Relatório aponta desabastecimento de insumos e medicamentos e sugere medida temporária para garantir segurança hospitalar
Comissão recomenda bloqueio de leitos no João Machado
A recomendação de bloqueio de leitos no João Machado foi formalizada pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar da unidade, localizada em Natal. O relatório enviado à Secretaria de Saúde do Estado em 14 de agosto aponta desabastecimento de insumos e medicamentos essenciais, como luvas, aventais, álcool, antissépticos e antibióticos hospitalares, incluindo piperacilina + tazobactan e meropeném.
Relatório técnico aponta riscos à segurança hospitalar
O documento recomenda o bloqueio técnico de leitos sempre que não houver condições mínimas de segurança e suporte. A medida deve ser registrada formalmente, comunicada à direção técnica e à regulação, e notificada à vigilância sanitária quando necessário. O relatório não especifica o número de leitos a serem bloqueados nem a data de início da medida.
Indicadores de infecção hospitalar acima da meta
Em 2025, os indicadores de infecção hospitalar no Hospital João Machado superaram em múltiplas vezes as metas previstas. A taxa de infecção de corrente sanguínea chegou a 8,58 em fevereiro e 8,20 em abril, cerca de três vezes acima do limite de 2,70. A pneumonia associada à ventilação mecânica registrou 23,12 e 21,98 nos mesmos meses, quase três vezes a meta de 7,95. As infecções do trato urinário, zeradas no ano anterior, atingiram 3,31 em abril e 2,43 em maio, até cinco vezes o parâmetro de 0,69.
Adesão à higiene das mãos em patamar crítico
A adesão à higiene das mãos caiu para níveis críticos: 15,9% em janeiro e 19,5% em julho, quando o esperado era 85%. O relatório também destaca o déficit de leitos de isolamento, especialmente nos setores de clínica médica e psiquiatria, e o agravamento do perfil microbiológico, com maior prevalência de microrganismos multirresistentes.
Resposta da Secretaria de Saúde
Em resposta ao relatório, a Subcoordenação de Assistência Farmacêutica da SESAP reconheceu o problema e informou que medidas administrativas foram tomadas para reabastecer os estoques. A normalização estava prevista para ocorrer nos próximos dias, com índice de abastecimento em torno de 73,5%, apesar da falta de itens críticos.
Situação se repete em outras unidades da rede estadual
O desabastecimento não se restringe ao Hospital João Machado. No Hospital Maria Alice Fernandes, em Natal, cinco leitos da UTI neonatal e dois da pediátrica foram bloqueados por falta de insumos e recursos humanos. O Conselho Regional de Medicina do RN (Cremern) realizou fiscalização e anunciou que acionará a Justiça para garantir o funcionamento integral das unidades
Inspeção no Hospital Walfredo Gurgel
No Hospital Deoclécio Marques, em Parnamirim, cirurgias ortopédicas foram canceladas por falta de materiais básicos, como fios cirúrgicos e equipamentos essenciais. Pacientes aguardam internados sem previsão para realização dos procedimentos.
O Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel será inspecionado nesta quinta-feira (21) por representantes do Sinmed, Cremern e Ministério Público. A ação foi motivada por denúncias sobre o centro cirúrgico e o centro de queimados, incluindo uma obra que se arrasta há mais de um ano e pode comprometer o recebimento de recursos federais.
Secretaria de Saúde negocia com empresa prestadora para retomar fornecimento e normalizar procedimentos em Parnamirim
Cirurgias ortopédicas agendadas para esta terça-feira (19) no Hospital Deoclécio Marques de Lucena, em Parnamirim, foram suspensas devido à falta de material hospitalar. A interrupção pegou pacientes e acompanhantes de surpresa, que foram informados apenas no momento em que os procedimentos seriam realizados.
De acordo com relatos de familiares, pacientes já estavam preparados para serem encaminhados ao centro cirúrgico quando foram comunicados sobre o cancelamento. Muitos estão internados há vários dias aguardando atendimento e, em alguns casos, apresentam condições que exigem prioridade médica, como idade avançada e comorbidades.
Falta de insumos e impacto na assistência
A suspensão dos procedimentos está relacionada ao não fornecimento de insumos pela empresa contratada pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesap). Sem os materiais necessários, procedimentos cirúrgicos ortopédicos foram adiados, comprometendo o atendimento de pacientes que já se encontram internados.
Além da falta de materiais, acompanhantes relataram dificuldades com alimentação e higiene dentro da unidade hospitalar. Em alguns setores, leitos e banheiros estão sendo higienizados pelos próprios familiares dos pacientes, diante da paralisação dos serviços de limpeza.
Situação dos pacientes
Entre os pacientes afetados estão pessoas que sofreram acidentes de trânsito, quedas e fraturas diversas, casos que dependem de intervenção cirúrgica imediata para evitar complicações. Enquanto parte das cirurgias foi suspensa, outros procedimentos ainda estavam previstos para ocorrer nesta terça-feira, com utilização do estoque limitado de materiais disponíveis no hospital.
Paralisação de terceirizados agrava cenário
A situação no Hospital Deoclécio Marques foi agravada pela paralisação dos trabalhadores terceirizados, iniciada no fim de semana. O movimento envolve equipes de limpeza, maqueiros e serviços de cozinha, responsáveis pelo suporte essencial à rotina hospitalar.
Os trabalhadores reivindicam o pagamento de salários atrasados, vale-alimentação e férias. A falta desses serviços impactou diretamente o funcionamento do hospital, dificultando o transporte interno de pacientes, a higienização dos ambientes e o fornecimento de refeições.
Posicionamento da Sesap
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde informou que realizou reunião com a empresa prestadora responsável pelo fornecimento de insumos, com o objetivo de restabelecer a regularidade dos materiais necessários às cirurgias.
Sobre a paralisação dos terceirizados, a Sesap afirmou que a transferência dos valores devidos foi feita na segunda-feira (18) e que os pagamentos devem ser concluídos até esta terça-feira (19). Com isso, a expectativa é de que os serviços de limpeza, apoio e alimentação sejam retomados gradualmente.
O órgão destacou ainda que acompanha a situação para reduzir os impactos sobre os pacientes e assegurar o funcionamento regular do hospital.
Conselho Regional de Medicina do RN reforça gravidade do caso e informa que dados serão incluídos em ação civil pública sobre leitos de UTI
O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (CREMERN) confirmou, nesta terça-feira (19), o falecimento de uma criança no Hospital Maria Alice Fernandes, em Natal, no dia 7 de agosto. A informação foi divulgada em resposta a declarações do secretário estadual da Saúde, Alexandre Motta, que havia anunciado intenção de oficiar a entidade para esclarecimentos sobre a denúncia de bloqueio de leitos de UTI.
Em nota oficial, o CREMERN afirmou que a morte da paciente consta em prontuário médico e na declaração de óbito. A entidade destacou que as informações serão apresentadas na Ação Civil Pública que trata do funcionamento dos leitos de UTI da unidade hospitalar, diante da gravidade da situação.
Ação Civil Pública e contexto da denúncia
A Ação Civil Pública em questão já apura a disponibilidade e a gestão de leitos de terapia intensiva no Hospital Maria Alice Fernandes. Segundo o conselho, a ocorrência de óbito será incluída no processo como parte da análise sobre o impacto do fechamento de vagas no setor.
A entidade ressaltou que repassa dados com base na ética médica e com transparência, reforçando a responsabilidade institucional na fiscalização da qualidade do atendimento hospitalar.
Sindicância aberta pelo conselho
O CREMERN também anunciou a abertura de um procedimento administrativo interno de sindicância para investigar as circunstâncias do caso. O processo tramita em caráter sigiloso, conforme estabelece a legislação vigente, e só poderá ser detalhado após a conclusão das apurações.
O objetivo da sindicância é reunir informações técnicas e médicas para subsidiar a atuação da entidade e de outras instituições envolvidas na fiscalização do sistema de saúde pública.
Notificação da Sesap
Apesar da repercussão, o conselho informou que, até esta terça-feira (19), não havia recebido notificação oficial da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) sobre o pedido de esclarecimento. A entidade reforçou que continuará acompanhando os desdobramentos e poderá acionar outros órgãos competentes, caso sejam necessárias providências adicionais.
O CREMERN reafirmou ainda sua função legal de defesa da saúde e da vida da população, conforme previsto na Lei nº 3.268/1957, que regulamenta os conselhos de medicina em todo o país.
Sistema público de saúde do Rio Grande do Norte enfrenta alta demanda por procedimentos cirúrgicos eletivos, com destaque para casos vasculares e dermatológicos
Fila de cirurgias no RN ultrapassa 33 mil pacientes no SUS
Sistema público de saúde do Rio Grande do Norte enfrenta alta demanda por procedimentos cirúrgicos, com destaque para casos vasculares e dermatológicos
Fila de cirurgias no RN ultrapassa 33 mil pacientes no Sistema Único de Saúde (SUS), segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).
O estado do Rio Grande do Norte registra atualmente mais de 33 mil pacientes na fila de espera por cirurgias eletivas no Sistema Único de Saúde (SUS). Os procedimentos vão desde intervenções dermatológicas simples até cirurgias ortopédicas, oftalmológicas e vasculares de alta complexidade. Apesar do aumento na quantidade de cirurgias realizadas nos últimos anos, a demanda reprimida permanece elevada.
Em maio de 2023, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) contabilizava cerca de 27 mil pessoas aguardando por cirurgias. Desde então, houve um acréscimo de aproximadamente 6 mil pacientes, representando um crescimento de 22%. A audiência pública realizada pela Comissão de Finanças e Fiscalização da Assembleia Legislativa, em 13 de agosto, abordou o tema. Durante o encontro, o secretário estadual de Saúde apresentou dados do último quadrimestre, destacando que, embora o número de procedimentos tenha aumentado, a fila continua praticamente estável.
Em 2024, o estado realizou cerca de 90 mil cirurgias, sendo 16 mil diretamente pela Sesap. Mesmo com esse volume, a fila não apresentou redução significativa. As especialidades com maior concentração de pacientes são as cirurgias vasculares e urológicas. No caso das vasculares, há 207 pessoas na fila, muitas em estado avançado de complicações relacionadas ao diabetes. Entre janeiro e junho de 2025, foram registradas 345 amputações no estado, em sua maioria associadas à insuficiência vascular.
A atenção básica, de responsabilidade dos municípios, tem papel fundamental na prevenção de casos graves. A falta de acompanhamento adequado contribui para o agravamento de doenças crônicas, como o diabetes, que poderiam ser controladas antes de evoluírem para quadros cirúrgicos.
Segundo dados do Sistema Regula Cirurgia, da Sesap, os procedimentos mais solicitados incluem:
Tratamento cirúrgico de varizes (bilateral): 2.439 pacientes
Exérese de tumor de pele, cisto sebáceo e lipoma: 2.192
Colecistectomia: 2.147
Histeroscopia diagnóstica: 1.445
Hernioplastia umbilical: 1.384
Postectomia: 1.209
Histerectomia total: 1.093
Plástica mamária feminina não estética: 976
Miomectomia: 790
Ureterolitotripsia: 689
Esses números refletem diferentes necessidades clínicas, mas têm em comum o impacto direto na qualidade de vida dos pacientes. A espera prolongada pode resultar em dor, perda de mobilidade, incapacidade laboral e agravamento do quadro clínico.
O processo de regulação das cirurgias envolve múltiplas etapas: avaliação na atenção básica, encaminhamento ao especialista e posterior regulação para o procedimento. A ausência de exames complementares, a limitação de vagas em hospitais habilitados e a escassez de profissionais especializados são fatores que dificultam o fluxo.
A fila é considerada dinâmica, variando conforme o tipo de cirurgia e a complexidade envolvida. Muitos pacientes já passaram por procedimentos anteriores e continuam na lista para novas intervenções. As cirurgias vasculares são realizadas principalmente por meio de contratos com o Hospital da Polícia e o Hospital Santa Catarina, que enfrentam limitações estruturais e de pessoal.
Parte dos procedimentos é determinada por ordem judicial, exigindo remanejamento constante de recursos e ajustes nas agendas hospitalares. Em 2024, o custo das cirurgias eletivas foi de R$ 54 milhões, com previsão de aumento para R$ 64,8 milhões em 2025.
A presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do RN (Cosems/RN) destacou que o aumento do orçamento precisa ser acompanhado por melhorias estruturais, integração entre estado e municípios, fortalecimento da rede hospitalar regional e da atenção primária.
Mesmo com programas federais de incentivo financeiro, ainda há gargalos em regiões específicas e em cirurgias mais complexas, como urológicas e tireoidectomias. Alguns municípios têm arcado com os custos de cirurgias com recursos próprios, diante da insuficiência do programa estadual.
A unificação dos sistemas de cadastro de cirurgias no Regula RN contribuiu para o crescimento aparente da fila, que agora apresenta dados mais consolidados. Muitos procedimentos só são realizados via rede privada, por meio de cooperativas médicas, devido à baixa remuneração oferecida pelo SUS para cirurgias complexas.
A fila inclui também procedimentos considerados simples, como a exérese de tumor de pele, que soma mais de duas mil pessoas aguardando atendimento. A priorização de casos graves tem deixado pacientes com lesões benignas sem atendimento, evidenciando a necessidade de reforço na prevenção.
Sete leitos bloqueados por falta de insumos foram reativados; hospital volta a operar com 20 vagas de UTI neonatal e pediátrica
Os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Maria Alice Fernandes, em Natal, foram reabertos nesta sexta-feira (15). No início do mês, sete leitos — cinco de UTI neonatal e dois de UTI pediátrica — haviam sido bloqueados por falta de insumos e materiais básicos.
Com a retomada, o hospital voltou a funcionar com 20 leitos ativos, sendo 10 de UTI neonatal e 10 de UTI pediátrica.
Na quinta-feira (14), a Justiça Federal havia determinado o desbloqueio dos leitos no prazo de 48 horas, após ação movida pelo Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (Cremern), pela Defensoria Pública do Estado e pelo Ministério Público do RN.
Reabertura antecipada
A Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap) informou que a reabertura ocorreu antes mesmo de a pasta ser notificada oficialmente da decisão. O secretário de Saúde, Alexandre Motta, explicou que o Estado vinha tentando solucionar o problema desde a semana anterior.
Segundo Motta, a pasta conseguiu adquirir insumos por meio de requisição a três empresas, duas delas já com entregas confirmadas. Além disso, houve parcerias com órgãos públicos e um hospital privado. Entre os parceiros citados estão a Secretaria de Saúde da Paraíba, o Hospital Universitário Ana Bezerra (Santa Cruz), a Maternidade Escola Januário Cicco, o Hospital Infantil Varela Santiago e o Hospital Rio Grande, em Natal.
O secretário destacou que, antes disso, já haviam sido reunidos materiais do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel e do Hospital Santa Catarina, mas que ainda não eram suficientes para reativar os leitos.
Bloqueio por segurança
Motta afirmou que a decisão da direção local de bloquear os leitos foi correta diante da ausência de insumos, que incluíam medicamentos e materiais para procedimentos, inclusive cirúrgicos. Ele ressaltou que manter leitos sem condições adequadas poderia comprometer a segurança dos pacientes.
“É mais prudente bloquear o leito do que admitir uma criança sem condições de garantir o atendimento necessário”, afirmou.
O secretário também negou denúncias de que uma criança teria morrido no período em que os leitos estavam bloqueados.
Determinação judicial
A decisão da juíza federal Gisele Maria da Silva Araújo Leite determinou não apenas o desbloqueio dos leitos, mas também que o Governo do Estado apresente, em até 30 dias, um plano de ação detalhado para garantir a manutenção integral e ininterrupta dos serviços da UTI.
Esse plano deve incluir a comprovação do fornecimento de todos os medicamentos e materiais necessários para o funcionamento seguro e contínuo das unidades de terapia intensiva do hospital.
Alimentos crus e mal higienizados estão entre as principais fontes de contaminação
A salmonela é uma das bactérias mais conhecidas quando o assunto é intoxicação alimentar, e também uma das mais perigosas. Presente em alimentos contaminados por fezes de animais ou água imprópria para consumo, ela pode provocar desde diarreias e mal-estar até, em casos mais graves, infecções severas e a morte.
Segundo a especialista em microbiologia, Lara Souza, professora nos cursos de Nutrição, Farmácia e Biomedicina da Universidade Potiguar (UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima, a bactéria pertence à família das Enterobacteriaceae e possui duas espécies causadoras de doenças em humanos: S. enterica e S. bongori. “A salmonella enterica é a mais relevante para a saúde pública e é composta por seis subespécies. Todas elas podem estar associadas a surtos alimentares e, por isso, merecem atenção especial”, cita.
A especialista alerta que a transmissão ocorre principalmente pela ingestão de alimentos contaminados. “Essa bactéria é encontrada em animais como galinhas, porcos, vacas, répteis, anfíbios e até mesmo em cães e gatos. Isso significa que carnes, ovos, leite ou qualquer alimento que tenha tido contato com fezes desses animais pode se tornar uma via de transmissão”, afirma.
Souza explica que os sintomas podem ou não demorar a aparecer. “Os sintomas da infecção costumam aparecer entre 6 e 72 horas após o consumo e podem durar de 2 a 7 dias. Entre os mais comuns estão diarreia intensa, vômitos, dor abdominal, febre, calafrios e, em casos mais graves, sangue nas fezes”, diz a docente.
Alguns alimentos são mais suscetíveis à contaminação, como carnes cruas (especialmente de frango e porco), ovos e produtos à base de ovos crus, leite e derivados não pasteurizados, frutos do mar e vegetais crus mal higienizados.
Para prevenir, a recomendação da professora da UnP é simples: higiene e cozimento adequado. “É fundamental lavar bem as mãos antes e depois de manusear alimentos, principalmente carnes e ovos. Cozinhar bem os alimentos é uma das formas mais seguras de eliminar a bactéria. Ela é destruída a temperaturas acima de 70°C. Além disso, é recomendado evitar ovos crus, carnes malpassadas e refrigerar imediatamente os alimentos perecíveis”, orienta.
Sobre a Universidade Potiguar – UnP
Com 44 anos de inovação e tradição, a UnP é a única universidade privada do Estado do Rio Grande do Norte a integrar o maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima. A universidade possui milhares de alunos entre os campi em Natal, Mossoró e Caicó, oferecendo cursos de graduação, pós-graduação lato sensu, Mestrados e Doutorados. Também contribui para democratização do ensino superior ao disponibilizar uma oferta de cursos digitais com diversos polos dentro e fora do Rio Grande do Norte. Como formadora de profissionais, a instituição tem compromisso com a cidadania, sempre pautada nos valores éticos, sociais, culturais e profissionais. Este propósito direciona o desenvolvimento e a prática de seu projeto institucional e dos projetos pedagógicos dos cursos que oferece para a comunidade. Além disso, os alunos de Medicina da UnP contam com a Inspirali, um dos principais players de educação continuada na área médica. Para mais informações: www.unp.br.
Sobre a Ânima Educação
Com o propósito de transformar o Brasil pela educação, a Ânima é o maior e o mais inovador ecossistema de ensino de qualidade para o país, com um portfólio de marcas valiosas e um dos principais players de educação continuada na área médica. A companhia é composta por cerca de 370 mil estudantes, distribuídos em 18 instituições de ensino superior, e em mais de 500 polos educacionais por todo o Brasil. Integradas também ao Ecossistema Ânima estão marcas especialistas em suas áreas de atuação, como HSM, HSM University, EBRADI (Escola Brasileira de Direito), Le Cordon Bleu (SP), SingularityU Brazil, Inspirali, Community Creators Academy, e Learning Village, primeiro hub de inovação e educação da América Latina, além do Instituto Ânima.
Em 2023, a Forbes, uma das revistas de negócios e economia mais respeitadas do mundo, elencou a Ânima entre as 10 maiores companhias inovadoras do país e, em 2022, o ecossistema de ensino, também foi destaque do Prêmio Valor Inovação – parceria do jornal Valor Econômico e a Strategy&, consultoria estratégica da PwC – figurando no ranking de empresas mais inovadoras do Brasil no setor de educação. A companhia também se destacou no Finance & Law Summit Awards – FILASA, em 2022, como Melhor Departamento de Compliance. Em 2021, a organização educacional foi destaque no Guia ESG da revista Exame como uma das vencedoras na categoria Educação. Desde 2013, a companhia está na Bolsa de Valores, no segmento de Novo Mercado, considerado o de mais elevado grau de governança corporativa.
Decisão obriga Sesap a reativar sete leitos bloqueados e apresentar plano para funcionamento integral da UTI
A UTI Hospital Maria Alice Fernandes, referência em cuidados intensivos pediátricos e neonatais em Natal, será totalmente reaberta por determinação da Justiça Federal. A decisão, emitida nesta quinta-feira (14) pela juíza Gisele Maria da Silva Araújo Leite, obriga a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) a reativar, em até 48 horas, os sete leitos de terapia intensiva que estavam bloqueados.
Obrigações impostas à Sesap
O despacho judicial determina que, no prazo máximo de 30 dias, a Sesap apresente um plano de ação detalhado para manter o funcionamento integral e contínuo da UTI do Hospital Maria Alice Fernandes. O documento deve comprovar o fornecimento de medicamentos, equipamentos e materiais, podendo utilizar alternativas como a cessão de insumos de outras unidades, compras diretas ou requisições administrativas.
A magistrada destacou a necessidade de resposta imediata diante do aumento da demanda, impulsionada por surtos de gripe e arboviroses comuns nesta época do ano.
Novos leitos de cuidados intermediários
Além da reabertura dos leitos de terapia intensiva, a decisão prevê a ativação de 10 leitos de Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais Convencionais (UCINCo). Apesar da estrutura física pronta, esses leitos ainda não funcionam por falta de equipe e materiais. A Sesap deve informar, em até 48 horas, se já estão em operação e, caso contrário, apresentar um cronograma para abertura em até 30 dias, com recursos humanos e insumos garantidos.
Situação identificada em vistoria
A medida judicial foi motivada por vistoria do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (Cremern), que encontrou cinco leitos neonatais e dois pediátricos indisponíveis por ausência de itens essenciais como tubos orotraqueais, cateteres, cafeína e fenobarbital injetável. O relatório também apontou:
Restrições orçamentárias;
Suspensão de entregas por fornecedores devido à inadimplência do Estado;
Escassez de técnicos de enfermagem;
Ausência de registros obrigatórios nas comissões internas;
Falta de certificados de regularidade.
No momento da inspeção, 12 pacientes aguardavam vaga em UTI: seis recém-nascidos, quatro crianças e dois adolescentes. O hospital operava com 13 leitos ativos, mas sua capacidade plena é maior.
Contexto orçamentário
Durante audiência pública da Comissão de Finanças e Fiscalização (CFF) da Assembleia Legislativa, o secretário estadual de Saúde, Alexandre Motta, informou que seriam necessários cerca de R$ 83 milhões mensais para manter todos os serviços do hospital (excluindo folha de pagamento), mas o repasse médio é de apenas R$ 50 milhões. Essa diferença, segundo ele, obriga a priorização de algumas áreas em detrimento de outras.
Importância da UTI Hospital Maria Alice Fernandes
A UTI do Hospital Maria Alice Fernandes é considerada um pilar da saúde pública no Rio Grande do Norte, recebendo pacientes de todo o estado e oferecendo tratamento de alta complexidade. A reabertura total dos leitos é fundamental para garantir atendimento rápido e seguro a crianças e recém-nascidos em estado crítico.
Vítima de espancamento em elevador de Natal teve múltiplas fraturas e passou por procedimento de mais de 7 horas
Juliana Soares, de 35 anos, vítima de espancamento ocorrido no elevador de um condomínio em Natal, divulgou nesta semana uma imagem do rosto após passar por cirurgia facial reconstrutiva. A imagem foi publicada em seu perfil nas redes sociais e mostra o sétimo dia de recuperação após o procedimento.
Ela teve alta hospitalar na última segunda-feira (4.ago.2025). A cirurgia ocorreu no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), na sexta-feira passada (1º.ago), e durou mais de sete horas. Segundo os médicos, o procedimento foi bem-sucedido, apesar da gravidade das fraturas.
Juliana sofreu múltiplas fraturas no rosto e no maxilar após ser agredida com mais de 60 socos. A cirurgia realizada, chamada osteossíntese, tem como objetivo restaurar a estética e a funcionalidade do rosto. A previsão inicial era de três horas de duração, mas a complexidade da lesão exigiu um tempo maior de intervenção.
O cirurgião-dentista responsável, Kerlison Paulino de Oliveira, informou que algumas fraturas apresentavam fragmentos difíceis de serem fixados. Segundo ele, foi necessário utilizar placas mais rígidas e com perfis mais grossos para garantir a sustentação do esqueleto facial.
De acordo com o especialista, não foi possível determinar com precisão a quantidade de fraturas. Ele também afirmou que há possibilidade de sequelas permanentes. “Alguns fragmentos estavam muito distantes, mesmo com as fixações, o que compromete uma união perfeita dos tecidos ósseos”, explicou.
Juliana também iniciou sessões de laserterapia no rosto para controle de edema e inflamação. As sessões fazem parte do processo de reabilitação pós-cirúrgica.
A agressão aconteceu no dia 26 de julho. O acusado é Igor Eduardo Pereira Cabral, ex-jogador de basquete. Ele foi preso em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva após audiência de custódia. Nesta quinta-feira (7.ago), a Justiça do Rio Grande do Norte aceitou a denúncia do Ministério Público. O acusado se tornou réu por tentativa de feminicídio.
Segundo informações da Polícia Civil, o crime foi motivado por ciúmes. Igor Cabral está detido na Cadeia Pública Dinorá Simas, em Ceará-Mirim. Na sexta-feira (1º.ago), ele relatou ter sido agredido dentro da unidade prisional.
Por meio de nota divulgada pelo advogado de defesa, o acusado pediu perdão e atribuiu o ato a uso de substâncias e instabilidade emocional.
Unidade opera com metade dos leitos e relata desabastecimento de medicamentos e materiais básicos
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal do Hospital Maria Alice Fernandes, em Natal, suspendeu o recebimento de novos pacientes nesta sexta-feira (8.ago.2025), devido à falta de insumos básicos para atendimento. A unidade conta com 20 leitos, mas apenas 10 estão em funcionamento, sendo que somente cinco permanecem ativos.
De acordo com a médica intensivista Ilka Maria Batista ao portal g1 RN, o hospital enfrenta desabastecimento de medicamentos e materiais essenciais, como fenobarbital (usado para controle de convulsões), cafeína (utilizada em recém-nascidos prematuros), tubos para ventilação mecânica, telas para correção de hérnia diafragmática, cateteres e luvas de procedimento.
O Hospital Maria Alice Fernandes é o único hospital pediátrico do estado do Rio Grande do Norte e atua como referência em áreas como cirurgia pediátrica, cardiologia e nefrologia. “Nós somos referência no estado todo. Então, não pode faltar. Somos o único hospital pediátrico do estado”, declarou a médica em entrevista ao portal de notícias.
Ilka afirmou que a situação de desabastecimento vem sendo comunicada à Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) desde que os materiais começaram a acabar. Segundo ela, apesar das notificações, o problema persiste.
A médica destacou ainda que a abertura da UTI neonatal ocorreu por meio de ordem judicial. Diante do atual cenário, órgãos como o Ministério Público e o Conselho Regional de Medicina foram comunicados sobre a paralisação parcial dos serviços. “Nós precisamos de ajuda, estamos gritando, precisamos de condições para trabalhar”, disse.
Além da falta de insumos, o hospital também enfrenta dificuldades operacionais. O sistema Salux, utilizado para registro de prontuários, admissões, cirurgias, transferências e faturamento, está inoperante desde o dia 24 de julho, após o vencimento do contrato. Desde então, todos os procedimentos estão sendo realizados manualmente.
Nota da Sesap
A Secretaria de Estado da Saúde Pública informou, por meio de nota, que o hospital finalizou recentemente uma licitação para aquisição de insumos. A previsão é de que os pedidos de entrega sejam realizados entre esta sexta-feira (8) e o início da próxima semana, dependendo da disponibilidade orçamentária da pasta.
A Sesap também declarou que não há fila de espera por leitos neonatais na rede estadual e que a regularização dos leitos da UTI neonatal do Hospital Maria Alice Fernandes ocorrerá conforme a entrega dos materiais.
Quanto ao sistema de prontuários, a secretaria informou que está em processo de implantação do prontuário eletrônico em toda a rede estadual, com a substituição dos sistemas antigos. A ação inclui a entrega de novos computadores para as unidades de saúde, com o objetivo de agilizar a modernização e melhorar os fluxos operacionais.
Após sofrer tentativa de feminicídio com ao menos 60 socos no rosto, paciente passa por procedimento complexo de sete horas; recuperação será lenta e exige monitoramento
A cirurgia de reconstrução facial de Juliana Soares, vítima de tentativa de feminicídio no último sábado (26.jul.2025), em Natal, foi realizada com sucesso no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), vinculado à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). O procedimento ocorreu na sexta-feira (1º.ago) e foi considerado complexo devido à gravidade das fraturas provocadas pela agressão.
Juliana foi agredida com pelo menos 60 socos no rosto dentro de um elevador de um condomínio no bairro de Ponta Negra, na zona Sul da capital potiguar. O agressor, Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos, foi preso e transferido para a Cadeia Pública Dinorá Simas Lima Deodato, em Ceará-Mirim, onde está detido em cela coletiva. A Polícia Civil investiga o caso como tentativa de feminicídio.
De acordo com nota oficial do HUOL, a cirurgia foi conduzida por uma equipe especializada em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial e seguiu o planejamento previsto, com o objetivo de restabelecer a funcionalidade e a estética facial da paciente. O procedimento transcorreu dentro dos padrões técnicos e éticos, com atendimento multiprofissional. Juliana permanece internada sob cuidados pós-operatórios e deverá receber alta conforme a evolução clínica.
O cirurgião responsável, Kerlison Paulino de Oliveira, afirmou que a recuperação da paciente será lenta e progressiva, com necessidade de monitoramento constante por pelo menos 30 dias. Segundo o médico, o tipo de trauma sofrido foi incomum pela sua gravidade, o que demandará um tempo maior de reabilitação. “Foi um trauma muito acima do padrão que a gente normalmente recebe. Por isso, acreditamos que a recuperação exigirá mais tempo”, explicou.
O profissional detalhou ainda que Juliana deverá iniciar a recuperação com dieta líquida, passando depois para uma dieta pastosa, como medida necessária para preservar a área reconstruída. A fratura no maxilar era complexa, com mobilidade total do osso, mas a equipe médica conseguiu realizar uma fixação eficaz do lado oposto ao mais afetado, o que poderá contribuir para a estabilização.
A cirurgia durou sete horas — duas a mais do que o planejado inicialmente. Em entrevista coletiva, o cirurgião explicou que a equipe enfrentou dificuldades devido à fragmentação extrema dos ossos faciais. “Em muitos pontos, os fragmentos estavam tão distantes e frágeis que tivemos que usar placas mais rígidas para garantir a fixação”, explicou. Em algumas regiões, os ossos apresentavam aspecto semelhante ao de cascas de ovo, o que exigiu múltiplas reavaliações ao longo do procedimento.
Segundo a equipe médica, Juliana sofreu incontáveis fraturas em diversas regiões do rosto. O cirurgião explicou que a gravidade do caso comprometeu a união perfeita dos ossos em algumas áreas. Diante da complexidade do quadro, há a possibilidade de que a paciente enfrente sequelas permanentes. “Muito provavelmente [ela terá sequelas], sim. Em alguns casos, conseguimos uma união perfeita. Neste, foram muitos fragmentos e isso dificultou bastante”, afirmou Kerlison Paulino.
Durante os próximos dois meses, a paciente será acompanhada de forma intensiva para avaliação de sua evolução clínica e para identificação de eventuais necessidades de novos procedimentos. O acompanhamento incluirá avaliação de sequelas e acompanhamento funcional.
A cirurgia mobilizou uma equipe de 10 profissionais, incluindo anestesistas, residentes e equipe de enfermagem. Apesar das dificuldades, o HUOL reafirmou, em nota, seu compromisso com a assistência qualificada e a promoção dos direitos humanos no Sistema Único de Saúde (SUS). O hospital também destacou que a atuação seguiu protocolos técnicos e acolhimento humanizado.
Juliana permanece internada, sedada, com previsão de alta em até dois dias, a depender da resposta do organismo ao pós-operatório.
Pacientes são de Natal; variante é monitorada pela OMS e não indica aumento de gravidade, segundo a Sesap
A Secretaria Estadual de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap) confirmou a identificação de três casos da nova variante XFG da Covid-19 em pacientes residentes em Natal. A confirmação foi divulgada neste sábado (2.jul.2025).
Segundo informações da Sesap, a variante XFG pertence à linhagem da Ômicron e apresenta mutações genéticas. No entanto, até o momento, não há evidências de aumento na gravidade da doença ou de impacto relevante na eficácia das vacinas e medicamentos antivirais utilizados no combate à Covid-19.
A variante foi classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma “variante sob monitoramento”. De acordo com a Sesap, essa categoria é utilizada para linhagens que apresentam mutações genômicas com potencial impacto na saúde pública, mas cujos efeitos ainda não foram completamente avaliados.
Além do Rio Grande do Norte, a linhagem XFG já foi identificada em pelo menos outros 38 países. No Brasil, há confirmações de casos nos estados do Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina, conforme dados repassados pela Secretaria.
Teste Rápido Antígeno para Covid-19
A Sesap reforça a importância da vacinação como principal forma de proteção contra a Covid-19 e orienta que pessoas que apresentem sintomas gripais procurem os serviços de saúde para avaliação. A secretaria também recomenda intensificar medidas de higiene, especialmente a lavagem frequente das mãos.
A pasta estadual segue monitorando a situação epidemiológica da Covid-19 no estado, incluindo o acompanhamento de possíveis novas variantes em circulação. Segundo a secretaria, os três pacientes identificados com a variante XFG não apresentam quadro clínico grave até o momento.
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil / Marcello Casal Jr./Agência Brasil / Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agencia Brasil
Vítima teve múltiplas fraturas no rosto após agressão registrada por câmeras; agressor está preso em ala de segurança em cadeia do RN
A mulher agredida com mais de 60 socos dentro de um elevador por seu então namorado, o ex-jogador de basquete Igor Eduardo Cabral, passou por uma cirurgia reconstrutiva no rosto nesta sexta-feira (1º.ago.2025), no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), em Natal.
O procedimento, denominado osteossíntese, foi realizado sob anestesia geral por uma equipe multidisciplinar formada por cirurgiões-dentistas especializados em cirurgia buco-maxilo-facial, anestesistas e profissionais de enfermagem. O objetivo foi restaurar a forma e a função do rosto da paciente, que sofreu múltiplas fraturas na face, incluindo o complexo zigomático-orbitário e o côndilo mandibular, segundo laudo do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel.
A paciente havia sido internada na quinta-feira (31.jul.2025) para os preparativos cirúrgicos. De acordo com o cirurgião-dentista Kerlison Paulino de Oliveira, responsável pelo procedimento, o quadro clínico evoluiu de forma satisfatória, com redução de edemas e hematomas. A cirurgia incluiu a fixação das fraturas com miniplacas e miniparafusos, além de uma revisão das estruturas nasais.
A previsão inicial de permanência hospitalar é de dois dias, com acompanhamento clínico contínuo para prevenção de possíveis sequelas. O hospital informou que poderá haver necessidade de nova abordagem cirúrgica, a depender da evolução do quadro.
Crime foi registrado por câmeras do elevador
A agressão ocorreu no sábado (26.jul), dentro de um elevador em um condomínio do bairro de Ponta Negra, zona Sul de Natal. Imagens de câmera de segurança mostram Igor Cabral desferindo pelo menos 60 socos contra a mulher. A vítima ficou com o rosto ensanguentado.
O crime foi denunciado por um segurança do condomínio, que acompanhava as imagens em tempo real. Quando o elevador chegou ao térreo, moradores contiveram o agressor até a chegada da Polícia Militar. Igor Cabral foi preso em flagrante e teve a prisão convertida para preventiva no dia seguinte, após audiência de custódia.
No momento do atendimento médico, a vítima não conseguia falar e relatou a ameaça de morte por meio de um bilhete entregue à polícia. “Eu sabia que ele ia me bater. Então, não saí do elevador. Ele começou a me bater e disse que ia me matar”, escreveu.
Pichação e repercussão pública
Dias após a divulgação do vídeo, uma pichação com os dizeres “A rua vai cobrar cada soco” apareceu em um portão nas proximidades da residência onde Igor Cabral vivia com familiares, no bairro Nova Descoberta, também em Natal. A família informou que a pichação foi feita em um imóvel vizinho, e não na casa do acusado.
A frase chamou atenção e aumentou o clima de tensão entre moradores da área. Igor passou a ser chamado informalmente de “bombado do elevador” nas redes sociais e por veículos de imprensa, em referência à violência registrada pelas câmeras.
Pedido de cela isolada e transferência para ala de segurança
A defesa de Igor Cabral solicitou à Justiça que ele fosse transferido para uma cela isolada, alegando risco à integridade física em razão da repercussão do caso e ameaças supostamente feitas por uma facção criminosa.
O pedido foi encaminhado à Secretaria de Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte (SEAP), que confirmou a solicitação. Na terça-feira (29.ju), a Justiça concedeu o prazo de 48 horas para que a pasta informasse quais providências seriam adotadas.
Inicialmente custodiado no Centro de Recebimento e Triagem (CRT), Igor Cabral foi transferido nesta sexta-feira (1º) para a Cadeia Pública Dinorá Simas, no município de Ceará-Mirim, onde permanecerá em uma ala de segurança. Segundo a SEAP, ele ficará, por pelo menos 30 dias, em uma cela com detentos acusados de crimes semelhantes, em período de adaptação à unidade. Após a triagem, será avaliado se ele será mantido separado de presos considerados de alta periculosidade.
Prefeito de Natal considerou inconstitucional a proposta aprovada pela Câmara Municipal que autorizava ausência do trabalho por luto de animal
O prefeito de Natal, Paulinho Freire (União Brasil), vetou integralmente o projeto de lei que autorizava servidores públicos municipais a se ausentarem do trabalho por um dia em caso de falecimento de animal de estimação. A decisão foi publicada na edição desta segunda-feira (28.jul.2025) do Diário Oficial do Município.
O projeto havia sido aprovado pela Câmara Municipal de Natal e era de autoria do vereador Robson Carvalho (União). A proposta estabelecia que os servidores teriam direito a até três dias de folga por ano, mediante apresentação de atestado de óbito do animal, emitido por estabelecimento veterinário ou profissional registrado no Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV).
Na justificativa para o veto, Paulinho Freire argumentou que o texto possui vício de iniciativa, por tratar de tema que é de competência exclusiva do Poder Executivo. O prefeito apontou que a proposta interfere no regime jurídico dos servidores públicos municipais, considerado matéria de caráter administrativo.
“Extrapola os limites da competência parlamentar, notadamente ao pretender legislar sobre matéria afeta ao regime jurídico dos servidores públicos municipais, que possui nítido caráter administrativo”, afirma o texto do veto.
A proposta visava incluir na legislação municipal um dispositivo que autorizasse a ausência remunerada do servidor em caso de morte de animal de estimação, com a obrigatoriedade da apresentação de documentação comprobatória.
Durante a tramitação na Câmara, o vereador Robson Carvalho defendeu que a medida atenderia a uma demanda emocional de muitos servidores que tratam seus animais como parte da família. O parlamentar afirmou ainda que o projeto buscava preencher uma lacuna legal e garantir um direito relacionado ao bem-estar psicológico dos trabalhadores da administração municipal.
