Operação Jackpot: Influenciadora é alvo de operação da Polícia Civil por promover “Jogo do Tigrinho” e lavar dinheiro em Natal
Justiça bloqueia R$ 5 milhões em bens de investigados em esquema de jogos de azar com ostentação nas redes sociais
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte cumpriu, nesta quarta-feira (28.mai.2025), três mandados de prisão preventiva durante a terceira fase da “Operação Jackpot”, que investiga crimes relacionados à exploração de jogos de azar, lavagem de dinheiro e associação criminosa. A ação foi coordenada pela Delegacia Especializada em Falsificações e Defraudações (DEFD/Natal), com apoio da DEPROV e da 103ª Delegacia de Tibau do Sul.
Entre os alvos da operação está a influenciadora digital Kannanda Camila de Oliveira Medeiros, de 29 anos. Segundo as investigações, ela atuava na promoção do “Jogo do Tigrinho” nas redes sociais, utilizando sua visibilidade digital para atrair seguidores interessados em promessas de lucros fáceis. Além dela, sua irmã e um homem de 35 anos, proprietário de uma barbearia, também são investigados.

A irmã da influenciadora era responsável por administrar grupos virtuais usados para recrutar novos participantes para o jogo de azar. Já o terceiro suspeito, segundo a polícia, usava seu estabelecimento comercial para lavar os recursos provenientes das atividades ilícitas.
Durante a operação, a Justiça determinou o bloqueio de aproximadamente R$ 5 milhões em contas bancárias e bens dos investigados. Também foram apreendidos três veículos de luxo e itens de alto valor, como mais de 150 perfumes importados, relógios da marca Rolex, bolsas de grife, joias e dinheiro em espécie, em reais e moeda estrangeira.



A “Operação Jackpot” tem como objetivo desarticular esquemas de jogos ilegais promovidos principalmente por meio das redes sociais. A escolha do nome da operação faz referência ao termo “jackpot”, utilizado no universo dos jogos para se referir a prêmios acumulados — o que, de acordo com a Polícia Civil, é parte do discurso enganoso usado para atrair vítimas.
As investigações revelaram que o grupo apresentava estrutura organizada para atrair, enganar e lucrar com a promessa de ganhos rápidos e constantes, prática configurada como crime contra as relações de consumo. As ações também configuram os crimes de induzimento à especulação financeira, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
A influenciadora investigada chamava atenção pelo padrão de vida exibido em suas redes sociais. Publicações mostravam viagens internacionais, passeios de carro de luxo e refeições em locais de alto custo. Em comemoração ao seu aniversário de 29 anos, Kannanda divulgou registros de uma viagem aos Emirados Árabes Unidos, com passeio de Ferrari e almoço em um dos pontos mais altos do mundo, no prédio Burj Khalifa, em Abu Dhabi.

A Delegacia Especializada de Falsificações e Defraudações, responsável pelo inquérito, informou que as investigações permanecem em andamento para identificar outros envolvidos e ampliar o rastreamento dos recursos ilícitos.
O mandado de busca e apreensão foi cumprido em residências e estabelecimentos comerciais ligados aos investigados. Todo o material recolhido será analisado para subsidiar as próximas etapas do inquérito policial.
Até o momento, a defesa da influenciadora não se manifestou sobre as acusações. A Polícia Civil destaca que continuará monitorando práticas semelhantes que envolvam promoção de jogos ilegais por meio de influenciadores e redes sociais.
Foto: Divulgação/Polícia Civil
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