, respectivamente. Paraguai e Uruguai somaram 833 mil visitantes.

Ações para fortalecer o setor turístico

Em dezembro de 2023, o Brasil inaugurou o primeiro Escritório da Organização Mundial do Turismo (OMT) nas Américas e Caribe, localizado no Rio de Janeiro. O espaço permitirá ao Brasil atuar como protagonista no cenário global de turismo sustentável.

Além disso, o Ministério do Turismo e a Embratur intensificaram a participação em feiras internacionais para promover a “Marca Brasil”, reforçando os pilares de sustentabilidade, diversidade e inclusão.

O Brasil também lançou a campanha “Visit South America: um lugar, vários mundos”, em parceria com Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile, para atrair turistas internacionais.

Projeções para 2025

O Governo Federal prevê investimentos de R$ 63,6 milhões através do Programa de Aceleração do Turismo Internacional (PATI), com a expectativa de gerar 500 mil novos assentos em voos. A temporada de verão 2024/2025 deve contar com 7,48 milhões de assentos em voos internacionais, um aumento de 19% em relação ao ano anterior.

Entre os eventos de destaque para 2025, a COP30 será realizada em Belém (PA), enquanto Brasília sediará a reunião do BRICS, atraindo ainda mais turistas estrangeiros.

Foto: Sandro Menezes/Raiane Miranda/Governo do RN/Ilustração

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Exportações do RN crescem 42,6% em 2024 e batem recorde de US$ 1,1 bilhão

Exportações do RN crescem 42,6% em 2024 e batem recorde de US$ 1,1 bilhão

Comércio exterior do Rio Grande do Norte alcança US$ 1,7 bilhão em 2024 com destaque para combustíveis e fruticultura

As exportações do Rio Grande do Norte cresceram 42,6% em 2024 em comparação a 2023, atingindo US$ 1,1 bilhão. Esse crescimento impulsionou o comércio exterior do estado a um volume recorde de transações, totalizando US$ 1,7 bilhão, resultado da soma entre exportações e importações (US$ 595 milhões).

Os dados estão no Boletim Econômico da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SEDEC) e na Balança Comercial do RN, divulgados nesta terça-feira (7.jan.2025) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), através da plataforma Comex Stat.

Principais produtos exportados em 2024

Durante o ano de 2024, a pauta de exportação do Rio Grande do Norte foi diversificada, com ênfase em:

  • Óleos combustíveis – US$ 558,7 milhões
  • Melões frescos – US$ 120,1 milhões
  • Óleo diesel – US$ 86,7 milhões
  • Melancias frescas – US$ 52,9 milhões

Os produtos refletem a capacidade do estado em equilibrar uma base agrícola consolidada, liderada pela fruticultura, com o crescimento do setor energético, em especial no comércio de combustíveis.

Importações em destaque

Os principais produtos importados pelo RN ao longo de 2024 foram:

  • Células fotovoltaicas – US$ 129,1 milhões
  • Outras gasolinas – US$ 92,2 milhões
  • Grupos eletrogênos de energia eólica – US$ 54,6 milhões
  • Trigo e centeio – US$ 49,6 milhões
  • Óleo diesel – US$ 40,7 milhões

A importação de tecnologias para transição energética reforça o compromisso do estado com o desenvolvimento sustentável e sua liderança na geração de energias renováveis.

Destinos e parceiros comerciais

Os principais destinos das exportações potiguares foram:

  • Singapura – US$ 199,3 milhões
  • Países Baixos – US$ 189,2 milhões
  • Ilhas Virgens Americanas – US$ 187,8 milhões
  • Estados Unidos – US$ 66,1 milhões
  • Reino Unido – US$ 52,2 milhões

Em relação às importações, os principais parceiros comerciais do RN foram:

  • China – US$ 260,4 milhões
  • Estados Unidos – US$ 76,2 milhões
  • Suíça – US$ 44,1 milhões
  • Argentina – US$ 34,3 milhões
  • Países Baixos – US$ 32,7 milhões

Resultados de dezembro 2024

A SEDEC também publicou o Boletim Econômico referente a dezembro de 2024. Nesse período, as transações comerciais do estado somaram US$ 126,8 milhões. As exportações alcançaram US$ 64,6 milhões, enquanto as importações totalizaram US$ 62,2 milhões.

Acesso ao boletim completo

Para mais detalhes sobre a balança comercial do Rio Grande do Norte em 2024 e as transações específicas de dezembro, acesse a íntegra do Boletim Econômico no site da SEDEC.