Mesmo com a aprovação em plenário, o projeto precisava da sanção do prefeito para entrar em vigor. Com o veto integral, a proposta volta agora à Câmara Municipal, onde os vereadores poderão decidir se mantêm ou derrubam a decisão do Executivo.
Para a derrubada do veto, são necessários ao menos dois terços dos votos dos parlamentares da Casa. Até o momento, não há previsão oficial de quando o veto será analisado em plenário.
O projeto é parte de uma série de iniciativas apresentadas nos últimos anos por vereadores de diversas cidades do país que buscam reconhecer formalmente o vínculo afetivo entre servidores e seus animais de estimação, ampliando os direitos trabalhistas relacionados ao luto por perda de pets.
Caso o veto seja mantido, o texto será arquivado. Se os vereadores optarem por derrubá-lo, a lei será promulgada pela Câmara, sem a necessidade de sanção do prefeito.
Foto: Andre Borges/Agência Brasília / Gabriel Jabur/Agência Brasília
Mais de 28 mil candidatos participaram do certame com 259 vagas imediatas na rede estadual de saúde
O Governo do Rio Grande do Norte divulgou, nesta sexta-feira (25.jul.2025), o resultado final do concurso público da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) referente ao Edital nº 01/2025. A informação foi publicada em edição extraordinária do Diário Oficial do Estado (DOE) e envolve vagas para candidatos de nível médio e técnico. Confira o resultado clicando aqui.
As provas objetivas foram aplicadas no dia 25 de maio. Ao todo, 28.762 candidatos se inscreveram para disputar 259 vagas imediatas, além de formação de cadastro de reserva. As vagas foram distribuídas entre 13 cargos distintos para atuação na rede estadual de saúde.
Os profissionais aprovados irão ocupar cargos efetivos no quadro da Sesap, contribuindo para a ampliação da força de trabalho nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio Grande do Norte. A homologação do resultado final está prevista para publicação nas próximas edições do Diário Oficial do Estado.
O certame tem por objetivo reforçar o atendimento público à população e faz parte do processo de recomposição do quadro funcional da saúde estadual. Os novos servidores atuarão em unidades sob responsabilidade da Sesap nas diversas regiões do estado.
Além do edital voltado a nível médio e técnico, o concurso da Sesap também contempla o Edital nº 02/2025, destinado a candidatos de nível superior. Nessa etapa, foram ofertadas 306 vagas distribuídas em 90 especialidades, com previsão de publicação do resultado final para o mês de outubro.
A realização do concurso está sob responsabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV), conforme previsto no edital. A seleção envolve, além das provas objetivas, etapas como avaliação de títulos para alguns cargos de nível superior, conforme previsto em edital específico.
A publicação do resultado final marca o encerramento da fase de seleção do Edital nº 01/2025. Com a homologação, o Governo do RN poderá iniciar a convocação dos aprovados para apresentação de documentos, realização de exames admissionais e posterior nomeação.
Os candidatos aprovados devem acompanhar os próximos passos no site oficial da Sead e no Diário Oficial do Estado. Os convocados deverão apresentar documentação conforme previsto nos editais e comparecer aos locais definidos pelas autoridades estaduais dentro dos prazos estabelecidos.
O Governo do Estado reforça que os concursos públicos da saúde fazem parte de uma política de valorização do serviço público e de fortalecimento da estrutura de atendimento à saúde no RN, com ampliação da cobertura e melhoria da qualidade da assistência oferecida à população.
Síndrome crônica provoca dores, fadiga, ansiedade e depressão
A partir de janeiro de 2026, quem têm fibromialgia passará a ser considerado pessoa com deficiência (PcD). A A Lei 15.176, de 2025, que determina a medida, foi publicada nesta quinta-feira (24) no Diário Oficial da União, após ser sancionada sem vetos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A aprovação pelo Congresso Nacional ocorreu no último dia 2 de julho.
A norma passa a valer 180 dias após a publicação.
A fibromialgia é uma síndrome que provoca dores nos músculos, nas articulações, tontura, fadiga, ansiedade e depressão, e não tem origem conhecida. A origem está na chamada “sensibilização central”, uma disfunção em que os neurônios ligados à dor tornam-se excessivamente excitáveis.
Entre os direitos que serão estendidos às pessoas com fibromialgia estão cotas em concursos públicos e isenção de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na compra de veículos.
Uma equipe de saúde, com médicos e psicólogos, terá que atestar a limitação da pessoa para participação em atividades em igualdade com as outras pessoas.
No Distrito Federal, por exemplo, quem tem fibromialgia já pode ser considerado com deficiência. Agora a lei vale para todos o país. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento para quem possui a síndrome.
Foto: Kindel Media/Pexels / RDNE Stock Project/Pexels / Towfiqu barbhuiya/Pexels
Convocados vão reforçar hospitais estaduais e permitir a abertura de dez novos leitos de UTI na Região Metropolitana
O Governo do Rio Grande do Norte convocou 76 profissionais da área da saúde para atuar de forma temporária em unidades hospitalares da rede estadual localizadas na Região Metropolitana de Natal. A convocação foi publicada na edição desta quinta-feira (24.jul.2025) do Diário Oficial do Estado e atende a uma decisão judicial emitida neste mês.
Coordenada pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), a medida emergencial tem como objetivo viabilizar a abertura de dez novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e reforçar o atendimento em quatro hospitais da região. Os profissionais convocados irão atuar nas áreas de enfermagem, técnico de enfermagem e fisioterapia.
Entre os convocados, estão 15 enfermeiros, 56 técnicos de enfermagem e cinco fisioterapeutas. A maior parte será direcionada ao Hospital Giselda Trigueiro, em Natal, que receberá 48 profissionais para a ativação dos dez novos leitos de UTI. O Hospital Dr. José Pedro Bezerra (Santa Catarina), também em Natal, receberá sete profissionais, mesmo número destinado ao Hospital Pediátrico Maria Alice Fernandes, na zona Norte da capital.
Além disso, outros 14 profissionais atuarão no Hospital Regional Alfredo Mesquita Filho, no município de Macaíba, que integra a Grande Natal. Todos os convocados atuarão em caráter temporário.
A convocação é parte de uma estratégia do governo estadual para reforçar a estrutura hospitalar diante da demanda por atendimento em leitos críticos. Os nomes dos profissionais convocados, os prazos e as orientações para apresentação e início das atividades foram detalhados no Diário Oficial, conforme determinações legais e administrativas.
A medida visa garantir o cumprimento de uma determinação judicial recente que exige a ampliação da capacidade de atendimento hospitalar, especialmente em setores de maior criticidade, como as UTIs.
Criminoso entrou na unidade se passando por paciente; médico desconfiou da arma e suspeito fugiu sem ser preso
Um homem armado invadiu o Hospital dos Pescadores (HOSPEC), em Natal, durante a madrugada desta quinta-feira (24.jul.2025), e anunciou um assalto. O caso ocorreu por volta das 3h50. O suspeito se passou por paciente para acessar a unidade de saúde e ameaçou profissionais que estavam de plantão.
De acordo com informações divulgadas pelo Blog do BG, o criminoso chegou ao hospital fingindo ser atendido, mas logo revelou estar armado e anunciou o assalto. Durante a ação, um médico plantonista percebeu que a arma utilizada pelo suspeito poderia ser falsa e decidiu reagir. Diante da reação, o criminoso fugiu do local antes da chegada da polícia.
Apesar do acionamento imediato do policiamento, não houve prisão até o momento. Relatos indicam que o suspeito conseguiu escapar sem levar pertences ou causar ferimentos às pessoas presentes no local.
O Hospital dos Pescadores fica localizado no bairro das Rocas, zona Leste de Natal. A unidade é vinculada à rede pública municipal e realiza atendimentos de urgência.
O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde-RN) ainda não se manifestou sobre o episódio. A Secretaria Municipal de Saúde de Natal também não emitiu posicionamento oficial até o momento da publicação.
Foto: Elpídio Júnior/Câmara de Natal/Ilustração / Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração
Paciente perdeu o globo ocular após infecção decorrente de mutirão realizado em setembro de 2024
A Justiça do Rio Grande do Norte condenou a Prefeitura de Parelhas ao pagamento de R$ 400 mil a uma paciente que perdeu o globo ocular após se submeter a cirurgia de catarata em mutirão promovido pelo município. A decisão foi proferida pela Vara Única da Comarca de Parelhas e trata da primeira sentença relacionada ao caso.
O mutirão de cirurgias ocorreu nos dias 27 e 28 de setembro de 2024, pouco antes das eleições municipais. A iniciativa foi realizada em parceria com uma empresa especializada em saúde ocular. Conforme consta no processo, ao menos 15 dos 20 pacientes atendidos no primeiro dia da ação apresentaram infecção ocular. Desses, 10 perderam o olho operado.
A paciente autora da ação informou que, quatro dias após a cirurgia, sofreu o rompimento do globo ocular, sendo submetida a um procedimento de evisceração, caracterizado pela retirada completa do olho afetado. Antes disso, buscou atendimento com dois médicos em diferentes cidades, ambos confirmando o diagnóstico de endoftalmite — inflamação severa no interior do olho, frequentemente associada a infecções bacterianas.
O valor da indenização foi fixado em R$ 200 mil por danos morais e R$ 200 mil por danos estéticos. O juiz responsável pelo caso, Wilson Neves de Medeiros Júnior, fundamentou sua decisão nos artigos 37, §6º da Constituição Federal e 43 do Código Civil, que tratam da responsabilidade objetiva do Estado por atos de seus agentes ou prestadores de serviço.
Na avaliação judicial, a conduta do ente público foi considerada negligente, especialmente no que se refere à fiscalização da prestação dos serviços contratados para o mutirão. A sentença destaca que o atendimento prestado à paciente após o aparecimento dos sintomas foi inadequado, sem encaminhamentos para exames complementares ou intervenções oportunas.
Além disso, o magistrado ressaltou que, segundo informações constantes nos autos, ao menos outras 17 pessoas foram diagnosticadas com a mesma condição após o procedimento, o que reforça a hipótese de falha sistêmica na condução do serviço de saúde executado no evento.
A decisão também menciona que o município firmou um acordo com cinco pacientes, oferecendo indenização de R$ 50 mil para cada um. No entanto, o termo não foi homologado pela Justiça, o que abre espaço para que esses pacientes também ingressem com ações individuais. Além deles, outras pessoas afetadas já haviam ajuizado processos anteriormente.
De acordo com os autos, o juiz considerou comprovado o nexo de causalidade entre a atuação da administração municipal e os danos sofridos pela paciente. A sentença afirma que não há elementos nos autos que afastem a responsabilidade do município ou que justifiquem a ausência de culpa administrativa na fiscalização do serviço contratado.
Até a última atualização, a Prefeitura de Parelhas não havia se pronunciado oficialmente sobre a decisão. O caso segue em andamento na esfera judicial, com possibilidade de novos desdobramentos conforme o andamento de outras ações judiciais já propostas por vítimas do mesmo mutirão.
A decisão é considerada relevante por se tratar da primeira condenação com valor fixado a partir do evento ocorrido em setembro de 2024, abrindo precedente para os demais casos ainda em tramitação. Segundo o processo, a paciente teve impacto psicológico significativo e alterações na vida pessoal após o ocorrido, o que também foi considerado na fixação do valor da indenização.
Foto: cottonbro studio/Pexels / muhammed karagöl/Pexels
Hospital Deoclécio Marques enfrenta acúmulo de lixo e falta de higiene por greve de limpeza, maqueiros, lavanderia e cozinha
A falta de limpeza no Hospital Deoclécio Marques, em Parnamirim, na Região Metropolitana de Natal, motivou acompanhantes de pacientes a realizarem a própria faxina na unidade. A situação está relacionada à paralisação de serviços terceirizados — limpeza, maqueiros, lavanderia e cozinha — por conta de salários e benefícios atrasados. A greve já dura quatro dias e afeta diretamente as condições sanitárias do hospital.
Serviços afetados e impacto na higiene
A interrupção dos trabalhos por parte de funcionários terceirizados comprometeu diversas áreas do hospital. Setores como limpeza, transporte de pacientes, lavanderia e cozinha ficaram sem atendimento regular, levando à proliferação de lixo, falta de higienização nos banheiros, mau cheiro nos corredores e falta de asseio nas enfermarias. A situação se agravou especialmente na ala de isolamento da Ortopedia 2, onde pacientes com suspeita ou confirmação de infecção hospitalar estão internados.
Em resposta, acompanhantes de pacientes passaram a limpar banheiros e doenças críticas, além de manter áreas comuns e quartos minimamente limpos, numa tentativa de evitar piora do estado de saúde dos pacientes hospitalizados em locais sensíveis.
Perigo em áreas de isolamento
A Ala de Isolamento da Ortopedia 2 foi apontada como um dos pontos mais críticos. A falta de limpeza e higienização coloca em risco pacientes em tratamento ou vigilância por infecção hospitalar. Na ausência de profissionais de limpeza, os próprios acompanhantes passaram a cuidar da higiene das áreas, preocupados tanto com a saúde dos pacientes quanto com o risco de novas contaminações.
Alimentação restrita a pacientes
Devido à paralisação dos trabalhadores da cozinha, apenas os pacientes internados recebem refeições. A rotina dos acompanhantes, dependentes do suporte do hospital, ficou prejudicada sem acesso à alimentação fornecida pela unidade.
Greve por atrasos de salários e benefícios
Profissionais terceirizados da limpeza, maqueiros, lavanderia e cozinha interromperam atividades devido ao atraso no pagamento de salários, vale-alimentação e férias. Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap-RN) confirmou a greve, atribuindo-a a dificuldades financeiras enfrentadas desde o ano anterior.
A Sesap informou que realizou repasses às empresas contratadas ao longo da semana, com o objetivo de normalizar os serviços. Entretanto, até o momento da paralisação, os serviços não haviam sido retomados. A secretaria declarou que as equipes internas do hospital seguem trabalhando para garantir a assistência aos pacientes.
Consequências e riscos sanitários
A faxina espontânea pelos acompanhantes evidencia falhas na gestão de serviços essenciais de limpeza e alimentação. A situação pode agravar o risco de infecções hospitalares, especialmente em áreas restritas e de maior vulnerabilidade. Além disso, a falta de condições adequadas de higiene aumenta a preocupação com a segurança dos pacientes, profissionais e acompanhantes.
Responsabilidade e continuidade dos serviços
Segundo a Sesap, o objetivo dos repasses financeiros é viabilizar a retomada imediata dos serviços terceirizados, garantindo a limpeza adequada, higienização completa e recuperação das rotinas assistenciais. O hospital também enfatizou que seus profissionais permanecem ativos e priorizam os cuidados médicos.
A paralisação voluntária dos terceirizados permanece aguardando regularização dos repasses salariais. A retomada plena dos serviços depende do pagamento integral dos salários e benefícios devidos aos prestadores.
Ações recomendadas
Órgãos de fiscalização sanitária e vigilância hospitalar devem acompanhar a situação de perto, vistoriando as condições de higiene e adotando medidas para impedir riscos à saúde. A reposição imediata dos serviços terceirizados e a regularização dos pagamentos são essenciais para restabelecer os padrões mínimos de limpeza, alimentação e cuidado ao paciente.
Faltam medicamentos em todas as unidades da Unicat no estado; Santa Cruz tem o maior índice, com 46,8%
Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) aponta que o desabastecimento de medicamentos nas unidades da Unicat (Unidade Central de Agentes Terapêuticos) atinge média de 36,4% em todo o Rio Grande do Norte. A análise considera os dados da quinta-feira (17.jul.2025), envolvendo oito unidades no estado, incluindo duas em Natal e outras localizadas em Mossoró, Caicó, Pau dos Ferros, Currais Novos, Santa Cruz e Assú.
Na sede da Unicat em Natal, 62 dos 218 medicamentos estavam indisponíveis, o que representa um índice de 30,2% de desabastecimento. Já na unidade localizada no bairro Alecrim, zona Leste da capital, a escassez chegou a 35%.
No interior, a situação mais crítica foi registrada em Santa Cruz, com 74 medicamentos em falta entre os 158 oferecidos, totalizando 46,8% de desabastecimento. Em Caicó, a ausência de 68 remédios entre os 154 disponíveis resultou em um índice de 44,1%.
Outras cidades também apresentam escassez: Mossoró (34,4%), Pau dos Ferros (38,4%), Currais Novos (33,3%) e Assú (29,5%).
Entre os medicamentos indisponíveis estão itens usados no tratamento de doenças crônicas e graves, como tumores, diabetes, hipertensão arterial, epilepsias, doenças respiratórias, artrite, ansiedade, câncer de próstata, endometriose, além de suplementos alimentares.
A Unicat atende aproximadamente 40 mil pacientes cadastrados no estado. Segundo o levantamento, a insulina análoga de ação prolongada, utilizada no controle da glicemia, está indisponível na capital potiguar. Há estoques disponíveis do medicamento apenas nas demais unidades do estado.
O cadastramento para recebimento da insulina foi iniciado em março, voltado a pacientes com diagnóstico de Diabetes Mellitus tipo 1. No entanto, os estoques ainda aguardam reposição pelo Ministério da Saúde.
Até o fechamento desta reportagem, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) não informou previsão de reabastecimento dos estoques.
Procedimentos estão paralisados em Parnamirim por atraso no pagamento a fornecedores
O Hospital Regional Deoclécio Marques de Lucena, localizado em Parnamirim, na Grande Natal, está com as cirurgias eletivas suspensas por falta de materiais. A paralisação dos procedimentos é resultado de atrasos no pagamento a fornecedores, segundo confirmou a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).
A unidade hospitalar é referência no atendimento traumatológico e realiza procedimentos ortopédicos para pacientes de diversos municípios potiguares. Com a interrupção das cirurgias eletivas, pacientes permanecem internados aguardando pela realização dos procedimentos, sem previsão para retomada.
O problema atinge casos que não são considerados de urgência. Pacientes internados aguardam há dias ou semanas para realizar cirurgias ortopédicas, como fraturas em membros superiores e inferiores ou substituições de próteses. A paralisação causa lotação nos leitos, já que os pacientes não têm alta antes da realização das cirurgias.
De acordo com a Sesap, as cirurgias de urgência continuam sendo realizadas normalmente no hospital, enquanto os procedimentos eletivos dependem do fornecimento de materiais específicos. O problema está concentrado em um fornecedor que não recebeu pagamento em dia por parte do estado, comprometendo o envio dos insumos necessários.
Os pacientes afetados são provenientes de diferentes cidades do Rio Grande do Norte. Casos relatados incluem pessoas que sofreram acidentes de moto, acidentes de trabalho ou que necessitam de procedimentos para evitar agravamento de infecções em próteses. Em alguns casos, a espera já ultrapassa semanas.
A Sesap informou que o atraso no pagamento aos fornecedores decorre de repasses pendentes da Secretaria da Fazenda do Estado. Não há um prazo definido para regularização do débito e, consequentemente, para o restabelecimento normal dos procedimentos eletivos no Hospital Deoclécio Marques.
A unidade hospitalar segue recebendo novos pacientes em estado grave ou com necessidade de atendimento emergencial, que continuam sendo operados conforme a classificação de urgência. A falta de materiais, no entanto, impede o fluxo regular de alta de pacientes internados para cirurgias agendadas.
A suspensão das cirurgias eletivas afeta o planejamento da rede estadual de saúde, aumentando a pressão sobre outras unidades hospitalares. Embora o problema tenha sido identificado como pontual em relação a um fornecedor específico, não há perspectiva imediata para resolução.
A Sesap afirma que está em negociação para regularizar os pagamentos e garantir o fornecimento dos insumos necessários. Enquanto isso, a orientação é manter o atendimento de urgência e emergência normalmente, priorizando casos que exigem intervenção imediata para preservação da vida e da função motora dos pacientes.
Seis entidades estão habilitadas e dez foram desclassificadas por falta de documentação
A Prefeitura de Natal, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), publicou nesta quarta-feira (16.jul.2025) o resultado da segunda fase do processo de qualificação de Organizações Sociais em Saúde (OSS). O Diário Oficial do Município trouxe a aprovação do Instituto de Desenvolvimento, Ensino e Assistência à Saúde como entidade habilitada nesta etapa.
Embora apenas essa OSS apareça no Diário Oficial, a Secretaria Municipal de Saúde informou que outras cinco instituições também estão habilitadas no processo de qualificação. São elas: Centro de Pesquisas em Doenças Hepato Renais do Ceará, Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano, Instituto de Saúde e Cidadania, Instituto de Estudos e Pesquisas Humaniza e Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde.
Com isso, o total de entidades habilitadas nesta segunda fase chega a seis.
Além das habilitadas, dez instituições foram desqualificadas por não apresentarem a documentação complementar exigida dentro do prazo estabelecido no edital. Foram desclassificadas as seguintes entidades:
Instituto Panamericano de Serviços
Instituto Sociaal de Saúde e Educação do Rio Grande do Norte
Associação de Benemerência Senhor Bom Jesus
Instituto São Miguel Arcanjo
Beneficência Hospitalar de Cesário Lange
ASMED – Associação de Saúde e Assistência Social
Associação de Proteção à Maternidade e Infância Ubaíba – S3 Gestão em Saúde
Instituto Campinas de Atenção e Assistência à Saúde, Educação e Social
Instituto de Apoio ao Desenvolvimento da Vida Humana
Instituto de Saúde, Humanidade e Pesquisa
De acordo com o edital do processo, as instituições que foram desclassificadas nesta fase têm direito de apresentar pedido de reconsideração no prazo de cinco dias úteis, contados a partir da publicação do resultado. O pedido deve ser formalizado diretamente à Comissão de Qualificação responsável por conduzir o processo.
O objetivo do processo de qualificação é selecionar Organizações Sociais aptas a firmar contratos de gestão para prestação de serviços na área da saúde pública municipal. A etapa de apresentação de documentação complementar é parte das exigências para comprovar capacidade técnica, operacional e administrativa para atuar na gestão compartilhada dos serviços de saúde.
A Secretaria Municipal de Saúde segue acompanhando as etapas do processo para garantir a conformidade com o edital e a legislação vigente. Após a fase de habilitação e eventuais recursos, o processo seguirá para outras etapas previstas em lei, incluindo a análise de projetos específicos e a assinatura de contratos de gestão com as OSS habilitadas.
A lista completa com as entidades habilitadas e desclassificadas foi divulgada no Diário Oficial do Município de Natal e está disponível para consulta pública.
Contratos com organizações sociais terão duração inicial de dois anos e poderão ser prorrogados
A Prefeitura de Natal publicou editais para a terceirização da gestão das quatro Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) da capital potiguar. A medida, oficializada em edição extra do Diário Oficial do Município na segunda-feira (14.jul.2025), prevê a entrega das UPAs Satélite, Esperança, Potengi e Pajuçara a organizações sociais em saúde (OSS).
Cada UPA possui edital específico. Os contratos de gestão terão duração inicial de 24 meses, com possibilidade de prorrogação por até 10 anos.
De acordo com os editais, as organizações selecionadas serão responsáveis por gerenciar, operacionalizar e executar os serviços de saúde nas unidades, com base em metas quantitativas e qualitativas definidas previamente.
Os contratos prevêem funcionamento 24 horas das unidades, com metas operacionais e indicadores de qualidade para monitoramento.
As OSS interessadas devem comprovar experiência mínima de dois anos na gestão de UPAs 24 horas, além de apresentar documentação que ateste regularidade jurídica, fiscal e trabalhista. Também é exigida saúde econômico-financeira, demonstrada por balanço patrimonial e índices contábeis.
As propostas deverão ser entregues até o dia 4 de agosto. O resultado final da seleção está previsto para ser homologado em 1º de setembro, com início da gestão terceirizada marcado para 15 de setembro.
Segundo os documentos, os repasses mensais feitos pela prefeitura para custeio da gestão variam conforme a unidade. Para as UPAs Satélite, Potengi e Pajuçara, o valor máximo mensal é de R$ 2,2 milhões. Já para a UPA Cidade da Esperança, o valor poderá chegar a R$ 2,9 milhões.
Os contratos serão pagos em 24 parcelas mensais. Do valor mensal, 80% são fixos e 20% variáveis, dependendo do cumprimento das metas e indicadores de qualidade. As seis primeiras parcelas serão pagas integralmente, independentemente da avaliação de desempenho.
A execução será acompanhada por uma Comissão de Avaliação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Em caso de descumprimento de cláusulas contratuais, estão previstas sanções como multa, suspensão e até declaração de inidoneidade para contratar com o poder público.
Segundo a gestão municipal, a terceirização visa garantir economicidade e qualidade na prestação dos serviços. Os editais estipulam metas de atendimento. A UPA de Cidade da Esperança, por exemplo, deverá realizar ao menos 9 mil atendimentos mensais de urgência e emergência, com equipe composta por no mínimo 9 médicos diurnos e 6 noturnos, atuando em salas de emergência, pediatria, pronto-socorro e área clínica. Está prevista ainda a implantação de serviço de ultrassonografia de urgência.
As demais UPAs terão meta mínima de 7 mil atendimentos mensais cada, com ao menos 8 médicos diurnos e 6 noturnos.
O município projeta economia anual estimada entre R$ 15 milhões e R$ 18 milhões com a mudança no modelo de gestão, segundo os editais.
A seleção das OSS será feita com base em critérios técnicos e financeiros, avaliando pontuação das propostas de trabalho e os preços ofertados. A prefeitura informou que, das 17 empresas que demonstraram interesse na gestão das UPAs, 10 foram desclassificadas por não atenderem aos requisitos.
Iniciativa da SOGORN reúne, em Natal, especialistas para debater inovação na detecção do HPV e avanços no cuidado com a saúde da mulher
A 37ª edição da Jornada de Ginecologia e Obstetrícia do Rio Grande do Norte, promovida pela Associação de Ginecologia e Obstetrícia do RN (Sogorn), será realizada nos dias 31 de julho e 1º de agosto, no Praiamar Natal Hotel & Convention, em Natal. Neste ano, um dos destaques da programação será o debate sobre o novo método de rastreio para o câncer de colo do útero, que passa a priorizar o teste de DNA do HPV no lugar do tradicional exame de Papanicolau.
A mudança no rastreamento do câncer de colo de útero segue as recomendações do Ministério da Saúde e está baseada em evidências que demonstram maior eficácia do teste de HPV na detecção precoce das lesões precursoras do câncer. O novo protocolo prevê que mulheres entre 25 e 64 anos realizem o teste a cada cinco anos, desde que o resultado seja negativo, ampliando a cobertura, reduzindo subdiagnósticos e tornando o rastreamento mais eficiente.
O tema será ministrado na Jornada pelo presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia de Pernambuco (SOGOPE), Dr. Jefferson Valença, referência nacional na área. A expectativa é que a discussão aprofunde os impactos da nova diretriz no contexto da atenção básica e os desafios para sua implementação nos diferentes estados do país.
Além do rastreamento do câncer de colo do útero, a Jornada também discutirá temas como o emprego dos implantes hormonais no tratamento do climatério, a relação entre microbiota e saúde da mulher, a administração da terapia hormonal e os impactos do vírus sincicial respiratório, ampliando a visão sobre aspectos fundamentais da saúde feminina em diferentes fases da vida.
Para o presidente da Sogorn, Dr. Robinson Dias, iniciativas como essa promovem o intercâmbio de conhecimento entre profissionais e fortalecem a prática clínica baseada em evidências.
“Estamos diante de mudanças importantes na forma de cuidar da saúde da mulher. Por exemplo, o teste de HPV, que é mais sensível e tem potencial para reduzir significativamente os casos avançados de câncer de colo de útero. A Jornada será uma oportunidade fundamental para debatermos a adaptação desse novo protocolo na prática clínica e os desafios regionais para sua implantação”, afirma.
Durante os dois dias, especialistas de diversas regiões do país irão se reunir para discutir esse e outros avanços, desafios e estratégias relacionados à saúde da mulher, com foco em temas de grande impacto social. Voltado para médicos ginecologistas, obstetras e residentes da área, o evento consolida-se como um dos principais espaços de atualização científica do estado.
Serviço : 37ª Jornada de Ginecologia e Obstetrícia do RN Data: 31 de julho e 1º de agosto Local: Praiamar Natal Hotel & Convention – R. Francisco Gurgel, 33. Ponta Negra, Natal – RN Público-alvo: Ginecologistas, obstetras e médicos residentes Mais informações: https://sogorn.com.br/
Categoria cobra readequação de benefícios congelados há sete anos e denuncia superlotação nas unidades de saúde
Os médicos da rede municipal de Natal podem deflagrar uma nova paralisação nos próximos dias caso a Prefeitura não avance nas negociações para reajuste das gratificações, que estão congeladas há sete anos. A categoria reivindica a readequação desses benefícios sem alteração do salário base, considerado um dos principais pontos de resistência por parte da gestão municipal.
Segundo o Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (SINMED-RN), as negociações com a Secretaria Municipal de Saúde não avançaram. A proposta do sindicato, considerada equilibrada pela categoria, restringe-se à atualização das gratificações que, segundo o grupo, estão sem correção há quase uma década, mesmo após outras categorias já terem obtido reajustes.
Os médicos informaram que foram recebidos pelo secretário municipal de saúde para discutir o tema, mas não houve acordo concreto. A categoria avalia que, sem mobilização, não haverá avanço, e estuda realizar manifestações públicas para pressionar o Executivo municipal.
Em estratégias anteriores, o sindicato já utilizou ações de diálogo direto com a população, expondo os problemas da rede municipal em espaços públicos. Nessas ocasiões, foram registrados casos que chamaram atenção para as dificuldades de atendimento, como o de pacientes em unidades de pronto-atendimento (UPAs) que denunciaram a falta de leitos adequados.
A situação da rede hospitalar municipal também é tema de preocupação para os profissionais. O sindicato denuncia superlotação nas UPAs e escassez de vagas para internação, incluindo leitos de UTI. Um dos exemplos citados pela categoria é o Hospital Walfredo Gurgel, maior unidade pública do estado, que frequentemente opera no limite da capacidade.
De acordo com o sindicato, cada UPA da capital chega a manter cerca de 20 pacientes à espera de leitos hospitalares, muitos deles em estado grave. A entidade aponta também para a falta de insumos, alimentação adequada e atrasos nos pagamentos de prestadores de serviços.
Outro ponto de crítica envolve a falta de integração entre as esferas municipal, estadual e federal. O sindicato afirma que o município enfrenta dificuldades para manter estruturas inauguradas recentemente, enquanto o governo estadual enfrenta entraves em obras de hospitais, como a suspensão de licitações para unidades metropolitanas. Em cidades da região, há hospitais prontos que não funcionam por falta de recursos operacionais. A categoria aponta ainda que os municípios chegam a investir até 30% da receita em saúde, quando o ideal seria cerca de 12%, defendendo a ampliação dos repasses federais.
A alta demanda por cirurgias ortopédicas também agrava o cenário, especialmente em razão de acidentes de moto, que geram cerca de 10 internações diárias. Cada procedimento custa, em média, R$ 6 mil, elevando os custos e pressionando o sistema público. A categoria destaca que existe um projeto de lei em tramitação para impedir a retenção de macas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) nos hospitais, o que é considerado um reflexo da lotação constante.
Além do reajuste das gratificações, a pauta dos médicos inclui a revisão dos adicionais de insalubridade e periculosidade para os profissionais de saúde.
Os profissionais também atuam em ambientes com radiação de exames de raios-X e tomografia, o que justificaria o pagamento de adicional por periculosidade, estimado em 30%. A entidade afirma que realiza vistorias para embasar tecnicamente essas demandas. No estado, há o entendimento de que a insalubridade deve incidir sobre o salário base, e não sobre o salário mínimo, o que garante valores mais altos e maior segurança jurídica para os trabalhadores.
A diferença entre os dois adicionais é que a insalubridade está relacionada à exposição contínua a riscos, enquanto a periculosidade envolve risco imediato, como no caso da radiação ou do trabalho com eletricidade. Para o sindicato, os profissionais de saúde estão sujeitos a ambos os tipos de risco e reivindicam o reconhecimento desses direitos.
Serviço de emergência disponibiliza números alternativos para atendimento durante interrupção
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Natal informou que a central telefônica do número 192 passará por manutenção técnica nesta terça-feira, 15 de julho, a partir das 9h. Durante o período de interrupção, o serviço ficará temporariamente indisponível para chamadas de emergência.
Para garantir o atendimento à população durante a manutenção, o SAMU Natal disponibilizou quatro números alternativos:
(84) 99185-3437
(84) 99426-8579
(84) 99187-6117
(84) 99181-8325
A medida tem como objetivo assegurar a continuidade dos atendimentos em casos de urgência, mesmo durante o procedimento técnico na central 192.
O serviço orienta a população a utilizar esses números enquanto durar a manutenção, garantindo que os chamados de emergência possam ser registrados e atendidos normalmente.
Foto: Divulgação/SAMU Natal / Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração
Aviso ocorre após o RN registrar queda no número de casos de hepatites virais
Mesmo com a redução no número de casos registrados de hepatites virais no Rio Grande do Norte, a população não pode baixar a guarda. A preocupação é do infectologista Igor Queiroz, professor de Medicina da Universidade Potiguar (UnP), cujo curso é parte integrante da Inspirali, o melhor ecossistema de educação em saúde do país. A atenção deve permanecer, pois, segundo ele, “muitas hepatites evoluem de forma silenciosa e só são detectadas em fases mais avançadas”.
“Várias pessoas no mundo inteiro têm o vírus da hepatite e não sabem que estão doentes. Isso faz com que continuem transmitindo a infecção e só descubram quando já há complicações. Precisamos triar, diagnosticar e tratar para dar oportunidade a essas pessoas”, acrescenta.
Entre os meses de janeiro e abril de 2025, o Rio Grande do Norte registrou 69 novos casos de hepatites virais dos tipos A, B e C. O número representa uma redução de 24,1% em comparação com o mesmo período do ano anterior, que somou 91 ocorrências. Mesmo com a queda nas notificações, a hepatite C segue como a mais comum no estado, concentrando 59,4% dos casos, conforme aponta o Boletim Epidemiológico mais recente.
De acordo com o especialista, a hepatite é uma doença inflamatória do fígado, que pode ser causada por diversos agentes, sejam eles virais, como os vírus das hepatites A, B, C, D e E, ou por bactérias, fungos, protozoários, medicamentos e até alimentos ou chás. “Todos esses agentes, dependendo do grau da inflamação, podem produzir uma necrose, que é a morte das células hepáticas, e gerar uma insuficiência hepática, com quadros graves, risco de transplante e até de óbito”, explica Igor.
Ainda segundo o médico, quando o quadro é agudo e sintomático, como dor abdominal, vômitos e icterícia (coloração amarelada dos olhos), o diagnóstico costuma ser mais rápido, já que o paciente procura atendimento. O problema é quando a infecção evolui para uma forma crônica e sem sintomas. “É o que chamamos de doença silenciosa. Só vai ser descoberta quando o indivíduo fizer algum exame de triagem, seja num pré-operatório, em uma rotina laboratorial ou simplesmente por suspeita de exposição ao vírus”, detalha.
Testes rápidos
Queiroz destaca a importância dos testes rápidos, disponíveis na rede pública de saúde para hepatites B e C, além de HIV e sífilis. “São testes imunocromatográficos. Coloca-se uma gota de sangue no cartucho, espera-se o tempo da reação imune e o resultado sai rapidamente, com bastante confiabilidade. Mesmo assim, quando o teste é positivo, ele precisa ser confirmado por exames laboratoriais antes do início do tratamento”, assegura.
Na maioria dos casos agudos, o tratamento consiste em repouso, hidratação e alívio dos sintomas, com o uso de medicamentos sintomáticos — como analgésicos para dor e antieméticos para náuseas e vômitos. Em alguns casos, é necessária internação hospitalar, mas muitos pacientes conseguem seguir com acompanhamento ambulatorial. Já as hepatites crônicas, especialmente os tipos B e C, podem evoluir para quadros mais graves, como cirrose e câncer de fígado. Por isso, o diagnóstico precoce e o início do tratamento são fundamentais. “O SUS distribui medicações orais com alta eficácia, poucos efeitos adversos e chance de cura altíssima, como ocorre na hepatite C. O tratamento pode durar de três a seis meses e é realizado nas unidades de saúde ou nos centros de referência em infectologia ou hepatologia”, frisa o infectologista.
Prevenção
A prevenção também é parte essencial do combate às hepatites. Para a hepatite A, a principal forma de proteção é a ingestão de água potável e alimentos bem higienizados. Já para os tipos B e C, é fundamental evitar o contato com sangue contaminado, uso de objetos perfurocortantes compartilhados, como seringas, lâminas, alicates e instrumentos de tatuagem ou piercing, além da prática de sexo sem preservativo.
Queiroz também lembra que há vacinas disponíveis para as hepatites A e B. A hepatite C, por sua vez, é considerada a primeira doença viral crônica com possibilidade real de cura. “Com medicamentos utilizados por três a seis meses, conseguimos eliminar totalmente o vírus do organismo e diminuir a progressão para cirrose e câncer. Na hepatite B, ainda não falamos em cura, mas conseguimos controlar a doença e impedir que avance”, conclui o docente da UnP/Inspirali, Igor Queiroz.
Sobre a Universidade Potiguar – UnP
Com 44 anos de inovação e tradição, a UnP é a única universidade privada do Estado do Rio Grande do Norte a integrar o maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima. A universidade possui milhares de alunos entre os campi em Natal, Mossoró e Caicó, oferecendo cursos de graduação, pós-graduação lato sensu, Mestrados e Doutorados. Também contribui para democratização do ensino superior ao disponibilizar uma oferta de cursos digitais com diversos polos dentro e fora do Rio Grande do Norte. Como formadora de profissionais, a instituição tem compromisso com a cidadania, sempre pautada nos valores éticos, sociais, culturais e profissionais. Este propósito direciona o desenvolvimento e a prática de seu projeto institucional e dos projetos pedagógicos dos cursos que oferece para a comunidade. Além disso, os alunos de Medicina da UnP contam com a Inspirali, um dos principais players de educação continuada na área médica. Para mais informações: www.unp.br.
Sobre a Inspirali
Criada em 2019, a Inspirali atua na gestão de escolas médicas do Ecossistema Ânima. É uma das principais empresas de ensino superior de Medicina no Brasil, com mais de 13 mil alunos (graduação, pós-graduação e extensão) e 14 instituições – localizadas em capitais como São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Florianópolis e Natal e em importantes centros de desenvolvimento do país, como Piracicaba (SP), São José dos Campos (SP), Cubatão (SP), Tubarão (SC), Vespasiano (MG) e Jacobina (BA).
As graduações em Medicina seguem modelo acadêmico reconhecido entre os mais inovadores do mundo e pensado para formar profissionais de alta performance com uma visão integral do ser humano. O portfólio da Inspirali contempla também cursos livres e especializações focados na medicina integrativa e aborda temas relevantes no cenário global, a exemplo da pós-graduação em cannabis medicinal, primeiro curso na área certificado pelo Ministério da Educação (MEC). A aprendizagem digital ativa oferece recursos tecnológicos (robôs de alta fidelidade e realidade virtual e aumentada MedRoom) e apoio socioemocional, assim como as atividades práticas e o acompanhamento personalizado.
Com escuta ativa, empatia e foco no atendimento clínico, Candice Galvão destaca que o cuidado emocional ainda é negligenciado em momentos decisivos
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que o Brasil lidera o ranking mundial de transtornos de ansiedade: cerca de 9,3% da população é afetada. A depressão também avança, atingindo mais de 11 milhões de brasileiros. Mesmo com números tão expressivos, a saúde mental ainda é negligenciada — seja por tabu, falta de informação ou por não se considerar prioridade diante de outras questões de saúde.
É nesse contexto que a psicóloga clínica Candice Galvão, com mais de 10 anos de experiência, defende uma escuta ativa, ética e acessível para pessoas em diferentes fases da vida. Em seu consultório, ela atende jovens, adultos e idosos que enfrentam quadros como ansiedade, depressão, luto, conflitos familiares, sobrecarga profissional, esgotamento emocional e entre outros.
“A psicologia clínica não deve ser acionada apenas quando tudo já saiu do controle. O acompanhamento psicológico pode — e deve — estar presente desde os primeiros sinais de sofrimento emocional. Prevenir também é cuidar”, afirma Candice Galvão.
Além dos atendimentos clínicos, a psicóloga também atua na área da psico-oncologia, oferecendo suporte emocional a pacientes diagnosticados com câncer e seus familiares. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima mais de 700 mil novos casos por ano no Brasil até 2025 — e, apesar da alta incidência, o acompanhamento psicológico ainda é pouco valorizado nesses contextos.
“O diagnóstico de câncer costuma trazer medos profundos, rupturas na rotina e impacto familiar. O trabalho do psicólogo é fundamental para acolher e resgatar o equilíbrio emocional durante o tratamento”, reforça Candice Galvão.
A profissional também chama atenção para o aumento dos casos de estresse, burnout e exaustão entre trabalhadores. Segundo a International Stress Management Association (ISMA-BR), 32% dos brasileiros já apresentam sinais de burnout — resultado direto da pressão constante e da dificuldade em estabelecer limites emocionais.
“Vivemos num tempo de urgências internas silenciosas. Meu trabalho como psicóloga clínica é oferecer um espaço de escuta segura, com técnica e empatia. Estar ao lado com presença, cuidado e responsabilidade faz toda a diferença”, conclui Candice Galvão.
Para saber mais sobre a atuação da psicóloga clínica Candice Galvão, acesse o Instagram: @candicegalvaopsicologia
Unidade registra corredores cheios e salas cirúrgicas bloqueadas; Sesap anuncia leitos emergenciais
O Hospital Estadual Monsenhor Walfredo Gurgel, principal referência pública em casos de alta complexidade no Rio Grande do Norte, voltou a registrar superlotação nas últimas semanas. De acordo com informações de sindicatos de profissionais de saúde, corredores e alas da unidade ficaram lotados, enquanto pacientes aguardavam por cirurgias ou transferência para leitos de UTI.
O problema se agravou após quatro salas cirúrgicas permanecerem ocupadas com pacientes que necessitavam de cuidados intensivos, bloqueando a realização de novas cirurgias. O Sindicato dos Servidores em Saúde do RN (Sindsaúde-RN) apontou que o pronto-socorro enfrentava filas para procedimentos que não foram realizados por falta de vagas em UTI.
Segundo relatos de profissionais, a chamada “barreira ortopédica” instalada em Macaíba, que funciona como retaguarda para casos de baixa e média complexidade, não tem capacidade suficiente para absorver toda a demanda. A unidade dispõe de apenas dez leitos, número considerado insuficiente para atender a quantidade de pacientes encaminhados diariamente.
O aumento nos acidentes de moto foi citado como um dos fatores que pressionam o sistema, contribuindo para a lotação de leitos e macas nos corredores. Em média, cada Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Natal chega a ter cerca de 20 pacientes aguardando por internação hospitalar, o que amplia a pressão sobre o Walfredo Gurgel.
Em resposta à situação, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) anunciou a abertura de cinco leitos de UTI de forma emergencial no Hospital Memorial. Segundo a pasta, existe ainda a possibilidade de ampliação para mais cinco leitos nos próximos dias. O objetivo é aliviar a sobrecarga das salas cirúrgicas e das UTIs do Walfredo Gurgel.
A Sesap reconheceu, por meio de nota, que o hospital enfrenta desde cerca de 20 dias um aumento significativo nos atendimentos de alta complexidade, especialmente de pacientes vítimas de traumas ortopédicos e acidentes vasculares cerebrais (AVC). A secretaria destacou que articula com outras unidades da rede estadual para agilizar transferências e também analisa a contratação emergencial de leitos em unidades privadas.
Ainda em nota, a pasta afirmou que o serviço de baixa e média complexidade instalado em Macaíba continua operando normalmente, dentro do perfil de casos para o qual foi planejado, e não seria o principal responsável pela sobrecarga no Walfredo Gurgel. Sobre a imagem de um paciente no chão que circulou em redes sociais, a Sesap esclareceu que ele havia deixado sozinho a maca onde estava e foi recolhido posteriormente pelos servidores, negando falta de leito ou maca na unidade.
Outro ponto que agrava o cenário da saúde pública no estado é a suspensão das cirurgias vasculares no Hospital Estadual José Pedro Bezerra, conhecido como Santa Catarina, na Zona Norte de Natal. A empresa responsável pelos procedimentos suspendeu o atendimento alegando atraso nos pagamentos, resultado de dificuldades financeiras enfrentadas pela Sesap desde meados de 2024.
A secretaria afirmou que, após repasse da Secretaria de Fazenda, está regularizando os pagamentos para retomar o diálogo com a empresa e tentar restabelecer o serviço o quanto antes. Ressaltou ainda que toda a linha de cuidado vascular criada em 2022, envolvendo mais de dez hospitais, é financiada exclusivamente com recursos estaduais, com investimento superior a R$ 30 milhões e mais de 6.500 procedimentos realizados até o momento.
Embora o Santa Catarina seja um importante polo para cirurgias vasculares, outras unidades no estado, como o Hospital da Polícia Militar e o Hospital João Machado, também realizam esse tipo de procedimento. A lista de espera para cirurgias vasculares no estado conta com cerca de 200 pessoas, algumas delas aguardando há pelo menos três meses.
A Sesap destacou que o Walfredo Gurgel continua sendo a principal referência para casos de alta complexidade no estado até a abertura do Hospital Metropolitano, o que pode gerar episódios de superlotação mesmo com os esforços realizados pela secretaria e sua rede hospitalar.
Paralisação ocorre por atraso de pagamento; cerca de 200 pessoas aguardam procedimento na fila
As cirurgias vasculares estão suspensas há mais de um mês no Hospital Dr. José Pedro Bezerra, mais conhecido como Hospital Santa Catarina, localizado na Zona Norte de Natal. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) nesta segunda-feira (7.jul.2025).
A paralisação ocorre por atraso no pagamento à empresa contratada para prestar o serviço cirúrgico na unidade. Segundo a Sesap, o problema financeiro gerou a suspensão completa dos procedimentos vasculares no hospital, impactando diretamente pacientes que dependem desse atendimento na rede pública.
Mesmo com a suspensão no Santa Catarina, a rede estadual ainda mantém a realização de cirurgias vasculares em outras unidades de saúde. Porém, o Hospital Santa Catarina é a principal referência no serviço, tendo registrado mais de 2.500 procedimentos do tipo desde o fim de 2022.
A falta do serviço na unidade aumenta a demanda em outras estruturas hospitalares de Natal. No Hospital João Machado, localizado na Zona Leste da capital, ao menos nove pacientes estão internados aguardando vaga para cirurgia vascular.
A Sesap informou que há uma lista de espera com cerca de 200 pessoas no Rio Grande do Norte aguardando por procedimentos vasculares. Alguns pacientes estão internados por longos períodos, em condições que exigem cuidados constantes, como a troca de curativos e controle de infecções.
Familiares relataram que há casos de pacientes aguardando por cirurgia há até três meses. Em alas hospitalares, há registros de pacientes com feridas avançadas e necessidade de amputações, cuja realização depende do restabelecimento do serviço.
De acordo com a nota oficial divulgada pela Secretaria de Saúde, o atraso nos pagamentos à empresa responsável pelos procedimentos ocorreu em razão de dificuldades financeiras enfrentadas desde meados de 2024.
A Sesap declarou que aguardava, ainda na segunda-feira (7), o repasse de recursos por parte da Secretaria de Estado da Fazenda para quitar os débitos com a empresa prestadora do serviço. Segundo a pasta, a expectativa era que, com a regularização do pagamento, os procedimentos vasculares fossem retomados ao longo desta semana.
O cenário afeta não apenas o atendimento ambulatorial, mas também pacientes internados em leitos clínicos e de retaguarda, que dependem das cirurgias vasculares para evitar complicações graves, como amputações ou infecções generalizadas.
A Secretaria de Saúde indicou que o planejamento para normalização das cirurgias inclui priorização de casos de maior gravidade e reavaliação da fila de espera. Entretanto, não foi divulgado cronograma específico para retomada integral dos atendimentos ou redução do número de pacientes aguardando.
O Hospital Santa Catarina é uma das principais unidades de referência na rede estadual para cirurgias vasculares. Localizado na Zona Norte de Natal, atende pacientes encaminhados por unidades de saúde de diversas regiões do Rio Grande do Norte.
O impasse contratual e o atraso nos repasses afetam diretamente o fluxo de regulação estadual, aumentando a sobrecarga em outras unidades e pressionando o sistema de saúde.
A Sesap informou que seguirá negociando com a empresa para restabelecer o serviço o mais breve possível. O acompanhamento do problema segue sendo realizado por equipes da gestão estadual, que buscam minimizar os impactos para a população usuária do Sistema Único de Saúde (SUS) no estado.
Hospitais da UFRN participaram da ação nacional com cirurgias, exames e consultas especializadas
Hospitais universitários do Rio Grande do Norte participaram no último sábado (5.jul.2025) do mutirão nacional “Dia E”, promovido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), com apoio dos ministérios da Saúde e da Educação. A ação, que ocorreu simultaneamente em 24 estados brasileiros, realizou mais de 1,1 mil cirurgias e 10 mil atendimentos especializados em todo o país. No RN, os procedimentos ocorreram no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), no Hospital Universitário Ana Bezerra (HUAB) e na Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC), todos vinculados à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Ao todo, os três hospitais potiguares realizaram mais de 1.200 atendimentos, incluindo cirurgias, consultas e exames diagnósticos. A iniciativa integrou o programa Ebserh em Ação 2025 e o esforço nacional Agora Tem Especialistas, com o objetivo de ampliar o acesso da população a serviços especializados no Sistema Único de Saúde (SUS) e reduzir o tempo de espera por procedimentos.
No HUOL, 40 pacientes regulados foram atendidos com cirurgias nas especialidades de cirurgia plástica (10), otorrinolaringologia (8), oftalmologia (8), urologia (10) e colecistectomia (4). Também foram realizados exames de cateterismo cardíaco e 60 ecocardiogramas.
Segundo o chefe da Divisão de Apoio Diagnóstico e Terapêutico do HUOL, Francisco de Cássio de Oliveira Mendes, o mutirão contribuiu para reduzir filas e ampliar a prática médica. “A ação proporciona prática supervisionada para os programas de residência médica e está alinhada aos programas prioritários da Ebserh e do Ministério da Saúde”, declarou.
Para a cirurgiã do HUOL, Marília Moreira, a mobilização também reforça a importância da formação médica. “A ação beneficia o treinamento de residentes em cirurgia geral e representa uma devolutiva à sociedade do investimento feito no nosso serviço”, afirmou.
No HUAB, localizado em Santa Cruz, foram realizadas 20 cirurgias ginecológicas, 27 pequenas cirurgias, 40 consultas pediátricas, 90 mamografias, 45 ultrassonografias e 900 exames laboratoriais. De acordo com o chefe do Setor Materno-Infantil e Saúde da Mulher do hospital, Edson Mendes Marques, o mutirão representou um momento de mobilização coletiva. “Reafirmamos nosso compromisso institucional com a assistência, o ensino e a qualidade do cuidado”, destacou.
Na MEJC, em Natal, foram realizadas 17 laqueaduras tubárias – sendo 8 por videolaparoscopia e 9 pelo método convencional. Segundo o gerente de Atenção à Saúde da maternidade, Marcelo Lorençato, o procedimento é um direito reprodutivo fundamental. “Atende a mulheres que já têm filhos, enfrentam riscos em nova gestação ou não desejam mais engravidar”, explicou.
O mutirão “Dia E” também ocorreu em outros 42 hospitais universitários federais do país. De acordo com o Ministério da Saúde, o foco da iniciativa foi atender pacientes com maior tempo de espera e priorizar casos oncológicos. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que os hospitais universitários continuarão realizando mutirões e ampliando o atendimento em turnos extras, inclusive aos fins de semana. “É o maior mutirão do SUS já feito no Brasil inteiro e mais diverso”, afirmou o ministro após visitar unidades no Rio de Janeiro.
O presidente da Ebserh, Arthur Chioro, ressaltou que o mutirão atende à estratégia de formação médica e ampliação do acesso à saúde. “Ao envolver residentes e estudantes, garantimos formação qualificada e resposta efetiva à demanda da população”, destacou.
Desde o início do programa Ebserh em Ação, já foram realizados 166 mutirões em todo o Brasil. Segundo a instituição, outras duas edições do mutirão nacional estão previstas para ocorrer em setembro e dezembro de 2025.
Profissionais da saúde no RN acumulam prejuízos por falta de assessoria jurídica especializada em aposentadoria, tributos e direitos no serviço público
No Rio Grande do Norte, onde mais de 5 mil médicos estão ativos na capital, segundo o Conselho Regional de Medicina (Cremern), uma realidade preocupante tem afetado o futuro financeiro desses profissionais: erros de contribuição previdenciária, tributos cobrados de forma indevida e falhas no reconhecimento de direitos no serviço público. A ausência de um acompanhamento jurídico especializado tem custado caro a médicos potiguares, tanto os que atuam como pessoa jurídica (PJ) quanto os vinculados a prefeituras, hospitais estaduais ou federais.
Boa parte desses profissionais contribui de forma excessiva ao INSS, gerando recolhimentos acima do necessário. Segundo a advogada Mylena Leite Ângelo, especialista em direito médico e previdenciário no RN, esse é um dos erros mais comuns e que podem ser corrigidos com a devida análise jurídica, resultando em restituições expressivas ou compensações futuras.
Em Natal, um dos casos mais recorrentes envolve o ISS (Imposto Sobre Serviços), frequentemente cobrado com base no faturamento total dos profissionais médicos que tem PJ. No entanto, o Decreto-Lei 406/68 em seu art. 9º, § 3º, autoriza sociedades uniprofissionais, como consultórios médicos, a recolherem o ISS de forma fixa, proporcional ao número de sócios. “Já vimos médicos pagando de dez a vinte vezes mais do que o valor devido, simplesmente por falta de orientação tributária adequada”, explica Mylena Leite Ângelo, fundadora da Mylena Leite Advocacia, referência em assessoria jurídica para médicos em Natal.
O escritório também tem acompanhado o aumento de processos administrativos disciplinares (PADs) contra médicos servidores públicos. Sem uma defesa especializada, os profissionais ficam vulneráveis a penalidades que afetam diretamente a estabilidade no cargo, a aposentadoria e até mesmo sua reputação profissional.
Além disso, muitos médicos que atuam no serviço público desconhecem ou não recebem progressões, gratificações, abonos de permanência e licenças indenizáveis — valores que podem somar dezenas de milhares de reais ao longo da carreira. Segundo Mylena Leite, “o problema é estrutural. O médico passa a vida cuidando dos outros, mas muitas vezes não cuida da própria carreira no que diz respeito aos seus direitos”.
Diante desse cenário, cresce no estado a busca por advogados especializados em direito médico no RN. A advogada Mylena Leite Ângelo tem se destacado pela atuação direta com médicos e médicas que desejam estruturar suas finanças com segurança, evitar prejuízos fiscais e garantir que sua aposentadoria ocorra de forma justa. “O planejamento jurídico do médico é tão essencial quanto o planejamento clínico de um paciente”, afirma.
Para saber mais, acesse o Instagram: @medicosmylenaleiteadvocacia.
Sobre Mylena Leite Advocacia:
Fundado em 2012, o escritório Mylena Leite Advocacia atua nacionalmente com sedes no Rio Grande do Norte, Pernambuco, Rondônia, Amapá e São Paulo. Com mais de 40 colaboradores e uma carteira com mais de 15 mil clientes, o escritório já recuperou mais de R$100 milhões em direitos para profissionais da saúde e servidores públicos. Embora seja referência nacional em direito para médicos, o escritório também atende outras áreas do Direito, com foco em causas trabalhistas, previdenciárias e administrativas.
Decisão ocorre após casos de perda do globo ocular em pacientes atendidos em Parelhas
A Justiça do Rio Grande do Norte determinou a verificação das licenças e autorizações de funcionamento de duas unidades de saúde envolvidas no mutirão de cirurgias de catarata realizado em Parelhas nos dias 27 e 28 de setembro de 2024. O processo teve origem após relato de um paciente sobre complicações graves no pós-operatório, levando à perda do globo ocular em pelo menos uma dezena de pessoas.
O mutirão foi realizado na Maternidade Dr. Graciliano Lordão, em parceria com uma clínica especializada em saúde ocular contratada pela Secretaria Municipal de Saúde. Segundo informações da Prefeitura à época, os casos de infecção nos pacientes foram atribuídos à bactéria Enterobacter cloacae, associada a falhas em processos de higienização e esterilização.
No processo judicial, o paciente afirma ter desenvolvido endoftalmite, uma infecção grave no olho operado. Com base nas alegações, o juiz da Vara Única da Comarca de Parelhas determinou que a Subcoordenadoria da Vigilância Sanitária do RN (SUVISA/RN) apresente, em até 10 dias, informações sobre as licenças e autorizações de funcionamento do centro cirúrgico da maternidade no período do mutirão.
A decisão judicial também solicita que a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa/PE) informe a situação de regularidade da clínica contratada, com sede em Goiana (PE). Além disso, o Município de Parelhas foi intimado a obter e apresentar a documentação médica dos pacientes atendidos durante o mutirão. O processo segue em tramitação até que seja proferida a sentença de mérito.
Desabastecimento no maior hospital do RN atinge refeições de trabalhadores e acompanhantes
O Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, maior unidade de urgência e emergência do Rio Grande do Norte, voltou a registrar nesta terça-feira (1º.jul.2025) a falta de alimentação para servidores e acompanhantes de pacientes. A situação foi relatada por profissionais de saúde e familiares, com denúncias veiculadas no telejornal Balanço Geral RN, da TV Tropical.
A alimentação para os pacientes internados está mantida, ainda que com restrições. Porém, acompanhantes e funcionários relataram ausência total de almoço durante o plantão, o que tem gerado dificuldades para aqueles sem recursos para comprar comida fora da unidade hospitalar.
Servidores relataram que, diante da falta de refeição no local, muitos estão comprando marmitas de fornecedores externos para conseguir se alimentar durante os plantões. O problema é agravado no centro cirúrgico, onde profissionais permanecem em procedimentos por horas, sem possibilidade de se ausentar para buscar comida.
O fornecimento de ceia para servidores costuma ser mantido, mas o almoço tem sido suspenso sem aviso prévio. Trabalhadores do hospital apontam que essa situação prejudica as rotinas de atendimento e compromete o bem-estar dos profissionais durante o expediente.
A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) informou, por meio de nota, que o desabastecimento de alimentos ocorreu em razão de um atraso no pagamento a um dos fornecedores responsáveis pelas refeições. A pasta comunicou que está em negociação com a empresa para normalizar o fornecimento ainda nesta terça-feira.
De acordo com a Sesap, a equipe financeira estava trabalhando para emitir ordens bancárias e efetuar o pagamento ao longo do dia, com o objetivo de restabelecer o fornecimento regular de refeições aos servidores e acompanhantes.
A situação tem gerado preocupação entre familiares de pacientes que acompanham internações, sobretudo pessoas vindas do interior do estado. Muitos acompanhantes relataram não ter condições de arcar com refeições em estabelecimentos próximos ao hospital.
Segundo relatos, em alguns casos acompanhantes dividem a alimentação destinada aos pacientes, prática considerada inadequada pelas equipes de saúde por risco de contaminação e comprometimento das dietas hospitalares.
O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde/RN) denunciou que essa situação não é isolada e tem se repetido com frequência na unidade hospitalar. Além da falta de alimentação, a entidade aponta que há episódios recorrentes de falta de insumos básicos, como antibióticos, álcool e papel toalha.
A ausência de alimentos para servidores e acompanhantes não é o único problema enfrentado pelo hospital. O Walfredo Gurgel atende pacientes de diversas regiões do Rio Grande do Norte e tem grande demanda em serviços de urgência e emergência. O hospital também é referência para casos de trauma e acidentes no estado.
O episódio mais recente de falta de alimentação expõe dificuldades logísticas e financeiras enfrentadas na gestão da saúde pública estadual. A Sesap destacou que busca resolver a situação por meio da regularização dos pagamentos aos fornecedores, visando garantir o fornecimento normalizado das refeições aos profissionais e acompanhantes.
As autoridades estaduais não informaram prazo definitivo para a regularização completa do fornecimento, mas afirmaram que as tratativas com o fornecedor envolvem a liberação imediata dos recursos.
O Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel segue com funcionamento normal para atendimento aos pacientes, mantendo as refeições destinadas aos internados, mesmo com restrições, enquanto negocia o retorno do fornecimento regular para acompanhantes e servidores.
Foto: Reprodução / Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração
Estado está entre os 12 do país com incidência em nível de alerta, segundo boletim da Fiocruz
O Rio Grande do Norte está entre os 12 estados brasileiros que apresentam incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em nível de alerta e com sinal de crescimento. A informação consta no Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado na quinta-feira (26.jun.2025).
O aumento nos casos de SRAG em estados com incidência variando de moderada a muito alta está associado à continuidade do crescimento de ocorrências ligadas à influenza A e ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Em todo o Brasil, mais de 56 mil casos de SRAG já foram confirmados.
Segundo o boletim, os estados em alerta para crescimento da incidência de SRAG são Alagoas, Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Pará, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e Sergipe.
Crescimento ligado à influenza A e ao VSR
A incidência de SRAG em jovens, adultos e idosos associada à influenza A apresenta sinal de queda ou interrupção do crescimento em grande parte das regiões Centro-Sul, Norte e alguns estados do Nordeste. Entre os estados com esse comportamento estão Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, no Centro-Sul; Amazonas, Amapá, Pará e Tocantins, no Norte; e Bahia, Ceará, Maranhão e Sergipe, no Nordeste.
Movimentação de pessoas no centro da cidade no primeiro dia de flexibilização do uso de máscaras ao ar livre no Estado do Rio de Janeiro.
Apesar do sinal de queda ou estabilidade em parte do país, os níveis de incidência seguem altos em muitas dessas regiões. Além disso, casos associados à influenza A continuam aumentando em alguns estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Sul. Entre esses estão Rondônia e Roraima (Norte); Alagoas e Paraíba (Nordeste); e Mato Grosso, Minas Gerais e Paraná (Centro-Sul).
Situação das crianças pequenas
Em relação às crianças pequenas, o Boletim InfoGripe aponta que as ocorrências de SRAG associada ao Vírus Sincicial Respiratório continuam em crescimento em diversas regiões do país.
Na região Sul, o crescimento foi observado no Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. No Nordeste, os estados com aumento são Alagoas, Bahia, Piauí, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe. No Norte, o crescimento ocorre no Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima, além do Mato Grosso, no Centro-Oeste.
Indícios de queda em outras regiões
O boletim indica sinais de interrupção do crescimento ou início de queda nas hospitalizações por SRAG associada ao VSR em outras áreas do país. Há registro desse comportamento no Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo), boa parte do Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul) e em alguns estados do Norte (Acre, Amapá e Tocantins) e Nordeste (Ceará, Maranhão e Pernambuco).
Rio de Janeiro (RJ), 07/05/2025 – Rio promove o Dia D contra a gripe, na Lapa, centro da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Mesmo com sinais de desaceleração em determinados estados, a incidência de hospitalizações por SRAG permanece em patamares elevados em muitas dessas localidades. A atualização do boletim é referente à Semana Epidemiológica 25, que corresponde ao período de 15 a 21 de junho.
Consolidação de tendência em algumas regiões
A análise do InfoGripe também aponta consolidação de sinais de queda ou estabilização do número de casos de SRAG em parte do território nacional. A tendência de interrupção do crescimento ou queda se destaca em algumas áreas do Centro-Oeste e Sudeste, além de partes das regiões Norte e Nordeste.
Em contrapartida, o Vírus Sincicial Respiratório, associado a hospitalizações principalmente em crianças pequenas, segue em crescimento em diversos estados das regiões Sul, Nordeste, Norte e no Mato Grosso.
Tendência nacional
Em nível nacional, o boletim mostra sinal de queda nas tendências de longo prazo (últimos seis meses) e curto prazo (últimos três meses) para casos de SRAG. O cenário decorre do início da redução dos casos de SRAG provocados pela influenza A e pelo Vírus Sincicial Respiratório em diversos estados, embora os níveis de incidência permaneçam elevados.
O impacto das hospitalizações e óbitos por SRAG em crianças pequenas está relacionado principalmente ao Vírus Sincicial Respiratório, seguido pelo rinovírus e pela influenza A.
O boletim destaca também que há consolidação do início de queda do número de casos de SRAG em todas as faixas etárias em alguns estados, embora o cenário permaneça heterogêneo no país. As hospitalizações por SRAG entre crianças seguem em crescimento em grande parte das regiões Sul, Nordeste e Norte. Entre os idosos, os registros de hospitalizações continuam aumentando em alguns estados do Norte, Nordeste e Centro-Sul.
Perfil dos vírus identificados
Nas quatro últimas semanas epidemiológicas analisadas, a prevalência entre os casos positivos para SRAG no Brasil foi de:
37,5% para influenza A
0,9% para influenza B
45,6% para Vírus Sincicial Respiratório (VSR)
19,2% para rinovírus
1,6% para Sars-CoV-2 (Covid-19)
Em relação aos óbitos com resultado positivo no mesmo período, a distribuição foi:
75,4% para influenza A
1,3% para influenza B
13,4% para Vírus Sincicial Respiratório
8,9% para rinovírus
3,4% para Sars-CoV-2 (Covid-19)
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil / Tomaz Silva/Agência Brasil
Decisão judicial destina recursos para abastecimento no Hospital Dr. José Pedro Bezerra após pedido do Ministério Público
A Justiça do Rio Grande do Norte determinou o bloqueio de R$ 1.027.425,39 do Governo do Estado para garantir o abastecimento emergencial de medicamentos e insumos no Hospital Dr. José Pedro Bezerra, localizado em Natal. A decisão judicial atende a um pedido do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) em ação que apontou situação de desabastecimento crítico na unidade hospitalar.
De acordo com informações divulgadas pelo MPRN, a medida tem como objetivo assegurar a aquisição imediata de itens considerados prioritários para o funcionamento da unidade, evitando a interrupção de atendimentos. Entre os insumos e medicamentos apontados nos relatórios estão anestésicos e materiais cirúrgicos. Esses itens estariam em falta na Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF) do hospital.
A ação judicial foi movida pela 47ª Promotoria de Justiça de Natal, responsável por atuar na área da saúde. O Ministério Público apresentou relatórios que detalham a escassez de insumos essenciais para procedimentos cirúrgicos e outros atendimentos no hospital, destacando o risco de agravamento no atendimento à população em caso de manutenção do quadro de desabastecimento.
O valor bloqueado deverá ser utilizado exclusivamente para a compra emergencial dos medicamentos e materiais necessários. A decisão da Justiça prevê que a administração do Hospital Dr. José Pedro Bezerra ficará responsável pela realização das aquisições diretas para reabastecimento da CAF, com foco nos itens considerados prioritários para o funcionamento adequado dos serviços.
Para garantir a correta aplicação dos recursos, a decisão também estabelece prazo de 60 dias para apresentação da prestação de contas. A direção do hospital deverá comprovar, por meio de notas fiscais e documentos de entrada em estoque, a efetiva aquisição dos medicamentos e insumos. A prestação de contas deverá ser submetida ao juízo responsável para avaliação do cumprimento da medida.
A decisão atende aos argumentos do Ministério Público, que destacou a necessidade de ação imediata para evitar o colapso no atendimento hospitalar. Os relatórios anexados ao processo judicial apontaram a situação crítica no estoque de medicamentos e insumos, incluindo anestésicos e materiais cirúrgicos, que são fundamentais para garantir a realização de procedimentos médicos no Hospital Dr. José Pedro Bezerra.
O Hospital Dr. José Pedro Bezerra, conhecido como Hospital Santa Catarina, é uma das principais unidades de saúde pública de Natal. A Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF) do hospital é responsável por gerenciar o estoque de medicamentos e materiais utilizados nos atendimentos diários, que incluem procedimentos de média e alta complexidade.
A decisão judicial com bloqueio de valores foi considerada pelo Ministério Público como instrumento para garantir o fornecimento mínimo necessário de insumos e medicamentos. O MPRN sustentou nos autos que a situação de desabastecimento representava risco para a continuidade dos atendimentos hospitalares, justificando a solicitação de bloqueio de valores do Governo do Estado.
Segundo o teor da decisão, o montante de R$ 1.027.425,39 será vinculado exclusivamente ao objetivo de suprir o déficit de medicamentos e insumos. Qualquer destinação diferente será considerada descumprimento da medida, sujeita às sanções legais. A prestação de contas detalhada deverá demonstrar, de forma individualizada, os itens adquiridos, os valores pagos e o registro de entrada dos produtos no estoque da unidade.
O Governo do Estado deverá ser formalmente notificado para tomar ciência da decisão e do bloqueio judicial, bem como para viabilizar o cumprimento da ordem de destinação dos recursos. A administração hospitalar terá a responsabilidade de realizar as compras emergenciais e apresentar a documentação comprobatória no prazo estipulado.
O processo segue em tramitação para acompanhar a execução da medida, a análise da prestação de contas e eventuais novas determinações judiciais conforme o andamento da ação movida pelo Ministério Público.
Licitação de R$ 200,7 milhões está suspensa por decisão do TCU; governo estadual diz que processo seguiu critérios técnicos e nega direcionamento
O Tribunal de Contas da União (TCU) manteve a medida cautelar que suspendeu a licitação para a construção do Hospital Metropolitano do Rio Grande do Norte, projeto orçado em R$ 200,7 milhões. A decisão foi apreciada nesta quarta-feira (25.jun.2025) durante sessão do Plenário da Corte, com o relator, ministro Bruno Dantas, sendo acompanhado pelos demais ministros. O processo, que tramita sob sigilo, envolve suspeitas de fraude e favorecimento a um consórcio de empreiteiras que venceu a concorrência pública.
De acordo com informações do TCU, a denúncia indica que a licitação teria sido conduzida com objetivo de direcionar o contrato para uma empresa específica, por meio de ações que supostamente violaram os princípios da isonomia, publicidade e razoabilidade. Apesar da decisão cautelar, o órgão de controle não apontou, até o momento, ocorrência de fraude ou direcionamento efetivo no processo.
O Governo do Estado do Rio Grande do Norte afirmou, em nota oficial, que a medida cautelar trata apenas de questões formais, sem qualquer juízo sobre irregularidades. A gestão estadual ressaltou que o processo licitatório foi realizado com base em critérios técnicos, dentro da legislação vigente e com total transparência.
Segundo o Executivo estadual, a empresa inicialmente classificada não apresentou a documentação completa. A segunda colocada não teria atendido aos critérios técnicos exigidos, e a terceira não cumpriu os prazos previstos para entrega de documentos. A empresa que ficou em quarto lugar, portanto, foi habilitada de acordo com o processo.
Ainda segundo o governo, todos os documentos das empresas participantes foram analisados individualmente e a licitação foi realizada integralmente por meio do sistema eletrônico do Portal Nacional de Compras Públicas. A Secretaria de Estado da Infraestrutura (SIN) informou que ainda não teve acesso ao processo e que analisará juridicamente os próximos passos após recebimento dos autos.
Detalhes do projeto
O Hospital Metropolitano será construído no bairro de Emaús, em Parnamirim, e é um dos principais projetos da atual gestão estadual dentro do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal. A unidade hospitalar terá foco no atendimento a traumas e alta complexidade, com previsão de início das obras para julho de 2025. O contrato já havia sido homologado no Diário Oficial em 12 de junho, e a próxima etapa seria a assinatura do contrato e emissão da ordem de serviço.
O terreno onde o hospital será erguido tem cerca de 30 mil metros quadrados e está localizado no entroncamento entre a Avenida Prudente de Morais (prolongamento) e a Rua Rio Jordão. A estrutura planejada inclui 350 leitos, dos quais 40 serão de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), além de 14 salas cirúrgicas, centro de diagnóstico por imagem completo e duas salas para tomógrafos. Há previsão de implantação de diversos equipamentos modernos para diagnósticos por imagem.
Também estão incluídas no projeto a construção de um heliponto, uma usina de energia, sistema de reuso de água e uso de materiais sustentáveis. Há ainda tratativas com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para viabilizar a construção de uma alça de viaduto que ligue a BR-101 diretamente à Rua Rio Jordão, com o objetivo de facilitar o acesso ao hospital.
Reações de entidades médicas
A suspensão da licitação gerou manifestações de entidades médicas potiguares, que consideram a obra necessária diante da carência de leitos hospitalares, mas alertam para deficiências na rede já existente. As entidades apontam que, antes da criação de novas unidades, seria fundamental melhorar o funcionamento dos hospitais em operação, que enfrentam dificuldades estruturais e de abastecimento.
A ausência de consulta às entidades durante a concepção do projeto também foi criticada. Representantes do setor médico ressaltaram que a falta de diálogo e de investimentos na atual rede hospitalar pode comprometer a efetividade da nova unidade caso a gestão de recursos e infraestrutura não seja aprimorada.
Além disso, há preocupações com os impactos da judicialização do processo, que pode atrasar o início das obras. A expectativa inicial era de que o hospital fosse entregue em até dois anos, com funcionamento previsto para 2027.
Situações podem causar ou intensificar desconfortos respiratórios, além de danificar imóveis
Com a chegada do inverno na última sexta-feira (20) e o aumento da probabilidade de chuvas, acende-se um alerta importante: os casos de mofo e infiltrações nas residências tendem a se intensificar, gerando desconforto e riscos à saúde.
De acordo com o infectologista Igor Queiroz, professor de Medicina da Universidade Potiguar (UnP), cujo curso é parte integrante da Inspirali, o melhor ecossistema de educação em saúde do país, a combinação entre excesso de umidade e falta de ventilação adequada cria um ambiente ideal para o desenvolvimento de fungos em superfícies como paredes, tetos e pisos.
Segundo ele, esse risco se justifica porque a exposição ao mofo pode causar impactos importantes na saúde, especialmente em pessoas que já convivem com doenças respiratórias e outras condições.
“Esses fungos provocam reações alérgicas e inflamatórias nas vias respiratórias. Isso tende a piorar quadros de asma, rinite e bronquite, especialmente entre crianças, idosos e pessoas com doenças autoimunes”, explica.
Além dos impactos à saúde, os danos causados por infiltrações também são bastante comuns durante o período chuvoso. Quando telhados apresentam falhas ou as paredes não recebem a impermeabilização adequada, a água consegue penetrar nas estruturas, comprometendo a conservação do imóvel e favorecendo o aparecimento de mofo.
Diante desse cenário, adotar ações preventivas é essencial para evitar a proliferação de mofo e reduzir os danos causados por infiltrações, especialmente durante os períodos de chuva intensa. “Ao identificar sinais como manchas de umidade ou odores característicos, é importante agir rapidamente e buscar a solução adequada. Caso surjam sintomas respiratórios fora do comum, a orientação é procurar atendimento médico”, frisa o docente da UnP/Inspirali.
Medidas preventivas
Impermeabilização adequada das estruturas da casa (paredes, telhados e lajes);
Ventilação frequente dos ambientes internos para reduzir a umidade;
Uso de desumidificadores em cômodos com pouca circulação de ar;
Manutenção regular de telhados, calhas e ralos para evitar acúmulo de água;
Reparos imediatos em sinais de infiltração ou vazamentos;
Monitoramento de manchas de umidade e mofo em paredes, tetos e móveis;
Busca por orientação médica ao perceber sintomas respiratórios persistentes;
Contratação de profissionais especializados em construção e manutenção para corrigir falhas estruturais de forma eficaz.
Sobre a Universidade Potiguar – UnP
Com 44 anos de inovação e tradição, a UnP é a única universidade privada do Estado do Rio Grande do Norte a integrar o maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima. A universidade possui milhares de alunos entre os campi em Natal, Mossoró e Caicó, oferecendo cursos de graduação, pós-graduação lato sensu, Mestrados e Doutorados. Também contribui para democratização do ensino superior ao disponibilizar uma oferta de cursos digitais com diversos polos dentro e fora do Rio Grande do Norte. Como formadora de profissionais, a instituição tem compromisso com a cidadania, sempre pautada nos valores éticos, sociais, culturais e profissionais. Este propósito direciona o desenvolvimento e a prática de seu projeto institucional e dos projetos pedagógicos dos cursos que oferece para a comunidade. Além disso, os alunos de Medicina da UnP contam com a Inspirali, um dos principais players de educação continuada na área médica. Para mais informações: www.unp.br.
Sobre a Inspirali
Criada em 2019, a Inspirali atua na gestão de escolas médicas do Ecossistema Ânima. É uma das principais empresas de ensino superior de Medicina no Brasil, com mais de 13 mil alunos (graduação, pós-graduação e extensão) e 14 instituições – localizadas em capitais como São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Florianópolis e Natal e em importantes centros de desenvolvimento do país, como Piracicaba (SP), São José dos Campos (SP), Cubatão (SP), Tubarão (SC), Vespasiano (MG) e Jacobina (BA).
As graduações em Medicina seguem modelo acadêmico reconhecido entre os mais inovadores do mundo e pensado para formar profissionais de alta performance com uma visão integral do ser humano. O portfólio da Inspirali contempla também cursos livres e especializações focados na medicina integrativa e aborda temas relevantes no cenário global, a exemplo da pós-graduação em cannabis medicinal, primeiro curso na área certificado pelo Ministério da Educação (MEC). A aprendizagem digital ativa oferece recursos tecnológicos (robôs de alta fidelidade e realidade virtual e aumentada MedRoom) e apoio socioemocional, assim como as atividades práticas e o acompanhamento personalizado.
Angiologista e cirurgiã vascular, Dra. Ilana Barros explica como identificar, tratar e prevenir complicações causadas por alterações na coagulação do sangue.
Silenciosa, pouco compreendida e muitas vezes diagnosticada tardiamente, a trombofilia é uma condição que altera o sistema de coagulação sanguínea, facilitando a formação de coágulos. Muitas vezes, o distúrbio passa despercebido por anos, mas pode levar a complicações graves como trombose venosa profunda, embolia pulmonar e acidente vascular cerebral (AVC). A angiologista Dra. Ilana Barros reforça a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento médico, sobretudo em pessoas com histórico familiar ou episódios anteriores sem causa aparente.
A trombofilia pode ser hereditária, causada por mutações genéticas, ou adquirida ao longo da vida devido a fatores autoimunes, uso de medicamentos ou outras doenças. Segundo a American Society of Hematology, a incidência de trombose venosa é de 1 a 2 casos para cada mil adultos por ano. Em cerca de 60% desses casos, há predisposição genética envolvida. As mutações mais frequentes são o Fator V de Leiden, presente em até 7% da população caucasiana, e a mutação da Protrombina G20210A, que acomete entre 1% e 4% da população geral. Deficiências de antitrombina, proteína C e proteína S são mais raras, mas elevam em até dez vezes o risco de eventos trombóticos.