Fotos: Divulgação/Raiane Miranda/Governo do RN/Ilustração

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Dólar cai para R$ 6,10 e fecha no menor valor desde dezembro

Dólar cai para R$ 6,10 e fecha no menor valor desde dezembro

Bolsa sobe 0,95% e recupera os 121 mil pontos

Num dia de bom humor externo, o dólar caiu pela segunda vez seguida e acumula queda de mais de 1% em 2025. A bolsa de valores subiu quase 1% e recuperou os 121 mil pontos.

O dólar comercial encerrou esta terça-feira (7) vendido a R$ 6,104, com recuo de R$ 0,007 (-0,12%). A cotação operou em forte queda durante quase todo o dia, chegando a R$ 6,05 por volta das 13h. À tarde, voltou a rondar a estabilidade, até fechar em pequena baixa.

A cotação chegou ao menor valor de fechamento desde 21 de dezembro. A moeda norte-americana acumula queda de 1,23% em 2025.

O mercado de ações teve mais um dia de recuperação. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 121.163 pontos, com alta de 0,95%. O indicador chegou a subir 1,41% às 12h30, mas desacelerou durante a tarde, seguindo o mercado internacional.

Pela manhã, o dólar continuou a cair na expectativa de que o governo do presidente eleito Donald Trump poderá moderar o tarifaço a produtos de outros países, medida prometida durante a campanha eleitoral. No entanto, o mau-humor voltou ao mercado externo durante a tarde, após Trump conceder uma entrevista em que reafirmou as intenções de anexar a Groenlândia e o Canal do Panamá.

No mercado interno, os investidores aproveitaram a queda acentuada do dólar durante a manhã para comprar moeda norte-americana durante a tarde. Isso contribuiu para que a divisa voltasse à estabilidade perto do fim da sessão.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Terremoto de magnitude 6,8 atinge Tibete e deixa mais de 90 mortos

Terremoto de magnitude 6,8 atinge Tibete e deixa mais de 90 mortos

Abalos são sentidos em Nepal, Butão e Índia; equipes de resgate buscam sobreviventes

Um terremoto de magnitude 6,8 atingiu o Tibete, sudoeste da China, nesta terça-feira (7.jan.2025), resultando em mais de 90 mortos e centenas de feridos. As autoridades locais informaram que o sismo também foi sentido em países vizinhos, como Nepal, Butão e norte da Índia. A agência de notícias Xinhua confirmou 95 mortes e 130 feridos.

Detalhes do terremoto e epicentro

O epicentro foi registrado no condado de Tingri, uma região rural conhecida por ser a porta de entrada norte para o Everest. O tremor ocorreu a uma profundidade de 10 quilômetros, de acordo com o Centro de Redes de Sismos da China. O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) relatou que o terremoto teve magnitude de 7,1 na região do Himalaia.

A região do sudoeste da China, Nepal e norte da Índia é frequentemente afetada por terremotos devido à colisão das placas tectônicas indiana e eurasiana. Essa área é conhecida por abalos que podem alterar a altura das montanhas do Himalaia.

Resposta das autoridades e resgates

Cerca de 1.500 bombeiros e equipes de resgate foram mobilizados para procurar sobreviventes entre os escombros. O presidente chinês, Xi Jinping, declarou que todos os esforços serão feitos para reduzir o número de vítimas e garantir a segurança durante o inverno.

A CCTV, televisão estatal chinesa, informou que comunidades próximas ao epicentro, situadas a cerca de 380 quilômetros de Lhasa, capital do Tibete, sofreram graves danos estruturais.

Impacto regional

O tremor também foi sentido em Katmandu, capital do Nepal, embora não haja relatos de danos significativos. A área do epicentro está a 93 quilômetros de Lobuche, no Nepal, uma região montanhosa frequentemente visitada por alpinistas.

Históricos de sismos na região mostram que pelo menos dez terremotos de magnitude superior a seis foram registrados no último século.

As autoridades seguem monitorando a região, enquanto os trabalhos de resgate continuam na esperança de encontrar sobreviventes.

Foto: Serkan Gönültaş/Pexels/Ilustração / Franklin Peña Gutierrez/Pexels/Ilustração

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Meta promete se aliar a Trump contra países que regulam redes sociais

Meta promete se aliar a Trump contra países que regulam redes sociais

Empresa anuncia o fim do programa de checagem de informações

Citando suposta censura nas redes sociais, a Meta – companhia que controla Facebook, Instagram e Whatsapp – anunciou nesta terça-feira (7) que vai se aliar ao governo do presidente eleito dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, para pressionar países que buscam regular o ambiente digital.