“Muitos pacientes levam uma vida aparentemente normal até serem surpreendidos por uma trombose. Por não apresentar sintomas prévios, a condição geralmente só é detectada após um episódio grave”, explica a Dra. Ilana Barros. Ela ressalta que os exames laboratoriais para trombofilia são específicos e devem ser indicados e interpretados por um médico, conforme cada caso.
Os sintomas que podem indicar um evento trombótico incluem dor e inchaço em uma das pernas, no caso da trombose venosa profunda, e falta de ar súbita, que pode ser sinal de embolia pulmonar. Porém, a trombofilia em si, quando não complicou, não manifesta sinais clínicos.
O tratamento depende do perfil individual do paciente. Nem sempre há necessidade de medicação contínua, mas sim de orientações específicas para momentos de maior risco, como cirurgias, imobilização prolongada ou viagens longas. “Nem todo paciente precisará de anticoagulantes por tempo indeterminado. O acompanhamento personalizado é fundamental para equilibrar os riscos da trombose e os efeitos dos medicamentos”, destaca a especialista.
Para a Dra. Ilana Barros, embora muitas vezes silenciosa, a trombofilia pode ser controlada com medidas simples quando o diagnóstico é feito a tempo. “Prevenção é o nosso melhor recurso. Com atenção e informação adequada, é possível reduzir significativamente as complicações. O importante é não ignorar os sinais de alerta e buscar avaliação médica especializada”, conclui.
Para mais informações e dicas, confira o Instagram: @drailanabarros
Sobre Dra. Ilana Barros
Sobre Drª Ilana Barros: formada em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), com residência médica em Cirurgia Geral no Hospital Geral Roberto Santos, em Salvador-BA, e com Residência Médica em Cirurgia Vascular no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Recife-PE.
Além de sua formação inicial e residências, a Dra. é especializada em Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular na ANGIORAD, em Recife-PE, e Pós-graduada em Laser, Cosmiatria e Procedimentos no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo-SP.
Construtora vencedora ficou em quarto lugar na concorrência; Governo do RN nega irregularidades e defende legalidade do processo
O Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu temporariamente a licitação realizada pelo Governo do Rio Grande do Norte para a construção do Hospital Metropolitano. A decisão foi tomada na tarde desta terça-feira (24.jun.2025) e divulgada pela Revista Veja.
De acordo com a publicação, a suspensão ocorreu após denúncia apontar que a construtora vencedora do certame não apresentou a melhor proposta, ficando inicialmente em quarto lugar na concorrência pública. A denúncia sustenta que o governo estadual desclassificou as três primeiras colocadas, que tinham valores mais vantajosos, utilizando critérios questionáveis que possibilitaram a vitória do consórcio formado pelas empresas Ramalho Moreira, A. Gaspar e Edcon.
Em nota oficial, o Governo do Estado do Rio Grande do Norte negou qualquer irregularidade no processo de licitação. Segundo o texto, o procedimento foi conduzido com rigor técnico, em conformidade com a legislação vigente e de forma transparente.
“O Governo do Estado do Rio Grande do Norte afirma que não existe qualquer irregularidade na licitação referente à construção do novo Hospital Metropolitano, suspensa temporariamente pelo Tribunal de Contas da União (TCU)”, diz o comunicado.
O governo detalhou os motivos que levaram à desclassificação das três primeiras empresas na disputa. A nota afirma que:
A primeira colocada não apresentou toda a documentação exigida;
A segunda empresa não atendeu aos requisitos técnicos fundamentais, conforme apontado por outras concorrentes;
A terceira colocada não entregou a documentação dentro do prazo estipulado pelo edital.
Somente após essas eliminações, segundo o Executivo estadual, foi convocado o consórcio classificado em quarto lugar. O Governo afirmou ainda que todos os atos do processo foram fundamentados e tornados públicos em detalhes.
“O processo foi conduzido com rigor técnico, respeito à legislação e absoluta transparência”, diz outro trecho da nota. “Todos os atos praticados neste e em demais processos administrativos do Governo do Estado são firmados sobre o alicerce da lisura, pelo respeito ao erário e principalmente com a população.”
A suspensão temporária da licitação ainda não tem prazo definido para ser analisada pelo TCU. O consórcio vencedor da licitação é formado pelas empresas Ramalho Moreira, A. Gaspar e Edcon.
Até a publicação desta matéria, o TCU não havia divulgado nota oficial detalhando os fundamentos da decisão de suspensão. Também não foram informados prazos para retomada ou eventual anulação do processo licitatório.
Operadoras não compareceram a convocação sobre negativas de atendimento a pessoas com TEA e serão acionadas judicialmente
A Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara Municipal de Natal, que investiga supostas negativas de atendimento a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) por parte de operadoras de planos de saúde, decidiu nesta segunda-feira (23.jun.2025) solicitar ao Poder Judiciário a condução coercitiva de representantes das empresas Hapvida e Humana Saúde. Ambas foram convocadas para prestar esclarecimentos, mas não compareceram nem apresentaram justificativas à comissão.
Segundo o presidente da CEI, vereador Kleber Fernandes (PSDB), a ausência sem justificativa configura afronta ao Poder Legislativo e desrespeito aos consumidores. “Esta Casa Legislativa não se calará diante das reiteradas afrontas e desrespeitos. São inúmeras denúncias de descredenciamento de clínicas, negativas de autorização e descaso generalizado com famílias que lutam para garantir o tratamento de seus filhos. A judicialização é necessária diante do silêncio das operadoras”, afirmou.
A decisão foi tomada durante reunião ordinária da comissão, que apura denúncias apresentadas por pais e responsáveis de pessoas com TEA. As denúncias incluem o descredenciamento de clínicas especializadas, negativa de cobertura de terapias e demora na autorização de procedimentos.
A única operadora de saúde que apresentou justificativa foi a Unimed Natal, que solicitou o reagendamento de sua oitiva em razão de mudanças recentes na diretoria. O pedido foi aceito pela comissão, e a nova audiência ficou marcada para o dia 6 de agosto. Os novos gestores da Unimed deverão comparecer para prestar esclarecimentos sobre as práticas da operadora no atendimento a pessoas com TEA.
O vice-presidente da comissão, vereador Daniel Santiago (PP), também criticou a ausência das empresas. “Se eles desrespeitam uma convocação assinada por 28 dos 29 vereadores, imagina o que fazem com essas crianças e essas famílias. Estamos respaldados pelo povo, e a Procuradoria da Casa já está encaminhando a judicialização para garantir a condução coercitiva”, declarou.
A CEI dos Planos de Saúde foi instalada em 10 de junho com o objetivo de investigar negativas ilegais no custeio e fornecimento de terapias a pessoas com TEA. A comissão foi criada após diversas denúncias de pais e mães atípicos que relataram dificuldades para garantir o tratamento de seus filhos por meio dos planos de saúde.
A comissão é formada pelos vereadores Kleber Fernandes (PSDB), Daniel Santiago (PP), Tércio Tinoco (União Brasil), Thábata Pimenta (PSOL) e Herberth Sena (PV). A convocação realizada nesta segunda-feira (23) foi um desdobramento direto de uma audiência pública promovida anteriormente pela Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara, que discutiu o mesmo tema.
Na ocasião, representantes das operadoras também foram convidados, mas nenhuma das empresas compareceu ao debate. A ausência generalizada resultou na repercussão do caso entre os parlamentares e levou à criação da CEI com o apoio de 28 dos 29 vereadores da Casa Legislativa.
O próximo passo será o encaminhamento da solicitação formal ao Poder Judiciário, com o objetivo de garantir a presença dos representantes das operadoras nas oitivas futuras da comissão.
Foto: Verônica Macedo / Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração
Situação pode causar crises respiratórias e alterações cardíacas nos animais
Apesar de encantarem visualmente o público, os fogos ruidosos representam uma ameaça real para o bem-estar dos animais e das pessoas com hipersensibilidade auditiva. A médica-veterinária Kátia Freire, professora da Universidade Potiguar (UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o ecossistema Ânima, chama a atenção para os danos muitas vezes invisíveis, mas prejudiciais para os animais.
“É preciso compreender que os animais possuem uma audição muito mais aguçada que a dos seres humanos, em alguns casos, até dez vezes mais sensível. Por isso, o barulho intenso e repentino das explosões provoca reações de medo, dor, estresse e desorientação”, explica a especialista.
De acordo com a veterinária, os efeitos vão desde latidos excessivos, tremores, salivação e automutilação até complicações mais sérias. “Infelizmente, não são raros os casos de animais que morrem em decorrência do estresse ou que fogem em desespero e acabam atropelados ou feridos”, afirma. Além disso, os ruídos afetam também pessoas neuroatípicas e indivíduos com hipersensibilidade auditiva, que podem vivenciar crises dolorosas diante do barulho.
Os impactos nos animais não se restringem aos momentos de barulho. Segundo a professora, o estresse gerado pode desencadear crises respiratórias e alterações cardíacas, especialmente em filhotes, idosos ou animais com doenças pré-existentes. “E há ainda o trauma psicológico. Muitos desenvolvem fobias sonoras, comportamentos agressivos ou medo de ambientes abertos”, completa.
O que fazer para protegê-los?
A orientação mais eficaz, segundo a médica-veterinária, é simples: evitar o uso de fogos com ruídos. “Já existem alternativas modernas e encantadoras, como espetáculos com drones e projeções visuais — soluções inovadoras e ambientalmente corretas”, recomenda.
Caso o animal seja exposto a uma situação em que não é possível evitar o barulho dos fogos, a professora Kátia traz algumas recomendações. “Durante festas, mantenha os animais em ambientes seguros, fechados e tranquilos. Uma música ambiente suave pode ajudar a disfarçar os sons externos”, diz.
Ela também reforça que, se o animal já teve crises em anos anteriores, é fundamental procurar um veterinário. “Em alguns casos, pode ser necessário um tratamento com medicamentos ou técnicas de dessensibilização”, completa.
Sobre a Universidade Potiguar – UnP
Com 44 anos de inovação e tradição, a UnP é a única universidade privada do Estado do Rio Grande do Norte a integrar o maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima. A universidade possui milhares de alunos entre os campi em Natal, Mossoró e Caicó, oferecendo cursos de graduação, pós-graduação lato sensu, Mestrados e Doutorados. Também contribui para democratização do ensino superior ao disponibilizar uma oferta de cursos digitais com diversos polos dentro e fora do Rio Grande do Norte. Como formadora de profissionais, a instituição tem compromisso com a cidadania, sempre pautada nos valores éticos, sociais, culturais e profissionais. Este propósito direciona o desenvolvimento e a prática de seu projeto institucional e dos projetos pedagógicos dos cursos que oferece para a comunidade. Além disso, os alunos de Medicina da UnP contam com a Inspirali, um dos principais players de educação continuada na área médica. Para mais informações: www.unp.br.
Sobre a Ânima Educação
Com o propósito de transformar o Brasil pela educação, a Ânima é o maior e o mais inovador ecossistema de ensino de qualidade para o país, com um portfólio de marcas valiosas e um dos principais players de educação continuada na área médica. A companhia é composta por cerca de 370 mil estudantes, distribuídos em 18 instituições de ensino superior, e em mais de 500 polos educacionais por todo o Brasil. Integradas também ao Ecossistema Ânima estão marcas especialistas em suas áreas de atuação, como HSM, HSM University, EBRADI (Escola Brasileira de Direito), Le Cordon Bleu (SP), SingularityU Brazil, Inspirali, Community Creators Academy, e Learning Village, primeiro hub de inovação e educação da América Latina, além do Instituto Ânima.
Em 2023, a Forbes, uma das revistas de negócios e economia mais respeitadas do mundo, elencou a Ânima entre as 10 maiores companhias inovadoras do país e, em 2022, o ecossistema de ensino, também foi destaque do Prêmio Valor Inovação – parceria do jornal Valor Econômico e a Strategy&, consultoria estratégica da PwC – figurando no ranking de empresas mais inovadoras do Brasil no setor de educação. A companhia também se destacou no Finance & Law Summit Awards – FILASA, em 2022, como Melhor Departamento de Compliance. Em 2021, a organização educacional foi destaque no Guia ESG da revista Exame como uma das vencedoras na categoria Educação. Desde 2013, a companhia está na Bolsa de Valores, no segmento de Novo Mercado, considerado o de mais elevado grau de governança corporativa.
Medida visa proteger a saúde da população brasileira
A partir desta segunda-feira (23), farmácias e drogarias começam a reter receitas de medicamentos agonistas GLP-1, popularmente conhecidos como canetas emagrecedoras.
A categoria inclui a semaglutida, a liraglutida, a dulaglutida, a exenatida, a tirzepatida e a lixisenatida.
A decisão por um controle mais rigoroso na prescrição e na dispensação desse tipo de medicamento foi tomada pela diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em abril e entrou em vigor 60 dias após a publicação no Diário Oficial da União.
Em nota, a agência informou que a medida tem como objetivo proteger a saúde da população brasileira, “especialmente porque foi observado um número elevado de eventos adversos relacionados ao uso desses medicamentos fora das indicações aprovadas pela Anvisa”.
A análise, segundo a agência, se baseou em dados de notificação do VigiMed, sistema disponibilizado pela Anvisa para que cidadãos, profissionais de saúde, detentores de registro de medicamentos e patrocinadores de estudos possam reportar suspeitas de eventos adversos relacionados a medicamentos e vacinas.
Em uma análise comparativa, o sistema de farmacovigilância, de acordo com a agência, sinalizou “muito mais eventos adversos relacionados ao uso fora das indicações aprovadas pela Anvisa no Brasil do que os dados globais”.
Ao apresentar seu voto, em abril, o diretor-presidente substituto da Anvisa, Rômison Rodrigues Mota, destacou que o incentivo ao uso de canetas emagrecedoras apenas com finalidade estética, acompanhado de promessas e depoimentos de rápida perda de peso e sem o devido acompanhamento médico, coloca em risco a saúde dos usuários:
“Estamos falando de medicamentos novos, cujo perfil de segurança a longo prazo ainda não é totalmente conhecido. Por isso, é fundamental o monitoramento e a vigilância. O uso sem avaliação, prescrição e acompanhamento por profissionais habilitados, de acordo com as indicações autorizadas, pode aumentar os riscos e os potenciais danos à saúde.”
Entenda
Com a decisão da diretoria colegiada da Anvisa, a prescrição de medicamentos agonistas GLP-1, incluindo Ozempic, Mounjaro e Wegovy, deve ser feita em duas vias, e a venda só pode ocorrer com a retenção da receita nas farmácias e drogarias, assim como acontece com antibióticos.
A validade das receitas será de até 90 dias a partir da data de emissão, período durante o qual poderão ser utilizadas pelo paciente.
Farmácias e drogarias, por sua vez, devem incluir, no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC), a escrituração da movimentação de compra e venda dos medicamentos.
Segundo a agência, a decisão não altera o direito do profissional médico de prescrever os medicamentos para finalidades diferentes das descritas na bula.
A prática, conhecida como uso off label, ocorre quando o médico entende que, para determinado paciente, os benefícios do tratamento superam os riscos.
“É uma decisão tomada com responsabilidade pelo médico e sempre com o devido esclarecimento ao paciente, garantindo que ele esteja bem-informado sobre o procedimento”, destacou a Anvisa.
Uso indiscriminado
A retenção do receituário de canetas emagrecedoras já era defendida por entidades da área da saúde, incluindo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a Sociedade Brasileira de Diabetes e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica.
Em nota aberta, as entidades citam que o uso indiscriminado desse tipo de medicamento gera preocupações quanto à saúde da população e ao acesso de pacientes que realmente necessitam desse tipo de tratamento.
“A venda de agonistas de GLP-1 sem receita médica, apesar de irregular, é frequente. A legislação vigente exige receita médica para a dispensação destes medicamentos, porém não a retenção da mesma pelas farmácias. Essa lacuna facilita o acesso indiscriminado e a automedicação, expondo indivíduos a riscos desnecessários”, destacou o documento.
As festas juninas são marcadas por muitas comidas típicas, fogueiras e fogos de artifício, elementos que tornam essa época especial. Esse cenário também traz um aumento nos casos de queimaduras, especialmente entre crianças, jovens e idosos. Especialistas reforçam a importância da prevenção e do preparo para agir rapidamente em situações de acidente.
“A maioria das queimaduras pode ser evitada com cuidados simples, como manter as crianças afastadas do fogo e evitar o uso inadequado de fogos. A supervisão de um adulto responsável é fundamental para garantir a segurança durante as celebrações, pois o adulto deve auxiliar ao acender fósforos e manusear os fogos de artifício, prevenindo acidentes”, explica a professora Vera Lúcia, docente do curso de Enfermagem da Universidade Potiguar (UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima.
Também é importante tomar precauções especiais com as fogueiras, que também são fonte comum de queimaduras nesse período. “As fogueiras devem ser montadas em locais abertos e afastados de materiais inflamáveis e de fiações elétricas, com um espaço seguro ao redor para evitar que crianças e adultos se aproximem demais. Nunca se deve deixar a fogueira sem supervisão e é fundamental extingui-la completamente após o uso”, orienta Lúcia.
Além dos riscos relacionados a fogueiras e fogos de artifício, é fundamental redobrar a atenção durante o preparo das comidas típicas, especialmente entre adultos e idosos. O uso constante do fogão pode levar a acidentes domésticos, como queimaduras por contato com superfícies quentes ou óleo quente.
“Para prevenir esses acidentes, é importante manter o ambiente organizado, evitar roupas largas que possam prender fogo e nunca deixar panelas no fogo sem supervisão”, orienta a professora Vera Lúcia. Ela ainda recomenda manter crianças afastadas da cozinha durante o preparo dos alimentos e ter sempre à mão um kit de primeiros socorros para emergências.
Emergências
Além disso, a profissional destaca que a rapidez no atendimento inicial é fundamental para minimizar os danos. “Se a queimadura ocorrer por contato direto com o fogo, resfriar a queimadura com água corrente por pelo menos 10 minutos ajuda a aliviar a dor e evita que a lesão se agrave”. Ela alerta ainda que “não se deve aplicar gelo, pomadas caseiras ou substâncias não indicadas, pois isso pode piorar a queimadura e aumentar o risco de infecção”.
Em caso de queimaduras graves, que atingem grandes áreas do corpo, face, mãos, pés ou genitais, ou quando surgem bolhas e muita dor, a recomendação é buscar atendimento médico imediatamente. “Manter a vacinação contra tétano em dia é outro cuidado essencial para prevenir complicações”, lembra Vera Lúcia.
Sobre a Universidade Potiguar – UnP
Com 44 anos de inovação e tradição, a UnP é a única universidade privada do Estado do Rio Grande do Norte a integrar o maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima. A universidade possui milhares de alunos entre os campi em Natal, Mossoró e Caicó, oferecendo cursos de graduação, pós-graduação lato sensu, Mestrados e Doutorados. Também contribui para democratização do ensino superior ao disponibilizar uma oferta de cursos digitais com diversos polos dentro e fora do Rio Grande do Norte. Como formadora de profissionais, a instituição tem compromisso com a cidadania, sempre pautada nos valores éticos, sociais, culturais e profissionais. Este propósito direciona o desenvolvimento e a prática de seu projeto institucional e dos projetos pedagógicos dos cursos que oferece para a comunidade. Além disso, os alunos de Medicina da UnP contam com a Inspirali, um dos principais players de educação continuada na área médica. Para mais informações: www.unp.br.
Sobre a Ânima Educação
Com o propósito de transformar o Brasil pela educação, a Ânima é o maior e o mais inovador ecossistema de ensino de qualidade para o país, com um portfólio de marcas valiosas e um dos principais players de educação continuada na área médica. A companhia é composta por cerca de 370 mil estudantes, distribuídos em 18 instituições de ensino superior, e em mais de 500 polos educacionais por todo o Brasil. Integradas também ao Ecossistema Ânima estão marcas especialistas em suas áreas de atuação, como HSM, HSM University, EBRADI (Escola Brasileira de Direito), Le Cordon Bleu (SP), SingularityU Brazil, Inspirali, Community Creators Academy, e Learning Village, primeiro hub de inovação e educação da América Latina, além do Instituto Ânima.
Em 2023, a Forbes, uma das revistas de negócios e economia mais respeitadas do mundo, elencou a Ânima entre as 10 maiores companhias inovadoras do país e, em 2022, o ecossistema de ensino, também foi destaque do Prêmio Valor Inovação – parceria do jornal Valor Econômico e a Strategy&, consultoria estratégica da PwC – figurando no ranking de empresas mais inovadoras do Brasil no setor de educação. A companhia também se destacou no Finance & Law Summit Awards – FILASA, em 2022, como Melhor Departamento de Compliance. Em 2021, a organização educacional foi destaque no Guia ESG da revista Exame como uma das vencedoras na categoria Educação. Desde 2013, a companhia está na Bolsa de Valores, no segmento de Novo Mercado, considerado o de mais elevado grau de governança corporativa.
A tecnologia permite que o oxigênio se dissolva em maior quantidade no plasma, o que acelera a cicatrização e ajuda a combater infecções graves
Combinando conhecimento, tecnologia e atendimento emergencial, o Hospital Naval de Natal (HNNa) abriu suas portas para receber alunos de Medicina da Universidade Potiguar (UnP), cujo curso é parte integrante da Inspirali, melhor ecossistema de educação em saúde do país. A visita proporcionou aos estudantes uma imersão prática na medicina hiperbárica, área fundamental em cenários civis e militares.
Durante a atividade, os futuros médicos puderam compreender de forma aprofundada como funciona o atendimento nessa especialidade, observando casos clínicos frequentes e os protocolos utilizados. Um dos destaques foi a câmara hiperbárica, equipamento essencial no tratamento de condições que requerem a administração de oxigênio em alta pressão. A tecnologia permite que o oxigênio se dissolva em maior quantidade no plasma, o que acelera a cicatrização e ajuda a combater infecções graves.
Durante a visita, os estudantes tiveram acesso aos sistemas de controle e aos parâmetros de operação da câmara, além de conhecerem os cuidados exigidos durante os procedimentos. “A atividade faz parte da proposta da UnP de inserir seus alunos em cenários reais de atuação médica, fortalecendo o aprendizado por meio da vivência em ambientes especializados”, afirma a coordenadora de Medicina da UnP/Inspirali, professora Regina Venturini.
A parceria entre a Universidade Potiguar e o Hospital Naval também evidencia a relevância da integração entre instituições acadêmicas e militares na formação médica no Brasil. De acordo com o Capitão Nelson, “a familiarização dos alunos com a infraestrutura da Marinha prepara-os não apenas para atender casos civis, mas também para futuras missões de resposta a desastres ou operações conjuntas de saúde pública”.
A visita despertou o interesse de muitos alunos pela área da medicina militar, ao apresentar possibilidades de atuação dentro da Marinha e em centros especializados em oxigenoterapia hiperbárica, sejam eles públicos ou privados.
Sobre a Universidade Potiguar – UnP
Com 44 anos de inovação e tradição, a UnP é a única universidade privada do Estado do Rio Grande do Norte a integrar o maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima. A universidade possui milhares de alunos entre os campi em Natal, Mossoró e Caicó, oferecendo cursos de graduação, pós-graduação lato sensu, Mestrados e Doutorados. Também contribui para democratização do ensino superior ao disponibilizar uma oferta de cursos digitais com diversos polos dentro e fora do Rio Grande do Norte. Como formadora de profissionais, a instituição tem compromisso com a cidadania, sempre pautada nos valores éticos, sociais, culturais e profissionais. Este propósito direciona o desenvolvimento e a prática de seu projeto institucional e dos projetos pedagógicos dos cursos que oferece para a comunidade. Além disso, os alunos de Medicina da UnP contam com a Inspirali, um dos principais players de educação continuada na área médica. Para mais informações: www.unp.br.
Sobre a Inspirali
Criada em 2019, a Inspirali atua na gestão de escolas médicas do Ecossistema Ânima. É uma das principais empresas de ensino superior de Medicina no Brasil, com mais de 13 mil alunos (graduação, pós-graduação e extensão) e 14 instituições – localizadas em capitais como São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Florianópolis e Natal e em importantes centros de desenvolvimento do país, como Piracicaba (SP), São José dos Campos (SP), Cubatão (SP), Tubarão (SC), Vespasiano (MG) e Jacobina (BA).
As graduações em Medicina seguem modelo acadêmico reconhecido entre os mais inovadores do mundo e pensado para formar profissionais de alta performance com uma visão integral do ser humano. O portfólio da Inspirali contempla também cursos livres e especializações focados na medicina integrativa e aborda temas relevantes no cenário global, a exemplo da pós-graduação em cannabis medicinal, primeiro curso na área certificado pelo Ministério da Educação (MEC). A aprendizagem digital ativa oferece recursos tecnológicos (robôs de alta fidelidade e realidade virtual e aumentada MedRoom) e apoio socioemocional, assim como as atividades práticas e o acompanhamento personalizado.
Movimento foi encerrado em assembleia após multa judicial; categoria cobra reajuste salarial de 24% e melhorias nas condições de trabalho
Os servidores da saúde de Natal decidiram suspender a greve iniciada na terça-feira (17.jun.2025), após decisão da Justiça que determinou o fim do movimento. A deliberação pelo encerramento da paralisação foi tomada em assembleia realizada nesta sexta-feira (20.jun).
A decisão judicial foi publicada na quinta-feira (19) e determinava multas diárias de R$ 10 mil para cada sindicato envolvido na greve, com um limite de R$ 200 mil, em caso de descumprimento. Além disso, foi exigida a continuidade integral da força de trabalho nas unidades de saúde da capital potiguar.
A principal reivindicação da categoria é o reajuste salarial de 24%, com base no limite prudencial. Os profissionais da saúde também solicitam a implementação da data-base retroativa a março, a recomposição das gratificações previstas na Lei Complementar 120 e o fim dos cortes dessas gratificações durante períodos de licença.
Apesar da suspensão da greve, o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Norte (SindSaúde) anunciou, por meio das redes sociais, que aprovou um novo cronograma de atividades. O objetivo é denunciar as condições de trabalho nas unidades de saúde de Natal.
Histórico da paralisação
A greve teve início na terça-feira (17), com servidores da saúde realizando uma caminhada e manifestação em frente ao Palácio Felipe Camarão, sede da Prefeitura de Natal, no bairro da Cidade Alta. A mobilização ocorreu após a rejeição da proposta de reajuste apresentada pela gestão municipal.
Proposta da prefeitura
Segundo nota oficial da Prefeitura de Natal, foi ofertado um reajuste de 5,47%, percentual que corresponde ao índice inflacionário acumulado entre março de 2023 e março de 2024. A administração municipal também informou que se comprometeu a avaliar outras reivindicações da categoria e sugeriu a instalação de uma mesa de negociação para aprofundar o debate sobre os demais pontos apresentados pelos trabalhadores.
A gestão municipal declarou que mantém o compromisso com uma agenda de valorização continuada, realista e sustentável para os servidores da saúde, e pediu bom senso aos representantes da categoria para evitar impactos na prestação dos serviços essenciais.
O Município ainda propôs um prazo de até 60 dias para a regularização da mesa de negociação, proposta rejeitada pela categoria, que exige instalação imediata da mesa de negociação.
Reivindicações da categoria
De acordo com o SindSaúde, os principais pontos da pauta dos servidores incluem:
Recomposição salarial de 24%, considerando o limite prudencial;
Implementação da data-base com efeitos retroativos a março;
Recomposição das gratificações previstas na Lei Complementar 120/2010;
Garantia de manutenção das gratificações durante licenças dos servidores.
O sindicato informou que optou inicialmente por paralisações parciais, como forma de pressão para avanços nas negociações. No entanto, diante da ausência de respostas satisfatórias e da urgência nas demandas, a greve foi deliberada em assembleia anterior.
Mesmo com o encerramento do movimento grevista, a categoria pretende manter mobilizações para reforçar as reivindicações, conforme o novo cronograma aprovado.
Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração / Reprodução/SindSaúde RN
Mandado de busca e apreensão foi cumprido na Paraíba; suspeito usava identidade falsa de médico para atender em hospital de Jucurutu
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte cumpriu, nesta quarta-feira (18.jun.2025), um mandado de busca e apreensão domiciliar contra um homem de 39 anos, investigado por exercício ilegal da medicina no município de Jucurutu, no interior do estado. A ação foi realizada com apoio da Polícia Civil da Paraíba, no município de Belém do Brejo do Cruz, onde o suspeito reside atualmente.
Segundo as investigações conduzidas pela 51ª Delegacia de Polícia de Jucurutu, o homem teria se passado por médico e atendido pacientes utilizando documentos falsificados, incluindo carimbos e assinatura de um profissional real, com registro ativo em outro estado, que nunca atuou no Rio Grande do Norte.
O caso que deu origem à apuração remonta a 12 de julho de 2019, quando o investigado realizou atendimento médico no Hospital Maternidade Teresinha Lula de Queiroz Santos, em Jucurutu. Na ocasião, uma idosa de 70 anos foi atendida após apresentar dores na mão direita. Mesmo diante de um exame de raio-x e de um quadro clínico evidente, o suspeito diagnosticou entorse no punho e prescreveu apenas analgésicos, sem encaminhamento ao especialista.
Dias após o atendimento, a paciente foi avaliada por profissionais ortopedistas que constataram a existência de uma fratura com consolidação óssea inadequada. O erro no diagnóstico comprometeu a recuperação da lesão e causou deformidade permanente, além da perda total da função da mão direita da vítima.
Ação policial
Durante o cumprimento da ordem judicial, os policiais civis apreenderam documentos públicos, carimbos e materiais com indícios de falsificação. Todo o material passará por perícia técnica para contribuir com a investigação.
O inquérito policial instaurado apura os crimes de:
Exercício ilegal da medicina (Art. 282 do Código Penal)
Falsidade ideológica (Art. 299)
Falsificação de documento público (Art. 297)
Lesão corporal de natureza grave, com debilidade permanente de membro (Art. 129, §1º, III)
A Polícia Civil destacou que o investigado usava nome, carimbo e assinatura falsos de um médico real, o qual está registrado em outro estado e não possui qualquer relação com o hospital de Jucurutu.
Denúncias
A Polícia Civil do RN ressalta a importância da participação da população no combate a práticas criminosas como essa. Informações e denúncias podem ser encaminhadas, de forma anônima, por meio do Disque Denúncia 181.
Unidade nas Rocas suspendeu serviços após entrada de água; Maternidade Araken Pinto também teve setores afetados
As fortes chuvas que atingiram Natal na madrugada e manhã desta quarta-feira (18.jun.2025) provocaram alagamentos no Hospital dos Pescadores, localizado no bairro das Rocas, Zona Leste da capital. Em decorrência da entrada de água na unidade, os atendimentos foram suspensos temporariamente no início da manhã.
Um vídeo divulgado pelo Sindicato dos Servidores da Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde) mostrou funcionários atuando na limpeza das áreas internas afetadas pela enchente. De acordo com o diretor do sindicato, Paulo Martins, o acúmulo de água impediu até mesmo a entrada de ambulâncias no hospital.
“Natal não tem estrutura para tanta chuva. Todo mundo viu a calamidade que ficou nas Rocas. Alagou tudo, adentrando água ao Hospital dos Pescadores, prejudicando atendimento à população. Ambulâncias não podiam encostar. Situação crítica e caótica quando acontece um dia de chuva como este”, declarou Martins em entrevista à TV Tropical.
Após a redução das chuvas e o escoamento da água, os atendimentos na unidade foram parcialmente retomados no final da manhã, com foco exclusivo em emergências. Segundo servidores, os serviços ambulatoriais seguem suspensos por tempo indeterminado devido aos danos causados nos setores afetados.
O que diz a Secretaria de Saúde
Em nota oficial, a Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS) informou que o hospital está realizando acolhimento apenas para casos de emergência e risco de vida, além de continuar a assistência aos usuários já admitidos na unidade.
A pasta orienta os usuários que busquem atendimento nas quatro Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da cidade, caso necessário. Ainda segundo a SMS, uma equipe do Departamento de Infraestrutura Física e Logística (DIFT) foi acionada para identificar e realizar os reparos nas estruturas atingidas “o mais breve possível”, com o objetivo de minimizar os impactos da situação.
Maternidade Araken Pinto também registra alagamentos durante a chuva
A Maternidade Dr. Araken Irerê Pinto, no bairro Tirol, também foi afetada pelas chuvas desta quarta-feira (18). De acordo com servidores e imagens divulgadas nas redes sociais, houve alagamentos em setores como o Centro Obstétrico e a Central de Material da unidade. Vazamentos no telhado também foram registrados.
O Sindsaúde cobrou providências da Prefeitura de Natal diante das condições de trabalho enfrentadas por servidores e usuários durante o episódio.
Em nota, a SMS confirmou que parte do prédio foi atingida pelas chuvas. Apesar disso, os atendimentos seguem normalmente na unidade. Os exames laboratoriais, no entanto, estão sendo encaminhados ao Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Lacen), devido aos transtornos causados pelas chuvas.
A pasta reiterou que o DIFT também foi acionado para identificar os danos estruturais na maternidade e realizar os reparos necessários.
Além disso, informou que os pacientes do bairro Ribeira podem procurar atendimento nas UPAs da cidade ou, em casos de emergência, se dirigir ao Hospital dos Pescadores, que está priorizando esse tipo de acolhimento.
Foto: Elpídio Júnior/Câmara de Natal/Ilustração / Reprodução
“É o momento ideal para alcançar jovens e famílias com informação e prevenção”, diz Robinson Dias, presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do RN, sobre campanha de vacinação
Com a chegada das comemorações de São João, o clima de festa também representa uma oportunidade para fortalecer a conscientização sobre saúde e prevenção de ISTs. Em meio à intensa interação social junina, especialistas em Saúde destacam que é fundamental fortalecer a divulgação da vacinação contra o vírus do HPV, especialmente entre jovens e adolescentes que frequentam os festejos.
Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que entre 9 e 10 milhões de brasileiros já estejam infectados pelo HPV, com aproximadamente 700 mil novos casos surgindo a cada ano, principalmente pela transmissão por contato sexual. Dentre os desdobramentos mais graves que o vírus pode trazer, estão os cânceres de colo do útero, garganta, ânus e pênis. E a forma mais eficaz de proteção é a vacinação precoce, recomendada a partir dos 9 anos para meninas e meninos.
Robinson Dias, presidente da da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do RN (Sogorn), enxerga o mês de junho como uma oportunidade estratégica para ampliar o alcance das campanhas de vacinação.
“Este é um período em que há grande mobilização social, especialmente nas escolas e comunidades. Levar informações sobre a importância da imunização contra o HPV nesse contexto é uma maneira eficaz de alcançar pais, responsáveis e adolescentes, reforçando que a vacina é segura, gratuita e essencial para a prevenção de diversos tipos de câncer no futuro”, explica.
Dados recentes confirmam que esforços para ampliar a cobertura vacinal já têm trazido resultados positivos. Em 2024, quase 85% do público-alvo recebeu ao menos uma dose da vacina contra o HPV. Entre adolescentes de 14 anos, a cobertura ultrapassou 96%, consolidando um avanço significativo na prevenção de doenças futuras.
Como acessar a vacina?
A vacina contra o HPV está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de todo o país. O imunizante é ofertado para meninas e meninos de 9 a 14 anos, independentemente de já terem iniciado a vida sexual. Para se vacinar, basta comparecer à unidade de saúde mais próxima com um documento de identidade e a caderneta de vacinação.
O esquema vacinal varia de acordo com a faixa etária: crianças e adolescentes de 9 a 14 anos recebem duas doses, com um intervalo de seis meses entre elas. Já indivíduos com imunossupressão, incluindo pessoas vivendo com HIV, devem tomar três doses, conforme orientação médica.
Vacina nonavalente
Além da vacina quadrivalente disponível na rede pública, uma nova versão, a vacina nonavalente, que oferece proteção contra nove subtipos do HPV, já está disponível na rede privada. Essa versão amplia a cobertura contra o vírus, mas ainda não foi incorporada ao SUS, estando acessível apenas mediante pagamento em clínicas particulares.
Ferramenta incentiva novas parcerias em inovação voltadas à saúde bucal
O Programa de Pós-graduação em Biotecnologia da Universidade Potiguar (PPGB-UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima, celebra uma importante conquista na área da saúde digital.
O mestrando Wolney de Almeida Junior, do Mestrado Profissional em Biotecnologia, obteve o certificado de registro definitivo de programa de computador pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) para um aplicativo web voltado ao acompanhamento de tratamentos ortodônticos.
Intitulado “Desenvolvimento de um Aplicativo Web para Auxílio e Acompanhamento de Tratamento Ortodôntico”, o projeto é resultado de uma trajetória marcada pela integração entre prática clínica, pesquisa aplicada e inovação tecnológica.
A proposta nasceu da experiência de Wolney como ortodontista e foi desenvolvida em parceria com sua orientadora, a professora doutora Deborah de Melo Magalhães Padilha, com a colaboração do professor Giuliani Garbi, também do Programa de Pós-graduação em Biotecnologia da UnP.
Com interface intuitiva e recursos que aliam ciência de dados e biotecnologia, o aplicativo permite um acompanhamento mais dinâmico, preciso e personalizado do tratamento ortodôntico. A ferramenta digital auxilia tanto os profissionais quanto os pacientes, promovendo maior engajamento e eficiência nos protocolos clínicos.
“Esse tipo de resultado reflete a vocação do nosso programa para a inovação com impacto real na sociedade. Ver um projeto desenvolvido dentro da universidade ganhar registro oficial e caminhar para o mercado é motivo de orgulho para toda a equipe docente e discente da UnP”, afirma a coordenadora do PPGB/UnP, professora doutora Amalia Rêgo.
O registro oficial do software no INPI consolida o potencial da iniciativa e amplia suas perspectivas de crescimento, fortalecendo a conexão entre academia e mercado e incentivando novas parcerias em inovação voltadas à saúde bucal.
“Mais do que um sistema digital, desenvolvemos uma ferramenta de apoio real ao profissional e ao paciente. Esse produto é a consolidação de um sonho que começou no consultório, ganhou forma no laboratório e foi desenvolvido durante o mestrado na UnP em parceria da orientadora, professora Deborah com o professor, também do programa em Biotecnologia da UnP, Giuliani Garbi. Agora o registro no INPI, entra para a história da inovação em saúde bucal”, destaca Wolney.
Sobre a Universidade Potiguar – UnP
Com 44 anos de inovação e tradição, a UnP é a única universidade privada do Estado do Rio Grande do Norte a integrar o maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima. A universidade possui milhares de alunos entre os campi em Natal, Mossoró e Caicó, oferecendo cursos de graduação, pós-graduação lato sensu, Mestrados e Doutorados. Também contribui para democratização do ensino superior ao disponibilizar uma oferta de cursos digitais com diversos polos dentro e fora do Rio Grande do Norte. Como formadora de profissionais, a instituição tem compromisso com a cidadania, sempre pautada nos valores éticos, sociais, culturais e profissionais. Este propósito direciona o desenvolvimento e a prática de seu projeto institucional e dos projetos pedagógicos dos cursos que oferece para a comunidade. Além disso, os alunos de Medicina da UnP contam com a Inspirali, um dos principais players de educação continuada na área médica. Para mais informações: www.unp.br.