“Vamos trabalhar com o presidente Trump para pressionar os governos ao redor do mundo que estão perseguindo empresas americanas e pressionando para censurar mais”, afirmou o dono da Meta, Mark Zuckerberg. Segundo o empresário, “a única maneira de resistir a essa tendência global é com o apoio do governo dos EUA”.

Zuckerberg argumentou que a Europa está “institucionalizando a censura”, que os países latino-americanos têm “tribunais secretos que podem ordenar que empresas retirem coisas discretamente” e que a China “censurou nossos aplicativos”.

Além disso, o dono da Meta anunciou cinco alterações nas políticas de moderação de conteúdos em suas redes sociais, entre elas, o fim do programa de checagem de fatos que verifica a veracidade de informações que circulam nas redes; o fim de restrições para assuntos como migração e gênero; e a promoção de “conteúdo cívico”, entendido como informações com teor político-ideológico.

Para a especialista em direito digital consultada pela Agência Brasil, Bruna Santos, da Coalizão Direitos na Rede, a iniciativa é “lamentável” e mostra um alinhamento da gigante da tecnologia com o novo governo de extrema-direita dos EUA.

“Essa decisão da Meta cria uma falsa dicotomia entre a liberdade de expressão dos EUA versus o redor do mundo, inclusive quando cita as ‘cortes secretas’. Ele deixa claro que os EUA voltam a ser o centro único de poder, demonstrando muito bem como que vai ser o jogo de poder daqui para frente”, destacou Santos.

Mudanças

Em um vídeo de cerca de cinco minutos publicado em uma de suas redes socais, Mark Zuckerberg informa sobre as mudanças na política de moderação de conteúdo das plataformas que controla para “voltar às raízes em torno da liberdade de expressão”.

“Vamos nos livrar dos verificadores de fatos e substituí-los por notas da comunidade semelhantes a [plataforma] X, começando nos EUA”, disse Mark. A Meta tem grupos de verificadores de fatos independentes em cerca de 115 países, serviço que começou a prestar em 2016. Já as “notas de comunidade” são informações incluídas pelos próprios usuários em cima de algum conteúdo.

Outra mudança anunciada é o fim de restrições para conteúdos sobre imigração e gênero, temas caros à Donald Trump, que assume a Casa Branca este mês. “O que começou como um movimento para ser mais inclusivo tem sido cada vez mais usado para calar opiniões e excluir pessoas com ideias diferentes, e isso foi longe demais”, afirmou Zuckerberg.

O empresário estadunidense também anunciou a intenção de “trazer de volta o conteúdo cívico”. Segundo ele, no passado, a “comunidade” pediu para ver menos política nas redes, mas que isso teria mudado.

“[O conteúdo sobre política] estava deixando as pessoas estressadas, então paramos de recomendar essas postagens. Mas parece que estamos em uma nova era agora, e estamos começando a receber feedback de que as pessoas querem ver esse conteúdo novamente”, explicou.

Por último, o dono da Meta decidiu remover as equipes da companhia que cuidam da moderação de conteúdo da Califórnia para o Texas, estado que tem uma legislação mais branda em relação ao tema. “Isso nos ajudará a construir confiança para fazer esse trabalho em lugares onde há menos preocupação com o preconceito de nossas equipes”, comentou.

Aceno à Trump

A integrante da Coalizão Direitos nas Redes, Bruna Santos, da organização que reúne mais de 50 entidades que atuam com direitos na internet, comentou à Agência Brasil que Zuckerberg não apenas fez um aceno, mas uma virada completa a favor da política do Partido Republicano dos EUA. Para ela, as mudanças podem resultar em um ambiente digital com mais desinformação.

“É um pouco cedo para avaliar, mas eu não me surpreenderia caso, daqui a uns meses, a partir da implementação dessas medidas, passarmos a ver um ambiente digital tomado por desinformação ou por discursos problemáticos, o que tem sido uma constante até o momento, mas que era, em alguma medida, combatida por esses mecanismos que ele retira a partir de hoje”, analisou.

A especialista defende que medidas como checagem de fatos e moderação de conteúdos não existem para censurar, mas para criar um ambiente digital com informações mais confiáveis e que o oposto é um ambiente onde prevalece a desinformação.

“Apesar do combate à censura estar sendo utilizado como justificativa para retirada dessas medidas, temo que o resultado seja mais censura na rede. Afinal, os usuários não terão acesso a medidas justas de revisão de conteúdo ou de fornecimento de contexto específico para notícias de governo, por exemplo. A gente pode passar a ver na Meta um ambiente digital com menos integridade informacional e onde se priorizam ideais políticos ao invés de informações confiáveis”, concluiu Bruna Santos.