Sobre a Ânima Educação
Com o propósito de transformar o Brasil pela educação, a Ânima é o maior e o mais inovador ecossistema de ensino de qualidade para o país, com um portfólio de marcas valiosas e um dos principais players de educação continuada na área médica. A companhia é composta por cerca de 370 mil estudantes, distribuídos em 18 instituições de ensino superior, e em mais de 500 polos educacionais por todo o Brasil. Integradas também ao Ecossistema Ânima estão marcas especialistas em suas áreas de atuação, como HSM, HSM University, EBRADI (Escola Brasileira de Direito), Le Cordon Bleu (SP), SingularityU Brazil, Inspirali, Community Creators Academy, e Learning Village, primeiro hub de inovação e educação da América Latina, além do Instituto Ânima.
Em 2023, a Forbes, uma das revistas de negócios e economia mais respeitadas do mundo, elencou a Ânima entre as 10 maiores companhias inovadoras do país e, em 2022, o ecossistema de ensino, também foi destaque do Prêmio Valor Inovação – parceria do jornal Valor Econômico e a Strategy&, consultoria estratégica da PwC – figurando no ranking de empresas mais inovadoras do Brasil no setor de educação. A companhia também se destacou no Finance & Law Summit Awards – FILASA, em 2022, como Melhor Departamento de Compliance. Em 2021, a organização educacional foi destaque no Guia ESG da revista Exame como uma das vencedoras na categoria Educação. Desde 2013, a companhia está na Bolsa de Valores, no segmento de Novo Mercado, considerado o de mais elevado grau de governança corporativa.
Relatórios do Cremern apontam falta de insumos, medicamentos e exames nos hospitais Walfredo Gurgel e Tarcísio Maia, com impacto direto nos atendimentos de urgência
Relatórios elaborados pelo Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (Cremern) apontam falhas graves nos hospitais da rede estadual de saúde, com desabastecimento de medicamentos e insumos essenciais, comprometimento de exames laboratoriais e riscos diretos à segurança de pacientes. A situação foi identificada durante vistorias realizadas no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, e no Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró.
Diante do cenário, o Cremern protocolou uma Reclamação Pré-Processual na Justiça Federal em 3 de junho de 2025, solicitando providências por parte do Governo do Estado. Segundo o conselho, passados 10 dias, não houve melhora na situação das unidades vistoriadas.
No Walfredo Gurgel, relatório de vistoria realizada no dia 26 de maio aponta falta de antibióticos de amplo espectro (como Meropenem e Polimixina), trombolíticos (como Alteplase), anestésicos, analgésicos, anti-inflamatórios e insumos básicos como seringas, agulhas e álcool 70%. No setor de oftalmologia, não havia colírios nem pomadas anestésicas. Já na ala de queimados, faltavam lâminas específicas para o funcionamento do dermátomo elétrico, essencial para cirurgias em pacientes graves.
Segundo o Cremern, a falta desses materiais prolonga internações, eleva o risco de infecções hospitalares e pode resultar em mortes evitáveis. A gestão hospitalar atribui parte do problema à instabilidade de recursos da Fonte 500 (estadual), responsáveis pelo financiamento de muitos dos insumos em falta. Um processo licitatório estaria em andamento, mas sem previsão de conclusão.
O relatório aponta ainda que a escassez atinge diretamente o setor de urgência e emergência. A equipe médica da ala de queimados relatou que tem arcado pessoalmente com a compra de materiais básicos para a realização de curativos. O mês de junho, historicamente marcado pelo aumento de casos de queimaduras graves, agrava a preocupação.
Em Mossoró, no Hospital Regional Tarcísio Maia, vistoria feita em 5 de fevereiro identificou 29 leitos de UTI, dos quais um estava bloqueado por falta de insumos. A Central de Abastecimento da unidade apresentava desabastecimento relevante, com pedidos de reposição feitos à Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat) em janeiro parcialmente atendidos. A direção do hospital relatou à equipe de fiscalização a paralisação de uma reforma estrutural e a adoção de compra emergencial com dispensa de licitação como alternativa provisória.
O Cremern afirma que o problema de abastecimento se estende a outras unidades da rede estadual. O Hospital Santa Catarina, por exemplo, estaria com a UTI em funcionamento precário, segundo relatos colhidos pelo conselho.
Relatório aponta dívida de R$ 4,1 milhões com fornecedores
Um memorando da Divisão da Farmácia do Walfredo Gurgel, assinado por Thiago Alessandro Bezerra de Sá e enviado à Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap/RN) em 26 de maio, reconhece o quadro crítico de desabastecimento. O documento aponta inadimplência acumulada com fornecedores como principal causa da falta de itens médico-hospitalares essenciais.
O relatório cita uma dívida superior a R$ 4,1 milhões com empresas fornecedoras, entre elas:
UNI Hospitalar: R$ 1.329.595,10
Conquista Distribuidora: R$ 617.278,80
ROSS Medical: R$ 280.464,00
O documento destaca que muitos fornecedores suspenderam as entregas por falta de pagamento, mesmo com tentativas parciais de regularização. A situação compromete diretamente a reposição de medicamentos vitais, como antibióticos, anestésicos e trombolíticos, além de materiais como ataduras, seringas e campos operatórios.
A chefia da farmácia alerta que o impasse pode levar à paralisação de setores essenciais e comprometer atendimentos de urgência e emergência, além de cirurgias e procedimentos clínicos.
Suspensão de exames laboratoriais compromete conduta médica
Além da escassez de insumos, a inadimplência também compromete a realização de exames laboratoriais essenciais para diagnóstico e tratamento. Estão suspensas análises de bioquímica clínica, imunologia, sorologia e microbiologia, consideradas indispensáveis para o manejo de infecções hospitalares e avaliação do estado clínico de pacientes internados.
O Cremern afirma que a suspensão dos exames prejudica diretamente a conduta médica, inviabilizando decisões terapêuticas seguras e aumentando os riscos de agravamento dos quadros clínicos.
Servidores e familiares protestam por falta de insumos
Na manhã do dia 13 de junho, servidores do Walfredo Gurgel, acompanhados por familiares de pacientes, realizaram protesto em frente ao hospital denunciando a falta de insumos como lençóis, sabão, álcool e medicamentos. Segundo relatos, a escassez obriga a equipe a priorizar pacientes mais graves para receberem itens básicos como banho ou lençóis limpos.
Representantes sindicais apontaram que a situação se estende por pelo menos quatro meses e afirmaram que, em períodos de vistoria, a unidade costuma receber reforço temporário de insumos para “disfarçar” a real situação. Também foram relatadas mortes de pacientes cujas infecções poderiam ter sido evitadas com a estrutura adequada.
Justificativa da Sesap/RN
A Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap/RN) ainda se manifestou após a nova denúncia do Cremern. Em nota divulgada no início do mês, a pasta afirmou que as dificuldades de abastecimento decorrem da redução da alíquota do ICMS, que teria retirado R$ 132 milhões do financiamento da saúde em 2024. A secretaria também afirmou estar aplicando esforços para a regularização dos estoques em toda a rede estadual, composta por 21 hospitais e outras unidades de referência.
Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração / Tony Winston/Agência Brasília / Carmem Félix/Governo do RN/Ilustração
Pacientes relatam espera de até 4 horas por atendimento; Secretaria de Saúde atribui situação ao aumento de casos leves
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Satélite, na zona Sul de Natal, enfrenta superlotação nesta quinta-feira (12.jun.2025). Pacientes que buscam atendimento relatam estar no local desde as primeiras horas da manhã, aguardando por assistência médica sem previsão de chamada.
Segundo usuários, a espera por atendimento começou por volta das 6h, e muitos ainda aguardavam na recepção após quatro horas. O cenário de lotação e demora foi confirmado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Natal, que informou que o problema se deve, em grande parte, ao aumento sazonal de doenças respiratórias nesta época do ano.
De acordo com a SMS, aproximadamente 70% dos atendimentos nas Unidades de Pronto Atendimento da capital potiguar são de casos considerados leves, como sintomas gripais e quadros febris moderados. A pasta destaca que esses tipos de casos devem, preferencialmente, ser tratados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), que têm estrutura para atender situações de menor gravidade.
O modelo de triagem utilizado nas UPAs é baseado no protocolo de classificação de risco por cores, conhecido como Protocolo de Manchester. Segundo esse modelo, os pacientes são classificados por grau de urgência, com prioridade para os quadros mais graves, como suspeita de infarto, Acidente Vascular Cerebral (AVC), dificuldade respiratória intensa e ferimentos com risco à vida.
Já os pacientes com sintomas considerados de menor gravidade, como dores leves a moderadas, febre baixa e resfriados, são direcionados para atendimento em último caso, o que contribui para o tempo de espera elevado. O tempo de permanência pode ultrapassar quatro horas, conforme relatos de quem esteve na unidade nesta quinta.
A Secretaria Municipal de Saúde reforça que todas as equipes da unidade estão em funcionamento e atuando com a capacidade máxima possível para atender a demanda. A pasta reforça ainda a importância da população buscar as UBSs em casos não urgentes, contribuindo assim para a redução da sobrecarga nas unidades de pronto atendimento.
Pacientes continuam se queixando da demora. Algumas pessoas relataram dificuldades em conseguir acesso rápido a uma triagem ou mesmo informações sobre o tempo estimado de atendimento.
A UPA do bairro Satélite integra a rede de urgência e emergência da capital potiguar e atende uma área extensa da zona Sul de Natal, o que contribui para o volume de demanda. A unidade é referência para bairros como Pitimbu, Cidade Satélite, Planalto, e conjuntos habitacionais vizinhos.
A SMS recomenda que, em casos não emergenciais, a população busque atendimento nas Unidades Básicas de Saúde, que oferecem consultas, exames e acompanhamento para doenças crônicas e quadros leves. As UBSs funcionam em horários regulares durante a semana e são a porta de entrada para grande parte dos atendimentos no Sistema Único de Saúde (SUS).
O Hospital Infantil Varela Santiago deu início, nesta quinta-feira (12), à realização de mais um importante marco em sua história: a ampliação de sua estrutura física. Em solenidade realizada pela manhã, o diretor superintendente da instituição, Dr. Paulo Xavier, acompanhado da equipe técnica do hospital, assinou o contrato e a ordem de serviço para o início da obra de expansão, que contará com cinco andares e aproximadamente 6 mil metros quadrados de área construída.
A obra será executada em duas etapas. A primeira fase, orçada em cerca de R$ 7 milhões, contempla toda a estrutura física do prédio, incluindo fundações, pilares, vigas, lajes e alvenaria periférica. A execução dessa etapa ficará sob responsabilidade da construtora Azevedo & Coelho Engenharia LTDA, vencedora do processo licitatório.
Com a nova estrutura, o hospital poderá atender plenamente às exigências das normas técnicas voltadas às instituições hospitalares, além de garantir mais conforto, comodidade e humanização no atendimento às crianças e suas famílias.
Com 107 anos de atuação, o Hospital Infantil Varela Santiago é referência em atendimento pediátrico no Rio Grande do Norte. A instituição realiza cerca de 15 mil procedimentos mensais e atende 100% de seus pacientes por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Sua receita é composta por parcerias público-privadas e doações da população potiguar.
A ampliação da estrutura representa não apenas um avanço físico, mas também o fortalecimento da missão do hospital em oferecer saúde com qualidade e dignidade para crianças e adolescentes de todo o estado.
A menor bebê sobrevivente do RN passou por avaliação pré-transplante em Porto Alegre, mas família segue sem recursos para o retorno em julho
A jovem Thalyta Vitória Silva de Santana, de 16 anos, conhecida por ter nascido com apenas 400g e se tornar a menor bebê sobrevivente da história do Rio Grande do Norte, está travando mais uma batalha pela vida. Diagnosticada com doença renal crônica em estágio final, ela viajou no último dia 3 de junho até Porto Alegre (RS), onde foi atendida na Santa Casa da capital gaúcha em sua primeira consulta de pré-transplante de rim.
Durante o atendimento, a equipe médica da instituição realizou os primeiros exames e avaliou a complexidade do caso. A nefropediatra Dra. Clotilde Druck Garcia, que acompanhou a consulta, explicou que a jovem precisa passar por uma cirurgia de vesicostomia — procedimento que prepara a bexiga para o recebimento do novo rim. Após essa etapa, Thalyta estará apta para o transplante assim que houver um doador compatível. O retorno está agendado para o dia 22 de julho, quando ela precisará permanecer uma semana na cidade para realizar exames como uretrocistografia, raio-x de tórax, ecografia abdominal e ecodoppler do aparelho urinário.
Apesar do avanço importante, a continuidade do tratamento está ameaçada. A campanha promovida pela plataforma Voaa Vaquinha arrecadou apenas 27% do valor necessário e foi encerrada no dia 1º de junho. Sem recursos próprios, a família agora depende exclusivamente da solidariedade para arcar com os custos da viagem de retorno, além de medicamentos, alimentação, hospedagem, fraldas e itens básicos para Thalyta e seus irmãos.
Quem quiser ajudar pode doar via Pix solidário: Chave Pix: 8499610-4887 Nome: Thalyta Vitória Silva de Santana
Thalyta depende de hemodiálise para sobreviver, sente dores intensas todos os dias e sofre com a falta de medicamentos que antes eram fornecidos pela UNICAT — um deles, essencial para controle das dores ósseas, está em falta há três meses. A jovem também é cadeirante, mas sua cadeira de rodas está quebrada e inadequada, o que compromete ainda mais sua mobilidade e qualidade de vida.
Sua história é marcada por superações. Prematura extrema, Thalyta sobreviveu a 23 cirurgias, incluindo a retirada de mais de 100 pedras da vesícula. Também perdeu 90% da visão do olho direito, mas nunca perdeu a esperança. Agora, ela precisa de um novo gesto de amor para continuar essa luta.
Ação visa elevar em 30% o número de doadores durante os festejos juninos e reforçar estoques para o tipo O negativo
O Hemocentro do Rio Grande do Norte (Hemonorte) iniciou neste sábado (14.jun.2025) a campanha “Junho Vermelho – Nesse São João aqueça o seu coração, doe sangue”, com o objetivo de aumentar o número de doações durante o mês de junho e garantir os estoques necessários para atender a demanda transfusional do período junino.
A ação foi lançada na sede do Hemonorte, localizada na Avenida Alexandrino de Alencar, bairro Tirol, zona Sul de Natal, e faz parte das atividades do Dia Mundial do Doador de Sangue. A expectativa da coordenação é de que as doações aumentem em pelo menos 30% até o fim do mês.
Estoque crítico e aumento da demanda
O mês de junho costuma registrar um aumento no número de acidentes e atendimentos de emergência em decorrência das festas de São João, incluindo ocorrências com fogos de artifício e trânsito. Além disso, o Hemonorte atende pacientes hematológicos, que dependem de transfusões regulares.
De acordo com Rodrigo Villar, diretor geral do Hemonorte, o estoque de sangue do tipo O negativo está em nível crítico. “Nosso objetivo com a campanha é reforçar os estoques, especialmente neste período em que a demanda tende a crescer. Por isso, convocamos a população para colaborar com esse gesto solidário e voluntário”, declarou.
Quem pode doar sangue
Para ser doador de sangue, é necessário cumprir os seguintes critérios:
Ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos precisam de consentimento formal dos responsáveis);
A primeira doação deve ter sido feita até os 60 anos de idade;
Pesar mais de 50 kg;
Estar alimentado, evitando alimentos gordurosos nas 3 horas anteriores;
Se tiver almoçado, aguardar 2 horas;
Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas;
Apresentar documento de identificação com foto emitido por órgão oficial.
A frequência permitida é de até quatro doações por ano para homens e três para mulheres. O intervalo mínimo entre as doações é de dois meses para homens e três para mulheres.
Impedimentos temporários para doar
Algumas condições de saúde e situações específicas impedem temporariamente a doação. Entre elas:
Gripe, resfriado e febre (aguardar 7 dias após o fim dos sintomas);
Gravidez e período pós-parto (90 dias para parto normal e 180 dias para cesariana);
Amamentação (até 12 meses após o parto);
Ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas anteriores;
Tatuagem ou piercing nos últimos 12 meses (piercing em boca ou genitais impede a doação);
Procedimentos odontológicos como extração dentária (aguardar 72 horas);
Cirurgias como apendicite, varizes ou hérnia (aguardar 3 meses), colecistectomia e outras mais complexas (aguardar 6 meses);
Procedimentos com endoscópio ou colonoscopia (aguardar 12 meses);
Exposição a situações de risco para ISTs (aguardar 12 meses);
Transfusão de sangue (aguardar 1 ano);
Covid-19 (aguardar 30 dias após fim dos sintomas);
Vacinas: o prazo varia de 48 horas a 7 dias, dependendo do imunizante.
Impedimentos definitivos
Algumas condições impedem a doação de forma permanente:
Ter tido hepatite após os 11 anos;
Diagnóstico de HIV, hepatites B ou C, HTLV I e II, Doença de Chagas;
Uso de drogas injetáveis ilícitas;
Histórico de malária;
Diagnóstico de qualquer tipo de câncer.
Onde doar
O Hemonorte funciona na Avenida Alexandrino de Alencar, Tirol, Natal, e também conta com pontos de coleta móveis em diferentes regiões do estado, conforme cronograma divulgado semanalmente pela instituição. O atendimento ocorre de segunda a sábado, das 7h às 18h.
A campanha Junho Vermelho segue até o final do mês com diversas ações de conscientização, acolhimento e incentivo à doação. A expectativa é mobilizar a sociedade potiguar para garantir a sustentabilidade dos estoques de sangue, especialmente dos tipos com maior demanda.
A Universidade Potiguar (UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima, está ampliando o acesso à vacinação contra a influenza em Mossoró. O novo ponto de vacinação está localizado nas instalações da Clínica Integrada de Saúde (CIS) da instituição.
Estão disponíveis vacinas contra a Influenza, que agora é ofertada a toda a população, além das já disponíveis: Hepatite B; dT (difteria e tétano); Tríplice Viral; Tríplice Bacteriana; Penta; Tetravalente; Febre Amarela; Covid-19; HPV; Meningocócica C e Varicela.
Os interessados podem buscar o atendimento na Clínica da UnP até quinta-feira (12), das 14h às 16h30 e das 19h às 21h30. Para mais informações, a população deve entrar em contato através do telefone (84) 3323-8287.
SERVIÇO
Clínica Integrada de Saúde UnP Dias: Até quinta-feira, dia 12 de junho Horário: 14h às 16h30 e 19h às 21h30 Contato: (84) 3323-8287
Sobre a Universidade Potiguar – UnP
Com 44 anos de inovação e tradição, a UnP é a única universidade privada do Estado do Rio Grande do Norte a integrar o maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima. A universidade possui milhares de alunos entre os campi em Natal, Mossoró e Caicó, oferecendo cursos de graduação, pós-graduação lato sensu, Mestrados e Doutorados. Também contribui para democratização do ensino superior ao disponibilizar uma oferta de cursos digitais com diversos polos dentro e fora do Rio Grande do Norte. Como formadora de profissionais, a instituição tem compromisso com a cidadania, sempre pautada nos valores éticos, sociais, culturais e profissionais. Este propósito direciona o desenvolvimento e a prática de seu projeto institucional e dos projetos pedagógicos dos cursos que oferece para a comunidade. Além disso, os alunos de Medicina da UnP contam com a Inspirali, um dos principais players de educação continuada na área médica. Para mais informações: www.unp.br.
Sobre a Ânima Educação
Com o propósito de transformar o Brasil pela educação, a Ânima é o maior e o mais inovador ecossistema de ensino de qualidade para o país, com um portfólio de marcas valiosas e um dos principais players de educação continuada na área médica. A companhia é composta por cerca de 370 mil estudantes, distribuídos em 18 instituições de ensino superior, e em mais de 500 polos educacionais por todo o Brasil. Integradas também ao Ecossistema Ânima estão marcas especialistas em suas áreas de atuação, como HSM, HSM University, EBRADI (Escola Brasileira de Direito), Le Cordon Bleu (SP), SingularityU Brazil, Inspirali, Community Creators Academy, e Learning Village, primeiro hub de inovação e educação da América Latina, além do Instituto Ânima.
Em 2023, a Forbes, uma das revistas de negócios e economia mais respeitadas do mundo, elencou a Ânima entre as 10 maiores companhias inovadoras do país e, em 2022, o ecossistema de ensino, também foi destaque do Prêmio Valor Inovação – parceria do jornal Valor Econômico e a Strategy&, consultoria estratégica da PwC – figurando no ranking de empresas mais inovadoras do Brasil no setor de educação. A companhia também se destacou no Finance & Law Summit Awards – FILASA, em 2022, como Melhor Departamento de Compliance. Em 2021, a organização educacional foi destaque no Guia ESG da revista Exame como uma das vencedoras na categoria Educação. Desde 2013, a companhia está na Bolsa de Valores, no segmento de Novo Mercado, considerado o de mais elevado grau de governança corporativa.
Famílias relatam desespero com a falta de material na rede pública e o alto custo para aquisição
A crise no fornecimento de bolsas de colostomia na rede pública de saúde do Rio Grande do Norte atinge diretamente a vida de pacientes em Natal, que se veem obrigados a improvisar alternativas precárias e arriscadas para gerenciar suas condições de saúde. Nesta segunda-feira (9.jun.2025), um grupo de pacientes e familiares realizou um protesto em frente ao Centro Estadual de Reabilitação e Atenção Ambulatorial Especializada (CRI-RN), cobrando da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) a regularização imediata da distribuição dos insumos essenciais. As denúncias apontam para a descontinuidade no fornecimento desde o mês de abril.
As informações e entrevistas foram concedidas ao portal g1 RN, e divulgadas nesta terça-feira (9).
A Sesap, por sua vez, refuta a alegação de falta total em abril, afirmando que as entregas ocorreram durante todo aquele mês, e que a escassez de alguns tipos de bolsas começou a ser sentida a partir de maio. A pasta informou ainda que está em fase final de um processo de compra dos materiais, visando a retomada plena das entregas o mais rápido possível. No entanto, a realidade vivida pelos pacientes contrasta com as informações oficiais, evidenciando um cenário de vulnerabilidade e preocupação.
Para a dona de casa Leila Tavares, a falta de bolsas de colostomia na rede pública se transformou em um pesadelo diário. Sem condições financeiras para arcar com os altos custos do material, ela foi forçada a recorrer a uma solução perigosa e insalubre: a utilização de sacos plásticos, semelhantes aos usados em padarias e supermercados para recolher pães. A situação é agravada pelo fato de que a antiga bolsa que utilizava não serve mais, devido ao aumento da colostomia, e o tamanho adequado não está disponível na rede pública.
A improvisação com sacos plásticos expõe Leila a riscos sérios de infecção, já que o material não é estéril e não possui a tecnologia necessária para conter e isolar os dejetos de forma segura. A necessidade de trocas frequentes, por vezes várias vezes ao dia, aumenta a probabilidade de contaminação e lesões na pele ao redor do estoma. “É complicado porque eu posso pegar uma bactéria. Eu sou uma mãe de família, vivo batalhando. E quem é que vai arcar com minhas coisas? Tem outros colegas que também não estão recebendo bolsa. Tem para uns, e outros faltam”, desabafou Leila, visivelmente abalada.
A condição da colostomia, que Leila precisou realizar para tratar uma infecção intestinal, já a priva de uma vida normal. A dor e o desconforto são constantes, e a falta de materiais adequados a impede de sair de casa, comprometendo sua autonomia e interação social. “Tem tempo que machuca. Fica doendo, incomoda, não é uma vida normal. Então que eles vissem esses negócios dessas bolsas que a gente precisa, somos seres humanos, a gente paga nossos impostos para isso e estamos passando por uma situação dessa”, clamou a dona de casa, em um apelo por dignidade e assistência.
O operador de caixa Daniel Carlos compartilha da mesma angústia. Usuário de bolsa de colostomia há três anos, em decorrência de uma infecção grave, ele também tem sido obrigado a adquirir o material por conta própria desde que o fornecimento pela rede pública cessou. O custo é exorbitante para um orçamento familiar: a caixa mais barata das bolsas, que dura em média um mês, custa cerca de R$ 520. Este valor representa um fardo financeiro considerável, forçando Daniel e tantos outros pacientes a fazer escolhas difíceis e sacrificar outras necessidades básicas para garantir sua saúde.
“É muito difícil, preocupante, e até mesmo aterrorizante. Alguns tem como se virar, e outros não tem. E com isso a gente acaba meio que um ajudando o outro. Um recebe doação dali e sai passando pro outro. E assim a gente vai levando”, descreveu Daniel, ilustrando a rede de solidariedade que se forma entre os pacientes para mitigar a ineficiência do sistema público. A situação expõe a fragilidade da saúde de muitos cidadãos, que dependem exclusivamente do Estado para ter acesso a tratamentos e insumos que garantem sua sobrevivência e qualidade de vida.
Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi / Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração / Stéf -b/Pexels
Francisco Clementino, de 83 anos, chegou a ser socorrido pelo SAMU, mas não resistiu após múltiplas paradas cardíacas
Um idoso de 83 anos, identificado como Francisco Clementino da Fonseca, conhecido na comunidade como Seu Clementino, faleceu na manhã da última sexta-feira (6.jun.2025) após se engasgar com um pedaço de pão enquanto tomava café em sua residência, localizada no conjunto COHAB, em Mossoró, no Rio Grande do Norte.
De acordo com informações de familiares, o idoso sofreu o engasgo por volta das 6h e logo em seguida teve dificuldade para respirar. Em poucos minutos, apresentou sinais de parada cardíaca. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e chegou ao local para realizar os primeiros socorros.
Reanimação e atendimento médico
A equipe do SAMU conseguiu realizar manobras de reanimação cardiopulmonar no local e estabilizou o paciente temporariamente. Após o primeiro atendimento, Francisco Clementino foi encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Belo Horizonte, também em Mossoró.
Na unidade, o idoso sofreu quatro novas paradas cardíacas enquanto era assistido pela equipe médica. Apesar dos esforços dos profissionais, ele não resistiu e teve o óbito confirmado ainda na manhã de sexta-feira.
O corpo foi liberado para sepultamento após os trâmites legais. Não há informações sobre velório ou local de sepultamento.
Orientações em casos de engasgo
Especialistas recomendam atenção especial com idosos durante a alimentação, devido à possibilidade de dificuldades na deglutição. Casos de engasgo devem ser tratados com urgência, e o telefone 192 pode ser acionado imediatamente para atendimento do SAMU.
Casos em análise envolvem apenas aves silvestres e criações domésticas; granjas comerciais seguem fora do alerta
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apura atualmente dez casos suspeitos de gripe aviária em diferentes estados do Brasil. A informação foi divulgada por meio da Plataforma de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves, atualizada neste domingo (8.jun.2025), às 19h. Nenhuma das ocorrências investigadas até o momento envolve granjas comerciais, limitando-se a criações domésticas e aves silvestres.
Caso confirmado em Mato Grosso
Um caso de gripe aviária foi confirmado em uma galinha doméstica no município de Campinápolis, no estado de Mato Grosso. Como se trata de uma criação não comercial, o registro não impacta o status sanitário do país nem afeta as exportações brasileiras de carne de frango. O Brasil mantém o reconhecimento de país livre da doença em produção comercial, de acordo com as diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
Brasília (DF), 04/06/2025 – O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, fala durante entrevista coletiva de imprensa para abordar a situação e as atualizações relacionadas à emergência zoossanitária da gripe aviária. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
O status sanitário brasileiro poderá ser recuperado internacionalmente a partir do dia 18 de junho, caso não haja novos registros em granjas comerciais. Essa data marca o encerramento do período de 28 dias após o último caso confirmado em uma granja em Montenegro (RS), detectado em maio.
Estados com casos em análise
As investigações em andamento envolvem seis casos em aves domésticas e quatro em aves silvestres. Os registros por categoria são os seguintes:
Esses casos fazem parte do sistema de monitoramento e defesa agropecuária em vigor no país, que exige notificação obrigatória e imediata sempre que houver suspeita da doença.
Notificação obrigatória e ações de vigilância
A influenza aviária de alta patogenicidade, causada pelo vírus H5N1, é uma enfermidade de notificação compulsória no Brasil. Segundo o Ministério da Agricultura, desde maio de 2023, quando foi registrado o primeiro caso da doença em ave silvestre no país, foram conduzidas mais de 2.500 investigações sobre suspeitas.
Fachada do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)
O ministério orienta produtores rurais, técnicos, prestadores de serviços, pesquisadores e demais envolvidos com a criação de aves a comunicarem imediatamente ao Serviço Veterinário Oficial (SVO) qualquer suspeita de influenza aviária. A atuação precoce é essencial para evitar a disseminação do vírus e proteger o setor produtivo nacional.
Histórico de casos confirmados
Desde o início do monitoramento, o Brasil confirmou 172 casos de influenza aviária. Desse total:
167 casos ocorreram em animais silvestres, sendo 163 em aves e 4 em leões-marinhos.
4 casos foram registrados em criações de subsistência.
1 caso foi confirmado em granja comercial, no município de Montenegro (RS), em maio de 2024.
O único caso em granja comercial desencadeou medidas imediatas de controle sanitário e isolamento da área, seguindo os protocolos nacionais e internacionais para contenção da doença.
Monitoramento contínuo
As ações de vigilância sanitária seguem em curso nos estados com notificações em andamento e em regiões com maior risco sanitário. O Ministério da Agricultura mantém equipes de campo atuando em conjunto com as secretarias estaduais de agricultura e instituições de pesquisa, com o objetivo de preservar o status sanitário do país e garantir a segurança da cadeia produtiva avícola.
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil / Antonio Cruz/Agência Brasil
Produtos devem ser apreendidos e retirados de comercialização
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu nesta sexta-feira (6) a venda de três marcas de azeites. De acordo com a agência reguladora, todos os lotes das marcas devem ser apreendidos e retirados do comércio.
Veja abaixo as marcas proibidas:
Azeite de oliva da marca SERRANO, que traga em sua rotulagem como importadora a empresa INTRALOGÍSTICA DISTRIBUIDORA CONCEPT LTDA. – CNPJ: 72.726.474/0002-07.
Azeite de oliva extravirgem da marca MÁLAGA, que traga em sua rotulagem como importadora a empresa CUNHA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA. – CNPJ: 34.365.877/0001-06.
Azeite da oliva extravirgem da marca CAMPO OURIQUE, que traga em sua rotulagem como importadora a empresa JJ – COMERCIAL DE ALIMENTOS LIMITADA – CNPJ: 37.815.395/0001-90.
Os produtos apreendidos tinham CNPJ encerrado, inexistente ou com falhas cadastrais, tiveram resultados insatisfatórios em laudos de laboratórios e origem desconhecida ou ignorada.
Com a proibição, as marcas não podem ser vendidas, distribuídas, fabricadas, importadas ou divulgadas.
“Os consumidores não devem utilizar esses produtos. Como se trata de alimentos com origem desconhecida, não é possível ter nenhuma garantia da qualidade e da própria composição dos produtos”, diz nota da Anvisa.
A Anvisa informa ainda a lista dos azeites que estão proibidos no país.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou, nesta sexta-feira (6), um alerta para o risco que a ingestão de oito marcas de azeite de oliva já desclassificadas por fraude representa para a saúde dos consumidores.
As autoridades sanitárias determinaram o recolhimento dos lotes considerados impróprios para o consumo humano depois que técnicos do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária identificaram a presença de outros óleos vegetais misturados ao azeite.
Caso algum consumidor tenha adquirido um dos produtos desclassificados, a orientação é que não o utilize e procure o estabelecimento onde o adquiriu a fim de pedir sua substituição, conforme prevê o Código de Defesa do Consumidor.
Dra. Ilana Barros alerta que doenças autoimunes como o lúpus podem comprometer os vasos sanguíneos e aumentar o risco de trombose, amputações e até óbito.
Cerca de 10% da população mundial convive atualmente com algum tipo de doença autoimune, entre elas, o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS). O impacto do lúpus na circulação sanguínea é um tema relevante no contexto das cirurgias vasculares.
As doenças autoimunes são responsáveis por uma série de alterações inflamatórias e o lúpus pode comprometer a saúde dos vasos sanguíneos, como explica a especialista Ilana Barros.
“Um quadro conhecido como vasculite, que compromete a circulação e eleva o risco de eventos graves como trombose venosa profunda, embolia pulmonar e até acidente vascular cerebral (AVC) são bem mais comuns em pessoas com doenças autoimune”, exemplifica a angiologista.
Dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) indicam que as doenças vasculares são responsáveis por cerca de 25 mil mortes anuais no Brasil, principalmente em decorrência de tromboses e complicações associadas. Embora não existam estatísticas nacionais específicas sobre a relação entre lúpus e problemas vasculares, a SBACV reforça que a inflamação crônica e as alterações imunológicas são fatores de risco para a saúde vascular.
“O paciente com lúpus, assim como aquele que possui outras doenças autoimunes, precisa ser avaliado não apenas pelo reumatologista, mas também por um cirurgião vascular. Muitas vezes, os sinais iniciais são sutis — como dor, inchaço ou coloração anormal dos membros — e podem ser erroneamente atribuídos à própria doença de base”, esclarece Ilana Barros.
Além do lúpus, outras doenças autoimunes, como a arterite de Takayasu, a granulomatose com poliangiite e a esclerodermia, também podem desencadear vasculites, aumentando o risco de oclusão arterial, isquemia e amputações.
A angiologista e cirurgiã vascular Ilana Barros destaca que a prevenção e o acompanhamento médico são fundamentais para evitar complicações: “O diagnóstico precoce pode mudar o prognóstico do paciente. Não podemos ignorar que doenças autoimunes podem afetar a circulação, e essa relação precisa ser levada a sério tanto pelos profissionais quanto pelos pacientes”.
Recentemente, a própria SBACV reforçou em campanha nacional a importância de conscientizar a população sobre as doenças vasculares sistêmicas e seus agravantes, como obesidade, sedentarismo e, principalmente, condições inflamatórias crônicas, como as doenças autoimunes.
Para Dra. Ilana Barros, referência no uso de novas tecnologias e humanização no tratamento de doenças vasculares, essa conscientização é um dos principais caminhos para reduzir o número de complicações graves e mortes.
“Se doenças autoimunes podem afetar a circulação? A relação entre lúpus, vasculite e problemas vasculares é uma pauta urgente de saúde pública. Levar informação de qualidade à sociedade é o primeiro passo para salvar vidas”, finaliza.
Para saber mais, acesse o Instagram: @drailanabarros
Suspeito foi detido em flagrante após apresentar novo documento fraudulento; caso é investigado pela 15ª Delegacia de Polícia
Policiais civis da 15ª Delegacia de Polícia de Natal (15ª DP) prenderam em flagrante, na noite da última terça-feira (4.jun.2025), um homem suspeito de utilizar atestados médicos falsos para justificar ausências no ambiente de trabalho. A prisão ocorreu no momento em que o suspeito apresentava um novo documento fraudulento.
As investigações indicam que o homem vinha usando atestados médicos adquiridos de forma ilegal, com o intuito de obter benefício próprio. Conforme apurado pelos policiais, os documentos falsificados eram comprados por meio de redes sociais, ao custo de R$ 25,00 cada. O uso recorrente desses atestados levantou suspeitas e motivou a apuração por parte da unidade policial.
De acordo com a Polícia Civil, o flagrante foi registrado após o homem apresentar mais um atestado falso no trabalho, o que levou à sua condução imediata para a Delegacia de Plantão da Zona Sul de Natal. Na unidade, foi realizada a autuação em flagrante pelo crime de uso de documento falso, conforme previsto no Código Penal Brasileiro.
O caso segue em investigação sob responsabilidade da 15ª DP, que busca identificar outros possíveis envolvidos na falsificação e comercialização dos atestados. A polícia trabalha com a hipótese de que exista uma rede organizada atuando na produção e venda desse tipo de documento na capital potiguar.
Além da análise dos atestados já apresentados pelo suspeito, os investigadores pretendem identificar os canais digitais usados para viabilizar a compra dos documentos, bem como os indivíduos responsáveis pela confecção e venda dos mesmos. Os dispositivos eletrônicos do suspeito detido também serão periciados para ajudar na elucidação do caso.
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte reforça que a colaboração da população é essencial para o combate a crimes dessa natureza. Informações que possam contribuir com as investigações podem ser repassadas de forma anônima por meio do Disque Denúncia 181.
A prática de falsificação de documentos e o uso consciente de documentos falsos são considerados crimes pela legislação penal brasileira. O artigo 297 do Código Penal estabelece penas de até cinco anos de reclusão para quem falsifica documento público, e o artigo 304 prevê a mesma pena para quem faz uso do documento falsificado.
A 15ª DP orienta que trabalhadores e empresas fiquem atentos a documentos suspeitos, especialmente quando houver repetição de informações ou formatos que destoem de padrões institucionais. A verificação da autenticidade de atestados pode ser feita junto aos profissionais ou unidades de saúde que supostamente emitiram os documentos.
O suspeito permanece à disposição da Justiça e pode responder criminalmente por falsidade documental e uso de documento falso. Novos desdobramentos sobre a investigação devem ser divulgados pela Polícia Civil nos próximos dias.
A crise na saúde pública do Rio Grande do Norte atingiu um novo patamar de gravidade. O Conselho Regional de Medicina do RN (Cremern) acionou a Justiça Federal para denunciar a falta de medicamentos e insumos básicos nos dois maiores hospitais do estado: o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, e o Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró.
Essa ação judicial é um reflexo do colapso que se instalou na gestão da saúde potiguar. A governadora Fátima Bezerra (PT), que prometeu priorizar áreas essenciais como saúde, segurança e educação, agora vê seu governo afundar em promessas não cumpridas e desculpas esfarrapadas.
A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) tenta minimizar a situação, alegando que não há crise e atribuindo os problemas a fatores externos, como a arrecadação do ICMS no ano passado. Essa justificativa é uma afronta à inteligência da população potiguar, que diariamente enfrenta a realidade de hospitais sem materiais básicos e profissionais sobrecarregados – e produtos e serviços cada vez mais caros, dado o aumento do ICMS realizado pela gestão atual.
Os corredores do Walfredo Gurgel, por exemplo, voltaram a ficar lotados, evidenciando a falta de planejamento e gestão eficiente. A propaganda do governo não condiz com a realidade enfrentada por pacientes e profissionais de saúde.
Na segurança pública, embora os dados oficiais apontem para uma redução nos índices de criminalidade, a sensação de insegurança persiste entre os cidadãos. A presença ostensiva de policiais nas ruas não é suficiente para mascarar a falta de políticas públicas eficazes e investimentos estruturais.
Na educação, a situação também é preocupante. Professores da rede estadual entraram em greve neste ano, reivindicando melhores condições de trabalho e o cumprimento de acordos salariais. Aliás: É inadmissível que uma governadora, que é professora de carreira, trate com descaso a educação pública.
A governadora Fátima Bezerra precisa assumir a responsabilidade pelos problemas que assolam o estado. A população do Rio Grande do Norte merece mais do que desculpas e promessas vazias. É necessário agir com transparência, eficiência e compromisso com o bem-estar dos cidadãos.
Paciente com pneumonia e insuficiência respiratória não foi transferida por ausência de leitos disponíveis na rede estadual
Uma criança morreu na madrugada desta segunda-feira (3.jun.2025) no município de Parelhas, no interior do Rio Grande do Norte, após não conseguir uma vaga em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica. A paciente foi atendida no Hospital Dr. José Augusto Dantas com um quadro grave de pneumonia e insuficiência respiratória.
Segundo a equipe médica que prestou os primeiros atendimentos, a criança foi entubada e estabilizada ainda na unidade hospitalar. No entanto, os profissionais afirmaram que a paciente precisava de suporte intensivo, indisponível naquele momento. A ausência de vaga para transferência em UTI comprometeu o atendimento necessário. As informações foram publicadas pelo portal 96 FM.
O prefeito de Parelhas, Tiago Almeida, que também é médico, relatou que diversas tentativas foram feitas para viabilizar a transferência da paciente. “Lutamos até o último minuto para conseguir uma vaga de UTI”, declarou. “Fiz ligações, acionei contatos, fiz o que estava ao meu alcance. Mas a vaga não veio. E o tempo, cruel como é nessas horas, venceu.”
Ainda de acordo com Tiago Almeida, a estrutura de atendimento de alta complexidade para pacientes pediátricos é insuficiente no estado. “O suporte que ela precisava não existia. E não existia porque falta estrutura, falta vaga, falta resposta”, afirmou. O gestor municipal também mencionou que esse tipo de ocorrência tem sido recorrente. “Essa não é a primeira vez que isso acontece. Recentemente, outra criança morreu em Caicó na mesma situação.”
A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) ainda não emitiu nota oficial sobre o caso. O município de Parelhas informou que aguarda uma resposta da pasta sobre a atual situação da oferta de vagas de UTI para crianças em todo o estado.
O prefeito ressaltou o impacto da tragédia sob múltiplas perspectivas: “Sou pai, sou médico, sou prefeito. E, hoje, mais do que tudo, sou um cidadão profundamente indignado com o que estamos enfrentando.”
A morte da criança chama atenção para a carência de atendimentos de alta complexidade em regiões do interior do Rio Grande do Norte, onde os serviços de urgência e emergência especializados são centralizados, dificultando o acesso em situações críticas. “O povo do interior não pode continuar morrendo por falta de estrutura. Não podemos naturalizar o inaceitável”, afirmou Tiago Almeida.
De acordo com dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), atualizados até abril de 2025, o Rio Grande do Norte possui poucos leitos de UTI pediátrica habilitados fora da capital, o que sobrecarrega a rede em Natal e impede respostas ágeis a pacientes do interior. A ausência de um sistema eficiente de regulação de vagas e de transporte rápido também é apontada como um fator que compromete o desfecho de casos urgentes.
Vice-presidente cancelou a agenda do dia e segue na unidade hospitalar
O vice-presidente Geraldo Alckmin passou por consulta médica e exames no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, após um quadro de enjoo e de dores abdominais, na manhã desta quinta-feira (29).
De acordo com a assessoria, Alckmin cancelou a agenda do dia e segue na unidade hospitalar.
“O vice-presidente realizou exames preliminares que sugerem uma inflamação intestinal, os quais serão complementados à tarde, pela equipe médica que o está assistindo”, diz a nota da assessoria.
Além de vice-presidente, Alckmin é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Menina de 1 ano e 4 meses sofreu mordidas graves e foi levada para o centro cirúrgico do Hospital Tarcísio Maia
Uma criança de 1 ano e 4 meses foi atacada por um cachorro da raça pitbull na manhã desta quinta-feira (29.mai.2025), no Conjunto Odete Rosado, em Mossoró, na região Oeste do Rio Grande do Norte. O animal seria da própria casa, segundo os primeiros relatos.
O ataque aconteceu dentro da residência onde a vítima morava com a família. Ainda não há informações oficiais sobre como o animal teve acesso à criança, mas testemunhas afirmam que ela estava próxima ao cão no momento do incidente.
Mordidas no pescoço, ombro e tórax
A criança sofreu ferimentos profundos no pescoço, no ombro e no tórax. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e socorreu a vítima até o Hospital Regional Tarcísio Maia. A menina foi levada diretamente ao centro cirúrgico.
Até a última atualização, não havia boletim médico com o estado de saúde da criança. Familiares acompanham o caso no hospital, enquanto aguardam o resultado dos procedimentos médicos.
Polícia investiga o caso
A Delegacia de Polícia Civil de Mossoró abriu investigação para apurar as circunstâncias do ataque. Os agentes buscam esclarecer se houve negligência na guarda do animal e se o tutor poderá ser responsabilizado por omissão de cautela ou violação de normas de posse responsável.
A investigação considera, entre outros fatores, a ausência de barreiras físicas de proteção, sinais de comportamento agressivo anteriores e as condições de convivência do animal com pessoas vulneráveis, como crianças.
Foto: Makarand Sawant/Pexels/Ilustração / Steve DiMatteo/Pixabay/ Carmem Félix/Governo do RN/Ilustração
Sesap monitora cenário de aumento de casos respiratórios em crianças e confirma 84 internações, sendo 21 em UTI
As doenças respiratórias representam 44% das internações de crianças e adolescentes em leitos pediátricos da rede pública de saúde do Rio Grande do Norte. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (28.mai.2025) pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), que acompanha a situação por meio de relatórios epidemiológicos e da plataforma Regula RN.
Segundo a Sesap, o total de crianças internadas por complicações respiratórias chegou a 84, sendo 21 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e 63 em enfermarias. Apesar do número, a pasta afirmou que a situação está sob controle no estado, com disponibilidade de leitos para atendimento.
Cenário nacional
O avanço de casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) tem levado estados como Pernambuco, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Maranhão a decretarem estado de emergência ou adotarem medidas específicas para conter o avanço da doença. Em Pernambuco, a superlotação dos leitos pediátricos motivou a declaração de emergência nesta quarta-feira.
No Rio Grande do Norte, o Regula RN indicava, na mesma data, 45 leitos críticos disponíveis e 78 leitos clínicos para atendimento na rede pública, sem pressão sobre a capacidade hospitalar.
Perfil das internações no RN
Conforme dados da Sesap, 48,3% das notificações de SRAG em 2024 ocorreram em crianças de 0 a 9 anos. Por outro lado, os óbitos relacionados à síndrome respiratória são mais frequentes em pessoas acima de 75 anos, representando 44,4% das mortes notificadas.
No total, o estado já registrou 50 óbitos por SRAG em 2024, além de 19 por Covid-19, segundo o boletim mais recente da Sesap. Os dados sobre mortalidade e notificações foram atualizados até 10 e 14 de maio, dependendo da categoria.
Comorbidades e riscos
Entre os pacientes diagnosticados com SRAG no RN, as comorbidades mais comuns são:
Doenças cardiovasculares crônicas (25%)
Asma (25%)
Diabetes mellitus (14%)
Doenças neurológicas crônicas (14%)
Esses dados reforçam o alerta para cuidados diferenciados em grupos com maior risco de complicações, especialmente em populações vulneráveis como crianças e idosos.
Vírus em circulação
O boletim também apresenta o perfil dos principais vírus respiratórios em circulação no estado. Segundo a Sesap:
O rinovírus apresenta circulação sustentada e tendência de aumento desde a 10ª semana do ano.
O vírus sincicial respiratório (VSR) começou a circular a partir da 10ª semana, com crescimento significativo após a 19ª.
A influenza teve crescimento a partir da 13ª semana, sendo atualmente o vírus com maior circulação no estado, caracterizando o período de sazonalidade.
Situação da Covid-19
Até 10 de maio, a Sesap registrava 9.563 notificações de casos de Covid-19, entre confirmados e suspeitos. Desse total:
2.087 (21,82%) foram confirmados
7.476 (78,17%) foram considerados suspeitos
O cenário reforça o monitoramento contínuo da pandemia no estado, apesar da queda em relação aos anos anteriores.
Expansão da rede hospitalar
Para ampliar a capacidade de atendimento, o Governo do Estado anunciou recentemente a abertura de 30 novos leitos hospitalares. A medida visa garantir estrutura adequada para enfrentar o aumento de casos respiratórios e outras demandas sazonais.
Episódio mostra a eficácia do sistema sanitário do país, disse Fávaro
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, anunciou que o foco da gripe aviária, identificado no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, está contido, em audiência pública, nesta terça-feira (27), na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado.
“Apesar de estarmos no quinto dia útil depois da desinfecção total da granja e 15 dias do aparecimento do foco, eu posso assegurar com muita tranquilidade que o foco de Montenegro está contido”, afirmou Fávaro.
O ministro ressaltou que o episódio mostrou a eficácia do sistema sanitário do país.
Segundo o Ministério da Agricultura, no raio de 10 quilômetros da granja afetada, foram identificados 540 estabelecimentos rurais, e todos já foram vistoriados, sendo que além da granja do foco, mais dois atuam com avicultura comercial.
“O principal ponto que temos que ressaltar foi a capacidade do bloqueio desse foco. Imediatamente se instalou sete barreiras sanitárias e medidas de proteção aos trabalhadores. Ontem (segunda-feira), 21 casos estavam em investigação e dez já descartados hoje. Tínhamos duas granjas e, agora, só uma em investigação”, informou.
O ministro disse que em pouco mais de 20 dias o Brasil deverá anunciar que o país está livre da doença. O prazo se deve a questões sanitárias.
“Passados 28 dias desse período [de identificação do caso mais recente], que é incubatório do vírus, nós vamos de novo anunciar o Brasil livre de gripe aviária, e a tendência, muito forte, de que isso vai acontecer nos próximos 23 dias”, anunciou.
Após o aparecimento do foco, 24 países decidiram suspender a importação de carne e ovos do Brasil por questões sanitárias. Desses, 13 decidiram suspender a compra apenas das aves e ovos produzidos no Rio Grande do Sul.
Fávaro disse que com o anúncio de que o país ficou livre da doença, deve ser retomada a normalidade das exportações.
“Vamos avançar na repactuação com todos os países que restringiram a compra”.
O ministro comparou o caso do Brasil, que abateu 17 mil aves, após a descoberta do foco, com casos de gripe aviária nos Estados Unidos. Lá, dois dias antes da confirmação da gripe no Brasil, um foco da doença provocou o abate de 700 mil aves.
“Se tivesse escapado esse foco em Montenegro para outras regiões do país, teríamos outros casos de mortalidade. Novos casos letais poderiam surgir em 4 ou 5 dias, mas isso não foi registrado. Ao não ter [ocorridos novos casos], passados 15 dias, isso mostra a capacidade do sistema de controle sanitário brasileiro e de como ele funcionou”, explicou.
“O vírus da gripe aviária circula no mundo há pelo menos 30 anos. Há 19 anos já tem registros em granjas comerciais, e o Brasil, nesse período, se tornou o único grande produtor mundial de carne e ovos não tendo o vírus dentro dos seus plantéis comerciais, e isso não é coincidência”, afirmou.
Doença
A influenza aviária, comumente conhecida como gripe aviária, afeta principalmente aves, mas também foi detectada em mamíferos, incluindo bovinos.
A transmissão ocorre pelo contato com aves doentes e também por meio da água e de materiais contaminados.
A doença raramente afeta humanos, e a orientação é que as pessoas se mantenham informadas e adotem as medidas preventivas recomendadas.
Segundo o Ministério da Agricultura, carnes e ovos podem ser consumidos com segurança, desde que preparados adequadamente.
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil / Valter Campanato/Agência Brasil
Paciente de 50 anos foi removido com apoio do helicóptero Potiguar 02 e levado ao Hospital Dr. Luiz Antônio, na capital potiguar
Um homem de 50 anos foi transferido de forma emergencial da cidade de Mossoró para Natal na tarde desta terça-feira (27.mai.2025), com o apoio do helicóptero Potiguar 02, pertencente à Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social do Rio Grande do Norte (Sesed-RN). O paciente, residente em Pau dos Ferros, apresentava uma grave complicação no pâncreas e necessitava de atendimento especializado em caráter urgente.
A transferência do paciente teve início em Pau dos Ferros, na região do Alto Oeste potiguar. De lá, ele foi levado por uma ambulância até a cidade de Mossoró, onde embarcou na aeronave do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer). O voo com destino a Natal durou pouco mais de uma hora.
O pouso foi realizado por volta das 14h35 no hangar do Ciopaer, localizado na capital potiguar. Após o desembarque, o homem foi transportado em uma ambulância até o Hospital Dr. Luiz Antônio, mantido pela Liga Norte-Riograndense Contra o Câncer, localizado na Avenida Mário Negócio, no bairro das Quintas.
A operação contou com a colaboração de profissionais especializados no transporte aeromédico, modalidade que visa garantir a rapidez e segurança na remoção de pacientes em estado grave. A equipe do Ciopaer destacou que esse tipo de transporte é decisivo para casos em que o deslocamento por via terrestre comprometeria o estado de saúde do paciente.
O helicóptero Potiguar 02 é utilizado em operações integradas que envolvem segurança pública, defesa civil e atendimento pré-hospitalar de urgência. A aeronave permite o embarque de profissionais de saúde e de equipamentos médicos, como monitores cardíacos e respiradores, ampliando as possibilidades de estabilização durante o voo.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o serviço aeromédico tem sido cada vez mais solicitado para atender ocorrências em municípios distantes da capital, como forma de garantir que pacientes em estado crítico recebam atendimento especializado no menor tempo possível.
A Liga Norte-Riograndense Contra o Câncer confirmou o recebimento do paciente e informou que ele segue em observação, com acompanhamento da equipe médica da unidade hospitalar. Detalhes sobre o quadro clínico e o tratamento não foram divulgados por questões de privacidade.
Nos últimos meses, o Ciopaer intensificou o uso de suas aeronaves em apoio ao sistema estadual de saúde, principalmente para atender situações emergenciais em locais de difícil acesso ou com escassez de recursos especializados. A operação desta terça-feira é mais um exemplo da integração entre os serviços de saúde e segurança pública para salvar vidas no estado.
Paciente foi transferida em carro da Prefeitura para UPA de Parnamirim após demora do SAMU; causa da morte será investigada
Uma mulher de 34 anos, identificada como Conceição dos Santos da Silva, morreu após passar mal durante um atendimento odontológico em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de Macaíba, na região metropolitana de Natal. O caso aconteceu na tarde da segunda-feira (26.mai.2025), no bairro São José do Campestre.
Segundo informações de testemunhas, Conceição buscou atendimento na UBS para a extração da raiz de um dente. Durante o procedimento, ela começou a se sentir mal, o que levou a equipe médica da unidade a prestar os primeiros socorros imediatamente.
A equipe acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para realizar a transferência da paciente, mas, de acordo com o companheiro da vítima, não havia ambulância disponível no local no momento da emergência. Diante da situação, a mulher foi transportada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Nova Esperança, em Parnamirim, por um carro administrativo da Prefeitura de Macaíba, acompanhada por uma médica e uma técnica de enfermagem.
Na UPA, Conceição foi entubada logo após a chegada, mas não resistiu. A causa da morte ainda não foi determinada e deverá ser esclarecida por meio de laudo emitido pelo Serviço de Verificação de Óbito (SVO).
Em nota oficial, a Prefeitura de Macaíba informou que a paciente era acompanhada regularmente pela equipe da UBS Campestre e que já havia passado por outros atendimentos odontológicos sem intercorrências. Ainda segundo o comunicado, o atendimento de urgência foi prestado com agilidade pelas equipes das duas unidades de saúde envolvidas.
A Secretaria Municipal de Saúde de Macaíba afirmou que todas as medidas de suporte foram adotadas e que a equipe técnica permaneceu acompanhando a paciente durante todo o processo. A pasta aguarda o laudo do SVO para entender as causas do falecimento.
O caso deve ser investigado pelas autoridades de saúde para apurar se houve falha nos protocolos de atendimento ou omissão no socorro.
Vigilância Sanitária afirma que consumo de pescado segue seguro mesmo após registros de intoxicação por toxina ciguatera
Desde o início de maio, o comércio de pescado em Natal vem enfrentando uma queda significativa nas vendas após um episódio de intoxicação alimentar envolvendo 13 pessoas. As vítimas consumiram peixe da espécie arabaiana em um restaurante local, e a causa foi atribuída à toxina ciguatera, substância naturalmente presente em algumas espécies marinhas e que não pode ser detectada antes do consumo.
A Vigilância Sanitária de Natal (VISA Natal) declarou que o caso é tratado como uma fatalidade. Segundo o órgão, todos os pacientes intoxicados se recuperaram e não houve falhas identificadas no manuseio ou preparo do alimento no estabelecimento. A ciguatera não tem odor, cor ou sabor, tampouco é eliminada durante o cozimento, o que impossibilita sua detecção mesmo em ambientes com boas práticas sanitárias.
A ciguatera é uma toxina produzida por algas que se fixam em recifes de coral. Essas algas são ingeridas por pequenos peixes herbívoros, que por sua vez são consumidos por espécies maiores, como a arabaiana. Embora seja uma ocorrência rara no Brasil, existem registros em locais como Fernando de Noronha e regiões do Caribe. No Brasil, o Ministério da Saúde passou a monitorar oficialmente a presença da toxina a partir de 2022.
Na tradicional Feira das Rocas, comerciantes relataram queda generalizada nas vendas de peixe, inclusive entre espécies não associadas ao caso, como atum, pescada branca e robalo. A falta de confiança do consumidor se reflete em feiras e mercados, mesmo sem recomendações oficiais para restringir o consumo de qualquer tipo de pescado.
Apesar do temor inicial, a VISA Natal não estabeleceu novos protocolos de fiscalização nem restringiu a comercialização de espécies. O órgão reitera que não há evidência de riscos amplos e que o consumo de pescado pode continuar normalmente, desde que o consumidor siga os cuidados habituais na compra e no preparo.
Recomenda-se observar características como olhos salientes, brânquias avermelhadas e escamas firmes ao adquirir o produto. Também é importante garantir que o pescado esteja sob refrigeração adequada e armazenado em local com boas condições sanitárias.
A população pode fazer denúncias ou relatar sintomas de intoxicação alimentar à Vigilância Sanitária de Natal por meio do WhatsApp (84) 3232-9435, e-mail urrnatal@gmail.com ou pelo aplicativo Natal Digital.
Foto: Tony Winston/Agência Brasília / Roberto Galhardo/SEMSUR
A ação faz parte do Ebserh em Ação, com o apoio do Ministério da Saúde, que visa reduzir as filas de espera por atendimentos no SUS
O Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN), da Rede Ebserh, realiza, entre os dias 24 e 28 de maio, um mutirão de cirurgias de vasectomia e postectomia. Ao todo, serão beneficiados 11 pacientes já regulados, sendo oito para a cirurgia de vasectomia e três para o procedimento de postectomia.
A ação faz parte do Ebserh em Ação, uma iniciativa da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), com o apoio do Ministério da Saúde, que visa reduzir as filas de espera por atendimentos no Sistema Único de Saúde (SUS). O programa consiste em mutirões com o objetivo de diminuir filas de espera por cirurgias, aumentando o número de cirurgias e exames realizados, além de procedimentos, em hospitais universitários federais.
Vasectomia e postectomia
A cirurgia de vasectomia é um método definitivo de contracepção masculina. “O principal objetivo é evitar a fecundação de forma segura e eficaz. Os benefícios incluem alta taxa de sucesso, procedimento simples e recuperação rápida”, elenca o médico urologista do Huol-UFRN/Ebserh, Christophe Bezerra Anselmo. Já a cirurgia de postectomia (circuncisão), explica o profissional, tem como objetivo remover o excesso da pele que cobre a glande do pênis. “Os benefícios incluem melhora na higiene íntima, prevenção de infecções urinárias e doenças como fimose, além de redução no risco de infecções sexualmente transmissíveis e câncer de pênis”, afirma Christophe.
Alta demanda
Cerca de 20 profissionais, entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, estarão envolvidos na ação. Além de realizar cirurgias de alta complexidade, o Huol-UFRN/Ebserh também atende demandas por cirurgias de menor porte para fortalecer a rede de atenção à saúde. “Entendemos que podemos contribuir também com cirurgias de menor porte, mas com alta demanda dos usuários”, enfatiza o urologista.
Sobre a Ebserh
O Huol-UFRN faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e atualmente administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Dados do Ministério da Saúde revelam que mais de 42% da população adulta do RN atendida pelo SUS apresenta algum grau de obesidade
O Rio Grande do Norte ocupa a segunda posição entre os estados brasileiros com maior índice de obesidade entre adultos, conforme dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) do Ministério da Saúde, atualizados até maio de 2025. O estado registra 42,09% da população adulta atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com algum grau de obesidade. O índice é inferior apenas ao do Rio Grande do Sul (43,06%) e se aproxima dos percentuais do Rio de Janeiro (42,07%) e Mato Grosso do Sul (42,01%).
A média nacional de obesidade entre adultos no Brasil, segundo o Atlas Mundial da Obesidade, divulgado em março deste ano, é de 31%. O mesmo relatório projeta que, até 2030, 33,4% dos homens brasileiros e 46,2% das mulheres devem apresentar obesidade.
Os dados do Sisvan referem-se exclusivamente aos atendimentos realizados no SUS, o que representa, em sua maioria, uma população de menor renda. No Rio Grande do Norte, fatores como a insegurança alimentar e o alto consumo de alimentos ultraprocessados estão entre os principais elementos que contribuem para os altos índices de obesidade.
Segundo especialistas, a insegurança alimentar leva parte da população a consumir produtos de menor custo e alto teor calórico, em detrimento de alimentos mais nutritivos e saudáveis. Esse padrão alimentar está diretamente associado ao ganho de peso e ao desenvolvimento de quadros de obesidade, especialmente em estados com menores índices de renda, como o RN.
Fatores que influenciam a obesidade no estado
A obesidade é considerada uma doença crônica e multifatorial. Aspectos como predisposição genética, alterações hormonais, obesidade materna na gestação, má alimentação na infância, sedentarismo e acesso limitado a cuidados de saúde qualificados estão entre os fatores de risco.
Além disso, o acompanhamento inadequado, a ausência de políticas públicas efetivas e a dificuldade de acesso a medicamentos especializados agravam o problema. Atualmente, cinco medicamentos são reconhecidos por sua eficácia no tratamento da obesidade, mas nenhum deles é distribuído pelo SUS no RN, nem por meio da Farmácia Popular ou unidades especializadas como a Unicat.
Maior prevalência entre mulheres
Os dados demonstram que mulheres são mais afetadas pela obesidade do que os homens. A explicação está relacionada a questões hormonais, padrões metabólicos e sociais. O diagnóstico é feito por meio do Índice de Massa Corporal (IMC), sendo considerado obeso o indivíduo com IMC igual ou superior a 30.
A obesidade é classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em três graus:
Grau I: IMC entre 30 e 34,9 kg/m²
Grau II: IMC entre 35 e 39,9 kg/m²
Grau III: IMC superior a 40 kg/m²
No RN, entre os 129.130 adultos obesos registrados no Sisvan, 25,31% estão no grau I, 11,07% no grau II e 5,71% no grau III.
Tratamento exige equipe multidisciplinar
O tratamento da obesidade envolve diferentes especialidades. Além de médicos, são necessários nutricionistas, psicólogos, psiquiatras e educadores físicos. O acompanhamento começa nas unidades básicas de saúde, com ações de prevenção e, quando necessário, encaminhamento a serviços especializados. Em Natal, a Policlínica da Zona Norte é uma das unidades de referência para acompanhamento multidisciplinar de pacientes com obesidade.
O processo de avaliação inclui histórico alimentar, prática de atividade física, consumo de álcool, tabagismo, qualidade do sono, funcionamento intestinal e presença de doenças associadas. Mudanças no estilo de vida, com alimentação balanceada, prática regular de atividades físicas e acompanhamento psicológico, são medidas fundamentais para o controle do peso.
Importância da alimentação na prevenção
A alimentação equilibrada é um dos pilares no combate à obesidade. Dietas ricas em fibras, compostas por frutas, legumes, verduras, grãos integrais, feijão, lentilha, arroz integral, aveia, frango e peixe, são recomendadas. Alimentos com gorduras saudáveis, como azeite, abacate e castanhas, também podem ser incluídos, com moderação, para promover saciedade e controlar os níveis de glicose no sangue.
A orientação de profissionais de nutrição é essencial para adequar a dieta às necessidades de cada paciente e evitar restrições inadequadas. Questões comportamentais e emocionais também precisam ser consideradas, dado que transtornos como ansiedade e compulsão alimentar estão frequentemente associados à obesidade.
Limitações no acesso aos dados
Os números apresentados pelo Sisvan podem não refletir integralmente a realidade. Como o sistema considera apenas pacientes atendidos pelo SUS, parte significativa da população pode estar fora da estatística, especialmente em áreas com menor cobertura da rede pública. Isso pode explicar, em parte, a diferença entre os índices do RN e os de estados com maior capacidade de atendimento, como o Rio Grande do Sul.
Foto: Alexander Grey/Pexels/Ilustração / Toninho Tavares/Agência Brasília
Mais de 20 países impõem restrições após confirmação de foco de influenza aviária em granja comercial no Rio Grande do Sul
O Brasil monitora 17 investigações ativas de suspeitas de gripe aviária em diferentes estados do país, de acordo com dados atualizados na plataforma de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). As análises, que envolvem coleta de amostras, ainda não têm resultado laboratorial conclusivo.
Dentre as investigações, duas ocorrem em ambientes de produção comercial: uma em uma granja de pintinhos no município de Ipumirim (SC) e outra em um abatedouro de aves em Aguiarnópolis (TO). Outras nove suspeitas envolvem aves de subsistência em Capela de Santana (RS), Concórdia (SC), Angélica (MS), Jardim (MS), Belo Horizonte (MG), Salitre (CE), Quixadá (CE), Eldorado do Carajás (PA) e Abel Figueiredo (PA). Também são investigadas seis suspeitas em aves silvestres nas cidades de Porto Alegre (RS), Jaguari (RS), Castelo (ES), Belo Horizonte (MG), Ilhéus (BA) e Icapuí (CE). Uma suspeita em Gaurama (RS) já foi descartada.
Desde a primeira confirmação de gripe aviária no Brasil, em maio de 2023, em uma ave silvestre, mais de 2.500 notificações foram investigadas. A doença, causada pelo vírus H5N1, é de notificação obrigatória e imediata às autoridades sanitárias. Devem comunicar casos suspeitos os produtores rurais, técnicos, proprietários, prestadores de serviço e demais envolvidos com criação de aves.
Até o momento, o país contabiliza um caso confirmado da doença em uma granja comercial localizada em Montenegro (RS), na Região Metropolitana de Porto Alegre. Além disso, foram confirmados 164 casos em animais silvestres (160 em aves e 4 em leões-marinhos), três focos em criações domésticas e um em produção comercial, totalizando 168 registros.
Com a confirmação do caso em ambiente comercial, aumentaram as restrições à exportação de carne de frango brasileira. O Ministério da Agricultura e Pecuária informou que Albânia, Namíbia e Índia passaram a suspender as importações de carne de aves provenientes de todo o território nacional. Já Angola optou por restringir apenas as compras oriundas do estado do Rio Grande do Sul.
Ao todo, 23 países impuseram suspensão total das exportações brasileiras de carne de frango. Estão nessa lista: China, União Europeia, México, Iraque, Coreia do Sul, Chile, Filipinas, África do Sul, Jordânia, Peru, Canadá, República Dominicana, Uruguai, Malásia, Argentina, Timor-Leste, Marrocos, Bolívia, Sri Lanka, Paquistão, além dos recém-incluídos Albânia, Namíbia e Índia.
Outros 17 países aplicaram suspensão parcial, limitada ao estado do Rio Grande do Sul, incluindo Arábia Saudita, Reino Unido, Rússia e Turquia. Já Emirados Árabes Unidos e Japão restringiram as importações apenas ao município de Montenegro (RS), onde ocorreu o foco confirmado.
O Ministério da Agricultura segue em diálogo com as autoridades sanitárias dos países importadores, compartilhando informações técnicas e medidas adotadas. O objetivo, segundo a pasta, é garantir a segurança sanitária e viabilizar a retomada das exportações o mais rápido possível.
O órgão também reforçou que o consumo de carne de aves e ovos no Brasil não representa risco à saúde da população.
Foto: Wolfgang Ehrecke/Pixabay / Javier Garcia/Pixabay / Bernhard Jaeck/Pixabay
Menino de 4 anos foi picado enquanto brincava na casa da avó; diagnóstico inicial não identificou envenenamento
Um menino de 4 anos morreu na manhã desta quinta-feira (22.mai.2025) após complicações causadas por uma picada de cobra cascavel, no município de Equador, localizado na região do Seridó do Rio Grande do Norte. A vítima foi identificada como Ítalo Alves dos Santos. Segundo familiares, o menino era diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e não falava, o que dificultou o reconhecimento imediato do ocorrido.
O incidente aconteceu na tarde da quarta-feira (21.mai), enquanto Ítalo brincava com uma prima na casa da avó. A criança começou a chorar e apresentou inchaço e coloração roxa em um dos pés. A família acreditou inicialmente que se tratava de uma torção ou queda. A prima de 6 anos que o acompanhava afirmou que não presenciou o que causou o choro do menino.
Ítalo foi levado ao hospital local de Equador, onde recebeu atendimento médico. Segundo relato dos familiares, o médico que o atendeu solicitou um exame de raio-x para o dia seguinte e liberou o menino com alta médica.
Na manhã da quinta-feira, o quadro clínico do garoto se agravou, com sinais de mal-estar generalizado. Os pais decidiram levá-lo com urgência ao hospital da cidade de Santa Luzia, no estado da Paraíba, a aproximadamente 33 quilômetros de Equador.
Ao ser atendido pela equipe médica da unidade paraibana, foi constatado que o inchaço no pé do menino não era resultado de uma lesão comum, mas sim de uma picada de animal peçonhento — possivelmente uma cobra ou escorpião. Os profissionais de saúde também informaram que o veneno já havia se espalhado pelo corpo da criança.
Diante do diagnóstico, os familiares voltaram à residência da avó da criança para investigar a possível origem da picada. No local, encontraram uma cobra cascavel escondida debaixo de um sofá. A presença do animal confirmou a suspeita da equipe médica.
A criança foi imediatamente transferida para o hospital da cidade de Patos, também na Paraíba, que possui maior capacidade de atendimento para casos graves. Apesar da intervenção, o menino não resistiu e morreu na unidade hospitalar.
O sepultamento de Ítalo Alves dos Santos foi marcado para a sexta-feira (23.mai), na cidade de Equador, onde a morte causou comoção.
A Prefeitura de Equador informou que reuniu equipes da Secretaria Municipal de Saúde e órgãos competentes para apurar os detalhes do caso. A administração também divulgou nota oficial em suas redes sociais manifestando pesar e solidariedade à família da criança.
De acordo com especialistas, a cascavel é uma das serpentes mais venenosas do Brasil, e o socorro rápido com administração de soro antiofídico é essencial para a sobrevivência da vítima.
A população é orientada a acionar imediatamente os serviços de saúde ao identificar qualquer suspeita de picada de animal peçonhento, especialmente em casos de crianças pequenas ou pessoas com deficiência de comunicação.
Evento oferece atendimentos de saúde e autocuidado na Avenida João da Escóssia, em Mossoró, nesta quinta-feira (22)
Em alusão ao Mês das Mães, a Universidade Potiguar (UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de ensino do Brasil, o Ecossistema Ânima, promove nesta quinta-feira (22) o “Pit Stop UnP”, uma ação especial voltada às corredoras de Mossoró.
A atividade tem início às 5h, no estacionamento da instituição, e contará com uma série de atendimentos gratuitos de saúde e bem-estar para as praticantes de corrida da movimentada Av. João da Escóssia.
Com o slogan “No ritmo da vida, uma parada para elas”, o evento tem como objetivo homenagear as mães com energia e movimento. Durante a programação, serão oferecidos serviços como liberação miofascial, ventosaterapia, alongamento e aquecimento para as corredoras, aplicação de testes físicos, aferição de pressão arterial, verificação de glicemia capilar, higienização facial, avaliação com bioimpedância e orientações nutricionais.
Serviço: Pit Stop UnP – Mês das Mães
22 de maio, às 5h Estacionamento da UnP, localizado na Avenida João da Escóssia, 1561, em Nova Betânia
Sobre a Universidade Potiguar – UnP
Com 44 anos de inovação e tradição, a UnP é a única universidade privada do Estado do Rio Grande do Norte a integrar o maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima. A universidade possui milhares de alunos entre os campi em Natal, Mossoró e Caicó, oferecendo cursos de graduação, pós-graduação lato sensu, Mestrados e Doutorados. Também contribui para democratização do ensino superior ao disponibilizar uma oferta de cursos digitais com diversos polos dentro e fora do Rio Grande do Norte. Como formadora de profissionais, a instituição tem compromisso com a cidadania, sempre pautada nos valores éticos, sociais, culturais e profissionais. Este propósito direciona o desenvolvimento e a prática de seu projeto institucional e dos projetos pedagógicos dos cursos que oferece para a comunidade. Além disso, os alunos de Medicina da UnP contam com a Inspirali, um dos principais players de educação continuada na área médica. Para mais informações: www.unp.br.
Sobre a Ânima Educação
Com o propósito de transformar o Brasil pela educação, a Ânima é o maior e o mais inovador ecossistema de ensino de qualidade para o país, com um portfólio de marcas valiosas e um dos principais players de educação continuada na área médica. A companhia é composta por cerca de 370 mil estudantes, distribuídos em 18 instituições de ensino superior, e em mais de 500 polos educacionais por todo o Brasil. Integradas também ao Ecossistema Ânima estão marcas especialistas em suas áreas de atuação, como HSM, HSM University, EBRADI (Escola Brasileira de Direito), Le Cordon Bleu (SP), SingularityU Brazil, Inspirali, Community Creators Academy, e Learning Village, primeiro hub de inovação e educação da América Latina, além do Instituto Ânima.
Em 2023, a Forbes, uma das revistas de negócios e economia mais respeitadas do mundo, elencou a Ânima entre as 10 maiores companhias inovadoras do país e, em 2022, o ecossistema de ensino, também foi destaque do Prêmio Valor Inovação – parceria do jornal Valor Econômico e a Strategy&, consultoria estratégica da PwC – figurando no ranking de empresas mais inovadoras do Brasil no setor de educação. A companhia também se destacou no Finance & Law Summit Awards – FILASA, em 2022, como Melhor Departamento de Compliance. Em 2021, a organização educacional foi destaque no Guia ESG da revista Exame como uma das vencedoras na categoria Educação. Desde 2013, a companhia está na Bolsa de Valores, no segmento de Novo Mercado, considerado o de mais elevado grau de governança corporativa.
Queda de 39,47% entre 2019 e 2024 é atribuída à linha de cuidado implantada pelo Governo do Estado
O Rio Grande do Norte registrou a menor taxa de mortalidade por Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) entre os estados do Nordeste em 2024, com um índice de 5,82%. O estado também apresentou a quarta menor taxa de mortalidade por infarto em todo o Brasil no mesmo ano. Os dados são do sistema DATASUS, do Ministério da Saúde, e fazem parte de um levantamento feito pela Coordenação de Regulação em Saúde e Avaliação da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).
Entre 2019 e 2024, a taxa de mortalidade por infarto no RN caiu 39,47%, enquanto a média de redução no Brasil foi de 21,2% e no Nordeste, de 22%. A queda expressiva é atribuída à implantação da Linha de Cuidado em Infarto Agudo do Miocárdio, uma estratégia da Sesap iniciada em abril de 2022.
A linha de cuidado envolve ações como treinamentos para equipes de saúde, aquisição de medicamentos essenciais e ampliação do acesso a procedimentos como trombólise e cateterismo. Apenas no medicamento alteplase, utilizado para dissolver coágulos causadores de infarto, o investimento passou de R$ 343,5 mil em 2022 para R$ 1,42 milhão em 2024 — um aumento de 316%.
Com esse reforço, o número de trombólises realizadas no estado saltou de 63 em 2019 para 262 em 2024. A estimativa para 2025, com base na média dos dois primeiros meses do ano, é de que 330 procedimentos sejam realizados até dezembro.
Segundo o médico cardiologista Rodrigo Bandeira, coordenador da linha de cuidado, a redução na mortalidade é reflexo direto do fortalecimento da rede de saúde e das políticas públicas estruturadas. “A ampliação do acesso à trombólise, aliado à gestão qualificada e treinamentos, tem salvado vidas e posicionado o Rio Grande do Norte como referência nacional”, afirmou.
Walkíria Nóbrega, subcoordenadora de Regulação das Urgências e Emergências da Sesap, destaca que a experiência do estado mostra o potencial do Sistema Único de Saúde (SUS) quando há investimento contínuo. “Os resultados demonstram que a implementação de políticas estruturadas foi determinante para a redução da mortalidade por doenças cardiovasculares no Rio Grande do Norte.”
O Governo do Estado reforça que o objetivo é continuar investindo na qualificação dos serviços, com foco na redução de mortes evitáveis e na ampliação do acesso à saúde em todo o território potiguar.
Informação foi divulgada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária
O Ministério da Agricultura e Pecuária investiga sete casos de doenças respiratórias em aves, segundo o painel Síndrome Respiratória e Nervosa em Aves, da pasta, atualizado às 13h01 desta terça-feira (20).
Dois dos casos analisados são em granjas comerciais, em Ipumirim (SC) e em Aguiarnópolis (TO); quatro, em criadouros de subsistência, em Triunfo (RS), Estância Velha (RS), Salitre (CE), e Eldorado dos Carajás (PA); e um, em aves silvestres, em Derrubadas (RS).
Os casos em investigação, segundo o ministério, podem vir a ser de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP ou gripe aviária), doença de Newcastle (DNC) ou outras doenças respiratórias.
No momento, segundo o painel, há dois “focos em andamento” de gripe aviária no país: em Montenegro (RS) – o primeiro foco registrado no Brasil em uma granja comercial – e em Sapucaia do Sul (RS), no zoológico da cidade, em aves consideradas silvestres.icultura e Pecuária.
De acordo com os dados do ministério, o país já registrou 164 focos confirmados de gripe aviária em animais silvestres, sendo o primeiro em 15 de maio de 2023; três, em criadouros de subsistência, o primeiro em 27 de junho de 2023; e um, em uma granja comercial, em Montenegro (RS), confirmado na última quinta-feira (15).
Foto: Antonio Araújo/MAPA / Guilherme Martimon/MAPA
O extrato também foi avaliado quanto à atividade antitirosinase
Um grupo de pesquisadores da área farmacêutica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) desenvolveu uma formulação cosmética inovadora com ação despigmentante para manchas escuras e uniformização da tonalidade da pele, além de propriedades hidratantes e antienvelhecimento. O produto é destinado a segmentos que produzem formulações para aplicação tópica em humanos.
Orientador do estudo que resultou na nova tecnologia, Márcio Ferrari explica que a formulação é indicada para uso na rotina de cuidados com a pele de pessoas que apresentam hiperpigmentação cutânea em regiões localizadas. “Entretanto, ela também pode ser incorporada a tratamentos médicos e estéticos, bem como a protocolos que utilizem produtos voltados à uniformização da tonalidade da pele. São amplamente utilizados no tratamento de peles hiperpigmentadas, como no caso do melasma e de manchas causadas pela radiação solar”, destaca o cientista.
Atualmente doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Medicamentos da UFRN, Samara Vitória Ferreira de Araújo explica que o produto foi desenvolvido a partir do extrato vegetal de Kalanchoe pinnata, conhecida popularmente como Saião ou Coraima, para aplicação tópica com ação despigmentante, voltada para o tratamento de manchas escuras e para a uniformização da tonalidade da pele. A espécie é uma planta nativa de Madagascar, naturalizada no Brasil, presente em biomas como a Caatinga. Por ser de fácil cultivo e ocorrer durante todo o ano, caracteriza-se como uma matéria-prima abundante, com potencial para se tornar um ingrediente promissor para a indústria cosmética.