Foto: Pixabay / RS/Fotos Públicas / Thought Catalog/Pexels

Da Agência Brasil

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Venezuela rompe relações com Paraguai após apoio a opositor de Maduro

Venezuela rompe relações com Paraguai após apoio a opositor de Maduro

Retirada de diplomatas ocorre após Santiago Peña reconhecer Edmundo González como presidente eleito da Venezuela

O governo da Venezuela anunciou a retirada de seus diplomatas do Paraguai após declarações do presidente paraguaio, Santiago Peña, em apoio ao opositor Edmundo González. Peña afirmou que González venceu as eleições presidenciais venezuelanas de 2024 e defendeu sua posse em 10 de janeiro.

A decisão ocorre poucos dias antes da posse de Nicolás Maduro para o terceiro mandato (2025-2031). Maduro acusou a Argentina de tentar desestabilizar a Venezuela e de conspirar contra a vice-presidente Delcy Rodríguez.

Apoio internacional e reações

Edmundo González reuniu-se com autoridades dos Estados Unidos, incluindo o presidente Joe Biden e Mike Waltz, assessor de Donald Trump. Biden manifestou apoio a González, enquanto o México reafirmou que enviará um representante à posse de Maduro.

A Colômbia e o Brasil também deverão enviar representantes, apesar de não reconhecerem oficialmente a vitória de Maduro devido à falta de transparência no processo eleitoral. A participação do Brasil dependerá de convite formal do governo venezuelano.

Posse de Maduro e presença internacional

Segundo o governo venezuelano, mais de dois mil convidados internacionais, entre representantes de governos e movimentos sociais, participarão da cerimônia de posse.

Conflito com ParaguaiO rompimento diplomático com o Paraguai foi oficializado após o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela considerar as declarações de Peña uma violação do princípio de não intervenção. O Paraguai, em resposta, exigiu a retirada do embaixador venezuelano em 48 horas.

Acusações contra a Argentina

Maduro acusou o governo argentino de participar de planos de desestabilização e tentativa de assassinato da vice-presidente Delcy Rodríguez. Ele afirmou que serviços de inteligência capturaram 125 mercenários de diversas nacionalidades desde o início de 2024.

Maduro destacou que as investigações apontam envolvimento direto do governo argentino nas ações. Até o momento, o presidente argentino Javier Milei não comentou as acusações.

Apoio dos EUA à oposição

Nos Estados Unidos, Joe Biden reafirmou apoio a González, chamando-o de “presidente eleito”. Biden defendeu uma transição pacífica de poder, o que foi repudiado pelo governo venezuelano.

Após encontro com Waltz, González mencionou os protestos da oposição, programados para um dia antes da posse de Maduro. González prometeu retornar à Venezuela antes da posse, apesar da ameaça de prisão pelo governo.

Contexto das eleições na Venezuela

A oposição e organismos internacionais questionam a legitimidade das eleições de 2024 devido à ausência de auditorias e à falta de divulgação dos resultados detalhados. Manifestações contrárias ao resultado resultaram em dezenas de mortos e mais de dois mil presos. Recentemente, o governo libertou mais de mil detidos.

As instituições venezuelanas, incluindo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), ratificaram o resultado. Maduro exige que a oposição respeite as decisões judiciais e que governos estrangeiros não interfiram nos assuntos internos do país.

Foto: Adam Schultz/Via Fotos Públicas / RS/via Fotos Publicas

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Donald Trump sugere retomar o controle do Canal do Panamá e comprar a Groenlândia

Donald Trump sugere retomar o controle do Canal do Panamá e comprar a Groenlândia

Presidente eleito destaca a importância estratégica de territórios internacionais para segurança econômica dos EUA

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (7.jan.2025) que não descarta a possibilidade de utilizar ações militares ou econômicas para retomar o controle do Canal do Panamá e adquirir a Groenlândia, território dinamarquês. Durante uma entrevista coletiva, Trump foi questionado sobre a possibilidade de garantir ao mundo que não recorreria à coerção para atingir esses objetivos. Sua resposta foi clara: “Não, não posso garantir nenhum desses dois. Mas posso dizer o seguinte: precisamos deles para a segurança econômica”.

Planos expansionistas e disputas territoriais

As declarações ocorreram enquanto Trump delineava sua agenda expansionista, a poucas semanas de sua posse em 20 de janeiro. O presidente eleito também expressou interesse em transformar o Canadá em um estado dos EUA e criticou os gastos americanos com produtos canadenses. Ele destacou a possibilidade de impor tarifas sobre a Dinamarca, caso o país não aceite a venda da Groenlândia. A Dinamarca, por sua vez, reiterou que o território não está à venda.