“Além disso, é importante destacar as vantagens relacionadas ao uso de um produto nanotecnológico, cujas propriedades são superiores às de produtos convencionais já comercializados no mercado brasileiro. Há, portanto, a conveniência de se utilizar um único produto capaz de atuar por diferentes mecanismos que promovem a despigmentação da pele. Isso se deve à presença de compostos que inibem enzimas e espécies reativas de oxigênio envolvidas na produção da melanina – o pigmento responsável pela coloração da pele – e, consequentemente, à sua atividade despigmentante. É o caso das substâncias presentes na Kalanchoe pinnata”, explica Samara.
Além dos dois pesquisadores, a invenção contou com a contribuição de Silvana Maria Zucolotto Langassner e Stella Maria Andrade Gomes Barreto, tanto na metodologia da obtenção do extrato, quanto nas etapas de realização dos testes antioxidantes, despigmentantes e o desenvolvimento do produto. O grupo destaca que se trata de um produto multifuncional. “Realizamos testes de eficácia clínica com a formulação cujo extrato vegetal de Kalanchoe pinnata foi a substância responsável por melhorar a hidratação da pele, bem como parâmetros relacionados à rugosidade, maciez e sinais de envelhecimento cutâneo”, explica Ferrari.
O professor do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Medicamentos destaca que a nova tecnologia é especialmente interessante para empresas que buscam substâncias e produtos mais naturais, pois se trata de uma formulação eco-friendly, com extrato obtido de forma sustentável, ou seja, sem agressão ao meio ambiente. “Isso demonstra a responsabilidade social que nós, da Universidade, assumimos ao desenvolver produtos para a indústria de cosméticos, que busca, cada vez mais, formulações elaboradas com matérias-primas sustentáveis. Toda a cadeia de produção da presente invenção é sustentável, desde a obtenção da matéria-prima até o desenvolvimento do produto”, ressalta.
Márcio Ferrari ressalta que o próximo passo é a busca por empresas que tenham interesse na transferência da tecnologia para que este produto chegue ao mercado consumidor de cosméticos. Nesta perspectiva, a iniciativa de patentear ganha relevância, pois garante proteção legal para invenções e contribui para o avanço do conhecimento, garantindo que os inventores tenham direitos de exclusividade sobre a invenção e evitando que terceiros explorem comercialmente a criação sem a autorização expressa.
“Também nos incentiva, pesquisadores, a desenvolver novas tecnologias e permite que as universidades busquem parcerias com empresas, fortalecendo a produção científica e criando um elo entre academia e setor produtivo com a aplicação da inovação. Isso gera impacto social e econômico, pilares importantes para o avanço da sociedade. Além disso, trata-se de um produto tecnológico desenvolvido durante o doutorado, alinhado com os objetivos do programa, que envolvem desenvolvimento e inovação tecnológica”, ressalta a doutoranda Samara de Araújo.
Do estudo, pesquisa e patente
Produzir saber e conhecimento não é fácil. A constatação não assusta, tampouco surpreende. Entretanto, guarda um certo poder quando nos deixamos contaminar pelo caminho percorrido pelos cientistas. Na pesquisa que resultou no pedido de patente, por exemplo, o extrato de Kalanchoe pinnata foi submetido à caracterização química quanto à presença de compostos fenólicos e flavonoides, substâncias com propriedades antioxidantes e capacidade de eliminar espécies reativas.
A informação sobre a presença dessas substâncias, bem como sobre sua quantidade, está relacionada ao fato de que essas substâncias capazes de eliminar espécies reativas derivadas do oxigênio podem atuar em mecanismos secundários envolvidos na melanogênese e, consequentemente, na atividade despigmentante. Não por acaso, a melanogênese é o processo de produção de melanina – pigmento que dá cor à pele, aos cabelos e aos olhos. A ausência de melanina, por sua vez, caracteriza uma condição genética conhecida como albinismo.
O extrato também foi avaliado quanto à atividade antitirosinase, ou seja, à capacidade de inibir a produção de melanina, uma vez que a enzima tirosinase é fundamental para a formação desse pigmento. Para compreender esse processo, é necessário ativar outro conhecimento: saber que essa enzima estimula reações entre a tirosina, um aminoácido, e seus intermediários, levando à formação da melanina. Quando ocorre uma hiperprodução localizada, isso pode resultar no surgimento de manchas escuras na pele.
Do rápido raciocínio, podemos concluir que, a partir dessa ‘interseção’ entre saber e conhecimento, da convergência entre os objetos e os usos da ciência, é possível beneficiar o que está ao nosso redor sem agredir o meio ambiente. Pelo contrário, promovendo sua revitalização. “O uso das folhas da planta para obtenção do extrato pode gerar renda para moradores das regiões onde é cultivada, e toda a cadeia de produção é sustentável – desde a obtenção da matéria-prima até o desenvolvimento do produto”, exemplifica Ferrari.
Atualização de norma do Ministério do Trabalho exige que empresas avaliem riscos psicossociais; medida deve vigorar, em caráter educativo, a partir do próximo dia 26
Entra em vigor, no próximo dia 26 de maio, a nova redação da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A medida passa a reconhecer oficialmente que o adoecimento mental também pode ser causado pelo ambiente de trabalho e exige das empresas a inclusão de riscos psicossociais no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). O prazo para adequação é até maio de 2026, quando a fiscalização e possíveis autuações terão início.
A NR-1 serve como base para as demais normas regulamentadoras do MTE e, a partir desta atualização, passa a incorporar fatores como sobrecarga de trabalho, assédio, pressão excessiva, ausência de reconhecimento e apoio emocional como riscos que precisam ser identificados, prevenidos e tratados pelas empresas. Até então, o PGR contemplava apenas riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes. O objetivo, segundo o órgão, é promover uma abordagem mais ampla sobre saúde e bem-estar.
Asian businessmen and businesswomen meeting brainstorming putting hands up for new startup and giving strength motivation working together in modern creative office. Coworker teamwork concept.
Para a psicóloga do trabalho, Alda Silva, a nova NR-1 representa um avanço nas políticas de segurança e saúde no trabalho. Ela explica que os riscos psicossociais mais comuns envolvem questões relacionadas à organização e à gestão do trabalho. “São jornadas extensas, microgestões desgastantes, relações interpessoais desrespeitosas e cobrança excessiva. Tudo isso afeta diretamente a saúde mental dos funcionários e, consequentemente, a produtividade das empresas”, pontua.
De acordo com a especialista, CEO do Nostrum Instituto de Psicologia e idealizadora da plataforma @nosdotrabalho, não é possível eliminar completamente os riscos psicossociais no ambiente de trabalho, mas é possível gerenciá-los de forma estratégica e contínua. “Assim como fazemos com os riscos físicos, o objetivo é reduzir a probabilidade e a gravidade dos danos. E isso se conquista com mapeamento, monitoramento constante e, principalmente, sensibilização da liderança, que é a porta de entrada para saúde mental nas organizações”, explica a psicóloga.
Rui Cadete aposta na formação de lideranças
A Rui Cadete, empresa de serviços contábeis e de gestão empresarial, iniciou o processo de adaptação às exigências da nova Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1) com o mapeamento dos riscos psicossociais. A iniciativa tem como foco principal a capacitação das lideranças, o fortalecimento e a formalização das práticas relacionadas à saúde mental no ambiente de trabalho. O que, segundo a diretora Liane Cadete, já fazia parte da rotina organizacional da empresa.
“Para a Rui Cadete, esse tema não é novidade. Na verdade, sempre tratamos a saúde mental com seriedade em nossos treinamentos e práticas cotidianas, porque entendemos que o bem-estar emocional é tão importante quanto os indicadores de desempenho. Agora, com a nova norma, teremos a oportunidade de formalizar e aprimorar iniciativas que já fazem parte da nossa cultura. É um passo importante para consolidar esse cuidado no plano estratégico”, afirma Liane.
Nesse sentido, conforme destaca a diretora, a empresa tem estruturado o processo com foco em treinamentos. “Queremos que nossas lideranças atuem como guardiãs das iniciativas voltadas à saúde mental. Porque mais do que atender à NR-1, estamos lidando com uma questão humana e urgente. Por serem invisíveis, as doenças psicossociais ainda sofrem com o preconceito e a desinformação. Então, é preciso enxergar além do que é dito, observar, escutar com empatia e estar disposto a acolher as dores emocionais do outro”, conclui.
Idiarn reforça fiscalização e ações de biossegurança na avicultura potiguar
O Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do Rio Grande do Norte (Idiarn) está ampliando suas ações de vigilância sanitária e biossegurança na avicultura do estado, após o registro do primeiro caso confirmado de gripe aviária no Brasil, ocorrido no Rio Grande do Sul.
Mesmo sem registro da doença em território potiguar, o Idiarn implementou medidas preventivas para garantir a sanidade do plantel avícola local, tanto comercial quanto de subsistência. O Rio Grande do Norte nunca teve ocorrência da doença em sua avicultura comercial.
Ações de prevenção
Por meio do Programa Estadual de Sanidade Avícola (PESA), o Idiarn intensificou a fiscalização em granjas e propriedades rurais, além de ampliar o monitoramento do trânsito de aves vivas, ovos férteis e demais produtos relacionados à cadeia avícola.
As equipes técnicas do instituto estão orientando produtores quanto às boas práticas de biosseguridade, como:
Uso de telas de proteção em instalações
Controle de acesso às áreas de criação
Cuidados com alimentação e água
Higienização adequada de equipamentos e ambientes
Monitoramento e coleta de amostras
O órgão também segue com ações de vigilância ativa, realizando coleta de amostras em áreas prioritárias e enviando os materiais para análise em laboratórios federais de referência localizados em Campinas (SP) e Recife (PE).
Além da fiscalização direta, o Idiarn está capacitando fiscais estaduais agropecuários e agentes municipais, com o objetivo de garantir resposta rápida diante de qualquer suspeita de contaminação.
Notificação obrigatória
O instituto reforça que casos suspeitos devem ser imediatamente notificados aos canais oficiais, incluindo o Sistema Brasileiro de Vigilância e Emergências Veterinárias (e-Sisbravet), plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).
O RN segue em articulação com o MAPA, com foco na prevenção, vigilância constante e resposta imediata, segundo os protocolos nacionais de defesa agropecuária.
Consumo seguro
O Idiarn também esclarece que não há risco de transmissão da gripe aviária por meio do consumo de carne ou ovos devidamente cozidos e inspecionados. As medidas são voltadas à proteção sanitária da cadeia produtiva e não envolvem riscos diretos ao consumidor final.
Canal para denúncias
Produtores e cidadãos que identificarem situações suspeitas devem entrar em contato com o Idiarn ou registrar a ocorrência diretamente no sistema e-Sisbravet, contribuindo com o monitoramento e a segurança sanitária no estado.
Foto: Bernhard Jaeck/Pixabay / Wolfgang Ehrecke/Pixabay
Campanha passa a incluir pessoas a partir de seis meses; vacinação é gratuita nas UBS e pontos extras
As prefeituras de Natal e Mossoró anunciaram a ampliação da vacinação contra a influenza para todas as pessoas com idade a partir de seis meses. A medida, que começa a valer nesta terça-feira (20.mai.2025), segue recomendação do Ministério da Saúde.
A vacina disponível é a trivalente, que oferece proteção contra os vírus da influenza B, H1N1 e H3N2. Segundo o Ministério da Saúde, a aplicação do imunizante pode prevenir entre 60% e 70% dos casos graves e mortes por gripe.
Vacinação em Natal
Em Natal, a Secretaria Municipal de Saúde informa que a vacina contra a gripe está disponível em 60 salas de vacinação distribuídas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), além de pontos extras nos shoppings Midway Mall e Partage Norte Shopping.
A capital iniciou a campanha de imunização contra a influenza em 7 de abril, direcionada inicialmente para os seguintes grupos prioritários:
Crianças de seis meses a menores de seis anos;
Gestantes;
Idosos com 60 anos ou mais.
Segundo a Secretaria, até o dia 19 de maio, foram aplicadas 51.378 doses. A cobertura vacinal por público é a seguinte:
Idosos: 17,85%;
Gestantes: 25,55%;
Crianças menores de seis anos: 8,18%.
Com a ampliação da campanha, qualquer pessoa com mais de seis meses de idade pode receber a vacina. A chefe do Núcleo de Agravos Imunopreveníveis (NAI), Veruska Ramos, reforça que os grupos prioritários continuarão sendo atendidos normalmente, uma vez que a vacinação permanece incluída no calendário nacional.
Horários de atendimento em Natal:
UBS: Segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 15h;
Midway Mall e Partage Norte Shopping: Segunda a sexta-feira, das 13h às 20h; sábado, das 10h às 15h.
Para se vacinar, é necessário apresentar documento de identificação e cartão de vacinação.
Vacinação em Mossoró
Em Mossoró, a campanha de vacinação contra a influenza começou em 2 de abril. Inicialmente, o foco também era nos grupos prioritários, como crianças, idosos, gestantes e puérperas.
Com a nova orientação, todas as pessoas a partir de seis meses de idade poderão se vacinar nas UBS do município.
Horários de atendimento em Mossoró:
UBS: Segunda a sexta-feira, das 7h às 11h e das 13h às 17h.
O coordenador de Imunizações de Mossoró, Etevaldo Lima, destaca que a ampliação tem como objetivo aumentar a cobertura e evitar complicações causadas pela gripe.
A vacinação contra a influenza segue gratuita no Sistema Único de Saúde (SUS) e é uma das estratégias utilizadas para reduzir a circulação do vírus durante o período de maior incidência, especialmente entre os meses de abril e julho.
Até o momento, exportações estão suspensas para 17 mercados
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou nesta segunda-feira (19) que os focos detectados de gripe aviária no Rio Grande do Sul não trarão impacto significativo no preço da carne de frango, apesar da suspensão de vendas para mais de uma dezena de países.
“Acredito muito mais em pequenas variações, pode ter um excesso de oferta, [por] 10 e 15 dias, e aí vai direcionando para outro lugar, retomando para algum país que flexibilizará seu protocolo. Portanto, eu acredito muito mais na estabilidade”, disse em entrevista coletiva para atualizar informações sobre o caso.
Maior exportador de carne de frango do mundo, o Brasil vendeu 5,2 milhões de toneladas do produto, em diferentes formatos, para 151 países, auferindo receitas de US$ 9,9 bilhões, segundo dados de 2024 apurados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Mais de 35,3% de toda a carne de frango produzida no Brasil é destinada ao mercado externo.
Açougue
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul concentram 78% dessas exportações. Os principais destinos internacionais dos produtos da cadeia brasileira do frango são China, Japão, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, África do Sul, Filipinas, União Europeia, México, Iraque e Coreia do Sul, com mais de 60% dos volumes embarcados.
“A experiência adquirida, no caso da [doença] Newscasttle, no ano passado, os preços não abaixaram tanto. Segundo, não vai ficar tão grande a restrição, porque é possível que, durante o período dos 28 dias, e a gente está confiante de que vai conseguir segurar dentro do raio [do foco], do caso específico, há a volta gradativa à normalidade. E outro fator que dará estabilidade de preços, que imagino, é que 70% da produção já fica no mercado interno. Então, estamos falando de 30%, se fechasse para todo mundo”, explicou Fávaro.
Mais cedo, em outra entrevista, Fávaro havia dito que é preciso aguardar um ciclo de 28 dias sem novos casos confirmados para que o país faça uma autodeclaração à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e consiga reverter as suspensões.
Não há prazo para que organismo internacional responda à autodeclaração, quando ela for feita, mas a expectativa é que os países levantem as barreiras de forma gradativa.
Até o momento, o país investiga ainda sete casos. Ao menos três deles já foram descartados, em atualizações antecipadas pelo próprio Ministério da Agricultura. Tratam-se de suspeitas no Mato Grosso, no Sergipe e no Ceará.
Seguem em análise laboratorial suspeitas no Tocantins, em Santa Catarina e uma outra o Rio Grande do Sul. Os dois únicos focos confirmados estão em uma granja comercial de Montenegro e em um zoológico de Sapucaia do Sul, ambos municípios gaúchos localizados na região metropolitana de Porto Alegre.
Carne moída
Os dados constam no painel de monitoramento de síndromes respiratórias e nervosas em aves, gerido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, e foram atualizados às 19h desta segunda.
Exportações afetadas
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) atualizou o número de mercados que estão com exportações suspensas para o frango brasileiro oriundo de qualquer parte do território nacional. Sete deles comunicaram a suspensão diretamente ao governo: México, Coreia do Sul, Chile, Canadá, Uruguai, Malásia e Argentina. Outros 10 tiveram, por força dos acordos sanitários bilaterais, a interrupção automática dos embarques: China, União Europeia (27 países), África do Sul, Rússia, Republica Dominicana, Bolívia, Peru, Marrocos, Paquistão e Sri Lanka.
Já para outros mercados, a suspensão das exportações, também por força de acordos bilaterais, devem abranger apenas o estado do Rio Grande do Sul ou o município de Montenegro. São eles: Arábia Saudita, Emirados Árabes, Bahrein, Japão, Singapura, Reino Unido, Cuba, Filipinas, Jordânia, Hong Kog, Argélia, Timor Leste, Índia, Lesoto, Paraguai, Suriname, Vanatu e Vietnã.
No caso dos Estados Unidos, o maior importador de ovos do Brasil, o comércio desse produto mantida em todo o território nacional, mas as vendas de material genético foi suspensa temporariamente.
“A grande maioria dos protocolos dos países que a gente tem, prevê o raio [de restrição local]. E não tem nenhum SIF [certificado] de produção comercial em um raio 10 quilômetros, então o impacto é zero”, afirmou Marcel Moreira, secretário de Comércio e Relações Internacionais da pasta.
Sistema eficiente
Carlos Fávaro ressaltou que o Brasil possui um dos melhores sistemas de defesa agropecuária do planeta, e lembrou o fato de ter levado cerca de 19 anos para o vírus, que circula no mundo desde 2006, ter aparecido em planteis comerciais do país. Desde maio de 2023, mais de 2 mil investigações de casos de gripe aviária foram feitas de forma recorrente.
“Era inevitável que um dia iria acontecer. O sistema é robusto também graças à transparência e à força do sistema nos bloqueios. Isso vai ser mais uma contraprova da robustez do sistema brasileiro. Não é desejo, não é sonho, não é vontade, é saber como o sistema funciona”, afirmou.
Para o secretário de Defesa Agropecuária da pasta, Carlos Goulart, o país está preparado para responder de forma adequada o foco.
“O Brasil é o único país do mundo que disponibilizado painel, em tempo real, com duas atualizações ao dia. Assim que o laboratório dá o diagnóstico, ele coloca no site. Isso é o nível de transparência que a gente teve que adotar por ser o líder global de produção e exportação de aves e ovos. Foi uma maneira de responder a essa incredulidade que algumas autoridades sanitárias tinham de a gente produzir sem influenza”, afirmou.
Segundo ele, das 538 propriedades rurais da região de Montenegro, mais da metade (310) já foi visitada, incluindo todas em um raio de três quilômetros (km) do foco, além da instalação de barreiras de controle de circulação. Cerca de 17 mil aves foram mortas pela doença ou sacrificadas nas granjas.
O número de ovos destruídos foi de 70 mil. Um dos aviários já foi esterilizado e desinfectado, e outro está com o trabalho em andamento. A pasta também está mapeando todos os 30 milhões ovos férteis que saíram dessa propriedade em direção a outras regiões, dos últimos 28 dias a contar da data da detecção. Eles também estão em processo de destruição.
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil / Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Estudo aponta que até 60% das gestantes desenvolvem varizes. Dra. Ilana Barros explica as causas e a importância da prevenção durante a gestação
A gravidez é um período de grandes transformações no corpo feminino, e um dos problemas mais comuns e que afeta até 60% das gestantes são as varizes. Alterações hormonais, o aumento do volume sanguíneo e a pressão do útero sobre as veias das pernas são fatores que comprometem o retorno sanguíneo, favorecendo o aparecimento de varizes. Esse quadro pode resultar em desconforto, como dores, sensação de peso nas pernas e até inchaço.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), o aumento da pressão nas veias das pernas e a dilatação das mesmas durante a gestação pode gerar complicações, como trombose venosa profunda e flebite. Por isso, o cuidado precoce e a prevenção são fundamentais.
“Embora as varizes sejam comuns durante a gestação, é possível preveni-las com cuidados simples e eficazes. O uso de meias de compressão, por exemplo, ajuda na circulação e diminui o inchaço. Além disso, a prática de atividades leves, como caminhadas e hidroginástica, fortalece as pernas e melhora a circulação sanguínea”, explica Dra. Ilana Barros, angiologista e cirurgiã vascular.
A especialista também recomenda que as gestantes elevem as pernas sempre que possível, para facilitar o retorno do sangue ao coração. E claro, uma alimentação equilibrada é crucial para controlar o peso e evitar que o sobrepeso agrave o quadro.
“A prevenção das varizes começa desde o início da gestação, e o acompanhamento médico é indispensável, especialmente para mulheres com predisposição genética a varizes. O tratamento estético das varizes deve ser evitado durante a gravidez, e o foco deve estar na prevenção”, enfatiza Dra. Ilana.
Formada em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Dra. Ilana Barros possui uma residência médica em Cirurgia Geral no Hospital Geral Roberto Santos, em Salvador-BA, e em Cirurgia Vascular no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Ela é especializada em Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular pela ANGIORAD, em Recife-PE, além de ser pós-graduada em Laser, Cosmiatria e Procedimentos no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo-SP.
Com uma vasta experiência na área, Dra. Ilana é referência no tratamento de varizes, utilizando técnicas minimamente invasivas que garantem mais segurança e conforto para as pacientes. “O cuidado com a circulação é essencial, não só para o bem-estar da gestante, mas para a saúde da mulher como um todo durante a gravidez”, conclui a especialista.
Para saber mais, acesse o Instagram: @drailanabarros
Governo estadual adota medidas de restrição após foco confirmado no Rio Grande do Sul
Um caso suspeito de gripe aviária em Santa Catarina está sob investigação na cidade de Ipumirim, no Oeste do estado. A ocorrência foi registrada em uma granja comercial e consta no mapa oficial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), atualizado nesta segunda-feira (19.mai.2025). A informação foi confirmada pela administração municipal.
A investigação segue os protocolos nacionais de controle da Influenza Aviária e ocorre após a confirmação de dois casos da doença no país: um em uma granja comercial em Montenegro (RS) e outro em cisnes de um zoológico em Sapucaia do Sul (RS). Além de Ipumirim, há outros cinco casos sob análise nos estados de Tocantins, Sergipe, Ceará, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.
Cidades com casos em investigação
Segundo o Mapa, os seis focos em investigação são os seguintes:
Ipumirim (SC) – granja comercial
Aguiarnópolis (TO) – granja comercial
Triunfo (RS) – produção familiar de subsistência
Gracho Cardoso (SE) – produção familiar de subsistência
Salitre (CE) – produção familiar de subsistência
Nova Brasilândia (MT) – produção familiar de subsistência
Medidas adotadas em Santa Catarina
Com a confirmação da doença em Montenegro (RS), o governo de Santa Catarina proibiu a entrada de aves vivas e ovos férteis oriundos de 12 municípios gaúchos. A medida foi publicada em nota técnica divulgada pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) no domingo (18).
As cidades abrangidas pela restrição são:
Cachoeirinha
Canoas
Capela Santana
Esteio
Gravataí
Montenegro
Nova Santa Rita
Novo Hamburgo
Portão
São Leopoldo
Sapucaia do Sul
Triunfo
Segundo a nota oficial, continuam autorizados os produtos de origem animal de aves provenientes do Rio Grande do Sul, com exceção de ovos comerciais dos municípios listados. A medida visa conter a disseminação do vírus e proteger a avicultura catarinense.
Investigação no município de Ipumirim
De acordo com a presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, técnicos da entidade estiveram na granja em Ipumirim e realizaram coletas de amostras, conforme os protocolos estabelecidos. Os materiais foram enviados ao laboratório credenciado do Ministério da Agricultura, e o governo aguarda os resultados.
“Houve esse chamado no município de Ipumirim, a Cidasc foi lá, avaliou os sintomas das aves e cumpriu o protocolo, que é coletar as amostras e enviar para o laboratório do Ministério da Agricultura. Estamos ainda aguardando os laudos”, declarou a presidente da entidade.
Segurança alimentar
O Ministério da Agricultura reiterou que não há risco de transmissão da gripe aviária pelo consumo de carne ou ovos de aves, desde que os produtos sejam inspecionados. A doença é transmitida por contato direto com aves infectadas, especialmente em ambientes de criação.
O risco para humanos é considerado baixo e, geralmente, ocorre entre trabalhadores que têm contato direto com aves doentes, vivas ou mortas.
Histórico da gripe aviária (H5N1)
O vírus H5N1 pertence ao grupo de alta patogenicidade (HPAI), caracterizado pela rápida disseminação entre aves e alta taxa de mortalidade. A primeira detecção da Influenza Aviária foi registrada em 1878, na Itália. Já o subtipo H5N1 foi isolado em gansos na China, em 1996. No ano seguinte, foi identificado o primeiro caso humano em Hong Kong.
Orientações aos produtores
As autoridades de Santa Catarina reforçaram orientações aos produtores rurais para prevenção e controle da doença:
Reforçar as medidas de biosseguridade nas propriedades;
Proibir visitas externas ao sistema de produção;
Não manipular aves mortas ou com sinais clínicos suspeitos;
Comunicar imediatamente à Cidasc qualquer sintoma como dificuldade respiratória, secreção ocular, andar cambaleante, torcicolo, giros repetitivos ou mortalidade súbita e elevada.
Monitoramento contínuo
A Cidasc e o Ministério da Agricultura seguem monitorando todos os casos e reforçaram o alerta para a população e produtores em regiões de risco. O Plano Nacional de Contingência está em andamento com medidas sanitárias preventivas, visando evitar impactos à cadeia produtiva e preservar a saúde pública.
Foto: Wolfgang Ehrecke por Pixabay / Bernhard Jaeck por Pixabay / jacqueline macou por Pixabay
Surto do vírus H5N1 causou a morte de 38 cisnes e patos; local segue fechado por tempo indeterminado
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou neste domingo (18.mai.2025) que as mortes de 38 aves — entre cisnes e patos — no Parque Zoológico de Sapucaia do Sul (RS) foram causadas pela Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1). O local, que já havia sido fechado preventivamente pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), seguirá sem receber visitantes por tempo indeterminado.
O zoológico, localizado a cerca de 50 km de Montenegro, é o maior do estado do Rio Grande do Sul e abriga mais de mil animais de 130 espécies diferentes. Entre os animais presentes no local, há uma significativa população de aves aquáticas, como os 500 cisnes e marrecas que compõem o plantel.
A detecção do vírus H5N1 também foi confirmada na última quinta-feira (15) em uma propriedade de avicultura comercial em Montenegro, acendendo o alerta das autoridades sanitárias para o risco de disseminação da doença.
A gripe aviária é uma doença viral altamente contagiosa que atinge aves silvestres e domésticas. Em casos raros, também pode afetar seres humanos. Entre os principais sintomas nas aves estão secreção nasal, espirros, torcicolo, falta de coordenação motora, diarreia e mortalidade elevada.
Apesar da gravidade, o Mapa afirma que não há risco de transmissão da doença pelo consumo de carne de aves ou ovos, desde que os produtos sejam devidamente inspecionados.
A Sema orienta que qualquer suspeita da doença, caracterizada por sinais respiratórios, neurológicos ou mortes súbitas em aves, seja imediatamente comunicada à Secretaria da Agricultura por meio da Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima ou pelo WhatsApp (51) 98445-2033.
A interdição do zoológico é uma medida preventiva para evitar o avanço da contaminação e proteger tanto os animais quanto os visitantes. O local permanece sob vigilância sanitária e passa por inspeções frequentes, enquanto o Ministério da Agricultura monitora a situação epidemiológica no estado.
Ação foi necessária para manter o controle sanitário
O governo de Minas Gerais informou que descartou preventivamente 450 toneladas de ovos fecundados provenientes de uma granja da cidade Montenegro (RS), local em que a detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade foi confirmada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na última quinta-feira (15). O descarte dos ovos ocorreu neste sábado (17) na região Centro-Oeste de MG.
O governo de MG frisou que os ovos férteis são usados para fecundação e produção de aves e não para consumo humano.
“É importante ressaltar que a gripe aviária leva as aves à morte, mas não representa risco para a população por não ser transmissível por meio do consumo da carne ou ovos”, ressaltou em comunicado.
O governo de Minas Gerais ainda disse que o descarte dos ovos foi necessário para manter o controle sanitário, garantindo contenção e erradicação da doença e a manutenção da capacidade produtiva do setor local.
“Todas as medidas que estão sendo tomadas fazem parte do Plano de Contingência da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), firmado entre União, estados e setor produtivo em 2022, quando surgiu o primeiro foco da doença na América do Sul”.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou ter rastreado todos os ovos para incubação fornecidos pela granja onde ocorreu o primeiro caso de vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP).
Ministério diz ter adotado todas as medidas necessárias
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou ter rastreado todos os ovos para incubação fornecidos pela granja onde ocorreu o primeiro caso de vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP).
O destino desses ovos são incubatórios localizados em Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. Segundo o Ministério, já foram adotadas as medidas de saneamento definidas no plano de contingência para influenza aviária e doença de Newcastle.
Entre as ações previstas está a destruição desses ovos. Ontem (17), o governo de Minas Gerais determinou o descarte de 450 toneladas de ovos fecundados e demais materiais envolvidos, como medida preventiva.
“A iniciativa mostrou-se necessária para manter o controle sanitário, seguindo planos prévios para possíveis ocorrências do tipo, garantindo contenção e erradicação da doença e a manutenção da capacidade produtiva do setor”, informou o governo estadual em comunicado oficial.
O Mapa ressalta que não há comprovação de contaminação nesses ovos, e que adotou “todas medidas necessárias para proteção da avicultura nacional”.
Gripe aviária
O primeiro caso de vírus da influenza IAAP em um matrizeiro de aves comerciais foi confirmado esta semana no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul.
Em nota, a pasta destacou que a doença não é transmitida pelo consumo de carne nem de ovos.
Desde o anúncio do primeiro caso de IAAP no país, China, União Europeia e Argentina suspenderam as importações de carne de frango brasileira, inicialmente por um prazo de 60 dias. Apesar do foco ser regional, as restrições comerciais, no caso da China e do bloco europeu, abrangem todo o território nacional, por exigências previstas em acordos comerciais com o Brasil.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que, desde 2006, casos de IAAP vêm sendo registrados em diversas partes do mundo, sobretudo na Ásia, na África e no norte da Europa.
RS monta barreiras sanitárias em Montenegro para conter gripe aviária
O governo do estado do Rio Grande do Sul iniciou a montagem de sete barreiras sanitárias para a contenção do foco de influenza aviária no município de Montenegro (RS), local em que a detecção do vírus de alta patogenicidade foi confirmada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na última sexta-feira (16).
Até o começo da noite deste sábado (17), cinco das sete barreiras já haviam sido instaladas. Estão previstas duas barreiras na BR-386, uma ao norte na RS-124, outra na TF-10, no sentido Triunfo (RS), e três em estradas vicinais.
“O objetivo é inspecionar todos os veículos de carga viva, os que transportam ração e fazem coleta de leite, que são veículos que circulam em diversas propriedades rurais. No raio de três quilômetros os automóveis de passeio também serão desinfectados. Os pedestres não são o foco da ação”, disse o governo em comunicado.
As barreiras funcionarão em conjunto com a Patrulha Ambiental (Patram), da Brigada Militar, e a prefeitura do município, com operação 24 horas por dia. Os pontos de controle sanitários estão instalados em um raio de três a dez quilômetros do local do foco da doença.
O governo do estado informou ainda que serão vistoriadas cerca de 540 propriedades rurais no raio de dez quilômetros do foco da doença para avaliação e ações de educação sanitárias.
A prefeitura de Montenegro ressaltou, em nota, que o risco de infecção em humanos pela gripe aviária é muito baixo e ocorre, na maioria das vezes, entre tratadores ou profissionais que têm contato intenso com os animais.
“Essas pessoas estão sendo monitoradas e não apresentaram nenhum sintoma da doença”, diz a nota.
A administração municipal pediu ainda compreensão dos moradores em relação às alterações nas vias de tráfego da cidade em razão dos bloqueios sanitários.
“Podem ocorrer desvios em estradas e interrupções temporárias de fluxo. Não há motivos para pânico”.
Foto: jacqueline macou por Pixabay / Elke por Pixabay / Couleur por Pixabay / Pedro Belo Garcia/Especial/Palácio Piratini/Ilustração
Entidade reforça que o consumo de frango e de ovos é seguro
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) informou acompanhar com atenção a confirmação, por parte do Ministério da Agricultura e Pecuária, do primeiro foco de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em um matrizeiro de aves comerciais no município de Montenegro (RS).
“O caso marca uma nova etapa na presença do vírus que, até então, se limitava a aves silvestres e de criação caseira”, avaliou a entidade em nota.
De acordo com o comunicado, desde 2022, mais de 4,7 mil surtos de gripe aviária altamente patogênica foram notificados na região da América Latina e do Caribe, afetando desde aves de criação e aves migratórias a mamíferos marinhos e até mesmo animais de estimação.
“A propagação do vírus segue as rotas naturais das aves migratórias, conectando ecossistemas do Canadá até a Terra do Fogo.”
Para a FAO, além de representar uma ameaça à saúde animal, o vírus gera preocupação crescente em razão do potencial de transmissão de aves vivas para seres humanos e também pelos impactos em sistemas alimentares, na biodiversidade e na saúde pública da região.
Risco baixo
Na nota, a entidade reforça que o consumo de frango e ovos continua sendo seguro, sobretudo quando bem cozidos, e que o risco de infecção humana permanece baixo.
Avanços recentes da gripe aviária, segundo a FAO, reforçam a urgência de fortalecer sistemas nacionais de vigilância, biossegurança e resposta rápida, com atenção especial para pequenos e médios produtores, além de uma abordagem que considera de forma integrada interações entre animais, seres humanos e meio ambiente.
Ainda de acordo com o comunicado, ao longo dos últimos meses, países como Argentina, Colômbia, México, Panamá, Peru e Porto Rico também anunciaram casos de IAAP.
“É fundamental um trabalho coordenado entre todos os países da região para conter a propagação do surto ao longo do continente. Somente por meio de uma ação conjunta e contínua será possível proteger a saúde animal, salvaguardar a saúde pública e fortalecer a resiliência dos sistemas agroalimentares.”
Gripe aviária: tire suas dúvidas sobre doença que afeta aves
O Brasil confirmou esta semana o primeiro caso de vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em um matrizeiro de aves comerciais no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul. De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária, trata-se do primeiro foco de IAAP detectado em sistema de avicultura comercial do país.
Em nota, a pasta destacou que a doença não é transmitida pelo consumo de carne nem de ovos.
“A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados, não havendo qualquer restrição ao seu consumo. O risco de infecções em humanos pelo vírus da gripe aviária é baixo e, em sua maioria, ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas (vivas ou mortas)”.
Desde o anúncio do primeiro caso de IAAP no país, China, União Europeia e Argentina suspenderam as importações de carne de frango brasileira, inicialmente por um prazo de 60 dias. Apesar do foco ser regional, as restrições comerciais, no caso da China e do bloco europeu, abrangem todo o território nacional, por exigências previstas em acordos comerciais com o Brasil.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que, desde 2006, casos de IAAP vêm sendo registrados em diversas partes do mundo, sobretudo na Ásia, na África e no norte da Europa.
Confira, a seguir, as principais perguntas e respostas sobre a infecção, conforme avaliação da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
O que é a influenza aviária?
A influenza aviária, comumente conhecida como gripe aviária, é uma doença causada por vírus influenza originários de aves. Esses vírus pertencem à família Orthomyxoviridae e incluem o A(H5N1). Eles afetam principalmente aves, mas também foram detectados em mamíferos, incluindo bovinos. A gripe aviária raramente afeta humanos, mas a orientação é que as pessoas se mantenham informadas e tomem as medidas preventivas recomendadas.
Como acontece a transmissão?
A forma mais comum de entrada do vírus em um território é por meio de aves selvagens migratórias. O principal fator de risco para a transmissão do vírus de aves para humanos é o contato direto ou indireto com animais infectados ou com ambientes e superfícies contaminados por fezes ou outros fluidos animais. Depenar, manusear carcaças de aves infectadas e preparar aves para consumo, especialmente em ambientes domésticos, também podem ser fatores de risco.
Quais são os sintomas em humanos?
Os sintomas variam de leves – com alguns pacientes até mesmo assintomáticos – a graves. As principais manifestações relatadas incluem febre, tosse, resfriado, conjuntivite, sintomas gastrointestinais e problemas respiratórios.
Qual é o tratamento para a gripe aviária?
Medicamentos antivirais são recomendados para pessoas com quadros graves ou em risco de desenvolver quadros graves devido a condições pré-existentes ou subjacentes, como no caso de idosos ou indivíduos com problemas de saúde crônicos. A orientação é que pessoas que apresentarem sintomas de gripe aviária entrem em contato com um profissional de saúde para receber o tratamento adequado.
Pessoas podem morrer de gripe aviária?
Os seres humanos não têm imunidade prévia à gripe aviária, portanto, o vírus pode causar quadros graves da doença. Entretanto, a OMS diz ser difícil generalizar a análise com base em dados históricos, já que o vírus tem evoluído. Desde 2003, cerca de 900 casos humanos de infecção por A(H5N1) foram relatados, com uma taxa de mortalidade superior a 50%.
Existe uma vacina para gripe aviária?
A OMS atualiza regularmente vacinas em potencial no intuito de se preparar para eventuais pandemias, o que ajuda a garantir que as doses possam ser produzidas rapidamente, se necessário. No caso do vírus H5N1 encontrado em vacas leiteiras, a entidade já tem vacinas em potencial prontas por meio de seu Sistema Global de Vigilância e Resposta à Influenza. Em relação a vacinas para humanos, a OMS tem acordos com 15 fabricantes de imunizantes para acessar cerca de 10% da produção em tempo real de uma futura dose contra a influenza em caso de pandemia. Essas vacinas, segundo a entidade, serão distribuídas aos países com base no risco e na necessidade para a saúde pública.
A vacina contra a gripe sazonal protege contra a gripe aviária?
As vacinas atuais contra a influenza sazonal ou gripe comum não protegem contra a infecção humana pelo vírus da gripe animal, incluindo os vírus H5N1.
Quem corre risco de contrair a gripe aviária?
De acordo com a Opas, sempre que houver qualquer tipo de exposição a animais infectados (como aves domésticas, aves selvagens ou mamíferos) ou a ambientes contaminados, onde circulam os vírus da gripe aviária, existe risco de infecção humana esporádica. Casos humanos de gripe aviária associada ao vírus A(H5N1), segundo a entidade, são isolados. Ao longo dos últimos anos, cerca de 70 infecções humanas foram relatadas na região das Américas, sendo 67 nos Estados Unidos (até abril de 2022), uma no Equador (janeiro de 2023), uma no Chile (março de 2023) e uma no Canadá (novembro de 2024), com uma morte associada à infecção nos Estados Unidos. A maioria dos casos está ligada ao contato com a criação de gado (40 casos, todos nos Estados Unidos) ou aves. A transmissão entre humanos não foi identificada em nenhum desses cenários.
É seguro consumir ovos e frango originários de áreas com surto em animais?
Carnes e ovos podem ser consumidos com segurança, desde que preparados adequadamente. O consumo de carne e ovos crus ou mal cozidos de áreas com surtos de gripe aviária é de alto risco e deve ser evitado. Da mesma forma, animais doentes ou que morreram inesperadamente não devem ser consumidos.