Trump reforçou ainda a intenção de renomear o Golfo do México para “Golfo da América”. Segundo ele, a mudança de nome reflete o desejo de fortalecer a identidade americana sobre a região. A proposta ecoa a polêmica decisão anterior de reverter o nome do Denali, pico mais alto da América do Norte, para Monte McKinley.

Reação internacional e resistência diplomática

Lideranças de outros países reagiram prontamente. O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, rejeitou categoricamente a possibilidade de o país se tornar o 51º estado americano. “Não há a menor chance de o Canadá se tornar parte dos Estados Unidos”, afirmou Trudeau em publicação nas redes sociais. Ele destacou a importância da parceria comercial entre os dois países.

A ministra das Relações Exteriores do Canadá, Melanie Joly, reforçou a posição do governo canadense, descrevendo as declarações de Trump como “uma completa falta de compreensão do que faz do Canadá um país forte”.

No Panamá, autoridades também reagiram. O presidente José Raúl Mulino rejeitou a ideia de devolver o controle do Canal do Panamá aos Estados Unidos, lembrando que o canal foi transferido ao país em 1999.

Otan e novas diretrizes

Durante a coletiva, Trump sugeriu que os membros da Otan aumentassem seus gastos com defesa para 5% do Produto Interno Bruto (PIB), acima da meta atual de 2%. Ele argumentou que todos os países da aliança podem se dar ao luxo de contribuir mais para a segurança global.

As declarações de Trump refletem uma abordagem agressiva em relação à política externa, suscitando preocupação e debates entre aliados e na comunidade internacional.

Foto: RS/via Fotos Publicas / Caio Guatelli/Fotos Públicas

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Rodrigo Garro se envolve em acidente de trânsito fatal na Argentina

Rodrigo Garro se envolve em acidente de trânsito fatal na Argentina

Meia do Corinthians atropela motociclista em General Pico; investigações estão em andamento

Rodrigo Garro, meio-campista argentino do Corinthians, se envolveu em um acidente de trânsito que resultou na morte de um motociclista na madrugada deste sábado (4), em General Pico, província de La Pampa, Argentina. De acordo com o promotor Francisco Cuenca, Garro dirigia sob efeito de álcool quando colidiu com a moto conduzida por Nicolas Chiaraviglio, de 30 anos, que faleceu no local.

O acidente ocorreu na cidade natal do jogador, e a imprensa local, incluindo o portal “En Boca de Todos”, noticiou que Garro estava acompanhado pelo também jogador argentino Facundo Castelli, que atualmente atua pelo Emelec (Equador). Castelli não sofreu ferimentos, assim como Garro.

Investigado por homicídio culposo

Segundo o promotor Cuenca, o caso está sendo tratado como homicídio culposo agravado por condução sob efeito de álcool. Garro foi liberado após prestar depoimento inicial, mas deve ser ouvido novamente nos próximos dias para fornecer mais detalhes sobre o ocorrido. As autoridades argentinas continuam a apurar as circunstâncias do acidente.

O Corinthians divulgou uma nota oficial em seu site confirmando o envolvimento de Garro no acidente e a morte do motociclista. No comunicado, o clube informou que está acompanhando o desenrolar das investigações e só voltará a se manifestar após a conclusão das apurações.

Contato com advogados e familiares

Representantes do Corinthians, incluindo o executivo de futebol Fabinho Soldado e o diretor de negócios jurídicos Vinicius Cascone, entraram em contato com os advogados e familiares de Garro. O clube reforçou seu compromisso em prestar apoio necessário ao atleta durante o processo judicial e destacou que seguirá colaborando com as autoridades locais.

Histórico de Garro no Corinthians

Rodrigo Garro, de 27 anos, chegou ao Corinthians após ser transferido do Talleres, da Argentina. Em 2024, o meia foi um dos destaques da equipe, participando de 63 partidas, marcando 13 gols e distribuindo 14 assistências. A boa fase em campo consolidou Garro como uma peça-chave no elenco corintiano.

Apesar do destaque no gramado, o acidente trouxe à tona questionamentos sobre a conduta do jogador fora de campo. A morte do motociclista gerou comoção na comunidade de General Pico e entre torcedores do Corinthians, que aguardam o desfecho das investigações.

Próximos passos

Garro deve continuar respondendo em liberdade enquanto as investigações prosseguem.

Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

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