Como preparar carne e ovos com segurança?
A OMS recomenda seguir cinco orientações específicas:
mantenha o ambiente limpo;
separe alimentos crus dos cozidos;
longo tempo de cozimento;
manter alimentos em temperaturas seguras;
utilizar água e matérias-primas seguras.
É seguro beber leite de vacas infectadas?
Altas quantidades do vírus A(H5N1) foram encontradas no leite cru de rebanhos infectados. O consumo e manuseio do leite em meio à transmissão da doença está sendo investigado pela OMS. Produtos lácteos produzidos com leite seguindo rigorosos padrões de higiene devem ser considerados seguros para consumo. A OMS e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) recomendam fortemente o consumo de leite pasteurizado, já que a pasteurização é um sistema eficaz contra o vírus e outros patógenos. Estudos da Food and Drug Administration (FDA) sobre pasteurização também mostraram resultados promissores. A OMS alerta, entretanto, que algumas amostras comerciais de leite pasteurizado nos Estados Unidos continham fragmentos de vírus. Desde que o leite contenha apenas fragmentos de vírus e não o vírus vivo ou em sua forma infecciosa, ele é considerado seguro para consumo. Para trabalhadores da indústria leiteira, atividades que envolvem o manuseio do leite de rebanhos infectados, como ordenhar vacas ou limpar a sala de ordenha, podem aumentar a chance de infecção. Portanto, esses profissionais devem seguir medidas preventivas recomendadas.
E quanto ao queijo e outros laticínios?
Laticínios feitos com leite pasteurizado e que seguem rigorosos padrões de higiene são considerados seguros para consumo. No caso do queijo de leite cru, a sobrevivência do vírus durante a produção está sendo investigada. Como precaução, a produção de queijo de leite cru em áreas com surtos não é recomendada.
A carne bovina foi afetada? É seguro consumir carne de animais afetados?
Não foram relatados casos de detecção em rebanhos de gado de corte. A OMS recomenda o cozimento completo da carne para reduzir a exposição a patógenos.
O que tem sido recomendado para prevenir ou controlar surtos de gripe aviária em animais?
Os países precisam ter um plano de contingência completo e atualizado para surtos. Recomendações específicas para esses planos podem ser obtidas de organizações como a Food and Drug Administration (FAO) e a Organização Mundial da Saúde Animal (WOAH). Equipes envolvidas na vigilância e na resposta à gripe animal devem ser treinadas para implementar esses planos em caso de emergência, além de receber recursos necessários para isso. Também é considerado fundamental que produtores de aves reforcem a biossegurança em suas instalações, evitando o contato entre aves domésticas e aves selvagens, inclusive por meio de água e ração. Ainda segundo a OMS, os produtores desempenham papel fundamental na detecção precoce da doença e precisam ser capazes de reconhecê-la e notificá-la às autoridades veterinárias, para que a gripe aviária possa ser descartada ou confirmada e medidas apropriadas sejam tomadas. A detecção precoce facilita uma resposta oportuna, ajudando assim a reduzir a propagação do vírus. Indivíduos ou famílias que criam aves para consumo pessoal também devem estar bem informados sobre como reconhecer uma ave infectada, quais medidas tomar e como se proteger adequadamente.
Gatos são afetados pela gripe aviária? Existe risco para humanos que criam gatos?
Os gatos são suscetíveis ao H5N1, incluindo os de estimação e também felinos selvagens, como tigres, leões e leopardos. Os fatores de risco para gatos incluem exposição a aves doentes ou mortas, o consumo de aves cruas infectadas ou a ingestão de leite cru. Gatos infectados podem desenvolver sintomas graves e morrer em razão da doença. Estudos sugerem que as pessoas podem transmitir o vírus da gripe sazonal aos gatos, mas o risco da transmissão, para humanos, através de gatos infectados é classificado como baixo. A OMS, entretanto, recomenda evitar o contato com animais doentes ou mortos e a prática de hábitos de higiene ao manusear animais de estimação.
Por que a vigilância animal e a detecção precoce de casos são importantes?
A vigilância adequada da presença de influenza aviária em animais, incluindo aves e mamíferos, fornece informações sobre quais subtipos de influenza estão em circulação. O processo também permite detectar a presença do vírus com caráter zoonótico mais acentuado, ou seja, possivelmente apresentando alterações genéticas que podem resultar em maior adaptabilidade à transmissão de humano para humano, o que é importante para a saúde pública. A detecção precoce torna possível ainda que os países implementem ações de resposta rápida para mitigar o risco de transmissão do vírus para humanos.
Profissionais ligados à Coopmed interromperam atendimentos nesta sexta (16) em protesto contra atraso de cinco meses no pagamento
Médicos que atuam nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Natal realizaram uma paralisação temporária na manhã desta sexta-feira (16.mai.2025), como forma de protesto pelo atraso no pagamento de salários e pela precariedade nas condições de trabalho. Os profissionais são vinculados à Cooperativa Médica do Rio Grande do Norte (Coopmed), responsável por parte dos serviços prestados na rede municipal de urgência e emergência.
Na UPA de Cidade da Esperança, médicos se concentraram na entrada da unidade e suspenderam os atendimentos, o que gerou reclamações de pacientes que aguardavam há mais de duas horas por atendimento. Segundo os profissionais, a paralisação teve caráter de advertência e os atendimentos foram retomados no início da tarde.
Os médicos alegam que ainda não receberam o pagamento referente ao mês de dezembro de 2024, acumulando, portanto, um atraso de cinco meses. Além disso, afirmam que as condições estruturais das unidades estão comprometidas, afetando a qualidade do atendimento à população e a segurança dos profissionais de saúde.
Secretaria de Saúde de Natal se posiciona
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS) informou que a paralisação não comprometeu os atendimentos de urgência e emergência e que os serviços já foram normalizados. A pasta também detalhou a situação dos pagamentos em atraso.
De acordo com a secretaria, ao longo de 2025 já foram quitados os valores correspondentes aos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro de 2024. O pagamento do mês de janeiro de 2025, segundo a nota, será liberado na próxima semana. Com isso, serão totalizadas cinco faturas mensais pagas à cooperativa responsável pelos serviços médicos nas UPAs.
A SMS declarou ainda que segue empenhada em manter a regularidade dos pagamentos aos prestadores de serviço, com o objetivo de garantir previsibilidade financeira para as empresas contratadas e melhor gestão dos colaboradores.
Condições das unidades também são alvo de críticas
Além da cobrança por salários atrasados, os médicos reclamam das condições estruturais nas UPAs. De acordo com os relatos da categoria, há deficiências na manutenção de equipamentos, falta de insumos e problemas estruturais nos prédios que abrigam as unidades.
A Secretaria de Saúde informou que o Departamento de Infraestrutura Física e Logística (DIFT) realiza visitas periódicas às unidades para avaliação e realização de reparos. Os prédios das UPAs foram incluídos no cronograma de reformas do município, mas não foi informado um prazo para o início das intervenções.
A paralisação desta sexta foi interpretada pelos médicos como uma medida de alerta à administração municipal. A categoria não descarta a possibilidade de novas mobilizações caso os pagamentos não sejam regularizados e as melhorias estruturais não avancem.
As UPAs são equipamentos essenciais para o atendimento de urgências de baixa e média complexidade, funcionando 24 horas por dia. Em Natal, elas integram a rede de atenção à saúde municipal e recebem grande volume de pacientes diariamente. Diante disso, paralisações como a desta sexta impactam diretamente a população que depende do serviço público de saúde.
A saúde pública de Natal vive um colapso. Em meio ao cenário de abandono promovido pela gestão da Prefeitura, a população enfrenta um cenário dramático: médicos da rede municipal estão com os serviços paralisados por falta de pagamento, famílias com crianças alérgicas à proteína do leite de vaca não conseguem acesso às fórmulas especiais, e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) assinou um contrato emergencial no valor de R$ 271 milhões para serviços médicos — tudo isso enquanto o recém-inaugurado Hospital Municipal segue fechado e sem previsão de funcionamento.
Médicos das UPAs paralisam atendimentos por falta de salário
A paralisação dos médicos é reflexo direto da ausência de compromisso da gestão com a saúde pública. Profissionais cooperados que atuam nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e ambulatórios da capital estão há três meses sem receber seus honorários. A dívida da Prefeitura de Natal com a Cooperativa Médica do Rio Grande do Norte (Coopmed-RN) ultrapassa os R$ 10 milhões, o que levou os médicos a reduzirem drasticamente o atendimento — apenas 30% da capacidade está em funcionamento, comprometendo a assistência à população.
Falta de fórmula especial agrava drama de famílias com crianças alérgicas
Outro problema grave é a ausência de fórmulas nutricionais destinadas a crianças com Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV). Embora o Ministério da Saúde tenha incluído essas fórmulas na lista de distribuição gratuita, a entrega em Natal ainda não é uma realidade. Famílias de baixa renda, que não têm condições de arcar com o custo elevado dos produtos, veem-se desamparadas. A situação coloca em risco o crescimento e o bem-estar de dezenas de crianças da capital potiguar.
Contrato emergencial de R$ 271 milhões: solução ou agravante?
Em meio ao caos, a Secretaria Municipal de Saúde de Natal assinou um contrato emergencial de R$ 271 milhões para serviços médicos. Enquanto isso, a população continua sem acesso a serviços básicos de saúde.
Hospital Municipal segue sem funcionar após inauguração
Inaugurado em dezembro passado, o Hospital Municipal de Natal permanece de portas fechadas. A estrutura, que foi anunciada como um grande avanço para a saúde da cidade, ainda não está em operação. O local poderia aliviar a sobrecarga dos hospitais e UPAs da rede pública, mas segue como mais um símbolo do descaso da administração municipal com a saúde da população.
População mais pobre paga o preço do abandono
O colapso da saúde em Natal atinge com mais força quem mais depende do sistema público: a população pobre. Sem acesso a consultas, medicamentos, atendimento emergencial ou nutrição adequada para seus filhos, essas famílias se veem desamparadas. Enquanto isso, recursos milionários são direcionados a contratos questionáveis, e promessas de campanha seguem sem ser cumpridas.
População paga o preço da má gestão
É inaceitável que uma capital como Natal esteja imersa em tamanho descontrole na área da saúde. A falta de pagamento aos profissionais, a ausência de insumos básicos e o fechamento do Hospital Municipal são indícios claros de uma gestão desconectada da realidade da população. A crise exige respostas urgentes, planejamento e compromisso com a vida das pessoas. O silêncio e a omissão da Prefeitura de Natal só agravam a tragédia social em curso.
Caso registrado no Rio Grande do Sul ativa protocolo que interrompe exportações à China; Ministério da Agricultura negocia regionalização dos embargos com países parceiros
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou, na quinta-feira (15.mai.2025), o primeiro foco de gripe aviária em uma granja comercial no Brasil. O caso foi identificado em um matrizeiro de aves localizado no município de Montenegro, na Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em sistema de produção de ovos férteis ativou protocolos internacionais de sanidade animal.
Diante da confirmação, a China, principal destino das exportações brasileiras de carne de frango, suspenderá automaticamente a importação do produto por um período de 60 dias, conforme previsto no acordo sanitário entre os dois países. A informação foi confirmada pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em entrevista à TV Centro América, nesta sexta-feira (16).
“O protocolo com a China restringe a exportação de frango de todo o País em caso de gripe aviária. A partir de hoje, por 60 dias, a China não estará comprando carne de frango brasileira”, afirmou o ministro.
A suspensão das exportações para a China ocorre de forma automática e não depende de avaliação técnica. Desde maio de 2023, o Brasil vinha tentando revisar os protocolos de embargo sanitário com a China, propondo a regionalização das restrições — ou seja, limitar as sanções apenas à área geográfica afetada pelo surto. No entanto, até o momento, a negociação não foi concluída.
Em nota oficial, o Mapa reforçou que a influenza aviária não é transmitida pelo consumo de carne de frango nem de ovos. O ministério também ressaltou que o risco de infecção em humanos é considerado baixo, ocorrendo geralmente entre profissionais que mantêm contato direto com aves infectadas, vivas ou mortas.
“A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados, não havendo qualquer restrição ao seu consumo”, destacou o ministério.
Medidas de contenção e erradicação do foco já foram acionadas conforme o Plano Nacional de Contingência da Influenza Aviária. Segundo o Mapa, as ações visam eliminar o foco da doença, preservar a capacidade produtiva do setor e garantir o abastecimento alimentar. Além disso, o ministério está em comunicação com os entes das cadeias produtivas, a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), os Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente, além dos parceiros comerciais do Brasil.
O Brasil é um dos maiores exportadores de carne de frango do mundo, com vendas para cerca de 200 países. O ministro Fávaro informou que os embarques em trânsito não serão afetados pela suspensão e que outros países adotam protocolos diferentes. Ele citou que, com o Japão, há embargo apenas ao estado do Rio Grande do Sul e ao município de Montenegro. Emirados Árabes e Arábia Saudita, por sua vez, já mantêm acordos de regionalização, permitindo a continuidade das exportações fora da área afetada.
“O sistema brasileiro é tão robusto e confiável, que vários países passaram a trocar o protocolo, sabendo que o Brasil tem estrutura para fazer a contenção e, portanto, a restrição comercial fica restrita à região do foco do acontecimento”, explicou Fávaro.
O Serviço Veterinário brasileiro, segundo a pasta, está treinado e equipado para conter a doença. A confirmação do foco em sistema comercial marca um novo estágio da vigilância sanitária, já que, até então, os registros no Brasil se limitavam a aves silvestres.
Desde 2006, surtos de IAAP ocorrem com maior frequência na Ásia, África e norte da Europa. No Brasil, os órgãos de controle sanitário seguem em alerta e em articulação com os países compradores para mitigar os impactos sobre o comércio internacional de proteína animal.
Foto: Wolfgang Ehrecke/Pixabay / Bernhard Jaeck/Pixabay / Carlos Silva/Mapa
Contrato emergencial prevê atendimento em unidades do SUS por 12 meses; atual prestadora denuncia falta de critérios e aponta cláusulas anticoncorrenciais
A Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS) abriu processo para contratação emergencial, com dispensa de licitação, de uma empresa especializada na prestação de serviços médicos destinados à assistência em unidades de saúde vinculadas ao Sistema Único de Saúde (SUS). O valor estimado do contrato é de R$ 271 milhões, com validade de 12 meses.
A medida prevê cobertura de serviços em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), policlínicas, Unidades Básicas de Saúde (UBSs), além de hospitais privados contratualizados com o município. A contratação se dará por meio de menor preço apresentado na fase de lances, que ocorreu nesta sexta-feira (16.mai.2025), das 7h às 13h. O prazo para envio de propostas se encerrou às 6h50 do mesmo dia.
Segundo o edital, a contratação busca suprir a insuficiência de profissionais efetivos em diversas especialidades médicas na rede municipal. Estão incluídas no escopo do contrato áreas como clínica médica, pediatria, ginecologia e obstetrícia, neuropediatria, trauma-ortopedia e saúde mental, além de atendimentos em UTIs adulto, infantil e neonatal, e em salas vermelhas de urgência. O Samu Natal também está contemplado com serviços médicos intervencionistas, reguladores e generalistas.
A Secretaria informou que o procedimento é “excepcional e temporário” e visa garantir a continuidade da prestação dos serviços considerados essenciais. De acordo com o edital, o contrato emergencial poderá ser encerrado antes do prazo final, caso a SMS conclua o processo licitatório definitivo, cuja publicação está prevista para os próximos meses.
O contrato está dividido em lotes, organizados por grau de complexidade – baixa, média e alta –, conforme a estrutura da rede municipal. As exigências legais para contratação direta foram apresentadas no Termo de Referência, que define os parâmetros técnicos da seleção emergencial.
Denúncia da Coopmed ao TCE contesta critérios do edital
A Cooperativa Médica do Rio Grande do Norte (Coopmed), atual prestadora dos serviços médicos para a rede municipal, encaminhou denúncia ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-RN) questionando o processo emergencial adotado pela Secretaria.
Segundo a entidade, a Prefeitura de Natal não respondeu a um pedido formal de impugnação ao Termo de Referência do edital. A Coopmed alega que não foram apresentados critérios técnicos claros que justifiquem a contratação emergencial, especialmente considerando que a cooperativa continua prestando os serviços sem interrupção.
De acordo com a denúncia, a SMS publicou, em 2023, aviso de licitação para contratar empresa médica por meio regular, mas o processo foi suspenso em setembro do mesmo ano, sem conclusão. A Coopmed sustenta que, mesmo sem encerramento oficial da licitação anterior, o município iniciou nova pesquisa de preços para contratar emergencialmente uma empresa de prestação de serviços médicos.
Entre os pontos considerados problemáticos pela cooperativa, estão cláusulas que considera “anticoncorrenciais”, como exigências de qualificação econômico-financeira consideradas incompatíveis com os valores praticados no mercado local, além da obrigatoriedade de inscrição no Conselho Regional de Administração. Outro questionamento é sobre a remuneração prevista para serviços de alta e média complexidade, que, segundo a entidade, não cobre a defasagem da Tabela SUS.
A Coopmed também destacou que o caráter emergencial do processo não foi devidamente caracterizado, como exige a legislação, que condiciona contratações sem licitação à ocorrência de situação de urgência ou calamidade pública.
Em resposta à denúncia, o Tribunal de Contas do Estado do RN informou que o caso está sob análise do corpo técnico da Corte. Até o momento, a SMS e a Coopmed não se pronunciaram oficialmente sobre o mérito das contestações.
A previsão é de que o contrato emergencial seja assinado nas próximas semanas, após a conclusão da análise das propostas enviadas.
Nota técnica reforça cuidados na compra e consumo de peixes, após surto de Ciguatera associado a restaurante da capital
O Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) de Natal, por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS Natal) e da Vigilância Sanitária (VISA), emitiu, nesta quinta-feira (15.mai.2025), uma nota técnica com orientações sobre o consumo de pescados, após a ocorrência de surtos de intoxicação alimentar relacionados à toxina Ciguatera na capital potiguar.
Em 2025, dois surtos sugestivos de intoxicação por Ciguatera foram registrados no município. A mais recente investigação foi iniciada após evento realizado em um restaurante de Natal, nos dias 5 e 6 de maio, onde treze pessoas apresentaram sintomas característicos de intoxicação alimentar. Desses casos, três pacientes precisaram de internação hospitalar.
As equipes de Vigilância em Saúde realizaram uma inspeção completa na cadeia produtiva do pescado envolvido no episódio. A fiscalização abrangeu desde o local de preparo até o ponto de comercialização do peixe. Amostras foram coletadas e encaminhadas para análise no Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (LACEN).
Sintomas associados à intoxicação por Ciguatera
Os sintomas da intoxicação geralmente surgem entre três a cinco horas após a ingestão de peixes contaminados. Os efeitos clínicos são variados e podem incluir:
Neurológicos: dormência em membros superiores e inferiores, parestesia, fraqueza muscular, dor nos dentes, sabor metálico ou de queimação na boca, perda de memória, fadiga crônica, coceira generalizada, suor excessivo, visão turva e inversão da percepção de temperatura.
Cardiovasculares: bradicardia (diminuição dos batimentos cardíacos), bloqueios cardíacos e hipotensão arterial.
Gastrointestinais: episódios de diarreia, vômitos e dores abdominais.
De acordo com o diretor do DVS, José Antônio de Moura, os sintomas apresentados pelos pacientes sugerem um quadro típico de intoxicação por Ciguatera, doença associada ao consumo de peixes que habitam recifes de corais tropicais.
Monitoramento e recomendações
O CIEVS Natal entrou em contato com todas as pessoas que consumiram os pescados envolvidos no episódio, especificamente das espécies Arabaiana e Peixe Dourado. Segundo o diretor, todas estão em acompanhamento e apresentam quadro clínico estável.
Apesar dos casos registrados, a Vigilância Sanitária esclarece que o episódio é pontual e não justifica a suspensão do consumo de pescados em geral. A população é orientada a adotar medidas de precaução, como:
Verificar a procedência dos pescados adquiridos.
Priorizar o consumo de peixes de águas profundas.
Evitar espécies com histórico de associação à Ciguatera, principalmente aquelas provenientes de recifes de corais.
Observar boas práticas de armazenamento e manipulação nos pontos de venda.
Em caso de sintomas sugestivos de intoxicação por Ciguatera, recomenda-se procurar imediatamente um serviço de saúde. Também é possível acionar o CIEVS Natal para notificação de casos suspeitos pelos seguintes canais:
WhatsApp: (84) 3232-9435
E-mail: urrnatal@gmail.com
Aplicativo: Natal Digital
Sobre a Ciguatera
A Ciguatera é uma intoxicação alimentar causada pela ingestão de peixes contaminados com toxinas como Ciguatoxina e Maitotoxina, produzidas por microalgas do gênero Gambierdiscus. Essas algas proliferam em recifes de corais tropicais e subtropicais.
Entre as espécies mais frequentemente associadas à Ciguatera estão garoupas, barracudas, moreias e badejos. As toxinas não alteram o sabor, cor ou odor do peixe e não são eliminadas por métodos convencionais de congelamento ou cozimento.
O risco de contaminação está relacionado à ingestão de peixes que se alimentam em regiões afetadas por essas microalgas, tornando fundamental o controle e a fiscalização em toda a cadeia produtiva do pescado.
A nota técnica completa com as recomendações detalhadas está disponível para consulta no site da Prefeitura de Natal: Nota Técnica – Ciguatera (SMS Natal).
Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília/Ilustração / SMS/Divulgação
O Rio Grande do Norte enfrenta uma grave crise na saúde pública: a falta de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) na rede estadual deixa dezenas de pacientes sem atendimento adequado. Dados do sistema Regula RN mostram que 91 pessoas aguardavam por um leito de UTI, enquanto apenas 53 vagas estavam disponíveis, refletindo o colapso do sistema.
O aumento da demanda, impulsionado por doenças respiratórias e agravado pela falta de estrutura, forçou a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) a reconhecer a emergência sanitária e anunciar medidas emergenciais. Entre elas, a abertura de 30 novos leitos de UTI em hospitais de Natal e Mossoró.
Governo do RN abre leitos, mas problemas persistem
Os novos leitos foram distribuídos no Hospital da Mulher, em Mossoró; no Hospital Giselda Trigueiro e no Hospital Rio Grande, em Natal. Apesar da ação emergencial, a abertura de leitos não resolve as falhas crônicas da gestão da saúde no RN.
A superlotação dos hospitais, a falta de profissionais de saúde e a escassez de insumos essenciais comprometem o atendimento diário da população. A situação tem impacto direto na avaliação do governo estadual, gerando forte rejeição popular.
Promessas antigas e a realidade nos hospitais do RN
Em março de 2025, a governadora Fátima Bezerra anunciou que o problema histórico dos corredores lotados no Hospital Walfredo Gurgel havia sido resolvido. Ela garantiu que, desde 23 de fevereiro, não havia mais pacientes nos corredores. No entanto, a crise atual nas UTIs do RN demonstra que os desafios na saúde pública continuam sem solução definitiva.
A população ainda enfrenta longas filas por atendimento, dificuldades no acesso a serviços básicos e a angústia de não ter garantido um leito de UTI em momentos críticos.
Falta de leitos de UTI expõe falhas estruturais na saúde do RN
O colapso das UTIs no Rio Grande do Norte é um reflexo direto das falhas estruturais acumuladas ao longo dos anos e da ineficiência na gestão da saúde pública estadual. A crise atual escancara a urgência de políticas públicas mais eficazes, investimentos estruturais e uma gestão que priorize o acesso à saúde para todos.
Sem ações concretas e estruturais, a população do RN continuará sofrendo com a precariedade dos serviços de saúde, especialmente nos momentos em que mais precisa.
Com 91 pessoas aguardando por UTI e apenas 53 leitos livres, governo do RN anuncia abertura de 30 novas vagas em hospitais de Natal e Mossoró
O Rio Grande do Norte enfrenta um cenário de superlotação nos hospitais da rede pública. Dados atualizados do sistema Regula RN, nesta quarta-feira (14), mostraram que 91 pacientes aguardavam por leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), enquanto apenas 53 vagas estavam disponíveis em todo o estado.
A situação levou o governo estadual a adotar medidas emergenciais para tentar reduzir a fila de espera, com a abertura de 30 novos leitos de UTI em unidades hospitalares de Natal e Mossoró.
Governo amplia leitos em três hospitais
Para amenizar o impacto da alta demanda, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) anunciou a contratação de 30 leitos de UTI adicionais. As novas vagas estão distribuídas em três hospitais:
Hospital da Mulher, em Mossoró: 10 novos leitos;
Hospital Giselda Trigueiro, em Natal: 10 novos leitos;
Hospital Rio Grande, rede privada em Natal: 10 novos leitos.
De acordo com o secretário de Saúde Pública do RN, Alexandre Motta, a previsão é que os leitos do Giselda Trigueiro estejam em funcionamento até o fim de semana.
No caso do Hospital Rio Grande, além dos 10 leitos contratados, há a possibilidade de expansão para mais 10 unidades, dependendo da evolução da demanda.
Doenças respiratórias aumentam internações
O principal motivo para o aumento da ocupação de UTIs, segundo a Sesap, é o crescimento expressivo dos casos de doenças respiratórias. Essas enfermidades, que apresentam comportamento sazonal, se intensificam neste período do ano, elevando o número de internações.
“Temos um número elevado de doenças respiratórias que ocorre nesse período. Por isso houve um aumento da demanda e o represamento de pacientes que já deveriam ter sido atendidos”, afirmou o secretário Alexandre Motta.
A Sesap reconheceu que as doenças respiratórias são, atualmente, a maior causa de internação nos hospitais da rede pública do Rio Grande do Norte.
Fila de espera expõe crise na saúde
A disparidade entre o número de pacientes aguardando por UTI e a oferta de leitos evidencia uma crise na saúde pública do RN. O secretário Alexandre Motta classificou o momento como uma emergência sanitária.
“É uma emergência de saúde porque temos um número muito grande de pacientes esperando em fila por leitos de UTI”, declarou Motta.
O aumento na procura por atendimento intensivo também está relacionado à lentidão no processo de ampliação da rede hospitalar, que envolve adequações estruturais, contratação de profissionais e aquisição de equipamentos.
Caso em Parnamirim ilustra gravidade da situação
No início da semana, a crise no sistema de saúde resultou em uma morte. Uma mulher de 55 anos faleceu enquanto aguardava por um leito de UTI na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Nova Esperança, em Parnamirim.
O caso reforçou a necessidade de ações imediatas para ampliar a oferta de leitos e reduzir o tempo de espera por atendimento intensivo.
Ampliação emergencial segue em curso
A Sesap informou que as medidas de ampliação de leitos estão em andamento e que os esforços estão concentrados em atender à demanda emergencial provocada pelas doenças respiratórias.
A expectativa do governo é que, com a abertura das 30 novas vagas, o tempo de espera por um leito de UTI seja reduzido nos próximos dias.
Alta demanda e falta de vagas em outras unidades sobrecarregam maternidade, que opera com 60 pacientes além da capacidade instalada
A Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC), em Natal, registrou superlotação no último fim de semana, operando com 146% de sua capacidade até a segunda-feira (12.mai.2025). A unidade, que dispõe de 128 leitos, recebeu cerca de 60 pacientes a mais do que o limite instalado, segundo informações da direção do hospital.
A sobrecarga afetou diretamente pacientes e acompanhantes, que enfrentaram longos períodos de espera e, em alguns casos, tiveram que aguardar por vagas em corredores, enquanto enfermarias e leitos estavam ocupados.
Alta demanda de outras unidades provoca colapso
A direção da maternidade, vinculada à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e gerida pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), informou que a superlotação foi provocada principalmente pela demanda de pacientes encaminhados de outras unidades de saúde do Estado.
Segundo a nota oficial, “a situação decorre, principalmente, da alta demanda encaminhada por outras unidades de saúde do Estado, que também enfrentam superlotação e dificuldades na composição de suas equipes profissionais”.
A MEJC conta com 128 leitos, sendo 26 destinados a Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para adultos e neonatais, além de 15 leitos para cuidados intermediários neonatais.
Medidas emergenciais foram adotadas
Diante do cenário crítico, a maternidade afirmou que vem adotando medidas emergenciais para garantir a continuidade do atendimento. Entre as ações estão a reorganização de fluxos internos e a otimização de recursos para melhor acolhimento dos pacientes.
A direção da MEJC também solicitou maior articulação entre os entes do Sistema Único de Saúde (SUS) para enfrentar a situação de forma conjunta, visto que o problema da superlotação atinge diversas unidades hospitalares da rede pública no Rio Grande do Norte.
Sesap atribui sobrecarga ao fechamento de maternidades municipais
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (Sesap) declarou que não tem ingerência direta sobre a Maternidade Escola Januário Cicco, uma vez que a unidade é contratada pela Prefeitura do Natal.
A Sesap informou que a superlotação foi agravada pelo fechamento temporário de maternidades municipais durante o final de semana, o que resultou na sobrecarga da MEJC e do Hospital Santa Catarina, também referência para casos de gestação de alto risco.
O órgão estadual ressaltou ainda que há um aumento constante dos casos de gestação de alto risco nos últimos anos, elevando a demanda por atendimentos especializados.
Grupo Oncoclínicas faz parceria inédita com grupo potiguar Oncology e promete transformar o cuidado oncológico no RN
O Grupo Oncoclínicas, referência em oncologia na América Latina, anuncia oficialmente o início de suas operações em Natal. A chegada à capital potiguar se dá por meio de uma parceria estratégica com o Oncology Group – formado por renomados oncologistas e hematologistas do Rio Grande do Norte. A nova unidade marca a segunda operação da rede no Brasil, reforçando o compromisso da instituição em ampliar o acesso à medicina oncológica de excelência em diferentes regiões do país.
A inauguração da clínica aconteceu nesta quarta-feira, dia 14 de maio, na Av. Prudente de Morais, 976, no bairro Tirol. O espaço integra a reconhecida expertise nacional da Oncoclínicas com a sólida experiência do grupo potiguar, oferecendo aos pacientes um atendimento moderno, humanizado e alinhado com protocolos clínicos avançados, tecnologias inovadoras e gestão especializada.
Fundado em 2007, o Oncology Group tem como marca registrada a busca contínua pela melhoria na assistência a pacientes com câncer. A instituição foi pioneira no Rio Grande do Norte na implementação do serviço de Navegação de Pacientes, além de ter sido a primeira a oferecer a touca térmica – tecnologia que reduz a queda de cabelo durante a quimioterapia. Agora, o grupo dá mais um passo inovador ao se tornar parceiro do Grupo Oncoclínicas, consolidando-se como protagonista no cenário oncológico regional.
“O estado do Rio Grande do Norte merece essa parceria”, afirma o hematologista Cláudio Macedo, um dos sócios fundadores do Oncology Group. “Vamos somar o que temos de melhor: uma equipe de excelência com médicos, farmacêuticos, enfermeiros e administradores qualificados, e processos validados pelo Grupo Oncoclínicas. Nosso objetivo é integrar em um só lugar soluções completas para o paciente oncológico, desde pesquisa clínica até o acesso a vacinas, com o que há de mais moderno na medicina.”
Fundado em 2010, na cidade de Belo Horizonte, o Grupo Oncoclínicas é hoje um dos maiores e mais respeitados grupos de oncologia e hematologia da América Latina, com forte atuação em genômica, radioterapia e pesquisa clínica. A chegada a Natal sob o modelo de franquia – prática ainda pouco comum no setor – é um marco importante para a estratégia de expansão do grupo e para a modernização da oncologia no Estado.
A nova unidade traz ainda a possibilidade de acesso a pesquisas clínicas de relevância nacional, incorporação de tratamentos validados por experts internacionais, e parcerias com operadoras de saúde e fornecedores já integrados ao ecossistema do Grupo Oncoclínicas.
A inauguração representa não apenas um avanço para o setor de saúde do Rio Grande do Norte, mas uma nova esperança para milhares de pacientes e famílias que agora contam com um centro de referência em oncologia de padrão internacional.
Em vez de seguir um caminho fechado, os cientistas optaram por explorar os dados de forma ampla
Durante séculos, sonhar foi como assistir a um filme sem controle remoto. Mas existe uma exceção: os sonhos lúcidos. Neles, a pessoa percebe que está sonhando e, às vezes, interfere no enredo. Uma equipe com 18 cientistas internacionais, entre eles Sidarta Ribeiro e Sérgio Mota-Rolim, do Instituto do Cérebro (ICe/UFRN), decidiu investigar o que acontece no cérebro nesse momento raro. O grupo reuniu dados elétricos coletados durante o sono, registrados em pesquisas conduzidas na Holanda, Alemanha, Suíça, Itália, Reino Unido, Estados Unidos e Brasil. O estudo, publicado na JNeurosci, analisou 43 sessões com 26 participantes que sabiam identificar o instante de lucidez em seus sonhos.
Os cientistas localizaram os rastros da consciência durante o sono. Quando o cérebro “acorda” dentro do sonho, a atividade elétrica muda de padrão. As conexões entre áreas distantes se intensificam, como se diferentes setores de uma cidade passassem a se falar por linhas diretas. As faixas de frequência alfa (entre 8 e 12 hertz) e gama baixa (de 30 a 36 hertz) ganharam força em termos de conectividade.
Já a atividade beta (de 12 a 30 hertz), que regula percepção e movimento, diminui em certas áreas do hemisfério direito, especialmente nas regiões ligadas à noção do corpo. No instante em que a pessoa percebe que está sonhando, uma área chamada precuneus fica mais ativa — essa região é fundamental para a memória e a autoconsciência. Comparado ao estado de vigília, o cérebro lúcido desacelera sua atividade elétrica em boa parte do espectro, variando entre 8,78 e 45 hertz. Em outras palavras, o sonho lúcido parece ter sua própria assinatura cerebral distinta.
Em vez de seguir um caminho fechado, os cientistas optaram por explorar os dados de forma ampla. Investigaram todas as frequências cerebrais, analisaram diferentes regiões do cérebro e compararam o estado lúcido com o sono REM (Rapid Eye Movement, ou Movimento Rápido dos Olhos) comum e com a vigília. Essa estratégia revelou detalhes que escaparam a estudos anteriores.
Parte das pesquisas passadas atribuiu certos padrões cerebrais à lucidez, mas na verdade captavam interferências causadas por movimentos involuntários dos olhos. Esses pequenos espasmos geram picos elétricos nos registros — parecidos com estalos em um disco de vinil. Para evitar essas distorções, a equipe desenvolveu um protocolo inédito de limpeza de dados, em três etapas, que funcionou mesmo com poucos sensores. Isso permitiu reunir dados coletados com equipamentos diferentes, em vários países, e transformá-los em um único conjunto coerente para análise.
O EEG (Eletroencefalograma), aparelho usado na pesquisa, registra a atividade elétrica cerebral por meio de sensores no couro cabeludo. Os dados vieram de diferentes tipos de equipamentos. Cada participante, ao perceber que estava sonhando, movia os olhos duas vezes para cada lado — um gesto conhecido como LRLR (Left-Right-Left-Right ou Esquerda-Direita-Esquerda). Esse movimento funciona como um farol: avisa aos cientistas que o cérebro entrou no modo consciente.
Para garantir que os dados não fossem confundidos com ruídos ou artefatos, os autores criaram um protocolo em três etapas. Aplicaram um filtro para ruído elétrico, uma reconstrução dinâmica que detecta e corrige anomalias e, por fim, uma projeção que separa sinais reais dos falsos. O sistema funcionou mesmo em gravações com poucos sensores.
Esse é o maior conjunto de dados sobre esse tipo de sonho já analisado com EEG. A pesquisa mostra que o cérebro pode reorganizar suas conexões de forma consciente mesmo durante o sono profundo. O estudo contribui para entender como surgem processos como a percepção do eu e o controle intencional em estados alterados de consciência. Abre novas possibilidades para pesquisas com meditação, substâncias psicodélicas, anestesia e no tratamento de distúrbios como os pesadelos recorrentes.
Secretaria de Saúde de Natal investiga contaminação por ciguatera em pescado consumido em restaurante nos dias 5 e 6 de maio
Subiu para 13 o número de pessoas com suspeita de intoxicação após o consumo de peixe em um restaurante de Natal. O caso aconteceu entre os dias 5 e 6 de maio e está sendo investigado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A principal hipótese das autoridades é a contaminação por ciguatera.
De acordo com informações da SMS, entre os 13 pacientes que apresentaram sintomas, três precisaram ser atendidos em unidades hospitalares e dois chegaram a ser internados. No entanto, ambos já receberam alta médica.
Sintomas apontam para ciguatera
O diretor do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) de Natal, José Antônio de Moura, explicou que os sintomas relatados pelas vítimas reforçam a suspeita de ciguatera. Além de sintomas gastrointestinais como diarreia, vômito, dores abdominais e cefaleia, foram observadas manifestações neurológicas típicas dessa intoxicação, como formigamento e a chamada “inversão térmica”.
“A questão do período de incubação, entre a alimentação e o início dos sintomas, foi de cerca de quatro horas. Mas o que caracterizou, que nos deu praticamente certeza, foi o tipo de pescado e também os sintomas neurológicos que essas pessoas apresentaram: dormência nos membros superiores, inferiores, e na boca, além da inversão de calor, quando ao tocar um objeto frio a pessoa sente como se estivesse quente”, detalhou José Antônio.
Peixe da espécie Arabaiana é o principal suspeito
O peixe consumido no restaurante e apontado como provável fonte da intoxicação é da espécie Arabaiana. Amostras do pescado foram recolhidas no local no dia 7 de maio pela equipe da Vigilância Sanitária e enviadas ao Laboratório Central do Rio Grande do Norte (Lacen).
Entretanto, segundo a SMS, os exames necessários para a confirmação da ciguatera não são realizados no estado. As amostras foram encaminhadas para análise em um laboratório especializado na região Sul do Brasil. A previsão é que o resultado demore mais de 30 dias para ser concluído.
Evento médico foi o foco do surto
O surto ocorreu durante um evento que reuniu profissionais da área médica. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, 35 pessoas foram contactadas para monitoramento. Dessas, 13 relataram sintomas compatíveis com intoxicação por ciguatera.
As autoridades seguem acompanhando os casos e investigando possíveis outras ocorrências relacionadas ao consumo do mesmo lote de pescado.
O que é a ciguatera?
A ciguatera é uma intoxicação alimentar causada pela ingestão de peixes contaminados com ciguatoxinas, substâncias produzidas por microalgas que se acumulam na cadeia alimentar marinha. As toxinas não são destruídas pelo cozimento ou congelamento dos alimentos, o que aumenta o risco de transmissão ao ser humano.
Os sintomas da ciguatera podem incluir náuseas, vômitos, diarreia, dores musculares, dormência, formigamento e alterações na percepção térmica, como a inversão de calor relatada pelas vítimas do surto em Natal. Em casos mais graves, pode haver comprometimento neurológico prolongado.
Ações de vigilância e orientação à população
A Secretaria de Saúde de Natal informou que segue realizando ações de vigilância e fiscalização para evitar novos casos de intoxicação alimentar. Também foi emitido um alerta para estabelecimentos que comercializam pescados, orientando sobre os riscos e a importância da procedência segura dos produtos.
O órgão reforça que casos suspeitos de intoxicação alimentar devem ser comunicados imediatamente à Vigilância Sanitária, para que medidas preventivas e de contenção sejam adotadas de forma célere.
A investigação do caso seguirá até a confirmação ou descarte da hipótese de ciguatera como causa da intoxicação.
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